Demonstrações Financeiras Padronizadas 2010

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Demonstrações Financeiras Padronizadas 2010
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Índice
Dados da Empresa
Composição do Capital
1
DFs Consolidadas
Balanço Patrimonial Ativo
2
Balanço Patrimonial Passivo
3
Demonstração do Resultado
4
Demonstração do Resultado Abrangente
5
Demonstração do Fluxo de Caixa
6
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
DMPL - 01/01/2010 à 31/12/2010
7
DMPL - 01/01/2009 à 31/12/2009
8
Relatório da Administração
Notas Explicativas
Outras Informações que a Companhia Entenda Relevantes
9
54
154
Pareceres e Declarações
Parecer dos Auditores Independentes - Sem Ressalva
155
Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras
157
Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes
158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Dados da Empresa / Composição do Capital
Número de Ações
(Unidades)
Último Exercício Social
31/12/2010
Do Capital Integralizado
Ordinárias
Preferenciais
Total
339.790.909
0
339.790.909
Em Tesouraria
Ordinárias
0
Preferenciais
0
Total
0
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo
(Reais Mil)
Código da
Conta
Descrição da Conta
Último Exercício
31/12/2010
Penúltimo Exercício
31/12/2009
1
Ativo Total
1.01
Ativo Circulante
11.203.516
9.950.880
2.531.096
2.429.066
1.01.01
Caixa e Equivalentes de Caixa
1.041.867
1.261.101
1.01.02
1.01.02.01
Aplicações Financeiras
405.240
190.790
Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo
228.822
66.615
1.01.02.02
Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado
176.418
124.175
1.01.02.02.01 Títulos Mantidos até o Vencimento
176.418
124.175
1.01.03
Contas a Receber
794.792
730.592
1.01.03.01
Clientes
794.709
730.526
1.01.03.01.01 Clientes
669.672
648.764
1.01.03.01.02 Outras Contas a Receber
125.037
81.762
Outras Contas a Receber
83
66
1.01.03.02.01 Contas a receber de partes relacionadas
83
66
87.822
80.275
1.01.03.02
1.01.04
Estoques
1.01.06
Tributos a Recuperar
161.230
117.956
1.01.06.01
Tributos Correntes a Recuperar
161.230
117.956
1.01.06.01.01 Tributos Correntes a Recuperar
161.230
117.956
40.145
48.352
9.076
18.824
9.076
18.824
31.069
29.528
31.069
29.528
8.672.420
7.521.814
165.203
114.822
1.01.08
Outros Ativos Circulantes
1.01.08.01
Ativos Não-Correntes a Venda
1.01.08.01.01 Ativos não correntes a venda
1.01.08.03
Outros
1.01.08.03.01 Outros Ativos não financeiros
1.02
Ativo Não Circulante
1.02.01
Ativo Realizável a Longo Prazo
1.02.01.02
Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado
35.640
34.521
1.02.01.03
Contas a Receber
13.015
12.396
1.02.01.03.02 Outras Contas a Receber
13.015
12.396
1.02.01.06
Tributos Diferidos
62.877
18.364
1.02.01.09
Outros Ativos Não Circulantes
53.671
49.541
1.02.01.09.03 Outros ativos não financeiros
53.671
49.541
1.02.02
Investimentos
979
2.131
1.02.02.01
Participações Societárias
979
2.131
979
2.131
1.02.02.01.01 Participações em Coligadas
1.02.03
Imobilizado
8.169.858
7.234.863
1.02.03.01
Imobilizado em Operação
6.988.397
6.779.280
1.02.03.03
Imobilizado em Andamento
1.181.461
455.583
1.02.04
Intangível
336.380
169.998
1.02.04.01
Intangíveis
75.532
60.019
1.02.04.01.02 Ativos intangíveis exceto goodwill
1.02.04.02
Goodwill
75.532
60.019
260.848
109.979
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo
(Reais Mil)
Código da
Conta
Descrição da Conta
2
Passivo Total
2.01
Passivo Circulante
2.01.02
Fornecedores
2.01.03
Obrigações Fiscais
25.980
19.459
2.01.04
Empréstimos e Financiamentos
895.872
720.515
2.01.04.01
Empréstimos e Financiamentos
806.228
603.152
2.01.04.03
Financiamento por Arrendamento Financeiro
89.644
117.363
2.01.05
Outras Obrigações
1.550.842
1.062.937
2.01.05.01
Passivos com Partes Relacionadas
304
512
2.01.05.02
Outros
1.550.538
1.062.425
1.550.538
1.062.425
2.01.05.02.04 Outros passivos não financeiros
Último Exercício
31/12/2010
Penúltimo Exercício
31/12/2009
11.203.516
9.950.880
3.539.775
2.626.236
1.065.838
821.653
2.01.06
Provisões
1.243
1.672
2.02
Passivo Não Circulante
5.517.342
5.418.027
2.02.01
Empréstimos e Financiamentos
4.230.437
4.212.039
2.02.01.01
Empréstimos e Financiamentos
3.944.362
3.843.563
2.02.01.03
Financiamento por Arrendamento Financeiro
286.075
368.476
2.02.02
Outras Obrigações
702.799
735.322
2.02.02.02
Outros
702.799
735.322
2.02.02.02.03 Outras contas a pagar
702.799
735.322
2.02.03
Tributos Diferidos
515.132
414.827
2.02.04
Provisões
68.974
55.839
2.02.04.01
Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis
15.944
9.577
2.02.04.01.03 Provisões para Benefícios a Empregados
15.944
9.577
2.02.04.02
Outras Provisões
53.030
46.262
2.02.04.02.04 Outras Provisões
53.030
46.262
2.146.399
1.906.617
803.593
803.593
2.03
Patrimônio Líquido Consolidado
2.03.01
Capital Social Realizado
2.03.02
Reservas de Capital
9.847
4.791
2.03.02.07
Plano de remuneração em ações
9.847
4.791
2.03.04
Reservas de Lucros
146
58
2.03.04.01
Reserva Legal
146
58
2.03.05
Lucros/Prejuízos Acumulados
1.704.507
1.334.008
2.03.06
Ajustes de Avaliação Patrimonial
-377.053
-248.072
2.03.09
Participação dos Acionistas Não Controladores
5.359
12.239
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado
(Reais Mil)
Código da
Conta
Descrição da Conta
Último Exercício
01/01/2010 à 31/12/2010
Penúltimo Exercício
01/01/2009 à 31/12/2009
3.01
Receita de Venda de Bens e/ou Serviços
7.709.364
6.968.563
3.02
Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos
-5.292.393
-5.010.262
3.03
Resultado Bruto
2.416.971
1.958.301
3.04
Despesas/Receitas Operacionais
-1.317.243
-1.135.403
3.04.01
Despesas com Vendas
-673.702
-647.957
3.04.02
Despesas Gerais e Administrativas
-582.189
-531.950
3.04.04
Outras Receitas Operacionais
241.623
246.852
3.04.04.01
Outras receitas por função
232.821
273.337
3.04.04.02
Outras receitas (despesas)
8.802
-26.485
3.04.05
Outras Despesas Operacionais
-303.212
-202.976
3.04.06
Resultado de Equivalência Patrimonial
237
628
3.05
Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos
1.099.728
822.898
3.06
Resultado Financeiro
-223.247
-284.735
3.06.01
Receitas Financeiras
50.052
21.392
3.06.01.01
Receitas Financeiras
26.155
35.547
3.06.01.02
Variações Cambiais
23.643
-12.888
3.06.01.03
Efeito da variação no valor de unidade de reajuste
3.06.02
Despesas Financeiras
3.07
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro
3.08
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro
3.09
3.11
254
-1.267
-273.299
-306.127
876.481
538.163
-141.706
-86.346
Resultado Líquido das Operações Continuadas
734.775
451.817
Lucro/Prejuízo Consolidado do Período
734.775
451.817
3.11.01
Atribuído a Sócios da Empresa Controladora
732.696
447.231
3.11.02
Atribuído a Sócios Não Controladores
2.079
4.586
3.99
Lucro por Ação - (Reais / Ação)
3.99.01
Lucro Básico por Ação
3.99.01.01
ON
2,16268
1,32008
3.99.02
Lucro Diluído por Ação
3.99.02.01
ON
2,15660
1,32001
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado Abrangente
(Reais Mil)
Código da
Conta
Descrição da Conta
4.01
Lucro Líquido Consolidado do Período
4.02
Outros Resultados Abrangentes
4.03
Último Exercício
01/01/2010 à 31/12/2010
Penúltimo Exercício
01/01/2009 à 31/12/2009
734.775
451.817
-127.219
-134.064
Resultado Abrangente Consolidado do Período
607.556
317.753
4.03.01
Atribuído a Sócios da Empresa Controladora
603.715
306.285
4.03.02
Atribuído a Sócios Não Controladores
3.841
11.468
PÁGINA: 5 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
DFs Consolidadas / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Direto
(Reais Mil)
Código da
Conta
Descrição da Conta
Último Exercício
01/01/2010 à 31/12/2010
Penúltimo Exercício
01/01/2009 à 31/12/2009
6.01
Caixa Líquido Atividades Operacionais
6.02
Caixa Líquido Atividades de Investimento
6.03
Caixa Líquido Atividades de Financiamento
6.04
Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes
6.05
Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes
6.05.01
Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes
1.261.101
934.185
6.05.02
Saldo Final de Caixa e Equivalentes
1.041.867
1.261.101
1.953.134
1.662.522
-1.917.965
-1.181.547
-221.805
223.160
-32.598
-377.219
-219.234
326.916
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
DFs Consolidadas / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2010 à 31/12/2010
(Reais Mil)
Código da
Conta
Descrição da Conta
Capital Social
Integralizado
Reservas de Capital,
Opções Outorgadas e
Ações em Tesouraria
Reservas de Lucro
Lucros ou Prejuízos
Acumulados
Outros Resultados
Abrangentes
Patrimônio Líquido
Participação dos Não
Controladores
Patrimônio Líquido
Consolidado
5.01
Saldos Iniciais
803.593
4.791
58
1.334.008
-248.072
1.894.378
12.239
1.906.617
5.03
Saldos Iniciais Ajustados
803.593
4.791
58
1.334.008
-248.072
1.894.378
12.239
1.906.617
5.04
Transações de Capital com os Sócios
0
5.056
0
-361.984
0
-356.928
0
-356.928
5.04.06
Dividendos
0
0
0
-361.984
0
-361.984
0
-361.984
5.04.08
Plano de Compra de Ações
0
5.056
0
0
0
5.056
0
5.056
5.05
Resultado Abrangente Total
0
0
0
732.696
-128.981
603.715
3.841
607.556
5.05.01
Lucro Líquido do Período
0
0
0
732.696
0
732.696
2.079
734.775
5.05.02
Outros Resultados Abrangentes
0
0
0
0
-128.981
-128.981
1.762
-127.219
5.06
Mutações Internas do Patrimônio Líquido
5.07
Saldos Finais
0
0
88
-213
0
-125
-10.721
-10.846
803.593
9.847
146
1.704.507
-377.053
2.141.040
5.359
2.146.399
PÁGINA: 7 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
DFs Consolidadas / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2009 à 31/12/2009
(Reais Mil)
Código da
Conta
Descrição da Conta
Capital Social
Integralizado
Reservas de Capital,
Opções Outorgadas e
Ações em Tesouraria
Reservas de Lucro
Lucros ou Prejuízos
Acumulados
Outros Resultados
Abrangentes
Patrimônio Líquido
Participação dos Não
Controladores
Patrimônio Líquido
Consolidado
5.01
Saldos Iniciais
803.593
3.451
-92
1.074.957
-107.126
1.774.783
15.911
1.790.694
5.03
Saldos Iniciais Ajustados
803.593
3.451
-92
1.074.957
-107.126
1.774.783
15.911
1.790.694
5.04
Transações de Capital com os Sócios
0
1.340
0
-186.380
0
-185.040
0
-185.040
5.04.06
Dividendos
0
0
0
-186.380
0
-186.380
0
-186.380
5.04.08
Plano de compra de açoes
0
1.340
0
0
0
1.340
0
1.340
5.05
Resultado Abrangente Total
0
0
0
447.231
-140.946
306.285
11.468
317.753
5.05.01
Lucro Líquido do Período
0
0
0
447.231
0
447.231
4.586
451.817
5.05.02
Outros Resultados Abrangentes
0
0
0
0
-140.946
-140.946
6.882
-134.064
5.06
Mutações Internas do Patrimônio Líquido
0
0
150
-1.800
0
-1.650
-15.140
-16.790
5.07
Saldos Finais
803.593
4.791
58
1.334.008
-248.072
1.894.378
12.239
1.906.617
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Relatório da Administração
Lan Airlines S.A.
Relatório da Administração, 2010.
JUR_SP - 12850192v1 - 5834003.306917
PÁGINA: 9 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Relatório da Administração
Carta do Presidente do Conselho de Administração
Prezados Investidores,
Nos últimos dezesseis anos, desde que a LAN foi adquirida pelo seu atual
acionistas controlador, o sucesso tem sido a marca da sua história. A partir de
1994, a Companhia iniciou um processo sustentado de expansão e
internacionalização de suas operações em linha com uma nova estratégia
destinada a transformá-lo em uma das principais companhias aéreas da América
Latina em termos de qualidade e serviço. E nós temos conseguido isso. Com
grande orgulho, eu posso relatar que, neste período, a LAN tem se desenvolvido a
partir de um pequeno operador no contexto da indústria da aviação comercial em
um player global e é hoje um dos as empresas chilenas com a maior visibilidade e
reconhecimento em todo o mundo.
O primeiro passo deste processo foi a aquisição de Fast Air, uma pequena carga
companhia aérea com sede em Miami. Mais recentemente, temos focado na
construção de uma rede de filiais na região, criando a LAN Peru em 1999, LAN
Equado em 2003 e LAN Argentina em 2005. Nós também esperamos estabelecer
em breve uma subsidiária no Colômbia, onde a recente aquisição da companhia
aérea AIRES - a segunda mais importante daquele País – permitirá a participar
ativamente no mercado de passageiros da Colômbia, um dos maiores do América
do Sul.
Além disso, uma vez que tenhamos recebido aprovação de nosso projeto de
associação com a TAM, maior companhia aérea do Brasil, vamos dar mais um
passo decisivo no nosso processo de internacionalização, de acordo com nosso
projeto de longo prazo de ser a companhia aérea com a melhor cobertura na
América Latina. De apenas 15 aviões e que operavam apenas no mercado chileno,
ao longo destes 16 anosa LAN se estabeleceu entre os uma das companhias aéreas
de passageiros e carga mais importantes do continente, com uma moderna frota
de 131 aeronaves e uma área geográfica diversificação que fizeram dela uma
companhia aérea regional, que é altamente eficiente e competitiva e é capaz de
oferecer mais conectividade completa na região e com o resto do mundo.
Temos, aliás, um modelo de negócios próprio, baseado na integração bem
sucedida dos nossos passageiros e operações de carga, e, claro, uma abordagem
de serviço centrado no cliente. Nosso diferencial de proposição de valor ganhou a
preferência de nossos passageiros e clientes de carga, na maioria dos mercados
em que operamos, confirmando a importância dos nossos constantes
investimentos em aeronaves, serviços e capital humano.
Como resultado, a Companhia tem gerado lucros ano após ano e, em 2010, estes
chegaram a um recorde de US$ 420 milhões, com 14% de sólidos margem
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Relatório da Administração
operacional. Estes resultados foram recompensada pelos, tendo o valor de
mercado da Companhia saltado para US$10.400 milhões em Dezembro de 2010 e
posicionando-nos entre as cinco maiores companhias do mundo em termos de
capitalização ofmarket.
Estamos convencidos de que, a fim de produzir resultados que sejam sustentáveis
no longo prazo, a participação e o empenho do nossos funcionários são essenciais.
Por essa razão, eu particularmente gostaria de agradecer todos e cada um dos
nossos colaboradores cujo profissionalismo e grande técnica desempenharam um
papel crucial nestas realizações. Eu, além disso, gostaria de agradecer aos nossos
acionistas pelo seu apoio e a confiança que eles depositaram nesta administração,
que nos tem permitido avançar no caminho do crescimento sustentado e,
finalmente, da posição da LAN entre os dez melhores e mais importantes
companhias aéreas do mundo. O serviço, a confiabilidade e a eficiência são as
chaves que tenho a certeza sempre farão parte do modelo de negócio que a LAN
continuará a construir nas próximas décadas.
Jorge Awad M.
Presidente do Conselho de Administração
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Relatório da Administração
Carta de Nosso Diretor Presidente
A consolidação da LAN como uma das principais companhias aéreas da América
Latina no que diz respeito qualidade e serviço tem sido a nossa principal foco nos
últimos anos e temos trabalhado consistentemente e com disciplina para alcançar
esse objetivo. É, portanto, com satisfação que informamos que, em 2010, fizemos
progressos significativos nesse sentido através da implementação de dois projetos
que nos permitem olhar para o futuro com otimismo renovado.
Em agosto, nós assinamos uma associação com a companhia aérea brasileira
TAM, que estabelece as bases para uma operação conjunta com enorme potencial
para oferecer aos clientes de carga e de passageiros novos destinos e conexões que
não seriamos capazes de fornecer de forma independente. Uma vez que esta
associação for aprovada pelos órgão reguladores aproprieados, nós vamos criar
uma empresa latino americana de nível mundial, que será conhecida com Latam
Airlines Group, e que incluem LAN e TAM. Embora ambas as empresas irão
manter as suas identidades corporativas e suas respectivas marcas, sua operação
conjunta dará origem à maior companhia aérea latino amaricana, servindo mais
de 115 destinos em 23 países com uma frota de mais de 280 aeronaves.
Em 2010, também adquirimos a companhia colombiana Aires, dando-nos a
oportunidade para iniciar as operações em tal mercado - um dos maiores na
América do Sul - e para continuar reforçar a nossa presença na região. A Aires é
fundamental para garantir uma expansão rápida, uma vez que opera com linhas
regulares serviços para 24 destinos na Colômbia e é o segundo maior operador no
mercado interno, da qual detém 20%. Esta aquisição faz da Colômbia o quinto
país da região em que LAN tem operações doméstico de passageiros, juntamente
com Chile, Peru, Argentina e Equador. Tanto o nosso projeto no Brasil e a nossa
estréia na Colômbia são marcos história da Companhia na medida em que vai
dar-nos uma presença significativa em todos os mercados latino-americanos, com
as muitas vantagens que este implica em termos de cobertura e conectividade.
Demos, em outras palavras, um passo importante na consolidação da LAN na
América Latina como uma das principais companhias aéreas. Estamos orgulhosos
da nossa grande obra em 2010, porque nos coloca em pé de bom para continuar
crescendo LAN, a longo prazo. O progresso que temos alcançado abre caminho
para nosso desenvolvimento e para melhorar a nossa posição competitiva ano a
ano em busca de nosso objetivo de posicionar LAN como uma das melhores
companhias aéreas do mundo para qualidade e serviço. Sem dúvida, o empenho
dos nossos trabalhadores, técnicos e profissionais nos diferentes países onde
operamos desempenhou um papel crucial nessas realizações e eu, portanto,
particularmente, gosto de agradecer a cada e cada um de nossos colaboradores
para seu esforço e dedicação durante a ano. Além disso, gostaria de agradecer
nossos acionistas pela confiança de que, longo de todos estes anos, têm mostrado
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Relatório da Administração
na administração da Companhia.
Enrique Cueto P.
Chief Executive Officer | CEO
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Relatório da Administração
Descrição dos negócios, produtos e serviços.
Somos uma das companhias aéreas de passageiros líder da América Latina e a
principal operadora aérea de carga da região. Atualmente, prestamos serviços a
passageiros domésticos e internacionais no Chile, Peru, Equador, Argentina e
Colômbia. Realizamos as nossas operações de carga através da utilização de
espaços em nossos voos de passageiros e operações de carga dedicadas usando
aviões de carga por intermédio de nossas companhias aéreas de carga no Chile,
Brasil, Colômbia e México. Em 2007, colocamos em ação uma estratégia para
estimular a demanda por viagens aéreas em nossos mercados domésticos através
da oferta de opções de tarifas reduzidas aos viajantes, redução de nossos custos e
aumento das taxas de utilização das aeronaves e eficiência das operações.
Prestamos serviço em 15 destinos no Chile, 14 destinos no Peru, 4 destinos no
Equador, 14 destinos na Argentina, 24 destinos na Colômbia, 14 destinos em
outros países da América Latina e Caribe, 5 destinos nos Estados Unidos, 1
destino no Canadá, 3 destinos na Europa e 4 destinos no Pacífico Sul. Além disso,
a partir de 28 de fevereiro de 2011, por meio de nossos diversos acordos de codeshare (acordos de compartilhamento de voos), oferecemos serviços a mais 25
destinos na América do Norte, outros 16 destinos na Europa, outros 25 destinos
adicionais na América Latina e no Caribe (incluindo o México) e 2 destinos na
Ásia. Oferecemos serviço de carga em todos os nossos destinos e a
aproximadamente 20 destinos atendidos apenas por meio de avião de carga.
Oferecemos também outros serviços, tais como serviço de solo, entrega, logística
e manutenção.
A Lan Airlines S.A. é uma companhia aberta (sociedad anónima abierta)
constituída em conformidade com as leis do Chile. Nossa sede social está
localizada em Presidente Riesco 5711, 20º andar, Las Condes, Santiago, Chile, e
nosso número de telefone nesse endereço é (56-2) 565-2525.
Operações de Passageiro
Nossas operações de passageiro são realizadas através de companhias aéreas no
Chile, Peru, Equador, Argentina e Colômbia, onde prestamos tanto serviços
domésticos quanto serviços internacionais.
Nossa rede consiste em 15 destinos no Chile, 14 destinos no Peru, 4 destinos no
Equador, 14 destinos na Argentina, 24 destinos na Colômbia, 14 destinos em
outros países da América Latina e Caribe, 5 destinos nos Estados Unidos, 1
destino no Canadá, 3 destinos na Europa e 4 destinos no Pacífico Sul. Na América
Latina, temos rotas de e para a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba,
República Dominicana, Equador, México, Peru, Uruguai e Venezuela. Também
voamos para diversos destinos internacionais fora da América Latina, incluindo
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Relatório da Administração
Auckland, Fort Lauderdale, Frankfurt, Los Angeles, Madri, Miami, Mount
Pleasant (Ilhas Falkland), Nova York, Toronto, Papeete (Tahiti), Paris, San
Francisco e Sydney. Além disso, a partir 28 de fevereiro de 2011, por meio de
nossos diversos acordos de code-share, oferecemos serviços a outros 25 destinos
na América do Norte, outros 16 destinos na Europa, outros 25 destinos na
América Latina e no Caribe (incluindo o México) e dois destinos na Ásia.
A tabela abaixo apresenta algumas de nossas estatísticas operacionais de
passageiros para rotas internacionais e domésticas nos períodos indicados.
Exercício encerrado em
31 de dezembro de
2010
2009
A Companhia(1) (2)
ASKs (milhões)
Internacional .....................................................
Doméstico ..........................................................
Total ..............................................................
RPKs (milhões)
Internacional .....................................................
Doméstico ..........................................................
Total ...............................................................
Passageiros (milhares)
Internacional .....................................................
Doméstico ..........................................................
Total ...............................................................
29.582,8
12.772,4
42.355,2
26,797.1
11,979.1
38,776.2
23.226,4
9.921,2
33.147,5
20,861.2
8,975.0
29,836.2
6.302,5
10.990,9
17.293,4
9,730
5,676
15,406
Rendimento com passageiros (receitas provenientes
passageiros/RPKs, em centavos de US$)
Internacional .....................................................
Doméstico ..........................................................
Rendimento combinado(3) ...............................
8,7
10,8
9,4
8,0
10,4
8,8
Rendimento com passageiros (receitas de provenientes
passageiros/RPKs, em centavos de US$)
Internacional .....................................................
Doméstico ..........................................................
Rendimento combinado(3) ...............................
15,3
19,0
16,5
16,0
20,8
17,6
78,5%
77,7%
78,3%
77,8%
74,9%
76,9%
Fator de ocupação de passageiros (%)
Internacional .....................................................
Doméstico ..........................................................
Fator de ocupação combinado(4) .................
As informações fornecidas à Companhia consolidam a Lan Equador e a Lan Argentina.
operações domésticas de passageiro incluem operações domésticas no Chile, Peru,
Argentina e Equador.
(3) Rendimento total com passageiros internacionais e domésticos.
(4) Fator de ocupação agregado de passageiros internacionais e domésticos.
(1)
(2) As
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Operações de Carga
A tabela abaixo apresenta algumas de nossas estatísticas operacionais de carga
para rotas internacionais e domésticas nos períodos indicados:
Exercício encerrado em 31
de dezembro de
2010
2009
A Companhia
Total de ATKs (milhões) .....................
Total de RTKs (milhões) .....................
Total de peso da carga carregada (milhares de toneladas)
..............................................................
Total de rendimentos da carga (receitas geradas por
carga/RTKs, em centavos de US$)
Total dos rendimentos com carga (receitas geradas por
carga/RTKs, em centavos de R$) ...
Total do fator de ocupação da carga (%)
4,628.7
3,245.3
3,848.9
2,627.4
780.8
649.3
39.5
34.1
69.5
70.1%
68.1
68.3%
Nosso negócio de carga opera geralmente na mesma rede de rotas usadas por
nosso negócio de transporte aéreo de passageiros, sendo complementado por
operações conduzidas apenas por avião de carga. Em termos gerais, consiste em
aproximadamente 86 destinos (mais de 66 são operados por aviões de passageiro
e/ou de carga e aproximadamente 20 são operados somente por aviões de carga).
Complementamos nossas operações internacionais através da colaboração de
nossas afiliadas regionais, a MasAir, no México, a ABSA, no Brasil, e a Lanco, na
Colômbia. A ABSA também atua no mercado doméstico brasileiro desde março de
2009. Transportamos carga para diversos clientes, inclusive outras
transportadoras aéreas internacionais, empresas de frete, empresas voltadas para
a exportação e clientes pessoas físicas.
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Relatório da Administração
Comentários sobre a conjuntura econômica geral.
O aspecto principal e mais especial de nosso modelo de negócio é o modo pelo
qual integramos nossas atividades de transporte de passageiros e cargas. Nossa
sofisticada abordagem voltada a serviços de combinação do tráfego de passageiros
e cargas nos permite utilizar melhor nossas aeronaves, reduzir nossas taxas de
ocupação de equilíbrio em voos de passageiros e diversificar nossos fluxos de
receita. Além disso, a natureza geograficamente diversificada das redes de
passageiros e cargas da LAN e de suas subsidiárias proporciona diversificação
adicional às nossas operações e reduz a exposição a qualquer mercado único.
Esses benefícios nos ajudam a continuamente manter rentabilidade forte e a
ampliar nossas operações nos últimos anos, apesar de condições
macroeconômicas voláteis e vários choques externos que afetaram o setor aéreo
no decorrer dos anos.
Aproximadamente 97% de nossa receita são gerados por nossas atividades de
transporte aéreo. Geramos o saldo de nossa receita operacional com as operações
de despachante aduaneiro e de armazenamento, arrendamento de aeronaves,
serviços de mensageiro, vendas a bordo, serviços de operadora turística,
manutenção a terceiros, assistência em terra e receita de juros.
Em 2010, nosso ambiente operacional foi marcado por forte recuperação e
crescimento nos negócios de transporte de cargas e passageiros em relação a
2009. A Companhia demonstrou sua capacidade de se valer de oportunidades na
esteira da recuperação da economia mundial, apesar da perspectiva desafiadora
enfrentada em 2009, e resiste ao impacto do terremoto que afetou o Chile em
fevereiro de 2010.
Em 2010, o crescimento da demanda de passageiros foi impulsionado pelo
crescimento nos mercados nacionais e internacionais. Nesse período, a demanda
de transporte de carga apresentou sólida recuperação e crescimento em
consequência da recuperação econômica mundial que influenciou o comércio
mundial. Embora a concorrência nas rotas de passageiros e cargas venha
crescendo gradualmente desde 2005, alterações das condições competitivas em
mercados específicos geraram oportunidades para nossa expansão. Certos fatores
fora de nosso controle, como preços de combustível, em alta constante desde
2002, e que atingiram altas históricas recorde em meados de 2008, também
geraram pressões de custo significativas. Em 2010, os preços de combustível
aumentaram novamente em comparação a 2009.
Nossos resultados no período compreendido entre 2009 e 2010 refletem nossos
esforços dos últimos anos de expansão e diversificação de nossa base de receita,
mantendo, ao mesmo tempo, base de custo eficiente. Visamos responder com
eficiência às oportunidades e desafios apresentados pela expansão e
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diversificação de nossa base de receita. Esse processo incluiu a expansão de
nossas operações nacionais de transporte de passageiros no Chile e Peru, a
continuidade do desenvolvimento das operações nacionais da LAN Argentina,
lançamento de operações nacionais da LAN Ecuador em abril de 2009, e início
das operações de transporte de passageiros na Colômbia com a compra da Aires
em novembro de 2010. Em consequência, aumentamos significativamente nossa
capacidade de transporte de passageiros e redistribuímos nossos ativos em
resposta a oportunidades específicas. No negócio de carga, ajustamos nossas
rotas e nosso mix de capacidade com o fim de nos adaptar a fluxos de carga
variáveis e expandirmos as operações de carga na região e nas rotas de longa
distância para nos valer de oportunidades existentes. Também lançamos
iniciativas para desenvolver a preferência dos clientes e aumentar a eficiência.
Essas iniciativas nos possibilitaram manter posição de mercado sólida e
desenvolver novos mecanismos para sustentar altos níveis de rentabilidade
mesmo enfrentando altas sem precedentes dos preços de combustível em 2008 e
o efeito negativo da crise econômica mundial de 2009. Em consequência, o lucro
líquido montou a US$336,5 milhões em 2008, US$231,1 milhões em 2009 e
US$419,7 milhões em 2010.
Nossos resultados no período compreendido entre 2009 e 2010 refletem nossos
esforços dos últimos anos de expansão e diversificação de nossa base de receita,
mantendo, ao mesmo tempo, base de custo eficiente. Visamos responder com
eficiência às oportunidades e desafios apresentados pela expansão e
diversificação de nossa base de receita. Esse processo incluiu a expansão de
nossas operações nacionais de transporte de passageiros no Chile e Peru, a
continuidade do desenvolvimento das operações nacionais da LAN Argentina,
lançamento de operações nacionais da LAN Ecuador em abril de 2009, e início
das operações de transporte de passageiros na Colômbia com a compra da Aires
em novembro de 2010. Em consequência, aumentamos significativamente nossa
capacidade de transporte de passageiros e redistribuímos nossos ativos em
resposta a oportunidades específicas. No negócio de carga, ajustamos nossas
rotas e nosso mix de capacidade com o fim de nos adaptar a fluxos de carga
variáveis e expandirmos as operações de carga na região e nas rotas de longa
distância para nos valer de oportunidades existentes. Também lançamos
iniciativas para desenvolver a preferência dos clientes e aumentar a eficiência.
Essas iniciativas nos possibilitaram manter posição de mercado sólida e
desenvolver novos mecanismos para sustentar altos níveis de rentabilidade
mesmo enfrentando altas sem precedentes dos preços de combustível em 2008 e
o efeito negativo da crise econômica mundial de 2009.
Acreditamos que nossa proposição de valor diferenciado conquistou a preferência
de nossos passageiros e clientes de carga, na maioria dos mercados em que
operamos, confirmando a importância dos nossos constantes investimentos em
aeronaves, serviços e capital humano. Como resultado, a Companhia gerou lucros
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ano após ano e, em 2010, estas atingiram um recorde de R$734 milhões em
comparação com R$451 milhões no ano anterior, com uma margem operacional
de 14%. Esse bom desempenho confirmou a capacidade da empresa para tirar
proveito das oportunidades oferecidas pelos mercados globais, após a complexa
situação internacional econômico de 2009, e, além disso, fazê-lo, apesar do
impacto do terremoto de Fevereiro de 2010 no Chile. Estes resultados foram
recompensados pelos mercados de ações e refletido nos preço de nossas ações que
aumentou, tendo o valor de mercado da Companhia alcançado R$17.170,00
milhões em dezembro de 2010 e posicionando-a entre as cinco maiores
companhias aéreas do mundo, em termos de capitalização em bolsa.
Em 2010, as nossas receitas apresentaram um aumento importante, sobretudo no
segmento de carga, onde subiu de R$1.764,7 milhões em 2009 para R$2.248,5
milhões, enquanto que, no segmento de passageiros atingiu R$5,460.8 milhões,
acima dos R$5.203,8 milhões em 2009. Como resultado, a Companhia registrou
receita operacional total de R$7.942,1 milhões, representando um aumento de
R$700,2 milhões em relação ao ano anterior. Em consonância com este aumento,
o lucro bruto atingiu R$2.416,9 milhões, em comparação a R$1.958,3 milhões em
2009.
O crescimento da receita de passageiros reflete um aumento de 9,2% na
capacidade da empresa para o transporte de passageiros medido em ASKs e um
aumento de 8,5% na receita por ASK. Maiores receitas por unidade foram o
resultado de um aumento de 6,7% no yeld - devido principalmente à forte
demanda - assim como um aumento de 1,3 pontos percentuais na ocupação de
78,3%.
O tráfego de passageiros aumentou 11,1% em 2010, impulsionado por um
aumento de 10,6% no tráfego doméstico (no Chile, Peru, Argentina e Equador) e
um aumento de 11,3% no tráfego internacional. Estes resultados são explicados,
principalmente, pelo sucesso do lançamento de novos serviços em 2010,
incluindo o Paris-Santiago (via Madrid) e rotas de Lima-São Francisco de longa
distância e Lima-Brasília e-Guayaquil Galápagos regionais e as rotas domésticas.
O aumento significativo nas receitas do segmento de carga refletiu o crescimento
de 20,5% na capacidade de transporte de carga medido em ATKs e um aumento
de 18,7% na receita por ATK. Maiores receitas por unidade foram principalmente
o resultado de 15,8% um aumento no rendimento acompanhada por um aumento
de 1,7 pontos percentuais na ocupação para 70,1%, impulsionado por um
aumento de 23,5% no tráfego de carga.
Em 2010, os custos operacionais aumentaram 21,1%, um em 2009, atingindo
R$6,9 bilhões, com custos por unidade (ATK) até 5,7% 1. O combustível é o custo
unitário mais importante para a Companhia, e, em 2010, respondeu por 29,8%
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dos seus custos operacionais totais. Excluindo o impacto do combustível, os
custos unitários aumentaram 5,9%, devido principalmente ao aumento dos custos
salariais e um aumento no custo do aluguel de aviões de carga nos acordos de
―Aircraft, Crew, Maintenance & Insurance― (―ACMI‖).
Em 2010, mantivemos nossa sólida posição financeira, bem como indicadores de
um bom equilíbrio, refletido nossa classificação de risco BBB com grau de
investimento e é uma das poucas companhias aéreas no mundo a manter esse
status.
Os objetivos da Companhia, no que diz respeito à gestão do capital, são: (i)
protegê-lo, a fim de continuar como um negócio em curso, (ii) a buscar um
retorno para seus acionistas, e (iii) a manter uma ótima estrutura de capital e
reduzir seu custo.
A fim de manter ou ajustar a estrutura de capital, a Companhia poderá ajustar o
montante dos dividendos a pagar aos acionistas, o capital de retorno aos
acionistas ações, nova edição ou vender ativos para reduzir dívida.
A Companhia monitora o capital de acordo com o índice de endividamento, em
conformidade com as práticas do setor. Esse índice é calculado como a dívida
líquida ajustada ao capital. Dívida líquida é a dívida financeira total, mais 8 vezes
os pagamentos de arrendamento operacional dos últimos 12 meses, menos caixa
(medido como a soma de caixa e equivalentes de caixa, mais títulos e valores
mobiliários). Capital é o valor do patrimônio líquido sem o impacto do valor de
mercado de derivativos, somado à dívida líquida ajustada.
Atualmente, a estratégia da empresa, que não mudou desde 2007, consisti em
manter um índice de alavancagem entre 70% e 80% e um rating de crédito
internacional superior BBB- (o mínimo exigido para ser considerado grau de
investimento). Os índices de endividamento a partir de 31 de dezembro de 2010 e
31 de dezembro de 2009, foram os seguintes:
Exercício social encerrado em
2010
2009
(em milhares de R$)
5.381.709
5.300.309
1.302.150
1.154.556
(1.216.941)
(1.365.256)
5.466.918
5.089.608
2.146.399
1.906.616
176.740
159.005
7.790.057
7.155.299
Dívida Total
Últimos 12 meses de Aluguel x 8
Caixa e Equivalentes a Caixa
Dívida Líquida Ajustada
Patrimônio Líquido
Reservas
Capital Total
Alavancagem
70,2%
71,1%
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Recursos humanos
Temos por meta promover o desenvolvimento profissional e o crescimento dos
nossos funcionários, o que continuou a ser uma prioridade para a LAN em 2010.
Isso se refletiu em 82% dos nossos funcionários que receberam formação e a
3.956 transferências internas que ocorreram. Invetimos aproximadamente
500.000 horas de formação no ano, um dos mais altos valores entre as
companhias aéreas da região
A tabela a seguir descreve o número de funcionários em vários cargos na Lan
Airlines, Lan Cargo e em nossas outras subsidiárias.
Funcionários
Em 31 de dezembro de 2010
2010(1)
2009
Administrativos ..........................................................................................
3.940
3.106
Vendas ........................................................................................................
2.643
2.352
Manutenção ................................................................................................
2.576
2.264
Operações ...................................................................................................
5.730
4.852
Tripulação da cabine de
3.561
2.890
passageiros .................................................................................................
Tripulação da cabine de
1.835
1.380
pilotagem ....................................................................................................
Total ....................................................................................
20.285
16.844
2008
3,181
2,276
2,147
4,784
2,587
1,346
16,321
(1)
A aquisição da Aires, em novembro de 2010, acrescentou mais 1.319 funcionários ao número total de
funcionários da Companhia. Até o final de 2010, aproximadamente 54% de nossos funcionários trabalhavam no Chile, 44%
em outros países da América Latina e 2% no restante do mundo.
A tabela a seguir descreve o número de funcionários baseado em suas respectivas
localizações na Lan Airlines, Lan Cargo e em nossas outras subsidiárias.
Localidade
Em 31 de dezembro de
2009
1,737
1,796
29
31
423
417
10,004
10,000
25
115
17
16
44
47
955
1,232
136
141
0
0
18
18
202
188
2,472
2,595
7
8
125
124
31
30
96
86
2008
Argentina
Bolivia
Brasil
Chile
Colombia
Costa Rica
Alemania
Ecuador
España
Francia
Guatemala
México
Perú
Polinesia Francesa
EE.UU.
Uruguay
Venezuela
2010
1,987
34
494
10,980
1,474
13
51
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Investimentos
Nossos investimentos no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010
totalizaram R$1.816,8 milhões e possuíram o objetivo essencial da manutenção e
expansão de nossas atividades. Para o exercício social de 2011, planejamos
investir cerca de R$2.500 milhões em atividades de manutenção e expansão.
Continuar a Desenvolver Nossas Redes de Cargas e de Passageiros
Atualmente, pretendemos continuar a expandir nossa capacidade nos próximos
anos de forma a favorecer um crescimento robusto de longo prazo na demanda de
passageiros e de carga nos mercados por nós visados. Planejamos expandir nossas
operações não apenas nos mercados que atendemos atualmente, mas também
para novos mercados da América do Sul, onde acreditamos existir demanda por
nossa combinação de serviços de transporte de passageiros e de carga.
