Um novo mapa geopolítico - Câmara de Comércio Americana

Transcrição

Um novo mapa geopolítico - Câmara de Comércio Americana
© 2008 KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International, a Swiss cooperative. All rights reserved.
Capacitação
e
Profissionalismo
Understanding
and
Professional
Inovação
e
Sucesso
Challenging
and
Successful
Comprometida com seus
Committed to its values
valores e com as mudanças
and the emerging changes
que surgem das relações
in business relationships,
empresariais, a KPMG no
KPMG offers Audit, Tax and
Brasil oferece serviços de
Advisory services, with
Audit, Tax e Advisory, com
quality and independence.
qualidade e independência.
We turn knowledge into
Transformamos
value for the benefit of our
conhecimento em valor,
clients, our people and the
em benefício dos nossos
capital markets.
clientes, do nosso pessoal
e dos mercados de capitais.
We operate in 145 countries
and employ 123,000 people
A KPMG atua em 145
worldwide. n Brazil, there are
países e emprega 123.000
2.100 professionals working
profissionais. No Brasil,
from 13 offices in 11 cities
somos aproximadamente
located in eight States and
2.100 profissionais
the Federal District. KPMG
distribuídos em oito
in Brazil has offices located
Estados e Distrito Federal,
in São Paulo (head office),
11 cidades e 13 escritórios
Belo Horizonte, Brasília,
situados em São Paulo
Campinas, Curitiba, Fortaleza,
(sede), Belo Horizonte,
Jaraguá do Sul, Manaus,
Brasília, Campinas, Curitiba,
Porto Alegre, Rio de Janeiro
Fortaleza, Jaraguá do Sul,
and São Carlos.
Manaus, Porto Alegre, Rio
de Janeiro e São Carlos.
kpmg.com.br
No 252
Outubro / 2008
Foto da capa: Divulgação Pier Mauá
Ano XXIII
04 Editorial
06 Em Foco
14 From the USA
16 Brasil Urgente
21 CAPA
34 News
43 PELO MERCADO
BRASIL URGENTE
16 Brasil e Houston: uma parceria de sucesso
Ana Redig
CAPA
22
Novos horizontes no setor portuário privado no Brasil
Rodrigo Tostes
24
Desafio na área de logística
Davi Emery Cade
26 Pier Mauá: número de passageiros cresce 680%
Pedro Augusto Guimarães
44 OPINIÃO
ENTREVISTA
10 Clifford Sobel
O embaixador dos Estados
Unidos no Brasil faz um
balanço de seus dois anos
no cargo. Clifford avalia as
ações que têm melhorado as
relações comerciais entre os
dois países e aposta no bom
momento econômico.
LIFE STYLE
28
Saúde e lazer no pódio
COLUNAS
18
Marketing O marketing no mundo corporativo
Elizabeth Campos
32
Legal Alert Investimentos em Private Equity
Marcelo Vieira Rechtman
40
Propriedade Intelectual Combate à pirataria é essencial
Alexandre Lyrio
OPINIÃO
44 SOS offshore English!!
Lawrence Davidson
46 Um novo mapa geopolítico
Paulo Vicente dos Santos Alves
A tiragem desta edição de 10 mil exemplares é comprovada pela BDO TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES
Expediente:
Publicação mensal da Câmara de
Comércio Americana para o Brasil - RJ
Diretor: Ricardo de Albuquerque Mayer
Editor-chefe e Jornalista Responsável:
Ana Redig (MTB 16.553 RJ)
Repórter e Redator:
Renato Santos
Editora de Arte:
Ana Cristina Secco
Designer e ilustrador: Lui Pereira
Estagiária: Bianca Rocha (jornalismo)
Impressão: Ediouro Gráfica e Editora
Fotógrafos: Cinthia Aquino, Luciana Areas e
Marcello Almo
Os pontos de vista expressos em artigos
assinados não refletem, necessariamente, a
opinião da Câmara de Comércio Americana.
Câmara de Comércio Americana para o
Brasil - Rio de Janeiro
Praça Pio X, 15/5º andar 20040-020 Rio de Janeiro RJ
Tel.: (21) 3213 9200
Fax: (21) 3213 9201
E-mail: [email protected]
E-mail redação: [email protected]
www.amchamrio.com.br
Participar é fundamental
Q
uando esta edição chegar às mãos dos leitores, o Brasil já conhecerá os novos
vereadores, alguns prefeitos, enquanto outros estarão disputando o segundo
turno. Infelizmente, a campanha foi fria. Com tantas mudanças necessárias
a todas as cidades brasileiras, é lamentável ver o eleitorado assistir a essa escolha tão importante, com pouca ou nenhuma participação. A verdade
é que a classe política anda desacreditada, e não sem razão. Infelizmente, os jornais não
costumam trazer boas notícias sobre muitos deles. E esses tratam de contaminar a imagem
de toda a categoria.
Mas isso não deveria desestimular o eleitor, pelo contrário. Se queremos viver, trabalhar e investir em uma cidade melhor, em um estado melhor, em um país melhor, é preciso
opinar e participar. O voto é apenas um – embora um dos mais importantes – instrumentos
desta participação. Costurar parcerias é outra forma de dizer aos eleitos como queremos que
nossas realidades sejam conduzidas; como o orçamento deve ser gasto; quais investimentos
são melhores para cada região.
O município é a base de tudo. É um núcleo menor, onde se pode encontrar as melhores
soluções. Para construirmos um futuro melhor para nossas cidades, mais do que eleger bons
nomes, temos que fazer com que os legisladores e os responsáveis pelos cargos executivos ouçam
a população durante seus mandatos e atendam às demandas, utilizando os recursos da maneira
mais responsável. É preciso planejar, traçar metas, ter objetivos. É urgente e necessária ter
uma boa visão de futuro, visando o desenvolvimento em todas as instâncias e setores.
A Câmara de Comércio Americana desenvolve ações no âmbito federal e internacional,
abraçando causas que signifiquem desenvolvimento e prosperidade. Na esfera estadual, temos participado intensa e ativamente do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico
do Estado do Rio de Janeiro. Sua função é prestar consultoria aos legisladores, ajudando a
identificar gargalos, avaliar projetos e propor alternativas adequadas para estabelecer políticas públicas que atendam as expectativas da sociedade. O diálogo do poder público com
a iniciativa privada é fundamental e tem ajudado a encontrar as melhores soluções para o
estado do Rio. Esta participação não se dá em um ou dois dias, de quatro em quatro anos.
Esta é uma atividade permanente, de deve ser exercida por quem realmente se importa com
o desenvolvimento local.
Finalmente, é importante destacar que tão relevante quanto a boa relação públicoprivado é o diálogo entre as três esferas de poder. Quando governos federal, estadual e
municipal conseguem estabelecer uma cooperação, ganham os empresários, a população, as
cidades, os estados e o Brasil. A Amcham está pronta a colaborar com as novas administrações municipais. O primeiro ponto desta colaboração e a organização de uma missão aos EUA para que os novos prefeitos possam se inspirar nos exemplos de cidades-modelo de gestão
e trazer este conhecimento para a nossa realidade. Estamos certos de que esta parceria só
pode trazer bons resultados.
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
Divulgação
Embraer treina funcionários da Azul Linhas Aéreas
A Embraer está treinando profissionais da Azul Linhas Aéreas, que entra
em operação a partir de janeiro de
2009 . O programa começou com 14
técnicos em manutenção, que estão
há 40 dias na sede da empresa, em
São José dos Campos, onde também
está outro grupo, formado por 13
comissárias. Além disso, dez pilotos já concluíram a etapa teórica
em sala de aula e seguiram para a
Flórida, nos EUA, onde treinam em
simuladores de vôo de aeronaves da
Embraer. Os primeiros jatos Embraer
195 devem ser entregues à Azul no
segundo semestre de 2008.
Bradesco Seguros e Previdência fecha contrato com Magnesita Refratários S.A
O Grupo Bradesco de Seguros e Previdência fechou contrato com a Magnesita
Refratários, empresa que fornece soluções integradas em serviços, refratários e
matérias-primas para indústrias de aço e cimento, entre outras. Foram duas as
apólices, no valor total em risco de R$ 2,35 bilhões. A primeira prevê cobertura
de transporte nacional e internacional de magnesita e talco - matérias-primas
exploradas pela empresa. A segunda compreende cobertura de vida em grupo e
acidentes pessoais coletivos.
O jornal A Tribuna, da Rede Tribuna
de Comunicação, está fazendo 70
anos de história. A Câmara Municipal
de Vitória, ES, prestou homenagem,
oferecendo a Comenda “João Santos
Filho” ao presidente do Conselho
de Administração e ao presidente
executivo do grupo, João Pereira
Divulgação
dos Santos e Fernando João Pereira
dos Santos. O Superintendente, João
Carlos Pedrosa da Fonseca, recebeu o
diploma de honra ao mérito.
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
Divulgação
Rede Tribuna comemora 70 anos
Divulgação
Divulgação
Vila SPA no Sheraton Barra
O Sheraton Barra Hotel & Suítes lançou a Vila SPA by L’Occitane. A novidade é fruto
da parceria entre o hotel, a atriz Mylla Christie e a grife francesa L´Occitane.
Entre os serviços, estão massagens relaxantes e modeladoras, banhos de fragrância
com hidratação, spa dos pés e das mãos, limpeza de pele e lifting facial, hidratação, esfoliação corporal, banheira de espuma, e banhos de imersão. O espaço
Motorista Amigo para quem respeita a “Lei Seca”
funciona às segundas-feiras, de 12h às 22h, terças a sábados, das 10h às 22h e domingos e feriados, das 11h às 18h.
A “Lei Seca” não preocupa os segurados da SulAmérica. Clientes do seguro
auto dos planos 3 e 4 da Assistência 24
horas contam com o Motorista Amigo,
Cyberlynxx lança primeiro software
que disponibiliza um motorista para
A Cyberlynxx, empresa de consultoria e
levar o segurado e seu veículo para
serviços em Tecnologia da Informação,
casa em segurança. O serviço existe
quase dobrou o faturamento no pri-
há oito anos. Com a implantação
meiro semestre, um aumento de 97%.
de penas severas para quem dirige
Nesse período, a empresa fechou 25
depois de ingerir álcool, o Motorista
novos contratos com clientes de peso,
Amigo teve uma procura sete vezes
como Bradesco e Alstom. Atendendo
maior na primeira quinzena de julho,
à demanda dos mercados interno e
em relação a 2007. “A população está
externo, a companhia está lançando
se conscientizado da importância de
seu primeiro software de auditoria e
não dirigir alcoolizado”,disse Carlos
segurança corporativa: o Audit Center.
Alberto Trindade, vice-presidente de
Com o software, a meta é crescer mais
Auto e Massificados da SulAmérica
de 45% até o fim do ano.
Seguros e Previdência.
OUTUBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
Divulgação
Sotreq abre nova filial em Araçatuba
A Sotreq vai abrir nova filial em Araçatuba, interior de São Paulo. A meta é
atender melhor os mercados sucroalcooleiro e de construção geral, em plena
expansão na região. “Em 2007, inauguramos um nova filial em São José do Rio
Preto. Agora é a vez de Araçatuba, uma das cidades que mais crescem no interior
paulista, impulsionada pelo aquecimento do setor canavieiro e de construção”,
disse o gerente da nova unidade, José Roberto Bergo. A Sotreq tem ainda mais
sete filiais em São Paulo: na capital, em Santos, Sumaré, São José dos Campos,
Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto.
Lucro da Prudential
chega a R$3,5 milhões no primeiro
semestre
A Prudential do Brasil Seguros de Vida
divulgou balanço com resultados do
primeiro semestre de 2008. A empresa registrou lucro líquido de R$ 3,5
milhões. O presidente da Prudential
do Brasil, William Yates, explicou as razões para o bom desempenho
da companhia: “Houve uma maior
Banco Real facilita compra de imóveis
eficiência dos Life Planners, profis-
Os funcionários públicos que desejarem comprar a casa própria financiada
sionais franqueados que comerciali-
vão encontrar uma taxa diferenciada no Banco Real. As condições são váli-
zam seguros, aumentando a produ-
das para aquisição do primeiro ou segundo imóvel, e valor do crédito pode
tividade. Além disso, o esforço de
ser dividido em até 25 anos, mas, alguns financiamentos podem chegar a
racionalizar custos administrativos
30 anos. O banco financia 80% do valor do primeiro imóvel e pode chegar
foi compensador”, disse Yates, muito
a 100% no caso de segunda compra. O financiamento está disponível nas
satisfeito com o resultado.
agências e postos de atendimento do Banco Real.
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
Para se inscrever em cursos e eventos,
acesse www.amchamrio.com.br
Outubro 2008
6, 8, 13 e 15 - Endomarketing para RH
Deborah Leite e Shanna Rúbia
19h às 21h
American Business Center
7 - Avaliação do valor da empresa e negócios
Sergio Carvalho
9h às 18h
American Business Center
21 - Orientações trabalhistas para gestores
Vlademir Gonzales
9h às 18h
American Business Center
ate!!
