projeto político pedagógico

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projeto político pedagógico
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
2010
CAMBÉ
2010
1
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
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SUMÁRIO
Identificação..............................................................................................................10
Justificativa...............................................................................................................11
Histórico....................................................................................................................12
Perfil da comunidade...............................................................................................13
Regime de funcionamento.......................................................................................14
Condições físicas e materiais.................................................................................15
Concepção de Homem.............................................................................................18
Concepção de Sociedade.......................................................................................18
Concepção de Educação ............. ......…...............................................................19
Concepção de Escola .............................................................................................20
Proposta Pedagógica Curricular.............................................................................21
Concepção de Currículo..........................................................................................21
Organização Curricular do Ensino Fundamental e Médio....................................26
Introdução- Ensino Fundamental............................................................................27
Introdução- Ensino Médio........................................................................................30
Arte.............................................................................................................................37
Conteúdos por série ................................................................................................39
Metodologia...............................................................................................................53
Avaliação ..................................................................................................................55
Referências...............................................................................….............................56
Ciências ....................................................................................................................57
Objetivos................. …..............................................................................................59
Conteúdos Estruturantes …....................................................................................60
Conteúdos por série.................................................................................................62
Metodologia..............................................................................................................72
Avaliação ..................................................................................................................74
Referências......................................................................................…..............…....76
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Educação Física.......................................................................................................77
Objetivos..............................…..................................................................................79
Conteúdos por série.................................................................................................81
Metodologia..............................................................................................................85
Avaliação........................................….......................................................................86
Educação Física Ensino Médio....….......................................................................88
Objetivos..............................…..................................................................................91
Conteúdos por série.................................................................................................92
Metodologia..............................................................................................................93
Avaliação........................................….......................................................................93
Referências …...........................................................................................................94
Ensino Religioso......................................................................................................95
Objetivos ..................................................................................................................95
Conteúdos por série....................................................…..............….......................96
Metodologia............................................................................................................100
Avaliação….............................................................................................................101
Referências.............................................................................................................103
Geografia ......................... …..................................................................................104
Objetivos ................................................................................................................105
Conteúdos Estruturantes.....…..............................................................................105
Conteúdos por série ..............................................................................................107
Metodologia............................................................................................................117
Avaliação.................................................................................................................119
Referências.............................................................................................................121
História .........................….......................................................................................123
Objetivos ................................................................................................................125
Conteúdos por série...............................................................................................126
Metodologia............................................................................................................128
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Avaliação….............................................................................................................129
História Ensino Médio. ….....................................................................................130
Objetivos.................................................................................................................132
Conteúdos...............................................................................................................133
Metodologia............................................................................................................136
Avaliação….............................................................................................................137
Referências.............................................................................................................138
L.E.M. Inglês .................... …..................................................................................139
Objetivos ................................................................................................................140
Conteúdos por série...............................................................................................140
Metodologia............................................................................................................146
Avaliação….............................................................................................................147
Inglês Ensino Médio ….........................................................................................148
Objetivos ................................................................................................................148
Conteúdos por série...............................................................................................149
Metodologia............................................................................................................150
Avaliação….............................................................................................................151
Referências.............................................................................................................152
Língua Portuguesa ...............….............................................................................153
Objetivos ................................................................................................................153
Conteúdos por série...............................................................................................155
Metodologia................................. ..........................................................................167
Avaliação….............................................................................................................174
Português Ensino Médio …..................................................................................186
Metodologia ….......................................................................................................189
Avaliação …...........................................................................................................191
Referência ….........................................................................................................192
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Matemática........................…..................................................................................193
Objetivos ................................................................................................................194
Conteúdos por Série..............................................................................................195
Matemática Ensino Médio............................…......................................................205
Objetivos ................................................................................................................206
Conteúdo.................................................................................................................207
Referências.............................................................................................................210
Biologia............................... ...................................................................................212
Objetivos...............................…...............................................................................212
Conteúdos por série...............................................................................................215
Metodologia................................. ..........................................................................217
Avaliação….............................................................................................................218
Referências.............................................................................................................219
Física..................................…..................................................................................220
Objetivos.................................................................................................................221
Conteúdos por série...............................................................................................222
Metodologia.................. .........................................................................................222
Avaliação.................................................................................................................223
Referências.............................................................................................................224
Química...................................................................................................................225
Objetivos...............................…...............................................................................226
Conteúdos por série...............................................................................................226
Metodologia................................. ..........................................................................227
Avaliação….............................................................................................................228
Referências.............................................................................................................230
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Filosofia...................................................................................................................231
Justificativa...........................…..............................................................................231
Objetivos.................................................................................................................233
Conteúdos por série...............................................................................................234
Metodologia............................................................................................................235
Avaliação….............................................................................................................236
Referências.............................................................................................................246
Sociologia...............................................................................................................249
Objetivos...............................…...............................................................................250
Conteúdos por série...............................................................................................251
Metodologia................................. ..........................................................................255
Avaliação….............................................................................................................256
Referências.............................................................................................................257
Educação de Jovens e Adultos.............................................................................260
Caracterização do curso........................................................................................262
Educação Especial …............................................................................................264
Filosofia e princípios didáticos Pedagógicos.....................................................265
Concepção, Conteúdo e encaminhamento metodológico.................................268
Eixos articuladores do Currículo na EJA.............................................................269
Orientações metodológicos..................................................................................270
Processo de Avaliação, Classificação e Promoção............................................275
Sistematização dos Conteúdos na EJA...............................................................280
Língua Portuguesa.................................................................................................281
Metodologia............................................................................................................285
Referências.............................................................................................................290
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Arte..........................................................................................................................291
Metodologia............................................................................................................294
Referências.............................................................................................................303
LEM-Inglês..............................................................................................................305
Metodologia............................................................................................................310
Referências.............................................................................................................311
Educação Física.....................................................................................................312
Metodologia............................................................................................................313
Referências.............................................................................................................324
Matemática..............................................................................................................327
Metodologia............................................................................................................332
Referências.............................................................................................................343
Ciências...................................................................................................................345
Metodologia............................................................................................................348
Referências.............................................................................................................354
Biologia...................................................................................................................356
Metodologia............................................................................................................358
Referências.............................................................................................................371
Física.......................................................................................................................373
Metodologia............................................................................................................380
Referências.............................................................................................................389
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Química...................................................................................................................391
Metodologia............................................................................................................394
Referências.............................................................................................................400
História....................................................................................................................401
Metodologia............................................................................................................402
Referências.............................................................................................................407
Geografia.................................................................................................................408
Metodologia............................................................................................................412
Referências.............................................................................................................417
Filosofia...................................................................................................................418
Conteúdo.................................................................................................................419
Referências.............................................................................................................424
Sociologia...............................................................................................................425
Metodologia............................................................................................................430
Referências.............................................................................................................432
Bibliografia Proposta Curricular EJA...................................................................435
Processos de avaliação, classificação e Promoção...........................................437
Plano de Avaliação Institucional do Curso..........................................................439
Referências.............................................................................................................441
Proposta Pedagógica Curricular CELEM.............................................................443
Apresentação da disciplina...................................................................................445
Oferta dos curso …................................................................................................447
Duração e Carga Horária …..................................................................................448
Objetivos …............................................................................................................449
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Fundamentos Metodológicos................................................................................445
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.......................................................459
Conteúdos Estruturante........................................................................................460
Metodologia............................................................................................................465
Avaliação …............................................................................................................470
Referências.............................................................................................................474
Atividades complementares desenvolvidas durante o tempo escolar.............476
Projetos...................................................................................................................477
Eventos didáticos- pedagógicos e festivos ....................................................... 482
Processos de Avaliação , Classificação, Promoção e dependência.................483
Plano de Formação Continuada........................................................................... 489
Pressupostos Teóricos......................................................................................... 491
Marco Conceitual....................................................................................................501
Filosofia e Princípios Legais e Didático-Pedagógicos da Instituição...............511
Marco Operacional ................................................................................................512
Estágio Supervisionado.........................................................................................517
Avaliação Institucional...........................................................................................518
Plano de Ação …....................................................................................................520
Matriz Curricular.....................................................................................................523
Calendário Escolar.................................................................................................527
Relação de Recursos Humanos da Instituição...................................................530
Referências ….........................................................................................................536
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
IDENTIFICAÇÃO
O COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES –
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, localiza-se na região Sudeste da Cidade de
Cambé, a Rua Goioerê S/N no Jardim Silvino I. Tem como finalidade a formação
academica de Ensino Fundamental, Médio e EJA, atendendo ao disposto nas
Constituições Federal e Estadual, bem como na lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, no Estatuto da Criança e do Adolescente, observados em cada
caso, a legislação e as normas especificadas aplicáveis como: liberdade de
aprender, ensinar, pesquisar e expor o pensamento, a arte e o saber, gratuidade de
ensino, com isenção de taxas de qualquer natureza, igualdade de condições para
acesso e permanência na escola, não sendo permitida qualquer forma de
discriminação ou segregação; valorização dos profissionais de Ensino.
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O Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes- Ensino Fundamental
e Médio, tem como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná.
Este estabelecimento atende crianças desde a segunda série do
Ensino Fundamental até a terceira série do Ensino Médio e também a Educação de
Jovens e Adultos.
JUSTIFICATIVA
Este trabalho contempla a reflexão sobre o fator preponderante do
encaminhamento do Ensino Público. Nossa proposta propõe um trabalho onde
ética e compromisso estejam presentes nas decisões tomadas pelos profissionais
da educação. “A função fundamental da ética é a mesma de toda teoria: explicar,
esclarecer ou investigar uma determinada realidade, elaborar os conceitos
correspondentes” (VASQUEZ,1915,p.20).
O acesso à Escola é direito garantido constitucionalmente,
entretanto, o saber só se concretiza com a plena utilização de técnicos
pedagógicos e humanos. A alocação de suficientes recursos financeiros ,
destinados à Educação, possibilita o aporte de recursos materiais de apoio ao
processo de ensino aprendizagem, viabiliza o processo pedagógico e encaminha o
corpo docente ao aperfeiçoamento, assim como pode determinar o estímulo do
profissional da Educação em assumir a sua responsabilidade na melhoria da
qualidade do ensino Público.
Sendo assim, nossa equipe demonstra preocupação com a
organização do trabalho escolar, levando em conta os direitos e deveres de todos
os envolvidos no processo de ensino aprendizagem e com efetiva participação de
todos: conselho de classe, representantes de turma, conselho escolar, APMF,
Associação de Pais, Mestres e funcionários, patrulha escolar, Conselho tutelar,
NRE- Núcleo Regional de Ensino e SEED- Secretaria do Estado da Educação.
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A proposta pedagógica revela sua importância na medida em que
busca descentralizar as ações que envolvem o processo de ensino aprendizagem
levando até a Escola e a sua comunidade, as discussões sobre as necessidades
reais para o completo atendimento de alunos. Sendo assim o envolvimento da
direção, professores, alunos e pais de alunos da escola e entidades organizadas
da comunidade enseja espírito democrático na condução dos objetivos
educacionais.
Oportunizar situações para que o aluno adquira conhecimentos
científicos e saiba construir significados sobre estas informações de maneira que
isto contribua para sua formação como cidadão,ou seja que os alunos adquiram
competências pessoais, intelectuais e sociais que os ajudem a enfrentar situações
do seu cotidiano com autonomia é nosso objetivo.
Desta forma de acordo com os PCNs, toda prática educativa,
deverá se fundamentar na estética da sensibilidade que estimula criatividade, a
curiosidade pelo inusitado, a afetividade para facilitar a constituição de identidade
capaz de suportar a inquietação, conviver com o incerto, com o imprevisível e o
diferente.
HISTÓRICO
A Escola Estadual Dom Geraldo Fernandes foi criada pela
resolução 3734/82 DOE 13/12/82, inicialmente foi autorizada a funcionar como
parte integrante do Complexo Escolar Manoel Bandeira
Em 06 de maio de 1982 a Escola Estadual Dom Geraldo
Fernandes foi entregue pela Fundepar, tendo iniciado suas atividades em 10 de
maio de 1982 com um corpo docente formado especialmente de serviços
extraordinários, com calendário especial. Oficialmente a Escola Estadual Dom
Geraldo Fernandes foi inaugurada em 13 de agosto 1982.
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O
nome
da
Escola
foi
uma
homenagem
ao
Arcebispo
Metropolitano da cidade de Londrina, Dom Geraldo Fernandes Bijos ( 02/02/1913 a
29/03/1982) , este foi um missionário zeloso que dedicou sua vida a Igreja de
Londrina e do Brasil e foi fundador das Missionárias Claretianas.
A escola foi construída para ofertar o ensino de 1º a 8º série, mas
nos anos de 1982 e 1983 foram ofertados somente o ensino de 1ª a 4ª série.
Através da resolução 5087/82 do DOE 26/12/86 foi reconhecido o
curso de 1 grau regular, assim como a Escola Estadual Dom Geraldo Fernandes.
A partir de 1995 é aprovado a implantação do Projeto do CBA na
escola, através do Departamento de Ensino de primeiro Grau tendo em vista o
disposto na deliberação n 033/93 do Conselho Estadual de Educação e na
resolução secretarial nº 585/95- CBA 4 anos da Escola Estadual Dom Geraldo
Fernandes Ensino de Primeiro Grau de Cambé, considerando que o Ciclo Básico é
prolongamento do tempo de Alfabetização, durante o qual o aluno venha apropriarse dos conhecimentos correspondentes as quatro séries iniciais do Ensino de 1
grau, reunidas num “continuum” único.
Em 8 de dezembro de 2007 através da resolução nº 5071/07 foi
autorizado o funcionamento do Ensino Médio e a nomenclatura do estabelecimento
foi alterada para Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes - Ensino Fundamental
e Médio.
Em 14 de setembro de 2009, tem início a modalidade EJA
(Educação de Jovens e Adultos), ofertando os cursos fundamental fase II e Ensino
Médio em turmas coletivas.
PERFIL DA COMUNIDADE
O perfil da comunidade atendida pelo Colégio Dom Geraldo
Fernandes é uma clientela de classe média baixa, em sua maioria muito carente.
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São moradores dos bairros: Jardim Silvino I, Jardim Ana Elisa I,
Jardim Rivieira, Jardim São Francisco, Jardim Novo Bandeirantes e Montecatini.
É uma comunidade heterogênea na sua totalidade, compreende
trabalhadores do setor primário, secundário e terciário. Possuindo uma parcela
significativa de sub-empregados (vendedores ambulantes, bóias frias, etc) e
desempregados.
Trata-se de uma comunidade trabalhadora que se preocupa com o
desenvolvimento e com o futuro dos filhos, embora por motivos sócio- econômicos,
falta acompanhamento dos pais e ou responsáveis no dia a dia de seus filhos, o
que muitas vezes leva à desestrutura familiar, portanto a escola tem conseguido
manter e desenvolver a cultura do aprender, contemplado em sua proposta
pedagógica, caminhos que possibilitem o acesso e permanência dos alunos na
escola e aprendendo.
REGIME DE FUNCIONAMENTO
O Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes, mantém de acordo com a
especificidade de cada série do Ensino Fundamental e Médio nos turnos diurno, na
modalidade regular freqüência mista, e EJA Educação de Jovens e Adultos no
período noturno, com autorização do órgão competente da Secretaria de Estado
da Educação.
Em 2010 atendemos 12 turmas que são divididas da seguinte forma
Período matutino, horário de funcionamento das 7:30 h. às 11:50h.

Uma turma de sexta série

Quatro turmas de sétima série

Quatro turmas de oitava série

Uma turma de primeira série (ensino médio)
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
Uma turma de segunda série (ensino médio)

Uma turma de terceira série (ensino médio)

Período vespertino, horário de funcionamento das 13:00h às 17:25h.
 Uma turma de segunda série (séries iniciais)
 Uma turma de terceira série (séries iniciais)
 Duas turmas de quarta série (séries iniciais)
 Cinco turmas de quinta série
 Três turmas de sexta série.
EJA
Período Noturno, horário de funcionamento das 19:10 ás 22:45
 Três turmas de ensino fundamental fase II na organização coletiva
 Três turmas de ensino médio na organização coletiva.
O Colégio oferta o CELEM, com a Língua Espanhola no período
noturno, com uma turma de 30 alunos.
CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
O colégio foi construído há quase 20 anos e poucas modificações
ocorreram em prol de melhorias na infra – estrutura (espaço) do estabelecimento
tanto predial hidráulico e elétrico. Todo aumento existente nestes anos na infra –
estrutura foram adaptações que apesar da necessidade de reformas ainda nos
permitia atender ao aluno e funcionários. Salientando aqui que melhoria nos
acrescentaria qualidade de vida, espaço e respeito que cada um merece.
As
escolas deveriam ser as mestras em planejamento de espaço, pois são as
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exemplares numa comunidade, onde tal fato não existe de forma coerente e nem
com a devida qualidade necessária deixando-as a mercê das adaptações.
A escola possui 12 salas de aula e, 1 biblioteca, 1 laboratório de
química, física e biologia, 2 laboratórios de informática, 1 sala de professores, 1
secretaria, 1 cozinha, 1 cantina, 1 sala de direção, 1 sala de orientação
e
supervisão, 2 banheiros de alunos, 2 banheiros de professores, 1 pátio coberto e 1
quadra de esportes coberta.
Possui 16 televisores; sendo 3 de 20 polegadas e 13 de 29
polegadas, 2 retroprojetores, 45 computadores: sendo 7 de uso exclusivo da
secretaria, 2 na biblioteca para alunos, e 36 no laboratório 2 microscópios básicos,
15 mapas históricos e geográficos, 3 globos, 3 aparelhos de som, toca CD, e 3
aparelhos de DVD.
Todo material existente no estabelecimento é de uso diário dos
professores de todas as disciplinas, onde há uma escala ou reserva de uso, pois a
quantidade é insuficiente para que todos usem ao mesmo tempo ou no mesmo dia,
isto de acordo com o conteúdo e planejamento a ser desenvolvido em sala de aula
ou na escola.
E imprescindível reformas na parte elétrica interna e externa (pátio)
troca de fiação, hidráulica, necessidade de projeto devido declínio do terreno para
ligar rede de esgoto, tornando dispendioso a mesma havendo necessidade de
verba pública para sua efetivação. Quanto aos banheiros são necessárias
reformas
completas
e
readaptações
para
atendimento
de
alunos
com
necessidades especiais, como crianças com cadeira de rodas.
O colégio conta com uma quadra esportiva coberta, onde se
trabalha com crianças e adolescentes na idade de 6 a 17 anos, atendendo com
qualidade, respeito ao direito à aprendizagem num espaço adequado.
A merenda é servida no pátio, pois não temos refeitório para que
os alunos façam sua alimentação de maneira adequada.
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O laboratório de informática possui 20 computadores do Sistema
PR Digital, e 16 do Sistema Pro Info com quatro impressoras a laser que fica a
disposição de professores e funcionários.
O laboratório de Química, Física e Biologia atende as exigências
para o reconhecimento do Ensino Médio, os materiais que compõe este espaço:
 2 microscópios
 2 microscópios eletrônicos
 1 videoscópio
 1 projetor de negativos
 1 esqueleto humano em gesso
 1 dorso humano com órgãos feminino e masculino em plástico
 termômetros
 tubos de ensaio
 pipetas
 bureta
 medidora em vidro
 espátulas plásticas
 lâminas
 bico de Bunsen
 bases plásticas
 bases em madeira
 reagentes
 pia com torneira
 2 balcões
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CONCEPÇÃO DE HOMEM
Ser
em
processo
permanente
de
autoconhecimento
e
crescimento, que transforma e é transformado. Participante ativo na construção da
história e do conhecimento, devendo ser solidário nas relações com a natureza,
com seus semelhantes, na busca constante da harmonia consigo e com o mundo.
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza
transformando-a segundo suas necessidades e para além. Nesse processo de
transformação, envolve múltiplas relações em determinado momento histórico,
assim, acumula experiências e em decorrências destas, produz conhecimento. Sua
ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais
e não materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem. O homem
é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Espaço de interação humana no qual se reflete a maneira de ser,
agir e pensar de um povo. Local onde deve-se primar pela solidariedade,
fraternidade, justiça, igualdade de direitos e liberdade de expressão.
Enfim, um espaço que celebre sem adiantamentos a diversidade,
concebendo-a como parte da condição humana.
A construção da cidadania envolve um processo ideológico de
formação de pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de
direitos e deveres, através de lutas contra as discriminações, da abolição de
barreiras entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, ou
seja, pela extensão das mesmas condições de acesso à políticas públicas e pela
participação de todos nas tomadas de decisões.
O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de
se tornar cidadão consciente (sujeito de direitos), organizado e participativo do
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processo de construção político-social e cultural; a concretização dos direitos
permite ao indivíduo sua inserção na sociedade.
Segundo Bolff, as dimensões da cidadania são cinco:
•
As
dimensões
econômico
produtiva:
a
massa
é
mantida
intencionalmente, como massa e empobrecimento, portanto a pobreza
material e política são produzidas e cultivadas, por isso é profundamente
injusta.
• A dimensão político - participativa; as pessoas interessadas lutam em
prol de sua autonomia e participação social, tornando-se cidadãos plenos.
• A dimensão popular: inclui somente quem têm acesso ao sistema
produtivo e exclui os demais, sendo esta a dimensão vigente.
• A dimensão de co-cidadania: o cidadão deve reivindicar pedir ao
Estado, precisam organizar-se para fazê-lo funcionar.
•
A cidadania terreal apresenta a dimensão planetária na consciência de
causas comuns, com a responsabilidade coletiva de garantir um futuro para a terra
e a humanidade
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Processo que envolve formação e mediação, visando o exercício da
cidadania para a construção de uma sociedade igual para todos, que requer o
respeito, a diversidade e a aceitação do outro de forma criativa, solidária e
transformadora.
Na
busca
constante
por
melhorias
na
educação,
Saviani
compreende o ser humano como produtor, uma vez que necessita produzir para sua
própria existência, essa produção se dá através do trabalho, na sua concepção o
compreende também por práxis e cultural, já que possui habilidades capazes de
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intervir na transformação, portanto no desequilíbrio da natureza. [...] “O trabalho
educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada individuo singular,
a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.
Assim, o objetivo da educação diz respeito, de um lado, a identificação dos
elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie
humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado concomitantemente, à
descoberta das formas mais adequadas para atingir esses objetivos”. (Saviani, 2007,
p.17) Segundo o autor, a educação é concebida como “produção do saber”, pois o
homem é capaz de elaborar ideias, possíveis atitudes e uma diversidade de
conceitos.
CONCEPÇÃO DE ESCOLA
Espaço de produção e socialização de saberes, que auxilia na
formação da competência acadêmica, humana e na transformação da sociedade.
Deve ser democrática, acolhedora, mediadora e significativa para o aluno.
Observando e analisando nossas concepções, vamos encontrar
inseridos os valores que precisamos e gostaríamos de trabalhar, tais como:
solidariedade, fraternidade, justiça, igualdade, liberdade, mediação, respeito,
diversidade e aceitação.
Para isso, é indispensável socializar o saber sistematizado,
historicamente acumulado, como patrimônio universal da humanidade, fazendo com
que esse saber seja criticamente apropriado pelos educandos, que já trazem
consigo o saber popular, o saber da comunidade em que vivem e atuam. A
interligação desses saberes pelos estudantes e pela comunidade local representa
um elemento decisivo para o processo de democratização da própria sociedade.
A escola pública poderá dessa forma, não apenas contribuir
significativamente para a democratização da sociedade, como também ser um lugar
privilegiado para o exercício da democracia participativa, para o exercício de uma
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cidadania consciente e comprometida com os interesses da maioria socialmente
excluída ou dos grupos sociais privados dos bens culturais e materiais produzidos
pelo trabalho dessa mesma maioria. Assim a escola pública contribuirá efetivamente
para afirmar os interesses coletivos e construir um Brasil como um país de todos,
com igualdade, humanidade e justiça social.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
"O currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de
aprendizagem selecionados que devem dar lugar à criação de
experiências apropriadas que tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de
modo que se possa manter o sistema numa revisão constante, para
que nele se operem as oportunas reacomodações". (Sacristán
2000:p.46)
O currículo é o enfoque principal da educação. Seu caráter é
socializador, onde repercutem os interesses sociais e políticos. Relacionar as
mudanças ao universo escolar é sustentar a funcionalidade da escola.
Ao contextualizá-lo deve se ter claro que esse instrumento é
cultural e social, onde se alicerça a vida social e democrática do país, visto que a
formação real deve ser sustentada por todos os envolvidos com o fazer educação,
como: a Sociedade, as políticas, a escola, o professor e o aluno.
O currículo é um instrumento de função socializadora, um
elemento imprescindível à prática pedagógica, pois ele está estritamente ligado às
variações dos conteúdos, a sociedade a profissionalização dos docentes.
A educação tem poder ímpar na sociedade, através dela é que o
conhecimento é distribuído e o currículo passa a ser considerado como um veículo
de interesses sociais que concordam com valores e crenças dos grupos dominantes.
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O currículo é o enfoque principal da educação, pois é só através
dele que acontecem os processos de mudanças. O mundo está em movimento
acelerado de transformações e a escola, como veículo socializador, deve oferecer
um currículo que acompanhe essas mudanças para que não se torne algo obsoleto,
sem funcionalidade quando relacionarmos com outras instâncias de informações tão
próximas e tão presentes na vida da humanidade.
Muitos teóricos se assemelham, outros divergem quando se
conceitua o currículo, porém o que se percebe é que esta discussão no âmbito
pedagógico é muito recente: Normalmente atribuímos essa problemática aos
comportamentos didáticos, políticos, administrativos e econômicos, e todos esses
aspectos estão ligados entre si e todos são responsáveis por essa construção e
disseminação, porém é necessário um olhar minucioso no que se refere à prática
curricular e a complexidade em que ela está envolvida, pois o fazer pedagógico deve
ter a excelência das mudanças e transformações sócias.
A organização curricular consiste, portanto, no conjunto de
atividades desenvolvidas pela escola,
na distribuição das disciplinas/áreas de
estudo (as matérias, ou componentes curriculares), por série, grau, nível,
modalidade de ensino e respectiva carga-horária – aquilo que se convencionou
chamar de “grade curricular”. Compreende também os programas, que dispõem os
conteúdos básicos de cada componente e as indicações metodológicas para seu
desenvolvimento.
Por conseguinte, a organização curricular supõe a organização
do trabalho pedagógico. Isto quer dizer que o saber escolar, organizado e disposto
especificamente para fins de ensino-aprendizagem, compreende não só aspectos
ligados à seleção dos conteúdos, mas também os referentes a métodos,
procedimentos,
técnicas,
recursos
empregados
na
educação
escolar.
Consubstancia-se, pois, tanto no Currículo quanto na Didática.
De acordo com Gimeno Sacristan (1998), o currículo deve ser
entendido como processo, que
envolve uma multiplicidade de relações, abertas ou
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tácitas, em diversos âmbitos, que vão da prescrição à ação, das decisões
administrativas às práticas pedagógicas, na escola como instituição e nas unidades
escolares especificamente. Para compreendê-lo e, principalmente, para elaborá-lo e
implementá-lo de modo a transformar o ensino, é preciso refletir sobre grandes
questões, como as que seguem:
“Que objetivos, no nível de que se trate, o ensino deve perseguir?
O que ensinar, ou que valores, atitudes e conhecimentos estão implicados nos
objetivos? Quem está autorizado a participar nas decisões do conteúdo da
escolaridade? Por que ensinar o que se ensina, deixando de lado muitas outras
coisas? Trata-se da justificativa do conteúdo. Todos esses objetivos devem ser
para todos os alunos/as ou somente para alguns deles? Quem tem melhor acesso
às formas legítimas de conhecimento? Esses conhecimentos servem a quais
interesses?
Para esse autor, o currículo como processo se expressa em
diversos âmbitos de decisões e realizações, intimamente relacionados e
interdependentes, quais sejam: a) o âmbito das decisões políticas e administrativas:
o currículo prescrito e regulamentado; b) o das práticas de desenvolvimento,
modelos em materiais, guias: o currículo planejado para professores e alunos; c)das
práticas organizativas: o currículo organizado no contexto de uma escola; d) o da
reelaboração na prática – transformações no pensamento e no plano dos
professores/as, e nas tarefas escolares: o currículo em ação; e) o das práticas de
controle internas e externas: o currículo avaliado.
“Uma análise superficial do que se faz para elaborar, implantar e
desenvolver um currículo nos diz que nesses processos participam múltiplas ações
fora das instituições escolares e dentro delas, umas de caráter pedagógico e outras
não, que determinam a prática
real: prescreve-se desde os âmbitos político-
administrativos; ordena-se dentro do sistema educacional segundo especializações,
ciclos e cursos; decide-se o que é para todos e o que é optativo; planeja-se antes de
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que chegue aos professores/as por meio de orientações administrativas; organiza-se
e planeja-se nas escolas(atribuição de especialização a professores/as, organização
de professores/as por disciplinas ou para várias delas, previsão de horários
condicionantes das atividades, módulos de tempo com diferentes valores, adoção de
linhas metodológicas em disciplinas ou departamentos, dá-se prioridade a partes
dos programas etc); o currículo é moldado pelos professores/as em seus planos e
em sua prática metodológica; sobre o currículo decidem as editoras de livros
didáticos ao concretizar diretrizes gerais, dado que as decisões são sempre
interpretáveis e flexíveis; os professores/as avaliam o currículo, às vezes por provas
de homologação externas; o currículo é objeto de políticas e táticas para mudá-lo.
Entre todos esses processos se dão dependências e incoerências, porque cada
âmbito de atividade prática tem uma certa autonomia em seu funcionamento”.
(Sacristan.1998, 140).
Este é ou deveria ser o ponto de convergência de todos os outro
âmbitos, por constituir-se espaço
de
consolidação
do
processo
de
ensino-
aprendizagem, a razão de ser da própria instituição escolar.
Infelizmente, temos assistido à predominância de práticas
hierarquizantes, burocráticas, de cunho altamente autoritário, que compreendem a
elaboração curricular como algo adstrito a especialistas, em gabinete, nos níveis
mais elevados do sistema, relegando-se às demais instâncias papel meramente
executivo e colocando os professores no final da linha, desprovidos do domínio dos
fundamentos das decisões tomadas em outros patamares e sem o controle dos
aspectos relativos à avaliação, ultimamente marcada por averiguações externas. (...)
Urge superar essa lógica, garantindo-se maior espaço de participação dos
professores nas decisões, o que requer, necessariamente, investimento efetivo na
sua formação, para permitir-lhes igualdade de condições nas negociações:
fundamentação teórica sobre os diversos aspectos constituintes do desenvolvimento
do processo pedagógico; domínio das concepções de currículo e suas implicações
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práticas; visão de conjunto do sistema educacional, diagnóstico preciso de seus
principais problemas e acesso às possibilidades de solução.
Um dos principais aspectos a se considerar, no currículo em ação,
é a organização do tempo e do espaço escolares, que diz respeito às condições de
ensino-aprendizagem. Pólos indissociáveis de um mesmo processo, o ensino e a
aprendizagem precisam ser vistos nas suas necessidades essenciais, ultrapassam
as paredes da sala de aula e os muros da escola. O tempo de ensino supõe a
formação (inicial e continuada) do professor e inclui o preparo a execução e a
avaliação das atividades. O tempo de aprendizagem exige que e considerem os
diferentes ritmos e experiências, carecendo de diferentes oportunidades, para a
devida mediação entre o que o aluno
consegue realizar sozinho e aquilo que exige
a mediação pedagógica. Relacionados aos diferentes tempos, há que se forjar os
adequados espaços, com os imprescindíveis recursos.
Os elementos apontados parecem dizer por si sós. São todos,
imensos desafios. Para enfrentá-los, é de mister que o professor tenha o domínio
dos fundamentos teóricos e históricos dos processos elaboração e implementação
do currículo, que, afinal, dizem respeito à natureza de sua função, ou seja, a
organização do trabalho pedagógico. Obviamente, isto não se faz sem a urgente
melhoria das condições de funcionamento das escolas e das condições de trabalho
do professor (formação, jornada, salário). Tal melhoria exige, sem dúvida, mudanças
na política educacional e nas políticas públicas em geral, com ações concretas em
âmbito institucional (no sistema de ensino, nas unidades escolares). Uma nova
perspectiva, porém, não se atinge sem a deflagração de amplo e efetivo movimento
de educadores, estudantes e de toda a população, em suas organizações.
Desta forma, podemos dizer que o currículo como a principal
diretriz para o quadro educacional e podemos atribuir a ele os méritos e os fracassos
da educação, pois um currículo onde se focaliza um olhar à singularidade, que
assume sua função socializadora, onde o principal objetivo é o compromisso o fazer
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pedagógico, esse sim, refere-se ao currículo real. Mas, a visão que prolifera é de
currículo como grade curricular, ou seja, um agrupamento de assuntos a serem
desenvolvidos durantes alguns anos de uma série determinada, sem dar valor ou
significado ao que se deve ser aprendido e sem nenhum compromisso com o fazer
social.
Rule (1973), define o currículo como experiências humanas
organizadas para a prática educativa e que se diferenciam através dos objetivos e
da forma expressada no programa da escola.
Desta
forma,
compreender
o
sistematizações das experiências dos alunos significa
currículo
relacioná-lo
através
à
das
tradição
cultural, a reflexão do contexto social, pois esse mecanismo de aprendizagem
distribui o conhecimento concreto, real e crítico, fazendo com que os alunos tornemse agentes construtores do processo.
O currículo está basicamente ligado ao contexto educacional,
mas para compreender seu significado deve-se conhecer as estruturas internas, que
estão ligadas ao enquadramento político, à divisão de decisão, ao planejamento, a
tradução de materiais, ao manejo por parte dos professores, das tarefas de
aprendizagem e a avaliação dos resultados.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Formar é levar o aluno a aprender a pensar, a explorar, a
descobrir, dentro de um
processo dinâmico em que se integram à ação e a
manifestação concreta do cotidiano, em permanente diálogo com os outros e com a
sua realidade social onde se criam as possibilidades para
a
sua
produção
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e
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construção. Entretanto, para que isto seja possível a organização curricular deve ser
constantemente repensada, analisada e discutida.
A organização das disciplinas, assim como os conteúdos
precisam estar de acordo com a necessidade e realidade da comunidade escolar.
Deste modo, a organização curricular tem sido repensada dentro do espaço escolar,
a fim de que esta possa ser mais adequada para atender às necessidades dos
educandos.
ENSINO FUNDAMENTAL
INTRODUÇÃO
A organização curricular por ciclo de dois anos de 1ª a 4ª séries
tende a evitar as frequentes rupturas e a excessiva fragmentação do percurso
escolar, assegurando a continuidade do processo educativo, dentro do ciclo e na
passagem de um ciclo ao outro, desde que o aluno tenha
um mínimo exigido na
continuação da aprendizagem, ao permitir que os professores realizarem
adaptações sucessivas da ação pedagógica as diferentes necessidades dos alunos,
sem que deixem de orientar sua prática pelas expectativas de aprendizagem
referentes ao período em questão.
Vale ressaltar que para o processo de ensino e aprendizagem se
desenvolver com sucesso não basta flexibilizar o tempo:
Dispor de mais tempo sem uma intervenção efetiva para garantir
melhores condições de aprendizagem pode apenas adiar o problema e perpetuar o
sentimento negado de auto-estima ao aluno, consagrando, da mesma forma, o
fracasso da escola.
Desse modo, a seriação inicial com ciclo único de quatro anos
tem como objetivo propiciar maiores oportunidades de escolarização voltada para a
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alfabetização efetiva das crianças. As experiências, ainda que tenham apresentado
problemas estruturais e necessidades de ajustes da prática, acabaram por mostrar
que a organização por ciclo e contribui efetivamente para a superação os problemas
do desenvolvimento escolar do aluno.
Alem disso aos alunos que se apropriem dos complexo as
saberes que se intencional transmitir.
O ensino proposto pela L.D.B. e a forma de organização dos PCN
em ciclo de 2 anos devem proporcionar toda formação básica para a cidadania, a
partir da criação na escola de condições de aprendizagem para:
•
O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
•
O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo
em vista aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e
valores.
Os
alunos
do
ensino
fundamental,
com
dificuldades
de
aprendizagem ou defasagem de conteúdo receberão atendimento individualizado
freqüentando o contra-turno. Onde sua permanência dependerá da necessidade de
sua aprendizagem, avaliada pelo professor regente e professor do contra-turno que
preencherá mensalmente uma ficha de acompanhamento do aluno, onde será
registrado seu aproveitamento.
Os resultados finais dos alunos de 1ª a 4ª série serão
comunicados aos alunos, pais ou responsáveis, através de parecer parcial, e, onde
o registro da avaliação da aprendizagem será permanente, descritivo, diagnóstico e
cumulativo, tomando-o como Parâmetro o Currículo Básico para a Escola Pública do
Paraná e os Parâmetros Curriculares Nacionais.
O Ensino Fundamental, com duração de 8 anos letivos terá por
objetivos o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
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internalização de conhecimentos e a formação de atitudes e valores. Fortalecer os
vínculos de família de laços de solidariedade humana dos princípios éticos e
religiosos, da cidadania e da tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
De acordo com as tendências atuais o conhecimento é
considerado como algo a ser analisado e questionado, passando a associado a
vivência humana. Dentro desta perspectiva, o conteúdo programático passa a ser
repensado coletivamente de modo que venha favorecer o que se quer reforçar
dentro da escola para que se possa atingir o objetivo maior da educação que é a
formação da cidadania.
Como uma instituição voltada para a formação do cidadão,
consideramos esta Proposta Curricular como uma organização que visa reduzir o
isolamento entre as diferentes disciplinas e possibilitar ao educando a construção do
conhecimento escolar.
Segundo a definição dada por Faria (2000) de que “educar é
transmitir idéias, conhecimentos que através de uma prática podem transformar ou
conservar a realidade”, estamos cientes de que educar é um ato político que faz
uma mediação entre a teoria e a prática. Desta forma, cada educador não pode
estar ficar alheio a realidade da sociedade capitalista na qual a escola está inserida
e através dos conteúdos abordados na disciplina com a qual trabalha deve estar
preocupado com esta formação.
Tendo em vista esta preocupação, consideramos importante uma
reflexão sobre cada uma das disciplinas que fazem parte da grade curricular do
Ensino Fundamental e Médio, discutindo sua função acadêmica e social, assim
como os objetivos de cada uma delas dentro do contexto escolar.
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ENSINO MÉDIO
INTRODUÇÃO
A LDB enfatiza aprendizagens cognitivas, começando pelas
finalidades gerais da educação básica, na qual a capacidade de aprendizagem tem
um grande destaque. Revertendo o foco do ensino para a aprendizagem, se trata de
ensinar um conteúdo específico, mas, sobretudo de desenvolver a capacidade de
aprendizagem de diferentes conteúdos por todo o ensino fundamental.
Valorização da autonomia intelectual é outra maneira de se falar
em capacidade de aprendizagem. Para haver autonomia intelectual é muito
importante que o educando saiba como aprender. Fazer uma relação da teoria com
a prática em cada disciplina, não só nas disciplinas tradicionalmente compreendidas
como práticas, mas em todas elas: língua portuguesa, artes plásticas, química ou
matemática.
A LDB é bastante explícita: ao sair do ensino médio, o aluno
deverá ter compreensão do significado das ciências, das artes e das letras. Ele não
deverá saber a Língua Portuguesa, mas dominá-la como instrumento de
comunicação, exercício de cidadania e acesso ao conhecimento.
Hoje o movimento de acréscimo, no ensino médio, ocorre em
momento de globalização econômica, de aumento da competitividade, de crise de
emprego, de crise de empregabilidade, que incide cruelmente sobre a população
jovem. Quem é este jovem que chega ao ensino médio?
Ele não é mais um “mauricinho” cuja carreira já havia sido
determinada pela família: terminar o ensino médio, fazer o cursinho e ingressar na
faculdade. Este jovem em sua maioria tem, sim, o ensino superior no seu projeto de
vida, mas não exclusivamente: precisa do trabalho como estratégia para continuar
os estudos. É um jovem que, de modo geral, já atingiu nível educacional superior ao
de seus pais e, portanto, é capaz de alcançar significados que a geração anterior de
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sua família não teve. E, finalmente, tem de ter autonomia na sua vida, porque vai
ganhar sua subsistência.
O novo aluno do ensino médio precisa ter um projeto de vida que
inclua o trabalho e a continuidade dos estudos, ou pelo menos, o trabalho. Desta
forma a escola precisa fazer com que as informações recebidas no ambiente escolar
tenha significado para esse aluno, ou seja, para sua vida. A escola tenderá a se
transformar, cada vez mais, numa ponte de significados sobre a auto-estrada das
informações e dos conhecimentos que trabalhamos no cotidiano escolar.
Conhecimentos e informações se adquirem sozinhos, enquanto
que significados se constroem interagindo com o outro. E a escola é um espaço de
convivência e troca de significados. A cultura é significado, e nada mais coletivo,
como produto, que a cultura. A comunicação, nesse sentido, é a possibilidade de
que muitos significados circulem e entrem em concorrência em condições de
igualdade.
O professor está hoje sendo levado a parar e entender que não é
mais a única fonte legítima de conhecimento para seu aluno. Talvez este seja mais
hábil e mais rápido para ir à Internet buscar muitas informações, mas enquanto isso
acontece fortalece-se o papel que o professor sempre teve de ajudar o aluno a dar
sentido às informações, avaliando, criticando, compreendendo, julgando a
pertinência e aplicando-as na sua vida prática.
Isso terá cada vez mais impacto sobre a atividade docente. O
professor não precisa ser a única fonte de conhecimentos para legitimar-se entre os
alunos. Os conhecimentos podem vir da Internet, da televisão, do vizinho, da prática
social, do trabalho. Mas o sentido que esses conhecimentos podem constituir é uma
coisa que esse professor pode e deve trabalhar. E quem trabalha sentido trabalha
linguagem; trabalha a língua e trabalha as demais linguagens: a linguagem do corpo,
da música, das artes, da informática, como recursos para constituir sentido, que
permitam à pessoa navegar na enxurrada de informações sem afogar-se. São
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indispensáveis a constituição de sentidos, a negociação de sentidos na sala de aula
e a possibilidade de gerar, nesta sala de aula e na escola, uma certa inteligência
coletiva que negocie sentidos. Não se trata apenas só de saber química; trata-se de
saber para que serve saber química e qual é o papel dela no mundo de hoje.
Um dos princípios que deve fazer parte da organização do
currículo de uma escola é a interdisciplinaridade, partindo da noção de que as
disciplinas escolares são recortes arbitrários do conhecimento, ou seja precisa haver
nas escolas uma solidariedade didática, ou seja, solidariedade implica boa vontade,a
idéia de desarmar resistências em relação aos feudos disciplinares. Obviamente, a
interdisciplinaridade pode ser muito mais que uma solidariedade didática,pois quanto
mais o educador se aprofunda em sua disciplina, mais percebe as conexões dessa
disciplina, (como objeto e como método) com outras áreas do conhecimento.
Não
se
pretende
formar
pessoas
desespecializadas,
interdisciplinaridade não significa isso. Ao contrário, implica domínio para perceber
conexão. E aí a interdisciplinaridade pode dar-se em níveis mais sofisticados e isso
naturalmente vai depender de como educadores e a escola como um
todo
se
posiciona diante do assunto.
Um outro princípio que norteia a organização do currículo no
ensino médio vem da educação profissional. Na língua Inglesa conhecido como
aprendizagem situada. Na língua portuguesa é chamado de contextualização do
conteúdo. A contextualização tem a ver com a motivação, conceito fartamente
explorado em pedagogia. Motivar o aluno depende de fazê-lo entender, dar sentido
àquilo que aprende. Quando um professor ensina física, química ou história a um
aluno, está transferindo a ele conhecimentos gerados em outro âmbito que quando
foram produzidos com certeza despertaram um encantamento muito difícil de repetir
para o aluno. É quase impossível, quando se ensina ou se faz a transposição
didática desse conhecimento, despertar na sala de aula o mesmo encantamento de
quem fez a descoberta original.
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Por essa razão, na transposição didática o processo de invenção
precisa ser reproduzido quase artificialmente para que o aluno possa aprender
significativamente. Um dos recursos para fazer isso é a contextualização: relacionar
o que está sendo ensinado com sua experiência imediata ou cotidiana. Assim, o
aluno poderá perceber que o ruído de pneu e a freada do carro têm a ver com
aquela fórmula sobre atrito, explicada em aula pelo professor de física. E o aluno
fará a ponte entre a teoria e a prática, como manda a LDB. Um dos contextos
importantes para fazer isso é o da produção de bens e serviços, isto é o contexto
do trabalho.
Mas não é o único. O novo aluno do ensino médio precisa, por
exemplo,determinar a sua sexualidade e como exercê-la de maneira segura. Ou
precisa, também, decidir se faz dieta ou não e cuida da sua saúde; se fuma ou não;
se usa droga. Quer saber como conviver com sua família, como lidar com a questão
de já estar avançado ao nível escolar de seu pai ou de sua mãe. Deve decidir como
buscar seu parceiro ou sua parceira. Problemas desse tipo, concretamente
enfrentados pelos jovens, desenham contextos que dependem das características e
exigências da clientela. É na contextualização que se ausculta, portanto, como
trabalhar os conteúdos de modo a que o aluno dê aos mesmos um sentido prático.
“Preparar para a vida” é um lema que faz parte da tradição
pedagógica tanto as críticas que a escola recebe por deixar de cumpri-lo, por deixar
a realidade fora de seu espaço, fora ora de seus muros. Deste modo, ser aluno
deste século assume também o significado de aprender em um contexto no qual a
realidade invade os espaços escolares de um modo ou de outro. Para muitos alunos
essa invasão se mostra sob formas tais como a falta de esperança, a desmotivação,
a tentativa de romper com as normas da instituição, enfim, o questionamento dos
valores e modelos escolares.
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Desta forma, para preparar estes jovens a escola deveria
procurar, tomar consciência acerca da realidade social em que vivemos, ou seja,
procurar compreender profundamente a realidade como via fundamental para nela, a
realidade, realizar suas funções.
É claro que não estamos dizendo que preparar para as diversas
exigências destes tempos seja preparar para o mercado de trabalho, ou para a
universidade ou para qualquer tipo de atividades com que os jovens poderão se
deparar no futuro.
O que estamos querendo dizer é que se trata de transformar a
escola em uma instituição que desenvolva atividades de tal modo que permita aos
alunos desenvolverem habilidades necessárias para enfrentar o dia de amanhã,
porém, de um modo adequado à etapa de vida que os adolescentes atravessam. Em
essência, trata-se de criar condições para que eles possam desenvolver
competências e apreender valores que lhes permitam viver sua adolescência em
melhores condições e adquirirem as ferramentas necessárias para que possam
apropriarem se do conhecimento socialmente construído, recriando-os frente as
mais diversas situações. Uma aprendizagem ligada a aspectos significativos da
realidade, desenvolvendo as habilidades intelectuais de observação, análise,
compreensão, avaliação, extrapolação e cooperação na busca de soluções para
problemas comuns.
Entre as habilidades e aprendizagens que a escola deveria ajudar
os jovens a desenvolver estão principalmente aquelas ligadas ao conhecimento
científico e as de comunicação.
Permitir ao aluno que ele saiba diferenciar entre opiniões e
evidências, a análise e a organização de informações, entre tantas outras,
contribuem de forma significativa para a modificação de sua visão de mundo.
Atividades que redefinem a capacidade de observação e de formular perguntas, que
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orientem o trabalho com os dados, a compreensão de representações gráficas, a
interpretação precedida pela análise da informação, a leitura crítica das mensagens
do mundo, são algumas das tantas alternativas disponíveis.
As capacidades de comunicação permitem fazer dos alunos
leitores habituais de todos os tipos de textos, preparando-os para interagir com as
novas tecnologias da comunicação, desenvolvendo a capacidade de comunicar-se
no grupo, capacidade, que entre outras, é uma exigência do mundo do trabalho
atual.
Questões como a necessidade de negociar critérios e tempos de
trabalho, de distribuição de tarefas entre os membros do grupo, de explicar uma
idéia aos colegas, de discutir sobre a tomada de decisões valorizam as
comunicações e também a internalização de determinados valores,
respeito aos colegas e às idéias diferentes, o reconhecimento
de
tais
como:
capacidades
diversas, a possibilidade de reconhecer os próprios erros entre muitas outras.
Constitui-se numa importante tarefa do professor orientar a
reflexão acerca destes valores, procurar que a participação dos alunos no grupo seja
eqüitativa, avaliar e também propor a auto-avaliação não somente dos conteúdos e
conhecimentos adquiridos como também dos valores colocados nas diferentes
situações vivenciadas,
A escola deve contribuir para gerar a aquisição de valores
democráticos e critérios de autonomia, solidariedade e compromisso com a
sociedade. Os alunos necessitam que a escola, como instituição, defina normas
claras de funcionamento e as explicite para que saibam como se espera que se
comportem, e por outro lado, necessitam vivenciar estas normas como
imprescindíveis para a vida em sociedade.
Formar jovens com sentido de responsabilidade é prepará-los
para serem adultos autônomos, e isto é importante, principalmente para aqueles que
necessitarão lutar por um “lugar” na sociedade.
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Segundo a LDB, o ensino médio, etapa final da educação básica,
com duração mínima de três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do
educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana,
incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina.
A lei determina também que o currículo do ensino médio
observará as seguintes diretrizes:
Destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do
significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação
da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação,
acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
Adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a
iniciativa dos estudantes; Serão incluídas uma língua estrangeira moderna, como
disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em
caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.
O Ensino Médio está organizado por série, tendo em cada uma
destas disciplinas da base comum e algumas da parte diversificadas que são
determinadas de acordo com a característica da comunidade escolar.
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Tendo em vista esta preocupação, consideramos importante uma
reflexão sobre cada uma das disciplinas que fazem parte da grade curricular do
Ensino Médio, discutindo sua função acadêmica e social, assim como os objetivos
de cada uma delas dentro do contexto escolar.
ARTE
O homem desde os primórdios, sempre teve a necessidade de se
expressar, de se comunicar. As artes são tão antigas quanto à humanidade e se
trata de uma fiel testemunha da história construída pelo homem. Ao esculpir, pintar
e desenhar um artista retrata a sua realidade.
Os acontecimentos políticos, econômicos e sociais influenciam na
criação artística. Recebemos influências de origem portuguesa, indígena e africana.
A arte é importante na formação e desenvolvimento de crianças e
jovens como área de conhecimento. O aluno se desenvolve fazendo, conhecendo e
apreciando produções artísticas, que são ações que integram o perceber, o pensar,
o aprender, o recordar, o imaginar, o sentir, o expressar, o comunicar.
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental tem como meta
propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens culturais, pôr
meio de um conjunto de saberes em Arte (linguagens: visuais, dança, música) que
lhe permitam utilizar-se desses conhecimentos (ver, saber, fazer) na compreensão
das realidades ampliando o seu modo de vê-las.
A concepção de Arte se faz constante na vida diária do ser
humano desde os primórdios até a atualidade, seja ela vista de várias maneiras,
como exemplo: as vestes, a arquitetura, modelos de carros, etc., onde se fazem
necessários a criatividade e a necessidade humana.
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Com o passar da história a Arte se manifestou através de vários
estilos e movimentos, onde cada um com sua particularidade contribuíram para o
desenvolvimento da sociedade, sem falar em seus
artistas
que
eram
exímios
idealizadores.
A
sensibilização
artística
estimula
o
aluno
a
perceber,
compreender e relacionar-se com o cotidiano, ensina que nossas experiências
geram transformações permanentes. O desenvolvimento artístico é resultado de
formas complexas de aprendizagem, neste momento é preciso ser flexível.
Independente de talentos especiais, a capacidade de expressão esta no seu
processo de criação, no deixar transparecer as impressões dos sentidos, no qual se
exprime sentimentos e emoções.
Deste modo a Arte facilita o desenvolvimento da criatividade, da
sensibilidade, produzindo trabalhos exercitando sua cidadania cultural, utilizando seu
conhecimento estético, nas diversas linguagens artísticas: ARTES VISUAIS,
DANÇA, MÚSICA, TEATRO.
O ensino da Arte visa ampliar o repertório cultural do aluno, a
partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados o aproximando do
universo cultural da humanidade em suas diversas representações.
A disciplina de Arte tem pôr objetivo tornar o aluno capaz de fazer
leituras das representações artísticas através do conhecimento do ver, saber e fazer,
tornando-o um indivíduo crítico e capaz de reconhecer a importância da arte como
expressão e comunicação dos diferentes povos e culturas relacionando-o com a sua
realidade.
• Formação geral do aluno na área de Educação Artística;
• Sondagem de aptidão;
• Aproximação entre a técnica e a criatividade;
• Refletir sobre o desenho em geral, desvinculando-se do seu
material mais usual: o lápis;
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• Introduzir e exercitar o desenho com técnicas diferenciadas;
• Aprender e produzir o trabalho, e desenvolver a criação artística;
• Conhecer um pouco sobre a História da Arte;
• Introduzir e treinar o desenho de observação das formas;
• Experienciar o preparo dos próprios materiais;
•Experimentar os desenhos em suportes diferentes;
• Aprender a fazer esboço antes do trabalho final;
• Introduzir o uso da imaginação na representação;
• Desenhar a partir da imaginação, praticar o desenho de
memória;
• Recuperar a espontaneidade e liberdade de expressão;
• Estudar e aprender novas técnicas de desenhos e pintura;
• Desenvolver a observação das proporções e tamanhos;
• Introduzir noções básicas de luz e sombra;
• Estimular a criatividade e a observação;
CONTEÚDOS POR SÉRIE
•
2ª série: Posição: horizontal, vertical e diagonal; Proporção: tamanho e peso;
Movimentação: repetição e alternância; Leitura da Composição Plástica:
ilustrações, cartazes, placas e obras de Arte; Saber Estético: elementos
visuais (forma, linha contorno, plano superfície, volume, textura, cores
primárias e secundárias);Composição: bidimensional (desenho e pintura) e
tridimensional (modelagem, maquete e dobradura); Trabalho Artístico:
expressar a leitura dos objetos e da realidade, através da Linguagem Plástica;
Teatro: história, personagem e espaço cênico; Dança e Música.
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• 3ª série: Qualidades plásticas da forma e do espaço em relação a Posição:
longe, perto/ em cima, embaixo/ central, lateral; Proporção: tamanho e peso;
Movimento (direção): esquerda, direita/ para frente, para trás/ para cima, para
baixo; Pontos de Vista: frontal, de topo e de perfil; Compreensão da realidade
expressa na obra; Saber Estético: elementos visuais (linha, plano, volume,
textura, cor – monocromia e policromia); Qualidades Plásticas: equilíbrio,
harmonia e dinâmica; Composição: bidimensional (desenho, pintura, colagem
e gravura) e tridimensional (modelagem, maquete, dobradura, móbile e
escultura); Dança: movimento; Música: som; Expressar as qualidades
estéticas dos objetos e da realidade através da Linguagem Plástica.
•
4ª série: Leitura das Qualidades Plásticas dos objetos e da Realidade;
Qualidades Plásticas da Forma e do Espaço em relação a posição:
sobreposição e justaposição; Proporção: peso; Movimento: ascendente e
descendente; Pontos de Vista: frontal, de topo e de perfil; Compreensão da
realidade expressa na obra; Saber Estético: elementos visuais (linha, plano –
altura e largura, volume - altura, largura e profundidade, textura – impressão e
criação, cores - quente, fria e neutra) ; Qualidades Plásticas: equilíbrio,
harmonia e dinâmica; Composição: bidimensional (desenho, pintura, colagem,
gravura e história em quadrinhos) e tridimensional (modelagem, escultura,
dobradura, maquete e móbile).
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5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica
pentatônica
cromática
Improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Africana
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEAB
IC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Nesta série, o trabalho
é direcionado para a
estrutura e organização
da arte em suas origens
e outros períodos
históricos; nas séries
seguintes, prossegue o
aprofundamento dos
conteúdos.
Percepção dos elementos
formais na paisagem
sonora e na música.
Audição de diferentes
ritmos e escalas musicais.
Teoria da música.
Produção e execução de
instrumentos rítmicos.
Prática coral e cânone
rítmico e melódico.
Compreensão dos
elementos que
estruturam e organizam
a música e sua relação
com o movimento
artístico no qual se
originaram.
Desenvolvimento
da formação dos
sentidos rítmicos e de
intervalos melódicos e
harmônicos.
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico,
indígena, popular e
étnico
Técnicas: vocal,
instrumental
e mista
Improvisação
Música popular e
étnica (ocidental
e oriental)
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEABI
C
Nesta série é importante
relacionarm o conhecimento
com formas artísticas
populares e o cotidiano
do aluno.
Percepção dos modos
de fazer música, através
de diferentes formas
musicais.
Produção de trabalhos
musicais com
características populares e
composição de sons da
paisagem sonora.
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Compreensão das
diferentes formas
musicais populares,
suas origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática e
teórica de técnicas e
modos de composição
musical.
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7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a
fusão de ambos.
Técnicas: vocal,
instrumental
e mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
ABIC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Nesta série o trabalho
poderá enfocar o
significado
da arte na sociedade
contemporânea e em
outras épocas,
abordando a mídia
e os recursos
tecnológicos na arte.
Percepção dos modos
de fazer música,
através de diferentes
mídias.
(Cinema, Vídeo, TV e
Computador)
Teorias sobre música e
indústria cultural.
Produção de trabalhos
de composição musical
utilizando equipamentos
e recursos tecnológicos.
Compreensão
das diferentes
formas musicais
no Cinema e nas
mídias, sua função
social e ideológica
de veiculação e
consumo.
Apropriação prática
e teórica das
tecnologias e modos
de composição
musical nas mídias;
relacionadas à
produção, divulgação
e consumo.
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEABIC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental
e mista
Gêneros: popular,
folclórico e étnico.
Música Engajada
Música Popular
Brasileira.
Música
Contemporânea
Nesta série, tendo em
vista o caráter criativo da arte,
a ênfase é na arte como
ideologia e fator de
transformação social.
Percepção dos modos
de fazer música e sua função
social.
Teorias da Música.
Produção de trabalhos com os
modos de organização e
composição musical, com
enfoque na Música.
Compreensão da
música como fator de
transformação social.
Produção de trabalhos
musicais, visando
atuação do sujeito em
sua realidade singular
e social.
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5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA ARTE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEABIC
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica,
simetria
Técnicas: Pintura,
escultura,
arquitetura...
Gêneros: cenas da
mitologia...
Arte GrecoRomana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-Histórica
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Nesta série o trabalho
é direcionado para a
estrutura e organização
da arte em suas origens
e outros períodos
históricos; nas séries
seguintes, prossegue o
aprofundamento dos
conteúdos.
Estudo dos elementos
formais e sua articulação
com os elementos de
composição e movimentos
e períodos das artes
visuais.
Teoria das Artes Visuais.
Produção de trabalhos de
artes visuais.
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA ARTE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: Pintura,
escultura,
modelagem,
gravura...
Gêneros:
Paisagem,
retrato, natureza
morta...
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e
Paranaense
Renascimento
Barroco
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEAB
IC
Nesta série é importante
relacionar o conhecimento
com formas artísticas
populares e o cotidiano
do aluno.
Percepção dos modos de
estruturar e compor as
artes visuais na cultura
destes povos.
Teoria das Artes Visuais.
Produção de trabalhos
de artes visuais com
características da cultura
popular, relacionando os
conteúdos com o
cotidiano do aluno.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Compreensão
das diferentes
formas artísticas
populares, suas
origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação
prática e teórica de
técnicas e modos de
composição visual.
43
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA ARTE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia,
audiovisual
e mista...
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte
Contemporânea
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
ABIC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Nesta série o trabalho
poderá enfocar o
significado da arte na
sociedade
contemporânea
e em outras épocas,
abordando a mídia e os
recursos tecnológicos
na arte.
Percepção dos modos
de fazer trabalhos com
artes visuais nas
diferentes mídias.
Teoria das artes visuais
e mídias.
Produção de trabalhos
de artes visuais
utilizando equipamentos
e recursos tecnológicos.
Compreensão das
artes visuais em
diversos no Cinema e
nas mídias, sua função
social e ideológica de
veiculação e consumo.
Apropriação prática
e teórica das
tecnologias e modos
de composição das
artes visuais nas
mídias, relacionadas à
produção, divulgação
e consumo.
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA ARTE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEABIC
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura,
grafitte,
performance...
Gêneros:
Paisagem
urbana, cenas do
cotidiano...
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte
Latino-Americana
Hip Hop
Nesta série, tendo em
vista o caráter criativo da arte,
a ênfase é na arte como
ideologia e fator de
transformação social.
Percepção dos modos
de fazer trabalhos
com artes visuais e sua
função social.
Teorias das Artes Visuais.
Produção de trabalhos
com os modos de organização
e composição como fator
de transformação social.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Compreensão da
dimensão das Artes
Visuais enquanto fator
de transformação
social.
Produção de
trabalhos, visando
atuação do sujeito em
sua realidade singular
e social.
44
ESTADO DO PARANÁ
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COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
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5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico,
adereços
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
indireto e direto,
improvisação,
manipulação,
máscara...
Gênero: Tragédia,
Comédia e Circo.
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
ABIC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Nesta série o trabalho é
direcionado para a
estrutura
e organização da arte
em suas origens e
outros períodos
históricos; nas
séries seguintes,
prossegue o
aprofundamento dos
conteúdos.
Estudo das estruturas
teatrais: personagem,
ação dramática e
espaço cênico
e sua articulação com
formas de composição
em movimentos e
períodos onde se
originaram.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos
com teatro.
Compreensão
dos elementos
que estruturam e
organizam o teatro
e sua relação com
os movimentos
artísticos nos quais se
originaram.
Apropriação prática e
teórica de técnicas e
modos de composição
teatrais.
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Representação,
Leitura dramática,
Cenografia.
Técnicas: jogos
teatrais, mímica,
improvisação, formas
animadas...
Gêneros:
Rua e arena,
Caracterização
Comédia dell’
arte
Teatro Popular
Brasileiro e
Paranaense
Teatro Africano
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEABI
C
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Nesta série é importante
relacionar o conhecimento
com formas artísticas
populares e o cotidiano
do aluno.
Percepção dos modos de
fazer teatro, através de
diferentes espaços
disponíveis.
Produção de trabalhos com
teatro de arena.
Compreensão das
diferentes formas de
representação presentes
no cotidiano, suas
origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática e
teórica de técnicas e
modos de composição
teatrais, presentes no
cotidiano.
45
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7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia,
audiovisual
e mista...
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
ABIC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Nesta série o trabalho
poderá enfocar o
significado da arte na
sociedade
contemporânea
e em outras épocas,
abordando a mídia e os
recursos tecnológicos
na arte.
Percepção dos modos
de fazer teatro, através
de diferentes mídias.
Teorias da
representação
no teatro e mídias.
Produção de trabalhos
de representação
utilizando
equipamentos e
recursos tecnológicos.
Compreensão das
diferentes formas
de representação
no Cinema e nas
mídias, sua função
social e ideológica de
veiculação e consumo.
Apropriação prática
e teórica das
tecnologias e modos
de composição da
representação nas
mídias; relacionadas à
produção, divulgação
e consumo.
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas:
Monólogo,
jogos teatrais,
direção, ensaio,
Teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro Engajado
Teatro do
Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do
Absurdo
Vanguardas
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEABI
C
Nesta série, tendo em
vista o caráter criativo da
arte, a ênfase é na arte
como ideologia e fator de
transformação social.
Percepção dos modos de
fazer teatro e sua função
social.
Teorias do teatro.
Criação de trabalhos
com os modos de
organização e composição
teatral como fator de
transformação social.
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Compreensão da
dimensão ideológica
presente no teatro e o
teatro enquanto fator
de transformação
social.
Criação de trabalhos
teatrais, visando
atuação do sujeito em
sua realidade singular
e social.
46
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AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
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5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos
articulares
Fluxo (livre e
interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio
e baixo)
Deslocamento
(direto e indireto)
Dimensões
(pequeno e grande)
Técnica:
Improvisação
Gênero: Circular
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
ABIC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Nesta série o trabalho
é direcionado para a
estrutura e organização
da arte em suas origens
e outros períodos
históricos; nas séries
seguintes, prossegue o
aprofundamento dos
conteúdos.
Estudo do movimento
corporal, tempo, espaço
e sua articulação com
os elementos de
composição e
movimentos e períodos
da dança.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos
com dança utilizando
diferentes modos de
composição.
Compreensão
dos elementos
que estruturam e
organizam a dança
e sua relação com o
movimento artístico
no qual se originaram.
Apropriação prática e
teórica de técnicas e
modos de composição
da dança.
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENT COMPOSIÇÃO
OS
FORMAIS
MOVIMENTOS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEAB
IC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre,
interrompido e
conduzido) Lento, rápido
e moderado
Niveis (alto, médio
ebaixo) Formação
Direção Gênero:
Folclórica, popular e
étnica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Nesta série é importante
relacionar o conhecimento
com formas artísticas
populares e o cotidiano do
aluno.
Percepção dos modos de
fazer dança, através de
diferentes espaços onde é
elaborada e executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos
com dança utilizando
diferentes modos de
composição.
Compreensão das
diferentes formas de
dança popular, suas
origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação
prática e teórica de
técnicas e modos
de composição da
dança.
47
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7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Direções (frente,
atrás, direita e
esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria
Cultural e
espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
ABIC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Nesta série o trabalho
poderá enfocar o
significado da arte na
sociedade
contemporânea
e em outras épocas,
abordando a mídia e os
recursos tecnológicos
na arte.
Percepção dos modos
de fazer dança, através
de diferentes mídias.
Teorias da dança de
palco e em diferentes
mídias.
Produção de trabalhos
de dança utilizando
equipamentos e
recursos tecnológicos.
Compreensão das
diferentes formas de
dança no Cinema,
Musicais e nas
mídias, sua função
social e ideológica de
veiculação e consumo.
Apropriação prática
e teórica das
tecnologias e modos
de composição da
dança nas mídias;
relacionadas à
produção, divulgação
e consumo.
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTO
COMPOSIÇÃO
S
FORMAIS
MOVIMENTOS
E PERÍODOS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPEABI
C
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e
longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance
e moderna
Vanguardas
Dança Moderna
Dança
Contemporânea
Nesta série, tendo em
vista o caráter criativo da
arte, a ênfase é na arte
como ideologia e fator de
transformação social.
Percepção dos modos de
fazer dança e sua função
social.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos
com os modos de
organização e composição
da dança como fator de
transformação social.
Compreensão da
dimensão da dança
enquanto fator de
transformação social.
Produção de trabalhos
com dança, visando
atuação do sujeito em
sua realidade singular
e social.
48
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ARTE - ENSINO MÉDIO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMEN
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
TOS
E PERÍODOS
FORMAIS
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
ABIC
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
No Ensino Médio é
proposta uma retomada
dos conteúdos do
Ensino Fundamental e
aprofundamento destes
e outros conteúdos de
acordo com a
experiência escolar e
cultural dos alunos.
Percepção da
paisagem sonora como
constitutiva da música
contemporânea
(popular e erudita), dos
modos de fazer música
e sua função social.
Teoria da Música.
Produção de trabalhos
com os modos de
organização e
composição musical,
com enfoque na música
de diversas culturas.
Compreensão
dos elementos
que estruturam
e organizam a
música e sua relação
com a sociedade
contemporânea.
Produção de trabalhos
musicais, visando
atuação do sujeito em
sua realidade singular
e social.
Apropriação prática e
teórica dos modos de
composição musical
das diversas culturas e
mídias, relacionadas à
produção, divulgação
e consumo.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo Melodia
Harmonia
Escalas
Modal, Tonal e
fusão
de ambos.
Gêneros: erudito,
clássico, popular,
étnico, folclórico,
Pop ...
Técnicas: vocal,
instrumental,
eletrônica,
informática e mista
Improvisação
Música Popular
Brasileira
Paranaense
Popular Indústria
Cultural Engajada
Vanguarda Ocidental
Oriental Africana
Latino-Americana
49
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COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
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ENSINO MÉDIO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Simetria
Deformação
Estilização
Técnica: Pintura,
desenho,
modelagem,
instalação
performance,
fotografia, gravura
e esculturas,
arquitetura, história
em quadrinhos...
Gêneros:
paisagem,
natureza-morta,
Cenas do
Cotidiano,
Histórica,
Religiosa,
da Mitologia...
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de
Vanguarda
Indústria Cultural
Arte
Contemporânea
Arte LatinoAmericana
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
AB
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
No Ensino Médio é
proposta uma retomada
dos conteúdos do
Ensino Fundamental e
aprofundamento destes
e outros conteúdos
de acordo com a
experiência escolar e
cultural dos alunos.
Percepção dos modos
de fazer trabalhos
com artes visuais nas
diferentes culturas e
mídias.
Teoria das artes
visuais.
Produção de trabalhos
de artes visuais com os
modos de organização
e composição, com
enfoque nas diversas
culturas
Compreensão
dos elementos
que estruturam e
organizam as artes
visuais e sua relação
com a sociedade
contemporânea.
Produção de trabalhos
de artes visuais
visando a atuação
do sujeito em sua
realidade singular e
social.
Apropriação prática
e teórica dos modos
de composição das
artes visuais nas
diversas culturas e
mídias, relacionadas à
produção, divulgação
e consumo.
50
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
ENSINO MÉDIO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
direto
e indireto, mímica,
ensaio, TeatroFórum
Roteiro
Encenação e
leitura
dramática
Gêneros: Tragédia,
Comédia, Drama e
Épico
Dramaturgia
Representação nas
mídias
Caracterização
Cenografia,
sonoplastia,
figurino
e iluminação
Direção
Produção
Teatro GrecoRomano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do
Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de
Vanguarda
Teatro
Renascentista
Teatro LatinoAmericano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
ABIC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
No Ensino Médio é
proposta uma retomada
dos conteúdos do
Ensino Fundamental e
aprofundamento destes
e outros conteúdos
de acordo com a
experiência escolar e
cultural dos alunos.
Estudo da personagem,
ação dramática e
do espaço cênico
e sua articulação
com os elementos
de composição e
movimentos e períodos
do teatro.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos
com teatro em
diferentes espaços.
Percepção dos modos
de fazer teatro e sua
função social.
Produção de trabalhos
com os modos de
organização e
composição teatral
como fator de
transformação social.
Compreensão
dos elementos
que estruturam e
organizam o teatro
e sua relação com o
movimento artístico
no qual se originaram.
Compreensão da
dimensão do teatro
enquanto fator de
transformação social.
Produção de trabalhos
teatrais, visando
atuação do sujeito em
sua realidade singular
e social.
Apropriação prática
e teórica das
tecnologias e modos
de composição da
representação nas
mídias; relacionadas à
produção, divulgação
e consumo.
Apropriação prática e
teórica de técnicas e
modos de composição
teatrais.
51
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
ENSINO MÉDIO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
FORMAIS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos
articulares
Lento, rápido e
moderado
Aceleração e
desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros:
Espetáculo,
industria cultural,
étnica, folclórica,
populares e salão
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança
Contemporânea
ABORDAGEM
PEDAGÓGICAPE
ABIC
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
No Ensino Médio é
proposta uma retomada
dos conteúdos do
Ensino Fundamental e
aprofundamento destes
e outros conteúdos
de acordo com a
experiência escolar e
cultural dos alunos.
Estudo do movimento
corporal, tempo,
espaço e sua
articulação
com os elementos
de composição e
movimentos e períodos
da dança.
Percepção dos modos
de
fazer dança, através de
diferentes espaços
onde
é elaborada e
executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos
de dança utilizando
equipamentos e
recursos
tecnológicos.
Produção de trabalhos
com dança utilizando
diferentes modos de
composição.
Compreensão
dos elementos
que estruturam e
organizam a dança
e sua relação com o
movimento artístico
no qual se originaram.
Compreensão das
diferentes formas de
dança popular, suas
origens e práticas
contemporâneas.
Compreensão da
dimensão da dança
enquanto fator de
transformação social.
Compreensão das
diferentes formas de
dança no Cinema,
musicais e nas mídias,
sua função social
e ideológica de
veiculação e consumo.
Apropriação prática
e teórica das
tecnologias e modos
de composição da
dança nas mídias;
relacionadas à
produção, divulgação
e consumo.
52
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
METODOLOGIA
Para preparar as aulas de artes, é preciso considerar para quem
elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola
como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia
do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:
•
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.
•
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e
acesso à obra de arte.
•
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os ele-
mentos que compõe uma obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses
momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou
várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental é que começa o processo
de aproximação do aluno com o universo artístico. É papel da escola como espaço
socializador do conhecimento possibilitar e ampliar as oportunidades para essas
experiências estéticas. Portanto cabe ao professor a partir dos conteúdos, investigar
a memória, a percepção e as possíveis associações com a realidade e cotidiano do
aluno.
O professor pode criar condições de aprendizagem para o aluno
ampliando as possibilidades de análise das áreas artísticas, a partir da idéia de que
as mesmas são constituídas de produções culturais. Em suas aulas o professor
poderá explicitar através das manifestações e produções artísticas, elementos que
53
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
identificam determinadas sociedades e de que forma se deu artisticamente. Explorar
o formato bidimensional e virtual.
As aulas de dança poderão também abordar os movimentos e os
conceitos a respeito do corpo e da dança.
Na linguagem musical precisa-se desenvolver o hábito de ouvir,de
modo que se possa identificar os seus elementos formadores, a maneira e variações
como são distribuídos e organizados uma composição musical.
A partir da linguagem teatral poderá ser explorada como conteúdo a
dança, as possibilidades de improvisação e composição no trabalho com as
personagens.
A escola como espaço de formalização de saberes, possibilitará o
acesso e o estudo das informações visuais.
Para o desenvolvimento do trabalho é importante que ocorram os
três momentos na organização pedagógica: o sentir e perceber, o trabalho artístico e
o teorizar.É importante lembrar que o trabalho em sala pode iniciar por qualquer um
desses momentos ou por todos, simultaneamente.É imprescindível que o professor
trabalhe
nas quatro áreas( Artes visuais, teatro, música e dança) a História e
Cultura Afro e Indígena, considerando a origem cultural e o grupo social dos alunos
trabalhando nas aulas conhecimentos originados pela comunidade.Este conteúdo
pode possibilitar ao aluno um amplo conhecimento, desde a origem cultural, a
dança, a música, teatro e produzir trabalhos artísticos abrangendo momentos dentro
da organização pedagógica, teorizando, sentindo e percebendo e produzindo
trabalhos artísticos.
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AVALIAÇÃO
De acordo com a LDBEN (n- 9394/96, art.24, inciso V) e com a
Deliberação 07/99 do conselho Estadual de Educação (capítulo I, art.8), a avaliação
em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os
conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciados tanto no processo quanto na
produção individual e coletivas desenvolvidas a partir desses saberes é necessário
referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus
aspectos, experiências quanto conceituais.
É preciso que o professor tenha conhecimento da linguagem
artística, bem como da relação entre o criador e o que foi criado. Ela exige
fundamentação para que abra portas e aponte caminhos para o redimensionamento
das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a
produção do aluno.
Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar,
que estabeleçam os critérios, para que, em seguida, escolhem-se os procedimentos,
inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão utilizados no
processo de ensino e de aprendizagem.
O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas
apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. As
propostas podem ser solucionadas em sala, refletir e discutir sua produção e a dos
colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida na aprendizagem dos
conteúdos de Arte. A fim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são
vários instrumentos de verificação, como diagnóstico inicial e o acompanhamento da
aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos
artísticos, pesquisas e provas teórico – práticas.
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REFERÊNCIAS:
ALALEONA, Domingos C. Caldeira Filho. História da Música de João. São Paulo.
Ricordi Brasileira,1942.
BIBLIOTECA MULTIMÍDIA, Centro Difusor de Cultura, Enciclopédia Digital,
1999.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.
CALDEIRA, Eny. Ensino da Arte: os primeiros e a influência estrangeira na arteeducação em Curitiba.Tese de mestrado.Universidade Federal da Paraná.1998.
LOPONTE, I. G. O Ensino da arte na nova LDB: resgate histórico e
perspectivas. São Paulo: perspectiva,1996.
MAGALDI. Panorama do teatro Brasileiro. São Paulo,1997.
MARCHESI, Isaias Jr. Atividades de Educação Artística 1º Grau. São
Paulo.Editora Ática,1995.
MORAIS, Frederico. Arte é o que Eu e Você Chamamos Arte. Rio de
Janeiro.Editora Ática,1995.
OSTROWER, Fayga Perla. Universos da Arte.Rio de Janeiro.Campus,1989.
PEIXOTO, M.I. Arte e grande público: a distância a ser extinta, Campinas: Autores
Associados, 2003.
PILLAR,A.D.(org). A educação do olhar e o ensino das artes.Porto Alegre:
Mediação,1999.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Arte, para
o Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.
TAVARES, Isis Moura. Educação Artística 1º grau. Curitiba Módulo, 1996.
VYGOTSKY, Lev semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes,1999.
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CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL
A disciplina de Ciências tem como função principal colaborar para
a compreensão do mundo,
suas
transformações
e
evoluções.
Além
deste
pressuposto visa colocar o indivíduo na sociedade de modo que ele possa se tornar
um cidadão crítico e consciente.
A disciplina de ciências no ensino fundamental proporciona ao
educando uma compreensão racional do mundo que a cerca e uma postura mais
adequada como individuo e como parte da sociedade em que vive e do meio que
ocupa, preservando o ambiente natural e cultural com a qualidade de vida.
Aprender Ciências é o mesmo que acompanhar os processos
evolutivos do ensino-aprendizagem, os quais busquem uma participação significativa
dos alunos, tornando a aprendizagem duradoura ao fundamentá-la na vivência deles
e em informações colhidas no meio em que vivem. Dessa forma, aproxima o aluno
do ambiente e da comunidade em que vive, procurando motivá-lo a perceber o
mundo à sua volta.
Tendo a Ciência como fruto de construção humana, e em seu
esforço de decodificar e compreender o mundo, se fazendo necessário o
rompimento da visão compartimentada do saber incorporado à discussão científicopedagógica e ao ensino de Ciências os aspectos éticos, políticos, e sociais da
ciência e da tecnologia.
O estudo de Ciências trata de propor desafios, de modo direto e
explícito em se tratando da realidade do seu cotidiano, onde as crianças dessa faixa
etária de forma natural apresentam curiosidades, onde essa disciplina atende esses
anseios naturais, procurando equacionar esses desafios com a sua realidade, e de
uma forma buscando a compreensão do mundo e de suas transformações,
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reconhecendo o ser humano como indivíduo e parte integrante do Universo,
colaborando para este indivíduo se tornar um sujeito ativo e transformado das
realidades, com capacidade de refletir o mundo que se tem e o mundo que se quer.
A Ciência tem como objetivo construir conhecimentos de modo
que os alunos possam ser instrumentalizados par lidar com as informações do
universo científico e tecnológico, pois ele está presente desde uma simples planta
até às infinitas constelações. Seu estudo nos proporciona ver o mundo em que se
evidência a interdisciplinaridade de elementos que constitui a manutenção da
vida.
Como disciplina do currículo escolar, contribui para evidenciar a necessidade de
trabalhar vinculado aos princípios fundamentais como: da desigualdade humana,
solidariedade, equidade, entre outros
Deste modo, dentro desta disciplina é proposto o trabalho com
os temas: AMBIENTE E SERES VIVOS, CORPO HUMANO E SAÚDE, MATÉRIA E
ENERGIA e TECNOLOGIA.
O ensino de ciências deve oferecer ao aluno oportunidades de
reflexão e ação e formá-lo para reivindicá-las por amadurecimento próprio. Esse
objetivo pode ser alcançado no ensino de ciências, se estiver vinculado a situações
cotidianas, nas quais o aluno seja convidado a posicionar-se diante de fatos e
fenômenos novos. Procurando dessa forma, levar o estudante a aprender a
problematizar situações aparentemente inquestionáveis e a aceitar diferentes
maneiras de entender o mundo.
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OBJETIVOS
•
Reconhecer que a humanidade sempre que se envolveu com o
conhecimento da natureza e que a Ciência contribui para a atividade humana;
•
Valorizar as informações socialmente relevantes aos membros de sua
comunidade;
•
Valorizar a vida e as práticas a conservação da mesma e dos
ambientes;
•
Elaborar de forma individual e coletiva relatos, registros sobre o tema
proposto, registrando-os através de gráficos, tabelas, esquemas e maquetes;
•
Analisar diferentes explicações individuais e coletivas de caráter
histórico, refazer as suas idéias e interpretações;
•
Elaborar condições de equilíbrio e desequilíbrio ambiental equiparando
com as interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias alimentares;
•
Compreender a alimentação humana, a obtenção e a conservação dos
alimentos para a constituição da saúde;
•
Compreender as necessidades humanas, de caráter social, prático ou
cultural contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento científico;
•
Compreender como as teorias geocêntricas e heliocêntricas explicam
os movimentos dos corpos celestes, relacionando esses movimentos a
observação e à importância histórica destas visões;
•
Compreender o corpo humano e sua saúde como um todo integrado
por dimensões: biológicas, afetivas e sociais, relacionando a prevenção de
doenças, saúde das comunidades;
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•
Compreender as dimensões da reprodução humana e métodos
anticoncepcionais, valorizando o sexo seguro e a gravidez planejada,
demonstrando a precaução das Doenças Sexualmente Transmissíveis.
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Nesta Proposta Pedagógica em concordância com as DCNs de Ciências são
apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência,
base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino
Fundamental, são eles:
•
•
ASTRONOMIA
MATÉRIA
•
SISTEMAS BIOLÓGICOS
•
ENERGIA
•
BIODIVERSIDADE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DE CIÊNCIAS
Entende-se por Conteúdos Básicos os conhecimentos fundamentais para
cada série do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a formação
conceitual dos estudantes na disciplina de Ciências. O acesso a esses
conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o
trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.
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•
ASTRONOMIA
– Universo;
– Sistema solar;
– Movimentos celestes e terrestres;
– Astros;
– Origem e evolução do universo;
– Gravitação universal.
•
MATÉRIA
– Constituição da matéria;
– Propriedades da matéria.
•
SISTEMAS BIOLÓGICOS
– Níveis de organização;
– Célula;
– Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
– Mecanismos de herança genética.
•
ENERGIA
– Formas de energia;
– Conversão de energia;
– Transmissão de energia.
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•
BIODIVERSIDADE
– Organização dos seres vivos;
– Sistemática;
– Ecossistemas;
– Interações ecológicas;
– Origem da vida;
– Evolução dos seres vivos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS E ESPECÍFICOS POR SÉRIE
•
2ª série: Sol como fonte primária de energia, calor, movimento da terra:
rotação, translação e noções
de orientação através dos pontos cardeais;
Água:
habitat
onde
é
encontrada
aquáticos,
recursos
energéticos,
propriedades e estados físicos da água; Ar: umidade do ar. Solo: Infiltração e
evaporação; Composição do solo: importância para os seres vivos, no seu
uso e proteção no meio ambiente; Composição do ar e importância para os
seres vivos; Plantas: partes e funções; Partes do corpo humano e órgãos dos
sentidos; Saúde: radiação solar, doenças; Higiene; Preservação do meio
ambiente.
•
3ª série: O céu e a Terra, o que existe na Terra; A matéria muda de estado; A
superfície e suas transformações; A água e a vida na Terra; O ar e a vida na
Terra; As plantas e o ambiente, reprodução das plantas; Os animais e o
ambiente, reprodução os animais; Cadeia alimentar; Alimentos e saúde;
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Higiene e saúde; Saneamento Básico e saúde; Acidentes e primeiros
socorros;
4ª série: A energia no mundo: eletricidade, outras formas de obter
•
energia, circuito elétrico, calor, combustão, magnetismo; Biosfera; Corpo
humano: sistema respiratório, circulatório, excretor, aparelho digestivo,
esqueleto humano, coluna vertebral, sistema reprodutivo masculino e
feminino, mudanças no corpo, puberdade, adolescência; Saúde: alimentação,
vacinas, doenças sexualmente transmissíveis, higiene física, mental e social;
Meio ambiente: O ser humano e os recursos da natureza, preservação e
conservação, técnicas e tecnologias.
5a SÉRIE
ASTRONOMIA
1. Universo
 Galáxias
 Movimentos das Galáxias
 Aglomerados
 Nebulosas
 Buracos Negros
 Lei de Hubble
 Idade do Universo
 Escala do Universo
 Densidade do Universo
 Formação do Universo
 As Fontes de Energia do Universo
2. Sistema Solar
 Geocentrismo
 Heliocentrismo
 Formação do Sistema Solar
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




