TIPOS DE CONEXÃO, CONEXÃO DISCADA E BANDA LARGA

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TIPOS DE CONEXÃO, CONEXÃO DISCADA E BANDA LARGA
INTERNET E PROGRAMAÇÃO WEB
TIPOS DE CONEXÃO, CONEXÃO DISCADA E BANDA LARGA
Introdução
A internet evoluiu muito na última década. O que era apenas uma utopia em filmes
de ficção científica, hoje está cada vez mais presente em nossas vidas. Se você é internauta de
longa data, deve ter acompanhado todas as transformações do mundo digital e visto aquela
conexão lenta e chiada virar algo rápido e móvel. Foram tantas mudanças e em tão pouco tempo
que fica difícil explicar qual veio antes ou a diferença entre uma e outra. Isso sem falar daquelas
que você nunca ouviu falar.
Os meios de acesso direto à Internet que vamos abordar aqui são os mais comuns,
como a conexão dial-up, a banda larga, Wi-Fi e telefones celulares com tecnologia 3G.
Dial-up
A conexão discada também
conhecida como banda estreita ou ainda
Dial-Up, é um tipo de conexão que
necessita de uma linha telefônica
conectada a um modem
(abreviação
de
modulador/demodulador). A explicação
simples para modulação/demodulação é que um modem recebe um sinal digital e o converte
para analógico, enviando-o assim pela linha telefônica. O processo inverso é feito, recebendo o
sinal analógico da linha telefônica e convertendo-o para digital, repassando a informação para
o computador. A característica principal desse tipo de conexão é que ao se conectar à Internet
sua linha telefônica fica ocupada não sendo possível fazer e nem receber ligações pelo fato de
a mesma trabalhar na mesma frequencia utilizada pela linha da voz ao se usar o telefone.
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Não nos resta muito a falar sobre a
conexão
discada hoje, pois a mesma está em desuso pela sua
limitação de velocidade de apenas 56 kbps, no
entanto, a mesma foi muito utilizada quando da
introdução da Internet no Brasil, mas hoje perdeu seu
espaço para a banda larga em razão do custo
acessível e sua velocidade muito superior, limitando a
conexão discada apenas a regiões onde não há
cobertura da Internet por banda larga.
BANDA LARGA (ADSL – Assymmetric Digital Subscriber Line)
Para falar sobre banda larga precisamos falar primeiramente de velocidade e
devemos nos aprofundar um pouco mais sobre os fundamentos do computador. Na computação,
as informações podem ser armazenas e transmitidas. A menor unidade dessa informação que
pode ser armazenada ou processada é chamada de bit. Nossas conexões de Internet são
medidas através de kbps (kilobits por segundo). Um kilobit é igual a 1.000 bits por segundo.
Dessa forma um modem de conexão discada de 56 kbps é capaz de transferir dados a 56 kilobits
em um único segundo, sendo assim, então quando se fala em “Conexão banda larga de
500kbps”, significa que nesta conexão trafegam 500.000 bits por segundo.
Ao falar de banda larga nos vem à cabeça o tipo mais comum que
temos acesso hoje, que é a do tipo ADSL, sigla para Assymmetric
Digital Subscriber Line ou "Linha Digital Assimétrica para
Assinante".
Trata-se
de
uma
tecnologia
que
permite
a
transferência digital de dados em alta velocidade por meio de
linhas telefônicas comuns.
A tecnologia ADSL basicamente divide a linha
telefônica em três canais virtuais, sendo um para voz, um
para download com velocidade alta e um para upload com
velocidade média. As velicidades de transferência variam
muito, mas tudo depende da infra-estrutura do fornecedor
do serviço, o que indica que essas taxas podem ter valores diferentes dos contratados. É por
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causa dessas características que o ADSL ganhou o termo "assymmetric" (assimétrica) no nome,
pois indica que a tecnologia possui maior velocidade para download e menor velocidade para
upload.
Entre os três canais há um disponível para voz.
Isso permite que o usuário fale ao telefone ao mesmo tempo
em que navega na Internet, ou seja, não é necessário
desconectar para falar ao telefone, diferentemente de como
funciona na conexão discada. Para separar voz de dados
na linha telefônica, é instalado na linha do usuário um
pequeno aparelho chamado Splitter ou “filtro ADSL”. Nele é
conectado um cabo que sai do aparelho telefônico e outro que sai
do modem.
