Fechar - Portal de Conferências da UnB

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Fechar - Portal de Conferências da UnB
SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo
10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo
Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012
RÁDIO E TECNOLOGIA: AS MARCAS DO PROCESSO DA
CONVERGÊNCIA NO SITE DA RÁDIO INDEPENDENTE 930 KHZ
Rafael de Jesus GOMES1
Debora Cristina LOPEZ2
RESUMO:
Este artigo tem por objetivo encontrar as marcas da convergência no site da emissora
Independente AM e identificar seus pontos positivos e negativos. Partimos de uma revisão
bibliográfica em que é discutido o conceito de convergência, seu papel e o impacto que ela
provoca nas empresas de comunicação, especialmente no rádio. Dessa forma, apresentamos
neste artigo a convergência, a interatividade e como elas afetam a produção de conteúdo no site
da Rádio Independente 930 de Lajeado/ RS.
PALAVRAS-CHAVE:
Convergência,
Interatividade,
Multimídia,
Rádio
e
Independente AM
1 – INTRODUÇÃO
A utilização da Internet como meio de produção e difusão de conteúdos criou
uma nova era para as empresas de comunicação. A partir do momento em que a grande
rede saiu dos laboratórios de pesquisa e passou a ser usada pela sociedade civil.
De acordo com matéria publicada pelo jornal O GLOBO ONLINE, em 2011
havia mais de dois bilhões de internautas no mundo. Com um número tão elevado de
pessoas navegando pela internet, ela se torna uma ferramenta importante para que
1
Aluno especial na matéria de Processos Midiáticos e Territorialidades do Programa de Pós-Graduação
em Comunicação (POSCOM) e integrante do Grupo de Pesquisa em Convergência e Jornalismo
(CONJOR) da UFSM.
2
Orientadora do Trabalho, Professora Doutora em Comunicação e Cultura Contemporânea pela UFBA,
Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Convergência e Jornalismo da UFSM e professora de pósgraduação da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM
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diversas empresas possam tirar proveito de todas as suas potencialidades. Estima-se que
até o final de 2012, só no Brasil o consumo pela internet chegue a 24 bilhões de reais3.
Neste cenário, as empresas de comunicação estão enfrentando desafios,
sobretudo às mídias tradicionais. O jornal impresso, a televisão e o rádio, nosso objeto
de estudo neste trabalho, passam a caminhar por esse território digital. O rádio precisou
encarar um dilema importante com o uso da internet. Cordeiro (2004) disse que a
grande rede alteraria a natureza do rádio transformando-o de tal maneira que seria
necessário repensar o conceito de rádio com o avanço dos sistemas de multimídia.
Hoje, quase dez anos após esse estudo, inúmeras empresas de radiodifusão estão
utilizando a rede de inúmeras formas. Entre essas emissoras, destacamos neste trabalho
a rádio Independente de Lajeado/RS, emissora que integra o Grupo Independente de
Comunicação. Foi apontada pela Revista Amanhã como a quarta emissora mais ouvida
do Rio Grande do Sul na pesquisa Top of Mind em 20114.
Dessa forma, este artigo tem por objetivo realizar uma aproximação inicial da
presença
da
Rádio
Independente
na
internet
identificando
recursos
para
difusão/distribuição de conteúdo e para a interação direta com o usuário. Neste trabalho
são discutidas as marcas da convergência e seus desdobramentos. Para tanto, foi
desenvolvida uma ficha de observação encontrando podcasts, redes sociais e outras
ferramentas digitais.
2 – A UTILIZAÇÃO DA INTERNET NO RÁDIO
O uso da internet na produção de conteúdo radiofônico deve ser entendido por
diversos âmbitos. Desde a utilização da rede como recurso para a produção de pautas e
matérias, passando pela utilização do mp3 e do wma, do podcasting, entre outras
mudanças, a internet abriu caminho para a reformulação das empresas radiofônicas.
Ferrareto (2000) considera que tais mudanças não interferiram somente na produção e
transmissão, mas chegaram a todos os setores da rádio mudando o ambiente de trabalho
e o processo de transmissão do áudio analógico para o digital.
