Reunião de abertura: “Herdeiras de um grande passado

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Reunião de abertura: “Herdeiras de um grande passado
Publicação:
Centro Schoenstatt – Tabor
Rodovia D. Pedro I, Km 78
Caixa Postal 159 – CEP 12940-970
Fone: (0XX) 11 4414 4212
Atibaia – SP
Ano 2006.
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Índice:
Introdução
pág. 04
Reunião de Abertura: “Herdeiras de um grande passado.
Portadoras de um grande presente.
Construtoras de um grande futuro”.
Pe. J. K
pág. 07
Primeira reunião: “Guardamos a herança!”
pág. 21
Segunda reunião: “Vais comigo?”
pág. 29
Terceira reunião:
Quarta reunião:
“Sacrifício ou prazer?
O tempo pede uma decisão!!!”
pág. 36
“ Vivemos numa ditadura!
A juventude é a grande vítima!”
pág. 43
Quinta reunião: “Estou livre, e apesar disso, prisioneira!”
pág. 52
Sexta reunião: “Consumismo! Moda! – Eu uso ou sou usada?”
pág. 59
Sétima reunião: “Autoeducaçã[email protected]
pág. 63
Oitava reunião: “A flor raríssima: a pureza!”
pág. 68
Nona reunião: “Construtoras de História”
pág. 85
Reunião anexa: “O que herdastes de vossos pais,
Conquistai para o possuirdes!”
(sobre a peregrinação da coroa e Peregrina)
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pág. 89
Queridas dirigentes,
Nos cum prole pia! Benedicat Virgo Maria!
Finalmente temos em mãos o livro de reuniões para o trabalho com
nossos grupos neste ano de 2006, que foi elaborado durante a semana
de trabalho da Jufem em fevereiro desse ano.
O presente livro, de caráter histórico e rico em conteúdo, tem por
objetivo esclarecer-nos e aprofundar o contexto dos quatro Jubileus
que celebraremos neste ano, citados e explicados na reunião de
abertura, como também o lema por nós escolhido na última Jornada da
Jufem (Jornada de Novembro da Jufem 2005): “Eis-me aqui, sou tua
Primavera Sagrada”.
A importância que a História da Juventude e os outros fatos históricos
narrados no livro, têm para nós, ficará bem clara à medida que nos
aprofundarmos nas reuniões, nos temas e questões práticas que elas
abordam. A história tem influência decisiva em nossa vida, ela sempre
nos deixa uma herança e uma tarefa para o futuro. Estudando esta
história queremos tornar-nos conscientes desta herança que recebemos
das primeiras gerações da Juventude de Schoenstatt, e assumi-la a
exemplo de nossos heróis: “Por causa dos puros que se sacrificam,
Deus salva um povo inteiro.”
No que diz respeito aos temas tão atuais na vida da jovem moderna, não
nos interessou simplesmente falar sobre os mesmos assuntos aos quais
sempre voltamos, mas fundamentá-los para melhor entendê-los e chegar
a soluções práticas para nossa vida. Por esse motivo, nossas reuniões
estão mais textuais, pois tínhamos a preocupação de passar-lhes
conceitos e fundamentos, que também para nós foram grandes
descobertas durante essa semana de trabalho. Por isso, a preparação
das reuniões irá exigir de você muito estudo e esforço, assim como
aconteceu conosco nessa elaboração.
Refletirmos sobre as situações de perigo do tempo de hoje nos ajudará
a encontrarmos a forma concreta de realizarmos nossa missão como
Juventude Feminina de Schoenstatt, a concretizarmos nosso estilo de
vida.
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Aconselhamos que vocês estudem estas reuniões com muita seriedade,
pois assim como estão fundamentadas, tratam-se da vontade de Deus
quanto ao estilo de vida da jovem schoenstatiana. De nós exigirá o
sacrifício e a decisão em aspirar o EXCELSIOR.
Podem perguntar-se: Como estamos diante da situação do mundo atual?
Estamos contentes com a nossa forma de vida, com a forma de vida do
mundo de hoje? Estamos contentes com a nossa aspiração, com os
nossos sonhos em relação ao futuro? O que Deus quer de nós?
Nosso Pai e Fundador nos ensina que a “fonte do radicalismo juvenil é o
descontentamento com a situação atual e o anseio de um novo estado
das coisas.” Sobretudo, é fonte de nosso radicalismo o amor a Deus e o
amor a Maria.
“Portanto, quem tem ouvidos para ouvir e olhos para ver, não se subtrai
à convicção de que nossa época, com suas necessidades e aflições, exige
a santidade como um grande meio de salvação frente às confusões do
tempo.” (livro Santidade da vida diária, pág.29)
As situações de perigo são vozes do tempo a clamar por uma nova
Primavera consagrada a Deus. Esta Primavera somos nós!
O Ver Sacrum é a concretização comum do nosso ideal: “Lírio do Pai,
Tabor para o mundo.” Quando formos Ver Sacrum, sagrada primavera
de lírios puros que se sacrificam pela juventude, poderemos
resgatar a dignidade Feminina no mundo de hoje.
Nesse ano jubilar de nossa Jufem temos alegria de ofertar à Rainha dos Lírios,
nossa Rainha Jubilar esse nosso trabalho. Sentimos o „peso‟ da responsabilidade,
mas, principalmente a grande alegria de podermos contribuir diretamente com o
reino de nossa amada Juventude Feminina de Schoenstatt.
“Assim como os heróis fundaram Schoenstatt com o sacrifício de sua
vida, nós queremos continuar a obra com nosso sacrifício de vida.
Mãe, aceita todas as minhas capacidades do corpo e da alma.
Schoenstatt é a finalidade de minha vida.”
Júlio Steinkaul – Herói da 1ª Geração Ver Sacrum.
Sua, Equipe da Semana de Trabalho 2006:
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Ana Clara – Jacarezinho/ PR
Bruna – Poços/ MG
Cássia – Londrina/ PR
Luciene – Niterói/ RJ
Márcia – Jacarezinho/ PR
Raquel – São Sebastião do Paraíso/ MG
Sarah – Jaraguá/ SP
Tatiane – Jaraguá/ SP
Thaisa – Curitiba/ PR
Participação especial das Candidatas ao Postulado:
Camila – Poços/ MG
Credileide – São Bernardo do Campo/ SP
Eliza/ São Sebastião do Paraíso/ MG
Jeane – Rio de Janeiro/ RJ
Sumaya – Ibiporã/ PR
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Reunião de abertura: “Herdeiras de um grande passado. Portadoras
de um grande presente. Construtoras de um grande futuro”.
Pe. J. K
Objetivo: Conhecer as correntes de vida deste ano jubilar, e introduzilas nas conquistas que faremos.
Dinâmica: Ao fim da reunião será plantada a semente que elas deverão
cultivar.
Desenvolvimento: “Anos jubilares são para nós sempre anos especiais de
luta, pois Schoenstatt é e permanece um filho da guerra”. Pe. JK
Este ano para nós é um ano quatro vezes jubilar:
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Jubileu dos 75 anos de Fundação do Ramo - 15 de agosto.
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10 anos da descoberta do Ideal Nacional – 20 de fevereiro de
1996
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Jubileu dos 25 anos de coroação da Rainha da Juventude
brasileira – 7 de setembro de 1981
centenário da primeira dirigente nacional da Jufem na
Alemanha, nomeada pelo Pai e Fundador.
“Nossas Primeiras” – 75 anos de Fundação da Juventude Feminina.
As mulheres já faziam parte de Schoenstatt desde 1920.
Em agosto de 1930, sentia-se uma forte tendência para autonomia e
atividade própria da juventude. Ela não deveria ser simplesmente
incorporada à União ou à Liga, mas formar uma comunidade juvenil
própria – Juventude de Schoenstatt.
Após um ano elas se reuniram, no sul (134 jovens) e no norte (210
jovens) da Alemanha. Mas uma questão surgiu: “O que vamos elaborar?
Não podemos somente ser entusiasmadas e olhar a imagem dos
Congregados Heróis, não, seu exemplo nos conclama a imitação. Mas
como? Eles eram estudantes seminaristas e convocados para a guerra, e
nós, trabalhamos nos escritórios, nas oficinas, nas escolas públicas.
Imitar, portanto, não pode ser um simples copiar, mas queremos
conquistar o seu espírito, com o qual realizaram tudo. Esse espírito
deverá depois ser adaptado às nossas circunstâncias...”.
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Ninguém havia encontrado uma outra expressão mais acertada para o
nosso objetivo do que aquela que existia. Por isso nós todas
concordamos com a frase:
GERAÇÃO FUNDADORA DA JUVENTUDE DE SCHOENSTATT.
Ao final do encontro surgiu a pergunta: Quando iniciaremos com o nosso
objetivo? Uma achava: 08 de setembro, dia do nascimento da Mãe de
Deus. Mas unanimemente respondemos: “Tanto tempo não queremos
esperar!”. “Bem, então começaremos amanhã!”. “Não, HOJE!”. Somente
então nos lembramos que estávamos festejando a Assunção de Maria.
Na história de Schoenstatt e em nossos corações foi gravado firme e
profundamente: “Assunção 1931” como dia do nascimento da Geração
Fundadora da Juventude de Schoenstatt.
“... nós da Juventude Feminina, somos fundamento e pedra de
construção dos próximos anos. Somos descendentes imediatas dos
Congregados Heróis. Aceitamos sua herança e queremos agora
novamente selar nossa Aliança de Amor contigo, Mãe de Schoenstatt.”
Elas foram levadas pela fé que o pobre mundo encontraria salvação
somente por causa dos puros. “Queremos unidas a vós em amor e
sempre, ser a Primavera do Reino que tudo ilumina, e sejamos!”
“Vós sois a minha Coroa Viva” – Jubileu de 25 anos da
coroação da Rainha da Juventude Brasileira
Para o ano de 1981, ano em que celebraríamos os 50 anos da Juventude
Feminina, a Jufem do Brasil quis presentear à Mãe de Deus uma dádiva
especial, bem nossa, que expressasse a nossa vida e aspiração, nossas
lutas e conquistas, enfim, tudo aquilo que se passa em nosso coração.
Foi então que num encontro entre representantes de vários locais,
decidimos entregar uma coroa que nos representasse, uma coroa “bem
brasileira”, uma coroa na qual nossa vida e realidade estivessem
gravadas e permanecessem para sempre.
Porque uma coroa? Para render graças por todos os prodígios que Ela
operou e opera na nossa juventude, como nossa Rainha. A coroa é o
símbolo da realeza.
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Foi em 07 de setembro de 1981 que, após muita aspiração para a
conquista da Coroa Lirial, a juventude pôde coroar a MTA como Rainha
da Juventude Brasileira.
“Lírio do Pai, Tabor para o mundo”
Jubileu de 10 anos da descoberta do Ideal Nacional.
O que implica ter um ideal?
Ter um ideal implica uma constante busca e luta para vivê-lo da melhor
maneira possível, é um objetivo que queremos alcançar, é algo que
queremos atingir. Fazer de cada momento especial e sublime para o seu
crescimento pessoal.
O ideal da Juventude Feminina Mundial é “Ser lírio no meio do mundo”,
queremos como Jufem internacional garantir o espírito da pureza no
mundo atual e resgatar a dignidade feminina, para que realizemos a
missão que nos foi confiada por Deus.
A Jufem do Brasil quis encontrar uma forma característica de viver
este ideal, e o sintetizaram na frase: Lírio do Pai, Tabor para o mundo!
Mas, isso não foi uma descoberta qualquer, simples. A descoberta do
nosso ideal nacional se deu após muitas orações, contribuições ao Capital
de Graças, estudos, sugestões...
A busca por um Ideal Nacional iniciou em 1992, num Congresso da
Juventude Feminina que aconteceu na Argentina. Neste congresso,
nasceu um anseio por um “rosto nacional”, sendo que até então nossa
juventude brasileira era dividida em Brasil Norte e Brasil Sul. Isto não
agradava em nada as nossas jovens.
Ainda neste encontro assumiram um novo tempo para a Jufem do Brasil.
“Brasil, jovens unidas portadoras do Tabor!
Assumimos Pai, a missão e sua promessa de formarmos um único
canteiro de lírios. Norte e Sul, coroa viva para ti! Amém”.
Quando retornaram ao Brasil, quiseram manter aceso o fogo que ardia
pela missão. Logo que chegaram, já começaram a se mobilizar no sentido
de concretizar o compromisso da identidade nacional.
Foi em 20/02/1996, após uma longa caminhada, muitos debates entre as
jovens que representavam a nossa jufem, no 8º Encontro Nacional de
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Dirigentes, que tiveram a clareza do nosso ideal. Um breve relato da
crônica nos mostra:
“Após o café nos reunimos na sala Tabor, onde o Pe. Antônio Bracht
procurou resumir as palestras e propostas assimiladas nos dias
anteriores. Eram 9h30min, quando a Patrícia (Londrina) apresentou a
proposta do ideal. A frase agradou a todas nós.”
E, aprofundando melhor no contexto que a frase trazia, elas
perceberam que seria indispensável: Lírio, Filialidade e o Tabor para
expressar a vida da Jufem brasileira.
“Uma incomensurável emoção contagiou os rostos de todas nós, aquele
era o auge do nosso encontro, onde nossos corações se uniram em uma
única expressão: LÍRIO DO PAI, TABOR PARA O MUNDO! Não
tínhamos mais incertezas. Sim! A Mãe tinha se clarificado naquele
momento e esta era a missão que Ela nos havia confiado desde o início
dos tempos.”
Qual o significado do nosso lema?
LÍRIO DO PAI: filha amada, heróica e que está rumo a ser a filha
transfigurada do Pai. Somos filhas diante de Deus e esta é uma
resposta e o desafio do tempo atual.
No lírio temos expresso muito claramente a pureza, singeleza, firmeza e
contraste, assim como nossa Mãe. O lírio é uma flor nobre, e assim
também devemos ser, devemos ser diferentes, destaques.
TABOR PARA O MUNDO: o ideal Tabor é uma herança e incumbência de
nosso Pai e Fundador ao Brasil.
No documento de Fundação, o Pe. Kentenich nos revela que a idéia do
Tabor é a idéia predileta do seu coração:
“Se, porém, quiserdes saber o autor deste desejo, posso revelarvos a idéia predileta que acalento em meu interior. Ao contemplar
as magnificências divinas no monte Tabor, Pedro exclamou
encantado: „Aqui é bom estar! Façamos três tendas.‟ (Mc. 9,5).
Estas palavras sempre me voltam à memória e freqüentes vezes me
perguntei: Não seria possível que a capelinha de nossa Congregação
se tornasse nosso Tabor, no qual se manifestam as magnificências
de Maria? Sem dúvida, maior ação apostólica não podemos realizar,
herança mais preciosa não podemos legar aos nossos sucessores do
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que mover nossa Senhora e Rainha a estabelecer aqui, de modo
especial, o seu trono, distribuir seus tesouros e realizar milagres da
graça”.
Na expressão Tabor para o mundo, encontramos a nossa forma de
apostolado. Queremos irradiar ao mundo as características da nova
mulher transfigurada. Nossa vida deve ser um reflexo da vida de Maria:
revestidas do sol da graça de Cristo, com a lua sob os pés, isto é, todos
os falsos valores e a vida instintiva; e a coroa de 12 estrelas na fronte a
coroa da dignidade feminina, de ser toda alma, toda pureza, toda
dedicação.
Resgatar a dignidade feminina, lembrar-nos do que somos, quanto
valemos e a quem pertencemos, é a nossa missão atual e urgente, o
Tabor para o mundo.
“O tempo atual exige da mulher que ela seja simplesmente mulher, que
corporifique o ser de Maria e enalteça o ambiente familiar, de trabalho,
de estudo, resgatando-lhe sua dignidade! Isso só compete à mulher!
Estamos dispostas a empreender esta batalha pela dignidade da mulher,
mesmo que isto exija heroísmo.” O nosso ideal já descobrimos, agora
está nas nossas mãos, colocá-lo em prática.
Centenário da primeira dirigente nacional da Jufem na Alemanha,
Maria Eugênia Mahringer
"Sei em quem pus minha confiança" (2 Tim 1,12)
Esta frase, dita pelo Pai Fundador, Pe. José Kentenich, em 1931, no
Santuário Original, quando ela assumiu a tarefa como dirigente da
Juventude Feminina de Schoenstatt, caracterizou profundamente a vida
de Eugênia.
Nasceu no dia 18 de novembro de 1906, em Schwäbish Gmünd, na
Alemanha.
Entre 1925 e 1928,Terminando o colégio, freqüenta, freqüentou o
Seminário de Economia Doméstica no Monastério de Siessen, onde
conheceu Schoenstatt, por meio de um sacerdote schoenstattiano, o Pe.
Franz Grim. Em 21 de abril de 1928, foi recebida na União Apostólica.
Depois de seus estudos, desde 1929, passou por diversos colégios como
professora .
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Em 1931, o Fundador lhe pede para assumir como tarefa principal a
direção de toda a Juventude Feminina de Schoenstatt, na Alemanha.
Já em 1929, ela havia visitado Schoenstatt, na ocasião da grande
jornada feminina do sul. Em 1930, chegou a ser dirigente juvenil em
Schwaben e organizou, em agosto desse ano, a primeira jornada da
juventude, do sul da Alemanha, em Schoenstatt.
Ao final desta, o Fundador lhe convida para fazer um retiro, em
Schoenenberg, perto de Ellwangen, onde ambos mantém um longo
diálogo sobre o trabalho com a Juventude e o Fundador lhe mostra sua
vocação como guia da Juventude Feminina schoenstattiana.
Entre 1931 e 1933, trabalha, em estreita colaboração com o Fundador,
em Schoenstatt. Foi muito educada pelo Pe. José Kentenich, ele
depositava nela a sua confiança, sabia também que podia exigir-lhe
grandes sacrifícios, para que crescesse na santidade
Em 1933, as autoridades educacionais do nacional-socialismo a obrigam a
reassumir imediatamente o seu posto no colégio, a fim de afastá-la de
Schoenstatt. Entre 1934 e 1941, trabalha como professora de economia
doméstica, ginástica e esportes em Ochsenhausen (Biberach). Mas,
continua com o seu trabalho na Juventude feminina.
Durante a época do Nacional Socialismo, trabalhou nas assim chamadas
"comunidades de urgência", que deveriam garantir, apesar dos grandes
riscos externos, a vida schoenstattiana, da Região de Schwaben. A
partir de 1945 até 1976, Eugênia pertence à direção da juventude, da
Região de Schwaben.
Durante este período, se construiu o Santuário do Retorno Vitorioso
(Stuttgart), a casa regional e o lar de estudantes, além da fundação no
Chile. Foi também ela, que com fé na Divina Providência, reconheceu o
imenso significado da Missão do 31 de Maio e a fez penetrar
espiritualmente na Região.
