Música, alma do povo
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Música, alma do povo
+ Evento 18 Música, alma do povo ... A música de um povo está dentro de cada um, isso a lama não pode levar, nem os governantes corruptos podem roubar... Numa coisa concordam sociólogos, antropólogos, psicólogos e todos os estudiosos da raça humana: a sociedade só é plena e perfeita na música. É como se todo o tempo em que nos dispersamos, atarefados em mil atividades, fosse uma preparação para o momento ideal, o momento musical. E isso é assim desde o começo dos tempos, quando os homens primitivos descobriram que podiam fazer flautas de ossos e tambores com peles. Estão lá, eternizados em pinturas e esculturas, os instrumentos musicais utilizados por povos de todas as épocas, do extremo oriente ao antigo Egito, da civilização grega aos indígenas das florestas tropicais. Afinal, seja tocando, cantando ou dançando, a única forma de todos falarem ao mesmo tempo sem brigar, é através da musica. O sagrado, em todas as formas rituais, sempre acontece e aconteceu acompanhado por música. E todos nós sabemos também que a música é a essência da festa. Mas não é só alegria que ela pode nos dar. Nos dá coragem, como nos tempos de capa e espada, quando os exércitos sempre iam para a guerra marchando no ritmo dos tambores, que tocavam para tirar o medo dos homens. É em tempos difíceis que a música se agiganta, torna-se uma alavanca poderosa de esperança, conscientização e união. Nova Friburgo está precisando desse alento musical. Nossa população, ainda traumatizada pela catástrofe, necessita desse arrebatamento, da redentora alquimia proporcionada por uma música inteligente, positiva, que resgate sua identidade através da memória cultural, num novo alento. A música iria até os bairros de periferia, onde está a maioria da população que foi mais prejudicada pelos desabamentos. Essas pessoas receberiam crachás, que lhes dariam ingressos gratuitos para todos os eventos. As outras pessoas pagariam como ingresso um quilo de alimento não perecível, e isso seria distribuído no encerramento dos eventos aos necessitados do lugar. Luhli Borges Nesses bairros não há teatros, mas isso não é problema. Seriam armadas lonas de circo, as lonas culturais, onde aconteceriam os shows e oficinas. Seriam oferecidas oficinas de criação musical, de ritmos, de danças populares, de contação de histórias, de confecção de instrumentos musicais e brinquedos com sucata. Seria criado um intercambio com as ongs e pontos de cultura da região, promovendo encontros e apresentações dos trabalhos que realizam. Os shows musicais fechariam a programação das atividades do dia. Boa música brasileira feita, numa primeira fase, por músicos daqui, pois há muitos bons artistas que estão morando nessas redondezas, buscando uma melhor qualidade de vida, além dos músicos nascidos na região. Num desenvolvimento do projeto viriam artistas do Rio de Janeiro e de outras cidades, instrumentistas e cantores que fazem música de qualidade e que estão fora do foco da mídia comercial, que massifica uns poucos e não dá espaço para muitos. Receberiam um cachê decente, transporte, hospedagem e alimentação, tudo feito em termos viáveis aos cofres da nossa secretaria de cultura. Aliás, corre à boca pequena a noticia de que há uma verba de cem mil reais, destinada à cultura, parada há tempos nos cofres do governo local, esperando projetos culturais como esse. Enquanto isso não acontece, vamos continuar a botar fé na alma de nossa gente, que é uma alma musical. A música de um povo está dentro de cada um, isso a lama não pode levar, nem os governantes corruptos podem roubar. Luhli é artista, escritora, compositora, instrumentista e cantora, pioneira da produção independente de discos no Brasil. São Pedro da Serra realiza a 10ª Feira da Terra em Novembro Desde 2010 representando a região com produtos da agricultura familiar, do artesanato local e das iniciativas empreendedoras de caráter ambiental, a Feira da Terra será realizada nos dias 16, 17 e 18 de novembro, em São Pedro da Serra, Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. O evento, que utiliza conceitos como agroecologia e economia criativa, aliados a expressões da cultura popular, tem um novo formato nessa edição. Produtos orgânicos, troca de sementes, artesanato, música, dança, oficinas, rodas de conversas, espaço das crianças, práticas alternativas à saúde, alegria e descontração fazem parte do cardápio do evento. A idéia é trazer informações, novidades e troca de conhecimentos, e com isso, contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas. Realizada pelo Coletivo Feira da Terra e patrocinada pelo Sebrae/ RJ e ENERGISA contando com diversos parceiros, entre eles Instituto Pindorama, Lumiar Aventura, Lausanne Produtora Cultural e Prefeitura de Nova Friburgo, o evento Feira da Terra tem como principal objetivo, a divulgação do trabalho de produtores, artesãos e artistas da região, para trazer geração de renda e alternativas de escoamento dessa produção, além, claro, de proporcionar momentos de descontração para toda a família que busca uma vida na sua melhor expressão. Nessa edição – agora com três dias de atividades – as barracas serão produzidas pelo Instituto Pindorama com iluminação LED, com novidades na programação. Entre as principais atrações, estão Musik Fabrik, Jander Ribeiro & Rodrigo Garcia, a trupe Grandes Seres da Montanha, Família Clou e a Fundação Kokopelli. Grandes Seres da Montanha é uma das atrações culturais que vai garantir a programação divertida da feira. A trupe é de circo e resgata do folclore brasileiro umas das mais expressivas formas simbólicas - o circo-teatro. Um espetáculo para qualquer idade, contada com uma linguagem irreverente e atual. A Fundação Kokopelli - organização francesa sem fins lucrativos - possui como finalidade a venda de sementes crioulas (sementes conservadas por famílias agricultoras) aos países desenvolvidos para estar em condições de doar sementes e conhecimentos de agroecologia aos países em desenvolvimento. Possui como programas principais a doação, a promoção de oficinas e a criação de banco de sementes. Durante a Feira da Terra, a Kokopelli estará promovendo uma troca de sementes crioulas com os participantes do evento em São Pedro da Serra. A feira será montada na pracinha charmosa de São Pedro da Serra - Praça João Heringer – com barracas de bambu padronizadas para a venda dos produtos e tendas. Entre tantas novidades, está o Espaço da Cura, reservado às práticas alternativas para cuidar da saúde e serviços de prevenção. A Feira da Terra pretende resgatar e valorizar a sabedoria dos povos que vivem na região, com suas receitas caseiras e produtos artesanais, assim como incentivar as práticas de consumo mais sustentáveis, através da aquisição de alimentos agroecológicos. Reconhece os vínculos de confiança entre as partes, quando a venda é feita direta do produtor. De acordo com as estações cíclicas da natureza, a Feira da Terra tem sua periodicidade baseada nas épocas de plantio e colheita, o que garante um evento por cada estação do ano Coletivo de produção da Feira da Terra