- Grupo Espírita Redenção
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ANO 11 Nº 155 AGOSTO 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.redencao.org.br O Redenção BOLETIM INFORMATIVO DO GRUPO ESPÍRITA REDENÇÃO Rua Leopoldo, 417—Andaraí—Rio de Janeiro—RJ E DI TORIA L AT E M P O R A L I D A D E A Terra passa por um momento de transformação, em que subirá um degrau na escala da hierarquia dos mundos. É preciso não perder de vista, todavia, que a revolução, ora em andamento, é antes de natureza moral do que material. Não se trata, agora, de comoções puramente materiais, daquelas que frequentaram o período da formação do planeta. Como disse Kardec, “hoje não são as entranhas do planeta que se agitam: são as da Humanidade”. E uma transformação tão profunda, como a que hoje se opera, que objetiva estabelecer uma nova ordem de coisas, não se encontra circunscrita a uma região, povo ou raça. Trata-se, sim, de uma mudança generalizada, que estabelecerá uma nova era no planeta. Materialmente, a Terra tem realizado progressos indiscutíveis, avançando no campo das ciências, das artes e do bem-estar. Espiritualmente, contudo, há um imenso progresso a realizar. Para tanto, necessário se torna combater determinados vícios, ainda fortemente presentes nos espíritos que formam a sua humanidade, como o egoísmo, o orgulho, as paixões inferiores, os preconceitos de natureza social e de raça e a intolerância religiosa. É preciso fazer com que reinem entre os homens a caridade, a fraternidade e a solidariedade. Mas, para que isto aconteça, não pode a humanidade ser conduzida pelo mesmo sistema de crenças que foi útil durante uma determinada época, mas que hoje já não atende a estas novas aspirações. Para que reinem na Terra esses sentimentos, que marcarão os novos tempos que surgem, é necessário que a fé cega, ensinada por instituições antiquadas, seja substituída por uma fé raciocinada, fundamentada em princípios aceitos não por força de proselitismos, mas pelo esclarecimento. A existência de um Deus igual para todos, do espírito que sobrevive à morte do corpo, de uma vida futura que está sendo construída por nossas ações no presente e da reencarnação como instrumento de progresso, que levará à perfeição e à felicidade definitivas, são princípios que nortearão os homens na nova era, independentes de qual seja a corrente religiosa que se professe. Demonstrando, de modo claro e racional, a realidade desses princípios, o Espiritismo veio trazer uma valiosa contribuição para a mudança dos conceitos ensinados por essas crenças. Por essa razão, ele é o futuro das religiões. A Humanidade progride através dos indivíduos que se melhoram pouco a pouco e se esclarecem; quando estes se tornam numerosos, tomam a dianteira e arrastam os outros. De tempos em tempos surgem os homens de gênio que lhes dão um impulso, e, depois, homens investidos de autoridade, instrumentos de Deus, que em alguns anos a fazem avançar de muitos séculos. O progresso dos povos faz ainda ressaltar a justiça da reencarnação. Os homens de bem fazem louváveis esforços para ajudar uma nação avançar moral e intelectualmente; a nação transformada será mais feliz neste mundo e no outro, compreendese; mas, durante a sua marcha lenta através dos séculos, milhares de indivíduos morrem diariamente, e qual seria a sorte de todos esses que sucumbem durante o trajeto? Sua inferioridade relativa os priva da felicidade reservada aos que chegam por último? Ou também a sua felicidade é relativa? A justiça divina não poderia consagrar semelhante injustiça. Pela pluralidade das existências, o direito à felicidade é sempre o mesmo para todos, porque ninguém é deserdado pelo progresso. Os que vivem no tempo da barbárie, podendo voltar no tempo da civilização, no mesmo povo ou em outro, é claro que todos se beneficiam da marcha ascendente. Mas o sistema da unicidade da existência apresenta neste caso outra dificuldade. Com esse sistema, a alma é criada no momento do nascimento, de maneira que se um homem é o mais adiantado que outro é porque Deus criou para ele uma alma mais adiantada. Por que esse favor? Que mérito tem ele, que não viveu mais do que o outro, menos, muitas vezes, para ser dotado de uma alma superior?