3
Em: http://www.divicity.com/portal/index.php/brasil/economiaadesenvolvimento/8368-consumo-pelainternet-deve-crescer-25-e-movimentar-r-234-bi-em-2012.html,acessado em 17/07/2012.
4
Em: http://www.amanha.com.br/toprs2011/#/resultados, acessado em 17/07/2012.
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Essas alterações na rotina das rádios propiciaram o surgimento de uma nova
forma de se fazer rádio. A velocidade da informação na rede está moldando o
profissional e as emissoras, que passaram a encarar à grande rede como uma aliada
poderosa.
Aliada porque oferece inúmeros recursos aos jornalistas e a possibilidade de
transformar o ouvinte em um ouvinte-repórter (LOPEZ, 2009). Além disso a utilização
dos aparelhos celulares e a presença das emissoras nas redes sociais digitais estão
criando um novo ambiente propício à interação com o ouvinte. Porém, existem
problemas, como o excesso de informação, que torna a vida do jornalista muito mais
leniente e que prejudica a real apuração dos fatos tornando o profissional “refém” do
material que ele recolhe sem o filtro necessário.
Com o avanço da internet, as rádios agora se dividem em três tipos: As de
existência somente na antena, as que emitem sinais na antena e pelo website e as com
existência somente no website (PRATA, 2008). Percebe-se que a grande rede
potencializa todas as características do rádio. Miranda (1999) afirma que o rádio na
internet abrange diversas configurações como o imediatismo, a instantaneidade, a
penetração geográfica, a sensorialidade e a interatividade. Este último, segundo a
autora, dá ao ouvinte a possibilidade de realizar outras tarefas dentro do website, se
transformando no ouvinte-internauta, visão defendida por Ferrareto (2007):
(...) O público, tomado anteriormente apenas como ouvinte, passa a ser
encarado como usuário multimídia, vagando, no espaço real ou virtual, de
uma a outra forma de obter conteúdo ou, para usar um termo desta nova era,
surfando entre elas. (FERRARETO, 2007, p. 08)
Miranda e Ferrareto observam diversos benefícios com o uso da internet. Como
se pode notar, ela mudou a forma como as pessoas reagem à informação, fator pelo qual
se coloca como fundamental às empresas de radiodifusão se preocupar com o avanço
tecnológico. Para Lopez (2009) é necessário que as emissoras de rádio passem a
explorar todas as potencialidades que as tecnologias oferecem produzindo conteúdo de
relevância e adaptando-se aos diversos níveis de convergência.
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Lopez (2009) ainda considera que os efeitos das tecnologias e, em especial da
internet, estão agindo muito mais como processos que reafirmam a posição do rádio
como importante meio de comunicação:
Trata-se de um veículo que está consolidando uma identidade estéticonarrativa e que, aos poucos, vai (re)construir uma dinâmica individual de
consumo e fruição da informação. Hoje, se for considerada a configuração do
produto final, a internet tem agido mais como um potencializador das
características essenciais do rádio, mas com variações narrativas e de suporte.
(LOPEZ, 2009, p.20)
Agora, o contato entre ouvinte e a emissora atinge outros níveis. Ele tem o SMS,
o Facebook, o Twitter, o MSN, e outras ferramentas que estão mudando a forma como
os ouvintes consomem o que ouvem nas emissoras e o mais importante – como ele
absorve esse conteúdo. Sai o período em que as redações eram fechadas e seus acessos
eram restritos, entra à tecnologia e com ela, a possibilidade da convergência.
3 – A CONVERGÊNCIA E OS SEUS EFEITOS
A utilização de ferramentas tecnológicas para a produção de conteúdo no
ciberespaço e em diversas plataformas fomenta o surgimento de novas formas de
interação, de distribuição e de compartilhamento de informações. Com a criação de
novos gadgets que uniram inúmeros serviços num único aparelho, o termo convergência
se coloca em evidência.