A fundação do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt se deve, de
modo substancial, à participação de Eugênia, durante a época do nacional
socialismo. Por desejo do Pai Fundador, fez parte dos primeiros diálogos
sobre as Constituições em 1935, 1936 e 1938.
Suas palavras: "... as maiores da geração fundadora seguiram seu
caminho. Mas levaram consigo seu ideal de fundação e suas tarefas, para
realizá-los em sua profissão, nos ramos, no estrangeiro. À cabeça de
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ambos os Institutos Seculares chegaram duas personalidades da
geração fundadora como Superiora Geral das Irmãs de Maria e das
Senhoras de Schoenstatt. Outras jovens foram crescendo e assumiram
as tarefas de dirigentes entre a juventude feminina... as gerações vão e
vêm. Sempre insistia nosso Pai fundador dizendo: 'Cada geração deve
novamente conquistar Schoenstatt' Ele confiou plenamente nas
gerações futuras e em 1935, agradecendo-lhes por todos os tempos
disse, confiando em sua fidelidade à Schoenstatt e em seu espírito de
entrega: 'À estas gerações futuras quero agradecer também deste
lugar'. Isto vale também para a juventude feminina de nossos dias."
(Maria Eugênia Mahringer, 11 de agosto de 1981 no jubileu dos 50 anos
de fundação da juventude feminina, celebrado em Schoenstatt de 10 à
13 de agosto de 1981)
“Nossa vida à nossa Rainha”
Em 1940, a juventude feminina da Alemanha vivenciava a corrente de
Carta branca que encontrou sua expressão no sinal da coroa. A Jufem
tomou iniciativa de invocar a Mãe Três vezes Admirável como Rainha.
Em 22 de maio de1941 fizeram seu juramento à bandeira e entregaramna à Mãe no Santuário como símbolo de coroação.
Em 1981, celebrando os 50 anos de fundação da Juventude Feminina, a
juventude coroou a RTA em Schoenstatt como Rainha da Juventude do
mundo. Acompanhando esta corrente de vida , no Brasil a juventude
elaborou a coroa de 50 lírios e coroou a Mãe de Deus como Rainha da
Juventude brasileira.
E nós, neste ano jubilar, queremos também, juntamente com a coroação
presentear a nossa Rainha com o Cetro. Mas, porque o Cetro? Qual o seu
significado?
A Coroa Real é símbolo de soberania e dignidade. O Cetro Real é símbolo
da força e do poder governamental. Tanto na Bíblia, como na história de
Schoenstatt, o Cetro ocupa um lugar de destaque.
Encontramos no Livro de Ester nos capítulos 4, 5, 6 e 7 a intervenção da
rainha Éster em favor do seu povo, no qual o rei estende o cetro para
recebê-la.
“O povo judeu foi acusado injustamente perante o Rei Assuero; então
Mardoqueu, judeu, tutor de Ester e funcionário da corte, solicitou a
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Ester, que também era judia, que fosse ter com o rei, para pedir graça e
suplicar em favor de seu povo.
No terceiro dia, terminando sua prece, Ester revestiu-se com todo o
seu esplendor. Assim adornada, depois de ter invocado o Senhor Deus,
juiz e salvador, tomou consigo duas servas... estava formosa, de rosto
alegre, mas seu coração estava angustiado pelo temor.
Ultrapassando todas as portas, ela se apresenta diante do Rei.
O rei Assuero estava sentado em seu trono real, revestido de todos os
ornamentos de sua majestade, coberto de ouro e de pedras preciosas,
seu aspecto era imponente. (...)
Todos os servos do rei e todo o povo sabem que há uma lei real
condenando à morte todo aquele que penetrar no interior do palácio
real, sem ser convocado pelo rei, não há senão uma sentença: deve
morrer, a menos que o rei lhe estenda o cetro de ouro, para que viva. (...)
Logo que o rei de seu trono ergueu a cabeça radiante de esplendor e
dirigiu o seu olhar à rainha Ester, ela desmaiou.
O rei a reconforta e pergunta: “Que tens rainha Ester? Sou teu irmão!
Ânimo, não morrerás! Nossa ordem só vale para os súditos.”
O rei ergueu o seu cetro de ouro e aproximou-se da rainha Ester,
dizendo: “Dize-me o que deseja e, ainda que seja a metade de meu reino,
te darei.” Ao que a rainha respondeu: ”Se achei graça a teus olhos, ó rei,
e se ao rei lhe parecer bem, concede-me a vida, eis o meu pedido; salva
o meu povo, eis o meu desejo!”
Pelo poder deste cetro real, a Rainha Ester encontrou graça diante do
rei quando lhe apresenta o seu pedido, salvando o seu povo da ruína.
Não só na história do povo de Deus, mas também em Schoenstatt o
Cetro desempenha importante papel.
Em Schoenstatt a Coroa e Cetro são insígnias reais da Mãe de Deus. Ela
é a nova Ester que empunha o Cetro em favor do seu povo.
No sinal da coroa e do cetro, a obra da Mãe de Deus floresce, apesar
das lutas e batalhas. Ela é sempre vitoriosa.
Desde as épocas mais remotas do antigo Schoenstatt, do ano de 1143, o
cetro já é o centro das aspirações.
Uma história nos desvenda como bênção do cetro, já pairava sobre o
antigo convento das agostinianas.
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A Abadessa do Claustro das monjas agostinianas em Schoenstatt ,
queria mandar fazer um selo com a imagem de Nossa Senhora, para
colocá-lo nos documentos do claustro. Esse selo devia expressar
claramente que Maria é Soberana e Proprietária do claustro e que,
desde o início todos os seus bens foram consagrados a Ela.
Pensativa a abadessa então andava pensativa pelo jardim, procurando
uma solução.
“Precisamos mandar fazer um selo que documente tudo isso e que seja a
rubrica do nosso convento.
Acho que este selo deveria apresentar a imagem de Maria com o filho
nos braços, uma coroa ornando sua fronte e um cetro poente em sua
mão direita! Mas, como poderia ser este cetro?”
De repente a abadessa parou diante de um canteiro de lírios. Seu
coração jubilou!
“O lírio deverá ser a forma do cetro da Rainha do convento de
Schoenstatt! Coroa e Cetro Lirial serão as insígnias reais de nossa
grande Rainha!”
E assim foi concretizado.
Foi um dia de festa quando o artista entregou a obra pronta à abadessa,
o selo sagrado da Senhora de Schoenstatt.
A imagem da Mãe de Deus sentada num trono, com o Menino Jesus nos
braços; na cabeça uma bela coroa, e, na mão direita, o cetro lirial.
Em diversas ocasiões, nosso Pai e Fundador também entregou o cetro
nas mãos de nossa Mãe e Rainha. “Ao lado e com Cristo, o Rei, Ela, a
Mãe, como Rainha do céu e da terra, deve ter o cetro nas mãos, e reger
os povos.” Pe. JK
O cetro foi sempre a expressão, o símbolo de sua inabalável confiança
no poder, no amor e na sabedoria da Rainha de Schoenstatt.
Por isso queremos entregar à nossa Mãe, a sua coroa lirial que foi
entregue há 25 anos, e, para reforçar ainda mais que ela é a nossa
Rainha, que rege a nossa vida, queremos entregar também o CETRO
LIRIAL.
Grande parte dos nossos documentos e juventude, são registros de
fundação, conquistas, celebrações... atos que marcaram a nossa história
e inspiraram a juventude a querer sempre mais, conquistar mais. A
geração que celebrava os 50 anos da jufem decidiu coroar a MTA, elas
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desenharam, deram um simbolismo e a conquistaram. E nós, o que
queremos que falem de nós as gerações futuras? O que deixaremos
como marca desse jubileu?
Neste ano jubilar queremos presentear a nossa Mãe e Rainha, dando a
Ela o poder de reger a nossa vida. A coroa é o sinal de nobreza, o cetro
é sinal de poder. Uma rainha só pode reger um reino, se tiver em suas
mãos um Cetro.
Por isso damos à nossa MTA um cetro, para que ela, como nossa Mãe e
RAINHA, possa reger toda a nossa vida, orientar-nos nas situações de
perigo do nosso tempo. No sinal da Coroa e do Cetro a obra da Mãe de
Deus floresce, apesar das lutas e batalhas.
O Cetro que entregaremos à Mãe, será
constituído de duas partes:
- A LÂMPADA SAGRADA, que
simbolizando as gerações Ver Sacrum e
toda a herança que eles nos deixaram.
- LÍRIO – que representa toda a
juventude feminina, o nosso ideal de ser
Lírio do Pai, Tabor para o mundo, e a nossa missão de resgatar a dignidade
feminina.
Como proposta, para a conquista do Cetro, lançamos o desafio de
cultivarmos uma semente. Você deve plantar uma semente de flor e
cuidar, desde agora, até a Jornada Jubilar da Juventude (JJJ) em
setembro.
Lenda: A flor da honestidade
Conta-se que, na China antiga, um príncipe da região norte do país
estava às vésperas de ser coroado imperador. Antes, porém, ele deveria
se casar. Conhecendo as exigências das leis e os costumes locais, ele
resolveu promover uma disputa entre as moças da China, da nobreza ou
não. Qualquer uma que se achasse digna de sua proposta, podia
participar da disputa. Feito o anúncio oficial, o príncipe marcou o dia em
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que receberia todas as pretendentes e lançaria um desafio. A vencedora
seria a sua esposa e imperatriz. Uma velha senhora, serva do palácio há
muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma
leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha tinha profundo amor pelo
príncipe, mas, sendo plebéia, nem podia sonhar em participar. Ao chegar
em casa e contar sobre a cerimônia marcada para breve, a velha serva
espantou-se, ao saber que a filha pretendia ir à celebração. Indagou,
incrédula: “Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes as mais
belas e ricas moças da corte. Tire essa idéia insensata da cabeça, eu sei
que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.”
A filha respondeu:
“Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Sei que
jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo
menos alguns momentos perto do príncipe. Basta isto para eu ser feliz.”
Chegado o dia do lançamento do desafio, a jovem plebéia chegou ao
palácio. Lá estavam, de fato, as mais belas moças da nobreza chinesa,
com as mais belas roupas, com as jóias mais finas, todas elas com a
firme intenção de ser a nova imperatriz. Após nervosa espera, o príncipe
finalmente anunciou o desafio:
Darei uma semente a cada uma de vocês. Aquela que, dentro de seis
meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e
imperatriz da China. A proposta do príncipe não fugiu às profundas
tradições daquele povo, que valorizava o hábito de cultivar algo. Na casa
da velha serva, sua resignada filha se esforçava para produzir uma flor
a partir da semente recebida. Mesmo não tendo habilidade nas artes da
jardinagem, ela cuidava com paciência e ternura de sua semente, na
esperança de conseguir uma flor tão bela quanto o tamanho de seu amor
pelo príncipe.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de
todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia,
semana após semana, o tempo foi se esgotando até que se completaram
os seis meses do desafio e nada havia brotado no vaso que ela com tanto
carinho cultivava. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça
comunicou a sua mãe que, independentemente das circunstâncias,
retornaria ao palácio na data e hora combinadas, pois não pretendia
nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
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Na hora marcada ela estava lá, com seu vaso vazio. Entre as demais
pretendentes, pelo contrário, cada uma chegava com uma flor mais bela
que a outra, das mais variadas formas e cores. A jovem plebéia estava
admirada, nunca havia presenciado cena tão linda.
Chega, por fim, o momento esperado e o príncipe entra no salão. Uma
por uma, observa todas as pretendentes, todas as flores, inclusive a
plebéia e seu vaso vazio. Após uma curta reflexão, o príncipe indica a
jovem plebéia como sua futura esposa. O salão ecoou a surpresa geral.
Ninguém entendia a escolha justamente daquela que nada havia
cultivado. Calmamente o príncipe esclareceu:
Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar
uma imperatriz: a flor da honestidade. Pois todas as sementes que
entreguei eram estéreis.
A flor da gratidão
fato verídico – aconteceu em outubro de 2005.
Uma jovem da juventude feminina de Schoenstatt que se preparava
para o seu casamento, queria que o seu buquê fosse feito de lírios,
porém, não queria ir a uma floricultura simplesmente e comprá-los, ela
queria, ela mesma cultivar as flores, para que florescesse a tempo de
seu casamento. Ela deu um choque térmico nas batatas dos lírios antes
de plantá-los, porque a época do seu casamento, não era época deles
florescerem.
A cada dia ela contemplava o seu canteiro de lírios, porém eles pareciam
que não iriam florescer, mas ela não desistiu de cultivá-los, permaneceu
firme em seu ato.
A Mãe de Deus aceitou a oferta da jovem, e presenteou que as flores
pudessem desabrochar, na véspera do seu casamento, nem antes e nem
depois, mas no momento certo.
Patrícia Shima presenteou a Mãe de Deus, e a Mãe também a
presenteou.
Agora, nós vamos cultivar as nossas sementes, vamos nos dedicar a elas.
A cada dia, e, a cada momento em que formos cuidar das nossas flores,
devemos pensar que temos um propósito a cumprir para a conquista do
18
Cetro Lirial. Ao fim de cada reunião do livrinho, nós decidimos um
Capital de Graças, e que devemos agora colocá-lo na nossa vida.
Pode ser que chegado o momento da jornada, o nosso vaso não esteja
como esperamos, mas, é importante a sua dedicação, saber que num
momento você lembrou que tinha um compromisso com a MTA, e não o
deixou de lado. Nos exemplos acima, as jovens foram fiéis ao seu
compromisso. A Mãe espera isso de você também.
E nós nos lançamos como sementes para florescer a 1a Geração
Primavera Sagrada do Brasil.
A semente deve morrer para então surgir uma nova vida. Nós devemos
por Schoenstatt morrer, para que então se faça a Primavera Sagrada.
Oração para Conquista do Cetro
Mãe, em nossa pequenez e limitação, te proclamamos novamente nossa
Rainha Lirial. Empunha o Cetro e manifesta teu poder em noite escura
de tempestade . Forma-nos no teu amor, como sementes que se lançam
na terra de Schoenstatt. Age em nós, para que assumindo o teu Reino,
com verdadeiro ardor apostólico, tenhamos coragem de lutar contra
a massificação que envolve o mundo.
Schoenstatt nosso guia que conduz à luta, fonte de santidade na vida
diária, seja o berço dessa Nova Primavera Sagrada, uma geração que
quer entregar-se sem reservas, por meio de sacrifícios e grandes
aspirações.
A Primavera Sagrada não deseja a renúncia por causa da renúncia, não
deseja uma morte por resignação, esta Primavera Sagrada conhece
somente o sacrifício para gerar vida, quer perder tudo para conquistar
tudo. Depositamos em tuas mãos nossa boa vontade e nossos fracassos,
frente à missão que nos deste: em tudo atua em nós e por nós.
Cuida que cresçamos no reino da verdade e da justiça para construirmos
um mundo como agrada o Pai. Amém.
Dirigente: No final da reunião todas as que querem comprometer-se em
empenhar-se pela conquista do cetro e para que surja a sagrada
primavera em nossa juventude são convidadas a plantar a semente. O
cultivo dessa semente é como o contrato do ano de 2005.
19
Propósito: Escolher com as meninas o primeiro ponto prático nessa
preparação da jornada e do cultivo da semente.
Oração Final: Oração da conquista do cetro
Nota:
Pequenez e limitação = semente
Noite escura = situações de perigos.
20
1ª Reunião: “Guardamos a Herança”
Objetivo: É tempo de nos lançarmos como semente, gerando vida nova.
Dinâmica: Lenda da geração Ver Sacrum – poderia fazer uma encenação
da lenda:
Ver sacrum – a palavra vem da Roma antiga e indica um costume do povo
em tempos de aflição e guerra; descrito por Tito Lívio, historiador
romano, em seu 22ºlivro.
Pe.Hermes (palotino) escreveu sobre esse tema uma peça de teatro para
o Jubileu de 100 anos da fundação da Sociedade dos palotinos, em 1935
e lhe deu um sentido cristão.
VER SACRUM- Conhecemos a lenda em que um rei estava preocupado
com seu povo porque se encontra em grandes dificuldades.. Sua cidade
durante a guerra, tinha sido impregnada pela peste negra, muitos
morriam, os que sobreviviam se tornavam mesquinhos, ambiciosos,
ninguém podia confiar em ninguém. Tratava-se de um povo impuro, cheio
de ódio e inveja no coração. O rei preocupado com o futuro de seus
súditos convoca uma reunião com os sábios do reino para tentar achar
uma saída, a salvação de seu povo.
A solução encontrada foi a sabedoria dos antepassados: oferecer um
sacrifício, uma expiação a Deus; consagrar a Deus os frutos, assim como
as crianças nascidas durante 1 ano e separá-las deste povo. Elas seriam
educadas até a maturidade, deviam aprender dos sacerdotes a servirem
a Deus, a possuírem princípios, a respeitarem ao próximo. Deviam ser
uma juventude pura, intocada pelo pecado de seus antecessores.
Essa geração recebeu o nome de Primavera Sagrada, porque foi
escolhida, consagrada e retirada do meio da corrupção do mundo;
enviada para construir um novo povo, a cidade que não conhecia a
corrupção e a malícia.
(...) Alguns anos mais tarde – estando o povo à beira da total destruição
- aquela juventude consagrada se pôs a caminho. Durante a caminhada
ao cume da montanha sagrada, os jovens enfrentaram muitas
dificuldades. Dentre eles poucos perseveraram. Quanto mais rude e
inabitável a região se tornava, mais jovens desistiam. Poucos chegaram
21
ao cume por causa disso, passaram dias de fome e sede. Não é de se
admirar que nessa situação um jovem se revolte contra o guia do grupo e
conquiste alguns que aderem a ele. Um amigo do jovem guia convence os
revoltosos a esperarem e a suportarem mais uma noite. Durante essa
noite os jovens sofreram tentações de um poder maligno (representado
por um gnomo), que queria fazer com que eles desviassem de sua
fidelidade. O gnomo lhes mostrava um futuro tenebroso que os
conduziria à morte; que não há salvação para os homens: o ódio vence o
amor e vem a guerra. Por fim o maligno prometeu ao jovem guia todos os
reinos do mundo se ele desistisse dessa missão. Mas o guia não deixou
se confundir, então o gnomo dirigiu-se aos seguidores e diante de seus
olhos transformou as pedras em pão. Fez surgir uma paisagem mágica.
Os que estavam descontentes se aproximaram. Nesse momento de
aflição Deus interveio por meio de um anjo, anunciando o cumprimento
de seus sacrifícios, salvando-os da ameaça do adversário, conduzindo-os
à Primavera prometida.