(...) As almas vindas no tempo da civilização tiveram a sua infância, como todas as outras, mas já viveram e chegam adiantadas em consequência de um progresso anterior; elas vêm atraídas por um meio que lhes é simpático e que está em relação com o seu estado atual. Dessa maneira, os cuidados dispensados à civilização de um povo não têm por efeito determinar a criação futura de almas mais perfeitas, mas atrair aquelas que já progrediram, sejam as que já viveram nesse mesmo povo em tempos de barbárie, sejam as que procedem de outra parte. Aí temos ainda, a chave do progresso de toda a Humanidade. Quando todos os povos estiverem no mesmo nível quanto ao sentimento do bem, a Terra só abrigará bons Espíritos, que viverão em união fraterna. Os maus, tendo sido repelidos e deslocados irão procurar nos mundos inferiores o meio que lhes convém, até que se tornem dignos de voltar ao nosso meio transformado. Fonte: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – LAKE – Livro Terceiro – Cap. VIII – item 789. Semeando Ideias Programa exibido na Rádio Rio de Janeiro 1400 AM www.radioriodejaneiro.am.br Apresentação: 4ª feira às 14h, reprise às 23 h Ouça também na página do Redenção! www.redencao.org.br (disponível a partir de 5ª feira) Programa mantido pelo Grupo Espírita Redenção Nesta edição: PONTO DE VISTA - AUTOESTIMA 2 CONTO - A GRANDE RESPONSABILIDADE 3 EM SE TRATANDO DE EDUCAÇÃO - CONVIVÊNCIA COM OS 4 FILHOS: EXERCÍCIO DE EXEMPLO E AMOR TRAÇOS BIOGRÁFICOS - DELPHINE DE GIRARDIN REUNIÕES PÚBLICAS - AGOSTO 2011 5 6 O R EDEN ÇÃO AGOSTO 2011 P O N T O D E V I S TA AUTOESTIMA O trabalhador espírita, por vezes, necessita elevar sua autoestima. Ora, é a pressão espiritual contrária que o abate e que pode enfraquecer seu ânimo. Outras vezes, são os relacionamentos complexos, difíceis, que o prostram. Noutros momentos, um sentimento melancólico pode advir, em função dos obstáculos, diante da tarefa ou do seu processo de reforma interior. Seja qual for a razão, faz-se oportuna a reflexão, à luz da Doutrina Espírita, revendo horizontes, para o cumprimento de metas ensejadas pela atual programação reencarnatória. Renovar e fortalecer a fé é fundamental, nessas situações. Deixar-se guiar pelo bom senso, também. Unindo sentimento e razão, num clima de calma, serenidade, ideias, princípios, postulados, que afloram em sua mente e aliviam seu coração, aprimorando a sintonia com benfeitores espirituais que o fortalecem, na caminhada evolutiva e no cumprimento do dever. Perseverar no caminho do bem é o desafio, permanecendo nele, sempre. Quanto à pressão espiritual contrária, o trabalhador consciente sabe que, num contraponto, conta com todo o apoio da cidade espiritual de luz a que é ligado. Em relação a relacionamentos complexos, difíceis, entende que o acaso não existe. Muitas vezes, a Lei de Progresso nos recoloca frente a frente com desafetos do passado, para que arestas sejam aparadas. Sobre obstáculos diante da tarefa, compreende que a boavontade, aliada ao empenho, garantem o estado de espírito que leva ao sucesso. A propósito de melancolia decorrente de abraçar o processo de reforma íntima, sem constatar resultados imediatos, reconhece que o segredo do sucesso consiste, exatamente, em insistir, continuamente, no exercício de substituir imperfeições por valores morais que lhe são opostos. Reencarnados num mundo de expiações e provas como o