Para entender a convergência como um fenômeno presente em nossas vidas,
pensemos nos aparelhos de telefone celular. Quando surgiram ainda na década de 80,
tinham a função similar de um telefone fixo, vinte anos depois, ele se torna uma
plataforma de serviços que vai de telefone ao acesso do e-mail, redes sociais, câmera de
captura de imagens, vídeo, rádio, etc. Jenkins (2006, p.31) define o celular como o
“canivete suíço” quando se refere à sua oferta de serviços.
Não é só o celular que é reflexo da convergência em nossas vidas. A internet e
suas possibilidades como ver um vídeo, escrever um texto, ouvir uma rádio, tudo ao
mesmo tempo, os caixas eletrônicos dos bancos, o videogame que se transforma numa
plataforma de entretenimento são exemplos do impacto da convergência. Por conta
destes e de outros fatores, Jenkins (2006) se refere à convergência como um processo
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cultural:
A convergência é um processo cultural. Refere-se ao fluxo de imagens, idéias,
histórias, sons, marcas e relacionamentos através do maior número de canais
midiáticos possíveis. Um fluxo moldado por decisões originais, tanto em
reuniões empresariais quanto em quarto de adolescentes. Moldado pelo
desejo de empresas de mídia de promover ao máximo as marcas, e pelo
desejo dos consumidores de obter a mídia que quiserem, quando e onde
quiserem. (JENKINS, 2006 pág.41).
Cultural porque ela está presente na sociedade de consumo contemporânea.
Ávida pela rápida informação e que não está alheia aos acontecimentos. Essa população
interage e comenta o que recebe através das redes sociais digitais e isso vem
modificando a forma como as empresas lidam com a informação.
Os meios de comunicação após a massificação da internet precisaram se adaptar
a essa nova realidade. Hoje o público é um interlocutor importante que opina, discute,
diverge, concorda e compartilha cada informação que recebe. Essa nova “cara” do
consumidor midiático representa uma quebra de paradigma importante em especial para
as empresas jornalísticas que para ampliar a sua presença criaram diversos canais para
manterem contatos diretos com seus públicos.
A comunicação mediada pelo computador (CMC) com o acesso à internet
promove o que alguns autores como Pierre Levy (1997) e Alex Primo (2007) defendem
como interatividade. Ainda que este não seja um tema pacífico, é importante considerar
alguns pontos principais sobre interatividade:
• A Interação mediada pelo computador ganhou impulso com a massificação da
internet. Porém ela não existe só por isso, segundo Alex Primo é um erro olhar a
interatividade por um prisma tecnológico por esta ser uma abordagem bem
tecnicista. “É fechar os olhos para o que há dentro do computador” (PRIMO,
2007, p. 32).
• A Interatividade através do computador envolve diversas ações, desde o clicar
do mouse, ao rodar um jogo passando pela impressão de um documento, pela
exibição de imagem via webcam e chegando aos processos de comunicação
inseridas nas redes sociais digitais, e em programas como o MSN entre outros.
Em outras palavras, característica da criação de um ambiente de convergência.
Como se percebe, a convergência não mudou somente a forma como nós
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encaramos as mudanças tecnológicas ou como as empresas midiáticas estão se
comportando. A convergência adquire outras dimensões quando buscamos analisar a
forma como ela está dividindo em especial as empresas jornalísticas.
Pesquisadores como Salaverría & Negredo (2008), por exemplo, entendem que a
convergência dentro das empresas jornalísticas se divide em quatro dimensões:
Empresarial5, profissional6, de conteúdo7 e tecnológica8. Cada uma delas impactando
diretamente na rotina dos profissionais de comunicação. Outros pesquisadores como
García Avilés (2008) dão significativo destaque à convergência como um fenômeno
com um fim específico. Ou seja, a convergência precisa produzir um resultado
econômico para a empresa através da tecnologia. Por isso ele entende que cada empresa
jornalística deveria ter um projeto de convergência diferenciado com base nos seus
públicos. Um exemplo, a redução no número de profissionais dentro de determinada
emissora.