(...) Noutro lugar não muito distante, a guerra se estendia, havendo
muita matança. Refugiou-se na floresta um dos antigos sábios do reino
com seu filho morto, este jovem fazia parte da Sagrada Primavera mas
seu pai não permitiu que partisse com os outros, então ele acabou
morrendo na guerra. As tropas inimigas se aproximam daquela região.
Logo também ele morreria... Num momento crucial, em meio à escuridão,
surge uma luz delicada e fascinante, no meio da qual se entoa um canto:
“Lumen Christi”. O matagal se abre e os consagrados que há anos haviam
deixado o povo se aproximaram.
À sua frente carregavam a imagem da Virgem com o Filho. Neles
brotava a Primavera como um sinal de que ela realmente chegou, o jovem
guia chama à vida ao amigo morto. Este se levanta e saúda o Filho e Mãe.
Em seguida ele se dirige aos outros e diz:
“Vinde, vamos adiante!
Levemos esta imagem por toda a terra,
Levemos este grande sinal
Aos que se queixam,
Aos desesperados e moribundos
Para que os mortos ressuscitem
Para que se faça o novo homem
22
Para que todos experimentem e anunciem
A sagrada Primavera do Senhor!”
Desenvolvimento:
VER SACRUM na geração dos meninos
Sobre o fundamento deste Ver Sacrum antigo surgiu o ideal da segunda
geração de heróis da juventude schoenstatiana, nos anos de 1939/1940.
Esse episódio foi um chamado de Deus para eles, tornou-se meta e
caminho da aspiração. A grande situação de perigo daquela época era o
contexto da segunda guerra mundial.
O caminho até o Ver Sacrum - tempo de Aflição
Em outubro de 1938 os jovens seminaristas receberam um mandato do
governo nazista para abandonar Schoenstatt, o seminário se tornaria
uma escola para a juventude nazista.
Antes de abandonar Schoenstatt os jovens se dirigiram aos túmulos dos
heróis onde fizeram um juramento de fidelidade à herança da geração
fundadora de Schoenstatt “guardamos vossa herança”-outubro de 1938.
Em agosto de 1939 eles retornaram a Schoenstatt para uma jornada na
qual o padre Bezler, seu guia espiritual despertou neles a consciência de
responsabilidade pelo tempo atual e pelo futuro de tal comunidade. “Pelo
puro que se oferece como sacrifício, Deus salvará um povo”.
Ao término dessa jornada os jovens que aspiravam com mais radicalismo
ao ideal de Schoenstatt decidiram comprometer-se totalmente com a
MTA para ser Pars Motrix (parte central, motor) do reino da juventude.
Para não chamar atenção dos nazistas reuniram-se no celeiro da antiga
casa juntamente com o padre Bezler, eram 8 jovens entre eles o herói
Henrique Schefer, como dirigente.
Expressaram seus ideais numa oração de consagração que depois cada
um rezou no santuário a partir da oferenda feita naquele momento devia
surgir uma Primavera Sagrada. Este ato realizado em 09 de agosto de
1939 ficou conhecido como Conspiração do celeiro.
Em novembro de 1939 os seminaristas que, depois de um curto período
de serviço militar foram licenciados, se encontraram em Ehrenbreistein
(antiga casa do internato dos palotinos) e fizeram uma reunião para
23
tratar do trabalho futuro e imediatamente enviaram uma carta circular
a todos os dirigentes responsáveis que estavam dispersos.
Então se usou pela primeira vez a expressão Ver Sacrum.
Irrupção da Primavera Sagrada
Após o natal de 1939 os jovens se reuniram novamente em Schoenstatt
para uma jornada na qual o Pe. Bezler pregou a conferência que se
tornou a ata de fundação da Primavera Sagrada, era o dia 03 de janeiro
de 1940.
Este se tornou o ano da Primavera Sagrada. Com o Ver Sacrum ficou
claro que também um grupo pequeno pode realizar grandes coisas. “Não
importa quantos crêem, tudo depende com quanta intensidade se
crê”. Eles tornaram o corpo de voluntários para o reino de Cristo. Os
jovens novamente deixaram Schoenstatt e voltaram à guerra onde
selaram sua vida. “Se nossa Primavera Sagrada ficar infiel a Ti que se
apague, no mesmo instante, a nossa luz no santuário”.
A Mãe de Deus levou a sério este desejo e exigiu dessa geração não
apenas uma vida de sacrifícios, mas o sacrifício da vida de 28 jovens.
Assim um deles escreveu:”Queremos oferecer-nos à nossa MTA para
ser o Ver Sacrum do nosso povo, para a humanidade, nesta situação
sem saída.Queremos oferecer-nos como sacrifício de expiação,
dispostos a partir, a renunciar a tudo o que possuímos até agora., a
oferecer nossa vida para salvar Schoenstatt, a juventude e a fé de
nosso povo” (Pe Alfonso Boess –padre de Schoenstatt que pertence
àquela geração)
Estes jovens que a Mãe de Deus enterrou como semente durante a 2ª
guerra mundial para seu reino foram porta-estandartes do Ver Sacrum.
VER SACRUM na Juventude Feminina
Também entre o círculo da juventude feminina floresceu e expandiu a
Sagrada Primavera. Em 16 de agosto de 1935 nosso Pai e Fundador
dirige as seguintes palavras:
“(...) Vós minhas queridas princesas lírios, tendes agora à missão
de partir daqui como Ver Sacrum. De agora em diante caminharemos à
sombra do santuário. O que precisamos fazer? Elevar ao alto o mundo
que nos cerca e que está afundando. Sentis o quero dizer com isto?
24
Quem pode acreditar ter sido chamada para essa tarefa tão grandiosa?
Somente aquelas que querem se distinguir no combate para Cristo, e nas
lutas pelo reino da querida Mãe de Deus”.
Em 1951 o fundador foi separado de sua obra e em 1952 foi exilado na
América do Norte. Depois Pe. Bezler foi demitido de sua tarefa na
juventude feminina. A realidade de que Schoenstatt estava em perigo
se mostrava sempre mais claramente. Começaram as discussões em
torno de sua obra. Visto humanamente, uma aflição sem saída, uma
pronunciada situação de Ver Sacrum.
Escolha e seleção:
A Mãe de Deus convoca algumas jovens, entre elas, Elisabeth Schalück,
para uma responsabilidade especial por sua obra. Neste tempo de
aflição, por seu ser, elas deviam anunciar Schoenstatt de modo integral.
Um “punhado” de jovens foram chamadas para Freckenhorst, para ser o
primeiro Ver Sacrum da Juventude Feminina de Schoenstatt.
Em um protocolo do grupo de Elisabeth podemos ler: “ ... posso fazer
isto? Como Jose Engling podemos fazer a oferta da nossa vida a Mãe de
Deus? Devemos fazê-la! Se queremos levar a sério nossa missão, não
podemos negar nada a Mãe de Deus. Julio Steinkaul diz: “Não me deixo
abater, pois a tarefa não é uma coisa da minha ambição pessoal, mas
minha vocação!”. Esta atitude deve dar também a nós uma resposta.
Fomos chamadas a ser Ver Sacrum. Em cada século o mundo viveu do
sacrifício da vida de uma sagrada primavera. Nossa tarefa é ser sagrada
primavera para o tempo de hoje. Nossa vontade ainda deve ser provada
por muitos sacrifícios. Devemos educar-nos para atingir um espírito
sacrifical sério e genuíno e deixar que nossa Mãe Rainha nos eduque
para este fim. Pertencem à sagrada primavera todas as que estão
prontas a educar-se para a grande hora fazendo hoje o que este hoje
espera delas”.
A nova forma de vida dos que são convocados é “novo homem na nova
comunidade”. O “homem velho” deve ser posto de lado, tudo o que
impede a fidelidade à missão deve ser abandonado: podem ser pessoas
que impedem o caminho da missão, as coisas queridas, os costumes, os
anseios, as exigências. Elas sentem que será uma partida cheia de
25
sacrifícios. As jovens encontraram nessas palavras a resposta para a
aflição do tempo atual e a transição para o tempo futuro.
Nota: A própria Elisabeth confessa: “Minha vida é uma única graça de
Deus. E quando se quer louvar algo, então é a sua misericórdia. Todas
poderiam fazer como eu, se caminharem com a graça. Eu agradeço à Mãe
de Deus pela minha vocação para Schoenstatt e para o Ver Sacrum.”
Elisabeth se esforçou para se tornar esse “novo homem”. Ela estava
convicta de que o novo homem é livre de tudo o que arrasta para baixo,
de um modo de vida inferior, é livre de respeito humano e de todo tipo
de obstáculo. Novos homens seguem com segurança o seu caminho, quer
sejam reconhecidos, compreendidos ou recusados. Somente homens
livres conforme a imagem de nossa Mãe e Rainha vencem o tempo de
hoje e edificam o futuro.
Como primeira da região, Elisabeth pronuncia as palavras: “Se a
Juventude de Paderborn romper sua fidelidade, na mesma hora se apaga
a luz no Santuário.”
Elisabeth queria completar por seu sacrifício aquilo que, apesar de todo
o esforço e aspiração, não tinha conseguido realizar, principalmente no
seu trabalho na juventude. “Consigo mais facilmente suportar algo do
que fazer alguma coisa”. Ela diz isso e num livro com a via-sacra de
Guardini, sublinha o trecho: “Senhor, se eu pudesse compreender como
é grandioso sofrer pelos outros!”
E nós, que dádiva e tarefa recebemos dessas gerações?
“Queremos conquistar um reino para a Mãe de Deus no mundo da
juventude”, nosso Pai e Fundador nos diz: “o que herdaste de vossos
pais conquistai para possuirdes”.
O entusiasmo e o sacrifício de vida daquela juventude tornaram-se
penhor pelo florescimento do Ver Sacrum também em nosso tempo.
Hoje a Mãe de Deus nos convida a assumir este ideal para com Ela, a
partir do Santuário, configurarmos uma Juventude nova.
Como o Ver Sacrum irrompeu na nossa Juventude Feminina de
Schoenstatt brasileira?
Ao sermos introduzidas no contexto dos quatro jubileus da Jufem que
celebraremos neste ano de 2006, começamos a lançar um olhar mais
26
profundo à História de nossa Juventude. Assim observamos as marcas
que as outras gerações deixaram em seu tempo, na história de
Schoenstatt e no mundo.
Na Jornada de novembro da Jufem – JNJ- realizada em 2005, em
Atibaia, recordamos também toda a corrente de vida da juventude
mundial que se reuniu em Colônia e sentimos o imperativo de uma nova
juventude. Especialmente neste tempo marcado por tantas situações de
perigo. Assim reconhecemos a herança que a Geração Ver Sacrum da
Juventude feminina nos deixou. Elas contribuíram para que florescesse
uma nova juventude em seu tempo. Descobrimos que tempos especiais
de aflição requerem uma Primavera consagrada.
Nós como juventude jubilar, despertamo-nos para o anseio de nos
tornar esta primavera Sagrada para o nosso tempo e tal anseio
expressamos no lema: “Eis-me aqui, sou tua Primavera Sagrada!”. Cerca
de 210 meninas ali se encontravam, sendo divididas em 5 grupos com
finalidade de descobrir o lema do ano.
Juntamente com o lema, haviam surgido as seguintes propostas:

Ita Pater! Eis-me aqui por uma nova Primavera Sagrada.

Adsum ! Princesas para uma nova Primavera Sagrada.

Geração jubilar rumo ao novo Ver Sacrum.

Confiante cresço como Lírio Sagrado.

Primavera Sagrada: Floresça para uma nova geração heróica.
O grupo de dirigentes se reuniu e então foi decidido o lema para o ano
de 2006, ano jubilar da jufem. O lema quer dizer que estamos ao inteiro
dispor da Mãe, prontas para assumir a missão de florescer para uma
nova juventude. Uma nova geração, uma total entrega a Mãe. Podemos
encontrar muitos obstáculos em nossas vidas. Se tivermos Deus e nossa
Mãe ao nosso lado, teremos força para trilhar nosso ideal e chegarmos a
ser essa Primavera Sagrada.
Podemos refletir também a unidade que existe entre nosso
ideal e missão nacional com este lema. Nosso lema veio a
serviço de nosso ideal, veio esclarecer nossa missão:
Se me sacrifico, purifico meu ser diante das situações de
perigo, estou cumprindo a missão da Jufem.
27
O Ver Sacrum é a concretização comum do nosso ideal:
“Lírio do Pai, Tabor para o mundo.” Quando formos Ver
Sacrum, sagrada primavera de lírios puros que se
sacrificam pela juventude, poderemos resgatar a
dignidade Feminina no mundo de hoje.
Propósito: Nossa semente está crescendo. Logo surgirá como a
primavera. Que ponto prático queremos escolher nesse mês, como
grupo?
Oração final:
Querida Rainha dos Lírios, queremos esforçar-nos, nesse ano jubilar,
para tornar-nos para toda a juventude brasileira uma sagrada
primavera. Que nossa geração jubilar possa tornar-se fecunda na obra
de Schoenstatt. Concede-nos a graça da fidelidade. Querida Mãe e
Rainha dos Lírios, “se nossa Primavera Sagrada ficar infiel a Ti que se
apague, no mesmo instante, a nossa luz no Santuário”.
28
2ª Reunião: VAIS COMIGO?
Objetivo: Reconhecer que o chamado a ser Primavera Sagrada foi feito
por Deus.
Observação: Trazer bíblia para esta reunião
Desenvolvimento:
Para iniciarmos esta reunião vamos saborear duas passagens bíblicas:
1º- 1Samuel 3, 1-10
2º- Lucas 1, 26-38
Dirigente: Comentar estas passagens relacionando com o “Eis-me aqui”.
Como heroína da JUFEM, Bárbara Kast viveu o “Eis-me aqui”
gradativamente em sua vida, ou seja, ela foi deixando-se formar pela
Mãe de Deus, assim comentou Ir. M. Aleja (assistente das Irmãs das
Províncias da América do Sul) que nos visitou na Jornada de Novembro
de 2005. Ir. M. Aleja, como colega de grupo e irmã de aliança de
Bárbara, contou um pouco de sua vivência com nossa heroína. Veremos
abaixo sua palestra na íntegra.
“ Vou resumir minha experiência com ela porque quando a juventude
festeja 75 anos da sua fundação, assim como falou a Ir. M. Ane da
Regininha, tem muitas outras jovens que tem sido pedrinhas na
construção da JUFEM no mundo.
Uma delas é a Bárbara Kast, não sei se vocês sabem, mas ela faleceu no
dia 29 de Dezembro de 1968, o mesmo ano em que o Pai-Fundador
faleceu, só que alguns meses depois. Eu conheci ela só no último ano, eu
não conhecia Schoenstatt eu cheguei em março de 1968 na JUFEM só
para... (pausa) olhar e espionar como que era aquilo, e daí ver... se eu
queria entrar e pertencer a essa juventude ou não.
Eu cheguei por um amiga minha, que estava neste grupo onde estava
Bárbara Kast, era dirigente, eram seis ou sete meninas naquela altura.
Eu queria entrar nesse grupo, mas eu achava que eram muito novas, a
Bárbara estava no último ano da escola. Ela estava no colégio da Irmãs
29
de Maria, lá em Santiago, no último ano, no ano número 12, último ano
antes do vestibular. E eu já estava no segundo ano da universidade, eu
achava que meninas do colégio ainda... (Risos) muito pequenas.
A única que já estava na universidade era minha amiga, da escola, e todo
resto eram do colégio das Irmãs de Maria, eram quatro do colégio, nos
duas e mais uma. Mas elas quatro já se conheciam, eram colegas de
turma, e ainda todas no grupo da juventude. Eu não queria, mas ela me
convidou e eu achei algo nela, assim que (pausa) daí eu não dizia nada de
nada.
Santuário, porque Santuário? Se todas as igrejas são iguais, se estando
o Santíssimo dentro, pra que vai ser um Santuário? E ainda tão pequeno
que nem cabe toda gente dentro. (Risos)
Eu estava um pouco distante do grupo de Schoenstatt, e pobre Irmã,
não estava conosco para entendermos algo de Schoenstatt. Quando
começou a amizade com a Bárbara, amizade mais próxima, mais
concreta, ela morava mais ou menos perto de mim, quando começamos a
sair para dançar sábado de noite. (Risos)
Ela era muito bonita, ela ia na minha casa primeiro, para arrumarmos o
cabelo. Daí começou a amizade, e comecei a gostar mais de Schoenstatt
por causa dela, e daquelas preparações para sair dias de sábado (Risos).
Que bonito! Eu comecei a conhecer ela e me dei conta que ela como uma
jovem de dezoito, ainda tinha dezessete naquela altura, ela carregava
muita peso, porque ela era a maior de oito irmãos, e ela era a primeira
menina, tinha irmãos mais velhos, mas era a primeira menina.
E os pais dela eram alemães, e ela também nasceu na Alemanha, tinham
um fábrica de frios, de presunto, essas coisas. Eles moravam mais ou
menos uma hora e meia da cidade, no campo, onde tinha todos aqueles
porquinhos e a fábrica de frios.
Todos os irmãos moravam, em Santiago, na casa de uma senhora alemã,
que cuidava desses oito meninos. Eles iam para casa dos pais de sextafeira de tarde até domingo de tarde, tinham que voltar porque todo
mundo estava na escola.
E eram muitas ligações para os pais, que um irmãozinho ficou doente,
que a outra tinha más notas na escola, que as tarefas eram muitas, que a
comida... e a senhora que cuidava deles era velhinha, então Bárbara era
praticamente a mãe nessa casa, e ela só tinha, quando eu conheci
30
dezessete anos, mas ela fazia tudo isso com alegria, sempre tinha tempo
para brincadeiras, sair para dançar, estudar, e estando no último ano da
escola ela tinha muita boas notas, e ia muito bem nos estudos porque era
muito inteligente.
Daí começou a caminhar este grupo, começamos buscar nosso ideal de
grupo e não encontramos, não encontramos... Daí a Irmã achou que era
melhor nos prepararmos para Aliança de Amor, começamos, mas ainda
não dava pé.
Então, minha experiência pessoal foi que eu vi na Bárbara desde março,
que a conheci, com todas aquelas brincadeiras, uma mudança não do
exterior, mas do interior. Ela continuou a ser igual como era, mas uma
coisa interior que se via no seu exterior ás vezes, uma profundidade
maior. E um dia eu perguntei para ela, íamos no Santuário, caminhando
rápido, porque queríamos chegar e conversar um pouco, e eu perguntei:
- “Bárbara, tu tens algum problema? Ou tens alguma dor na alma? Que
aconteces que estás mais séria?” Ela falou:
- “Sabes eu vou te falar uma só coisa, eu tenho muita saudade do céu,
saudade de Deus.”
E eu achei aquela frase muito profunda para uma menina dessa idade, e
eu fiquei pensando porque ela tinha saudade se ela tinha tudo, tinha
casa, tinha tudo. Eu perguntei:
- “Será que você vai ser Irmã de Maria?” Fiquei assustada! (Risos) “Esta
pensando?” E ela:
- “Ah, não!”