Continuaremos a alavancar os benefícios da combinação de nossas operações de
transporte de passageiros e de carga. Nossas operações de transporte de
passageiros e de carga constituem aspectos igualmente importantes de nossos
negócios, e dedicamos os recursos, funcionários, instalações, administração e
frota necessários para possibilitar que ambas as operações ofereçam um serviço
de grande qualidade e concorram efetivamente em seus respectivos mercados.
Favorecer a Rentabilidade de nossas Operações de Curta Distância
Planejamos continuar implantando o modelo de negócios lançado em 2007 para
aumentar a eficiência de nossas operações domésticas e de curta distância,
especificamente nos mercados domésticos do Chile e do Peru. Esse modelo está
sendo aplicado também nos mercados domésticos do Equador e da Argentina,
bem como em nossas recém adquiridas operações de transporte de passageiros na
Colômbia. Na Argentina, a implantação do modelo está sujeita a certas restrições
reguladoras em decorrência das faixas de preços de passagens vigentes no
mercado doméstico argentino. Além disso, estamos avaliando a aplicação dessas
iniciativas em determinadas rotas regionais na América Latina. Um objetivochave desse programa foi aumentar a utilização de nossa frota através de
itinerários modificados que incluam mais voos sem escala e noturnos, bem como
um tempo de viagem menor. Nossa frota de Boeing 737-200 foi completamente
substituída em maio de 2008 pela nova Aeronave da Família Airbus A320, em
qual atualmente operamos em todas as rotas domésticas e regionais, salvo as
atendidas pela Aires. Essas iniciativas aumentaram a eficiência e melhoraram as
margens de nossas operações de curta distância. Além do mais, nossa moderna
frota permite custos de manutenção não programada mais baixos, menor
consumo de combustível e o alcance de eficiências operacionais e de custo por
meio da operação de menos tipos de frotas. Outros objetivos principais desse
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modelo de negócios incluem uma redução nos custos de vendas e distribuição,
através do aumento da penetração de Internet, redução de comissões de
representação e aumento do serviço de auto check-in pela web e por quiosques no
aeroporto. Esperamos que tais iniciativas, junto a simplificações nas funções
administrativas e de suporte, continuem a nos ajudar a expandir as operações ao
mesmo tempo em que controlamos custos fixos, estimulando uma redução nos
custos gerais por ASK (oferta de assentos por quilometro transportado).
Começamos a transferir uma parte dessas eficiências operacionais aos
consumidores, por meio de reduções nas tarifas, o que estimulou uma demanda
adicional e elevou nossa rentabilidade geral.
Manter Excelente Satisfação do Cliente
Tanto no negócio de transporte de passageiros quanto de carga, focamos na
entrega de serviços de alta qualidade que sejam apreciados por nossos clientes.
Em nossos negócios de transporte de passageiros, tentamos atingir um alto
desempenho de chegada no prazo, serviço de bordo de nível internacional em
voos de longa distância, preços atrativos e convenientes e check-in rápido para
voos de curta distância, bem como o conforto proporcionado por uma frota
moderna. Durante o primeiro semestre de 2009, concluímos a reconfiguração das
cabines de todas as nossas aeronaves de longa distância, inclusive das aeronaves
para transporte de passageiros Boeing 767 e Airbus A340, a fim de incorporar
nossa nova Classe Executiva Premium, incluindo assentos totalmente horizontais,
bem como melhorias na classe econômica, que incluem um moderno sistema de
entretenimento a bordo. Nosso programa de milhagem, o LANPASS, fornece
benefícios e gratificações de viagens a quase 4,3 milhões de clientes fiéis no Chile,
Argentina, Peru e Equador, assim como em outros países onde operamos. No
negócio de transporte de carga, enfatizamos a prestação de serviço confiável,
aproveitando-nos de nossa capacidade de manusear diferentes tipos de carga,
bem como significantes volumes de carga, e elevamos nossas instalações nas
principais gateways (entradas), como Miami, de forma a assegurar o melhor
tratamento das necessidades de nossos clientes. Avaliamos continuamente
oportunidades de incorporar aprimoramentos de serviço a fim de responder
efetivamente às necessidades de nossos clientes.
Ênfase Contínua em Segurança
Nossa prioridade principal é a segurança, e estruturamos nossas operações e
manutenção de forma a focar em voos seguros. Nossas principais instalações de
manutenção são certificadas pela Federal Aviation Administration (―FAA‖), pela
DGAC e por outras autoridades de aviação civil. Nossos procedimentos de
segurança de voo e manutenção são certificados pelos padrões ISO 9001-2000.
Possuímos programas vigentes para treinar nossa tripulação e mecânicos com
padrões de nível internacional, tanto nas instalações do exterior quanto em
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nossos centros de treinamento, que desenvolvemos em associação a parceiros de
alta qualidade.
Ênfase em Eficiência e Sustentabilidade
Estamos progressivamente interessados em aprimorar a eficiência por meio de
uma série de iniciativas da frota que buscam reduzir o consumo de combustível. A
mais significativa é nossa contínua renovação da frota e plano de crescimento,
através dos quais esperamos incluir 125 novas aeronaves entre 2011 e 2018. Como
exemplo, estimamos que o Boeing 787 Dreamliner opera com custos por ASK que
são aproximadamente 12% mais baixos do que outras aeronaves para transporte
de passageiros de longa distância, enquanto que o novo avião de carga Boeing 777
é aproximadamente 17% mais eficiente em termos de custos por ASK do que o
avião de carga Boeing 767. Além disso, durante o segundo semestre de 2010,
finalizamos a instalação de winglets em todas as nossas aeronaves Boeing 767,
atingindo eficiências de combustível de aproximadamente 5% por aeronave. A fim
de mitigar o impacto ambiental de nossas operações, buscamos operar de
maneira sustentável, reduzindo nosso consumo de combustível e emissões
relacionadas. Continuamos também a enfatizar o ajuste da configuração de
nossas aeronaves à demanda de mercado, como por exemplo ajustando a
configuração de quatro Boeings 767 que operam em rotas de longa distância a
partir do Equador, por meio da redução do número de assentos da Classe
Executiva Premium e do aumento do número de assentos da Classe Econômica.
Outros projetos de longo prazo que visam à melhoria de nossa estrutura de custos
incluem a implantação dos processos operacionais LEAN em nossas operações de
manutenção, bem como o investimento em novos sistemas de estoque e reservas
fornecidos pela Sabre.
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Novos produtos e serviços
Operações de passageiro
Operações Internacionais de passageiro
Operamos serviços internacionais programados do Chile, Peru, Equador e
Argentina por meio da Lan Airlines; da Lan Express, no Chile; da Lan Peru, no
Peru; da Lan Equador, no Equador; da Lan Argentina, na Argentina e da Aires, na
Colômbia. O tráfego internacional de passageiros cresceu significativamente nos
últimos anos devido ao crescimento da demanda, ganhos de participação no
mercado, aumento do tráfego de conexão de e para outros países da América
Latina, lançamento de novas rotas e frequências adicionais em rotas existentes e
expansão para novos mercados.
Nossa rede internacional reúne nossas afiliadas chilenas, peruanas, equatorianas,
argentinas e colombianas. Operamos serviços internacionais fora do Chile desde
1946, e expandimos muito nossos voos fora do Peru com a criação da Lan Peru
em 1999, e do Equador por meio da Lan Equador em 2003. Em agosto de 2006,
expandimos nossas operações internacionais através da Lan Argentina que, até
então, oferecia apenas voos domésticos. Contudo, as operações internacionais da
AIRES estão sendo reduzidas desde a sua aquisição em 2010. Essa estratégia de
expandir nossa rede internacional visa melhorar a nossa proposta de valor (sic)
ao oferecer aos clientes mais destinos e rotas alternativas, aumentando ao
máximo a utilização das aeronaves e as taxas de ocupação, melhorando nossos
padrões sazonais complementares e otimizando nossos esforços comerciais.
Oferecemos serviços de longa distância em nossos quatro centros principais em
Santiago, Lima, Guayaquil e Buenos Aires. Também oferecemos serviços
regionais do Chile, Peru, Equador e Argentina. Desde 2004, aumentamos nossas
operações da América Latina em Lima para posicioná-la como nosso centro
regional principal.
De acordo com o nosso compromisso de longo prazo de fornecer aos clientes
serviço superior e os melhores produtos do mercado, em maio de 2009 a LAN
concluiu a modernização de toda a sua frota de longa distância (incluindo suas
aeronaves de passageiro Boeing 767 e Airbus A340) com a nova classe Executiva
Premium e a classe Econômica melhorada. Combinando as melhores
características das tradicionais Primeira Classe e Classe Executiva, a nova classe
Executiva Premium inclui assentos totalmente reclináveis a 180º proporcionando
máximo conforto e privacidade aos passageiros. A classe Executiva Premium
também inclui serviços de bordo personalizados e superiores. As mudanças na
classe Econômica incluem novos assentos com maior ângulo reclinável, um
travesseiro ajustável para melhor conforto e conveniência e monitores de vídeo
individuais maiores para todos os assentos.
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O desenvolvimento sustentado da LAN relacionado à sua cobertura tem sido um
fator crucial para o seu crescimento, e o ano de 2010 não foi uma exceção. Novas
rotas foram criadas em conjunto com o aumento de voos em algumas rotas
principais existentes para oferecer mais e melhores alternativas tanto para os
passageiros que viajam a negócios e turismo. Em 2010, a Companhia continuou a
consolidar a sua central em Lima, que funciona como centro de sua rede na
América Latina e também complementa a sua rede intercontinental por meio da
abertura de novas rotas e do aumento de voos em rotas já existentes.
Como parte de sua missão, a LAN busca promover o turismo na América do Sul.
Por causa de sua rede de serviços ampla, os visitantes de todas as partes do
mundo podem conhecer destinos mundialmente famosos como Cusco, Ilha de
Páscoa, Galápagos ou Patagônia no Chile e Argentina, incluindo as cidades de
Punta Arenas, Ushuaia, El Calafate e Bariloche.
Chile
De acordo com os dados da JAC, o tráfego aéreo internacional de passageiros
chilenos aumentou 9,4% de 2009 para 2010 (aproximadamente 5,1 milhões
passageiros). Tínhamos uma participação no mercado de 52,8% em 2010, com
base nos RPKs, em comparação com os 52,4% em 2009. Nossas operações
internacionais fora do Chile podem ser divididas em quatro segmentos principais:
América do Norte, Europa, o restante da América Latina e Pacífico. Em 28 de
fevereiro de 2011, as outras transportadoras principais que transportavam
passageiros entre o Chile e a América do Norte com voos diretos incluíam a
American Airlines, a Delta Airlines, a Air Canada e a Aeromexico. A TACA e a
COPA também participavam dos mercados entre o Chile e a América do Norte
com escalas em suas respectivas centrais na América Central. Nossos principais
concorrentes nas rotas entre o Chile e a Europa eram a Air France-KLM e a
Iberia. Em rotas regionais, nossos principais concorrentes eram a Aerolíneas
Argentinas, a Air Canada, a Avianca, a GOL, a TACA e a TAM. Na ocasião, éramos
a única companhia aérea a operar entre o Chile e o Pacífico Sul.
Peru
Com base nas informações fornecidas pela DGAC peruana, transportamos
aproximadamente 5,0 milhões de passageiros em voos internacionais de e para o
Peru em 2010. Em 2010, tínhamos 45,4% de participação no mercado
internacional no Peru, o que significou um aumento em relação aos 41,7% de
participação no mercado em 2009. Nossas operações internacionais peruanas
podem ser divididas em três segmentos principais: América do Norte, Europa e o
restante da América Latina. Em 28 de fevereiro de 2011, nossos principais
concorrentes em rotas diretas para a América do Norte incluíam a American
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Airlines, a Continental Airlines, a Delta Airlines, a Spirit Airlines, a Air Canada e a
Aeromexico. A TACA e a COPA também participavam do mercado Peru - América
do Norte com escalas em suas respectivas centrais na América Central. Nas rotas
para a Europa, nossos principais concorrentes eram a Iberia, a Air Europa e a Air
France-KLM. As outras principais transportadoras que operavam entre o Peru e o
restante da América Latina na referida data incluíam a Aerolíneas Argentinas, a
TACA, a TAM, a Avianca e a GOL.
Equador
O mercado internacional equatoriano cresceu 4,1%, para aproximadamente 2,8
milhões de passageiros, entre 2009 e 2010. De acordo com as estatísticas da
agência de viagens (―BSP‖) e nossas estimativas, tínhamos uma participação de
mercado de 28,9% no mercado internacional equatoriano em 2010 em
comparação com os 24,5% em 2009. Nossas operações internacionais
equatorianas podem ser divididas em três segmentos principais:: América do
Norte, Europa e o restante da América Latina. Em 28 de fevereiro de 2011, em
rotas diretas para a América do Norte, nossos principais concorrentes eram a
American Airlines, a Continental Airlines, a Delta Airlines e a Aerogal. A TACA e a
COPA também participavam do mercado Equador - América do Norte com
escalas em suas respectivas centrais na América Central. Nas rotas para a Europa,
nossos principais concorrentes eram a Air Comet, Iberia e Air France-KLM. Nas
rotas regionais, nossos principais concorrentes eram a TACA, a COPA e a
Avianca.
Argentina
Com base em nossas estimativas internas, o mercado internacional argentino
cresceu 18,0%, aproximadamente 9,1 milhões de passageiros entre 2009 e 2010.
Nossa participação estimada no mercado no mercado internacional argentino era
de 16,5% em 2010 em comparação com os 17,3% em 2009. Nossas operações
internacionais argentinas podem ser dividas em dois segmentos principais:
América do Norte e o restante da América Latina. Em 28 de fevereiro de 2011, na
rota Buenos Aires - Miami, nossos principais concorrentes eram a American
Airlines e a Aerolíneas Argentinas. A TAM, a TACA e a COPA também
participavam do mercado Argentina - América do Norte com escalas em suas
respectivas centrais. Na rota Buenos Aires - República Dominicana, nossos
principais concorrentes eram a COPA e a American Airlines. Na rota Buenos Aires
- São Paulo, nossos principais concorrentes eram a TAM, a GOL e a Aerolíneas
Argentinas. Na rota Buenos Aires - Lima, nossos principais concorrentes eram a
TACA e a Aerolíneas Argentinas. Na rota Buenos Aires - Santiago, nossos
principais concorrentes eram a Aerolíneas Argentinas e a Air Canada.
Transporte de Passageiros - Operações Domésticas
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Em 2007, iniciamos um importante projeto para reformular nossas operações
comerciais domésticas com o objetivo de aumentar a eficiência e melhorar as
margens das operações de curta distância da LAN, especificamente no que diz
respeito a nossas operações domésticas no Chile e no Peru. O novo modelo
comercial foi testado pela primeira vez no último trimestre de 2006. Um
elemento chave deste projeto foi o aumento significativo da utilização de nossa
frota de pequeno porte, o que conseguimos através da modificação de itinerários,
incluindo mais voos ponto-a-ponto e noturnos. Retiramos a aeronave Boeing 737200 de nossa frota em favor da aeronave mais eficiente da família Airbus A320. A
utilização da frota de Aeronave da família Airbus A320 alcançou tempo de voo de
aproximadamente 10,9 por dia em 2010. A transição para uma frota mais nova
resulta em custos de manutenção não programada mais baixos, bem como em
eficiência de custo alcançada com a operação de uma quantidade menor de tipos
de frota e eficiências operacionais, incluindo menor consumo de combustível.
Outros elementos chaves de nosso novo modelo comercial são a redução nos
custos de venda e distribuição por meio de maior utilização da internet e da
redução das comissões para agências, tempo de retorno mais rápido e melhoria
no serviço de realização de check-in pelo próprio passageiro através da internet
ou de quiosques nos aeroportos. Essas iniciativas, em conjunto com
simplificações nas funções administrativas e de suporte, continuarão permitindo
a expansão de nossas operações enquanto controlam custos fixos e promovem a
redução nos custos gerais. Já começamos a repassar essas eficiências operacionais
aos consumidores através de reduções significativas nas tarifas, esperamos que
tais iniciativas venham a ter um efeito importante no estímulo de novas
demandas.
Em 2007, implementamos todos os aspectos de esse novo modelo comercial nos
mercados domésticos do Chile e do Peru. Lançamos nosso novo modelo comercial
para viagens de curta distância em todas as rotas domésticas do Chile em abril de
2007, depois de uma campanha de marketing que começou em março de 2007.
Lançamos o novo modelo em todas as rotas domésticas do Peru em janeiro de
2007.
Como resultado da implantação de esse modelo comercial, aumentamos o
número de passageiros transportados em todos os mercados domésticos. Entre os
anos de 2006 e 2010, o número de passageiros transportados aumentou
significativamente:
83% (de 2,5 milhões para 4,5 milhões) no Chile,
123% (de 1,7 milhões para 3,8 milhões) no Peru,
200% (de 0,6 milhões para 1,9 milhões) na Argentina, e
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em menor escala no Equador, uma vez que começamos as operações
domésticas somente durante o ano de 2009.
Nos últimos três anos, mantivemos um crescimento constante em cada uma de
nossas operações de passageiros domésticos, e entre 2009 e 2010 alcançamos um
crescimento de 13% no número de passageiros domésticos transportados.
Em 26 de novembro de 2010, a LAN adquiriu a Aerovías de Integración Regional
S.A. (―Aires‖), uma companhia aérea colombiana, por US$12 milhões (R$21
milhões) em dinheiro, além de assumir os passivos líquidos de US$87 milhões
(R$143 milhões). O mercado colombiano é o segundo maior mercado da América
do Sul, com mais de 13 milhões de passageiros domésticos anuais e representa
um mercado chave para a consolidação da LAN como companhia aérea líder na
região. Atualmente, a AIRES é a segunda maior operadora no mercado doméstico
da Colômbia, com aproximadamente 20% de participação no mercado em
dezembro de 2010. A frota da AIRES é formada por 9 aeronaves B737-700s, 11
aeronaves Q200 e 4 aeronaves Q400, todas estão sob arrendamento operacional.
Pretendemos continuar com a implantação desse modelo comercial em 2011 e
estamos avaliando a sua implantação em algumas rotas regionais, uma vez que
estamos à procura de formas de aumentar a eficiência operacional, motivar as
vendas diretas e a realização do check-in pelo próprio passageiro, e implementar
novas estratégias de venda que visem estimular a demanda
Operações no Chile
Por meio da Lan Airlines e da Lan Express, somos a companhia aérea de
passageiros domésticos líder no Chile. Operamos voos domésticos no Chile desde
a constituição da Companhia em 1929. Em 28 de fevereiro de 2011, tínhamos
voos para 13 destinos dentro do Chile (incluindo Santiago, porém sem incluir a
Ilha de Páscoa, que consideramos um destino internacional, embora ela pertença
ao Chile, uma vez que este destino é servido por aeronaves de longas distâncias),
bem como alguns destinos sazonais. A Lan Airlines e a Lan Express integraram
suas operações de passageiro, incluindo as operações sob o mesmo ―código
designador de reserva‖ de duas letras, e coordenaram suas estruturas de tarifas,
cronograma e outros aspectos comerciais para maximizar os benefícios da
cooperação e as receitas das duas transportadoras. Nossa estratégia tem como
base a oferta de serviços frequentes para os principais destinos do Chile,
oferecendo serviço confiável e de alta qualidade e melhorando a solidificação da
posição de nossa marca no Chile e no exterior. Avaliamos continuamente a nossa
rede de rotas domésticas para atingir a máxima eficiência operacional e
lucratividade. Nosso objetivo estratégico é manter a nossa posição de liderança
em nossas rotas domésticas.
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Relatório da Administração
A flexibilidade da LAN e a sua ampla rede de passageiros também permitiram que
administrássemos o impacto negativo do catastrófico terremoto que atingiu o
Chile em fevereiro de 2010, causando danos significativos ao terminal do
Aeroporto Internacional de Santiago e afetando todas as viagens aéreas dentro e
fora do país. Sem nenhum aeroporto alternativo na Região Metropolitana de
Santiago, as operações de passageiros comerciais foram suspensas por três dias, e
recomeçaram em 2 de março de 2010 em instalações temporárias. A LAN operou
com capacidade reduzida fora de Santiago até que o terminal estivesse totalmente
operante em 28 de março de 2010. A LAN estima que o impacto líquido das
operações reduzidas de passageiros em razão do terremoto foi de
aproximadamente US$30 milhões (R$50 milhões) em 2010. As operações de
carga não foram substancialmente afetadas pelo terremoto, tampouco as
operações de passageiro da LAN ou de suas subsidiárias no Peru, Equador e
Argentina.
Durante o ano de 2010, operamos uma frota média de 18 Aeronaves da Família
Airbus A320 no mercado doméstico chileno, e pretendemos operar uma frota
média de 21 Aeronaves da Família Airbus A320 em 2011. As operações
domésticas no Chile foram positivamente afetadas pela maior utilização da frota
de Airbus de última geração e pela retirada das aeronaves Boeing 737-200. O
novo modelo comercial foi lançado em todo o Chile em abril de 2007. Reduzimos
os custos de vendas aumentando as vendas diretas de 78% em 2009 para 80% em
2010 (com 63% de nossas vendas de 2010 feitas pela internet) e reduzindo as
comissões das agências de 6% para 1% em fevereiro de 2007. Também
aumentamos a utilização da frota, a produtividade da tripulação e a média de
voos através de alterações no cronograma. Além disso, simplificamos nossos
processos, o que ajudou a aumentar a quantidade de check-in feito pelo próprio
passageiro de 77% em 2009 para 80% em 2010. Por fim, utilizamos a maior
eficiência da aeronave Airbus para alcançarmos as eficiências operacionais, tais
como a redução do tempo do voo de retorno, o aumento de nossa pontualidade
(que atingiu 94% em 2009 e 87% em 2010) e a diminuição do consumo de
combustível. Em 28 de fevereiro de 2011, operávamos com 100% de nossos ASKs
em nossa frota de Aeronaves da Família Airbus A320.
De acordo com os dados da JAC, o mercado doméstico chileno como um todo
transportou aproximadamente 6,0 milhões de passageiros em 2010, e
experimentou um aumento de 17% em termos de RPK. Nossa participação no
mercado doméstico do Chile era de 78,4% em 2010 e de 79% em 31 de janeiro
2011. Durante o ano de 2010, nossos principais concorrentes no mercado
doméstico eram a Sky Airlines e a PAL Airlines, que iniciaram suas operações em
junho de 2009. Atualmente, a Sky Airlines opera uma frota de 13 aeronaves
Boeing 737-200 e voa para 12 destinos. A PAL Airlines atualmente opera uma
frota de 4 aeronaves Boeing 737-200 e voa para 5 destinos.
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Atualmente não há nenhuma companhia aérea estrangeira participando do
mercado doméstico chileno. O Chile permite que companhias aéreas estrangeiras
operem no Chile se o país de origem dessa companhia aérea fornecer o mesmo
tratamento às companhias aéreas chilenas. Adicionalmente, não existe nenhuma
barreira regulatória que impeça uma companhia aérea estrangeira de constituir
uma subsidiária chilena e entrar no mercado doméstico chileno usando essa
subsidiária.
Operações no Peru
A Lan Peru iniciou suas operações em 1999 com voos domésticos e internacionais
partindo de Lima. Nos últimos dez anos, a Lan Peru cresceu consistentemente,
consolidando suas operações domésticas e a cobertura de mercados relevantes.
No que diz respeito ao mercado doméstico, o Peru possui um imenso potencial
em comparação a outros mercados latino-americanos com base nos índices de
viagem per capita. Em 2010, o mercado doméstico alcançou 5,0 milhões de
passageiros, e são esperados 6,4 milhões de passageiros para 2011.
A LAN Peru tem uma das frotas mais modernas da América Latina, operando 19
aeronaves Airbus A319, com doze destinadas a operações domésticas e sete para
operações regionais. Essa frota é ideal para as rotas peruanas, uma vez que ela
maximiza a carga paga disponível em aeroportos de alta altitude com condições
de vento de cauda. Essa frota uniforme também permite baixos custos de
manutenção, alta produtividade da tripulação e flexibilidade operacional.
Em comparação com o ano de 2009, as operações domésticas da Lan Peru no
território peruano apresentaram uma expansão de 8,9% durante o ano de 2010
devido ao aumento no número de voos para destinos existentes. De acordo com
os dados fornecidos pela Corporación Peruana de Aeropuertos y Aviación
Comercial S.A. (a Corporação Peruana de Aeroportos e Aviação Comercial, ou
―CORPAC‖), nossa participação no mercado doméstico do Peru foi de 62% em
2007, 73% em 2008, 80% em 2009 e 70% em 2010.
3.836.134 passageiros viajaram pelas rotas domésticas peruanas da LAN Peru em
2010, o que representou um aumento de 13% em comparação com 2009. Em 28
de fevereiro de 2011, os concorrentes incluíam a Star Peru, a Peruvian Airlines e a
TACA (que aumentou suas operações no mercado doméstico acrescentando novas
frequências para Cusco, Juliaca, Tarapoto e Trujillo).
A LAN Peru espera aumentar as conexões entre as cidades do país. Cusco, o
destino turístico mais importante do país, responde pela maior parte das
operações domésticas da LAN Peru e é atendido por 16 (e até 21 em determinados
períodos) voos por dia. A LAN Peru voa pelo menos duas vezes por dia para cada
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Relatório da Administração
um de seus 13 destinos com saídas de Lima, sendo Tumbes uma exceção (10 voos
por semana).
No que diz respeito aos serviços de aeroporto, a LAN Peru tem mais de 141
chegadas e partidas domésticas diariamente. Os níveis de check-in pelo próprio
passageiro cresceram significativamente nos últimos anos, chegando a 83% das
rotas domésticas no final de 2010.
Em 2010, a LAN Peru recebeu o prêmio ―Gran Marca Moderna‖ da Effie Awards
(uma premiação de excelência do Marketing Hall of Fame), e foi a primeira
companhia aérea do país a receber este prêmio.
Operações na Argentina
A Lan Argentina iniciou seus serviços em junho de 2005, cobrindo dois destinos
domésticos argentinos de Buenos Aires, Córdoba e Mendoza. Entre 2005 e 2007,
a Lan Argentina aumentou o número de destinos domésticos argentinos para
nove, acrescentando Bariloche, Iguazu, Comodoro Rivadavia, Rio Gallegos,
Ushuaia, Calafate e Salta. Em junho de 2008, a Lan Argentina iniciou os serviços
para Neuquen, e em setembro de 2008 para San Juan. Em abril de 2009, a Lan
Argentina iniciou os serviços para Tucuman.
De junho a novembro de 2006, a Lan Argentina substituiu sua frota de Boeings
B737-200 formada por cinco aeronaves, quatro das quais eram a aeronave Airbus
A320. Usamos essas aeronaves tanto em operações domésticas quanto em
operações regionais. A substituição dessas aeronaves possibilitou que a Lan
Argentina aumentasse o escopo, o tamanho e a eficiência de suas operações. No
final de dezembro de 2010, operávamos uma frota de oito aeronaves Airbus A320
em nossas operações domésticas.
No mercado doméstico argentino, a Lan Argentina opera em um ambiente
regulamentado em que as passagens vendidas a passageiros argentinos estão
sujeitas a preços máximos e mínimos que variam por rota. Em agosto de 2006,
por meio de decreto presidencial, a variação de preço regulamentada mínima e
máxima sofreu aumento de 20%. O decreto liberou a posse estrangeira de
companhias aéreas argentinas, previamente com limite máximo de 49%. Desde o
referido decreto, a máxima e a mínima da variação de preço regulamentada
aumentaram consistentemente, conforme segue: em 18% em abril de 2008, em
18% em maio de 2008, em 20% em 2009, em 15% em junho de 2010 e em 10%
em novembro de 2010.
Nossa participação no mercado doméstico da Argentina, com base em nossas
estimativas internas para dezembro de 2010 totalizou 30%. Nossos concorrentes
no mercado argentino durante o ano de 2010 foram a Aerolíneas Argentinas e sua
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afiliada Austral Líneas Aéreas. Essas duas companhias juntas detinham
substancialmente toda a participação restante do mercado doméstico argentino.
Operações no Equador
No final de 2008, o Conselho Nacional de Aviação Civil nos autorizou a operar
voos domésticos no Equador. Em abril de 2009, iniciamos as operações em Quito
e Guayaquil.
Em dezembro de 2009, a LAN Equador operava 49 voos semanais entre Quito e
Guayaquil, uma das principais rotas da América Latina. A companhia também
começou a fazer voos diários entre Cuenca e Quito. Em 28 de fevereiro de 2011, a
LAN Equador operava 63 voos entre Quito e Guayaquil. Em setembro de 2010,
ela incorporou voos diários para as Ilhas Galápagos.
Em 2010, a LAN Equador transportou 623.104 passageiros no mercado de
passageiros domésticos, alcançando uma taxa de ocupação de 75%, com
crescimento de 70% no número de passageiros em relação a 2009 e um mercado
nacional de 25%. No Equador, os principais concorrentes da companhia são
TAME, Aerogal e Icaro.
Operações na Colombia
Em 26 de novembro de 2010, a LAN adquiriu a Colombian airline Aerovías de
Integración Regional S.A. (―Aires‖) por US$12 milhões (R$21 milhões) em
dinheiro, além de assumir os passivos líquidos de US$87 milhões (R$143
milhões). O mercado colombiano é o segundo maior mercado da América do Sul,
com mais de 13 milhões de passageiros domésticos anuais e representa um
mercado chave para a consolidação da LAN como companhia aérea líder na
região. Atualmente, a AIRES é a segunda maior operadora do mercado doméstico
da Colômbia, com aproximadamente 20% de participação no mercado em
dezembro de 2010. A frota da AIRES é formada por 9 aeronaves B737-700s, 11
aeronaves Q200 e 4 aeronaves Q400, todas as quais estão sob arrendamento
operacional
A companhia replicará o modelo de ―baixo custo‖ da LAN já vigente nos mercados
domésticos da Argentina, Chile, Equador e Peru, estimulando a demanda em voos
domésticos ao fornecer a mais cidadãos colombianos a oportunidade de utilizar o
transporte aéreo. No médio prazo, a Aires avaliará a expansão das operações de
passageiro internacionais e as vantagens de quaisquer sinergias que ela possa
obter da afiliada da LAN Cargo na Colômbia, a Lanco, constituída em março de
2009. A LAN dedicará seus máximos esforços para garantir que os padrões de
segurança, de desempenho com pontualidade e de qualidade de serviço de sua
nova afiliada sejam consistentes com os altos padrões da LAN. O processo de
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integração pode envolver certas alterações operacionais, tais como modificações
de itinerário e melhorias de eficiência. Esse processo não interferirá na
continuidade das operações vigentes da Aires.
Antes da aquisição da Aires, a partir de 6 de maio de 2010, a LAN tinha um
contrato referente à prestação de serviços de consultoria e suporte técnicos à
Colombian airline Aeroasis S.A. (―Aeroasis‖) enquanto a Aeroasis concluía o
processo de obtenção de um alvará operacional da autoridade de aviação civil da
Colômbia (Unidad Administrativa Especial de Aeronáutica Civil), dentro do prazo
estabelecido de fevereiro de 2011. Esse processo incluía a contratação de pessoal e
o desenvolvimento de materiais técnicos, bem como a seleção e a aquisição de
equipamentos, tudo em conformidade com as estruturas legais e regulatórias
aplicáveis. Em fevereiro de 2011, a LAN adquiriu as sociedades controladoras da
Aeroasis com a intenção de incorporar as operações da Aires.
Acordos Comerciais e Alianças de Passageiros
Seguem nossas alianças de passageiros e parcerias vigentes em 28 de fevereiro de
2011:
oneworld®: Em junho de 2000, a Lan Airlines e a Lan Peru foram
oficialmente incorporadas à aliança oneworld® junto com a Aer Lingus.
Na ocasião, a oneworld® era uma aliança de marketing global formada
pela American Airlines, pela British Airways, pela Cathay Pacific Airlines,
pela Qantas, pela Iberia e pela Finnair, que, dentre outros benefícios,
oferecem serviço aprimorado a seus clientes. Em abril de 2007, a JAL, do
Japão, a Royal Jordanian, da Jordânia, e a Malev, da Hungria, junto com a
Lan Equador e a Lan Argentina, entraram para a aliança, e a AerLingus
saiu. Em novembro de 2009, a Mexicana entrou para a aliança. Em
novembro de 2010, a S7 Airlines entrou para a oneworld®, acrescentando
55 destinos na Rússia à aliança. No último mês de novembro, a S7 Airlines
entrou para a oneworld acrescentando 55 destinos na Rússia à aliança.
Juntas, essas companhias aéreas conseguem oferecer aos clientes
vantagens em viagens, tais como aproximadamente 750 destinos mundiais,
facilidade de horários e benefícios de programas de fidelidade bilaterais.
Além disso, a oneworld® é a primeira aliança a utilizar bilhetes eletrônicos
entre linhas entre seus parceiros.
American Airlines: Desde 1997, a Lan Airlines tem um contrato com a
American Airlines, o que permite que a Lan Airlines e a American Airlines
dividam os códigos de transportadora de certos voos em sistemas de
reservas globais, permitindo que os passageiros da American Airlines
comprem assentos em voos da Lan Airlines e vice-versa. O Departamento
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de Transporte, ou DOT, concedeu imunidade antitruste ao nosso acordo
com a American Airlines em outubro de 1999. A imunidade antitruste
engloba cooperação em áreas comerciais e operacionais, tais como preço,
horários, esforços conjuntos de marketing e reduções nos custos
aeroportuários e de compras, assim como a implementação adicional de
sinergias de carga em áreas como serviços de suporte e outros serviços
aeroportuários. Para mais informações consulte ―— Regulamento —
Regulamento Aeronáutico Norte-Americano — Autorizações Regulatórias
Referentes a Alianças Estratégicas‖ abaixo. Através desta aliança,
atualmente oferecemos serviço para trinta destinos adicionais nos Estados
Unidos e no Canadá. Em 2005, o DOT concedeu imunidade antitruste a
um acordo similar entre a Lan Peru e a American Airlines. Essa imunidade
antitruste nos possibilita aumentar a coordenação entre a Lan Peru e a
American Airlines, e ambas as empresas constituídas em 2007 realizam
operações em code-share (compartilhamento de voos) entre o Peru e os
Estados Unidos, com destinos adicionais em ambos os países.
Iberia: Em janeiro de 2001, a Lan Airlines deu início a um acordo de codeshare com a Iberia, de acordo com o qual oferecemos aos passageiros entre
dez e catorze voos regulares semanais, sem escalas, entre Santiago e Madri.
Nos anos subsequentes, outros destinos foram acrescentados ao acordo,
tais como Alicante, Amsterdam, Barcelona, Bilbao, Bruxelas, Londres
(Heathrow), Málaga, Milão, Paris, Roma e Zurique. Em 2007, a Lan
Equador e a Lan Peru firmaram acordos de code-share com a Iberia para
rotas entre o Equador, o Peru e a Espanha, bem como outros quatro
destinos europeus com a Lan Peru e sete destinos com a Lan Equador.
Qantas: Em julho de 2002, a Lan Airlines deu início a um acordo de codeshare com a Qantas para operar entre Santiago, Chile, e Sydney, Austrália,
com uma escala em Auckland, Nova Zelândia. A partir de 28 de fevereiro
de 2011, esse acordo de code-share passou a incluir voos diários operados
pela Lan Airlines.
British Airways: Em 2007, a Lan Airlines deu início a um acordo de codeshare com a British Airways em voos da Lan Airlines entre São Paulo e
Santiago para atender passageiros da British Airways viajando de Londres
a Santiago com conexão em São Paulo. Esse acordo de code-share também
inclui os voos da British Airways entre Madri e Londres.
Aeromexico: Em 2004, ampliamos a nossa aliança com a Aeromexico. O
novo acordo inclui todas as nossas linhas de passageiros. De acordo com
esta aliança, operamos em code-share em voos para o México do Chile e do
Peru, bem como para dezoito destinos domésticos no México. Além isso,
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essa parceria oferece a nossos passageiros benefícios como maior
facilidade nas conexões e acúmulo e resgate recíproco de premiações dos
programas de fidelidade.
TAM: Em 2007, a Lan Airlines e a Lan Peru firmaram um acordo de codeshare regional com a TAM Linhas Aéreas. Através deste acordo, a LAN
passa a oferecer outros doze destinos no Brasil. A LAN também opera em
code-share com a Transportes Aéreos del Mercosur S.A. (―TAM
Mercosur‖) no que se refere a voos de Santiago para Assunção, Paraguai,
que são operados pela TAM Mercosur. Esses acordos oferecem a nossos
passageiros acúmulo e resgate recíproco de premiações dos programas de
fidelidade. Em 2008, a Lan Argentina firmou um acordo de code-share
com a TAM, de Buenos Aires para São Paulo e vice-versa, o qual inclui oito
destinos domésticos na Argentina e doze destinos domésticos no Brasil.
Cathay Pacific: Em maio de 2010, a Lan Airlines deu início a um acordo de
code-share com a Cathay Pacific para operar entre Santiago, Chile, e Hong
Kong, China, através de conexões em Los Angeles, Califórnia, Nova York e
Auckland. E, em novembro de 2010, a Lan Peru deu início a um acordo de
code-share com a Cathay Pacific para operar entre Lima, Peru, e Hong
Kong, China, através de conexões em Los Angeles e San Francisco.
Jetstar Airways: Em novembro de 2010, a LAN assinou um Acordo Entre
Linhas Aéreas e um Acordo Especial de Rateio (Special Prorate Agreement
– SPAs) com a Jetstar Airways para aumentar os destinos oferecidos aos
clientes da LAN, especialmente nos mercados domésticos da Nova
Zelândia, Austrália e Sudeste da Ásia.
JetBlue: Durante o mês de março de 2011, a LAN assinou um Acordo Entre
Linhas Aéreas e um Acordo Especial de Rateio com a JetBlue, aumentando
as oportunidades de conexão entre Nova York e Boston, Washington,
Chicago, Pittsburgh e muitas outras cidades dos Estados Unidos através da
central da JetBlue no JFK.
Outras alianças e parcerias: Desde 2005, temos um acordo de code-share
com a Korean Air. Conforme os termos deste acordo, colocamos nosso
código nos voos da Korean Air entre Los Angeles e Seul, enquanto que a
Korean Air coloca seu código em nossos voos de Los Angeles para
Santiago. Em 2004, a LAN e a Mexicana firmaram um programa de
fidelidade que permite o acúmulo e retirada recíprocos de benefícios
desses programas. Desde 1999, a Lan Airlines tem uma aliança com a
Alaska Airlines que nos permite oferecer aos clientes serviço entre o Chile e
três destinos da costa oeste dos Estados Unidos e do Canadá. Acúmulo e
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resgate recíproco de premiações dos programas de fidelidade também
estão disponíveis para os clientes da LAN que voarem com a Alaska
Airlines e vice-versa.
Marketing e Vendas para Passageiros
Embora comercializemos nossos serviços sob a marca comum ―LAN‖, nós
diferenciamos nossas estratégias de marketing entre nossos serviços de curta e
longa distância.