Quando buscamos entender o papel da convergência dentro das redações
jornalísticas vemos que ela adquire certas características. Marcelo Kischinhevsky (2009)
considera que elas são adotadas pelas empresas até como um sistema de coopetição
(cooperação com certo grau de competição) buscando trazer resultados favoráveis às
empresas. Micò ET AL (2009) assim define:
Este é o tipo de solução que, em inglês, se denomina coopetition, uma
palavra que se poderia adaptar ao castelhano como coopetición e ao
português como coopetição. A encontramos quando dois meios cooperam
para compartilhar informação ou outros aspectos do negócio, ainda que
sigam competindo ou, ao menos, produzam materiais originais próprios. Esta
tática é adotada pelos meios para suportes nos quais não possuam nicho de
mercado. (MICÒ; MASIP; BARBOSA, 2009, p/07)
Essas práticas a que se referem os autores acabam interferindo na rotina de
produção de conteúdo e profissional do jornalista, pois se compartilham redatores,
5
Convergência Empresarial - Corresponde ao setor corporativo, à gestão de pessoas, à organização do
trabalho e aos aspectos mais administrativos da empresa jornalística
6
Convergência Profissional – Quando os profissionais são submetidos às rotinas de trabalho pesadas,
acúmulo de funções. Os autores denominam o profissional como o “multitarefa” ou a “polivalência
midiática.
7
Convergência de Conteúdo – Quando uma mesma notícia é transmitida em diferentes meios.
8
Convergência Tecnológica – Consiste nas mudanças trazidas pelo emprego de tecnologia nas redações
potencializando o trabalho através da internet, do computador, de programas de sistema e edição
multiplataforma
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jornalistas de diferentes setores dessas empresas “parceiras” na produção de material.
Ainda segundo Barbosa, essa prática não é muito comum no Brasil, mas aos poucos,
empresas como o Grupo Bandeirantes e a TVE na Bahia, realizaram este processo (2009,
p.08).
Assim, é importante frisar que a convergência não é e não pode ser vista
unicamente como fenômeno tecnológico. Mais do que isso, trata-se de uma alteração
cultural. Entender a convergência como processo é entender o papel que a tecnologia
vem assumindo no cotidiano e perceber quais as mudanças que ela trouxe para as mídias
tradicionais, neste trabalho em especial, para o rádio.
3 – O PAPEL DA CONVERGÊNCIA NA RADIODIFUSÃO
O rádio em sua história precisou enfrentar diversas mudanças. Desde a chegada
do cinema, passando pela televisão até o surgimento da internet, o rádio soube aprender
com as mídias subsequentes uma forma de sobreviver entre elas. Mas com a internet, o
rádio agora pode ser visto e ouvido, pode ter imagens e compartilhá-las com os seus
ouvintes ampliando o alcance e o papel do rádio.
Quando falamos em convergência nas emissoras de radiodifusão, devemos
entender que ela não é uma realidade recente. Ferrareto (2009) diz que durante as
décadas de 70 e 80 começam a ter força os grupos de comunicação formados a partir da
propriedade cruzada (unindo jornais, televisões e rádios sendo de responsabilidade de
um único grupo). Porém é durante a última década do século XX que a convergência
impulsionada pela tecnologia começa a expandir.
O autor explica que com a convergência é repensado todo o conceito de empresa
de comunicação e do papel do rádio nesse cenário, pois, a necessidade de oferecer um
produto de mais qualidade aos ouvintes demanda investimento em tecnologia. A
internet se coloca como uma plataforma importante desde o final do séc. XX até agora:
Em termos de convergência, ao longo do decênio seguinte, a prática mais
corrente entre os grupos de comunicação, de grande e de médio porte, vai ser
mesmo a criação de portais de conteúdo na internet, englobando conteúdos
gerados – ou retrabalhados a partir destes – por seus veículos tradicionais de
imprensa, rádio e/ ou televisão (FERRARETO, 2009 p. 07)
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Ou seja, segundo o autor, os conteúdos criados a partir das mídias tradicionais
são levados aos portais e adaptados ao consumo multimídia. A inserção de hiperlinks
para aprofundamento da matéria, a inclusão de vídeos são alguns dos exemplos das
ferramentas utilizadas como estratégia para a ampliação da interatividade entre as
empresas e os internautas.