Idade do Sistema Solar
Localização do Sistema Solar em nossa Galáxia
Dimensões do Sistema Solar
Composição do Sistema Solar
Astros do Sistema Solar
3. Movimentos Terrestres e Celestes
 Rotação
 Translação
 Estações do Ano
 Eclipse do Sol
 Eclipse da Lua
 Dias e Noites
MATÉRIA
1. Constituição da Matéria
 Conceito de Matéria
 Átomos
 Elementos Químicos
 Camadas Atmosféricas
 Crosta Terrestre
 Manto Terrestre
 Núcleo Terrestre
 Solos
 Rochas
 Minerais
 Água
 Composição (atômica) da Água
 Estrutura Química da Água
SISTEMAS BIOLÓGICOS
1. Níveis de Organização Celular
 Organismo
 Sistemas
 Órgãos
 Tecidos
 Células
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



Unicelular
Pluricelular
Autótrofo
Heterótrofo
ENERGIA
1. Formas de energia
 Energia Luminosa
 Energia Eólica
2. Conversão de Energia
 Ciclos da Matéria
 A interferência da Energia Luminosa nos Seres Vivos
 Fontes de Energia
 Fontes de Energia Renováveis e Não-renováveis
3. Transmissão de Energia
 Irradiação
 Convecção
 Condução
 Sistemas de Transmissão de Energia
 Mudanças de Estado Físico
BIODIVERSIDADE
1. Organização dos Seres Vivos
 Diversidade das Espécies
 Deriva Continental
 Extinção das Espécies
 Comunidade
 População
2. Ecossistemas
 Conceito de Biodiversidade
 Ecossistemas – Dinâmica
 Ecossistemas – Características
 Eras Geológicas
 Efeito Estufa
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3. Evolução dos Seres Vivos
 Teorias Evolutivas
4. Interações Ecológicas
Cadeia Alimentar
6a SÉRIE
ASTRONOMIA
1. Astros
 Estrelas
 Planetas
 Planetas Anões
 Satélites Naturais
 Anéis
 Meteoros
 Cometas
2. Movimentos Terrestres e Celestes
 Constelações
 A Esfera Terrestre e seu Sistema de Coordenadas
 A Esfera Celeste e seu Sistema de Coordenadas
MATÉRIA
1. Constituição da Matéria
 Composição do Planeta Terra Primitivo
 A Terra antes do Surgimento da Vida
 Atmosfera terrestre Primitiva
 Água
SISTEMAS BIOLÓGICOS
1. Célula
 Teoria Celular
 Tipos Celulares
 Mecanismos Celulares
 Estrutura Celular
 Respiração Celular
 Fotossíntese
 Reserva Energética
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2. Níveis de Organização Celular
 Organismo
 Sistemas
 Órgãos
 Tecidos
 Células
 Unicelular
 Pluricelular
 Procarionte
 Eucarionte
 Autótrofo
 Heterótrofo
3. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
 Características Gerais dos Seres Vivos
 Órgãos e Sistemas Animais e Vegetais
 Sistema Reprodutor
ENERGIA
1. Formas de energia
 Energia Térmica
 Energia Luminosa
 Energia Elétrica
2. Transmissão de Energia
 Sistemas de Transmissão de Energia
 Leis de Newton
BIODIVERSIDADE
1. Origem da Vida
 Conceito de Biodiversidade
 Biogênese
 Teorias sobre o Surgimento da Vida
 Geração Espontânea
2. Organização dos Seres Vivos
 Diversidade das Espécies
 Extinção das Espécies
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 Comunidade
 População
3. Sistemática
 Classificação dos Seres Vivos
 Categorias Taxonômicas
 Filogenia
 Populações
4. Interações Ecológicas
 Interações Ecológicas
 Sucessões Ecológicas
 Relações Interespecíficas
 Relações intra-específicas
 Seres Autótrofos e Heterótrofos
7a SÉRIE
ASTRONOMIA
1. Origem e Evolução do Universo
 Teorias sobre a Origem do Universo (Teorias Cosmogônicas)
 Modelos de Universo Finito
 Modelos de Universo Infinito
 Modelos de Universo Inflacionário
 Modelos de Universo em Expansão
 A teoria da Relatividade e a Cosmologia Moderna
MATÉRIA
1. Constituição da Matéria
 Compostos Orgânicos
 Composição do Planeta Terra Primitivo
 Minerais
 Água
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SISTEMAS BIOLÓGICOS
1. Célula
 Teoria Celular
 Tipos Celulares
 Mecanismos Celulares
 Estrutura Celular
 Respiração Celular
 Reserva Energética
2. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
 Órgãos e Sistemas do Corpo Humano
 Estrutura e Funcionamento dos Tecidos
 Tipos de Tecidos
 Sistema Digestório
 Sistema Cardiovascular
 Sistema Respiratório
 Sistema Sensorial
 Sistema Excretor
 Sistema Urinário
 Sistema Reprodutor
 Sistema Endócrino
 Sistema Nervoso
3. Mecanismos de Herança Genética
 Cromossomos
 Gene
 DNA
 Mitose
 Meiose
ENERGIA
1. Formas de energia
 Energia Térmica
 Energia Química
BIODIVERSIDADE
1. Evolução dos Seres Vivos
 Teorias Evolutivas
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8a SÉRIE
ASTRONOMIA
1. Astros
 Constituição Físico-Qímica dos Astros
2. Gravitação Universal
 Leis de Kepler
 Leis de Newton
 Marés
3. Movimentos Terrestres e Celestes
 Eclipses
MATÉRIA
1. Propriedades da Matéria
 Massa
 Volume
 Densidade
 Compressibilidade
 Elasticidade
 Divisibilidade
 Indestrutibilidade
 Impenetrabilidade
 Maleabilidade
 Ductibilidade
 Flexibilidade
 Elasticidade
 Permeabilidade
 Condutibilidade
 Dureza
 Tenacidade
 Cor, Brilho, Sabor, Textura e Odor.
2. Constituição da Matéria
 Conceito de Matéria
 Átomos
 Modelos Atômicos
 Elementos Químicos
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












Íons
Ligações Químicas
Substâncias
Reações Químicas
Funções Químicas Inorgânicas
Ácidos
Sais
Bases
Óxidos
Lei da Conservação da Massa
Compostos Orgânicos
Composição (atômica) da Água
Estrutura Química da Água
SISTEMAS BIOLÓGICOS
1. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
 Sistema Sensorial
 Sistema Reprodutor
2. Mecanismos de Herança Genética
 Cromossomos
 Gene
 DNA
ENERGIA
1. Formas de Energia
 Energia Mecânica
 Energia Térmica
 Energia Luminosa
 Energia Nuclear
 Energia Elétrica
 Energia Química
 Energia Eólica
2. Conversão de Energia
 Sistemas Semi-Conservativos
 Ciclos da Matéria
 A interferência da Energia Luminosa nos Seres Vivos
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










Sistemas Ectotérmicos
Fontes de Energia
Eletromagnetismo
Conversão de Energia Potencial em Cinética
Movimentos
Velocidade
Aceleração
Colisões
Trabalho
Potência
Fontes de Energia Renováveis e Não-renováveis
3. Transmissão de Energia
 Irradiação
 Convecção
 Condução
 Sistemas de Transmissão de Energia
 Leis de Newton
 Máquinas Simples
 Sistemas Mecânicos
 Equilíbrio e Forças
 Mudanças de Estado Físico
BIODIVERSIDADE
1. Interações Ecológicas
 Ciclos Biogeoquímicos
3. METODOLOGIA
As Diretrizes Curriculares de Ciências propõem uma prática
pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo
metodológico. Para isso é necessário superar as práticas pedagógicas centradas
num único método.
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É importante, portanto, que o professor tenha autonomia para utilizar
diferentes recursos e estratégias em sala de aula, de modo que o processo ensinoaprendizagem resulte de uma rede de interações sociais entre estudantes,
professores e o conhecimento científico escolar.
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a
partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do
estudante, o número de aulas semanais, as características regionais, entre outros,
devem ser abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a
história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a
formação de conceitos científicos escolares no processo ensino aprendizagem da
disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo - o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza, levando em consideração que, para tal
formação conceitual, há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos
estudantes em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende
com a mediação didática.
Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos
estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e
conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares), e
relações entre esses conceitos científicos e as questões sociais, tecnológicas,
políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem
em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração
dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.
Entre os muitos recursos existentes, nas aulas de Ciências serão
utilizados: Leitura Compreensiva de Textos Científicos; Projeto de Pesquisa
Bibliográfica; Produção de Textos; Palestras com profissionais da Saúde e outros;
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Apresentação Oral; Atividades Experimentais; Projeto de Pesquisa de Campo;
Relatórios; Seminários; Debates; Recursos Audiovisuais (Vídeos na TV Pendrive,
Filmes em DVD, Documentários, Computadores do Paraná Digital, Transparências,
etc.); Trabalho em Grupo; Aulas Dialogadas, Aulas Demonstrativas, Estudo do Meio,
Excursões, Jogos Didáticos, Reportagens de Revistas e Jornais com temas em
evidência na mídia ou na comunidade local, que serão explorados e analisados de
forma a acrescentar aplicações cotidianas de Ciência. Todos esses recursos serão
utilizados com a participação dos alunos, favorecendo a expressão de seus
pensamentos, suas percepções, significações e interpretações.
Serão também trabalhados, na medida em que o conteúdo de
Ciência avocar, os Desafios Educacionais Contemporâneos (História e Cultura Afrobrasileira e Africana e Indígena, Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade
Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência). Para
isso o professor irá fundamentar-se na legislação estadual e federal que tratam
dessas demandas.
AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos e, no Ensino de Ciências dar-se-á ao longo de todo o
processo, valorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação
em Ciências será contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante,
havendo coerência entre as ações pedagógicas do professor, o encaminhamento
metodológico e o processo avaliativo. Existem muitas formas de avaliar sem a
restrita elaboração de questionários escritos aos alunos:
- Compreensão da relação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos
para explicação dos fenômenos naturais envolvidos no conteúdo específico.
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- Relacionar aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e históricos envolvidos com relação à ciência, tecnologia e sociedade.
- Compreensão do quanto os conhecimentos científicos abordados no conteúdo
se aplicam à sua prática social, o quanto se relacionam com outras disciplinas.
Seguindo esses preceitos, a avaliação da disciplina de Ciências será
realizada por meio de estratégias tais como:

Participação em sala de aula;

Projeto de Pesquisa Bibliográfica;

Produção de Textos;

Apresentação Oral;

Projeto de Pesquisa de Campo;

Relatórios das Atividades Experimentais;

Participação em Seminários;

Participação em Debates;

Atividades a partir de Recursos Audiovisuais;

Participação das atividades em Grupo;

Provas com Questões Discursivas;

Provas com Questões Objetivas.