nosso, altos e baixos são normais em relação à autoestima. Diante dessa realidade, não há que se lamentar, nem tampouco esmorecer. Todas as dificuldades serão superadas, no momento oportuno, em havendo perseverança. Depois da tormenta, vem a calmaria. Depois da noite escura, uma nova alvorada. Reencarnamos para progredir. Dificuldades, obstáculos, desafios, devidamente superados, levam a esse objetivo. O processo de reforma íntima leva-nos a retificar comportamentos equivocados. Coloca-nos receptivos aos bons fluidos, que nos reanimam as forças. Reforça, em nosso coração, a busca prática da caridade e da humildade, que afastam o egoísmo e o orgulho, propiciando o perdão, a “Seja qual for a razão, faz-se oportuna a reflexão, à luz da Doutrina Espírita, revendo horizontes, para o cumprimento de metas ensejadas pela atual programação reencarnatória.” reconciliação, a mansuetude, entre tantos outros sentimentos construtivos. Reacende, em nosso âmago, a chama do ideal a ser atingido. O importante é, com a autoestima elevada, permanecer no bom caminho, rumo à evolução. Parar, retroceder, nem pensar. Retomar, sempre, o esforço pela prática do bem, em todos os sentidos, e com bom ânimo, é roteiro do trabalhador espírita. Fonte: Editorial da Revista Internacional de Espiritismo. Outubro 2010. 2 REFLEXÃO EM BUSCA DE IDENTIDADE Geraldo Campetti Sobrinho O que me faz ser quem eu sou? Essa é uma dúvida que entrementes me surge... A questão é curiosa e me faz perceber que ainda não me conheço integralmente. Bem provável é que me conheça, ainda, muito pouco, apenas de relance. Quem sou eu, de onde vim, o que estou fazendo aqui, para onde vou, o que será de mim? São perguntas que não costumamos fazer a nós mesmos. E quando as fazemos, as respostas não são encontradas dentro de uma gaveta ou num arquivo de computador. Imagino que as explicações estejam nos escaninhos da mente ou nos refolhos do coração, onde também são guardadas as emoções e os sentimentos. As respostas estão dentro de nós mesmos... Assim, a necessidade da busca interior, para o autodescobrimento e o despertar de potencialidades latentes em nossa intimidade, boa parte delas ignorada pelos seus hospedeiros. Quando estendo o olhar ao cosmos infinito à procura de conexão extrassensorial, percebo que o macrocosmo mantém relação conivente com o microcosmo, tornando impossível conhecer o todo sem que se estabeleça intrínseca relação com a parte. A necessidade de integração demandada por minha alma resta insolúvel quando não consigo compartilhar com o todo do qual faço parte a parte que sou, para que o todo seja integral. É uma incompletude que me faz indagar: o que me faz ser quem eu sou?! Fonte: Revista Presença Espírita. Maio e junho/2011. Não desista da VIDA. Há sempre um caminho. Tenha esperança. Confie em DEUS. RÁDIO RIO DE JANEIRO 1400 AM A EMISSORA DA FRATERNIDADE Ouça a programação pela Internet: www.radioriodejaneiro.am.br LIGUE 141 CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA Informações: www.cvv.org.br O R EDEN ÇÃO AGOSTO 2011 3 CONTO A GRANDE RESPONSABILIDADE Wilson Frungilo Júnior - Sinceramente, Flávio, Deus não tem sido bom para mim. Acho até que Ele esqueceu que eu existo. - Não diga isso, Orestes. Você tem um bom emprego, uma família, uma boa esposa, ótimos filhos. Do que você reclama? Nunca lhe faltou nada. Orestes e Flávio são amigos e companheiros de trabalho de uma grande empresa industrial e, nesse momento, como sempre fazem aos domingos à tarde, encontram-se num parque florestal onde costumam caminhar por uma larga trilha que circunda o local, não só com a finalidade do exercício físico, mas principalmente para descansar a mente em contato com a natureza e conversar sobre assuntos, quase sempre relacionados com o trabalho. Sentam-se agora em um banco rústico de madeira, à