As alterações na produção de conteúdo nas emissoras através da internet
demonstram a sua mutabilidade frente às tecnologias que surgem. O rádio na internet
constrói todo um cenário interativo ao usuário. Como diz Nair Silva (2011):
Não se trata de rádio na
acompanhada de outros
capacidade de navegação,
usuário, para procurá-la
HERREROS, 2011, p. 21)9
Internet, mas sim, de uma informação sonora
elementos paralelos escritos e visuais com
de ruptura do sincronismo dando liberdade ao
quando quiser. (SILVA APUD CÈBRIAN
Todas essas possibilidades dão ao ouvinte-internauta a sensação de poder
consumir o que quiser a qualquer momento, reforçando novamente a visão de Jenkins
(2006) de estarmos vivendo uma cultura da convergência. Embora pesquisadores como
Ferrareto e Kischinhevsky (2010) acreditem que essa habilidade dada ao usuário através
da tecnologia só ocorre quando este possui poder econômico para tal e que ela não seja
democratizante, a convergência proporcionou mudanças positivas e negativas dentro da
radiodifusão.
Vamos citar as quatro dimensões da convergência jornalística. García Avilles &
Salaverría (2008) afirmam que a convergência tecnológica trouxe para as emissoras
melhorias no áudio, o som das fitas magnéticas foi substituído pelo som digital, etc. A
convergência empresarial vem com o crescimento das redes regionais de radiodifusão,
ou seja, o que acontecia no início dos anos 70 e 80 com a propriedade cruzada e com o
surgimento da internet vê um impulso no surgimento de conglomerados internacionais.
As empresas de rádio passam a ter mais força no interior.
Na convergência profissional, Salaverría & Negredo (2008) percebem que os
radialistas e jornalistas agora estão submetidos a duras rotinas de trabalho, a aquisição
do saber em diferentes áreas do conhecimento, a acumulação de tarefas, o que os
9
Traduzido de: “No se trata tanto de radio por Internet sino de una información sonora acompañada de
otros elementos paralelos escritos y visuales con capacidad de enlaces, de navegación, de ruptura del
sincronismo para dejar libertada al usuario temporal y espacialmente para que acuda cuando quiera”.
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autores denominam como polivalência funcional (quando o profissional assume várias
tarefas) e a polivalência multimídia (quando o profissional passa a fornecer conteúdo
para meios distintos daqueles em que trabalha), muitas vezes com salário muito aquém
do esperado e até a substituição do trabalhador por programas de computador são
realidades encontradas por diversos profissionais da radiodifusão. Na convergência de
conteúdo, o profissional passa a agora a deparar-se com uma necessidade que antes não
tinha – de criar uma nova linguagem para a produção de conteúdo utilizando as
ferramentas digitais. Salaverría (2009) analisa em seu artigo, três dimensões que podem
deixar o conteúdo mais bem aproveitado:
• Multimidialidade – Quando o profissional precisa aprender a incrementar o seu
texto com sons, vídeos, imagens, infográficos, Segundo Salaverría, para
chegarem nesse nível, os profissionais e as empresas precisam tornar o seu fluxo
de informação muito eficiente.
• Hipertextualidade – Quando a rede propicia e organiza estruturas discursivas em
seu texto através de conteúdos multimídia. É um recurso muito bom para
enriquecer o conteúdo jornalístico.
• Interatividade – As empresas devem passar a ouvir o seu público. Antes, a
comunicação era hierárquica e unidirecional. Agora, as tecnologias através das
redes sociais digitais criaram novos caminhos para a comunicação entre as
instituições e o público. Salaverría comenta que as empresas agora precisam
saber ouvir e dar voz aos seus leitores que passam a serem colaboradores e
participantes.