Autoavaliação, etc.
A análise desses elementos indica a evolução dos alunos e permite
ao professor chegar à avaliação integradora, por meio da qual será possível
conhecer a maneira particular de cada um aprender. A recuperação de conteúdos
será realizada no decorrer de ano letivo, sempre que se fizer necessária. A média
anual será calculada de acordo com o sistema de avaliação da escola.
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REFERÊNCIAS
COSTA, Maria da La Luz M. SANTOS, Magaly Terezinh dos. SALÉM, Sônia.
Vivendo Ciências FTD São Paulo, 2002. 1ª Ed.
GOWDAK, Demétrio. Ensino de Ciências pelo Método Experimental. FTD. São
Paulo, 1993.
RUSSEL, J.B. Química Geral. 2ª ed. Pearson, Makron Books. São Paulo.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Ciências,
para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.
VALLE, Cecília. Ciências. Curitiba: Editora Positivo, 2004. 1ª Ed.
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EDUCAÇÃO FÍSICA
O currículo de Educação Física está embasado na pedagogia
histórico crítica da educação.
O currículo básico se caracterizou por uma proposta avançada
onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar à formação humana do aluno
em todas as dimensões. Em função deste contexto a
prática
de
ensino
da
Educação Física na escola deve recair ainda com ênfase nas dimensões
tradicionais, ou seja, com enfoque biológico, mecânico ou na dimensão psicológica.
A perspectiva de mudança e transformação de uma sociedade
fundamentada em valores individuais para uma sociedade mais igualitária,
representou um marco para a disciplina, deslocando a importância da dimensão
social da Educação Física.
Por fim, pode-se dizer que o ensino da Educação Física busca
romper com as perspectivas da aptidão física fundamentada somente em aspectos
técnicos e fisiológicos, destacam-se outras
questões
consideradas
relacionadas às dimensões culturais, sociais, políticas, objetivas
relevantes
no tratamento dos
conteúdos, baseadas nas concepções teóricas que discutem o corpo e
movimento.
Devemos considerar a disciplina de forma mais abrangente,
propiciando uma educação voltada para a consciência crítica onde o trabalho,
enquanto categoria é um dos princípios fundamentais das reflexões
acerca
da
disciplina da Educação Física nestas diretrizes curriculares.
A Educação Física deve ocupar-se do corpo e de seus
movimentos voltados para a ampliação constante das possibilidades concretas dos
seres humanos, ajudando-os assim na sua realização mais plena e autêntica. Claro
que tal realidade educativa se torna inviável se reduzirmos o corpo a uma de suas
dimensões apenas. Como também será extremamente difícil alcançar este propósito
se separarmos os aspectos físico, espiritual e emocional do homem e não os
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percebemos dentro de sua unidade e totalidade. Somente de uma maneira integral o
corpo poderá se constituir num objeto especifico da Educação Física enquanto uma
ciência do movimento. O corpo só pode ser entendido na posse de todas as suas
dimensões. Diante de todas as suas potencialidades é que o profissional de
Educação Física poderá realizar um trabalho efetivamente humanizante.
Através de uma reflexão critica e da ação é que seremos capazes
de promover conscientemente o ser humano a níveis mais altos de vida,
contribuindo assim com sua parcela para a realização da sociedade e das pessoas
em busca de sua própria felicidade.
A prática da Educação Física na escola poderá oferecer a
autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço,
traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações e sabendo distinguir
situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais.
A possibilidade de vivencias de socialização e de desfrute de
atividades lúdicas, sem caráter utilitário, são essenciais para a saúde e contribuem
para o bem estar coletivo.
A participação dos portadores de deficiências físicas pode trazer
muitos benefícios a essas crianças,
particularmente
no
que
diz
respeito
ao
desenvolvimento das capacidades afetivas, de integração e inserção social.
A aula de Educação Física pode favorecer a construção de uma
atitude digna e de respeito próprio por parte do deficiente e a convivência com ele
pode possibilitar a construção de atitudes de solidariedade, de respeito, de aceitação
sem preconceitos.
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OBJETIVOS
•
Oportunizar ao educando o seu desenvolvimento global nos aspectos
cognitivo, social, afetivo e motor, que conheça seu corpo, suas partes,
movimentos, posturas, atitudes, respeitando o seu espaço e seus limites.
•
Através de sondagem do cotidiano do educando, proporcionar situações
onde eles possam expressar-se corporalmente através de atitudes e idéias,
acompanhar e perceber seu próprio ritmo, analisar, refletir e modificar suas
ações, desenvolver habilidades, relacionar-se socialmente, ter postura
adequada diante de situações imprevistas, apurarem seu senso critico e de
responsabilidade.
•
Propiciar à criança situar-se em seu espaço, seu tempo, conhecê-los,
poder viver dentro deles. Classificar suas diferentes situações senti-las,
possibilitando-lhe um desenvolvimento perceptivo-motor amplo, para que
possa estruturar e perceber de um modo mais eficiente os diversos
acontecimentos nos quais será exposta.
•
Proporcionar à criança a aquisição de movimentos que lhe permitam
estruturar destrezas especificas, desenvolvendo a capacidade psico-motora
evidenciada no movimento corporal no sentido de recrear.
•
Estimular a capacidade de expressão individual por meio de movimentos
criativos e naturais.
•
Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação a sua saúde e a saúde coletiva.
•
Melhorar a aptidão física por meio da prática de habilidades motoras
fundamentais, em atividades de iniciação aos desportos individuais e
coletivos.
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•
Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar de manifestações de cultura
corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a
integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
2ª série: Ginástica de solo: Rolamento, Roda, Vela, Avião; Dança:
•
Brinquedos cantados, Condutas neuro-motoras; Jogos de construção:
Coordenação fina, Coordenação ampla, Coordenação viso-motora, Equilíbrio,
Lateralização, Organização e orientação espacial; Jogos simbólicos:
Descontração, Organização e orientação temporal, Estruturação espaçotemporal, Percepções auditivas, táteis e visuais, Habilidades perceptivomotoras; Dramatização; Jogos rítmicos: Ritmo próprio do corpo, Expressão
corporal, Postura, Atitude, Respiração; Jogos recreativos.
•
3ª e 4ª série: Ginástica de solo; Dança: Popular, Folclórica; Jogos
motores: Condutas neuro-motoras, Coordenação fina, ampla e viso-motora;
Equilíbrio, lateralidade e lateralização, Organização e orientação espacial e
temporal, Estruturação espaço-temporal e visual, Percepção tátil e auditiva,
Habilidades perceptivas motoras, Ritmo do próprio corpo, Aprendizagem
objeto-motora, Expressão corporal, Analise critica, Criação de novas regras;
Jogos intelectivos: Raciocínio, Concentração, Iniciativa, Regras, Técnicas,
Táticas; Jogos dramáticos: Dramatização, Expressão corporal, Analise das
relações sociais, Analise do jogo através da história; Jogos sensoriais:
Visuais, Auditivas, Táteis Observação: Os conteúdos no 2º ciclo terão
maior amplitude, complexidade e aprofundamento.
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EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Evidenciando uma relação entre a formação histórica do ser humano
através do trabalho e as práticas corporais decorrentes dele, as Diretrizes indicam a
“cultura corporal” como foco dos estudos da Educação Física. As ações pedagógicas
devem refletir sobre as formas e representações de mundo que o homem tem
formado, externadas pela expressão corporal em jogos, danças, lutas, ginásticas e
esportes.
5ª SÉRIE
Conteúdo
Estruturante
ESPORTES
JOGOS E
BRINCADEIRAS
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
Conteúdos Básicos
*Coletivos
*Individuais
Jogos e brincadeiras populares
*Brincadeiras e cantigas de roda
*Jogos de tabuleiro
*Jogos Cooperativos
*Danças criativas
*Dança circulares
*Danças folclóricas
*Danças de rua
*Danças criativas
*Lutas com instrumento mediador
*Capoeira
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6ª SÉRIE
Conteúdo
Estruturante
ESPORTES
JOGOS E
BRINCADEIRAS
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
Conteúdos Básicos
*Coletivos
*Individuais
*Jogos e brincadeiras populares
*Brincadeiras e cantigas de roda
*Jogos de tabuleiro
*Jogos Cooperativos
*Danças folclóricas
*Danças de rua
*Danças criativas
*Dança circulares
*Ginástica rítmica
*Ginástica circenses
*Ginástica geral
*Lutas de aproximação
*Capoeira
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7ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
ESPORTES
JOGOS E
BRINCADEIRAS
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
*Coletivos
*Radicais
*Jogos de tabuleiro
*Jogos e brincadeiras populares
*Jogos dramáticos
*Jogos Cooperativos
*Danças criativas
*Dança circulares
*Ginástica rítmica
*Ginástica circense
*Ginástica geral
*Lutas com instrumento mediador
*Capoeira
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8ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante
ESPORTES
JOGOS E
BRINCADEIRAS
DANÇA
GINÁSTICA
LUTAS
Conteúdos Básicos
*Coletivos
*Radicais
*Jogos de tabuleiro
*Jogos dramáticos
*Jogos Cooperativos
*Danças criativas
*Dança circulares
*Ginástica rítmica
*Ginástica geral
*Lutas com instrumento mediador
*Capoeira
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METODOLOGIA
Dentro do materialismo histórico-dialético o objeto de estudo é a
cultura do corpo por fazer uma relação entre a historicidade do movimento humano e
o cotidiano escolar em suas manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais.
Através de seus conteúdos a Educação Física contribui para que o
aluno tenha autonomia, conheça seu próprio corpo e dele tenha consciência.
Uma forma de aumentar o conjunto de conhecimentos é ter um
senso de cunho investigativo e de pesquisa no processo pedagógico.
Os mesmos conteúdos podem ser tratados no Ensino Fundamental
e médio, o que diferencia é grau de complexidade que o professor dará ao conteúdo
e elementos articuladores. Ainda são tratados de modo simultâneo e de forma
espiralada abandonando a linearidade ampliando a capacidade de pensar do aluno.
O professor deve levar em conta o que o aluno traz de
conhecimento, é a preparação para a construção do saber, depois o professor cria
uma situação onde o aluno é desafiado à procurar este conhecimento. Só então lhe
é disponibilizado o conteúdo sistematizado e historicamente construído, para a
assimilação e recriação onde com a observação o professor será capaz de intervir
pedagogicamente.
No final o professor propõe aos alunos a apresentação do que foi
assimilado. Esta se dá de forma verbal, escrita ou corporal.
Obs. Os alunos que têm dificuldade de relacionamento e
participação nas aulas, são estimulados a participar das aulas para aprimorar a
aprendizagem e melhorar a auto-estima, através da participação nas aulas de
xadrez, na arbitragem das modalidades esportivas e na organização.
Dentro da proposta de uma Educação Física transformadora, o
professor deve promover situações que levem o aluno a despertar uma consciência
crítica e reflexiva através da dança.
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Nos esportes, a presença da competição será de forma coletiva, de
acordo com as necessidades das turmas, seja divertimento, prazer ou recreação.
O professor possibilitará ao aluno a descoberta e reconhecimento de
seu corpo e seus limites através da ginástica.
Com o conteúdo de jogos, brinquedos e brincadeiras, o professor
abordará a realidade regional e cultural do grupo, para isso levantar-se-á dados e
manifestações peculiares ao grupo e de seu ambiente cultural.
O professor usará o conteúdo das lutas para desenvolver no aluno
um senso crítico voltado ao respeito pela integridade física sem despertar a violência
em suas relações sociais.
Para tanto, o professor deve utilizar todos os recursos estruturais
disponíveis, tais como: projetor, computador, TV- pendrive, livros teóricos, vídeos,
etc, acreditando que no processo de ensino – aprendizagem a visualização é
fundamental para introjeção dos conhecimentos.
No decorrer do ano letivo, também teremos alguns desafios
educacionais contemporâneos, a saber: história e cultura afro – brasileira e africana,
cultura indígena, prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana,
educação ambiental, educação fiscal e enfrentamento à violência. Para o trabalho
com tais temas, estaremos, na medida em que forem surgindo, complementando o
trabalho através de vídeos, textos complementares ou até mesmo palestras.
AVALIAÇÃO
Assim no livro Coletivo de Autores (1992), diz que a avaliação não
deve ser alvo de pressão ou reprovação, mas sim um auxílio para checar se os
métodos utilizados estão dando resultado, pois além de orientação para o aluno
auferir concretamente seu próprio grau de apreensão do conhecimento oferecendo
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ao aluno como parâmetro para correção de rumos da prática pedagógica de nossa
disciplina.
A avaliação proposta para a Educação Física deve ser contínua e
espiralada devendo identificar o progresso do aluno, pois segundo a LDB 9394/96, o
aluno deve ter uma avaliação somativa e não uma avaliação tradicional, ou seja,
classificatória.
Sendo utilizados diversos instrumentos de avaliação, em busca de
oportunizar ao máximo para o aluno, não só a aquisição da média para aprovação,
mas principalmente a sua reflexão aos conteúdos trabalhados, procurando extrair ao
máximo o seu entendimento em cada conteúdo, o que culminará na maximização no
processo d e construção do seu conhecimento:
•
Avaliações teóricas e práticas;
•
Verificação da participação dos alunos nas aulas;
•
Atividade de leitura de textos:
•
Palestras
•
Seminários;
•
Atividades experimentais;
•
Debate;
•
Trabalhos individuais e em grupo.
Vale lembrar que, em nossa disciplina é necessário avaliar o aluno
em seu progresso em determinado assunto, pois o mesmo não chega a conclusão
de um determinado tema da mesma forma que o iniciou e é aí que
faz-se
necessário avaliar em nossas práticas.
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EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO MÉDIO
Definir a Educação Física parece ser uma tarefa complicada, isto
talvez seja um sinal indicativo de que os próprios professores e demais técnicos
especializados não tenham muita clareza de seu significado. Nada é mais revelador
da carência de reflexão e fundamentação nesta atividade profissional do que tentar
posicionar os papéis da Educação Física, ou seja, situar os seus propósitos.
Toda manifestação humana é movida pro valores que determinam
certos ideais, certas finalidades e certos objetivos. Evidentemente, esses valores
são culturalmente moldados e se modificam de acordo com as variáveis que o
momento histórico lhes impõe. É neste contexto que os objetivos da Educação
Física têm variado em gênero e número através dos tempos. Na época do Império,
por exemplo, a nossa educação era nitidamente dividida em uma educação
intelectual, outra moral e outra física, que correspondiam respectivamente às
dimensões da mente, do espírito e do corpo. A Educação Física daquele tempo tinha
como preocupação básica melhorar o nível de saúde e higiene da população
escolar.
Considerar, que a aquisição e manutenção da saúde através de
preceitos de higiene que incluam algumas sessões de ginástica seja ainda hoje a
grande meta da Educação Física significa estar atrasado um século. As ciências
progrediram, e não podemos desprezar este progresso. Hoje se parte de um
cabedal de conhecimentos muito maior do que o de épocas passadas e, portanto, as
noções em torno dos mesmos fenômenos evoluíram consideravelmente.
Não resta a menor dúvida que a Educação Física estará sempre
envolvida em lamentáveis equívocos enquanto não respeitar o momento históricoevolutivo por que passam a sociedade e as pessoas que a compõem. Esta disciplina
não pode desprezar o conhecimento atual cientifico e não pode pregar postulados
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que por ventura tenham sido verdades outrora mas que hoje não passam de
estreitas visões do que sejam o homem e sua educação.
E não se trata aqui de minimizar ou mesmo ridicularizar os
personagens e pioneiros que, no passado, trabalharam e lutaram pela ginástica,
pelo esporte ou pela Educação Física e, de uma forma mais ampla, por uma cultura
física. Se, por exemplo, Per Henrik Ling possuía uma visão acentuadamente
anatomista do movimento do homem, isto não quer dizer que sua contribuição tenha
sido pouco relevante para a evolução da Educação Física em todo o mundo
ocidental. Este mestre sueco foi de fato um dos decisivos precursores de uma
educação Física realmente cientifica, preocupada em ampliar as possibilidades da
atividade física e educativa de sua época. Como igualmente importante foi o papel
do pedagogo inglês Thomas Arnold, ou do francês Pierre de Coubertin para o
desenvolvimento do esporte como fenômeno educativo e cultural, apesar das criticas
que se possa fazer hoje às posições político-sociais de ambos à luz dos
conhecimentos atuais. Da mesma forma temos que reconhecer e reverenciar a
lucidez de um Rui Barbosa que no século passado, em tom profético para a época,
já defendia a necessidade da atividade física para a formação mais plena do homem
brasileiro: “Que dúvida poderá subsistir que a vida do cérebro e, conseqüentemente,
a da inteligência tenham como fatores essenciais a vida muscular, a vida nervosa e
a vida sangüínea, isto é, a regularidade harmoniosa de todas as funções e a saúde
geral de todos os órgãos do corpo? Quão deplorável não é que verdades desta
comezinha singeleza sofram ainda contestação entre nós, e por homens que figuram
nas mais altas eminências do país.”
Cada época deve ser analisada pela ótica da realidade que a
circunscreve e não faz sentido a aplicação de princípios antes prevalentes, mas que
atualmente se mostram superados pelos novos conhecimentos estabelecidos. Nas
ciências não existem verdades eternas. Tudo ocorre de maneira dinâmica, e é assim
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que a Educação Física deve evoluir, enriquecida constantemente por elementos
mais significativos ao crescimento humano. Basta apenas que não nos percamos na
extensão das particularidades, deixando escapar gradativamente a compreensão da
totalidade em que os fenômenos acontecem.
A Educação Física deve ocupar-se do corpo e de seus
movimentos voltados para a ampliação constante das possibilidades concretas dos
seres humanos, ajudando-os assim na sua realização mais plena e autêntica. Claro
que tal realidade educativa se torna inviável se reduzirmos o corpo a uma de suas
dimensões apenas. Como também será extremamente difícil alcançar este propósito
se separarmos os aspectos físico, espiritual e emocional do homem e não os
percebemos dentro de sua unidade e totalidade. Somente de uma maneira integral o
corpo poderá se constituir num objeto especifico da Educação Física enquanto uma
ciência do movimento. O corpo só pode ser entendido na posse de todas as suas
dimensões. Diante de todas as suas potencialidades é que o profissional de
Educação Física poderá realizar um trabalho efetivamente humanizante.
O profissional de Educação Física tem que estar sempre atento
ao seu papel de agente renovador e transformador da comunidade de onde ele, viade-regra se apresenta como um líder natural. As pessoas e os grupos sociais –
dependendo da classe a que pertençam – apresentam características especiais de
comportamento, interesses e aspirações que os determinam ou condicionam. As
consciências precisam ser agitadas e estimuladas do sentido de uma ampliação de
suas possibilidades, uma superação das limitações e bloqueios com os quais
estamos envolvidos em termos de pensamento e movimento. Deve-se dar a eles
subsídios que os ensinem a viver mais plenamente, dentro de todas as suas
dimensões intelectuais, sensoriais, afetivas, gestuais e expressivas.
Através de uma reflexão critica e da ação é que seremos capazes
de promover conscientemente o ser humano a níveis mais altos de vida,
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contribuindo assim com sua parcela para a realização da sociedade e das pessoas
em busca de sua própria felicidade.
Não adianta colocar o currículo num pedestal. O que faz uma
disciplina tornar-se significativa não é só o valor intrínseco do seu conteúdo, mas
também a vibração que os seus responsáveis colocam no desenrolar do processo
de ensino, permitindo que os alunos aprendam a se comprometer com o conteúdo
proposto, nos jogos, nos esportes, na dança, nas lutas e na ginástica, no sentido de
rever criticamente seus princípios e propostas enquanto atividade preocupada com o
verdadeiro desenvolvimento humano integral.
Deste modo, esta disciplina tem como objetivo principal
oportunizar ao educando o seu desenvolvimento global nos aspectos cognitivo,
social, afetivo e motor, que conheça seu corpo, suas partes, movimentos, posturas,
atitudes, respeitando o seu espaço e seus limites. Através de sondagem do
cotidiano do educando, proporcionar situações onde eles possam expressar-se
corporalmente através de atitudes e idéias, acompanhar e perceber seu próprio
ritmo, analisar, refletir e modificar suas ações, desenvolver habilidades, relacionar-se
socialmente, ter postura adequada diante de situações imprevistas, apurarem seu
senso critico e de responsabilidade.
Para que isto se torne viável, a mesma aborda como conteúdos
principais: JOGOS DE RACIOCÍNIO, CONCENTRAÇÃO E MEMÓRIA; NOÇÕES
ESPORTIVAS; DANÇAS, LUTAS E GINÁSTICA.
OBJETIVOS
•
Desenvolver as condutas motoras de base e neuro-motoras. Despertar a
consciência corporal e capacidades perceptivas.
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•
Práticas a atividade física percebendo os benefícios na melhoria da qualidade
de vida.
• Identifica os limites e a possibilidades do próprio corpo, controlando sua
atividades corporais com autonomia.
•
Adotar atitudes de respeito mutuo, dignidade e solidariedade na prática dos
esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta, pelo diálogo.
•
Expressar por meio de representação corporal, situações do cotidiano escolar
e familiar.
•
Conhecer hábitos de higiene-pessoal e noções básicas de primeiros socorros.
•
Interagir várias manifestações culturais (dança, músicas, brincadeira, etc.)
para o resgate cultural.
•
Combinar e respeitar regras através de jogos a competir.
•
Socializar e cooperar com os companheiros nas diversas atividades lúdicas.
•
Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio
corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades
corporais com autonomia e a valorizá-los como recurso para melhoria de suas
aptidões físicas.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
•
1ª a 3ª ano: Jogos pré-desportivos e recreativos; Regras e fundamentos
desportivos; Conceitos; Modalidades esportivas: futsal, vôlei, xadrez,
ginástica, handebol, basquete, e atletismo. Jogos e brincadeiras Jogos de
tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos cooperativos. Danças folclóricas;
Danças de salão; Danças de rua.
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Partindo do conhecimento prévio do educando, promover
situações que possam levá-los a fazer relações entre o que está sendo proposto
com o que já vivenciaram oportunizando momentos de reflexão e discussão que
juntamente com a prática o levarão a adquirir novas experiências que contribuam
para o aprimoramento de seu conhecimento.
•
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros.
•
Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões
culturais, por meio da dança.
•
Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria
cultural.
•
Criação e apresentação de coreografias.
•
Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais;
•
Lutas X Artes Marciais;
•
Histórico, estilos de jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga,
confecção de instrumentos, movimentação, roda etc.
•
Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias.
•
Apropriação da luta pela Indústria Cultural.
AVALIAÇÃO
•
Observação do desempenho, participação e desenvolvimento das
atividades propostas nas aulas práticas e teóricas. Organizar eventos de
ginásticas, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas
ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos.
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•
Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e
fisiológicas que envolvem as ginásticas.
•
Compreender a função social da ginástica.
•
Discutir sobre a influência da mídia, ciência, e da cultura na ginástica.
•
Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
•
Organizar
e
vivenciar
atividades
esportivas,
trabalhando
com
construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as noções de preenchimento.
•
Aprofundar e compreender as diferenças entre esporte da escola, o
esporte de rendimento e a relação entre esporte e lazer.
•
Compreender a função social do esporte.
•
Reconhecer a influência da mídia, ciência, e cultura no esporte.
•
Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos
utilizados e nutrição.
REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In:
Caderno CEDE, Campinas, v. 19, n. 48, 1999.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
DAOLIO, Jocimar. Educação física brasileira: autores e atores da década de 80.
97f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação da
Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO FÍSICA,
2008.
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ENSINO RELIGIOSO – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO
A disciplina do Ensino Religioso contempla as diversas manifestações do
sagrado, entendidas como integrantes do patrimônio social e cultural dos povos;
diferente de seu passado histórico marcado como espaço de transposição do que
era a catequese e que permitia a introdução sistemática e orgânica do complexo
doutrinal cristão.
Nesta perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos
nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural
humano e faz parte do modelo de organização de diferentes sociedades.
OBJETIVOS
•
Compreender que independente da religião muitas pessoas buscam a paz;
•
Saber o significado de paz;
•
Perceber a quantidade de religião no mundo;
•
Conhecer a diversidade de religiões que estão presentes em nossa sociedade
de modo que possa respeitar as diferenças entre elas;
•
Diferenciar as religiões, percebendo as diferenças entre seus rituais e analisar
sua filosofia.
•
Destacar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e
valorizando o universo cultural dos alunos. O Ensino Religioso busca
explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto
nas religiões mais sedimentadas, como em outras manifestações mais
recentes.
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CONTEUDOS POR SÉRIE
Conteúdos Estruturantes
O conteúdo abordado terá a preocupação com os processos históricos de
constituição do sagrado, buscando explicitar os caminhos percorridos até a
concretização de simbologias e espaços que se organizam em territórios sagrados,
ou seja, a criação das tradições.
Para a disciplina de Ensino Religioso, três são os conteúdos estruturantes, a saber:
•
Paisagem Religiosa.
•
Universo Simbólico Religioso
•
Textos Sagrados.
SAGRADO
Conteúdos Estruturantes
PAISAGEM
RELIGIOSA
UNIVERSO SIMBÓLICO
RELIGIOSO
TEXTO
SAGRADO
Conteúdos Básicos
5ª série/6º ano
• Organizações Religiosas
• Lugares Sagrados
• Textos Sagrados orais ou escritos
• Símbolos Religiosos
6ª série/7º ano
• Temporalidade Sagrada
• Festas Religiosas
• Ritos
• Vida e Morte
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ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS – Básico
As
organizações
religiosas
estão
baseadas
nos
princípios
fundacionais legitimando a intenção original do fundador e seus preceitos. As
organizações
religiosas
compõem
os
sistemas
religiosos
organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos:
•
Fundadores e/ou Líderes Religiosos.
•
Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Religiosas:
Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec),
Taoísmo (Lao Tsé), etc.
Inserir projetos interdisciplinares, citando:
•
Boas atitudes;
•
Valorização à vida, campanhas anti-drogas, da paz e meio ambiente;
•
Texto sagrado; teatro, músicas, etc.
•
Tempo de agradecer. (novembro)
•
Projeto , Canto e Coral.
LUGARES SAGRADOS - Básico
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de
reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão de sagrado
nestes locais.
•
Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
•
Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.
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TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS - Básico
Ensinamentos sagrados transcritos de forma oral e escritos pelas diferentes culturas
religiosas.
•
Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escritas Bahá’is – Fé Bahá’I, Tradições Orais
Africanas, Afro-brasileiras e Amerídias, Alcorão – Islamismo, etc.
SIMBOLOS RELIGIOSOS- Básico
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
•
Nos Ritos
•
Nos Mitos
•
No Cotidiano
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etc.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA A 6ª SÉRIES/7º ANO
•
Temporalidade Sagrada
•
Festas Religiosas
•
Ritos
•
Vida e morte
•
TEMPORALIDADE SAGRADA- Básico
Diferença entre o tempo sagrado e o profano; calendários e seus tempos sagrados.
O tempo sagrado constitui, por outro lado, o momento previlegiado em que o
humano se liga ao divino. O tempo profano, por sua vez, não pode ser nunca
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recuperado, o passado não pode ser revivido. Ele dá lugar constantemente ao
presente em que se está.(nascimento do líder religioso, passagem de ano, datas de
rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos)
Cristão – Natal
Hinduísmo – kumba mela
Losar (passagem do ano tibetano) etc.
FESTAS RELIGIOSAS- Básico
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos
diversos:
Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
•
Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup
(indígena), festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Natal (Cristã).
RITOS- Básico
Os Ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos espaços Sagrados,
nem todos possuem a mesma função. São celebrações e manifestações religiosas,
formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a
recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e
à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e
também podem remeter a possibilidade futuras a partir de transformações
presentes.Dentre eles destacam se os:
•
Ritos de passagem
•
Mortuários
•
Propiciatórios
•
Outros
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Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingagng – ritual fúnebre), Via Sacra,
Festejo indígena de colheita, etc.
VIDA E MORTE- Básico
As religiões procuram dar respostas elaboradas para vida além da morte. E sua
relação com o Sagrado podem ser trabalhadas nas seguintes interpretações:
•
O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas;
•
Reencarnação;
•
Ressurreição – ação de voltar à vida;
•
Além morte;
•
Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se presentes;
•
Outras interpretações.
Inserir projetos interdisciplinares como:
•
Projeto solidário: Conservação do patrimônio público;
•
Projeto anti – drogas, paz e meio ambiente.
METODOLOGIA
O Ensino Religioso no sentido de contribuir para formação da
cidadania, superar preconceitos, como toda disciplina escolar, tem uma prática
docente metodológica própria.
Numa visão pedagógica e holística um dos desafios é estudar ao
longo do Ensino Fundamental os conteúdos básicos, para que o educando possa
entender melhor a sua busca do Sagrado.
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No Ensino Religioso não se pode afirmar haver receitas prontas,
fórmulas, métodos prontos, mas ações possíveis de acordo com os conteúdos
básicos das Diretrizes Curriculares.
Logo, as práticas pedagógicas desenvolvidas em Ensino Religioso
em sala de aula, serão no sentido de promover o respeito às diversas manifestações
religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos, com articulação
de conteúdo, diálogo, sensibilidade à pluralidade, religiosidade, resolvendo conflitos
e também dar atenção especial aos alunos com necessidades especiais, na inclusão
social.
Para se chegar a bom termo nesse trabalho pedagógico, temos
como caminhos os conteúdos estruturantes e os básicos, materiais didáticopedagógicos e científicos, de acordo com as DCEs, PPP, PTD, que são ações que
em conjunto orientam a nossa prática docente.
Em Ensino Religioso, faremos exposições de mural na escola,
participaremos do Projeto “Canto e Coral”, estimulando trabalhos como: paródias,
debates, poesias, participaremos também nas celebrações cívicas da Escola.
Recursos:
•
A Contínua formação dos professor.
•
Produção de Materiais Didáticos – Pedagógicos pela Escola, Grêmio Estudantil, e pela família dos educandos, etc.s
AVALIAÇÃO
De acordo com a LDBEN 9.394/96, Deliberação 007/99, DCE,
PPP, e o PTD, em Ensino Religioso são necessários destacar que os procedimentos
avaliativos não têm a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se
refere à atribuição de notas ou de conceitos. Não se constitui objeto de reprovação,
mas não deixa de ser importante no processo educativo.
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Irei identificar, por exemplo, através de ações e atitudes de
educando; a sua aprendizagem, avaliando se o (a) educando (a):
•
Respeito a pluralidade religiosa; aceita, expressa;
•
Aceita as diferenças;
•
Expressa relação harmoniosa em sala de aula, com os colegas;
•
É atencioso com os alunos que tenha necessidades especiais, os da inclusão;
Verificaremos se participa de todas as atividades propostas, tais
como: freqüência, textos, debates, teatro, música, questionamentos, registro formal
do
conteúdo
apresentado,
dramatização,
relatórios
e
apresentações
nas
celebrações culturais da escola, durante o ano.
Na nossa Escola, não há nota, mas consta na ficha do estudante
para identificação de progressos obtidos em Ensino Religioso, os seguintes registros
para controle do professor: Letra A – simbolizando 100, Letra B - simbolizando 80,
Letra C - simbolizando 60, possibilitando assim, o diagnóstico de como e quanto, o
(a) aluno (a) ampliou o seu conhecimento, inclusive na participação a todos os
desafios educacionais, tais como participação nos trabalhos de respeito ao meio
ambiente, anti – drogas, bem como na projeto “ Boas Atitudes”.
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REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná Ensino Religioso – SEED, 2008.
ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 1999.
BACH, Marcus. As grandes religiões do mundo, Rio de Janeiro: Record, 1998.
BOWKWER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.
CAPRA, Fritjol. O ponto de mutação. Cultrix: s/d.
FÓRUM. Nacional Permanente de Ensino Religioso. Parâmetros Curriculares
Nacionais. 2 ed. São Paulo: Ave Maria, 1997.
GIBRAN, Kahlil. Para além das palavras. São Paulo: Paulinas, 1995.
GRUEN, Wolgang. O Ensino Religioso na Escola. Petrópolis: Vozes, 1995.
HINNELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.
LIBÂNIO, João Batista. A Busca da Sagrado. São Paulo: FTD, 1991.
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GEOGRAFIA
JUSTIFICATIVA
A disciplina de Geografia busca a compreensão e a análise crítica do Espaço Geo gráfico, sendo este entendido como espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto por ob jetos – naturais, culturais e técnicos – e ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas –
inter-relacionados; tendo como base conceitual fundamental para apreensão das especificidades geográficas os lugares, as paisagens, as regiões, os territórios, a natureza e as sociedades.
OBJETIVOS
Compreender as diferentes formas como a ciência geográfica contribui para o
conhecimento da história da Terra e da sociedade atual;
Conhecer e compreender as principais características do espaço geográfico, de
sua transformação e de seus elementos;
Compreender que no espaço social, o qual também faz parte dos espaços
geográficos, existem inúmeras relações entre as pessoas e das pessoas com
a natureza;
Conhecer e compreender os conceitos fundamentais da Geografia e, por meio do
estudo dos processos e fenômenos naturais e sociais, entender a dinâmica
dos lugares onde vivemos;
Adquirir conhecimento sobre a linguagem cartográfica, a fim de representar e
localizar elementos, processos e fenômenos estudados pela Geografia.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esta diretriz tomou como conceito de conteúdo estruturante,
saberes relacionados a alguns dos campos de estudos de uma ciência,
considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo
no ambiente da Educação Básica.
A partir destes, derivam-se os conteúdos específicos que
compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino aprendizagem no cotidiano
escolar.
Como constructos históricos não são, desde sempre, os mesmos
conteúdos que constituem o campo de estudo da geografia, alguns deles,
considerados importantes saberes geográficos no
passado, foram excluídos do
campo de estudos dessa ciência, enquanto outros tiveram sua abordagem teórica
reelaborada, em função das transformações históricas que modificaram as relações
sócios-espaciais em diferentes escalas geográficas.
Assim, nesta proposta de Diretriz Curricular, o objeto de estudo,
sua composição conceitual e os conteúdos estruturantes da Geografia no Ensino
Básico, para o atual período, estão dispostos no organograma a seguir:
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Objeto de Estudo
Conceitos Geográficos
Conteúdos Estruturantes
E
S
P
A
Ç
O
G
E
O
G
R
Á
F
I
C
O
SOCIEDADE
DIMENSÃO
ECONÔMICA DO
ESPAÇO
GEOGRÁFICO
NATUREZA
TERRITÓRIO
REGIÃO
DIMENSÃO
SOCIOAMBIENTAL
DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
DIMENSÃO
CULTURAL E
DEMOGRÁFICA DO
ESPAÇO
GEOGRÁFICO
REGIÃO
LUGAR
A QUESTÃO
POLÍTICA DO
ESPAÇO
GEOGRÁFICO
Cabe salientar que os conteúdos estruturantes inter-relacionam se
e reúnem, em seus conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos
(sociedade, natureza, território, região, paisagem, lugar, entre outros), que somente
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inter-relacionados tornam-se significativos e contribuem para a compreensão do
Espaço Geográfico.
Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem
ser tratados pedagogicamente a partir das categorias de análise – relações espaçotemporais e relações sociedade-natureza – que os perpassam e do quadro
conceitual de referência que os compõem. Com esta abordagem, pretende-se que o
aluno compreenda os conceitos geográficos e o objeto de estudo da Geografia em
suas relações amplas e complexas.
Propõe-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de
uma forma crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos
aqui propostos. No exemplo abaixo, destaca-se que os conteúdos específicos são
abordados a partir do enfoque de cada Conteúdo Estruturante e que esses enfoques
perpassam uns aos outros, constantemente.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
2ª série: O meio ambiente onde vivemos; Os elementos que produzidos pela
natureza e os que são frutos de trabalho humano; O meio cultural ou social
paisagem natural.
3ª série: O meio ambiente onde vivemos; O relevo; Solo; Vegetação e Hidrografia
do município; O urbano e o rural formam o espaço do município;
As relações entre o meio urbano e rural; O espaço do município nas suas
relações com outros espaços; A localização e a representação do espaço do
município; Os limites do município; Os distritos; Vizinhos do município;
Atividades industriais; Atividade industrial e a degradação ambiental;
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Atividades e transformação do espaço; Agricultura e a organização do
espaço; Criação de animais, pecuária.
4ª série: O meio ambiente onde vivemos; O meio ambiente paranaense;
Paisagens naturais do Paraná; As transformações das paisagens naturais e
questão ambiental do Paraná; Atividades industriais; A industrialização do
Paraná; Atividades e transformações do espaço; A urbanização do Paraná e
as transformações no espaço urbano; As transformações na sociedade
paranaense; A produção do espaço paranaense e sua integração com outros
espaços; As localizações e representações do espaço paranaense.
5ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Conceitos básicos da Geografia:
Conceito de Geografia;
Conceito de Lugar, Região e Território;
Conceito de Paisagem: Desvendando a Paisagem; Primeira natureza e segunda
natureza; Planos da paisagem (paisagem natural, cultural e geográfica; espaço
vivido percebido e concebido); As manifestações culturais nas paisagens: pluralismo
cultural.
2º BIMESTRE
Sistemas de orientação, localização e representação cartográfica e sua importância
para o homem: Definição de planta, maquete e mapas; Pontos cardeais e colaterais;
Tipos de escalas;
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A nossa localização no espaço geográfico;
A influência dos movimentos terrestres na dinâmica dos elementos da natureza;
Fuso horário; Estações do ano.
3º BIMESTRE
A formação do planeta e a importância dos recursos naturais;
A inter-relação entre clima, vegetação, relevo e hidrografia;
As relações dos seres humanos com a natureza através do trabalho nos espaços
rural e urbano;
Setores da economia.
4º BIMESTRE
Produção, circulação e consumo de mercadorias;
A produção agropecuária em nosso dia-a-dia;
A produção industrial no nosso dia-a-dia;
O consumo da natureza e a degradação do meio ambiente.
6ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Localização geográfica do Brasil na América e no mundo;
Formação e organização do espaço geográfico brasileiro (configuração territorial)
Conceitos Estados, nação e território;
A composição étnica da população brasileira;
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Fatores e tipos de migração (interna/externa) e suas influências no espaço
geográfico brasileiro; Crescimento vegetativo da população brasileira.
2º BIMESTRE
Rural e Urbano: a duas faces do espaço geográfico brasileiro;
A tecnologia e a produção agropecuária brasileira;
Subaproveitamento do espaço rural brasileiro (concentração de terras, êxodo rural,
reforma agrária);
A indústria e o processo de urbanização no Brasil – classificação e tipos de
indústrias; Planejamento urbano;
Regiões metropolitanas; Regionalização do espaço geográfico brasileiro;
Divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Divisão Geoeconômica.
3º BIMESTRE
A Amazônia e sua diversidade sócio-econômica e ambiental;
A Ocupação recente da Amazônia;
A exploração sustentável da floresta;
O Nordeste e seus contrastes socioeconômicos;
A seca e seus efeitos sócio-ambientais;
Nordeste, um pólo de atração industrial.
4º BIMESTRE
O Centro-Sul; O desenvolvimento econômico e industrial no Centro-Sul;
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Conhecendo melhor seu Estado: o Paraná;
Caracterização geo-econômica do Estado do Paraná;
As relações entre os elementos naturais e culturais nas paisagens paranaenses.
7ªSÉRIE
1º BIMESTRE:
Os lugares e as paisagens do mundo onde vivemos;
Os continentes: sua posição ao longo da história geológica da Terra;
Deriva Continental;
Teoria das Placas tectônicas e as formas de relevo;
A dinâmica natural e a formação das paisagens.
2º BIMESTRE:
O ser humano: suas ações sobre as paisagens terrestres;
Trabalho, técnica, transformação das paisagens: a formação do espaço geográfico;
Diferentes culturas, diferentes técnicas de ação sobre o espaço geográfico;
Recursos energéticos – energia e meio ambiente;
A energia no nosso dia-a-dia;
Fontes de energia; Consumo brasileiro de energia.
3º BIMESTRE
O espaço geográfico: sociedade e meio ambiente – dinâmica natural e questões
sócio-ambientais; A sociedade urbano-industrial e o consumismo;
Consumismo X Crise ambiental X Consciência Ecológica;
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Regionalização da América: comparando indicadores socioeconômicos.
4º BIMESTRE
Sistema Capitalista de Produção – o capitalismo e a formação do espaço geográfico
mundial ou planetário;
Sistema Socialista de Produção; Guerra Fria;
Economia e Desigualdade social: Desenvolvimento e Subdesenvolvimento;
A origem histórica do subdesenvolvimento; Globalização; O Brasil e a Globalização.
8ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Espaço Geográfico, Globalização: O espaço geográfico mundial ou planetário;
A revolução técnico-científica: a base da globalização;
Revolução Tecnológica e telecomunicações: meios de comunicação;
As telecomunicações e a estruturação do espaço geográfico;
Meios de transportes e crescimento do comércio mundial;
Multinacionais; DIT.
2º BIMESTRE
Os principais fluxos da globalização;
Sistema de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
Os fluxos da globalização e sua difusão através das redes;
As cidades globais e as megacidades;
Um mundo organizado em blocos econômicos;
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Os principais blocos econômicos União Européia, Nafta, Alca, Mercosul, Apec;
A globalização no Paraná.
3º BIMESTRE
A globalização gerando desigualdade socioeconômica e ambiental;
África, um continente marginalizado pela globalização;
Os excluídos dentro dos países integrados;
Territórios e fronteiras, povos e culturas no mundo atual.
4º BIMESTRE
A fragmentação política na Europa e na Ásia.
Os conflitos étnicos e nacionalistas: Oriente Médio, África, América Latina;
Os principais organismos internacionais: ONU, OCDE, OMC, BM;
A importância da cidadania.
1º Ano do Ensino Médio
1º Bimestre
Fundamentos teóricos: Conceito de Geografia, campos de estudo, princípios e
escolas geográficas;
Sistema de localização cartográfica e fusos horários;
2º Bimestre
A dinâmica natural e a formação das paisagens terrestres;
A interdependência entre a estrutura geológica, o relevo e o solo;
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A inter-relação entre hidrografia, clima e vegetação;
Atividades humanas e a transformação da paisagem natural nas diversas escalas
geográficas.
3º Bimestre
A produção do espaço geográfico nos diferentes modos de produção: capitalismo e
socialismo;
As redefinições no mapa-múndi pós-guerra e seus significados;
Formação dos Estados Nacionais (Estado, Nação, território).
4º Bimestre
A nova ordem mundial;
Mundo bipolar; Mundo multipolar;
Revolução técnico-científica-informacional e o novo arranjo do espaço da produção
em face da globalização.
2º Ano do Ensino Médio
1º Bimestre
Industrialização clássica, periférica e planejada;
Distribuição espacial da indústria nas escalas local, regional, nacional e global;
Países de industrialização recente: o caso do Brasil;
Industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e
ambientais.
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2º Bimestre
O que são fontes de energia?
Petróleo, carvão mineral, xisto, gás natural e energia nuclear;
Fontes alternativas de energia: solar, eólica, marés, geotérmica, orgânica;
Comportamentos sociais e o consumo de energia;
3º Bimestre
Espaço agrário: a primeira atividade econômica do homem;
Estrutura fundiária – minifúndio e latifúndio;
Agricultura de subsistência; agricultura familiar – agroindústria – monocultura;
Modernização do campo;
Revolução Verde; Conflitos rurais.
4º Bimestre
População urbana e rural: composição etária, de gênero e de emprego;
O espaço urbano: Urbanização e hierarquia das cidades (megalópole, metrópole,
cidades grandes, médias e pequenas);
Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto;
Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;
3º Ano do Ensino Médio
1º Bimestre
Regionalização do espaço geográfico mundial;
Oposição Norte/Sul;
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Países do Centro e Periferia; Países Desenvolvidos / Subdesenvolvidos;
Primeiro Mundo, Segundo Mundo (reestruturação do segundo mundo e da
economias de transição) e Terceiro Mundo;
Formação e caracterização de alguns blocos econômicos regionais: NAFTA,
MERCOSUL, ALCA, UNIÃO EUROPÉIA, APEC.
2º Bimestre
O fim do Estado de bem estar social e o neoliberalismo;
Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas;
Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países.
3º Bimestre
Composição demográfica dos lugares: geração, gênero e etnia;
Relações entre composição demográfica, emprego, renda e situação econômica de
diferentes países;
Movimentos migratórios e suas implicações econômicas, culturais e socioespaciais.
4º Bimestre
Redefinição de fronteiras: conflitos territoriais, étnicos, políticos e econômicos;
Nacionalismo. Minorias étnicas, separatismo e xenofobia;
Questões territoriais indígenas;
Recursos naturais, conservacionismo – uso sustentável dos bens naturais – e
preservacionismo – áreas protegidas.
Crise ambiental: conflitos políticos e interesses econômicos.
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METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas reflexões
epistemológicas do seu objeto de estudo. Muitas foram às denominações propostas
para esse objeto, hoje entendidas como o Espaço Geográfico e sua composição
conceitual básica – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre
outros.
Sugere-se as seguintes estratégias de ensino para que os alunos possam
compreender como o espaço geográfico foi apreendido e explorado pela sociedade
capitalista em suas diferentes escalas (local, regional, nacional e global):
Aulas expositivas com a participação ativa dos alunos, debates;
Leitura e interpretação de textos, fotos, gravuras, gráficos, tabelas e mapas (material
cartográfico);
Análise de artigos de jornais e revistas;
Produção crítica de textos;
Análise de filmes e documentários e letras de músicas;
Elaboração, construção de mapas, maquetes.
Convém destacar que o desenvolvimento de um ou de outra metodologia depende da dinâmica, da motivação e do conhecimento prévio que os educando possuem sobre as temáticas a serem abordadas. Em virtude da especificida117
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de de cada aluno, de cada turma, o produto final das técnicas de ensino aplicadas
poderá ser diferente.
Em cada técnica aplicada, estaremos instigando nossos alunos a
pensar de forma crítica, reflexiva, provocativa, fazendo-os buscar o saber,
estimulando-os a querer adquirir mais conhecimento. Procurando desenvolver nos
educando as habilidades necessárias para encontrarem o conhecimento que
almejam ou que deveriam almejar (aprender a conhecer); integrando conhecimento
e técnica (aprender a fazer); a convivência em grupo (aprender a conviver); a
autonomia, a capacidade de análise, a responsabilidade pessoal e a coletiva
(aprender a ser), pois será conhecendo melhor a si mesmo e a todas as suas
habilidades que nossos alunos poderão agir de forma mais segura e autônoma.
Enfim,
objetivaremos
colocar
em
prática
os
quatro
pilares
CULTURA
AFRO-
fundamentais da educação.
Os
temas
GEOGRAFIA
BRASILEIRA; EDUCAÇÃO
DO
PARANÁ;
PARA PAZ; DROGAS; SEXUALIDADE, serão
contemplados ao longo do ano letivo em momentos não definidos antecipadamente,
pois sempre que se oportunizar a abordagem de tais temáticas, as mesmas serão
debatidas,
aprofundadas
e
relacionadas
ao
cotidiano
dos
alunos,
sendo
posteriormente avaliadas.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Será esclarecido aos alunos, que a avaliação é um processo que faz
parte da vida de todos os seres humanos, que estamos constantemente sendo
avaliados (pelos nossos familiares, comunidade, amigos, trabalho).
Cabe aos alunos entender que durante a vida escolar o professor
estará atento ao seu desempenho, observando aspectos de ordem afetiva,
participativa e cognitiva através da observação diária e de diversas provas de
desempenho.
Assim sendo, o aluno será avaliado em todos os momentos. Todas
as etapas serão valorizadas, mesmo os processos de busca e investigação serão
avaliados, do mesmo modo que as impressões, opiniões e sentimentos despertados
pelos assuntos a serem debatidos ou pela forma de trabalho, questionando os encaminhamentos.
Desta forma, o processo avaliativo terá início ao diagnosticar o
conhecimento prévio dos alunos sobre os referidos temas (citados anteriormente).
Esperamos, com as metodologias utilizadas, intensificar o interrelacionamento entre os alunos (aluno-aluno) e entre nós (professor-aluno),
oportunizando ao aluno compreensão sobre o seu processo de aprender.
Observar, registrar e agir frente aos sinais enviados pelo aluno
durante o processo ensino-aprendizagem e usar esses sinais para intervenções será
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o nosso objetivo, amparados pela LEI Nº 9.394/96 que diz “os estabelecimentos de
ensino poderão verificar o rendimento escolar, realizando avaliação contínua e
cumulativa, dando ênfase aos aspectos qualitativos do aluno (...)”
Desta forma, estaremos avaliando nossos educando de forma
permanente, abrangente e com qualidade. Adotando para isso as seguintes técnicas
de avaliação no decorrer do ano letivo:
•
Provas escritas, objetivas e subjetivas;
•
Trabalhos em grupos:
•
Trabalhos individuais;
•
Participação diária nas diversas atividades que serão desenvolvidas em sala de
aula;
•
Relatórios produzidos a partir de análise de documentários, filmes, artigos de
jornais, revistas e das aulas ministradas;
•
Interpretação escrita do material cartográfico.
•
Recuperação Paralela dos conteúdos e, consequentemente, recuperação das
notas que serão executados no decorrer de cada bimestre.
Acredita-se que, com as estratégias de ensino adotadas, poderemos detectar
os alunos com dificuldades de aprendizagem e reestruturar todo o processo de
ensino/aprendizagem, alterando as abordagens escolhidas inicialmente e, buscando
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maior eficácia, objetividade em nossa prática didática-pedagógica, a fim de
despertar nos alunos a interação necessária com a disciplina.
Assim, cada educando poderá trilhar o caminho necessário em sua
busca pelo conhecimento, que se estrutura em aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a conviver e aprender a ser, ou seja, os alicerces fundamentais para
o exercício de uma cidadania plena.
REFERÊNCIAS:
BOLIGIAN, Levon, et al. Geografia: a dinâmica do espaço global: O mundo
desenvolvido. São
Paulo: Atual, 2001 ( 8ª série).
BRASIL, Lei nº 9394, de 20 de novembro de 1996. Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.
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GARAVELLO, Tito Marcio; GARCIA, Hélio Carlos. Geografia: O espaço geográfico
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Oceania e Regiões Polares. 1ª ed. São Paulo: scipione, 2002
(7ª série).
GARCIA,
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GARAVELLO,
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Geografia:
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Governo do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino
Fundamental e Médio. SEED, julho, 2008.
LACOSTE, Yves. A geografia - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a
guerra. Campinas, Papirus, 1988.
121
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LUCCI, Elian Albi. Geografia: homem & espaço: 15ª .ed.. São Paulo: Saraiva, 2000
(5ª série).
____________ (Coord.). Ler Braudel, Campinas, Papirus, 1989.
MAGNOLI, Demétrio. O corpo da pátria, São Paulo, Moderna-Unesp, 1997.
MORAES, Antonio Carlos Robert. A gênese da geografia moderna, São Paulo,
Hucitec -Edusp, 1989.
____________ . Geografia: pequena histórica crítica, São Paulo, Hucitec, 1983.
Moreira, Igor. O espaço Geográfico: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo:
Ática, 2000.
____________
Geografia
Geral
e
do
Brasil:
Espaço
Geográfico
e
globalização. São Paulo: Scipione, 2007.
PALHARES, José Mauro 1969-Paraná: aspectos da geografia – 3ªed. Foz do
Iguaçu, PR: J.M.Palhares , 2004.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço, São Paulo, Hucitec, 1996.
TAMDJIAN, James Onnig. Geografia Geral e do Brasil. Ensino Médio. São
Paulo: FTD,2005.
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HISTÓRIA
A disciplina de História para o Ensino Fundamental busca o
estímulo à reflexão crítica e a formação de uma consciência histórica dos alunos em
relação às ações humanas produzidas no tempo e no espaço em todas as suas
dimensões: política, cultural e econômico-social.
•
Política – com base nas relações de poder, tanto os estatais quanto os
micropoderes, isto é, as relações desenvolvidas no cotidiano.
•
Cultural – privilegiando a análise de todas as manifestações culturais
eruditas e populares que compõem patrimônio intelectual de uma sociedade.
•
Econômico-social – assim como as dimensões mencionadas anteriormente,
as relações são abordadas de modo totalizante, isto é, sob o ponto de vista
da macro-história (baseada nos vitoriosos) e da micro-história (valorizando
minorias e vencidos), dialogando com outras áreas do conhecimento.
Através desta estruturação, os assuntos a serem abordados
durante as séries que compõem esta etapa de ensino vão desde a origem do
homem, passando pela formação das
diferentes culturas e trajetórias humanas
durante os períodos Antigo e Medieval, assim como a História do Brasil, presente
desde o período colonial, passando pelo processo de independência e formação do
ideário de Nação. Também serão abordados os elementos da contemporaneidade,
presentes no Brasil Republicano e nas demais sociedades humanas, em especial:
as americanas, africanas e européias. A partir deste momento, a História do Paraná
será abordada em sua especificidade, desde a constituição de seu território,
passando pela emancipação política e pelos
seus elementos contemporâneos.
Também é verificada a introdução do estudo de História da
Cultura Afro-Brasileira e Africana, desde a organização nativa dos povos africanos,
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passando pelos primeiros contatos com os europeus e com o papel do africano na
constituição de uma cultura e identidade brasileiras.
A abordagem e a apresentação dos assuntos seguem as linhas
de raciocínio desenvolvidas pelas correntes ideológicas conhecidas como Nova
História Cultural e Nova Esquerda Inglesa. Estas vertentes buscam o estudo e a
compreensão da História a partir de novas técnicas e interpretações, onde o ensino
pode ser verificado a partir da diversificação dos
documentos na constituição do
processo histórico, permitindo a aproximação com outras áreas de conhecimento.
Com isto, acredita-se que o aluno possa adquirir consciência histórica, o que é
fundamental para a compreensão desta disciplina.
A partir dos conteúdos estruturantes política, economiasociedade e cultura, o objetivo desta disciplina é proporcionar ao aluno, através da
tomada de uma consciência histórica, a formação de atitudes e compreensões úteis
para a vida pessoal e cidadã: respeito à diversidade, espírito de justiça, criticidade,
solidariedade, entre outros.
O ensino de História tem a função de contribuir com o(s) aluno (s)
na tomada das decisões em situações práticas: toda ação deriva de uma reflexão
sobre o tempo, avaliação de eventos passados e projeção de intenções para
momentos futuros. O indivíduo, ao agir, atribui sentidos com relação ao tempo e sua
ação dentro dele.
Outra função que podemos atribuir ao ensino de História é que,
atualmente, podemos desvinculá-la das abordagens tradicionais, que abordava
apenas as biografias dos grandes “heróis”, assim como o privilégio dado aos fatos
políticos ou econômicos como relevantes para o aluno. A História é total, pois ela
também é feita pelos cidadãos “de baixo”, uma vez que todos os homens
–
sem
exceções – são sujeito e objeto da História.
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OBJETIVOS
•
Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que se estabelecem com
os outros tempos e espaços;
•
Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitem localizar os
acontecimentos no tempo e espaço;
•
Conhecer e respeitar o modo de vida dos mais diferentes grupos étnicos, nos
diversos tempos e espaços, nas suas manifestações culturais, econômicas,
políticas e sociais. Assim, os alunos observam e analisam as semelhanças e
diferenças entre eles;
•
Reconhecer as mudanças e as permanências das vivências humanas,
presentes na realidade e em outras comunidades;
•
Questionar a sua realidade, identificando alguns dos seus problemas
refletindo sobre as suas possíveis soluções;
•
Utilizar métodos de pesquisas e de produção de textos do conteúdo histórico,
compreendendo a analisar os mais diversos registros históricos, sejam
escritos, orais e/ou audiovisuais;
•
Valorizar
o
patrimônio
sociocultural,
respeitando
a
diversidade
e
reconhecendo como um direito dos povos e particularmente dos indivíduos
como um todo.
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CONTEÚDOS POR SÉRIE
•
2ª série: O meio ambiente onde vivemos; Os elementos que produzidos pela
natureza e os que são frutos de trabalho humano; O meio cultural ou social
paisagem natural.
•
3ª série: Município: campo e cidade/ zona rural e urbana;
Os
distritos
de
Londrina; Como viviam e quem eram os primeiros habitantes de Londrina;
Kaingangs: como viviam e como vivem hoje; Colonização da cidade de
Londrina: os pioneiros e suas dificuldades; A fundação do Município de
Londrina: organização, o comércio, industrialização, lazer, os prefeitos, etc;
Meios de comunicação e transporte; O desenvolvimento da cidade até os dias
atuais; Datas comemorativas;
•
4ª série: A importância da História para nossa vida; A história de vida de cada
um; Os primeiros habitantes: índios; Paraná: principais cidades, pontos
turísticos e artísticos; História do Paraná: ocupação do estado, a escravidão,
os imigrantes, cultura e costumes, contextualização com a história do Brasil,
aspectos culturais, festas, comidas, símbolos, folclore, etc. Comércio e
indústrias no estado; A relação entre a ação histórica no espaço geográfico;
Datas comemorativas;
•
5ª série: Produção do conhecimento histórico; Articulação da História com
outras áreas do conhecimento; Humanidade e História; Arqueologia no Brasil;
Da origem do homem à Pré-História; Povos indígenas no Brasil e no Paraná;
Primeiras Civilizações no continente americano; Primeiras Civilizações na
África, Europa e Ásia; A chegada dos europeus na América; Península Ibérica
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nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política; Formação das
sociedades brasileira e americana; Os reinos e sociedades africanas e os
contatos com a Europa.
•
6ª série: Expansão e consolidação do território brasileiro; Consolidação dos
estados nacionais europeus e Reforma Pombalina; Reforma Protestante e
Contra Reforma; Organização do território paranaense; Movimentos de
contestação ao sistema colonial português; Independência das treze colônias
inglesas na América do Norte; Diáspora Africana; Revolução Francesa;
Período Napoleônico; Chegada da Família Real ao Brasil; O processo de
independência do Brasil; Reinado de D. Pedro I; O processo de
independência das Américas.
•
7ª série: A construção da nação brasileira – Reinado de D. Pedro II;
Revolução Industrial e relações de trabalho – séculos XIX e XX; Emancipação
política do Paraná; Guerra do Paraguai; O processo de abolição da
escravidão; Neocolonialismo: Colonização da África e Ásia; Guerra civil e
imperialismo estadunidense; Os primeiros anos da República no Brasil
(República Velha); Questão agrária na América Latina; Primeira Guerra
mundial; Revolução Russa.
•
8ª série: A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade; Crise de 29; A
Revolução de 1930 e o Período Vargas; Ascensão dos regimes totalitários na
Europa; Movimentos populares na América Latina; Segunda Guerra Mundial;
Populismo no Brasil e na América Latina; Independência das colônias afroasiáticas; Guerra Fria; Construção do Paraná Moderno; Regime Militar no
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Paraná e no Brasil; Regimes Militares na América Latina; Movimentos de
contestação no Brasil – década de 1960; Movimentos de contestação no
mundo
–
décadas
de
1960
e
1970;
Paraná
no
Redemocratização do Brasil; Fim da bipolarização mundial;
contexto
atual;
África
e
América Latina no contexto atual; O Brasil no contexto atual.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
•
Aplicação dos conteúdos sob forma de aulas expositivas, explanando os
conteúdos de modo com que o aluno possa constantemente construir o seu
conhecimento;
•
Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações, tais como:
livros, jornais, revistas, músicas, filmes e fotografias. Com isso, confrontar
dados e abordagens;
•
Desenvolvimento de pesquisas utilizando a tradição oral como documento
histórico;
•
Organização de dinâmicas em sala, sob forma de trabalhos em grupo ou
debates, para que os alunos possam participar das aulas com maior
intensidade, o que enriquece o processo educativo, por meio do confronto de
opiniões e interpretações;
•
Solicitar aos alunos resumos para serem apresentados oralmente ou sob
forma de textos;
•
Propor a criação de murais e exposições a fim de estimular a capacidade
criativa dos estudantes;
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•
Realização de atividades extra-classe e aulas de campo, como visitas a
museus, exposições, bibliotecas e acervos históricos.
AVALIAÇÃO
A
avaliação
deve
ser
contínua,
diagnóstica
e
somativa,
proporcionando ao estudante a possibilidade de colocar em prática o que foi
apropriado durante as aulas. Os critérios deverão ser condizentes com as ações
pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. Desta forma, podemos listar que os
estudantes devem:
•
Compreender que a História é uma prática social, onde os homens se
mostram como os seus sujeitos, em todas as temporalidades;
•
Reconhecer relações entre as sociedades, culturas e povos dos povos
contemporâneos com as civilizações passadas;
•
Dimensionar as relações entre os povos nas diferentes temporalidades;
•
Reconhecer semelhanças e diferenças entre relações de trabalho, guerras,
lutas sociais e revoluções nos tempos passado e presente;
•
Diferenciar as formas de organizações políticas nacionais e internacionais nas
diversas temporalidades;
•
Reconhecer a diversidade de documentos históricos;
•
Respeitar as diversidades étnico-raciais, religiosas, sociais e políticas
presentes nos povos, a partir dos processos históricos constituintes na
formação de cada povo;
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•
Reconhecer
algumas
diferenças,
semelhanças,
transformações
e
permanência entre idéias e práticas envolvidas no processo de cidadania,
construídas e vividas em toda a trajetória humana;
•
Organizar idéias articulando-as oralmente, por escrito e por outras formas de
comunicação;
•
Reconhecer o grau de comprometimento dos alunos com o aproveitamento
dos conteúdos ministrados, por meio da participação nas aulas e da
realização das tarefas para casa, estas;
•
através de pesquisas, resumos, análises de documentos ou através dos
exercícios presentes nos livros didáticos.
ENSINO MÉDIO
HISTÓRIA
A História é uma ciência que se dedica a estudar as
manifestações humanas distribuídas no tempo e no espaço. Com isto posto, este
conhecimento deverá, durante o Ensino Médio, estimular o estudante a refletir
acerca da realidade onde vive e das diferentes sociedades humanas.
Através desta estruturação, os assuntos a serem abordados
durante as séries que compõem esta etapa de ensino vão desde a origem do
homem, passando pela formação das diferentes culturas e trajetórias humanas
durante os períodos Antigo e Medieval, assim como a História do Brasil, presente
desde o período colonial, passando pelo processo de independência e formação do
ideário de Nação. Também serão abordados os elementos da contemporaneidade,
presentes no Brasil Republicano e nas demais sociedades humanas, em especial:
as americanas, africanas e européias. A partir deste momento, a História do Paraná
será abordada em sua especificidade, desde a constituição de seu território,
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passando pela emancipação política e pelos seus elementos contemporâneos.
Também é verificada a introdução do estudo de História da Cultura Afro-Brasileira e
Africana, desde a organização nativa dos povos africanos, passando pelos primeiros
contatos com os europeus e com o papel do africano na constituição de uma cultura
e identidade brasileiras
A abordagem e a apresentação dos assuntos seguem as linhas
de raciocínio desenvolvidas pelas correntes ideológicas conhecidas como Nova
História Cultural e Nova Esquerda Inglesa. Estas vertentes buscam o estudo e a
compreensão da História a partir de novas técnicas e interpretações, onde o ensino
pode ser verificado a partir da diversificação dos documentos na constituição do
processo histórico, permitindo a aproximação com outras áreas de conhecimento.
Com isto, acredita-se que o aluno possa adquirir consciência histórica, o que é
fundamental para a compreensão desta disciplina.
A partir dos conteúdos estruturantes relações de trabalho,
relações de poder e relações culturais, o objetivo desta disciplina é proporcionar,
através da tomada de uma consciência história por parte do aluno, a formação de
atitudes e compreensões úteis para a vida pessoal e cidadã: respeito à diversidade,
espírito de justiça, criticidade, solidariedade, entre outros.
O ensino de História tem a função de contribuir com o(s) aluno (s)
na tomada das decisões em situações práticas: toda ação deriva de uma reflexão
sobre o tempo, avaliação de eventos passados e projeção de intenções para
momentos futuros. O indivíduo, ao agir, atribui sentidos com relação ao tempo e sua
ação dentro dele.
Outra função que podemos atribuir ao ensino de História é que,
atualmente, podemos desvinculá-la das abordagens tradicionais, que abordavam
apenas as biografias dos grandes “heróis”, assim como o privilégio dado aos fatos
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políticos ou econômicos como relevantes para o aluno. A História é total, pois ela
também é feita pelos cidadãos “de baixo”, uma vez que todos os homens – sem
exceções – são sujeito e objeto da História.
OBJETIVOS:
•
Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que se estabelecem
com os outros tempos e espaços;
•
Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitem
localizar os acontecimentos nas dimensões temporal e espacial;
•
Conhecer e respeitar o modo de vida dos mais diferentes grupos
étnicos, nos diversos tempos e espaços, nas suas manifestações culturais,
econômicas, políticas e sociais. Assim, os alunos observam e analisam as
semelhanças e diferenças entre eles;
•
Reconhecer as mudanças e as permanências das vivências humanas,
presentes na realidade e em outras comunidades;
•
Questionar a sua realidade, identificando alguns dos seus problemas
refletindo sobre as suas possíveis soluções;
•
Utilizar métodos de pesquisas e de produção de textos do conteúdo
histórico, compreendendo a analisar os mais diversos registros históricos,
sejam escritos, orais e/ou audiovisuais;
•
Valorizar o patrimônio sociocultural, respeitando a diversidade e
reconhecendo como um direito dos povos e particularmente dos indivíduos
como um todo.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ENSINO MÉDIO
•
Relações de poder;
•
Relações culturais;
•
Relações de trabalho.
1ª SERIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICOMETODOLÓGICA
As origens e o
desenvolvimento inicial
da humanidade
Relações de trabalho
Comparar aspectos da
vida humana no
Paleolítico com as dos
tempos
contemporâneos,
O surgimento do Estado estabelecendo
diferenças e
A identidade do homem semelhanças.
americano
Listar as principais
hipóteses sobre a
As civilizações do Nilo e origem do homem
da Mesopotâmia
americano.
AVALIAÇÃO
A seleção dos
conteúdos específicos,
articulados a temática,
conteúdos estruturantes
estabelecidos, e a
abordagem
metodológica
possibilitarão aos alunos
a compreensão das
ações sociais, políticas
e culturais promovidas
pelos sujeitos históricos.
Pretende perceber como
os estudantes
compreendem o
desenvolvimento da
humanidade; como
surgiu o Estado; a
contribuição das antigas
civilizações para a
Explicar o significado de construção da cultura
Nascimento e expansão conceitos essenciais
contemporânea (…).
do Islamismo
para compreender o
chamado feudalismo:
Cabe ao professor, no
feudo, servo, susserano decorrer do processo,
A civilização Bizantina e vassalo.
elencar diferentes
instrumentos avaliativos
Compreender a relação capazes de
Baixa Idade Média
entre humanismo,
sistematizaras ideias
Renascimento cultural e históricas produzidas
desenvolvimento
pelos estudantes.
Identificar as principais
As civilizações: Grega e contribuições dos
Romana
egípcios, gregos e
romanos; nos campos
da: ciência, agricultura
Alta Idade Média
e cultura.
Relações de poder
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Relações culturais
O Renascimento
cultural e científico
científico.
Discutir os interesses
políticos, econômicos e
A expansão ultramarina religiosos que estiveram
europeia
interligados no
processo expansionista
europeu.
A Reforma Protestante
e a Reforma Católica
Explicar os principais
fatores do declínio do
poder da Igreja Católica
no final da Idade Média.
No processo avaliativo
deve-se fazer uso: de
narrativas e documentos
históricos, inclusive os
produzidos pelos
alunos; verificação e
confronto de
documentos de
diferentes naturezas.
2º SERIE
OBJETIVOS
ESTRUTURANTES
ESPECÍFICOS
Busca-se
suscitar
no
aluno,
reflexões a respeito de aspectos Relações de trabalho -A organização social indígena na América pré-colombiana
políticos, econômicos, culturais,
-Trabalho escravo e compulsório (encomiendas) nas colônias
sociais
e
a
construção
do
da América espanhola
conhecimento histórico.
- A organização social indígena na América portuguesa
Dominar conceitos específicos da
- O tráfico ultramarino de africanos escravizados
disciplina e refletir sobre as
Trabalho escravo na América portuguesa: engenho e mineração
permanências e mudanças dentro
A exploração de trabalhadores na América inglesa,
do processo histórico, assim como,
portuguesa e espanhola
desenvolver a interpretação e
-Lutas e resistências dos trabalhadores na América Latina
compreensão dos fatos nesse
- Imperialismo e a exploração na África e na Ásia
processo.
- A transição do trabalho escravo para o trabalho livre
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Relações de poder
A violência contra os povos indígenas na América
A conquista e colonização da América espanhola
A conquista e colonização da América inglesa
A mineração no Brasil colonial
Religião e sociedade na América portuguesa
O Iluminismo
As Revoluções Inglesas
A Revolução Industrial
A Revolução Francesa
O Império Napoleônico
O processo de Independência da América inglesa,
portuguesa e espanhola.
O congresso de Viena e as revoluções liberais
A Unificação da Itália e Alemanha
O imperialismo na África e na Ásia
O movimento operário e o advento do socialismo
Brasil Imperial: 1ª Império, Regência, 2ª Império
A América Latina no século XIX
- As civilizações agrícolas
- Diversidade cultural na América inglesa
Relações de cultura - Transição do trabalho servil para o trabalho industrial;
- Os movimentos sociais: Burguesia X Proletariado
- As conquistas trabalhistas: Ludismo, Cartismo, Sindical
- Arraiais, vilas e cidades
- Evangelização e inquisição
- Religiosidade popular na colônia
- Iluminismo: As “Luzes” contra as “Trevas”
- A moral burguesa e o operariado
- Símbolos nacionais
- As reformas urbanas e a criação de espaços de sociabilidades
- Crescimento dos nacionalismos
- Romantismo
3º SERIE
OBJETIVOS
ESTRUTURANTES
ESPECÍFICOS
- Compreender os fatores que levaram a Relações
transição do Império para República no Brasil; trabalho
-Identificar as classes sociais no século XVI e o
neocolonialismo no século XIX
-Compreender o desenvolvimento trabalhista
durante o Regime Militar;
de - Modo de Produção Capitalista classes sociais e conflitos;
-A Transição do Império para a República no Brasil
- Classes sociais e conflitos;
-Retomada de conteúdos- A colonização no século XVI;
- Neocolonialismo no século XIX.
- Sociedades contemporâneas neoliberais;
-O trabalhador durante o Regime Militar.
- Classes sociais e conflitos;
-O movimento operário até 19
- Compreender as ideologias, classes sociais e
-O Estado enquanto nação- Aspectos da política
institucionais que surgiram a partir do
Relações de poder brasileira;
séculoXIX;
-1930- Getúlio Vargas no poder;
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- Identificar a emergência dos Estados
Totalitários;
-Compreender os fatores que levaram a crise
de 1929 e a Segunda Guerra Mundial;
- Identificar os primeiros anos da República no
Brasil e seu desenvolvimento;
- Compreender os fatores que levaram a crise
de 1920 e o declínio da República velha;
-Compreender os fatores que levaram a Era
Vargas;
-Identificar os fatores que levaram a
implantação do Regime Militar no Brasil;
-Identificar os fatores que levaram a
Redemocratização no Brasil;
-Compreender os conflitos internacionais e a
Nova Ordem Mundial;
-Identificar a ideologia e propaganda NaziFascistas;
-Compreender o desenvolvimento da semana Relações
de arte moderna no Brasil;
cultura
-Compreender
o
desenvolvimento
do
Movimento de Contra Cultura durante os anos
60;
-Compreender a diversidade cultural no Brasil
de 1889 até 1930;
-A Era Vargas e o Estado Novo;
-O regime liberal populista;
-O Estado enquanto nação- Aspectos
da política brasileira;
-Processo de redemocratização, abertura política
e anistia;
-Neoliberalismo e o Brasil atual;
- Conflitos Internacionais: Da Guerra Fria aos anos 1990;
-O fim da Guerra Fria e a Nova Ordem Mundial
-A globalização e o futuro da economia mundial;
- O Estado enquanto nação-aspecto da política brasileira;
- Os primeiros tempos republicanos-;
- O apogeu da República velha;
-Sociedade, política, economia e cultura na
República velha;
-O Tenentismo;
-A crise de 1920;
- O declínio da República velha;
-Ideologias e classes sociais
-A propaganda nazi-fascista.
de -Movimentos culturais / Ideologia e classes sociais;
-Semana de arte moderna.
-Indústria cultural e propaganda;
-Movimentos de contracultura, MPB, Jovem Guarda;
-Diversidade cultural;
-A influência anarquista em 1917.
-Movimentos rurais, movimentos urbanos,
movimento operário;
5.Encaminhamento metodológico
Tendo como base os conteúdos estruturantes (relações de trabalho,
poder e cultura) e propiciando aos alunos a formação da consciência histórica,
faremos uma abordagem dos conteúdos bimestrais, trabalhando as seguintes
articulações:
• Focalizar
acontecimentos, processo e o sujeito, delimitando o espaço para
observação do conteúdo tematizado (vários recortes temporais);
• Análise e interpretação de diferentes conceitos de documento histórico, permitindo
aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de
narrativas históricas;
• Analisar os sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;
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• Criar condições de elaborar conceitos que permitam pensar historicamente e
superar a idéia de História como verdade absotuta.
• Análise audio visual, TV Pendrive e leituras cartográficas.
6. Avaliação
Objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de
História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de
aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento
externo a este processo, para tanto:
• A avaliação será contínua e qualitativa, formativa e diagnóstica, através de
diversas atividades, priorizando a análise de textos historiográficos, mapas e
documentos históricos.
• Produção de narrativas históricas;
• Pesquisas bibliográficas;
• Sistematização de conceitos históricos através de avaliações objetivas e
subjetivas.
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REFERÊNCIAS
MOTA, Myriam Becho. BRAICK, Patricia Ramos. História das cavernas ao terceiro
milênio. 1ª edição. São Paulo: Moderna, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História,
versão preliminar. Curitiba: SEED, 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-SEED. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica de História para o Estado do Paraná. Curitiba, 2008.
VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio: Geral e
Brasil. 2ª edição. São Paulo: Scipione, 2006.
HISTÓRIA ENSINO MÉDIO/Vários autores. Secretaria de Estado da Educação.
Curitiba, 2006.
138
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L.E.M – INGLÊS
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL
1 - APRESENTAÇÃO
O cenário da Língua Estrangeira/Inglês e a estrutura do currículo escolar
sofrem constantes interferências da organização social no decorrer da história. As
formas de ensinar e o currículo são sempre instigados a atender às expectativas e
demandas sociais contemporâneas e a garantir às novas gerações a aprendizagem
dos conhecimentos historicamente produzidos. É na relação entre as abordagens de
ensino, a estrutura do currículo e a sociedade que residem as causas da ascensão e
do declínio do prestígio das LEM nas escolas.
2.
HISTÓRICO
DA
DISCIPLINA
E
FUNDAMENTOS
TEÓRICOS
METODOLÓGICOS
O ensino de LE começou a ser valorizado depois da chegada da família real,
portuguesa no Brasil, em 1808. O currículo inspirava-se nos moldes franceses, e em
seu programa constavam sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão.
A partir de 1937 o MEC tendo a responsabilidade pelos rumos educacionais
teve a incumbência de indicar aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser
ministrado na escola, a metodologia e o programa curricular para cada série, sendo
importante destacar que o ensino de inglês teve o seu espaço garantido nos
currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais, enquanto
que o francês era mantido pela sua tradição curricular no ensino secundário.
Após a Segunda Guerra Mundial a dependência econômica e cultural do
Brasil em relação aos Estados Unidos, intensificou-se, e, com isso a necessidade de
aprender inglês tomou-se cada vez maior. Assim, falar inglês passou a ser um
anseio das populações urbanas e o ensino dessa língua ganhou cada vez mais
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espaço no currículo em detrimento ao ensino do francês. Porém, diante das.
exigências do mercado, o ensino de línguas foi sendo substituído, paulatinamente,
por um currículo cada vez mais técnico, acarretando a diminuição da carga horária
das línguas estrangeiras. Ainda assim, identificou-se a valorização da língua inglesa