Save the d
im de Ano
Festa de F
m
da Amcha
embro
12 de dez
Sheraton
03 - Almoço-Palestra
Comitê de Energia
“A importância do CadFor e do Prominp para a
exploração e produção de petróleo no Brasil”
12h30 às 14h30
Espaço Phoenix
07 - Ideas Exchange
Comitê de Assuntos Jurídicos
“Due Diligence – aspectos jurídicos, financeiros e
culturais”
9h às 12h
American Business Center
15 - Encontro com os
secretários Joaquim Levy,
José Mariano Beltrame, Júlio
Bueno e Sergio Ruy Barbosa
14h30 às 17h30
Espaço Phoenix
Jorge Marinho
01 - Inteligência competitiva
Elisabeth Gomes e Deborah Leite
9h30 às 18h30
American Business Center
Secretário Joaquim Levy
17 - President’s Lunch
Comitê de Telecomunicações e Tecnologia
“Novo marco regulatório das Telecom: o que o
mercado pode esperar”
12h30 às 14h30
Clube Comercial
A confirmar
23 e 24 - Evento gratuito
Câmara de Comércio Americana e BSA
“Propriedade intelectual – gerando negócios”
Dia 23 - 19h30 às 21h
Dia 24 - 8h às 11h45
27 - Ideas Exchange
Câmara de Comércio Americana
“As novas tendências da Comunidade Digital”
9h às 12h
American Business Center
A confirmar
28 - Ideas Exchange
Câmara de Comércio Americana e Infotec
“Google search appliance: agilidade e integração no
gerenciamento do conteúdo corporativo”
José Nilo Cruz Martins, diretor da Google Enterprise
9h às 10h30
American Business Center
FEVEREIRO/2008
OUTUBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
CLIFFORD SOBEL
Parceiros cada vez mais próximos
H
á dois anos ocupando o cargo de embaixador dos Estados Unidos no Brasil,
Clifford Sobel se diferencia por não ser diplomata de carreira. Sua vida
profissional foi construída no mundo dos negócios, onde ocupou vários
cargos de destaque, além de ter desenvolvido um reconhecido trabalho
nas áreas comunitária, de diversidade e de serviços filantrópicos.
Esta experiência acabou se revertendo em uma grande qualidade para ocupar o cargo
de embaixador, já que os Estados Unidos são o parceiro comercial mais importante
do Brasil. Sobel tem trabalhado para estabelecer novas ligações entre os dois
países, incentivando ainda mais esta importante relação comercial. Ele tem trazido
importantes nomes para conhecer a realidade brasileira e, com isso, incrementar o
comércio internacional.
Com a economia brasileira passando por um dos
seus melhores momentos, esse tipo de incentivo é
extremamente positivo tanto para empresas brasileiras
como americanas. Os dois países têm buscado unificar
processos jurídicos e tributários, estabelecendo regras
comuns que facilitem as transações e gerem segurança a
todos os parceiros.
Nesta entrevista à editora da Brazilian Business, Ana
Redig, Clifford Sobel faz um balanço desses dois anos na
embaixada e mostra
que a cooperação
entre os dois países
tem aumentado.
10
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
When you arrived at post you said
you were anxious to give young
Brazilians the opportunity to
work in the U.S. and to promote
cultural exchange programs with
writers, painters and playwrights. Were you able to accomplish
these projects?
Yes, I want to encourage these
kinds of opportunities for the exchange
of ideas and culture between our great
nations, and am pleased that we have
expanded the number of special visas
we grant in these areas. We issued
10,560 J1 exchange visitor visas during
the summer work period in 2006. Last
year, we issued 13,000 and this year we
expect to issue even more. At the same
time, the Embassy has launched many
important cultural exchange programs
since I arrived two years ago. What are your greatest causes?
The first was to work together
on research and technology, starting
with an exchange of scientists between
the U.S. and Brazil. We’ve already had
those visits. We’re looking to support
these types of joint initiatives, not
only between our researchers, but also
between our institutions in universities
and in the different ministries.
The second field of endeavor
involves working trilaterally with third
countries. We’ve identified a number of
countries, primarily in Central America,
where we can work together to help
these countries harness the promise of
biofuels to meet their energy needs.
The last measure involves
the issue of harmonization of
standards and codes, so that
people can build equipment
for this generation of
biofuels, and we’ve had
a number of meetings on that. We’ve
made good steps forward and in fact
some of those standards will be actually
reported out soon.
But our partnerships are much
broader and deeper. Our CEO Forum,
which is unique only to one other
countr y—India—and which the
White House co-chairs, is able to
bring the private sector together to
be able, with the support—not the
leadership—of government to look
at areas where we can support the
private sector and economic interests
in further cooperating to bring our two
economies closer together on trade and
investment. We also have a very active
agenda in public-private partnerships
when it comes to corporate social
responsibility.
So we have a lot of very fertile
areas where we look for partnership
and for growth in our economic,
investment, and cultural institutions.
Brazilian government, of course. But
we do have the example of the North
American Free Trade Agreement
that we can point to in terms of
the real-world benefits of free trade
agreements.
By strengthening the r ules
and procedures governing trade and
investment on the North American
continent, NAFTA has allowed trade
and investment flows in North America
to skyrocket. From 1993 to 2007, trade
among the NAFTA nations more than
tripled, from $297 billion to $930 billion.
Mexico is prospering from
NAFTA in terms of small businesses
and new markets being established.
NAFTA has also been good for Mexican
agriculture, with U.S. agricultural
imports from Mexico increasing by
$6.7 billion during the last 13 years.
NAFTA is an outstanding example
of the benefits that all countries could
derive from moving forward with
multilateral trade liberalization.
Do you believe Brazil will eventually
become a member of the FTAA? Brazil has become more and more
What hurdles need to be overcome
important in the world economy
for that to happen?
over the last few years. How does
The FTAA remains a vision
for better integrating the countries
of this hemisphere. Lately, however,
governments have put much greater
focus on finding ways to advance
the worldwide trade negotiations
in the Doha Round. In general,
trade liberalization tends to expand
economies by strengthening the markets
and bringing more investment.
this strategy change alter bilateral
relations with the U.S.?
Clearly Brazil’s role in the world
economy creates more opportunities
for both countries. An expanding
Brazilian economy is good for the U.S.
and vice versa. We must continue to
encourage our economic integration
for our mutual benefit by creating open,
fair, predictable and transparent trading
regimes within our own hemisphere.
Is Brazil at a loss by not being part
of the FTAA bloc?
How will the latest failure to
The decision of whether to
participate in the FTAA or any trade
bloc is a sovereign decision of the
unlock the Doha Round affect
the world and Latin American
countries, especially Brazil?
OUTUBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
11
1º passo
Prepare-se para a reunião.
2º passo
Descanse. Relaxe.
Maior área de eventos e convenções
da cidade. Modernos equipamentos.
Realize seu próximo evento no
Four Points by Sheraton Macaé. E
deixe o resto por nossa conta.
The United States remains
committed to an ambitious outcome of
the Doha Round. Developing countries
are potentially large beneficiaries of
an ambitious outcome to the Doha
Round of WTO negotiations. The
World Bank has reported that per
capita real income grew nearly three
times faster for developing countries
that lowered trade barriers more than
other developing countries in the
1990s. Studies show that openness
is linked to key macroeconomic and
governance policies that enhance
growth. Also, the World Bank estimates
that global free trade could lift tens of
millions out of poverty. A study by the
International Institute of Economics
estimates that global free trade could
lift as many as 500 million people out
of poverty.
50% de desconto em hospedagem
sobre a tarifa balcão*
Brazil and the U.S. will soon
Four Points by Sheraton
Macaé
(22) 2106-2700
www.fourpoints-macae.com.br
Rua Dolores de Carvalho Vasconcelos 110,
Bairro Glória, Macaé
Conforto
não é
complicado.
*Exceto reveillon, carnaval, feriados, eventos especiais
e congressos. Conforme disponibilidade.
share 50 new air routes. Could
you elaborate on the agreement
allowing for this increase in
flights?
In June, the U.S. and Brazil
reached an agreement on a package
of significant liberalization measures
in our air transportation relations,
which will strengthen and expand
our already strong trade and tourism
links. The agreement will provide for a
nearly 50 percent increase in passenger
flights between the two countries and
eliminate a number of restrictions on
U.S.-Brazil air service.
Under the new accord, U.S. and
Brazilian carriers for the first time
will be able to provide some services
on a code-share basis with their
third-country partner airlines. The
agreement also allows U.S. carriers
to serve five new cities in Brazil,
12
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
including Fortaleza and Curitiba.
The agreement will further
expand air cargo services between our
countries. Intermodal rights were also
granted, which will permit U.S. cargo
companies to provide door-to-door
service in Brazil.
Which legacy would you like to
leave behind as an American
Ambassador? How would you
like to be remembered after you
leave Brazil?
As ambassador, my job is to
build bridges. The U.S. and Brazil
have so many common interests and
common characteristics, it’s only
natural that we should be partners. So
if I can help build bridges to strengthen
the U.S.-Brazil partnership, then I
think I will have made a difference as
ambassador.
There has been excellent progress
in a number of important areas of our
bilateral relationship over the last two
years. I would cite, for example, the
agreement to cooperate to combat
racial discrimination that was signed
during Secretary’s Rice’s visit in March.
Biofuels cooperation, of course, is one
of the most important areas where our
strong partnership is moving forward,
as we discussed earlier. In the area of
security cooperation, we completed
earlier this year the 49th UNITAS joint
military exercises that included not only
Brazil and Argentina, but also Chile and
Ecuador as observers.
Of course, I’d have to include the
U.S.-Brazil CEO Forum, the showcase
of our public-private partnerships. And
for the first time in 40 years we have had
real negotiations on a bilateral tax treaty
and we hope we can make progress
toward a bilateral investment treaty. BB
resolvemos impressionar nosso cliente mais importante.
o planeta terra.
ConsCiente de que o papel utilizado no dia-a-dia em suas máquinas está diretamente ligado ao papel que
representa junto à soCiedade, a ediouro gráfiCa obteve o selo fsC (forest stewardship CounCil – Conselho
de manejo florestal), uma garantia de que a matéria-prima que utiliza foi obtida de forma ambientalmente
Correta, soCialmente justa e eConomiCamente viável.
Com esta atitude, a ediouro gráfiCa reitera o seu Compromisso Com o meio ambiente e inCentiva outras empresas
a fazerem parte da Cadeia de Custódia.
Faça como a gente, não deixe o seu papel em branco.
ajude a garantir um Futuro melhor para todo o planeta.
maiores informações:
rua nova jerusalém, 345 – bonsucesso – rio de janeiro/rj – tel.: (21) 3882-8200
www.Fsc.org.br | www.ediouro.com.br
SW-COC-003402
Opportunity to reflect
George W. Bush
O
n September 1st millions of
Americans celebrated the Labor Day. This holiday marks the traditional
end of the summer season. It is also
an opportunity to reflect on the contributions
of hardworking Americans all across our country
- from teachers, farmers, and health care
professionals, to firefighters, police officers,
small business owners, and workers on the
assembly line.
14
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
“We need to work together to keep your taxes low. At a time of economic challenge, the last thing
American families need is a massive tax increase”
The American workforce continues to be the marvel
of the world. Yet many working families have been
weathering tough economic times. There are families
across our country struggling to make ends meet. There
is an understandable concern about the high price of gas
and food. And many Americans are worried about the
health of our housing and job markets.
I share these concerns about our economy. Yet there
have been some recent signs that our economy is beginning
to improve. While the housing market is continuing to
experience difficulty, the decline in home sales has leveled
off recently, and sales are rising in some parts of the
country. Orders for some durable goods, such as business
equipment, are rising. And earlier this week we received a
report that America’s economy grew in the second quarter
at an annual rate of 3.3 percent - surprising analysts who
were predicting an economic recession. These welcome signs indicate that the economic
stimulus package that I signed earlier this year is having its
intended effect. The growth package will return more than
$150 billion back to American families and businesses this
year. Many Americans who received tax rebates are spending
them. Businesses are taking advantage of tax incentives to
purchase new equipment this year. And there are signs that
the stimulus package will continue to have a beneficial impact
on the economy in the second half of the year. Labor Day is also the traditional start of the election
season. In the coming months, it will be tempting for
some in Congress to try to score political points instead
of getting work done for the American people. Our
citizens deserve better. We still have time to accomplish
important goals for our country. My Administration
remains hopeful that we can work with Democratic leaders
in Congress on bipartisan measures to help Americans
cope with this period of economic uncertainty. We need to work together on a comprehensive
approach to our energy problems. I’ve called on Congress
to permit us to tap vast, unused sources of oil and gas,
expand domestic refining capacity, and encourage the
development of alternative energy sources. Congress
continues to stand in the way of this comprehensive
approach. At a minimum, Democratic leaders in Congress
should move forward on common-sense energy proposals
that have bipartisan support - and it is not too late to do this.
They should act responsibly by lifting the ban on offshore
drilling, expanding access to oil shale, and implementing
long-term tax credits to spur the development of alternative
sources of energy like wind, solar, and nuclear power. We need to work together to open up markets for
American goods. Exports account for a greater share of
America’s gross domestic product than at any time in our
history. It is not too late for Congress to approve free trade
agreements with strong allies like Colombia, Panama, and
South Korea - so that we can create more opportunities for
American farmers, ranchers, and entrepreneurs. We need to work together to keep your taxes low. At a time of economic challenge, the last thing American
families need is a massive tax increase. It’s not too late
for Congress to make the tax relief we passed in 2001 and
2003 permanent.