Mas eu percebi que esse “não” era um “estou pensando, mas não vou te
contar”, e eu continuei observando aquela mudança interna nela. Um fato
que me gravou na memória foi que no dia primeiro de novembro, nós
fizemos em encontro no Santuário de Bella Vista, um encontro de grupo,
ficamos dormindo lá, sexta-feira, sábado, até domingo de manhã; e como
estávamos buscando nosso ideal de grupo, uma das perguntas desse
trabalho era: Que fato deste ano mais te impressionou? Uma falou a
chegado do homem a Lua, os experimentos científicos, outra falou a
morte do meu pai, outra falou outra coisa e essa última falou, muito
convencida, muito singela, “O que mais me impressionou este ano foi o
falecimento do Pe. Kentenich.” A Irmã foi a única que achou isso
importante e perguntou para ela: “E porque Bárbara? E então ela falou
31
assim: “Porque com a morte do Fundador, nós Juventude Feminina temos
que lutar para que Schoenstatt não comece a ser uma idéia abstrata,
para que ele seja vivo.” Mas nos nossos tempos aquilo era muito teórico
não tínhamos consciência da importância daquele momento. E só depois
de muito tempo, já noviça, Irmã, que fui perceber que era
impressionante que uma menina de dezoito anos, estando na Juventude,
tenha compreendido uma coisa tão essencial e tão importante, que o
fato do falecimento do Pe. Kentenich tenha sido para ela algo tão
importante. No final do ano dia 8 de Dezembro fizemos juntas nossa
Aliança de Amor, e depois fiquei sabendo que nesse dia ela fez também
Carta Branca, sua consagração de vida á Mãe Três vezes Admirável no
Santuário. Depois daquela consagração, a nossa Aliança de Amor, eu vi
ela só uma vez, que foi no domingo seguinte, dia 15 de Dezembro. E daí,
eu perguntei para ela, no momento que estivemos sozinhas:
- “E então, Bárbara, o que vai ser com tua vida agora que terminou a
escola? Vais estudar?” – “Sim, vou estudar. Vou para a universidade.”
- “E depois?” Eu sempre estava querendo saber se ela queria ser Irmã
de Maria ou não.
- “Depois ainda não sei, Deus vai falar na minha vida.”
Dois domingos depois ela faleceu. Ah! Esqueci o mais importante, quando
eu perguntei se ela ia ser Irmã de Maria, e ela respondeu que não
porque ia para a universidade, e sabe o que ela falou:
- “Eu fiz uma Aliança de Amor, eu fiz uma opção por Schoenstatt,
porque eu acho importante na minha vida é Schoenstatt, aquela é minha
espiritualidade, aquela é minha forma de viver, eu vou viver sempre na
Aliança de Amor com a Mãe de Deus, se eu casar, se eu ficar solteira,
ou se eu for Irmã de Maria, tanto faz o mais importante na vida é que
com a Aliança de Amor eu fico filha de Schoenstatt, e filha da Mãe
Três Vezes Admirável e vinculada para sempre no Santuário, que não é
tão importante ainda.”
E essa opção de vida foi para ela, até os últimos dias, muito importante.
Quando os pais dela perguntaram no Natal que presente ela queria
ganhar, como tinha acabado a escola, ela pediu um carro. E ganhou um
carrão, onde morreu. Porque ela queria um carro? Para ter mais tempo
de andar pela cidade, em coisas de Schoenstatt, ajudando a Juventude
32
Feminina. Ela ia ser seguramente a próxima dirigente de ramo, e não foi,
não deu tempo.
A última palavra, como esta escrito no livro, que ela falou foi: “Mãe.” É
normal que seja sua mãe natural, mas também é... nós pensamos que é
também a Mãe de Deus.
Um fato que me impressionou bastante, foi minha conversa com os pais
dela. Por que se vocês vão casar algum dia, vocês devem saber o que uma
mãe pode fazer. Naquele 29 de Dezembro, pela manhã Bárbara faleceu
e no mesmo dia por volta das dezoito horas ela já estava sendo velada
no Santuário de Bella Vista. Estavam seus pais e os irmãos, os menores
não, a mãe estava tranqüila era o segundo filho que essa mãe perdia, ela
tinha perdido um menino de quatro anos, e agora Bárbara.
Lembro-me como se fosse hoje, tivemos uma missa, com a Bárbara lá, e
depois uma Irmã se aproximou da mãe dela e falou:
-“A senhora não quer ficar essa noite em nossa casa, e ficar perto do
Santuário e da Bárbara? Se quiser se levantar e rezar nós
acompanhamos a senhora até o Santuário.” E a mãe tranqüila falou
assim:
- “Irmã, a Bárbara está no céu e eu tenho mais sete filhos e o marido
para cuidar, estão todos sofrendo, eu vou em casa, muito obrigado.”
Nunca esquecerei não só a Bárbara, mas também essa mãe, cheia de
Deus, que aceitando aquele fato, de sua filha ter ido para o céu, quando
tinha tantas esperanças nela.
Bom, é isso que eu tenho para falar sobre Bárbara, mas o que quero
repetir agora como resumo, é a opção dela por Schoenstatt. Ela não
estava procurando outras espiritualidades, outras coisas, era
Schoenstatt aliança com a Mãe de Deus. E depois eu fiquei sabendo que
ela, sim pensava em ser Irmã de Maria, só que não queria que nós
soubéssemos porque ela queria ir a universidade, ou completar um
estudo, não sei como ela pensava, mas a mãe dela nos falou, depois no
nosso grupo, só a nós, que ela já tinha falado com os pais que ela pensava
ser Irmã de Maria algum dia. E a mãe e o pai como pessoas religiosas
falaram que ela era livre, mas era melhor não ser imediatamente depois
da escola, era melhor esperar um pouco. Assim pensava ela, e assim
seria se Deus não tivesse á levado.
33
Então eu desejo a vocês todas que cada uma possa ter um opção grande
e definitiva na sua vida por Schoenstatt, como ela teve, seja casada,
seja mãe de família, seja solteira, seja profissional, como seja, mas
aquela fidelidade a Schoenstatt e a Mãe Três Vezes Admirável
permaneça gravado em seus corações.”
Refletir e comentar:
E nós? Será que teremos atos heróicos, para contar futuramente? Será
que nossa irmã de grupo terá algo de heróico a contar de mim?
A Geração Fundadora e nós:
Nossa geração fundadora quando se decidia por pertencer a esta
juventude, excluía de sua vida qualquer mediocridade. Surgiu então uma
forte decisão de lutar pela conquista de uma entrega sem reservas, sem
restrições à Mãe de Deus e a sua Obra de Schoenstatt.
Viveram as dificuldades de quem se lança num projeto de Deus,
mostrando para as gerações vindouras que o que eles propunham
primeiro viveriam.
“A juventude de Schoenstatt mais tarde terá mais facilidade na
aspiração, pois nós seremos então seus modelos, quando alcançar nosso
ideal pessoal, quando corporificarmos inteiramente o ideal da juventude
de Schoenstatt na nossa vida, quando lhes previvermos este ideal.”
(Livro de 25 anos da JUFEM, página 7)
Assim viveram como sementes lançadas a terra: “Por causa dos puros
que se sacrificam, Deus salva um povo inteiro”.
Nós assim como elas queremos responder ao chamado a Schoenstatt
como nova Primavera Sagrada assumindo a nossa missão.
“... somente aquele que não procura e não se ocupa só consigo mesmo,
mas cujo amor abençoa e se consome por aquilo que arde, que seu
coração – a missão do reino – tem o direito de existência em
Schoenstatt.” (Livro de 25anos da JUFEM, página 116)
Debate:
Como queremos realizar essa missão, respondendo a situação de perigo
de hoje do nosso tempo?
34
Bárbara Kast fez uma opção de vida: SCHOENSTATT. E você: vais
comigo? Tudo por Schoenstatt?
Conclusão:
Também vamos escrever nossa história e mostrar grande aspiração,
concretizando em testemunhos formados na escola de educação do amor
maternal: o Santuário. Queremos que as gerações futuras falem de nós:
Uma geração heróica, que se sacrificou até o último pelo reino da Mãe
de Deus, em prontidão pura e sagrada.
Propósito: O que queremos escolher como ponto prático para que seja
expressão de nossa opção: SCHOENSTATT?
Oração Final: Ó minha Senhora...
35
3ª Reunião: “Sacrifício ou prazer? O TEMPO PEDE UMA DECISÃO!!!”
Objetivo: A missão de reconquistar a dignidade feminina requer que
vençamos as situações de perigo do tempo atual que nos são
apresentados como forma de prazer.
Fundamentação:
Como Juventude Feminina temos a missão de resgatar a dignidade da
mulher que foi perdida.
“... devemos possuir uma extraordinária consciência de nossa identidade
feminina, isto é uma extraordinária consciência da dignidade e missão da
mulher.” Pe. José Kentenich
Como queremos resgatar a dignidade feminina? Já está na hora de
encontrarmos uma forma bem concreta de realizar nossa missão.
Faremos isso dando resposta às situações de perigo na qual nos
encontramos, situações que ameaçam a dignidade e a missão dada por
Deus à mulher.
Nas reuniões passadas vimos que o Ver Sacrum surgiu diante de uma
séria situação de perigo, algo estava em risco.
Normalmente as situações de perigo, conforme estudamos, se
manifestavam por meio de dor e sofrimento, de uma forma
expressamente má, por meio de guerras, a peste, a fome etc..
Nosso tempo atual está envolvido por uma séria e perigosa situação.
Ainda em nosso tempo, existem sim, muitos perigos que são claros para
nós, quando falamos, por exemplo da violência, das doenças, do
desemprego e da miséria crescente no mundo de hoje.
Mas existe uma situação de perigo astuciosa, “camuflada”, da qual
muitas vezes não temos consciência e que é uma das mais destruidoras
de nossa vida. Hoje somos envolvidos pela propaganda do bem estar, do
prazer. Um grande exemplo dessas situações é a perda do sentido da
nobreza e do amor humano pela busca de prazer desenfreado.
Para fundamentar melhor este assunto, vamos abordar o mais
importante aspecto da vida humana, especialmente à luz da dignidade
feminina, que é muito distorcido no tempo de hoje: o amor. Vamos
descobrir como o amor e suas manifestações, algo que é tão belo, que é
36
divino, se tornou hoje para nós uma verdadeira situação de perigo,
porque o mundo de hoje distorceu seu verdadeiro sentido.
Para isso lancemos um olhar às palavras do Papa Bento XVI na primeira
parte de sua primeira Encíclica: ”Deus Caritas est” (Deus é Amor).
1. “O amor de Deus por nós é questão fundamental para a vida e coloca
questões decisivas sobre quem é Deus e quem somos nós. A tal
propósito, o primeiro obstáculo que encontramos é um problema de
linguagem. O termo amor tornou-se hoje uma das palavras mais usadas e
mesmo abusadas, à qual associamos significados completamente
diferentes.
(...)em toda esta gama de significados, porém, o amor entre o homem e a
mulher, no qual concorrem indivisivelmente corpo e alma e se abre ao
ser humano uma promessa de felicidade que parece irresistível,
sobressai como arquétipo de amor por excelência(...)
Eros e ágape – diferença e unidade
Ao amor entre homem e mulher (...) a Grécia antiga deu o nome de eros.
Diga-se desde já que o Antigo Testamento grego usa só duas vezes a
palavra eros, philia (amor de amizade) e ágape – os escritos neo
testamentários privilegiam a última, que, na linguagem grega, era quase
posta de lado.
(...) A marginalização da palavra eros, justamente com a nova visão do
amor que se exprime através da palavra ágape, denota sem dúvida, na
novidade do cristianismo, algo de essencial e próprio relativamente à
compreensão do amor. Na crítica ao cristianismo que foi se
desenvolvendo com radicalismo crescente a partir do iluminismo esta
novidade foi avaliada de forma absolutamente negativa.
O papa segue dizendo que Nietzsche, filósofo alemão, culpou o
cristianismo de ter dado impulso à degeneração do eros. “Assim ele
exprimia uma sensação muito generalizada: com os seus mandamentos e
proibições, a Igreja não nos torna por ventura amarga a coisa mais bela
da vida?”
4. Mas será mesmo assim? O cristianismo destruiu verdadeiramente o
eros?
37
(Os próprios gregos perverteram o eros, abusando de suas
características, elevando-o acima de Deus e tornando todas as outras
forças que vem do céu secundárias.) Nas religiões, esta posição
traduziu-se nos cultos da fertilidade, aos quais pretende a prostituição
“sagrada” que prosperava em muitos templos. O eros foi pois celebrado
como força divina...
A esta forma de religião que contrasta como uma fortíssima tentação
com a fé no único Deus, o Antigo testamento opôs-se com a maior
firmeza. Ao fazê-lo, porém, não rejeitou de modo algum o eros enquanto
tal, mas declarou guerra à sua subversão devastadora, porque a falsa
divinização do eros, como aí se verifica, priva-o da sua dignidade,
desumaniza-o. (...) Fica assim claro que o eros necessita de disciplina, de
purificação para dar ao homem, não o prazer de um instante, mas uma
certa amostra daquela beatitude (bem-aventurança) para a que tende
todo o nosso ser.
5. (...)Hoje não é raro ouvir censurar o cristianismo do passado por ter
sido adversário da corporeidade; a realidade é que sempre houve
tendências neste sentido. Mas o modo de exaltar o corpo a que
assistimos hoje é enganador. (... o homem) agora considera o corpo e a
sexualidade como a parte meramente material de si mesmo a usar e
explorar com proveito. Uma parte, aliás, que ele não vê como um âmbito
da sua liberdade, mas antes como algo que, ao seu modo, procura tornar
simultaneamente agradável e inócuo (inocente).
6. Concretamente, como se deve configurar esse caminho de ascese e
purificação (do amor)? Em contraposição ao amor indeterminado e ainda
em fase de procura, este vocábulo (ágape) exprime a experiência do
amor que agora se torna verdadeiramente descoberta do outro,
superando assim o caráter egoísta que antes prevalecia. Agora o amor
torna-se cuidado do outro e pelo outro. Já não se busca a si próprio, não
busca a imersão no inebriamento da felicidade; procura, ao invés, o bem
do amado: torna-se renúncia, está disposto ao sacrifício, antes procurao.
(...)e isto num duplo sentido: no sentido da exclusividade (apenas esta
única pessoa) e no sentido de ser para sempre.
7. (...) Na realidade, eros e agape
nunca se deixam separar
completamente um do outro. Quanto mais os dois encontrarem a justa
38
unidade, embora em distintas dimensões, na única realidade do amor,
tanto mais se realiza a verdadeira natureza do amor em geral.
8. (...) no fundo o amor é uma única realidade, embora com distintas
dimensões; caso a caso, pode uma ou outra sobressair mais. Mas quando
as duas dimensões se separam completamente uma da outra, surge uma
caricatura ou, de qualquer modo, uma forma redutiva do amor.” (até aqui
trecho da Encíclica)
Desenvolvimento:
Ao estudarmos as situações de perigo que envolvem nossa juventude,
percebemos que todos os outros temas que iremos tratar em nosso livro
são apenas uma conseqüência do prazer desenfreado.
Este prazer desenfreado está bem explícito na forma como se entende
e como se usa o amor e as suas manifestações em nosso tempo. Também
nós agimos mal neste sentido. Um exemplo é o assunto tão falado do
“ficar”, o qual não queremos colocar em questão de novo, mas já
sabemos que posição devemos tomar em relação a isso.
Mais a fundo ainda está o tema da virgindade que para o mundo de hoje
não é mais virtude, mas sim coisa do passado, idéia antiquada.
Mas também fora do assunto sobre sexualidade, corremos o risco de
buscar preencher o vazio do nosso coração – que é conseqüência da
carência ou distorção do amor - em fontes momentâneas de prazer: na
moda, nos meios de comunicação, no conforto, nas falsas amizades, no
próprio amor (carência afetiva).
Mais uma vez queremos martelar no mesmo ponto até que isto forme o
nosso agir: O que devemos fazer? Como devemos agir no mundo de hoje?
Qual é o estilo de vida de uma jovem schoenstattiana que quer resgatar
a dignidade feminina e fazer florescer uma Sagrada Primavera na
Juventude?
Dentro da nossa missão nós nos espelhamos na Mãe de Deus, ela que foi
a AVE que nos resgatou do pecado e nos devolveu a dignidade perdida
por Eva.
Em primeiro lugar aprofundar no seu exemplo de pureza.
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Não queremos viver em busca de prazer. Nosso vestir não deve estar a
serviço do prazer, nem do nosso prazer nem do prazer alheio.
Também quanto aos meios de comunicação, não queremos ser escravas
da mídia. Aquilo que fere a nossa dignidade deveríamos manter longe de
nós, seja um programa de televisão ou contatos da internet, seja uma
revista, sejam fotos, sejam músicas.
Somos inteligentes o suficiente para saber o que não convém com uma
jovem “Lírio do Pai Tabor para o mundo” e é maravilhoso saber que
podemos ser diferentes, uma juventude diferente, sadia, realmente
feliz.
Tomar conhecimento deste ideal e do que ele exige de nós não deveria
afastar-nos da Juventude, mas ajudar-nos a amar ainda mais
Schoenstatt e a nossa Rainha dos lírios.
Deus nos chama a esta nobreza de estado desde o momento de nosso
Batismo. Depende de nós a salvação de pelo menos uma parcela do nosso
mundo. “Por causa dos puros que se sacrificam, Deus salva um povo
inteiro”
Nós somos capazes para isso! Nosso Pai dizia: Podemos exigir tudo
dessa juventude!
Quando nos for difícil renunciar à moda, à mídia, às coisas que exercem
tanta influência em nosso modo de ser, queremos agir como Maria: dizer
sim à vontade de Deus a partir das pequenas coisas, um sim consciente e
livre, desprendido da própria vontade, disposto a sacrificar-se. Em nós
também deve existir essa disposição em sacrificar os nossos desejos
mais valiosos se assim Deus o pedir, tanto mais os desejos que são
expressão da busca do prazer meramente humano.
O amor a Deus e a esperança de um mundo melhor, o qual podemos
construir, deve impulsionar-nos:
- à pureza no doar-se, ou seja, manter-se em constante união com Deus.
“A dignidade da mulher está intimamente ligada com o amor que ela
recebe pelo próprio fato da sua feminilidade e também com o amor que
ela, por sua vez doa.” (A dignidade e a vocação da mulher, nº 30)
- à pureza no preservar-se, querer ser pura virginalmente.
