PINTURA E ENVELHECIMENTO DE CASTING´S
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PINTURA E ENVELHECIMENTO DE CASTING´S
TUTORIAL: PINTURA E ENVELHECIMENTO DE CASTING´S E OUTROS ITENS DO FERROMODELISMO (PARTE 1) Você já se imaginou pintando e envelhecendo itens como esses da foto abaixo? Você acha difícil? Você não sabe que tintas e materiais utilizar? Nesse tutorial, um mestre de construções e castings irá ensinar todas as manhas, materiais e como o fez, tudo passo-a-passo. Esse mestre chama-se Paulo Maurício Vidal, responsável por duas maravilhas publicadas nos tópicos Depósito Sluice e Construindo um galpão de apoio de beira de linha e nos agraciando com essas maravilhas da foto acima. A publicação desse material agradeço a ele por me ter autorizado em fazê-lo e cedido o seu tempo para nos ensinar as técnicas e nos informar quais materiais usar e onde compra-los. Mas, vou deixar de blá, blá, blá e deixar que ele mesmo, através da sua explanação nos ensine como desenvolver as pinturas e envelhecimentos desses itens. Oi Pessoal. Hoje, exatamente dia 31/12/2015 que por sinal é o último dia do ano coloco minha pequena contribuição sobre a construção do Depósito. Será uma sequência de fotos intercalada por textos explicando como foi feito e o material que utilizei. Borá lá... 1° passo: Fixação do casting. Ele foi preso num palito de sorvete utilizando uma fita dupla face, realmente tentar segurar peças tão pequenas na mão é complicado. Outra vantagem é de não deixar marcas na peça com seus dedos. Nossa mão por mais limpa que seja acumula suor e gordura comprometendo uma boa fixação da tinta e do giz. 2° passo: Aplicar tinta base. Para este caso eu utilizei a tinta VALLEJO TANKCREW (BLACK) – 70.333. Porque não utilizo tintas normais de artesanato ou outra qualquer para pintura dos casntigs? Em minha opinião elas são boas para muitas coisas, inclusive tingir madeiras, mas não para pinturas das peças em resina. O tamanho do pigmento utilizado na fabricação das tintas para modelismo é que nos fornece uma excelente cobertura. O “pozinho” usado na elaboração da tinta é tão pequeno que não nos preocupamos em encobrir detalhes, caso este que não ocorre com tintas normais. Duas coisas irei utilizar com extrema frequência: tintas VALLEJO e pastel seco da marca REMBRANDT. 3° passo: Pintar a borda superior do barril com a cor laranja. VALLEJO BRIGHT ORANGE – 70.851. Levei sorte por já possuir esta cor no meu elenco. 4° passo: Aplicar um pouco de pastel Rembrandt Burnt Sienna 411,3. Este barril não está muito envelhecido, ainda não teve sua pintura original corroída pela ferrugem, mas apresenta alguns pontos de poeira e pouca corrosão. 5° passo: Aplicar pastel Rembrandt Black 700,5. As marcas de óleo escorrido na tampa do barril foram feitas com pastel preto e um pincel bem pequeno. Abrindo um pequeno parêntese para mostrar os pincéis que utilizei: 30/0, 20/0, 0 e número 2. Se uma sugestão for válida compre alguns da marca Keramik, são bons e baratos. 6° passo: Fixação dos trilhos para pintura: Da mesma forma prendi os trilhos para pintura base. 7° passo: Aplicação da tinta base. Utilizei a cor VALLEJO CAMOUFLAGE MEDIUM BROWN - 71.038. 8° passo: Apliquei um pouco de pastel na cor ferrugem. Burnt Sienna 411,3. Note como o pastel além de nos fornecer pigmentação ele também nos dá textura de ferrugem/velho/empoeirado. 9° passo: Madeiras. Todos receberam as madeiras já cortadas, porém não envelhecidas. O que fiz foi nada mais nada menos que mergulhar na mesma solução que usei para tingir as tábuas. A receita está algumas respostas acima, se houver dúvida basta dar uma pesquisada nas respostas anteriores. São sete no total que precisam ser montadas: As maiores (quatro delas) nos fornecem as bases, onde os trilhos serão assentados e três os apoios do barril (sobre os trilhos). “Receita base utilizada para tingir as madeiras que sustentam o barril: Créditos a Mike Chambers 100 ml de água 0,9 ml de tinta na cor charcoal gray 0,9 ml de tinta na cor graphite 0,6 ml de tinta na