Despite our economic difficulties, there is every
reason to be optimistic about America’s future. Our
workforce is dynamic and productive. Our economy is
showing that it is resilient. And our Nation is the most
industrious, creative, and prosperous on earth. BB
President of the United States of America
OUTUBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
15
Brasil e Houston:
uma parceria de sucesso
Ana Redig
O
Brasil é o quinto maior parceiro comercial de Houston, Texas, tendo
movimentado, em 2007, cerca de US$ 7,4 bilhões. O comércio marítimo tem
especial destaque, sendo responsável por 58% deste volume e elevando o país
a segundo parceiro comercial neste segmento. O comércio aéreo de cargas
também vem despontando como um mercado interessante, com volume superior a US$
738,7 milhões no ano passado.
16
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
“Hoje mais de 500 empresas da cidade texana
fazem negócios com o Brasil; 69 companhias
comandam subsidiárias no país e seis empresas de
capital brasileiro possuem escritório em Houston”
Desde 2000, esta relação comercial vem registrando um
crescimento anual de 17,2%. Hoje mais de 500 empresas da
cidade texana fazem negócios com o Brasil; 69 companhias
comandam subsidiárias no país e seis empresas de capital
brasileiro possuem escritório em Houston, cuja economia
avança em função da indústria de Energia, setor que responde por 48% dos empregos locais.
Com o objetivo de promover comercialmente a cidade,
impulsionar o desenvolvimento econômico, criar empregos e
aumentar sua capacidade de competir globalmente, foi criada
a iniciativa de marketing Opportunity Houston. Criado há
cinco anos, o programa oferece suporte econômico e todo
tipo de apoio a empresas que queiram se estabelecer ou
ampliar seus negócios na cidade.
A vice-presidente sênior da Divisão de Marketing e
Desenvolvimento Econômico da iniciativa, Marti Boone,
esteve no Brasil durante a Rio Oil & Gas com o intuito de
abrir novas portas comerciais, não só na área de Energia, mas
ampliar as perspectivas de negócios e atualizar os contatos e
ações em relação ao Brasil. “Participar desta feira foi muito
importante. Estamos mais informados sobre o que está
acontecendo no setor e o que os profissionais do segmento
de Energia estão pensando. Esperávamos que fosse bom,
mas foi ainda melhor”, elogiou Boone.
A Opportunity Houston apresentou às empresas brasileiras tudo o que a cidade texana tem a oferecer, caso queiram
se instalar por lá. “Atuamos em comércio internacional, desenvolvimento econômico e estendemos as facilidades que a
Câmara Local de Comércio oferece às empresas americanas
para todas as companhias instaladas na cidade. A Energia é
nosso principal ponto comum e as recentes descobertas de
petróleo na área de pré-sal vão exigir cada vez mais cooperação entre os países”, argumenta a vice-presidente.
Marti Boone elogiou iniciativas como a Conferência
Brazil Energy & Power (BEP), cuja sétima edição acontecerá
em 17 novembro, em Houston. A BEP é uma parceria da
Câmara de Comércio Americana e Câmara de Comércio Brasil
Texas, e reúne mais de 500 participantes das principais empresas de energia do mundo, além de autoridades brasileiras e
americanas. “Este tipo de evento é uma grande oportunidade
de colaboração. É uma ocasião para aprendermos uns com os
outros e aumentar relacionamentos comerciais. O debate de
idéias revela o que cada um pode trazer de melhor,” acredita
Boone. “Conhecendo a força de um e de outro, podemos
potencializar a cooperação”, finalizou.
A área de abrangência do Opportunity Houston é
realmente interessante. A iniciativa cobre, além da cidade de
Houston, mais dez condados com realidades e indústrias bem
variadas. O foco principal de trabalho do grupo se dá sobre
os setores de Energia (Petróleo e Gás e energias alternativas);
Medicina e Biologia; Aeroespacial e aviação; Tecnologia da
Informação; e Nanotecnologia. No plano estratégico do
projeto está a criação de 600 mil novos empregos em 10
anos, com investimentos de US$ 60 bilhões e mais US$ 120
bilhões só em comércio internacional.
Além de ser uma região de boa qualidade de vida,
propícia para investir e viver, o Texas tem uma das menores
cargas tributárias dos Estados Unidos, não cobra Imposto
de Renda sobre pessoa física nem há imposto estadual sobre
bens em trânsito. O estado tem toda a infra-estrutura necessária para atender à grande demanda comercial, sobretudo
internacional. Assim, a cidade de Houston é considerada um
portal de acesso ao mundo. Para se ter uma idéia, entre as
100 maiores corporações do mundo não estabelecidas nos
Estados Unidos, 56 mantêm presença em Houston. Isso
sem falar da representação de 88 governos estrangeiros e
da cidade ser a sede de 26 empresas da lista das maiores
companhias selecionadas pela revista Fortune. BB
OUTUBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
17
MARKETING
O marketing no mundo corporativo
Por Elizabeth Campos
A
cada dia observamos uma evolução na cultura do mundo corporativo no que se refere
à importância dispensada ao marketing e à
visão empresarial moderna, que analisa a matéria como
forma de obter mais e melhores negócios. É uma visão
necessária para qualquer corporação, independentemente do tamanho ou do negócio. Porém, infelizmente, ainda
não são todas as companhias que a praticam. Como
tudo na modernidade, o marketing também se adapta.
O foco da padronização muda e entra em cena a segmentação, com a personalização de produtos. O desafio
da área nos dias de hoje é identificar as tendências ou
microtendências de comportamento.
Ao analisar o segmento de auditoria, por exemplo,
podemos observar que a evolução da prática de marketing corporativo nos últimos 10 anos é uma realidade
positiva. Cada vez mais essa área deixa de ser simplesmente fornecedora de anúncios e publicações para ser
uma área que acompanha a estratégia da empresa e
trabalha voltada para resultados.
Há cerca de 10 ou 12 anos as empresas de auditoria faceavam muitas limitações para divulgar seus
serviços e sua marca. Essa limitação permitiu que
as áreas de marketing desenvolvessem outras ações
eficazes para se apresentar ao mercado e conquistar
clientes. Neste período, as empresas de auditoria
se organizaram de tal forma que hoje contam com
estruturas responsáveis não só por padronizações
e publicidade. Respondem também por meios como
organização de eventos; coordenação de assuntos de
mídia – através de assessoria de imprensa, oferecendo
o grupo de executivos da corporação como fontes
de informação de credibilidade – planejamento e desenvolvimento de negócios; pesquisas de mercado e
de satisfação, comunicação interna, e muitas outras
tarefas que fazem com que essa área seja estrategicamente importante para os negócios.
Por outro lado, é importante dizer que, apesar da
evolução do mundo do marketing, constata-se que muitas
18
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
empresas acabam engessando o trabalho do profissional
– que é peça-chave para a obtenção de resultados dos
negócios –, exigindo resultados num curto prazo, impedindo que sejam feitos planejamentos estratégicos que,
fatalmente, trariam respostas muito melhores do que as
conseguidas sob pressão. O trabalho do profissional de
marketing não é simplesmente apagar incêndios.
Hoje, em todos os segmentos, o foco do mercado é uma evolução do pensamento do marketing
corporativo, e visa atender às necessidades do setor
e criar diferenciais que permitam visualizar o melhor
target, inclusive mudando, se necessário, a cultura da
corporação e de seus executivos. No caso de uma
multinacional, como a BDO, a organização e as ações
têm de ser padronizadas de forma local, regional e
global, obtendo uma troca das melhores práticas. Isso
fortalece a imagem e a marca, permitindo diminuição
de custos e maximizando resultados.
Neste segmento, os grandes players são redes
internacionais presentes no mundo todo, que necessitam de padrões e identidade globais, determinados pela
matriz, para que a marca seja reconhecida em qualquer
país e também pelos clientes. É nesse sentido que,
novamente, o marketing local se faz necessário, pois é
responsável pela aplicação dessa padronização e adaptação de algumas ações necessárias para que atinjam
seus resultados. Quem quiser se manter competitivo
e olhar para os mercados em franco desenvolvimento
com a intenção de localizar possibilidades de negócios,
deve investir em marketing.
Resumindo: é notável a evolução da área de
marketing nos segmentos de serviços especializados
em auditoria, tributos e consultoria, onde cada vez
mais se apresenta como uma grande parceira da área
de negócios com o objetivo final de atingir mais e
melhores resultados.
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OUTUBRO/2008
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Momento promissor para os portos brasileiros
O
aumento da demanda mundial por commodities, bem como o incremento do
comércio internacional no país gerou uma sobrecarga nos serviços dos portos
brasileiros. Há anos o setor enfrentava dificuldades para realizar investimentos
capazes de modernizar a infra-estrutura, minimizar custos e permitir um maior
fluxo de mercadorias por via marítima. Desde 2006, o setor vem recebendo maior atenção e
recursos do governo federal, sobretudo através do Projeto Piloto de Investimentos (PPI), que
tem aportado verbas para dragagem e derrocamento, melhorias de acesso e modernização de
instalações nos portos do Rio de Janeiro, Vitória, Santos, Sepetiba, São Francisco do Sul e Areia
Branca. Só nesses projetos foram aplicados R$ 131,1 milhões, com o objetivo de tornar as operações de importações e exportações mais eficientes.
Em 2007, os investimentos no setor portuário chegaram a R$ 650 milhões, mais do que o
dobro do empenhado em 2006, que não passaram de R$ 303,7 milhões. Parte desses recursos
veio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que injetou R$ 434,4 milhões em obras
como a dragagem do Porto de Itaguaí (RJ) e do Porto de Santos (SP) e a contenção do cais do
Porto de Vitória (ES). Outros R$ 43,3 milhões do PPI foram aplicados em estudos e implementação
de sistemas de segurança portuária (ISPS-Code) nos portos de Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ),
Divulgação
Itaguaí (RJ) e Santos (SP).
Entretanto, as deficiências do sistema portuário são muitas e estão longe de serem supridas
apenas com recursos públicos. A Lei dos Portos, de 1993, permitiu que uma parte da infra-estrutura fosse transferida para o setor privado, através de arrendamento de áreas pelo período
de 25 anos. Investimentos foram feitos para modernizar os terminais e torná-los mais ágeis.
É o caso do Píer Mauá, operando desde 1998, no Rio. Na área de cargas, empresas de grande
porte vêm construindo terminais privados para ampliar a capacidade de transportes e diminuir
o “custo Brasil”. Os projetos em andamento somam quase R$ 4 bilhões, e a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários ainda analisa mais de 25 pedidos para construir e explorar Terminais de
Uso Privativo (TUP) e Mistos.
Para algumas empresas, os aportes visam alcançar a independência das estruturas públicas
de transporte. É o caso da ThyssenKrupp CSA, cujo complexo siderúrgico de Santa Cruz, no estado
do Rio, inclui um terminal marítimo que deve ficar pronto ainda este ano. Outras empresas estão
investindo em empreendimentos de uso misto, com unidades especializadas em contêineres,
cargas frigoríficas e de grande calado, para permitirem acesso a navios de grande porte direto
do alto-mar, sem manobras nos canais. Ótima notícia, já que a atual estrutura exige cerca de
12 horas para que alguns navios atraquem nos portos brasileiros. Os terminais mistos permitirão
o aumento de fluxo de mercadorias, com mais de um berço de atracação, servindo, também,
como ponto de conexão entre pequenas e grandes embarcações.
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) investirá, nos próximos cinco anos, US$
2,23 bilhões em melhorias logísticas, envolvendo construção e ampliação de terminais,
criação do porto privativo Lago da Pedra, e de um Pólo Logístico Multimodal. Confirmadas todas essas realizações, o setor portuário deverá passar por um momento promissor,
contribuindo decisivamente com para o incremento da logística tão necessária ao país.
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BRAZILIAN BUSINESS
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Fotos Divulgação
Novos horizontes no setor
portuário privado no Brasil
Rodrigo Tostes
G
igante em movimentação
e inovador em tecnologia,
o terminal portuário
próprio da ThyssenKrupp
CSA Siderúrgica do Atlântico (TKCSA)
será a primeira grande etapa da
construção do complexo siderúrgico, da
empresa em Santa Cruz, município do
Rio de Janeiro. A demonstração de que
é possível conciliar desenvolvimento
com respeito ao meio ambiente é uma
das razões do orgulho da companhia em
relação a essa obra.
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BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
O porto da TKCSA faz parte da estratégia logística
estabelecida ainda na concepção do projeto. Suas instalações serão responsáveis pelo desembarque de 4,5 milhões
de toneladas/ano de carvão importado, a ser utilizado no
processo siderúrgico, e pela exportação integral da produção
de 5 milhões de toneladas/ano da usina, destinada à região
do NAFTA e à Alemanha. Essa gigantesca operação de
exportação contribuirá com cerca de US$ 1 bilhão anual
para o balanço de pagamentos e representará um aumento
de 40% na exportação brasileira de aço.
O grande diferencial do terminal portuário é o seu projeto. Situado no fundo da Baía de Sepetiba, dispõe de um
impressionante acesso de 3.800 metros que começa em terra
firme, passa por cima de um manguezal e prossegue sobre o
mar até atingir uma jazida de areia, ponto em que está sendo
instalado o píer, com 700 metros de extensão.
A operação do terminal portuário da TKCSA utilizará
um berço para a descarga de carvão e outro para o embarque
de placas. Será equipado com dois guindastes tipo pórtico
para descarga de carvão, com capacidade para recolher 2.200
toneladas/hora cada. Correias transportadoras construídas
em toda a extensão do porto e de seu acesso conduzirão o
carvão do píer até a área de armazenagem. Para o embarque
das placas de aço produzidas na siderúrgica serão utilizados
três guindastes, também do tipo pórtico, com capacidade de
elevação de até 60 toneladas cada um.
