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SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 RÁDIO E TECNOLOGIA: AS MARCAS DO PROCESSO DA CONVERGÊNCIA NO SITE DA RÁDIO INDEPENDENTE 930 KHZ Rafael de Jesus GOMES1 Debora Cristina LOPEZ2 RESUMO: Este artigo tem por objetivo encontrar as marcas da convergência no site da emissora Independente AM e identificar seus pontos positivos e negativos. Partimos de uma revisão bibliográfica em que é discutido o conceito de convergência, seu papel e o impacto que ela provoca nas empresas de comunicação, especialmente no rádio. Dessa forma, apresentamos neste artigo a convergência, a interatividade e como elas afetam a produção de conteúdo no site da Rádio Independente 930 de Lajeado/ RS. PALAVRAS-CHAVE: Convergência, Interatividade, Multimídia, Rádio e Independente AM 1 – INTRODUÇÃO A utilização da Internet como meio de produção e difusão de conteúdos criou uma nova era para as empresas de comunicação. A partir do momento em que a grande rede saiu dos laboratórios de pesquisa e passou a ser usada pela sociedade civil. De acordo com matéria publicada pelo jornal O GLOBO ONLINE, em 2011 havia mais de dois bilhões de internautas no mundo. Com um número tão elevado de pessoas navegando pela internet, ela se torna uma ferramenta importante para que 1 Aluno especial na matéria de Processos Midiáticos e Territorialidades do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (POSCOM) e integrante do Grupo de Pesquisa em Convergência e Jornalismo (CONJOR) da UFSM. 2 Orientadora do Trabalho, Professora Doutora em Comunicação e Cultura Contemporânea pela UFBA, Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Convergência e Jornalismo da UFSM e professora de pósgraduação da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 diversas empresas possam tirar proveito de todas as suas potencialidades. Estima-se que até o final de 2012, só no Brasil o consumo pela internet chegue a 24 bilhões de reais3. Neste cenário, as empresas de comunicação estão enfrentando desafios, sobretudo às mídias tradicionais. O jornal impresso, a televisão e o rádio, nosso objeto de estudo neste trabalho, passam a caminhar por esse território digital. O rádio precisou encarar um dilema importante com o uso da internet. Cordeiro (2004) disse que a grande rede alteraria a natureza do rádio transformando-o de tal maneira que seria necessário repensar o conceito de rádio com o avanço dos sistemas de multimídia. Hoje, quase dez anos após esse estudo, inúmeras empresas de radiodifusão estão utilizando a rede de inúmeras formas. Entre essas emissoras, destacamos neste trabalho a rádio Independente de Lajeado/RS, emissora que integra o Grupo Independente de Comunicação. Foi apontada pela Revista Amanhã como a quarta emissora mais ouvida do Rio Grande do Sul na pesquisa Top of Mind em 20114. Dessa forma, este artigo tem por objetivo realizar uma aproximação inicial da presença da Rádio Independente na internet identificando recursos para difusão/distribuição de conteúdo e para a interação direta com o usuário. Neste trabalho são discutidas as marcas da convergência e seus desdobramentos. Para tanto, foi desenvolvida uma ficha de observação encontrando podcasts, redes sociais e outras ferramentas digitais. 2 – A UTILIZAÇÃO DA INTERNET NO RÁDIO O uso da internet na produção de conteúdo radiofônico deve ser entendido por diversos âmbitos. Desde a utilização da rede como recurso para a produção de pautas e matérias, passando pela utilização do mp3 e do wma, do podcasting, entre outras mudanças, a internet abriu caminho para a reformulação das empresas radiofônicas. Ferrareto (2000) considera que tais mudanças não interferiram somente na produção e transmissão, mas chegaram a todos os setores da rádio mudando o ambiente de trabalho e o processo de transmissão do áudio analógico para o digital. 3 Em: http://www.divicity.com/portal/index.php/brasil/economiaadesenvolvimento/8368-consumo-pelainternet-deve-crescer-25-e-movimentar-r-234-bi-em-2012.html,acessado em 17/07/2012. 