devido às demandas de mercado de trabalho que então se expandiam no período
(lei n.° 5,692/71)
Em 1976 o ensino de LE volta a ser valorizado, quando a disciplina volta a
ser obrigatória, somente no 2° grau, porém podendo ser oferecida no 1° grau desde
que as escola tivessem condições favoráveis para isso.
3 - OBJETIVO GERAL
Fazer com que os alunos reconheçam e compreendam a diversidade
linguística e cultural, bem como significados sociais e historicamente construídos, e
portanto, passíveis de transformação na prática social;
Analisar as questões da nova ordem global, suas implicações e desenvolver
uma consciência crítica a respeito do papel da língua na sociedade.
4 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo estruturante de Língua Estrangeira Moderna é o discurso
enquanto prática social, efetivado por meio das práticas discursivas, as quais
envolvem a leitura, a oralidade e a escrita. Os conteúdos serão desdobrados a partir
de textos (verbais e não- verbais de diferentes tipos de textos).
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5ª série / 6º ano
Objetivos
Estruturante
Específico
Identificar o tema do texto
Leitura
tema do texto
Lançar mão de inferências e
cognatos para compreensão de
textos
Oportunizar
situações
de
aprendizagem que levem o
aluno a compreender a Língua
Inglesa
Estimular
a
leitura
e
compreensão de textos e a
observação da gramática e do
vocabulário nele aplicado
interlocutor
finalidade
elementos composicionais do
gênero
repetição
palavras
proposital
das
marcas linguísticas
Reconhecer o gênero textual
Identificar o tempo verbal
Proporcionar o uso adequado de Escrita
palavras e expressões para
estabelecer a referência textual
tema do texto
Identificar o tempo verbal
ortografia
Conduzir a uma reflexão dos
elementos discursivos , textuais,
estruturais e normativos
elementos composicionais do
gênero
Levar o aluno a reconhecer as Oralidade
diferenças e as semelhanças
entre o discurso oral e o escrito
Adequar a fala ao contexto : uso
de conectivos, gírias, repetições,
etc
marcas linguísticas
adequação do discurso ao
gênero
turnos da fala
marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos
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6ª série / 7º ano
Objetivos
Estruturante
Específico
Leitura
Tema do texto
Identificar tema do texto
finalidade do texto
Lançar mão de inferências e
cognatos para compreensão do
texto
Relacionar o gênero textual e sua
função
Relacionar o
contexto atual
tema
com
o
Estimular
a
leitura
e
compreensão de textos e a
observação da gramática e do
vocabulário nele aplicado
Repetição
palavras
proposital
de
Marcas linguísticas( coesão,
coerência, função das classes
gramaticais
no
texto,
pontuação, recursos gráficos,
etc )
Intertextualidade
Oportunizar situações que levem
o aluno a compreender a Língua
Inglesa
Identificar o tempo verbal
Proporcionar o uso adequado de Escrita
palavras e expressões para
estabelecer a referência textual
Tema do texto
Conduzir a utilização adequada
das partículas conectivas
Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais
do
texto,
pontuação, recursos gráficos
Identificar o tempo verbal
Ortografia
Levar o aluno a reconhecer as Oralidade
diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e escrito
Adequar a fala ao contexto ( uso
de gírias, conectivos, repetição,
etc )
Turnos da fala
Adequação
gênero
do
discurso
Variações linguísticas
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ao
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7ª série / 8º ano
Objetivos
Estruturante
Específico
Identificar tema do texto
Leitura
Tema do texto
Lançar mão de inferências e
cognatos para compreensão do
texto
Finalidade do texto
Relacionar o gênero textual e sua
função
Temporalidade
Relacionar o
contexto atual
tema
com
o
Intertextualidade
Elementos composicionais do
gênero
Marcas linguísticas
Estimular
a
leitura
e
compreensão de textos e a
observação da gramática e do
vocabulário nele aplicado
Oportunizar situações que levem
o aluno a compreender a Língua
Inglesa
Identificar o tempo verbal
Proporcionar o uso adequado de Escrita
palavras e expressões para
estabelecer a referência textual
Tema do texto
Conduzir a utilização adequada
das partículas conectivas
Significado das palavras
Identificar o tempo verbal
Marcas linguísticas
Vozes
texto
sociais
presentes
no
Ambiguidade
Levar o aluno a reconhecer as Oralidade
diferenças e semelhança s entre
o discurso oral e escrito
Adequar fala ao contexto ( uso de
conectivos, gírias, repetições,
etc. )
Turnos da fala
Variações linguísticas
Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição
Diferenças e semelhanças entre
discursos oral e escrito
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8 ª série / 9º ano
Objetivo
Estruturante
Específico
Identificar tema do texto
Leitura
Tema do texto
Lançar mão de inferências e
cognatos para compreensão do
texto
Finalidade do texto
Relacionar o gênero textual e sua
função
Temporalidade
Relacionar o
contexto atual
tema
com
o
Intertextualidade
Elementos composicionais do
gênero
Marcas linguísticas
Estimular
a
leitura
e
compreensão de textos e a
observação da gramática e do
vocabulário nele aplicado
Oportunizar situações que levem
o aluno a compreender a Língua
Inglesa
Identificar o tempo verbal
Proporcionar o uso adequado de Escrita
palavras e expressões para
estabelecer a referência textual
Tema do texto
Conduzir a utilização adequada
das partículas conectivas
Significado das palavras
Identificar o tempo verbal
Marcas linguísticas
Vozes
texto
sociais
presentes
no
Ambiguidade
Levar o aluno a reconhecer as Oralidade
diferenças e semelhança s entre
o discurso oral e escrito
Turnos da fala
Adequar fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições)
Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição.
Variações linguísticas
Diferenças e semelhanças entre
discursos oral e escrito
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Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Fundamental:
Lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados, notícias,
reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, piadas, debates,
folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras, etc.
A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas as
séries do Ensino Fundamental e do Médio.
Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de
complexidade dos textos e de sua abordagem.
5. CONTEÚDO ESPECÍFICO
- Oralidade:
. Aspectos contextuais do texto oral;
. Intencionalidade dos textos;
. Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme as
instâncias de uso da linguagem;
. Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e
informal.
- Leitura:
. Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada;
. Contato com diversos gêneros textuais;
.Entendimento
do
aluno
sobre
o
funcionamento
dos
elementos
linguísticos/gramaticais do texto;
. Importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso;
. Provocar outras leituras;
. A abordagem histórica em relação aos textos literários.
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- Escrita:
. Trabalho com o texto visando provocar reflexão, transformação;
. Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;
. Clareza na exposição de ideias;
. Utilização dos recursos coesivos.
6. METODOLOGIA
A gramática será trabalhada de forma contextualizada, utilizando e revisando
frequentemente as técnicas de leitura. Os textos trabalhados serão de caráter
informativo, literário e atual, proporcionando ao aluno o redimensionamento de
conhecimento de mundo, permitindo que este seja exposto a insumos instrumentais
e discursivos e terá, então, as chaves que abrirão as portas para um mundo mais
rico e certamente muito mais cosmopolita.
Leitura
Propiciar práticas de leituras de texto de diferentes gêneros considerando os
conhecimentos prévios dos alunos e formulando questionamentos que possibilitem
inferências sobre o texto. Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema,
intenções,
intertextualidade,
aceitabilidade,
informatividade,
situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia.
Escrita
Planejar
a
produção
textual
da
delimitação
tema,
intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologias. Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos.
Estimular produções em diferentes gêneros.
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Oralidade
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos orientando
sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado.
Estimular contação de histórias de diferentes gêneros.
Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade.
OBS.: As escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos, da infra-estrutura
da escola e da realidade da comunidade, podendo variar e ser alterada de acordo
com as necessidades.
7. AVALIAÇÃO
O aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação, uma vez que
também é construtor do conhecimento, seu esforço precisa ser reconhecido por
meio de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu desempenho e o
entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. Considerar o erro
como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no
processo, uma vez que, não sendo linear, não acontece da mesma forma e ao
mesmo tempo para diferentes pessoas.
É fundamental a coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis
do processo.
Leitura
- Realização de leitura compreensiva do texto;
- Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
- Percepção do ambiente no qual circula o gênero;
- Identificação da ideia principal do texto;
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- Identificação do tema e reconhecimento de palavras e/ou expressões que
estabelecem a referência textual.
Escrita
Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
Pertinência dos elementos discursivos textuais, estruturais e normativos;
Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
Oralidade
•
Respeito aos turnos de fala;
•
Participação ativa em diálogos, relatos, discussões quando necessário
em língua materna;
•
Utilização consciente de expressões faciais/corporais e gestuais, de
pausas e entonações nas exposições orais.
L.E.M – INGLÊS ENSINO MÉDIO
A língua estrangeira (LE) moderna propõe a aprendizagem da mesma
relacionada a outras aprendizagens. Serve de instrumento para a aquisição das
habilidades comunicativas essenciais, tanto de compreensão (audição – leitura)
como de produção (fala e escrita), sem perder de vista a preparação de um sujeito
crítico, capaz de interagir com o mundo à sua volta.
OBJETIVOS
Produzir significados, além da gramática, o contexto sociolingüístico,
considerando os papéis dos falantes na situação, os meios não lingüísticos e
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paralingüísticos (gestos, interjeições, etc), assim como a tipologia textual e
estruturas típicas de situações de comunicação.
Contribuir para que o aluno tenha acesso a manifestações culturais de
outros povos, e perceba as diferenças entre os usos, as convenções e os valores de
seu grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira, de forma crítica,
percebendo que não há cultura melhor que a outra.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O conteúdo estruturante de Língua Estrangeira Moderna é o discurso
enquanto prática social, efetivado por meio das práticas discursivas, as quais
envolvem a leitura, a oralidade e a escrita. Os conteúdos serão desdobrados a partir
de textos (verbais e não-verbais de diferentes tipos.) Portanto, os textos escolhidos
para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos lingüísticos-discursivos a serem
trabalhados.
Discurso
Texto
Oralidade
Leitura
Escrita
Os conteúdos selecionados são os mesmos para todas as séries e poderão
ser retomados a cada momento em que se faça necessário, porém terão um grau
seqüencial de aprofundamento.
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Análise Lingüística: elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos
relacionados aos aspectos semânticos e léxicos. Conteúdos relacionados à norma
padrão, concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal e tempos verbais.
Gêneros
discursivos:
jornalísticos,
charges,
cartas,
receitas,
cartoons,
informativos, literários, etc.
Intertextualidade: relação entre textos, referências, alusões, epígrafes, paródias,
etc.
Diversidade Cultural
Oralidade
Leitura
Escrita
Aspectos contextuais do Compreensão do texto deTrabalho com o texto visando
texto oral;
maneira global e nãoprovocar
reflexão,
Intencionalidade dos textos; fragmentada;
transformação;
Adequação da linguagemContato
com
diversosAdequar
o
conhecimento
oral em situações degêneros textuais;
adquirido à norma padrão;
comunicação, conforme asEntendimento
do
alunoClareza na exposição de
instâncias de uso dasobre o funcionamento dosidéias;
linguagem;
elementos
Utilização
dos
recursos
Diferenças
léxicas,lingüísticos/gramaticais docoesivos.
sintáticas e discursivas quetexto;
caracterizam a fala formal e Importância dos elementos
informal.
coesivos e marcadores de
discurso;
Provocar outras leituras;
A abordagem histórica em
relação aos textos literários.
METODOLOGIA
Os conteúdos se desenvolvem aproveitando a participação do aluno, de
forma criativa, prática e, sobretudo cooperativa.
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Os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois assim o aluno irá
interagir com o texto. O trabalho partirá do discurso em língua estrangeira, subsídio
importante para que atinja a efetiva compreensão do enunciado.
A aprendizagem não se baseia exclusivamente na abordagem comunicativa,
nem tampouco na conduta meramente estruturalista ou gramaticista. Aproveita de
forma eclética diferentes condutas dirigidas à aprendizagem, dentro de um processo
no qual o próprio contexto comunicativo é aproveitado como foco para a gramática
prática.
RECURSOS
- aulas expositivas, explicativas, dialogadas;
- atividades individuais e/ou equipes;
- textos interdisciplinares;
- textos autênticos de jornais, revistas, internet, etc.;
- gramática contextualizada;
- músicas.
6. AVALIAÇÃO
A avaliação será parte integrante do processo de aprendizagem e contribuirá
para a construção de saberes. Ela ocorrerá de maneira contínua e cumulativa,
sendo que os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Todas as destrezas serão avaliadas (ler, ouvir, falar e escrever) diariamente,
de acordo com as atividades desenvolvidas em sala; para que se perceba os
conhecimentos adquiridos pelos discentes. Dessa forma, o professor poderá rever
conteúdos que não foram suficientemente trabalhados e garantir a efetiva interação
do aluno com a aprendizagem.
Através da avaliação, o professor terá a possibilidade de repensar a sua
metodologia de ensino e planejar suas aulas conforme as necessidades específicas
de cada um.
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7.BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas.
Campinas: Ed. Pontes, 2002.
PARANÁ / SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino. Curitiba: SEED, 2008.
PRESCHER, E.; PASQUALIN, E.; AMOS, E. Graded English. Volume único.
Editora Moderna: São Paulo, 2004.
ENSINO DE GRAMÁTICA PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Tendo como pressuposto que a linguagem não é um simples
conteúdo escolar, mas uma atividade humana, histórica e social, seu estudo deve
contribuir, de alguma forma, para auxiliar na solução de pequenos problemas
cotidianos e propiciar o acesso aos bens culturas acumulados pela humanidade.
Estamos cientes que ser um usuário da língua é uma das
condições primordiais para uma efetiva participação social, o ensino da Língua
Portuguesa deve visar prioritariamente o desenvolvimento da capacidade de
produzir e interpretar textos orais e escritos, à medida que estes auxiliem o
educando a ler o mundo em que vive, a analisar o que dele se diz e se pensa e
expressar uma visão fundamentada e coerente dessa leitura e dessa interpretação.
Para que isso ocorra, é necessário que sejam oferecidas ao aluno
diferentes oportunidades para que este desenvolva as quatro habilidades lingüísticas
básicas: FALAR, OUVIR, LER E ESCREVER, num contexto de reflexões e analise
que não deixe de enfatizar o universo das emoções, conhecimentos e satisfação
pessoal que tais atividades podem oferecer.
OBJETIVOS:
•
Expandir o uso da linguagem em instâncias privadas e utilizá-la com eficácia
em instâncias públicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos orais e
escritos, coerentes, coesos, adequados a seus destinatários, aos objetivos a
que se propõem e aos assuntos tratados;
•
Utilizar diferentes registros, inclusive os mais formais da variedade lingüística
valorizada socialmente, sabendo adequá-los às circunstancias da situação
comunicativa de que participam;
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•
Valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos
criados pela leitura e possibilidade de fruição estética, sendo capazes de
recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos;
•
Usar os conhecimentos adquiridos por meio da pratica de reflexão sobre a
língua para expandirem as possibilidades de uso da linguagem e a
capacidade de análise crítica;
•
Conhecer e analisar criticamente os usos da língua como veículo de valores e
preconceitos de classe, credo, gênero ou etnia.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa propõem que o
Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa esteja sob o pilar dos processos
discursivos. Por conteúdo Estruturante entende-se o conjunto de saberes e
conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma
disciplina escolar. A partir deles, advém os conteúdos específicos a serem
trabalhados no cotidiano escolar.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas
diferentes instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o
Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social concretizando-se na
oralidade, na leitura e na escrita.
Já que a língua é analisada a partir de experiências, a seleção dos
“conteúdos” a serem trabalhados em sala de aula, far-se-á a partir da experiência e
da necessidade demandada pela interação e de acordo com os conteúdos básicos
considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes,
sistematizado pelo Departamento de Educação Básica (DEB).
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Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
Nos quadros abaixo, os conteúdos básicos estão apresentados por série
e tomados como ponto de partida para a organização desta proposta pedagógica
curricular.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
Conteúdo estruturante: O discurso enquanto prática social: Leitura, oralidade,
escrita e literatura.
2ª Série: Discurso como prática social
Oralidade:
•
Identificação dos diferentes gêneros textuais.
•
Narração de histórias.
•
Exposição
de
idéias
explorando
capacidade
de
interação,
argumentação e expressão.
•
Identificação dos diferentes tipos de discurso e sua adequação aos
diversos contextos comunicativos.
•
Emprego da pontuação com uso da entonação.
•
Reconhecimento e valorização das variações lingüísticas: regional,
social e histórica.
•
Identificação dos elementos da cultura afro-brasileira.
•
Leitura de textos pertencentes aos diferentes gêneros textuais que
Leitura:
circulam socialmente.
•
Leitura de textos literários de época: Barroco, Arcadismo, Romantismo,
Realismo e Naturalismo.
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Escrita:
•
Produção de textos dos diferentes gêneros textuais literários ou não
que circulam socialmente: narrativo, poético, informativo, descritivo, relato e
notícia.
•
Marcas lingüísticas e estrutura dos textos dos diversos gêneros
textuais.
•
Estudos
de
textos
literários
de
época:
Barroco,
Arcadismo,
Romantismo, Realismo e Naturalismo.
•
Classe de palavras.
•
Concordância verbal e nominal.
•
Coesão e coerência.
• 3ª série: Leitura e interpretação de diferentes tipos de textos; Substantivo:
próprio e comum, simples e composto, primitivo e derivado; Adjetivo e locução
adjetiva; Ortografia; Acentuação: palavras paroxítonas; Artigo; Pronomes
pessoais do caso reto e do caso oblíquo; Produção de textos diversificados:
cartazes, diários, texto narrativo, diálogos, bilhetes, cartões, etc; Verbos
• 4ª série: Leitura e interpretação de diferentes tipos de textos: poemas, fábulas,
narrativas, anedotas, etc. Produção de textos diversificados: cartazes,
descrição, diários, texto narrativo, diálogos, bilhetes, cartões, etc; Uso do
dicionário; Substantivos; Adjetivos; Verbo e concordância verbal; Ortografia;
Pontuação.
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5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
GÊNEROS
LEITURA
É importante que o professor:
DISCURSIVOS
Tema do texto;
-Propicie práticas de leitura de
Interlocutor;
textos de diferentes gêneros;
Para o trabalho das Finalidade;
- Considere os conhecimentos
práticas de leitura, Aceitabilidade do
prévios dos alunos;
escrita, oralidade e texto;
- Formule questionamentos que
análise lingüística, Informatividade;
possibilitem inferências sobre o
serão adotados
Discurso direto e
texto;
como conteúdos
indireto;
-Encaminhe discussões sobre:
básicos os gêneros Elementos
tema, intenções,
discursivos
composicionais do
intertextualidade;
conforme suas
gênero;
- Contextualize a produção:
esferas sociais de
Léxico
suporte/fonte, interlocutores,
circulação.
Marcas lingüísticas: finalidade, época;
Caberá ao
coesão, coerência,
- Utilize textos não-verbais
professor fazer a
função das classes diversos que dialoguem com
seleção de gêneros, gramaticais no texto, não-verbais, como: gráficos,
nas diferentes
pontuação, recursos fotos, imagens, mapas, e outros;
esferas, de acordo gráficos (como
- Relacione o tema com o
com o Projeto
aspas, travessão,
contexto atual;
Político
negrito), figuras de
- Oportunize a socialização das
Pedagógico, com a linguagem.
idéias dos alunos
Proposta
sobre o texto.
Pedagógica
ESCRITA
Curricular, com o
Tema do texto;
ESCRITA
Plano Trabalho
Interlocutor;
É importante que o professor
Docente, ou seja,
Finalidade do texto; planeje a produção textual a
em conformidade
Informatividade;
partir da delimitação do tema, do
com as
Argumentatividade; interlocutor, do gênero, da
características da
Discurso direto e
finalidade;
escola e com o
indireto;
Estimule a ampliação de leituras
nível de
Elementos
sobre o tema e o gênero
complexidade
composicionais do
proposto;
adequado a cada
gênero;
Acompanhe a produção do texto;
uma das séries.
Divisão do texto em Encaminhe a reescrita textual:
parágrafos;
revisão dos argumentos/das
Marcas lingüísticas: idéias, dos elementos que
coesão, coerência,
compõe o gênero (por exemplo:
função das classes se for uma narrativa de aventura,
gramaticais no texto, observar se há o narrador, quem
pontuação, recursos são os personagens, tempo,
gráficos (como
espaço, se o texto remete a uma
AVALIAÇÃO
LEITURA
Espera-se que o aluno:
Identifique o tema;
Realize leitura
compreensiva do texto;
Localize informações
explícitas no texto;
Posicione-se
argumentativamente;
Amplie seu horizonte de
expectativas;
Amplie seu léxico;
Identifique a idéia principal
do texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
Expresse as idéias com
clareza;
Elabore/reelabore textos de
acordo com o
encaminhamento do
professor, atendendo:
às situações de produção
propostas
(gênero, interlocutor,
finalidade...);
à continuidade temática;
Diferencie o contexto de
uso da linguagem formal e
informal;
Use recursos textuais
como: coesão e coerência,
informatividade, etc;
Utilize adequadamente
recursos lingüísticos como:
pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral,
substantivo, etc.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
Utilize d discurso de acordo
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aspas, travessão,
negrito), figuras de
linguagem;
Processo de
formação de
palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância
verbal/nominal.
aventura, etc.);
 Analise se a produção textual
está coerente e coesa, se há
continuidade temática, se atende
à finalidade, se a linguagem está
adequada ao contexto;
Conduza, na reescrita, a uma
reflexão dos elementos
discursivos, textuais, estruturais
e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
ORALIDADE
Organize apresentações de
Tema do texto;
textos produzidos pelos alunos;
Finalidade;
Oriente sobre o contexto social
Argumentatividade;
de uso do gênero oral
Papel do locutor e
selecionado;
interlocutor;
Prepare apresentações que
Elementos
explorem as marcas lingüísticas
extralingüísticos:
típicas da oralidade em seu uso
entonação, pausas,
formal e informal;
gestos...;
Estimule contar histórias de
Adequação do
diferentes gêneros, utilizando-se
discurso ao gênero;
dos recursos extralingüísticos,
Turnos de fala;
como: entonação, pausas,
Variações
expressão facial e outros.
lingüísticas;
Selecione discursos de outros
Marcas lingüísticas:
para análise dos recursos da
coesão, gírias,
oralidade, como: cenas de
repetição,
desenhos, programas infantorecursos semânticos
juvenis, entrevistas, reportagem,
entre outros.
com a situação de produção
(formal/ informal);
Apresente suas idéias com
clareza coerência e
argumentatividade;
Compreenda argumentos
no discurso do outro;
Explane diferentes textos,
utilizando adequadamente
entonação, pausas, gestos,
etc;
Respeite os turnos de fala.
6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS
DISCURSIVOS
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Para o trabalho das Finalidade;
práticas de leitura, Aceitabilidade do
escrita, oralidade e texto;
ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
Propicie práticas de leitura de
textos de diferentes gêneros,
ampliando também o léxico;
Considere os conhecimentos
AVALIAÇÃO
LEITURA
Espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva
do texto;
Localize informações
explícitas e implícitas no
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análise lingüística,
serão adotados
como conteúdos
básicos os gêneros
discursivos
conforme suas
esferas sociais de
circulação.
Caberá ao
professor fazer a
seleção de
gêneros, nas
diferentes esferas,
de acordo com o
Projeto Político
Pedagógico, com a
Proposta
Pedagógica
Curricular, com o
Plano Trabalho
Docente, ou seja,
em conformidade
com as
características da
escola e com o
nível de
complexidade
adequado a cada
uma das séries.
Informatividade
explícitas e implícitas;
Discurso direto e
indireto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Repetição proposital
das palavras;
Léxico;
Ambigüidade;
Marcas lingüísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito),
figuras de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e
indireto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Marcas lingüísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito).
Processo de formação
de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância
verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e
interlocutor;
prévios dos alunos;
Formule questionamentos
que possibilitem inferências
sobre o texto;
Encaminhe discussões
sobre: tema e intenções;
Contextualize a produção:
suporte/fonte, interlocutores,
finalidade, época;
Utilize textos verbais diversos
que dialoguem com nãoverbais, como: gráficos,
fotos, mapas, e outros;
Relacione o tema com o
contexto atual, com as
diferentes possibilidades de
sentido (ambigüidade) e com
outros textos;
Oportunize a socialização
das idéias dos alunos sobre o
texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a
partir: da delimitação do
tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
Estimule a ampliação de
leituras sobre o tema e
o gênero propostos;
Acompanhe a produção do
texto;
Encaminhe a reescrita
textual: revisão dos
argumentos/das idéias, dos
elementos que compõe o
gênero (por exemplo: se for
uma narrativa de enigma,
observar se há o narrador,
quem são os personagens,
tempo, espaço, se o texto
remete a uma mistério, etc.);
Analise se a produção textual
está coerente e coesa, se há
continuidade temática, se
atende à finalidade, se a
linguagem está adequada ao
contexto;
texto;
Posicione-se
argumentativamente;
Amplie seu horizonte de
expectativas;
Amplie seu léxico;
Perceba o ambiente no qual
circula o gênero;
Identifique a idéia principal
do texto;
Analise as intenções do
autor;
Identifique o tema;
Deduza os sentidos das
palavras e/ou expressões a
partir do contexto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
Expresse suas idéias com
clareza;
Elabore textos atendendo:
- às situações de produção
propostas
(gênero, interlocutor,
finalidade...);
- à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso
da linguagem formal e
informal;
Use recursos textuais como:
coesão e coerência,
informatividade, etc;
Utilize adequadamente
recursos lingüísticos como:
pontuação, uso e função do
artigo, pronome,
substantivo, etc.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo
com a situação de produção
(formal/ informal);
Apresente suas idéias com
clareza;
Expresse oralmente suas
idéias de modo fluente e
adequado ao gênero
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Conduza, na reescrita, a uma
reflexão dos elementos
discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
Organize apresentações de
textos produzidos pelos
alunos;
Proponha reflexões sobre os
Elementos
argumentos utilizados nas
extralingüísticos:
exposições orais dos alunos;
entonação, pausas,
Oriente sobre o contexto
gestos, etc;
social de uso do gênero oral
Adequação do
selecionado;
discurso ao gênero;
Prepare apresentações que
Turnos de fala;
explorem as marcas
Variações lingüísticas; lingüísticas típicas da
Marcas lingüísticas:
oralidade em seu uso formal
coesão, coerência,
e informal;
gírias, repetição,
Estimule contação de
semântica.
histórias de diferentes
gêneros, utilizando-se dos
recursos extralingüísticos,
como: entonação, pausas,
expressão facial e outros.
Selecione discursos de
outros para análise dos
recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos,
programas infanto-juvenis,
entrevistas,reportagem, entre
outros.
proposto;
Compreenda os argumentos
no discurso do outro;
Exponha objetivamente seus
argumentos;
Organize a seqüência de
sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Analise dos argumentos
apresentados pelos colegas
de classe em suas
apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
Participe ativamente dos
diálogos, relatos,
discussões, etc.
7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS
LEITURA
DISCURSIVOS Conteúdo temático;
Interlocutor;
Para o trabalho Finalidade do texto;
ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o
professor:
Propicie práticas de leitura
AVALIAÇÃO
LEITURA
Espera-se que o aluno:
· Realize leitura
compreensiva do texto;
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das práticas de
leitura, escrita,
oralidade e
análise
lingüística,
serão adotados
como
conteúdos
básicos os
gêneros
discursivos
conforme suas
esferas sociais
de circulação.
Caberá ao
professor fazer
a seleção de
gêneros, nas
diferentes
esferas, de
acordo com o
Projeto Político
Pedagógico,
com a
Proposta
Pedagógica
Curricular, com
o Plano
Trabalho
Docente, ou
seja, em
conformidade
com as
características
da escola e
com o nível de
complexidade
adequado a
cada séries.
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Vozes sociais presentes no
texto;
Elementos composicionais do
gênero;
Relação de causa e
conseqüência entre as partes e
elementos do texto;
Marcas lingüísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como: (aspas,
travessão, negrito).
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambigüidade;
- sentido conotativo e denotativo
das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e
humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do
gênero;
Relação de causa e
conseqüência entre as partes e
elementos do texto;
Marcas lingüísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Papel sintático e estilístico dos
pronomes na organização,
retomadas e seqüenciação do
texto;
Semântica:
- operadores argumentativos;
de textos de diferentes
gêneros;
Considere os
conhecimentos prévios dos
alunos;
Formule questionamentos
que possibilitem inferências
sobre o texto;
Encaminhe discussões e
reflexões sobre: tema,
intenções, intertextualidade,
aceitabilidade,
informatividade,
situacionalidade;
Contextualize a produção:
suporte/fonte,
interlocutores, finalidade,
época;
Utilize textos não-verbais
diversos que dialoguem com
não verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas, e
outros;
Relacione o tema com o
contexto atual;
Oportunize a socialização
das idéias dos alunos sobre
o texto;
Instigue a identificação e
reflexão das diferenças
decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e
denotativo, bem como de
expressões que Promova a
percepção de recursos
utilizados para determinar
causa e conseqüência entre
as partes do texto.
ESCRITA
É importante que o
professor:
Planeje a produção textual
a partir: da delimitação do
tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
Estimule a ampliação de
leituras sobre o tema e o
gênero propostos; ·
· Localize de
informações explícitas e
implícitas no texto;
· Posicione-se
argumentativamente;
· Amplie seu horizonte
de expectativas;
· Amplie seu léxico;
· Perceba do ambiente
no qual circula o
gênero;
· Identifique a idéia
principal do texto;
· Análise das intenções
do autor;
· Identificação do tema;
· Reconheça palavras
e/ou expressões
que denotem ironia e
humor no texto;
· Compreenda as
diferenças decorridas
do uso de palavras e/ou
expressões no
sentido conotativo e
denotativo;
· Identifique e reflita
sobre as vozes sociais
presentes no texto;
· Conheça e utilize os
recursos para
determinar causa e
conseqüência entre as
partes e elementos do
texto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
· Expresse suas idéias
com clareza;
· Elabore textos
atendendo:
- às situações de
produção propostas
(gênero, interlocutor,
finalidade...);
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- ambigüidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia
e humor no texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos:
entonação, expressões facial,
corporal e gestual, pausas...;
Adequação do discurso ao
gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas (lexicais,
semânticas, prosódicas, entre
outras);
.Marcas lingüísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao
contexto (uso de conectivos,
gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o escrito.
Acompanhe a produção do
texto;
Analise se a produção
textual está coerente e
coesa, se há continuidade
temática, se atende à
finalidade, se a linguagem
está adequada ao contexto;
Estimule o uso de palavras
e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo, bem
como de expressões que
denotam ironia e humor;
Incentive a utilização de
recursos de causa e
conseqüência entre as
partes e elementos do texto;
Proporcione o
entendimento do papel
sintático e estilístico dos
pronomes na organização,
retomadas e sequenciação
do texto;
Encaminhe a reescrita
textual: revisão dos
argumentos/das idéias, dos
elementos que compõe o
gênero (por exemplo: se for
uma notícia, observar se o
fato relatado é relevante, se
apresenta dados coerentes,
se a linguagem é própria do
suporte (ex. jornal), se traz
vozes de autoridade, etc.).
Conduza, na reescrita, a
uma reflexão dos elementos
discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
- à continuidade
temática; · Diferencie o
contexto de uso da
linguagem formal e
informal;
· Utilize de recursos
textuais como:
coesão e coerência,
informatividade,
etc;
· Utilize adequadamente
recursos lingüísticos
como: pontuação, uso e
função do artigo,
pronome, substantivo,
adjetivo, advérbio, etc;
· Empregue palavras
e/ou expressões no
sentido conotativo e
denotativo, bem como de
expressões que indicam
ironia humor, em
conformidade com o
gênero proposto;
· Entenda o papel
sintático e estilístico dos
pronomes na
organização, retomadas
e seqüenciação do texto;
· Perceba a pertinência e
use os
Elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos, bem como
os recursos de causa e
conseqüência entre as
partes e elementos do
texto.
ORALIDADE
É importante que o
professor:
Organize apresentações de
textos produzidos pelos
alunos levando em
consideração a:
aceitabilidade,
informatividade,
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
· Utilize o discurso de
acordo com a situação
de produção (formal/
informal);
· Apresente idéias com
clareza;
· Obtenha fluência na
exposição oral, em
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situacionalidade e finalidade
do texto;
Proponha reflexões sobre
os argumentos utilizados
nas exposições orais dos
alunos, e sobre a utilização
dos recursos de causa e
conseqüência entre as
partes e elementos do texto;
Oriente sobre o contexto
social de uso do gênero oral
selecionado; · Prepare
apresentações que explorem
as marcas lingüísticas
típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
Estimule contação de
histórias de diferentes
gêneros, utilizando-se dos
recursos extralingüísticos,
como: entonação,
expressões facial, corporal e
gestual, pausas e outros;
Propicie análise e
comparação dos recursos
veiculados em diferentes
fontes (por ex: diferentes
jornais, emissoras de TV,
emissoras de rádio, etc.),
afim de perceber a ideologia
dos discursos dessas
esferas;
Selecione discursos de
outros para análise dos
recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos,
programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem,
entre outros.
adequação ao gênero
proposto;
· Compreenda os
argumentos no discurso
do outro;
· Exponha objetivamente
seus
argumentos;
· Organize a seqüência
da fala;
· Respeite os turnos de
fala;
· Analise os argumentos
apresentados pelos
colegas em suas
apresentações e/ou nos
gêneros orais
trabalhados;
· Participe ativamente de
diálogos, relatos,
discussões, etc;
· Utilize conscientemente
expressões faciais
corporais e gestuais,
pausas e entonação nas
exposições orais, entre
outros elementos
extralingüísticos.
· Analise recursos da
oralidade em cenas de
desenhos, programas
infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem,
entre outros.
8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
ABORDAGEM
CONTEÚDOS BÁSICOS
TEÓRICO-
AVALIAÇÃO
METODOLÓGICA
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GÊNEROS
DISCURSIVOS
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Para o trabalho das
Finalidade do texto;
práticas de leitura,
Aceitabilidade do texto;
escrita, oralidade e
Informatividade;
análise lingüística, serão Situacionalidade;
adotados como
Intertextualidade;
conteúdos básicos os
Temporalidade;
gêneros discursivos
Discurso ideológico
conforme suas esferas
presente no texto;
sociais de circulação.
Vozes sociais presentes
Caberá ao professor
no texto;
fazer a seleção de
Elementos
gêneros, nas diferentes composicionais do
esferas, de acordo com gênero;
o Projeto Político
Relação de causa e
Pedagógico, com a
conseqüência entre as
Proposta
partes e elementos do
Pedagógica Curricular, texto;
com o Plano Trabalho
Partículas conectivas do
Docente, ou seja, em
texto;
conformidade com as
Progressão referencial
características da escola no texto;
e com o nível de
Marcas lingüísticas:
complexidade adequado coesão, coerência,
a cada uma das séries. função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- polissemia;
- sentido conotativo e
denotativo;
- expressões que
denotam ironia
e humor no texto;
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes
LEITURA
É importante que o
professor:
Propicie práticas de
leitura de textos de
diferentes gêneros;
Considere os
conhecimentos prévios
dos alunos;
Formule
questionamentos que
possibilitem inferências
sobre o texto;
Encaminhe discussões
e reflexões sobre: tema,
intenções,
intertextualidade,
aceitabilidade,
informatividade,
situacionalidade,
temporalidade, vozes
sociais e ideologia ;
Proporcione análises
para estabelecer a
referência textual;
Contextualize a
produção: suporte/fonte,
interlocutores,
finalidade, época;
Utilize textos verbais
diversos que dialoguem
com não-verbais, como:
gráficos, fotos, imagens,
mapas e outros;
Relacione o tema com
o contexto atual;
Oportunize a
socialização das idéias
dos alunos sobre o
texto;
Instigue o
entendimento/reflexão
das diferenças
decorridas do uso de
palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo,
bem como de
expressões que
LEITURA
Espera-se que o aluno:
Realize leitura
compreensiva do texto e
das partículas conectivas;
Localize informações
explícitas e implícitas no
texto;
Posicione-se
argumentativamente;
Amplie seu horizonte de
expectativas;
Amplie seu léxico;
Perceba o ambiente no
qual circula o gênero;
Identifique a idéia
principal do texto;
Analise as intenções do
autor;
Identifique o tema;
Deduza os sentidos de
palavras e/ou expressões
a partir do contexto;
Compreenda as
diferenças decorridas do
uso de palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo;
Conheça e utilize os
recursos para determinar
causa e conseqüência
entre as partes e
elementos do texto;
Reconheça palavras
e/ou expressões que
estabelecem a
progressão referencial;
Reconheça o estilo,
próprio de diferentes
gêneros.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
Expresse idéias com
clareza;
Elabore textos
atendendo:
- às situações de
produção propostas
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no texto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Relação de causa e
conseqüência entre as
partes e elementos do
texto;
Partículas conectivas do
texto;
Progressão referencial
no texto;
Marcas lingüísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito, etc.);
Sintaxe de
concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação
de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
- operadores
argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralingüísticos:
entonação, expressões
facial, corporal e gestual,
pausas ...;
Adequação do discurso
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas
(lexicais, semânticas,
prosódicas entre outras);
denotam ironia e humor;
Estimule leituras que
suscitem no
reconhecimento do
estilo, que é próprio de
cada gênero;
Incentive a percepção
dos recursos utilizados
para determinar causa e
conseqüência entre as
partes e elementos do
texto.
Conduza leituras para
a compreensão das
partículas conectivas;
ESCRITA
É importante que o
professor:
Planeje a produção
textual a partir: da
delimitação tema, do
interlocutor, intenções,
intertextualidade,
aceitabilidade,
informação, situação,
temporalidade e
ideologia;
Proporcione o uso
adequado de palavras e
expressões para
estabelecer a referência
textual;
Estimule a ampliação
de leituras sobre o tema
e o gênero proposto;
Acompanhe a
produção do texto;
Analise se a produção
textual está coerente e
coesa, se há
continuidade temática,
se atende à finalidade,
se a linguagem está
adequada ao contexto;
Estimule o uso de
palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo,
bem como de
(gênero, interlocutor,
finalidade...);
- à continuidade temática;
Diferencie do contexto
de uso da linguagem
formal e informal;
Use recursos textuais
como: coesão e
coerência,
informatividade,
intertextualidade, etc;
Utilize adequadamente
recursos lingüísticos
como: pontuação, uso e
junção do artigo,
pronome, substantivo,
adjetivo, advérbio, verbo,
preposição, conjunção,
etc;
Empregue palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo,
bem como expressões
que indicam ironia e
humor, em conformidade
com o gênero proposto;
Perceba a pertinência e
use os elementos
discursivos, textuais,
estruturais e normativos,
bem como os recursos de
causa e conseqüência
entre as partes e
elementos do texto;
Reconheça palavras
e/ou expressões que
estabelecem a
progressão referencial.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de
acordo com a situação de
produção (formal/
informal);
Apresente idéias com
clareza;
Obtenha fluência na
exposição oral, em
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Marcas lingüísticas:
coesão, coerência, gírias,
repetição, conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao
contexto
(uso de conectivos,
gírias, repetições, etc);
Diferenças e
semelhanças entre
o discurso oral e o
escrito.
expressões que denotam
ironia e humor;
Incentive a utilização
de recursos de causa e
conseqüência entre as
partes e elementos do
texto;
Conduza a utilização
adequada das partículas
conectivas;
Encaminhe a reescrita
textual: revisão dos
argumentos/das idéias,
dos elementos que
compõe o gênero (por
exemplo: se for uma
crônica, verificar se a
temática está
relacionada ao
cotidiano, se há relações
estabelecidas entre os
personagens, o local, o
tempo em que a história
acontece, etc.).
Conduza, na reescrita,
a uma reflexão dos
elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos;
ORALIDADE
É importante que o
professor:
Organize
apresentações de textos
produzidos pelos alunos
levando em
consideração a:
aceitabilidade,
informação e situação
do texto;
adequação ao gênero
proposto;
Compreenda
argumentos no discurso
do outro;
Exponha objetivamente
argumentos;
Organize a seqüência
da fala;
Respeite as turnos de
fala;
Analise dos argumentos
apresentados pelos
colegas em suas
apresentações e/ou nos
gêneros orais
trabalhados;
Participe ativamente de
diálogos, relatos,
discussões, etc;
Utilize conscientemente
expressões faciais
corporais e gestuais,
pausas e entonação nas
exposições orais, entre
outros elementos
extralingüísticos;
Analise recursos da
oralidade em cenas de
desenhos, programas
infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem
entre outros.
Proponha reflexões
sobre os argumentos
utilizados nas
exposições orais dos
alunos, e sobre a
utilização dos recursos
de causa e
conseqüência entre as
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partes e elementos do
texto;
Oriente sobre o
contexto social de uso
do gênero oral
selecionado;
Prepare apresentações
que explorem as marcas
lingüísticas típicas da
oralidade em seu uso
formal e informal;
Estimule contação de
histórias de diferentes
gêneros, utilizando-se
dos recursos
extralingüísticos, como:
entonação, expressões
facial, corporal e
gestual, pausas e
outros;
Selecione discursos de
outros para análise dos
recursos da oralidade,
como: cenas de
desenhos, programas
infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem
entre outros.
METODOLOGIA
No processo de aquisição da língua materna não se aprende
obedecendo a uma escala de valores que parte do simples para o mais elaborado.
Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu papel como
participante da sociedade. A aprendizagem não se dá de maneira linear, ela procura
abarcar todos os mecanismos envolvidos no processo de interação.
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A seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um
processo, histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa ser
considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa. Sendo
assim, as indicações que seguem precisam ser problematizadas a partir da
pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento de cada profissional da
educação.
ORALIDADE
Segundo (Possenti – 1996) “O professor precisa ter clareza de que tanto
a norma padrão quanto às outras variedades, embora apresentem diferenças entre
si, são igualmente lógicas e bem estruturadas”. Não podemos desconsiderar os
diferentes dialetos, valorizando as variedades lingüísticas sem prejuízo da língua
padrão. A sala de aula deve ser o espaço de apropriação desse conhecimento, por
ser o único lugar que possibilita essa interação com a norma culta da língua.
Não podemos esquecer que compete à escola tomar como ponto de
partida os conhecimentos lingüísticos trazidos pelos alunos do seu ambiente familiar,
promovendo situações que incentivem a falar, fazer uso da variedade de linguagem
que eles empregam em suas relações sociais.
Nesse contexto, o trabalho com os gêneros orais nos aponta diversos
caminhos para a sua realização, como a apresentação de temas variados (histórias
de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações
significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização;
debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que permitem o
desenvolvimento da argumentação, troca de opiniões, recado, elogio, explicação,
contação de histórias, declamação de poemas. etc.
Esse trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa
que as atividades propostas visam o aprimoramento lingüístico, bem como a
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argumentação. Nas nossas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a
partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre:
•
elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados
em diferentes esferas sociais;
•
a unidade de sentido do texto oral;
•
os argumentos utilizados;
•
as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal
e a informal;
•
o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
•
observância da relação entre os participantes (conhecidos,
•
desconhecidos, nível social, formação, etc.) para adequar odiscurso ao interlocutor;
•
as variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso:
diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;
•
os procedimentos e as marcas lingüísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros.
O que é necessário avaliar, juntamente com o falante, por meio da
reflexão sobre os usos da linguagem, é o conteúdo de sua participação oral.
Assim, é preciso desenvolver nos alunos a oralidade de forma que
permita ao aluno reconhecer e usar as variedades lingüísticas padrão e a partir de
então perceber a necessidade de usá-las em determinados contextos sociais.
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LEITURA
É necessário considerar o papel da leitura no processo ensinoaprendizagem do texto-literário na escola. Nesse contexto podemos definir leitura
como um processo de produção de sentidos que acontece a partir das interações
sociais e dialógicas entre o leitor e o texto. O leitor se torna co-autor do texto, pois
produz sentido, está dialogando com o autor, com outros textos lidos, com o
contexto de produção, de leitura e com os intertextos.
O processo de leitura, segundo uma visão psicolingüística possui quatro
etapas, a saber, decodificação, compreensão, interpretação e retenção (CABRAL,
1986, apud MENEGASSI, 1995, p. 86). Essas etapas têm funções distintas, mas
acontecem simultaneamente. A decodificação dos signos lingüísticos encaminha o
leitor para aproxima etapa que é a compreensão, a qual além dos recursos
gramaticais, as idéias do texto são captadas e pode-se expandir a leitura. A
interpretação é a fase de utilização da capacidade crítica do leitor, o momento em
que faz julgamento sobre o que lê (CABRAL, 1986, apud MENEGASSI, 1995, p. 88).
Na retenção, o leitor será capaz de apreender, gravar na memória as informações
ou idéias mais importantes do texto. Menegassi ressalta que “a interpretação é um
processo muito mais amplo, pois necessita da compreensão, a retenção resultante
dela também será mais profunda. Assim, ao leitor é melhor reter informações a partir
da interpretação e não só da compreensão” (1995, p. 89).
É importante destacar os conhecimentos prévios de leitura do aluno, que
permite ler as entrelinhas, fazer inferências e previsões sobre o texto baseando no
seu conhecimento lingüístico, na sua leitura de mundo e experiências de vida.
A leitura precisa ser vista, na escola, como uma prática consciente do
leitor perante a realidade.
É desde a alfabetização que a leitura deve ser
experienciada através das dimensões dialógicas, discursivas e intertextuais, aberta a
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todos os tipos de inferências e espaços em branco. Sendo o leitor o interlocutor
passando a construir e não apenas receber um significado global.
Para o encaminhamento da prática de leitura em sala de aula, o
professor propõe atividades que propiciem a reflexão e discussão:
•
do tema;
•
do conteúdo veiculado;
•
da finalidade;
•
dos possíveis interlocutores;
•
das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam;
•
das ideologias apresentadas no texto;
•
da fonte;
•
dos argumentos elaborados;
•
da intertextualidade.
Além desse trabalho, é necessário analisar também os recursos
lingüísticos e estilísticos apresentados na construção do texto, como:
•
as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal
e do texto em registro informal;
•
a repetição de palavras e o efeito produzido;
•
o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento;
•
léxico;
•
progressão referencial no texto;
•
os elementos lingüísticos que colaboram para a coerência e coesão do texto:
os conectivos, os operadores argumentativos, os modalizadores (uso de certas expressões que revelam o ponto de vista do locutor em relação ao que
diz); entre outros.
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É através da leitura que o aluno tem oportunidade de dar vasão a sua
imaginação, pois ler é viajar através do tempo, da história, de culturas diferentes,
onde vivenciamos e dialogamos com o texto a partir de nossas interações sociais.
ESCRITA
Bakhtin (1992, p. 123) coloca que “o discurso escrito é de certa maneira
integrante de uma discussão ideológica em grande escala: ele responde a alguma
coisa, refuta, confirma, antecipa as respostas e objeções potenciais, procura apoio,
etc”. Assim, diríamos que na produção escrita são as condições de escrita que
determina o discurso: quem escreve, o que escreve, para quem escreve, para que
escreve, por que escreve, quando, onde e como se escreve. Também consideramos
que cada gênero textual possui suas particularidades: a composição, a estrutura e o
estilo que variam conforme a produção, seja de um conto, uma poesia ou um bilhete.
Essas composições são apresentadas aos alunos a partir de experiência reais e
para que eles se envolvam com os textos que produzem e assumam a autoria do
que escrevem.
Em relação à escrita, Garcez se posiciona da seguinte forma:
[...] o texto escrito, enquanto ação com sentido, constitui uma
forma de relação dialógica que transcende as meras regras
das relações lingüísticas, é uma unidade significativa de
comunicação discursiva que tem articulações com outras
esferas de valores. Exige a compreensão como resposta, e
esta compreensão configura o caráter dialógico da ação, pois
é parte integrante de todo processo da escrita e, como tal, o
determina (1998, p. 63).
As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa (2008, p.33) coloca que:
Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de
aula para aprimorar a prática de escrita. Abaixo, citam-se
alguns, contudo, ressalta-se que os gêneros escritos não se
reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz,
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aviso, notícia, editorial, artigo de opinião, carta do leitor,
relatórios, resultado de consultas bibliográficas, resultados de
pesquisas, resumos, resenhas, solicitações, requerimento,
crônica, conto, poema, relatos de experiência, receitas, e-mail,
blog, Orkut, etc.
O trabalho com a prática da escrita requer que o aluno e o professor
planejem o texto que será produzido, escrevam a primeira versão, revisem,
reestruturem, para depois reescreverem a versão final. Assim, os alunos perceberão
que é possível escreverem textos que reflitam melhor seus pontos de vista, sua
criatividade, seu imaginário, através da troca de uma palavra por outra, de um sinal
de pontuação, do acréscimo ou retirada de uma idéia, adequando seu discurso ao
contexto e ao interlocutor.
Assim, essa prática orientará não apenas a produção de textos
significativos, como também incentivará a leitura, pois essas composições precisam
circular na sala de aula como experiências reais e de uso.
ANÁLISE LINGUÌSTICA E AS PRÁTICAS DISCURSIVAS
Antes de vir para a escola, a criança traz consigo uma bagagem
lingüística adquirida em seu cotidiano. Cabe ao professor verificar os conhecimentos
prévios e o grau de desenvolvimento cognitivo e lingüístico dos alunos, como ponto
de partida, para escolha dos conteúdos e trabalho com os textos.
O texto não deve servir de pretexto para estudo da nomenclatura
gramatical, o mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir,
considerar hipóteses, a partir de leitura, da escrita e de diferentes gêneros textuais.
Somente após a experiência e da interação com o texto é que com a mediação do
professor, deve-se colocar o ensino da nomenclatura gramatical.
O aluno passará a então a compreender através dos textos de como ele
é organizado, como os elementos gramaticais ligam palavras, frases, parágrafos.
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Tudo isso levará o aluno a entender como os assuntos são organizados, de como as
partes e as idéias se entrelaçam, o que amplia a interação do leitor.
As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa sugerem que o
professor:
poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e
diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da
situação de interação, dos textos orais e escritos, a percepção
da multiplicidade de usos e funções da língua, o
reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de
construções textuais, a reflexão sobre essas e outras
particularidades lingüísticas observadas no texto, conduzindoo às atividades epilinguísticas e metalingüísticas, à construção
gradativa de um saber lingüístico mais elaborado, a um falar
sobre a língua (2008, p. 43).
Assim, o contato com diferentes gêneros discursivos poderá levar o
aluno a assimilar mais facilmente às regularidades que determinam o uso da língua
em diversas esferas sociais.
AVALIAÇÃO
A avaliação é feita continuamente de três maneiras: diagnóstica,
formativa e somativa, dando prioridade aos aspectos da aprendizagem, e os
resultados são expressos em notas de 0,0 a 10,0, coerentes com a LDBEN
9.394/96, Deliberação 007/99 e o Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola.
O professor avalia diariamente o seu aluno na prática da leitura, escrita e
oralidade, de acordo com o planejamento e os elementos estruturantes.
As diretrizes recomendam:
•
A oralidade será avaliada considerando-se a participação do
aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra
ao expor suas idéias, a fluência de sua fala, o seu desembaraço,
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a argumentação e sua capacidade de adequar o discurso/texto
aos diferentes interlocutores e situações.
•
Na
leitura
o
professor
proporcionará
questões
abertas,
discussões, debates e outras estratégias que eles empregam em
seu
decorrer,
a
compreensão
do
texto
lido
e
o
seu
posicionamento diante do tema, bem como a valorizar a reflexão
que o aluno faz a partir do texto.
•
Quanto à escrita, é preciso ver o texto do aluno como uma fase do
processo de produção, nunca como um produto final. É a partir da
clareza dos critérios e parâmetros de avaliação que o texto escrito
será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Os alunos
precisam
ser
contextualizada
avaliados
que
lhes
sob
uma
possibilite
prática
reflexiva
compreender
e
esses
elementos no interior do texto.
•
Utilizando a avaliação diagnóstica, formativa e somativa como um
todo e reconhecendo a sua função, o professor e o aluno
conseguem refletir em que ponto se encontra e leva o professor a
procurar novos caminhos para que todos os alunos aprendam e
participem mais das aulas.
Para que a aprendizagem realmente aconteça é necessário que se faça
a seleção de conteúdos básicos a serem trabalhados e que é indissociável dos
critérios de avaliação, da expectativa dessa aprendizagem. O critério é a síntese do
conteúdo e define, de forma clara, os propósitos e a dimensão do que se avalia.
Assim sendo, o caminho a seguir é a definição de critérios claros e a diversificação
dos instrumentos de avaliação, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem
que acontecem na sala de aula. Esses critérios refletem a forma como vai se avaliar
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um conteúdo e há uma grande quantidade de atividades recomendadas para essa
avaliação.
A seguir, colocaremos alguns exemplos de atividades recomendadas
para desenvolver essas avaliações pelos Grupos de Estudos (2008) que auxiliarão
na diversificação desses instrumentos de avaliação:
•
ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o
professor verifique a compreensão dos conteúdos abordados em sala, analisando o
conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o
professor deve considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha
do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo à
discussão atual apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de
ensino, bem como à faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante
para não perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e
a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento.
Nesse contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os
conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada
disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se:
1. houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo
com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
2. o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e
sistematizou o conhecimento de forma adequada;
3. foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de
aula.
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•
PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica,
constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao
aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está
pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno
precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se dê para
ele o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica requer que o professor conheça o
acervo da Biblioteca Escolar, tanto os livros quanto periódicos ou outros materiais,
para fazer indicações de leitura para os alunos. Além da Biblioteca Escolar, o
professor pode e deve indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque
de opções de leitura para o aluno tenha subsídios de qualidade para fundamentar a
produção de seu texto.
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos
do que se propõe ao aluno.
Passos para uma consulta bibliográfica:
1. Contextualização
Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto
(espaço/temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução
ao tema.
2. Problema
Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema,
apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de
solução para o problema.
3. Justificativa
Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que
alunos e professores encontram-se inseridos.
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4. Revisão bibliográfica/consulta bibliográfica
É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o
aluno deve remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases,
referenciando-os adequadamente.
•
PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica
dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa
compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem
justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas.
O texto de Língua Portuguesa ou de quaisquer das disciplinas são construídos,
assim, na esfera de um agir/interagir humano e, por isso mesmo, coletivo, social.
Além disso, qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está
sempre inserido num contexto dialógico.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
a. planejar o será produzido, tendo em vista a intenção;
b. escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
c. revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade
definida.
Critérios de avaliação:
a. produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlcutor,
finalidade, etc);
b. expressar as idéias com clareza (coerência e coesão);
c. adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes graus de formalidade, atendendo especificidades da disciplina em
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termos de léxico, de estrutura;
d. elaborar argumentos consistentes;
e. produzir textos respeitando o tema;
f. estabelecer relações entre as partes do texto;
g. estabelecer relação entre a tese e os argumentos para sustentá-los.
•
PALESTRA / APRESENTAÇÃO ORAL
A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a
compreensão do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da
argumentação, a organização e exposição de idéias. Tanto pode ser a apresentação
oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra,
logicamente adequada em questões como tempo de duração.
Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são:
a. conhecimento do conteúdo;
b. argumentos selecionados;
c. adequação da linguagem;
d. seqüência lógica e clareza na apresentação;
e. produção e uso de recursos.
•
PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO
O trabalho de campo é um método capaz de auxiliar o professor na
busca de novas alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando
com a eficácia e construção de conhecimentos e para a formação dos alunos como
agentes sociais.
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O projeto de pesquisa de campo possibilita que o professor avalie o
desempenho dos alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus
procedimentos em relação ao tema da pesquisa e os dados que se quer coletar.
A conclusão do projeto poderá ocorrer na forma de relatórios, produção
de texto, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos terão avaliada sua
compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise
dos dados coletados, sua capacidade de síntese.
•
RELATÓRIO
O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade
desenvolvida, auxiliam no aprimoramento da habilidade nessa área específica da
comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao
estudante a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o
qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade
experimental, entre outras.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações que foram
coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais
resultados podem se extrair deles. São elementos do relatório: introdução,
metodologia e materiais, análise e considerações finais.
•
SEMINÁRIO
O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a
pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de
idéias, onde cada um participa questionando, de modo fundamentado, os
argumentos apresentados.
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A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as
explicações feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em
contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.
A forma de avaliação em seminário merece atenção especial por parte
do professor, pois se podem cometer erros em relação aos estudantes que têm
dificuldade em se expressar. É importante que a avaliação do seminário seja dividida
em itens, com valores específicos para cada um deles. Entre algumas
possibilidades, é importante que se avalie a consistência dos argumentos, tanto na
apresentação quanto nas réplicas; a compreensão do conteúdo abortado (a leitura
compreensiva dos textos utilizados); a adequação da linguagem;a pertinência das
fontes de pesquisa; os relatos trazidos para enriquecer a apresentação; a
adequação e relevância das intenções dos integrantes do grupo que assiste a
apresentação.
Os estudantes precisam saber como foi esta avaliação, para onde falhou
e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os
estudantes na ocasião em que o seminário for proposto.
•
DEBATE
É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos
tornamos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é
preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a
qualidade do debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que
constituem-se em possíveis critérios de avaliação:
1. aceitar a lógica da confrontação, ou seja, existem pensamentos divergentes;
2. estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
3. explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamental a sua posição;
4. admitir o caráter, por vezes contraditórios, da sua argumentação;
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5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate a superação de posições
particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as
posições dos participantes;
6. registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate.
Além disso, o debate possibilita que o professor avalie:
a. Uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
b. Conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
c. Compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com
o conteúdo da disciplina.
•
ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários
para sua efetivação: escolha do texto, elaboração da atividade em si (seja através
de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.
A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie:
a. a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
b. a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário.
c.
o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.
•
ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino-aprendizagem
que podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. O trabalho com
filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a pesquisa do
professor sobre o recurso a ser levado para os alunos.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que o
professor avalie, entre outros critérios:
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a. a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
b. a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual;
c. o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso.
•
TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos
grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o
processo de aprendizagem.
O trabalho em grupo pode ser proposto a parti de diferentes atividades,
sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis,
mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e
científicos.
Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno:
a. demonstra os conhecimentos formais da disciplina, escutados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços
diferenciados;
b. compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e
sua relação com a contemporaneidade e o cotidiano.
•
QUESTÕES DISCURSIVAS
Estas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e
possibilitam verificar a quantidade de interação do aluno com o conteúdo abordado
em sala de aula. Uma questão discursiva permite que o professor avalie o processo
de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do
conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite
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que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a
ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Esse tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas
características decorrem da compreensão que o aluno tenha do conteúdo abordado
pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito
não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados:
a. verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não
houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha
na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e
objetividade;
b. observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa
tentativa foi adequada;
c. capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando
como padrão a língua portuguesa;
d. se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um
enunciado de forma clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom
planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente
considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação.
•
QUESTÕES OBJETIVAS
Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente de
avaliação, nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois
seu principal objetivo é a fixação do conteúdo.
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Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e
esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a
compreensão do que foi solicitado.
A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do
enunciado, a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade
de se utilizar de conhecimentos adquiridos.
RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS
Considerando que os alunos têm diferentes ritmos de aprendizagem,
identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção pedagógica todo o tempo.
O professor pode então, procurar caminhos para que os alunos aprendam e
participem das aulas.
Sendo assim, para os alunos que apresentarem baixo rendimento
escolar será oferecido estudo de recuperação da seguinte forma:
•
recuperação continua, realizada no decorrer das aulas por meio de
orientação de estudos e atividades diferenciadas adequadas às
dificuldades dos alunos;
•
recuperação paralela, trabalhada no período de aula para os alunos
como baixo rendimento, com propostas consideradas de acordo com a
necessidade dos alunos.
A recuperação de estudos tem como objetivo oportunizar aos alunos
com dificuldades na aprendizagem dos conteúdos propostos, na disciplina de Língua
Portuguesa, possibilidades para que se apropriem dos mesmos e se posicionem de
forma crítica frente aos diferentes contextos sociais e assim, melhorem seus
conhecimentos e consequentemente seu rendimento escolar.
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ENSINO MÉDIO
Em Língua Portuguesa, o Conteúdo Estruturante é o Discurso enquanto
prática social e deve ser desenvolvido através das práticas de leitura, oralidade e
escrita. Também a análise linguística deve ser abordada de forma a perpassar as
práticas discursivas. Para esse trabalho serão adotados como conteúdos básicos os
gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Leitura
- Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma colaborativa:
inferências,
coerência,
previsão,
conhecimento
prévio,
leitura
de
mundo,
contextualização, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação;
- Intertextualidade;
- Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos:
ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação, produzir outros textos,
revisar, etc.;
- Construção de sentido do texto;
- Identificação do tema ou idéia central;
- Finalidade;
- Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no texto;
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
- A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus efeitos de
sentido;
- Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no
texto;
− Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto.
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Escrita
- A produção e a reestruturação escrita como processo suscitado por uma real
necessidade de prática social;
- Unidade temática;
- Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;
- Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;
- Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação pública,
privada, cotidiana, solene, etc);
- Trabalho com tópicos gramaticais a partir da reestruturação de textos e análise dos
efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos: Fonologia; Morfologia;
Sintaxe; - Semântica; Estilística;
- Pontuação;
- Elementos de coesão e coerência;
− Marcadores de progressão textual; operadores argumentativos; função das
conjunções; sequenciação, etc.
Oralidade
- Aspectos contextuais do texto oral;
- Coerência global;
- Unidade temática de cada gênero oral;
- Articulação entre tópicos e subtópicos da interação oral;
-
Uso
de
elementos
reiterativos
ou
conectores (repetições,
substituições
pronominais, sinônimos, etc.);
- Intencionalidade dos textos;
- Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a
informal;
- Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
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- Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível
social, formação, etc.)
- Especificidades;
- Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;
- Ampla variedade versus modalidade única;
- Elementos extralingüísticos (gestos, entonação, pausas, representação cênica)
versus sinais gráficos;
- Prosódia e entonação versus sinais gráficos;
- Frases mais curtas versus frases mais longas;
- Redundância versus concisão.
Análise linguística – Escrita/Leitura/Oralidade
- Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutores;
- Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da enunciação;
- A função das conjunções na conexão de sentido de texto provocada no texto;
- Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no
texto;
O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação
ao
que
diz
(ou
uso
das
expressões
modalizadoras
(ex:
felizmente,
comovedoramente, principalmente, provavelmente, obrigatoriamente, etc);
- O discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto;
- Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;
- A função do advérbio: modificador e circunstanciado;
- O procedimento de concordância entre o substantivo e seus termos adjuntos;
- Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,
ambigüidade, exagero, expressividade, etc);
- As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes gêneros;
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- As variações lingüísticas;
- O estudo da língua que se ancora no texto, extrapola o tradicional horizonte da
palavra e da frase. Busca-se, na análise lingüística, verificar como os elementos
verbais – os recursos disponíveis da língua – e os elementos extra verbais – as
condições e situação de produção – atuam na construção de sentido do texto.
Gêneros textuais para o trabalho com a Língua Portuguesa
Vários são os gêneros (orais e escritos) possíveis de serem trabalhados
em sala de aula, advindos das diversas esferas sociais (artística, imprensa,
publicitária, literária, jurídica, midiática, cotidiana, entre outras), como exemplo:
Canção, textos dramáticos, romance, lendas, novelas, crônicas, contos,
poemas, haicai, fábulas, diários, debates, artigos de opinião, editorial, carta do leitor,
resenha crítica,
verbetes, resumos e resenhas de textos, exposição oral,
seminários, pesquisas, mesa redonda,
piadas, histórias de humor, histórias em
quadrinhos, tiras, cartum, caricaturas, propagandas, e-mails, cartas, bilhetes,
convites,
fotos, pinturas, esculturas, notícias, entrevistas, textos informativos e
argumentativos, anúncios, provérbios, paródia, etc.
Encaminhamento metodológico
Levando-se em conta que nenhuma prática é desenvolvida em sala de
aula sem que esteja subjacente a ela uma concepção teórica consistente, é preciso
ver o aluno como um ser construído e em construção por meio de suas vivências.
Sendo assim, todas as práticas de sala de aula precisam ser
problematizadas a partir da pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento
de cada profissional da educação.
A seleção de conteúdos, portanto, deve
considerar o aluno como sujeito de um processo histórico cultural, assumindo a
oralidade, a escrita e a leitura como conteúdos que implicam conhecimentos
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relativos às variedades lingüísticas e às diferentes construções da língua, inclusive
quanto aos aspectos argumentativos do discurso.
Na prática da oralidade, devem ser consideradas habilidades tais como:
- Temas variados (história da família, comunidade, etc) filmes, livros, etc.
- Depoimentos do próprio aluno ou pessoas do seu convívio.
- Entrevistas, trazer e levar informações, resumos, dar avisos, fazer convites, etc.
Na prática da leitura precisa ser trazido à sala de aula com significação nas
questões vivenciadas do leitor, no caso o aluno.
O texto, após o acréscimo de informações, conhecimentos e opiniões,
favorece a reflexão e ampliação do contexto de mundo. Dessa forma, a leitura deve
ser vista como um veículo na formação e capacidade de leitores, interagindo com a
oralidade e a escrita.
A prática da escrita deve ter em mente que é preciso primeiramente planejar
o que será produzido, quem será o leitor e aspectos que serão considerados na
avaliação do texto. Por exemplo, garantem socialização da produção textual.
Na prática da produção de texto podem ser trabalhados relatos (histórias de vida)
bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos, textos literários e de divulgação
científica, resumos (livro/artigos), etc. essa prática orientará não apenas a produção
de textos significativos, como incentivará a prática da leitura.
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Avaliação
A avaliação será contínua, formativa, diagnóstica e priorizará a qualidade e
o processo de aprendizagem, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo no que
diz respeito à fala, leitura e escrita.
A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos
diálogos,relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias,
fluência de sua fala, o seu desembaraço , a argumento que ele apresenta ao
defender seus pontos de vista.
A leitura será avaliada em questões abertas, debates, a compreensão e o
posicionamento diante do texto lido e a reflexão que o aluno faz a partir da leitura.
Na escrita serão considerados os aspectos discursivos, textuais,
ortográficos e gramaticais, trazendo clareza ao aluno em relação aos parâmetros
que serão avaliados.
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REFERÊNCIAS
AMARAL, Emília et al. Novas palavras: língua portuguesa: ensino médio. 2 ed.
renov. São Paulo: FTD, 2005.
ANTUNES , Irandé. Aula de português: encontro &interação. São Paulo:
Parábola Editoral, 2003.
____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no
caminho. São Paulo: Parábola, 2007.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. De
Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
___________ Marxismo e filosofia da linguagem. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1992.
CURTY, Marlene Gonçalves; CRUZ, Aamaria da Costa; MENDES, Maria Tereza
Reis. Apresentação de Trabalhos Acadêmicos, Dissertações e Teses: (NBR
14724/2005). 2. ed. Maringá: Dental Press, 2006.
GARCEZ, Lucília Helena do Carm. A escrita e o outro: os modos de participação na
construção do texto. Brasília: Universidade de Brasília, 1998.
MENEGASSI, Renilson José. Compreensão e interpretação no processo de leitura:
noções Básicas ao professor. Unimar. Maringá, v. 17, n. 1, p. 85-94, 1995.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Grupo de Estudos 2008. 2º Encontro.
Departamento de Educação Básica. Curitiba. 2008
POSSENTI, S. Por que não ensinar gramática na escola. 4. ed. Campinas: Mercado
das Letras, 1996
PROJETO ARARIBÁ : português obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida
pela Editora Moderna; editora responsável Áurea Regina Kanashiro. 1.ed. São
Paulo: moderna 2006.
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MATEMÁTICA
A principal razão para se estudar a matemática de nível avançado
