Equinococose (Hidatidose)
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Equinococose (Hidatidose)
Diogo Araujo – Med 92 Equinococose (Hidatidose) Parasito Reino: Animalia Filo: Platyhelminthes Classe: Cestoda Família: Taeniidae Gênero: Echinococcus Espécie: Echinococcus granulosus - O sul do Brasil é de alta endemicidade, mas todo o país é endêmico. - É uma doença cosmopolita. - Hospedeiro definitivo: canídeos. Possuem o verme adulto no intestino delgado. - Hospedeiro intermediário: homem e ovinos. Possuem a larva encistada no tecido. - Verme adulto: é um verme com forma de fita. Possui estróbilo (corpo) com poucas proglotes (de 3 a 6 proglotes). Há um rostro com acúleos, 4 ventosas e colo (região onde se formam novas proglotes). A última proglote costuma ser a maior, com muitos ovos em seu interior. Diogo Araujo – Med 92 - Cisto hidático: trata-se da forma encistada nos tecidos do hospedeiro intermediário. Contém um envoltório formado por membranas distintas. Externamente, como uma reação do sistema imune ao cisto, forma-se uma membrana laminada (cutícula ou membrana adventícia) ao redor de todo o cisto. É de tecido conjuntivo. Mais internamente, há a membrana anista, produzida pelo próprio parasita. A membrana prolígera é a mais interna, com função de produzir os novos vermes dentro do cisto hidático. Então, há: - Membrana laminada: mais externa, produzida pelo sistema imune; - Membrana anista: intermédia, produzida pelo parasito; - Membrana prolígera: mais interna, com função de formação de novos parasitos. Essa membrana forma vesículas menores dentro dos cistos. Os escólex brotam dessa membrana, para fora ou para dentro das vesículas. Esse cisto tem coloração leitosa, brilhante. Formato de bola. No seu interior, há vários escólex de novos parasitos. Além disso, há um líquido abundante com grande quantidade de substâncias que servem para diagnóstico (imunogênicas). Diogo Araujo – Med 92 - Ovo: quando é eliminado, já contém o embrião hexacanto no seu interior. Ou seja, já é larvado, infectante. Possui embrióforo. É muito semelhante ao ovo de Taenia, não sendo possível diferenciá-los na microscopia óptica. Uma vez liberado, é muito resistente no meio externo. Dura até 3 semanas na areia úmida ou na água. Ciclo de vida Diogo Araujo – Med 92 - O cão se infecta por comer a carne do ovino contendo o cisto hidático. Se ele ingerir o ovo, o embrião hexacanto não forma cisto hidático em seus tecidos, mas permanece no tubo digestório e dá origem à forma adulta. - No homem, o cisto pode ser desenvolver em vários tecidos, como no sistema nervoso central, nos ossos e nos pulmões. - Os cães liberam ovos nas suas fezes. Esses ovos podem ser ingeridos pela ovelha ou pelo homem. - Os ovos que infectam os homens podem estar nos alimentos, na pelagem do cão, nas mãos sujas, etc. - No homem, quando há liberação da larva, ela perfura o intestino e se desenvolve em algum tecido. Transmissão - Infecção mais comum em crianças. Diogo Araujo – Med 92 - Infecção humana pela ingestão de ovos larvados. No intestino, o ovo libera o embrião hexacanto, que perfura a parede do intestino, cai no sangue e vai se encistar em algum tecido. Evolução - Os cistos geralmente se encontram no pulmão e no fígado (90 a 95% dos casos). Podem se instalar no sistema nervoso central, em ossos, nos músculos, nos rins. - O cisto possui crescimento lento, de 1 a 5 cm por ano. Pode chegar até 20 cm. O quanto ele irá crescer depende do local em que se instalou e da resposta imune do hospedeiro. - Muitos casos são assintomáticos. - Ele exerce ação: - mecânica, promovendo efeitos locais de hipertensão, paralisia, disfunção do órgão, etc. O cisto pode causar fraturas ósseas, dor e paraplegia (se estiver na coluna vertebral). - de liberação de substâncias antigênicas, que induzem resposta imune humoral e celular. Pode promover fenômenos alérgicos. - Existem mecanismos de imunidade de proteção. Ou seja, um indivíduo que já se expôs ao parasito parece ser mais resistente a novas infecções. Diagnóstico - Sintomas específicos da hidatidose são raros. Portanto, o diagnóstico clínico é difícil. - Diagnóstico por imagem (ultrassom, tomografia computadorizada) ou exames imunológicos (ELISA, Westhern Blott, hemaglutinação). Tratamento - Se o cisto for pequeno, o tratamento é feito com albendazol. - Se for grande, é realizada cirurgia. Profilaxia - Higiene (lavar as mãos); - Alimentar os cães somente com ração; não alimentá-los com vísceras; Diogo Araujo – Med 92 - Não usar cão no pastoreio; - Tratar os cães com vermífugos.
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