Dada a profundidade média da região, de aproximada-
“Com a entrada em operação do terminal
portuário da TKCSA, a expectativa é de que o
tráfego marítimo junto ao Porto de Itaguaí tenha
um acréscimo de mais de 120 navios/ano”
mente 5 metros, foi necessária a dragagem de um canal de
acesso com 14,5 metros e uma bacia de evolução na área do
píer com 17,5 metros. Com a entrada em operação do terminal portuário da TKCSA, a expectativa é de que o tráfego
marítimo junto ao Porto de Itaguaí tenha um acréscimo de
mais de 120 navios/ano.
Diante de números tão significativos e cientes da responsabilidade socioambiental envolvida, a empresa inseriu
no projeto premissas de preservação do patrimônio natural
e de redução de impactos. Entre as ações previstas com
a finalidade de recuperar e conservar integralmente a área
de manguezal, no acesso ao terminal portuário, encontrase em execução um plano de recuperação ambiental da
vegetação, iniciado em junho deste ano e com prazo de
execução de 15 meses.
Os guindastes para a descarga de carvão estão equipados
com spray de água, o que evita a elevação de poeira durante
a movimentação. Todo o maquinário será cercado por uma
calha para a coleta dos resíduos provenientes da operação.
A manutenção do equipamento e trocas de óleo ocorrerão
fora da área do píer.
A construção do Complexo Siderúrgico da TKCSA
no Brasil não aconteceu por acaso. A postura adotada pelo
setor público, por meio da união entre os governos federal,
estadual e municipal, contribuiu decisivamente para a implantação do projeto.
Diante da possibilidade de gerar mais de 20 mil empre-
gos diretos na fase de implantação, de aumentar significativamente o resultado de vários indicadores da economia
nacional, entre outras inúmeras repercussões do negócio, as
autoridades brasileiras, com a devida isenção, conferiram ao
empreendimento uma importância estratégica.
Com o objetivo de cumprir todas as exigências burocráticas e de licenciamento dentro de um prazo que não
comprometesse o calendário de implantação do projeto,
a empresa, desde cedo, adotou uma filosofia de trabalho
de cooperação e de total transparência com as autoridades
envolvidas. Na esfera governamental, a TKCSA cumpriu rigorosamente as exigências e esclarecimentos solicitados pela
Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria de Portos, Agência
Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Secretaria de
Patrimônio da União, Receita Federal, Companhia Docas do
Rio de Janeiro e Capitania dos Portos.
Com uma mentalidade moderna e empreendedora, o
setor público brasileiro demonstrou seriedade e comprometimento com todos os acordos estabelecidos. Graças a estes
fatores, temos a convicção de que o projeto servirá como
exemplo para a vinda de muitos outros empreendimentos
deste porte para o Brasil. BB
Diretor Executivo da ThyssenKrupp CSA
Siderúrgica do Atlântico (TKCSA)
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BRAZILIAN BUSINESS
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Desafio da área de logística
Davi Emery Cade
A
Divulgação
globalização e a abertura dos mercados internacionais ocasionam um aumento
no comércio mundial, e a logística, no Brasil e no mundo, passa a ser um
dos grandes desafios deste século. O momento propicia a estruturação de
grandes empresas em países que ofereçam melhores condições comerciais
de produção, ressaltando a importância da logística diferenciada para distribuição dos
produtos no mundo e o grande aumento da demanda pelo transporte marítimo. No Brasil,
o cenário econômico evidencia o aumento da demanda interna, com crescimento do PIB
anual acima de 4%, acarretando maior necessidade de serviços logísticos. Essa situação
agrava ainda mais a questão de infra-estrutura nacional (portos, ferrovias, rodovias e
aeroportos) que é deficitária, subdimensionada para o cenário atual e futuro do país.
24
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
“A CSN decidiu definitivamente considerar a logística
não só como um pilar estratégico de sustentação
às suas atividades, como também uma unidade de
negócios para prover soluções logísticas para terceiros”
O setor portuário nacional é um bom exemplo. A maioria dos portos tem necessidade de dragagem e possui deficiências nas estruturas de armazenagem e nas instalações para
serviços portuários acessórios, além de se situar em centros
urbanos com alta densidade populacional, dificultando a expansão e o aumento da capacidade. Somado a isso, os navios
produzidos em todo o mundo têm cada vez maior porte,
exigindo acessos marítimos mais profundos, e a diversidade
de cargas transportadas aumenta a cada dia.
Com esse cenário, a CSN, com seus ativos e expertise,
não poderia ficar de fora. A empresa vem realizando investimentos constantes na modernização das suas instalações,
nos dois terminais que controla no Porto de Itaguaí (RJ).
Um deles movimenta contêineres e carga solta, o Sepetiba
Tecon, responsável pelo escoamento dos produtos siderúrgicos para o mercado externo, e outro de granéis, o Tecar,
em foco pelo potencial crescente da mineração. Atenta a
isso a CSN decidiu definitivamente considerar a logística
não só como um pilar estratégico de sustentação às suas
atividades (siderurgia/mineração/cimento/energia), como
também uma unidade de negócios para prover soluções
logísticas para terceiros.
Recentemente, divulgou para o mercado a “Plataforma
Logística CSN em Itaguaí”, anunciando que a CSN investirá,
nos próximos cinco anos, US$ 2,23 bilhões em melhorias e
expansões nos seus terminais (Tecon e Tecar), na criação de
um porto privativo chamado Lago da Pedra e de um Pólo
Logístico Multimodal. Esse projeto, de localização estratégica e privilegiada no que tange às necessidades terrestre e
marítima, suportará seguramente um dos mais importantes
empreendimentos logísticos do país. O Pólo Logístico Mul-
timodal demandará US$ 1,1 bilhão e foi concebido como
um condomínio logístico, numa área de 850 mil m2. Vem
para suprir a falta de retroárea nos portos e terá capacidade
total anual de 900 mil TEU.
O Lago da Pedra terá dois píeres, em um total de nove
berços, e uma retroárea, investidos, para isso, R$ 791 milhões
e US$ 238 milhões, respectivamente. Esta retroárea contará
com pátios de estocagem de 1,2 milhão de m2, com capacidade para exportar até 60 milhões de toneladas de minério
de ferro/ano, 12 milhões de toneladas de carvão, além de
movimentar 1 milhão de TEU/ano e 11 milhões de toneladas
de carga geral e produtos siderúrgicos.
As expansões dos terminais prevêem um montante de
mais de US$ 900 milhões. A ampliação do Tecon proporcionará um aumento na capacidade de movimentação de
contêineres de 600 mil para 1,3 milhão de TEU, enquanto
a capacidade de movimentação de carga geral chegará a 6
milhões de toneladas anuais. Em relação ao Tecar, sua capacidade de exportação de minério de ferro aumentará para
100 milhões de toneladas por ano.
Com este mix de projetos, associado aos investimentos
públicos em andamento na região, como a dragagem do canal
de acesso do porto, a duplicação da Rio–Santos e a construção
do Arco Metropolitano, e também à duplicação das linhas ferroviárias da MRS, da qual a CSN possui participação acionária
significativa, o segmento portuário passa a ser seguramente
um dos mais promissores, estando em total alinhamento às
necessidades do país, possibilitando à CSN destaque e projeção
nacional no cenário logístico do Brasil. BB
Diretor de Logística da CSN
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BRAZILIAN BUSINESS
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Píer Mauá: número de
passageiros cresce 680%
Pedro Augusto Guimarães
E
Divulgação
xistem, atualmente, cinco potenciais destinos turísticos para
cruzeiros em franco crescimento no mundo: Itália, Espanha,
Austrália, Inglaterra e Brasil, onde o turismo marítimo cresce
proporcionalmente à economia do país. Esta relação está baseada
no trinômio qualidade na prestação dos serviços, segurança e infra-estrutura.
O terminal de passageiros precisa garantir aos usuários do Porto do Rio de
Janeiro, bem como aos turistas do Brasil e do exterior, a certeza de uma infraestrutura compatível com a qualidade e a importância do setor de cruzeiros.
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BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
No Rio, o crescimento anual é da ordem de 30%, contra
índices médios de 11% no resto do mundo. Isso tem acarretado mais investimentos para acompanhar a demanda. O
sucesso da atividade de cruzeiros marítimos vem propiciando
aos diversos destinos turísticos do estado do Rio de Janeiro demonstrar o potencial que a região tem para receber
esse nicho de mercado. Gerando empregos, fomentando
a economia do estado, oferecendo aos turistas uma prazerosa degustação das cidades visitadas e consumindo seus
diversos atrativos existentes.
Na última temporada (outubro/07 a abril/08), a Píer
Mauá registrou a movimentação de cerca de 460 mil turistas,
com um aporte de US$ 140 milhões na economia do município do Rio de Janeiro. A projeção para a próxima temporada,
que se inicia em novembro, é de novos recordes, com um
crescimento estimado em 33% (cerca de 550 mil turistas,
com uma injeção na economia de aproximadamente US$ 165
milhões). Do início das nossas atividades, em 1998, até agora,
o crescimento foi de 680% no número de passageiros, e em
dezembro o Píer Mauá comemorará a milésima atracação.
Um “golaço” para nossa cidade!
Só em 2008 foram investidos cerca de R$ 8 milhões
no terminal de passageiros, valor que deve passar de R$ 12
milhões até o final da próxima temporada. O Armazém 1
foi restaurado em 2007 e utilizado nas operações de desembarque na última temporada. Agora é a vez dos armazéns 2
e 3, que serão integrados imediatamente ao atual Complexo
Turístico da empresa, com novas áreas de check-in e balcões
de atendimento para agilizar as operações e oferecer mais
conforto aos turistas.
Segundo dados de pesquisa recente realizada durante
a operação da temporada 2007/2008 pela Prefeitura do
Rio de Janeiro, 97,6% dos turistas de cruzeiros marítimos
afirmaram que tiveram suas expectativas atendidas durante
visita à cidade, 95% disseram que pretendem retornar,
e 98,7% revelaram que irão recomendar o Rio de Janeiro
para outras pessoas. Esses números são importantes
porque traduzem a realidade e balizam nossas ações para
que possamos planejar e projetar novas possibilidades,
visando ampliar o crescimento e garantir condições mais
atrativas e muito mais seguras para o potencial investidor
econômico na região.
Entre os visitantes internacionais, os norte-americanos
são a maioria. Na temporada 2007/2008 representaram
cerca de 72% dos turistas estrangeiros que passaram pelo
Píer Mauá. Um número bastante expressivo, especialmente
se levarmos em conta o gasto médio de aproximadamente US$ 300/dia realizado pelos passageiros e tripulantes
dos navios que visitam a cidade. São eles que retornarão,
consumindo e potencializando a rede hoteleira do Rio de
Janeiro. Novos investimentos, portanto, são indispensáveis
para atender à demanda com competência e profissionalismo. Investimentos além do terminal de passageiros do Píer
Mauá, no Porto do Rio, no município e em todo o estado
para que recebamos os grandes parceiros do setor. Porque
como principal destino turístico do Brasil, o Rio de Janeiro
também não deixou escapar a sua vocação natural de ser um
grande pólo agregador de opções comerciais de venda nos
pacotes de receptivo.
Ao integrar os aspectos culturais, naturais e históricos com
os diversos municípios vizinhos, gera oportunidades para que
todos possam participar desse desenvolvimento econômico,
sendo cada vez maior a oferta de destinos complementares,
chamados de terminais de apoio para cruzeiros (pequenos
terminais/portos/piers - atracadouros onde os navios não
podem atracar, apenas ficam fundeados ao largo fazendo
uma operação através dos “tenders” – lanchas ou balsas do navio que levam os passageiros até o continente).
As cidades não concorrem entre si, apenas atraem os
mesmos clientes, em busca de mais opções de roteiros durante o maior tempo possível. Isso faz com que os destinos
sejam complementares, criando novas opções para os passageiros. Assim, os terminais de apoio no estado também
se prepararam para receber essa demanda, como Cabo Frio,
por exemplo, hoje considerado o melhor terminal de apoio de
cruzeiros do país, além de outros com tantas belezas naturais
e reconhecida fama internacional como Búzios, Arraial do
Cabo, Angra dos Reis e Paraty. Essa integração é resultado de
investimentos e ações pró-ativas que vêm sendo praticadas
por prefeituras, iniciativa privada e os próprios governos
do estado e federal nas participações das principais feiras
do país e do exterior. Um trabalho conjunto para vender
nossos destinos aos principais clientes / armadores do
mercado internacional.
Esta iniciativa vem dando resultados. Na próxima temporada teremos 150 cruzeiros diferentes no Píer Mauá, incluindo os dois maiores armadores de cruzeiros do mercado
internacional, a Royal Caribbean Cruise Lines e a Carnival
Cruise Corporation, que, a exemplo dos demais gigantes
do setor como MSC, Costa Cruzeiros e a nossa genuína e
novata no ramo CVC, estarão, pela primeira vez, navegando
com bandeiras próprias em águas brasileiras, trazendo mais
investimento, maior divulgação e muito mais divisas para o
país e para a cidade. BB
Gerente-geral do Píer Mauá S/A
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BRAZILIAN BUSINESS
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Saúde e lazer no pódio
EXECUTIVO ENCONTRA NO TRIATHLON FORMA DE
COMPENSAR ROTINA EXTENUANTE DO TRABALHO
H
á 18 anos na Shell, os dois últimos atuando na filial brasileira, o
belga Olivier Wambersie encontrou no esporte uma forma de aliviar
a rotina estressante do trabalho. Gerente do Ativo BS-4, um dos
campos de petróleo localizados na Bacia de Santos, o executivo
reserva o pouco tempo que sobra na agenda para o ciclismo e o jogging. Essas
atividades, mais a natação, compõem o triathlon, modalidade olímpica que leva
ao limite a resistência física e mental dos praticantes.