é que ela é interessante e prazerosa. As pessoas gostam de sua característica
desafiadora, de sua clareza, e do fato de que você pode saber se está certo ou não.
A solução de um problema provoca uma excitação e uma satisfação. A matemática
tem uma influência persuasiva em nossas vidas cotidianas, e contribue para a
riqueza do país.
As
primeiras
manifestações
necessidade do homem primitivo, de
matemáticas
surgiram
da
quantificar, contar, calcular, medir, organizar
os espaços e as formas e realizar trocas. Em conseqüência disso, diz-se que a
matemática é a ciência da quantidade e do espaço. De fato ao
longo do processo
de desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo desenvolvido a
partir
das necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens gradativamente
fossem aprimorando suas experiências.
A matemática é uma ferramenta que possibilita ao homem fazer
relações de interdependência quantitativas entre grandezas que investiga a
capacidade de generalizar, abstrair e projetar, favorecendo a estruturação do
pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico,
bem como a construção
do conhecimento em outras áreas, a interpretação do mundo e a compreensão da
sua realidade e a realidade do outro.
As diretrizes curriculares explicam o papel da matemática no
ensino fundamental pela proporção de objetivos que evidenciam a importância do
aluno em valorizá-lo como instrumento para compreender o mundo e sua volta e
estimulando
o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e
o
desenvolvimento da capacidade para resolver problemas do cotidiano.
Dessa forma o ensino da matemática não pode ser visto como
algo pronto e acabado, mas como um conhecimento em constante construção e
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elaboração havendo necessidade de valorizar o conhecimento que o aluno trás de
suas vivências, para partir desses saberes, promover a difusão do conhecimento
matemático já sistematizado.
Só assim acredita-se que o aluno possa desenvolver uma ação
transformadora sobre si mesmo e sobre a sociedade.
OBJETIVOS GERAIS
•
Conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem matemática
associando-a com a linguagem usual;
•
Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar sua integração na
sociedade em que vive;
•
Desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de
conjecturas, a descoberta de soluções e a capacidade de concluir;
•
Associar a matemática com outras áreas do conhecimento;
•
Construir uma imagem da matemática como algo agradável e prazeroso,
desmistificando o mito da “genialidade”;
•
Contribuir para a formação integral do aluno, tornando-o uns cidadãos
críticos, participativos, justos, sociais, responsáveis e conscientes de suas
obrigações e direitos;
•
Desenvolver o raciocínio lógico matemático favorecendo o aprendizado de
outras disciplinas;
•
Estimular a curiosidade e a criatividade do aluno para que possa reelaborar e
transferir os conhecimentos adquiridos para novas situações propostas ou criadas
por ele mesmo;
•
Desenvolver no aluno hábitos de estudo, rigor, precisão, ordem, clareza,
perseverança, cooperação e responsabilidade.
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•
Estimular o aluno a ampliar seus conhecimentos matemáticos por meio da
leitura de textos, jornais, revistas, livros e enciclopédias, pesquisas, consulta na
Internet e a profissionais do mercado de trabalho;
•
Possibilitar ao aluno o uso de vários recursos tecnológicos existentes no
aprendizado da matemática;
•
Construir o significado e ampliar o numero natural e em alguns casos
racionais, e a partir de seus diferentes usos no contexto social, explorando
situações- problemas que envolva contagens, medidas e códigos numéricos, assim
como representações fracionarias e decimal;
•
Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas,
com base na observação de regularidades, utilizando-se da linguagem oral, de
registros informais e da linguagem matemática estendendo-se para a representação
dos números racionais na forma decimal;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Pelo fato da matemática estar presente em inúmeros aspectos da
vida diária em forma de cálculos para solucionar problemas de geometria que
aparecem na natureza ou que são criadas pelos homens e nas estimativas que
envolvem medidas e dados estatísticos é que os conteúdos estruturantes foram
organizados a partir de eixos: números e álgebra, grandezas e medidas, funções,
geometria e tratamento da informação. Esses eixos, embora tenham suas
especificidades, devem ser trabalhados de maneira articulada e integrados.
CONTEÚDOS POR SÉRIE:
* 2ª série: Números naturais; Adição; subtração; multiplicação e iniciação à
divisão; Medidas de tempo, massa e capacidade; Sistema monetário; Geometria,
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semelhanças e diferenças entre as formas geométricas encontradas nos objetos
do espaço; Situação problemas envolvendo as operações.
3ª série: Sistema de numeração decimal; Números ordinais; valor posicional
•
do algarismo; Unidade, dezena e centena de milhar; Adição: sem e com
agrupamento, com parcelas iguais; Propriedades da adição: comutativa,
associativa,
elemento
neutro;
Prova
real;
subtração;
Multiplicação,
propriedades da multiplicação; Propriedade comutativa.
Elemento neutro, associativa, comutativa, distributiva com relação a adição,
dobro, triplo e quádruplo; Divisão; Expressões Numéricas; Frações:
equivalentes, simplificações, comparação de números fracionários, adição e
subtração com frações com mesmo denominador; Números decimais: adição
e subtração; Sistema de medidas: metros (múltiplos e submúltiplos), litro,
medidas de tempo, peso; Geometria: linha reta, segmento de reta, semi-reta,
perpendiculares, polígonos, triângulos, quadriláteros, ângulos,etc; Sólidos
Geométricos; Resolução de situações problemas;
•
4ª série: História dos números: contagens informais, sistema romano de
numeração; Classe das unidades, milhares e milhões; Números ordinais;
Resolução de situações problemas; Leituras e construção de tabelas e
gráficos; Sistema de Numeração Decimal; Adição e Subtração com prova
real; Multiplicação de números naturais; Divisão de números naturais;
Números fracionários: fração própria e imprópria, aparente, equivalente;
Sistema monetário; Sistema de medidas: tempo, comprimento, peso, área,
volume.
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5ª SÉRIE
Sistemas
de
Numeração;
Números
Naturais;
Múltiplos
e
divisores;
Potenciação e radiciação; Números Fracionários;Números decimais. Medidas
de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume;
Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema Monetário. Geometria
Plana; Geometria Espacial. Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem.
Números Inteiros; Números racionais; Equação e Inequação do 1º grau;
Razão e proporção; Regra de três. Medidas de temperatura; Ângulos.
Geometria Plana;Geometria Espacial;Geometrias Não-Euclidianas.
Pesquisa Estatística; Média Aritmética;Moda e mediana; Juros simples.
6ª SÉRIE
Números Inteiros; Números racionais; Equação e Inequação do 1º grau;
Razão e proporção; Regra de três. Medidas de temperatura; Ângulos.
Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias Não-Euclidianas. Pesquisa
Estatística; Média Aritmética; Moda e mediana; Juros simples.
7ª SÉRIE
Números Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios
e Polinômios; Produtos Notáveis. Medida de comprimento; Medida de área;
Medidas de ângulo Geometria
Plana; Geometria Espacial; Geometria
Analítica; Geometrias não-Euclidiana. Gráfico e Informação; População e
amostra.
8ª SÉRIE
Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de
Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas; Regra de Três
Composta. Relações Métricas no Triângulo Retângulo; Trigonometria no
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Triângulo Retângulo; Noção intuitiva de Função Afim; Noção intuitiva de
Função Quadrática. Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria
Analítica; Geometria Não-Euclidiana. Noções de Análise Combinatória;
Noções de
Probabilidade; Estatística; Juro Composto.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Os conteúdos Básicos do Ensino Fundamental deverão ser
abordados de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e
complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de Matemática. As
tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática
sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os conteúdos
propostos neste nível de ensino, numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de
cada aluno, quer seja adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes
conhecimentos e experiências
provenientes das vivências dos alunos deverão ser
aprofundados e sistematizados, com objetivo de validá-los cientificamente,
ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de recursos didáticos
pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
Nesse sentido os temas devem ser observados sempre que
possível, utilizando-se de situações reais, considerando o conhecimento prévio do
estudante, estimulando-o agir reflexivamente, privilegiando a criatividade e a
autonomia na busca de soluções de problemas. Por meio destas atividades, esperase
a
contextualização,
descontextualização
dos
conceitos,
abstrações,
generalizações, apropriações da linguagem simbólica.
Assim as propostas metodológicas mais adequadas são:
resolução de problemas, a modelagem matemática, a etno-matemática a história da
matemática, sempre com a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis.
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Exposição dos conteúdos matemáticos a partir da resolução de
situações que ocorrem no dia-a-dia, incentivando os alunos a explicarem os
conhecimentos matemáticos previamente adquiridos.
Atividades individuais e em grupos, solicitando que reconheçam e
registrem as questões que produzem o conhecimento matemático e resolvê-los
interpretando suas soluções na linguagem do mundo real, inclusive em outras áreas
de conhecimento.Resolução de exercícios de forma oral e escrita.
Uso de novos tecnologias, como por exemplo: calculadora e
computador, para comparar os resultados, possibilitando o surgimento de novos
conceitos e de novas teorias. Correção dos exercícios utilizando o quadro negro.
Elaboração de problemas, partindo da História da Matemática oportunizando o aluno
a conhecer a Matemática, como corpo de conhecimento que se encontra em
construção e pensamento-trabalho, pesquisas (em grupos e individuais) com estudo
e interpretação dos dados e gráficos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um dispositivo legal em que os educadores têm
como meio de acompanhar os educando no seu processo de ensino aprendizagem,
pois é com ela que podemos analisar e diagnosticar o que falta para complementar
ou ajudar na melhoria dos conhecimentos dos alunos. Pois com ela é que temos a
oportunidade de verificar os aspectos essenciais que ajudam a formação dos futuros
cidadãos e aprimorando para a sua vida social.
Deste modo, a avaliação ocorrerá de forma diagnóstica, continua
e acumulativa através de: prova escrita, prova oral, tarefas em classe e casa;
trabalhos de pesquisas feito em casa, trabalho integrado (em grupo ou individuais) e
a participação dos alunos e etc.
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O aluno que está inserido num processo contínuo de avaliação
terá sempre revisto o conteúdo, no qual não tenha atingido os objetivos,
proporcionando a ele a recuperação paralela, para que o mesmo sane as suas
duvidas através de aulas diferenciadas com a retomada dos conteúdos e com
acompanhamento individual.
AVALIAÇÃO 5ª SÉRIE
•
Conheça os diferentes sistemas de numeração;
•
Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo
seus elementos;
•
Realize as operações fundamentais com números naturais;
•
Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problemas que
envolvam as operações;
•
Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número
decimal; fração e número misto;
•
Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
•
Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação
como sua operação inversa;
•
Relacione as potências e as raízes quadradas com padrões numéricos e
geométricos.
•
Identificar o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;
•
Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
•
Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
•
Calcule o perímetro e área de figuras planas, usando unidades de medida
padronizadas;
•
Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
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•
Transforme uma unidade de medida de tempo em outra unidade de medida
de tempo;
•
Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos, obtusos);
•
Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais
sistemas mundiais.
•
Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície
padronizada;
•
Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;
•
Determine perímetro de figuras planas;
•
Calcule área de figuras planas;
•
Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
•
Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada, identificando
seus elementos.
•
Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,
sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que
se apresentam;
•
Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com
os números na forma decimal e fracionária.
AVALIAÇÃO 6ª SÉRIE
•
Reconheça os conjuntos numéricos, suas operações e registro;
•
Compreenda os princípios aditivo e multiplicativo como propriedade da
igualdade e desigualdade;
•
Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas
numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
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•
Reconheça
sucessões
de
grandezas
direta
e
inversamente
proporcionais;
•
Compreenda o conceito de incógnita.
•
Identifique os diversos tipos de medidas e saiba aplicá-las em
diferentes contextos;
•
Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-
los;
•
Calcule área de figuras planas;
•
Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
•
Compreenda noções topológicas através do conceito de interior,
exterior, fronteira, vizinhança,
conexidade, curvas e conjuntos abertos e
fechados.
•
Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;
•
Leia, interprete, construa e analise gráficos;
•
Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;
•
Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
AVALIAÇÃO 7ª SÉRIE
•
Identifique os elementos dos conjuntos dos números naturais, dos números
inteiros, dos números racionais e irracionais;
•
Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;
•
Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
•
Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número
irracional especial;
•
Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
202
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•
Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam
expressões algébricas.
•
Calcule o comprimento da circunferência;
•
Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo.
•
Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por
transversal;
•
Reconheça triângulos semelhantes, identifique e some seus ângulos internos,
bem dos polígonos regulares;
•
Trace e reconheça retas paralelas num plano desenvolva a noção de
paralelismo;
•
Realize cálculo de superfície e volume de poliedros;
•
Reconheça os eixos que constituem o Sistema de Coordenadas Cartesianas,
marque pontos, identifique os pares ordenados e sua denominação (abscissa
e ordenada);
•
Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais.
•
Represente uma mesma informação em gráficos diferentes;
•
Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
AVALIAÇÃO 8ª SÉRIE
•
Opere com expoentes fracionários;
•
Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as
propriedades para a sua simplificação;
•
Extraia uma raiz usando fatoração;
•
Identifique equações do 2º grau na forma completa e incompleta,
reconhecendo seus elementos;
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•
Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes
processos;
•
Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
•
Identifique equações Irracionais;
•
Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;
•
Utilize a regra de três composta em situações-problema.
•
Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo
retângulo;
•
Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de
um triângulo retângulo.
•
Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;
•
Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua
declividade em relação ao sinal da função;
•
Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
•
Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a
concavidade da parábola em relação ao sinal da função;
•
Analise graficamente as funções afins;
•
Analise graficamente as funções quadráticas.
•
Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre
eles;
•
Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver
situações-problema;
•
Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
•
Aplique o Teorema de Tales em situações-problema;
•
Realize cálculo da superfície e volume de poliedros;
•
Analise e discuta a auto-similaridade e a complexidade infinita de um fratal.
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•
Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que
envolva contagens, aplicando o princípio multiplicativo.
•
Descreva o espaço amostral a um experimento aleatório;
•
Calcule as chances de ocorrência de um determinado o evento;
•
Resolva situações-problema que envolva cálculos de juros compostos.
ENSINO MÉDIO
A disciplina da matemática no ensino médio abarca temos como:
números e álgebras, geometria, funções e tratamento de informações, grandezas e
medidas.
Todos estes temas devem ser trabalhados de forma que venha
ajudar os alunos na compreensão dos fatos que ocorre no seu dia-a-dia e do mundo
proporcionando a ele possibilidade de aplicar os conhecimentos já adquiridos e que
possam adquirir na prática da sua vida e que ele seja parte integrante na sociedade
na qual está inserido.
Assim, seu ensino nesta fase tem como instrumento principal o
campo da investigação e da produção de conhecimento, de natureza cientifica para
que o estudante construa, através do conhecimento matemático, valores e atitudes
de natureza diversas, visando à formação integral do ser humano, para se tornar
cidadão, para que este ajude na transformação de sua sociedade.
Para que isto seja possível é necessário que o aluno seja capaz
de utilizar forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como a
calculadora e o computador, de modo que possa compreender e aplicar os
conceitos, procedimentos e o uso correto dessas tecnologias para o maior
aprimoramento
dos
conhecimentos
matemáticos
em
situações
diversas,
beneficiando o desenvolvimento necessário para sua formação cientifica geral e
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auxiliando na interpretação da ciência, além de desenvolver a capacidade de
raciocínio.
OBJETIVOS:
•
Estabelecer
identificando
semelhanças
formas
e
diferenças
bidimensionais
entre
ou
objetos
nos
tridimensionais,
espaços
envolvendo
descrições orais, construções ou representações.
•
Ler, interpretar e até produzir textos relacionados a Matemática, valorizando a
Historia da Matemática e sua evolução.
•
Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficas,
diagramas presentes em veículos de comunicação, fazendo análise critica e
valorizando informação de diferentes origens.
•
Utilizar forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como
calculadora e o computador e também os instrumentos de medidas.
•
Compreender
e
aplicar
conceitos,
procedimentos
e
conhecimentos
matemática em diversas situações.
•
Desenvolver
estratégias
de
resolução
de
problemas,
facilitando
a
compreensão de conceitos matemáticos e também o raciocínio.
•
Compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos
matemáticos em situações diversas.
•
Observar e estabelecer conexões existentes entre diferentes tópicos da
matemática podendo ser aplicados em outras áreas, procurar observar
diferentes representações de um mesmo conceito.
•
Compreender e utilizar a precisão de linguagem e as demonstrações
matemáticas, utilizando raciocínios dedutivos e indutivos, permitindo a
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avaliação de conjecturas, além da compreensão de fatos conhecidos e
sistematizados por meio de propriedades e relações.
•
Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes
no real, não só na interpretação do real e também na forma de intervenção
quando for necessário.
1ª Série – Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICOMETODOLÓGICO
AVALIAÇÃO
NÚMERO E
ÁLGEBRA
– Diversos tipos de
funções.
–Progressões aritméticas e
geométricas.
- Números Reais;
- Sistemas lineares;
- Matrizes e
Determinantes;
− Equações e
inequações
Exponenciais,
logarítmicas e
modulares.
- Os conteúdos de Matemática
no Ensino Médio, poderão ser
abordados articuladamente,
contemplando os conteúdos
ministrados no ensino
fundamental e também através
da intercomunicação dos
conteúdos estruturantes.
- As tendências metodológicas
apontadas nas Diretrizes
Curriculares de Matemática
sugerem encaminhamentos
metodológicos e de aporte
teórico para os conteúdos
propostos neste nível de
ensino, e também ressalta-se a
relevância na utilização de
recursos didáticos-pedagógicos
e tecnológicos como
instrumentos de aprendizagem.
- Desenvolver os
conhecimentos matemáticos a
partir do processo dialético que
possa intervir como
instrumento eficaz na
aprendizagem das propriedades
e relações matemáticas, bem
como as diferentes
representações e conversões
através da linguagem e
operações simbólicas, formais
e técnicas.
- Objetivando uma formação
- Amplie os conhecimentos
sobre conjuntos numéricos e
aplique em diferentes contextos;
- Compreenda os números
complexos e suas operações;
- Conceitue e interprete matrizes
e suas operações;
- Conheça e domine o conceito e
as soluções de problemas que se
realizam por meio de
determinante;
- Identifique e realize operações
com polinômios;
- Identifique e resolva equações,
sistemas de equações e
inequações, inclusive as
exponenciais, logarítmicas e
modulares.
- Perceba que as unidades de
medidas são utilizadas para a
determinação de diferentes
grandezas e compreenda a
relações matemáticas existentes
nas suas unidades;
- Aplique a lei dos senos e a lei
dos cossenos de um triângulo
para determinar elementos
desconhecidos.
- Identifique diferentes funções e
realize cálculos envolvendo-as;
- Aplique os conhecimentos
sobre funções para resolver
situações-problema;
−
– Trigonometria.
− Matrizes e
Determinantes.
Análise combinatória
GRANDEZAS E
MEDIDAS
FUNÇÕES
– Polinômios.
- Medidas de área.
- Medida de volume.
- Medidas de grandezas e
vetoriais.
- Medidas de informática.
- Medidas de energia.
- Trigonometria.
- Função Afim.
- Função Quadrática.
- Função Polinomial.
- Função exponencial.
-Função Logarítmica.
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GEOMETRIA
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
-Função Trigonometrica.
Função Modular.
- Progressão Aritmética.
- Progressão Geométrica.
- Geometria Plana.
- Geometria Analítica.
- Geometria Espacial.
- Geometria nãoeuclidiana.
- Análise combinatória.
- Binômio de Newton.
- Estudo das
probabilidades.
- Estatística.
- Matemática Financeira.
científica geral, os
procedimentos e estratégias a
serem desenvolvidas pelo
professor poderá garantir ao
aluno o avanço em estudos
posteriores, na aplicação dos
conhecimentos matemáticos
em atividades tecnológicas,
cotidianas, das ciências e da
própria ciência matemática.
- Em relação as abordagens,
destaca-se a análise e
interpretação crítica para
resolução de problemas não
somente pertinentes a ciência
matemática mas como nas
demais ciências que em
determinados momentos fazem
uso da matemática. O contexto
histórico e socio-cultural desde
a antiguidade até a atualidade.
- Destaca-se também os
conteúdos Básicos: Medidas e
grandezas vetoriais; de Energia
e de Informática, tendo como
objetivo a complementação e o
entendimento dos demais
conteúdos.
- Realize análise gráfica de
diferentes funções;
- Reconheça, nas sequências
numéricas, particularidades que
remetam ao conceito das
progressões aritméticas e
geométricas;
- Generalize cálculos para a
determinação de termos de uma
sequência numérica.
- Amplie e aprofunde os
conhecimentos de geometria
Plana e Espacial;
- Determine posições e medidas
de elementos geométricos
através da Geometria Analítica;
- Perceba a necessidade das
geometrias não- euclidianas para
a compreensão de conceitos
geométricos, quando analisados
em planos diferentes do plano de
Euclides;
- Compreenda a necessidade das
geometrias não- euclidianas para
o avanço das teorias científicas;
- Articule ideias geométricas em
planos de curvatura nula,
positiva e negativa;
- Conheça os conceitos básicos
da Geometria Elíptica,
Hiperbólica e Fractal (Geometria
da superfície esférica).
- Recolha, interprete e analise
dados através de cálculos,
permitindo-lhe uma leitura
crítica dos mesmos;
- Realize cálculos utilizando
Binômio de Newton;
- Compreenda a ideia de
probabilidade;
- Realize estimativas,
conjecturas a respeito de dados e
informações estatísticas;
- Compreenda a Matemática
Financeira aplicada ao diversos
ramos da atividade humana;
Perceba, através da leitura, a
construção e interpretação de
gráficos, a transição da álgebra
para a representação gráfica e
vice-versa.
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2ª Série – Ensino Médio
Estruturante
Números e Álgebra
Geometrias
Tratamento da Informação
Específico
1. Matrizes
- Matrizes especiais
- Adição e subtração de matrizes
- Multiplicação de um número por uma matriz
- Multiplicação entre matrizes
2. Sistemas Lineares
- Equação linear
- Sistema linear
- Solução de um sistema linear
- Sistema linear escalonado
3. Determinantes
- Determinante de ordem 2
- Determinante de ordem 3
- Discussão de um sistema linear
1. Geometria Espacial
- Poliedros
- Prisma e pirâmide
- Corpos redondos
1. Análise Combinatória
- Agrupamentos e métodos de contagem
- Arranjo simples
- Permutação simples e permutação com
elementos repetidos
- Combinação simples
2. Probabilidade
- Conceito de probabilidade
- Adição de probabilidades
- Probabilidade condicional
3ª Série – Ensino Médio
Estruturante
Números e Álgebra
Específico
1. Noções de números complexos
- Conjunto dos números complexos
2. Polinômios
- Grau de um polinômio
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Funções
Geometrias
Tratamento da Informação
- Divisão de polinômios
- Teorema do resto
- Teorema de D'Alembert
- Dispositivo de Briot-Ruffini
1. Funções
- Função exponencial
- Função logarítmica
- Função modular
1. Geometria Analítica
- Ponto e Reta
- Formas da equação da reta, paralelismo e
perpendicularismo
- Equações da circunferência
2. Noções básicas de geometria não-euclidiana
1. Probabilidade
- Conceito de probabilidade
- Definição de probabilidade
- Adição de probabilidades
REFERÊNCIAS
BRASIL/MEC. Lei de diretrizes e bases da educação LDB 9394/96.
BRASIL. Secretariada educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais.
Matemática: Brasília, 1998.
Diretrizes curriculares de matemática para o ensino fundamental. SEED Curitiba,
2008.
FILHO, Benigno Barreto e Silva, Cláudio Xavier da – Matemática aula por aula –
volume único – São Paulo - FTD, 2000
LONGE, Adilson. Coleção Nova Didática – Matemática- Ensino Médio, Curitiba:
Positivo, 2004
PARANÀ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para escola pública
do Estado do Paraná. 3ª Edição Curitiba: SEED, 2008.
TAHAM, Malba. Matemática divertida e curiosa. São Paulo, 2002.
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BIOLOGIA
A biologia abrange todo o conhecimento relativo aos seres vivos,
desde os mecanismos que regulam as atividades vitais até as relações que eles
estabelecem entre si e com o ambiente em que vivem.
Dotada de profundo dinamismo, continuamente renovada e
enriquecida por novas descobertas científicas, a biologia é umas das mais
importantes áreas do conhecimento atual. Os conhecimentos por ela proporcionados
deverão contribuir não apenas para o desenvolvimento tecnológico, mas também
para o desenvolvimento da consciência de cidadania das atitudes de valorização da
vida e da solidariedade entre os povos.
Os conteúdos básicos a serem trabalhados durante as séries do
Ensino Médio podem ser elencados da seguinte forma:
Citologia, Histologia, Embriologia, Biodiversidade, relações entre
os seres vivos e entre os seres vivos e o meio ambiente, Aspectos fisio-morfológicos
dos seres vivos, Genética, Evolução.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
•
Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte
integrante e agente de transformações do mundo em que vive, as relações
essenciais com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
•
Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;
•
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problema reais a
partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática o
conhecimento adquirido;
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•
Saber utilizar conhecimentos científicos básicos associados a energia,
matéria, transformações, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
•
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para
a construção coletiva do conhecimento;
•
Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
distinguindo usos corretos e necessários daquelas prejudiciais ao equilíbrio
da natureza e ao homem.
Conteúdos
Estruturantes
Citologia, Histologia,
Embriologia,
Biodiversidade,
relações entre os seres
vivos e entre os seres
vivos e o meio
ambiente, Aspectos
fisio-morfológicos dos
seres vivos, Genética,
Evolução.
Conteúdos Básicos
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
Abordagem Teórico
Metodológica
Em concordância com
a Diretrizes e bases
curriculares do ensino
de biologia a
abordagem dos
conteúdos deve
permitir a interação
dos quatro conteúdos
estruturantes de modo
que ao introduzir a
classificação dos seres
vivos como tentativa
de conhecer e
compreender a
diversidade biológica,
agrupando-os e
caracterizando-os, seja
possível também,
discutir o mecanismo
de funcionamento, o
processo evolutivo, a
Classificação
extinção das espécies e
nomenclatura
o surgimento natural e
dos seres
induzido de novos
vivos: critérios seres vivos. Deste
taxonômicos e modo, a abordagem do
filogenéticos;
conteúdo classificação
Os Moneras;
dos seres vivos não se
Os Protistas;
restringe a um
Os Fungos;
conteúdo estruturante.
Ao adotar esta
O Reino Animal
(morfofisiologia abordagem
pedagogicamente, o
comparada);
Ecologia;
Características
dos seres
vivos;
O método
científico;
Compostos
inorgânicos e
orgânicos;
Organização
celular dos
seres vivos;
Consumo de
energia pelos
seres vivos;
reprodução, a
continuidade
da vida;
Os tecidos.
Avaliação
A avaliação apresenta
várias funções e,
portanto deve
apresentar várias
características, a
avaliação deve ser um
processo contínuo, deve
ser funcional,
orientadora e integral.
Os alunos
devem ser observados
continuamente, isso
não significa a ausência
de avaliações formais e
sim que esses
momentos deixam de
ser os únicos
responsáveis pela
aferição de uma nota ou
conceito aos alunos. Os
materiais que serão
utilizados para
acompanhamento dos
progressos dos alunos
serão os seguintes:
- exercícios em sala;
exercícios em casa;
apresentações orais,
como teatros,
seminários, recortes de
jornais e revistas;
- trabalhos em grupos;
- discussões coletivas;
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−
−
−
−
O Reino das
Plantas
(morfofisiologia
comparada).
Genética –
Introdução;
− Cálculos de
probabilidade;
− Primeira Lei de
Mendel;
− Segunda Lei de
Mendel;
− Heredrograma;
− Alelos
Múltiplos;
− Grupos
Sanguíneos;
− Genes letais e
sub letais;
− Genes
holândricos;
− Pleitropia;
− Interação
gênica;
− Mapas
cromossômicos
;
− Teorias sobre a
origem da vida;
− Evolução:
− Lamarckismo;
− Darwinismo;
− Neodarwinismo
;
Evidências da
evolução
início do trabalho
poderia ser o conteúdo
específico organismos
geneticamente
modificados, partindose da compreensão das
técnicas de
manipulação do DNA
comparando-as com
processos naturais que
determinam a
diversidade biológica,
chegando à
classificação dos Seres
vivos.
Portanto, é
imprescindível que se
perceba a
interdependência entre
os quatro conteúdos
estruturantes. Outro
exemplo é a
abordagem do
funciomamento dos
Sistemas que
constituem os
diferentes grupos de
seres vivos.
Parte-se do
conteúdo estruturante
Mecanismos Biológicos
incluindo-se o conteúdo
estruturante
Organização dos Seres
Vivos que permitirá
estabelecer a
comparação entre os
sistemas, envolvendo
inclusive a célula seus
componentes e
respectivas funções.
Neste contexto, é
importante que se
perceba que a célula
tanto pode ser
compreendida como
elemento da estrutura
dos seres vivos quanto
um elemento que
permite observar,
comparar, agrupar e
classificar os seres
vivos. Da mesma
forma, a abordagem do
debates;
− participação em
sala;
− avaliações
formais;
− e qualquer
outra forma de
observação que
o professor
julgar válida.
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conteúdo estruturante
Biodiversidade envolve
o reconhecimento da
existência dos
diferentes grupos e
mecanismos biológicos
que determinam a
diversidade, evolvendo
a variabilidade
genética, as relações
ecológicas
estabelecidas entre
eles e o meio
ambiente, e os
processos evolutivos
pelos quais os seres
vivos têm sofrido
modificações naturais e
as produzidas pelo
homem.
CONTEÚDOS POR SÉRIE:
1ª série: ORIGEM DA VIDA: para o homem entender a formação da primeira célula
e do primeiro organismo, os cientistas formularam algumas teorias tais como: Teoria
da Abiogênese, Teoria da Biogênese, Hipótese Autotrófica e Heterotrófica, para
facilita o entendimento serão explicados as experiências de Redi, Pasteur,
Aristóteles e a Criação Divina; ASPECTOS FÍSICO QUÍMICO DA CÉLULA: saber da
importância do conteúdo celular e seus principais elementos, desde o mais
abundante ao de menos conteúdo na célula. Carbono hidrogênio, fósforo, potássio,
enxofre, sódio, cloro, magnésio, flúor, ferro, zinco, bromo. As principais substâncias
são: água, proteínas, gorduras e carboidratos, etc; CITOLOGIA: O aluno terá
entendimento que todos os seres vivos são compostos de células que ela é a menos
porção da matéria viva. Ter conhecimento do numero de célula ( unicelulares).
Saber distinguir a célula vegetal e animal seu conteúdo, envoltório e organização.
Saber da existem de dois tipos básicos da célula: a procariótica e a eucariótica;
IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO E A DIVISÃO CELULAR: o conteúdo do núcleo e seu
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envoltório a
divisão celular como a Mitose e Meiose e suas faces (prófase,
metáfase, anáfase, telófase (Meiose I e II); EMBRIOLOGIA: O aluno saberá que sem
a divisão celular não ocorrerá com a formação do embrião, então a Embriologia é
estudada para saber do organismo desde sua fecundação até seu nascimento. Os
anexos embrionários também fazem parte do organismo e serão necessários para a
sua sobrevivência; HISTOLOGIA: É o estudo dos diferentes tipos de tecidos e que
entram em harmonia como funcionamento do organismo. Tecido Epitelial
(revestimento e glandular), tecido conjuntivo, tecido nervoso, muscular, ósseo e
outros; ECOLOGIA: É o estudo da integração dos seres vivos e não vivos com o
meio ambiente, é o relacionamento entre os seres vivos de mesma espécie
diferentes. Entre os relacionamentos temos: predatismo, parasitismo, competição,
mutualismo, sociedade, etc.
2ª série: No segundo ano temos a CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DOS
SERES VIVOS E OS REINOS: Monera, Fungos, Protista, Animais e Vegetais. No
reino Monera temos sua classificação, fisiologia e sua patologia (doenças causadas
pelas bactérias) que são: cólera, difteria, tuberculose, desinteria, etc.; VÍRUS:
Organismo não enquadrados em nenhum reino é um microorganismo causador de
algumas doenças tais como: Aids, meningite, caxumba, hepatite, gripe, etc.;
PROTISTAS: protozoários e algas; NOMENCLATURA, CLASSIFICAÇÃO ANIMAIS:
Peixes, Anfíbios , Répteis, Aves, Mamíferos; VEGETAIS: Superiores, Inferiores.
3ª série: GENÉTICA: Estudo dos genes, Primeira Lei de Mendel, Dominância
Incompleta e co-dominância, pleiotropia, alelos múltiplos, grupos sanguíneos ABO,
herança do sistema ABO, sistema Rh; SEGUNDA LEI DE MENDEL: formação dos
gametas, interações gênicas, epistasia; SEXO E HERANÇA (determinação
cromossômica do sexo), herança ligada ao sexo, herança restrita ao sexo;
EVOLUÇÃO: Idéias Evolucionistas (Darwin e Lamarck), Mutações, aberrações
cromossômicas, processo evolutivo, irradiação adaptativa, homologia e analogia;
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FISIOLOGIA: O funcionamento dos vários sistemas: Digestório, circulatório
(cardiovascular), excretor, nervoso (integração e coordenação), Reprodução
(sistema reprodutor) gametas, controle hormonal, gestação, parto, amamentação,
anticoncepção, masturbação e doenças cromossômicas, processo evolutivo,
irradiação adaptativa, homologia e analogia;
vários
sistemas:
Digestório,
circulatório
FISIOLOGIA: O funcionamento dos
(cardiovascular),
excretor,
nervoso
(integração e coordenação), Reprodução (sistema reprodutor) gametas, controle
hormonal,
gestação,
parto,
amamentação,
anticoncepção,
masturbação
e
doenças.Classificação, fisiologia e sua patologia (doenças causadas pelas bactérias)
que são: cólera, difteria, tuberculose, desinteria, etc.; VÍRUS: Organismo não
enquadrados em nenhum reino é um microorganismo causador de algumas doenças
tais como: Aids, meningite, caxumba, hepatite, gripe, etc.; PROTISTAS: protozoários
e algas;
NOMENCLATURA, CLASSIFICAÇÃO ANIMAIS: Peixes, Anfíbios , Répteis, Aves,
Mamíferos; VEGETAIS: Superiores, Inferiores.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Em concordância com a Diretrizes e bases curriculares do ensino
de biologia a abordagem os conteúdos deve permitir a interação dos conteúdos
estruturantes de modo que ao introduzir a classificação dos seres vivos como
tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica,
agrupando-os
e
caracterizando-os, seja possível também, discutir o mecanismo de funcionamento, o
processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de
novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo classificação dos seres
vivos não se restringe a um conteúdo estruturante.
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Ao adotar esta abordagem pedagogicamente, o início do trabalho
poderia ser o conteúdo
específico
organismos
geneticamente
modificados,
partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA comparando-as
com processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à
classificação dos Seres vivos.
Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência
entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do
funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos.
Parte-se
do
conteúdo
estruturante
Mecanismos Biológicos
incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos que permitirá
estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo inclusive a célula seus
componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba
que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres
vivos quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os
seres
vivos.
Da
mesma
forma,
a
abordagem
do
conteúdo
estruturante
Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e
mecanismos biológicos que determinam a diversidade, evolvendo a variabilidade
genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os
processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e
as produzidas pelo homem.
AVALIAÇÃO
A avaliação apresenta várias funções e, portanto deve apresentar
várias características, a avaliação deve ser um processo contínuo, deve ser
funcional, orientadora e integral.ARANÀ. Secretaria de Estado da Educação.
Currículo Básico para escola pública do Estado do Paraná. 3ª Edição Curitiba:
SEED, 1990.
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Os alunos devem ser observados continuamente, isso não
significa a ausência de avaliações formais e sim que esses momentos deixam de ser
os únicos responsáveis pela aferição de uma nota ou conceito aos alunos. Os
materiais que serão utilizados para acompanhamento dos progressos dos alunos
serão os seguintes:
•
exercícios em sala;
•
exercícios em casa; apresentações orais, como teatros, seminários, recortes
de jornais e revistas;
•
trabalhos em grupos;
•
discussões coletivas;
•
debates;
•
participação em sala;
•
avaliações formais;
•
e qualquer outra forma de observação que o professor julgar válida.
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REFERÊNCIAS
CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. Ed. FTD.
Moreira, Maria. Aprendizagem significativa. Brasília. Ed. Universidade de Brasília,
1999.
MEDINA, João Paulo. A Educação Física Cuida do Corpo e “Mente”: Bases para
Renovação e Transformação da Ed. Física. 10ª ed. Campinas,SP. Papirus, 1992.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Ed. Ática. Edição reformulada.
SOARES, José Luis. Biologia Volume Único. Ed. Scpione 2ª edição.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Biologia Para
Educação Básica. Curitiba, 2008.
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FÍSICA
A Física tem como objeto de estudo o universo em toda a sua
complexidade. Por isso a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da
natureza. O olhar sobre a natureza tem origem em tempos remotos, provavelmente
período paleolítico, na tentativa humana de resolver seus problemas de ordem
prática e garantir sua subsistência.
Os avanços tecnológicos e científicos, as mudanças culturais,
sociais, econômicas e políticas contribuíram efetivamente para mudanças de
concepções da Física, pois sabemos que toda a construção social acarreta
mudanças significativas, embora observa-se resistência a qualquer mudança.
Atualmente, consideramos que a Física é um campo de
conhecimentos específicos, em construção e socialmente reconhecidos. Por isso,
não aceitamos a generalidade, pois essa cultura de busca de princípios gerais e
abrangentes, tal qual o espírito positivista, é um dos obstáculos ao desenvolvimento
do conhecimento científico, capaz de levar o espírito científico a se prender às
soluções fáceis, imediatas e aparentes.
Entende-se, então, que a Física deve educar para a cidadania
contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a
beleza da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade
desta dimensão de conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de
fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua
produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta
ciência, seu comprometimento e envolvimento com estruturas que representam seus
aspectos.
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A
cinemática;
física
dinâmica;
oportuniza
aos
termologia;
estudantes
termodinâmica;
o
conhecimento
óptica;
da:
eletricidade;
eletrodinâmica; eletromagnetismo.
OBJETIVOS
•
Compreender enunciados referentes a códigos e símbolos físicos;
•
Ler e interpretar manuais de instalação e utilização de aparelhos;
•
Interpretar e utilizar tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para a
expressão do saber físico;
•
Expressar-se adequadamente, utilizando a linguagem física adequada de
elementos de sua representação simbólica;
•
Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes,
sabendo interpretar notícias científicas;
•
Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados;
•
Desenvolver a capacidade de investigação física: classificar, organizar e
sistematizar;
•
Identificar regularidades;
•
Conhecer e utilizar conceitos físicos;
•
Descobrir como funcionam os aparelhos do dia-a-dia, compreendendo a
Física presente no mundo, nos equipamentos e os procedimentos
tecnológicos;
•
Relacionar o conhecimento físico com o conhecimento de outras áreas do
saber científico;
•
Reconhecer a importância da Física no sistema produtivo, compreendendo a
evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do
conhecimento científico.
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CONTEÚDOS POR SÉRIE
•
1ª série: CINEMÁTICA: Introdução à Física, Corpo Extenso e Ponto
material, Trajetória, Espaço, Deslocamento, Velocidade Média, Aceleração
Média, Movimento Uniforme, Movimento Variado; DINÂMICA: Leis de Newton,
Trabalho e Energia, Conservação do Movimento, Impulso e Quantidade de
Movimento.
•
2ª série: TERMOLOGIA: Dilatação Térmica, Calorimetria, Termometria;
TERMODINÂMICA: Energia, Primeiro Princípio da Termodinâmica, Segundo
Princípio da Termodinâmica, Ciclo de Carnot; ÓPTICA: Princípios da Óptica
Geométrica, Reflexão da Luz, Refração da Luz.
•
3ª série: ELETRICIDADE: Carga Elétrica, Eletrização de um corpo,
Processos de Eletrização, Força Elétrica, Campo Elétrico, Trabalho e Potencial
Elétrico; ELETRODINÂMICA: Corrente Elétrica, Resistência Elétrica, Leis de
Ohm, Associação de Resistores, Circuitos Elétricos; ELETROMAGNETISMO:
Fenômenos Magnéticos, Campo Magnético, Experiência de Oersted, Força
Magnética.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Não existe uma única metodologia, mas um conjunto de
procedimentos que podem facilitar a ação do professor. É importante dar ao ensino
de Física, novas dimensões. Os temas centrais devem ser trabalhados buscando-se
a interdisciplinaridade.
Assumindo para o ensino de Física o pressuposto fundamental
que considera a ciência como uma produção cultural, um objeto humano construído
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e produzido nas e pelas relações sociais e, a partir desse pressuposto, entendemos
que durante as aulas de Física serão utilizadas as possíveis metodologias:
•
Utilização de textos de revistas, artigos científicos ou de jornais;
•
Debates dos textos;
•
Realização de experiências simples para a demonstração de conceitos
científicos;
•
Aulas expositivas;
•
Seminários apresentados pelos alunos;
•
Uso de vídeos didáticos;
•
Visitas técnicas programadas;
•
Resolução de Exercícios e Problemas envolvendo conceitos físicos
relacionados no dia-a-dia;
•
Projetos interdisciplinares, envolvendo os conceitos físicos.
AVALIAÇÃO
Nessa perspectiva de trabalho, a avaliação passa a ter como
objetivo
fundamental
fornecer
informações
sobre
o
processo
de
ensino-
aprendizagem como um todo, informando não apenas o aluno sobre seu
desempenho em Física, mas também o professor sobre sua prática em sala de aula.
Desse modo, a avaliação sabe subsidiar o trabalho pedagógico, redirecionando o
processo de ensino aprendizagem, sempre que necessário. Durante as aulas de
Física, a avaliação consistirá nos seguintes procedimentos:
•
Observação na participação do aluno durante todo o processo ensino
aprendizagem;
•
Envolvimento e participação do aluno nas aulas práticas;
•
Desenvolvimento do estudante na apresentação dos seminários;
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•
Análise dos trabalhos individuais e em equipe;
•
Correção dos Exercícios e Problemas;
•
Participação dos alunos na resolução dos exercícios e problemas;
•
Provas escritas;
•
Oralidade do estudante;
•
Recuperação dos conteúdos não assimilados.
REFERÊNCIAS
BONJORNO. Regina A: et al. “Física Completa”. Volume único. 2 ed. Ed. FTD. São
Paulo, 2001.
PARANÁ / SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de
Física para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ / SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO / SUPERINTENDÊNCIA DA
EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio (versão
preliminar). Curitiba: SEED, Julho 2008
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QUÍMICA
Com base nas novas diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, o
ensino da Química é muito importante porque tem por objetivo de tornar o desafio de
despertar, gradual e naturalmente, cada vez mais o educando a curiosidade e o
conhecimento científico, estimulando-o a interagir com os outros colegas e o meio,
isto é, a Química é um dos vários instrumentos que interligam as pessoas com tudo
aquilo que está ocorrendo no mundo neste exato momento.
Além disso, a Química, assim como outra ciência, não está limitada
somente nas pesquisas de laboratório e a produção industrial, ao contrário, está
presente na nossa vida e é parte importante dela, isto é, quando escolhemos os
produtos mais apropriados para uma alimentação, quando os cozinhamos e lavamos
os utensílios ou quando ingerimos um medicamento, estamos lançando a mão de
princípios, conceitos e reações de Química.
Certamente, a partir da interpretação científica daquilo que ocorre no
mundo à sua volta, bem como dos conhecimentos adquiridos nas áreas das ciências
humanas e dos valores que norteiam sua conduta como indivíduo, de modo
consciente, sobre essas e inúmeras questões, para tanto contribuindo para que os
alunos tenham a melhor visão possível, global e crítica, do que ocorre em nosso
planeta (meio ambiente).
Deste modo, o ensino de Química tem como função primordial
proporcionar ao aluno, a construção de uma base conceitual que possibilite uma
visão de conjunto da Química, abordando temas articulando a construção do
conhecimento químico e sua aplicação a problemas sociais, ambientais e
tecnológicos. Além dista, visa também contribuir para a melhoria da educação em
nossa escola e para a formação de cidadãos aptos a participar e transformar nossa
sociedade, preservar o ambiente e lutar pela melhoria da qualidade de vida de todos
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os brasileiros e procurar entender como os alunos constroem conceitos químicos e
quais são as principais dificuldades a serem superadas no processo de ensino e
aprendizagem.
OBJETIVOS:
•
Proporcionar ao aluno, a construção de uma base conceitual que possibilite
uma visão de conjunto da Química, abordando temas e articulando a
construção do conhecimento químico e sua aplicação a problemas sociais,
ambientais e tecnológicos;
•
Contribuir para a melhoria da educação em nossa escola e para a formação
de cidadãos aptos a participar e a transformar nossa sociedade, preservar o
ambiente e lutar pela melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros;
•
Procurar entender como os alunos constroem conceitos químicos e quais são
as principais dificuldades a serem superadas no processo de ensino e
aprendizagem.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª série: Matéria e energia; Fenômenos Físicos e Químicos; Misturas e
separação de misturas; Iniciação às atividades científicas; Átomos; Alotropia;
Isotopia; Elementos Químicos; Substâncias simples e compostas; Estrutura
Atômica; Thomson; Rutherford; Atual; Tabela de Linus Pauling; Classificação
Periódica; Propriedade periódica; Ligações Químicas; mica orgânica; Funções
orgânicas; Nomenclaturas, Isomeria.
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2ª série: Funções inorgânicas; Introdução: conceitos ácidos (base de
Arrhenius, Bronsted – Lowry e Lewis); Funções: ácidos, bases, sais, óxidos,
nomenclatura e propriedades; Reações químicas; classificação das reações,
ocorrências e balanceamento; Principais reações e tipos de reações químicas
e Leis das reações químicas; Leis ponderais; Cálculo químicos de fórmulas e
estequiométrico; soluções; Dispersões, soluções concentração das soluções,
equivalente – grama, normalidade, diluição da soluções, mistura das
soluções.
3ª série: Soluções e misturas das soluções; Termoquímica; Reações
endotérmicas e exotérmicas; Entalpia de reações; Lei de Hess; Cinética
Química; Fatores que influem nas velocidades das reações; Concentração,
temperatura, pressão e catalisador; Equilíbrio Químico (homogêneo e
heterogêneo); Equilíbrio ácido-base4 pH e pOH; Hidrolise solução tampão
pronto de solubilidade; Eletroquímica; Pilha de Daniell, potencial de oxidação
e dedução; Eletrolise, reação nucleares.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando a sala de aula como um organismo social, com
cultura e identidades próprias, na qual se realizam ações entre as pessoas como
diferentes visões de mundo, infelizmente ainda hoje utilizamos modelos arcaicos de
ensino de Química, métodos tradicionais como: aulas expositivas, uso sistemático
dos livros didáticos, resolução de listas de problemas, no qual se traduzem em
exercícios matemáticos com respostas prontas. Desta forma faz com que o ensino
de Química se transforme num ensino livresco, difícil, chato e descontextualizado,
deixando assim a Química de ser um instrumento para a compreensão de mundo.
O ensino de Química deve facilitar a leitura do mundo, e é claro
que isso não acontece sabendo de fórmulas ou decorando reações. E é preciso
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metodologias que desenvolvam no aluno a capacidade de “ver” a Química que
ocorre nas múltiplas situações reais, que se apresentam modificadas a cada
momento. O ensino de Química, ao lado de ser instrumentalizador para o trabalho, a
escola de ensino médio deve facilitar o ingresso do jovem ao mercado de trabalho.
Vários fatores contribuíram para a atual situação do ensino de
química nas escolas estaduais, entre eles: professores desestimulados por vários
fatores; carga horária semanal insuficiente a grade curricular, estrutura inadequada
ao ensino de química nas escolas (falta de laboratórios e de reagentes adequados a
estrutura educacional; falta de técnicos qualificados).
Seria utópico implemento de metodologia mais modernas para o
ensino médio de Química, como: uso de laboratórios para atividades práticas; visitas
e conhecimentos sobre os sistemas de produção químico; pesquisas em grupo
sobre meio ambiente (crescimento sustentável); desenvolver aulas com visão crítica
a partir de artigos de jornais, revistas e periódicos; filmes.
Desta forma teremos um ensino mais criativo e produtivo, que se
atenda a comunidade através de serviços, ações e lideranças comprometidas nas
transformações condições sociais perversas, que limitam a cidadania das pessoas e
a soberania da nação.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, com como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes
valor. A avaliação deve:
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•
Dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões
quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem;
•
Proporcionar dados que permita ao estabelecimento de ensino
promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e
métodos de ensino;
•
Possibilitar novas alternativas para o planejamento do estabelecimento
de ensino e do sistema de ensino como um todo.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão
elaborados em consonância com a organização curricular deste estabelecimento de
ensino. Entretanto, estamos cientes que esta deve incidir sobre o desempenho do
aluno em diferentes situações de aprendizagem, utilizando técnicas e instrumentos
diversificados, sendo vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma
só oportunidade de aferição.
A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a
comparação com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se
comparação dos alunos entre si.
Na avaliação do aproveitamento escolar deverão preponderar os
aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a
multidisciplinaridade dos conteúdos, dando-se relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser
contínua, permanente e cumulativa, obedecendo à ordenação e a seqüência do
ensino e da aprendizagem, bem como à orientação do currículo.
Na avaliação serão considerados os resultados obtidos durante o
período letivo, num processo contínuo, cujo resultado final venha incorporá-los,
expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua melhor forma.
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REFERÊNCIAS
ATKINS, P.: JONES, L. Princípios de Química. Porto Alegre. RS, Artimed, 2001.
CHASSOT, A.I. Catalisando Transformações na Educação. Ijuí, RS. Unijuí, 1993.
EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Quimica para o Ensino Médio. Curitiba:
SEED, Julho 2008
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FILOSOFIA
JUSTIFICATIVA GERAL/ ESPECÍFICAS DOS CONTEÚDOS
Importância e Finalidade;
Espera-se que o estudante possa compreender na complexidade do mundo
contemporâneo - com suas múltiplas particularidades e especializações - os
conteúdos básicos dos conteúdos estruturantes, e que pense e problematize tais
conteúdos suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o
estudante desenvolverá o trabalho com conteúdos básicos e poderá formular suas
respostas demonstrando sua capacidade de criar conceitos para resolver problemas,
quando toma posições, argumenta – escrita e oralmente. Portanto, terá condições
de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado deverá ser
avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
1.1) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: MITO E FILOSOFIA
Importância e finalidade;
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria
explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a
racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamento por figuras; e a base
racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de
formação do conhecimento filosófico.
Esse fato não pode deixar de ser considerado, pois é a partir dele que o homem
desenvolve suas ideias, cria sistemas, inventa e elabora leis, códigos, práticas.
Entender a conquista da autonomia da racionalidade (LOGOS) diante do mito marca
o advento de uma etapa fundamental na história do pensamento e do
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desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da história
humana.
1.2) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: TEORIA DO CONHECIMENTO
Importância e finalidade;
Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a possibilidade e a
validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento possibilitando
perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim
retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu
tempo.
1.3) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: ÉTICA
Importância e finalidade;
Investiga os fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações
intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa um dos grandes
problemas enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito (particular) e a norma
(universal). Outra grande questão está na fundamentação dos valores e das ações:
razão ou paixões/desejos. A ética possibilita a problematização, análise e crítica de
valores como: virtude, felicidade, liberdade, consciência, responsabilidade, vontade,
autonomia, heteronomia, anomia, niilismo, violência, analisando a relação entre os
meios e os fins.
1.4) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: POLÍTICA
Importância e finalidade;
Discutir as relações de poder para compreender os mecanismos que estruturam e
legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupar-se com a investigação sobre a
necessidade humana da vida em comum, seja pela capacidade de autogoverno ou
pela necessidade da existência de um poder externo e coercitivo.
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Problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça,
igualdade, liberdade, público e privado, retórica, indivíduo e cidadão.
1.5) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: CIÊNCIA
Importância e finalidade;
É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas
ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relaciona com
planos epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos, religiosos. Ciência e
tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo do
empirismo e do pragmatismo da pesquisa aplicada, daí a necessidade de entendêlas.
1.6) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: ESTÉTICA
Importância e finalidade;
Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do
mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o
mundo e consigo mesmo é o objeto do conhecimento desse conteúdo. Voltada
principalmente para a beleza e a arte, a estética está intimamente ligada à realidade
e às pretensões humanas do dominar, moldar, representar, reproduzir, completar,
alterar, apropriar-se do mundo enquanto realidade humanizada. Também estão em
questão as diferentes concepções sobre a arte, as relações entre arte e
pensamento, arte e mercado, arte e sociedade.
•
OBJETIVO GERAL
As justificativas contemplam os objetivos.
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•
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º ANO
Mito e filosofia
Teoria do conhecimento
2º ANO
Ética
Filosofia política
3º ANO
Filosofia da ciência
Estética
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento; O problema da verdade; A questão do método;
Conhecimento e lógica;
O que é conhecimento? As diferenças de conhecimento na filosofia?
Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito.
Ética e poder?
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa;
Formas de poder;
Concepções de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia; Ciência e ética;
Diferenças entre ciência e filosofia; O que é filosofia da ciência?Ciência e poder;
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CONTEÚDOS BÁSICOS
Protágoras e Górgias (os sofistas e o relativismo); Sócrates: o método para a
verdade; Sócrates (a origem das ideias); Platão (doxa e episteme); Aristóteles (dos
sentidos à intelecção); Descartes (cogito);
Lei é lei: Sócrates e Platão; Aristóteles (hábitos e virtudes); Aristóteles (amizade e a
justiça); Spinoza (Ética); Sartre (Liberdade)
Sofocracia: Platão; Aristóteles (o zoon politikon); Rousseau (o bom selvagem);
Hobbes (o lobo do homem); Maquiavel (poder acima de tudo);
A matemática como fundamento da ciência: Galileu Galilei; Descartes (método);
Pascal (a razão limitada); Popper (a ciência progride); Khun (progressos e
paradigmas);
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
•
Mobilização: nesse procedimento incitamos os estudantes, propiciamos o
contato inicial com a ideia que iremos investigar, é o momento de baixar suas
defesas, quebrar seus preconceitos e dogmas, etc., sem, no entanto, sufocá-lo
com os textos, sempre densos, conforme todo texto filosófico é;
•
Problematização: nesse procedimento evidenciamos a idéia e o conteúdo que
iremos estudar sempre os destacando de maneira desafiadora e reflexiva,
colocando o conhecimento do estudante em conflito, instaurando a crise,
colocando-o na posição em que o filósofo se pôs para pensar o assunto;
•
Investigação: aqui buscamos/ oferecemos as fontes referenciais e os métodos
de pesquisa para aprender o conteúdo estudado, desde a mobilização e a
problematização até a criação conceitual;
•
Criação ou trabalho conceitual: nesse procedimento verificamos
continuamente o quanto o estudante se apropriou do conteúdo (mobilizado,
problematizado e investigado) estudado; através dos instrumentos de avaliação
podemos checar e intervir para que o aprendizado aconteça efetivamente e o
conceito seja criado significativamente.
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AVALIAÇÃO
PRODUÇÃO DE TEXTOS E QUESTÕES SUBJETIVAS.
• Produzir textos atendendo às circunstâncias.
• Expressar as ideias com clareza.
• Elaborar argumentos consistentes;
• Produzir textos respeitando o tema;
• Estabelecer relações entre as partes do texto;
ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO:
• Houve compreensão das idéias;
• Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de
aula;
• O reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso e sua
capacidade de uso como forma de demonstrar sua apropriação conceitual;
DEBATES E APRESENTAÇÃO ORAL
• O conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
• A compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o
conteúdo da disciplina.
AVALIAÇÃO /RECUPERAÇÃO
Avaliação/recuperação contínua, formativa e interventiva, pois, sua função é o
aprendizado, sempre.
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS:
5.1) ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor
verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o
conhecimento prévio do estudante e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o
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professor deve considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha
do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual
apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à
faixa etária do estudante. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se
perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a
discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento.
Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos
dos estudantes, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.
Ao avaliar a leitura dos estudantes o professor deve considerar se:
•
Houve compreensão das ideias presentes no texto, com o estudante
interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias
ou discordâncias;
•
O estudante, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza
e sistematizou o conhecimento de forma adequada;
•
Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em
sala de aula.
Observação importante: Na inclusão desta atividade no Portal, o grupo deverá
apresentar as questões que serão feitas para avaliar a compreensão do texto pelo
estudante.
PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
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O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os estudantes da Educação Básica,
constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao
estudante o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está
pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O
estudante precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se
dê para ele o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda do professor o papel de orientador.
Isso requer que o professor conheça o acervo da Biblioteca Escolar, tanto os livros
quanto periódicos ou outros materiais, para poder fazer indicações de leituras para
os estudantes. Além da Biblioteca Escolar, o professor pode e deve indicar artigos
ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que o
estudante tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto.
A solicitação de uma pesquisa exige enunciados claros e recortes precisos do que
se propõe ao estudante.
Passos para uma consulta bibliográfica:
Contextualização
Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto
(espaço/temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução
ao tema.
Problema
Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de
forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o
problema.
Justificativa
Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que estudantes e
professores encontram-se inseridos.
Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica
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É o texto escrito pelo estudante, a partir das leituras que fez. Na escrita, o estudante
deve remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciandoos adequadamente.
PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e
interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a
linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas
de linguagem que se concretizam nas atividades humanas. O texto de Física, de
História, de Matemática, ou de quaisquer das disciplinas são construídos, assim, na
esfera de um agir/interagir humano e, por isso mesmo, coletivo, social. Além disso,
qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre
inserido num contexto dialógico.
É preciso considerar, então, as circunstâncias de produção dos textos que são
solicitados ao estudante para que ele possa assumir-se como locutor e, desta forma,
conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer,
interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade,
se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função
social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003,
pp.62-63). Há diversos gêneros, nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que
podem e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de escrita
numa abrangência maior de esferas de atividade.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
•
Planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
•
Escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
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•
Revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade
definida.
AVALIAÇÃO:
•
Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero,
interlocutor, finalidade, etc.);
•
Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);
•
Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dandolhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo
especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
•
Elaborar argumentos consistentes;
•
Produzir textos respeitando o tema;
•
Estabelecer relações entre as partes do texto;
•
Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para
sustentá-la.
PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL
A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do
estudante a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a
organização e exposição das ideias. Tanto pode ser a apresentação oral de um
trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente
adequada em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um estudante
da Educação Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as
possibilidades de um conteúdo).
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Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são:
•
Conhecimento do conteúdo;
•
Argumentos selecionados;
•
Adequação da linguagem;
•
Sequência lógica e clareza na apresentação;
•
Produção e uso de recursos;
DEBATE
É no debate que podemos expor nossas ideias e, ouvindo os outros, nos tornarmos
capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir
a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do debate,
os participantes devem atender as seguintes normas, que se constituem em
possíveis critérios de avaliação:
1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos
divergentes;
2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação
de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação
possível entre as posições dos participantes;
6. Registrar, por escrito, as ideias surgidas no debate.
Além disso, o debate possibilita que o professor avalie:
O uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
O conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
A compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o
conteúdo da disciplina.
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ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS
Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem, o professor poderá, entre
várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo
discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como
metáfora do que está sendo exposto.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua
efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de
questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.
Na escolha do texto, o professor deve atentar para adequação do mesmo, tanto no
que tange ao nível de ensino do estudante, quanto à faixa etária do mesmo, ou
ainda a linguagem utilizada.
Na elaboração da atividade, o professor deverá considerar a especificidade de sua
disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou
expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras,
etc.
A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie
•
A compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
•
A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o
texto literário lido.
•
O reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto
literário.
ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem
enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas.
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, HQs (histórias em
quadrinhos), entre outros, demanda a pesquisa do professor sobre o recurso a ser
levado para os estudantes.
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Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo
abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem
específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A
didatização do conteúdo cabe ao professor.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que o professor
avalie, entre outros critérios:
A compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual ou construído pelo estudante;
O reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso e sua
capacidade de uso como forma de demonstrar sua apropriação conceitual;
TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na
tentativa de proporcionar, aos estudantes, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas
envolvam o estudante, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição
de atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um
estudante o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma
significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, as ações do
professor são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na
medida da necessidade, redireciona as atividades.
Quando se considera que os estudantes se aproximam do objeto de estudo de
formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresentase como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho
coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos estudantes não colocam
para o professor, são socializadas no grupo.
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O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas,
escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e
outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada estudante:
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na
produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua
relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
QUESTÕES DISCURSIVAS
Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos estudantes e possibilitam
verificar a qualidade da interação do estudante com o conteúdo abordado em sala
de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de
investigação e reflexão realizado pelo estudante durante a exposição/discussão do
conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite
que o professor identifique com maior clareza o erro do estudante, para que possa
dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do
conhecimento.
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características
decorrem da compreensão que o estudante tenha sobre o conteúdo abordado pela
questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não
garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados:
•
Verificar se o estudante compreendeu o enunciado da questão. Se não
houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha
na leitura do estudante ou se o próprio enunciado carece de clareza e
objetividade.
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•
Observar, quando for o caso, se o estudante planejou a solução, e se
essa tentativa foi adequada.
•
Capacidade do estudante se comunicar por escrito, com clareza,
utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa.
•
Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma
adequada.
Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um enunciado de forma
clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o
grau de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes
que constituem o processo de avaliação.
QUESTÕES OBJETIVAS
Este tipo de questão deverá ser utilizado como um componente da avaliação, nunca
deve ser aplicado como o único ou principal meio avaliativo, pois seu principal
objetivo é a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao estudante a
compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o
professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de
dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer
injustiças.
A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar
de conhecimentos adquiridos.
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PERRYMAN, Mark. Filósofos Futebol Clube: 11 grandes pensadores entram em
campo. Trad. Mário Vilela. SP: Disal, 2004.
PIQUEMAL, Michel. Fábulas filosóficas. Trad. Irami B. da Silva. SP: Companhia
editora Nacional, 2007.
PRECHT, Richard David. Quem sou eu? E, se sou, quantos sou? Uma aventura na
filosofia. Trad. Cláudia Abeling. SP: Ediouro, 2009.
RONALD, Claver. Escrever e brincar – oficinas de textos. BH: Autêntica, 2005. 2ª
ed. 1ª reimpressão.
ROOS, Theo. Novas vitaminas filosóficas: receitas para uma boa vida. Trad. Claúdia
Abeling. SP: Casa da Palavra, 2008.
ROOS, Theo. Vitaminas filosóficas: a arte de bem viver. Trad. Maria Ap. Barbosa.
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2006
ROSENFIELD, Kathrin. Filosofia e literatura: o trágico. Rio de Janeiro:Jorge Zahar
Ed.,2001.
ROSS, George MacDonald. Como estudar filosofia: guia prático para estudantes. [et
all.]; Trad. Vinicius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2009.
SANT'ANA, I. M. Didática: aprender a ensinar. São Paulo: Ed. Loyola, 1989.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leituras aventureiras: por um pouco de prazer (de
leitura) aos professores. SP: Global, 2008.DROIT, Roger-Pol. A filosofia explicada à
minha fila. Trad. Claúdia Berliner. SP: Martins Fontes, 2005.
SORSY, Inno. O ofício do contador de histórias: perguntas e respostas, exercícios
práticos e um repertório para encantar. SP: Martins Fontes, 2007.
TEICHMAN, Jenny. Filosofia: um guia para iniciantes. Trad. Lucia Sano. São Paulo:
Madras, 2009.
TORERRO, José Roberto. Zé Cabala e outros filósofos do futebol. RJ: Objetiva,
2005.
VEIGA, Ilma P. A. Técnicas de ensino: por que não? Campinas – São Paulo:
Papirus, 2008.
248
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SOCIOLOGIA
A reforma educacional brasileira, presente nos PCNs está
norteada pelos quatro pilares da educação como propõe a UNESCO: o aprender a
conhecer, o aprender a fazer, o aprender a conviver e o aprender a ser, definindo
assim
a importância da Sociologia enquanto disciplina no Ensino Médio e na
compreensão das praticas sociais e no exercício de cidadania. Portanto, os pilares
educacionais colocados pela UNESCO, e as necessidades sociais inseridas no
cotidiano tornam a Sociologia indispensável na formação do ser humano.
A Sociologia é uma área do conhecimento humano, no Ensino
Médio ela irá possibilitar uma visão ampla dos vários acontecimentos da vida social,
sejam eles relativos à economia, à política ou à esfera simbólica e cultural,
propiciando ao aluno uma visão integrada da vida social e humana, permitindo
dessa forma, a compreensão global de sua intervenção enquanto agente da história.
A Sociologia trata-se de uma disciplina de extrema importância
para a formação do aluno como um cidadão pleno e atuante em sua sociedade.
Os conteúdos estruturantes podem ser trabalhados tendo como
eixo as teorias, os conceitos ou os temas. Entretanto, independente de qual caminho
metodológico ser percorrido é importante ressaltar a necessidade de uma prática
fundamentada pela pesquisa a fim de que os alunos tenham uma compreensão
global dos conteúdos abordados, estabelecendo relações com a realidade social na
qual estão inseridos.
Faz-se
necessário
também
à
exploração
de
estratégias
diversificadas como a utilização da mídia, análise de textos sociológicos, visitas etc.
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Deste modo, propomos como exemplo abordar cada autor tendo como objetivo
conhecer sua teoria, contextualizando-o no tempo e no espaço, conhecendo suas
idéias e como estas estão presentes em nosso cotidiano, o que pensam sobre
conceitos que compõem o pensamento sociológico (conteúdos específicos).
Deste modo, o ensino da Sociologia tem como objetivo principal
auxiliar o aluno na compreensão de nossa sociedade e suas contradições através do
estudo dos principais temas, conceitos e autores clássicos.
OBJETIVOS:
O ensino de Sociologia tem por objetivo compreender
a sociedade, sua
gênese e transformação como um processo aberto, ainda que historicamente
condicionado e os múltiplos fatores que nelas intervém, como produtos das
contradições que alimentam a ação humana; a si mesmo como protagonista agente
social; e os processos sociais como orientadores da dinâmica da conflitualidade dos
interesses dos diferentes grupos sociais.
Esta compreensão depende do contato do aluno com teorias que se propõem
a explicar processos e relações sociais constituintes de nosso tempo para que sejam
desnaturalizadas práticas e saberes prévios.
Tal abordagem, além de apresentar os pensamentos fundantes da sociologia,
responsáveis por inaugurar o entendimento da dimensão social da realidade,
propicia que se estabeleçam relações entre esses clássicos e as discussões
sociológicas mais recentes e contribui para a análise crítica da realidade social, de
forma a:
•
Entender as transformações sociais que deram origem à Modernidade
e o contexto que irá propiciar o nascimento da Ciência Social;
250
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•
Pensar sobre a necessidade e importância das Ciências Sociais, mais
especificamente
a
Sociologia
como
instrumento
de
reflexão
e
de
transformação social;
•
Compreender a sociedade como algo em constante transformação os
mecanismos e processos que fazem parte deste mecanismo.
•
Entender que a ação individual e de grupos de indivíduos só podem
ser compreendidas nas inter-relações recíprocas e identificar as ações dentro
de cada grupo específico;
•
Compreender que o individuo só pode ser compreendido quando
situado num contexto social e histórico.
•
Compreender que o trabalho existe para satisfazer as necessidades
humanas, desde as mais simples até as mais complexas e que este é
realizado e valorizado de formas diferentes nas diversas sociedades;
•
Conhecer e mudança na concepção de trabalho no decorrer da
construção da sociedade capitalista: as diversas formas de organização co
trabalho.
•
Compreender as relações que estão estabelecidas no mundo
capitalista;
•
Estabelecer as diferenças e relações entre o Capitalismo e Socialismo.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1º ano
Conteúdos básicos
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
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A questão do método sociológico e as principais correntes sociológicas
•
Augusto Comte e o pensamento positivista
•
Durkheim e o estudo dos fatos sociais.
•
O pensamento marxista e o estudo das classes sociais.
•
A analise compreensiva de webwer e a ação social.
Conceitos fundamentais da Sociologia
•
Processo de Socialização e as Instituições Sociais