sombra de uma árvore e Orestes continua: - É que não consigo sair disso... dessa minha vidinha, sempre com o mesmo padrão. Tenho visto muitas pessoas prosperarem. Você mesmo é como eu. Nada melhora para você. Há quanto tempo trabalhamos juntos nesta empresa e sempre "marcando passo"...? Aliás, você que acha que Deus é justo, como me explica o fato de nós levarmos essa nossa vida e o seu Torres, nosso patrão, usufruir de toda aquela fortuna que, na verdade, pouco lutou para conseguir, tendo herdado tudo do pai? - Não seja ingrato, Orestes. O seu Torres é um bom homem e sempre tratou muito bem todos os seus funcionários. Ganhamos bem, até, se compararmos o nosso salário com o de industriários de outras empresas. Fora o plano de saúde que ele nos paga, a escola das crianças, o centro de lazer e a cesta básica, pela qual pagamos muito pouco. Para mim, o homem é um santo. - Mas ele vive melhor que nós, sem fazer nada. O amigo vai retrucar quando surge, ao lado dos dois, um senhor de idade já avançada, que lhes pede permissão para sentar-se também naquele banco. - Certamente que sim - responde-lhe Flávio. O homem dá um leve sorriso e, vagarosamente ajeita-se no banco. Orestes, então, sorrindo para o amigo, pergunta ao velho: - Meu bom homem, por favor, diga-me: o senhor é feliz? O velho olha-o fixamente e responde: - Meu filho, vou lhe dizer uma coisa: na verdade eu sou um grande candidato à felicidade e sei que um dia a terei. Essa minha certeza já me deixa feliz. - Não estou entendendo - responde Orestes, olhando com um ar de galhofa para Flávio, que não lhe corresponde com o mesmo olhar, vislumbrando uma ponta de sabedoria nas palavras do homem - O senhor diz que é feliz por saber que um dia terá a felicidade? Isso me parece um tanto estranho. - A felicidade a que me refiro não tem nada a ver com esses momentos felizes que conhecemos e sentimos. A grande felicidade será aquela que, um dia, nos encherá a alma e nos acompanhará sempre por este nosso infinito Universo, estejamos onde estivermos. E como sei que para atingir esse estado, é imprescindível livrar-me de todos os meus defeitos, sinto-me feliz em cada batalha ganha contra os grandes males da humanidade, geralmente ocasionados pela vaidade, pelo orgulho, pelo egoísmo, pela intransigência, pela prepotência, pela impaciência, pela inveja e pela ingratidão. Orestes sente um certo desconforto quando o velho pronuncia a palavra "ingratidão", principalmente pelo tom de voz empregado e pelo seu olhar fixo. Flávio sente-se também perplexo com as palavras daquele homem e pergunta-lhe: - Meu senhor, por acaso ouviu parte de nossa conversa quando aqui chegou? - Sim. Ouvi quando você chamou seu amigo aqui de ingrato, por causa de seu Torres. - O senhor conhece o nosso patrão? - Sim. Conheço-o há muito tempo e, também, a grande responsabilidade que pesa sobre seus ombros, dependendo dele o destino de centenas de famílias como a de vocês. Imaginem se ele, de repente, resolvesse parar de trabalhar e encerrasse as atividades da fábrica. Seu Torres é um abnegado e muito trabalha pela empresa, a fim de não faltar o ordenado e a assistência a seus funcionários. Aliás, já passou por momentos muito difíceis, muitas noites sem dormir, preocupado com problemas de ordem administrativa e funcional que vocês nem chegaram a tomar conhecimento e, por conseguinte, nunca perderam o sono. Quanto trabalho ele teve, por exemplo, quando precisou adequar todo o seu parque industrial às novas exigências do mercado, contraindo vultosas dívidas em Bancos, sempre preocupado com a perenidade do ganha-pão de todos. Podem ter a certeza de que vocês possuem muito mais momentos de descanso e descontração do que aquele pobre homem que, neste mesmo instan- te em que estamos aqui conversando, deve estar debruçado sobre sua mesa de