4 Em: http://www.amanha.com.br/toprs2011/#/resultados, acessado em 17/07/2012. SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 Essas alterações na rotina das rádios propiciaram o surgimento de uma nova forma de se fazer rádio. A velocidade da informação na rede está moldando o profissional e as emissoras, que passaram a encarar à grande rede como uma aliada poderosa. Aliada porque oferece inúmeros recursos aos jornalistas e a possibilidade de transformar o ouvinte em um ouvinte-repórter (LOPEZ, 2009). Além disso a utilização dos aparelhos celulares e a presença das emissoras nas redes sociais digitais estão criando um novo ambiente propício à interação com o ouvinte. Porém, existem problemas, como o excesso de informação, que torna a vida do jornalista muito mais leniente e que prejudica a real apuração dos fatos tornando o profissional “refém” do material que ele recolhe sem o filtro necessário. Com o avanço da internet, as rádios agora se dividem em três tipos: As de existência somente na antena, as que emitem sinais na antena e pelo website e as com existência somente no website (PRATA, 2008). Percebe-se que a grande rede potencializa todas as características do rádio. Miranda (1999) afirma que o rádio na internet abrange diversas configurações como o imediatismo, a instantaneidade, a penetração geográfica, a sensorialidade e a interatividade. Este último, segundo a autora, dá ao ouvinte a possibilidade de realizar outras tarefas dentro do website, se transformando no ouvinte-internauta, visão defendida por Ferrareto (2007): (...) O público, tomado anteriormente apenas como ouvinte, passa a ser encarado como usuário multimídia, vagando, no espaço real ou virtual, de uma a outra forma de obter conteúdo ou, para usar um termo desta nova era, surfando entre elas. (FERRARETO, 2007, p. 08) Miranda e Ferrareto observam diversos benefícios com o uso da internet. Como se pode notar, ela mudou a forma como as pessoas reagem à informação, fator pelo qual se coloca como fundamental às empresas de radiodifusão se preocupar com o avanço tecnológico. Para Lopez (2009) é necessário que as emissoras de rádio passem a explorar todas as potencialidades que as tecnologias oferecem produzindo conteúdo de relevância e adaptando-se aos diversos níveis de convergência. SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 Lopez (2009) ainda considera que os efeitos das tecnologias e, em especial da internet, estão agindo muito mais como processos que reafirmam a posição do rádio como importante meio de comunicação: Trata-se de um veículo que está consolidando uma identidade estéticonarrativa e que, aos poucos, vai (re)construir uma dinâmica individual de consumo e fruição da informação. Hoje, se for considerada a configuração do produto final, a internet tem agido mais como um potencializador das características essenciais do rádio, mas com variações narrativas e de suporte. (LOPEZ, 2009, p.20) Agora, o contato entre ouvinte e a emissora atinge outros níveis. Ele tem o SMS, o Facebook, o Twitter, o MSN, e outras ferramentas que estão mudando a forma como os ouvintes consomem o que ouvem nas emissoras e o mais importante – como ele absorve esse conteúdo. Sai o período em que as redações eram fechadas e seus acessos eram restritos, entra à tecnologia e com ela, a possibilidade da convergência. 3 – A CONVERGÊNCIA E OS SEUS EFEITOS A utilização de ferramentas tecnológicas para a produção de conteúdo no ciberespaço e em diversas plataformas fomenta o surgimento de novas formas de interação, de distribuição e de compartilhamento de informações. Com a criação de novos gadgets que uniram inúmeros serviços num único aparelho, o termo convergência se coloca em evidência. Para entender a convergência como um fenômeno presente em nossas vidas, pensemos nos aparelhos de telefone celular. Quando surgiram ainda na década de 80, tinham a função similar de um telefone fixo, vinte anos depois, ele se torna uma plataforma de serviços que vai de telefone ao acesso do e-mail, redes sociais, câmera de captura de imagens, vídeo, rádio, etc. Jenkins (2006, p.31) define o celular como o “canivete suíço” quando se refere à sua oferta de serviços. Não é só o celular que é reflexo da convergência em nossas vidas. A internet e suas