•
Formação dos grupos humanos, interrelações e transformações.
•
Contato, interação e grupos sociais
•
Comunidade, sociedade e controle social
Cultura e Indústria Cultural
•
Desenvolvimento
antropológico
do
conceito
de
cultura
e sua
contribuição na análise das diferentes sociedades;
•
Diversidade cultural;
•
Identidade;
•
Indústria cultural;
•
Meios de comunicação de massa;
•
Sociedade de consumo;
•
Indústria cultural no Brasil;
•
Questões de gênero;
•
Cultura afro-brasileira e africana;
•
Cultura indígena.
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2º ano
Cultura e dominação:
•
A questão do gênero.
•
Ética, cidadania e as relações interpessoais.
•
O multiculturalismo.
Poder, Política e Ideologia
•
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
•
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
•
Conceitos de Poder;
•
Conceitos de Ideologia;
•
Globalização e Neoliberalismo;
•
Conceitos de dominação e legitimidade;
•
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Trabalho, Produção e Classes Sociais
•
•
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas
contradições;
•
Relações de trabalho;
•
Trabalho no Brasil.
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
•
Direitos: civis, políticos e sociais;
•
Direitos Humanos;
•
Conceito de cidadania;
•
Movimentos Sociais;
•
Movimentos Sociais no Brasil;
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•
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
•
A questão das ONG's.
Questões e problemas sociais da contemporaneidade.
•
Violência
•
Marginalidade
•
Massificação das drogas
•
Meio ambiente
3º ano
A história da formação do pensamento sociológico brasileiro
•
Origens do século XIX à Revolução de 1930
•
A década de 1930 e o surgimento da analise sociológica brasileira
•
A contribuição dos principais teóricos brasileiros
A questão do método da pesquisa cientifica e a pesquisa social
•
Os valores sociais
•
A questão religiosa
•
O problema étnico racial
Dependência e desenvolvimento
•
A questão da Amazônia
•
Ecologia, biodiversidade e bioética
Sociedade e tecnologias
•
A tecnologia transformando as relações sociais
•
Internet e meios de comunicação de massa
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•
Tecnologia estético corporal
•
Consumismo
Modernidade e sociedade
•
A modernidade enquanto processo civilizatório
•
A modernidade social: os direitos civis, políticos, sociais e a questão da
cidadania
•
A modernidade como emancipação
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição
de
problematizações,
contextualizações,
investigações
e
análises,
encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a
leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se
lançarmos mão de recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são
passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui
importante elemento para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social,
possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser
proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada,
propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade
social do aluno.
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Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado,
faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os
conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que
o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras
disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
Problematização, contextualização e análises, a partir da leitura
de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e recursos audiovisuais.
Utilização de filmes, imagens, músicas e charges.
AVALIAÇÃO
A
avaliação
partirá
de
um
conjunto
de
procedimentos
investigativos que possibilitem à intervenção do educador, devendo a mesma
ocorrer durante todo o processo ensino-aprendizagem, possibilitando ao educando
perceber o que aprendeu e o que ainda precisa aprender.
O educador deverá estabelecer critérios claros de avaliação e
considerar indicadores que possam assegurar avanço em relação a esses critérios.
Os educandos serão avaliados por diferentes instrumentos
formais e não formais (provas, trabalhos individuais e em grupo, participação em
atividades orais e escritas, produções de texto, leituras, oralidade, tarefa,
seminários, pesquisas e apresentações), que após efetuada a devida correção, de
acordo com a especificidades de acordo com as especificidades de cada conteúdo,
a mesma deverá ser retornada ao educando, como forma de retomar os conteúdos
não assimilados ou para efetuar o feedback, oralmente ou por escrito dependendo
do caso, a fim de garantir a aprendizagem dos conteúdos.
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A avaliação será concebida e utilizada a favor da aprendizagem
do aluno sendo acompanhada pelo professor que proporá atividades e realizará
intervenções, na forma de recuperação paralela dos conteúdos.
Ao final do bimestre será atribuído ao educando, de acordo com
as atividades efetuadas, um juízo de valor transformado em nota de 0 a 100.
REFERÊNCIAS
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COHN, G. (Org.). Comunicação e indústria cultural. 5.ed. São Paulo: T.A.Queiroz,
1987.
BOTTOMORE, T.(Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1988.
BOUDON, R. O lugar da desordem. Lisboa: Gradiva, 1990.
BOURDIEU, P. O Camponês e seu corpo. In: Revista de Sociologia e Política.
Curitiba, 26 p. 83-92. jun.2006.
O poder simbólico. Lisboa: DIFEL; Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1989.
BOURDIEU, P; PASSERON, J. C. A reprodução: elementos para uma teoria do
ensino. São Paulo: Francisco Alves, 1975.
CHAMBOREDON, J. C. A profissão de sociólogo: preliminares epistemológicas.
2.ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
CASTELLS, M. A sociedade em rede; a era da informação: economia, sociedade
e cultura. 3.ed. v. 1, São Paulo: Paz e Terra, 2000.
COHN, G. (Org.). Sociologia: para ler os clássicos. Rio de janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1977.
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COMTE, A. Curso de Filosofia Positiva. In: Os Pensadores. v. XXXIII, São Paulo:
Editor Victor Civita, 1973.
COSTA PINTO, L. Sociologia e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora
Civilização Brasileira, 1965.
Diretrizes curriculares de matemática para o ensino fundamental. SEED Curitiba,
2008.
DOMINGUES, J. Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2001.
DUPAS, G. Economia global e exclusão social: pobreza, emprego, estado e o
futuro do capitalismo.3.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
Ética e poder na sociedade da informação. 2.ed. São Paulo: Editora UNESP,
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DURKHEIM, É. Educação e sociologia. 6 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1965.
As regras do método sociológico. 14 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1990.
ENGELS, F. Dialéctica da natureza. 2.ed. Lisboa: Editorial Presença, 1978.
ELSTER, J. Peças e engrenagens das Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Dumará,
1994. FERNANDES, F. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo:
Livraria Pioneira Editora, 1960.
Elementos de uma sociologia teórica. São Paulo: Editora Nacional e Editora da
USP, 1970.
Fundamentos empíricos da explicação sociológica. 2.ed. São Paulo: Nacional,
1972.
A sociologia no Brasil: contribuição para o estudo de sua formação e
desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1976a.
A sociologia numa era de revolução social. 2 ed. São Paulo: Zahar
Editores,1976b.
FOUCAULT, M. História da sexualidade. 3 volumes. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
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GIDDENS, A. Política, sociologia e teoria social: encontros com o pensamento
social clássico e contemporâneo. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998.
Capitalismo e moderna teoria social: uma análise das obras de Marx, Dukheim e
Max Weber. Lisboa: Editorial Presença, 1990.
GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. 2.ed. Rio de Janeiro:
Editora Civilização Brasileira, 1978.
Poder, política e partido. Coletânea organizada por SADER, E. São Paulo:
Brasiliense, 1990.
GUELFI, W. A sociologia como disciplina escolar no ensino secundário
brasileiro: 1925-1942. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2001.
IANNI, O. Sociologia e sociedade no Brasil. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1975.
A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
.A sociologia numa época de globalismo. In: FERREIRA, L.(Org.). A sociologia no
horizonte do século XXI. São Paulo: Bomtempo Editorial, 2002.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
OBJETIVO DA OFERTA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem como uma das
finalidades, a oferta de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar
continuidade
a
seus
estudos
assegurando-lhes
oportunidades
apropriadas,
consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho,
mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
A educação de jovens e adultos exige um processo de inclusão que
considere como base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Desse
contexto emerge o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo
respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença
nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao
pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há
de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva
uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito
inalienável de todos (SANTOS, 2004).
260
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Nesse contexto, a EJA ofertada no Colégio Estadual “Dom Geraldo
Fernandes”, de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, como modalidade
educacional que atende educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos:
a) O compromisso com a formação humana e com o acesso à
cultural geral, de modo que os educandos aprimorem sua
consciência crítica, adotem atitudes éticas, atuem na esfera
política de forma comprometida, valendo-se para tanto, do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral;
b) Fornecer subsídios para que se afirmem como sujeitos ativos,
críticos, criativos e democráticos.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma
formação na qual os educandos-trabalhadores possam aprender permanentemente,
refletir criticamente, agir com responsabilidade individual e coletiva, participar do
trabalho e da vida coletiva, comportar-se de forma solidária, acompanhar a
dinamicidade das mudanças sociais, enfrentar e solucionar problemas novos de
forma original, ágil e rápida, a partir da utilização adequada de conhecimentos
científicos, tecnológicos e sócio-históricos.
EDUCANDO DA EJA
O perfil do educando para a Educação de Jovens e Adultos atendido
no Colégio Estadual “Dom Geraldo Fernandes” remete a mesma população
constituída por aqueles que estão na faixa de atendimento preconizada nas
Diretrizes Curriculares da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Constituído
das seguintes características:
a) educandos acima de 15 anos para ingresso no Ensino
Fundamental e acima de 18 anos para o Ensino Médio;
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b) jovens, adultos e idosos que não obtiveram escolarização, ou
não deram continuidade aos seus estudos por fatores, muitas
vezes alheios a sua vontade;
c) jovens e adultos que precisam de escolarização formal tanto por
questões pessoais, quanto pelas exigências do mundo do
trabalho.
d) pessoas que buscam a escola para desenvolver ou ampliar seus
conhecimentos,
bem
como
tem
interesse
em
outras
oportunidades de convivência social e realização pessoal.
e) educandos com necessidades especiais.
CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Os cursos ofertados pela EJA nesta instituição são caracterizados
por estudos presenciais que contemplam o total de carga horária estabelecida na
legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no
decorrer do processo.
Tais cursos são desenvolvidos de modo a viabilizar os
seguintes processos pedagógicos: pesquisa e problematização na produção do
conhecimento; desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
registros,
utilizando
recursos
variados
(esquemas,
anotações,
fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos; vivências culturais diversificadas que expressem a
cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão
cultural.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que
têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um
cronograma pré-estabelecido.
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A
concretização
satisfatória
desse
processo
depende
da
organização de planos de estudos e atividades desenvolvidos por esta instituição de
ensino, bem como da disponibilização de Guias de Estudos aos educandos para que
tenham acesso a todas as informações sobre a organização da modalidade.
Dessa forma, para a concretização de uma prática administrativa e
pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, faz-se necessário que o
processo de ensino e aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos esteja em
consonância com o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e
valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
possibilite o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo
cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça; considere os três eixos articuladores do trabalho pedagógico
com jovens, adultos e idosos – cultura, trabalho e tempo.
A mediação pedagógica determina-se com base na priorização do
encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos
e considerando-se os saberes adquiridos na história de vida de cada educando.
Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II,
este estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim
do processo de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam
produzir e ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino
Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
Ensino Médio
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Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência
em sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução nº 02 de
07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de
Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com
necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da
organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a
permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em
que se encontram individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes
grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até
aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem
escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado
aos educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
2. condutas típicas de síndromes
e
quadros psicológicos,
neurológicos ou psiquiátricos;
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as
alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover
barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos.
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Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando
para o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos
apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências,
mas, também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis,
eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos
pela educação escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se,
assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não
significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e
serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas
singularidades.
FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o
reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o
processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade:
ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente
quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos
princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação
qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e
igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos.
(SANTOS, 2004).
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais da EJA, as relações
entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica
pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a
mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do
acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua
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função antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da
história.
Nesse contexto, evidencia-se a percepção de que o educando da
EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que através deste busca melhorar a
sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a
valorização dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos,
considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação
de Jovens e Adultos no Estado do Paraná:
I.
A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um
tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os
educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições
de reinserção nos processos educativos formais;
II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no
processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe
superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de
informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;
III.
Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar
articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao
mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem
a capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da
atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os
saberes, de forma que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos
de transformação de sua realidade social;
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V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias
escolares, por outro lado, deve propiciar uma forma de organização abrangente, na
qual os conteúdos culturais relevantes, estejam articulados à realidade na qual o
educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes,
a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
Sendo assim, a presente proposta e o currículo dela constante
incluirá o desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que
busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
•
Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são
atrasados em seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais,
com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e
aprendizagem;
•
Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos
próprios educandos;
•
O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese
entre a objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as
diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
•
Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na
referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício
da cidadania e do trabalho;
•
Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos,
criativos, críticos e democráticos;
Logo, concluí-se que o atendimento a escolarização de jovens,
adultos e idosos, não refere-se exclusivamente a uma característica etária e sim a
articulação desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público,
composta, dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com
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necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta
pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma
modalidade de ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende
a escola como espaço sócio- cultural que propicia a valorização dos diversos grupos
que a compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e
aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção
coletiva do conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico,
constitui-se no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e
deve ser organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela
estrutura curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os
conhecimentos significativos às suas práticas diárias.
Nesta
perspectiva
o
conhecimento
se
constitui
em
núcleo
estruturador do conteúdo do ensino. Portanto, a organização do trabalho pedagógico
na Educação de Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos,
necessita ser pensada em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que
lhes assegure o acesso aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito
às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação
Básica, a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da
Educação Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por
essas diretrizes.
Porém, embora a EJA tenha adotado os conteúdos curriculares
abordados nas diretrizes, conforme acima citado, salienta-se que a organização
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metodológica das práticas pedagógicas dessa modalidade deve considerar os três
eixos articuladores propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos:
Trabalho, Cultura e Tempo. Esses eixos devem integrar-se tendo como propósito a
apropriação do conhecimento que não deve se restringir à transmissão/assimilação
de fatos, conceitos, ideias, princípios e informações. O que se espera é que
propiciem a compreensão e a aquisição cognoscitiva, além de estarem
intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a
Educação Básica.
EIXOS ARTICULADORES DO CURRÍCULO NA EJA:
CULTURA, TRABALHO E TEMPO
Das reflexões feitas no processo de elaboração das Diretrizes
Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, identificaram-se os eixos
cultura, trabalho e tempo como articuladores de toda ação pedagógico-curricular.
Esses eixos foram definidos a partir da concepção de currículo, como processo de
seleção da cultura e do perfil do educando da EJA. A cultura compreende a forma de
produção da vida material e imaterial e compõe um sistema de significações
envolvido em todas as formas de atividade social (WILLIANS, 1992).
Por ser produto da atividade humana, não se pode ignorar sua
dimensão histórica. Na EJA o período de escolarização é definido por um tempo
singular de aprendizagem, bem diversificado, tendo em vista a especificidade dessa
modalidade de ensino que considera a disponibilidade de cada um para a dedicação
aos estudos.
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O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar. Portanto, fazem
parte da ação pedagógica, regulam e disciplinam educandos e educadores de
diversas formas, conforme a escola ou mesmo conforme cada sistema educacional.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve
considerar os três eixos articuladores concebidos para as Diretrizes Curriculares:
cultura, trabalho e tempo, que deverão estar inter-relacionados.
Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista
que dela emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo.
Portanto, é necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo,
compartilhando e sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar,
estabelecendo relações a partir do conhecimento que esta detém, para a
(re)construção de seus saberes.
Conforme analisa Sacristàn (1996, p. 34), ao falar de cultura e currículo
na escolarização, é preciso estabelecer não apenas as relações entre ambos os
termos, considerando que a cultura diz respeito a conteúdos, processos ou
tendências externas à escola e o currículo a conteúdos e processos internos.
A cultura, entendida como prática de significação, não é estática e não
se reduz à transmissão de significados fixos, mas é produção, criação e trabalho,
sob uma perspectiva que favorece a compreensão do mundo social, tornando-o
inteligível e dando-lhe um sentido. Para Silva (2000b, p.12) “o currículo, como o
conhecimento e a cultura, não pode ser pensado fora das relações de poder”, pois é
produzido nas interações sociais.
As relações entre cultura, conhecimento e currículo oportunizam uma
proposta pedagógica estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural,
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tornando-a mais próxima da realidade. Tal valorização propicia o exercício de sua
função socializadora, promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o
universo cultural do educando, e sua função antropológica, que considera e valoriza
a produção humana ao longo da história.
O trabalho, outro eixo articulador, ocupa a base das relações humanas
desenvolvidas ao longo da vida. É fruto da atividade humana intencional que busca
adaptar-se às necessidades de sobrevivência. Para Andery (1998), a interação
homem-natureza é um processo permanente de mútua transformação. A criação de
instrumentos, a formulação de ideias e formas específicas de elaborá-las são
características identificadas como eminentemente humanas. Assim, a sociedade se
organiza de forma a produzir bens necessários à vida humana, uma vez que as
relações de trabalho e a forma de dividi-lo e de organizá-lo compõem sua base
material. Nesse contexto, compreender que o educando da EJA se relaciona com o
mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua qualidade de vida e ter
acesso aos bens produzidos pela humanidade significa contemplar, na organização
curricular, discussões relevantes sobre a função do trabalho e suas relações com a
produção de saberes.
Além dos já citados, a escola deve ter como princípio metodológico um
terceiro eixo, conforme preconizado pelas Diretrizes Curriculares da EJA, que
consiste em valorizar os diferentes tempos necessários à aprendizagem do
educando. Assim, devem ser considerados os saberes adquiridos na informalidade
das suas vivências e como aquelas típicas dos movimentos sociais, das
comunidades indígenas, dos privados de liberdade, das comunidades ribeirinhas,
dos portadores de necessidades especiais, dos trabalhadores sazonais. Portanto,
considerar o tempo também como um dos eixos implica compreender suas
variantes: o tempo escolar e o tempo pedagógico.
Tempo escolar diz respeito ao estabelecido pelo calendário e suas
práticas; é mecânico, passível de ser medido e nele impera a hora-relógio.
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O tempo pedagógico tem sentido de tempo vivido, uma vez que enfoca o
tempo de formação e o autoconhecimento do educando. Ao priorizar a qualidade da
aprendizagem, tende a adequar ao tempo escolar essas suas necessidades
educativas. A organização do trabalho pedagógico na escola, que inclui os sujeitos
da prática educativa, necessita ser pensada em razão da articulação entre o tempo
pedagógico e o tempo escolar.
Desse modo, o caráter coletivo da organização escolar permite maior
segurança ao educador da EJA que, em sua ação formadora, toma para si a
responsabilidade de adiantar-se ao tempo vivido pelo educando, criando espaços
interativos, propondo atividades que lhe propiciem o pensar e a compreensão de si
mesmo, do outro e do mundo.
Para adaptar o tempo escolar às necessidades dos educandos, o
mesmo precisa ser organizado de forma que lhes possibilite transitar pela estrutura
curricular, de acordo com o seu tempo próprio de construção da aprendizagem. A
interação entre os conhecimentos apreendidos deve torná-los significativos às
práticas diárias dos educandos e permitir que constituam uma rede integradora entre
os conteúdos nas diferentes áreas do conhecimento e as estratégias de investigação
da realidade.
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE CONTEÚDOS NA EJA
O primeiro critério para selecionar os conteúdos e as práticas
educativas é dar relevância aos saberes escolares frente à experiência social
construída historicamente. A escola necessita perguntar-se sobre a procedência e
importância dos saberes por ela mediatizados e, ao mesmo tempo, avaliar sobre as
possibilidades dos saberes transpostos didaticamente para as situações escolares
repercutirem no contexto social mais amplo, uma vez que é próprio do processo
educativo reelaborar, de modo singular, o saber já constituído.
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Os conhecimentos escolares necessários a uma educação de
qualidade devem possibilitar ao educando(a) tanto bom desempenho no mundo
imediato como análise e a transcendência das tradições culturais do(a) aluno(a).
Cabe destacar, no entanto, que definições de relevância que restringem as pessoas
às suas origens são equivocadas. Relevância precisa ser definida em termos do
potencial que certos conhecimentos e processos educacionais possuem de tornar as
pessoas capazes de compreender o papel que devem desempenhar na mudança de
seus ambientes e no desenvolvimento de seus países (MOREIRA, 2003, p.20).
O segundo critério para a seleção dos saberes e das práticas
pedagógicas tem a ver com os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados
pela ação docente junto aos educandos. Tais processos devem enfatizar o pensar e
promover a interação entre os saberes docentes e discentes na busca de conteúdos
significativos. A atividade escolar possui maior valor pedagógico se estiver
associada ao pensamento reflexivo. O educador deve perceber o que o educando
sabe e o que precisa saber, conhecendo-o no conjunto: profissão, religião, desejos,
anseios, características e ideologias, por meio do diálogo e da observação
permanentes.
O terceiro critério refere-se à organização do processo de ensino e
aprendizagem, dando ênfase às atividades que permitem integrar os diferentes
saberes. Estas devem estar fundamentadas em valores éticos, favorecer o acesso
às diversas manifestações culturais, articular as situações relacionadas na prática
escolar com a prática social, além de privilegiar uma diversidade de ações
(experiências, projetos, entre outras) integradas entre as disciplinas escolares, a
partir de um quadro conceitual (categorias e idéias) e um quadro instrumental (aula
expositiva, pesquisa, demais instrumentos), a fim de tornar vivos e significativos os
conteúdos selecionados.
O quarto critério para a seleção de conteúdos e práticas refere-se às
possibilidades de articular singularidade e totalidade no processo de conhecimento
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vivenciado pelos educandos. Os conteúdos selecionados devem refletir os amplos
aspectos da cultura, tanto do passado quanto do presente, assim como as
possibilidades futuras, identificando mudanças e permanências inerentes ao
processo de conhecimento na sua relação com o contexto social.
Considera-se que tais conteúdos são essenciais porque transcendem o
contexto particular dos educandos e lhes assegura acesso ao conhecimento em
termos políticos, econômicos, científicos, ético-sociais, dentre outros, o que contribui
para a formação da consciência histórica e política dos educandos. Nessa forma de
organização curricular, as metodologias são um meio e não um fim para se efetivar o
processo educativo. É preciso que essas práticas metodológicas sejam flexíveis,
com procedimentos que possam ser alterados, adaptados às especificidades da
comunidade escolar.
Para Freire (1996), a necessidade de uma pedagogia libertadora
implica superar uma tradição pedagógica mecanicista e apolítica do processo de
conhecimento na escola, uma vez que percebe e valoriza as diversidades culturais
dos educandos como parte integrante do processo educativo. A atuação do
educador da EJA é fundamental para que os educandos percebam que o
conhecimento tem a ver com o seu contexto de vida, que é repleto de significação.
Os docentes se comprometem, assim, com uma metodologia de
ensino que favorece uma relação dialética entre sujeito-realidade-sujeito. Se esta
relação dialética com o conhecimento for de fato significativa, então as metodologias
escolhidas foram adequadas.
Desse modo, é possível perceber que as metodologias de ensino,
relativas à atividade docente e ao modo de organização/estruturação do currículo
prescrito, desempenham importante papel para o êxito do processo de ensino e
aprendizagem.
Esse êxito será tanto maior quanto o espaço escolar estiver entendido
e vivido de modo democrático e comprometido com a superação de preconceitos e
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desigualdades, com diálogo entre grupos sociais diversos e, sobretudo, tendo o
interesse coletivo como valor fundamental.
Nas considerações ora apresentadas, propõe-se a organização de um
modelo pedagógico próprio para esta modalidade de ensino da Educação Básica,
que propicie condições adequadas para a satisfação das necessidades de
aprendizagem dos educandos nas suas especificidades, tendo em vista que a
seleção de conteúdos e as respectivas metodologias para o seu desenvolvimento
representam um ato político, pedagógico e social.
PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta
a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se
estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos
expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade
de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve
ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza
uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação não pode ser um processo meramente técnico; exige o
domínio de conhecimentos e técnicas com o uso, dentre outros, de critérios claros e
objetivos.
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Cada vez mais, o sistema educacional deve estar orientado para ser
agente concretizador de mudanças comprometidas com os interesses das classes
populares, as quais buscam uma progressiva autonomia com participação,
especialmente para que se reduza a exclusão social.
Refletir sobre a prática de avaliação atual requer um olhar crítico e uma
projeção de metas definidas pela comunidade escolar, conforme um processo
gradual de mudanças que tenham como fim o aperfeiçoamento da avaliação escolar,
devendo se respeitar os tempos individuais e a cultura de cada educando para que,
com isso, ele seja sujeito nas relações sociais. Essa expectativa de reformular a
prática de fato e de direito implica algumas reflexões no tocante ao que se tem e ao
que se almeja conseguir.
Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e
reconhece as diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis
pedagógica deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos,
considerando o seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação
da cidadania.
A avaliação educacional nesse Estabelecimento Escolar segue as
orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, pautada nos seguintes
princípios:
-
investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter
informações necessárias para propor atividades e gerar novos
conhecimentos;
-
contínua: permite a observação permanente do processo de
ensino e aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua
prática pedagógica;
-
sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do
educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do
processo;
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-
abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no
tempo-escola do educando;
permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos
-
conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem
como, do trabalho pedagógico da escola.
Os
conhecimentos
básicos
definidos
nesta
proposta
serão
desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina,
conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno,
com avaliação presencial ao longo do processo de ensino e aprendizagem.
Considerando-se que os saberes e a cultura do educando devem ser
respeitados como ponto de partida efetivo do processo pedagógico, a avaliação
contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações
que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação
formal, como durante o atual processo de escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados,
tais como: provas escritas; trabalhos práticos; debates; seminários; experiências e
pesquisas; participação em trabalhos coletivos e/ou individuais; atividades
complementares propostas pelo professor, que possam promover a aprendizagem
dos educandos, bem como avaliar os conteúdos desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma
única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será
analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os
seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a
prática pedagógica.
Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
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a) As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados,
sempre com finalidade educativa.
b) Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02
(duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às
provas individuais escritas e também a outros instrumentos
avaliativos adotados durante o processo de ensino, conforme
descrito no Regimento Escolar.
c) A
avaliação
será
realizada
no
processo
de
ensino
e
aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de
0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Para fins de promoção ou
certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em
cada disciplina, de acordo com a Resolução nº 3794/04 – SEED e
frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da
carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100%
(cem por cento) na organização individual.
d) O educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula
zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário,
terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a
recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de
apropriação dos conhecimentos.
e) Para os educandos que cursarem 100% (cem por cento) da carga
horária da disciplina, a média final corresponderá à média
aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos
atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero).
f) Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser
registrados em documentos próprios, a fim de que sejam
assegurados a regularidade e autenticidade da vida escolar do
educando.
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g) O educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será
capaz de desenvolver.
Recuperação de Estudos
A oferta da recuperação de estudos significa conceber o erro como
hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da
aprendizagem,
possibilitando
a
reorientação
dos
estudos.
Ela
se
dará
concomitantemente ao processo de ensino e aprendizagem, considerando-se a
apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos,
independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será organizada com atividades significativas, com
indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de
aprendizagem do educando.
Dessa forma, principalmente para os educandos que não se
apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos
por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e
de novos instrumentos de avaliação, conforme previsto no Regimento Escolar.
Aproveitamento de Estudos
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com
êxito, amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento
Escolar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial,
transferência e prosseguimento de estudos.
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Classificação e Reclassificação
Para o processo de classificação e reclassificação o Colégio Estadual
“Dom Geraldo Fernandes” utilizara o previsto na legislação vigente, conforme
regulamentado no Regimento Escolar.
SISTEMATIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS NA EJA
O
currículo
escolar
é
concebido
através
da
história
do
desenvolvimento da humanidade, a partir da necessidade do domínio da natureza
para o bem estar do homem e determinado pelas consequências desta ação que
contraditoriamente cria soluções e problematiza a sua perpetuação. Organizado de
maneira que venha facilitar a estruturação em sequências lógicas, cronológicas que
crie oportunidades dos alunos aprenderem num tempo e ritmo adequados ao seu
desenvolvimento, favorecendo o aspecto cognitivo de cada educando, respeitando a
sua história e seu conhecimento de senso comum de modo que venha possibilitar a
sua passagem para o conhecimento científico permanentemente sendo construído,
não apenas através da planificação, mas também através da prática em que se
estabelece o diálogo entre professores e educandos e demais sujeitos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
As diretrizes de cada uma das disciplinas de tradição curricular
apresentam os fundamentos teórico-metodológicos, a partir dos quais definem-se os
rumos da disciplina, seja no que se refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos
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por meio dos procedimentos metodológicos e avaliativos, seja na orientação para a
seleção dos conteúdos e de referencial bibliográfico.
Dessa forma, o conjunto proposto pela dimensão histórica da
disciplina, os fundamentos teórico-metodológicos, os conteúdos estruturantes, o
encaminhamento metodológico, a avaliação e a bibliografia constituem as Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica e orientam a Proposta Pedagógica Curricular
da Educação de Jovens e Adultos, cujos conteúdos referentes ao Ensino
Fundamental – Fase II e Ensino Médio serão especificados a seguir:
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares da
Educação de Jovens e Adultos que propõem o compromisso com a formação
humana e com o acesso à cultura geral, bem como o respeito à diversidade cultural,
à inclusão e ao perfil do educando, o estudo da linguagem na organização da
proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está pautado na concepção
sociointeracionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros textuais.
Nesse sentido, a escola esta sendo entendida como um espaço
onde se produz o conhecimento e tem por objetivo propiciar uma formação
intelectual, cognitiva e política, por meio de pesquisas, leituras, estudos que
favoreçam o respeito aos diferentes falares e aos saberes próprios da cultura do
educando, preparando-o para produção de seu próprio texto, oral ou escrito,
adequando às exigências dos diversos contextos sociais.
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O trabalho pedagógico proposto para as práticas de linguagem está
fundamentado nos pressupostos teóricos de alguns estudiosos que entendem a
linguagem como interação.
VYGOTSKY (1989) dedicou-se a estudos sobre a origem cultural
das funções superiores do ser humano, isto é o funcionamento psicológico, a partir
da interação social e da relação linguagem-pensamento. Por isso, propõe que se
estudem as mudanças ocorridas no desenvolvimento mental, inserindo o indivíduo
em um determinado contexto cultural, a partir da interação com os membros de seu
grupo e de suas práticas sociais. Para esse autor, a cultura é uma espécie de palco
de negociações. Seus membros estão em movimentação constante de recriação e
reinterpretação de informações, conceitos e significados.
Nessa mesma direção, BAKHTIN (2003) afirma que os seres
humanos apreendem a realidade e a constroem na medida em que se relacionam
com o outro, atribuindo assim, sentido ao seu próprio viver, permeado pelo exercício
efetivo da linguagem. Esse autor propõe o confronto dos diversos discursos a partir
de temáticas do cotidiano, com ênfase na polifonia, dialogismo e polissemia. O
primeiro constitui as diversas vozes do discurso oral e escrito; o segundo, consiste
na interação do “eu” com o “outro”; por último, a polissemia, que compreende os
diferente significados da palavra, de acordo com a vivência sociocultural de cada
sujeito.
As ideias de BAKHTIN e FREIRE (2004) convergem, no sentido de
que a prática pedagógica deve se dar através de uma relação dialógica, entre os
sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Para FREIRE, a relação
pedagógica consiste no diálogo entre educador e educando, como sujeitos
mediatizados pelo mundo.
As propostas teóricas dos autores citados valorizam o processo
interativo como espaço de construção dos sentidos do texto, confrontando situações
a partir do contexto histórico, político, filosófico, social, entre outros.
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Nessa perspectiva, GERALDI (2001, p.41) identifica, historicamente,
três concepções de linguagem: como expressão do pensamento, destacada nos
estudos tradicionais; como instrumento de comunicação; como uma forma de
interação humana.
A linguagem como interação propõe estudar as relações que se
constituem entre os sujeitos no momento em que falam, e não simplesmente
estabelecer classificações e dominar os tipos de sentenças. Portanto, o objeto de
estudo da língua deve ser o texto oral e escrito produzido nas diversas situações de
interação social.
A partir desses pressupostos, Val (1993, p. 3) estabelece como
propriedades do texto, a unidade sociocomunicativa – interação social e a unidade
semântica – em que a coerência é o fator responsável pela unidade formal e
material, ou seja “pode-se definir texto ou discurso como ocorrência linguística
falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa,
semântica ou formal”.
Essa autora afirma que, para o texto ser compreendido, precisa ser
avaliado sob três aspectos: o pragmático, que se pontua em situação informal e
comunicativa; o semântico, que depende da coerência; e o formal, que diz respeito à
coesão.
Ainda de acordo com a autora, “a textualidade é o conjunto de
características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma
sequência de frases” (VAL, 1993 p. 5). Embasada em Beaugrande e Dressler, Val
relaciona sete fatores responsáveis pela textualidade de um discurso qualquer:
coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade
e intertextualidade.
Portanto, pode-se afirmar que o texto em suas diferentes formas de
apresentação ou gêneros, se constrói no aspecto sociocomunicativo por meio dos
fatores pragmáticos funcionais, em constante interação entre os sujeitos.
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Os gêneros, segundo BAKHTIN (1997, p. 179), são caracterizados
pelo conteúdo temático, pelo estilo e pela construção composicional, que em uma
esfera de utilização apresentam tipos relativamente estáveis de enunciados, tais
como o conto, o relato, o texto de opinião, a entrevista, o artigo, o resumo, a receita,
a conta de luz, os manuais, entre outros. A escolha do gênero depende do contexto
imediato e, consequentemente, da finalidade a que se destina, dos destinatários e
do conteúdo.
O trabalho com a diversidade de gêneros textuais possibilita o
confronto de diferentes discursos sobre a mesma temática e ainda, permite uma
metodologia ”interdisciplinar com atenção especial para o funcionamento da língua e
para as atividades culturais e sociais” (MARCUSCHI, 2005 p. 18). Além disso,
contribui para que o educando perceba a organização e os elementos de construção
dos diferentes gêneros ou tipos textuais para que o educando possa reconhecer a
finalidade, as características e produzir textos, seja do tipo narrativo, descritivo,
argumentativo ou expositivo, entre outros.
A enunciação é dotada de tema e significação. O tema dá sentido na
realização da enunciação, uma vez que ele é determinado não só pelas formas
linguísticas, mas também pelos elementos não verbais da situação. Segundo
Bakhtin (1986, p. 132) “toda palavra usada na fala real possui não apenas tema e
significado no sentido objetivo, de conteúdo, desses termos, mas também um acento
de valor ou apreciativo, isto é, quando um conteúdo objetivo é expresso (dito ou
escrito) pela fala viva, ele é sempre acompanhado por um acento apreciativo
determinado. Sem acento apreciativo não há palavra”.
O tema e a significação indicam as particularidades de estilo e
composição do enunciado, esclarecendo a que gênero pertence o texto, se é
composto por um ou por diferentes tipos de discurso, considerando um acento de
valor, ou seja, “convém discernir igualmente o grau de firmeza ideológica, o grau de
autoritarismo e de dogmatismo que acompanha a apreensão do discurso” Bakhtin
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(1986, p. 149). Nesse enfoque há que se considerar o contexto de produção e o
conteúdo temático que o sujeito utiliza para produzir um texto, envolvendo os três
mundos distintos, interiorizados por ele: o mundo físico, o mundo social e o mundo
subjetivo, assim, o contexto de produção ou a situação comunicativa exercem
influências na forma como um texto se apresenta.
Ler um texto, nessa perspectiva, significa perceber o contexto
histórico, social, econômico, filosófico e político em que ele se insere, assim como a
ideologia, a finalidade do texto, a posição do autor e o possível interlocutor, dentre
outros elementos tais como a escolha pela linguagem utilizada, os elementos
gramaticais e seus efeitos na construção do texto nos diferentes gêneros textuais
nos momentos de reflexão sobre a língua.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações
pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva,
engajada na realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-prática, na busca da
apreensão das diferentes formas de apresentação do saber. Nesse sentido, a
organização do planejamento pedagógico pressupõe a reflexão sobre a linguagem a
partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de texto,
com o objetivo de analisar as práticas de linguagem, ou seja, leitura, análise
linguísticas e produção textual.
A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens,
seja na forma verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes,
charges, outdoors, entre outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa) e
alfabética, nos diferentes níveis.
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Os diferentes níveis de leitura constituem-se em um meio para
identificar, nos diversos gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as
informações
explícitas,
subentender
as
implícitas,
fazer
ligação
entre
o
conhecimento do educando e o texto, bem como estabelecer relações intertextuais.
Os gêneros textuais apresentados aos educandos precisam
contemplar as possíveis situações de uso social da linguagem nas atividades
propostas, tendo por objetivo identificar a finalidade do texto, a posição assumida
pelo autor, o contexto social, político, histórico, econômico, filosófico, entre outros,
com destaque para as variedades linguísticas, os mecanismos gramaticais e os
lexicais na construção do texto.
Nesse contexto, salienta-se a importância de apreender os dados
sobre o autor (biografia), a fonte referencial (data, local, suporte de texto), além do
interlocutor a quem se destina o texto.
Os mecanismos gramaticais e lexicais não são estudados de forma
descontextualizada ou com a intenção da apropriação da metalinguagem, mas a
partir do texto para que o educando passa a reconhecê-los como elementos de
construção textual dos gêneros estilísticos e do cotidiano, uma vez que o objetivo do
ensino da língua é orientar para o uso social da linguagem, de acordo com a norma
padrão.
Para isso, faz-se necessário a prática orientada da produção oral e
escrita de textos dos diferentes gêneros do discurso. O desenvolvimento dessa
prática é importante porque o texto do educando revela, além do conhecimento de
mundo, os conteúdos aprendidos e os que devem ser priorizados no planejamento
do educador.
Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e
Médio, bem como para as práticas de linguagem, foram utilizados os seguintes
critérios: O perfil do educando da EJA; a diversidade cultural; a experiência social
construída historicamente e os conteúdos significativos a partir das atividades que
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facilitem a integração entre os diferentes saberes. É importante destacar que
embora os conteúdos sejam os mesmos para os dois níveis de ensino, o que difere
é o grau de complexidade dos textos apresentados para a reflexão sobre a
linguagem.
A
avaliação
precisa
ser
entendida
como
instrumento
de
compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação às práticas de
linguagem: leitura, produção de texto e análise linguística, para que o educador
possa reencaminhar seu planejamento.
O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos
e com os encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser
dialética, ou seja o educando confronta-se com o objeto do conhecimento, com
participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no processo
de ensino e aprendizagem indica os conteúdos que devem ser retomados. Portanto,
o trabalho com as práticas de linguagem deve partir das necessidades dos
educandos.
Para isso, é importante que o educador dê significado ao objeto do
conhecimento, lance desafios aos educandos, incentive os questionamentos e
exerça a função de mediador da aprendizagem, valorizando a interação.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Variedades linguísticas
Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de registros.
Funções da linguagem.
Linguagem verbal e não-verbal.
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Gêneros textuais ou discursivos
Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de textos
(informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse, etc.).
Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo, ideologia,
posição do autor, ideologia, contexto histórico, social, econômico, político, entre
outros.
Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos lógicodiscursivos,
tese,
organização
dos
parágrafos,
contexto
discursivo,
interlocutor, ideia central, sequência lógica, progressão, retomada dos elementos
coesivos, título como elemento coesivo entre outros.
Discurso direto e indireto.
Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc.
Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação.
Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia, paragrafação,
título, legibilidade, aceitabilidade, entre outros.
Ambiguidade como recurso de construção do texto.
Ambiguidade como problema de construção do texto.
Informações explícitas, implícitas e intertextualidade.
Relações entre imagem e texto.
Elementos Gramaticais na construção do texto
Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula, ponto-evírgula,
ponto final,
ponto
de
interrogação,
exclamação, dois
pontos,
aspas,
parênteses, travessão, reticências, entre outros.
Emprego da crase na construção do texto.
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Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção,
artigo, numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção do texto.
Sujeito e predicado na construção do texto.
Vozes do verbo na construção do texto.
Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto.
Aposto e vocativo na construção do texto.
Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na construção
do texto.
Concordância verbal e nominal na construção de texto.
Colocação pronominal na construção do texto.
Figuras de linguagem na construção do texto.
Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e composição.
Para o ensino médio devem ser acrescidos os seguintes conteúdos de
literatura:
Arte literária e as outras artes.
História e literatura.
Os gêneros literários e os elementos /recursos que os compõem.
Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo
brasileiro (literatura de informação), Barroco, Arcadismo, Romantismo,
Realismo e Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, vanguardas européias,
Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-Modernismo.
Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o
cotidiano.
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REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e Filosofia da linguagem.
São Paulo: Hucitec, 1986.
BAKHTIN, Mikhail. Estética de criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares da
educação de jovens e adultos no estado do Paraná (versão preliminar), Curitiba,
2004.
FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria linguística que
fundamente o ensino da língua materna (ou de como apenas um pouquinho de
gramática nem sempre é bom). In: Educar, n. 15, Curitiba: UFPR, 1999.
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários a prática
pedagógica educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e terra, 2004.
GERALDI, João Wanderlei (org.). O Texto em sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: Configuração, dinamicidade e
circulação. In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; BRITO, Karim, S.
(orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. União da Vitória: Gráfica Kaygangue,
2005.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e Textualidade. São Paulo: Martins Fontes,
1993.
VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
DISCIPLINA DE ARTE
CONCEPÃO DO ENSINO DE ARTE
Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde do século
XVI, com
ação dos jesuítas. A Arte era parte dos ensinamentos, cujo objetivo
principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam e que incluía a Retórica,
a Literatura, a Escultura, a Pintura, a Música e as Artes Manuais. Com a expulsão
dos jesuítas pelo Marquês de Pombal e a posterior Reforma Educacional Brasileira
(1792-1800)- Reforma Pombalina – o ensino da Arte tornou-se irrelevante e o
Desenho, por exemplo, foi associado à Matemática na forma de Desenho
Geométrico.
Mesmo com o incentivo de D. João VI ao ensino da Arte no início do
século XIX – o que resultou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) –
nas escolas, o ensino ainda era influenciado pelo Iluminismo, priorizando a área
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científica. Essa visão foi ratificada na 1ª. Reforma Educacional do Brasil República
em 1890, realizada por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a
Ciência e a Geometria. A partir de 1931, com a implantação do ensino de Música por
meio do Canto Orfeônico, o ensino da Arte fez-se presente no primeiro projeto de
educação pública de massa.
No Paraná, em 1954, foi criada a Escola de Artes no Colégio
Estadual, na cidade de Curitiba, envolvendo Artes Plásticas, Teatro e Música.
O ensino da Arte somente passa a ser obrigatório nas escolas
brasileiras em 1971, com a Lei 5692/71, porém, com conteúdo reduzido, fundado em
uma visão tecnicista e entendendo o educador de Artes como um profissional
polivalente, ou seja, aquele que deve dominar os conteúdos de Artes Plásticas e
Música. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade
do ensino da Arte na Educação Básica, porém, a Arte passa a compor a área de
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, abrangendo Música, Artes Visuais, Dança
e Teatro.
Esse breve passeio pela história nos dá uma ideia dos conceitos que
permearam a educação de Artes no Brasil, integrando um caráter religioso, com a
catequização dos nativos, até aquela com fins puramente tecnicistas. Passamos de
um extremo a outro, do “sensibilizador” para o “científico racional”. É importante
frisar que a educação pública no Brasil até o início do século XX estava voltada para
uma elite basicamente masculina. Verificamos também que, após a expulsão dos
jesuítas, o pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público
brasileiro.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador
reflexões que contemplem a arte efetivamente como área de conhecimento
fundamental na formação dos educandos e das educandas.
Regina Migliori (1993 p. 14) propõe uma “perspectiva de abordagem
global” como sendo “a possibilidade de lidarmos com tudo o que nos apresenta e
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não somente com os aspectos artificialmente eleitos”, a ideia é que se busque uma
nova leitura da realidade. O entendimento de Migliori nos remete para uma
perspectiva de uma formação omnilateral, crítica e autônoma do educando e da
educanda, ou seja, “temos que aprender a lidar com as divergências de forma não
excludente” (MIGLIORI, 1993 p. 14).
Quando a produção artística de um determinado grupo, povo, ou
etnia é privilegiada, fragmenta-se a realidade e automaticamente cria-se um juízo de
valor no qual os recortes do conhecimento efetivados passam a ser os verdadeiros
ou os únicos. “Essa visão fragmentada, geradora dos incluídos e excluídos, gera
uma outra verdade cruel: a marginalidade que não é alternativa” (MIGLIORI. 1993 p.
14). Isso implica que ao apresentarmos em nossa seleção de conteúdos curriculares
outras vozes que estão presentes na ação histórica da construção do conhecimento,
possibilitamos ao educando e a educanda outras leituras diferentes daquelas que
vêm sendo oficialmente apresentadas.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana
– revela a realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão
artística é concretizada utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos do corpo,
representação cênica, dentre outras, que são percebidas pelos sentidos. Isso
contribui para outras possibilidades de leituras da realidade e, portanto, com mais
subsídios para repensá-la. O objetivo dessa proposta é gerar um ser reflexivo,
autônomo e inserido criticamente na realidade em que vive. A Arte nos ajuda nesse
processo, na medida em que nos fornece uma simbologia própria e portanto, outras
leituras do mundo que nos cerca. Segundo Isabel Marques: “Um dos elementos
essenciais que caracteriza o ensino da Arte no ambiente escolar é o fato de que, na
escola, temos a possibilidade de relacionar, questionar, experimentar, refletir e
contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em nossas próprias
vidas e na construção da sociedade brasileira.”
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A discussão em torno da arte como linguagem pondera o
entendimento de que a arte não apenas suscita sentimentos, mas pressupõe uma
relação de transmissão e recepção de ideias, ou seja, de comunicação. Portanto, a
Arte aqui é entendida como linguagem, que se utiliza de símbolos e de elementos
próprios que estão presentes na Dança(movimento e não movimento), na Música
(sons), no Teatro (dramatização) e nas Artes Visuais) (forma e luz).
Ler o produto artístico em suas diversas relações, nos diversos
prismas e no que tange aos seus significados socialmente construídos pressupõe
que o produto artístico como seja um “veículo portador de significado” (Ver Bakhtin
1995, p. 132). Dessa forma, os símbolos são fundamentais para a vida social, pois é
por meio deles que nos comunicamos e manifestamos nossa capacidade de sentir e
de pensar.
Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de
maneira singular, dando-lhes um sentido pedagógico (Sacristàn J. G., 2001). Na
escola, esse trabalho, ressignifica os saberes e os conceitos científicos produzidos
na sociedade. É com base nestes pressupostos que trataremos a Arte como
linguagem. Linguagem artística.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O encaminhamento metodológico para a disciplina de Artes do
ensino fundamental e médio da Educação de Jovens e Adultos da rede pública do
Estado do Paraná está fundamentado nas Diretrizes Curriculares Estaduais da EJA,
onde estão identificados três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. Com
base nesses eixos que norteiam o currículo na EJA, elegemos ARTE E ESTÉTICA,
ARTE E IDENTIDADE e ARTE E SOCIEDADE como eixos específicos da disciplina
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de Artes, dos quais derivarão as temáticas propostas e os conteúdos que serão
desenvolvidos em células de aula.
ARTE E ESTÉTICA
Hoje se utiliza o termo estética para indicar... no campo das belas
artes, uma concepção especial, uma maneira de fazer, uma escola
ou tendência determinada (Zamacois, 1986)
A experiência estética se revela com a sensibilização, com a
descoberta do olhar, um encontro com as emoções, libertando o ser para perceber o
mundo em si e ao seu redor, permitindo um pensar filosófico, crítico e reflexivo.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em seu Dicionário da Língua Portuguesa,
apresenta, dentre outros, os seguintes significados para a palavra estética: “1estudo das condições e dos efeitos da criação artística. 2- (…) estudo racional do
belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de
emoções e sentimentos que ele suscita no homem”.
Partindo dessas definições e as ampliando, a Estética aqui é
entendida como sendo “toda teoria que se refira à beleza ou à arte” (Pareyson,
1997, p. 2), sendo ela derivada de uma experiência filosófica ou correta. E por ser
uma reflexão sobre a experiência, inclui-se aqui o fazer artístico, que é a
manipulação dos elementos da linguagem artística, presentes nas Artes Visuais, na
Música, no Teatro e na Dança. Portanto, entendemos que ao adotar um eixo
articulador para a disciplina de Educação Artística e Arte baseado no entendimento
acima exposto, devemos possibilitar as experiências estéticas e compreender como
aproximar e proporcionar o olhar estético para as produções artísticas e para o
cotidiano. E assim sendo, “o educando da EJA torna-se sujeito na construção do
conhecimento mediante a compreensão dos processos de trabalho de criação, de
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produção e de cultura”. (Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e
Adultos, p. 30).
ARTE E IDENTIDADE
É comum ouvirmos falar de crise de identidade, mas o que é
identidade e como essa identidade se revela a partir da arte que produzimos? A
identidade está em crise?
O que é identidade? É idêntico, igual, registro... De acordo com o
dicionário Houaiss identidade é:
•
estado que não muda <a identidade das impressões digitais> 2- consciência
da persistência da própria identidade, 3- o que faz que uma coisa seja a
mesma que outra, 4- conjunto de características e circunstâncias que
distinguem uma pessoa ou uma coisa e graças às quais é possível
individualizá-la.
A identidade singulariza e faz com que nos sintamos diferentes dos
demais. Identificar pode ser aplicado a indivíduos e grupos, ou seja, tornar idêntico,
fazer(se) reconhecer, distinguir traços características como gosto, música, festas,
folguedos, crenças de grupos urbanos, rurais, etnias e outros tantos que usam a
linguagem artística para expressar-se e assinar suas características sociais,
antropológicas e psicológicas.
Diferentes modos de vida social são constituídos a partir das ideias
que as pessoas têm sobre si, e das práticas que emergem dessas ideias e como
afirma Candau (2002, p. 24), “identidade é um conceito polissêmico, podendo
representar o que uma pessoa tem de mais característico ou exclusivo e ao mesmo
tempo, indica que pertencemos ao mesmo grupo”, a identidade cultural de um
indivíduo ou grupo permite que este seja localizado em um sistema social. Em um
mundo onde as mudanças são rápidas, face à globalização e aos eventos
tecnológicos e científicos vertiginosos, a arte é um dos elementos que faz parte da
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identidade dos povos. As mudanças globais aceleradas influenciam a identidade dos
indivíduos e a sua manifestação artística.
Podemos ver com Marques (2003, p. 157) que:
Não se domina um país pela invasão territorial, mas principalmente pela
superposição e diluição de repertórios culturais e sociais. Caso
nossos repertórios não estejam enraizados de forma
significativa, ou seja, relacional, consciente e crítica,
poderemos ser massacrados pela pasteurização de ideias
estéticas.
A nossa identidade pessoal e social é um importante mediador das
relações com os demais. A proposta deste eixo temático na Educação de Jovens e
Adultos do Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná preocupa-se em uma
educação pela arte que transmita significados que estão próximos da vida concreta
do educando, produzindo aprendizagem. É um processo que mobiliza tanto os
significados e os símbolos quanto os sentimentos e as experiências a que se
propõe.
Quando um indivíduo desenvolve sua percepção estética e tem
consciência do poder destas representações, textos e imagens na produção das
identidades, compreende a força persuasiva da arte, no sentido de criar e reforçar
representações que possuímos como indivíduos e como identidade coletiva.
ARTE E SOCIEDADE
... concernem à determinação social da atividade artística, seja
do ponto de vista da finalidade social das obras – por exemplo,
o culto religioso ou o mercado de arte – seja o lugar ocupado
pelo artista – por exemplo, iniciado numa seita secreta,
financiado por um mecenas renascentista, profissional liberal
ligado ao mercado de arte, etc - seja das condições de
recepção da obra de arte – a comunidade de fiéis, a elite
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cultivada e economicamente poderosa, as classes populares,
a massa, etc. (CHAUÍ, 2003, p. 153).
A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos
aleatórios ou apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação, e
sim, uma ciência que trabalha com o conhecimento presente em diferentes em
diferentes instâncias sociais.
A profunda relação entre arte e sociedade é possível na medida em
que pensarmos a arte como construção social e não como um dom natural, talento
ou mera produção. As pessoas são construções sociais que necessariamente
influem e são influenciados pelo fazer e pensar arte. A música rap, por exemplo,
constrói um determinado tipo de consciência social, propaga os conhecimentos de
um grupo popular que são absorvidos e muitas vezes até revivificados em outras
formas artístico-culturais. A abordagem crítica e intertextualizada é necessária para
que no cotidiano se problematizem as relações entre arte e sociedade e se permita,
assim, a formação de sínteses pessoais enriquecedoras. Em outras palavras, o
conceito de arte e sociedade abrange grandes temas da vida social como: a relação
do homem com o trabalho; as relações de gênero; a ocupação do espaço urbano e
outros. Também através deles podemos compreender, inclusive, a influência da
indústria cultural, segundo a qual, muitas vezes a (pseudo) cultura de massa tenta
impor uma ordem social passiva e alienada. Em contrapartida, o conhecimento da
arte em seu aspecto social deve desvelar-se de modo que o ser humano possa
pertencer, dialogar e transformar a realidade que o circunda.
No que concerne à Educação de Jovens e Adultos não podemos
perder de vista as concepções de mundo e de sociedade que queremos construir e
vivenciar com os educandos, pois o grande desafio do trabalho pedagógico em arte
na contemporaneidade não se resume somente em aceitar e respeitar a diversidade,
mas principalmente em trabalhar, partilhar, dialogar e recriar conjuntamente a fim de
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educar para uma sociedade mais justa e igualitária. “A ação da escola será de
mediação entre o educando e os saberes, de forma que o mesmo assimile estes
conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social”
(Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, p. 31).
Os temas de estudo são temas que direcionam, motivam e articulam
a construção do conhecimento em arte, propiciando diferentes leituras de mundo, de
cidadania participativa, reflexiva e crítica. O educador escolherá um tema de estudos
abrangente e articulado entre os eixos – identificados na disciplina de Arte e Artes e
os indicados nas Diretrizes Curriculares para a EJA – de maneira a englobar o
conteúdo que fará parte do planejamento da aula. Os temas de estudo terão a
flexibilidade necessária para que possam ser adequados ao contexto do educando e
da educanda.
Os temas de estudo são perpassados por um processo, denominado
“validação”, ou seja, o tema só será adequado para continuar o planejamento se
passar positivamente pelas seguintes perguntas:
•
É importante? Para quem? Perpassa pelos eixos definidos nas Diretrizes
Curriculares Estaduais da EJA – Cultura, Trabalho e Tempo?;
•
Gera conhecimento em arte? Perpassa pelos eixos Arte e Identidade, Arte e
Sociedade e Arte e Estética?
•
É abrangente? Contempla o local e o global (regional, nacional e mundial)? É
flexível?
•
É possível adequá-lo às necessidades dos educandos e educandas da EJA
(idade, condições físicas, espaciais, etc)?
Uma vez escolhido o tema de estudo, o próximo passo é a
elaboração da aula, que será composta por (MARQUES, 2001, p. 91-102):
Textos – Repertórios;
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Subtexto – Elementos da linguagem (conteúdos da disciplina);
Contexto – Elementos históricos, sociais e culturais.
Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do
qual ela se manifesta, ou seja: o som (Música), o movimento e o não movimento
(Dança), a forma e a luz (Artes Visuais) e a dramatização (Teatro). Destes
elementos básicos derivam-se os elementos de linguagem específicos da arte.
Portanto, os conteúdos para o ensino Fundamental e Médio devem contemplar os
elementos de cada linguagem artística (Música, Teatro, Dança e Artes Visuais), sua
articulação e sua articulação e organização. Esses elementos permitirão ao
educando e a educanda ler e interpretar o repertório, assim como elaborar o seu
próprio trabalho artístico. A leitura, interpretação e produção artística avalia a
apreensão por parte educando e da educanda dos conteúdos propostos na célula de
aula.
ARTES VISUAIS
a) Forma
•
Composição, Experimentação (como os elementos da linguagem visual
se articulam?);
•
•
Suportes (onde está proposta a ideia imagética?);
Espacialidade — bidimensionais e tridimensionais (como está
projetada, composta ou representada no espaço?);
•
Texturas / acabamentos (como se apresenta?);
•
Movimento: dinâmica, força, fluência e equilíbrio (como se alternam,
ritmos).
b)Luz
•
Decomposição da luz branca;
•
Cor /pigmento / percepção da cor
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•
Valores / classificação das cores;
•
Sombras e luz; Contrastes, Tons;
MÚSICA
a) distribuição dos sons de maneira sucessiva (intervalos melódicos/ melodia). b)
distribuição dos sons de maneira simultânea (intervalos harmônicos/ harmonia),
b) qualidades do som e suas variações:
•
intensidade (dinâmica);
•
duração (pulsação! ritmo);
•
altura (grave/agudo);
•
timbre (fonte sonora’ instrumentação).
c) estruturas musicais (organização e articulação dos elementos da linguagem
musical/forma musical).
TEATRO
a) Elementos dramáticos:
•
a personagem: agente da ação;
•
enredo: como desdobramento de acontecimentos, desenvolvidos pela
personagem;
•
espaço cênico: local onde se desenvolve a ação cênica.
b) Signos da Representação Teatral:
•
da personagem:
•
visuais: figurinos, adereços, gestual;
•
sonoros: fala (entonação)
•
do espaço cênico:
•
visuais: cenário, adereços de cena, iluminação;
•
sonoros: sonoplastia;
c) Gêneros Teatrais:
•
Tragédia e suas características: a fatalidade, o sofrimento, o pesar;
301
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•
Comédia e suas características: o riso, a sátira, o grotesco;
•
Drama e suas características: o conflito.
DANÇA
Elementos do Movimento:
•
corpo: articulações, superfícies, membros, tronco, quadril, cabeça.
•
espaço: kinesfera
(amplitudes), progressões espaciais, tensões
espaciais, projeções espaciais, orientação espacial, forma.
•
ações: torcer, gesticular, inclinar, deslocar, rodar, parar, cair, expandir,
recolher, saltar.
•
dinâmicas: peso, espaço, tempo, fluência.
•
relacionamentos.
AVALIAÇÃO
Avaliação de caráter diagnóstico, formativa e somativa respaldada por
estratégias como:
1. Participação nas aulas;
• Pontualidade nas entregas das atividades; criatividade;
• Estética;
• Trabalhos teóricos e práticos: prova escrita e oral;
• Apresentações;
• Interativa: durante as aulas atividades práticas e de socialização.
A avaliação em Arte também deve ser contínua. Ao longo do processo de
ensino e aprendizagem algumas práticas cotidianas dos alunos podem ser tomadas
como espaços e instâncias de avaliação, que não devem limitar-se às provas.
Para avaliar o processo e o produto é necessário que se criem formas de
documentação dos trabalhos, registrando os momentos sucessivos de cada etapa.
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REFERÊNCIAS
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Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
BAKHTIN, Mikhaíl (Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. Michel
Lahud e Yara F. Vieira. 7 ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
BOURO, S.B. Ólhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da arte. Paulo:
Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de Arte. 2 ed. São Cortez,
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Paulo: Cortez, 2001.
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Cortez, 2001.
_________________. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003.
MIGLIORI, R. Paradigmas e educação. São Paulo: Aquariana, 1993.
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DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) – INGLÊS
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
(LEM) - INGLÊS
A Língua Estrangeira Moderna – LEM – é um espaço em que se
pode ampliar o contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a
realidade, tendo em vista que a percepção do mundo está, também, intimamente
ligada às línguas que se conhece. Ela se apresenta também como um espaço de
construções discursivas contextualizadas que refletem a ideologia das comunidades
que a produzem. Desta maneira, o trabalho com LEM parte do entendimento do
papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso
à informação: as LEM são também possibilidades de conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e construir significados. (SEED, 2005).
É um instrumento de inclusão social a partir do momento em que
oportuniza o acesso a outras comunidades e conhecimentos, permitindo o
alargamento de horizontes e a expansão das capacidades interpretativas e
cognitivas dos educandos. Através da LEM se reconhece a diversidade cultural, e
torna-se possível oportunizar o educando a vivenciar criticamente a cultura do outro
ao mesmo tempo em que valoriza a própria.
A LDB 9394/96, estabelece o caráter compulsório de uma língua
estrangeira a partir da 5ª série do Ensino Fundamental, facultando ao Ensino Médio
a possibilidade da inclusão de uma segunda língua estrangeira.
Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de
comunicação intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre
pessoas
de
diferentes
línguas
maternas”,
tendo
em
vista
que
existem,
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aproximadamente, mais de 300 milhões de falantes nativos e mais de 1 bilhão de
usuários no mundo todo, sendo a língua principal em livros, jornais, aeroportos e
controle de tráfego aéreo, negócios internacionais e conferências acadêmicas,
ciência, tecnologia, medicina, diplomacia, esportes, competições internacionais,
música pop e propaganda.
Partindo desse pressuposto, a LEM é um instrumento para que o
educando seja capaz de construir e não somente consumir o conhecimento
oferecido por outros, propiciando “reflexões sobre a relação entre língua e sociedade
e, consequentemente , sobre as motivações subjacentes às escolas linguísticas em
situações de comunicação (oral e escrita).” (PARANÁ, 2005). Ao serem expostos às
diversas manifestações da língua na sociedade, os educandos podem entender as
implicações político-ideológicas.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho a ser desenvolvido com a língua segue uma abordagem
na qual a língua é vista como instrumento de interação, investigação, interpretação,
reflexão e construção, norteada pelos três eixos articuladores: cultura, trabalho e
tempo. Nessa concepção, levar-se-á em consideração a realidade do educando,
valorizando sua bagagem de conhecimentos e respeitando suas necessidades e
características individuais, na certeza de que o adulto aprende melhor e desenvolve
maior autonomia e responsabilidade quando se vê envolvido no processo de ensino
e aprendizagem.
Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a
autenticidade da Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância dos
saberes, escolares frente à experiência social construída historicamente pelos
educandos.
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Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário
levar em conta que o educando é parte integrante do processo e deve ser
considerado como agente ativo da aprendizagem, visto que ele traz saberes e estes
vão interagir com os saberes que ele vai adquirir.
Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que leve
em consideração que as habilidades da LEM – leitura, escrita, compreensão oral e
compreensão auditiva – não são únicas, elas interagem de acordo com o contexto e
precisam ser vistas como plurais, complexas e dependentes de contextos
específicos.
Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida
como algo fechado ou abstrato, na forma de uma gramática, na qual toda a
transformação, o aspecto vivo da LEM, sua capacidade de se transformar em
contextos diferentes, toda diversidade da LE se perde.
Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta,
principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as
necessidades regionais, que levem o educando a criar significados, posto que estes
não vêm prontos na linguagem.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Ensino Fundamental
No caso do ensino da Língua Inglesa na EJA, dadas as suas
características, o trabalho parte da exploração de diversos gêneros textuais que
propiciam a exposição do educando à língua dentro de um contexto, possibilitando a
análise e estudo de sua estrutura, servindo também como ponte para criar a
interação entre as habilidades em cada contexto.
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Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)
•
Identificação de diferentes gêneros textuais, tais como: informativos,
narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de
remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, etc.
•
Identificação da ideia principal de textos. (skimming)
•
Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
•
Identificação de informações expressas em diferentes formas de
linguagem
•
(verbal e não verbal).
•
Inferência de significados a partir de um contexto.
•
Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc
Foco linguístico
Substantivos.
Adjetivos.
Pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos.
Verbo to be e there to be. (afirmativa, interrogativa e negativa).
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e
irregular de verbos mais comuns) e futuro com will.
Imperativo: afirmativa e negativa
Preposições (in, on, at, from, to...)
Vocabulário básico
Advérbios
de
tempo,
lugar
e
frequência,
saudações,
apresentações, horas, família, partes do corpo, cores, dias da semana, meses do
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ano, estações do ano, profissões, roupas, animais, locais públicos, condições do