A convergência de conteúdo trouxe essa possibilidade como maior mudança - o
papel que o usuário assume. Agora ele tem a potencialidade de participar através das
redes sociais digitais e as empresas precisam ser lucrativas criando fluxos de informação
eficientes:
A capacidade das empresas de comunicação de gerar lucros passa hoje,
portanto, não apenas pelos milhares de ouvintes por minuto de uma emissora
de rádio, mas também pela sua capacidade de geração de fluxos
comunicacionais entre participantes de redes sociais. Esta reconfiguração se
evidencia na esfera da indústria da radiodifusão com a emergência do
podcasting, modalidade de rádio sob demanda, em que o internauta pode
baixar os arquivos de áudio para seu computador e/ou para seu tocador
multimídia. (FERRARETO, KISCHINHEVSKY, 2010, p. 177)
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Os fluxos comunicacionais a qual os autores se referem definem bem a realidade
encontrada pelas emissoras atualmente. O ouvinte-internauta pode ser testemunha de
algum fato atípico, noticiar em sua página no Facebook ou Twitter e contatar a emissora
que está presente nessas redes.
Todas essas características potencializadas pelas tecnologias no rádio
fomentaram o surgimento do que autores como Cèbrian Herreros (2009) definem como
Ciberradio. Refere-se ao rádio que transcende fronteiras do rádio tradicional:
(...) A ciberradio não deve ser confundida como uma mera incorporação de
chats, foruns ou emails. Isto já é feito pela rádio tradicional. (...) A ciberradio
incorpora este e outros elementos a si como concepção interna e conteúdo e
também inclui podcastings, audioblogs e outras manifestações interativas
(...) A Ciberradio de plena Interatividade ocorrerá com a criação de
ciberradios pessoais. (CÉBRIAN HERREROS, 2009, p.153)10
Para Herreros, o conceito de ciberradio vai além do que nós vemos na rádio que
está apenas na internet. Sua visão é complexa e parte do pressuposto de que com o
desenvolvimento tecnológico e da convergência as emissoras de rádio atingem
características globais e que dá ao usuário o poder para modificar programação, modos
de ouvir e abrindo novas potencialidades de interação.
A discussão é longa quanto aos efeitos da convergência na radiodifusão. Porém
não se pode mais questionar que ela não esteja presente nas pequenas, médias e grandes
emissoras. Seus reflexos são percebidos na produção de conteúdo produzido. Seja no
constrangimento do tempo para a apuração das matérias em que o jornalista usa o
computador para a busca das fontes, seja usando o celular para envio de notícias, ou a
utilização de ferramentas digitais para melhorar o conteúdo.
4 – SITE DA RÁDIO INDEPENDENTE AM: UMA APROXIMAÇÃO INICIAL
Partindo de uma análise inicial sobre a internet e a convergência no cenário
10
Tradução para: “La ciberradio no debe confundirse com la mera incorporacíon de chats, foros o
correos. Esto ya lo hace la radio tradicional (...) La ciberrario incorpora esto y otros elementos a s
conepcíon interna y los contenidos y además, incluye los podcastings, audoblogs y otras manifestaciones
interativas, (..) La ciberradio a la plena interatividade se llega a la creacíon de las ciberradios
personales...”
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radiofônico, faremos uma observação inicial sobre o site da rádio Independente AM.
Nosso objetivo é encontrar marcas da convergência no site da emissora e identificar
seus pontos positivos e negativos.
A rádio Independente 950 KHZ é uma das rádios AM’s mais tradicionais da
região do Vale do Taquari no RS. Foi considerada pela revista Amanhã como a quarta
emissora AM mais ouvida do RS. A rádio junto com a Tropical FM e a Rádio do Vale
AM 820KHZ formam o Grupo Independente de Comunicação. A Independente possui
uma abrangência total de 37 municípios da região do Vale11.
O grupo é uma instituição familiar, sua fundação remonta a data de 01 de abril
de 1951. Octávio Trieweiller, Rui Azambuja e Pedro Müller foram os criadores da
emissora. Porém foi com a gestão de Lauro Müller, filho de Pedro, que a rádio
conseguiu significativa notoriedade. Hoje, o controle da emissora está na quarta geração,
com a coordenação de João Pedro Müller e Gabriel Müller a emissora conta com
aproximadamente 100 funcionários, entre colaboradores e profissionais diretos da
emissora12.