trabalho, procurando soluções para problemas que, a todo momento, surgem numa empresa daquele porte. - Realmente, o senhor deve ter razão – comenta Orestes, já arrependido de ter tecido aquele comentário sobre seu patrão. - Mas como o senhor pode saber tudo isso? Quem é o senhor? O ancião sorri, acomoda-se melhor no banco de madeira e retoma a conversação: - Vocês já ouviram falar em reencarnação? - Sim - responde Flávio. - Já li alguns livros e até cheguei a assistir algumas palestras a respeito da Doutrina Espírita e confesso que, apesar de não dedicar-me mais a esse estudo, possuo muita convicção a respeito. - E você? - pergunta, agora, a Orestes. - Flávio já me falou muito sobre esse tema, mas não sei se acredito... Pode até ser... - Muito bem. Já que possuem algum conhecimento sobre o assunto, vou lhes narrar um fato ocorrido há muito tempo, na época das cruzadas onde dois guerreiros, pai e filho, cometeram tantas atrocidades gratuitas, com tamanha selvageria que chegaram a ser temidos e, até mesmo, odiados pelos próprios companheiros de empreitada, chegando, inclusive, a serem assassinados na calada da noite, depois de calorosa discussão com o chefe do grupo. Pai e filho, então, libertos do envoltório físico, passaram a sofrer, por séculos, o terrível assédio vingativo de suas vítimas, nos escuros e fétidos despenhadeiros do umbral. Também os outros guerreiros, antigos companheiros, ao desencarnarem, viram-se atraídos por aquele emaranhado de ódio e desejos de vingança. Muito auxílio foi tentado dar a todos pelos Espíritos Socorristas, mas o ódio era muito grande e dificultava sobremaneira o socorro, até que, após algumas centenas de anos, pai e filho puderam ser auxiliados porque se dispuseram ao arrependimento sincero e solicitaram auxílio ao Alto. Então, socorridos e retirados daquela região, também foi possível auxiliar os outros. E todos, vítimas e verdugos, começaram então a reencarnar, a maioria compulsoriamente, em determinada cidade, reunidos em vários círculos familiares, a fim de que o relacionamento entre pais e filhos pudesse transformar em amor o vil sentimento que lhes acometia o coração. E o guerreiro pai e o guerreiro filho que muitas vidas haviam ceifado, muitas famílias O R EDEN ÇÃO AGOSTO 2011 haviam prejudicado, para aqui vieram com a missão de dar a todos condições de sobrevivência digna e saudável. Orestes e Flávio ouvem atentamente a narração, sem conseguirem esconder os sinais de estupefação que lhes marca os semblantes. - O senhor quer dizer - interrompe Flávio - que o seu Torres e seu pai foram esses dois guerreiros? - Eu não estou dizendo nada. Apenas lhes contei uma história - responde o velho, com um sorriso nos lábios. - Isso também quer dizer... complementa Orestes - que eu e Flávio podemos ter sido um daqueles guerreiros ou vítimas? - Isso eu também não disse. Mesmo porque, em casos desse tipo, muitos outros Espíritos também reencarnam no intuito de auxiliar aqueles que para aqui vêm. - Mas... - Meus filhos, - interrompe o ancião - lembrem-se sempre: não se lamentem nunca por causa de frivolidades. Trabalhem. Trabalhem com muito amor e pensando no bem que estão fazendo para os seus semelhantes. E sejam sempre gratos a Deus e aos homens. Dizendo isso, o velho levanta-se do banco e, silenciosamente desaparece por entre as árvores daquela reserva. *** No dia seguinte, na fábrica: - Orestes, você está com algum problema? Seus olhos estão marejados de lágrimas - pergunta seu Torres para o rapaz quando este, pela primeira vez, entra na sala da diretoria da empresa, a fim de lhe levar uma encomenda. - Não tenho nada, não, seu Torres. Mas diga-me uma coisa: de quem é aquele retrato ali na parede? - É de meu falecido pai que começou toda esta empresa. E Orestes não consegue mais conter as lágrimas ao ver o retrato