Nossa estratégia de marketing para longas distâncias enfatiza atributos
valorizados por nossos clientes internacionais, incluindo confiabilidade, alta
qualidade nos serviços de bordo e de solo, conforto, cobertura abrangente dos
principais mercados da América do Sul e serviços regulares para as principais
portas de entrada (gateways) no exterior, tais como Nova York, Los Angeles, San
Francisco, Miami, Madri e Sydney. A fim de solidificar nossa posição no mercado,
melhoramos continuamente nossas cabines de passageiro e nossos serviços,
assim como monitoramos constantemente nossa imagem corporativa. Assim, em
dezembro de 2008 e em maio de 2009 concluímos um programa de
modernização de nossa frota de aeronaves Boeing 767-300 e Airbus A340-300,
respectivamente, juntando as cabines da Classe Executiva e da Primeira Classe na
Classe Executiva Premium, que conta com assentos totalmente reclináveis, novas
unidades de entretenimento tanto para as cabines da Classe Executiva Premium
quanto da Classe Econômica, junto com um novo serviço de bordo. Investimos
US$124 milhões (R$205 milhões) nesse programa de modernização em todas as
nossas aeronaves de passageiros de longas distâncias, o que visa propiciar a
nossos passageiros uma sensação de tempo de voo mais curta e mais agradável.
Para nossos passageiros da Classe Executiva, nossa cabine conta com serviço de
bordo que visa propiciar mais tempo para descanso, e para nossos passageiros da
Classe Econômica, nossas unidades de entretenimento modernizadas visam
deixar o voo mais agradável.
Nosso plano para a frota de longa distância inclui a incorporação do novo Boeing
787 em 2012. A LAN será a primeira companhia aérea da América Latina e uma
das primeiras do mundo a receber esse modelo, cuja tecnologia de última geração
e cabine inovadora representam uma revolução no setor aéreo. Os passageiros
experimentarão as vantagens do 787 em forma de maior umidade da cabine e
maior conforto. Essas aquisições nos possibilitarão chegar a novos destinos e
incrementar os serviços já existentes da LAN e, ao mesmo tempo, nos ajudará a
melhorar continuamente a eficiência de nossas operações e a reduzir nossa
pegada de carbono.
Nossas operações de curta distância visam melhor atender às necessidades de
nossos clientes nesses tipos de rotas, que são: pontualidade, confiabilidade,
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maiores frequências, aeronaves modernas e operações eficientes. Assim, essas
rotas agora contam com modernas aeronaves, com assentos de couro, maior
frequência de voos com mais voos ponto-a-ponto, maior pontualidade e processos
simplificados, incluindo vendas pela internet, check-in via web e check-in pessoal
nos aeroportos. Concluímos a fase de retirada de nossa frota de Boeing B737-200
em 2008 e a substituímos por modernas Aeronaves da Família Airbus, tais como
as A320, A319 e A318.
Estamos consistentemente focados em oferecer serviços e itens de voo valiosos a
nossos clientes a fim de manter um alto índice de satisfação do cliente, assim
como monitoramos continuamente as preferências de nossos clientes através de
pesquisas e estudos de percepção. Como resultados, criamos a nova classe
Econômica Premium em algumas de nossas rotas regionais em resposta aos
comentários feitos por nossos viajantes de negócios. O programa de classe
Econômica Premium oferece a nossos clientes check-in e embarque preferencial,
acesso a nossas áreas VIP, retirada de bagagem com prioridade, cabines
exclusivas com apenas doze passageiros e atenção personalizada por nossos
atendentes de cabine, dentre outros benefícios.
Conforme mencionado acima, estamos implantando um novo modelo comercial
em todas as nossas operações domésticas (Argentina, Chile, Peru e Equador) que
visa tornar as viagens aéreas acessíveis a mais pessoas através de tarifas mais
baixas sustentadas por uma operação de baixo custo com base no uso eficiente de
nossos recursos. Durante o ano de 2010, a LAN recebeu diversos prêmios,
solidificando a posição da Companhia no mercado. Esses prêmios incluem a
Melhor Companhia Aérea da América do Sul (Skytrax) e Excelência em Serviço de
Tripulação na América do Sul (Skytrax).
Operações de Carga
Transportamos carga de quatro maneiras: (i) nos porões de cargas de nossas
aeronaves de passageiros, (ii) em nossos próprios aviões de carga, (iii) nos porões
de carga que compramos de outras companhias aéreas e, (iv) em aeronaves que
fretamos ou arrendamos de acordo com os contratos de ACMI (Aeronave,
Tripulação, Manutenção e Seguro). Conforme esses contratos, que também são
conhecidos como ―wet-leases‖, a arrendadora opera a aeronave e fornece a
aeronave, a tripulação, a manutenção e o seguro mediante contratos de curto e
médio prazos.
Nossas operações de carga internacionais têm sede em Miami, cuja localização
geográfica a posiciona como porta de entrada e saída natural de importações da
América Latina e exportações de e para os Estados Unidos. Em 2001, operávamos
em nossas instalações de 380.000 metros quadrados dentro do Aeroporto
Internacional de Miami. Em 2010, aumentamos essas instalações para melhorar a
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nossa capacidade de lidar com perecíveis e arrendamos um depósito com mais
117.000 metros quadrados próximo a nossas instalações principais. Os Estados
Unidos respondem pela maioria do tráfego de carga de e para a América Latina.
Além de ser o principal mercado para as exportações aéreas da América Latina, os
Estados Unidos também são o principal fornecedor de mercadorias, tais como
equipamentos de alta tecnologia ou peças sobressalentes, transportadas por vias
aéreas a países da América Latina. Para complementar nossas operações de carga
nos Estados Unidos, negociamos contratos comerciais com a American Airlines
em algumas rotas de Miami para o Brasil.
Operamos para três destinos na Europa: Madri, que servimos com aeronave de
passageiros (usando nossos voos de Santiago, Lima e Guayaquil), Frankfurt
(através de operações com aviões de passageiro e aviões de carga desde outubro
de 2002, quando assinamos nossa parceria com a Lufthansa Cargo), e
Amsterdam (através de operações de aviões de carga desde outubro de 2005).
Na América Latina, as principais origens de nossa carga são Colômbia, Chile,
Equador, Peru, Argentina e Brasil, que representam uma grande parte de nosso
tráfego para hemisfério norte. E quanto a nossos voos para o hemisfério sul, o
Brasil é o principal mercado de importação.
Em termos gerais, os fluxos de carga são unidirecionais. Essa característica é
determinante chave na estrutura das operações de carga, assim como nas
condições comerciais no negócio de carga. Isto é especialmente relevante nos
mercados com desequilibro estrutural entre os fluxos de entrada e saída ou
durante períodos específicos desse desequilíbrio. A falta de demanda em uma
direção específica pode forçar as companhias aéreas a buscar diferentes mercados
para maximizar as cargas nos voos de volta. Ademais, a fraca demanda em uma
direção pode limitar uma capacidade lucrativa para a compensação de algumas
rotas, criando, portanto, pressão nas tarifas para compensar a baixa receita em
uma direção específica. A evolução de nossas operações de carga internacionais
sempre foi afetada pelo desequilíbrio de fluxo dos mercados de carga latinoamericanos, resultando em uma mudança dramática no peso relativo dos fluxos
de carga rumo ao sul e rumo ao norte com o passar dos anos. Por exemplo, de
2002 a 2003, nossas operações internacionais foram caracterizadas por um
tráfego de exportação muito grande para fora da América Latina, porém,
aumentos graduais na demanda de importação, assim como a desaceleração do
crescimento da exportação geraram um fluxo de carga mais balanceado em 2004.
O prolongamento desta tendência ocasionou demanda excedente para as rotas da
região sul desde 2005.
Planejamos nossas operações, rede de rotas e estratégias comerciais com a
flexibilidade necessária para responder às mudanças nas condições. Assim,
durante 2003, destinamos capacidade adicional a rotas para o norte e ajustamos
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as tarifas de rotas para o norte em resposta à demanda excessiva. Durante o ano
de 2004, ajustamos gradualmente nossas operações para obter um ambiente de
demanda mais equilibrado através da realização de maior quantidade de viagens
diretas de ida e volta entre os mercados chaves de exportação e importação.
Contudo, a baixa nas exportações desde 2005 nos fez sustentar o segmento do
norte de determinadas rotas com escalas em outros mercados de exportação para
reduzir as tarifas para o norte a fim de estimular a demanda, e aumentar as tarifas
para o sul.
A flexibilidade permitida por este modelo comercial, com base na adaptação a
mudanças nas tendências do mercado, foi a chave para as operações da LAN em
2009, quando o negócio foi afetado pela contração dos mercados de importação e
exportação em resposta à crise econômica global. Além disso, a LAN Cargo sofreu
uma grande queda nas exportações de salmão do Chile em razão de um surto do
vírus ISA. Essa flexibilidade também foi um elemento essencial na recuperação e
no crescimento vividos pela LAN Cargo durante o ano de 2010.
Nosso tráfego de carga aumentou 23,5% entre 2009 e 2010, de 2.623 milhões de
receita em toneladas-quilômetros de carga em 2009 para 3.239 milhões de receita
em toneladas-quilômetros de carga em 2010. Esse aumento esteve acima do
crescimento de 20,6% esperado pelo tráfego de carga do setor de aviação
internacional. A companhia aumentou sua capacidade em aproximadamente
20,5%, resultando em um aumento de 1,7 ponto em sua taxa de ocupação para
70,1% em dezembro de 2010. O aumento na capacidade foi impulsionado
principalmente pela incorporação de outros aviões de carga, em particular, dois
aviões de carga Boeing 777 recebidos entre abril e maio de 2009, bem como uma
maior utilização da frota de aviões de carga. A LAN Cargo transportou 779.509
toneladas de frete em 2010, um aumento de 20,1% em comparação com 2009.
Em 2010, as receitas geradas por carga da LAN aumentaram 43,0% para
US$1.280,7 milhão (R$2.248,5 milhões), representando 28,3% do total de
receitas anuais da Companhia, de US$895,5 milhões, quando a receitas deste
segmento representavam 24,5% das receitas anuais. O aumento nas receitas
também refletiu o aumento de 15,8% nos rendimentos de carga.
A grande contração dos mercados tradicionais da LAN em 2009 - nas
importações para a região e nas exportações da região – seguida pela rápida
recuperação da demanda em 2010 exigiu que a Companhia aumentasse
completamente a flexibilidade de seu modelo comercial. Durante o ano de 2009, a
Companhia implementou uma série de medidas, tais como ajuste em sua
capacidade através da redução no número de aviões arrendados conforme
contratos de Aeronave, Tripulação, Manutenção & Seguro (―ACMI‖) e de ajustes
nas operações de sua própria frota de aviões de carga Boeing 767F. Esse processo
também foi reforçado pela agregação de dois novos Boeing 777-200F, o avião de
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carga mais moderno e eficiente de seu tipo no mundo, com capacidade para 104
toneladas de frete e um alcance de 9.045 quilômetros quando carregado com o
máximo de carga paga. Esse investimento significativo possibilitou que a LAN
consolidasse sua competitividade regional posicionando-se como a primeira
companhia aérea da região, e apenas a segunda internacionalmente, a usar esses
aviões de carga de última geração.
A Companhia também alcançou uma significativa expansão regional em 2009.
Em março, a LAN Cargo inaugurou a Lanco, uma subsidiária da Colômbia, que
começou a operar depois de obter com sucesso as certificações operacionais e
técnicas necessárias. Ela começou seus serviços com dois Boeing 767-300Fs, com
capacidade para 54 toneladas de frete, conectando as cidades de Bogotá e
Medellín com Miami. É importante notar que a Colômbia é o maior mercado da
América Latina em exportações aéreas para os Estados Unidos, chegando a uma
estimativa de 200.000 toneladas por ano.
Além disso, em março de 2009, a subsidiária de carga da Companhia no Brasil, a
ABSA, começou a operar no mercado doméstico daquele país, com um voo diário,
de segunda a sexta-feira, entre as cidades de São Paulo e Manaus. Nesta rota, a
ABSA opera um moderno Boeing 767-300F, com capacidade para 54 toneladas.
Essa rota responde por uma grande parte do tráfego de frete aéreo do Brasil.
Manaus é a quarta maior cidade do país em termos de PIB, com um grande
número de empresas, principalmente de peças do setor eletrônico, em seu pólo
industrial. Os incentivos fiscais especiais oferecidos pela capital do Amazonas,
Manaus, como parte dos esforços para promover o desenvolvimento da área,
fazem deste local uma alternativa atraente para os clientes exportadores e
importadores.
Durante o ano de 2010, o crescimento da receita do negócio de carga continuou a
refletir a capacidade da Companhia de explorar a expansão em fluxos de carga
globais, assim como o desenvolvimento de iniciativas estratégicas chaves. Uma
administração com capacidade ativa, com a finalidade de otimizar a designação
da capacidade associada a novas ferramentas administrativas de receita para gerir
os índices de cargas em resposta às demandas, possibilitou a LAN Cargo a
beneficiar-se das tendências de crescimento vistas nos mercados de importação
para a América Latina, especialmente para o Brasil. A expansão das operações
para a Europa utilizando a nova frota de aviões de carga Boeing 777-200
solidificou a posição competitiva da Companhia e diversificou ainda mais sua
base de receita. Adicionalmente, por intermédio de sua afiliada brasileira, a
ABSA, a Companhia continuou a fortalecer suas operações de carga domésticas
no Brasil. Durante o ano de 2010, a ABSA iniciou operações de São Paulo a Recife
e Fortaleza, e acrescentou um segundo voo diário de São Paulo para Manaus. A
Companhia também aumentou sua capacidade ao conseguir três aeronaves
Boeing 767-300F em arrendamento, duas das quais foram agregadas no final de
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2010 e outra no começo de 2011. Além disso, a Companhia continua tendo
sucesso na otimização da capacidade em porões de aeronaves de passageiros,
maximizando as sinergias das operações integradas de passageiros e cargas da
Companhia.
Nos últimos cinco anos, também melhoramos a nossa posição competitiva, uma
vez que operadoras chaves reduziram suas operações e concorrentes como a UPS
e a FedEx enxugaram suas operações ou saíram de alguns mercados. Desde a
metade de 2004, o aumento da concorrência entre as transportadoras regionais
elevou a capacidade, porém, apesar deste aumento da concorrência, nós
conseguimos manter participações sólidas no mercado em grande parte devido à
eficiente utilização de nossa frota e de nossa rede. Hoje, nas rotas entre a América
Latina e os Estados Unidos, nossos principais concorrentes são a Centurion, a
Transportes Aéreos Mercantiles Panamericanos S.A., ou TAMPA, e a Polar Air, e
nas rotas América Latina - Europa, nossos principais concorrentes são a
Cargolux, a Lufthansa Cargo, a Martinair e a Air France-KLM.
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Relatório da Administração
Responsabilidade e Proteção ao meio-ambiente
LAN acredita que, para o seu negócio seja bem sucedida, é fundamental que
também ser sustentável ao longo do tempo e, desta forma, cria valor para os
clientes, colaboradores, fornecedores, comunidade e acionistas. Em 2010,
publicou LAN primeiro Relatório de Sustentabilidade, reafirmando seu
compromisso com a transparência ea preocupação com a sustentabilidade que
orienta gestão de seus negócios. LAN estratégia de sustentabilidade abrange os
seguintes oito áreas:
Ética e responsabilidade. Através de melhores práticas de governança corporativa
práticas, a Companhia estabelece mecanismos para garantir que o seu
comportamento é determinado pela ética e responsabilidade.
Segurança, um valor inegociável. LAN tem no local uma estrutura que rege todos
os aspectos de Saúde e Segurança no Trabalho. Estes incluem a Segurança
Operacional (segurança no voo), segurança corporativa (acompanhamento e
proteção das pessoas, instalações, aeroportos e mercadorias), Segurança do
Trabalho (Segurança e Saúde Ocupacional) e Emergências (contingências). Além
disso, realiza auditorias para verificar o cumprimento com a IATA Operational
Safety Audit (IOSA) eo programa de segurança da IATA Auditoria para operações
terrestres (ISAGO) programa.
A excelência operacional. LAN constantemente incorpora melhores práticas da
indústria, com exemplos incluindo o Código de Conduta da LAN, Cultura da
Campanha de Segurança e Sistema de Gestão da Segurança, bem como a IOSA e
ISAGO programas. Protecção do ambiente. Como parte de seu compromisso com
o gestão eficiente e responsável de seus negócios, a LAN tem investido em novas
tecnologias para reduzir a poluição ambiental e as emissões acústicas. Nesta área,
a sua plano de frota desempenha um papel importante. Com média de idade de
6,9 anos em dezembro 2010, a frota da LAN é uma das mais moderas na indústria
aérea e, em 2010,
A qualidade do serviço. No caso da LAN, a satisfação do cliente é uma prioridade
estratégica e, como resultado, funcionários se esforçam para alcançar o mais alto
padrões de qualidade e para implementar práticas que garantem a eficiência e
relações cordiais com os clientes de carga e passageiros. O desenvolvimento
profissional. empregados LAN são seu principal trunfo e a Companhia busca
constantemente para fornecer oportunidades para seu desenvolvimento dentro da
organização. Seu objetivo é ter as pessoas motivadas e qualificadas, capaz de
enfrentar os novos desafios que possam surgir.
Responsável relações com os fornecedores. LAN procura estabelecer relações de
longo prazo com seus fornecedores, que resultam em mútua evolução e criação de
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Relatório da Administração
valor para ambas as partes. Em consonância com a importância especial que LAN
atribui à garantia da qualidade dos serviços e produtos, mas também suporta
desenvolvimento de seus fornecedores através do transferência de melhores
práticas da indústria participação responsável da comunidade.
Responsabilidade Social. A LAN considera que deve fazer a sua função social nos
locais a partir dos quais opera de passageiros e carga serviços e, especialmente, os
países em que tem operações domésticas, Argentina, Chile, Equador e Peru.
Centra-se a sua contribuição em três áreas de ação: a promoção do
desenvolvimento sustentável turismo, o transporte de ajuda humanitária auxílio,
e iniciativas para familiarizar as crianças e jovens com o mundo da aeronáutica.
Um exemplo fundamental das actividades da Companhia neste campo é o
programa ―Cuido mi Destino‖, que visa a promoção dos cuidados para as
atracções turísticas e meio ambiente através da recuperação de espaços públicos e
palestras educativas. Em 2010, 380 alunos participaram este programa, a
restauração de espaços públicos valor para o turismo em cinco sul-americanos
cidades.
No âmbito da nossos permanentes esforços para desenvolver uma operação que
respeite o ambiente, a LAN lançou o programa "LEAN Fuel" de eficiência
operacional que irá permitir uma redução anual de 2% do combustível utilizado
por seus vôos, o equivalente às emissões gerados a cada ano por 17.500 carros.
Em paralelo a este projeto, a Companhia reforçamo a filosofia LEAN em áreas de
manutenção através de um programa de confiabilidade técnica e, em 2011,
esperamos incorporar as demais áreas da divisão onde se foi lançado em 2008.
Finalmente, em 2010, a LAN também continuou com a instalação de winglets em
seu B767 de passageiros e aeronaves de carga. Estes dispositivos de tecnologia
avançada reduzem a resistência das asas aerodinâmicas, aumentando a eficiência
do consumo de combustível entre 4% e 5%, levando a uma redução significativa
das emissões de CO2 de um avião emissões. Este programa terá continuidade em
2011 como B767s novas são incorporadas na frota.
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Relatório da Administração
Administração
A administração da Companhia é conduzida por um Conselho de Administração
que, de acordo com o Estatuto Social da Companhia, deve ser composto por nove
membros, eleitos a cada dois anos pela Assembleia Geral Ordinária da
Companhia, podendo ser reeleitos.
Na tabela abaixo estão indicados os atuais membros do ―senior management‖ da
Companhia e suas respectivas atribuições. Para facilitar a compreensão das
atribuições de cada um dos diretores independente de sua nomenclatura,
indicamos (i) em uma coluna a nomenclatura de seu cargo em inglês, conforme
indicado em seu Formulário 20-F e (ii) em outra coluna qual seria o cargo
equivalente nas sociedades brasileiras:
Nome
Enrique Cueto Plaz
Ignacio Cueto Plaz
Alejandro de la Fuente
Goic
Armando
Valdivieso
Montes
Cristián Ureta Larraín
Roberto
Alvo
Milosawlewitsch
Cristian Toro Cañas
Enrique Elsaca Hirmas
Emilio del Real Sota
Rene Muga Escobar
Cargo conforme 20-F
Chief Executive Officer
President and Chief
Officer
Chief Financial Officer
Operating
Chief Executive Officer-Passenger
Chief Executive Officer-Cargo
Senior Vice President, Strategic
Planning
and
Corporate
Development
Senior Vice President, Legal
Senior Vice President, Operations
Senior Vice President, Human
Resources
Senior Vice President, Corporate
Atribuição
Correspondente
CEO
Presidente
Diretor Financeiro
Diretor
responsável
por
passageiros
Diretor responsável pela Cargo
Diretor
de
planejamento
estratégico e desenvolvimento
corporativo
Diretor jurídico
Diretor de operações
Diretor de recursos humanos
Diretor
de
corporativos.
assuntos
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Relatório da Administração
Investimentos em controladas e coligadas
Em 26 de novembro de 2010, a LAN adquiriu a linha aérea colombiana Aerovías
de Integración Regional S.A. (―Aires‖) por US$12 milhões (R$21 milhões) em
numerário, assumindo, também, passivos líquidos de US$87 milhões (R$143
milhões). O mercado colombiano é o segundo maior mercado da América do Sul,
com mais de 13 milhões de passageiros nacionais ao ano e representa mercado
chave na consolidação da LAN como linha aérea líder na região. A AIRES é
atualmente a segunda maior operadora do mercado interno da Colômbia, com
participação de mercado de aproximadamente 20% em dezembro de 2010. A
frota da Aires consiste em 9 B737-700s, 11 Q200 e 4 Q400, todos sob
arrendamentos operacionais. A tabela abaixo demonstra nossos investimentos em
Controladas e Cooligadas.
Denominação
Lantours
Division
de
Servicios
Terrestres S.A.
Inmobiliaria Aeronáutica S.A.
Lan Pax Group S.A. y Filiales
Lan Perú S.A.
Lan Chile Investments Limited y
Filiales
Lan Cargo S.A.
Connecta Corporation
Prime Airport Services Inc. y Filial
Transporte Aéreo S.A.
Ediciones Ladeco América S.A.
Aircraft International Leasing Limited
Fast Air Almacenes de Carga S.A.
Ladeco Cargo S.A.
Laser Cargo S.R.L.
Lan Cargo Overseas Limited y Filiales
Lan Cargo Inversiones S.A. y Filial
Blue Express INTL S.A. y Filial
Inversiones Lan S.A. y Filiales
Austral Sociedad Concesionaria S.A.
Concesionaria Chucumata S.A.
Lufthansa Lan Chile Technical Training
S.A.
Origem
Chile
Chile
Chile
Perú
Atividade
Operador de
Turismo
Imobiliário
Investimentos
Transporte Aéreo
Cayman Is.
Investimentos
Chile Transporte Aéreo
Transportadora
USA
Indireta
Serviços de
USA
Manuseamento
Transporte
Chile
Aéreo
Chile
Vendas
Aluguel de
USA
Aeronaves
Depósito de
Chile
Produtos
Chile Transporte Aéreo
Serviços de
Argentina
Manuseamento
USA
Investimentos
Chile Transporte Aéreo
Transporte
Chile
Terrestre
Chile
Investimentos
Chile
Concessionária
Chile
Concessionária
Treinamento
Chile
para voos
Participação
da Companhia
(%)
100
100
100
70
100
99.898
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
99.71
20
16.7
50
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Relatório da Administração
Direitos dos acionistas e dados de mercado
O Grupo Cueto controla a Companhia e é formado pelo Sr. Juan Cueto Sierra, Sr.
Juan José Cueto Plaza, Sr. Ignacio Cueto Plaza, Sr. Enrique Cueto Plaza e certos
outros membros da família.
Com início no primeiro trimestre de 2010, o Grupo Piñera (formado pelo Sr.
Sebastián Piñera Echenique e certos membros de sua família), detentor de 26,3%
das ações ordinárias com direito de voto em 31 de dezembro de 2009, passou a
vender sua participação na Companhia depois da eleição do Sr. Sebastián Piñera
Echenique para novo presidente do Chile.
Em 9 de março de 2010, o Grupo Cueto adquiriu do Grupo Piñera participação de
8,6% na Companhia. Em consequência dessa operação, foi rescindido o acordo de
acionistas entre os dois grupos. Além disso, o Grupo Piñera vendeu 9,8% da
Companhia em dois leilões na Bolsa de Valores de Santiago realizados em 25 de
fevereiro de 2010 e em 25 de março de 2010, respectivamente. Finalmente, em 24
de março de 2010, o Grupo Piñera assinou contrato de venda à Bethia S.A. de
participação adicional de 8,0% na Companhia.
Em consequência da operação supra, o Grupo Cueto passou a controlar a
Companhia. Em 28 de fevereiro de 2011, o Grupo Cueto detinha 34,03% das
ações ordinárias com direito de voto. Esse Acionista Controlador tem direito de
eleger quatro dos nove membros de nosso conselho de administração e está em
posição de orientar a administração da Companhia.
A tabela abaixo apresenta a participação societária em ações ordinárias em
fevereiro de 2011 de nossos Acionistas Controladores, outros acionistas principais
(detentores de mais de 5% da Companhia) e acionistas minoritários.
Participação
(28 de fevereiro de 2011)
Número de ações
Percentual de
ordinárias
ações ordinárias
Acionista
Grupo Cueto .....................................................................................
115.399.502
Costa Verde Aeronáutica S.A. ......................................................
108.320.407
Inversiones Mineras del Cantábrico S.A. ....................................
7.079.095
Grupo Eblen .....................................................................................
31.778.049
Inv. Andes S.A. ..............................................................................
22.288. 695
Outros ............................................................................................
9.489.354
Grupo Bethia ....................................................................................
27.103.273
Axxion ............................................................................................
27.103.273
Outros ...............................................................................................
164.869.635
Total ..............................................................................
339.150.459
34,03%
31,94%
2,09%
9,38%
6,57%
2,80%
7,99%
7,99%
48,61%
100,00%
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Relatório da Administração
Em fevereiro de 2011, investidores de fora do Chile detinham 4,41% de nosso
capital social sob a forma de ADSs, fundos de pensão chilenos detinham 13,2% de
nosso capital social e outros investidores minoritários detinham 31% sob a forma
de ações ordinárias. É inviável determinarmos o número de ADSs ou ações
ordinárias sob titularidade beneficiária nos Estados Unidos. Em 28 de fevereiro
de 2011, tínhamos 1.508 detentores registrados de nossas ações ordinárias. É
inviável determinarmos a parte das ações detidas no Chile ou o número de
detentores registrados no Chile.
Todos os nossos acionistas têm direitos de voto idênticos. É conferido aos
titulares de ações de emissão da Companhia (todas elas ordinárias) direito ao
recebimento de dividendos ou outras distribuições relativamente às ditas ações na
proporção de suas participações no capital social.
A declaração anual de dividendos, incluindo o pagamento de dividendos além do
dividendo mínimo obrigatório, não inferior, em cada exercício, a 25% ( vinte e
cinco por cento) exige aprovação em assembleia geral ordinária por maioria de
votos de acionistas titulares de ações da Companhia.
Segundo a lei chilena a aprovação de determinadas matérias pela assembléia
geral dá ao acionista dissidente o direito de retirar-se da corporação e ele ou ela
tem direito a receber o pagamento pela empresa do valor de suas ações .
O preço a ser pago pela empresa para o acionista dissidente que faz uso do direito
de retirada deverá ser o valor de mercado das ações, determinado de acordo na
regulamentação.
Não obstante, no caso de falencia da Companhia, o direito de retirar será
suspenso até que as dívidas que existiam no momento certo como foi gerada,
foram pagos.
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Relatório da Administração
Perspectivas e planos para o exercício em curso e os futuros
São as seguintes as principais áreas nas quais planejamos concentrar nossos
esforços no futuro:
Continuidade do Crescimento de nossas Redes de Transporte de Passageiros e
Cargas. Pretendemos continuar a ampliar nossa capacidade nos próximos anos
de forma a conciliar crescimento de longo prazo sólido da demanda de transporte
de passageiros e cargas nos mercados aos quais atualmente visamos. Planejamos,
além de expandir nossas operações nos mercados que servimos atualmente,
também nos expandir a novos mercados sul-americanos nos quais, segundo
acreditamos, existe demanda para nossa combinação de serviços de transporte de
passageiros e cargas. Para a consecução desse crescimento:
em 28 de fevereiro de 2011, possuíamos livro de pedidos de 82 Aeronaves
de última geração A320-Family da Airbus, para entrega entre 2011 e 2016,
e nove aeronaves de passageiro de fuselagem larga Boeing 767-300, para
entrega entre 2011 e 2012;
em 28 de fevereiro de 2011, possuíamos pedidos para duas aeronaves de
Carga Boeing 777-200, para entrega em 2012; e
também possuímos pedidos em aberto para 32 aeronaves de passageiros
Boeing 787 Dreamliner, atualmente com previsão de início de entrega em
2012,
Continuaremos a alavancar os benefícios da combinação de nossas operações de
transporte de passageiros e cargas. Nossas operações de transporte de
passageiros e cargas são aspectos igualmente importantes de nosso negócio e
dedicamos os necessários recursos, empregados, instalações, administração e
frota para possibilitar a ambas as operações prestar serviço de alta qualidade e
concorrer com eficiência em seus respectivos mercados.
Aumento da Rentabilidade de nossas Operações de Curta Distância. Planejamos
dar continuidade à implementação do modelo de negócio lançado em 2007
visando aumentar a eficiência de nossas operações nacionais e de curta distância,
especificamente nos mercados internos do Chile e Peru. Esse modelo também
está sendo aplicado nos mercados internos do Equador e Argentina, e também em
nossas operações de transporte de passageiros recém-adquiridas na Colômbia. A
implementação do modelo está sujeita a certas restrições regulatórias em
consequência das faixas de tarifa existentes no mercado interno da Argentina.
Além disso, estamos avaliando a aplicação dessas iniciativas em certas rotas
regionais da América Latina. Um dos objetivos-chave desse programa foi
aumentar a utilização de nossa frota por meio de itinerários modificados que
incluem mais voos ponto a ponto e noturnos e tempos de ida e volta menores.
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Relatório da Administração
Nossa frota Boeing 737-200 foi totalmente desativada em maio de 2008, dando
lugar às novas Aeronaves A320-Family da Airbus que atualmente operamos em
todas as rotas nacionais e regionais, com exceção das servidas pela Aires. Essas
iniciativas aumentaram a eficiência e melhoraram as margens de nossas
operações de curta distância. Além disso, nossa moderna frota possibilita custos
de manutenção não programada menores, menor consumo de combustível e
eficiências operacionais e de custo resultantes da operação de menor número de
tipos de frota. Outros objetivos-chave desse modelo de negócio incluem redução
dos custos de venda e distribuição graças ao aumento da penetração da Internet,
redução de comissões de agenciamento e aumento do autosserviço de check-in
por meio da rede de check-in e quiosques em aeroportos. Prevemos que essas
iniciativas, em conjunto com simplificações em parte de funções de back-office e
de apoio, continuarão a nos ajudar a ampliar operações, ao mesmo tempo
controlando custos fixos, estimulando a redução dos custos indiretos por ASK
(Assentos Quilômetros Oferecidos). Demos início ao repasse de parte dessas
eficiências operacionais aos consumidores por meio de reduções de tarifa, o que
estimulou demanda adicional e aumentou nossa rentabilidade total.
Manutenção da Satisfação Excelente do Cliente. Em nossos negócios de
transporte de passageiros e cargas, concentramo-nos na prestação de serviços de
alta qualidade que são avaliados por nossos clientes. Em nossos negócios de
transporte de passageiros, empenhamo-nos em lograr alto grau de pontualidade,
serviço de bordo de classe mundial em voos de longa distância, preços atraentes e
convenientes e check-in rápido para voos de curta distância e o conforto
proporcionado por uma frota moderna. Na primeira metade de 2009, concluímos
a reconfiguração das cabines de todas as nossas aeronaves de longa distância,
incluindo as aeronaves de passageiro Boeing 767 e Airbus A340 com o fim de
incorporar nossa nova Classe Premium Business, inclusive assentos full-flat
reclináveis em 180º, bem como melhorias na classe Economy (classe econômica),
incluindo sistema de entretenimento a bordo de última geração. Nosso programa
de passageiro frequente, LANPASS, proporciona benefícios de viagem e
recompensas a quase 4,3 milhões de clientes fiéis no Chile, Argentina, Peru e
Equador e também em outros países nos quais operamos. No negócio de
transporte de cargas, concentramo-nos em prestar serviço confiável, valendo-nos
de nossa capacidade de manejo de diferentes tipos de carga e também volumes de
carga significativos, e alavancando nossas instalações em portas de entradachave, como Miami, para assegurar gestão ótima das necessidades de nossos
clientes. Avaliamos continuamente oportunidades de incorporação de melhorias
de serviço de forma a responder com eficiência às necessidades de nossos
clientes.
Ênfase Continuada na Segurança. Nossa principal prioridade é a segurança e
estruturamos nossas operações e manutenção visando à realização de voos
seguros. Nossas principais instalações de manutenção são certificadas pela
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Relatório da Administração
Administração Federal de Aviação (―FAA‖), DGAC e outras autoridades da
aviação civil. Nossos procedimentos de segurança de voo e manutenção são
certificados segundo os padrões ISO 9001-2000. Temos programas de
treinamento de nossas tripulações e mecânicos segundo padrões de classe
mundial nas instalações no exterior ou em nossos centros de treinamento, que
desenvolvemos em associação com parceiros de alta qualidade.
Foco na Eficiência e Sustentabilidade. Empenhamo-nos cada vez mais em
melhorar a eficiência por meio de uma série de iniciativas de frota que visam
reduzir o consumo de combustível. A mais significativa é a contínua renovação e
plano de crescimento de nossa frota por meio dos quais esperamos incorporar 125
novas aeronaves entre 2011 e 2018. Por exemplo, estimamos que o Boeing 787
Dreamliner opera com custos por ASK aproximadamente 12% menores do que
outras aeronaves de passageiros de longa distância, ao passo que o novo Boeing
777 de carga é aproximadamente 17% mais eficiente em termos de custos por ASK
do que o Boeing 767 de carga. Além disso, na segunda metade de 2010,
finalizamos a instalação de winglets em todas as nossas aeronaves Boeing 767,
logrando eficiências de combustível de aproximadamente 5% por aeronave. Com
o fim de mitigar o impacto ambiental de nossas operações, buscamos operar de
maneira sustentável, reduzindo nosso consumo de combustível e suas emissões.
Continuamos, ademais, a nos concentrar no ajuste da configuração de nossas
aeronaves à demanda do mercado, por exemplo, ajustando a configuração de
quatro Boeing 767s que operam em rotas de longa distância do Equador por meio
da redução do número de assentos da classe Premium Business e aumento do
número de assentos da classe Economy. Outros projetos de longo prazo que
visam melhorar nossa estrutura de custo incluem introdução dos processos
operacionais LEAN às nossas operações de manutenção, bem como investimento
em novo estoque e sistemas de reservas Sabre.
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Relatório da Administração
São Paulo, 19 de abril de 2011.
Comentários da Administração sobre as diferenças das demonstrações
financeiras da Lan Airlines S.A. relativas ao último exercício social,
apresentadas em conformidade com o inciso X e aquelas apresentadas em
conformidade com o inciso XI do artigo 2º, do Anexo 3 da Instrução CVM n.°
480, de 7 de dezembro de 2009.
A administração da Companhia, em atendimento ao exigido pelo inciso XI do artigo 2º,
Anexo 3º, da Instrução CVM n.° 480, de 7 de dezembro de 2009 (―Instrução CVM 480‖),
emitida pela Comissão de Valores Mobiliários (―CVM‖), declara que em relação as
diferenças das demonstrações financeiras da Lan Airlines S.A. relativas ao último
exercício social apresentadas em conformidade com o inciso X e aquelas apresentadas
em conformidade com o inciso XI do mesmo artigo e anexo da Instrução 480 supra
citados, que não há diferenças relevantes entre elas, pois ambas foram preparadas de
acordo com as normas contábeis emitidas pelo International Accouting Standards Board
– IASB. Com o propósito de apresentar as demonstrações financeiras dos exercícios
terminados em 31 de dezembro de 2010 e 2009 em reais, a Companhia considerou a
metodologia exposta na International Accounting Standard 21 - Os efeitos das variações
nas taxas de câmbio (IAS 21). A aplicação desta metodologia se resume a seguir:
(i) o Balanço Patrimonial foi convertido com base nas taxas de câmbio de fechamento de
cada ano;
(ii) a Demonstração de Resultado foi convertida à taxa de câmbio média trimestral;
(iii) o patrimônio líquido inicial foi convertido à taxa de câmbio de 01 de janeiro de 2008,
data de adoção do IFRS, o que permite, de acordo com o disposto no IFRS 1, que todas
as diferenças de conversão acumulada sejam ajustados a zero. Todos os movimentos
posteriores converteram-se à taxa de câmbio trimestral;
(iv) todas as diferenças decorrentes da conversão anterior se registram dentro da conta
de diferença de conversão acumulada no patrimônio; e
(v) para efeitos de exposição, as notas relativas ao fluxo de caixa converteram-se às taxas
de câmbio médias trimestrais.
Lan Airlines S.A.
______________________________________
Jaime Alberto Fernández Dib
Representante Legal da Lan Airlines S.A. no Brasil
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Notas Explicativas
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Versão : 1
LAN AIRLINES S.A. E CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
31 DE DEZEMBRO DE 2010
CONTEÚDO
Relatório dos auditores independentes
Balanço patrimonial consolidado
Demonstração do resultado consolidado por função
Demonstração do resultado abrangente consolidado
Demonstração das mutações no patrimônio líquido
Demonstração dos fluxos de caixa consolidados - método direto
Notas explicativas da administração
CLP
ARS
US$
MUS$
-
Pesos chilenos
Pesos argentinos
Dólares norte-americanos
Milhões de dólares norte americanos
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Notas Explicativas
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Santiago, 1º. de março de 2011, exceto pela Nota 38 d),
cuja data é 29 de julho de 2011
Aos Acionistas e Administradores
Lan Airlines S.A.
Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Lan Airlines S.A. e controladas em 31 de
dezembro de 2010 e de 2009 e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado,
re
das
mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para os exercícios findos nessas datas. A
preparação dessas demonstrações financeiras é de responsabilidade da Administração da Lan
Airlines S.A. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Chile, as
quais requerem que os exames sejam planejados e realizados com o objetivo de comprovar, com um
razoável nível de segurança, que as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de erros
significativos. Um exame compreende a verificação, em base de testes, de evidências que respaldam
os valores e informações divulgados nas demonstrações financeiras consolidadas. Um exame
compreende, também, a avaliação dos princípios contábeis utilizados e das estimativas mais
representativas adotadas pela Administração da Companhia, assim como uma avaliação da
apresentação das demonstrações financeiras em conjunto. Acreditamos que nossos exames
constituem uma base razoável para fundamentar nossa opinião.
Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da
Lan Airlines S.A. e controladas em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, os resultados consolidados
de suas operações e os fluxos consolidados de caixa dos exercícios findos nessas datas, de acordo
com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emiti
emitidas
das pelo International
Accounting Standards Board (IASB).
