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8º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão
De 14/05/2012 à 18/05/2012
“DÊ LIRIOS” E CONCRETUDES. O PROJETO SUSTENTAÇÃO COM SAUDE NO CAPS
III
CRISTINA ORTIGA FERREIRA , MSc, [email protected] FABíULA DUTRA , Graduando,
[email protected] TATIANE BENTO , Graduando, [email protected] CHRISTINA DE MEDEIROS ,
Graduando, [email protected] ROSANA IENSEN , Graduando, [email protected]
Palavras-chave: Transtorno Mental, Interdisciplinaridade, Oficinas terapêuticas
Desde a década de 80, com o conhecido movimento da luta antimanicomial, busca-se, no Brasil, resgatar e
afirmar os direitos dos doentes mentais. Uma conquista significativa foi o sancionamento da lei de nº
10.216/2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o
modelo assistencial em saúde mental. O tratamento humanizado, passou a ser a nova vertente de
atendimento. Com isso espaços de acompanhamento passaram a ser concebidos buscando, no diferencial
do atendimento, minimizar o estigma da doença mental. Os CAPS – Centro de Atenção Psicossocial – são
exemplos desta mudança que têm como objetivo possibilitar o acompanhamento no quadro clínico às
pessoas que sofrem com transtornos mentais ao mesmo tempo que primam pela inserção social, através
dos princípios de cidadania. O Projeto de Extensão “Sustentação com saúde”, iniciou em 2011 no CAPS III
“Dê Lírios”, no município de Joinville. Neste, através de oficinas e pesquisas, os acadêmicos dos cursos de
Pedagogia, Educação Física, Farmácia, Gastronomia, Medicina, e Psicologia da Univille foram inseridos na
rotina do CAPS. No ano de sua implantação contou com cinco bolsistas e doze acadêmicos voluntários. Ora
acompanhando as oficinas já ofertadas pelos dos profissionais do CAPS III, ora propondo novas oficinas os
participantes abordaram temáticas como Saúde e sexualidade, Pintura, Grupo de Apoio, Recreação e
Educação Corporal, Gastronomia, Livre expressão e Origami. Os trabalhos semanais ocorreram nos turnos
matutino e vespertino considerando a demanda dos usuários. O enfoque na Saúde Integral foi outro ponto
significativo do projeto, por isso, paralelo às oficinas aconteceram as visitas e orientações para familiares. A
supervisão semanal e os encontros mensais de planejamento e estudo mostraram-se fundamentais para a
compreensão do transtorno mental e suas inúmeras variantes, para a condução do trabalho, e reflexão e
questionamento crítico sobre a intervenção feita no CAPS III. É importante ressaltar que as pessoas
envolvidas neste projeto de extensão foram descobrindo que é possível, diferentes departamentos da
Univille, refletirem sobre as práticas que permeiam a questão da saúde mental. Este projeto é apenas um
caminho que pode contribuir para o combate da intolerância e a desumanidade. Um caminho para um tempo
que não haja desvalorização alguma das pessoas, pois contribuir para a promoção da saúde das pessoas
com transtornos mentais, além de ser uma responsabilidade do Estado, representa uma missão e um
desafio para profissionais de saúde e qualquer cidadão que acredita em uma sociedade sem excluídos.
ISSN: 1808-1665
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