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BRAZILIAN BUSINESS
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“Quando estou me exercitando tenho tempo
para meditar e renovar minhas forças física
e psicológica. Isso traz um grande bem-estar
para a minha vida, ajudando muito a tomar
decisões importantes para a companhia”
“O esporte me mantém em forma e ajuda a relaxar. O ciclismo e o
jogging preservam meu equilíbrio físico
e mental. Eles me dão condições de
suportar a forte carga de responsabilidade que acumulo no trabalho. Preciso
aproveitar esses momentos sozinho.
Aprendi que é muito importante ter
esse contato estreito com a natureza.
É quando percebemos a necessidade
de preservar a saúde física, saindo da
rotina exacerbada do dia-a-dia”.
Wambersie, que se interessou pelo
esporte quando ainda era estudante,
já participou das edições 2001, 2003 e
2005 do Beach Triathlon na Malásia,
evento que reúne centenas de atletas
do mundo inteiro, dispostos a suar a
camisa com provas seqüenciais e ininterruptas envolvendo 40 km de ciclismo,
10 km de corrida e 1,5 km de natação.
“No primeiro ano em que participei, não obtive uma boa colocação.
Em 2003 fui atacado por um cardume
de águas-vivas e terminei numa enfermaria. Já em 2005 consegui uma boa
colocação, figurando na primeira metade do grupo. Infelizmente, não pude
participar da edição do ano passado.
Como sou muito ocupado e o evento
é longe, pretendo de agora em diante
participar apenas de competições na
América Latina”, explica.
Encontrar espaço para a prática de
um hobby na apertada agenda de trabalho, dificuldade comum a muitos executivos, não aflige o gerente da Shell,
que procura manter a disciplina mesmo
quando está viajando. Para ele, outro
ponto importante é saber escolher os
locais onde será feita a atividade física.
Quanto mais arejados, melhor:
“Tento, sempre que possível,
reservar uma hora por dia durante a
semana, mesmo quando estou viajando.
Nos finais de semana aproveito para
me dedicar um pouco mais. Costumo
praticar 10 km de corrida e 25 km de
bicicleta. Procuro diversificar os locais,
mas sempre ao ar livre, e de preferência em lugares contemplativos, como
parques e praias”, explica.
Outro ponto-chave para quem se
dedica a um hobby é saber até que ponto
ele contribui para melhorar a produtividade no ambiente de trabalho. Wambersie conclui dizendo que o jogging e o
ciclismo o deixam mais preparado para
manter a concentração e decidir nos
momentos difíceis.
“Quando estou me exercitando
tenho tempo para meditar e renovar
minhas forças física e psicológica. Isso
traz um grande bem-estar para a minha
vida, ajudando muito a tomar decisões
importantes para a companhia”. BB
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BRAZILIAN BUSINESS
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Desconto de 20%
nas massas e nas pizzas
para os portadores do
Executive Platinum Card
Novidades no ar
AQUECIMENTO DOS NEGÓCIOS ENTRE BRASIL E ESTADOS
UNIDOS AUMENTA A DEMANDA POR VÔOS INTERNACIONAIS
Por Bianca Rocha, do Rio de Janeiro
A
distância entre Brasil e Estados Unidos nunca
foi tão curta. O aumento da demanda de vôos
internacionais despertou o interesse de grandes
companhias aéreas que operam no país, como
United, Continental, Delta e American Airlines. O resultado
é a criação de novas linhas para os EUA.
30
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
Webjet cresce
no mercado interno
O aquecimento da demanda por linhas aéreas também chegou ao mercado interno. A Webjet vem conquistando cada
vez mais espaço nos vôos nacionais e planeja ampliar suas
rotas com destino a São Paulo. O presidente da companhia,
Paulo Enrique Coco, comemora o crescimento da
empresa: “Em junho tínhamos 2,11% de participação no mercado doméstico.
No mês seguinte, esse percentual
subiu para 3,17%”, diz o presidente.
O crescimento é resultado da expansão da frota da
companhia, hoje com sete aviões. Segundo Coco, a meta é
fechar o ano com 11 aeronaves.
Segundo o diretor de Estudos e Pesquisa do Instituto
Brasileiro de Turismo (Embratur), José Francisco de Salles
Lopes, essa expansão é fruto do estreitamento dos laços
comerciais entre Brasil e EUA. “O país está se destacando
no turismo empresarial, o que atrai vôos regulares fora do
período de alta temporada”, explica Lopes.
A Continental Airlines, quinta maior companhia aérea
do mundo, começa a operar no dia 17 de dezembro o vôo
Rio de Janeiro-Houston sem escalas. A linha é temporária
e oferecerá aos passageiros vôos três vezes por semana
até fevereiro de 2009. A nova rota utilizará uma aeronave
Boeing 767-400, com 35 assentos na cabine BusinessFirst e
200 assentos na econômica. Para o Brasil, essa expansão é
uma importante ferramenta para o aumento na quantidade
de negócios entre os dois países.
“Respondendo às necessidades de nossos clientes
corporativos, estamos satisfeitos em oferecer o conveniente
serviço sem escalas entre esses dois importantes mercados
petroleiros”, disse John Slater, Managing Director da
Continental Airlines para a América Latina. “Além disso,
vamos proporcionar acesso mais fácil a um dos destinos
turísticos mais empolgantes do mundo, que é o Rio”,
completou o executivo.
Aproveitando os bons ventos do mercado, a United
Airlines anunciou importantes mudanças na rota Brasil-EUA,
como a antecipação dos vôos sazonais sem escalas RioWashington para 2 de setembro. Para atender ao aumento da
procura por assentos, a United também vai substituir, no vôo
“O país está se destacando no turismo
empresarial, o que atrai vôos regulares
fora do período de alta temporada”
sem escalas São Paulo-Washington, os Boeings 767 pelos
777, mais modernos e com 65 lugares a mais. Já o terceiro
vôo diário da empresa, ligando São Paulo a Chicago sem
escalas, não sofrerá alterações.
A Delta Airlines também está fazendo novos
investimentos, mas direcionou sua expansão para o eixo
Norte e Nordeste. A partir do dia 20 de dezembro, serão
inauguradas duas novas rotas diárias: de Manaus para Atlanta
e de Recife para Atlanta, via Fortaleza, com partidas às
segundas, quartas, sextas e sábados. “Os novos vôos são
resultado da recente ampliação do acordo bilateral entre os
EUA e o Brasil. Ele abre portas para novas oportunidades
de negócios e turismo entre os dois países”, disse Christophe
Didier, vice-presidente de Vendas e Relações Governamentais
da Delta para América Latina e Caribe.
“O aumento no número de vôos regulares é um dado
positivo. É o segundo melhor resultado do ano, e o crescimento
de 6% no desembarque de passageiros de vôos regulares
mostra a paulatina recuperação do número de assentos em
vôos internacionais”, reforça José Francisco Lopes.
Outras duas cidades brasileiras que ganharam vôos
sem escalas para Miami são Belo Horizonte e Salvador.
Em novembro, a American Airlines vai incluir em seu
conjunto de rotas vôos saindo de Belo Horizonte e Recife
com destino a Miami, enquanto os de Salvador farão escala
em Recife, e de lá seguirão direto para Miami. O vôo de
Belo Horizonte vai operar três vezes por semana, e o de
Recife e Salvador será diário. BB
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BRAZILIAN BUSINESS
31
LEGAL ALERT
Investimentos em Private Equity
Por Marcelo Vieira Rechtman
P
odemos definir a atividade de private equity
como a de realização de investimentos diretos em empresas de capital fechado, em
regra, por meio da aquisição de participação acionária
no negócio, com o objetivo de se apurarem lucros no
médio prazo - entre cinco e dez anos - mediante a alienação desta participação acionária a terceiros, após
sua valorização.
Os ganhos neste tipo de produto financeiro estão
associados com a margem (spread) entre o valor original
de compra e o valor final de venda das participações
acionárias adquiridas, sendo, portanto, essencial para o
sucesso do negócio que o preço negociado em ambas
as fases - entrada e saída - seja o melhor possível. É
justamente nestas fases que a assessoria jurídica pode
ser um diferencial.
Durante a negociação e realização de investimentos nas empresas-alvo, uma série de precauções de
ordem jurídica são essenciais. A realização de auditoria
jurídica (legal due diligence) e financeira da empresa-alvo
pode auxiliar na identificação de suas contingências
atuais e de suas práticas de negócios, as quais podem
resultar em contingências futuras.
É também preciso definir se o investimento será
feito mediante a aquisição de ações existentes dos donos do negócio ou pela emissão de novas ações a serem
subscritas pelos investidores, se será feito diretamente
pelo fundo investidor ou com a utilização de estruturas
societárias interpostas (SPEs ou holdings), se a participação será minoritária ou majoritária, se a operação
exigirá notificação ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica ou outro órgão regulador e a quem caberá
tal responsabilidade, bem como definir a estrutura fiscal
mais eficiente para a operação.
Paralelamente, em substituição às antigas discussões focadas unicamente em preço, a criação de modelos de aquisição de maior complexidade e originalidade
cada vez mais despontam como uma forma alternativa
32
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
de aproximação entre os interesses de compradores e
vendedores, dando margem a modelos como o de pagamento do preço em parcelas (tranches), atreladas a
ocorrências futuras, tais como o cumprimento de metas
ou a obtenção de resultados prometidos.
A celebração de um acordo de acionistas entre os
investidores e proprietários do negócio também é um
passo essencial. Um bom acordo estabelece logo a intenção das partes para o negócio, as hipóteses de saída
para cada sócio, regras de venda conjunta (tag-along,
drag-along) e compulsória (put e call options), bem como
normas para a mediação e resolução de conflitos, usualmente envolvendo arbitragem. Também aborda a forma
de utilização de direitos de voto, cria a possibilidade de
veto e/ou a necessidade de quorum qualificado para
determinadas situações e define quem indicará os novos
administradores da empresa, sendo praxe, neste caso,
a manutenção das atividades operacionais (CEO/COO)
pelos donos do negócio e a assunção da área financeira
(CFO) pelo fundo investidor.
Como a maior parte das empresas-alvo são de
gestão familiar, o processo de investimento também
costuma compreender o aprimoramento dos padrões de
governança corporativa, inclunido profissionalização da
gestão, implementação de padrões internacionalmente
aceitos de registro contábil e o aumento do grau de
transparência de relatórios e contas.
A fase final de um projeto de private equity consiste
na realização do investimento, mediante sua venda a parceiro estratégico ou saída por oferta pública de ações no
mercado de capitais (IPO), cuja utilização tem se tornado
mais freqüente nos últimos anos com o reaquecimento
da bolsa de valores brasileira. É novamente nesses momentos que a criatividade e competência na definição
da estrutura a ser utilizada podem ser diferenciais para
a maximização de valor dos investidores.
Advogado da área societária do Veirano Advogados
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União de esforços para combater fraudes
CVM e Ministério Público se unem e criam força-tarefa
para reprimir crimes contra o sistema financeiro
Alexandre Pinheiro, observado por João César Lima, defende parceria entre CVM e MP
E
studos indicam que
as fraudes corporativas são hoje a segunda
maior fonte de dinheiro ilícito do
planeta, perdendo apenas para o narcotráfico. Demonstrações financeiras
pouco transparentes, notas explicativas vagas, falta de controles internos
mais rigorosos e descumprimento de
normas regulatórias são ingredientes
certos nessa receita perigosa. No Brasil, o mal acomete cerca de 30% das
empresas, que chegam a perder US$
1 milhão a cada golpe. Pior: em 67%
dos casos, nada é recuperado. Em palestra na Amcham, o procurador-chefe
da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), Alexandre Pinheiro dos San-
34
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
tos, ressaltou a importância da união
entre a CVM e o Ministério Público
Federal para proteger melhor o sistema financeiro:
“O receio pelo relacionamento
entre duas instituições distintas deve
ser substituído pela visão de que, com
erro ou acerto, é muito melhor para a
CVM e o Ministério Público Federal
terem um canal de interlocução único
com o mercado regular. Ainda que
as instâncias sejam independentes, a
chance de termos atuações simétricas
é mais eficaz do que continuar com
um distanciamento institucional,
onde cada órgão tira suas conclusões
separadamente”.
O procurador disse que a enti-
dade vem se destacando internacionalmente no combate aos crimes de
colarinho branco. Desde que assumiu
a chefia da Comissão de Valores
Mobiliários, Alexandre orientou diversas ações nesse sentido. A aliança
entre CVM e Ministério Público
Federal começou a se consolidar
em 2006, quando foi formado um
grupo de trabalho com membros
das duas instituições para buscar a
integração necessária à criação de
uma força-tarefa. Em maio deste
ano, firmou-se um termo de cooperação com base em intercâmbio de
informações técnicas e operacionais,
relacionadas ao mercado de capitais.
Como exemplo, Alexandre citou
casos envolvendo as companhias Ipiranga e Suzano Petroquímica, quando
a cooperação entre as duas instituições
propiciou a descoberta de um esquema
que usava informações privilegiadas.