Na central telefônica também há uma espécie de Splitter “filtro”. Assim, quando você
realiza uma chamada telefônica (voz), o sinal é encaminhado para a rede de comutação de
circuitos da companhia telefônica (PSTN - Public Switched Telephone Network) e procede pelo
seu caminho habitual. Quando você utiliza a internet, o sinal é encaminhado ao DSLAN (Digital
Subscriber Line Access Multiplexer).
Quando uma linha telefônica é usada somente para voz, as chamadas utilizam
frequências baixas, geralmente entre 300 Hz e 4000 Hz. Na linha telefônica é possível se usar
taxas mais altas, mas elas acabam sendo desperdiçadas. Explicando de maneira simples, o que
o ADSL faz é aproveitar para a transmissão de dados as frequências da linha telefônica que não
são usadas. Como é possível usar mais de uma frequência ao mesmo tempo na linha telefônica,
é então possível usar o telefone para voz
e dados ao mesmo tempo.
A tecnologia ADSL funciona
instalando-se um modem específico para esse tipo de conexão na residência ou empresa do
usuário e fazendo-o se conectar a um equipamento na central telefônica. Neste caso, a linha
telefônica serve como "estrada" para a comunicação entre esses dois pontos. Essa comunicação
ocorre em freqüências acima de 5000 Hz, não interferindo na comunicação de voz que funciona
entre 300 Hz e 4000 Hz. Como a linha telefônica é usada unicamente como um meio de
comunicação entre o modem do usuário e a central telefônica, não é necessário pagar pulsos
telefônicos, pois a conexão ocorre por intermédio do modem e não discando para um número
específico, como é feito com o acesso à internet via conexão discada. Isso deixa claro que todo
o funcionamento do ADSL não se refere à linha telefônica, mas sim ao modem, pois a linha é
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apenas a "estrada". Quando seu modem estabelece uma conexão com o modem da central
telefônica, o sinal vai para um roteador, em seguida para o provedor e finalmente para a Internet.
É importante frisar que é possível que este sinal saia diretamente do roteador para a internet. No
Brasil, o uso de provedor é obrigatório por regras da Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações). O sinal depois de enviado à central telefônica é separado e os dados vão
para um equipamento chamado DSLAN, que limita a velocidade do usuário e une várias linhas
ADSL, e é este equipamento que faz com que você navegue à 500 Kbps por exemplo, mesmo
quando sua conexão suporta mais que isso, enviando o sinal para uma linha ATM (Asynchronous
Transfer Mode) de alta velocidade que está conectada à internet.
Em outras palavras, a central telefônica suporta uma certa quantidade de usuários
ao mesmo tempo. Cabe ao DSLAN gerenciar todas essas conexões, "agrupá-las" e enviar esse
grupo de conexões à linha ATM, como se fosse uma única conexão.
Praticamente todas as empresas que fornecem ADSL só o fazem se o local do
usuário não estiver a mais de 5 Km da central telefônica. Quanto mais longe estiver, menos
velocidade o usuário pode ter e a conexão pode sofrer instabilidades ocasionais. Isso se deve
ao ruído (interferência) que ocorre entre um ponto e outro. Quanto maior essa distância, maior é
a taxa de ruído. Para que haja uma conexão aceitável é utilizado o limite de 5 Km. Acima disso
pode ser possível, mas inviável o uso de ADSL.
Wi-Fi
Wi-Fi (pronúncia em português: /waifai/) é uma marca
registrada da Wi-Fi Alliance, que é utilizada por produtos certificados
que pertencem à classe de dispositivos de rede local sem fios (WLAN) baseados no padrão IEEE
802.11. Por causa do relacionamento íntimo com seu padrão de mesmo nome, o termo Wi-Fi é
usado frequentemente como sinônimo para a tecnologia IEEE 802.11. O nome, para muitos,
sugere que se deriva de uma abreviação de Wireless Fidelity, ou Fidelidade sem fio, mas não
passa de uma brincadeira com o termo Hi-Fi, designado a qualificar aparelhos de som com áudio
mais confiável, que é usado desde a década de 1950.