possibilidades como ver um vídeo, escrever um texto, ouvir uma rádio, tudo ao mesmo tempo, os caixas eletrônicos dos bancos, o videogame que se transforma numa plataforma de entretenimento são exemplos do impacto da convergência. Por conta destes e de outros fatores, Jenkins (2006) se refere à convergência como um processo SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 cultural: A convergência é um processo cultural. Refere-se ao fluxo de imagens, idéias, histórias, sons, marcas e relacionamentos através do maior número de canais midiáticos possíveis. Um fluxo moldado por decisões originais, tanto em reuniões empresariais quanto em quarto de adolescentes. Moldado pelo desejo de empresas de mídia de promover ao máximo as marcas, e pelo desejo dos consumidores de obter a mídia que quiserem, quando e onde quiserem. (JENKINS, 2006 pág.41). Cultural porque ela está presente na sociedade de consumo contemporânea. Ávida pela rápida informação e que não está alheia aos acontecimentos. Essa população interage e comenta o que recebe através das redes sociais digitais e isso vem modificando a forma como as empresas lidam com a informação. Os meios de comunicação após a massificação da internet precisaram se adaptar a essa nova realidade. Hoje o público é um interlocutor importante que opina, discute, diverge, concorda e compartilha cada informação que recebe. Essa nova “cara” do consumidor midiático representa uma quebra de paradigma importante em especial para as empresas jornalísticas que para ampliar a sua presença criaram diversos canais para manterem contatos diretos com seus públicos. A comunicação mediada pelo computador (CMC) com o acesso à internet promove o que alguns autores como Pierre Levy (1997) e Alex Primo (2007) defendem como interatividade. Ainda que este não seja um tema pacífico, é importante considerar alguns pontos principais sobre interatividade: • A Interação mediada pelo computador ganhou impulso com a massificação da internet. Porém ela não existe só por isso, segundo Alex Primo é um erro olhar a interatividade por um prisma tecnológico por esta ser uma abordagem bem tecnicista. “É fechar os olhos para o que há dentro do computador” (PRIMO, 2007, p. 32). • A Interatividade através do computador envolve diversas ações, desde o clicar do mouse, ao rodar um jogo passando pela impressão de um documento, pela exibição de imagem via webcam e chegando aos processos de comunicação inseridas nas redes sociais digitais, e em programas como o MSN entre outros. Em outras palavras, característica da criação de um ambiente de convergência. Como se percebe, a convergência não mudou somente a forma como nós SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 encaramos as mudanças tecnológicas ou como as empresas midiáticas estão se comportando. A convergência adquire outras dimensões quando buscamos analisar a forma como ela está dividindo em especial as empresas jornalísticas. Pesquisadores como Salaverría & Negredo (2008), por exemplo, entendem que a convergência dentro das empresas jornalísticas se divide em quatro dimensões: Empresarial5, profissional6, de conteúdo7 e tecnológica8. Cada uma delas impactando diretamente na rotina dos profissionais de comunicação. Outros pesquisadores como García Avilés (2008) dão significativo destaque à convergência como um fenômeno com um fim específico. Ou seja, a convergência precisa produzir um resultado econômico para a empresa através da tecnologia. Por isso ele entende que cada empresa jornalística deveria ter um projeto de convergência diferenciado com base nos seus públicos. Um exemplo, a redução no número de profissionais dentro de determinada emissora. Quando buscamos entender o papel da convergência dentro das redações jornalísticas vemos que ela adquire certas características. Marcelo Kischinhevsky (2009) considera que elas são adotadas pelas empresas até como um sistema de coopetição (cooperação com certo grau de competição) buscando trazer resultados favoráveis às empresas. Micò ET AL (2009) assim define: Este é o tipo de solução que, em inglês, se denomina coopetition, uma palavra que se poderia adaptar ao castelhano como