cor khaki tan 0,45 ml de tinta nankin preta acrilex Observação: As Tintas Decoart Americana são para artesanato, não muito ideal para pintar os castings, mas perfeitas para tingir madeiras. As madeiras ficam nesta mistura por 20 horas, de tempos em tempos eu dou uma virada. Após este período tiro e deixo secar por um ou dois dias e pronto. Não esquecendo que antes ou após a pigmentação você pode adicionar textura na madeira com uma escovinha de aço ou latão.” Aqui a montagem pronta do casting. O barril pequeno de 12.5 galão foi aplicado tinta base na cor VALLEJO TANKCREW (BLACK) – 70.333. Depois de seca apliquei um pouco de pastel cor ferrugem Burnt Sienna 411,3 e Burnt Sienna 411.5. Isso aí meus caros amigos. Fico muito feliz em ouvir críticas e sugestões, note que os passos aqui desenvolvidos por mim são meramente exploratórios e assim como todos ainda sou uma criança no parquinho tentando aprender as coisas. Caso queiram comprar as tintas e giz pastel aqui recomendados, estes poderão se adquiridos nas lojas virtuais descritas na última página. Lojas completas e confiáveis. Dando sequência, vamos analisar a pintura dos cilindros por hoje. 1°passo: Prender o casting. Sem muito segredo por aqui. 2° passo: Aplicar VALLEJO TANKCREW (BLACK) – 70.333 3° passo: Até aqui nada diferente da pintura do barril, mas neste terceiro passo vamos adicionar um detalhe, o Dullcote. Aplicando uma camada uniforme sobre toda peça com um pequeno pincel chato vamos produzir uma barreira, impedindo assim que a pintura posterior fixe por demais na cor base. Este detalhe será importante no acabamento final. Prossigamos! 4° passo: Achei por bem pintar os dois cilindros maiores com VALLEJO VERMILLION – 70.909. 5° passo: O cilindro menor foi pintado com VALLEJO DEEP GREEN – 70.970. Quando elaborei está peça, cilindro a cilindro foi unido fazendo assim uma peça única e indivisível. Sempre ao confeccionar meus castings, tento deixar estas áreas de união o menor possível, definindo claramente assim onde começa um e termina o outro. Se utilize disso para evitar sobreposição de cores, mantenha traços firmes e limpos. 6° passo: Após pintar os dois cilindros e com as tintas ainda parcialmente úmidas, utilizei uma lâmina #11 para fazer pequenos arranhões verticais nos cilindros. A camada de verniz nos ajuda a retirar apenas o vermelho/verde mantendo assim o preto de base. Você pode utilizar um palito de dente bem afiado, um alfinete ou ainda lâminas de bisturi. Apenas tome cuidado para não exagerar. 7° passo: Pintura da válvula do cilindro menor. Utilizei VALLEJO STEEL– 71.065 e um pincel bem fino, cobrindo apenas a válvula. Reitero: seja limpo em sua pintura. 8° passo: Aplicação de pastel. Com o pastel Burnt Sienna #411,3 fui entre os arranhões utilizando um fino pincel apenas para salientá-los, também adicionei um pouquinho sobre a borda das bases e as bordas superiores. Com um pincel maior dei uma passada geral utilizando o Raw Umber #408,5. Aqui a foto dos dois castings pintados. O próximo na lista será o barril aberto com engrenagens. Isso aí pessoal. Oi Pessoal. Então vamos lá, hoje vou postar como pintei e envelheci as duas caixas. 1° passo: Como sempre utilizei um palito de sorvete e fita dupla face pra prender os castings. Lembro, contudo que um palito de dente inserido na parte inferior utilizo com frequência também. 2° passo: Desde a formulação dos primeiros castings tive a sensibilidade de facilitar o trabalho de pintura posterior. A cor fornecida nas peças não foi escolhida de forma aleatória, ela pode muito bem ser utilizada como cor base, principalmente quando trabalhamos com “madeiras”. Por costume aplico uma camada de VALLEJO DESERT TAN 686 – 71.122, mas comparando as duas imagens (com e sem aplicação da vallejo desert tan 686) observamos uma tonalidade muito parecida. Para esta pintura eu utilizei. Consideração: Vamos gastar no máximo 5 minutos na pintura e envelhecimento das caixas. Você pode pensar: Porque não jogar uma camada de tinta marrom e pronto? Espere, podemos fazer muito melhor que isso. Acredito que a pequena caixa é um dor meus menores itens fabricado de forma avulsa, suas medidas não passam de poucos milímetros, mas vamos observar o quanto de caráter e identidade podemos adicionar nela. Considere cada peça como um modelo, temos uma vida inteira pra fazer uma maquete. Lembre-se: se não gostou do resultado é só fazer novamente. 