“Com a Suzano Petroquímica
houve dois bloqueios. No decorrer de
um mês, um dos grupos que teve seus
bens bloqueados, conseguiu desistência
de apuração, pois nada foi provado. O
outro grupo, que continuou sendo investigado, optou por fazer um acordo,
assinou um termo de compromisso
de ajustamento de conduta e pagou o
equivalente a R$ 2 milhões de ajuste”.
O procurador concluiu dizendo
que é dever de todo órgão público comunicar indícios de natureza criminal,
e que a união entre as duas instituições
é uma vitória de toda a sociedade.
OUTUBRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
35
Interação com Ginga
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Programa 100% nacional dará interatividade
a novas transmissões da TV digital no país
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Luiz Fernando Gomes Soares, da PUC
V
ocê está assistindo à Fórmula 1 pela TV e quer ter
informações adicionais,
como a classificação das equipes, o
desenho do circuito ou a visão da corrida por outro ângulo, sem depender
da vontade da emissora que transmite.
Ou então seleciona o menu que surge
instantaneamente no canto inferior da
tela para comprar o DVD que acabou
de aparecer numa cena da novela. Tudo
isso será rotina na TV digital, prevê Luiz
Fernando Gomes Soares, professor
titular da reitoria de Informática da
PUC-Rio, que esteve na Amcham para
falar do Ginga, software livre 100%
nacional que promete trazer maior
interatividade para as transmissões.
“O Ginga é um middleware, ou
software intermediário, que permite
o desenvolvimento de aplicações interativas para TV digital em qualquer
plataforma de hardware. É o módulo
mais importante, porque faz a interface
entre duas indústrias importantes, de
recepção e radiodifusão. Ele também
dá suporte para o desenvolvimento
das inovações. No sistema brasileiro, o
Ginga é a única parte nacional, porque
Desconto de 10%
para os portadores
do Executive
Platinum
Card.
BUSINESS
OUTUBRO/2008
36 BRAZILIAN
36
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
o resto veio de padrões internacionais.
Mas é a mais importante”.
Para Luiz Fernando, o retorno
publicitário da interatividade será um
novo trunfo para emissoras e empresas.
Como o sincronismo entre o produto
mostrado no filme e o ícone que surgirá representando-o na tela. Com um
clique, será possível encontrar a loja
mais próxima da casa do telespectador
e comprar a mercadoria pela própria TV.
Mas o pesquisador frisou que a interatividade deve ser aplicada com bom senso.
“Ela deve ser usada com parcimônia. Senão aborrece o telespectador
e pode ser muita caro para a emissora.
Mas a interatividade pode ser uma
forma de trazer pequenos anunciantes para a TV. Abre oportunidade
para empresários e comerciantes, que
normalmente não anunciariam, encontrarem espaço na programação. Além
disso, o aparelho poderá gravar as
informações do perfil do usuário para
que a propaganda seja mais dirigida”,
explicou.
O engenheiro falou, também, da
importância social da TV digital. Ele
citou pesquisa feita em dezembro de
2007, pelo Comitê Gestor da Internet no
Brasil, em 54,6 milhões de lares do país:
“O estudo mostra que 98% dos
domicílios têm TV, mas só 24% possuem computador e 17% acessam
Internet. Já nas classes D e E, 95%
dos domicílios têm TV, mas apenas
4% dispõem de computador, 2% com
Internet. Isso prova como a televisão
terá peso no processo de inclusão social.
Com o controle remoto seria possível
até encaminhar uma pessoa doente a
uma unidade de pronto-atendimento
mais próxima. Isso diminuiria muito os
custos do Sistema de Saúde”, concluiu.
Mediação: rapidez na
solução de causas
C
onflitos que levariam
anos para serem julgados
nos tribunais podem
agora ser resolvidos em muito menos
tempo graças à mediação. O recurso
é cada vez mais utilizado em todo o
mundo para desafogar o Sistema Judiciário. Especialista no tema, o advogado
americano Fred Souk afirmou, em
workshop promovido pela Amcham,
que os benefícios vão muito além da
agilidade na tramitação dos processos.
Com a mediação também é possível
diminuir despesas com advogados e
baratear custos processuais. Souk, que
atua como mediador em um tribunal
de Washington, deu dicas de como um
profissional da área deve se portar:
“Ele deve ser neutro e imparcial. Seu papel é orientar as partes
para que cheguem a um acordo favorável a ambos, diferentemente da
arbitragem, na qual uma das partes
sai com mais vantagens. Uma vez
que o árbitro decide, as partes não o
vêem mais com imparcialidade, e isso
é muito prejudicial na busca de um
futuro acordo. Por isso a mediação é
mais aceita pelos negociadores”.
Souk, que formou mais de 500
advogados para atuar em mediação na
Romênia, ressaltou a importância de se
estabelecer regras para que esta se efetive. “Antes de começar a reunião, todos
os envolvidos, as partes e o mediador,
devem assinar um contrato de sigilo
Souk fala das vantagens da mediação
absoluto, comprometendo-se a nunca
utilizar as conversas para uma possível
negociação na Corte”, disse.
Segundo o advogado, há uma
relação essencial para que a negociação
seja selada com sucesso: o respeito
entre as partes. “Apesar de óbvio,
sempre é preciso lembrar a algumas
pessoas que devem esperar sua vez de
falar e respeitar enquanto o outro faz
o discurso. Muitas se descontrolam e
esquecem o básico da educação e da
civilidade”, lamentou.
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Amcham recebe novos associados
Diretor da Câmara pede a empresas que se engajem nas atividades dos comitês
Os novos associados que prestigiaram o café da manhã oferecido pela Câmara de Comércio Americana
C
olaborar com o desenvolvimento do Brasil,
estreitar cada vez mais
os laços comerciais com os Estados
Unidos, lutar pelo livre comércio e
ajudar na proteção à propriedade
intelectual. Foi assim que o diretor
superintendente da Câmara de Comércio
Americana (Amcham), Ricardo de Albuquerque Mayer, resumiu os objetivos
fundamentais da entidade, em café da
manhã que reuniu os novos associados.
“Esses são pontos muito importantes do nosso trabalho. Mas também
podemos ajudar vocês defendendo causas que lhes são caras, criando melhores
condições de negócios por meio das
atividades de nossos comitês. De forma
neutra, podemos levar essas questões a
diversas autoridades. Aliás, somos bastante procurados neste sentido. Nossa
missão é auxiliar vocês a realizarem
38
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
cada vez mais negócios”, explicou.
Mayer frisou a preocupação com
o desenvolvimento econômico do
Rio de Janeiro e do Espírito Santo,
lembrando a força política da Amcham,
uma das instituições integrantes do
Fórum Estratégico Permanente da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj).
“Participam desse fórum 12
entidades de alta representatividade e
prestígio. O objetivo é ajudar legisladores e a própria Assembléia a fazer
o melhor trabalho pelo estado. Temos
de dois a três representantes em cada
um dos nove comitês. Em breve, participaremos de audiência pública no
plenário da Alerj para debater a Lei
do Petróleo, agora que novas descobertas foram anunciadas. A maioria
de nossos associados são parceiros da
Petrobras em áreas de pré-sal”.
O diretor superintendente enfati-
zou também a experiência da Amcham na
organização de missões empresariais aos
Estados Unidos e na formação de cursos diferenciados para seus associados.
“Em 2007 organizamos uma
missão ambiental com a presença do
presidente do Ibama e de secretários de
Meio Ambiente. Visitamos dez agências
reguladoras. Também no ano passado
preparamos uma missão com a Secretaria
de Segurança do Rio para visitar a CIA e o
FBI. Foi muito produtivo”, concluiu.
Compareceram ao evento as
seguintes empresas: Ediouro Gráfica;
Okeanos Consultoria e Meio; WallMart Brasil; Antec; Infotec Consultoria e Planejamento; Loeser e Portela
Advogados; Transtrade International
Brasil; Business & Leadership; Avipam Turismo e Tecnologia; United
Airlines; Dufry do Brasil Duty Free
Shop; e Robert Half. Informe Publicitário
Mão-de-obra estrangeira é
bem-vinda na área de Oil & Gas
As recentes descobertas de grandes campos de petróleo, somado ao alto valor
internacional do barril, fez movimentar todo o setor. No entanto, é incontestável a
carência de mão-de-obra especializada nos segmentos de petróleo e gás em todo
o mundo. Em recente palestra realizada na Associação Brasileira das Empresas
de Serviços de Petróleo, Carlos Aud, da CAS Óleo Visas, destacou que não
existem especialistas suficientes para atender a esta demanda. Com 36 anos de
experiência na área de vistos, Aud acredita que a importação de mão-de-obra
especializada pode ser benéfica também para o Brasil.
Quais as perspectivas para o trabalho estrangeiro no país?
Carlos Aud: Esses técnicos vêm com a empresa estrangeira junto
com o capital, tecnologia e conhecimento em suas atividades.
Além disso, a presença desses especialistas é fundamental para
a viabilização das operações destas companhias no Brasil, pois
eles são seu coração e seu cérebro.
O Brasil deve temer esta presença estrangeira?
C.A.: De forma alguma. Há milhões de trabalhadores brasileiros
trabalhando no exterior. O país, hoje, pode se sentir tranqüilo
acerca da certeza de empregos garantidos aos brasileiros, pois
está vivendo seu melhor momento histórico e econômico. O
impulso gerado pelo esforço conjunto da Petrobras e seus
parceiros com as recentes descobertas estão revolucionando
a sociedade.
O que aflige as empresas do setor?
C.A.: Como a demanda é grande e há algumas limitações
imigratórias para vinda desses técnicos especializados, a
médio prazo poderá haver um apagão na área de offshore. As
empresas estrangeiras estão improvisando minuto a minuto
para suprirem suas necessidades, ou seja, estes coração e
cérebro começam a fazer um grande esforço para gerar
um resultado além do esperado para nosso país.
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Dr. Carlos Aud Sobrinho
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BRAZILIAN BUSINESS
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PROPRIEDADE INTELECTUAL
Combater a pirataria é
essencial para o Estado
Por Alexandre Lyrio
N
os últimos dez anos a campanha antipirataria de software contrariou o retrospecto negativo de campanhas similares
no Brasil e conseguiu reduzi-la em mais de 30 pontos
percentuais. Ao contrário de outros setores, onde a
pirataria avança desmedidamente e o Estado se mostra
incapaz, a proteção ao software cresce com apoio
do Estado.
Segundo a Business Software Alliance, o combate
à pirataria de software no Brasil, até 2011, pode gerar
cerca de 12 mil empregos, US$ 2,9 bilhões em receita
para a indústria e US$ 389 milhões em impostos.
Os números traduzem o aumento da quantidade de
trabalhadores vindos da economia informal. O viés sociológico da inclusão deve ser, sempre, a motivação do Estado.
A principal razão jurídica para esta virada foi o
reconhecimento, pelo Judiciário, da necessidade de se
aplicar danos punitivos aos responsáveis pela pirataria.
O sentimento de que não se deve aplicar pena severa
contra o usuário pirata não é novo e já encontrou eco
no Judiciário. No entanto, este sentimento estimulou a
prática de atos ilícitos, sendo esta a raiz da necessidade
de aplicar danos punitivos, cujo grau de incidência é,
discricionariamente, aplicado pelo julgador.
Supor que o uso gera apenas prejuízo atinente ao
valor do programa é errado, pois há reflexos tributários,
que enfraquecem o Estado. A pirataria é um ato de
concorrência desleal. Enquanto a empresa regular paga
pelos programas de computador, o pirata nada gasta,
acumulando receita e se sobrepondo aos concorrentes.
A responsabilidade civil reparatória se mostrou ineficaz aos direitos de propriedade imaterial. A reparação não
leva em conta a função preventiva da lei. Ela deve possuir
ferramentas que inibam a prática reiterada de ilícitos, pois
um dano fornece ao infrator benefícios ou lucros maiores
do que a reparação, tornando a prática ilícita vantajosa. Assim, a reparação calculada tendo-se por base o montante
do prejuízo estimula o infrator que repetidamente comete o
40
BRAZILIAN BUSINESS
OUTUBRO/2008
ilícito, certo de que a condenação, vindo a ocorrer, custará
pouco se comparada à vantagem obtida.
O Juiz André Gustavo Correa Andrade ensina, em
sua obra Dano Moral e Indenização Punitiva: “O que
distingue a indenização punitiva da indenização compensatória é justamente a circunstância de que, na primeira,
a fixação do montante leva em consideração a gravidade
do comportamento do ofensor, enquanto, na segunda,
o quantum é estabelecido com base na gravidade do
dano sofrido pelo lesado. (...) A indenização punitiva
busca, através do incremento da sanção pecuniária, a
eliminação de comportamentos que não se intimidam
com a indenização compensatória. (...) Impede assim que
a reparação se torne um preço, conhecido previamente,
que o agente esteja disposto a pagar para poder violar o
direito alheio.” (Dano Moral e Indenização Punitiva – Ed.
Forense, p. 243, 253, 259)
Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (RESP
740.780 de 2005) pacificou o entendimento de que a
condenação deve ter caráter punitivo: “a multa deve ter
caráter punitivo e de ressarcimento, ao passo que somente a cobrança do valor dos softwares, utilizados ou
apenas instalados, poderia constituir incentivo à violação
dos direitos do autor, pois as empresas optariam pelo uso
dos programas piratas e, uma vez descobertas, pagariam
o que já seria devido desde o início, pela aquisição dos
programas originais, numa operação de risco em que
poderiam, ou não, vir a ser reprimidas.”