Renzo Corona Spedaliere
RUT: 6.373.028-9
PÁGINA: 55 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
Índice das Notas Explicativas da administração às demonstrações financeiras consolidadas de Lan Airlines
S.A. e Controladas
Notas
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Página
Informações gerais
Resumo das principais políticas contábeis
2.1. Bases de preparação
2.2. Bases de consolidação
2.3. Transações em moeda estrangeira
2.4. Imobilizado
2.5. Ativos intangíveis, exceto goodwill
2.6. Goodwill
2.7. Capitalização de juros
2.8. Perdas por impairment do valor dos ativos não financeiros
2.9. Ativos financeiros
2.10. Instrumentos financeiros derivativos e operações de hedge
2.11. Estoques
2.12. Contas a receber e outros recebíveis
2.13. Caixa e equivalentes de caixa
2.14. Capital social
2.15. Fornecedores e outras contas a pagar
2.16. Empréstimos
2.17. Impostos diferidos
2.18. Benefícios a empregados
2.19. Provisões
2.20. Reconhecimento da receita
2.21. Arrendamentos
2.22. Ativos não circulantes ou grupos de ativos para alienação, classificados
como mantidos para a venda
2.23. Manutenção de equipamentos de vôo
2.24. Meio ambiente
Gestão de riscos financeiros
3.1. Fatores de risco financeiro
3.2. Gestão de risco de capital
3.3. Estimativa do valor justo
Estimativas e julgamentos contábeis
Informação por segmentos
Caixa e equivalentes de caixa
Instrumentos financeiros
7.1. Instrumentos financeiros por categoria
7.2. Instrumentos financeiros por moedas
Contas a receber e outros recebíveis e direitos a receber, não circulantes
Contas a receber e a pagar a partes relacionadas
Estoques
Outros ativos financeiros
Outros ativos não financeiros
Ativos não circulantes ou grupos de ativos para alienação, classificados como
mantidos para a venda
1
4
4
6
7
8
9
9
9
9
10
10
12
12
12
12
12
12
13
13
14
14
15
15
15
15
15
15
23
24
25
26
27
28
28
29
30
33
35
35
37
38
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
Notas
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
Página
Investimentos em subsidiárias
Investimentos contabilizados utilizando o método de equivalência patrimonial
Ativos intangíveis, exceto goodwill
Goodwill
Imobilizado
Impostos e impostos diferidos
Outros passivos financeiros
Fornecedores e outras contas a pagar, circulantes
Outras provisões
Outros passivos não financeiros, circulantes
Provisões para benefícios a empregados
Outras contas a pagar, não circulantes
Patrimônio líquido
Receitas de atividades continuadas
Custos e despesas por natureza
Ganhos (perdas) pela venda de ativos não circulantes e não mantidos
para a venda
Outras receitas, por função
Moedas estrangeiras e variações cambiais
Lucro por ação
Contingências
Compromissos
Transações com partes relacionadas
Pagamentos baseados em ações
Meio ambiente
Eventos subsequentes à data das demonstrações financeiras
Combinação de negócios
39
42
43
45
46
54
58
62
63
65
65
66
67
70
70
71
72
72
77
78
82
85
87
88
88
89
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
LAN AIRLINES S.A. E CONTROLADAS
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO
ATIVOS
Nota
Para os exercícios
findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
Ativos circulantes
Caixa e equivalentes de caixa
Outros ativos financeiros, circulantes
Outros ativos não financeiros, circulantes
Contas a receber e outros recebíveis, circulantes
Contas a receber de partes relacionadas, circulantes
Estoques
Impostos a recuperar, circulantes
6-7
7-11
12
7-8
7-9
10
MR$
1.041.867
405.240
31.069
794.709
83
87.822
161.230
1.261.101
190.790
29.528
730.526
66
80.275
117.956
2.522.020
_________
2.410.242
________
9.076
18.824
2.531.096
_________
2.429.066
________
35.640
53.671
13.015
34.521
49.541
12.396
979
75.532
260.848
8.169.858
62.877
2.131
60.019
109.979
7.234.863
18.364
Total de ativos não circulantes
8.672.420
_________
7.521.814
________
Total de ativos
11.203.516
========
9.950.880
========
Total de ativos circulantes distintos dos ativos ou
grupos de ativos para alienação, classificados como
mantidos para venda
Ativos não circulantes ou grupos de ativos para alienação,
Classificados como mantidos para a venda
13
Total de ativos circulantes
Ativos não circulantes
Outros ativos financeiros, não circulantes
Outros ativos não financeiros, não circulantes
Direitos a receber, não circulantes
Investimentos contabilizados utilizando o método da
Equivalência patrimonial
Ativos intangíveis exceto goodwill
Goodwill
Imobilizado
Impostos diferidos
7-11
12
7-8
15
16
17
18
19
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
LAN AIRLINES S.A. E CONTROLADAS
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Nota
Para os exercícios
findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
PASSIVOS
Passivos circulantes
Outros passivos financeiros, circulantes
Fornecedores e outras contas a pagar, circulantes
Contas a pagar a partes relacionadas, circulantes
Outras provisões, circulantes
Impostos a pagar, circulantes
Outros passivos não financeiros, circulantes
7-11
7-21
7-9
22
Total de passivos circulantes
Passivos não circulantes
Outros passivos financeiros, não circulantes
Outros contas a pagar, não circulantes
Outras provisões, não circulantes
Impostos diferidos
Provisões para benefícios a empregados, não circulantes
7-20
7-25
22
19
24
Total de passivos não circulantes
Patrimônio líquido
Capital social
Lucros acumulados
Outras participações no patrimônio
Ajustes de avaliação patrimonial
895.872
1.065.838
304
1.243
25.980
1.550.538
720.515
821.653
512
1.672
19.459
1.062.425
3.539.775
_________
2.626.236
________
4.230.437
702.799
53.030
515.132
15.944
4.212.039
735.322
46.262
414.827
9.577
5.517.342
_________
5.418.027
________
803.593
1.704.507
9.993
(377.053)
803.593
1.334.008
4.849
(248.072)
2.141.040
5.359
1.894.378
12.239
Total do patrimônio líquido
2.146.399
_________
1.906.617
________
Total do passivo e do patrimônio líquido
11.203.516
========
9.950.880
========
Patrimônio líquido atribuível aos controladores
Participação dos não controladores
26
26
26
26
MR$
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Versão : 1
Notas Explicativas
LAN AIRLINES S.A. E CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONSOLIDADO POR FUNÇÃO
Nota
Para os exercícios
findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
Receitas de atividades continuadas
Custo das vendas
27
Lucro bruto
Outras receitas, por função
Custos de distribuição
Despesas com administração
Outras despesas, por função
Outras receitas (despesas)
Receitas financeiras
Despesas financeiras
Participação nos lucros de coligadas e joint-ventures
avaliadas pelo método da equivalência patrimonial
Variações cambiais
Efeito da variação no valor de unidades de reajuste
Lucro antes dos impostos
Despesas com impostos sobre os lucros
30
28
15
31
19
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores
Lucro liquido atribuível a participações não controladoras
Lucro líquido do exercício
LUCRO POR AÇÃO
Lucro básico (R$)
Lucro diluído (R$)
32
32
MR$
7.709.364
(5.292.393)
6.968.563
(5.010.262)
2.416.971
________
1.958.301
________
232.821
(673.702)
(582.189)
(303.212)
8.802
26.155
(273.299)
273.337
(647.957)
(531.950)
(202.976)
(26.485)
35.547
(306.127)
237
23.643
254
628
(12.888)
(1.267)
876.481
(141.706)
538.163
(86.346)
734.775
========
451.817
========
732.696
2.079
447.231
4.586
734.775
========
451.817
========
2,16268
2,15660
1,32008
1,32008
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
LAN AIRLINES S.A. E CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE CONSOLIDADO
Nota
Para os exercícios
findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO
Variações cambiais
Resultado de variações cambiais antes de impostos
31
Outros resultados abrangentes, antes de impostos,
Variações cambiais
Hedge de fluxo de caixa
Resultados de Hedge de fluxos de caixa, antes de impostos
20
Outros resultados abrangentes, antes de impostos
Hedge de fluxo de caixa
Outros componentes de outros resultados abrangentes,
antes de impostos
Impostos sobre outros resultados abrangentes
Variações cambiais
Resultado de variações cambiais antes de impostos
19
Impostos sobre outros resultados abrangentes
Hedge de fluxo de caixa
19
Soma dos impostos sobre os componentes de outros
Resultados abrangentes
Outros resultados abrangentes
Total de resultados abrangentes
Resultados abrangentes atribuível a:
Resultados abrangentes atribuível aos
Controladoras
Resultados abrangentes atribuível aos
Controladoras
TOTAL DE RESULTADOS ABRANGENTES
MR$
734.775
451.817
(95.628)
(571.576)
(95.628)
(571.576)
(37.844)
(524.415)
(37.844)
(524.415)
(133.472)
(47.161)
(180)
6.433
6.253
1.937
(88.840)
(86.903)
(127.219)
_______
(134.064)
_______
607.556
=======
317.753
=======
603.715
306.285
3.841
11.468
607.556
=======
317.753
=======
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
LAN AIRLINES S.A. E CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Patrimôn
líquido
atribuíve
aos
controlado
Capital
social
MR$
MR$
MR$
MR$
MR$
MR$
803.593
4.849
(39.394)
(208.678)
1.334.008
1.894.37
-
-
(97.570)
(31.411)
732.696
-
732.69
(128.98
______
_____
(97.570)
______
(31.411)
_______
732.696
________
603.71
_______
26
-
-
26-36
-
5.144
-
-
(213)
4.93
______
5.144
_____
______
_______
(362.197)
________
(357.05
_______
803.593
======
9.993
====
(136.964)
======
(240.089)
=======
1.704.507
=======
2.141.04
=======
Nota
Saldos iniciais exercício atual 1o. de
janeiro de 2010
Mutações no patrimônio líquido
Resultados abrangentes
Lucro líquido do exercício
Outros resultados abrangentes
26
Total de resultados abrangentes
Transações com os acionistas
Dividendos
Incremento (diminuição) pelas
transferências e outras
movimentações
Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas por
Reservas de
diferenças de
hedge de
câmbio na
fluxo de
conversão
caixa
Outras
Participações
no
patrimônio
Total transações com os acionistas
Saldos finais exercício atual 31 de
dezembro de 2010
-
-
Lucros
acumulados
(361.984)
(361.98
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Notas Explicativas
LAN AIRLINES S.A. E CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Nota
MR$
MR$
803.593
3.359
-
Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas por
Reservas de
diferenças de
hedge de
câmbio na
fluxo de
conversão
caixa
MR$
MR$
537.126
(644.252)
1.074.957
1.774.78
-
(576.520)
435.574
447.231
-
447.23
(140.94
______
_____
(576.520)
______
435.574
_______
447.231
________
306.28
_______
26
-
-
-
-
(186.380)
(186.38
26-36
-
1.490
-
-
2.781
4.27
-
-
-
-
(4.581)
(4.58
______
1.490
_____
______
_______
(188.180)
________
(186.69
_______
803.593
======
4.849
====
(39.394)
=====
(208.678)
======
1.334.008
=======
1.894.37
======
Mutações no patrimônio líquido
Resultados abrangentes
Lucro líquido do exercício
Outros resultados abrangentes
26
Total de resultados abrangentes
Total transações com os acionistas
Saldos finais exercício anterior 31 de
dezembro de 2009
MR$
Lucros
acumulados
Patrimôn
líquido
atribuíve
aos
controlado
MR$
Saldos iniciais exercício anterior 1o. de
janeiro de 2009
Transações com os acionistas
Dividendos
Incremento (diminuição) pelas
transferências e outras
movimentações
Incremento (diminuição) por
mudanças na participação de
subsidiárias que não impliquem
em perda de controle
Capital
social
Outras
Participações
no
patrimônio
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Nota
2010
2009
MR$
MR$
DFP - Demonstrações
Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Fluxos de caixa gerados pelas atividades operacionais
Notas
Versão : 1
Ingressos das atividades operacionais
Ingressos procedentes das vendas de bens e prestação de serviços
Explicativas
Outros ingressos de atividades operacionais
Tipos de pagamentos
Pagamentos a fornecedores pelo fornecimento de bens e serviços
Pagamentos a e por conta dos empregados
Outros pagamentos de atividades operacionais
Juros pagos
Juros recebidos
Impostos sobre lucros recuperados (pagos)
Outras entradas (saídas) de caixa
Fluxos de caixa líquidos procedentes de atividades operacionais
Fluxos de caixa utilizados em atividades de investimento
Fluxos de caixa procedentes da perda de controle de subsidiárias
ou outros negócios
Fluxos de caixa utilizados para obtenção do controle de subsidiárias
ou outros negócios
Fluxos de caixa utilizados na compra de participações de
não controladores
Outros ingressos pela venda de instrumentos patrimoniais ou de dívida
de outras entidades
Outros pagamentos para adquirir instrumentos patrimoniais ou de
dívida de outras entidades
Valores procedentes da venta de imobilizado
Compras de imobilizado
Compras de ativos intangíveis
Dividendos recebidos
Juros recebidos
Outras entradas (saídas) de caixa
8.472.016
81.440
7.602.797
79.891
(5.373.300)
(1.113.820)
(32.406)
(697)
19.859
(19.366)
(80.592)
(4.875.153)
(1.247.678)
(43.915)
26.704
20.184
99.692
1.953.134
________
1.662.522
________
2.683
4.214
(20.359)
(1.601)
22.748
(4.556)
16.543
(101.795)
983
(1.795.228)
(33.462)
199
7.177
(911)
(121.079)
22.136
(1.078.170)
(24.767)
850
4.883
-
(1.917.965)
________
(1.181.547)
________
1.207.352
(970.633)
(95.507)
(275.935)
(226.384)
139.302
1.351.948
(499.974)
(125.125)
(308.011)
(256.243)
60.565
Fluxos de caixa líquidos procedentes de (utilizados em)
atividades de financiamento
(221.805)
223.160
Aumento líquido (redução) no caixa e equivalentes de caixa, antes
do efeito de câmbio
(186.636)
704.135
Efeitos da variação na taxa de câmbio sobre o caixa e equivalentes de caixa
(32.598)
(377.219)
AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
(219.234)
326.916
Fluxos de caixa líquidos utilizados em atividades de investimento
Fluxos de caixa procedentes de (utilizados em) atividades de financiamento
Valores procedentes de empréstimos de longo prazo
Pagamentos de empréstimos
Pagamentos de passivos de arrendamentos financeiros
Dividendos pagos
Juros pagos
Outras entradas de caixa
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO INICIO DO EXERCICIO
6
1.261.101
934.185
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FINAL DO EXERCICIO
6
1.041.867
=======
1.261.101
========
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
PÁGINA: 64 de 158
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010
NOTA 1 – INFORMAÇÕES GERAIS
Lan Airlines S.A. (“A Sociedade”) é uma Sociedade anônima de capital aberto inscrita perante a
Superintendência de Valores e Seguros sob o No. 306, cujas ações são negociadas no Chile na Bolsa de
Valores de Valparaíso, na Bolsa Eletrônica do Chile e na Bolsa de Comércio de Santiago, além de
negociadas na Bolsa de Nova York (“NYSE”), sob a forma de American Depositary Receipts (“ADRs”).
Seu principal negócio é o transporte aéreo de passageiros e carga, tanto nos mercados domésticos do
Chile, Peru, Argentina, Colômbia e Equador, através de várias rotas regionais e internacionais na
América, Europa e Oceania. Estes negócios são desenvolvidos diretamente ou através de suas
controladas em diferentes países. Além disso, a Sociedade conta com controladas que operam o negócio
de carga no México, Brasil e Colômbia.
No dia 13 de agosto de 2010, a Sociedade e a TAM S.A. (TAM) anunciaram que subscreveram um
Memorando de Entendimento (MOU) não vinculante, onde acordam levar adiante sua intenção de
efetuar a fusão das suas empresas sob uma única entidade matriz que se chamaria LATAM Airlines
Group. A fusão proposta da Sociedade com a TAM colocaria a nova sociedade dentro dos 10 maiores
grupos de aviação do mundo. LATAM fornecerá serviços de transporte de passageiros e de carga a mais
de 115 destinos em 23 países, operando através de uma frota de mais de 280 aeronaves, com mais de
40.000 empregados. Cada uma das companhias aéreas do grupo continuaria operando com seus atuais
certificados de operação e marcas, de maneira independente. Dentro do grupo, TAM continuaria
operando como uma companhia brasileira, com sua própria estrutura. Por sua vez, a Sociedade operaria
como uma unidade de negócios independente dentro do grupo. Em 20 de outubro de 2010, a Sociedade
e a TAM anunciaram que as subsidiárias operacionais da TAM submeteram à Agência Nacional de
Aviação Civil (“ANAC”) a estrutura definitiva da operação para aprovação.
A Sociedade tem sede na cidade de Santiago, Chile, na Avenida Américo Vespucio Sur N° 901, comuna
de Renca.
As práticas de Governança Corporativa da Sociedade são regidas pelo disposto na legislação chilena,
especificamente a Lei No. 18.045 sobre Mercado de Valores, Lei No. 18.046 sobre Sociedades Anônimas
e seu Regulamento e pelas normas da Superintendência de Valores e Seguros do Chile, e na legislação
dos Estados Unidos da América e normas da Securities and Exchange Commission (“SEC”) desse país,
no que se refere à emissão de ADRs.
A Diretoria da Sociedade é composta por nove membros titulares que são eleitos a cada dois anos pela
Assembleia Ordinária de Acionistas. A Diretoria se reúne em sessões ordinárias mensais e em sessões
extraordinárias toda vez que necessidades sociais assim o exijam. Dos nove integrantes da Diretoria, três
deles formam parte do Comitê de Diretores, o qual cumpre tanto o papel previsto na Lei de Sociedades
Anônimas do Chile, como também funções do Comitê de Auditoria exigido pela Lei Sarbanes Oxley
norte americana e a respectiva normativa da SEC.
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
2
O acionista majoritário da Sociedade é o grupo Cueto, que, através das Sociedades Costa Verde
Aeronáutica S.A. e Inversiones Mineras del Cantábrico S.A., é proprietário de 34,1% das ações emitidas
pela Sociedade, o que o torna controlador da Sociedade, de acordo com o disposto na letra b) do artigo
97 e do artigo 99 da Lei do Mercado de Valores do Chile, uma vez que, apesar de não reunir a maioria
dos votos nas assembleias de acionistas nem deter o poder de eleger a maioria dos diretores da
Sociedade, possui influência significativa na sua administração.
Em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade contava com um total de 1.412 acionistas em seu registro.
Nessa data, 5,43% da propriedade da Sociedade se encontrava sob a forma de ADRs.
Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade teve uma média de 17.810 empregados,
terminando este exercício com um número total de 20.285 pessoas, distribuídas em 3.940 empregados
na área Administrativa, 2.576 em Manutenção, 5.730 em Operações, 3.561 Tripulantes de Cabine, 1.835
Tripulantes de Chefia e 2.643 em Vendas.
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Versão : 1
Notas Explicativas
3
As controladas incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes:
RUT
96.518.860-6
96.763.900-1
96.969.680-0
Estrangeira
Estrangeira
93.383.000-4
Estrangeira
Estrangeira
96.951.280-7
96.634.020-7
Estrangeira
96.631.520-2
96.631.410-9
Estrangeira
Estrangeira
96.969.690-8
96.801.150-2
96.575.810-0
(*)
Sociedade
Lantours Division de Servicios Terrestres S.A. (*)
Inmobiliaria Aeronáutica S.A.
Lan Pax Group S.A. y Filiales
Lan Perú S.A.
Lan Chile Investments Limited y Filiales
Lan Cargo S.A.
Connecta Corporation
Prime Airport Services Inc. y Filial
Transporte Aéreo S.A.
Ediciones Ladeco América S.A.
Aircraft International Leasing Limited
Fast Air Almacenes de Carga S.A.
Ladeco Cargo S.A.
Laser Cargo S.A.
Lan Cargo Overseas Limited y Fililaes
Lan Cargo Inversiones S.A. y Filial
Blue Express INTL S.A. y Filial
Inversiones Lan S.A. y Filiales
País de
origem
Chile
Chile
Chile
Perú
Ilhas Caymán
Chile
EUA
EUA
Chile
Chile
EUA
Chile
Chile
Argentina
EUA
Chile
Chile
Chile
Moeda
funcional
US$
US$
US$
US$
US$
US$
US$
US$
US$
CLP
US$
CLP
CLP
ARS
US$
CLP
CLP
CLP
Em 31 de dezembro de 2010
Direto
Indireto
Total
Em 31
Direto
%
%
%
%
99,9900
99,0100
99,8361
49,0000
99,9900
99,8939
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
99,7100
0,0100
0,9900
0,1639
21,0000
0,0100
0,0041
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
0,0000
100,0000
100,0000
100,0000
70,0000
100,0000
99,8980
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
100,0000
99,7100
99,9900
99,0100
99,8361
49,0000
99,9900
99,8939
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
0,0000
99,7100
Comercial Masterhouse S.A., em julho de 2010, muda de razão social para Lantours División de Servicios Terrestres S
Adicionalmente, a Sociedade tem o procedimento de consolidar certas sociedades de propósito específico, de acordo com a
de Interpretações das Normas Internacionais de Contabilidade: Consolidação - sociedades de propósito específico (“SIC 12
privados nos quais a Sociedade e controladas aportam. Todas as Empresas sobre as quais se têm o controle foram incluídas
As mudanças ocorridas na estrutura da consolidação entre 1º. de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2010 estão demonstr
(1) Dissolução de sociedades
Nigsy S.A., controlada indireta de Lan Chile Investments Limited.
(2) Incorporação ou aquisição de sociedades
Florida West Technical Services LLC. controlada direta de Prime Airport Services Inc., que em abril de 2010 mudou a
Repair Station, LLC.
Aerovías de Integración Regional, Aires S.A., controlada indireta de Lan Pax Group S.A., adquirida em novembro de
Holdings S.A. e Saipan Holdings S.A.
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4
NOTA 2 – RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS
A seguir as principais políticas contábeis adotadas na preparação das presentes demonstrações
financeiras consolidadas
2.1.
Bases de preparação
As presentes demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade, correspondentes ao exercício findo
em 31 de dezembro de 2010, foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de
Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Notas Explicativas
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas sob o critério de custo histórico, embora
modificado pela valorização do valor justo de certos instrumentos financeiros.
A preparação das demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as IFRS requer o uso
de certas estimativas contábeis críticas. Também exige que a Administração exerça seu julgamento no
processo de aplicação das políticas contábeis da Sociedade. Na Nota 4 são divulgadas as áreas que
requerem um maior nível de julgamento ou complexidade ou as áreas onde premissas e estimativas são
significativas para as demonstrações financeiras consolidadas.
Até a presente data das demonstrações financeiras consolidadas, os seguintes pronunciamentos
contábeis tinham sido divulgados pelo IASB, mas não eram de aplicação obrigatória:
Pronunciamentos contábeis com aplicação efetiva a partir de 1º. de janeiro de 2010:
Normas e emendas
Aplicação obrigatória:
exercícios iniciados a partir de
IFRS 3 revisada: Combinação de negócios
01/07/2009
Emenda à IAS 27: Demonstrações financeiras consolidadas e individuais
01/07/2009
Emenda à IFRS 2: Pagamento baseado em ações
01/01/2010
Emenda à IAS 38: Ativos intangíveis
01/07/2010
Emenda à IAS 1: Apresentação das demonstrações financeiras.
01/01/2010
Emenda à IAS 36: Redução do valor recuperável de ativos
01/01/2010
Emenda à IFRS 5: Ativos não circulantes mantidos para venda
01/01/2010
e operações descontinuadas
IFRIC 18: Recebimento em transferência de ativos de clientes
01/07/2009
IFRIC 9: Remensuração de derivativos embutidos
01/07/2009
IFRIC 16: Hedges de investimentos líquidos em uma
01/07/2009
operação no exterior
Pronunciamentos contábeis com aplicação efetiva a partir de 1º. de janeiro de 2011 e seguintes:
Aplicação obrigatória:
Normas e emendas
exercícios iniciados a partir de
Emenda à IAS 32: Instrumentos financeiros: apresentação
01/02/2010
Emenda à IAS 27: Demonstrações financeiras consolidadas e individuais
01/07/2010
Emenda à IFRS 3: Combinações de negócios
01/07/2010
Emenda à IFRS 7: Instrumentos financeiros: evidenciação
01/01/2011
Emenda à IAS 34: Demonstração intermédia
01/01/2011
Emenda à IAS 1: Apresentação das demonstrações financeiras
01/01/2011
IAS 24 revisada: Divulgação sobre partes relacionadas
01/01/2011
IFRS 9: Instrumentos financeiros
01/01/2013
Aplicação obrigatória:
Interpretações
IFRIC 19: Extinção de passivos financeiros com
exercícios iniciados a partir de
01/07/2010
instrumentos patrimoniais
Emenda à IFRIC 14: Limite de ativo de benefício definido, requisitos
01/01/2011
de fundeamento mínimo e sua interação
Emenda à IFRIC 13: Programas de fidelização de clientes.
01/01/2011
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Versão : 1
Notas Explicativas
6
A administração da Sociedade estima que a adoção das normas, emendas e interpretações descritas
anteriormente não terá um impacto significativo nas demonstrações financeiras consolidadas da
Sociedade no exercício da sua primeira aplicação.
2.2.
Bases de consolidação
(a) Controladas ou subsidiárias
Controladas são todas as Empresas (incluindo as sociedades de propósitos específicos) sobre as quais a
Sociedade tem o poder para dirigir as políticas financeiras e de exploração, o que geralmente vem
acompanhado de uma participação superior à metade dos direitos de voto. No momento de avaliar se a
Sociedade controla outra entidade, considera-se a existência e o efeito dos direitos potenciais de voto
que sejam atualmente suscetíveis de serem exercidos ou convertidos à data das demonstrações
financeiras consolidadas. As controladas são consolidadas a partir da data em que se transfere o controle
para a Sociedade e são excluídas da consolidação na data em que cessa o mesmo.
Para contabilizar a aquisição de controladas pela Sociedade é utilizado o método de aquisição ou de
compra. O custo de aquisição é o valor justo dos ativos entregues, dos instrumentos de patrimônio
emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data da aquisição. Os ativos identificáveis
adquiridos, os passivos e passivos contingentes identificáveis assumidos numa combinação de negócios
são mensurados inicialmente pelo seu valor justo na data da aquisição, com independência do alcance
dos interesses minoritários. O excesso de custo de aquisição sobre o valor justo da participação da
Sociedade nos ativos líquidos identificáveis adquiridos é reconhecido como goodwill. Se o custo de
aquisição é menor que o valor justo dos ativos líquidos da controlada adquirida, a diferença é
reconhecida diretamente na demonstração do resultado consolidado (Nota 2.6).
Eliminam-se as transações entre as sociedades consolidadas, assim como os saldos e os lucros não
realizados pelas transações entre essas sociedades. Os prejuízos não realizados também são eliminados,
a não ser que a operação indique a existência de uma perda por impairment do ativo transferido. Se for
necessário, para assegurar a uniformidade com as políticas adotadas pela Sociedade, as políticas
contábeis das controladas são modificadas.
(b) Transações e participações minoritárias
A Sociedade aplica a política de considerar as transações com minoritários, quando não ocorre a perda
de controle, como transações patrimoniais sem efeito no resultado.
(c) Coligadas ou associadas
Coligadas ou associadas são todas as empresas sobre as quais a Sociedade possui influência significativa,
mas não o controle. Isto geralmente surge de uma participação acionária de 20% a 50% dos direitos de
voto. Os investimentos em coligadas ou associadas são contabilizados pelo método de equivalência
patrimonial e inicialmente são reconhecidos pelo seu valor de custo.
A participação da Sociedade nos lucros ou prejuízos de suas coligadas ou associadas pós-aquisição é
reconhecida na demonstração do resultado e sua participação na movimentação em reservas pósaquisição é reconhecida nas reservas.
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Notas Explicativas
7
As movimentações cumulativas pós-aquisição são ajustadas contra o valor contábil do investimento.
Quando a participação da Sociedade nos prejuízos de uma coligada ou associada for igual ou superior à
sua participação na mesma, incluindo quaisquer outros recebíveis, os prejuízos adicionais não são
reconhecidos pela Sociedade, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em
nome da coligada ou associada. Os lucros e prejuízos de diluição ocorridos em participações nas
coligadas ou associadas são reconhecidos na demonstração do resultado consolidado. Os lucros e
prejuízos não realizados das operações das coligadas ou associadas são reconhecidos na demonstração
do resultado.
2.3.
Transações em moeda estrangeira
(a) Moeda funcional e moeda de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas da Sociedade são
mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a empresa atua ("a moeda
funcional"). As demonstrações financeiras consolidadas estão divulgadas em dólares norte-americanos,
que é a moeda funcional da Lan Airlines S.A e também a moeda de apresentação da Sociedade.
Com o propósito de apresentar as demonstrações financeiras dos exercícios terminados em 31 de
dezembro de 2010 e 2009 em reais, em conformidade com o inciso XI do artigo 2º, do Anexo 3 da
Instrução CVM n.° 480, de 7 de dezembro de 2009, a Companhia considerou a metodologia exposta na
International Accounting Standard 21 - Os efeitos das variações nas taxas de câmbio (IAS 21). A
aplicação desta metodologia se resume a seguir:
(i) As contas de ativo e passivo foram convertidas pela taxa cambial disponíveis do fim de cada período;
(ii) a Demonstração de Resultado foi convertida à taxa de câmbio média trimestral;
(iii) o patrimônio líquido inicial foi convertido à taxa de câmbio de 01 de janeiro de 2008, data de
adoção do IFRS, o que permite, de acordo com o disposto no IFRS 1, que todas as diferenças de
conversão acumulada sejam ajustados a zero. Todos os movimentos posteriores converteram-se à taxa
de câmbio trimestral;
(iv) todas as diferenças decorrentes da conversão anterior se registram dentro da conta de diferença de
conversão acumulada no patrimônio; e
(v) para efeitos de exposição, as notas relativas ao fluxo de caixa converteram-se às taxas de câmbio
médias trimestrais.
(b) Transações e saldos
As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando-se as taxas
de câmbio vigentes nas datas das transações. Os lucros e prejuízos em moeda estrangeira que resultam
da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio no fechamento dos ativos e
passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do
resultado.
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
8
(c) Empresas do grupo
Os resultados e a posição financeira de todas as entidades da Sociedade (nenhuma das quais tem moeda
de economia hiperinflacionária) cuja moeda funcional é diferente da moeda de apresentação são
convertidos na moeda de apresentação, como segue:
(i)
Os ativos e passivos de cada balanço patrimonial apresentado são convertidos pela taxa de
fechamento da data do balanço.
(ii)
As receitas e despesas de cada demonstração do resultado são convertidas pelas taxas de câmbio
das datas das operações, e
(iii)
Todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas como um componente separado no
patrimônio líquido.
Na consolidação, as diferenças de câmbio decorrentes da conversão do investimento líquido em
operações no exterior (ou no território nacional com moeda funcional diferente da Sociedade) e de
empréstimos e outros instrumentos de moeda estrangeira designados como hedge desses investimentos
são reconhecidos no patrimônio líquido. Quando uma operação no exterior é vendida, as diferenças de
câmbio que foram registradas no patrimônio são reconhecidas na demonstração do resultado como
parte de lucro ou prejuízo sobre a venda.
Goodwill e ajustes de valor justo decorrentes da aquisição de uma entidade no exterior são tratados
como ativos e passivos da entidade no exterior e convertidos pela taxa de fechamento do exercício.
2.4.
Imobilizado
As edificações da Sociedade são demonstradas ao seu valor de custo menos qualquer perda por
impairment acumulado. O restante do imobilizado, tanto no seu reconhecimento inicial como nas
medições posteriores, é demonstrado ao custo histórico menos a depreciação equivalente e as perdas por
impairment, com exceção de alguns terrenos e equipamentos de menor porte que foram reavaliados na
sua primeira adoção, de acordo com as IFRS.
Os valores de adiantamento pagos aos fabricantes das aeronaves são ativados pela Sociedade sob
Construções em andamento, até o recebimento das mesmas.
Os custos posteriores (substituição de componentes, melhorias, ampliações, etc.) são incluídos no valor
do ativo inicial ou são demonstrados como um ativo separado somente quando seja provável que os
benefícios econômicos futuros relativos aos elementos de imobilizado venham a fluir para Sociedade e o
custo possa ser determinado de forma confiável. O componente substituído é baixado contabilmente. O
restante dos reparos e manutenções é levado diretamente ao resultado no exercício em que são
incorridos.
A depreciação do imobilizado é calculada pelo método linear para alocação do custo menos seu valor
residual durante a vida útil estimada; exceto no caso de alguns componentes técnicos que se depreciam
sob a base de ciclos e horas de vôo.
O valor residual e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se necessário, uma vez ao ano.
Se o valor contábil de um ativo é superior ao seu valor recuperável estimado, seu valor se
reduz imediatamente para seu valor recuperável (Nota 2.8).
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Notas Explicativas
9
Os ganhos ou perdas decorrentes da venda de imobilizado são determinados pela comparação
do valor de venda com o valor contábil e registrados na demonstração do resultado
consolidado.
2.5.
Ativos intangíveis, exceto goodwill
Programas de informática
As licenças de programas de informática adquiridas são capitalizadas com base nos custos incorridos na
aquisição e preparação de uso dos referidos programas. Estes custos são amortizados durante a sua vida
útil estimada.
As despesas referentes ao desenvolvimento ou manutenção de programas de informática são
reconhecidas como despesas quando incorridas. Os custos que se referem diretamente à produção de
programas de informática únicos e identificáveis controlados pela Sociedade são reconhecidos como
ativos intangíveis se forem cumpridos todos os critérios de capitalização. Os custos diretos consideram
despesas com o pessoal que desenvolve os programas de informática e outras despesas diretamente
associadas.
Os custos de desenvolvimento de programas de informática reconhecidos como ativos são amortizados
no decorrer de suas vidas úteis estimadas.
2.6.
Goodwill
O goodwill representa o excesso do custo de aquisição sobre o valor justo da participação da Sociedade
nos ativos líquidos identificáveis da controlada ou coligada adquirida na data da aquisição. O goodwill
relacionado a aquisições de controladas não se amortiza, mas se submete a provas de impairment do
valor a cada ano. Os ganhos e as perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o valor contábil
do goodwill referente à entidade vendida.
2.7.
Capitalização de juros
Os custos dos juros incorridos com a construção de qualquer ativo qualificado são capitalizados durante
o período de tempo necessário para completar e preparar o ativo para o uso pretendido. Outros custos
de juros são registrados em resultados.
2.8.
Perdas por impairment do valor dos ativos não financeiros
Os ativos que têm uma vida útil indefinida e os projetos de informática em desenvolvimento não estão
sujeitos à amortização são submetidos anualmente a teste de perda por deterioração de valor
(impairment). Os ativos sujeitos a amortização são submetidos a testes de perda por impairment
sempre que algum fato ou mudança nas circunstâncias indique que o valor contábil pode não ser
recuperável. Reconhece-se a perda por impairment no caso em que o valor contábil do ativo exceda seu
valor recuperável. O valor recuperável é o valor justo de um ativo menos as despesas de venda ou o seu
valor em uso, o que for maior. Para fins de avaliação da perda por impairment, os ativos são agrupados
nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades
Geradoras de Caixa - UGC). Os ativos não financeiros que tenham sofrido redução, exceto pelo
goodwill, são revisados uma vez por ano para identificar uma possível reversão da provisão para
prejuízo por impairment.
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Versão : 1
Notas Explicativas
10
2.9.
Ativos financeiros
A Sociedade classifica seus ativos financeiros sob as seguintes rubricas: mensurados ao valor justo por
meio do resultado, empréstimos e recebíveis e mantidos até o vencimento. A classificação depende da
finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação
de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial, o que ocorre na data da operação.
(a) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado
Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos
para negociação e aqueles que na sua classificação inicial foram designados como a valor justo com as
mudanças nesse valor justo sendo reconhecidas no resultado. Um ativo financeiro se classifica nessa
rubrica se é adquirido principalmente com o propósito de ser negociado no curto prazo ou quando estes
ativos são geridos ou avaliados segundo um critério de valor justo. Os derivativos também são
classificados nessa categoria, a não ser que tenham sido designados como instrumentos de hedge. Os
ativos dessa categoria são classificados como Caixa e equivalentes de caixa quando adquiridos para
negociação no curto prazo e como Outros ativos financeiros quando designados no momento inicial.
(b) Empréstimos e recebíveis
Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou
determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto
aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são
classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis compreendem "Contas a
receber e outros recebíveis”. (Nota 2.12).
(c) Ativos financeiros mantidos até o vencimento
Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos com pagamentos
fixos ou determináveis e vencimento fixo, que a administração da Sociedade tem a intenção positiva e a
capacidade de manter até seu vencimento. Caso a Sociedade venha a vender um valor que não seja
insignificante dos ativos financeiros mantidos até o vencimento, todos os valores aqui classificados
deverão ser reclassificados como disponível para venda. Estes ativos financeiros mantidos até o
vencimento são incluídos nos ativos não circulantes, com exceção daqueles com vencimento igual ou
inferior a 12 meses a partir da data do balanço, os quais são classificados como Outros ativos financeiros
circulantes.
A Sociedade avalia na data de fechamento do balanço se existe evidência objetiva de que um ativo
financeiro ou um grupo de ativos financeiros possam ter sofrido perdas por impairment. No caso de
haver evidência nos ativos financeiros mantidos até o vencimento, o valor da provisão é a diferença
entre o valor contábil do ativo e o valor atual dos fluxos futuros estimados, descontados à taxa de juros
efetiva original.
2.10. Instrumentos financeiros derivativos e atividades hedge
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos
é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. O método para reconhecer o
ganho ou a perda resultante depende do fato do derivativo ser designado ou não como um instrumento
de hedge. Sendo este o caso, o método depende da natureza do item que está sendo protegido por hedge.
A Sociedade designa certos derivativos como:
(a)
Hedge do valor justo de ativos reconhecidos (hedge de valor justo)
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Versão : 1
Notas Explicativas
11
(b)
Hedge de um risco específico associado a um ativo ou passivo reconhecido ou uma operação
prevista altamente provável (hedge de fluxo de caixa); ou
(c)
Derivativos que não se qualificam para contabilidade de hedge.
A Sociedade documenta, no início da operação, a relação entre os instrumentos de hedge e os itens
protegidos por hedge, assim como os objetivos da gestão de risco e a estratégia para a realização de
várias operações de hedge. A Sociedade também documenta sua avaliação, tanto no início do hedge
como de forma contínua, de que os derivativos usados nas operações de hedge são altamente eficazes na
compensação de variações no valor justo ou nos fluxos de caixa dos itens protegidos por hedge.
O valor justo total dos derivativos usados para fins de hedge são classificados como Outros ativos ou
passivos financeiros não circulantes, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge
for superior a 12 meses e como Outros ativos ou passivos financeiros circulantes, se o vencimento
restante do item protegido for igual ou inferior a 12 meses. Os derivativos não registrados como hedge
são classificados como Outros ativos ou passivos financeiros.
(a)
Hedge de valor justo
As variações no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de valor justo são
registradas na demonstração do resultado, com quaisquer variações no valor justo do ativo ou passivo
protegido por hedge que são atribuídos ao risco “hedgeado”.