40
“A virgindade é expressão de um grande amor a Deus e ao sacrifício e é
excelente meio para aumentar e provar esse amor.” Pe. José Kentenich
Desta forma nós podemos imaginar que tudo na Mãe de Deus refletia
pureza: o seu olhar, a sua maneira de falar, a sua maneira de andar, a
sua maneira de vestir-se.
“Quem quiser reconquistar ou conservar sua pureza, sem procurar
constante contato com Deus, na oração e nos sacramentos, assemelhase ao pássaro que tenta voar com as asas quebradas.” Pe. José
Kentenich
Com isso concluímos que Deus é a grande fonte de felicidade e prazer, a
única que pode satisfazer o nosso coração. Sabemos que muitas pessoas
com as quais convivemos na escola, na faculdade, no trabalho ou mesmo
em casa não bebem desta fonte. Especialmente a mídia tem o interesse
em formar uma sociedade alienada que consuma todo tipo de “produto”
por ela transmitido e comercializado. Para estas pessoas devemos levar
uma resposta, o sinal de Deus.
Nós falamos tanto que queremos nos distinguir da massa e ser aquilo
que realmente devemos ser! Mas, sempre de novo, nos deparamos com
dificuldades ao nosso redor, em nós mesmas, que nos impedem ou
“atrasam” na conquista do ideal da verdadeira jovem schoenstattiana!
Já é hora de nos ajudarmos mutuamente a assumirmos com maior
convicção e vigor esta missão urgente de regatar a dignidade
feminina.
Faz-se necessário e urgente dar testemunho de uma nova forma de vida,
testemunhando nosso ideal e mostrando às pessoas que é possível ser e
permanecer pura, íntegra e forte diante de todos os perigos que
envolvem a juventude e a levam para longe de Deus.
O mundo e as pessoas do mundo gritam por todos os lados que o seu
Deus é o próprio eu e os valores terrenos. Mas eles buscam mesmo que
inconscientemente o Deus, o amor e a pureza que nós devemos mostrar!
E nós? Temos medo? Temos vergonha de proclamar quem é nosso Deus e
qual é o nosso ideal? Que as gerações futuras nos julguem!
Conclusão
A JUFEM foi chamada à existência pela Mãe Três Vezes Admirável com
esta missão específica: RESGATAR A DIGNIDADE FEMININA! Se a
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juventude de Schoenstatt não estiver convicta desta importantíssima
tarefa para os nossos dias e para o futuro, quem levará esta herança
para os novos tempos? Que geração queremos formar? Se a JUFEM não
consegue vencer os perigos do prazer que tem suas raízes na negação da
pureza, quem vencerá?
Pois esta é justamente nossa missão, por causa dela é que existimos.
“Por causa dos puros que se sacrificam Deus salva um povo inteiro”
Aprofundamento
filme: Maria Gorette - Uma história emocionante de Giulio Base
(Edições Paulinas) - Livrarias Paulinas: [email protected]
Indicação para Leitura
A Riqueza do ser Puro - Pe. José Kentenich
Propósito: Nossa semente já é uma pequenina flor que ainda precisa
muito de nosso cuidado. Então, querida Jufem, “queremos nos distinguir
e pertencer à ordem da Rainha”J.K. Que ponto prático queremos
escolher nesse mês para nosso grupo?
Oração final:
“Ó Mãe, quão formosa tu és,
quisera silenciosamente estar sempre a teus pés,
a minha imagem trabalhar, até completamente
semelhante a ti ficar.
E o Pai volva os olhos feliz, de ti a mim com prazer,
vendo a imagem que fiz.
E ao findar, com alegria, me possa teu nome dizer: Maria!”
(autor desconhecido – retiro do livro Nasci para algo de grande – vol. 1 – pág. 98)
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5ª reunião: “Estou livre e, apesar disso, prisioneira!”
Objetivo: Levar as meninas a refletirem que elas podem fazer tudo,
mas que nem sempre tudo convém fazer, e perceber que a vida do Pe.
Kentenich é uma resposta para a liberdade interna, por elas almejada!
Dinâmica: Apresentar figuras de carcerários, colocar correntes, figuras
históricas do tempo da escravidão e promover um debate sobre o que
elas pensam sobre prisão, escravidão e o “ser livre”.
Dirigente: Cuidar que não fixem tanto as figuras negativas, mas
somente que ilustrem o que vem a ser “estar em correntes”
Desenvolvimento:
Após discutirem o que vem a ser alguém que esteja “sob correntes”,
escravo de um poder, ou pagando por causa de um erro cometido em uma
prisão; levar as jovens a se questionarem se existe somente esse tipo de
liberdade, estar livre de algemas externas. Contar o fato verídico do Pe.
José Kentenich quando chegara ao Campo de Concentração, para ilustrar
o que vem a ser a liberdade interna.
“O chefe da Polícia Secreta, achando oportuno „abrandar‟ o recém
chegado ao Campo de concentração, demonstrava muita tranqüilidade e
firmeza e começou a gritar-lhe grosseiramente, fazendo-lhe todo tipo
de perguntas. Não recebendo respostas. Pe Kentenich olhava-o com
tranqüilidade e sorria-lhe cordialmente, então este soldado enfureceuse mais ainda, fazendo um gesto de bater-lhe. Mas não chegou a fazê-lo.
Dias mais tarde, ambos tornaram a se encontrar no escritório no qual se
depunham os dados pessoais. O chefe reconheceu-o imediatamente.
- Eh! Que o prisioneiro me limpe a bicicleta – lhe disse.
- Sim, vou fazê-lo. – respondeu o Padre Kentenich, mas não porque deva
fazê-lo, mas sim, porque, como Homem livre, quero brindar-lhe este
serviço!
- [...] Não, você não necessita fazer isso! – respondeu finalmente o
chefe da Polícia secreta. (Livre em Algemas .p. 21)”
43
Que tipo de liberdade o Pai Fundador quer nos mostrar? (deixar que
falem)
Acaso a “liberdade” de fazer o que queremos muitas vezes não nos
escraviza? Pe. Kentenich estava preso, algemado exteriormente, porém
interiormente livre. Percebemos que o guarda nem conseguiu exigir o
favor solicitado, tal era a influência de sua liberdade interior, manifesta
em sua personalidade.
Muitas vezes entendemos liberdade como fazer o que queremos, sem
barreira, sem compromisso, sem impedimentos. Esse é um conceito
errado. Como vimos, o exemplo de nosso Pai e Fundador no campo de
concentração, mostra-nos outra visão de liberdade. Por estar no campo
de concentração, nosso Pai e Fundador era “obrigado” a cumprir as
ordens e leis do campo, mas isso não o algemou interiormente. Sua
atitude em dizer que iria fazer, “porque, como homem livre” queria
presentear esse serviço ao soldado, não era uma atitude desafiadora, ao
contrário, nosso Pai e Fundador fazia o „ordinário extraordinariamente‟
bem feito e isso porque era um homem livre. A vida nos impõe muitas
obrigações, como por exemplo, o estudo, o trabalho... às vezes sentimos
acorrentadas ao trabalho ou a faculdade que nos suga sábados,
domingos e feriados..., mas se o fazemos com alegria interior, liberdade,
estaremos tornando-nos pessoas felizes.
Também precisamos estar atentas se nós somos livres ou escravas do
prazer, da moda, dos meios de comunicação ou da opinião alheia, se nos
tornamos escravas estamos como um “peixe fora d‟água”.
Podemos ver que isso pode se comparar ao Criador com a Criatura. Pois,
nosso Deus manifesta seu amor e nos mostra o bem, e nós criaturas
humanas, sempre devemos seguir por esse caminho do amor e do bem,
que seria o “habitat” natural que Deus criou para nós. Quando não
estamos no verdadeiro “habitat” querido e planejado por Deus, nos
escravizamos às coisas e a nós mesmas, de forma que não nos sentimos
livres. Estaríamos vivendo a libertinagem, fazemos o que queremos, mas,
não estamos “em casa” conosco mesmas.
Nosso Pai e Fundador ainda nos ensina: “Verdadeiros homens
interiormente livres... (...) ser livre de para ser livre para. Livre de!
Aqui está tudo contido, o que se sabe dizer de mortificação, de solução
e coisa semelhante, ser interiormente livre de tudo o que não é divino e
44
contradivino para tornar-se livre para tudo o que é divino... o que
significa aqui ser livre? Animado de amor!”
Como podemos aplicar essas palavras de nosso Pai e Fundador em nossa
vida? O que seria o ser livre de? (deixar que falem)
Dirigente: você deve conduzir o diálogo de forma que atinjam as
repostas da pergunta. Para um Lírio do Pai, Tabor para o mundo, ser
livre de significa:
 é fácil falar da moda, mas na prática: o que é ser livre da moda?
Isto não significa que eu não posso usar nada que esteja na moda, mas
escolher aquilo que enobrece o meu ser feminino = estilo da jovem
schoenstattiana.
 Meios de comunicação: queremos usar a técnica para o bem, para o
apostolado. Mas não queremos nos escravizar, isto é, tornar-nos
dependentes de uma máquina. Da mesma maneira que a droga é um vício ,
também o computador pode se tornar um vício.
 Livres da opinião alheia, quer dizer: hoje a maioria das pessoas tem
uma opinião massificada. O que seria isso? Deus, a religião, os princípios
hoje já estão, como dizem “ultrapassados”, então o que a maioria das
pessoas tem como conceito (que não precisamos de Deus, de religião,
tudo o que a Igreja prega como imoral hoje é visto como normal e
permitido, etc), é a maneira como vou pensar e viver. Queremos estar
livres dessa opinião massificada, para viver e defender os princípios
cristãos.
Queremos estar livres de, para estarmos livres para nosso ideal Lírio
do Pai, Tabor para o mundo! Não queremos ser diferentes para
chamarmos atenção, mas queremos fazer a diferença no lugar onde
estamos, vivendo o ideal escolhido livremente. Fazendo a diferença
estamos resgatando a dignidade feminina.
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Nós queremos ser diferentes! Será
que somos livres quando somos
diferentes?
Jufem seja ousada em suas
escolhas!!!
Reflexão pessoal: “Minha vida...?”
Dirigente: a seguir, para essa reflexão poderá utilizar um outro
ambiente, como por exemplo uma Capela, ou se não for possível e tiver
que usar a própria sala de reuniões, poderá arrumar um altarzinho com a
imagem da MTA e uma foto do Pai e Fundador. Também pode recorrer
ao auxílio de um fundo musical.
Se achar conveniente conversar em grupo para trocar experiências,
sobre a reflexão feita, tem liberdade.
Às vezes parece que minha vida escapa das mãos.
No dia-a-dia tudo precisa ser feito mais rápido,
Isto e aquilo já deveria ter sido ontem.
Cada dia é igual ao anterior: sempre a mesma pressa!
Meu casaco que comprei há dois meses,já está “velho” e
Passado da moda. Parece que nada existe a longo prazo,
Só vale o próximo instante de alegria...
Será que minha vida não vale mais que isso?
Será que é somente isso?
Eu busco mais!
Procuro o sentido da vida, procuro uma felicidade
Que não termina após uns minutos, mas que se torna cada vez maior.
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Sim, busco a Deus, em minha vida.
Será que às vezes tu sentes o mesmo?
Pensas em configurar tua vida de tal forma que te sintas feliz?
Buscas um caminho a tomar, alguém que te acompanha
E te mostra a direção?
Então estás no lugar certo com a pessoa certa.
Nosso Pai e Fundador nos ensina a ver a vida com outros olhos.
Ele nos empresta seus óculos, para que, por sua vida, possamos também
compreender
e interpretar melhor nossa própria vida.
“Estou interiormente e, apesar
disso, prisioneira!”
Assim escreveu uma jovem. Não
nos sucede às vezes o mesmo?
Exteriormente, talvez, sejamos
Óculos do Pe. Kentenich
livres, mas interiormente?
Queria fazer tanto, mas não
consigo, fico numa aflição: que vão pensar de mim, se lhes disser
realmente a minha opinião?
Na verdade, gostaria de fazer as coisas de outra maneira, sem me
deixar influenciar pela massa. Não quero imitar tudo. Porém os outros
me pressionam e meu verdadeiro “eu” não pode esse desenvolver.
Em 1941 o Pe. Kentenich, nosso Fundador, foi encarcerado, preso num
escuro calabouço, por ter uma opinião diferente dos demais. Ele creu em
Deus e na imagem cristã do homem, e assim o declarou. Seis meses mais
tarde foi levado ao campo de concentração de Dachau, a “cidade de
loucos, escravos e mortos”.
Em Dachau, nosso Pai e Fundador não se escondeu. Ele permaneceu fiel
aos seus princípios, arriscando a própria vida.
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Falou de Deus aos seus companheiros, deu palestras e retiros, atendeu
confissões.
Numa “cidade de mortos” criou nova vida: duas novas comunidades de
Schoenstatt. (Instituto dos Irmãos de Maria e Instituto das Famílias)
Ensinou os seus companheiros de prisão a serem interiormente livres,
livres na decisão para Deus e para o bem, contra o demônio.
Com os óculos de nosso Pai e Fundador, contemplo minha própria vida:
Em que me sinto presa?
Quais são minhas algemas e as grades que me bloqueiam interiormente?
Será que Deus me dará forças para superá-las?
Sou chamada a tornar-me uma sagrada primavera, a dar exemplo de uma
nova forma de liberdade.
“Pai e Fundador, peço que me ajude, como outrora ajudou os prisioneiros
a fim de que “meu verdadeiro eu” possa realizar-se e me torne sempre
mais livre para Deus, para Schoenstatt e o próximo.
Conclusão:
Após vermos a grandeza e a importância sobre a liberdade, nós também
queremos nos esforçar para tomarmos nossas decisões com maior
consciência, e lutarmos pela liberdade interna a exemplo do Pai e
Fundador que nos deu um exemplo sobre a verdadeira liberdade interna.
Queremos ser livres para escolher o “bem”, queremos ser diferentes em
nossas opções, queremos escolher e cumprir nossa missão, que pela
vivência de nossa liberdade interna possamos resgatar a dignidade
feminina. A sagrada primavera que queremos formar nos exige essa
decisão livre pelo sacrifício, pois para resgatarmos a dignidade da jovem
atual, assim como exige nosso ideal precisamos nos decidir livremente
para o sacrifício que inclui a opção pelo Ver sacrum.
Jufem, mãos à obra! Lírio do Pai, assume a missão, seja luz que não se
apaga!
Propósito:
Quero pedir a Deus Pai, no dia de hoje que me liberte das algemas
interiores (comodismo, egoísmo, impaciência, reclamar a toa, prazer
desenfreado...) para que eu possa cumprir melhor a minha missão pessoal
como Sagrada Primavera. Entreguemos o cetro espiritualmente à Mãe
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de Deus, para que Ela vença em nós as prisões internas que possuímos e
nos presenteie a liberdade interna. Então Jufem, qual o nosso ponto
prático? Qual é nossa escolha, continuamos ou não a cultivar nossa
semente?
Oração final - Oração de nosso Pai e Fundador:
“O mais precioso que o homem possui é a liberdade. Com amor sincero e
ardente, ofereço essa liberdade para que o bom Deus conceda à Família
de Schoenstatt, por todos os tempos o espírito da liberdade dos filhos
de Deus que anseio com tanto ardor.
Antes de iniciar a sua paixão Jesus rezou: „Ninguém me tira a vida [...]
Eu a dou porque quero!‟
Eu também faço assim: Ninguém me tira a liberdade; eu a entrego
livremente [...] Entrego-a porque Deus o deseja [..] e meu alimento,
minha tarefa predileta é fazer a vontade d‟Aquele que me enviou a
cumprir a sua Obra.” (Livre em Algemas).
49
6º Reunião: “Consumismo! Moda! - Eu uso ou sou usada?”
Objetivo: Levar as meninas a ver que o consumismo e a moda, senão
dominados levam ao homem massa.
Desenvolvimento:
A dirigente antes de desenvolver o tema poderá ler os exemplos abaixo
ou citar outros que conheça.
Priscila, filha de um médico e de uma psicóloga está na droga há alguns
anos. Acabou na cadeia por causa de roubo. Sua mãe a visitou e lhe
disse: “Porque fizestes isso? Não te demos sempre tudo o que
quiseste?” Ela respondeu: “Sim, vocês sempre me deram coisas, mas eu,
no entanto, queria vocês.”
Hoje é muito comum em nossa sociedade “a cultura do ter”, onde a
pessoa não vale pelo que é, mas pelo que tem. As pessoas nessa cultura
são consideradas bens de consumo. A tendência a ter está se tornando
uma verdadeira modalidade de vida, que se opõem à modalidade de vida
fundada sobre o ser. Tal tendência se infiltrou nas famílias e nas
escolas trazendo conseqüências às novas gerações. Os pais dão aos
filhos muitas coisas, mas não dão a si mesmo.
Uma jovem com pobres ideais, influenciada pela moda, tinha o desejo de
possuir um tênis da marca Nike e uma calça da Zoomp. Porém sua
situação financeira não permitia, mas isso não a convenceu. E então,
para suprir o vazio que sentia em seu coração decidiu sacrificar seus
lazeres (como cinema, sorvetes, passeios), e até mesmo seu lanche e o
passe-escolar, chegando a ir a pé para escola. Certo dia em um passeio
da escola fez com que todos fossem a pé, só para não pagar a passagem.
Diante desta situação perguntaram-lhe: “Estes produtos de marca vão
lhe trazer felicidade?” E com toda convicção respondeu: “SIM, isso vai
me trazer felicidade!” (História verídica)
50
Debate: a jovem que queria o seu tênis e calça de marca, para sentir-se
feliz, pois achava que isso traria felicidade. Alcançou felicidade ao
adquiri-los? O que você acha?
Quantos jovens sofrem um profundo complexo de inferioridade porque
seus pais não podem comprar-lhes aquelas roupas que seus amigos ou
colegas vestem. Com o tempo tornam-se desiludidos e frustrados. Isto
acontece porque nossa geração é educada a agir conforme as
aparências, a serem pessoas de aparência. O homem vale por aquilo que
possui, por ter uma bela casa, um belo carro, belas roupas, etc. Vale
tanto quanto aparenta. Muitas vezes não percebe o quanto sua alegria é
vazia, momentânea.
Nossa juventude está à mercê de situações como estas. O homem de
hoje já não é livre e perdeu o sentido de ser pessoa humana, tornou-se
despersonalizado e facilmente comandado pela moda, pela novidade e
pelas ofertas da sociedade de consumo. “É um homem solitário, porque
perdeu os vínculos que o prendiam a Deus, às pessoas e às idéias.”
(Reuniões de introdução a Schoenstatt)
Um coração carente de ideais é alvo fácil para o domínio da moda e do
consumismo, e nós, temos bem claros nossos ideais? Sabemos aonde
queremos chegar? (Dirigente: fazer essas perguntas às jovens e
questioná-las, procurar com elas as respostas)
Com a proteção da Mãe de Deus precisamos cultivar nobres ideais, para
nos preservar desses perigos.