coopetición e ao português como coopetição. A encontramos quando dois meios cooperam para compartilhar informação ou outros aspectos do negócio, ainda que sigam competindo ou, ao menos, produzam materiais originais próprios. Esta tática é adotada pelos meios para suportes nos quais não possuam nicho de mercado. (MICÒ; MASIP; BARBOSA, 2009, p/07) Essas práticas a que se referem os autores acabam interferindo na rotina de produção de conteúdo e profissional do jornalista, pois se compartilham redatores, 5 Convergência Empresarial - Corresponde ao setor corporativo, à gestão de pessoas, à organização do trabalho e aos aspectos mais administrativos da empresa jornalística 6 Convergência Profissional – Quando os profissionais são submetidos às rotinas de trabalho pesadas, acúmulo de funções. Os autores denominam o profissional como o “multitarefa” ou a “polivalência midiática. 7 Convergência de Conteúdo – Quando uma mesma notícia é transmitida em diferentes meios. 8 Convergência Tecnológica – Consiste nas mudanças trazidas pelo emprego de tecnologia nas redações potencializando o trabalho através da internet, do computador, de programas de sistema e edição multiplataforma SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 jornalistas de diferentes setores dessas empresas “parceiras” na produção de material. Ainda segundo Barbosa, essa prática não é muito comum no Brasil, mas aos poucos, empresas como o Grupo Bandeirantes e a TVE na Bahia, realizaram este processo (2009, p.08). Assim, é importante frisar que a convergência não é e não pode ser vista unicamente como fenômeno tecnológico. Mais do que isso, trata-se de uma alteração cultural. Entender a convergência como processo é entender o papel que a tecnologia vem assumindo no cotidiano e perceber quais as mudanças que ela trouxe para as mídias tradicionais, neste trabalho em especial, para o rádio. 3 – O PAPEL DA CONVERGÊNCIA NA RADIODIFUSÃO O rádio em sua história precisou enfrentar diversas mudanças. Desde a chegada do cinema, passando pela televisão até o surgimento da internet, o rádio soube aprender com as mídias subsequentes uma forma de sobreviver entre elas. Mas com a internet, o rádio agora pode ser visto e ouvido, pode ter imagens e compartilhá-las com os seus ouvintes ampliando o alcance e o papel do rádio. Quando falamos em convergência nas emissoras de radiodifusão, devemos entender que ela não é uma realidade recente. Ferrareto (2009) diz que durante as décadas de 70 e 80 começam a ter força os grupos de comunicação formados a partir da propriedade cruzada (unindo jornais, televisões e rádios sendo de responsabilidade de um único grupo). Porém é durante a última década do século XX que a convergência impulsionada pela tecnologia começa a expandir. O autor explica que com a convergência é repensado todo o conceito de empresa de comunicação e do papel do rádio nesse cenário, pois, a necessidade de oferecer um produto de mais qualidade aos ouvintes demanda investimento em tecnologia. A internet se coloca como uma plataforma importante desde o final do séc. XX até agora: Em termos de convergência, ao longo do decênio seguinte, a prática mais corrente entre os grupos de comunicação, de grande e de médio porte, vai ser mesmo a criação de portais de conteúdo na internet, englobando conteúdos gerados – ou retrabalhados a partir destes – por seus veículos tradicionais de imprensa, rádio e/ ou televisão (FERRARETO, 2009 p. 07) SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 Ou seja, segundo o autor, os conteúdos criados a partir das mídias tradicionais são levados aos portais e adaptados ao consumo multimídia. A inserção de hiperlinks para aprofundamento da matéria, a inclusão de vídeos são alguns dos exemplos das ferramentas utilizadas como estratégia para a ampliação da interatividade entre as empresas e os internautas. As alterações na produção de conteúdo nas emissoras através da internet demonstram a sua mutabilidade frente às tecnologias que surgem. O rádio na internet constrói todo um cenário interativo ao usuário. Como diz Nair Silva (2011): Não se trata de rádio na acompanhada de outros capacidade de