tempo (rainy, sunny, windy, cloudy / cold, hot, cool, warm), partes da casa, refeições,
adjetivos, numerais (cardinal e ordinal).
Ensino Médio
Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)
•
Identificação de diferentes gêneros textuais tais como: informativos,
narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas
de remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, entre outros.
•
Identificação da ideia principal de textos. (skimming)
•
Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
•
Identificação de informações expressas em diferentes formas de
linguagem (verbal e não verbal).
•
Inferência de significados a partir de um contexto.
•
Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc.
•
Inferência de significados das palavras a partir de um contexto.
( cognatos, etc...)
Foco Linguístico
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e
irregular) e contínuo e futuro com will e going to, nas formas afirmativa,
interrogativa e negativa.
Comparativo e superlativo. (graus dos adjetivos)
Verbos Modais: Can, may, could, should, must.
Substantivos contáveis e incontáveis.
Some, any, no e derivados.
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AVALIAÇÃO
A avaliação, enquanto relação dialógica concebe o conhecimento
como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de açãoreflexão-ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno
carregado de significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os
alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar
dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.
O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto
curricular, a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estão
envolvidos neste processo. A avaliação está articulada com os objetivos e conteúdos
definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos das Diretrizes
Curriculares Estaduais.
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REFERÊNCIAS
PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of Colonialism. London:
Routledge. 1999.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da
Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná:
Língua Estrangeira Moderna. Versão Preliminar. 2005.
GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental: Línguas
Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ. Secretaria de Estado
da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de
Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.
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DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
O ensino da Educação Física tem passado por uma afirmação
gradativa nos últimos anos, em uma perspectiva cultural. É a partir desse referencial
que se propõe essa disciplina como área de estudo da cultura humana, ou seja, que
estuda e atua sobre o conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas
pelo homem ao longo de sua história. Trata-se, portanto, de privilegiar nas aulas de
Educação Física além da aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e
sobre o movimento.
Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ,
2005, p. 10) os objetivos da Educação Física devem estar voltados para a
humanização das relações sociais, considerando a noção de corporalidade,
entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações
corporais historicamente produzidas. Esse entendimento permite ampliar as
possibilidades da intervenção educacional dos professores de Educação Física,
superando a dimensão meramente motriz de uma aula sem, no entanto, negar o
movimento como possibilidade de manifestação humana e, desse modo contemplar
o maior número possível de manifestações corporais explorando os conhecimentos
já trazidos pelos educandos, bem como, sua potencialidade formativa.
Segundo Soares et al (1992, p. 50) a Educação Física é
conceituada como:
(...) uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza
formas de atividades expressivas corporais como: o jogo,
esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram uma
área de conhecimento que podemos chamar de cultura
corporal. Esses conteúdos expressam um sentido/significado
nos quais se interpenetram.
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A proposta para a disciplina de Educação Física deve favorecer o
estudo, a integração e a reflexão da cultura corporal de movimentos, formando o
cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para
usufruir atividades propostas em benefício da sua inserção social, levando-o a
descobrir
motivos
e
sentidos
nas
práticas
corporais
que
favoreçam
o
desenvolvimento de atitudes positivas, contemplando assim todas as manifestações
corporais e culturais, partindo da realidade local para as diferentes culturas.
Cabe aos professores de Educação Física mediar o processo de
ensino e aprendizagem deflagrando nas aulas de Educação Física quanto à
construção de um ambiente que proporcione ao aluno a aprendizagem dos
conteúdos significativos para o seu processo de conhecimento e desenvolvimento,
incrementando sua capacidade para tomar decisões relacionadas à atividade física,
isto é, movimento corporal humano.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso
(jovens, adultos, povos das florestas, indígenas, populações do campo, entre outros)
que não teve acesso ou não pode dar continuidade à escolarização, por fatores,
normalmente, alheios à sua vontade. Esses educandos possuem uma gama de
conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais, visto que, a escola não é o
único espaço de produção e socialização de saberes. O atendimento a esses alunos
não se refere, exclusivamente, a uma determinada faixa etária, mas à diversidade
sócio-cultural dos mesmos.
Se considerarmos que os educandos frequentadores dessa
modalidade de ensino encontram-se em grande parte, inseridos no mundo do
trabalho, é importante que o trabalho pedagógico nas aulas de Educação Física seja
compatível com as peculiaridades dessa parcela de educandos. Desse modo, a
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aprendizagem do movimento deve ceder espaço às práticas que estejam
direcionadas para e sobre o movimento, focalizando preponderantemente aspectos
relacionados ao desenvolvimento de atitudes favoráveis à realização de atividades
físicas e ao aprofundamento do entendimento de conceitos relacionados a essas
atividades.
Não raramente ocorre uma precipitação na constatação da
incompatibilidade quase paradoxal de se relacionar a Educação Física com
adolescentes, adultos e até idosos na escolarização de Jovens e Adultos. Se nos
apoiarmos, por exemplo, nas práticas tradicionais que enfatizam atividades como as
“bicicletas” do futebol ou os saques “viagem ao fundo do mar” do voleibol como
referências absolutas das possibilidades de movimento corporal humano e como
tipos de conteúdo e de aprendizagem presentes na Educação Física, de fato sua
adequabilidade será mínima.
Contudo, entende-se que o propósito da intervenção do professor
que atua no campo da Educação Física no contexto da EJA é potencializar as
possibilidades de participação ativa de pessoas com demandas educacionais
específicas, em programas com foco na atividade física/movimento corporal
humano. Logo, há que se considerar que a sustentação para ações pedagógicas
direcionadas ao processo de escolarização dessas mesmas pessoas encontra-se
em fase de construção, carecendo ainda da produção de conhecimento capaz de
contribuir para a consolidação da participação da Educação Física nessa
modalidade de ensino.
Duas questões essenciais precisam nortear e servir de eixo
orientador para o trabalho pedagógico da disciplina de Educação Física com jovens
e adultos:
Quem são os alunos da EJA?
Como pode ser desenvolvida a Educação Física para
esses alunos?
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Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física
deverá valorizar a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas
manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a corporalidade
“entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações
corporais historicamente produzidas” (PARANÁ, 2005), considerando os três eixos
norteadores do trabalho com a EJA que são a cultura, o trabalho e o tempo.
É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se
manifestem na pedagógica do educador, expressando ideias e ações relacionadas
a: sequenciação (organização do conteúdo em função do tempo escolar),
comprometimento na condução do processo de ensino e aprendizagem (efetivação
da aprendizagem dos conteúdos) e avaliação do trabalho pedagógico (critérios de
acompanhamento das consequências do processo de ensino e aprendizagem),
conforme representados na figura 1:
Sequenciação
Tempo
Comprometimento
Cultura
Trabalho
Avaliação
Figura 1: relação dos eixos tempo, cultura e trabalho com a intervenção pedagógica.
A Educação Física na Educação de Jovens e Adultos representa
importante possibilidade de contato dos educandos com a diversidade da cultura
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corporal de movimento, sem perder de vista o papel da EJA, que segundo
KUENZER (apud PARANÁ), 2005, p. 28).
Deve estar voltado para uma formação na qual os educandostrabalhadores possam aprender permanentemente; refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva;
participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de
forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças
sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções
originais com agilidade e rapidez.
O planejamento das aulas para o perfil do educando da EJA
necessita de um levantamento junto aos mesmos, de como foram suas aulas e
experiências anteriores, para haver maior clareza de como o educador poderá
planejar o trabalho pedagógico. Outra perspectiva a ser considerada é o trabalho
com a cultura local, buscando a origem de suas práticas, transformações e
diferenças em cada região.
Desse modo, os conteúdos a serem abordados devem levar em
conta as características peculiares do perfil de educador dessa modalidade de
ensino. Os conteúdos apresentados – constituintes da cultura corporal de
movimento – devem ser selecionados em função do projeto pedagógico elaborado
pela escola, considerando os interesses dos alunos observados nas interações
iniciais com o educador.
Vários são os princípios que abrangem o ensino da Educação
Física (BETTI, 2002), destacando-se: o Princípio de Inclusão que tem como meta a
participação e reflexões concretas e efetivas de todos os membros do grupo,
buscando reverter o quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e
inaptos para as práticas corporais, resultando na valorizando exacerbada no
desempenho e da eficiência, e consequentemente na exclusão do educando.
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O
Princípio
da
Diversidade
aplica-se
à
construção
da
aprendizagem na escolha de objetivos e de conteúdos, que ampliem as relações
entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e o perfil dos sujeitos da
aprendizagem. Com isso pretende-se legitimar as possibilidades de aprendizagem
que se estabelece nas dimensões afetivas, cognitivas, motoras e sócio-culturais dos
alunos.
Já no Princípio da Autonomia a relação com a cultura corporal de
movimento, não se dá naturalmente, mas fruto da construção e do esforço conjunto
de professores e alunos através de situações concretas e significativas. A busca da
autonomia pauta-se na ampliação do olhar da escola sobre o nosso objeto de ensino
e aprendizagem. Essa autonomia significa a possibilidade de elaboração e
construção do conhecimento pelo educando, ao invés de simples reprodução e
memorização de conteúdos.
Tais princípios precisam estar presentes ao se buscar uma
aprendizagem significativa, entendida como a aproximação entre o conhecimento do
educando e o construído ao longo do tempo, não perdendo de vista que os mesmos
estão inseridos em uma cultura e expressam uma aprendizagem social regida por
uma organização política e social.
O professor deve mediar o trabalho pedagógico para que o
educando compreenda o seu “eu” e o relacionar-se com o outro, a partir do
conhecimento do seu corpo, como instrumento de expressão e satisfação de suas
necessidades, respeitando experiências anteriores e dando-lhe condições de
adquirir e criar novas formas de expressão.
AVALIAÇÃO
A avaliação proposta para a EJA entende a necessidade da
avaliação qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a avaliação da
aprendizagem clara e consciente, é entendê-la como processo contínuo e
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sistemático de obter informações, de perceber progressos e de orientar os alunos
para a superação das suas dificuldades. Reforçando este pensamento Vasconcelos
(apud PARANÁ, 1994, p.44) diz que:
O professor que quer superar o problema da avaliação precisa
de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação
que o sistema lhe faculta e autoriza; rever a metodologia do
trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da avaliação
(tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo); alterar a
postura diante dos resultados da avaliação; criar uma nova
mentalidade junto aos alunos, aos colegas educadores e aos
pais.
Dessa forma, a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço
para uma nova visão que procura ser mais processual, abrangente e qualitativa. Não
deve ser um processo exclusivamente técnico que avalia a práxis pedagógica, mas
que pretende atender a necessidade dos educandos considerando seu perfil e a
função social da EJA, com o reconhecimento de suas experiências e a valorização
de sua história de vida. Isso torna-se essencial para que o educador reconheça as
potencialidades dos educandos e os ajude a desenvolver suas habilidades para que
os mesmos atinjam o conhecimento na busca de oportunidades de inserção no
mundo do trabalho e na sociedade.
A avaliação deverá, portanto, compreender formas tais como: a
linguagem corporal, a escrita, a oralidade, por meio de provas teóricas, de trabalhos,
de seminários, através do uso de fichas, entre outras, proporcionando um amplo
conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e objetivos que
pretende alcançar. Devemos levar em consideração as condições apresentadas
pelos educandos idosos, ou por aqueles com menos habilidade, com necessidades
educacionais especiais, assim como o grau de desenvolvimento que possuem e
suas experiências anteriores.
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Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as
diferenças, a avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os educandos.
Nesse sentido, sugere-se o acompanhamento contínuo do desenvolvimento
progressivo do aluno, respeitando suas individualidades. Desse modo a avaliação
não pode ser um mecanismo apenas para classificar ou promover o aluno, mas um
parâmetro da práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos
sinalizadores para o seu replanejamento. Dentro dessa perspectiva, para que a
avaliação seja coerente e representativa é fundamental que a relação entre os
componentes curriculares se apóie em um diálogo constante.
É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura
corporal de movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um autoconhecimento e
uma análise possível das etapas já vivenciadas no sentido de alcançar os objetivos
propostos.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à
apreensão do desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades corporais e à
explicitação das suas significações objetivas. Os mesmos foram estruturados de
forma a garantir aprendizagens novas e significativas, despertando o interesse e a
atenção dos educandos a consciência da necessidade de atitudes favoráveis a
prática de atividades físicas ao longo da sua vida, valorizando a cultura corporal,
logo “a cultura humana” (FREIRE, 2003 P.34).
Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e
práticas que contemplem:
• a relação entre o conhecimento social e escolar do educando;
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• a identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na
proposição
das praticas educativas;
• ensino com base na investigação e na problematização do conhecimento;
• as diferentes linguagens na medida em que se instituem como significativas
na formação do educando;
• as múltiplas interações entre os diferentes saberes;
• articulação entre teoria, prática e realidade social;
• atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.
Baseado na perspectiva dos educadores propomos a articulação do
trabalho docente em torno dos seguintes conteúdos: saúde, esportes, jogos,
ginástica, dança e lazer.
Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como
investimento individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o individual
com o cultural, social e político. Ou seja, a saúde é um bem que se adquire, além de,
pelas atividades físicas e corporais, por intermédio de: alimentação, saneamento
básico, moradia, educação, informação e preservação do meio ambiente, enfim, o
direito de acesso às condições mínimas para uma vida digna. Esse conteúdo
permite compreender a saúde como uma construção que requer uma dimensão
histórico-política e social.
O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de
esportes “da escola” e não “na escola”, como valores educativos para justificá-lo no
currículo escolar da EJA. Se aceitarmos o esporte como prática social, tema da
cultura corporal, devemos questionar suas normas resgatando os valores que
privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso da solidariedade e respeito
humano, que se deve jogar com o outro e não contra o outro. Por isso esse
conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua
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resignação, e sua adaptação à realidade que a prática cria e recria, colocando-o
como um meio e não fim em si mesmo.
Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar atividades
prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e confrontos que estimulem o
exercício de reflexão sobre as relações entre as pessoas e os papéis que elas
assumem perante a sociedade, bem como a possibilidade de resgatar as
manifestações lúdicas e culturais.
O estudo da ginástica pretende favorecer o contato de educando com
as experiências corporais diversificadas, seu caráter preventivo, modismo, melhora
da aptidão física, tem o objetivo de conscientizar os educandos de seus possíveis
benefícios, bem como os danos causados pela sua prática inadequada ou incorreta.
A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o desenvolvimento,
conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar-se com o outro, cada gesto representa
sua história, sua cultura, como manifestação de vida, por um meio de um processo
continuo de integração e relacionamento social.
O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do
tempo livre, com atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria,
socialização, conscientização clareza das necessidades e benefícios que serão
adquiridos e que contribuam para o seu bem estar físico, mental e social. Os
conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma informativa, prática ou
teórica e poderão ser modificados de acordo com cada realidade, e cada
modalidade de ensino.
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Conteúdos Ensino Fundamental e Ensino Médio
SAÚDE
- Definição de saúde.
(Ensino
- Atividade física na produção de saúde.
Fundamental)
- Sedentarismo
- Postura
- Anabolizantes e suas consequências.
- Controle de frequência cardíaca
SAÚDE
(Ensino Médio)
- Definição de saúde.
- Obesidade.
- Stress.
- Hábitos alimentares.
- LER e DORT.
- Ergonomia.
- Corpo do trabalhador e seus sacrifícios.
- Controle de frequência cardíaca.
- Envelhecer com saúde.
ESPORTES
- Definição de esporte.
(Ensino Fundamental - História e origem.
e Médio)
- Princípios básicos (fundamentos).
- Táticas e regras.
- Esporte como fenômeno global.
- Atividades práticas.
JOGOS
- Definição de jogo.
(Ensino Fundamental - Aspectos históricos sociais.
e Médio)
- Tipos de jogos: jogos cooperativos, jogos recreativos / jogos
lúdicos, jogos intelectivos, jogos de dramatização e jogos prédesportivos.
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- Diferentes manifestações culturais.
- Atividades práticas.
GINÁSTICA
- História e origem.
(Ensino Fundamental - Tipos de ginástica: ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica
e Médio)
laboral e ginástica de academia.
- Princípios básicos.
- Atividades práticas.
DANÇA (Ensino
Fundamental e
Médio)
- História e origem.
- Tipos de dança: danças folclóricas, danças circulares, danças de
salão, danças criativas.
- Expressão corporal / atividades rítmicas.
- Danças de cultura local.
- Atividades práticas.
LAZER (Ensino
- Definição de lazer.
Fundamental e
- Aproveitamento do tempo livre.
Médio)
- Lazer e benefícios para saúde.
AVALIAÇÂO
A avaliação deverá constar de:
•
Autoavaliação do aluno (aspectos positivos e negativos do trabalho
desenvolvido);
•
Avaliação do professor (análise do trabalho dos alunos: dificuldades e
avanços);
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•
Registros que permitam ao professor e ao aluno observar o desenvolvimento
do trabalho (prova escrita, pesquisas, trabalhos);
•
Conscientização acerca da importância da prática da atividade física.
REFERÊNCIAS
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pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Guarulhos I(I):
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2000.
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SOARES, C. L.; et all. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo:
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Ciências do Esporte, Campinas, v. 23, n.2, p. 9-30, jan. 2002.
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LAWSON, H.A. Education for social responsibility: preconditions in retrospect and in
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TANI, G. Vivências práticas no curso de graduação em Educação Física:
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http://www.unesco.org/delors/utopia.htm. Acesso em: 18 jan. 2005.
Disponível
em:
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DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA
A Educação Matemática é um importante ramo do conhecimento
humano. A sua origem remonta à antiguidade clássica greco-romana. Os gregos
conceberam a Matemática como um dos conteúdos da filosofia, portanto, como um
dos instrumentos da arte de conhecer o mundo em sua totalidade.
Dessa
forma,
o
educador
além
de
dominar
os
conteúdos
matemáticos, deve também conhecer os fundamentos histórico-filosóficos da
Matemática, e ainda, o(s) processo(s) pelo(s) qual(is) o educando aprende;
aquisição do conhecimento.
Nesse sentido, é importante que o educador tenha conhecimento das
práticas pedagógicas que norteiam o ensino da Matemática na atualidade. Para
tanto, é necessário resgatar o processo educacional vivenciado, especialmente, a
partir da década de 60 do século passado.
O ensino da Matemática, desde então, tem sofrido alterações na sua
forma de organização e de conceber os conteúdos. Pode-se destacar as seguintes
fases: até meados de 1960, prevaleceu a chamada “Matemática Tradicional”, em
que predominava a valorização do conteúdo desvinculado da prática e com ênfase
na memorização de regras. Depois, surgiu o “Movimento da Matemática Moderna”,
cujo objetivo principal era a unificação dos vários campos da Matemática, tais como,
a Aritmética, a Álgebra e a Geometria. O seu grande objetivo era o trabalho
pedagógico por meio da linguagem dos conjuntos, mas que ficou reduzida a um
simbolismo exagerado a ser memorizado pelo aluno.
Os membros da comissão do Movimento da Matemática
Moderna, por sua vez, assinalaram vários defeitos no currículo
tradicional difundido, afirmando a importância de se abandonar
o conteúdo tradicional em favor dos novos conteúdos, entre
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eles a álgebra abstrata, a topologia, a lógica simbólica e a
álgebra de Boole [...] (PETRONZELLI, 2002, p. 40-1).
Com o advento da Lei 5692/71, a ênfase passou a ser a metodologia,
justificada pela necessidade do aluno poder desenvolver toda sua potencialidade, ou
seja, valorizou-se a manipulação de materiais concretos, relegando-se a segundo
plano a fase de automação, priorizando-se o atendimento à criança em sua fase de
desenvolvimento, mas descuidando-se da sistematização dos conhecimentos
matemáticos sócio-históricos acumulados pela humanidade. A grande dificuldade
dos professores foi, então, a passagem do concreto para o abstrato, o que é
fundamental para a matemática.
Na atual proposta pedagógica para a EJA, procura-se a interação
entre o conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma
relação dialética – teoria e prática – entre o conhecimento matemático aplicado no
processo de produção da base material de existência humana e as manifestações
teórico-metodológicas que estruturam o campo científico da própria Matemática.
Dessa forma, o ensino da Matemática deve ser concebido de modo a favorecer as
necessidades sociais, tais como: a formação do pensamento dialético, a
compreensão do mundo social e natural, a ciência como obra decorrente do modo
de cada sociedade – Grega, Feudal, Moderna – produzir a vida.
Concebida desta forma, a Educação Matemática desempenhará um
papel fundamental na aquisição da reflexão filosófica por parte dos educandos, isto
é, da consciência crítica que supera o senso comum que toma a aparência das
coisas como sendo verdades absolutas, ou seja, a Matemática deve ser vista, como
uma ciência viva e dinâmica, produto histórico, cultural e social da humanidade.
Ao
revelar
a
Matemática
como
uma
produção
humana,
demonstrando as necessidades e preocupações das diferentes culturas em
diferentes épocas e ao relacionar os conceitos matemáticos de hoje com os
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construídos no passado, o educador permite que o educando reflita sobre as
condições e necessidades que levaram o homem a chegar até determinados
conceitos, ou seja, o educador estará proporcionando no processo de ensino e
aprendizagem a reflexão da construção da sobrevivência dos homens e da
exploração do universo, dessa forma, estará caracterizando a relação do homem
com o próprio homem e do homem com a natureza.
O
produto
do
desenvolvimento
da
humanidade
pode
ser
demonstrado através da historicidade. Isto indica que ao trabalhar nos bancos
escolares a abstração, o conhecimento sistematizado e teórico, o educando
entenderá o avanço tecnológico, a elaboração da ciência, a produção da vida em
sociedade.
Portanto, a abordagem histórica da Matemática permite ao educando
jovem, adulto e idoso, compreender que o atual avanço tecnológico não seria
possível sem a herança cultural de gerações passadas. Entretanto, essa abordagem
não deve restringir-se a informações relativas a nomes, locais e datas de
descobertas, e sim ao processo histórico, viabilizando com isso a compreensão do
significado das ideias matemáticas e sociais.
Mas, além de compreender que o conhecimento matemático é sóciohistórico, faz-se necessário que o educando estabeleça relações entre os elementos
internos da própria Matemática – conteúdos escolares – e os conceitos sociais.
Esse conhecimento prescinde de um tratamento metodológico que
considere a especificidade da Educação de Jovens e Adultos – EJA e deve constituir
o ponto de partida para todo o ensino e aprendizagem da Matemática. Visto que, os
educandos devem ter oportunidades de contar suas histórias de vida, expor os
conhecimentos informais que têm sobre os assuntos, suas necessidades cotidianas,
suas expectativas em relação à escola e às aprendizagens em matemática.
Embora, os jovens, adultos e idosos, com nenhuma ou pouca
escolaridade dominem algumas noções básicas dos conteúdos matemáticos que
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foram apreendidas de maneira informal nas suas vivências, a EJA tem a função de
transformar essas noções elementares, conceitos espontâneos, em conceitos
científicos, fazendo o educando dominar a Linguagem Matemática e suas
Representações, os Conceitos Matemáticos e Sociais, os Cálculos e os Algoritmos,
a História da Matemática e a Resolução de Problemas.
A compreensão e apreensão desses pressupostos metodológicos por
parte dos educandos e dos educadores dão significado aos conteúdos escolares a
serem ensinados e estudados. Embora seja importante considerar que esses
significados também devem ser explorados em outros contextos, como por exemplo,
nas questões internas da própria Matemática e em problemas históricos.
Desconsiderar esses pressupostos metodológicos na Educação de
Jovens e Adultos uma prática centrada no desenvolvimento do pensamento linear e
fragmentado, em uma concepção de ciência imutável, estabelecendo definitivamente
o rompimento entre o lógico e o histórico, entre o conteúdo e as formas, entre a
teoria e a prática, entre a lógica formal e a lógica dialética, entre a totalidade e as
unidades, enfim, entre o mundo social e natural.
A Educação Matemática deve ter, então, os seus pressupostos bem
definidos e delimitados, uma vez que a teoria se desdobra em “prática científica”:
Ao professor, como um profissional do ensino, é dada a
responsabilidade não só de dominar a teoria como a de
inscreve-la no universo de um cotidiano que a justificaria(...).
As abstrações reunidas na teoria, organicamente dispostas
em definições e conceitos, devem transitar por um caminho
inverso. O professor precisa demonstrar a utilidade ou
funcionamento do sistema teórico no real. A teoria precisa
transmutar-se em dados ou exemplos concretos, que
garantam, justifiquem ou exemplifiquem o já definido
(hipoteticamente) no discurso. Nesse sentido, a teoria precisa
desmembrar-se, na voz do professor, no relato de múltiplas
interações ou mediações que repõem o problema no rastro de
sua solução. (NAGEL, pp. 3-4, 2003) (Grifos nossos)
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Nessa perspectiva, há de se considerar como ponto de partida a
construção do conhecimento, os saberes desenvolvidos no decorrer da vivência dos
educandos, que se manifestam em suas interações sociais e compõem suas
bagagens culturais, que são frequentemente desconsiderados na prática pedagógica
da EJA. No entanto, a superação desses saberes e a incorporação dos conceitos
científicos são trabalhos que a escola deve planejar e executar.
É importante enfatizar que, os conteúdos matemáticos quando
abordados
de
forma
isolada,
não
são
efetivamente
compreendidos
nem
incorporados pelos educandos como ferramentas eficazes para resolver problemas
e para construir novos conceitos, pois, é perceptível que o conhecimento só se
constrói plenamente quando é mobilizado em situações diferentes daquelas que lhe
deram origem, isto é, quando é transferível para novas situações. Isto significa que
os conhecimentos devem ser descontextualizados, abstraídos, para serem
novamente contextualizados, ou seja, fazer a transposição didática.
Logo, a educação matemática para o educando jovem, adulto e idoso
deve ter como objetivo a superação de um ensino de Matemática que venha abordar
os conteúdos de maneira fragmentada.
Sendo assim, o ensino e a aprendizagem de Matemática devem
contribuir para o desenvolvimento do raciocínio crítico, do pensamento reflexivo, da
lógica formal e dialética, da coerência e consistência teórica da Ciência – o que
transcende os aspectos práticos. Bem como ainda, possibilitar a emancipação
política e social da humanidade, processo esse que se dá através do domínio do
conhecimento.
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para dimensionar o papel da Matemática na EJA é importante que se
discuta a natureza desse conhecimento, suas principais características e seus
métodos particulares, e ainda, é fundamental discutir suas articulações com outras
áreas do conhecimento.
As diversas contingências históricas têm levado os professores a
deixar de lado a importância do conhecimento teórico, no entanto, é de fundamental
importância que o(a) educador(a) tenha certeza que, sem o qual, não é possível
mudar qualquer prática pedagógica de forma significativa. Com isso, só se tem
conseguido mudanças superficiais no que se refere à reposição de conteúdos, por
meio de estratégias metodológicas tradicionais que não levem os educandos a uma
transposição didática.
É perceptível que, a mera seleção de conteúdos não assegura o
desenvolvimento da prática educativa consistente. É necessário garantirmos, como
dissemos anteriormente, a relação entre a teoria e a prática, entre o conteúdo e as
formas, entre o lógico e o histórico.
Portanto, é de suma importância que o educador se aproprie dos
encaminhamentos metodológicos do ensino da Matemática, e acrescente, esses
elementos à reflexão pedagógica da Educação de Jovens e Adultos.
Nessa perspectiva, a
contextualização do saber é uma das mais importantes noções
pedagógicas que deve ocupar um lugar de maior destaque na
análise da didática contemporânea. Trata-se de um conceito
didático fundamental para a expansão do significado da
educação escolar. O valor educacional de uma disciplina
expande na medida em que o aluno compreende os vínculos
do conteúdo estudado com uma contextualização
compreensível por ele(...) O desafio didático consiste em fazer
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essa contextualização sem reduzir o significado das ideias
matemáticas que deram ao saber ensinado.” (PAIS, 2001, pp.
26-27).
De forma equivocada, a abordagem de determinados conceitos
fundamentais na construção do conhecimento matemático é muitas vezes suprimida
ou abreviada, sob a alegação de que não fazem parte do cotidiano dos educandos.
Tal concepção de ciência e de conhecimento viabiliza na escola uma visão
reducionista da Matemática, cuja importância parece ficar restrita a sua utilidade
prática; ao pragmatismo.
Nesse contexto, a noção de contextualização permite ao educador
uma postura crítica priorizando os valores educativos, sem reduzir o seu aspecto
acadêmico (PAIS, 2001, p.27).
O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares,
envolve um desafio, que implica na identificação dos diversos campos da
Matemática e o seu objeto de estudo; processo de quantificação da relação do
homem com a natureza e do homem com o próprio homem.
No entanto, não devemos deixar de identificar os conteúdos
escolares matemáticos que são socialmente relevantes para a EJA, pois os mesmos
devem contribuir para o desenvolvimento intelectual dos educandos.
As Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná, versão preliminar, em seu capítulo
“Orientações Metodológicas”, aponta quatro critérios para a seleção de conteúdos e
das práticas educativas. São eles:
• a relevância dos saberes escolares frente à experiência social
construída historicamente;
• os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação
docente junto aos educandos;
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• a organização do processo de ensino e aprendizagem, dando ênfase
às atividades que permitem a integração entre os diferentes saberes;
• as diferentes possibilidades dos alunos articularem singularidade e
totalidade no processo de elaboração do conhecimento.
Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio
e não um fim para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas
metodológicas sejam flexíveis, e que adotem procedimentos que possam ser
alterados e adaptados às especificidades da comunidade escolar.
Nessa perspectiva, é de suma importância evidenciar que o ensino e
a aprendizagem de Matemática sejam permeados pela(os): História da Matemática;
Resolução de Problemas; Conceitos Matemáticos e Sociais; Linguagem Matemática
e suas Representações; Cálculos e/ou Algoritmos; Jogos e Desafios. Estes
elementos devem permear a metodologia de ensino da Matemática, pois eles
expressam a articulação entre a teoria e a prática, explicitando no ato pedagógico a
relação entre o signo, o significado e o sentido dos conteúdos escolares nos
diversos contextos sociais e históricos.
É importante enfatizar que a relação de conteúdos não deve ser
seguida linearmente, mas desenvolvida em conjunto e de forma articulada,
proporcionando ao educando a possibilidade de desenvolver a capacidade de
observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, justificar, argumentar,
verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimulados a intuição,
a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.
Os conteúdos matemáticos presentes no ensino fundamental, a
serem ensinados nas escolas de EJA, estão organizados por eixos. São eles:
números e operações, geometria, medidas e tratamento de informação, que
compreendem os elementos essenciais da organização curricular.
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Os eixos e seus respectivos conteúdos deverão ser trabalhados de
forma articulada. Esta relação pode ser viabilizada entre os eixos e/ou entre os
conteúdos.
É importante ter clareza da especificidade de cada eixo, bem como,
que estes não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois, é na inter-relação
entre os conteúdos de cada eixo, entre os eixos de conteúdos e entre os eixos
metodológicos, que as ideias matemáticas ganham significado.
Os conteúdos matemáticos presentes no Ensino Médio, a serem
ensinados nas escolas de EJA, deverão propiciar o desenvolvimento de conceitos:
numéricos; algébricos; geométricos e gráficos e da mesma forma, devem ser
trabalhados com um conjunto articulado. Isso significa que o tratamento dos
conteúdos em compartimentos estanques deve dar lugar a uma abordagem em que
as conexões sejam favorecidas e destacadas.
AVALIAÇÃO
Nesse contexto, a avaliação em Matemática na EJA deve permitir ao
educador fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da
apreensão do conhecimento pelo educando, estabelecendo inter-relações entre o
conhecimento matemático e o contexto social.
É fundamental que a avaliação seja coerente com a metodologia
utilizada pelo educador, bem como, com os objetivos que se pretende alcançar, visto
que, esta tem a finalidade de fornecer informações do processo de desenvolvimento
do educando – a ele mesmo e ao educador. Essas informações permitem ao
educador, uma reflexão crítica sobre a sua prática pedagógica, no sentido de captar
seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de
decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos, uma vez que os educandos
possuem diferentes tempos de aprendizagem.
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O processo avaliativo deve ser um recurso pedagógico, que
considera erros e acertos como elementos sinalizadores para seu replanejamento,
ou seja, toma o erro como ponto de partida para rever caminhos, para compreender
e agir sobre o processo de construção do conhecimento matemático.
No que se refere à avaliação em matemática, considerando o perfil
do educando jovem, adulto e idoso, pontua-se alguns indicativos a serem
contemplados pelos educadores:
•
considerar todas as formas de raciocínio, ou seja, os procedimentos/métodos
utilizados pelo educando para resolver uma determinada situação-problema;
•
resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação
matemática, pois, mesmo que este não esteja de acordo, ele pode ter
utilizado de métodos coerentes, equivocando-se em apenas parte do
processo de desenvolvimento do raciocínio matemático;
•
erro deve ser considerado como ponto de partida para rever caminhos,
compreendendo
todo
o
processo
de
construção,
do
conhecimento
matemático.
Portanto, a avaliação da aprendizagem matemática considerada com
mecanismo diagnóstico, deverá englobar todas as instâncias que compõem a
escola: currículo, planejamento, metodologia, conteúdos, o educando, o educador e
a própria escola.
Entendida como processo, a avaliação deverá possibilitar uma
constante elaboração e reelaboração não só do conhecimento produzido, mas da
ação pedagógica como um todo.
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AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
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ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Números e Operações:
•
Construção do conceito de número (IN, Z, Q, I e R): classificação e
seriação;
•
Conjuntos numéricos: abordagem histórica;
•
Algoritmos e operações;
•
Raciocínio Proporcional;
•
Porcentagem;
•
Grandezas diretas e inversamente proporcionais;
•
Regra de três;
•
Juros simples e composto;
•
Expressar
generalizações
sobre
propriedades
das
operações
aritméticas;
•
Potenciação e radiciação;
•
Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem
algébrica e vice-versa;
•
Operações com monômios e polinômios;
•
Equações de 1º e 2º graus;
•
Sistema de equações de 1º grau – com duas variáveis;
•
Cálculo Mental e Estimativa.
337
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Geometria:
•
Conceitos de: direção e sentido; paralelismo e perpendicularismo;
•
Reconhecimento dos sólidos (faces, arestas e vértices);
•
Classificação dos sólidos (poliedros e corpos redondos);
•
Conceituação dos poliedros;
•
Identificar poliedros e polígonos;
•
Cubo – quadrado;
•
Paralelepípedo – retângulo;
•
Pirâmide – triângulo;
•
Trabalhando a relação de figuras espaciais e percepção espacial;
•
Noção de planificação (espaço para o plano);
•
Planificação – construção das figuras espaciais (plano para o espaço);
•
Identificar – faces, arestas e vértices;
•
Identificar figuras planas;
•
Classificação dos polígonos.
Ângulos – construção:
•
Soma dos ângulos internos de um polígono;
•
Classificação de triângulo quanto aos lados e ângulos;
•
Ampliação e redução de figuras (percepção e criatividade);
•
Ângulos notáveis (articulado com simetria e a construção de
gráficos de setores);
•
Relações entre figuras espaciais e planas;
•
Decomposição e composição de figuras.
•
Congruência e semelhança: figuras planas, triângulos;
•
Simetria (conceitos/aplicações);
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•
Teorema de Tales;
•
Teorema de Pitágoras.
Medidas de:
•
Tempo: calendário, relógio e relações com o sistema de numeração
decimal uso de medidas de tempo e conversões de Temperatura
(Corporal e Climática).
•
Sistema Monetário e sua relação com SND.
•
Conversões e relação entre as principais moedas: real, dólar, euro,
pesquisa de mercado.
•
Ângulos.
•
comprimento.
•
superfície.
•
capacidade.
•
volume.
•
Razão entre áreas de figuras semelhantes;Perímetro e área de figuras
planas; Cálculo de volume de alguns sólidos geométricos; Medidas de
Massa.
Tratamento de Informação
Probabilidade: experimentos e situações problema;
Estatística: problematização, coleta, organização, representação e análise de dados;
Medidas de posição;
Análise Combinatória: agrupamentos e problemas de contagem;
Porcentagem, linguagem gráfica com análise quantitativa.
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ENSINO MÉDIO
Números e Álgebra:
•
Organização dos Campos Numéricos;
•
Razão e Proporção;
•
Regra de três simples e composta;
•
Possibilidade de diferentes escritas numéricas envolvendo as relações
entre as operações;
•
números decimais em forma de potência de 10, notação científica e
potências de expoente negativo;
•
Radicais em forma de potência;
•
A potenciação e a exponenciação;
•
Propriedades da potenciação;
•
A linguagem algébrica: fórmulas matemáticas e as identidades
matemáticas;
•
Decodificação, codificação e verificação de equações de 1º e 2º graus;
•
Sistema de Equações (com duas variáveis).
Funções:
•
Função afim;
•
Função quadrática;
•
Sequências;
•
Progressão Aritmética;
•
Progressão Geométrica;
•
Noções de: Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares (3x3).
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Geometria e Trigonometria
•
Relações entre formas: espaciais e planas, e, planas e espaciais.
•
Representação geométrica dos números e operações.
Geometria Espacial e Plana:
•
Relações entre quadriláteros quanto aos lados e aos ângulos,
paralelismo e perpendicularismo;
• Congruência e semelhança das figuras;
• Propriedades de lados, ângulos e diagonais em polígonos;
• Ângulos entre retas e circunferências e ângulos na circunferência;
• Reta e plano no espaço, incidência e posição relativa;
• Sólidos geométricos: representação, planificação e classificação;
• Cilindro, cone, pirâmide, prismas e esfera;
• Cálculo de volumes e capacidades;
Geometria Analítica:
•
O ponto (distância entre dois pontos e entre ponto e reta);
•
A reta (distância entre retas);
•
A circunferência.
Trigonometria:
•
Ângulos, processo de triangulação, triângulo retângulo, semelhança de
triângulos.
•
As razões trigonométricas e o triângulo retângulo.
•
Leis do seno e cosseno.
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•
Tangente como razão entre o seno e o cosseno.
•
Construção de tabelas de senos, cossenos e tangentes de ângulos.
•
Cálculos de perímetros e áreas de polígonos regulares pela
trigonometria.
•
Ciclo Trigonométrico – Trigonometria da 1ª volta.
•
Gráfico de funções trigonométricas.
Tratamento de Informação
•
Estatística:
•
Gráficos e tabelas;
•
Medidas e tendência central;
•
Polígonos de frequência;
•
Aplicações;
•
Análise de dados;
•
Sistematização da contagem:
•
Princípio multiplicativo;
•
Análise Combinatória;
•
Probabilidade:
•
Probabilidade de um evento;
•
União e intersecção de eventos;
•
Probabilidade condicional;
•
Relação entre probabilidade e estatística.
Noções de Matemática Financeira:
•
Porcentagem;
•
Juro composto;
•
Tabela Price (aplicação e construção).
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REFERÊNCIAS
Matemática: livro do estudante: ensino fundamental/coordenação Zuleika de Felice
Murrice. - Brasília: MEC: INEP, 2002.
Matemática: matemática e suas tecnologias: livro do professor: ensino fundamental
e médio/coordenação Zuleika de Felice Murrice. - Brasília: MEC: INEP, 2002.
BICUDO, M. A. V. e GARNICA, A. V. M. Filosofia da educação matemática. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.
BOYER, C. B. História da matemática. Tradução: Elza F. Gomide. São Paulo:
Edgard Blucher, 1974.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental, 2002 – Proposta Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino
fundamental: 5ª a 8ª série: introdução.
DUARTE, Newton. O ensino de matemática na educação de adultos. São Paulo:
Cortez, 1994.
FONSECA, Maria da Conceição F. R. Educação Matemática de Jovens e Adultos:
especificidades, desafios e contribuições. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
MATO GROSSO DO SUL, Secretaria de Estado de Educação. Subsídios de matemática. V. 8ª: 1 ed. Campo Grande: 2000.
MIORIM, Maria Ângela. Introdução à história da matemática. São Paulo: Graal,
1973.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e adultos no Estado do Paraná – DCE. Versão preliminar.
Jan/2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino
Fundamental no Estado do Paraná – DCE. Versão preliminar. Jan/2005.
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PAIS, L. C. Didática da matemática – uma análise da influência francesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
SMOLE, K. S., DINIZ, M. I. Ler, escrever e resolver problemas. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
NAGEL, Lízia Helena. Em questão: profissionalismo no ensino. Maringá: UEM,
2003 (texto digitado).
PETRONZELLI, Vera Lúcia L. Educação Matemática e a aquisição do conhecimento matemático: alguns caminhos a serem trilhados, 2002. (Dissertação de
Mestrado, UTP) 166p.
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DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, no Estado do Paraná, de
acordo com suas Diretrizes e em consonância com as discussões realizadas com os
professores da rede pública estadual de ensino, apresenta os fundamentos teóricos,
metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências, que norteiam a elaboração da
proposta curricular desta disciplina.
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa
verdade absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e
aprendizagem de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional
de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a
devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos
educandos de buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas
críticas, referenciadas pelo conhecimento científico.
É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus
contextos e valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de
Ciências no contexto escolar. Para tanto,
Deve-se reconhecer que a ciência é diferente da disciplina
escolar ciências. A ciência realizada no laboratório requer um
conjunto de normas e posturas. Seu objetivo é encontrar
resultados inéditos, que possam explicar o desconhecido. No
entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro
conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultado,
aliás planejados, para o estudante possa entender o que é
conhecido. A ciência sabe como procurar mas não conhece
resultados de antemão. O ensino, ao contrário, conhece muito
bem quais são os objetivos a encontrar, mas as discussões de
como proceder para alcançá-los apontam para diferentes
caminhos. Existe portanto uma diferença fundamental entre a
comunicação de conhecimento em congressos científicos,
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entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse
conhecimento para ser utilizado na escola por professores e
alunos. (BIZZO. 2002, p. 14).
Nessa perspectiva, a disciplina de Ciências tem como fundamento
o conhecimento científico proveniente da ciência construída historicamente pela
humanidade.
Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da
história podem ser entendidos pela interação das várias áreas do conhecimento,
revelando a importância da Química, da Física, da Biologia, da Astronomia e das
Geociências, que se complementam para explicar os fenômenos naturais e as
transformações e interações que neles se apresentam.
Os fenômenos não são explicados apenas por um determinado
conhecimento, portanto, é importante estabelecer as relações possíveis entre as
disciplinas, identificando a forma com que atuam e as dimensões desses
conhecimentos, pois o diálogo com as outras áreas do conhecimento gera um
movimento de constante ampliação da visão a respeito do que se estuda ou se
conhece.
Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências na EJA é
a reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das
relações históricas, biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas, assim como, a
responsabilidade humana na conservação e uso dos recursos naturais de maneira
sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ele pertencemos.
O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico que
deve ser discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando possa
compreender as mudanças ocorridas no contexto social, político e econômico e em
outros meios com os quais interage, proporcionando-lhe também o estabelecimento
das relações entre o conhecimento trazido de seu cotidiano e o conhecimento
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científico e, partindo destas situações, compreender as relações existentes,
questionando, refletindo, agindo e interagindo com o sistema.
Essa relação entre ciência e tecnologia, aliada à forte
presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, já não pode
ser ignorada no ensino de Ciências, e sua ausência aí é
inadmissível. Consideram-se, ainda, os efeitos da
ciência/tecnologia sobre a natureza e o espaço organizado
pelo homem, o que leva à necessidade de incluir no currículo
escolar uma melhor compreensão do balanço benefíciomalefício da relação ciência-tecnologia (DELIZOICOV;
ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p.68-69).
É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento
científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os
seres vivos e o universo, em uma concepção flexível e processual, por meio do
saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário possibilitar ao
educando perceber os aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia,
para que ele possa atuar de forma consciente em seu meio social e interferir no
ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que
sustentam a vida.
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como
ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo
relações com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.
As Ciências Naturais são compostas de um conjunto de
explicações com peculiaridades próprias e de procedimentos
para obter essas explicações sobre a natureza e os artefatos
materiais. Seu ensino e sua aprendizagem serão sempre
balizados pelo fato de que os sujeitos já dispõem de
conhecimentos prévios a respeito do objeto de ensino. A base
de tal assertiva é a constatação de que participam de um
conjunto de relações sociais e naturais prévias a sua
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escolaridade e que permanecem presentes durante o tempo
da
atividade
escolar
(DELIZOICOV;
ANGOTTI;
PERNAMBUCO, 2002, p. 131).
Dessa forma, é relevante que o ensino desenvolvido na disciplina
de Ciências na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos
prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e
ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Na medida em que se acredita em uma Ciência aberta, inacabada,
produto da ação de seres humanos inseridos em um contexto próprio relativo ao seu
tempo e espaço e, no estudo na disciplina de Ciências, como uma das formas de
resgate e de construção de melhores possibilidades de vida individuais e coletivas,
há que se optar por uma metodologia de ensino e de aprendizagem adequada à
realidade do educando da EJA, em consonância com as Diretrizes Curriculares
Estaduais propostas para esta modalidade de ensino. Segundo RIBEIRO (1999,
p.8),
“criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da
organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes
de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o
modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência
pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada
situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios
didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos
alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza
o público da educação de jovens e adultos”.
Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos
educandos, a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja,
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que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não
somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global,
o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e
autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos
previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da
aprendizagem, considerando
- que o educador é mediador e estimulador do processo,
respeitando, de forma real, como ponto de partida, o conjunto de saberes trazidos
pelos educandos;
- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando,
ainda, o tempo pedagógico e o tempo físico;
- as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento
científico.
Nesse aspecto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de
Ciências de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao
educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos dos conteúdos com as
diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização
pode acontecer a partir de uma problematização, ou seja, em lançar desafios que
necessitem de respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a
necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que
precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada" (SAVIANI,
1993, p.26). As dúvidas são muito comuns na disciplina de Ciências, devendo ser
aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o
educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização, sem reduzir os
conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a
disciplina de Ciências é a retomada histórica e epistemológica das origens e
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evolução do pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando
perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua
linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.
É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo
educador, que será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem
como o olhar atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.
A busca de soluções para as problematizações constitui-se em
referência fundamental no ensino de Ciências. Quando elaborada individual ou
coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos
educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a
cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o
tempo de cada grupo ou indivíduo.
Uma estratégia comum em Ciências é a utilização de experimentos
e práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o
sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes,
situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do
laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do
cotidiano, assim como lugares alternativos, situações ou eventos para se
desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas
realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e
diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada
pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),
é importante que o professor perceba que a experimentação é um
elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só,
não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é
uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento
constante do professor, que deve pesquisar quais são as
explicações apresentadas pelos alunos para os resultados
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encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova
situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a
utilização do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas,
de tal forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito
do livro didático, BIZZO (2002, p. 66), propõe
que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como
outros que se fazem necessários, cabendo ao professor, selecionar
o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as
informações devem ser apresentadas de forma adequada à
realidade dos alunos.
Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar
aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os
conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas
visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos
saberes, estimular a autonomia intelectual dos mesmos, através da criticidade, do
posicionamento perante as situações-problema e da busca por mais conhecimentos.
Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida sequência linear proposta nos
livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses
conteúdos, assim como a coerência dos mesmos no processo educativo.
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de
desenvolver a reflexão de como vem ocorrendo o processo de aquisição do
conhecimento por parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento
deve ser ponto de partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico
percorrido pelo educando e, principalmente, pelo educador.
O ensino de Ciências na EJA deve propiciar o questionamento
reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o
processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de
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dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico
diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos,
considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador
compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento,
caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Partindo da ideia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de
saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de
resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações
entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de
perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos
educandos, antes, durante e depois do processo.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou
classificatório, deve-se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos da
EJA em todos os seus aspectos, oportunizando-lhe o acesso e a permanência no
sistema escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da
comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos, suas histórias de
vida e suas trajetórias no processo educativo, visto que, cada um seguirá seu
próprio caminho, dentro dos seus limites. Portanto, a avaliação tem como objetivo
promover um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito
nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
É indispensável que a organização dos conteúdos da disciplina de
Ciências na proposta curricular esteja vinculada ao espaço e ao tempo de estudo
dos educandos e à experiência cotidiana destes, procurando apresentar os
conteúdos como instrumentos de melhor compreensão e atuação na realidade.
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Ao pensar nessa organização, o educador deve priorizar os
conteúdos que possam ter significado real à vida dos educandos, possibilitando-lhes
a percepção das diversas abrangências sobre um determinado fenômeno. Dessa
forma, o ensino de Ciências não pode se restringir apenas ao livro didático ou ao
material de apoio. “A seleção de conteúdos é tarefa do professor; ele pode produzir
uma unidade de ensino que não existe no livro ou deixar de abordar um de seus
capítulos, pode realizar retificações ou propor uma abordagem diferente” (BIZZO,
2000, p.66).
Considerando as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação
de Jovens e Adultos e as especificidades desta modalidade de ensino,
principalmente no que tange ao tempo de ensino do educador e o tempo de
aprendizagem dos educandos, a proposta de conteúdos essenciais da disciplina de
Ciências, contempla:
Universo.
Sistema Solar.
Planeta Terra.
Matéria e Energia.
Materiais, Átomos e Moléculas.
Ligações, Transformações e Reações Químicas.
Tipos de Energia, Movimentos, Leis de Newton.
Calor, Ondas, Luz, Eletricidade e Magnetismo.
Água, Ar e Solo.
Desequilíbrios Ambientais.
Biosfera; Ecossistemas.
Seres Vivos.
Organismo Humano.
Saúde e Qualidade de vida.
Biotecnologia; Ciência, Tecnologia e Sociedade.
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REFERÊNCIAS
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
BORGES, R. M. R. Em debate: cientificidade e educação em Ciências. Porto Alegre:
SE/CEC/RS, 1996.
CANIATO, R. O céu. São Paulo: Ática, 1990.
_____. O que é astronomia. São Paulo: Brasiliense, 1981.
_____. A terra em que vivemos. Campinas: Papirus, 1985.
CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. Ijuí: Editora
Unijuí, 1994.
_____. Para que(m) é útil o ensino? Canoas: Editora da ULBRA, 1995.
_____.A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994.
CHASSOT, A. I. & OLIVEIRA, R. J. (Org.) Ciência, ética e cultura na educação. São
Leopoldo: Unisinos, 1998.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo:
Cortez, 1992.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. .A.; PERNAMBUCO, M. A. Ensino de Ciências:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências para o Ensino Fundamental. São Paulo:
Ática, 2003.
GIL-PEREZ, D. & CARVALHO, A. M. P. Formação de professores de ciências:
tendências e inovações. São Paulo: Cortez.
HAMBERGER, A. I. & LIMA, E.C. A. S. Pensamento e ação no ensino de ciências.
São Paulo: Instituto de Física, 1989.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU/USP,
1987.
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OLIVEIRA, Renato José de. A escola e o ensino de ciências. São Leopoldo:
Unissinos, 2000.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação
de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade. v.20, n. 68,
Campinas: UNICAMP, dez, 1999.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez,
2001.
SAVIANI, Dermeval. A filosofia na formação do educador. In: _______. Do senso
comum à consciência filosófica. Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28.
STENGERS, Isabelle. Quem tem medo da ciência? São Paulo: Siciliano, 1989.
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DISCIPLINA DE BIOLOGIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA
A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de
acordo com suas Diretrizes Curriculares e em consonância com o documento
apresentado como a segunda proposta preliminar das Diretrizes Curriculares
Estaduais para o ensino Médio de Biologia da Rede Estadual de Ensino do Paraná,
apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de
Biologia, que norteiam a elaboração da proposta curricular desta disciplina.
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa
verdade absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e
aprendizagem da Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de
ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a
devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos
educandos em buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas
críticas, referenciadas pelo conhecimento científico.
É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus
contextos e valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia
no contexto escolar.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia - Ensino Médio, desta
Secretaria de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida
em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um
conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um
indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da
interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo
sistema e os demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão
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sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo
tempo, transformadas e transformadoras do ambiente”.
Nas Diretrizes, ainda, afirma-se que “ao longo da história da
humanidade várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida,
de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas
explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos
da História e da Filosofia tornam possível, aos alunos, a compreensão de que há
uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos sociais,
econômicos e políticos. É possível verificar que a formulação, a validade ou não das
diferentes teorias científicas está associada a seu momento histórico.”
As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia
consideram que “o conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e
reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao
aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em
intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos
ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a
vida se processa. Sabe-se que desde o surgimento do planeta Terra, a espécie
humana, ou Homo sapiens, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo
mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por
outro lado, ao longo deste processo de humanização, que durou aproximadamente
três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciandose de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a
organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o início
das atividades agrícolas”.
Ressaltam também, “o papel da Ciência e da sociedade como
pontos articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres
humanos, enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social,
reconhecerem suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza
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(...) É preciso que estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto
espécie, depende do equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do
planeta o maior ser vivo conhecido”.
É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao
conhecimento científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre
o ambiente, os seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por
meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário que
perceba os aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que
possa atuar de forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente,
considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que sustentam a vida.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto
de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com
o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.
Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de BiologiaEnsino Médio – SEED-PR, “ na escola, a Biologia deve ir além das funções que já
desempenha
no
currículo
escolar.
Ela
deve
discutir
com
os
jovens
instrumentalizando-os para resolver problemas que atingem direta ou indiretamente
sua perspectiva de futuro”.
As Diretrizes, ainda, consideram que
para a discussão de todas estas características socioambientais e
do papel do ensino formal de Biologia, as relações estabelecidas
entre professor-aluno e aluno-aluno são determinantes na efetivação
do processo ensino-aprendizagem, e para isto, há necessidade de
leitura e conhecimento sobre metodologia de ensino para que as
aulas de Biologia sejam dinâmicas, interessantes, produtivas, e
resultem em verdadeira aprendizagem.
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Ressaltam também que, “pensar criticamente, ser capaz de analisar
fatos e fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos,
econômicos e ambientais exige do aluno investigação, leitura, pesquisa. No ensino
de Biologia, diferentes metodologias podem ser utilizadas com este propósito. A
metodologia de investigação, por exemplo, permite ao aluno investigar a realidade
buscando respostas para solucionar determinados problemas”.
Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada,
produto da ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu
tempo e espaço e, ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de
construção de melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se
optar por uma metodologia de ensino e aprendizagem adequada à realidade do
aluno da EJA. Segundo RIBEIRO (1999, p.8), criar novas formas de promover a
aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que
impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o
modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica,
pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de
agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior
progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente
caracteriza o público da educação de jovens e adultos.
Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos
educandos, a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja,
que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não
somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global,
o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e
autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos
previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da
aprendizagem, considerando:
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- que o educador é mediador e estimulador do processo,
respeitando, de forma real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazidos
pelos educandos;
- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando,
o tempo pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação”
científica;
- as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento
científico.
Nesse contexto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina
de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem
e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes
situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar
a partir de uma problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de
respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade
(...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser
superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993,
p.26)”. As dúvidas são muito comuns na disciplina de Biologia, devendo ser
aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o
educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização, sem reduzir os
conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a
disciplina de Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e
evolução do pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando
perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua
linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.
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É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo
educador, que será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem
como o olhar atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.
A busca de soluções para as problematizações constitui-se em
referência fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou
coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos
educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a
cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o
tempo de cada grupo ou indivíduo.
Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e
práticas realizadas em laboratório.
É importante que seja definido com clareza o sentido e o objetivo
dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações
muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso
do laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de
aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como espaços
alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma
atividade científica. A utilização de experimentos e práticas
realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade
comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico,
devendo ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002,
p.75), é importante que o professor perceba que a experimentação é
um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só,
não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é
uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento
constante do professor, que deve pesquisar quais são as
explicações apresentadas pelos alunos para os resultados
encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova
situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a
utilização do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas,
de tal forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito
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do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos
materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor,
selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as
informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos.
Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar
aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os
conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas
visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos
saberes, estimular a autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados
sem a rígida sequência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser
avaliada a relevância e a necessidade dos mesmos, bem como a coerência dos
mesmos no processo educativo.
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de
desenvolver a reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do
conhecimento por parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento
deve ser ponto de partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico
percorrido pelo educando e, principalmente, pelo educador.
O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento
reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o
processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de
dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico
diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos,
considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador
compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento,
caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Partindo da ideia de que a metodologia deve estar respeitando o
conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no
sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo
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estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá
possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de
pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou
classificatório, visto que o ensino de Biologia deve respeitar e valorizar a realidade
do educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram
origem à sua exclusão do processo educativo.
CONTEÚDOS – BIOLOGIA ENSINO MÉDIO
A proposta de sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do
currículo da disciplina de Biologia na Educação de Jovens e Adultos – EJA,
fundamenta-se nas “Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná– SEED – PR.
É importante considerar que a organização dos conteúdos
curriculares da disciplina de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as
necessidades e o perfil dos educandos desta modalidade de ensino da Educação
Básica.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio –
SEED-PR,
os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos
da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais
que fazem parte de um corpo estruturado de saberes construídos e
acumulados historicamente e que identificam a disciplina como um
campo do conhecimento. Dentro da perspectiva dos conteúdos
escolares como saberes, o termo "conteúdo" não se refere apenas a
fatos, conceitos ou explicações destinados aos alunos para que
estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem,
etc. Hoje, o critério que decide se certos conhecimentos concretos
devem ser incluídos no currículo não se restringe ao seu valor
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epistemológico e aceitação como conhecimento válido: a relevância
cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura
particular em um determinado momento histórico, entra em cena.
Segundo as Diretrizes,
estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de Biologia requer
uma análise desse momento histórico, social, político e econômico
que vivemos; da relevância e abrangência dos conhecimentos que
se pretendem serem desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da
atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos
disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos
seus objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar Biologia no
Ensino Médio deve ocorrer de forma a promover as finalidades e
objetivos dessa modalidade de ensino e da disciplina em questão.
Não se trata de estabelecer uma lista de conteúdos em detrimento
de outra por manutenção tradicional ou por inovação arbitrária.
Referimo-nos aos conceitos e concepções que têm a ver com a
construção de uma visão de mundo; outros práticos e instrumentais
para a ação, e ainda aqueles que permitem a formação de um
sujeito crítico. Precisaremos estabelecer conteúdos básicos que, por
sua abrangência, atendem às realidades regionais e, ao mesmo
tempo garantem a identidade da disciplina.
Na proposta, elaborada a partir das discussões com os professores
do Ensino Médio Regular, propõe-se ampliar a integração entre os conteúdos
básicos, destacando os aspectos essenciais sobre a vida e a vida humana que vão
ser trabalhados por meio dos conhecimentos científicos referenciados na prática.
A sugestão de conteúdos básicos estão descritos a seguir:
ORGANIZAÇÃO
E DISTRIBUIÇÃO
DOS SERES
VIVOS
BIODIVERSIDADE
PROCESSO DE
MODIFICAÇÃO
DOS SERES
VIVOS
Organização
celular e
molecular:
Biomas terrestre e
Aquáticos
Origem e
evolução da
Vida
IMPLICAÇÕES DOS
AVANÇOS
BIOLÓGICOS NO
CONTEXTO DA
VIDA
Ciência e saúde
Pesquisas científicas
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- membrana,
- citoplasma
núcleo
- divisão celular
- tecidos
- Os seres vivos e
o Ambiente
- Saúde
Ecossistemas
Ciclos
Biogeoquímicos
Desequilíbrio
ambiental urbano e
rural
Biológicas
Origem das
espécies
Bioética
Genética,
Biotecnologia
Embriologia,
Fisiologia
comparada
Ainda no que consta nas Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino
Médio SEED-PR, há a justificativa para a organização e distribuição dos Conteúdos
básicos, descrita a seguir:
Os Conteúdos básicos de Biologia ao mesmo tempo agrupam as
diferentes áreas da Biologia e proporcionam um novo pensar sobre
como relacioná-los sem que se perca de vista o objetivo do ensino
da disciplina no Ensino Médio. A nova proposta pretende modificar a
estrutura firmada pela trajetória que o ensino de Biologia vem
atravessando nestas últimas décadas. Estabelece os conteúdos
básicos e um novo olhar de forma a relacioná-los com seus
conteúdos pontuais sob os pontos de vista vertical, transversal e
horizontal, procurando uma lógica dialética que leve o professor a
integrá-los e relacioná-los de maneira que o aluno não tenha mais
uma visão fragmentada da biologia.
Organização e distribuição dos seres vivos.
O estudo acerca da organização dos seres vivos, iniciou-se com as
observações macroscópicas dos animais e plantas da natureza.
Somente com o advento da invenção do microscópio por Robert
Hooke século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie von
Leewenhoeck, o mundo microscópico até então não observado foi evidenciado à luz
da Ciência e da Tecnologia.
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A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias
teorias sobre o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as
estruturas celulares.
Como exemplos desta influência têm-se o estudo da anatomia das
células das plantas pelo holandês Jan Swammerdam e, o aperfeiçoamento das
Teorias Evolucionistas ambas no séc. XVII.
No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian
Heineich Pander e o estoniano Karl Ernst von Baer desenvolveram estudos sobre a
embriologia que estabeleceram as bases para estudos da Teoria Celular. Hugo von
Mohl descobriu a existência do núcleo e do protoplasma da célula; Walther Fleming
estudou o processo de mitose nos animais e Eduard Strasburger estudou este
processo nas plantas.
Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS,
1998, p 255) ... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito
básicos: uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão
de todos os fenômenos de um ser vivo requer um conhecimento dos níveis
moleculares subjacentes.
Justifica-se este conteúdo básico por ser a base do pensamento
biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição
dos seres vivos na Natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a
organização e o funcionamento dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com