do velho que sentara-se ao seu lado no Parque, na tarde do dia anterior. Fonte: A Casa das Chaves. Wilson Frungilo Júnior. Ed.IDE CONVIVÊNCIA COM OS FILHOS: EXERCÍCIO DE EXEMPLO E AMOR EM SE TRATANDO DE EDUCAÇÃO 4 Estudos recentes de alteração social entre pais e crianças têm mostrado que, desde a mais tenra idade, não só o comportamento dos pais influi sobre a criança, como o comportamento da criança e suas características pessoais têm efeitos poderosos sobre o comportamento de quem dela cuida. minar de “satisfação das necessida- extinguir assim, os inadequados. des básicas”. Conseguir uma melhor A importância da palavra, do comunicação e convivência também que se diz e de como se dizem as significa podermos reconhecer e aceicoisas do dia a dia no processo edu- tar nossas imperfeições e os “curtoscacional também estão diretamente circuitos”. Mesmo adultos, no entanligados ao modelo que a criança, to, todos nós temos condições de futuramente, tende a seguir. crescermos e mudarmos. O elogio é uma forma de transmitir à criança uma autoimagem positiva e realista, fazendo ainda com que os comportamentos adequados aumentem a freqüência, procurando Para que a interação tornese cada vez mais fortalecida, faz-se necessário acrescentar nesta o afeto, o amor, o carinho, a compreensão e a aceitação da criança. Afeto que só os laços familiares podem proporcionar através do que se costuma genericamente deno- Fonte: Revista Delfos, nº 38, abril 2011. BIBLIOTECA MARIA DOLORES E D U C A Ç Ã O E S P Í R I TA Vários títulos a sua escolha Atendimento 1 hora antes das reuniões públicas Conviver diariamente com crianças requer amor, carinho, mas também capacidade de aceitar ocasionais falhas, persistência, resistência física e capacidade de aceitarmos nossos próprios sentimentos, muitas vezes conflitivos. Significa também que precisamos de todo incentivo que uma família pode dar a si mesma, reforçando mudanças positivas, expressando e verbalizando dificuldades à procura de melhores soluções. Nem sempre conseguimos ser pais perfeitos (nem isto, aliás, parece saudável). Por isso é importante que, já que nos propomos dar sempre uma chance a mais para os filhos, darmo-nos também este privilégio, uma chance a mais para nós, os pais... Não basta o ambiente suprir as necessidades materiais, o afeto é indispensável ao desenvolvimento harmônico do ser como um todo. LIVRARIA EMMANUEL Mansos como as pombas e prudentes como as serpentes. Este ensinamento de Jesus nos chama a atenção para o fato de que apenas a confiança absoluta em Deus, a fé incondicional, não são garantias suficientes para um bem viver. Precisamos ter também a prudência necessária diante das situações que a vida nos propõe, principalmente diante de situações novas. Jogar a responsabilidade das consequências de uma decisão mal tomada sobre a divindade não nos exime dos efeitos do mal engendrado. Confiemos em Deus sim, sempre, mas não deixemos de tomar as providências que nos cabem diante de cada situação que se apresentar, esforçandonos por tomar as medidas preventivas que a ocasião exigir, bem como considerando que não somos controladores das circunstâncias e que coisas inesperadas podem ocorrer, modificando o panorama que esperávamos. Fonte: Dia a Dia. Paulo R. Santos. Ed.EME. A interação que se estabelece pode ser tanto facilitadora do crescimento e do desenvolvimento interior da criança, como pode ter efeitos negativos no desenvolvimento dela. Títulos novos e usados, CDs DVDs, gravação do programa Semeando Ideias “CONFIE EM DEUS, MAS AMARRE O SEU CAVALO.” Infância Juventude Pais Turmas de infância a partir de 2 anos SÁBADOS Turmas de jovens Das 9h às 10h30min Turma de pais e responsáveis O R EDEN ÇÃO AGOSTO2011 5 TRAÇOS BIOGRÁFICOS AT I V I D A D E S N O R E D E N Ç ÃO ESPÍRITOS DA CODIFICAÇÃO SEGUNDA-FEIRA 