navegação, usuário, para procurá-la HERREROS, 2011, p. 21)9 Internet, mas sim, de uma informação sonora elementos paralelos escritos e visuais com de ruptura do sincronismo dando liberdade ao quando quiser. (SILVA APUD CÈBRIAN Todas essas possibilidades dão ao ouvinte-internauta a sensação de poder consumir o que quiser a qualquer momento, reforçando novamente a visão de Jenkins (2006) de estarmos vivendo uma cultura da convergência. Embora pesquisadores como Ferrareto e Kischinhevsky (2010) acreditem que essa habilidade dada ao usuário através da tecnologia só ocorre quando este possui poder econômico para tal e que ela não seja democratizante, a convergência proporcionou mudanças positivas e negativas dentro da radiodifusão. Vamos citar as quatro dimensões da convergência jornalística. García Avilles & Salaverría (2008) afirmam que a convergência tecnológica trouxe para as emissoras melhorias no áudio, o som das fitas magnéticas foi substituído pelo som digital, etc. A convergência empresarial vem com o crescimento das redes regionais de radiodifusão, ou seja, o que acontecia no início dos anos 70 e 80 com a propriedade cruzada e com o surgimento da internet vê um impulso no surgimento de conglomerados internacionais. As empresas de rádio passam a ter mais força no interior. Na convergência profissional, Salaverría & Negredo (2008) percebem que os radialistas e jornalistas agora estão submetidos a duras rotinas de trabalho, a aquisição do saber em diferentes áreas do conhecimento, a acumulação de tarefas, o que os 9 Traduzido de: “No se trata tanto de radio por Internet sino de una información sonora acompañada de otros elementos paralelos escritos y visuales con capacidad de enlaces, de navegación, de ruptura del sincronismo para dejar libertada al usuario temporal y espacialmente para que acuda cuando quiera”. SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 autores denominam como polivalência funcional (quando o profissional assume várias tarefas) e a polivalência multimídia (quando o profissional passa a fornecer conteúdo para meios distintos daqueles em que trabalha), muitas vezes com salário muito aquém do esperado e até a substituição do trabalhador por programas de computador são realidades encontradas por diversos profissionais da radiodifusão. Na convergência de conteúdo, o profissional passa a agora a deparar-se com uma necessidade que antes não tinha – de criar uma nova linguagem para a produção de conteúdo utilizando as ferramentas digitais. Salaverría (2009) analisa em seu artigo, três dimensões que podem deixar o conteúdo mais bem aproveitado: • Multimidialidade – Quando o profissional precisa aprender a incrementar o seu texto com sons, vídeos, imagens, infográficos, Segundo Salaverría, para chegarem nesse nível, os profissionais e as empresas precisam tornar o seu fluxo de informação muito eficiente. • Hipertextualidade – Quando a rede propicia e organiza estruturas discursivas em seu texto através de conteúdos multimídia. É um recurso muito bom para enriquecer o conteúdo jornalístico. • Interatividade – As empresas devem passar a ouvir o seu público. Antes, a comunicação era hierárquica e unidirecional. Agora, as tecnologias através das redes sociais digitais criaram novos caminhos para a comunicação entre as instituições e o público. Salaverría comenta que as empresas agora precisam saber ouvir e dar voz aos seus leitores que passam a serem colaboradores e participantes. A convergência de conteúdo trouxe essa possibilidade como maior mudança - o papel que o usuário assume. Agora ele tem a potencialidade de participar através das redes sociais digitais e as empresas precisam ser lucrativas criando fluxos de informação eficientes: A capacidade das empresas de comunicação de gerar lucros passa hoje, portanto, não apenas pelos milhares de ouvintes por minuto de uma emissora de rádio, mas também pela sua capacidade de geração de fluxos comunicacionais entre participantes de redes sociais. Esta reconfiguração se evidencia na esfera da indústria da radiodifusão com a emergência do podcasting, modalidade de rádio sob demanda, em que o internauta pode baixar os arquivos de áudio