O padrão Wi-Fi opera em faixas de frequências que não necessitam de licença para
instalação e/ou operação. Este fato as torna atrativas. No entanto, para uso comercial no Brasil
é necessária licença da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
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Para se ter acesso à Internet através de rede Wi-Fi deve-se
estar no raio de ação ou área de abrangência de um ponto de acesso
(normalmente conhecido por hotspot) ou local público onde opere rede
sem fios e usar dispositivo móvel, como computador portátil, Tablet PC
ou telefone celular com capacidade de comunicação sem fio, deixando
o usuário do Wi-Fi bem à vontade em usá-lo em lugares de "não
acesso" à Internet, como aeroportos.
Hotspot Wi-Fi existe para estabelecer
ponto de acesso para conexão à internet. O ponto
de acesso transmite o sinal sem fios numa
pequena distância, geralmente de até 100 metros,
mas se a rede for do padrão IEEE 802.11n a
distância pode chegar até 300 metros. Quando um
periférico que permite "Wi-Fi", como um Pocket
PC, encontra um hotspot, o periférico pode na
mesma hora conectar-se à rede sem fio. Muitos
hotspots estão localizados em lugares que são
acessíveis ao público, como aeroportos, cafés,
hotéis e livrarias.
Muitas casas e escritórios também têm redes
"WiFi". Enquanto alguns hotspots são gratuitos, a
maioria das redes públicas é suportada por
Provedores de Serviços de Internet (Internet Service Provider - ISPs) que cobram uma taxa dos
usuários para se conectarem.
Atualmente, praticamente todos os computadores portáteis vêm de fábrica com
dispositivos para rede sem fio no padrão Wi-Fi (802.11b, a, g ou n). O que antes era acessório
está se tornando item obrigatório, principalmente devido ao fato da redução do custo de
fabricação.
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Internet Móvel 3G
A tecnologia 3G é um termo muito comum nos dias de
hoje no que diz respeito a celulares e internet móvel. 3G é apenas
um uma sigla que representa a terceira geração (daí o nome 3G)
de padrões e tecnologias da telefonia móvel, substituindo o 2G.
A tecnologia 3G aprimora a transmissão de dados e
voz, oferecendo velocidades maiores de conexão, além de outros
recursos, como vídeochamadas,
transmissão
de sinal de
televisão, entre outros serviços. Mas para realmente entendermos
direito como o 3G funciona, precisamos contar um pouco da
história do celular. Vamos lá.
Nas Ondas do Rádio
Quando você pensa em rádio, talvez a única coisa que
venha a sua cabeça é
música. Mas isso é apenas uma parte do que pode ser transmitido por suas ondas. A tecnologia
de rádio também transmite voz e dados, o que permite que você acesse a internet e fale com
qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, desde que, esse lugar esteja coberto pelas
antenas da sua operadora ou que tenha um acordo de roaming, mas isso é outra história.
A tecnologia de rádio para celulares surgiu nos Estados Unidos durante os anos 80,
com o lançamento da rede de celular AMPS (do inglês: Advanced Mobile Phone Service). Ela
usava o FDMA (Frequency Division Multiplexing Access) para transmitir voz através do sinal
analógico. É considerada a primeira geração móvel (1G).
A segunda geração (2G) surgiu na década de 90, quando as operadoras móveis
implantaram dois padrões concorrentes de sinal digital para voz: o GSM (Global System for
Mobile Comunications) e o CDMA (Code Division Multiple Access). É nessa época que surgiu o
celular no Brasil, apesar de que ele só ficaria popular a partir do ano 2000.
Por isso, o 2G é muito conhecido em terras tupiniquins. Por aqui, a única grande
operadora a adotar o CDMA foi a Vivo, enquanto Oi, Tim, Claro e Brasil Telecom (comprada pela
Oi) adotaram a GSM. Ambas as tecnologias transmitem voz e dados. Anos depois, a Vivo
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abandonou o CDMA frente à popularização do GSM no Brasil e hoje não utiliza mais a tecnologia.
No mundo todo, apenas os Estados Unidos e alguns países da Ásia utilizam o CDMA.
Enfim, 3G
A terceira geração da tecnologia móvel é a que estamos vivenciando hoje. Em 1999,
a União Internacional de Comunicações (UIT) criou o IMT-2000, um padrão global para o 3G
com o objetivo de facilitar o crescimento, aumento da banda e suporte a aplicações diversas.