(b)
Hedge de fluxo de caixa
A parcela efetiva das variações no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de
fluxo de caixa é reconhecida no patrimônio líquido. O lucro ou prejuízo relacionado com a parcela não
efetiva é imediatamente reconhecido na demonstração do resultado como "Outras receitas (despesas)”.
No caso de hedge com taxas de juros variáveis, os valores reconhecidos no patrimônio são
reclassificados para o resultado na linha de despesas financeiras, na medida em que os juros das dívidas
associadas sejam incorridos.
Para hedge nos preços de combustíveis, os valores reconhecidos no patrimônio são reclassificados para
o resultado na linha de custo de vendas, na medida em que se utiliza o combustível objeto do hedge.
Quando um instrumento de hedge vence ou é vendido ou quando não cumpre os requisitos exigidos
para contabilidade de hedge, qualquer lucro ou prejuízo acumulado no patrimônio líquido até o
momento permanece no patrimônio líquido e é reconhecido quando a operação prevista é finalmente
reconhecida na demonstração do resultado. Quando se espera que a operação prevista não vá ocorrer, o
lucro ou prejuízo acumulado no patrimônio líquido é alocado imediatamente na demonstração do
resultado em “Outras receitas (despesas)”.
(c)
Derivativos não registrados como hedge
Determinados derivativos não se registram como hedge. As mudanças no valor justo de qualquer
instrumento derivativo que não se registra como hedge se reconhecem imediatamente na demonstração
do resultado, dentro de “Outras receitas (despesas)”.
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Notas Explicativas
12
2.11. Estoques
Os estoques detalhados na Nota 10 são valorizados pelo seu custo ou valor realizável líquido, o que for
menor. O custo é determinado pelo método do preço médio ponderado (PMP). O valor realizável líquido
é o preço de venda estimado no curso corrente da atividade menos os custos de vendas aplicáveis.
2.12. Contas a receber e outros recebíveis
As contas a receber são reconhecidas inicialmente pelo seu valor justo e posteriormente pelo seu custo
amortizado, de acordo com o método de taxa de juros efetiva menos a provisão para perda de
impairment. É estabelecida uma provisão para perdas com impairment de contas a receber quando
existe evidência objetiva de que a Sociedade não será capaz de cobrar todos os valores de acordo com os
termos originais das contas a receber. A existência de dificuldades financeiras significativas por parte do
devedor, a probabilidade de que o devedor decrete falência ou reorganização financeira e a falta ou
mora nos pagamentos são considerados indicadores da existência de impairment nas contas a receber.
O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil do ativo e o valor atual dos fluxos futuros de
caixa estimados, descontados à taxa de juros efetiva original. O valor contábil do ativo se reduz à
medida que se utiliza a conta de provisão e a perda é reconhecida na demonstração do resultado dentro
da rubrica Custo das vendas. Quando uma conta a receber é baixada como incobrável, o registro é feito
contra a conta de provisão para impairment nas contas a receber.
2.13. Caixa e equivalentes de caixa
O Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos a prazo em instituições financeiras e
outros investimentos de curto prazo de grande liquidez.
2.14. Capital social
As ações ordinárias são classificadas no patrimônio líquido.
Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são demonstrados
no patrimônio líquido como uma dedução dos valores captados, líquido dos impostos.
2.15. Fornecedores e outras contas a pagar
Os Fornecedores e outras contas a pagar são inicialmente registrados pelo seu valor justo e
posteriormente valorizados ao custo amortizado, de acordo com o método de taxa de juros efetiva.
2.16. Empréstimos
Os empréstimos são reconhecidos, inicialmente, pelo seu valor justo, líquido de custos que tenham sido
incorridos na sua captação. Posteriormente, os passivos financeiros são valorizados pelo seu custo
amortizado; qualquer diferença entre os recursos obtidos (líquidos dos custos necessários para sua
obtenção) e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado consolidado durante o
prazo contratual da dívida, de acordo com o método de taxa de juros efetiva.
Os empréstimos são classificados como passivos circulante ou não circulante, considerando o
vencimento contratual do capital nominal.
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Notas Explicativas
13
2.17. Impostos diferidos
Os impostos diferidos são calculados de acordo com o método do passivo sobre as diferenças
temporárias entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações
financeiras. No entanto, se os impostos diferidos surgem do reconhecimento inicial de um passivo ou
um ativo numa operação distinta de uma combinação de negócios em que o momento da operação não
afeta nem o resultado contábil nem o lucro ou prejuízo fiscal, não são contabilizados. O imposto diferido
se determina usando taxas de imposto (e leis) aprovadas ou na eminência de aprovação na data de
fechamento do balanço e que se espera aplicar quando o correspondente ativo por imposto diferido se
realize ou o passivo por imposto diferido se liquide.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos na medida em que seja provável que se vá dispor de
benefícios fiscais futuros com os quais se compensam as diferenças temporárias.
A Sociedade não registra impostos diferidos sobre as diferenças temporárias que surgem nos
investimentos nas controladas e associadas, exceto quando a reversão dessa diferença temporária é
controlada pela Sociedade e seja provável que a diferença temporária não se reverta numa situação
prevista no futuro.
2.18. Benefícios a empregados
(a)
Férias de pessoal
A Sociedade reconhece a despesa com férias de pessoal pelo regime de competência.
(b)
Pagamentos baseados em ações
Os planos de compensação implementados mediante a outorga de opções para a subscrição e
pagamento de ações são reconhecidos nas demonstrações do resultado consolidado, de acordo com o
estabelecido na IFRS 2: Pagamentos baseados em ações, registrando o efeito do valor justo das opções
outorgadas contra o resultado do exercício, de forma linear entre a data da outorga das referidas opções
e a data em que as mesmas alcancem caráter irrevogável.
(c)
Benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo
Essas obrigações são provisionadas com base no método do valor atuarial de custo incorrido do
benefício, considerando estimativas tais como tempo estimado de serviço, taxas de mortalidade e
aumentos salariais futuros, determinadas com base em cálculos atuariais. As taxas de desconto
aplicáveis são determinadas por referência a curvas de taxas de juros de mercado. Os ganhos e perdas
atuariais são reconhecidos no exercício em que ocorrem.
(d)
Incentivos – participação nos lucros
A Sociedade contempla seus empregados com um plano de incentivos anuais por cumprimento de
objetivos e aporte individual aos resultados. Os incentivos eventualmente pagos consistem num
determinado número ou porção de remunerações mensais e são provisionados com base no montante
estimado a repartir.
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Notas Explicativas
14
2.19. Provisões
As provisões são reconhecidas quando:
(i)
A Sociedade tem uma obrigação presente, seja legal ou implícita, como resultado de eventos
passados.
(ii) É provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação;
(iii) O valor possa ser estimado com segurança.
As provisões são mensuradas pelo valor presente do dispêndio de recursos que deverá ser necessário
para liquidar a obrigação, usando a melhor estimativa da Sociedade. A taxa de desconto utilizada para
determinar o valor presente reflete as avaliações atuais do mercado, na data da demonstração financeira
consolidada, do valor do dinheiro no tempo e dos riscos específicos da obrigação.
2.20. Reconhecimento da receita
As receitas incluem o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela venda de bens e serviços
no curso normal das atividades da Sociedade. A receita é apresentada líquida de devoluções,
abatimentos e descontos.
(a)
Vendas de serviços
a.1 Transporte de passageiros e carga
A Sociedade reconhece a receita de transporte de passageiros e carga quando o serviço é prestado.
a.2 Programa de premiação para passageiros freqüentes
A Sociedade tem em vigor um programa de premiação para passageiros frequentes denominado
Lan Pass, cujo objetivo é a fidelização de clientes através da entrega de pontos toda a vez que os
titulares do programa efetuam determinados vôos, utilizam serviços de empresas membro do
programa ou efetuam compras com um cartão de crédito co-branded das empresas membro. Os
pontos acumulados podem ser trocados por passagens ou outros serviços das empresas membro.
As demonstrações financeiras consolidadas incluem passivo relacionado a esse programa (receitas
diferidas), determinado de acordo com a estimativa do valor estabelecido para os pontos
acumulados pendentes de utilização na data das demonstrações financeiras, conforme o
estabelecido na IFRIC 13: Programas de Fidelização de Clientes.
a.3 Outras receitas
A Sociedade reconhece a receita proveniente de outros serviços quando os mesmos foram
prestados.
(b)
Receitas com juros
As receitas com juros são reconhecidas usando o método de taxa de juros efetiva.
(c)
Receita com dividendos
As receitas com dividendos são reconhecidas quando se estabelece o direito de receber o pagamento.
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Notas Explicativas
15
2.21.
(a)
Arrendamentos
Quando a Sociedade é arrendatária – arrendamento financeiro
A Sociedade arrenda determinados itens de imobilizado em que tem substancialmente todos os riscos e
benefícios derivados da propriedade, motivo pelo qual os classifica como arrendamentos financeiros. Os
arrendamentos financeiros são capitalizados no início do arrendamento, ao valor justo do bem
arrendado ou ao valor presente dos pagamentos mínimos pelo arrendamento, o que for menor.
Cada pagamento se distribui entre o passivo e os encargos financeiros para conseguir uma taxa de juros
constante sobre o saldo pendente da dívida. As obrigações referentes ao arrendamento, líquidas de
encargos financeiros, são registradas na rubrica Outros passivos financeiros. Os juros são debitados na
demonstração do resultado consolidado durante o período de arrendamento, de maneira que se
obtenha uma taxa de juros periódica e constante sobre o saldo restante do passivo para cada exercício.
O bem adquirido mediante arrendamento financeiro é depreciado durante a sua vida útil e é registrado
na rubrica Imobilizado.
(b)
Quando a Sociedade é arrendatária – arrendamento operacional
Os arrendamentos em os que o arrendatário conserva uma parte importante dos riscos e benefícios
derivados da titularidade são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos oriundos
deste tipo de arrendamento (líquidos de qualquer incentivo por parte do arrendador) são debitados nas
demonstrações do resultado consolidado de forma linear durante o período de arrendamento.
2.22. Ativos não circulantes ou grupos de ativos para alienação, classificados como mantidos para
venda.
Os ativos não circulantes ou grupos de ativos para alienação são classificados como ativos mantidos
para venda e registrados pelo menor valor entre seu valor contábil e o valor justo menos o custo para
vender.
2.23. Manutenção de equipamentos de vôo
Os custos incorridos nas manutenções periódicas programadas de fuselagens e motores das aeronaves
(overhauling) são capitalizados e depreciados até a próxima manutenção. A taxa de depreciação é
determinada sobre bases técnicas, de acordo com a sua utilização definida pelos ciclos e horas de vôo.
As manutenções não programadas de aeronaves e motores, assim como as demais manutenções, são
debitadas no resultado do exercício em que são incorridas.
2.24. Meio ambiente
As despesas associadas à proteção do meio ambiente são imputadas no resultado quando incorridos.
NOTA 3 – GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
3.1.
Fatores de risco financeiro
As atividades da Sociedade a expõe a diversos riscos financeiros: (a) riscos de mercado, (b) risco de
crédito e (c) risco de liquidez. O programa de gestão de risco global da Sociedade se concentra na
imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no
desempenho financeiro do Grupo. A Sociedade usa instrumentos financeiros derivativos para proteger
certas exposições a risco.
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Notas Explicativas
16
(a)
Risco de mercado
Devido à natureza das suas operações, a Sociedade está exposta a riscos de mercado, tais como:
(i)
risco do preço de combustível, (ii) risco da taxa de juros e (iii) risco cambial. Com a finalidade de
cobrir total ou parcialmente estes riscos, a Sociedade opera com instrumentos derivativos para
fixar ou limitar os aumentos dos ativos subjacentes.
(i)
Risco do preço do combustível
A variação dos preços do combustível depende de maneira importante da oferta e da demanda de
petróleo no mundo, das decisões tomadas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(“OPEP”), da capacidade de refinação a nível mundial, dos níveis de estoque mantidos, da ocorrência ou
não de fenômenos climáticos e de fatores geopolíticos.
A Sociedade compra o combustível para aviões denominado Jet Fuel grau 54. Existe um índice de
referência no mercado internacional para este ativo subjacente, que é o US Gulf Coast Jet 54. No
entanto, o mercado futuro deste índice tem baixa liquidez, fato que faz com que a Sociedade efetue
hedge natural West Texas Intermediate (“WTI”), o qual tem alta correlação com o Jet Fuel e é um ativo
com alta liquidez e por isso apresenta vantagens em comparação com a utilização do US Gulf Coast
Jet 54.
Durante o exercício de 2010, a Sociedade reconheceu ganhos de R$ 1,58 milhão resultantes de
operações de hedge de combustível. Durante o exercício de 2009, a Sociedade reconheceu perdas de R$
221,88 milhões devido a essas operações.
Em 31 de dezembro de 2010, o valor de mercado das posições de combustíveis totalizava R$ 75,62
milhões. No fechamento de dezembro de 2009, este valor era de R$ 23,45 milhões. As tabelas a seguir
mostram os valores de referência (notional) das posições de compra dos derivativos contratadas para os
distintos exercícios:
Posições em 31 de dezembro de 2010
Vencimentos
Q111
Q211
1.848
135
918
134
687
139
324
149
3.777
137
249.480
======
123.012
=====
95.493
=====
48.276
=====
517.449
======
Volume (milhares de barris WTT
Valor futuro acordado (R$ por barril) (*)
Total (R$)
Percentual de hedge sobre o volume de
Consumo esperado
54%
27%
Q311
19%
Q411
8%
Total
26%
(*) Média ponderada entre collars e opções ativas
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Notas Explicativas
17
Posições em 31 de dezembro de 2009
Vencimentos
Q110
Q210
1.404
145
1.371
138
876
136
738
141
4.389
140
203.580
======
189.198
======
119.136
=====
104.058
=====
614.460
======
Volume (milhares de barris WTT
Valor futuro acordado (R$ por barril) (*)
Total (MR$)
Percentual de hedge sobre o volume de
Consumo esperado
48%
49%
Q310
Q410
29%
24%
Total
37%
(*) Média ponderada entre collars e opções ativas
Análise de sensibilidade
Uma queda nos preços do combustível afeta positivamente a Sociedade devido à redução de custos. No
entanto, essa queda afeta negativamente, em alguns casos, as posições contratadas, uma vez que as
mesmas têm a função de proteger a Sociedade frente ao risco do aumento de preços. Por isso a política é
a de manter um percentual livre de proteção de hedge para poder manter a competitividade da
Sociedade no caso de uma queda nos preços.
Uma vez que as posições vigentes não representam mudanças de fluxo de caixa, mas uma variação na
exposição do valor de mercado, as posições de hedge vigentes não têm impacto nos resultados, sendo
registradas como contratos de hedge de fluxo de caixa, o que faz com que uma variação do preço do
combustível tenha um impacto no patrimônio líquido da Sociedade.
A tabela a seguir mostra a análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros de acordo com as
variações razoáveis no preço do combustível e seus efeitos no patrimônio líquido. O prazo de projeção
foi definido até o término do último contrato de hedge de combustível vigente, correspondente ao último
dia útil do ano de 2011. Os cálculos foram feitos considerando um movimento paralelo de R$ 8,26 por
barril na curva do preço referencial futuro do WTI no fechamento de dezembro de 2010 e no
fechamento de dezembro de 2009.
Preço referencial
WTI (R$ por barril)
+8,3
-8,3
Posição em 31 de dezembro de 2010
efeito no patrimônio líquido
(milhões de R$)
+27,6
-25,9
Posição em 31 de dezembro de 2009
efeito no patrimônio líquido
(milhões de R$)
+25,2
-23,4
A Sociedade procura diminuir o risco representado pelos aumentos no preço do combustível, garantindo
não ficar em desvantagem em relação aos seus concorrentes no caso de uma forte queda nos preços.
Com esta finalidade, a Sociedade utiliza instrumentos de proteção de hedge tais como swaps, opções e
collars que cobrem parcialmente os volumes de combustíveis consumidos.
De acordo com o requerido pela IAS 39, durante os exercícios divulgados a Sociedade não registrou itens
por inefetividade nas demonstrações do resultado consolidado.
Em virtude da estrutura do hedge de combustível durante o ano de 2010, que considera uma parte do
consumo não protegida por hedge, uma queda vertical de R$8,26 no preço referencial do WTI
(considerando uma média diária mensal) significaria um impacto aproximado de R$ 44,74 milhões de
dólares a menor no custo de combustível para o ano de 2010. Um aumento vertical de 8,26 reais no
preço referencial do WTI (considerando uma média diária mensal) significaria um impacto aproximado
de R$ 42,93 milhões de dólares a maior no custo de combustível para o ano de 2010.
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Notas Explicativas
18
(ii) Risco da taxa de juros e dos fluxos de caixa:
A variação nas taxas de juros depende fortemente da situação da economia mundial. Uma melhora nas
perspectivas econômicas de longo prazo movimenta as taxas de longo prazo para cima, enquanto que
uma piora nas perspectivas provoca uma queda devido aos efeitos de mercado. No entanto, se
considerarmos uma intervenção governamental em períodos de contração econômica, costuma-se
reduzir as taxas de referência de maneira a impulsionar a demanda agregada, ao tornar o crédito mais
acessível e aumentar a produção (da mesma forma que existem aumentos na taxa de referência em
períodos de expansão econômica). A incerteza existente sobre o comportamento do mercado e dos
governos e sobre a variação da taxa de juros faz com que exista um risco associado à dívida da Sociedade
sujeita a juros variáveis e aos investimentos que mantém.
O risco das taxas de juros na dívida equivale ao risco dos fluxos de caixa futuros dos instrumentos
financeiros devido à flutuação das taxas de juros nos mercados. A exposição da Sociedade frente aos
riscos nas variações na taxa de juros de mercado está relacionada, principalmente, com as obrigações de
longo prazo com taxa variável.
Com a finalidade de diminuir o risco de um eventual aumento nos tipos de juros, a Sociedade
subscreveu contratos de swap e opções de call de taxa de juros, a fim de eliminar um valor superior a
94% da sua exposição frente às flutuações nos tipos de juros. Com isto, a Sociedade está exposta a uma
porção pequena das variações da taxa London Inter Bank Offer Rate (“LIBOR”) de 90 dias e da taxa
Ativa Bancária (“TAB”) nominal de 180 dias.
A tabela a seguir mostra a análise de sensibilidade das variações nas obrigações financeiras que não
estão cobertas frente às variações na taxa de juros. Estas variações são consideradas razoavelmente
possíveis baseadas nas condições atuais de mercado.
Aumento (redução)
Da taxa Libor três meses
+100 pontos base
-100 pontos base
Posição em 31 de dezembro de 2010
efeito no lucro antes do imposto
(milhões de R$)
-1,95
+1,95
Posição em 31 de dezembro de 2009
efeito no lucro antes do imposto
(milhões de R$)
-1,5
+1,5
Mudanças nas condições de mercado produzem uma variação na valorização dos instrumentos
financeiros vigentes de hedge de taxa de juros, ocasionando um efeito no patrimônio líquido da
Sociedade (isto porque são registrados como hedge de fluxos de caixa). Estas mudanças são
consideradas razoavelmente possíveis em função das atuais condições de mercado. Os cálculos foram
efetuados aumentando (diminuindo) na vertical 100 pontos base da curva futura da Libor de três
meses.
Aumento (redução)
da curva futuros
da taxa Libor três meses
+100 pontos base
-100 pontos base
Posição em 31 de dezembro de 2010
efeito no efeito no patrimônio líquido
(milhões de R$)
69,99
(74,87)
Posição em 31 de dezembro de 2009
efeito no efeito no patrimônio líquido
(milhões de R$)
85,58
(91,77)
Existem limitações no método utilizado para análise de sensibilidade e correspondem às limitações nas
informações disponíveis no mercado. Estas limitações seguem o fato de que os níveis que indicam as
curvas de futuros não necessariamente se cumprirão e variarão em cada exercício.
De acordo com o requerido pela IAS 39, durante os exercícios divulgados, a Sociedade não registrou
itens por inefetividade nas demonstrações do resultado consolidado.
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Versão : 1
Notas Explicativas
19
(iii)
Risco cambial
A moeda funcional utilizada pela Sociedade é o dólar norte americano no que se refere à fixação de
preços dos seus serviços, à elaboração do seu balanço patrimonial e aos efeitos sobre os resultados das
operações. A Sociedade vende a maior parte de seus serviços em dólares norte americanos ou em preços
equivalentes ao dólar norte americano e grande parte das suas despesas está denominada em dólares
norte americanos ou em preços equivalentes ao dólar norte americano, destacando-se os custos de
combustível, taxas aeronáuticas, aluguel de aeronaves, seguros e componentes e acessórios para
aeronaves. As despesas com remuneração estão discriminadas em moedas locais.
A Sociedade mantém as tarifas dos negócios de carga e passageiros internacionais em dólares norte
americanos. Nos negócios domésticos existe um mix, uma vez que no Peru as vendas são em moeda local
e os preços indexados em dólar norte americano. No Chile e Argentina, as tarifas são em moeda local
sem nenhum tipo de indexação. No caso das operações domésticas no Equador, tanto as tarifas como as
vendas são em dólares. Como resultado disso, a Sociedade se encontra exposta à flutuação de diversas
moedas, principalmente peso chileno, peso argentino, peso uruguaio, euro, novo sol peruano, real
brasileiro, dólar australiano e dólar neozelandês. Destas moedas, a maior exposição se apresenta em
pesos chilenos.
A Sociedade efetua hedges parciais de exposição ao risco do tipo de câmbio utilizando contratos forward
de moeda e cross currency swaps. São efetuados monitoramentos constantes na exposição da parcela
não coberta por hedge e para os períodos abrangidos pelas presentes demonstrações financeiras, o
impacto não foi relevante para os resultados da Sociedade.
(b) Risco de crédito
O risco de crédito se produz quando a contraparte não cumpre as suas obrigações com a Sociedade sob
um determinado contrato ou instrumento financeiro, o que decorre em prejuízo no valor de mercado de
um instrumento financeiro (somente ativos financeiros, não passivos).
A Sociedade está exposta a risco de crédito devido às suas atividades operacionais e às suas atividades
financeiras, incluindo depósitos bancários e em instituições financeiras, investimentos em outro tipo de
instrumentos, transações cambiais e contratação de instrumentos derivativos ou opções.
(i)
Atividades financeiras
Os excedentes de caixa que ficam após o financiamento dos ativos necessários para a operação são
investidos de acordo com limites de crédito aprovados pela Diretoria da Sociedade, principalmente em
depósitos a prazo com diferentes instituições financeiras, fundos mútuos de curto prazo e bônus
corporativos e soberanos de vidas remanescentes curtas e facilmente liquidáveis. Estes investimentos
estão contabilizados como Caixa e equivalentes de caixa e em Investimentos mantidos até o vencimento.
Com a finalidade de diminuir o risco da contraparte e também para que o risco assumido seja conhecido
e administrado pela Sociedade, os investimentos são diversificados com diferentes instituições bancárias
(tanto locais como também internacionais). Desta forma, a Sociedade mede a qualidade creditícia de
cada contraparte e os níveis de investimento com base em (i) sua classificação de risco, (ii) o tamanho do
patrimônio da contraparte e (iii) fixação de limites de investimento de acordo com o nível de liquidez da
Sociedade. De acordo com estes três parâmetros, a Sociedade opta pelo parâmetro mais restritivo dos
três anteriores e, com base no escolhido, estabelece limites às operações com cada contraparte.
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Notas Explicativas
20
A Sociedade não mantém garantias para mitigar essa exposição.
(ii) Atividades operacionais
A Sociedade tem quatro grandes “clusters” de venda: as agências de viagem, agentes de carga,
companhias aéreas e as administradoras de cartões de crédito. As três primeiras são regidas pelas
normas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (“IATA”), órgão internacional composto pela
maioria das companhias aéreas que representam mais de 90% do tráfego comercial programado, sendo
que um dos seus objetivos principais é a regulação das operações financeiras entre companhias aéreas e
as agências de viagem e de carga. Quando uma agência ou companhia aérea não paga a sua dívida, é
impossibilitada de operar com o grupo de companhias aéreas membro da IATA. No caso das
administradoras de cartões de crédito, estas se encontram garantidas em 100% pelas instituições
emissoras.
A exposição é definida pelos prazos outorgados, que variam de 1 a 45 dias.
Uma das ferramentas que a Sociedade utiliza para diminuir o risco de crédito é a participação em órgãos
mundiais relacionados com a indústria aeronáutica, tais como IATA, Business Sales Processing (“BSP”),
Cargo Account Settlement Systems (“CASS”), IATA Clearing House (“ICH”) e instituições bancárias
(cartões de crédito). Estas instituições cumprem o papel de cobradoras e distribuidoras entre as
companhias aéreas e as agências de viagem e carga. No caso da IATA Clearing House, ela atua como um
ente compensador entre as companhias aéreas pelos serviços que prestam entre si. Através destes
organismos, tem-se administrado a diminuição dos prazos e implementação de garantias.
Qualidade creditícia dos ativos financeiros
O sistema externo de avaliação creditícia utilizado pela Sociedade é fornecido pela IATA. Além disso,
utilizam-se sistemas internos para avaliações particulares ou mercados específicos, a partir de
informativos comerciais disponíveis no mercado local. A qualificação interna é complementar à
qualificação externa, isto é, se as agências ou linhas aéreas não participam da IATA, as exigências
internas são maiores. A taxa de inadimplência nos principais países onde a Sociedade está presente é
pouco significativa.
(c) Risco de liquidez
O risco de liquidez representa o risco de que a Sociedade não possua recursos para pagar suas
obrigações.
Devido ao caráter cíclico de seu negócio, às operações e às necessidades de investimento e
financiamentos derivadas da incorporação de novas aeronaves e à renovação de sua frota, juntamente
com a necessidade de financiamento associada a coberturas de risco de mercado, a Sociedade precisa de
fundos líquidos para assegurar o pagamento de suas obrigações.
Por esse motivo, a Sociedade administra seu caixa e equivalentes de caixa e seus demais ativos
financeiros, amarrando o prazo de seus investimentos com os das suas obrigações. Desta forma, por
política, o prazo médio dos investimentos não pode exceder o prazo médio de suas obrigações. Esta
posição de caixa e equivalentes de caixa está investida em instrumentos altamente líquidos de curto
prazo, através de entidades financeiras de primeiro nível.
A Sociedade apresenta obrigações futuras de arrendamento mercantil financeiro e operacional,
vencimentos de outras obrigações com bancos, contratos de derivativos e contratos de compra de aviões.
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Notas Explicativas
21
Tipo de passivos para análise de risco de liquidez, agrupados por vencimento em 31 de dezembro de 2010
Rut (*)
empresa
devedora
Nome da
da
devedora
País de
empresa
devedora
Obrigações
garantidas
89.862.200-2
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Chile
Chile
Chile
Chile
Chile
Chile
Chile
-
IN
Calyon
Pefco
BNP Paribas
Wells Fargo
Citibank
Santander
EU
França
EU
EU
EU
EU
España
US$
US$
US$
US$
US$
US$
US$
Arrendamento
financeiro
89.862.200-2
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Chile
Chile
Chile
Chile
-
IN
Calyon
Citibank
S. Chartered
EU
França
EU
EU
US$
US$
US$
US$
Empréstimos
bancários
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Chile
-
Santander Madrid
España
US$
Empréstimos
bancários
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Aires S.A.
Chile
Chile
Chile
Chile
Colombia
Corpbanca
Itaú
BCI
Estado
Hel
Chile
Chile
Chile
Chile
Colombia
CLP
CLP
CLP
CLP
COP
Outros
empréstimos
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Chile
Chile
-
Santander Madrid
Boeing
Espanha
EE.UU
US$
US$
Derivativos
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Chile
-
Outros
-
US$
Derivativos
não hedge
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Chile
-
Outros
-
US$
Lan Airlines S.A.
e Afiliadas
Vários
-
Vários
-
US$
CLP
Lan Airlines S.A.
e Afiliadas
Vários
-
Vários
-
US$
Lan Airlines S.A.
e Afiliadas
Vários
96.847.880-K
Lufthansa Lan
Technical Training S.A. -
US$
Tipo de
passivo
Contas comerciais
e outras contas
a pagar
Outras contas a
pagar, não
circulantes
Contas a pagar
a partes
relacionadas
Rut
empresa
credora
Nome de
empresa
credora
97.023.000-9
76.645.030-K
97.006.000-6
97.030.000-7
-
País de
empresa
credora
Descrição
da
moedadias
Total
4
9
==
PÁGINA: 85 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Notas Explicativas
22
Tipo de passivos para análise de risco de liquidez, agrupados por vencimento em 31 de dezembro de 2009
Rut (*)
empresa
devedora
Nome da
da
devedora
País de
empresa
devedora
Rut
empresa
credora
Nome de
empresa
credora
País de
empresa
credora
Obrigações
garantidas
89.862.200-2
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Chile
Chile
Chile
Chile
Chile
Chile
-
ING
Calyon
Pefco
BNP Paribas
RBS
Wells Fargo
EUA
França
EU
EU
EU
EU
US$
US$
US$
US$
US$
US$
Arrendamento
financeiro
89.862.200-2
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Chile
Chile
Chile
Chile
-
ING
Calyon
Citibank
S. Chartered
EU
França
EU
EU
US$
US$
US$
US$
Empréstimos
bancários
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Chile
97.036.000-K
Santander
Chile
US$
Empréstimos
bancários
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Chile
Chile
Chile
Chile
Corpbanca
Itaú
BCI
Estado
Chile
Chile
Chile
Chile
CLP
CLP
CLP
CLP
Outros
empréstimos
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Chile
-
Boeing
EUA
US$
Derivativos
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Chile
-
Outros
-
US$
Derivativos não
designados
como hedge
89.882.200-2
Lan Airlines S.A.
Chile
-
Outros
-
US$
Lan Airlines S.A.
e Controladas
Vários
-
Vários
-
US$
3
CLP
Outras moedas 1
Lan Airlines S.A.
e Controladas
Vários
-
Vários
-
US$
Lan Airlines S.A.
e Controladas
Vários
-
Vários
-
US$
Tipo de
passivo
Fornecedores e
outras contas
a pagar
Outras contas a
pagar, não
circulantes
Contas a pagar
a partes
vinculadas
97.023.000-9
76.645.030-K
97.006.000-6
97.030.000-7
Total
(*) RUT: Rol Único Tributário, número único de identificação de contribuinte.
Descrição
da
moeda
7
==
derivativos, correspondentes ao caixa e cartas de crédito stand by. No fechamento de 31 de dezembro de
2010, tinha entregue R$ 74,87 milhões adicionais em garantia correspondentes ao caixa devido ao
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
vencimento e à aquisição de contratos de combustível e juros.
Versão : 1
Notas Explicativas
3.2. Gestão de risco de capital
Os objetivos da Sociedade em relação à gestão do capital são (i) resguardá-lo para continuar como
empresa em funcionamento, (ii) garantir rendimento para os acionistas e (iii) manter uma estrutura
ótima de capital, reduzindo seu custo.
Para poder manter ou ajustar a estrutura de capital, a Sociedade poderia ajustar o valor dos dividendos
a pagar aos acionistas, reembolsar capital aos acionistas, emitir novas ações ou vender ativos para
reduzir a dívida.
A Sociedade faz acompanhamento do capital, de acordo com o índice de alavancagem, em linha com as
práticas do setor. Este índice é calculado pela dívida líquida ajustada dividida pelo capital. A dívida
líquida ajustada é calculada pelo total da dívida financeira somada a 8 vezes as despensas de
arrendamento operacional dos últimos 12 meses, menos o caixa total (medido pela soma do caixa e
equivalentes de caixa mais os valores por negociar). O capital é calculado pelo patrimônio líquido sem o
impacto do valor de mercado dos derivativos somado à dívida ajustada líquida.
Atualmente, a estratégia da Sociedade, vigente desde 2007, consiste em manter um índice de
alavancagem entre 70% e 80% e um rating creditício internacional superior a BBB- (mínimo requerido
para ser considerado grau de investimento). Os índices de alavancagem em 31 de dezembro de 2010 e 31
de dezembro de 2009, foram os seguintes:
Total empréstimos
Arrendamento operacional dos últimos doze meses x 8
Menos:
Caixa e valores negociáveis
Total da dívida líquida ajustada
Patrimônio líquido
Reservas de hedge líquidas
Capital total
Índice de alavacagem
Em 31 de
Dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
5.381.709
1.302.150
5.300.309
1.154.556
(1.216.941)
(1.365.256)
5.466.918
2.141.040
176.740
5.089.609
1.894.378
159.005
7.784.698
=======
7.142.992
=======
70,2%
71,3%
PÁGINA: 87 de 158
Contratos de instrumentos derivativos de taxas de juros,
Contratos de derivativos de combustível,
Contratos derivativos de moeda e
Fundos de investimento privados.
A Sociedade efetuou a medição do valor justo utilizando uma hierarquia que reflete o nível de
informação usada na valorização. Esta hierarquia é composta por 3 níveis (I) valor justo baseado na
cotação em mercados ativos para ativos e passivos similares, (II) valor justo baseado em técnicas de
valorização que utilizam informação de preços de mercado ou derivativos do preço de mercado de
instrumentos financeiros similares (III) valor justo baseado em modelos de valorização que não utilizam
informação de mercado.
O valor justo dos instrumentos financeiros que transacionam em mercados ativos, tais como, os
investimentos adquiridos para negociação, baseia-se em cotações de mercado no fechamento do
exercício, utilizando o preço atual comprador. O valor justo de ativos financeiros que não são
transacionados em mercados ativos (contratos derivativos) é determinado utilizando-se técnicas de
valorização que maximizam o uso da informação de mercado disponível. As técnicas de valorização
geralmente usadas pela Sociedade são: cotações de mercado de instrumentos similares e/ou estimativa
do valor presente dos fluxos de caixa futuros utilizando-se as curvas de preços futuros de mercado ao
fechamento do exercício.
O quadro a seguir mostra a classificação dos instrumentos financeiros a valor justo em 31 de dezembro
de 2010, segundo o nível de informação utilizada na valorização:
Valor justo
Em 31 de
Dezembro de
2010
Ativos
Fundos mútuos de curto prazo
Valor justo derivativos de taxa de juros
Valor justo derivativos de combustível
Valor justo derivativos moeda estrangeira
Valor justo fundos privados de investimento
Passivos
Valor justo derivativos taxa de juros
Valor justo derivativos moeda estrangeira
Derivativos de taxa de juros não designados
como hedge
Medições de valor justo usando
valores considerados como
Nível I
Nível II
Nível III
MR$
MR$
MR$
MR$
324.620
697
75.639
56.010
97.173
324.620
97.173
697
75.639
56.010
-
-
196.493
34.531
-
196.493
34.531
-
32.604
-
32.604
-
PÁGINA: 88 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
25
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade possuía instrumentos financeiros que não se
registram a valor justo. Com o propósito de cumprir com os requerimentos de divulgação de valores
justos, a Sociedade valoriza estes instrumentos, de acordo com o apresentado no quadro a seguir:
Em 31 de
dezembro de 2010
Valor
Valor
contábil
justo
MR$
Em 31 de
dezembro de 2009
Valor
Valor
contábil
justo
MR$
MR$
MR$
Caixa e equivalentes de caixa
Recursos em caixa
Saldos em bancos
Depósitos a prazo
6.368
40.337
670.542
6.368
40.337
670.542
4.667
53.747
900.061
4.667
53.747
900.061
Outros ativos financeiros
Bônus nacionais e estrangeiros
Outros ativos financeiros
77.901
133.460
83.036
133.460
104.155
46.940
109.200
46.940
Contas a receber e outros recebíveis e
Direitos a receber, não circulantes
807.724
807.724
742.922
742.922
83
83
66
66
4.862.681
4.903.369
4.784.000
5.000.000
826.646
826.646
650.703
650.703
304
304
512
512
608.182
608.182
640.437
640.437
Contas a receber de partes relacionadas
Outros passivos financeiros
Fornecedores e outras contas a
pagar, circulantes
Contas a pagar a partes relacionadas
Outras contas a pagar, não circulantes
Assume-se que o valor contábil das contas a receber e a pagar se aproxima de seus valores justos, devido
à sua natureza de curto prazo. No caso recursos em caixa, saldo em bancos, depósitos a prazo e outras
contas a pagar, não circulantes, o valor justo se aproxima de seu valor contábil.
O valor justo de outros passivos financeiros é estimado descontando-se os fluxos contratuais futuros de
caixa à taxa de juros atual de mercado, que está disponível em instrumentos financeiros semelhantes.
No caso de outros ativos financeiros, a valorização se deu segundo a cotação de mercado no fechamento
do exercício.
NOTA 4 – ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS
A Sociedade utiliza estimativas para mensurar e registrar alguns dos ativos, passivos, receitas, despesas
e compromissos. Basicamente estas estimativas se referem a:
1.
2.
3.
4.
5.
Mensuração de possíveis perdas por impairment de determinados ativos.
Vida útil e valor residual dos ativos tangíveis e intangíveis.
Critérios empregados na mensuração de determinados ativos.
Tickets aéreos vendidos que não serão utilizados.
Cálculo da receita diferida no fechamento do exercício, correspondente à mensuração dos pontos
outorgados aos titulares do cartão fidelidade Lan Pass e pendentes de uso.
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Versão : 1
Notas Explicativas
26
6. Necessidade de constituir provisões e, no caso de serem requeridas, ao valor das mesmas.
7. Recuperabilidade dos ativos por impostos diferidos.
Estas estimativas são realizadas em função da melhor informação disponível sobre os itens analisados.
Em qualquer caso, é possível que acontecimentos que possam acontecer no futuro obriguem a modificálas nos próximos exercícios, o que se realizaria de forma prospectiva.
NOTA 5 - INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
A Sociedade reporta informação por segmentos, de acordo com o estabelecido na IFRS 8 “Segmentos
operacionais”. A norma em questão estabelece patamares para o relatório de informação por segmentos
nos balanços, bem como também informações sobre produtos e serviços, áreas geográficas e principais
clientes. Um segmento operacional é definido como uma parte da entidade sobre o qual se tem
informação financeira separada, que é valorizada constantemente pela alta administração para a tomada
de decisões sobre a assignação de recursos e a valorização dos resultados. A Sociedade considera que
possui somente um segmento operacional: o transporte aéreo.
Segmento de Transporte Aéreo
Para os exercícios findos
31 de dezembro de
2010
2009
Receitas de atividades continuadas
Procedentes de clientes externos
Receitas financeiras
Despesas financeiras
Total despesas financeiras, líquidas
Depreciação e amortização
Lucro do segmento apresentado
Participação da Sociedade no resultado de coligadas
Despesas com impostos sobre os lucros
Ativos do segmento
Investimentos avaliados por equivalência patrimonial
Desembolsos dos ativos não monetários do segmento
MR$
MR$
7.942.185
7.241.900
26.155
(273.299)
35.547
(306.127)
(247.144)
========
(270.580)
=======
(591.540)
732.696
237
(141.705)
11.203.516
1.137
1.821.540
(606.174)
447.231
628
(86.345)
9.950.820
2.863
1.069.372
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Versão : 1
Notas Explicativas
27
As receitas da Sociedade por área geográfica são as seguintes:
Para os exercícios findos
31 de dezembro de
2010
2009
Peru
Argentina
EUA
Europa
Chile
Outros *
Total (**)
MR$
MR$
973.412
871.449
1.508.294
786.477
2.176.178
1.626.375
903.253
806.188
1.350.402
677.319
1.992.512
1.512.226
7.942.185
========
7.241.900
=======
A Sociedade aloca as receitas à área geográfica considerando o ponto de venda da passagem ou carga. Os
ativos estão constituídos, principalmente, por aviões e equipamentos aeronáuticos, os quais são
utilizados ao longo de diferentes países e que, por esse motivo, não é possível alocar somente a uma
única área geográfica.