para seu computador e/ou para seu tocador multimídia. (FERRARETO, KISCHINHEVSKY, 2010, p. 177) SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 Os fluxos comunicacionais a qual os autores se referem definem bem a realidade encontrada pelas emissoras atualmente. O ouvinte-internauta pode ser testemunha de algum fato atípico, noticiar em sua página no Facebook ou Twitter e contatar a emissora que está presente nessas redes. Todas essas características potencializadas pelas tecnologias no rádio fomentaram o surgimento do que autores como Cèbrian Herreros (2009) definem como Ciberradio. Refere-se ao rádio que transcende fronteiras do rádio tradicional: (...) A ciberradio não deve ser confundida como uma mera incorporação de chats, foruns ou emails. Isto já é feito pela rádio tradicional. (...) A ciberradio incorpora este e outros elementos a si como concepção interna e conteúdo e também inclui podcastings, audioblogs e outras manifestações interativas (...) A Ciberradio de plena Interatividade ocorrerá com a criação de ciberradios pessoais. (CÉBRIAN HERREROS, 2009, p.153)10 Para Herreros, o conceito de ciberradio vai além do que nós vemos na rádio que está apenas na internet. Sua visão é complexa e parte do pressuposto de que com o desenvolvimento tecnológico e da convergência as emissoras de rádio atingem características globais e que dá ao usuário o poder para modificar programação, modos de ouvir e abrindo novas potencialidades de interação. A discussão é longa quanto aos efeitos da convergência na radiodifusão. Porém não se pode mais questionar que ela não esteja presente nas pequenas, médias e grandes emissoras. Seus reflexos são percebidos na produção de conteúdo produzido. Seja no constrangimento do tempo para a apuração das matérias em que o jornalista usa o computador para a busca das fontes, seja usando o celular para envio de notícias, ou a utilização de ferramentas digitais para melhorar o conteúdo. 4 – SITE DA RÁDIO INDEPENDENTE AM: UMA APROXIMAÇÃO INICIAL Partindo de uma análise inicial sobre a internet e a convergência no cenário 10 Tradução para: “La ciberradio no debe confundirse com la mera incorporacíon de chats, foros o correos. Esto ya lo hace la radio tradicional (...) La ciberrario incorpora esto y otros elementos a s conepcíon interna y los contenidos y además, incluye los podcastings, audoblogs y otras manifestaciones interativas, (..) La ciberradio a la plena interatividade se llega a la creacíon de las ciberradios personales...” SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 radiofônico, faremos uma observação inicial sobre o site da rádio Independente AM. Nosso objetivo é encontrar marcas da convergência no site da emissora e identificar seus pontos positivos e negativos. A rádio Independente 950 KHZ é uma das rádios AM’s mais tradicionais da região do Vale do Taquari no RS. Foi considerada pela revista Amanhã como a quarta emissora AM mais ouvida do RS. A rádio junto com a Tropical FM e a Rádio do Vale AM 820KHZ formam o Grupo Independente de Comunicação. A Independente possui uma abrangência total de 37 municípios da região do Vale11. O grupo é uma instituição familiar, sua fundação remonta a data de 01 de abril de 1951. Octávio Trieweiller, Rui Azambuja e Pedro Müller foram os criadores da emissora. Porém foi com a gestão de Lauro Müller, filho de Pedro, que a rádio conseguiu significativa notoriedade. Hoje, o controle da emissora está na quarta geração, com a coordenação de João Pedro Müller e Gabriel Müller a emissora conta com aproximadamente 100 funcionários, entre colaboradores e profissionais diretos da emissora12. A rádio possui uma programação 24hs, focada no radiojornalismo e nas transmissões esportivas. O estúdio da emissora está localizado no bairro Alto do Parque em Lajeado/ RS. O site da emissora é o http://www.independente.com.br. No Livro: Rádio Independente: 60 anos no ar, o autor explica que a primeira iniciativa de colocar o rádio na Web teria sido ainda em setembro de 2000, mas sem grandes investimentos. Todavia isso tudo viria a mudar no ano de 2009: Em novembro de 2009, O Grupo contratou seu ex-operador de áudio, Eduardo