3° passo: Na caixa menor, da esquerda, eu apliquei uma camada completa de pastel #411.3 Burnt Sienna enquanto que na maior utilizei a cor #408.5 Raw Umber. Depois de aplicado retire o excesso. 4° passo: Na caixa menor apliquei um pouco de pastel #411.3 Burnt Sienna apenas entre as frestas e quinas. 5° passo: Utilizando a receita de A&I, fui entre as tábuas de ambas as caixas utilizando um pequeno pincel e uma quantidade mínima de A&I. Não queremos inundar as peças com a solução, vamos apenas entre as emendas para dar um “oi”. Se utilizar demais A&I ou não gostar do resultado volte com os pasteis para reparar. 6° passo: Aplicar #70.955 FLAT FLESH utilizando o método “pintura seca” em toda caixa menor e em torno da maior. Observe a diferença entre o antes e o depois nas fotos. (Pintura seca: Utilize um pequeno pincel chato com praticamente nada de tinta, você abastece o pincel e logo retira todo excesso num pano ou papel toalha. Faça diversas aplicações até chegar ao resultado esperado) 7° passo: É hora de pintar os itens dentro da caixa maior. Como são diversos produtos como potes, garrafas, engrenagens e peças deixo a escolha das cores por sua conta. 8° passo: Por fim, no interior da caixa maior sobre os itens adicionei um pouco de pastel #411.3 nos metais e #408,5 sobre as demais partes. Isso aí pessoal. Hoje ou amanhã temos barril aberto com sucata. Oi pessoal. Vou colocar aqui o passo a passo de como pintei o pequeno barril de 25 galão aberto com sucata. Estou quase no final da pintura de outro barril, se você está esperando para começar sua pintura espere um pouquinho mais, vou mostrar duas maneiras de fazer. Então: Na minha ideia este pequeno barril foi abandonado ao tempo e não apresenta nada de conservação. Já viu aqueles que não há pintura? Sobrou apenas ferrugem e deterioração? É isso ai, será bem fácil! 1° passo: Fixar o casting utilizando um palito de dente. Fiz um pequeno furo na parte inferior e assim com cola branca normal fixei o palito. Tome cuidado com o furo para não comprometer a peça. 2° passo: Aplicação da camada base utilizando VALLEJO CAMOUFLAGE MEDIUM BROWN - 71.038. 3° passo: Eu passei uma fina camada de Dullcote (Testors Dullcote lacquer). Ele nos fornece duas importantes linhas de trabalho. Para este barril nós queremos produzir uma reação química já no outro tutorial ele servirá como um isolamento entre as camadas de tinta. 4° passo. Após o Dullcote ser aplicado utilizamos um pincel chato pequeno e passamos álcool 70° sobre o casting, após seco você verá manchas aparecer. 5° passo. Vamos aplicar alguns tons de ferrugem com os pasteis. Tirei uma foto do pincel chato número 2 e as três cores de ferrugem que utilizei. (#411,3, #411,5 e #235,5). Cores mais claras produzirão ferrugens mais recentes, mais novas enquanto que tons mais escuros ferrugens antigas. Após aplicação: 6° passo: Com o barril finalizado vamos trabalhos no interior. Tirei uma foto mostrando o pincel e como retirar o excesso de tinta lembrando que você deve trabalhar sempre com ele quase seco, fazendo várias aplicações. Mantenha o casting firme e vá apenas entre os itens que deseja colorir. Utilizei como base VALLEJO STEEL– 71.065. 