18h Atendimento Fraterno 19h Reunião pública de assistência espiritual: exposição doutrinária, passe e água magnetizada. DELPHINE DE GIRARDIN Delphine de Girardin nasceu em 24 de janeiro de 1804 - o mesmo ano do nascimento de Allan Kardec - em Aix-LaChapelle, na França, sendo batizada com o nome de Delphine Gay. Foi poetisa, sendo suas primeiras produções literárias dois volumes contendo escritos sobre diversos assuntos: “Essais poétiques”, em 1824 e “Nouveaux Essais poétiques”, em 1825. Em 1831, casou-se com Émile de Girardin, jornalista e político francês, tornando-se também jornalista. Entre 1836 e 1839, escreveu para o jornal “La Presse”, com o pseudônimo Charles de Launay. Seus textos foram coletados e publicados com grande sucesso em 1843, sob o título “Cartas Parisienses”. Publicou, ainda, romances, peças dramáticas e comédias em um ato. Exerceu considerável influência na sociedade literária da época, tendo convivido com Gautier, Balzac, Musset, Victor Hugo e outros expoentes das letras. Tomou contato com as mesas girantes nos salões literários que frequentava, onde se reuniam celebridades da sociedade local e esses fenômenos eram produzidos a título de curiosidade. Desde os primeiros contatos com as mesas que se moviam convenceu-se da autenticidade das manifestações. Encontrou-se pessoalmente com o professor Rivail em uma das reuniões que ele frequentava durante suas pesquisas. Era amiga pessoal de Victor Hugo, exilado por força dos acontecimentos políticos de 1851. Fiel a essa amizade, em 1853, decidiu visitá-lo em Jersey, uma pequena ilha localizada no Canal da Mancha, onde ele e outros amigos encontravam-se exilados. Narrou as notícias de Paris, relatando com entusiasmo o fenômeno das mesas girantes. Promoveu sessões objetivando obter manifestações, não obtendo sucesso nas primeiras vezes. Victor Hugo, cético, participava apenas em consideração à amiga. Numa dessas reuniões aconteceu, finalmente, uma comunicação. Tratava-se de Léopoldine, filha de Victor Hugo, morta em acidente durante um passeio de barco. Essa comunicação não apenas convenceu Victor Hugo acerca das manifestações, como mudou os rumos de sua vida. Delphine retornou a Paris, onde, padecendo de câncer, faleceu em 29 de junho de 1855. Seus trabalhos foram coletados e publicados em seis volumes, entre 1860 e 1861. Delphine de Girardin aparece na Codificação em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo V, Bem-aventurados os aflitos, item 24, com a mensagem intitulada “A desgraça real”, recebida em Paris, em 1861, em que conclui: “Que importa ao soldado perder na refrega armas, bagagens e uniforme, desde que saia vencedor e com glória? Que importa ao que tem fé no futuro deixar no campo de batalha da vida a riqueza e o manto de carne, contanto que sua alma entre gloriosa no reino celeste?” 20h30min ESDE—Estudo Sistemático da Doutrina Espírita TERÇA-FEIRA 9h Caravana Socorrista Bezerra de Menezes: atendimento a enfermos em domicílio (impossibilitados de comparecer à casa espírita). 20h Reunião privativa de desobsessão, irradiação para encarnados e prece para desencarnados. QUARTA-FEIRA 4ª quarta-feira Reunião privativa do Comitê Diretor 19h30min QUINTA-FEIRA 20h Reunião privativa de assistência espiritual. SEXTA-FEIRA 15h Reunião privativa de desobsessão. SÁBADO Café da manhã das famílias que participam da Educação Espírita. 8h 9h às 10h30min Educação Espírita para infância, juventude e pais. 11 h Distribuição da sacola fraterna: alimentos, roupas, calçados e utensílios para as famílias da comunidade, cadastradas no Redenção. 15h ESDE—Estudo Sistemático da Doutrina Espírita. 16h Atendimento Fraterno. 17h Reunião pública de assistência espiritual: exposição doutrinária, passe e água magnetizada. 1º sábado Visita aos enfermos da Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora das Graças. 