(*) Inclui o restante da América Latina e Ásia Pacífico.
(**) Inclui receitas ordinárias e outras receitas de operação.
NOTA 6 – CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Recursos em caixa
Saldos em banco
Depósitos a prazo
Outros
Total
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
6.368
40.337
670.542
324.620
4.667
53.747
900.061
302.626
1.041.867
=======
1.261.101
=======
Os saldos por moedas que compõem o Caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro de 2010 e 31 de
dezembro de 2009 são os seguintes:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
Tipo de moeda
2010
2009
MR$
Dólar norte americano
Peso chileno (*)
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Outras moedas
Total
MR$
320.644
608.162
12.950
18.541
7.857
73.713
394.587
750.826
22.852
10.525
5.243
77.068
1.041.867
=======
1.261.101
=======
PÁGINA: 91 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
28
(*) A Sociedade subscreveu contratos de derivativos de moeda (forward) por MR$ 279.608 em 31 de
dezembro de 2010 (MR$ 633.418 em 31 de dezembro de 2009), para a conversão em dólares dos
investimentos em pesos e contratos de derivativos de moeda (cross currency swap) por MR$ 49.956
em 31 de dezembro de 2010 (MR$0 em 31 de dezembro de 2009), para a conversão em dólar dos
investimentos em Unidades de Fomento (UF).
Na Venezuela, a partir do ano 2003, a autoridades daquele país definiram que todas as remessas para o
exterior devem ser aprovadas pela Comissão Administradora de Divisas (“CADIVI”). Com isto, apesar de
ter livre disponibilidade dos bolívares dentro da Venezuela, a Sociedade tem certas restrições para
remeter livremente esses recursos para fora da Venezuela. Em 31 de dezembro de 2010, o montante
sujeito a essas restrições, expresso em dólares, é de MR$ 44.144 (MR$ 45.162 em 31 de dezembro de
2009).
A Sociedade não tem transações não monetárias significativas que necessitem ser divulgadas.
NOTA 7 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS
7.1.
Instrumentos financeiros por categoria
Em 31 de dezembro de 2010
Ativos
Mantidos
até o
vencimento
MR$
Caixa e equivalentes de caixa
Outros ativos financeiros (*)
Contas a receber e outros
recebíveis, circulantes
Contas a receber de partes
Relacionadas, circulantes
Direitos a receber, não circulantes
Total
Passivos
Outros passivos financeiros
Fornecedores e outras contas
a pagar, circulantes
Contas a pagar a partes
relacionadas, circulantes
Outras contas a pagar, não circulantes
Total
Designados
no momento
inicial ao
Empréstimo Instrumentos Mantidos
valor justo
e
de
para
por meio
recebíveis
hedge
negociação do resultado
MR$
MR$
MR$
Total
MR$
MR$
78.738
717.247
132.623
132.346
324.620
-
97.173
1.041.867
440.880
-
794.709
-
-
-
794.709
-
83
13.015
-
-
-
83
13.015
78.738
=====
1.657.677
========
132.346
=====
342.620
======
97.173
======
2.290.554
========
Outros
passivos
financeiros
Instrumentos
de
hedge
Mantidos
para
negociação
Total
MR$
MR$
MR$
MR$
4.862.681
231.024
32.604
5.126.309
826.646
-
-
826.646
304
608.182
-
-
304
608.182
6.297.813
========
231.024
======
32.604
=====
6.561.441
=======
(*) O valor divulgado em Mantidos até o vencimento corresponde, principalmente, a bônus nacionais e
estrangeiros; e o Designados no momento inicial ao valor justo por meio do resultado correspondem
aos fundos de investimento privados.
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Versão : 1
Notas Explicativas
29
Em 31 de dezembro de 2009
(*) O valor demonstrado em Mantidos até o vencimento corresponde, principalmente, a bônus
nacionais e estrangeiros.
Ativos
Mantidos
até o
vencimento
Empréstimo Instrumentos Mantidos
e
de
para
recebíveis
hedge
negociação
MR$
Caixa e equivalentes de caixa
Outros ativos financeiros (*)
Contas a receber e outros
recebíveis, circulantes
Contas a receber de partes
Relacionadas, circulantes
Direitos a receber, não circulantes
Total
MR$
Total
MR$
MR$
MR$
105.030
958.475
46.065
74.216
302.626
-
1.261.101
225.311
-
730.526
-
-
730.526
-
66
12.396
-
-
66
12.396
105.030
======
1.747.528
========
74.216
=====
302.626
======
2.229.400
=======
Passivos
Outros passivos financeiros
Fornecedores e outras contas
a pagar, circulantes
Contas a pagar a partes
relacionadas, circulantes
Outras contas a pagar, não circulantes
Total
Outros
passivos
financeiros
Instrumentos
de
hedge
Mantidos
para
negociação
Total
MR$
MR$
MR$
MR$
4.784.000
135.047
13.507
4.932.554
650.703
-
-
650.703
512
640.437
-
-
512
640.437
6.075.652
========
135.047
======
13.507
=====
6.224.206
========
7.2. Instrumentos financeiros por moedas
a)
Ativos
Em 31 de
Dezembro de
2010
MR$
Caixa e equivalentes de caixa
Dólar norte americano
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Outras moedas
Outros ativos financeiros
Dólar norte americano
Real brasileiro
Outras moedas
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
1.041.867
320.644
608.162
12.950
18.541
7.857
73.713
1.261.101
394.587
750.826
22.852
10.525
5.243
77.068
440.880
422.339
11.113
7.428
225.311
210.538
9.196
5.577
PÁGINA: 93 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
30
Contas a receber e outros recebíveis, circulantes
Dólar norte americano
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Dólar australiano
Outras moedas
Direitos a receber, não circulantes
Dólar norte americano
Peso chileno
Outras moedas
Em 31 de
Dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
794.709
585.613
47.229
13.916
11.065
51.724
20.565
64.597
730.526
551.646
89.774
8.951
26.132
19.292
13.094
21.637
13.015
15
12.983
17
12.396
16
12.377
3
83
48
35
66
50
16
2.290.553
1.328.659
668.409
26.867
29.606
70.694
20.565
145.753
2.229.399
1.156.837
852.992
31.803
36.657
33.730
13.094
104.286
Contas a receber de parte relacionadas, circulantes
Dólar norte americano
Peso chileno
Total ativos
Dólar norte americano
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Dólar australiano
Outras moedas
b) Passivos
A informação dos passivos encontra-se na Nota 3 - Gestão de risco financeiro.
NOTA 8 – CONTAS A RECEBER E OUTROS RECEBÍVEIS E DIREITOS A RECEBER, NÃO
CIRCULANTES.
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
Contas a receber
Outras contas a receber e direitos a receber
Total Contas a receber e outros recebíveis
Menos: Provisão por perdas por impairment
Total Contas a receber e outros recebíveis - líquido
Menos: Parcela não circulante – direitos a receber
719.136
125.037
844.173
(36.449)
807.724
(13.015)
702.220
81.763
783.983
(41.061)
742.922
(12.396)
Contas a receber e outros recebíveis, circulantes
794.709
======
730.526
======
O valor justo das contas a receber e outros recebíveis não difere significativamente de seu valor contábil.
PÁGINA: 94 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
31
Existem contas a receber vencidas, mas não consideradas para impairment. A idade dos saldos dessas
contas é a seguinte:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de dezembro de
2010
2009
Até 3 meses
Entre 3 e 6 meses
Total
MR$
MR$
20.647
18.350
17.402
15.030
38.997
=====
32.432
=====
O montante correspondente às Contas a receber e outros recebíveis individualmente considerados
impaired é:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de dezembro de
2010
2009
Cobrança judicial e pré judicial
Devedores em processo de gestão pré judicial
Total
MR$
MR$
17.477
8.683
17.900
8.674
26.160
=====
26.574
=====
Os saldos por moeda que compõem as contas a receber e outros recebíveis não circulantes em 31 de
dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, são os seguintes:
Tipo de moeda
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
585.628
60.212
13.916
11.065
51.724
20.565
64.614
551.661
102.150
8.951
26.132
19.292
13.094
21.642
807.724
======
742.922
======
Dólar norte americano
Peso chileno
Euro
Peso Argentino
Real brasileiro
Dólar Australiano
Outras moedas
Total
A Sociedade efetua provisão para perda quando identifica evidências de perda por impairment de contas
a receber. Os critérios utilizados para determinar se existe evidência objetiva de perdas por deterioração
são a maturidade da carteira, ações concretas de perda (default) e sinais concretos do mercado.
Maturidade
Impairment
%
Ativos em cobrança judicial e pré judicial
Superior a 1 ano
Entre 6 e 12 meses
100
100
50
PÁGINA: 95 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
32
A movimentação da provisão de perdas por impairment de contas a receber e outras contas a receber
entre 1º. de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2010, é a seguinte:
MR$
Em 1o. de janeiro de 2009
Baixas
Aumentos de provisão
(53.096)
11.285
(14.454)
15.204
Variações cambiais
Saldos em 31 de dezembro de 2009
(41.061)
======
Em 1o. de janeiro de 2010
Baixas
Aumentos de provisão
(41.061)
8.789
(5.877)
1.700
Variações cambiais
Saldos em 31 de dezembro de 2010
(36.449)
=====
Uma vez esgotadas as gestões de cobrança pré-judiciais e judiciais toma-se o procedimento de baixar os
ativos contra a provisão constituída. A Sociedade utiliza somente o método de provisão e não o de baixa
direta para ter um melhor controle.
As renegociações históricas e atualmente vigentes são pouco relevantes e a política é a de analisar caso a
caso para poder classificá-las segundo a existência de risco, determinando se cabe a sua reclassificação
em contas de cobrança pré-judicial. No caso de reclassificação, é constituída a provisão das parcelas
vencidas e a vencer.
A exposição máxima do risco de crédito na data das demonstrações financeiras é o valor justo de cada
uma das rubricas de contas a receber indicadas anteriormente.
Em 31 de dezembro de 2010
Em 31 de dezembro de 2009
Exposição
Exposição
Exposição líquida
Exposição ExposiçãoExposição líquida
bruta Segundo
bruta
concentração
bruta Segundo bruta
concentrações
balanço
impaired
de risco
balanço
impaired
de risco
Contas a receber
Outros recebíveis
MR$
MR$
MR$
MR$
MR$
MR$
719.136
125.037
(36.449)
-
682.687
125.037
702.220
81.762
(41.061)
-
661.159
81.762
Para o risco de crédito existem garantias pouco relevantes que são valorizadas quando se tornam
efetivas, não existindo garantias diretas materialmente importantes. As garantias existentes, quando
necessárias, são constituídas através da IATA.
PÁGINA: 96 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
33
NOTA 9 – CONTAS A RECEBER E A PAGAR A PARTES RELACIONADAS
As contas a receber e a pagar a partes relacionadas em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente
a) Contas a receber
Em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009 não se efetuaram provisões de impairment para esses valores.
Rut parte
96.778.310-2
96.921.070-3
87.752.000
96.669.520-k
96.812.280-0
Nome parte relacionada
Concesionaria Chucumata S.A.
Austral Sociedad Concesioanria S.A.
Granja Marina Tornagaleones S.A.
Red de Televisión Chilevisión S.A.
San Alberto S.A. y Filiales
Total ativo circulante
Natureza da relação
Coligada
Coligada
Outras partes relacionadas
Outras partes relacionadas
Outras partes relacionadas
País
origem
Chile
Chile
Chile
Chile
Chile
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
7
3
25
48
10
6
50
83
==
66
==
Tipo de
moeda ou unidade
de reajuste
Prazos
transaç
CLP
CLP
CLP
CLP
CLP
30 a 45
30 a 45
30 a 45
30 a 45
30 a 45
PÁGINA: 97 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Notas Explicativas
34
b)
Contas a pagar
Rut parte
Nome parte relacionada
Natureza da relação
País
origem
Em 31 de
dezembro de
2010
MR$
96.847.880-K
Lufthansa Lan Technical Training S.A.
Coligada
Chile
96.921.070-3
87.752.000-5
Estrangeira
Austral Sociedad Concesionaria S.A.
Granja Marina Tornagaleones S.A.
Inversora Aeronáutica Argentina
Coligada
Outras partes relacionadas
Outras partes relacionadas
Chile
Chile
Argentina
Total passivo corrente
Em 31 de
dezembro de
2009
Tipo de
moeda ou unidade
de reajuste
Prazos
transaç
MR$
304
424
US$
30 a 45
-
10
18
60
CLP
CLP
CLP
30 a 45
30 a 45
30 a 45
304
===
512
====
As transações entre partes relacionadas foram realizadas em condições de transação livre entre partes interessadas e devida
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Tipo de moeda
Notas Explicativas
Estoques técnicos
Estoques não técnicos
Total
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
67.072
20.750
61.519
18.756
87.822
======
80.275
======
Versão : 1
Os itens incluídos nesta rubrica correspondem a sobressalentes e materiais que serão utilizados,
principalmente, em consumos de serviços de bordo e em serviços de manutenção própria e de terceiros;
estes se encontram valorizados pelo seu custo de aquisição médio, líquido da sua provisão de
obsolescência que, em 31 de dezembro de 2010, totaliza MR$ 5.077 (MR$ 1.394 em 31 de dezembro de
2009). Os montantes resultantes não excedem aos respectivos valores de realização.
Em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade registrou MR$ 57.839 (MR$ 64.863 em 31 de dezembro de
2009) no resultado, produto, principalmente, do consumo em serviços de bordo e manutenções. Esses
valores são registrados na rubrica Custo das vendas.
NOTA 11 - OUTROS ATIVOS FINANCEIROS
A composição de outros ativos financeiros é a seguinte:
Circulante
a) Outros ativos financeiros
b) Ativos de Hedge
Total circulante
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
273.591
131.649
124.175
66.615
405.240
======
190.790
======
34.943
697
26.920
7.601
35.640
======
34.521
======
Não circulante
a) Outros ativos financeiros
b) Ativos de Hedge
Total não circulante
PÁGINA: 99 de 158
Fundos de investimentos privados
Bônus nacionais e estrangeiros
Garantias por margens de derivativos
Depósitos em garantia (aeronaves)
Outras garantias outorgadas
Total circulante
Não circulante
Depósitos em garantia (aeronaves)
Outras garantias outorgadas
Outros investimentos
Total não circulante
Total outros ativos financeiros
97.173
77.901
65.822
19.862
12.833
104.155
4.138
532
15.350
273.591
======
124.175
======
24.765
9.341
837
23.757
2.288
875
34.943
26.920
308.534
======
151.095
======
b) Ativos de hedge
Os ativos de hedge em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente, são
demonstrados a seguir:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de dezembro de
2010
2009
Circulante
Juros auferidos desde a última data de pagamento
Swap de moedas
Valor justo de derivativos de taxa de juros
Valor justo de derivativos de moeda estrangeira
Valor justo de derivativos de preço de combustível
Total circulante
Não circulante
Valor justo de derivativos de taxa de juros
Valor justo de derivativos de moeda estrangeira
Total não circulante
Total outros ativos financeiros
MR$
MR$
6.094
49.916
75.639
864
40.843
24.908
131.649
======
66.615
=====
697
-
4.531
3.070
697
7.601
132.346
======
74.216
=====
Os derivativos de moeda estrangeira correspondem a contratos forward e cross currency swap.
Os tipos de derivativos dos contratos de hedge mantidos pela Sociedade ao fechamento de cada exercício
são divulgados na Nota 20.
PÁGINA: 100 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
37
NOTA 12 - OUTROS ATIVOS NÃO FINANCEIROS
A composição dos outros ativos não financeiros é a seguinte:
Circulante
a) Pagamentos antecipados
b) Outros ativos
Total circulante
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
29.137
1.932
26.305
3.223
31.069
======
29.528
======
6.221
47.450
1.229
48.312
53.671
======
49.541
======
Não circulante
a) Pagamentos antecipados
b) Outros ativos
Total não circulante
a) Pagamentos antecipados
Os pagamentos antecipados em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente são
demonstrados a seguir:
Circulante
Seguros de aviação e outros
Arrendamento de aeronaves
Outros
Total circulante
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
10.664
12.123
6.350
10.306
10.696
5.303
29.137
======
26.305
=====
4.905
1.316
1.229
6.221
1.229
35.358
======
27.534
=====
Não circulante
Serviços de handling e ground handling
Outros
Total não circulante
Total pagamentos antecipados
PÁGINA: 101 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
38
b) Outros ativos
Os outros ativos em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente, são
demonstrados a seguir:
Circulante
Outros
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
1.932
3.223
1.932
======
3.223
======
38.539
8.229
682
35.011
12.633
668
Total não circulante
47.450
______
48.312
_______
Total outros ativos
49.382
======
51.535
======
Total circulante
Não circulante
Impostos a recuperar
Despesa diferida pelo arrendamento de aeronaves
Outros
NOTA 13 - ATIVOS NÃO CIRCULANTES OU GRUPOS DE ATIVOS PARA ALIENAÇÃO
CLASSIFICADOS COMO MANTIDOS PARA VENDA
Os ativos não circulantes e grupos de ativos para alienação classificados como mantidos para venda em
31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente, são demonstrados a seguir:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de dezembro de
2010
2009
MR$
Motores
Estoques em consignação
Aeronaves
Aeronaves sucateadas
Peças de reposição
Total
MR$
3.639
1.235
2.538
1.601
63
9.660
4.048
2.650
1.517
949
9.076
======
18.824
======
Durante o exercício de 2010, foram realizadas vendas de peças de reposição, estoques mantidos em
consignação e três motores, todos correspondentes à frota Boeing 737.
Durante o exercício 2009, foi registrada a venda de peças de reposição, estoques mantidos em
consignação, venda de uma aeronave e cinco motores; adicionalmente, foi incorporado um motor na
rubrica, todos anteriores à frota Boeing 737.
PÁGINA: 102 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
39
Os saldos desta rubrica são divulgados líquidos de provisão, que, em 31 de dezembro de 2010, totaliza
MR$ 8.605 (MR$ 7.205 em 31 de dezembro de 2009).
A Sociedade não mantém operações descontinuadas em 31 de dezembro de 2010.
NOTA 14 - INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS
A Sociedade possui investimentos em sociedades que foram reconhecidas como investimento em
subsidiárias. Todas as sociedades definidas como subsidiárias foram consolidadas nas demonstrações
financeiras da Sociedade. Também foram incluídas na consolidação sociedades de propósito específico e
fundos de investimento privados.
A seguir é divulgada a informação financeira resumida que corresponde ao somatório das
demonstrações financeiras das sociedades subsidiárias, das sociedades de propósito específico e dos
fundos de investimento privados que foram consolidados:
Em 31 de dezembro 2010
Circulantes
Não circulantes
Total circulante
Ativos
Passivos
MR$
MR$
730.969
2.291.908
933.816
1.277.753
3.022.877
========
2.211.569
=======
Ativos
Passivos
MR$
MR$
451.545
2.148.347
619.313
1.305.350
2.599.892
========
1.924.663
=======
Em 31 de dezembro 2009
Circulantes
Não circulantes
Total
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
Total de receitas de atividades continuadas
Total de despesas
Resultado líquido total
MR$
MR$
2.774.191
(2.769.931)
3.243.443
(3.071.815)
4.260
========
171.628
=======
PÁGINA: 103 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
40
Detalhamento das subsidiárias significativas em 31 de dezembro de 2010
Nome da subsidiária significativa
Moeda
funcional
Incorporação
Participação
%
Lan Perú S.A.
Lan Cargo S.A.
Perú
Chile
US$
US$
70,00000
99,898804
Lan Argentina S.A.
Transporte Aéreo S.A.
Aerolane Líneas Aéreas Nacionales
De Equador S.A.
Argentina
Chile
ARS
US$
99,00000
100,00000
Equador
US$
71,91673
Informações financeiras resumidas de subsidiárias significativas
Nome da subsidiária significativa
Lan Perú S.A.
Lan Cargo S.A.
Lan Argentina S.A.
Transporte Aéreo S.A.
Aerolane Líneas Aéreas Nacionales
De Equador S.A.
Ativos
totais
Balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010
Ativos
Ativos
Passivos
Passivos
circulantes não circulantes
totais
circulantes
MR$
MR$
MR$
205.980
1.217.695
186.840
543.493
187.519
303.581
139.924
355.914
18.461
914.114
46.916
187.579
79.935
40.550
39.385
MR$
Passivos
não circulantes
MR$
MR$
189.487
561.475
145.760
203.165
187.801
170.083
144.330
47.510
1.686
391.392
1.430
155.655
85.395
63.232
22.163
PÁGINA: 104 de 158
c
1
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Notas Explicativas
41
Detalhamento das subsidiárias significativas em 31 de dezembro de 2009
Nome da subsidiária significativa
Moeda
funcional
Incorporação
Participação
%
Lan Perú S.A.
Lan Cargo S.A.
Perú
Chile
US$
US$
70,00000
99,898804
Lan Argentina S.A.
Transporte Aéreo S.A.
Aerolane Líneas Aéreas Nacionales
De Equador S.A.
Argentina
Chile
ARS
US$
99,00000
100,00000
Equador
US$
71,91673
Informações financeiras resumidas de subsidiárias significativas
Nome da subsidiária significativa
Lan Perú S.A.
Lan Cargo S.A.
Lan Argentina S.A.
Transporte Aéreo S.A.
Aerolane Líneas Aéreas Nacionales
De Equador S.A.
Ativos
totais
Balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2009
Ativos
Ativos
Passivos
Passivos
circulantes não circulantes
totais
circulantes
MR$
MR$
MR$
147.873
1.282.959
166.745
550.542
130.827
300.229
113.818
348.672
17.046
982.730
52.927
201.870
75.232
32.992
42.240
MR$
Passivos
não circulantes
MR$
MR$
129.681
645.428
126.186
204.178
128.622
150.355
125.026
36.645
1.059
495.073
1.160
167.533
82.674
60.259
22.415
c
1
dezembro de 2009 e demonstrações de resultados para os exercícios com fechamento em 31 de
dezembro
de 2010 Padronizadas
e 31 de dezembro
de 2009.
DFP - Demonstrações
Financeiras
- 31/12/2010
- LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Em 31 de dezembro 2010
Notas Explicativas
Circulantes
Não circulantes
Total circulante
Ativos
Passivos
MR$
MR$
3.079
631
497
928
3.710
=====
1.425
=====
Em 31 de dezembro 2009
Circulantes
Não circulantes
Total
Ativos
Passivos
MR$
MR$
9.203
613
714
555
9.816
=====
1.269
=====
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
Total de receitas de atividades continuadas
Total de despesas
Resultado liquido total
MR$
MR$
4.261
(3.801)
12.088
(9.044)
460
====
3.044
=====
A Sociedade registra como investimentos em coligadas as participações que possui nas seguintes
sociedades: Austral Sociedade Concesionaria S.A., Lufthansa Lan Technical Training S.A. e
Concesionaria Chucumata S.A. A Sociedade não efetuou novos investimentos em sociedades coligadas
durante o exercício 2010.
Empresa
País de
Origem
Austral Sociedad Concesionaria S.A.
Chile
Taxa de Participação
Custo de Investimento
Em 31 de
Em 31 de
Em 31 de
Em 31 de
Moeda Dezembro de
Dezembro de Dezembro de Dezembro de
Funcional
2010
2009
2010
2009
%
CLP
20,00
%
MR$
20,00
1.091
MR$
1.140
Lufthansa Lan Technical
Training S.A.
Chile
CLP
50,00
50,00
1.159
1.210
Concesionaria Chucumata S.A
Chile
CLP
16,70
16,70
196
205
PÁGINA: 106 de 158
Saldo inicial em 1° de janeiro de 2009
3.236
Participação nos lucros
Participação nos ajustes de exercícios anteriores
Dividendos recebidos
Variações cambiais
Movimentação líquida em investimentos em sociedades coligadas
628
(124)
(851)
(758)
(1.105)
=====
2.131
Saldo final em 31 de dezembro de 2009
Saldo inicial em 1° de janeiro de 2010
Participação nos lucros
Participação nos ajustes de exercícios anteriores
Dividendos recebidos
Variações cambiais
Movimentação líquida em investimentos em sociedades coligadas
2.131
237
(1.128)
(197)
(64)
(1.152)
=====
979
Saldo final em 31 de dezembro de 2010
A Sociedade reconhece mensalmente o lucro ou prejuízo de seus investimentos em coligadas nas
demonstrações de resultado consolidado utilizando o método de equivalência patrimonial. A Sociedade
não mantém investimentos em coligadas que não se encontrem contabilizados pelo método de
equivalência patrimonial.
NOTA 16 - ATIVOS INTANGÍVEIS, EXCETO GOODWILL
Composição e movimentação dos ativos intangíveis
O detalhamento dos ativos intangíveis é o seguinte:
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
Tipos de ativos intangíveis (líquido)
MR$
MR$
Programas de informática
Outros ativos
74.597
935
58.766
1.253
75.532
======
60.019
======
Total
PÁGINA: 107 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
44
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
138.478
1.334
109.621
1.393
139.812
======
111.014
======
Tipos de ativos intangíveis (bruto)
Impostos a recuperar
Despesa diferida pelo arrendamento de aeronaves
Total
A movimentação da rubrica Programas de informática e outros ativos intangíveis entre 1º. de janeiro de
2009 e 31 de dezembro de 2010, é a seguinte:
Programas
Outros
de informática
ativos
líquido
líquido
Total
MR$
Saldos iniciais em 1° de janeiro de 2009
Adições
Baixas
Amortização
Variações cambiais
Saldos finais em 31 de dezembro de 2009
MR$
MR$
63.946
28.362
(164)
(16.402)
(16.976)
1.405
(141)
(11)
63.946
29.767
(164)
(16.543)
(16.987)
58.766
======
1.253
====
60.019
=====
Programas
de informática
líquido
Outros
ativos
líquido
Total
MR$
MR$
MR$
Saldos iniciais em 1° de janeiro de 2010
Adições
Aquisições mediante combinações de negócios
Baixas
Amortização
Variações cambiais
58.766
36.332
261
(1.402)
(16.173)
(3.187)
1.253
(283)
(36)
60.019
36.332
261
(1.402)
(16.456)
(3.223)
Saldos finais em 31 de dezembro de 2010
74.597
======
934
====
75.531
=====
Os ativos intangíveis de vida útil definida são compostos, principalmente, por licenças e programas de
computação, pelos quais a Sociedade definiu uma vida útil de 4 a 7 anos.
A Sociedade valoriza seus intangíveis ao custo de aquisição e a amortização é realizada pelo método
linear ao longo das vidas úteis estimadas. A amortização de cada exercício é reconhecida na
demonstração do resultado consolidado, na rubrica Despesas com administração. A amortização
acumulada dos programas de informática em 31 de dezembro de 2010 totaliza MR$ 63.880 (MR$
50.855 em 31 de dezembro de 2009). A amortização acumulada de outros ativos intangíveis
identificáveis em 31 de dezembro de 2010 totaliza MR$ 400 (MR$ 140 em 31 de dezembro de 2009).
PÁGINA: 108 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
45
NOTA 17 – GOODWILL
O goodwill representa o excesso de custo de aquisição sobre o valor justo da participação da Sociedade
dos ativos líquidos identificáveis da controlada ou coligada na data de aquisição. O goodwill em 31 de
dezembro de 2010 totaliza MR$ 260.848 (MR$ 109.979 em 31 de dezembro de 2009).
A Sociedade realizou testes de impairment baseados no valor em uso e não detectou a necessidade de
reconhecimento de provisão para perda.
O valor em uso das unidades geradoras de caixa às quais foi assignado o goodwill foi determinado
assumindo-se que os yields, fatores de ocupação e a capacidade da frota de aeronaves atuais poderão ser
mantidos. A Sociedade faz suas projeções de fluxos de caixa para os períodos iniciais baseados nos
prazos de suas projeções internas e se extrapola o valor ao final dos períodos referidos com base num
fator de crescimento consistente com as projeções econômicas de longo prazo nos mercados em que as
suas unidades operam. Os fluxos de caixa determinados são descontados a uma taxa que reflete as
avaliações atuais do mercado correspondente ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do
ativo para os quais as estimativas de fluxos de caixa futuro não tenham sido ajustadas.
O movimento do goodwill entre 1º. de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2010, é o seguinte:
MR$
Saldo inicial em 1° de janeiro de 2009
Adições
Diminuição pela variação cambial de moeda estrangeira
Variações cambiais
Saldo final em 31 de dezembro de 2009
146.607
1.600
(123)
(38.105)
109.979
======
Saldo inicial em 1° de janeiro de 2010
Adições
Diminuição pela variação cambial de moeda estrangeira
Variações cambiais
Saldo final em 31 de dezembro de 2010
109.979
155.564
(41)
(4.654)
260.848
======
(*) Corresponde ao goodwill gerado pela compra da Sociedade Aerovías de Integración Regional, Aires
S.A (ver Nota 39).
PÁGINA: 109 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
46
NOTA 18 - IMOBILIZADO
A composição do imobilizado é a seguinte:
Custo original
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
Construções em andamento
Terrenos
Edifícios
Equipamentos de vôo
Equipamentos de tecnologia de informação
Instalações fixas e acessórios
Veículos a motor
Benfeitorias em bens arrendados
Outros
Total
Depreciação acumulada
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
MR$
1.181.461
58.673
167.050
7.952.409
138.207
87.427
5.397
143.914
1.066.936
455.583
61.268
173.541
6.985.161
129.619
78.487
4.919
131.948
1.488.881
(34.770)
(1.904.572)
(107.500)
(42.845)
(3.267)
(71.072)
(467.590)
(32.232)
(1.413.742)
(103.685)
(37.699)
(3.279)
(45.255)
(638.652)
10.801.474
=========
9.509.407
========
(2.631.616)
========
(2.274.544)
========
E
dez
MR$
-
PÁGINA: 110 de 158
1
6
8
==
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Notas Explicativas
47
A movimentação nas distintas rubricas de imobilizado entre 1º. de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2010, sã
a) Em 31 de dezembro de 2009
Saldos iniciais em 1° de janeiro de 2009
Adições
Desapropriações
Transferências para ativos não circulantes ou
Ativos para alienação
Baixas
Despesas por depreciação
Aumento (diminuição) resultante de
Variação cambial
Outros incrementos (diminuições)
Total das variações
Saldos finais em 31 de dezembro
de 2009
Construções em
andamento
Terrenos
Edifícios
líquido
Equipamentos
de vôo
líquido
MR$
MR$
MR$
MR$
624.023
82.796
182.214
7.175.577
-
46
-
1.085.318
(12.297)
-
-
-
(7.059)
-
-
30.225
(15)
(4.222)
(4.719)
(399.660)
(144.636)
(54.014)
(21.528)
-
(46.900)
10.171
(1.909.973)
(355.768)
(168.440)
(21.528)
(40.905)
(1.604.158)
61.268
=====
141.309
======
5.571.419
========
455.583
========
Eq
de
da
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Notas Explicativas
48
b) Em 31 de dezembro de 2010
Construções em
andamento
MR$
Saldos iniciais em 1° de janeiro de 2010
Adições
Aquisições mediante combinação de negócios
Desapropriações
Transferências para ativos não circulantes ou
Ativos para alienação
Baixas
Despesas por depreciação
Aumento (diminuição) resultante de
Variação cambial
Outros incrementos (diminuições)
Total das variações
Saldos finais em 31 de dezembro
de 2010
Terrenos
MR$
Edifícios
líquido
Equipamentos
de vôo
líquido
Equipamentos
de tecnologia
da informação
líquido
Instalações
fixas e
acessórios
líquido
Veículos
a motor
líquido
MR$
MR$
MR$
MR$
MR$
455.583
61.268
141.309
5.571.419
25.934
40.788
1.640
18.205
-
-
198
1.707
-
993.009
831
(333)
16.479
232
-
4.073
568
-
730
182
(13)
-
-
-
-
-
-
-
4.557
-
(4.072)
(11.488)
(413.831)
(912)
(9.182)
(3)
(7.031)
(21)
(304)
(64.937)
772.610
(2.595)
-
(5.695)
(1.167)
(274.716)
178.389
(1.201)
(643)
(2.177)
8.364
(95)
11
725.878
(2.595)
(9.029)
476.418
4.773
3.794
490
6.047.837
========
30.707
=====
44.582
=====
2.130
=====
1.181.461
========
58.673
=====
132.280
======
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Notas
Boeing 737
Boeing 767
Explicativas
Boeing 767
Boeing 767
Airbus A318
Airbus A319
Airbus A320
Airbus A340
200ADV (1)
300ER
300F
300ER (2)
100
100
200
300
Total
2010
2009
18
8
1
15
20
24
4
2
17
8
1
15
20
16
4
90
==
83
==
Versão : 1
Arrendamentos operacionais
Aeronave
Boeing 767
Boeing 767
Boeing 777
Airbus A320
Airbus A340
Boeing 737
Bombardier
Bombardier
Modelo
300ER
300F
Freighter
200 (3)
300
700 (4)
Dhc 8-200 (4)
Dhc 8-400 (4)
Total
Total frota
(1)
(2)
(3)
(4)
Em 31 de
dezembro de
Em 31 de
dezembro de
2010
2009
10
3
2
5
1
9
11
4
10
1
2
2
1
-
45
16
135
===
99
==
Arrendadas a Sky Service S.A.
Arrendada a Aerovías de México S.A.
Duas aeronaves arrendadas a Aeroasis S.A.
Aeronaves incorporadas por combinação de negócios com Aires S.A.
PÁGINA: 113 de 158
Método de depreciação
Edifícios
Equipamentos de vôo
Equipamentos de tecnologia
Da informação
Instalações fixas e acessórios
Veículos a motor
Benfeitorias em bens arrendados
Outros
Vida útil
mínima
máxima
Linear sem valor residual
Linear com valor residual de 20% na frota de
Curto alcance e 36% na frota de longo alcance. (*)
20
50
5
20
Linear sem valor residual
Linear sem valor residual
Linear sem valor residual
Linear sem valor residual
Linear, com valor residual de 20% na frota
de curto alcance e 36% na frota de longo alcance (*)
5
10
10
5
10
10
10
5
3
20
(*) Exceto no caso de certos componentes técnicos, os quais se depreciam com base nos ciclos e
horas voadas.
A depreciação alocada ao resultado consolidado do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 totalizou
MR$ 521.382(MR$ 532.973 em 31 de dezembro de 2009). Esta alocação é reconhecida nas rubricas
Custo das venda e Despesas com administração na demonstração do resultado consolidado.
PÁGINA: 114 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
51
e) Informações adicionais:
i) Imobilizado entregue em garantia:
No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, foram agregadas as garantias diretas de nove aeronaves,
oito delas correspondentes à frota Airbus A320-200, e uma à frota Boeing 767-300. Adicionalmente, a
Sociedade exerceu a opção de compra de três aeronaves Boeing 767-300 contra a Condor Leasing LLC.
Detalhamento do imobilizado entregue em garantia:
Credor da
garantia
Ativos
comprometidos
Frota
Em 31 de
dezembro de
2010
Dívida
Valor
vigente
contábil
MR$
Em 31 de
dezembro de
2009
Dívida
Valor
vigente
contábil
MR$
MR$
MR$
1.752.335
2.196.844
1.881.537
2.268.962
Wilmington
Trust Company
Aviões e
motores
BNP Paribas
Aviões e
Motores
Airbus A319
Airbus A318
Airbus A320
490.875
494.346
672.411
611.656
594.268
789.313
559.583
558.485
206.134
670.758
656.720
242.224
Calyon
Aviões e
Motores
Airbus A319
Airbus A320
Airbus A340
179.634
96.148
147.563
294.443
284.675
387.807
213.362
138.542
210.116
303.548
303.657
447.930
3.833.312
========
5.159.006
========
3.767.759
========
4.893.799
========
Boeing 767
Total das garantias diretas
Os montantes da dívida vigente são divulgados pelo seu valor nominal. O valor contábil corresponde aos
bens outorgados como garantia.
Adicionalmente, existem garantias indiretas associadas a ativos registrados no imobilizado cuja dívida
total em 31 de dezembro de 2010 totaliza MR$ 375.137 (MR$ 485.635 em 31 de dezembro de 2009). O
valor contábil dos ativos com garantias indiretas em 31 de dezembro de 2010 totaliza o montante de
MR$ 542.912 (MR$ 782.644 em 31 de dezembro de 2009).
ii) Compromissos e outros
Os bens totalmente depreciados e compromissos de compras futuras são os seguintes:
Valor bruto de imobilizado totalmente
depreciados ainda em uso (1)
Compromissos pela aquisição de aeronaves
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
95.117
92.091
20.389.850
15.309.120
(1) Os montantes divulgados correspondem, principalmente, a equipamentos de apoio terrestre,
equipamentos de computação e ferramentas.
PÁGINA: 115 de 158
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Versão : 1
Notas Explicativas
52
Em dezembro de 2009 foi firmado um compromisso de compra com a Airbus para aquisição de outras
30 aeronaves da família A320 com entregas entre os anos 2011 e 2014. Adicionalmente, em dezembro de
2010, foi firmado outro compromisso com este fabricante para aquisição de 50 novas aeronaves da
família A320 com entregas entre os anos 2012 e2016.
Com isso, em 31 de dezembro de 2010, fruto dos diferentes contratos de compra de aeronaves firmados
com a Airbus S.A.S., restam a receber 87 aeronaves Airbus da família A320, com entrega entre 2011 e
2016. O valor total dessas aeronaves, de acordo com os preços de tabela do fabricante, é de MR$
10.401.300.
Em 31 de dezembro de 2010, fruto dos diferentes contratos de compra de aeronaves firmados com The
Boeing Company, resta a receber um total de 6 aeronaves 767-300ER entre 2011 e 2012, 2 aeronaves
777 - Freighter, a serem entregues em 2012 e 26 aeronaves 787 Dreamliner, com data de entrega dentro
dos próximos 10 anos. O valor total dessas aeronaves, de acordo com os preços de tabela do fabricante, é
de MR$ 9.988.550. Adicionalmente, a Sociedade mantém opções de compra vigentes para 1 aeronave
777- Freighter e 15 aeronaves 787 Dreamliner.
A aquisição dessas aeronaves é parte do plano estratégico de frota para o longo prazo. Esse plano
implica também na venda de 15 aeronaves Airbus modelo A318 entre 2011 e 2013. Estima-se que essa
venda não produzirá impactos significativos nos resultados da Sociedade.
iii) Juros capitalizados no imobilizado.
Em 31 de
dezembro de
2010
Taxa média de capitalização de
juros capitalizados
%
Juros capitalizados
MR$
Em 31 de
dezembro de
2009
4,31
4,33
32.180
19.719
iv) Arrendamento financeiro
O detalhamento dos principais arrendamentos financeiros é o seguinte:
Arrendador
Condor Leasing LLC
Bluebird LeasingLLC
Eagle Leasing LLC
Seagull Leasing LLC
Linnet Leasing Limited
Total
Aeronave
Boeing 767
Boeing 767
Boeing 767
Boeing 767
Airbus A320
Em 31 de
dezembro de
Em 31 de
dezembro de
2010
2009
2
2
1
4
3
2
2
1
4
9
==
12
==
Os contratos de arrendamento financeiro nos quais a Sociedade atua como arrendatária de aeronaves
estabelecem um prazo de 12 anos e pagamentos trimestrais das obrigações. Adicionalmente, o
arrendatário terá como obrigações contratar e manter vigentes a cobertura de seguros das aeronaves,
realizar a manutenção destas e arcar com os custos e atualizar os certificados de aero-navegabilidade.