É hora de perguntarmos a nós mesmas: “Eu uso ou sou usada?” O que
isto quer dizer? Sabemos colocar para nós mesmas o limite quando a
ânsia de ter procura agir em nós com toda a sua força ou, sem perceber,
sou usada, isto é, deixo que a moda dita as regras na minha vida, nas
coisas que uso, nos lugares que freqüento e até mesmo nas pequenas
coisas, tão insignificantes, como por exemplo um chocolate. O que você
faz: você acabou de ganhar seu chocolate preferido, você consegue
deixá-lo em sua frente, por longos minutos ou... imediatamente desfruta
de seu delicioso sabor. Quem manda? Você ou o chocolate? Nessa
mesma situação você pode colocar aquilo que você mais aprecia, ou o seu
ponto fraco. Consumismo é adquirir é algo sem refletir, isto é, como no
51
exemplo acima, vejo, gosto, compro. Nesse processo faltou a reflexão,
será que isso que estou “comprando” combina com meu ser? Aqui
referimos no ato de comprar alguma coisa, mas necessariamente a chaga
do consumismo não precisa ser uma compra, como o dissemos se
manifesta em coisas insignificantes, o exemplo do chocolate.
Conhecemos nosso valor, somos filhas do Pai celestial. Somos filhas Lírio
do Pai, Tabor para o mundo. Nosso ideal não preenche apenas nossa vida,
mas por nossa missão, podemos ajudar a muitas pessoas a encontrarem a
verdadeira felicidade. Todo o ser humano busca a felicidade, uns
encontram muito rápido, encontram o Deus da Vida, pois Deus é a eterna
fonte de nossa felicidade e àqueles que não aceitam Deus como fonte de
sua felicidade buscam preencher o vazio do coração em fontes
momentâneas, felicidade terrena. E nunca estará satisfeito, as fontes
da qual bebem é passageira, logo passa e o „buraco‟ fica, talvez maior.
Como é curto o prazo da felicidade terrena, logo se precisa buscar de
novo.
Conclusão:
Ser lírio do Pai, Tabor para o mundo é atacar o mal em sua raiz, ou seja,
formar a personalidade com a mentalidade livre e que sabe decidir-se
pelo mais belo, nobre. Como Juventude Feminina queremos pré-viver o
ideal da mulher livre de todas essas correntes da moda, do consumismo,
porque a exemplo da Mãe de Deus, buscamos o mais alto, à vontade de
Deus. O que poderíamos fazer bem concretamente para conquistarmos
esta liberdade interna, livre do que prega o modismo? Queremos tornarnos Sagrada Primavera, mas sabemos que sem o sacrifício não
conseguiremos. Às vezes o combate contra o consumismo nos trará
renúncias, sacrifícios, mas podemos ter a certeza de que o sacrifício
fortalece e enobrece nosso ser. Por causa dos puros que se sacrificam,
Deus salva todo um povo. Se a semente não cair por terra e morrer, não
dará fruto. Para que surja em nossa juventude essa sagrada primavera é
preciso que nós nos decidamos pelo estilo de vida ao contrário do que
prega a sociedade atual. O que podemos fazer? Existem alguns limites
do consumo e da moda, os quais poderíamos impor-nos. Poderíamos
economizar, selecionar os nossos gostos e necessidades, não sair
52
comprando tudo que vemos e gostamos, ou que percebemos que todo
mundo gosta.
Contentar-nos com aquilo que somos e temos, com o nosso corpo, com as
nossas capacidades e colocá-lo a serviço do reino de Deus.
Peçamos a nossa Rainha Lirial que nos ilumine mostrando-nos como
devemos agir em cada situação para que floresça uma Sagrada
Primavera de personalidades verdadeiras em nossa juventude. “Rainha
empunha o cetro e forma o Reino da liberdade autêntica.”
Propósito: Como queremos continuar cultivando nossa semente? O que
escolheremos como propósito?
Oração final:
“Pai do céu, o Pai e Fundador percorreu sem temor o seu
caminho, no seguimento do teu Filho Jesus Cristo. Tudo, toda a sua vida
foi uma carta que ele redigiu para ti. Ajuda-me a ser conseqüente no
meu caminho, sem me importar do que os outros dizem de mim. Concedeme a força interior e, se necessário, a coragem para o risco, mesmo
quando doer. Faz com que eu concretize o que é próprio do ser humano
autêntico: viver a minha liberdade! Eu quero voltar hoje a arriscar,
novamente, contigo. Porque isso me faz feliz. Amém.” (Anseio de viver – novena
para jovens – pág. 45)
53
7ª REUNIÃO: autoeducaçã[email protected]
Objetivo: Despertar uma consciência crítica a respeito do modernizar
sem mecanizar.
Dinâmica: A dirigente prepara uma simulação de um Chat. Nele 2
pessoas conversam de acordo com trechos do documento de PréFundação. A dirigente pode fazer com papelão (por exemplo) uma tela
de computador e escrever a conversa (no formato de sala de bate-papo)
e passar o seguinte diálogo:
* Chat do Fundador:
#FEM# entra na sala.
#FEM# diz para *JU*: Oie, td bem?
*JU* diz para #FEM#: Oiiii td jóia e c/ vc?
#FEM# diz para *JU*: Td indo....
*JU* diz para #FEM#: ms pq soh indo? Q q tah pegando?
#FEM# diz para *JU*: Nda no mundo moderno presta... decidi mudar
de vida....
*JU* diz para #FEM#: Noooosssaa...ms pq?
#FEM# diz para *JU*: Ai naum agüento +, hj eh a ultima vez q uso a
net.
*JU* diz para #FEM#: Credo , pra q tanto radicalismo.. net ajuda
tanto....
#FEM# diz para *JU*: Ajuda? Internet eh um poço de perdiçaum....
54
*JU* diz para #FEM#: Ai que dramática....naum eh td q tah perdido...
#FEM# diz para *JU*: Como naum? A gente devia eh jogar td fora..
assm corta o mal pela raiz!!!
*JU* diz para #FEM#: Larga mão de ser sem noção.....vc como Jufem
devia abrir um poko a kbça....
#FEM# diz para *JU*: Aé? Kero ver vc me dar 1 motivo pra eu naum
pensar assim!
*JU* diz para #FEM#: Um soh? Vixi tem uma pá! O próprio Pai
Fundador jah disse: Retrocedamos? Não, jamais consentiremos tal
atitude!
#FEM# diz para *JU*: Uhuuuuu....
*JU* diz para #FEM#: iiiii.. num deboxa naum hein.... eh serio... tava no
documento de pré-fundação. Ms o q foi q fez vc pensar assim?
#FEM# diz para *JU*: Ahhh ... se vc for ver na net soh rola fofoca, da
tv daki a poko espirra sangue e no radio soh dah abobrinha....
*JU* diz para #FEM#: Ms vc naum pde ficar pensando desse jeito...
#FEM# diz irritada para *JU*: E o q vc acha q eu devo pensar?
*JU* diz para #FEM#: Se a gente ouber os limites pra cda coisa da pra
viver bem moderninho...de boa...
#FEM# diz que não liga para *JU*: ....hmmmmm....
*JU* diz com paciência para #FEM#: Q nem agora.. a gente nem tah
fofocando....soh conversando... não se pira ô!
55
#FEM# diz para *JU*: bom.. pd ser q eu esteja viajando mesmo......
entaum.... foi mal..
*JU* diz para #FEM#: Da nda.. o segredo mesmo eh auto-educação!
Desenvolvimento:
Como vimos no Chat, nosso Pai Fundador já tinha uma visão crítica a
respeito do uso dos meios de comunicação desde antes da época da
fundação.
Em vez de nos afastarmos de todos os meios devemos aprender a
dominá-los e não deixar a máquina nos dominar. Para conseguirmos
colocar os limites devidos no uso de qualquer meio de comunicação
devemos criar uma visão crítica a respeito da influência das mensagens
que chegam até nós.
Na sociedade moderna , os meios de comunicação social exercem um
papel primordial na informação, na promoção cultural e na formação.
Este papel torna-se cada vez maior e mais difundido pois a quantidade e
a diversidade de notícias, as influências exercidas sobre a opinião
pública e os avanços técnicos crescem cada dia mais e nós nos tornamos
mais dependentes das informações transmitidas por emissoras,
provedores, etc.... (adaptado Catecismo da Igreja Católica- 2493)
Se lançarmos um olhar mais aprofundado sobre a nossa sociedade,
veremos que muito do que no rodeia é influenciado pela mídia, de modo
especial pela Tv. A opinião pública, a moda e as tendências culturais são
diretamente atingidas pelo que se passa na Tv. Por exemplo: a cada nova
novela surgem novos modelos de roupas, casas, novos sotaques e
costumes, que, pouco tempo depois, já estão nas ruas e até dentro de
nossas casas.
Devemos ter os olhos bem abertos, pois muito do que os programas
oferecem é um mundo paralelo, representado de forma ilusória, no qual
a pregação de uma vida fácil e descompromissada revela a fuga das
renúncias e sacrifícios e a busca desenfreada por um prazer vazio e
momentâneo.
Ou seja, a capacidade persuasiva dos meios de comunicação infelizmente
é usada de forma desonesta, gerando a alienação em massa. Daí a
56
necessidade do senso crítico, pois esses meios nos influenciam mesmo
de forma inconsciente. Por exemplo: Uma pessoa pode dizer que este
problema é relativo: Que pode assistir qualquer programa de Tv, que
isto não lhe fará mal algum. Mas, na verdade nenhum de nós é forte
suficiente para livrar-se da influência negativa que certos meios de
comunicação exercem. Isto acontece sem que percebamos.
O próprio Catecismo da Igreja Católica esclarece:
“Os meios de comunicação social (especialmente mídia) podem gerar
uma certa passividade entre os usuários, tornando-os consumidores
pouco criteriosos a respeito das mensagens e dos espetáculos. Os
usuários devem se impor moderação e disciplina quanto à mídia. Devem
formar em si uma consciência esclarecida e correta para resistirem
mais facilmente às influências menos honestas.” (2496)
Como já vimos dependemos dos meios de comunicação, isso é inevitável.
Mas também temos muitos problemas que são conseqüência da
exploração desses meios.
Qual atitude devemos ter ante essa situação?
É evidente que não podemos simplesmente abandonar tudo. O que
devemos fazer é cultivar a nossa auto-educação. Utilizar os meios de
comunicação (especialmente a Tv e a Internet) de acordo com nossa
necessidade e não de acordo com a impulsividade, e além disso, utilizálos com um fim honesto e moralmente correto. “Modernizar sem
mecanizar!” Não podemos nos tornar escravas d algo que foi feito para
nos servir.
É de fundamental importância que tenhamos de forma clara a finalidade
pessoal pela qual usamos a Internet.
Devemos observar quais são os tipos de relacionamentos que mantemos
e também o que falamos de nós para os outros:
Conto ou escrevo em sites tudo de minha vida para pessoas que
nem conheço?
(ou sei quais assuntos devo reservar a mim mesma)
 Falo e ajo da mesma forma como sou ou tenho uma dupla
personalidade, só porque estou por traz de uma máquina posso
fazer fofocas e dizer mentiras até sobre mim mesma?

57
As pessoas que mentem até sobre suas próprias características não têm
uma personalidade autêntica. Idealizam, de forma errada, a imagem que
gostariam de ser. Esse tipo de atitude é que permite a massificação
dessas pessoas de personalidade fraca, tornando-as apenas mais um
rosto anônimo na multidão (não faz a diferença).
Conclusão:
Mencionamos a auto-educação como um meio no qual podemos também
aprender a usar os meios de comunicação de forma sadia. Como Jufem
queremos aprender a dominar este campo, à luz do nosso ideal de “Lírio
do Pai, tabor para o Mundo!” Nosso objetivo é formar um novo estilo de
vida em nossa Juventude como resposta a essa situação de perigo: da
massificação e do “vício” pelos meios de comunicação. Também queremos
dar continuidade a nossa missão de resgatar a dignidade feminina da
Pequena Maria, assumindo: Eis-me: aqui sou Tua Primavera Sagrada!
Propósito: O que poderíamos fazer a fim de que a Mãe de Deus empunhe
o cetro e vença este desafio conosco em nossa Juventude? Que
propósito podemos escolher neste sentido?
Oração Final:
ORAÇÃO DO COMUNICADOR
Ó Deus,que para comunicar vosso amor aos homens, enviastes seu Filho,
Jesus Cristo,e o constituístes Mestre, Caminho, Verdade e Vida da
humanidade, concedei-nos a graça de utilizar os meios de comunicação
social – imprensa, cinema, rádio, audiovisuais... – para a manifestação de
vossa glória e a promoção das pessoas. Suscitai vocações para essa
multiforme missão. Inspirai aos homens de boa vontade a colaborarem
com a oração, a ação e o auxílio material, para que a Igreja anuncie o
Evangelho a todos os homens,através desses instrumentos. Amém. (BV
Tiago Alberione)
58
8ª reunião: A flor raríssima: a pureza!
Objetivo: Mostrar que o ideal da pureza responde à situação agravante
da sexualidade em nossa juventude.
Desenvolvimento: A dirigente no início da reunião questiona as meninas
com as seguintes questões:
 O que entendemos sobre a palavra sexualidade?
 O que a mídia apresenta sobre este assunto?
 Vocês concordam com que a mídia apresenta sobre sexualidade?
Sexualismo e sexualidade é a mesma coisa?(deixar que falem)
Não. Apesar de tratarem, em certo sentido do mesmo conteúdo, tem
concepções diferentes da mesma realidade.
SEXUALISMO- tudo que leva ao prazer, ao ato sexual. Nada tem haver
com o espiritual, mas somente com o corpo.
SEXUALIDADE- é um componente fundamental da personalidade, um
modo de ser, de se manifestar, de comunicar com os outros, de sentir,
expressar e viver o amor humano.
Como Deus imaginou a sexualidade?
Deus em seu infinito amor criou o homem e a mulher a sua imagem e
semelhança, portanto nos fez capazes de amar. João Paulo II nos diz
que “Deus chamou o homem à existência por amor e o chamou ao mesmo
tempo ao amor.” Decorre disto nosso anseio e busca do verdadeiro
amor, de amar e ser amado.
Quando nos criou, Deus deu ao homem e a mulher uma identidade sexual
particulares (masculinidade e feminilidade) por isso cabe a ambos
reconhecer e aceitar esta sua identidade individual. Embora com
características e identidades diferentes o homem e a mulher se
complementam entre si, física, moral e espiritualmente.
59
A sexualidade humana em sua essência é expressa através do amor que
se doa! A sexualidade, portanto consiste numa doação de si mesmo, é
“um bem”, criado por Deus. No matrimônio a sexualidade atinge seu
ápice na entrega do esposo à sua esposa através do ato conjugal, este é
por sua vez, algo querido por Deus e belo. Foi o próprio Deus que
permitiu que houvesse alegria neste encontro dos esposos.
Na vida virginal podemos falar de sexualidade?
Entendendo a sexualidade como “componente fundamental da
personalidade, um modo se ser, de se manifestar, de comunicar com os
outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano” 1 pode-se
dizer que ela está muito presente na vida do consagrado, visto que, ela é
expressa na doação a Deus e por Ele ao próximo. A pessoa consagrada
virginalmente se doa inteiramente ao serviço de Deus e nesta
exclusividade de seu amor, ela partilha dessa comunhão de amor com os
demais de maneira maternal ou paternal. Maternal, pois uma mãe se doa
sem esperar recompensas, sua doação é desprendida e sacrifical, pensa
no bem dos filhos e não mede esforços para os servir. Da mesma forma,
a pessoa consagrada deve direcionar a riqueza de seu amor na doação de
si mesma.
O certo é que o poder de procriar é um dom maravilhoso com que Deus
dotou a humanidade. Deus não era obrigado a dividi-la em homens e
mulheres. Podia tê-la formado como seres assexuados, dando origem a
cada corpo (como faz com a alma) por um ato direto da sua vontade. Em
vez disto, na sua bondade, dignou-se fazer com que a humanidade
participasse do seu poder criador, para que pudessem existir as belas
instituições do matrimônio e da paternidade; para que através da
paternidade humana pudéssemos compreender melhor a paternidade
divina, sua justiça e sua providência, e através da maternidade humana
compreendêssemos melhor a ternura maternal de Deus, sua misericórdia
e compaixão; desse modo preparava também o caminho para a santa
1
Apud Sexualidade humana: verdade e significado. Documentos pontifícios. 1996.
p. 12
60
maternidade de Maria e para que no futuro entendêssemos melhor a
união entre Cristo e sua Esposa, a Igreja.
Para que tudo isso se torne realidade “A sexualidade deve ser
orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la
verdadeiramente humana.” (João Paulo II) Neste sentido, cabe a nós, Jufem,
conscientizar-nos de que o ato conjugal está reservado para o
Matrimônio, por causa de sua grandeza e finalidade; já que o ato
conjugal é mais do que a simples união dos corpos, mas ele engloba a
doação da pessoa por inteiro, de sua alma, de suas faculdades afetivas,
mas também das faculdades espirituais.
Dinâmica do copo de leite ou lírio:
Com uma dessas flores, pedir que cada jovem tire um pedacinho da flor.
Depois deixar passar um pouco de tempo, deixando a flor de lado. A flor
ficará escura.
Assim, como esta flor somos nós, lírios do Pai. Cada coisa tem seu
tempo.
Por isso, Jufem aguarde esse momento sagrado, para que traga bênçãos
para si mesma.
Quando falta o sentido e o significado do dom da sexualidade, acontece
uma civilização das “coisas” e das “pessoas”; uma civilização onde as
pessoas se usam como se usam as coisas.
Por isso é importante conhecer e respeitar nosso próprio corpo. Ele é
uma obra de arte e um presente de Deus, mas também é templo da
Santíssima Trindade, consagrado pela habitação de Deus em nós.
Queremos agora conhecer algumas ofensas contra a sexualidade:
FORNICAÇÃO: Relação sexual fora do matrimônio utilizada entre
solteiros.
61
“O ato sexual deve ocorrer exclusivamente no casamento, fora dele é
sempre um pecado grave e exclui da comunhão sacramental”. (Novo
Catecismo n. 2390)
ADULTÉRIO: Relação sexual fora do matrimônio, sendo casado pelo
menos um dos parceiros.
“O adultério é uma injustiça. Quem comete falta com seus
compromissos, fere o sinal da Aliança que é o vínculo matrimonial...”
MASTURBAÇÃO: É o prazer provocado pela própria excitação dos
órgãos sexuais, sem que exista contato com outra pessoa. Geralmente é
acompanhado por estímulos visuais, táteis e imaginativos.
A masturbação degrada quem a pratica. Rebaixa a conduta e além disso,
contraria de certo modo a dignidade do homem/mulher.