Costa da Silva, de formação publicitária, para criar um novo portal de informação com nova tecnologia. Em abril de 2010, Eduardo e Christian Ely, que atuava no site anterior, estrearam o Núcleo de Web e em 05 de maio de 2010, o novo portal estrearia oficialmente. (SCHIERHOLT, 2011, p. 146) O núcleo web da emissora contava até julho de 2011, época do lançamento do livro, com 03 funcionários que eram responsáveis pelo layout, conteúdos, promoções, enquetes, novas seções no site e fazer as alterações no portal para a Rádio Independente 11 12 Ver em: http://www.independente.com.br/independente.php, acessado em 21/07/2012. Ver em: http://www.independente.com.br/independente.php, acessado em 21/07/2012. SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 e para a Tropical FM, além de responderem pelas mídias sociais da emissora. Percebe-se que o acúmulo de funções elencadas pelo autor em que os três funcionários eram submetidos, se configura num exemplo de convergência profissional em que aos profissionais são imputadas diversas atividades. O site abrange diversas formas de conteúdo, desde a publicação de fotos, matérias online, vídeos e em especial áudios. No livro, o autor afirma que o conteúdo produzido pela emissora seria enviado ao núcleo web onde seriam adaptados para a Internet (2011, p.146). Entretanto, analisamos a matéria publicada no dia 22/07/2011 “Motorista embriagado atropela e mata pedestre no interior de Venâncio Aires”, conforme a imagem abaixo: Percebeu-se que, ao contrário do que afirmou o autor, a Independente AM não altera o conteúdo da antena para a internet. O áudio disponibilizado no site é o mesmo gerado na antena. Ao repetir a matéria, a emissora deixa de aproveitar uma oportunidade de ampliar o conteúdo informativo da notícia e impede o usuário de poder aprimorar sua informação sobre o fato. Na matéria são destacados hiperlinks nos nomes das cidades de Venâncio Aires e Cruzeiro do Sul. Quando clicados o site redireciona o usuário para a seguinte tela: SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 O internauta é levado para uma página em que são encontrados telefones de órgãos públicos da cidade e outras empresas. A empresa poderia usar melhor o banco de dados podendo fornecer melhores informações aos usuários. O site da Independente possui diversos canais de interação com o usuário. Desde uso de redes sociais digitais até o envio de comentários nas matérias. Na página principal do site existe um espaço chamado “Mural de Recados”. Nele, o internauta pode enviar seu comentário sobre a programação dando dicas e sugestões. Percebemos que esta é uma sessão mito utilizada pelos internautas, pois além de elogiarem a emissora, os usuários reivindicam soluções para seus bairros, ruas e afins. Durante a nossa pesquisa, (entre os dias 20/07 à 05/08) não vimos nenhuma matéria no site que abordasse alguma das reivindicações dos internautas. Nas matérias, existem espaços para a publicação de comentários e redirecionamentos às redes sociais digitais. Elas podem ser compartilhadas pelo Facebook, Twitter, Google+ e também podem ser encaminhadas para o e-mail pessoal do usuário. Este responde a dados como nome, cidade e e-mail até publicar sua opinião. Há um espaço livre para o comentário do usuário e notificações para que ele receba atualizações de outros usuários que comentem a matéria mostrando que a emissora utiliza recursos para promover o engajamento dos internautas através de suas publicações. Quanto ao uso das redes sociais digitais, a empresa possui perfil no Facebook, no Twitter e no Orkut. O Facebook e o Twitter são usados pela equipe de jornalismo SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 como plataforma de divulgação de suas matérias. Além de terem integrado as contas através da ferramenta Twitterfeed, ou seja, o que a empresa publica no Twitter é redirecionado automaticamente para o Facebook. O endereço no Facebook é: https://www.facebook.com/am950 A participação do usuário no Facebook ocorre através da opção de curtir, do comentário e do compartilhamento da matéria. No Twitter, o endereço é: https://twitter.com/am950. Os tweets criados vêm