PÁGINA: 116 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
53
Os bens adquiridos sob a modalidade de leasing financeiro estão classificados na rubrica Outros. Em 31
de dezembro de 2010, a Sociedade registra sob esta modalidade 9 aeronaves e 1 motor de reposição (12
aeronaves e 1 motor de reposição em 31 de dezembro de 2009).
No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade exerceu a opção de compra de três
aeronaves Boeing 767-300 contra a Condor Leasing LLC. Por esse motivo, essas aeronaves foram
reclassificadas da rubrica Outros para a rubrica Equipamentos de vôo. Adicionalmente, durante
dezembro de 2010, estendeu-se o prazo de financiamento de um Boeing 767-300 por um período de três
anos.
O valor contábil dos ativos por arrendamento financeiro, em 31 de dezembro de 2010, totaliza o
montante de MR$ 527.562 (MR$ 790.311 em 31 de dezembro de 2009).
Os pagamentos mínimos de arrendamentos financeiros são os seguintes:
Em 31 de dezembro de 2010
Valor
bruto
Juros
Valor
presente
MR$
MR$
MR$
Até um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
95.718
210.288
90.980
(6.074)
(12.252)
(2.940)
89.644
198.035
88.040
Total
396.986
======
(21.266)
======
375.719
======
Valor
bruto
Juros
Valor
presente
MR$
MR$
MR$
Em 31 de dezembro de 2009
Até um ano
De um a cinco anos
Mais de cinco anos
125.214
254.512
138.343
(7.851)
(19.762)
(4.617)
117.363
234.750
133.726
Total
518.069
======
(32.230)
=====
485.839
======
PÁGINA: 117 de 158
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Versão : 1
Notas Explicativas
54
NOTA 19 - IMPOSTOS E IMPOSTOS DIFERIDOS
Os ativos e passivos por impostos e impostos diferidos são compensados se existe o direito legal à
compensação dos impostos circulantes e desde que os impostos diferidos se refiram à mesma autoridade
fiscal. Os saldos de impostos diferidos são os seguintes:
Ativos
Passivos
Em 31 de
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de dezembro de dezembro de
2010
2009
2010
Depreciações
Amortizações
Provisões
Obrigações por benefícios pós-emprego
Remensuração de instrumentos
Financeiros
Prejuízos fiscais
Outros
Total
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
MR$
MR$
(685)
20.284
13.420
1.027
(821)
3.626
5.164
574
479.209
48.880
38.001
(1.621)
382.231
42.335
8.787
(1.465)
21.841
6.990
8.642
1.179
(36.200)
(13.137)
(32.568)
15.507
62.877
=====
18.364
=====
515.132
======
414.827
======
A movimentação dos ativos e passivos por impostos diferidos entre 1° de janeiro de 2009 e 31 de
dezembro de 2010, são os seguintes:
a) Em 31 de dezembro de 2009
Reconhecimento
Reconhecimento em outros
Saldo inicial
no resultado
resultados
Ajustes por
ativo (passivo) consolidado
abrangentes a conversão
MR$
Depreciações
Amortizações
Provisões
Obrigações por benefícios
pós-emprego
Remensuração de
instrumentos financeiros
Prejuízos fiscais
Outros
Total
(389.007)
(69.500)
9.510
1.987
MR$
(111.837)
12.871
(20.811)
607
MR$
-
Saldo final
ativo (passivo)
MR$
MR$
117.793
17.920
7.677
(383.051)
(38.709)
(3.624)
(555)
2.039
32.568
8.642
(14.328)
144.021
23.722
(81.356)
(178)
(11.424)
65.143
(88.840)
1.937
(22.435)
(3.656)
(52)
(360.623)
=====
(65.629)
=====
(86.903)
======
116.692
======
(396.463)
=======
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Versão : 1
Notas Explicativas
55
b) Em 31 de dezembro de 2010
Saldo inicial
ativo (passivo)
Reconhecimento
Reconhecimento em outros
Incorporação
no resultado
resultados
por combinação Ajustes por
Saldo final
consolidado
abrangentes
de negócios
a conversão ativo(passivo)
MR$
Depreciações
Amortizações
Provisões
Obrigações por benefícios
pós-emprego
Remensuração de
instrumentos financeiros
Prejuízos fiscais
Outros
Total
MR$
MR$
MR$
MR$
MR$
(383.051)
(38.709)
(3.624)
(119.951)
8.414
(23.960)
-
18.800
8.790
23.108
(17.101)
(5.787)
(479.894)
(28.596)
(24.581)
2.039
682
-
1.047
(1.120)
2.648
32.568
8.642
(14.328)
(1)
14.077
37.227
6.433
16.150
4.318
(2.800)
(17.028)
(6.910)
36.200
21.841
20.127
49.105
=====
(27.638)
======
(452.255)
========
(396.463)
========
(83.512)
========
(180)
6.253
====
Impostos diferidos ativos não reconhecidos:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de dezembro de
2010
2009
Diferenças temporárias
Prejuízos fiscais
Total de impostos diferidos ativos não reconhecidos
MR$
MR$
3.553
2.744
3.710
6.256
6.297
====
9.966
====
Os impostos diferidos ativos originários de prejuízos fiscais pendentes de compensação são
reconhecidos na medida da perspectiva de realização do correspondente benefício fiscal através de
resultados tributáveis futuros. A Sociedade não reconheceu impostos diferidos ativos dessa natureza no
montante de MR$ 2.744 (MR$ 6.256 em 31 de dezembro de 2009), correspondentes a prejuízos fiscais
no montante de MR$ 9.893 (MR$ 19.750 em 31 de dezembro de 2009).
As despesas (receitas) por impostos diferidos e imposto de renda em 31 de dezembro de 2010 e 31 de
dezembro de 2009 são atribuíveis ao que se segue:
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
Despesas com impostos sobre os lucros
Despesas com impostos circulantes
Ajustes aos impostos circulante do exercício anterior
Outras despesas com impostos circulantes
Despesas líquida total com impostos circulantes
MR$
MR$
15.502
(5.612)
(3.246)
16.292
(4.379)
10.805
6.644
====
22.718
=====
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Versão : 1
Notas Explicativas
56
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
Despesas com impostos diferidos sobre os lucros
Despesa diferida sobre impostos relativos
á criação e reversão de diferenças temporárias
Aumentos (reduções) do valor de impostos
diferidos ativos por avaliação de recuperação
131.779
60.455
3.283
3.173
Despesa líquida total com impostos diferidos
135.062
63.628
Despesas com impostos sobre os lucros
141.706
======
86.346
=====
Composição da despesa (receita) com imposto de renda:
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
1.934
4.710
5.322
17.396
6.644
______
22.718
______
6.275
128.787
5.336
58.292
Despesa com impostos diferidos, líquido, total
135.062
______
63.628
______
Despesa com imposto sobre os lucros
141.706
======
86.346
=====
Despesa com impostos circulantes,líquido, operações no exterior
Despesa com impostos circulantes, líquido, operações no país (Chile)
Despesa com impostos circulantes, líquido, total
Despesa com impostos diferidos,líquido, operações no exterior
Despesa com impostos diferidos, líquido, operações no país (Chile)
Conciliação da despesa com impostos utilizando a alíquota legal com a despesa com impostos utilizando
a alíquota efetiva:
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
Despesas com impostos utilizando a alíquota legal
Efeito de diferentes alíquotas tributárias em outros países
Efeito tributário de receitas não tributáveis
Efeito tributário de despesas não dedutíveis
Efeito tributário do aproveitamento de prejuízos fiscais
reconhecidos anteriormente
Outros incrementos (diminuições)
148.648
MR$
90.708
2.607
(7.351)
1.522
12.457
(20.798)
1.613
3.482
(7.202)
4.398
(2.032)
Total de ajustes à despesa por impostos utilizando a alíquota legal
(6.942)
______
(4.362)
______
Despesa com impostos utilizando a taxa efetiva
141.706
======
86.346
=====
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Notas Explicativas
57
Conciliação da alíquota tributária legal com a alíquota tributária efetiva:
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
%
Alíquota tributária legal
Efeito de diferentes alíquotas tributárias em outros países
Efeito na alíquota tributária de receitas não tributáveis
Efeito na alíquota tributária de despesas não dedutíveis
Efeito na alíquota tributária do aproveitamento de prejuízos fiscais
reconhecidos anteriormente
Outros incrementos (diminuições) na alíquota tributária legal
Total ajuste à alíquota tributária legal
%
17,00
0,30
(0,84)
0,17
17,00
2,33
(3,89)
0,30
0,40
(0,82)
0,82
(0,38)
(0,79)
_____
(0,82)
_____
16,21
====
16,18
====
Total alíquota tributária efetiva
Impostos diferidos relativos a transações impactando diretamente o patrimônio líquido:
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
Tributação diferida relativa
transações impactando diretamente o patrimônio líquido
Total
MR$
5.202
(87.842)
5.202
====
(87.842)
=====
Efeitos de impostos diferidos dos componentes de outros resultados abrangentes:
Em 31 de dezembro de 2010
Despesa (receita)
Valor
Valor antes
com imposto de
dos impostos
renda
Hedge de fluxo de caixa
Ajuste por conversão
MR$
MR$
MR$
37.844
(1.059)
(6.433)
180
31.411
(879)
Total
(6.253)
=====
Em 31 de dezembro de 2009
Despesa (receita)
Valor
Valor antes
com imposto de
dos impostos
renda
Hedge de fluxo de caixa
Ajuste por conversão
Total
após
impostos
MR$
(522.588)
11.394
MR$
88.840
(1.937)
após
impostos
MR$
(433.748)
9.457
86.903
======
PÁGINA: 121 de 158
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Notas Explicativas
58
NOTA 20 - OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS
A composição de outros passivos financeiros é a seguinte:
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
817.676
8.785
69.411
664.466
3.501
52.548
895.872
========
720.515
=======
4.045.005
23.819
161.613
4.119.534
10.006
82.499
4.230.437
========
4.212.039
=======
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
249.161
468.285
89.644
10.586
122.618
423.616
117.363
869
817.676
________
664.466
________
122.044
3.341.073
286.075
295.813
358.001
3.333.538
368.476
59.519
Total circulante
4.045.005
________
4.119.534
________
Total obrigações com instituições financeiras
4.862.681
========
4.784.000
=======
Circulante
a) Empréstimos
b) Outros passivos financeiros
c) Passivos de hedge
Total circulante
Não circulante
a) Empréstimos
b) Outros passivos financeiros
c) Passivos de hedge
Total não circulante
a) Empréstimos
Obrigações com instituições financeiras e títulos da dívida:
Circulante
Empréstimos bancários
Obrigações garantidas
Arrendamentos financeiros
Outros empréstimos
Total circulante
Não circulante
Empréstimos bancários
Obrigações garantidas
Arrendamentos financeiros
Outros empréstimos
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Notas Explicativas
59
Todos os passivos sobre os quais incidem juros são registrados de acordo com o método da taxa efetiva.
De acordo com as normas IFRS, no caso de empréstimos com taxa de juros fixa, a taxa efetiva
determinada não varia ao longo do empréstimo, enquanto que no caso de empréstimos com taxa de
juros variável, a taxa efetiva muda na data de cada repricing da dívida.
Os saldos por moeda que compõem os empréstimos em 31 em de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de
2009 são os seguintes:
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
Dólar norte-americano
Peso chileno (*)
Outras moedas
4.546.504
308.904
7.273
4.390.013
393.987
-
Total
4.862.681
========
4.784.000
=======
(*) A Sociedade efetuou contratos de swap de moeda (cross currency swaps), fixando o pagamento de
MR$ 211.420 da dívida em dólares norte-americanos.
b) Outros passivos financeiros
Outros passivos financeiros em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente,
são demonstrados a seguir:
Circulante
Derivativos de taxas de juros não registrados como hedge
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
8.785
3.501
8.785
______
3.501
______
23.819
10.006
Total não circulante
23.819
______
10.006
______
Total outros passivos financeiros
32.604
=====
13.507
=====
Total circulante
Não circulante
Derivativos de taxas de juros não registrados como hedge
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Notas Explicativas
60
c) Passivos de hedge
Os passivos de hedge em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente, são
demonstrados a seguir:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
6.317
40.486
22.608
-
5.060
37.204
8.774
1.510
69.411
_______
52.548
_______
149.690
11.923
82.499
-
Total não circulante
161.613
_______
82.499
_______
Total passivos de hedge
231.024
======
135.047
======
Circulante
Juros incorridos desde a última data
de swap taxas de juros
Valor justo de derivativos de taxa de juros
Valor justo de derivativos de moeda estrangeira
Valor justo de derivativos de preço de combustível
Total circulante
Não circulante
Valor justo de derivativos de taxa de juros
Valor justo de derivativos de moeda estrangeira
Os derivativos de moeda estrangeira correspondem a contratos forward e cross currency swap.
Operações de hedge
Os valores justos, por tipo de derivativo, dos contratos registrados sob a metodologia de hedge, são
demonstrados a seguir:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
Forward starting swaps (FSS) (1)
Opções de taxas de juros (2)
Swaps de taxas de juros (3)
Cross currency swaps (CCIRS) (4)
Collars de combustível (5)
Swap de combustível (6)
Forward de moeda (7)
MR$
MR$
(90.260)
697
(106.232)
44.087
29.358
46.281
(22.609)
(55.044)
5.394
(64.660)
33.973
9.187
14.213
1.167
(1) Cobrem as variações significativas nos fluxos de caixa associados ao risco de mercado implícito nos
aumentos na taxa de juros LIBOR de 3 meses, para créditos de longo prazo originados pela
aquisição de aeronaves que ocorram a partir da data futura do contrato. Estes contratos são
registrados como contratos de hedge de fluxo de caixa.
(2) Cobrem as variações significativas nos fluxos de caixa associadas ao risco de mercado implícito nos
aumentos na taxa de juros LIBOR de 3 meses, para créditos de longo prazo originados pela
aquisição de aeronaves. Estes contratos são registrados como contratos de hedge de fluxo de caixa.
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Notas Explicativas
61
(3) Cobrem as variações significativas nos fluxos de caixa associadas ao risco de mercado implícito nos
aumentos na taxa de juros LIBOR de 3 e 6 meses para créditos de longo prazo originados pela
aquisição de aeronaves e créditos bancários. Estes contratos são registrados como contratos de
hedge de fluxo de caixa.
(4) Cobrem as variações significativas nos fluxos de caixa associadas ao risco de mercado implícito nas
variações na taxa de juros TAB de 180 dias e a variação cambial dólar – peso chileno de créditos
bancários. Estes contratos são registrados como contratos de hedge de fluxo de caixa.
(5) Cobrem as variações significativas nos fluxos de caixa associadas ao risco de mercado implícito nas
variações no preço do combustível e compras futuras.
(6) Cobrem as variações significativas nos fluxos de caixa associadas ao risco de mercado implícito nos
aumentos no preço do combustível e compras futuras.
(7) Cobrem investimentos denominados em pesos chilenos frente a variações cambiais dólar – peso
chileno, com o propósito de assegurar o investimento em dólares.
Durante os exercícios demonstrados, a Sociedade manteve somente hedge de fluxo de caixa. No caso de
hedge de combustível, os fluxos de caixa deste tipo de cobertura ocorrerão e impactarão no resultado
entre 1 e 12 meses a partir da data do balanço, enquanto que no caso de hedge de taxa de juros, os
mesmos ocorrerão e impactarão nos resultados ao longo da vida dos empréstimos respectivos, que têm
vigência de até 12 anos. Em relação ao hedge de taxa de moeda, o impacto no resultado ocorrerá de
forma contínua durante a vida do contrato (3 anos), sendo que os fluxos ocorrerão trimestralmente. Por
fim, os hedges de investimento impactarão no resultado continuamente durante a vigência do
investimento (até 3 meses), sendo que o fluxo ocorrerá no vencimento do investimento.
Durante os exercícios demonstrados não ocorreram operações de hedge de transações futuras altamente
prováveis que não se tenham realizado.
Durante os exercícios demonstrados não se registrou inefetividade de hedge na demonstração do
resultado consolidado.
Uma vez que nenhum dos hedges resultou em reconhecimento de um ativo não financeiro, nenhuma
parcela do resultado dos derivativos reconhecido no patrimônio líquido foi transferida ao valor inicial
desse tipo de ativos.
O montante de resultados abrangentes durante o exercício transferidos do patrimônio líquido para o
resultado durante o exercício são os seguintes:
Para os exercícios findos
Crédito (débito) reconhecido em resultados
abrangentes durante exercício
Crédito (débito) transferido de patrimônio
líquido para resultado durante o exercício
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
(37.844)
524.415
(62.061)
(399.397)
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Notas Explicativas
62
NOTA 21 - FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR, CIRCULANTES
A composição de contas comerciais e outras contas a pagar é a seguinte:
Circulante
a) Fornecedores e outras contas a pagar
b) Passivos incorridos na data das demonstrações financeiras
Total fornecedores e outras contas a pagar
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
826.646
239.192
650.703
170.950
1.065.838
=======
821.653
======
a) Os Fornecedores e outras contas a pagar em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009,
respectivamente, são demonstrados a seguir:
Em 31 de
dezembro de
2010
MR$
Fornecedores
Passivos de arrendamento
Outras contas a pagar (*)
Total
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
643.177
43.709
139.760
536.924
16.276
97.503
826.646
======
650.703
======
(*) Inclui acordo denominado “Plea Agreement” com o Departamento de Justiça norte americano. Ver
detalhamento na Nota 22.
A seguir é demonstrada a composição dos valores correspondentes a fornecedores e outras contas a
pagar:
Combustível
Taxas de embarque
Taxas aeroportuárias e de sobrevôo
Handling e ground handling
Fornecedores compras técnicas
Manutenção
Aluguel de aviões e motores
Assessorias e serviços profissionais
Outras despesas com pessoal
Publicidade
Departamento de Justiça dos EUA (*)
Atingimento de metas
Serviços de bordo
Tripulação
Seguros de aviação
Outros
Total fornecedores e outras contas a pagar
(*)
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
172.371
120.298
72.547
65.900
48.860
47.314
43.709
37.057
35.125
34.739
30.357
25.199
19.417
13.518
9.792
50.443
123.923
124.630
59.169
44.626
42.728
27.275
16.276
31.956
29.201
20.040
31.199
22.805
17.676
11.034
8.579
39.586
826.646
======
650.703
======
Acordo denominado “Plea Agreement” com o Departamento de Justiça norte americano. Ver detalhamento em Nota 22.
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Notas Explicativas
63
b) Os passivos incorridos em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente, são
demonstrados a seguir:
Manutenção de aeronaves e motores
Contas a pagar a pessoal
Despesas com pessoal provisionadas
Outros passivos provisionados
Total passivos incorridos
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
43.146
86.580
67.648
41.818
50.091
58.426
42.369
20.064
239.192
======
170.950
======
NOTA 22 - OUTRAS PROVISÕES
O detalhamento de outras provisões em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009 é o
seguinte:
Circulante
Provisão para reclamações legais (1)
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
1.243
1.672
1.243
======
1.672
=====
Não circulante
Provisão para reclamações legais (1)
Provisão investigação Comissão Europeia (2)
35.008
18.022
3.162
43.100
Total de outras provisões, não circulantes
53.030
46.262
54.273
======
47.934
=====
Total de outras provisões, circulantes
Total de outras provisões
(1) O valor representa uma provisão para determinadas demandas interpostas contra a Sociedade por
ex-funcionários, órgãos, controladores e outros. O débito da provisão se reconhece nas
demonstrações do resultado consolidado na rubrica Despesas com administração. É esperado que o
saldo circulante em 31 de dezembro de 2010 seja liquidado durante os próximos 12 meses. Nas
provisões não circulantes são creditadas provisões para reclamações legais correspondentes a Aires
S.A.
(2) Provisão constituída para processos levados ao cabo pela Comissão Europeia, devido a eventuais
infrações à livre concorrência no mercado de carga aérea.
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Versão : 1
Notas Explicativas
64
O movimento de provisões entre 1º. de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2010 é o seguinte:
Saldos iniciais em 1º. de janeiro de 2009
Aumento nas provisões
Provisão utilizada
Variação cambial
Diferença de conversão
Saldos finais em 31 de dezembro de 2009
Saldos iniciais em 1º. de janeiro de 2010
Aumento nas provisões
Incorporação por combinação de negócios
Provisão utilizada
Reversão de provisão não utilizada
Variações cambiais
Diferença de conversão
Saldos finais em 31 de dezembro de 2010
Reclamações
Legais
Investigação
Comissão
Europeia
Total
MR$
MR$
MR$
8.296
3.188
(5.715)
569
(1.504)
58.245
(15.145)
66.541
3.188
(5.715)
569
(16.649)
4.834
=====
43.100
=====
47.934
=====
Reclamações
Legais
Investigação
Comissão
Europeia
Total
MR$
MR$
MR$
4.834
4.896
30.053
(1.188)
(385)
(1.959)
43.100
(23.895)
(1.183)
47.934
4.896
30.053
(1.188)
(23.895)
(385)
(3.142)
36.251
=====
18.022
=====
54.273
=====
Investigação Comissão Europeia
(a) Provisão constituída devido ao processo iniciado em dezembro de 2001 pela Direção Geral de
Concorrência da Comissão Europeia contra mais de 25 empresas aéreas de carga, entre as quais está
a Lan Cargo S.A., e que faz parte da investigação global iniciada em 2006 por eventuais infrações à
livre concorrência no mercado de carga aérea, que fora levada a cabo de maneira conjunta pelas
autoridades europeias e norte americanas. A Sociedade foi informada do início deste processo em 27
de dezembro de 2007. Ressalta-se que a investigação feita pelas autoridades norte-americanas a
respeito da Lan Cargo S.A. e sua controlada Aerolinhas Brasileiras S.A. (“ABSA”) foi concluída
mediante a assinatura de um acordo, denominado “Plea Agreement”, com o Departamento de
Justiça norte americano, conforme informação relevante divulgada ao mercado com data de 21 de
janeiro de 2009.
(b) Conforme Informação Relevante datada de 9 de novembro de 2010, a Direção Geral de
Concorrência da Comissão Europeia informou que havia emitido sua decisão (a “Decisão”) sobre
este caso, mediante a qual impôs multas no valor total de €799.445.000 (setecentos e noventa e
nove milhões e quatrocentos quarenta e cinco mil Euros) por infrações das normas da União
Europeia contra onze (11) companhias aéreas de carga, entre as quais se encontram a Lan Airlines
S.A. e a Lan Cargo S.A., além de Air Canada, Air France, KLM, British Airways, Cargolux, Cathay
Pacific, Japan Airlines, Qantas Airways, SAS e Singapore Airlines.
(c) A Lan Airlines S.A. e a Lan Cargo S.A., de maneira solidária, foram multadas pelo valor de
€ 8.220.000 (oito milhões e duzentos e vinte mil Euros, equivalentes aproximadamente na data
anteriormente citada, a MR$ 19.443) pelas infrações citadas, valor já provisionado nas
demonstrações financeiras da Sociedade. O valor da multa foi o menor entre aquelas aplicadas às
demais companhias aéreas envolvidas, e decorreu de uma importante redução graças à cooperação
da Sociedade durante a investigação.
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
65
(d) Não obstante, em 25 de janeiro de 2011, Lan Airlines S.A. e Lan Cargo S.A. apelaram da Decisão
ante o Tribunal de Justiça da União Europeia, o que levou à decisão da Sociedade de efetuar uma
provisão de MR$ 18.022
NOTA 23 - OUTROS PASSIVOS NÃO FINANCEIROS, CIRCULANTES.
Os outros passivos não financeiros, circulantes em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009,
respectivamente, estão demonstrados a seguir:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
Receitas diferidas
Dividendos a pagar
Outros passivos
Total de outros passivos não financeiros, circulantes
MR$
MR$
1.338.175
207.093
5.270
935.842
121.347
5.236
1.550.538
=======
1.062.425
=======
NOTA 24 - PROVISÕES PARA BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
As provisões para benefícios a empregados em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009,
respectivamente, estão demonstradas a seguir:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
MR$
Benefícios de aposentadoria
Benefícios por demissões
Outros benefícios
Total provisões para benefícios a empregados
MR$
5.224
1.917
8.803
4.462
1.815
3.300
15.944
=====
9.577
=====
(a) A movimentação dos benefícios de aposentadoria, demissões e outro entre 1º. de janeiro de 2009 e
31 de dezembro de 2010 é a seguinte:
MR$
Saldo inicial em 1º. de janeiro de 2009
Aumento (diminuição) provisão serviços correntes
Benefícios pagos
Ajuste por conversão
9.005
6.542
(3.679)
(2.291)
Saldo final em 31 de dezembro de 2009
9.577
====
Saldo inicial em 1º. de janeiro de 2010
Aumento (redução) provisão serviços correntes
Benefícios pagos
Ajuste por conversão
9.577
7.362
(1.281)
286
Saldo final em 31 de dezembro de 2010
15.944
=====
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Versão : 1
Notas Explicativas
66
(b) A provisão para benefícios de curto prazo em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009,
respectivamente, é detalhada a seguir:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
Participação nos lucros e bonificações
MR$
MR$
86.580
======
51.024
=====
A participação nos lucros e bonificações corresponde a um plano anual de incentivos por atingimento de
metas.
As despesas com pessoal são demonstradas a seguir:
Para os exercícios findos
Em 31 de dezembro de
2010
2009
Salários e remunerações
Benefícios a curto prazo aos empregados
Benefícios por demissões
Outras despesas com pessoal
Total
MR$
MR$
1.031.712
128.390
20.659
211.999
945.575
115.737
34.689
166.704
1.392.760
========
1.262.705
======
NOTA 25 - OUTRAS CONTAS A PAGAR, NÃO CIRCULANTES.
As outras contas a pagar, não circulantes em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009,
respectivamente, são demonstradas a seguir:
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
Financiamento frota (JOL)
Outras contas a pagar (*)
Manutenção de aeronaves e motores
Provisão para férias e gratificações
Outros passivos
Total Outras contas a pagar, não circulantes
MR$
MR$
519.028
89.154
78.599
13.124
2.894
516.309
124.128
80.414
10.709
3.762
702.799
======
735.322
======
(*) Acordo denominado “Plea Agreement” com o Departamento de Justiça norte americano, cuja
parcela de curto prazo encontra-se registrada na rubrica Fornecedores e outras contas a pagar. Ver
detalhamento na Nota 22.
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Versão : 1
Notas Explicativas
67
NOTA 26 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Capital
O capital da Sociedade é gerido e composto da seguinte maneira:
O objetivo da Sociedade é manter um nível adequado de capitalização, que permita garantir o acesso ao
mercado financeiro para o desenvolvimento dos seus objetivos de médio e longo prazo, otimizando
assim o retorno aos acionistas e mantendo uma sólida posição financeira.
O capital da Sociedade em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 é de MR$ 803.593, dividido por
338.790.909 ações de uma mesma série, nominativas, de caráter ordinário, sem valor nominal. Não há
séries especiais de ações e nem privilégios. O formato dos títulos das ações, sua emissão, trocas,
inutilização, extravio, substituição e demais circunstâncias dos mesmos, bem como a transferência das
ações, serão regidas pelo disposto na legislação chilena, em especial na Lei de Sociedades Anônimas e
seu Regulamento.
b) Ações subscritas e integralizadas
Em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, o número total de ações ordinárias autorizado é
de 341 milhões ações sem valor nominal. Do total de ações subscritas, 338.790.909 foram totalmente
integralizadas, deixando reservadas para a emissão sob contratos de opções o total de 2.209.091 ações.
c) Outras participações no patrimônio
A movimentação da rubrica Outras participações no patrimônio líquido entre 1º. de janeiro 2009 e 31 de
dezembro de 2010 é a seguinte:
Plano de
opções
Outras
de ações
reservas
Total
MR$
Saldos iniciais em 1º. de janeiro de 2009
Plano de opções de ações
Imposto diferido
Reservas legais
Saldos finais em 31 de dezembro de 2009
3.451
2.279
(939)
-
(92)
150
MR$
3.359
2.279
(939)
150
4.791
=====
58
======
4.849
=====
Plano de
opções
de ações
Outras
reservas
Total
MR$
MR$
MR$
Saldos iniciais em 1º. de janeiro de 2010
Plano de opções de ações
Imposto diferido
Reservas legais
4.791
6.107
(1.051)
-
Saldos finais em 31 de dezembro de 2010
9.847
=====
(c.1)
MR$
58
88
146
======
4.849
6.107
(1.051)
88
9.993
=====
Reservas para planos de opções de ações
Esta reserva tem relação com os “Pagamentos baseados em ações”, descritos na Nota 36.
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Versão : 1
Notas Explicativas
68
(c.2)
Outras reservas
O saldo de Outras reservas é composto como se segue:
Reserva de ajustes ao valor do ativo fixo (1)
Custo de emissão e colocação de ações (2)
Outras
Total
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
4.643
(4.735)
238
4.643
(4.735)
150
146
=====
58
=====
(1) Corresponde à reavaliação técnica do ativo imobilizado autorizada pela Superintendência de Valores
e Seguros em 1979, mediante a circular No. 1.529. A reavaliação foi opcional e podia ser realizada
uma única vez; a reserva originada não é distribuível e pode somente ser utilizada para aumentar o
capital social.
(2) De acordo com o que foi estabelecido na Circular No. 1.736 da Superintendência de Valores e
Seguros do Chile, na próxima Assembleia Extraordinária de Acionistas da Sociedade que seja
realizada, a conta custos de emissão e colocação de ações deverá ser deduzida do capital pago.
d) Outras reservas
A movimentação da conta Ajustes de avaliação patrimonial entre 1º. de janeiro de 2009 e 31 de
dezembro de 2010 é a seguinte:
Reservas por
Reservas de
diferenças de
hedge
câmbio na
de fluxo
conversão
de caixa
Total
MR$
Saldos iniciais em 1º. de janeiro de 2009
Ganhos com a valorização de derivativos
Imposto diferido
Diferença de conversão de controladas
Diferença de conversão
Saldos finais em 31 de dezembro de 2009
Saldos iniciais em 1º. de janeiro de 2010
Ganhos com a valorização de derivativos
Imposto diferido
Diferença de conversão de controladas
Diferença de conversão
Saldos finais em 31 de dezembro de 2010
MR$
MR$
537.126
2.185
(438)
(578.268)
(644.252)
524.415
(88.840)
-
(107.126)
524.415
(86.655)
(438)
(578.268)
(39.394)
=====
(208.678)
======
(248.072)
======
Reservas por
diferenças de
câmbio na
conversão
Reservas de
hedge
de fluxo
de caixa
Total
MR$
MR$
MR$
(39.394)
(210)
1.231
(98.591)
(208.678)
(37.844)
6.433
-
(248.072)
(37.844)
6.223
1.231
(98.591)
(136.964)
======
(240.089)
======
(377.053)
======
PÁGINA: 132 de 158
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Versão : 1
Notas Explicativas
69
(d.1)Reservas por diferenças de câmbio na conversão
Originam-se pelas variações cambiais que surgem com a conversão de um investimento líquido em
entidades estrangeiras (ou nacionais com moeda funcional diferente da Sociedade) e por empréstimos e
outros instrumentos com moeda estrangeira definidos como hedge desses investimentos e que são
levados ao patrimônio líquido. Quando se vende ou dispõe do investimento (total ou parcial) e se produz
perda de controle, estas reservas são reconhecidas na demonstração do resultado consolidado como
parte do resultado na venda ou alienação. Se a venda não implica em perda de controle, estão reservas
são transferidas às participações minoritárias.
(d.2)
Reservas de hedge de fluxo de caixa
Originam-se pela valorização ao valor justo no fechamento de cada exercício dos contratos derivativos
vigentes que foram designados como hedge. À medida que os contratos em questão vão vencendo, estas
reservas são ajustadas contra o resultado do exercício.
e) Lucros acumulados
A movimentação dos Lucros acumulados entre 1º. de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2010 é a
seguinte:
MR$
Saldo inicial em 1º. de janeiro de 2009
Lucro líquido do exercício
Outras movimentações
Dividendos
1.074.957
447.231
(1.800)
(186.380)
Saldo final em 31 de dezembro de 2009
1.334.008
=======
Saldo inicial em 1º. de janeiro de 2010
Lucro líquido do exercício
Outras movimentações
Dividendos
1.334.008
732.696
(213)
(361.984)
Saldo final em 31 de dezembro de 2010
1.704.507
=======
f)
Dividendos por ação
Em 31 de dezembro de 2010
Descrição
Data do dividendo
Valor do dividendo (MR$)
Número de ações sobre as quais se
determina o dividendo
Dividendo por ação (R$)
Dividendos
Definitivos
ano 2009
Dividendos
provisórios
ano 2010
Dividendos
provisórios
ano 2010
29/04/2010
19.612
27/07/2010
130.298
23/12/2010
212.074
338.790.909
0,057888
338.790.909
0,384597
338.790.909
0,625973
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Versão : 1
Notas Explicativas
70
Em 31 de dezembro de 2009
Descrição
Data do dividendo
Valor do dividendo (MR$)
Número de ações sobre as quais se
determina o dividendo
Dividendo por ação (R$)
Dividendos
Definitivos
ano 2009
Dividendos
provisórios
ano 2009
28/07/2009
64.671
29/12/2009
121.709
338.790.909
0,190888
338.790.909
0,359245
Como política de dividendos, a Sociedade estabelece que sejam iguais ao mínimo exigido por lei, isto é,
30% do lucro líquido de cada exercício. Isso não se impede que, eventualmente, os dividendos possam
ser declarados acima do mínimo obrigatório, atendendo a particularidades e circunstâncias que possam
ser percebidas durante o decorrer do ano.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, foram declarados dividendos provisórios
correspondentes a 47,5% dos lucros do exercício.
NOTA 27 - RECEITAS DE ATIVIDADES CONTINUADAS
As receitas de atividades continuadas são demonstradas a seguir:
Para os exercícios findos
Em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
Passageiros
Carga
Total
MR$
5.460.847
2.248.517
5.203.854
1.764.710
7.709.364
========
6.968.564
========
NOTA 28 – CUSTOS E DESPESAS POR NATUREZA
a) Custos e despesas da operação
Os principais custos e despesas da operação e administração são demonstrados a seguir:
Para os exercícios findos
Em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
Outros aluguéis e taxas aeronáuticas
Combustível
Comissões
Outros custos de operações
Arrendamento de aviões
Manutenção
Serviços a passageiros
Total
1.044.706
2.041.790
304.553
889.979
173.290
212.301
200.565
976.781
1.905.722
286.169
765.026
164.465
241.829
184.290
4.867.184
========
4.524.282
========
PÁGINA: 134 de 158
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Versão : 1
Notas Explicativas
71
b) Depreciação e amortização
A depreciação e amortização são demonstradas a seguir:
Para os exercícios findos
Em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
Depreciação (*)
Amortização
Total
575.084
16.456
589.772
16.402
591.540
======
606.174
======
(*) São incluídas neste montante a depreciação do ativo imobilizado e a manutenção de aviões alugados
sob a modalidade de arrendamento operacional.
c) Despesas com pessoal
As despesas deste item encontram-se reportadas na nota de provisões para benefícios a empregados
(Nota 24).
d) Despesas financeiras
As despesas financeiras são demonstradas a seguir:
Para os exercícios findos
Em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
Juros sobre empréstimos bancários
Juros sobre arrendamentos financeiros
Outros instrumentos financeiros
Total
206.651
10.361
56.287
227.542
9.091
69.494
273.299
======
306.127
======
A soma dos custos e despesas por natureza demonstrados nesta nota é equivalente à soma dos custos de
vendas, custos de distribuição, despesas com administração, outras despesas por função e custos
financeiros demonstrados na demonstração do resultado consolidado por função.
NOTA 29 – GANHOS (PERDAS) PELA VENDA DE ATIVOS NÃO CIRCULANTES E NÃO MANTIDOS
PARA A VENDA
Os ganhos (perdas) pela venda de ativos não circulantes e não mantidos para a venda em 31 de
dezembro de 2010 e 2009 são demonstrados a seguir:
Para os exercícios findos
Em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
Ativo imobilizado
Investimentos em subsidiárias, associadas e joint-ventures
Total
2.309
2.309
======
9.053
(4)
9.049
======
PÁGINA: 135 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
72
Os resultados das vendas do exercício são divulgados na rubrica Outras receitas, por função.