O Brasil ficou anos listado no sistema geral de
preferências, sujeito a retaliações de seus produtos por
não combater a pirataria. Decisões que condenem ao
pagamento de indenização não punitiva estimulam a
prática ilícita e contribuem para enfraquecer o Estado.
Isso foi compreendido pelas Cortes superiores.
Sócio do escritório Castro, Barros, Sobral, Gomes
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BRAZILIAN BUSINESS
41
PELO
Marcelo Marques
Mercado
O Projeto Escola Brasil, do Banco Real, existe há dez
anos e atua em 165 escolas, mobilizando cerca de dois
mil voluntários corporativos. Entre as ações já desenvolvidas, estão programas de formação de educadores,
busca de parceiros que ajudem a fortalecer as escolas
públicas e uso dos Indicadores da Qualidade na Educação (IQE), que permitem mapear as potencialidades e
necessidades da escola parceira, dando origem a um
Plano de Ação para resolver as questões identificadas.
Cada funcionário Real dispõe de quatro horas
mensais, em horário de expediente, para atuar como
voluntário em atividades de Recreação, Arte & Cultura,
Esporte, Meio Ambiente, Diversidade e Empreendedorismo & Geração de Renda. A intenção dessas ações é
estimular o desejo de aprender dos alunos, fortalecer a
comunidade escolar e melhorar a qualidade da educação
pública brasileira.
“Trabalhar para o desenvolvimento sustentável
é uma das premissas do Real. Dentre as várias frentes já implementadas, temos o compromisso com a
educação, promovida por diversos projetos sociais.
Um deles se dá pelo trabalho voluntário de nossos
funcionários. Em 10 anos, construímos bibliotecas,
capacitamos professores, formamos corais e valorizamos a prática da educação física como processo
importante na construção do indivíduo”, explica Laura
Oltramare, superintendente de desenvolvimento sustentável do Banco Real.
Este ano, o Banco implementou novas ferramentas,
como os programas de Educação Financeira e o Escola
Ecoeficiente, que vai beneficiar cerca de 40 mil alunos
de escolas públicas com a criação e adoção de práticas
conscientes sobre o uso de recursos naturais.
Divulgação
Projeto Escola Brasil celebra
dez anos de voluntariado
André Penna assume a
direção geral do Iberostar
Bahia. Ele vai gerenciar o
resort no lugar do espanhol David Malagelada,
que passa a administrar
o novo empreendimento
da Iberostar na Praia do
Forte. Penna é graduado
em química industrial e
começou a carreira na
hotelaria em 1998.
Frank Luis Ribeiro é agora diretor de operações do
setor de artes gráficas de PSG da Xerox. O novo
departamento atenderá demandas de artes gráficas
dentro da unidade de produção de alto volume, além
de desenvolver novos canais comerciais.
A Prudencial do Brasil contratou a advogada Sandra
Kiefer para sua nova gerência Jurídica Sênior. Ela surgiu
após a separação dos setores Jurídico e de Compliance,
que antes atuavam juntos. Sandra tem vasta experiência
no mercado segurador.
Aristides Corbellini é um dos novos diretores do setor
siderúrgico da Vale. Formado em Engenharia Elétrica,
Corbellini nasceu na Itália, mas se naturalizou brasileiro
em 1974. Trocou a liderança de um grande projeto de
construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico,
orçado em 3,7 bilhões de euros, pelo cargo.
A americana Sherry Gonzalez vai comandar as operações de seguros da Marsh Affinity, na América Latina.
Ela chega ao Brasil para ratificar o excelente desempenho da operação brasileira de seguros massificados.
Graduada pela Universidade da Califórnia, Sherry trabalha há 19 anos na companhia.
A Personal Service, empresa de Soluções em Infra-estrutura e Recursos Humanos, dando continuidade aos seus
planos de crescimento, contratou Bernardo de Barros
Ballian como um dos coordenadores da área de Gestão
de Qualidade de Facilities Management.
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BRAZILIAN BUSINESS
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SOS offshore English!!
Lawrence Davidson
I
n an article in the recent August edition of the
Você S/A Magazine, important companies such
as Hewlett Packard and Siemens have made
strong statements about the lack of qualified
professionals in Brazil with fluency in English. In the same
article, an HR consultant said that only 10% of the executives
he knows have good levels of English. This phenomenon is
well known to people who work in the country and are trying
to compete in global markets. Brazilians have become victims of
omissions in national educational policies and at job interviews,
typically, the first question is – “How is your English?” All other
questions and considerations come next…
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BRAZILIAN BUSINESS
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“The Industry is full of sad and sometimes funny
stories of companies that contracted teachertranslators to fill in the gap but a teachertranslator is not something that grows on a tree”
The Brazilian Offshore Oil and Gas industry, has felt the
dramatic shortage of skilled English-language speakers. The
success of these operations is heavily dependent on efficient
information exchanges between foreign and Brazilian crews.
Costs are unbelievably high. Mistakes are very expensive.
Lives are at stake and so are production targets, deadlines,
downtime, fines and penalties resulting frequently from
incomplete, erroneous or outright bad communication.
The Industry is full of sad and sometimes funny stories
of companies that contracted teacher-translators to fill in the
gap but a teacher-translator is not something that grows on a
tree. Teaching is a distinct profession, translating is another.
Companies tried hiring franchised language schools but
neither the materials nor the instructors were prepared to
do the job. Results ranged from poor to none.
The good news is a third wave of language
solutions has arrived. Wordmagic, a language
company in Rio de Janeiro was approached by
an American offshore drilling enterprise
with an order to develop a focused
language program including English
for Brazilians and Portuguese for
Foreigners. After months of R&D,
the program was finally presented
and approved. What started as a
pilot program today incorporates
more than 600 Brazilians and foreign
professionals who are studying English and
Portuguese while at sea.
Language solutions are possible but their development
requires careful study and major investments in materials and
professional training. The aim: to create a communication
bridge; Brazilians learning English interacting with foreigners
learning Portuguese. Quickly, the levels of mistrust,
discomfort and confusion begin to subside as multicultural
team members learn to communicate with each other. The
Offshore Language Program offered by Time Line Cursos de
Idiomas (Wordmagic) is a proven success. Today, hundreds
of people are working with less stress, greater harmony,
meeting deadlines and making fewer mistakes. This means
more operational efficiency, less downtime, and an improved
social environment on rigs and ships.
The pioneer program is based on general English
language skills and customized study units containing
glossaries, expressions and nomenclature typical in the oil and
gas industry. Participants undergo initial evaluations to identify
the skills they already have. In the Brazilian Offshore area,
80% of the Brazilians are Starters – near zero experience with
English. The same is true for most Ex-pats but now they are
learning to communicate with each other everyday.
The Wordmagic Program reflects a new trend in
language learning in Brazil. Franchised language schools still
focus on teenagers and in-company executives. That’s not what
the Offshore Industry needs. The shortage of professionals
in the Offshore Industry with fluent English is chronic. The
same is very true in other segments. Voce SA (August edition,
2008) reported that Siemens has jobs available in Brazil at
their head office for months but candidates with English
fluency have been very hard to find.
The answer clearly lies in custom-designed language
programs consisting of focused content, terms, glossaries and
expressions typically used by professionals in their respective
work ambients packaged and presented through modern
teaching approaches and materials. Such programs do exist.
Thank you Wordmagic!
Senior Project Manager by
Wordmagic Curso de Idiomas
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Um novo mapa geopolítico
Paulo Vicente dos Santos Alves
M
uito se tem falado sobre os BRIC’s e o redesenho do mapa geopolítico
mundial, mas pouco tem sido exposto além de separar os países
entre os que têm altas e baixas taxas de crescimento. Quais são
os novos grupos geopolíticos do mundo e qual a influência disto no
momento atual e futuro? Nosso ponto de partida é a avaliação de que a maior parte
dos países é pequena e tem pouca influência no cenário global. Assim, é preciso
um recorte para analisar apenas alguns países. Para isto usamos PIB em poder
equiparado de compra (Purchasing Power Parity ou PPP).
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BRAZILIAN BUSINESS
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Uma consulta em sites como o da CIA (Central Intelligence Agency) ou da Earthtrends revela uma escala dos países
com o maior PIB em PPP. Seria possível fazer uma análise
com os primeiros dez ou 20 países da lista que, respectivamente, representam 62,2% e 77%, ou seja, a grande maioria
da economia global. Mas existe um salto significativo entre o
14° (Coréia do Sul) e o 15°(Turquia), isto é, o PIB da Coréia
é cerca de 50% superior ao da Turquia. Isto cria um ponto
de corte plausível para analisar as 14 maiores economias do
mundo, ao invés de um corte arbitrário de dez ou 20.
Para comparar países tão diferentes é preciso uma
base. Utilizando o PIB em PPP pode-se dividi-lo em dois
fatores que se multiplicam: o PIB per capita e a população,
de maneira a encontrar um mapa de duas dimensões. O
passo seguinte é escolher escalas nas quais os dados sejam
comparáveis, e para isto, optamos pelo PIB per capita em
milhares de dólares PPP e a população em milhões. (O eixo
da população foi colocado numa escala logarítmica para evitar
uma grande distância entre os países).
Isso gera o gráfico da Figura 1, onde os países da América são identificados por losangos, os da Europa por círculos
e os da Ásia por quadrados. Visualmente e pela confirmação
através de uma análise de conglomerados (cluster analysis)
pode-se identificar cinco grupos bem definidos. Os Estados
Unidos ainda são a maior economia do mundo, formada pela
combinação entre ser líder na renda per capita e possuir uma
grande população. Isto indica que, apesar da China estar se
aproximando dos EUA, este ainda está em um grupo (ou
cluster) só seu, que chamaremos de “líder mundial”.
O segundo grupo (ou cluster) envolve sete países:
Alemanha, Canadá, Espanha, França, Itália, Japão e Reino
Unido. Eles formam o que se convencionou chamar de
“mundo desenvolvido” ou “primeiro mundo”.
O terceiro grupo inclui apenas a Coréia do Sul. Isolado
entre dois grupos, nem é um país dentre os mais desenvolvidos, mas também não está entre os de menor renda e grandes
populações. A Coréia é também o único que vive uma situação militar de confronto iminente com um vizinho.
O quarto grupo inclui Brasil, México e Rússia. Estes
países têm em comum grandes populações e uma vasta extensão territorial, além de uma colonização feudal.
O último grupo inclui dois gigantes populacionais
– China e Índia –, que têm em comum grandes territórios
densamente povoados e recortados por vales habitados há
milhares de anos, além de religiões em comum, e hábitos predominantemente vegetarianos, influenciando a natalidade.
Ambos os países têm histórias de grandes impérios que se
desmancharam em guerras civis por décadas.
Figura 1: Gráfico de PIB PPP per capita e logaritmo da população em milhões de habitantes
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Podemos observar que o G-8 não é exatamente a junção dos dois primeiros grupos, já que não inclui a Espanha, que tem crescido muito ultimamente,
e inclui a Rússia, que também tem crescido muito, mas têm também um vasto
arsenal militar, incluindo mísseis com ogivas atômicas. Portanto, a interação
e a competição entre as nações não se dá somente no plano econômico, mas
também no plano militar.
Até 1945, a competição se deu mais no plano militar dentro do que
aqui denominamos de Grupo 2. De 1945 até 1990 a competição se deu
tanto no plano militar quanto econômico, com foco na Guerra Fria. Desde
1990, o conflito permanece apenas no plano econômico entre quase todos os
grupos. Outra divergência é a classificação dos BRIC’s (Brasil, Rússia, Índia
e China), que guarda grande relação com a união dos Grupos 4 e 5, com o
México como exceção.
Nosso século começou com a tentativa de liberalização do comércio mundial, mas esbarrou em dois entraves: a alta das commodities num mundo em
crescimento econômico e o acirramento dos nacionalismos e protecionismos.
Curiosamente, o aumento da demanda de commodities faz com que as nações
tenham uma reação que agrava o problema e gera ainda mais tensões. Será
que este crescente esgotamento do ciclo de expansão da economia global irá
novamente levar a conflitos de grande porte? Embora não seja possível prever
o futuro, é possível traçar cenários.
Conflitos nos Grupos 2 e 4 parecem improváveis, exceto no plano
econômico. Além das distâncias geográficas, no Grupo 2 há o fator da introdução
da União Européia. Porém, dentro do Grupo 5 as tensões entre China e Índia
são reais, com os países tendo fronteira turbulenta na Kashemira e no Tibete,
além de arsenais atômicos apontados entre si.
Conflitos entre os grupos podem acontecer além do plano econômico.
Um conflito entre os Grupos 1 e 2 parece improvável, mas entre estes dois e
o Grupo 5 já parece um cenário mais plausível, sobretudo se isto acontecer
por recursos escassos.
É interessante notar que há uma articulação política e diplomática maior
dentro do Grupo 2 e com o Grupo 1, do que nos demais grupos. Concluindo,
não podemos prever o futuro através de duas variáveis apenas.
Subsecretário de Estado de Planejamento do Rio de Janeiro
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AVIPAM TURISMO E TECNOLOGIA LTDA.
Antonio Fernando Slomp - Diretor
Presidente
Décio Carlos Slomp - Diretor
Av. Rio Branco, 251, lj. B - Centro
20040-008 Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2108-0909
Fax: (21) 2544-1892
[email protected]
www.avipam.com.br
OKEANOS CONSULTORIA E MEIO
AMBIENTE LTDA.