A rádio possui uma programação 24hs, focada no radiojornalismo e nas
transmissões esportivas. O estúdio da emissora está localizado no bairro Alto do Parque
em Lajeado/ RS.
O site da emissora é o http://www.independente.com.br. No Livro: Rádio
Independente: 60 anos no ar, o autor explica que a primeira iniciativa de colocar o
rádio na Web teria sido ainda em setembro de 2000, mas sem grandes investimentos.
Todavia isso tudo viria a mudar no ano de 2009:
Em novembro de 2009, O Grupo contratou seu ex-operador de áudio,
Eduardo Costa da Silva, de formação publicitária, para criar um novo portal
de informação com nova tecnologia. Em abril de 2010, Eduardo e Christian
Ely, que atuava no site anterior, estrearam o Núcleo de Web e em 05 de maio
de 2010, o novo portal estrearia oficialmente. (SCHIERHOLT, 2011, p. 146)
O núcleo web da emissora contava até julho de 2011, época do lançamento do
livro, com 03 funcionários que eram responsáveis pelo layout, conteúdos, promoções,
enquetes, novas seções no site e fazer as alterações no portal para a Rádio Independente
11
12
Ver em: http://www.independente.com.br/independente.php, acessado em 21/07/2012.
Ver em: http://www.independente.com.br/independente.php, acessado em 21/07/2012.
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e para a Tropical FM, além de responderem pelas mídias sociais da emissora.
Percebe-se que o acúmulo de funções elencadas pelo autor em que os três
funcionários eram submetidos, se configura num exemplo de convergência profissional
em que aos profissionais são imputadas diversas atividades.
O site abrange diversas formas de conteúdo, desde a publicação de fotos,
matérias online, vídeos e em especial áudios. No livro, o autor afirma que o conteúdo
produzido pela emissora seria enviado ao núcleo web onde seriam adaptados para a
Internet (2011, p.146).
Entretanto, analisamos a matéria publicada no dia 22/07/2011 “Motorista
embriagado atropela e mata pedestre no interior de Venâncio Aires”, conforme a
imagem abaixo:
Percebeu-se que, ao contrário do que afirmou o autor, a Independente AM não
altera o conteúdo da antena para a internet. O áudio disponibilizado no site é o mesmo
gerado na antena. Ao repetir a matéria, a emissora deixa de aproveitar uma
oportunidade de ampliar o conteúdo informativo da notícia e impede o usuário de poder
aprimorar sua informação sobre o fato.
Na matéria são destacados hiperlinks nos nomes das cidades de Venâncio Aires
e Cruzeiro do Sul. Quando clicados o site redireciona o usuário para a seguinte tela:
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O internauta é levado para uma página em que são encontrados telefones de
órgãos públicos da cidade e outras empresas. A empresa poderia usar melhor o banco de
dados podendo fornecer melhores informações aos usuários.
O site da Independente possui diversos canais de interação com o usuário. Desde
uso de redes sociais digitais até o envio de comentários nas matérias. Na página
principal do site existe um espaço chamado “Mural de Recados”. Nele, o internauta
pode enviar seu comentário sobre a programação dando dicas e sugestões. Percebemos
que esta é uma sessão mito utilizada pelos internautas, pois além de elogiarem a
emissora, os usuários reivindicam soluções para seus bairros, ruas e afins. Durante a
nossa pesquisa, (entre os dias 20/07 à 05/08) não vimos nenhuma matéria no site que
abordasse alguma das reivindicações dos internautas.
Nas matérias, existem espaços para a publicação de comentários e
redirecionamentos às redes sociais digitais. Elas podem ser compartilhadas pelo
Facebook, Twitter, Google+ e também podem ser encaminhadas para o e-mail pessoal
do usuário. Este responde a dados como nome, cidade e e-mail até publicar sua opinião.
Há um espaço livre para o comentário do usuário e notificações para que ele receba
atualizações de outros usuários que comentem a matéria mostrando que a emissora
utiliza recursos para promover o engajamento dos internautas através de suas
publicações.