NOTA 30 – OUTRAS RECEITAS, POR FUNÇÃO
A composição da rubrica Outras receitas, por função são demonstradas a seguir:
Para os exercícios findos
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
Duty free
Arrendamento de aviões
Logística e courier
Alfândegas e armazéns
Tours
Outras receitas
Total
MR$
MR$
21.034
22.968
64.691
43.313
49.183
31.632
19.033
41.869
66.111
36.664
62.665
46.995
232.821
======
273.337
=======
NOTA 31 – MOEDAS ESTRANGEIRAS E VARIAÇÕES CAMBIAIS
a) Moedas estrangeiras
O detalhamento por moeda estrangeira dos ativos circulantes e não circulantes, é o seguinte:
Ativos circulantes
Caixa e equivalentes de caixa
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Outras moedas
Outros ativos financeiros, circulantes
Real brasileiro
Outras moedas
Outros ativos não financeiros, circulantes
Peso chileno
Peso argentino
Real brasileiro
Outras moedas
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
721.222
608.162
12.950
18.541
7.857
73.712
866.514
750.826
22.852
10.525
5.243
77.068
11.105
7.826
3.279
13.863
9.117
4.746
4.444
2.059
692
158
1.535
3.419
1.352
471
1.596
PÁGINA: 136 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
73
Contas a receber e outros recebíveis,
circulantes
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Dólar australiano
Outras moedas
Contas a receber de partes relacionadas, circulantes
Peso chileno
Impostos a recuperar, circulantes
Peso chileno
Peso argentino
Real brasileiro
Peso mexicano
Outras moedas
Total ativos circulantes
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Peso mexicano
Dólar australiano
Outras moedas
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
209.096
178.881
47.229
13.916
11.065
51.724
20.565
64.597
89.774
8.951
26.132
19.292
13.094
21.638
35
35
16
16
103.114
27.745
23.902
11.119
28.855
11.493
87.465
19.688
14.944
9.611
28.539
14.683
1.049.016
1.150.158
685.230
26.866
54.200
78.684
28.855
20.565
154.616
861.656
31.803
52.072
43.263
28.539
13.094
119.731
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
Ativos não circulantes
Outros ativos financeiros, não circulantes
Real brasileiro
Outras moedas
7.436
3.287
4.149
910
79
831
Outros ativos não financeiros, não circulantes
Peso argentino
Outras moedas
2.775
2.775
-
7
7
13.000
12.983
17
12.380
12.377
3
Direitos a receber, não circulantes
Peso chileno
Outras moedas
PÁGINA: 137 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
74
Investimentos contabilizados utilizando o método
da equivalência patrimonial
Peso chileno
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
979
979
2.131
2.131
Impostos diferidos
Outras moedas
47.785
47.785
-
Total ativos não circulantes
Peso chileno
Peso argentino
Real brasileiro
Outras moedas
71.975
13.962
2.775
3.287
51.951
15.428
14.508
79
841
O detalhamento de moedas estrangeiras dos passivos circulantes e não circulantes é o seguinte:
Passivos circulantes
até 90 dias
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de dezembro de
2010
2009
de 91 dias a 1 ano
Em 31 de
Em 31 de
dezembro de
dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
MR$
76.017
68.744
7.273
2.122
2.122
-
186.021
186.021
-
98.252
98.252
-
396.931
87.138
15.582
71.346
37.367
185.498
268.632
60.902
15.754
57.542
22.988
111.446
23.134
15.782
23
6.150
1.179
19.223
14.152
3.812
1.259
-
10
10
-
17
17
Impostos a pagar, circulantes
Peso chileno
Peso argentino
Real brasileiro
Outras moedas
16.015
4.965
396
3.292
7.362
10.740
5.034
2.108
2.564
1.034
4.328
1.757
1.985
586
7.348
1.629
1.295
4.424
Outros passivos não financeiros, circulantes
Real brasileiro
Outras moedas
45.781
45.781
647
647
1.769
1.719
50
1.610
1.603
7
534.744
160.847
15.582
71.742
40.659
245.914
282.151
68.068
15.754
59.650
25.552
113.127
215.252
203.560
23
8.135
1.719
1.815
126.450
114.050
5.107
1.603
5.690
Outros passivos financeiros, circulantes
Peso chileno
Outras moedas
Fornecedores e outras
contas a pagar, circulantes
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Outras moedas
Contas a pagar a partes relacionadas,
Circulantes
Peso chileno
Total passivos circulantes
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Outras moedas
MR$
PÁGINA: 138 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
75
Mais de 1 a 3 anos
Em 31 de
dezembro de
Passivos não circulantes
Outros passivos financeiros, não circulantes
Peso chileno
Outras contas a pagar, não circulantes
Peso chileno
Real brasileiro
Outras moedas
Outras provisões a longo prazo
Real brasileiro
Outras moedas
Provisões para
benefícios a empregados, não circulantes
Peso argentino
Outras moedas
Total passivos não circulantes
Peso chileno
Peso argentino
Real brasileiro
Outras moedas
Mais de 3 anos a 5 anos
Em 31 de
dezembro de
Em 31 de
dezembro de
Em 31 de
dezembro de
Em
dezem
2010
2009
2010
2009
201
MR$
MR$
MR$
MR$
MR
101.499
101.499
293.613
293.613
-
-
12.706
11.096
1.610
9.958
8.817
1.141
117
117
-
2.165
336
1.455
374
-
-
2.566
2.313
253
-
5.206
5.206
-
-
-
1.15
1.15
119.411
112.595
6.816
303.571
302.430
1.141
2.683
117
2.313
253
2.165
336
1.455
374
1.16
1.15
PÁGINA: 139 de 158
76
Resumo geral de moedas estrangeiras
Total ativos
Peso chileno
EuroFinanceiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
DFP - Demonstrações
Peso argentino
Real brasileiro
Notas Explicativas
Peso mexicano
Dólar australiano
Outras moedas
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
1.120.991
699.192
26.866
56.975
81.971
28.855
20.565
206.567
1.165.586
876.164
31.803
52.072
43.342
28.539
13.094
120.572
Total passivos
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Peso mexicano
Dólar australiano
Outras moedas
873.250
477.127
15.605
81.029
44.691
254.798
715.192
484.951
15.754
65.545
28.610
120.332
Posição Líquida
Peso chileno
Euro
Peso argentino
Real brasileiro
Peso mexicano
Dólar australiano
Outras moedas
247.741
222.065
11.261
(24.054)
37.280
28.855
20.565
(48.231)
450.394
391.213
16.049
(13.473)
14.732
28.539
13.094
240
b) Variações cambiais
As variações cambiais reconhecidas no resultado, com exceção de ativos financeiros mensurados ao
valor justo por meio do resultado, acumuladas em 31 de dezembro de 2010 e 2009 resultaram num
crédito de MR$ 23.643 e num débito de MR$ 12.889, respectivamente.
As variações cambiais reconhecidas no patrimônio líquido como Ajustes de avaliação patrimonial Reservas por diferenças de câmbio na conversão para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e
2009 resultaram num crédito de MR$ 95.628 e de MR$ 571.576, respectivamente.
Peso chileno
Peso argentino
Real brasileiro
Novo sol peruano
Dólar australiano
Bolivar forte
Boliviano
Peso uruguaio
Peso mexicano
Peso colombiano
Dólar neozelandes
Euro
468,01
3,97
1,66
2,81
0,99
4,30
6,94
19,80
12,38
1.905,10
1,30
0,75
507,10
3,80
1,74
2,89
1,12
2,14
7,00
19,45
13,06
2.043,07
1,39
0,70
NOTA 32 – LUCRO POR AÇÃO
Lucros básicos
Lucro atribuível aos acionistas da sociedade no patrimônio
líquido da controladora (MR$)
Quantidade média ponderada de número de ação, básico
Lucro básico por ação (R$)
Lucros diluídos
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
732.696
338.790.909
2,16268
447.231
338.790.909
1,32008
Para os exercícios findos
em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
MR$
Lucro atribuível aos acionistas da sociedade no patrimônio
líquido da controladora (MR$)
732.696
447.231
Quantidade média ponderada de ação, básico
Ajuste médico ponderado de ação diluído opções de ação
338.790.909
954.544
338.790.909
-
Quantidade média ponderada de número de ação, diluído
339.745.453
=========
338.790.909
==========
2,15660
1,32008
Lucro diluído por ação (R$)
PÁGINA: 141 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
78
NOTA 33 – CONTINGÊNCIAS
a) Julgamentos
a1) Ações propostas pela Sociedade
Sociedade
Tribunal
N° da
causa
Origem
Etapa processu
e instância
Atlantic
Aviation
Investments
LLC
(AAI)
Supreme
Court of the
State of New
York County
of New York
07-6022920
Atlantic Aviation Investment LLC., sociedade
controlada direta de Lan Airlines S.A., constituída
sob as leis do Estado de Delaware, processou a
Varig Logística S.A. (“Variglog”) pelo não pagamento
de quatro empréstimos documentados em contratos
de crédito regidos pela lei de Nova York. Referidos
contratos estabelecem a aceleração dos créditos
No caso de venda do devedor original, VRG Linhas
Aéreas S.A.
Na etapa de execução na Su
condenou a Variglog para o
pagamento de capital, juros
favor de AAI. Mantém-se o
de Variglog na Suíça por apo
encontra-se em processo de
judicial no Brasil.
Atlantic
Aviation
Investments
LLC
Supreme
Court of the
State of New
York Country
of New York
602286-09
Atlantic Aviation Investment LLC., processou a Matlin
Patterson Global Advisers LLC, Matlil Patterson Global
Opportunities Partners II LP, Matlin Ptterson Global
Opportunities Partners (Cayman) II LP e Volo Logistics
LLC (a) como alter egos de Variglog pelo não pagamento
de quatro empréstimos referidos na nota precedente e
(b) pelo não cumprimento da sua obrigação de garantias
E outras obrigações.
O tribunal negou parcialmen
parcialmente o pedido de en
mento apresentado pelo pro
na causa. As partes continu
dando procedimento à etapa
(discovery).
PÁGINA: 142 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Notas Explicativas
79
Sociedade
Tribunal
N° Rol da
causa
Origem
Etapa processu
e instância
Aerolane,
Líneas Aéreas
Nacionales
Del Ecuador
S.A.
Tribunal
Distrital de lo
Fiscal N°2
(Guayaquil)
6319-4064-05
Contra o Diretor Regional do Servicio de Rentas
Internas de Guayaquil, pagamento em excesso de IVA.
Ditada sentença favorável em
Instância, pendente recurso
Lan Airline
S.A.
Tribunal
Fiscal de
Quito
23493-A
Contra o Diretor Regional do Servicio de Rentas
Internas de Quito, pagamento em excesso de IVA
Solicitada expedição de sen
Aerolane,
Líneas Aéreas
Nacionales
Del Ecuador
S.A.
Tribunal
Distrital de lo
Fiscal N° 2
(Guayaquil)
09504-2010-0114
Contra o Diretor Regional do Servicio de Renas
Internas de Guayaquil, por determinar diminuição do
crédito tributário para o ano de 2006.
Pendente abertura término p
Lan Argentina
S.A.
15° Juzgado
Nacional de
Primera
Instância en lo
Comercial,
Buenos Aires
10587/09
Solicitação de falência Southern Winds por créditos
resultantes de diversos créditos não pagos.
Finalizaram com êxito as ne
diretas com a devedora, leva
do pedido de falência. Foram
acordos, um por Lan Argenti
por Lan Airlines S.A. reconh
as dívidas. No caso de Lan
Assinou-se um acordo por R
Pago em 30 parcelas. Não
De cobrança certa.
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
80
a2)
Ações propostas contra a Sociedade
Sociedade
Tribunal
N° Rol da
causa
Origem
Etapa processual
e instância
Montantes
envolvidos
MR$
Aerolinhas
Secretaria de Fazenda
Brasileiras S.A. do Estado do Rio de
Janeiro
2003
Lan Argentina
Trabalhista, Salta,
Lan Cargo S.A.
Juizado Civil de
Assunção, Paraguai
Lan Airlines S.A. Comissão Europeia
e Lan Cargo
e Canadá
S.A.
A autoridade administrativa do Rio de Janeiro, Brasil, emitiu
um auto de infração ou multa pelo suposto não pagamento
de ICMS (IVA) pela importação da aeronave Boeing-767
Matrícula PR-ABB.
Pendente resolução da junta de revisores
para a anulação da multa.
4.953
24826/10 Processo trabalhista iniciado por um despachante.
Para contestar demanda.
1.156
78-362
Processo de indenização de prejuízos interposta por quem foi
Agente Geral no Paraguai.
Pendente apelação da resolução
que recusou uma das exceções
De falta de ação manifesta, formulada
Pelos advogados da demandada.
-
Investigação por eventuais infrações à livre concorrência de
companhias de carga, especialmente sobrecarga de
combustível (Fuel Surcharge)
Com data em 14 de abril de 2008
foi contestada a notificação da
Comissão Europeia. Uma apelação
Será apresentada.
721
18.022
Com data em 26 de dezembro de 2007, a Direção Geral
Concorrência da Comissão Europeia notificou a Lan Cargo
S.A. sobre a instalação de um processo contra vinte e cinco
companhias de carga, entre as quais Lan Cargo S.A.,
por eventuais infrações a livre concorrência no mercado de
carga aérea europeu, especialmente a pretendida fixação
de uma sobrecarga por combustível e fretes. Com data de
novembro de 2010 a Direção Geral de Competência da
Comissão Europeia notificou a Lan Cargo S.A. y Lan Airlines
S.A. da imposição de multa pelo valor de MR$ 18.022.
Esta multa está em apelação por Lan Cargo S.A. e Lan
Airlines S.A. Não é possível prever o resultado do referido
Processo de apelação.
Lan Cargo S.A.
Lan Airlines
S.A.
Tribunal competente
dos Estados Unidos e
Canadá para
Conhecer ações da classe.
Como conseqüência da investigação por eventuais infrações
à livre concorrência de companhias de carga, especialmente
sobrecarga de combustível (Fuel Surcharge).
O caso encontra-se em processo
de levantamento de provas.
Indeterminado
PÁGINA: 144 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
81
Sociedade
Tribunal
N° Rol da
causa
Origem
Etapa processual
e instância
Montantes
envolvidos
MR$
Lan Logistics
Corp
Tribunal Federal,
Florida, Estados
Unidos
-
Em meados de junho de 2008, foi apresentado um processo
pelo direito pela opção de compra pela venda de LanBox
Sentença contrária a Lan Logistics,
Corp. por R$ 8 milhões, que está
sendo apelada no tribunal de apelações.
O processo de apelação demora de seis
meses a um ano.
Indeterminado
Aerolinhas
Brasileiras S.A.
Tribunal competente
dos Estados Unidos para
conhecer ações da classe
Como conseqüência da investigação por eventuais infrações
à livre concorrência de companhias de carga, especialmente
sobrecarga de combustível (Fuel Surcharge).
Investigação pendente.
Indeterminado
Aerolinhas
Brasileiras S.A.
Conselho Administrativo de
Defesa Econômica, Brasil
Investigação por eventuais infrações à livre concorrência de
companhias de carga, especialmente sobrecarga de
Combustível (Fuel Surcharge).
Investigação pendente.
Indeterminado
Lan Airlines
S.A. “Brasil”
Instituto de Defesa do
Consumidor de São Paulo
O departamento de Proteção e Defesa do Consumidor
(“PROCON”) aplicou uma multa a Lan Airlines S.A. no valor
de R$ 1.688.240,00, equivalente aproximadamente a
MUS$970. Esta multa resulta do cancelamento de vôos a
Chile em função do terremoto, sustentando-se que Lan
Airlines S.A. não atuou conforme a normativa aplicável ao
não oferecer facilidades e compensações aos passageiros
que não puderam viajar em função desta circunstância
extraordinária.
Multa aplicada pela entidade do
consumidor de São Paulo
1.688
Das causas mencionadas anteriormente, em atenção à situação processual das mesmas e/ou o improvável evento de obter sequência contrária nos referidos opiniões, em
31 de dezembro de 2010 foi estimado em cada caso que não é necessária a constituição de provisão alguma, sem o prejuízo de uma provisão de R$ 18 milhões, que está
relacionada com a decisão emitida na data 9 de novembro de 2010 pela Comissão Europeia e que se divulgou com essa mesma data pela Sociedade, em caráter de fato
relevante.
PÁGINA: 145 de 158
Boeing 767, que contam com a garantia do Export – Import Bank dos Estados Unidos da América,
foram estabelecidos limites a alguns indicadores financeiros da Sociedade em base consolidada. Por
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
outro lado, relacionados com estes mesmos contratos, foram estabelecidas restrições à gestão da
Sociedade no que se refere a termos de composição e disposição de ativos. Adicionalmente, em relação
Notas Explicativas
aos diversos contratos celebrados pela sua controlada Lan Cargo S.A. para o financiamento de aeronaves
Boeing 767, que contam com a garantia do Export – Import Bank dos Estados Unidos da América,
foram estabelecidas restrições à gestão da Sociedade e à sua controlada Lan Cargo S.A, no que se refere
a termos de composição e disposição de ativos. Com relação aos diversos contratos celebrados pela
Sociedade para o financiamento de aeronaves Airbus A320, que contam com a garantia das Export
Credit Agencies Europeias, foram estabelecidos limites a alguns dos indicadores financeiros da
Sociedade. Por outro lado e, relacionados com estes mesmos contratos, foram estabelecidas restrições à
gestão da Sociedade no que se refere a termos de composição e disposição de ativos. Com relação ao
financiamento de motores de reposição para a sua frota Boeing 767 e 777, que contam com garantia do
Export – Import Bank dos Estados Unidos da América, foram estabelecidas restrições no que se refere à
composição acionária de seus avalistas e de seu sucessor legal no caso de fusão.
Versão : 1
Com relação aos contratos de crédito celebrados pela Sociedade com bancos no Chile, durante o
exercício vigente, foram estabelecidos limites a alguns indicadores financeiros da Sociedade em base
consolidada. Em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade está no cumprimento destes covenants.
(b) Compromissos por arrendamentos operacionais como arrendatário
O detalhamento dos principais arrendamentos operacionais é o seguinte:
Arrendador
Delaware Trust Company, National Association (CRAFT)
International Lease Finance Corporation
KN Operating Limited (NAC)
Orix Aviation Systems Limited
Pembroke B737-7006 Leasing Limited
International Lease Finance Corp. (ILFC)
Sunflower Aircraft Leasing Limited – AerCap
Celestial Aviation Trading 35 Limited
MSN 167 Leasing Limited
Celestial Aviation Trading 16 Limited
CIT Aerospace International
Celestial Aviation Trading 39 Ltd. GECAS (WFBN)
Celestial Aviation Trading 23 Ltd. GECAS (WFBN)
Celestial Aviation Trading 47 Ltd. GECAS (WFBN)
Celestial Aviation Trading 51 Ltd. GECAS (WFBN)
AerCap (WFBN)
MSN 32415, LLC – AWAS
JB 30244, Inc. – AWAS
NorthStar AvLease Ltd.
JB 30249, Inc. – AWAS
TIC Trust (AVMAX)
ACS Aircraft Finance Bermuda Ltd. - Aircastle (WFBN)
MCAP Europe Limited - Mitsubishi (WTC)
Total
Aeronave
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
(*)
Bombardier Dhc8-200
Boeing 767
Bombardier Dhc8-400
Airbus A320
Boeing 737
Boeing 737
Airbus A320
Boeing 767
Airbus A340
Boeing 767
Boeing 767
Boeing 777
Boeing 777
Boeing 767
Boeing 767
Airbus A320
Boeing 737
Boeing 737
Bombardier Dhc8-200
Bombardier Dhc8-200
Boeing 737
Boeing 737
Boeing 737
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
9
8
4
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
8
2
1
1
1
1
1
1
-
45
===
16
===
PÁGINA: 146 de 158
Os pagamentos mínimos dos arrendamentos não canceláveis são os seguintes:
Até um ano
Entre um e cinco anos
Mais de cinco anos
Total
Em 31 de
dezembro de
2010
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
MR$
250.591
727.483
177.636
156.420
470.747
138.205
1.155.710
========
765.372
======
Os pagamentos mínimos dos arrendamentos reconhecidos no resultado são os seguintes:
Em 31 de
dezembro de
2010
MR$
Pagamentos mínimos por arrendamentos operacionais
Total
Em 31 de
dezembro de
2009
MR$
163.839
159.946
163.839
======
159.946
======
Em abril de 2009, foi incorporada a primeira aeronave Boeing 777-Freighter e, em maio de 2009,
chegou o segundo avião da mesma frota. Em setembro de 2009 finalizou-se o aluguel de uma
aeronave Boeing 767-300F (matrícula CC-CGN), aeronave que foi devolvida em outubro de 2009. Em
setembro de 2010 foram incorporadas duas aeronaves Airbus A320-200, por um período de seis anos e,
em dezembro de 2010, foi agregada uma aeronave da mesma frota por um período de 8 meses.
Adicionalmente, em novembro e dezembro de 2010, foram incorporadas duas aeronaves Boeing 767300F, com prazos de contrato de sete e seis anos, respectivamente.
A partir de outubro de 2009, modificaram-se os prazos de aluguel de sete aeronaves Boeing 767-300ER;
cinco foram estendidos entre três e sete anos e dois foram reduzidos em dois e três anos.
Posteriormente, em junho de 2010, estendeu-se o prazo de aluguel de outra aeronave Boeing 767300ER por dois anos, finalizando-se em maio de 2013.
Os contratos de arrendamento operacionais celebrados pela Sociedade estabelecem que a manutenção
das aeronaves deve ser realizada de acordo com as disposições técnicas do fabricante e nas margens
acordadas nos contratos com o arrendador, sendo um custo assumido pelo arrendatário.
Adicionalmente, para cada aeronave, o arrendatário deve contratar apólices que cubram o risco
associado e o montante dos bens envolvidos. Com relação aos pagamentos de aluguel, estes são
irrestritos, não podendo ser abatidos de outras contas a receber ou a pagar que sejam mantidas pelo
arrendador e arrendatário.
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
84
(c) Outros compromissos
Em 31 de dezembro de 2010, a Sociedade mantém vigentes cartas de crédito, termos de garantia e
apólices de seguro de garantia, de acordo com o seguinte detalhamento:
Credor garantia
Deutsche Bank A.G.
The Royal Bank of Scotland plc
Direção Geral da Aviação Civil
do Chile
Direção Seccional de Aduanas
de Bogotá
Washington International Insurance
Metropolitan Dade County
Nome devedor
Tipo
Valor
Data de
MR$
liberação
33.020
29.718
31/jan/11
08/jan/11
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A
Duas cartas de crédito
Duas cartas de crédito
Lan Airlines S.A
Quarenta e três termos de garantia
9.630
18/jan/11
Línea Aérea
de Colombia
Lan Airlines S.A.
Lan Airlines S.A.
Duas apólices de seguro de garantia
Sete cartas de crédito
Cinco cartas de crédito
4.012
5.019
2.765
07/abr/14
05/abr/11
31/mai/11
PÁGINA: 148 de 158
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Versão : 1
Notas Explicativas
85
NOTA 35 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
a) Transações com partes relacionadas no exercício findo em 31 de dezembro de 2010
Rut parte
relacionada
96.810.370-9
96.847.880-K
96.921.070-3
87.752.000-5
96.669.520-K
96.894.180-1
Estrangeira
Natureza da relação
com
partes relacionadas
País de
origem
Investimentos Costa
Verde Ltda. y CPA
Controladora
Chile
Investimentos
Aluguel de imóvel
Serviços de passagens outorgadas
Lufthansa Lan Technical
Training S.A.
Coligada
Chile
Centro de capacitação
Aluguel de edifícios
Capacitação recebida
Cessão de dívida
Outros pagamentos antecip. recebidos
Austral Sociedad
Concesionaria S.A.
Coligada
Chile
Concessionária
Taxas aeronáuticas recebidas
Consumos básicos recebidos
Conc. aeronáuticas recebidas
Distribuição de dividendos
Outras partes
Relacionadas
Chile
Piscicultura
Serviço de passagens outorgadas
Outras partes
Relacionadas
Chile
Televisão
Serviço de passagens outorgadas
Serviço de publicidade recebida
Outras partes
Relacionadas
Chile
Assessorias
profissionais
Nome da
parte relacionada
Granja Marina
Tornagaleones S.A.
Red de Televisión
Chilevisión S.A.
Bancard Investimentos Ltda.
Inversora Aeronáutica
Argentina
Outras partes
Relacionadas
Argentina
Explicação de outra
informação sobre
partes relacionadas
Investimentos
Natureza das
transações com
partes relacionadas
Assessorias profissionais recebidas
Aluguel de edifício recebido
Outros serviços outorgados
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Notas Explicativas
86
b)
Transações com partes relacionadas, no exercício findo em 31 de dezembro de 2009
Rut parte
relacionada
96.810.370-9
96.847.880-K
96.921.070-3
78.005.760-2
87.752.000-5
96.669.520-K
96.894.180-1
Estrangeira
Natureza da relação
com
partes relacionadas
País de
origem
Investimentos Costa
Verde Ltda. y CPA
Controladora
Chile
Investimentos
Aluguel de imóvel
Serviços de passagens
Lufthansa Lan Technical
Training S.A.
Coligada
Chile
Centro de capacitação
Aluguel de edifícios
Capacitação recebida
Cessão de dívida outorgada
Outros pagamentos antecipados
Austral Sociedad
Concesionaria S.A.
Coligada
Chile
Concessionária
Taxas aeronáuticas recebidas
Consumos básicos recebidos
Conc. aeronáuticas recebidas
Outras partes
Relacionadas
Chile
Serviço de segurança
Serviços de segurança recebidos
Outros pagamentos antecipados
Outras partes
Relacionadas
Chile
Piscicultura
Serviço de passagens
Outras partes
Relacionadas
Chile
Televisão
Serviço de publicidade recebida
Serviço de passagens
Outras partes
Relacionadas
Chile
Assessorias
profissionais
Nome da
parte relacionada
Sociedad de Seguridad
Aérea S.A.
Granja Marina
Tornagaleones S.A.
Red de Televisión
Chilevisión S.A.
Bancard Investimentos Ltda.
Inversora Aeronáutica
Argentina
Outras partes
Relacionadas
Argentina
Explicação de outra
informação sobre
partes relacionadas
Investimentos
Natureza das
transações com
partes relacionadas
Assessorias profissionais recebidas
Outros pagamentos antecipados
recebidos
Aluguel de edifício
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Para os exercícios findos
Em 31 de dezembro de
2010
2009
MR$
Notas Explicativas
Remunerações
Honorários dos administradores
Correções de valor e benefícios não monetários
Benefícios de curto prazo
Pagamentos baseados em ações
Outros
Total
Versão : 1
MR$
13.185
263
619
8.315
6.183
-
12.434
260
680
9.525
2.280
1.803
28.565
=====
26.982
=====
NOTA 36 - PAGAMENTOS BASEADOS EM AÇÕES
Os planos de compensação implementados mediante a outorga de opções para a subscrição e pagamentos em
ações, que foram outorgados a partir do quarto trimestre de 2007, são reconhecidos nas demonstrações
financeiras de acordo com o estabelecido pela norma IFRS 2 “Pagamentos baseados em ações”, registrando-se
o efeito do valor justo das opções outorgadas, com débito nas despesas de remuneração de forma linear entre a
data de outorga das referidas opções e a data em que as mesmas alcancem o caráter irrevogável.
Durante o último trimestre do ano 2009, foi aprovada a mudança nos termos e condições originais do plano,
através do qual as opções para a subscrição e o pagamento das opções foram outorgados. Estas mudanças
foram implementadas durante o primeiro trimestre de 2010 e estabeleceram um novo prazo e preço de
exercício.
A outorga inicial e suas modificações posteriores foram formalizadas através da celebração de contratos de
opções para a subscrição de ações, de acordo com os percentuais mostrados no seguinte calendário de
auferimento e que está relacionado à condição de permanência do executivo nessas datas, para o exercício das
opções.
Percentual
Período
30%
70%
De 29 de outubro de 2010 até 31 de dezembro de 2011
De 30 de outubro de 2011 até 31 de dezembro de 2011
Tais opções foram valorizadas e registradas de acordo ao valor justo na data da outorga, determinado através
do método “Black-Scholes-Merton”.
Todas estas opções vencem no dia 31 de dezembro de 2011.
Número das
opções sobre
ações
Opções de ações num acordo de pagamentos baseados em ações,
Saldo inicial em 1º. de janeiro de 2010
Opções concedidas
Opções anuladas
Opções exercidas
Opções de num acordo de pagamentos baseados em ações,
Saldo final em 31 de dezembro de 2010
1.311.000
898.091
2.209.091
=======
PÁGINA: 151 de 158
US$ 17,3
US$ 14,5
33,20%
1,9 anos
50%
0,0348
NOTA 37 - MEIO AMBIENTE
Em conformidade com a Lei sobre Bases Gerais do Meio Ambiente, em vigor no Chile, e sua normativa
complementar, não existem disposições que afetem a operação de serviços de transporte aéreo.
NOTA 38 – EVENTOS SUBSEQUENTES À DATA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
a) As demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade em 31 de dezembro de 2010 foram aprovadas em
Sessão Ordinária da Direção no dia 1º. de março de 2011, à qual assistiram os seguintes diretores:
1. Jorge Awad Mehech,
2. Darío Calderón González,
3. José Cox Donoso,
4. Ramón Eblen Kadis,
5. Bernardo Fontaine Talavera,
6. Carlos Heller Solari, e
7. Juan Gerardo Jofré Miranda
b) Em 25 de janeiro de 2011, as controladas diretas Lan Cargo S.A. e Investimentos Lan S.A. assinaram uma
promessa de compra e venda, como promissores vendedores, com a Sociedade Bethia S.A., como
promissora compradora, relacionada a 100% das ações das sociedades Blue Express Intl. S.A. e Blue
Express S.A., empresas dedicadas ao serviço de courier terrestre. No mesmo instrumento, contempla-se a
futura venda por parte da Lan Airlines S.A. das marcas e domínios de internet relativos à Blue Express Intl
S.A. e Blue Express S.A, juntamente com determinados sistemas de computação.
A compra e venda definitiva está sujeita à conclusão de um processo de due diligence e ao cumprimento de
várias condições estabelecidas na Promessa. O preço estabelecido na Promessa é de MR$ 89.000, sujeito
a eventuais ajustes que surjam em função da due diligence em realização.
Bethia S.A. é uma entidade relacionada com Lan Airlines S.A. nos termos dispostos no artigo 100 da Lei
18.045 de Mercado de Valores.
c) Em 18 de janeiro de 2011, as parte do MOU (1) e os senhores Maria Cláudia Oliveira Amaro, Maurício
Rolim Amaro, Noemy Almeida Oliveira Amaro e João Francisco Amaro (a “Família Amaro”), como únicos
acionistas da TEP, subscreveram (a) um Implementation Agreement e (b) um Exchange Offer Agreement
vinculantes (os “Contratos Subscritos”), que contém os termos e condições definitivos da associação
proposta entre a Sociedade e TAM.
(1) Em 13 de agosto de 2010, a Sociedade informou à Superintendência de Valores e Seguros como fato
relevante que, na referida data, LAN, Costa Verde Aeronáutica S.A. e Investimentos Mineras del
Cantábrico S.A. (as duas últimas, as “Controladas Cueto”), TAM S.A. (“TAM”) e TAM Empreendimentos e
Participações S.A. ("TEP") subscreveram um Memorandum of Understanding ("MOU") não vinculante,
cujos aspectos fundamentais foram resumidos na dita oportunidade.
d) Como parte do processo de registro da Companhia perante a Comissão de Valores Mobiliários – CVM no
Brasil, esse órgão solicitou que a Companhia procedesse à alteração de duas notas explicativas no que se
refere às unidades de referência – valor em R$ e/ou quantidade de itens – apresentadas em algumas
tabelas dessas notas. Tendo em vista essa solicitação da CVM, a Companhia procedeu a uma revisão em
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Notas Explicativas
89
outras notas e quadros das demonstrações financeiras originalmente apresentadas e identificou outros
itens passíveis de modificação, além daqueles apontados pela CVM, tendo efetuado as alterações
necessárias.
Nenhuma das alterações efetuadas modifica as informações anteriormente apresentadas no que se refere à
situação patrimonial e financeira da Companhia, ao seu desempenho operacional ou seu fluxo de caixa,
tratando-se de correções de inconsistências provocadas por erros de digitação durante o processo de
tradução das demonstrações financeiras para o português.
e) À exceção do mencionado nos parágrafos anteriores, não se têm conhecimento de outros efeitos de caráter
financeiro ou de outra natureza que afetem significativamente os saldos ou a interpretação dos mesmos,
ocorridos entre 31 de dezembro de 2010 e a data de emissão destas demonstrações financeiras.
NOTA 39 – COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
Em 26 de novembro de 2010, Lan Pax Group S.A., controlada de Lan Airlines S.A., adquiriu 98,942% da
sociedade colombiana Aerovías de Integración Regional, AIRES S.A. Esta aquisição foi realizada através da
compra de 100% das ações das sociedades panamenhas Akemi Holdings S.A. e Saipan Holdings S.A., as quais
são proprietárias do percentual anteriormente mencionado na sociedade AIRES S.A. O preço de compra foi de
MR$ 20.758
Aerovías de Integración Regional, AIRES S.A. foi fundada em 1980 e atualmente é o segundo operador do
mercado doméstico colombiano, com uma participação de mercado de 22%. AIRES S.A. oferece serviços a 27
destinos domésticos dentro da Colômbia, como também a 3 destinos internacionais. Esperam-se sinergias
entre a participação de AIRES S.A. no mercado colombiano e a eficiência do modelo de negócio de Lan Airlines
S.A. Adicionalmente, espera-se melhor rendimento pelo negócio (carga e passageiros) da Lan Airlines S.A.
através da ampliação na sua cobertura na América Latina.
A Sociedade mensurou a participação não controladora na Aires S.A. pela parte proporcional da participação
não controladora dos ativos líquidos identificáveis da empresa adquirida.
Pela combinação de negócios, reconheceu-se no balanço da Sociedade um goodwill de MR$ 155.564.
Balanço resumido
MR$
MR$
Ativos circulantes
Ativos não circulantes
45.097
52.257
______
Passivos circulantes
Passivos não circulantes
Patrimônio
206.694
33.560
(142.900)
Total de ativos
97.354
=====
Total de passivos
97.354
=====
Porção controladora
(135.752)
Determinação mais-valia
MR$
Porção controladora
Preço de compra
135.752
19.812
Mais-valia
155.564
=====
De acordo ao permitido pela norma IFRS 3, o valor determinado pelo goodwill é provisório.
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Outras Informações que a Companhia Entenda Relevantes
DECLARAÇÃO DE STATUS DE EMISSOR ESTRANGEIRO
LAN Airlines S.A., pessoa jurídica com sede na Cidade de Las Condes, Estado
de Santiago, Chile, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.937.681/0003-30, neste ato
representada por seu representante legal abaixo assinado (“Companhia”), no
âmbito de seu pedido de registro como emissor de ações que lastreiam
Certificados de Depósito de Ações – BDR e de seu pedido de registro de Programa
de BDR, ambos protocolados perante a Comissão de Valores Mobiliários
(“CVM”), DECLARA, para fins do artigo 1º, §3º, do Anexo 32-I da Instrução
CVM n.° 480, de 7 de dezembro de 2009 (“Instrução CVM 480”), que é um
emissor estrangeiro nos termos de tal instrução e não se enquadra em nenhuma
das hipóteses do artigo 1º, §1º, do Anexo 32-I da Instrução CVM 480, quais
sejam: (i) não possui sede no Brasil; e (ii) seus ativos localizados no Brasil não
correspondem a 50% (cinqüenta por cento) ou mais daqueles constantes de suas
demonstrações financeiras individuais, separadas ou consolidadas, conforme
demonstrado pela memória de cálculo abaixo, baseada no balanço patrimonial
consolidado da Companhia em 31 de dezembro de 2010:
Ativo Total
Ativos no Brasil
% de Ativos no Brasil (2)/(1)
R$ (exceto percentuais)
R$11.203.515.947,00
R$141.086.097,31
1,26%
São Paulo, 15 de abril de 2011.
_____________________________
Lan Airlines S.A.
Pp. Jaime Alberto Fernández Dib
PÁGINA: 154 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Pareceres e Declarações / Parecer dos Auditores Independentes - Sem Ressalva
Lan Airlines S.A. e Controladas
Relatório de revisão especial dos auditores independentes
1 Efetuamos um revisão especial da conversão para reais das demonstrações financeiras da Lan Airlines S.A. e controladas (a
"Companhia") em 31 de dezembro de 2010, elaboradas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) sob a
responsabilidade da sua administração, em atendimento às disposições previstas na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) nº 480/2009, em especial o artigo 27 da referida Instrução. Os critérios adotados para a conversão das demonstrações
financeiras em reais estão descritos na Nota 2.3 das demonstrações financeiras consolidadas.
2 As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia em 31 de dezembro de 2010, elaboradas de acordo com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) em dólares norte-americanos, a sua moeda funcional, foram objeto de exame pelos
auditores independentes da Companhia, PricewaterhouseCoopers Consultores, Auditores y Compañia Limitada no Chile, que emitiram
parecer sem ressalvas com data de 1º de março de 2011. Nossa revisão especial foi efetuada levando-se em consideração as normas
emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aplicáveis a trabalhos dessa natureza.
3 Nossa revisão da conversão para reais mencionada no parágrafo 1 compreendeu:
(a) A Leitura das demonstrações financeiras consolidadas da Lan Airlines S.A. e do parecer dos auditores independentes mencionado
no parágrafo 2 acima e discussão com os Administradores da Companhia e seus auditores independentes sobre os critérios utilizados
para a conversão das cifras em dólares norte-americanos para reais.
(b) A conferência quanto à acuracidade aritmética da conversão dos valores expressos em dólares norte-americanos para reais,
conforme critérios descritos na Nota 2.3 às demonstrações financeiras.
4 Com base em nossa revisão especial e em conformidade com os procedimentos descritos no parágrafo 3 acima, não temos
conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser feita nas demonstrações financeiras consolidadas da Lan Airlines S.A. e
controladas em 31 de dezembro de 2010 expressas em reais para que as mesmas atendam às normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários, especialmente o artigo 27, inciso I, alínea (b) da Instrução CVM nº 480/2009.
5 Nossa revisão especial não representa um exame de acordo com as normas brasileiras ou internacionais de auditoria e,
consequentemente, não estamos em condições de emitir, e não emitimos, uma opinião sobre as demonstrações financeiras da Lan
Airlines S.A. e controladas em 31 de dezembro de 2010 expressas em reais.
São Paulo, 29 de julho de 2010
PricewaterhouseCoopers
Auditores Independentes
CRC 2SP000160/O-5
Carlos Alberto de Sousa
Contador CRC 1RJ056561/O-0 "S" SP
Tradução livre do original em Espanhol
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Santiago, 1º. de março de 2011, exceto pela Nota 38d),
cuja data é 29 de julho de 2011
Aos Acionistas e Administradores
Lan Airlines S.A.
Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Lan Airlines S.A. e controladas em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 e as
correspondentes demonstrações consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para os
exercícios findos nessas datas. A preparação dessas demonstrações financeiras é de responsabilidade da Administração da Lan
Airlines S.A. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com s normas de auditoria aplicáveis no Chile, as quais requerque os exames sejam
planejados e realizados com o objetivo de comprovar, com um razoável nível de segurança, que as demonstrações financeiras
consolidadas estão isentas de erros significativos. Um exame compreende a verificação, em base de testes, de evidências que
respaldam os valores e informações divulgados nas demonstrações financeiras consolidadas. Um exame compreende, também, a
avaliação dos princípios contábeis utilizados e das estimativas mais representativas adotadas pela Administração da Companhia,
assim como uma avaliação da apresentação das demonstrações financeiras em conjunto. Acreditamos que nossos exames constituem
uma base razoável para fundamentar nossa opinião.
PÁGINA: 155 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Lan Airlines S.A. e controladas em 31 de dezembro de 2010 e de 2009,
os resultados consolidados
de suas operações e os fluxos consolidados de caixa dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as normas internacionais de
relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).
Renzo Corona Spedaliere
RUT: 6.373.028-9
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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Pareceres e Declarações / Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras
DECLARAÇÃO
PARA FINS DO ARTIGO 25 DA INSTRUÇÃO CVM n° 480/09
Jaime Alberto Fernández Dib, com endereço na Al Atenas 343, R1, Barueri, Município de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrito no
Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF) sob o nº 227.904.738-11, na qualidade de Representante Legal da LAN Airlines S.A.,
pessoa jurídica com sede na Cidade de Las Condes, Estado de Santiago, Chile, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.937.681/0003-30,
declara, nos termos dos incisos V e VI do parágrafo 1° do artigo 25 da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários n° 480, de 7 de
dezembro de 2009, que os diretores da Companhia (“principales ejecutivos”): (i) revisaram, discutiram e concordam com as
demonstrações financeiras da Companhia referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010; e (ii) revisaram,
discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes da Companhia referentes às
demonstrações financeiras descritas no item (i) acima.
São Paulo, 15 de abril de 2011.
Jaime Alberto Fernández Dib
Representante Legal
PÁGINA: 157 de 158
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2010 - LAN AIRLINES SA
Versão : 1
Pareceres e Declarações / Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores
Independentes
DECLARAÇÃO
PARA FINS DO ARTIGO 25 DA INSTRUÇÃO CVM n° 480/09
Jaime Alberto Fernández Dib, com endereço na Al Atenas 343, R1, Barueri, Município de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrito no
Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF) sob o nº 227.904.738-11, na qualidade de Representante Legal da LAN Airlines S.A.,
pessoa jurídica com sede na Cidade de Las Condes, Estado de Santiago, Chile, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.937.681/0003-30,
declara, nos termos dos incisos V e VI do parágrafo 1° do artigo 25 da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários n° 480, de 7 de
dezembro de 2009, que os diretores da Companhia (“principales ejecutivos”): (i) revisaram, discutiram e concordam com as
demonstrações financeiras da Companhia referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010; e (ii) revisaram,
discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes da Companhia referentes às
demonstrações financeiras descritas no item (i) acima.
São Paulo, 15 de abril de 2011.
Jaime Alberto Fernández Dib
Representante Legal
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