acompanhados dos encurtadores de URL para direcionar o usuário a ler a matéria no site da Independente AM. Na rede, notamos que os tweets da emissora começam com as hashtags (o uso do símbolo #) funcionando como etiqueta (TRÄSEL, 2008) facilitando a informação para o usuário e facilitando a busca por palavras-chaves. No Orkut, há um perfil e uma comunidade havendo mais de 500 amigos no perfil. As postagens só podem ser vistas pelos amigos da emissora o que impossibilita SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 uma análise mais aprofundada. Pois, é necessária a aprovação dos administradores do perfil para se tornar amigo revelando que no Orkut, infelizmente, não conseguimos descobrir se essa é uma atitude estratégica da emissora ou não. Na comunidade, vemos pelo site que não há uma atualização constante, há quase 300 fãs na comunidade e a última postagem foi de 12/10/2011 mostrando que não há atividades desde então. Outra ferramenta de interação é o blog. No endereço escreverem sobre o cotidiano deles na emissora ou sobre assuntos aleatórios. As postagens possuem links para redirecionamento às redes sociais digitais. Como painel geral, percebemos que a Independente abre espaço para o relacionamento com seus ouvintes através de ferramentas digitais. Porém a empresa está deixando de utilizar a real potencialidade que essas ferramentas oferecem e poderiam melhorar significativamente o trabalho desenvolvido pela rádio. 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Falar em convergência é falar sobre o papel que as tecnologias estão assumindo em nossas vidas e na vida dos profissionais em diversos âmbitos. Hoje nossos celulares se abrem para uma infinidade de opções que não tínhamos há vinte anos, realizamos muito mais tarefas com um único clique e ainda não nos demos conta de quanto isso modificou nossas vidas. Para as empresas de comunicação, essa mudança veio em curto espaço de tempo. Hoje as empresas precisam estar equipadas com aparelhos de tecnologia que pode além de melhorar a qualidade de seus serviços, ampliar o alcance. É o caso das emissoras de rádio que com o advento da Internet, agora podem ser ouvidas em qualquer lugar, desde que ela tenha seu site na rede. É o caso da Independente AM de Lajeado/RS que conseguiu ao longo de mais de 60 anos de história, se firmar como uma emissora de ponta e reconhecida como a quarta emissora mais lembrada no Rio Grande do Sul. É preciso também frisar, que este é um estudo preliminar, pois o nosso objetivo é realizar um estudo mais aprofundado sobre o papel que a tecnologia vem assumindo SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 10º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Curitiba – Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Novembro de 2012 na emissora. Para tanto, esse estudo foi importante em dar os primeiros indícios sobre como se dará novas pesquisas. Entretanto, percebemos, com a realização do trabalho, que as disponibilidades de ferramentas não se convertem em ações de melhoria na produção de conteúdo, ou a interação com o usuário. A rádio Independente AM perde uma boa oportunidade em não ampliar os canais de interação deles, podendo fidelizar ainda mais o seu ouvinte. Mas não há só más notícias. Este trabalho mostrou também que a emissora está atenta com o que ocorre dentro das mídias sociais e busca trabalhar com a convergência em diversos setores. Uma realidade que parece fazer parte não só desta, mas de diversas emissoras que buscam estar cada vez mais próxima de seus ouvintes melhorando seu conteúdo através da disponibilidade das tecnologias. 6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORDEIRO, P. Rádio e Internet: novas perspectivas para um velho meio. 2004. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/cordeiro-paula-radio-internet-novas-perspectivas.pdf> acessado em 24/06/2012. CEBRIÁN HERREROS, M. Expansión de la ciberradio. Revista Venezolana de Información, Tecnología y Conocimiento, Maracaibo, v. 6, n. 1, 2009. FERRARETO, L. A. Rádio: O veículo, a história e a técnica. Porto Alegre. Sagra Luzatto, 2000. 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