Quanto ao uso das redes sociais digitais, a empresa possui perfil no Facebook,
no Twitter e no Orkut. O Facebook e o Twitter são usados pela equipe de jornalismo
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como plataforma de divulgação de suas matérias. Além de terem integrado as contas
através da ferramenta Twitterfeed, ou seja, o que a empresa publica no Twitter é
redirecionado automaticamente para o Facebook.
O endereço no Facebook é: https://www.facebook.com/am950 A participação do
usuário no Facebook ocorre através da opção de curtir, do comentário e do
compartilhamento da matéria. No Twitter, o endereço é: https://twitter.com/am950. Os
tweets criados vêm acompanhados dos encurtadores de URL para direcionar o usuário a
ler a matéria no site da Independente AM. Na rede, notamos que os tweets da emissora
começam com as hashtags (o uso do símbolo #) funcionando como etiqueta (TRÄSEL,
2008) facilitando a informação para o usuário e facilitando a busca por palavras-chaves.
No Orkut, há um perfil e uma comunidade havendo mais de 500 amigos no
perfil. As postagens só podem ser vistas pelos amigos da emissora o que impossibilita
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Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012
uma análise mais aprofundada. Pois, é necessária a aprovação dos administradores do
perfil para se tornar amigo revelando que no Orkut, infelizmente, não conseguimos
descobrir se essa é uma atitude estratégica da emissora ou não. Na comunidade, vemos
pelo site que não há uma atualização constante, há quase 300 fãs na comunidade e a
última postagem foi de 12/10/2011 mostrando que não há atividades desde então.
Outra ferramenta de interação é o blog. No endereço escreverem sobre o
cotidiano deles na emissora ou sobre assuntos aleatórios. As postagens possuem links
para redirecionamento às redes sociais digitais.
Como painel geral, percebemos que a Independente abre espaço para o
relacionamento com seus ouvintes através de ferramentas digitais. Porém a empresa está
deixando de utilizar a real potencialidade que essas ferramentas oferecem e poderiam
melhorar significativamente o trabalho desenvolvido pela rádio.
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Falar em convergência é falar sobre o papel que as tecnologias estão assumindo
em nossas vidas e na vida dos profissionais em diversos âmbitos. Hoje nossos celulares
se abrem para uma infinidade de opções que não tínhamos há vinte anos, realizamos
muito mais tarefas com um único clique e ainda não nos demos conta de quanto isso
modificou nossas vidas.
Para as empresas de comunicação, essa mudança veio em curto espaço de
tempo. Hoje as empresas precisam estar equipadas com aparelhos de tecnologia que
pode além de melhorar a qualidade de seus serviços, ampliar o alcance. É o caso das
emissoras de rádio que com o advento da Internet, agora podem ser ouvidas em
qualquer lugar, desde que ela tenha seu site na rede.
É o caso da Independente AM de Lajeado/RS que conseguiu ao longo de mais
de 60 anos de história, se firmar como uma emissora de ponta e reconhecida como a
quarta emissora mais lembrada no Rio Grande do Sul.
É preciso também frisar, que este é um estudo preliminar, pois o nosso objetivo
é realizar um estudo mais aprofundado sobre o papel que a tecnologia vem assumindo
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na emissora. Para tanto, esse estudo foi importante em dar os primeiros indícios sobre
como se dará novas pesquisas.
Entretanto, percebemos, com a realização do trabalho, que as disponibilidades de
ferramentas não se convertem em ações de melhoria na produção de conteúdo, ou a
interação com o usuário. A rádio Independente AM perde uma boa oportunidade em não
ampliar os canais de interação deles, podendo fidelizar ainda mais o seu ouvinte.
Mas não há só más notícias. Este trabalho mostrou também que a emissora está
atenta com o que ocorre dentro das mídias sociais e busca trabalhar com a convergência
em diversos setores. Uma realidade que parece fazer parte não só desta, mas de diversas
emissoras que buscam estar cada vez mais próxima de seus ouvintes melhorando seu
conteúdo através da disponibilidade das tecnologias.
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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