7° passo: Como existem apenas engrenagens, canos e ferro velho podemos diferenciar os canos utilizando VALLEJO US GREY - 71,047. Finalizando a pintura vamos aplicar um pouco de pastel #411,3 e #408,3 para terminar. Tranquilo né? Realmente não há muitas dificuldades. Tão logo termine já colocarei a pintura do outro. Oi pessoal. Hoje encerro meus tutoriais sobre pintura e envelhecimento dos castings relacionado ao Depósito de apoio de beira de linha. Note que é apenas a minha forma de fazer, jamais tome isso por definitivo, seja ousado e coloque a mão na massa. Se não encontrar os materiais que utilizei substitua por outros que a seu ver produza resultados agradáveis. Minhas considerações finais: Menos é mais no modelismo, tome cuidado com excessos e sempre que possível erre para menos, pois é mais fácil retomar o controle. Seja otimista e convicto do seu trabalho, se houver dúvida sobre a qualidade do mesmo você pode muito bem refazer, isto irá agregar prática no seu currículo. Se estiver satisfeito não se preocupe com os comentários negativos, normalmente quem muito fala muito pouco faz. Chega de papo e vamos ao que interessa. Este é um barril de 200 litros (50 galões) fechado. A maneira pela qual pintei e envelheci pode muito bem ser aplicado a outro qualquer de menor volume e ainda aberto como aquele que vocês receberam. Apenas pintar e deixar novinho não é meu forte, amo coisas velhas, empoeiradas e detonadas pela ferrugem. Este barril será um meio termo, nada muito dramático. 1° passo: Fixar o casting usando um palito de dente. 2° passo: Aplicação da camada base utilizando VALLEJO CAMOUFLAGE MEDIUM BROWN - 71.038. 3° passo: Eu passei uma fina camada de Dullcote (produto da Testor). Vinha utilizando até este momento o verniz spray da Acrilex, mas em conversa com meu amigo Fabrício Lino deixamos de utilizar por dois motivos: Sobra de resquícios no casting e ausência da reação química esperada quando se adiciona álcool. Então: compre um vidrinho de Dullcote e não haverá erro. Porque aplicamos o Dullcote? Queremos isolar esta camada de tinta da próxima, ele servirá como uma barreira. 4° passo: Este é um barril Texaco, preto com faixa central e tampa VALLEJO VERMILLION - 70,909 Eu apliquei com o aerógrafo, mas com um pincel chato número 2 você consegue bons resultados também. Não se preocupe de passar exatamente o vermelho entre as linhas, é até interessante ir um pouco além, logo cobriremos com o preto as sobras. 5° passo: Utilizando VALLEJO TANKCREW (BLACK) – 70.333 vamos cobrir as duas áreas remanescentes. Nesta etapa tome cuidado e redobre a atenção para não sobrepor às partes vermelhas. Mantenha traços firmes e retos. 6° passo. Enfim vamos colher os frutos da utilização do CAMOUFLAGE MEDIUM BROWN como base e do Dullcote. Com as camadas do TANKCREW e do VERMILLION "quase" secas, vamos com uma lâmina #11 fazer vários arranhões aqui, ali e acolá. A tinta se desprende com muita facilidade nos revelando o marrom base. Seja delicado e utilize o bom censo, pois será fácil exagerar. 7° passo: Aplicação dos pasteis #411,3, #235,3 e #411,5. Normalmente eu raspo uma pequena quantidade de cada sobre minha bancada e trabalho misturando as cores. Não existe uma fórmula exata de como fazer, mas aplicando as três cores de maneira aleatória você produz bons resultados. A marca de escorrido foi feito com VALLEJO DARK GREY BLUE - 71,054 misturado com MÉDIUM ACRÍLICO em proporções iguais. Você produz a marca de escorrido e asperge um pouco da mistura de pastel sobre ela. Da mesma forma foi feito ao redor das tampas. PREPARANDO A MISTURA A&I Quando falo da receita A&I na verdade quero dizer álcool e ink (tinta nankin). Existem diversas proporções das mais escuras as mais claras dependendo tão somente da mistura de ambos. Se mais forte + nanquim e – álcool e assim sucessivamente. Sugiro que façam uma mistura de 1 (uma) parte de nankin para 180 (cento e oitenta) de álcool. Está é uma das minhas receitas, apliquem em retalhos de madeiras e assim ajustem a mistura ideal até obter a sua cor desejada. Uma vez feita a mistura essa poderá ser guardada em um vidrinho podendo ser utilizada todas as vezes que se fizer necessária. Tintas Decoart Americana: http://www.lojamestre.com.br/lojas/pincelar/consultafamilia.a sp?FamiliaID=2&an=tintas-decoart-americana Tintas Vallejo: http://www.brasilminiaturas.com.br/ Giz pastel seco Rembrandt: http://www.artcamargo.com.br/materiais-paradesenho/pastel-seco/pastel-seco-rembrandt-talens/pastelseco-rembrandt-talens.html