2º sábado Campanha do Quilo - arrecadação de alimentos, nos arredores do Redenção para composição da sacola fraterna . DOMINGO 1º domingo Visita aos enfermos do Hospital N. S. do Socorro. Tor ne-se Fontes: Wikipédia e “Expoentes da Codificação Espírita”, editora Federação Espírita do Paraná. Sérgio Rodrigues Redenção CONTRIB UINTE Uma maneira de você ajudar na manutenção das atividades do REDENÇÃO Informações na secretaria O R EDEN ÇÃO AGOSTO 2011 6 COLAB OR E REUNIÕES PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL Exposição doutrinária, passe e água magnetizada Programação: agosto / 2011 Segundas-feiras - 19h Dia 1 Tema: LIBERDADE DE PENSAMENTO - LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA Livro: LE, Questões 833 a 842 Expositor(a): Jayme Lobato (Grupo Espírita Redenção) 8 Tema: BEM E MAL SOFRER Livro: ESE, Capítulo V, Item 18 Expositor(a): Arnaldo José Vollet (Grupo Espírita Redenção) 15 Tema: O PASSAMENTO Livro: CI, 2ª Parte, Capítulo I Expositor(a): Alex Shah (Centro Espírita Léon Denis) 22 Tema: LIVRE ARBÍTRIO Livro: LE, Questões 843 a 850 Adquira a gravação do programa Semeando Ideias Descontos progressivos! Expositor(a): Maria Fernanda Barbosa (Grupo Espírita Redenção) 29 Tema: O SUICÍDIO E A LOUCURA Livro: ESE, Capítulo V, Itens 14 a 17 Encomendas na Livraria do Redenção, pelo telefone 2572-3424 ou [email protected] Ajude-nos a manter essa Ideia no ar! Expositor(a): José Carlos da Silva (Grupo Espírita Redenção) Sábados - 17h Dia 6 Tema: DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS - ESCALA ESPÍRITA Livro: LE, Questões 96 a 113 Expositor(a): Danilo Villela (Cruzada dos Militares Espíritas) 13 Tema: A MÚSICA E O ESPIRITISMO Livro: Tema acordado Expositor(a): Henrique Parente/Marcelo Daemon (C. Espírita Discípulos de Ismael) Tema: 20 Livro: 27 Livro: Estamos necessitando dos seguintes itens: SABONETE TALCO BARLA DESODORANTE CREME DENTAL LEITE DE ROSAS Eles serão doados aos enfermos dos hospitais visitados pelo Redenção. LIBERDADE DE PENSAMENTO - LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA LE, Questões 833 a 842 Expositor(a): Jayme Lobato (Grupo Espírita Redenção) Tema: C A M PA N H A D O H O S P I TA L NEM TODOS ENTRARÃO NO REINO DOS CÉUS ESE, Capítulo XVIII, Itens 6 a 9 Expositor(a): Neyde Maria Barbosa (Grupo Espírita Redenção) VISITE A NOSSA PÁGINA NA INTERNET! Com novo formato e muitas novidades! Assista ao vivo as palestras das Reuniões Públicas; Ouça o programa Semeando Ideias e solicite a gravação em CD; Cadastre-se para receber o boletim informativo; Informe-se sobre os eventos do Movimento Espírita e Muito mais. ACESSE: CI - O Céu e o Inferno / ESE - O Evangelho Segundo o Espiritismo / GE - A Gênese LE - O Livro dos Espíritos / LM - O Livro dos Médiuns / OP - Obras Póstumas EXPEDIENTE www.redencao.org.br COMITÊ DIRETOR Diretor Administrativo: Reinaldo Fonseca Lontra Neto GRUPO ESPÍRITA REDENÇÃO fundado em 1º de setembro de 1979 Rua Leopoldo, 417 - Andaraí - RJ Diretor Financeiro: Roberto Ribeiro Malveira Diretora de Integração ao Movimento Espírita: Arlette de Medeiros Baptista Diretor de Beneficência Espírita: Arnaldo José Vollet O Redenção Desde outubro 1998 Elaboração/editoração: equipe da divulgação Diretor de Assuntos Doutrinários e Mediúnicos: Jayme Lobato Soares Revisão: Lisete da Graça Lontra Neto CEP: 20541-170 Diretor de Estudos Doutrinários: Sérgio dos Santos Rodrigues Tele fax: (21) 2572-3424 Expedição: Eliana Vilela Ferreira Diretora de Educação Espírita da Família: Lisete da Graça Lontra Neto www.redencao.org.br Diretora de Reunião Pública: Ila de Souza Schult Martins [email protected] Diretora de Divulgação: Veronica Pereira Bellinha Periodicidade: mensal Tiragem: 350 exemplares
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