Para conseguir evoluir para a nova tecnologia, as operadoras precisaram realizar grandes
upgrades em suas redes existentes, o que levou ao estabelecimento de duas famílias distintas
da tecnologia 3G: a 3GPP e a 3GPP 2.
3GPP
A 3GPP (3rd Generation Partneship Project) é uma colaboração entre grupos e
associações de telecomunicações, formada em 1998 para fomentar a implantação de redes 3G
que descendem do GSM. Essa tecnologia evoluiu da seguinte forma:
•GPRS – oferecia velocidades de até 144 Kbps;
•EDGE – atingia até 384 Kbps;
•UMTS Wideband CDMA (WCDMA) – com velocidades de até 1,92 Mbps;
•HSPDA – catapultou a velocidade máxima em até 14 Mbps;
•LTE – pode chegar até 100 Mbps (considerada de quarta geração).
A implantação da tecnologia GPRS começou no ano 2000, seguido pela EDGE em
2003. Embora essas duas tecnologias sejam definidas como 3G pelo padrão IMT-2000, às vezes
são chamados de “2,5G” porque não trocam uma grande quantidade de dados
A tecnologia EDGE ainda está sendo substituída pela tecnologia HSPDA em nosso
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país. Quem usa internet móvel 3G no Brasil já deve ter reparado que o indicador da conexão
oscila entre duas letras: H e E, ou seja, HSPDA (em locais com cobertura 3G) e EDGE (onde
ainda permanece a tecnologia 2G).
A tecnologia LTE é o próximo passo na evolução da rede móvel baseada na
tecnologia GSM. Uma das várias padronizações da tecnologia 3GPP é o formato multimídia. É
por isso que muitos vídeos gravados por celulares são salvos no formato 3GPP (ou apenas 3GP).
3GGP2
A segunda organização foi formada para ajudar as operadoras norte-americanas e
asiáticas que usam o CDMA a evoluírem para o 3G. A evolução da tecnologia aconteceu da
seguinte forma:
•1xRTT – com velocidade de até 144 Kbps;
•EV-DO – aumentou a velocidade para 2,4 Mbps;
•EV-DO Rev. A – com velocidade de até 3,1 Mbps;
•EV-DO Rev. B – atingia velocidades de até 4,9 Mbps;
•UMB – programada para chegar a 288 Mbps (considerada de quarta geração).
A 1xRTT foi lançada em 2002, seguida pela EV-DO em 2004. A 1xRTT também é
conhecida como “2,5G” por ser uma transação para a EV-DO. A EV-DO Rev. A surgiu em 2006
e agora está sendo sucedida pela EV-DO Rev. B. A UMB é a próxima geração da tecnologia,
mas as operadoras acreditam que o serviço não irá “pegar”, e por
isso estão pensando em evoluir para a LTE em seu lugar.
O Futuro Bate a Porta: Vem aí o 4G
Na verdade, LTE
chamadas
e UMB
são frequentemente
de tecnologias 4G (quarta geração), pois aumentam
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consideravelmente a velocidade de download. Mas essa rotulação é um pouco prematura, pois
a quarta geração ainda não foi regularizada pela UIC. A União Internacional de Comunicações
está atualmente analisando as tecnologias candidatas a ganhar o status de 4G, incluindo a LTE,
UMB e WiMAX.
As metas para a tecnologia 4G serão,
entre outras, taxas de dados de pelo menos 100
Mpbs, uso de transmissão OFDMA, streaming de
multimídia e muito mais. A rede LTE deve estar
funcionando no Brasil até abril de 2013, segundo
uma licitação da Anatel lançada em abril desse ano,
apenas dois meses antes da Copa das
Confederações.
Fontes de pesquisa: http://www.tecmundo.com.br/celular/226-o-que-e-3g.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wi-Fi
http://blog.censanet.com.br/2009/04/conexoes-internet-os-diferentes-tipos/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Byte http://www.infowester.com/adsl.php
http://www.acessobandalarga.com/funcionamento-adsl-internet-bandalarga/
http://www.tecmundo.com.br/banda-larga/3489-conheca-os-varios-tipos-de-conexao.htm
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