HOMOSSEXUALISMO: Atração entre indivíduos do mesmo sexo.
 Quais as causas e motivos da homossexualidade?
As teorias oscilam entre 2 pólos:
- Deriva de uma causa congênita (a pessoa já nasce
com essa tendência);
- E a que se origina de um hábito adquirido.
Fatores Genéticos: Pode existir uma certa predisposição genética, ainda
que a maioria dos homossexuais tenha um quadro cromossômico normal.
Fatores Endócrinos: Podem dar-se desarranjos hormonais.
Fatores Psicológicos: Excessiva influência materna ou paterna no caso
do homem uma excessiva fixação desde a infância na figura da mãe e
dificuldades em relação ao pai, e, no caso das mulheres uma
identificação exclusiva com o pai e comunicação difícil com a mãe. A
ausência de modelos masculinos e femininos claramente definidos pode
influir na moda, no vestir, no pentear-se, etc...
62
Fatores Ambientais: Os ambientes exclusivamente femininos em que se
desenvolve um rapaz, por exemplo, por ausência habitual do pai no
âmbito familiar ou, em sentido contrário, o ambiente masculino onde
cresce uma menina rodeada, por exemplo, só de irmãos; o clima criado
por uma mãe hiper-possessiva a respeito dos filhos, ou de um pai hiperprotetor das filhas; ambientes sócio-familiares onde os papéis
masculinos e femininos não estejam bem delimitados; confinamentos de
pessoas do mesmo sexo em lugares determinados, como internatos,
presídios, navio, etc. Estes ambientes proporcionam desenvolvimentos
de tendências de homossexuais.
Não são os homossexuais que escolhem sua condição para a maioria,
pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito,
compaixão e delicadeza. Evitar para com eles todo sinal de
discriminação injusta. Essas pessoas são chamadas a realizar a vontade
de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do
Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.
As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de
autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de
uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental.
Podem e devem se aproximar, gradual e absolutamente, da perfeição
cristã.
Também devemos lembrar de que, quanto maior for à tentação, maior
será a graça que Deus nos dará. Se a pedirmos e aceitarmos, se
lutarmos por todos os meios ao nosso alcance. Deus nunca permite que
sejamos tentados acima da nossa força de resistência (com a sua graça).
Ninguém pode dizer “Pequei porque não pude resistir.” O que está ao
nosso alcance é evitar os perigos desnecessários, sermos constantes na
oração, especialmente nos momentos de fraqueza, freqüentar a missa e
a sagrada comunhão, ter uma profunda e sincera devoção por Maria,
Mãe Puríssima.
PORNOGRAFIA: o conceito de pornografia (do grego “pornographos”
escritos sobre prostitutas”) abrange qualquer obra literária ou artística
63
cujo o conteúdo faz referência a atitudes, acontecimentos, imagens,
fatos ou relatos de caráter obsceno, impudico ou licencioso que procura
fomentar a excitação, servindo-se para tanto, de todo tipo de
estímulos, especialmente o visual e o auditivo, que tenham um poder
evocador do erótico e do sensual.
Jufem,você é resposta para esses desafios do tempo!
Querida Jovem, temos diante de nossos olhos, um grande e belo ideal
“Lírio do Pai, Tabor para o mundo”. Queremos à luz deste nosso ideal
irradiar a nova mulher transfigurada, pré-vivendo a dignidade feminina
ideada por Deus e vivida por Maria e assim, darmos uma resposta para
estas situações de perigo com as quais convivemos diariamente.
O mundo, como vemos nos mostra a mulher muito masculinizada, tanto
nas atitudes, como no vestir e no falar, levando a uma perda da própria
identidade feminina. Como também o oposto da masculinização é a
exploração da feminilidade, isto é, da beleza do corpo da mulher, que se
deixa usar como objeto propaganda.
Acabamos por viver aquilo que não somos e a sufocar aquilo que devemos
ser e para o qual fomos criadas.
Diante dessa realidade queremos nos decidir pelo Ver sacrum, pois
temos a certeza de que por causa dos puros que se sacrificam Deus
salvará a mulher atual.
Mas afinal, qual é então nossa própria identidade?
Estamos conscientes de nosso próprio valor e dignidade como mulher?
Fomos criadas com uma natureza organizada em vista de nossa vocação
original: ser esposa e mãe. Por isso nosso corpo é formado de acordo a
atender e cumprir esta vocação. Neste sentido nosso ser é mais
propenso para a interioridade, para o doar-se, para o sacrifício, para
sentir com os outros, mais do que o ser masculino.
Já na história da Criação do mundo, podemos encontrar qual a posição e
missão da mulher na história dos povos, segundo o plano de Deus. Em Gn
2, 18 lemos: “Façamos-lhe uma companheira e auxiliar que lhe seja em
tudo semelhante!”
64
Vemos que Deus mesmo já determinou qual deve ser a posição da mulher
no âmbito da humanidade: ser auxiliar e companheira do homem. Santo
Agostinho nos diz a este respeito: “A mulher não foi tirada da cabeça
do homem, porque não foi feita para mandar; nem foi tirada dos pés,
porque não foi feita para ser escrava; mas foi tirada do lado do coração.
Portanto, foi feita para amar.”
É tão forte a influência da mulher na história que os gregos diziam:
“Quem salva uma mulher, salva um povo inteiro!” e outra diz: “Um homem
pode forjar grandes tempos, mas um povo se levanta ou decai com suas
mulheres!”
Como queremos viver isto na prática? Se queremos ser lírios no mundo
devemos evitar toda e qualquer ocasião que possa nos impedir de
vivermos nosso ideal para que surja uma Primavera Sagrada.
O ideal nos impulsiona e obriga a uma atitude decisiva para a
reconquista das genuínas maneiras femininas e da verdadeira
mentalidade singela e serviçal em prol do soerguimento de nosso sexo.
Em 2000, nossa Juventude Feminina já se questionou de que poderíamos
trabalhar com nossa dignidade feminina e deste questionamento surgiu:
Dez pontos da Jufem
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Não ficar.
Refletir o interior no exterior.
Diálogo e respeito no namoro.
Cultivar o Santuário-coração, vivendo o ideal da JUFEM.
Selecionar programas de TV, filmes, revistas...
Na Família: diálogo, obediência, amor, filialidade, oração.
Nas celebrações eucarísticas: respeito, amor, entusiasmo,
concentração, alegria.
8. Pensar antes de falar, diminuir o uso de gírias.
9. Internet: selecionar, “modernizar sem mecanizar”.
10. Compromisso com a Aliança de Amor, ser pequena Maria, autoeducação, seguir o exemplo dos heróis.
Esses pontos são meios para podermos proteger a nossa dignidade e de
resgatar a dignidade de outras jovens.
65
Como a Jufem responde a situação de
perigo que coloca em risco a flor rara
da pureza?
A luta cristã contra a impureza exige que se fuja de
toda ocasião de pecado. Sabemos que “a ocasião faz o
ladrão”, e aquele que brinca com o perigo nele perece. Se você, jovem,
quer se manter puro e casto antes do casamento, terá que fugir de toda
ocasião que possa excitar a paixão: livros, revistas, filmes eróticos, más
companhias que já provaram desse pecado e querem induzir outros ao
erro, bem como, no namoro, toda ocasião que possa propiciar uma
vivência sexual precoce. O namoro não é o tempo de viver as carícias
matrimoniais, pois elas são o prelúdio do ato sexual, que, assim como
Deus ideou não é realizado no namoro. O que precisa haver entre os
namorados é carinho, não as carícias íntimas. Além disso será preciso,
para todos, solteiros e casados, o auxílio da graça de Deus; para os
solteiros, a fim de que não vivam o sexo antes do casamento; para os
casados, a fim de serem fiéis um ao outro. É grande a recompensa
daquele que luta bravamente para manter a própria pureza. Jesus disse
que esses são bem-aventurados (felizes) porque verão a Deus. (Mt 5,8)
A jovem casta é uma jovem forte, cheia de energias para sua vida
profissional e moral. É na luta para manter a castidade que você se
prepara para ser fiel ao seu esposo amanhã.
A grandeza de um homem não se mede pelo poder que possui de
dominar os outros, mas pela capacidade de dominar a si mesmo.
Esta sempre foi a coluna que manteve de pé as civilizações e os grandes
homens, e hoje, também, precisa ser resgatada e preservada, sob pena
de vermos perecer a nossa civilização. Nossa humanidade hedonista 2,
amante do prazer, a qualquer custo, ri da castidade e da virgindade, e
por isso paga um preço caro pela devassidão dos costumes. Para
reerguer esta sociedade será preciso resgatar esses valores que nunca
2
Hedonista: palavra vinda do hedonismo, que quer dizer: doutrina que considera
que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida
moral. Hedonismo, ou a filosofia, em que toda a humana bem-aventurança se
resolve no prazer.
66
envelhecem. Por causa dos puros que se sacrificam Deus salva todo um
povo.
A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode
alcançar a firmeza necessária”. A mente daquele que segue as paixões
baixas é incapaz de qualquer grande esforço”. A castidade longe de ser
uma prisão, ao contrário, abre cada vez mais as portas da verdadeira
liberdade, só compreende isto quem a vive.
Só é livre quem se possui. Para haver a castidade nos nossos atos, é
preciso que antes ela exista em nossos pensamentos e palavras. Jamais
será casto aquele que permitir que os seus pensamentos, olhos, ouvidos,
vagueiem pelo mundo do erotismo.
É por não observar esta regra que a maioria pensa ser impossível viver a
castidade. Querida jovem, se você quiser no futuro formar uma família
feliz, então comece agora, por você mesma; e, contra tudo e contra
todos que lhe oferecem o sexo vazio e fácil, antes do casamento, viva a
castidade, garanto-lhe que vale a pena. O jovem e a jovem cristãos
terão que lutar muito para não permitir que o relacionamento sexual os
envolva e abafe o namoro. Alguns querem se permitir um grau de
intimidade “seguro”, isto é, até que o “sinal vermelho seja aceso”; aí está
um grave engano. Quase sempre o sinal vermelho é ultrapassado, e
muitas vezes acontece a gravidez e outras coisas. Um namoro puro só
será possível com a graça de Deus, com a oração, com a vigilância e,
sobretudo quando os dois querem se preservar um para o outro. Será
preciso então, evitar todas as ocasiões que possam facilitar um
relacionamento mais íntimo. O provérbio diz que “a ocasião faz o
ladrão”, e que, “quem brinca com o perigo nele perecerá”. É você quem
decide o que quer. Se você sabe que naquele lugar, naquele carro,
naquela casa, etc., a tentação será maior do que as suas forças, então
fuja destes lugares; esta é uma fuga justa e necessária. É preciso
lembrar as jovens, que o homem se excita principalmente pelos olhos.
Então, cuidado com a roupa que você usa; com os decotes, com o
comprimento das saias, transparências...
1. “Não ponha pólvora no sangue do seu namorado se você não quer
vê-lo explodir”
67
Muitas vezes as namoradas não se dão conta disto. Para a mulher a
excitação se dá muito mais por palavras, gestos, fantasias, romances;
mas para o homem, basta uma roupa curta, um decote, um cruzar de
pernas aparentes, e muita adrenalina será injetada no seu sangue... Não
provoque seu namorado. Além de tudo isso, se somos cristãos, temos que
obedecer e viver o mandamento de Deus que manda “não pecar contra a
castidade”; isto é, não viver a vida sexual nem antes do casamento
(fornicação) e nem fora dele (adultério).
Jufem, vamos pensar como está
nosso namoro? Será que deixamos
que toquem nosso corpo? Pensemos
que tais carícias antecedem e
podem levar ao ato conjugal! Por
isso, Stop!!! Quando a coisa está
adiantada!
Não
sejamos
descartáveis!!!
Após o pecado de Adão não nos resta outro remédio, vigiar os nossos
sentidos,
pensamentos,
olhares,
gestos,
palavras,
atitudes,
comportamentos, etc., e buscar na oração e nos sacramentos, o remédio
e o alimento para vencer a nossa fraqueza. Nunca, como em nossos dias,
foi tão grande o pecado de impureza. De forma acintosa ele aparece nas
músicas, nas TV‟s, nas revistas, jornais, filmes, cinemas, teatros,
telefone, internet, etc. Estamos sendo invadidos por um verdadeiro mar
de lama que traz a imoralidade para dentro dos nossos lares, sem
respeitar nem mesmo crianças e velhos. Os piores exemplos de
imoralidade estão sendo ensinados às nossas crianças e jovens; e, o que
é pior, por artistas famosas, atraentes e bonitas. Uma delas ensina às
jovens que para ser mãe, não é preciso mais ter um lar e um marido;
basta arranjar um “namorado”, por alguns dias, e gerar uma criança.
Mais do que um namorado, buscou-se um reprodutor, belo, rico, famoso,
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bem dotado, etc.. Ora, uma criança não se faz como se fosse um
parafuso, uma torneira, ou um alicate. O filho precisa de um pai, de uma
mãe, de uma família... para que amanhã não seja um desajustado. Outra
“artista”, se torna famosa porque sabe rebolar as nádegas acintosa e
vergonhosamente, expondo-as nas telas da TV e se torna famosa por
causa desta bestialidade. O seu sucesso faz as jovens que a assistem
querer repetir o seu exemplo, como se o corpo da mulher fosse dado por
Deus para ser objeto de consumo, como carne nos açougues. Ainda uma
outra “artista”, torna-se famosa e “exemplo” para as demais jovens,
usando uma roupa preta, sumária, deixando todo o corpo de fora, e
explorando o sexo da maneira mais triste. Não é fácil escapar dessa
enxurrada, especialmente nós que somos jovens. Não é fácil a luta
contra as misérias da carne.
2. A beleza e grandeza da castidade
Ela é a virtude que mais forma homens e mulheres de verdade, de
acordo com o desejo de Deus, e os prepara para constituir famílias
sólidas, indissolúveis e férteis. O homem não é apenas um corpo; tem
uma alma imortal, criada para viver para sempre na glória de Deus. Isto
dá um novo sentido à vida. Não fomos criados para nos contentarmos
apenas com o prazer sexual passageiro, sem limites, arriscando a
própria saúde, expondo a vida como bijouteria barata. Deus projetou o
amor duradouro, com um só parceiro (a), para que cada um
amadurecesse com o outro como pessoa humana. Todos somos jóias
raras, pérolas preciosas e o papel do cônjuge exatamente é proteger
este dom, preservar sua pureza e polir o seu brilho.
Conclusão:
Se quisermos realmente viver o Ideal da Juventude schoenstattiana e
ser uma católica praticante, é preciso de uma vez por todas assumir uma
posição. Se eu não sou capaz para viver a pureza nessas condições,
então estou sendo mentirosa quando digo, canto ou rezo que sou Lírio do
Pai Tabor para o mundo.
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O Lírio é para nós símbolo de nossa pureza virginal, de nossa virgindade.
Assim como o lírio é uma flor sem mancha, também nós, aspiramos a
pureza do corpo e da alma.
E através de nosso exemplo e esforço na conservação de nossa pureza,
queremos conquistar mais lírios para o Jardim da Mãe de Deus. Podemos
pensar em quantas jovens, hoje, acha uma caretice a preservação da
pureza. Dizem que virgindade é algo do milênio passado e tacham muitas
vezes de „quadradas‟ aquelas jovens que pensam e agem diferentes. E
apesar disso, nós temos uma missão também em relação a essas jovens,
pois através de nosso testemunho podemos fazer com que mudem de
opinião e comecem a aspirar a pureza do corpo e da alma, mesmo se já
tenha perdido a virgindade. Podem e devem começar uma vida nova, a
castidade é sua mais poderosa arma nesta luta.
Por causa dos puros que se sacrificam Deus salva todo um povo.
Somente assim resgataremos a dignidade feminina.
Propósito: sabemos que nossos ideais são belos e sabemos mais ainda
que para cultivar a flor da pureza precisamos nos decidir a prontidão ao
sacrifício. Então, Jufem, qual o nosso ponto prático?
Oração:
“Ave Maria por tua pureza, conserva
puro o meu corpo e minha alma.
Abre-me largamente o teu coração
e o coração de teu Filho.
Obtém-me um profundo conhecimento
de mim mesma e a graça
da perseverança e fidelidade até a morte.
Dá-me almas e tudo o mais, toma-o para ti.”
Pe. José Kentenich
Nota: Querida Dirigente se você deseja com seu grupo aprofundar mais
nesse tema, você pode usar o livro: “Dignidade feminina à luz do ideal” ,
da série Juventude Feminina de Schoenstatt. Lá você encontrará muita
informação importante.
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Anexo da 8ª reunião (para complementação, é opcional)
Dirigente: encontramos essas manchetes que podem servir de
aprofundamento ao tema. Seja criativa ao trabalhar com suas jovens.
1ª Manchete:
Em síntese: Vai, a seguir, apresentado o projeto de lei que reconhece
direitos profissionais aos “trabalhadores da sexo”, ativos na área da
prostituição. Relega a pessoa humana à condição de material alugado ou
negociado, sendo da autoridade do deputado Eduardo Valverde, que o
propôs ao congresso Nacional.
Eis o texto que vai sendo divulgado na internet:
PROJETO DA LEI N 4244/2004
(Do Sr. Eduardo Valverde)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Consideram-se trabalhadores da sexualidade toda pessoa
adulta que, com habilidade e de forma livre, submete o próprio corpo
para o sexo com terceiros, mediante remuneração previamente
ajustada, podendo ou não laborar em favor de outrem.
Parágrafo Único. Para fins dessa lei, equiparam-se aos trabalhadores da
sexualidade aqueles que expõem o corpo, em caráter profissional, em
locais ou em condições de provocar apelos eróticos, com estímulo de
estimular a sexualidade de terceiros.
Art. 2º São trabalhadores da sexualidade, entre outros:
1 – A prostituta e o prostituto;
2 - A dançarina e o dançarino que prestem serviços nus, seminus ou em
trajes sumários em boates, dancing‟s, cabarés, casa de “strip-tease”,
prostíbulos e outros estabelecimentos similares onde o apelo explícito à
sexualidade é preponderante para chamamento de clientela;
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3 – A garçonete e o garçom ou outro profissional que presta serviço em
boates, dancing‟s, cabarés, prostíbulos e outros estabelecimentos
similares que tenham como atividade secundária ou predominante o
apelo à sexualidade, como forma de atrair clientela;
4 – A atriz ou ator de filmes ou peças pornográficas exibidas em
estabelecimentos específicos;
5 – A acompanhante ou o acompanhante de serviços especiais de
acompanhante íntimo e pessoal de clientes;
6 – Massagista de estabelecimentos que tenham como finalidade
principal o erotismo e o sexo;
7 – Gerente de casa de prostituição.