Leandro Damião Soares da Costa - Sócio
Gerente
Alexandre Neiva Ferraz de Almeida - Sócio
Gerente
Av. Jurista Evandro Lins e Silva, 80,
s/1610 - Barra da Tijuca
22631-470 Rio de Janeiro, RJ
Tel/Fax: (21) 3298-6504
[email protected]
www.okeanos.com.br
DAVID JOHN RICHARDSON
Gerente de Marketing América do Sul
Transocean Brasil Ltda.
GPS LOGÍSTICA E GERENCIAMENTO DE
RISCOS LTDA.
(PAMCARY)
José Rafael Gaviolli - Vice Presidente
Antônio Carlos Marques Mendes - Diretor
Jurídico
Rua Abílio Soares, 409/ 14º - Paraíso
04005-001 São Paulo, SP
Tel: (11) 3889-1145
Fax: (11) 3889-1313
[email protected]
www.gps-pamcary.com.br
JEVIN COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA
Guilherme C.C. M. Andrade - Diretor
Administrativo e Marketing
João Horácio Capistrano Cunha - Diretor
Executivo Financeiro
Av. Carlos Augusto Tinoco Garcia, 1766
27940-370 Macaé, RJ
Tel: (22) 2105-7330
Fax: (22) 2105-7300
[email protected]
www.jevin.com.br
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SGE - PRIZMA PARTICIPAÇÕES S.A.
Cristiano Bousquet Barreto - Presidente do
Conselho de Administração
Helena Bousquet Barreto - Vice-Presidente
do Conselho de Administração
Rua Primeiro de Março, 21/5º - Centro
20010-000 Rio de Janeiro, RJ
Tel/Fax: (21) 2526-8504
[email protected]
TRANSTRADE INTERNACIONAL DE
COMÉRCIO EXTERIOR LTDA.
Carlos Francisco Bonaparte - Diretor
Presidente
Rua México, 119, conj. 1901 – Centro
20031-145 Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2548-1097
[email protected]
WEST GROUP TREIN. IND. LTDA.
Luciano da Silva Barros - Diretor
Felipe da Silva Barros - Diretor
Mario Cesar da S. Barros Junior - Diretor
Rua Tenente Rui Lopes Ribeiro, 231 -Centro
27910-330 Macaé, RJ
Tel/Fax: (22) 2759-7881
[email protected]
www.westgroup.com.br
Ir Fundo!
Este ano a revista TN Petróleo completa 10
na nossa indústria foram fantásticos neste
anos de existência. Ao longo deste período
período e nós nos sentimos também
abrimos espaço para os nossos melhores
responsáveis por estas conquistas. esperamos
técnicos, pesquisadores e formadores de opinião
continuar colaborando e indo cada vez mais
com a divulgação de matérias e artigos.
fundo com as nossas próximas edições no
Os avanços tecnológicos obtidos
desenvolvimento do nosso setor e do país.
Rua do Rosário, 99/7º andar, Centro – CEP 20041-004
anos
Rio de Janeiro – RJ – Brasil
Tel/fax: + 55 21 3852-5762
BUSINESS
51
www.tnpetroleo.com.br /BRAZILIAN
www.tbpetroleum.com.br
Seu parceiro de negócios com os EUA
O Serviço Comercial dos Estados Unidos no Brasil (CS
Brasil) é um órgão do governo americano equivalente ao
Ministério do Comércio Exterior dedicado a incentivar as
exportações de produtos, serviços e tecnologia americanos.
CS Brasil oferece uma série de produtos destinados a ajudar
as empresas americanas a fazerem negócios com empresas
brasileiras. CS Brasil possui escritórios nas cidades de São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. O site oficial
www.focusbrazil.org.br destaca pesquisas de mercado,
oportunidades comerciais para empresas americanas
que procuram clientes brasileiros, e produtos e serviços
disponíveis. Também destaca eventos nos Estados Unidos e
no Brasil, e divulga feiras e missões comerciais, workshops
e rodadas de negócios.
A Brazilian Business traz para seus leitores os eventos
mais importantes do mês, destacados pelo NUSA. Uma
parceria que tem o objetivo de incrementar os negócios
entre empresas brasileiras e americanas.
Feiras no Brasil
Feiras nos Estados Unidos
FUTURECOM 2008
Equipamentos e Serviços para Telecomunicações e
Tecnologia da Informação
27 a 30 de outubro de 2008
Transamérica Expo Center, São Paulo, SP
www.futurecom.com.br
PACK EXPO 2008
Maior feira no setor de embalagens
International Business Center
9 a 13 de novembro
Chicago, IL
Pacotes com CNTour Operadora
[email protected]
PLMA - Feira de Marcas Próprias
16 a 18 de novembro
Rosemont Convention Center
Chicago, IL
OBS: O organizador da feira fornecerá passagem
aérea gratuita para varejistas brasileiros.
http://plma.com/showinfo/showinfo2008.html
[email protected]
Empresas norte-americanas procuram parceiros comerciais no Brasil
Setor Médico-hospitalar e
Odontológico
Ellman International
www.ellman.com
Halo Source
www.halosource.com
BBK Worldwide
www.bbkworldwide.com
Generic’s Medical Device (GMD)
www.genericmedicaldevices.com
Lite Tech
www.xenolitexray.com
Children’s Hospital Boston
www.childrenshospital.org
Grass Technologies
www.grasstechnologies.com
Luxtel LLC (Odontologia)
www.luxtel.com
Mais eventos e oportunidades de negócios, consulte o site www.focusbrazil.org.br
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Representantes comerciais da Brazilian Business:
Brasília
NS&A Planalto Central
Telefax: (61) 3447-4400
[email protected]
São Paulo (Grande São Paulo)
NS&A São Paulo
PABX: (11) 3255-2522
[email protected]
[email protected]
Vale do Paraíba, Alto Tietê, Serra da Mantiqueira,
Litoral Norte e Sul
Nogueira & Fonseca Serv. de Publicidade Ltda.
Tels.: (12) 3943-6021/3923-8402
[email protected]
Paraná
NS&A Paraná
Tele fax: (41) 3306-1659
[email protected]
Santa Catarina
NS&A Santa Catarina
Telfax: (48) 3025-2930
[email protected]
Rio Grande do Sul
NS&A Cone Sul
Telefax: (51) 3366-0400
[email protected]
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e toda infra-estrutura para realização de reuniões, videoconferências, workshops, cursos
e todo tipo de evento. Agende
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brasileiro. Integra a rede internacional da BDO, a quinta maior empresa do mundo nesse segmento, compartilhando metodologias,
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Escritórios da BDO Trevisan:
São Paulo • SP • Belém • PA • Belo Horizonte • MG • Brasília • DF • Campinas • SP • Campo Grande • MS • Curitiba • PR • Florianópolis • SC
• Goiânia • GO • Londrina • PR • Porto Alegre • RS • Ribeirão Preto • SP • Rio de Janeiro • RJ • Salvador • BA • São José dos Campos • SP
A BDO International é uma rede de empresas de auditoria denominadas firmas-membro BDO. Cada firma-membro é uma entidade
juridicamente independente em seu próprio país. A BDO Trevisan é firma-membro da rede BDO International desde 2004.
Rio de Janeiro
(21) 3534 7500
www.bdotrevisan.com.br
COMITÊ EXECUTIVO
Presidente: João César Lima, Sócio,
PricewaterhouseCoopers; 1º Vice-Presidente:
William Yates, Presidente, Prudential do Brasil
Seguros de Vida; 2º Vice-Presidente: Robson
Barreto, Sócio, Veirano Advogados; 3º VicePresidente: Eduardo Karrer, Presidente, MPX
Mineração e Energia; Diretor Secretário:
Murilo Marroquim, Presidente, Devon Energy
do Brasil; Diretor Tesoureiro: Patrícia Pradal,
Diretora de Desenvolvimento e Relações
Governamentais, Chevron Brasil Petróleo;
Conselheiro Jurídico: Sergio Tostes, Sócio
Gerente, Tostes e Associados Advogados.
Ex-Presidentes: Sidney Levy, Joel Korn e
Gabriella Icaza
Diretor Presidente, João Fortes Engenharia;
Marcos Menezes, Gerente Executivo de
Contabilidade, Petrobras; Maurício Bähr,
Presidente, Suez Energy Brasil; Mauro Viegas
Filho, Diretor Presidente, Concremat Engenharia
e Tecnologia; Pedro Aguiar de Freitas,
Consultor Geral Jurídico, Vale; Plínio Simões
Barbosa, Sócio, Barbosa, Mussnich & Aragão
Advogados; Ricardo de Albuquerque Mayer,
Diretor Superintendente, Câmara de Comércio
Americana; Ricardo Esteves, Tesoureiro, IBM
Brasil; Roberto Furian Ardenghy, Diretor de
Assuntos Corporativos, BG do Brasil; Rodrigo
Caracas, Vice-Presidente Jurídico e de Assuntos
Corporativos, Coca-Cola Indústrias.
Diretora honorária: Elizabeth Lee Martinez,
Cônsul Geral dos EUA.
presidenteS de honra
Antônio Patriota, Embaixador do Brasil nos EUA
Clifford Sobel, Embaixador dos EUA no Brasil
DIRETORES EX-OFÍCIO
Andres Cristian Nacht, Carlos Augusto Salles,
Carlos Henrique Fróes, Gabriella Icaza, Gilberto
Duarte Prado, Gilson Freitas de Souza, Gunnar
Birger Vikberg, Ivan Ferreira Garcia, Joel Korn,
José Luiz Miranda, Juan C. Llerena, Luiz
Teixeira Pinto, Omar Carneiro da Cunha, Peter
Dirk Siemsen, Raoul Henri Grossman, Ronaldo
Veirano, Rubens Branco da Silva, Sidney Levy
e William B. Sweet
DIRETORES
Carlos Henrique Moreira, Presidente, Embratel;
Dílson Verçosa Jr., Diretor de Marketing e
Vendas, American Airlines; Hervé Tessler,
Presidente, Xerox; Humberto Mota, Presidente,
Dufry do Brasil; Ivan Luiz Gontijo, Diretor,
Bradesco Seguros; José Carlos Monteiro,
Sócio, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores
Independentes; José Luiz Alquéres, Presidente,
Light; José Renato Ponte, Presidente, Consórcio
Estreito Energia; Katia Alecrim, Superintendente
Regional de Vendas, Citibank; Márcio Fortes,
PRESIDENTES DE COMITÊS
Associados: a definir; Assuntos Jurídicos:
Julian Chediak; Comércio e Indústria: a definir;
Energia: Roberto Furian Ardenghy; Finanças
e Investimentos: Frederico da Silva Neves;
Logística e Infra-Estrutura: a definir; Marketing
e Vendas: Lula Vieira; Meio Ambiente:
Oscar Graça Couto; Propriedade Intelectual:
Steve Solot; Recursos Humanos: Claudia
Danienne Marchi; Relações Governamentais:
João César Lima; Responsabilidade Social
Empresarial: Celina Borges Carpi; Seguros,
Resseguros e Previdência: Maria Helena
Monteiro; Telecomunicações e Tecnologia:
Maurício Vianna; Turismo e Entretenimento:
Orlando Giglio
ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM RJ
Diretor-Superintendente: Ricardo de
Albuquerque Mayer; Gerente Administrativo:
Ednei Medeiros; Gerente de Comunicação:
Ana Redig; Gerente de Associados: Marcos
Cezar Motta; Gerente Comercial e Marketing:
Jorge Maurício dos Santos; Gerente de
Comitês e Eventos: João Marcelo Oliveira
DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO
Presidente: Carlos Augusto Aguiar, Diretor
Presidente, Aracruz Celulose S.A.; VicePresidente: José Tadeu de Moraes, Diretor
Presidente, Samarco Mineração; Diretores:
Carlos Fernando Lindenberg Neto, Diretor
Geral, Rede Gazeta; João Carlos da Fonseca,
Superintendente, Rede Tribuna; Lucas Izoton
Vieira, Presidente, FINDES; Marcelo Silveira
Netto, Diretor Superintendente, Tristão Comércio
Exterior; Marconi Tarbes Vianna, Diretor
de Pelotização e Metálicos, CVRD; Otacílio
Coser Filho, Vice-Presidente de Relações
Internacionais, Coimex Empreendimentos e
Participações Ltda; Simone Chieppe Moura,
Diretora Administrativa e Financeira, Unimar
Transportes Ltda; Walter Lidio Nunes, Diretor
de Operações, Aracruz Celulose; DiretorSecretário: Roberto Pacca do Amaral Jr.,
Presidente, Agra Produção e Exportação Ltda;
Conselheiro Jurídico: Rodrigo Loureiro Martins,
Advogado – Sócio Principal, Advocacia Rodrigo
Loureiro Martins
ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM ES
Secretário Executivo: Clóvis Vieira;
Coordenadora de Associados: Keyla Corrêa
LINHA DIRETA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA
Administração e contabilidade:
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Atendimento ao associado, associação,
mailing e patrocínios:
Marcos Cezar - Tel.: (21) 3213-9218
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Comitês e eventos:
João Marcelo Oliveira - Tel.: ���������������
(21) ����������
3213-9230
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Publicações: Ana Redig - Tel.: (21) 3213-9240
[email protected]
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Executive Platinum Card, mailing e patrocínios:
Felipe Levi - Tel.: (21) 3213-9226
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Espírito Santo: Keyla Corrêa - Tel.: (27) 3324-8681
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Macaé: Antônio Gomes - Tel.: (22) 7834-2781
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