Art. 3º Os trabalhadores de sexualidade podem prestar serviço de
forma subordinada em proveito de terceiros, mediante remuneração,
devendo as condições de trabalho.
Art. 4º São direitos dos trabalhadores da sexualidade, entre outros:
a) Poder expor o corpo, em local público aberto, definido pela
autoridade pública competente;
b) Ter acesso gratuito aos programas e ações de saúde pública
preventiva de combate às doenças sexualmente transmissíveis;
c) Ter acesso gratuito aos estabelecimentos das autoridades de
saúde pública sobre medidas preventivas de evitar as doenças
socialmente previsíveis;
Art. 5º Para o exercício da profissão de trabalhador da sexualidade é
obrigatório registro profissional expedido pela Delegacia Regional do
Trabalho.

1º. O registro profissional deverá ser reavaliado a cada 12
meses.
72


2º. Os trabalhadores da sexualidade que trabalham por conta
própria deverão apresentar a inscrição como segurado
obrigatório junto ao INSS, no ato de requerimento do registro
profissional.
3º. Para a revalidação do registro profissional será obrigatória a
apresentação da inscrição como assegurado do INSS e do
atestado de saúde sexual, emitido de saúde pública.
Art. 6º É vedado o labor de trabalhadores da sexualidade em
estabelecimentos que não tenham a autorização das autoridades
públicas em matéria da vigilância sanitária e de segurança pública.
Art. 7º Os trabalhadores da sexualidade poderão organizar-se em
cooperativas de trabalho ou em empresas, em nome coletivo, para
explorar economicamente prostíbulos, casas de massagem, agências de
acompanhantes e cabarés, como forma de melhor atender os objetivos
econômicos e de segurança da profissão.
Art. 8º O trabalho na prostituição é considerado, para fins
previdenciários, trabalho sujeito às condições especiais.
JUSTIFICAÇÃO
As opiniões acerca da prostituição são diversas, tanto na sociedade
brasileira como em outros países,do mesmo modo como são variadas as
concepções políticas em relação ao tema. Na Holanda por exemplo, a
prostituta é legalizada e ordenada juridicamente afim de adequá-la à
realidade atual e de melhor controlá-la, impondo regras para sua prática
e penas aos abusos e transgressões.
Assumindo a premissa de que milhares de pessoas exercem a
prostituição no Brasil, propondo este projeto com o intuito de
regulamentar a atividade, estabelecer e garantir os direitos destes
trabalhadores, inclusive os previdenciários. Fica estabelecido ainda o
acesso gratuito aos programas e ações de saúde pública preventiva de
combater às doenças sexualmente transmissíveis, bem como à
informação sobre medidas preventivas para evitá-las.
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A prática da prostituição em território brasileiro passará a ter, entre
outras exigências, a necessidade de registro profissional, a ser emitido
pela Delegacia Regional do Trabalho e renovado anualmente. Estas e
outras medidas previstas neste projeto de lei visam a dotar os órgãos
competentes de melhores condições para controlar o setor e, assim,
conter os abusos.
Sala das Sessões em EDUARDO VALVERDE
Deputado Federal
2ª Manchete:
A polêmica do homossexualismo continua...
A Igreja católica, preocupada com o crescimento das uniões entre
pessoas do mesmo sexo, divulgou um documento, pedindo a políticos do
mundo inteiro para irem contra leis que garantam a casais homossexuais
os mesmos direitos de casais heterossexuais.
“O matrimônio é muito claro: entre o homem e a mulher, destinado a
perpetuação da espécie”, afirma o Arcebispo Primaz do Brasil, cardeal
Dom Geraldo Magela.
Na Suécia, já são mais de 3 mil gays casados. Com direito a herança e
declaração de imposto de renda conjunta. Só não podem adotar um
filho, nem fazer inseminação artificial.
A Holanda avançou ainda mais, permitindo inclusive a adoção de crianças
pelo casal.
Na América Latina, a iniciativa surgiu na Argentina. Em Buenos Aires, já
está legalizada a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
César Cigliutti e Marcelo Suntheim celebraram a primeira união civil de
seu país em clima de festa. A notícia animou casais homossexuais
brasileiros.
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“Já existem vários homossexuais querendo ir para a Argentina para se
casar, entendendo que isso é possível. Mas, por lei, não é, porque por lei
precisa que um dos parceiros seja argentino”, esclarece o coordenador
do Grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento.
No Brasil, há oito anos, um projeto prevendo a equiparação de direitos
entre casais homossexuais e heterossexuais, com exceção do direito à
adoção de filhos, espera pela votação no Congresso Nacional.
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9º Reunião: Construtoras de História
Objetivo: Mostrar que podemos formar em nossa juventude um reino
livre e vitorioso sobre todas as situações de perigo que tratamos até
agora.
Dinâmica: A dirigente pode fazer tijolinhos (um para cada menina do
grupo que podem ser feitos de isopor pintado ou de caixinhas
encapadas). Cada menina escreve em seu tijolo qual fundamento deseja
deixar para as gerações futuras. Depois se unem os tijolinhos: a
“argamassa” que une um tijolo ao outro é a aliança de amor, é essa a
união que usamos para construir o edifício da Jufem.
No desenvolvimento da dinâmica encontramos o material para construir
o edifício.
Desenvolvimento: Que edifício é esse? Como deve ser esse edifício?
(deixar que as meninas falem)
Nós somos os tijolos na construção dessa história.
Como Michelangelo ao olhar uma pedra via a obra pronta, devemos
também olhar para o futuro como uma pedra a ser lapidada, nós somos
os tijolos, e a partir de nossa doação podemos dar a forma que
quisermos para a Jufem. Toda a nossa aspiração pode se tornar
realidade quando assumirmos a missão com ardor. Na busca do Novo
Reino, situações de perigo sempre se precipitarão sobre nós. Como
vencê-las? Na história de Schoenstatt temos a resposta, traduzidas nas
palavras do fundador:
“...dia por dia nos brilha o sol, todos os dias o Deus da vida nos fala; o
Deus da vida e da história nos comunica sua palavra de guia: ora mais
baixo, ora mais alto..., nunca, porém, tão alto que não possa ser
despercebida ou mal-entendida a sua palavra. ASSIM FOI DESDE O
COMEÇO.(...)
Quem conhece o mundo atual, quem enxerga um futuro obscuro e vê as
situações de perigo deve admitir que o maior enigma do universo que
temos que decifrar é o enigma incompreensível da vida atual. Se
acreditamos em um Deus Vivo,um Deus Amor e olhamos para a vida
atual,vemos que este Deus se manifesta de forma misteriosa e
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enigmática, de um jeito que não o compreendemos. Quantas injustiças,
imoralidades, desamor vivenciamos, e ainda temos que acreditar que por
detrás de tudo isso está a proteção e bondade paternal deste Deus.
Estes problemas preocupam os homens há milhões de anos atrás, e até
hoje ninguém encontrou uma resposta ou explicação, mas somente a Fé
Prática na Divina Providência nos dá a resposta. E nós, se confiarmos
nela, poderemos juntas trabalhar na construção das gerações futuras
garantindo assim fecundas sementes.
Assim surgiu Schoenstatt, assim Schoenstatt cresceu, assim ele se
prepara todos os anos para novos trabalhos, para novas lutas e novas
vitórias: o filho da guerra é um filho da providência e quer permanecê-lo
eternamente”.
Como os tijolos integrantes desse edifício, como queremos passar pela
história?
Como...
Uma ativista?
É aquela jovem que não vê nenhuma conexão entre um acontecimento e
outro, nem faz ligação dos acontecimentos com um plano de Deus. Ela vê
o mundo somente aqui e agora e procura aproveitar ao máximo o que “é
do momento”, sem pensar nas conseqüências que suas idéias, atitudes e
atos poderão trazer para o futuro.
Uma passivista?
É aquele tipo de jovem que vive descomprometida com a história do
mundo. Sem resistência, se deixa impulsionar por suas ondas, mas não
possui nem coragem, nem força para influenciar a sua caminhada. Vive
sempre conforme as circunstancias. Para elas tudo é relativo. Não
conseguem assumir até as ultimas conseqüências uma responsabilidade.
De que forma as jovens Schoenstattianas devem passar pela história?
Como Criadoras de História!
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A jovem Schoenstattiana vê a história e o tempo como uma corrente,
cuja fonte se encontra no coração de Deus; cujo fluxo e refluxo, cujo
leito, direção e fim são ordenados e dirigidos por Deus, segundo um
plano de sabedoria e amor. Para esta jovem os acontecimentos estão
interligados entre si e formam um maravilhoso conjunto onde se
vislumbra o atuar de Deus e desta forma se pode dar uma resposta a
ele: Eis-me aqui! Sou tua Primavera Sagrada!
Para sermos assim, devemos ser mulheres desprendidas de nossas
paixões e desejos, entregando inteiramente na confiança em Deus e na
ousadia da Aliança de Amor. É necessário que nos coloquemos como
autênticas filhas confiantes no poder da Mãe e deixar que Ela atue em
nossa educação.
Precisamos compreender que o que fazemos hoje vai repercutir no
futuro da jufem. Devemos ter a visão de um reino futuro, corporificar
em nós um homem novo. De nossa doação nascerá o novo reino.
Queremos ser uma antecipação dessa nova comunidade, por isso, nos
lançamos como sementes, para que as futuras gerações também se
sintam chamadas a arderem pela missão: de resgatar a dignidade
feminina.
Devemos nos deixar lapidar pela Mãe de Deus em prol de nosso ideal e
missão.
“Somos herdeiras de um grande passado, portadoras de um grande
presente e construtoras de um futuro grandioso”. Pe. José
Kentenich
Propósito: Estamos chegando ao fim de nosso livro. O cetro já foi
entregue à Rainha dos Lírios, mas queremos continuar cultivando nosso
belo ideal empenhando-nos pela realização de nossa missão. Cremos que
assim surgirá um reino ideal, para isso, precisamos educar-nos a fim de
que nossa geração se torne sagrada primavera. Para que isso aconteça,
qual o ponto prático?
Oração Final:
Querida MTA, com Júlio Steinkaul, herói da primeira geração Ver
Sacrum, rezamos:
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“Somente o sacrifício dos heróis determinou os primeiros (...) anos de
Schoenstatt. E como Schoenstatt poderá crescer, nos anos vindouros,
senão colocarmos (...) o mesmo espírito heróico? Queremos ser dignas
dos primeiros heróis”. (23/10/1939)
“Onde vive um schoenstattiano há de surgir um novo Schoenstatt.”
(09/11/1939)
“Precisamos de heróis! Da morte surge nova vida. Devem conhecer-nos
pelo sacrifício. O sacrifício é nossa luz e nosso fogo. Nós mesmos
queremos ser fogo, para incendiar o mundo escuro, para que arda, por
nossa Rainha. Maria é o sinal da primavera!” (17/02/1940)
Schoenstatt continua precisando de heróis. Mãe, empunha o cetro, para
que tornemos heroínas dessa geração jubilar, para que tornemos Ver
Sacrum. Eis-me aqui, sou tua primavera sagrada! Amém.
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Reunião anexa:
“O que herdastes de vossos pais,
conquistai-o para possuirdes.”
Objetivo: Conhecer a história da Coroa Lirial e também da Rainha da
Promessa, que estarão peregrinando juntas pelas nossas cidades. Deve
ser dada essa reunião quando a peregrina e a coroa estiver chegando na
sua cidade.
Desenvolvimento:
Nossa querida MTA como Rainha da Promessa
O congresso jubilar na Argentina teve como caráter particular
conscientizar as jovens latino americanas da missão que nosso Fundador,
Pe. Kentenich, presenteou a América latina através de suas visita aos
nossos países nos anos de 1947 a 1952.
Com suas visitas, o Fundador trouxe a presença de Maria e ela penetrou
nos corações de seus filhos através da Aliança de Amor.‟‟Vim contemplar
e anunciar aqui as magnificências da Mãe e Rainha de Schoenstatt !”
(Brasil 1947)
Sinal concreto deste assumir a missão que foi a proclamação da Mãe de
Deus como Rainha da Promessa que nosso Fundador fez a América
Latina.
“Maria é a única mulher que realizou plenamente a promessa de
Deus”.(...)Se cada mulher é uma essência uma promessa de Deus à
humanidade,então que encarna especialmente esta promessa e a revela
ao mundo e a mulher pura e autêntica.(...)(Uruguai 1947)
“Coroa por Coroa” foi essa e expressão que as jovens da América Latina
reunidas na Argentina, renovaram sua aliança diante da Mãe de Deus ,e
com ela finalizaram a primeiro congresso da Juventude Feminina de
Schoenstatt Latino América.
Representantes de cada nação se comprometeram em levar e
compartilhar todas as experiências e fazer brotar esta corrente de
vida nos países latinos, a fim de que realmente se cumprisse tal
promessa. Para dar continuidade a essa corrente iniciada
na
Argentina,foi sugerido que se coroasse a Mãe de Deus como Rainha da
Promessa também no Brasil.
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A Juventude Feminina de Londrina possuía uma imagem peregrina que
peregrinou pelos locais onde aconteceu o jubileu do 20 de janeiro. Ela
nos acompanhou durante toda a viagem e agora também deveria viajar
pelo Brasil, a partir do 6º Encontro Nacional de Dirigentes, coroada
como Rainha da Promessa.
No dia do encontro nacional de dirigentes em Londrina, podemos ler:
“A Peregrina tem um significado especial. Primeiro por ser uma
característica nossa, já que foi o Sr. João Luiz Pozzobon que deu início
a esta forma de evangelização. E segundo porque a imagem peregrina
tem se mostrado uma das mais eficazes formas de apostolado.”
Em 1994 viu-se que já era hora de dar vida a peregrinação a Rainha da
Promessa que se tornou a imagem peregrina nacional da jufem.
“Desde a América latina Pai cumpriremos tua promessa!
Salve Rainha! As que estão prontas a morrer por ti, te saúdam!”
Coroa Lirial
Neste ano de 2006, estamos comemorando o jubileu de 25 anos da
coroação da nossa rainha da juventude brasileira. E, por ser uma data
tão especial, queremos coroá-la novamente. Para isso, gostaríamos de
contar a todas, a sua história.
Tudo começou no ano de 1938, quando um grupo de irmãs de Maria, na
Alemanha, coroaram pela primeira vez a imagem da Mãe, sob o título de
“Regina ter Admirabilis”, Rainha Três Vezes Admirável (RTA).
No dia 18 de janeiro de 1941, no Santuário Original, as irmãs
presentearam nosso Fundador, num gesto de gratidão por seu
acompanhamento e dedicação, com a coroação do quadro da Mãe que
pertencia ao Pe. Kentenich, a coroa era de material simples, constituída
das letras RTA.
Mais tarde no ano de 1945, quando nosso Fundador regressou do Campo
de Concentração de Dachau, estava muito feliz, comovido com a
fidelidade de toda a família de Schoenstatt, mas especialmente com a
juventude, que o havia acompanhado com tanto carinho e fidelidade
durante o tempo de prisão. E, assim como fizeram as irmãs para o
Fundador, ele fez com a juventude: em sinal de gratidão, presenteou-
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nos com a coroa RTA, a mesma que ele havia recebido de presente das
irmãs.
Ao entregá-la ele nos disse:
“Trouxe-lhes a minha coroa e as presenteio. O coração sangra ao
entregá-la. Todos esses anos esta coroa esteve sobre a fronte da Mãe
de Deus em cima da minha cama, também quando estive no Campo de
Concentração de Dachau. Uma pequena oferta também custa...” “...
Sejam dignas desta coroa até o fim de suas vidas e então a Mãe diz a
vocês: vou fazer vocês participarem da minha glória.”
Neste momento, dia 18 de agosto, a juventude de Münster assumiu a
corrente de coroação e decidiu, com a coroa RTA, Coroar a nossa Mãe.
Mais tarde, as jovens de Münster reconheceram o quanto o fundador
queria presentear tal coroa a toda a juventude feminina, e, em 1956, no
jubileu de 50 anos da juventude, entregar a todo o reino da jufem.
Em 15 de agosto de 1981, no jubileu de ouro da fundação da jufem,
todas as representantes coroaram novamente a MTA com essa mesma
coroa RTA, e deram a ela, o título de “Rainha da Juventude do Mundo
inteiro”.
Nossa rainha teria renovada a sua coroação no ano de 2000, sua coroa
RTA peregrinava pelos países, quando foi roubada. Não sabemos ao
certo o porquê ficamos sem essa coroa, mas podemos tirar uma
mensagem concreta: que nós sejamos a coroa viva para a nossa rainha.
Linda história, não?! Mas, qual é a relação da coroa RTA, com a coroa da
Rainha da Juventude Brasileira? É a mesma coroa?
Não, a coroa não é a mesma. O que faz um paralelo entre as duas coroas
é que, na ocasião dos 50 anos da jufem, foi coroada a “Rainha da
Juventude do Mundo inteiro” e a “Rainha da Juventude Brasileira”, com
as coroas RTA e Lirial.
No dia 07 de setembro de 1981, a juventude feminina estava reunida em
Atibaia, e coroou a Mãe de Deus, como a Rainha da Juventude
Brasileira.
A Coroa Lirial tem um simbolismo muito bonito, tem um significado todo
especial. Ela é constituída de 5 elementos, que a tornam ainda mais
preciosa. São eles:
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-
-
-
Santuário: lar da Mãe de Deus, nosso lugar de abrigo
espiritual, transformação interior e crescimento do empenho
apostólico.
Olho do pai: representando a presença de Deus Pai em
nossa vida, e também toda a vida e espiritualidade de nosso
Fundador.
Pedra preciosa: simbolizando a primeira heroína brasileira,
Regininha, heroína da Juventude Feminina.
Cruz: vem para simbolizar o Cristo e os Congregados Heróis.
50 lírios: representando os 50 anos de história da nossa
juventude e também a vida de cada jovem que fizeram parte
da nossa história.
Neste ano nossa coroa irá peregrinar pelas cidades, assim como a coroa
RTA, levando graças a todos os lugares que passar. A coroa Lirial já
peregrinou à Argentina, Chile, Roma, Alemanha (Schoenstatt, Colônia).
Agora é hora de ela peregrinar em nossa casa, na sua terra natal.
Podemos ver através dessa peregrinação da coroa lirial e da Peregrina –
Rainha da Promessa, nossa MTA indo ao encontro de cada jovem da
Jufem para convidá-la pessoalmente para a grande festa jubilar, que
acontecerá na jornada de setembro. Jufem, você é convidada especial.
Jufem, você está preparada para recebê-las?
Oração:
Senhor recorda na tua bondade a todas as famílias do mundo.
Especialmente os pobres que sofrem necessidades. Que tua providência
nos acompanhe nos fazendo generosos com nossos dons.
Que teu Espírito Santo nos faça fiéis discípulos de teu amor e possamos
permanecer sempre em ti. Amém.
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