os demais conteúdos básicos da disciplina.
Biodiversidade
A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade
de caçar para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades
vitais, fizeram com que o homem passasse a estudar e observar a Natureza. Tem-se
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registros deste conhecimento biológico empírico das atividades humanas, através
das representações de animais e plantas nas pinturas rupestres realizadas nas
cavernas e também de alguns manuscritos deixados pelos Babilônios por volta do
ano 1800 a.C.
A organização dos seres vivos começou a ser registrada em
documentos com o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através de
suas observações ele escreveu o livro “As Partes dos Animais”. Seu discípulo
Teofasto deteve-se mais aos estudos das plantas, iniciando uma pré-classificação
dos vegetais agrupando-as em espécies afins. Pelos seus estudos detalhados dos
órgãos vegetais e descrição dos tecidos que as formam, Teofasto é considerado o
fundador da anatomia vegetal.
Percebe-se que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a
botânica, não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade de
observação.
Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos que
seria conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua
utilidade para a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.
Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras
implicações decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as
atividades agrícolas, de manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a
destruição das espécies de animais e vegetais, a construção de cidades em lugares
impróprios para habitação, como também, a influência da tecnologia em nosso
cotidiano. Esclarecer que ao estudar a Biodiversidade estaremos diante de grandes
desafios diante do progresso científico.
O significado científico, econômico e ético do estudo da diversidade
biológica deve ser compreendido pelos alunos, não só como análise de espécimes
mas entendendo que a observação e sistematização do observado é uma atividade
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científica relevante que se consolida nos sistemas de classificação e na taxionomia.
(KRASILCHIK,2004)
Processo de modificação dos seres vivos
No século XVII com a invenção do microscópio pelo holandês
Antonie van Leewenhoock (ROOSI, 2001), a biologia chamada celular e molecular
tiveram um grande avanço significativo em suas descobertas. Marcelo Malpighi
examinou grande quantidade de tecidos animais e vegetais, Robert Hooke descobriu
a estrutura celular, e os primeiros microrganismos, inicialmente denominados
animáculos, foram observados (ROSSI, 2001).
Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do
microscópio, inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida,
colocando à prova teorias tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração
Espontânea. Diferentes ideias transformistas foram se consolidando entre os
cientistas, mas o grande marco para o mundo científico e biológico foi a publicação
do livro “Origens das Espécies” de Charles Darwin, no século XIX. Foi também, na
mesma época que Louis Pasteur, demonstrou o papel desempenhado pelos
microrganismos no desenvolvimento de doenças infecciosas e realizou estudos
sobre a fermentação.
No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico
foi possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material
químico que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do
DNA, que permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias como a
insulina, através de bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite;
criação de plantas com toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos
gordurosa. Além disso, a terapia gênica tem sido bastante estudada com fins de
eliminar doenças geneticamente transmitidas.
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A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que
podem transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós
mesmos. Daí a importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas
as pessoas, para que elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma
vez que o controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função
importante da própria sociedade.
Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida
Os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia
molecular alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna cada
vez mais efetiva, como, por exemplo, em poder-se modificar substancialmente um
vírus, bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos. (SIDEKUM, 2002)
Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa
atordoados, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente
podemos nos apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos proporcionam um
enorme conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela.
É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de
suas implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de
biologia, possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do
ambiente que indiretamente influenciam suas vidas.
A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir
a divisão entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em que
estes podem constatar as relações entre a pesquisa científica e a produção
industrial ou a tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade. A busca das
raízes científicas destas tecnologias tradicionais e de maneiras de aprimorá-las, a
fim de que melhor sirvam à necessidade de elevar a qualidade de vida é uma forma
de vincular o ensino à realidade em que vive o aluno. (KRASILCHIK, 2004, p. 186)
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Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação
genética do ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia
(biotecnologia) as perspectivas de mudanças de valores morais. Para CHAUÍ, 1995,
“nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral” e movidos pela
sensibilidade, somos capazes de reagir, de questionar, de nos manifestar contra ou
a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver problemas.
Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia,
geram dúvidas quanto à decisão a ser tomada e põem à prova, além do nosso
senso moral, nossa consciência moral, “... pois exigem que decidamos o que fazer,
que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões
e que assumamos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por
nossas decisões”. (CHAUÍ, 1995).
Caberá ao professor de Biologia indicar temas de discussão ética e
auxiliar o aluno na análise “à luz dos princípios, regras e direitos alternativos, além
de levar em conta a avaliação intuitiva do aluno” (KRASILCHIK, 2004).
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BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências. In: NARDI,R.
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BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
_____. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio, MEC,
Brasília, 2004.
BERNARDES,J.A .& FERREIRA, F. P. de M. Sociedade e Natureza. In: CUNHA,
S.B. da & GUERRA,A.J.T. A Questão Ambiental. Diferentes Abordagens. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
CARRETRO, Mario. Construir y enseñar las ciencias experimentales. Aique Grupo
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FRIGOTTO, Gaudêncio, CIAVATTA, Maria. Ensino Médio: ciência, cultura e
trabalho. Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, SEMTEC,
2004.
KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4ª ed. revisado e ampliado. –
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.
_____. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, 1987.
KUENZER,A . Z. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do
trabalho. São Paulo: Cortez, 2002.
MEC/SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004.
MORIN,E. O Pensar Complexo e a Crise da Modernidade. In: GUIMARÃES,M. A
formação de Educadores a Ambientais Campinas, São Paulo: Papirus, 2004.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação
de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade. v.20, n. 68,
Campinas: dez, 1999.
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SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores
associados, 1993, p.20-28.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de
Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes do “I e II Encontro de Relações
(Im) pertinentes”. Pinhais (2003) e Pinhão (2004).
SIDEKUM,A. Bioética: como interlúdio interdisciplinar. Revista Centro de Educação.
vol.27,n.º 01. Edição 2002, disponível em www.ufsm.br/ce/revista/index.htm
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DISCIPLINA DE FÍSICA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DA FÍSICA
Os princípios que norteiam a proposta da elaboração do currículo da
disciplina de Física para a Educação de Jovens e Adultos – EJA, baseiam-se na
fundamentação teórico-metodológica, contida na parte da “Introdução” das
“Orientações Curriculares de Física – Texto Preliminar - Ensino Médio”, da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná– SEED – PR.
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de
pesquisas por aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Parece
haver um certo consenso que "... a preocupação central tem estado na identificação
do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a questão emergente na
investigação dos pesquisadores está relacionada à busca por um real significado
para o estudo dessa Ciência na educação básica - ensino médio" (ROSA & ROSA,
2005, p.2).
Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso
que mostra uma preocupação com a Física como uma ciência que permite
compreender uma imensidade de fenômenos físicos naturais, que seriam
indispensáveis para a formação profissional ou como subsídio para a preparação
para o vestibular e a compreensão e interpretação do mundo pelos sujeitoseducandos. No entanto, neles a ênfase recai nos aspectos quantitativos em
detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução de “Problemas
de Física” que, quase sempre, se traduzem em exercícios matemáticos com
respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de muitos professores e,
mais que isso, as estruturas curriculares por eles organizadas.
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Não é leviano afirmar que as estruturas curriculares se valem dos
livros didáticos para se organizarem. A opção de tal e tal livro
didático determinará, a princípio, a constituição das disciplinas que
assumem seu espaço curricular, demarcado pelo tempo (número de
aulas) e profundidade. Mesmo que o discurso didático do professor
seja amplo, abrangente e propicie contextualizações, em geral, ele
fará uso de exercícios e problemas do livro didático e sua avaliação
terá como base a literatura disciplinar do livro adotado. É importante
lembrar que os livros didáticos dirigidos ao Ensino Médio refletem o
mesmo enfoque disciplinar presente no meio universitário, levando
os professores a consolidarem, na sua prática pedagógica, o estilo
reprodutivista e disciplinar adquirido em sua formação. (...) Os
currículos de Física nos cursos de graduação também colaboram
para a manutenção do conhecimento físico ensinado nos moldes
ditados internamente pelas disciplinas. (...) Certamente este
indicador pode ser estendido, sem muitas ressalvas, à maioria dos
cursos de formação de professores de Física e para a maioria das
licenciaturas em ciências. O peso de uma tradição disciplinar,
historicamente constituída, se impõe fortemente aos currículos dos
cursos universitários, entre outros motivos, pela sua proximidade
(mesmo que virtual) com as comunidades de produtores de
conhecimento (PIETROCOLA; ALVES; PINHEIRO, s/d, p. 6-7).
Nessa perspectiva, "... via de regra, os conteúdos acabam por ser
desenvolvidos como se estabelecessem relações com eles mesmos, sendo
desconsideradas as diversas relações com outros tópicos da própria Física e de
outros campos de conhecimento" (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2001, p. 138).
Essa concepção faz com que o ensino de física se transforme num
ensino livresco, descontextualizado em sua história, não permitindo a compreensão
de que a ciência é uma construção humana, com todas as implicações que isso
possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das atividades humanas, levando
o estudante ... a ter uma ideia distorcida do que é a Física e quase sempre ao
desinteresse pela matéria. Os estudantes devem ser levados a perceber que os
modelos dos quais os pesquisadores lançam mão para descrever a natureza são
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aproximações válidas em determinados contextos, mas que não constituem uma
verdade absoluta.
Muitas vezes ideias como as de partícula, gás ideal, queda livre,
potencial elétrico e muitas outras são apresentadas sem nenhuma
referência à realidade que representam, levando o estudante a julgálos sem utilidade prática. Outras vezes modelos como o de um raio
luminoso, de átomo, de campo, de onda eletromagnética, etc., são
apresentados como se fossem entes reais. (ALVARES, 1991, p. 42).
Assim, a Física deixa de ser mais um instrumento para a
compreensão do mundo, não permitindo ao aluno o acesso à compreensão
conceitual e ao formalismo próprio deste campo de conhecimentos, essencial para o
desenvolvimento de uma cultura em ciência, tendo em vista que "... um número
elevado dos estudantes brasileiros, ou, não tem acesso aos estudos superiores, ou,
segue cursos para os quais a Física não tem caráter propedêutico" (ALVARES,
1991, p. 25). Além disso, apesar do incentivo que deve ser dado à carreira
universitária, esta deveria ser mais uma possibilidade e não o objetivo principal do
ensino desta disciplina no nível médio.
Também parece haver um consenso entre os professores em torno
da idéia de que a Física é uma ciência experimental. No entanto, apesar de
enfatizarem esse caráter experimental da matéria e a importância dessa
consideração no sentido de contribuir para uma melhor compreensão dos
fenômenos físicos, é comum
... adotarem textos que, além de não apresentarem uma só sugestão
de experimento a ser realizado pelo professor ou pelos seus alunos,
tratam os assuntos sem nenhuma preocupação com seu
desenvolvimento experimental. Ou, outros, que se dizem
preocupados com um curso voltado para a compreensão dos
conceitos, escolherem textos que tratam matematicamente os
tópicos abordados, sem trabalharem aspectos cognitivos da
aprendizagem. (Ibidem, 1991, p. 25)
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Assim,
... como um empreendimento humano, a ciência é falível, ela pode
degenerar ou pode responder as supremas aspirações dos homens.
Como parte da sociedade, a Ciência também está aberta a
influências externas, como qualquer atividade social, pode ser bem
ou mal usada. (KNELLER, 1980, prefácio da obra)
Deriva-se daí que a Ciência não é neutra visto que o cientista faz
parte de um contexto social, econômico e cultural, influenciando e sendo
influenciado por esse contexto, fato que não pode ser ocultado de nossos
estudantes. Isso significa mostrar que a ciência não está pronta nem acabada e não
é absoluta, mas, revelar aos nossos estudantes “... como é penoso, lento, sinuoso e,
por vezes, violento, o processo de evolução das ideias científicas” (PONCZEK,
2002, p. 22).
Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais
que vivem ou que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte
da cultura social humana e, portanto, é um direito dos estudantes conhecê-lo.
Alem disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que
sejam capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de
decisões, não podemos deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à
tecnologia. Por isto é importante buscarmos o entendimento das possíveis relações
entre o desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações
culturais, sociais e econômicas na humanidade decorrentes deste desenvolvimento
que, em muitos aspectos, depende de uma percepção histórica de como estas
relações foram sendo estabelecidas ao longo do tempo.
Mas, considerando que também as tecnologias são historicamente
construídas e entendendo que
... tecnologia refere-se à forma específica da relação entre o ser
humano e a matéria, no processo de trabalho, que envolve o uso de
meios de produção para agir sobre a matéria, com base em energia,
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conhecimento e informação. (...) refere-se a arranjos materiais e
sociais que envolvem processos físicos e organizacionais, referidos
ao conhecimento científico aplicável. No entanto, a tecnologia não é
propriedade neutra ligada à eficiência produtivista, e não determina a
sociedade, da mesma forma que esta não escreve o curso da
transformação tecnológica. Ao contrário, as tecnologias são produtos
da ação humana, historicamente construídos, expressando relações
sociais das quais dependem, mas que também são influenciados por
eles. Os produtos e processos tecnológicos são considerados
artefatos sociais e culturais, que carregam consigo relações de
poder, intenções e interesses diversos. (OLIVEIRA,2001, p. 101102)
Considerando ainda que, como nos ensina Paulo Freire, ensinar
exige respeito aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em
Física deve partir do conhecimento prévio dos alunos respeitando seu contexto
social e suas concepções espontâneas a respeito de ciência.
Em primeiro lugar, de acordo com MOREIRA (s/d, p.2), devemos
abandonar o papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e passarmos a
ver, de fato, os sujeitos como elaboradores do saber físico, mas que precisam do
professor como mediador. O autor parte do pressuposto que o objetivo do ensino é
compartilhar, professor e aluno, significados e promover a aprendizagem
significativa. Mas, isso acontecerá somente quando o educando internalizar esses
significados de maneira não arbitrária e não literal, quando as novas informações
adquirirem significado por interação com o conhecimento prévio do aluno e,
simultaneamente,
derem
significados
adicionais,
diferenciarem,
integrarem,
modificarem e enriquecerem o conhecimento já existente.
Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas
ideias, sua visão do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas
experiências diárias e nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por
MOREIRA (1999), os seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e atuam
(fazem). Ou seja, ao se pensar uma metodologia de ensino para a Física é preciso
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ter em vista o que os estudantes já conhecem. Esta ideia remete aos estudos das
concepções espontâneas ou ideias alternativas dos sujeitos:
(...) Os estudos realizados sob essa perspectiva revelaram que as
ideias alternativas de crianças e adolescentes são pessoais,
fortemente influenciadas pelo contexto do problema e bastante
estáveis e resistentes à mudança, de modo que é possível encontrálas mesmo entre estudantes universitários (...). Realizadas em
diferentes partes do mundo, as pesquisas mostraram o mesmo
padrão de ideias em relação a cada conceito investigado.
(MORTINER, 1996, p.2)
O educando será apresentado a princípios, concepções, linguagem,
entre outros elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve
permitir que ele perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela
ciência para explicar um determinado fenômeno. Esse processo contribuirá para que
o educando reformule as suas ideias tendo em vista a concepção científica. Assim,
espera-se que esteja reelaborando seus conceitos, mas não necessariamente, que
abandone suas ideias espontâneas. Poderá estar negociando ou adequando sua
interpretação e linguagem ao contexto de utilização. Ou seja, seus conceitos serão
mais elaborados ou menos elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior
for a necessidade ou interesse deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no
contexto da comunidade científica.
Entendemos, então, que a Física deve educar para cidadania,
contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, "... capaz de compreender
o papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia. (...) capaz de compreender a
cultura científica e tecnológica de seu tempo" (CHAVES & SHELLARD, 2005, p.
233).
Cabe colocar aqui que a cidadania da qual estamos falando não é a
cidadania para o consumo, não é a cidadania construída através de intervenções
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externas, doações da burguesia e do Estado moderno, mas, a cidadania que se
constrói no interior da prática social e política de classes. Estamos entendendo que:
... nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres
históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o
mundo. Mas, histórico como nós, o nosso conhecimento do mundo
tem historicidade. (...) Daí que seja tão fundamental conhecer o
conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à
produção do conhecimento ainda não existente" (FREIRE, 1996,
p.31).
Por isso entendemos que a contribuição da Física no Ensino Médio
é a contribuição para a formação dos sujeitos através das "
... lutas pela escola e pelo saber, tão legítimos e urgentes (...). Por
este caminho nos aproximamos de uma possível redefinição da
relação entre cidadania e educação (...) a luta pela cidadania, pelo
legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o
verdadeiro processo de formação e constituição do cidadão. A
educação não é uma precondição da democracia e da participação,
mas é parte, fruto e expressão do processo de sua constituição.
(ARROYO, 1995, p.79)
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico
na EJA ainda é tratado como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático
que, normalmente, não leva a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba
por distanciar o interesse dos educandos pela disciplina.
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Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos
simplificados e reduzidos, bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo
vivencial. Além disso, é tratado como um campo de conhecimentos acabados, como
verdades absolutas, fruto de alguns gênios da humanidade, contribuindo para que
os educandos tornem-se passivos em sala de aula.
É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem
condições de ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da
descoberta, tornando o processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e
estimulador.
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da
organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes
de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o
modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência
pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada
situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios
didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos
alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza
o público da educação de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p 7-8)
A partir desse pressuposto, para romper com o modelo tradicional de
ensino é necessário rever os meios de apresentação dos conteúdos, priorizando os
conceitos físicos e optando por metodologias de ensino que se adaptem às
necessidades de aprendizagem dos educandos. (...),
não vemos como necessário, no momento, grandes alterações nos
conteúdos tradicionais, mas sim, na forma como eles serão
desenvolvidos. Entendemos que o avanço nos conhecimentos de
Física deverá ser dado por uma inovação na metodologia de
trabalho e não em termos de conteúdos. (GARCIA; ROCHA;
COSTA, 2000, p.40)
Na reflexão desenvolvida com professores de Física da Educação
de Jovens e Adultos, identificou-se algumas estratégias para o desenvolvimento
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metodológico da disciplina de Física, considerando que essas estratégias
metodológicas podem contribuir para o ensino e a aprendizagem dos educandos.
Dessa forma, deve ser levado em conta a formação do professor, o espaço físico, os
recursos disponíveis, o tempo de permanência do educando no espaço escolar e as
possibilidades de estudo fora deste, para que as estratégias metodológicas possam
ser efetivadas.
A abordagem da Física enquanto construção humana
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a
importância da Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o
conhecimento enquanto construção humana e a constante evolução do pensamento
científico, assim como, as relações das descobertas científicas com as aplicações
tecnológicas na contemporaneidade.
A história da física não se limita à história de seus protagonistas.
Antes ao contrário: é uma história do pensamento em que ideias
surgem e desaparecem, em que pensamentos, muitas vezes
completamente despropositados na época em que aparecem,
tomam forma e ultrapassam as barreiras profissionais
contemporâneas. Afinal, a física é hoje – num mundo em que a
tecnologia permite revoluções e promete saídas para ao mais graves
problemas – uma das manifestações de maior transparência de
nossa cultura. (BARROS, 1996, p.7)
O papel da experimentação no ensino de Física
O uso da experimentação é viável e necessário no espaço e tempo
da EJA, mesmo que seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da
utilização de materiais alternativos e de baixo custo, na construção ou demonstração
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dos experimentos. Assim, “quando o aluno afirma que um imã atrai todos os metais,
o professor sugere que ele coloque essa hipótese à prova com pedaços de
diferentes metais. Por mais modesta que pareça esta vivência, é rica em
ensinamentos” (AXT, s/d, p.78).
O lúdico – Brinquedos e jogos no ensino de Física
Por meio desta estratégia de ensino o educando será instigado a
pesquisar e propor soluções, visto que a ludicidade “... decorre da interação do
sujeito com um dado conhecimento, sendo portanto subjetiva. Seu potencial didático
depende muito da sensibilidade do educador em gerar desafios e descobrir
interesses de seus alunos.” (RAMOS; FERREIRA, 1993, p.376)
O cuidado com os conceitos e definições em Física
O educando traz ideias e contextos para as coisas, para
compreender e atuar no mundo. Essas ideias podem ser aproveitadas como ponto
de partida para a construção do conhecimento científico, mas será necessário fazer
a transposição destes conceitos espontâneos ou do senso comum para o
conhecimento científico, com os cuidados necessários.
Atualmente o entendimento do ensino de física é fortemente
associado às ideias de conceitos espontâneos. Tais ideias indicam
que quando as pessoas vêm para a escola, elas já têm um contexto
para as coisas. Por outro lado, à medida que vamos inserindo os
assuntos na sala de aula, queremos que o aluno vá montando
aquela estrutura que nós temos, ligando os conceitos da forma como
nós o fazemos. Entretanto, à medida que vamos ensinando, ele vai
fazendo as ligações que quer. (...). Que pode, que consegue. E
assim, os mesmos conceitos podem ser ligados de maneiras
diferentes, em estruturas diferentes. É comum pensarmos que a
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lógica, a maneira de raciocinar, de inserir algo em contextos mais
amplos, utilizados por nós, professores, para construirmos nossas
estruturas, seja algo absoluto, algo transcendental. Mas não é. A
lógica depende do contexto em vigor. (...), sempre achamos que
com a informação que fornecemos aos alunos eles farão as ligações
que nós fizemos, mas isso não é necessariamente verdade. Não há
nada que nos assegure que o aluno faz as ligações que nós
gostaríamos que ele fizesse. O que dizemos em sala de aula pode
ser
interpretado
de
várias
maneiras
diferentes.
(ROBILOTTA;BABICHAK, 1997, p.22).
O cotidiano dos alunos/contextualização
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber
escolar e as experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem
ser aproveitadas no processo da aprendizagem.
Quanto mais próximos estiverem o conhecimento escolar e os
contextos presentes na vida pessoal e no mundo no qual eles
transitam, mais o conhecimento terá significado. Contextualizar o
ensino significa incorporar vivências concretas e diversificadas, e
também, incorporar o aprendizado em novas vivências. (SEED-PR,
2000, s/d)
O papel do erro na construção do conhecimento
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem
ser considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos e
melhor compreensão dos conteúdos. Cabe ao educador administrar este processo
no qual os educandos da EJA necessitam de apoio, principalmente pelo processo
diferenciado de estudo e o tempo que permanecem no espaço escolar. É essencial
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valorizar os acertos e tornar o erro como algo comum, caracterizando-o como um
exercício de aprendizagem.
O incentivo à pesquisa e a problematização
É importante incentivar os educandos para que ampliem seus
conhecimentos por meio de pesquisa, como atitude cotidiana e na busca de
resultados. Para tanto,
será útil distinguir entre pesquisa como atitude cotidiana e pesquisa
como resultado específico. Como atitude cotidiana, está na vida e
lhe constitui a forma de passar por ela criticamente, tanto no sentido
de cultivar a consciência crítica, quanto no de saber intervir na
realidade de modo alternativo com base na capacidade
questionadora. (...). Como resultado específico, pesquisa significa
um produto concreto e localizado, (...), de material didático próprio,
ou de um texto com marcas científicas. (...). Os dois horizontes são
essenciais, um implicando o outro. No segundo caso, ressalta muito
mais o compromisso formal do conhecimento reconstruído, enquanto
o primeiro privilegia a prática consciente. (DEMO, 1997, p. 12-13)
A problematização consiste em lançar desafios que necessitem de
respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade.
(...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser
superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.2526). As dúvidas são ocorrências muito comuns na Física, porém, poderão ser
aproveitadas para as reflexões sobre o problema a ser analisado.
Os recursos da informática no ensino da Física
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta
cada vez mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas
e à melhor compreensão dos estudos elaborados. A familiarização do educando
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com o computador se faz necessária dentro da escola, visto que a tecnologia se faz
presente nos lares, no trabalho e aonde quer que se vá. É necessário o mínimo de
entendimento sobre as tecnologias usuais e como utilizar-se desta ferramenta para
ampliar os conhecimentos.
O uso de textos de divulgação científica em sala de aula
Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites e em
outros meios de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao
ensino de Física e serem explorados de diversas formas. Deve-se ter o cuidado de
estar selecionando textos validados por profissionais da área e que tenham cunho
científico, observando a existência de erros conceituais ou informações incorretas.
A utilização do material de apoio
O ensino da Física não deve estar apenas pautado no uso do
material didático fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de
outros recursos, como os apontados anteriormente, para enriquecer as aulas e
tornar o processo de ensino mais harmonioso e agradável. Assim, o material deve
servir de apoio, tanto ao educador como ao educando, ao lado de outras alternativas
de ensino e aprendizagem que complementem o conhecimento proposto.
CONTEÚDOS DE FÍSICA – ENSINO MÉDIO
Considerando-se
a
amplitude
dos
conhecimentos
físicos,
é
necessário pensar a importância e essencialidade dos conteúdos, visando
contemplar aprendizagens significativas aos educandos da EJA.
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Para isso, é indispensável que a organização dos conteúdos na
proposta curricular esteja vinculada ao espaço e ao tempo de estudo dos educandos
e a experiência cotidiana destes, procurando apresentar esses conteúdos como
instrumentos de melhor compreensão e atuação na realidade. Para a maioria dos
educandos da EJA, como também
... para uma grande parte da população, os conhecimentos de Física
do Ensino Médio têm grande possibilidade de serem os únicos
dessa disciplina aos quais os alunos terão acesso pela via escolar.
Percebemos, então, a pertinência e necessidade de reorganização
dos componentes curriculares de física - entendida aqui a ideia de
currículo como sendo algo muito mais amplo do que mera listagem
de conteúdos de tal forma que possam dar conta, tanto das
demandas de continuidade dos estudos e das de natureza
profissional como, e principalmente, daquelas exigidas pela vida no
seu dia-a-dia. (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2000, p. 139-140)
Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve
priorizar os essenciais, ou seja, àqueles que possam ter significado real à vida dos
educandos.
Os
conteúdos
devem
possibilitar
a
percepção
das
diversas
abrangências sobre um determinado fenômeno, portanto, o ensino não pode se
restringir apenas ao livro didático ou ao material de apoio. “A seleção de conteúdos
é tarefa do professor; ele pode produzir uma unidade de ensino que não existe no
livro ou deixar de abordar um de seus capítulos, pode realizar retificações ou propor
uma abordagem diferente” (BIZZO, 2000, p.66).
Considerando-se ainda as Diretrizes Curriculares Estaduais para a
Educação de Jovens e Adultos e as especificidades desta modalidade de ensino,
principalmente no que tange ao tempo de ensino do educador e o tempo da
aprendizagem dos educandos, a proposta de conteúdos básicos da disciplina de
Física, segue o disposto a seguir:
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INTRODUÇÃO À FÍSICA
Campo de estudo e atuação da Física.
História da Física.
A Física contemporânea e suas aplicações tecnológicas.
MECÂNICA
Movimento retilíneos.
Movimentos curvilíneos.
Movimento circular uniforme.
Queda-livre.
Os Princípios da Mecânica (Leis de Newton).
Energia. Trabalho. Potência.
Impulso e quantidade de movimento.
A Gravitação Universal.
A Hidrostática.
FÍSICA TÉRMICA
Fenômenos térmicos.
O calor e a temperatura.
O fenômeno da dilatação nos sólidos, líquidos e gases.
As mudanças de estado físico da matéria.
Trocas de calor. Transmissão de calor.
Comportamento térmico dos gases.
As Leis da Termodinâmica.
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ONDULATÓRIA
Fenômenos ondulatórios.
Ondas mecânicas e eletromagnéticas.
Natureza ondulatória e quântica da luz.
ÓPTICA
Fenômenos luminosos.
Princípios da Óptica Geométrica.
Aplicações do fenômeno da reflexão e refração da luz.
Lentes e instrumentos ópticos de observação.
Espelhos.
A óptica e o olho humano.
ELETRICIDADE E MAGNETISMO
Fenômenos elétricos e magnéticos.
Aspectos estáticos e dinâmicos da eletricidade.
A Lei de Coulomb.
O campo elétrico . Potencial elétrico.
A corrente elétrica.
Geradores e circuitos elétricos.
O campo magnético.
Indução magnética.
ENERGIA
Energia e suas transformações.
Fontes e tipos de energia.
Energia, meio ambiente e os potenciais energéticos do Brasil.
A energia elétrica nas residências.
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REFERÊNCIAS
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Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991, p.18-46.
ARROYO, M. G. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester; ARROYO,
Miguel G.; NOSELLA, PAULO. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? 5 ed.
São Paulo: Cortez, 1995. (Coleção questões de nossa época)
AXT, Rolando. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. In: MOREIRA,
Marco Antonio. AXT, Rolando. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra,
s/d.
BARROS, Henrique Lins.In: BEM-DOV, Yoav. Convite à física. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar ed., 1996. Prefácio da obra.
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
CHAVES, A.; SHELLARD, R.C. Física para o Brasil: pensando o futuro. São Paulo:
Sociedade Brasileira de Física, 2005.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2. ed.,Campinas: Autores Associados, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura)
GARCIA, N. M. Dias ; ROCHA,V. Jazomar ; COSTA, R. Z. Visneck. Física. In:
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que
vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.
MOREIRA, M.A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
MOREIRA, M. A. Revalorização do professor e aprendizagem significativa: dois
fatores importantes para a reconstrução da escola pública. Texto digitalizado, s/d2.
MORTIMER, F. E. Construtivismo, Mudança Conceitual e Ensino de Ciências: para
onde vamos? Investigações em Ensino de Ciências. V.1, n.1, abril de 1996. In:
http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/. Acesso em 07/06/2005.
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OLIVEIRA. M. R.N. S. Do mito da tecnologia ao paradigma tecnológico; a mediação
tecnológica nas práticas didático-pedagógicas. In: Revista Brasileira de Educação,
set/ou/nov/dez, 2001, n.18. Reunião anual da ANPED, 24º. Caxambu: ANPED,
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RAMOS, Eugênio M. de França. FERREIRA, Norberto Cardoso. O desafio lúdico
como alternativa metodológica para o ensino de física. In: Atas do X SNEF, 2529/janeiro, 1993.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação
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Campinas: UNICAMP, dez, 1999.
ROBILOTTA, Manoel Roberto. BABICHAK, Cezar Cavanha. Definições e conceitos
em Física. In: Cadernos Cedes, ano XVIII, no. 41, junho/ 97, p. 35 – 45.
ROSA, C. W. da; ROSA, A. B. da. Ensino de Física: objetivos e imposições no
ensino médio. Revista Eletrónica de Ensenãnza de las Ciencias. Vol.4, nº 1, 2005.
SEED-PR. Proposta pedagógica e autonomia da escola. Set, 2000, texto
digitalizado.
SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores
Associados, 1993, p. 20-28.
DISCIPLINA DE QUÍMICA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA
A consolidação da Química como ciência foi um dos fatos que
permitiu o desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas
no modo de viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas
diversas atividades diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12),
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o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável
para que se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou
assistir à televisão. Da mesma forma, decisões a respeito de
questões ambientais, por exemplo, não podem prescindir da
informação científica, que deve estar ao alcance de todos.
Assim, a Química fundamenta-se como uma ciência que permite a
evolução do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos,
culturais, éticos, entre outros, bem como o seu reconhecimento como um ser que se
relaciona, interage e modifica, positiva ou negativamente, o meio em que vive.
A Química como ciência contempla as tradições culturais e as
crenças populares que despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições
para o desenvolvimento das teorias e das leis que fundamentam as ciências. BIZZO
(2002, p.17), afirma que
a ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade
filosófica, mas em um certo tipo de verdade que é diferente dessas
outras. Não é correta a imagem de que os conhecimentos
científicos, por serem comumente fruto de experimentação e por
terem uma base lógica, sejam “melhores” do que os demais
conhecimentos. Tampouco se pode pensar que o conhecimento
científico possa gerar verdades eternas e perenes.
Desta forma, é importante considerar que o conhecimento químico
não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.
A Química, trabalhada como disciplina curricular do Ensino Médio,
deve apresentar-se como propiciadora da compreensão de uma parcela dos
resultados obtidos a partir da Química como ciência.
A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e
posturas. Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam
explicar o desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de
aula, requer outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é
alcançar resultados esperados, aliás planejados, para que o
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estudante possa entender o que é conhecido. (...) Existe portanto
uma diferença fundamental entre a comunicação de conhecimento
em congressos científicos, entre cientistas, e a seleção e adaptação
de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por
professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)
Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado
nas escolas e conforme MALDANER (2000, p.196),
compreender a natureza da ciência química e como ela se dá no
ensino e na aprendizagem passou a ser um tema importante,
revelado a partir das pesquisas educacionais, principalmente as
pesquisas realizadas na década de 1980 sobre as ideias alternativas
dos alunos relacionadas com as ciências naturais. No âmbito da
pesquisa educacional, mais ligado à educação científica, estava
claro, já no início dos anos 90, que era fundamental que os
professores conhecessem mais o pensamento dos alunos,bem
como, a natureza da ciência que estavam ensinando. No entanto,
isso não era prática usual nos cursos de formação desses
professores.
Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos
educadores têm trabalhado esta disciplina, priorizando fatos desligados da vida dos
educandos, em que os educadores abordam, principalmente, os conteúdos
acadêmicos, enfatizando a memorização, o que torna a disciplina desvinculada da
realidade dos seus alunos e sem significação para sua vida.
Considerando
que
uma
das
funções
do
aprendizado
dos
conhecimentos químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a
importância da Química em sua vivência, para DELIZOICOV et.al.ı (2002, p.34),
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a ação docente buscará constituir o entendimento de que o processo
de produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a
tecnologia constitui uma atividade humana, sócio-historicamente
determinada, submetida a pressões internas e externas, com
processos e resultados ainda pouco acessíveis à maioria das
pessoas escolarizadas, e por isso passíveis de uso e compreensão
acríticos ou ingênuos; ou seja, é um processo de produção que
precisa, por essa maioria, ser apropriado e entendido.
Assim, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de
Química na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a
construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para
que possa argumentar e se posicionar criticamente.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando os encaminhamentos metodológicos contidos na
proposta pedagógica de ensino para a disciplina de Química no Ensino Médio
Regular, faz-se necessário refletir as especificidades do trabalho com a Química na
Educação de Jovens e Adultos (EJA), considerando as Diretrizes Curriculares
Estaduais para essa modalidade de ensino da educação básica.
Nesse sentido, para o trabalho metodológico com essa disciplina,
uma
alternativa
seria
partir
da
sequência:
“fenômeno–problematização–
representação-explicação” (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor,
episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes
no processo de ensino e aprendizagem e não obstáculo a ser
superado (...) O importante é identificar situações de alta vivências
comuns ao maior número possível de alunos e a partir delas
começar o trabalho de ensino. (MALDANER, 2000, p. 184)
Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas,
classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os
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quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica,
interativa e consistente, respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e
propiciando condições para que o mesmo perceba a função da Química na sua vida.
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da
organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes
de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o
modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência
pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada
situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios
didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos
alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza
o público da educação de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p.8)
Conforme SCHNETZLER (2000) citada em MALDANER (2000, p.
199), “Aprender significa relacionar”. A aprendizagem dos vários conceitos químicos
terá significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as experiências
trazidos pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes de estabelecer
relações entre conceitos micro e macroscópicos, integrando os diferentes saberes –
da comunidade, do educando e acadêmico.
Segundo FREIRE (1996, p.38), “a educação emancipatória valoriza
o ’saber de experiência feito’, o saber popular, e parte dele para a construção de um
saber que ajude homens e mulheres na formação de sua consciência política.”
Para que isso se evidencie no ambiente escolar, para a disciplina de
Química, considera-se a afirmação de MALDANER (2000, p. 187), de que “o saber
escolar deve permitir o acesso, de alguma forma, ao conhecimento sistematizado.
Assim ele será reconstruído e reinventado em cada sala de aula, na interação
alunos/professor, alunos/alunos e, também, na interação com o entorno social”.
Dessa forma, o ensino da disciplina de Química deve contribuir para que o educando
jovem e adulto desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano, levando-o a
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compreensão dos mesmos de forma consciente, dando-lhe condições de discernir
algo que possa ajudá-lo, daquilo que pode lhe causar problemas.
Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de
forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e
adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes
situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar
a partir de uma problematização, ou seja, lançando desafios que necessitem de
respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade
(...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser
superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada.” (SAVIANI, 1993, p.26)
As dúvidas são muito comuns em Química, devendo ser aproveitadas para a
reflexão sobre o problema a ser analisado. Sendo assim, para o educador, o desafio
consiste em realizar esta contextualização sem reduzir os conteúdos apenas a sua
aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a
disciplina de Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e
evolução do pensamento na ciência Química, propiciando condições para que o
educando perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a
compreensão de sua linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas
desse processo, pois as diversas contingências históricas têm levado os professores
a deixar de lado a importância do saber sistematizado, resultando numa prática
pedagógica pouco significativa.
É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e
as práticas realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no
trabalho docente, a fim de que o educando possa visualizar uma transformação
química, inserindo conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal
experimento com aspectos da sua vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é
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importante que o professor perceba que a experimentação é um
elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só,
não garante bom aprendizado. (...) ...a realização de experimentos é
uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento
constante do professor, que deve pesquisar quais são as
explicações apresentadas pelos alunos para os resultados
encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova
situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.
Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado é o fato de
que o educador não deve se colocar como o verdadeiro e único detentor do saber,
apresentando todas as respostas para todas as questões. Conforme BIZZO (2002,
p.50),
o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas,
mesmo que detenha a informação exata, oferecendo novas
perguntas em seu lugar, que levassem os alunos a buscar a
informação com maior orientação e acompanhamento. Perguntas do
tipo “por quê?” são maneiras de os alunos procurarem por respostas
definitivas, que manifestem uma vontade muito grande de conhecer.
Se o professor apresenta, de pronto, uma resposta na forma de uma
longa explicação conceitual, pode estar desestimulando a busca de
mais dados e informações por parte dos alunos.
Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a
refletir sobre o assunto trabalhado, estimulando-o a buscar mais dados e
informações.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a
utilização do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas,
de tal forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. MALDANER
(2000, p. 185), afirma que
é por isso que não é possível seguir um “manual” de instrução, do
estilo de muitos livros “didáticos” brasileiros originados dos
“cursinhos pré-vestibulares”, para iniciar o estudo de química no
ensino médio. A lógica proposta nesses “manuais” é a da química
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estruturada para quem já conhece a matéria e pode servir,
perfeitamente, de revisão da matéria para prestar um exame tão
genérico como é o exame vestibular no Brasil.(...) O que seria
adequado para uma boa revisão da matéria, característica original
dos “cursinhos pré-vestibulares”, tornou-se programa de ensino na
maioria das escolas brasileiras.
A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve
ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem
necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante
de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma
adequada à realidade dos alunos.
Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve
priorizar os essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos
educandos jovens e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos
mesmos a percepção de que existem diversas visões sobre um determinado
fenômeno e, a partir dessa relação, poderem constituir a sua própria identidade
cultural, estimulando sua autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser
organizados sem a rígida sequência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto,
deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses conteúdos, assim como a
coerência dos mesmos para o processo educativo.
CONTEÚDOS DE QUÍMICA – ENSINO MÉDIO
O programa de Química contempla os seguintes conteúdos,
considerados essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio
na modalidade Educação de Jovens e Adultos.
Matéria e substâncias
Reações Químicas
Funções Orgânicas e Inorgânicas
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Ligações Químicas
Ligações entre as moléculas
Tabela periódica e periodicidade
Estrutura atômica
Estequiometria
Estudo dos Gases
Radioatividade
Propriedades coligativas
Eletroquímica
Equilíbrio Químico
Soluções
Termoquímica
É importante ressaltar que cabe ao educador, a partir da
investigação dos conhecimentos informais que os educandos têm sobre a Química,
sistematizar as estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro
de cada um dos conteúdos mencionados anteriormente, qual a intensidade de
aprofundamento, bem como a articulação entre os mesmos ou entre os tópicos de
cada um.
Para a organização dos conteúdos é indicado que seja utilizada a
problematização, cujo objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os
temas são baseados em fatos locais, regionais, nacionais ou mundiais, que possam
refletir sobre os acontecimentos que relacionam a Química com a vida, com o
ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais.
A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os
conteúdos que possam ser trabalhados, independentemente da sequência usual
presente nos livros didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os
conteúdos, bem como, a forma como serão desenvolvidas as atividades para
aprofundamento
e
avaliação, o
educador terá
condições de
desenvolver
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metodologias que visem evitar a fragmentação ou a desarticulação dos conteúdos
dessa disciplina.
Na perspectiva que se propõe, a avaliação na disciplina de Química
vem mediar a práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com
os encaminhamentos metodológicos, onde os erros e os acertos deverão servir
como meio de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É
essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que
o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do
conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é
repleta de falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.
A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda
avaliação supõe um processo de obtenção e utilização de
informações, que serão analisadas diante de critérios estabelecidos
segundo juízos de valor. Portanto, não se pode pretender que uma
avaliação seja um processo frio e objetivo; ele é, em si, subjetivo,
dependente da valorização de apenas uma parcela das informações
que podem ser obtidas. Essas características são importantíssimas
para que possamos compreender a utilidade e os limites da
avaliação e como ela pode ser utilizada pelo próprio professor para
reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61)
Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o
conteudismo e o ato de avaliar como objeto de punição, perpassando por vários
caminhos,
fundamentados
na
concepção
teórica
e
no
encaminhamento
metodológico da disciplina de Química, estabelecendo uma perspectiva de torná-la
reflexiva, crítica, que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, voltada para
a autonomia do educando jovem, adulto e idoso.
REFERÊNCIAS
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
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DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química. Ijuí:
Editora Unijuí, 2000.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação
de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade. v.20, n. 68,
Campinas: UNICAMP, dez, 1999.
SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas:
Autores Associados, 1993, p.20-28.
DISCIPLINA DE HISTÓRIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE HISTÓRIA
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A História é um conhecimento construído pelo ser humano em
diferentes tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral,
expressão das relações de poder. De acordo com BEZERRA, (2003 pg. 42) “o
objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos
sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se estabelecem entre os
grupos humanos em diferentes tempos e espaços”.
Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a
partir de sua visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim
aquela que foi tecida por um grupo social. Trata-se de um conhecimento científico,
que precisa ser interpretado.
Hoje, por exemplo a História busca os diversos aspectos que
compõem a realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado
uma História que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os grandes feitos
e os heróis em direção a um progresso pautado pela invenção do estado-nação que
precisava ser legitimado. Nesse contexto, é criada a disciplina de História que tinha
como função legitimar a identidade nacional.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A disciplina de História tem como objetivo o estudo dos processos
históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo. A
produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador possui um método
específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do passado, com
referências ao presente.
A problematização construída a partir dos documentos e da
experiência do historiador, produz uma narrativa histórica que tem como desafio
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contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticos dos sujeitos e
suas relações.
Para o aluno compreender como se dá a construção do
conhecimento histórico, o professor deve organizar seu trabalho pedagógico por
meio:
• do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;
• da fundamentação na historiografia;
• da problematização do conteúdo;
• essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas
produzidas pelos sujeitos.
Esse processo deve contribuir para formar um(a) educando(a)
leitor(a) e escritor(a), que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da
leitura, análise e interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de
textos orais e escritos, que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante que
o(a) educando(a) da EJA possa ampliar a sua leitura de mundo percebendo-se
como sujeito da História na busca da autonomia e da cidadania.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem como objetivo proporcionar ao educador condições para
verificar
eventuais
necessidades
de
ajustes
na
programação
e
no
(re)
encaminhamento pedagógico de certo conteúdo e/ou prática. Logo, não pode ser
pensada e/ou realizada sem vinculação com o modo como concebemos o processo
de ensino e aprendizagem dos conteúdos da disciplina.
A avaliação deve ser orientadora e contínua, ou seja, proporcionar ao(a)
educando(a) a correção dos seus erros de forma sistemática ao longo de todo o
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processo de apropriação do conhecimento, através de: prova escrita, oral,
atividades realizadas em sala e/ou (tarefa), trabalhos(individual ou em grupo),
pesquisas, debates, seminários, e também, através da participação dos(as)
educandos(as) nas mais diversas atividades propostas em sala ou extra-classe.
Dessa forma, a avaliação deverá apresentar um caráter formativo e não
classificatório, proporcionando um processo de elaboração crítica do conteúdo
pelo(a) educando(a) da EJA, de maneira que possa aplicar os conhecimentos
apreendidos para a transformação das condições adversas impostas por sua
realidade.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Ensino Fundamental e Médio
EIXOS
ORIENTA
DORES
CULTURA
TRABALHO
TEMPO
TEMAS
CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
IDENTIDADE
CULTURAL
CONTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem um
sujeito histórico, atuação do sujeito histórica-memória.
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO:
conceito de ciência histórica, como o historiador
reconstrói a história? Diferentes temporalidades, fontes
históricas, patrimônio cultural, a origem do homem e o
começo dos tempos.
ENCONTRO ENTRE DIFERENTES CULTURAS: o
Paraná no Século XV, ocupação do espaço paranaense,
o domínio cultural e político europeu, principais etnias,
dominação e resistência, patrimônio cultural paranaense.
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TERRA E
PROPRIEDA
DE NOS
DIFERENTES
PERÍODOS
HISTÓRICOS
O ESTADO E
AS
RELAÇÕES
DE PODER
DIFERENTES MODOS DE DISTRIBUIÇÃO DA TERRA:
Capitalista, socialista, primitiva, feudal e escravista.
CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NO BRASIL: Capitanias
hereditárias,
sesmarias,
reduções,
engenhos,
rendeiros/meeiros
Quilombos, comunidades indígenas, leis de terras,
imigração européia.
TENTATIVAS DE REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL
REPÚBLICA:
Plano de metas, reforma de base, ditadura militar,
proposta de Tancredo Neves, a questão da terra nos
governos; Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula
da Silva.
CONFLITOS AGRÁRIOS PELA TERRA NO BRASIL:
Canudos, Contestado, ligas camponesas, demarcação
das terras indígenas, luta dos povos da floresta,
movimento dos trabalhadores rurais sem terra.
ESTADO NEOLIBERAL: origem, emprego, flexibilização
dos direitos sociais, neoliberalismo no Brasil.
ESTADO DITATORIAL E TOTALITARIO: ditadura militar
no Brasil, ditadura na América espanhola, princípios
fundamentais do totalitarismo, contexto da Segunda
Guerra.
ESTADO POPULISTA: o populismo no Brasil e na
América espanhola.
ESTADO INTERVENCIONISTA: revolução de 1930,
Crise de 1929, Constituição de 1934.
ESTADO OLIGARQUICO: Coronelismo, Revolução
Federalista no Paraná, Tenentismo.
ESTADO LIBERAL CLÁSSICO: Século das Luzes,
Imperialismo, Primeira Guerra Mundial.
FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: O Estado
Absolutista, O poder da Igreja no Brasil colônia.
Separação entre Estado e Igreja no Brasil.
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CIDADANIA E
TRABALHO
EIXOS
ORIENTA
DORES
TEMAS
CULTU
RA
TRABA
LHO
TEMPO
DIVERSIDADE
CULTURAL
RELAÇÕES
DE PODER E
MOVIMENTOS
SOCIAIS
CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de Cidadania
e trabalho, direitos civis, políticos e sociais.
CIDADANIA EM OUTRAS SOCIEDADES: Sociedade
árabe, sociedade chinesa, Grécia e Roma. Servidão
feudal.
CONSTRUÇÃO
DA
CIDADANIA
NO
MUNDO
CONTEMPORÂNEO: o humanismo no renascimento
cultural, Revoluções burguesas e Iluminismo, formação
da classe operária, relação capital e trabalho. Apartheid.
DESAFIOS E OBSTÁCULOS NA CONSTRUÇÃO DA
CIDADANIA BRASILEIRA: trabalho escravo e infantil,
movimento operários e sociais, a Constituição cidadã de
1988.
CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO
CONTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o
homem/mulher como sujeitos históricos, formação da
identidade e alteridade, História local.
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO:
história como ciência, natureza e cultura, diferentes
temporalidades, fontes históricas, as primeiras
civilizações, patrimônio cultural.
DIFERENTES CULTURAS: dominação e resistência
na formação da sociedade brasileira, o mundo árabe,
a cosmovisão africana., cultura oriental, os diversos
Brasis.
A RELAÇÃO COLONIZADOR/COLONIZADO NA
AMÉRICA: domínio cultural e político europeu,
assimilação e aculturação.
HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL E NOS
ESTADOS UNIDOS: trabalho escravo, Formas de
resistência, movimentos abolicionistas, guerra de
secessão.
LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO: Estado liberal
clássico, as ideias iluministas, a partilha do mundo,
Primeira Guerra Mundial.
SÉCULO XX MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS:
formação dos estão totalitários, o mundo em guerra,
descolonização afro-asiática, movimentos sociais no
pós-guerra, conflitos culturais na América espanhola.
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FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: emancipação
política das colônias americanas, a construção do
estado brasileiro, o período republicano.
LUTAS PELA POSSE DA TERRA: conflitos agrários
pela posse da terra no Brasil e na América
espanhola, conflito árabe-insraelense.
MUNDO DO
TRABALHO
E
CIDADANIA
CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de
Cidadania e trabalho, direitos civis, políticos e
sociais.
CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO MUNDO
CONTEMPORÂNEO: o humanismo no renascimento
cultural, Revoluções burguesas e Iluminismo,
Apartheid, o leste europeu, sociedade árabe,
sociedade chinesa.
DESAFIOS E OBSTÁCULOS NA CONSTRUÇÃO DA
CIDADANIA NO SÉCULO XXI: movimento operários
e sociais, a Constituição cidadã de 1988, a paz no
mundo, desigualdade social.
MUNDO DO TRABALHO: flexibilização do emprego,
trabalho escravo e infantil, relação capital e trabalho,
movimentos sindicais, a tecnologia no mundo
globalizado.
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REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 1998.
BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: Europa-América, 1997.
CABRINI, Conceição et. al. O ensino de história: revisão urgente. São Paulo:
Brasiliense, 1986.
DAVIES, Nicholas (Org.). Para além dos conteúdos no ensino de história. Niterói:
Eduff,
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.
São Paulo, Paz e Terra, 1987.
KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.
SILVA, Marcos A. da (Org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero,
1984.
SILVA, Thelma Nobre Machado Bittencourt & RABELLO, Heloisa de Jesus. O ensino
da história. Niterói, RJ: Eduff, 1992.
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DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DA GEOGRAFIA
Atualmente, a grande velocidade com que vem ocorrendo as
transformações no espaço planetário, tem levado a escola a rever conceitos e
metodologias, pois esses refletem diretamente nos elementos fundamentais do
ensino da Geografia.
Para iniciar a reflexão sobre o ensino de Geografia se colocam
algumas questões: O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar Geografia?
Para responder a essas questões, faz-se necessário esclarecer que
a Geografia como ciência, sofreu ao longo da história, profundas transformações,
tanto em nível teórico quanto metodológico. Até as primeiras décadas do século XX,
predominavam nas escolas concepções tradicionais e os livros se limitavam a uma
Geografia puramente descritiva e enumerativa, tipo catálogo. Os educandos eram
obrigados a memorizar listas intermináveis de nomes e números, ou confundiam a
Geografia com a topografia e a cartografia.
Esta Geografia tradicional, centrada na observação e na descrição
principalmente do quadro natural estrutura-se em três aspectos: os físicos, os
humanos e os econômicos.
Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais
importantes. Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas, redes
fluviais e tudo o que se refere ao mundo das águas); o relevo (planícies, planaltos,
serras – ou seja, as formas da superfície terrestre); o clima ( calor, frio, geada, neve
e estados do tempo em geral); e a vegetação (florestas, campos, cerrados, caatinga
e temas relacionados à distribuição das espécies vegetais pela superfície terrestre).
Os aspectos humanos referem-se ao homem “inserido” no quadro
natural, como se a paisagem tivesse sido moldada para recebê-lo e fornecer-lhe
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suas “dádivas”, ou seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e minerais, por
exemplo.
Por fim, na parte econômica busca-se explicar como o homem
explora e transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas
pela seguinte ordem: extrativismo, agricultura, pecuária, indústria, comércio, serviços
e meios de transporte – a circulação no território.
Observa-se que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolve-se
por meio de blocos (Geografia física, humana e econômica) que não se relacionam
nem internamente, nem entre si, desarticulados no espaço e no tempo. Na
Geografia física, por exemplo, não é estabelecida uma relação entre clima, solo,
relevo e hidrografia, faz-se uma descrição sem correlações entre os elementos. Com
tudo isso, segundo MORAES (1993, p.93), no Brasil, “a partir de 1970, a Geografia
Tradicional está definitivamente enterrada; suas manifestações, dessa data em
diante, vão soar como sobrevivências, resquícios de um passado já superado”.
Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do
conhecimento geográfico, bem como a serviço de quem está esse conhecimento.
Qual o papel do ensino de Geografia na formação de um cidadão crítico da
organização da realidade socioespacial.
A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto
indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de
ações, não considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história
se dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma concepção de geografia que possibilite ao
educando desenvolver um conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão
do mundo, privilegiando a sua dimensão socioespacial. Para MORAES (1998,
p.166), “formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-lhe
não uma
explicação
pronta
do
mundo, mas elementos para
o próprio
questionamento das várias explicações. Formar o cidadão democrático implica
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investir na sedimentação no aluno do respeito à diferença, considerando a
pluralidade de visões como um valor em si”.
Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e
interpretar o espaço geográfico, partindo da compreensão de que o espaço é
entendido como produto das múltiplas, reais e complexas relações, pois, como
mostra SANTOS (2001, p.174) “vive-se em um mundo de indefinição entre o real e o
que imagina-se dele”. E, em conformidade com RESENDE (1986, p.181) “é preciso
reconhecer a existência de uma saber geográfico, que é próprio do educando
trabalhador, um saber que está diretamente ligado com sua atitude intelectiva,
respondendo sempre ao seu caráter social, objetivo, de um todo integrado, um
espaço real”.
Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que
permitam aos educandos compreenderem a realidade que os cerca em sua
dimensão espacial, em sua complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja
entendido como o produto das relações reais, que a sociedade estabelece entre si e
com a natureza. Segundo CARLOS (2002, p.165) “A sociedade não é passiva diante
da natureza; existe um procedimento dialético entre ambas que reproduz espaços e
sociedades diferenciados em função de momentos históricos específicos e
diferenciados. Nesse sentido, o espaço é humano não porque o homem o habita,
mas porque o produz”.
Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do
conhecimento geográfico, ou seja, perceber além da paisagem visível.
Torna-se urgente, assim, romper com a compartimentalização do
conhecimento geográfico. Neste sentido, faz-se necessário considerar o espaço
geográfico a partir de vários aspectos interligados e interdependentes, os fenômenos
naturais e as ações humanas, as transformações impostas pelas relações sociais e
as questões ambientais de alcance planetário, não desprezando a base local e
regional.
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Nesse contexto, o homem passa a ser visto como sujeito, ser social
e histórico que produz o mundo e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998, p.192)
“O ensino de geografia deve propiciar ao aluno a compreensão de espaço
geográfico na sua concretude, nas suas contradições, contribuindo para a formação
de raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço,
pensando os fatos e acontecimentos mediante várias explicações”.
O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais
revela as contradições presentes na construção do espaço, inerentes ao modo como
homens e mulheres transformam e se apropriam da natureza. Nesta perspectiva, há
que se tornar possível ao educando perceber-se como parte integrante da
sociedade, do espaço e da natureza. Daí a possibilidade dele poder (re)pensar a
realidade em que está inserido, descobrindo-se nela e percebendo-se na sua
totalidade, onde revelam-se as desigualdades e as contradições. Sob tal
perspectiva, o ensino de Geografia contribui na formação de um cidadão mais
completo, que se percebe como agente das transformações socioespaciais,
reconhecendo as temporalidades e o seu papel ativo nos processos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Percebe-se que a prática metodológica no tocante ao ensino de
Geografia, tem sido assentada em aulas expositivas, na leitura de textos e em
questionários com respostas pré-determinadas, tendo como objetivo a memorização
dos conteúdos. Porém, tal prática tem se mostrado insuficiente para que se
concretize a construção do conhecimento geográfico. Portanto, faz-se necessário
repensar a metodologia para que, de fato, se assegurem os objetivos a que a
disciplina de Geografia se propõe.
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É preciso que o educando se perceba enquanto sujeito, como
produto e ao mesmo tempo transformador do espaço, por meio de suas ações e até
mesmo de suas omissões.
É importante que a escolha da metodologia possibilite ao educando
mecanismos de análise e reflexão sobre sua condição. Segundo FREIRE (1983,
p.61): “não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados”,
portanto, é importante a valorização dos saberes que os educandos possuem e que
foram acumulados ao longo de suas existências. Esses saberes devem ser o ponto
de partida para a construção de outros saberes. No caso da Geografia, tais
pressupostos se tornam mais evidentes e necessários.
A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia
deve tornar os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se
busque explicitar e oportunizar a observação, a análise e a reflexão, categorias
essenciais para o desenvolvimento de “um olhar geográfico” da realidade, ou seja,
do mundo vivido.
Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para
a abordagem dos conteúdos ou temas. Problematizar significa levantar questões
referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica em expor as
contradições que estão postas, buscar explicações e relações e construir conceitos.
Exemplo: ao trabalhar o tema “Indústrias no Brasil”, escolher uma
indústria local e questionar:
1- Qual a necessidade de termos uma indústria na nossa cidade?
2- Quais mudanças foram provocadas por sua instalação?
3- Qual a sua importância para o município, estado, país?
4- Qual sua importância para a população?
5- Por que ela se instalou nessa região?
6- Como é seu processo produtivo?
7- Quais impactos vem causando no ambiente?
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Se não houver indústria local, problematizar a razão disso e
questionar se é necessário uma indústria para garantir qualidade de vida na
comunidade ou na cidade.
A problematização pressupõe que se estabeleça o diálogo, ou seja,
que o educando seja ouvido e envolvido na construção do conhecimento.
Considerando a concepção do ensino de Geografia, numa
perspectiva crítica e dialética e tendo em vista que no seu encaminhamento
metodológico é fundamental considerar os saberes que os educandos trazem
consigo, vinculados a sua história de vida, optou-se pela organização do currículo de
Geografia, em três grandes eixos:
Espaço, Relações Sociais e Natureza.
Esses eixos estabelecem relações entre si e permitem a
compreensão da totalidade do espaço geográfico. Vale ressaltar, que a totalidade
aqui não é a soma, mas o conjunto da formação socioespacial. A compreensão da
migração campo-cidade, por exemplo, só ganha sentido quando a ela se relaciona a
estrutura fundiária, a questão da má distribuição das terras, a industrialização das
grandes metrópoles, a periferização e a qualidade de vida em si.
O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza
articula-se às temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os
conteúdos selecionados, devem ser trabalhados nas suas inter-relações, rompendose com a compartimentalização e com a linearidade do conhecimento geográfico,
possibilitando a explicitação do processo de produção do espaço pelas sociedades.
Cabe ao professor, como mediador na construção do conhecimento,
criar situações de aprendizagem, tomando como ponto de partida as experiências
concretas dos educandos no seu local de vivência, seja uma área rural, uma aldeia
indígena ou no meio urbano, de modo a permitir a resignificação de sua visão de
mundo.
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Nessa perspectiva, para que a avaliação cumpra o seu papel como
parte integrante do processo ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o
objetivo da atividade avaliativa e o conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar
instrumentos diferenciados, analisar e qualificar os resultados, para que a partir
deles o educando possa refletir e opinar sobre os saberes construídos e os
conhecimentos organizados e para que o educador possa rever a sua prática
pedagógica.
A avaliação deve contemplar situações formais e informais e utilizar
diversas linguagens.
Os objetos da avaliação no ensino de Geografia, são os três eixos
mencionados: Espaço, Relações Sociais e Natureza. A partir deles, utilizar-se-á da
descrição, da representação, da interpretação, da localização e da análise para a
compreensão das transformações que se processam no espaço e na maneira como
homens e mulheres organizam e produzem o espaço por eles vivido.
Dessa forma, o educador deve encaminhar as ações do dia-a-dia,
possibilitando a construção de conceitos e, ao mesmo tempo, acompanhando o
desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se
efetivar a construção da sua autonomia e cidadania plena.
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CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA
Ensino Fundamental e Médio
Os conteúdos propostos são os mesmos para o Ensino Fundamental
e para o Ensino Médio. A abordagem dos conteúdos, deve ser diferenciada nos
níveis de ensino a partir do grau de aprofundamento e de complexidade dos textos.
Os conteúdos devem ser trabalhados em diferentes escalas: local,
regional, nacional e mundial.
Porém, é necessário que o educador perceba que o espaço
geográfico só pode ser entendido em sua totalidade, sendo que os recortes de
análise espacial, devem ser apenas procedimentos operacionais para decompor o
espaço, para depois recompô-lo, sobretudo para facilitar a compreensão do
educando.
EIXOS
ESPAÇO
RELAÇÕES
SOCIAIS
NATUREZA
TEMÁTICA
RELAÇÃO CIDADECAMPO
ORGANIZAÇÃO
SOCIOESPACIAL
CIDADANIA
CONTEÚDOS
DEMOGRAFIA: dinâmica da
população pirâmide etária,
padrão de vida, movimentos
migratórios.
ATIVIDADES ECONÔMICAS:
cadeias produtivas, redes de
distribuição,
transporte
e
comunicação, espaço agrícola,
fontes de energia, comércio,
indústria, turismo, circuitos
produtivos,
Divisão
Internacional do Trabalho,
flexibilização
do
trabalho,
economia solidária.
POLÍTICAS
PÚBLICAS:
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agricultura familiar, reforma
agrária, assistência social,
educação, meio ambiente,
habitação cultura, saúde.
URBANIZAÇÃO:
expansão
urbana, infra-estrutura, plano
diretor urbano.
AGRÁRIA: estrutura fundiária,
modernização
do
campo,
conflitos no campo, agricultura
familiar, políticas agrárias.
GEOPOLÍTICA: organização
socioespacial,
fronteira,
estado,
nação,
território,
territorialidade.
REPRESENTAÇÃO
SOCIOESPACIAL:
Planeta
Terra, localização espacial,
orientação,
coordenadas
geográficas, cartografia;
QUETÕES
SOCIOAMBIENTAIS:
degradação
ambiental,
desenvolvimento sustentável,
qualidade de vida.
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REFERÊNCIAS
CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo:
Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula: Práticas e
Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul/AGB, 1999.
CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos. Campinas:
Papirus, 1998.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec,
1993.
MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.
RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. São Paulo: Loyola, 1986.
RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção.São
Paulo: Hucitec, 1996.
_______ Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.
Rio de Janeiro: Record, 2001.
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DISCIPLINA DE FILOSOFIA
As Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica do
Estado do Paraná propõe seis conteúdos estruturantes, com possibilidade para a
organização do ensino de Filosofia, de acordo com o número de aulas disponíveis
no curso ou na matriz curricular.
Esses conteúdos são conhecimentos de maior amplitude e
relevância que, desmembrados em plano de Ensino, deverão garantir conteúdos
significativos ao educando da EJA. Estes conteúdos são: Mito e Filosofia; Teoria do
Conhecimento; Ética, Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência.
Mito e Filosofia
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que
pensa e cria explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito
como a racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamentos por figuras;
e a base racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do
processo de formação do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser
considerado, pois é a partir dele que o homem desenvolve suas idéias, cria
sistemas, inventa e elabora leis, códigos e práticas. Entender a conquista da
autonomia da racionalidade (LOGOS) diante do mito, marca o advento de uma etapa
fundamental na história do pensamento e do desenvolvimento de todas as
concepções científicas produzidas ao longo da história humana. Autores sugeridos:
Jean-Pierre Vernant, Mircea Elíade, Moses Finley, Vidal Naquet.
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Conteúdos específicos
•
O nascimento da Filosofia;
•
A vida cotidiana na sociedade grega;
•
O mito a origem de todas as coisas;
•
Mito e razão filosófica;
•
Senso comum e conhecimento filosófico;
•
Senso comum, conhecimento filosófico e conhecimento científico;
•
Ciência e senso comum.
Teoria do conhecimento
Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos,
a possibilidade e a validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento
possibilitando perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua
elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas
soluções relativas a seu tempo. Entre os clássicos que trataram do problema do
conhecimento podemos citar: Aristóteles, Descartes, Hegel, Hume, Kant, Platão,
Russell.
Conteúdos específicos
•
O problema do conhecimento;
•
Fundamentos do conhecimento;
•
Filosofia e método;
•
Racionalismo;
•
Empirismo;
•
Ceticismo.
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Ética
Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que
permeiam as relações intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa, um
dos grandes problemas enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito (particular)
e a norma (universal). Outra grande questão está na fundamentação dos valores e
das ações: razão ou paixões (desejos). A ética possibilita a problematização, análise
e crítica dos valores, virtude, felicidade, liberdade, consciência, responsabilidade,
vontade, autonomia, heteronomia, anomia, niilismo, violência, relação entre os meios
e os fins. Alguns filósofos: Adorno, Aristóteles, Nietzsche, Scheler, Schopenhauer,
Sêneca.
Conteúdos Específicos
•
Ética e moral
•
Concepções éticas
•
O que é liberdade
•
Liberdade e autonomia
•
Liberdade e determinismo
•
Sociabilidade e reconhecimento
•
Autoridade e autoritarismo
•
Responsabilidade e liberdade
•
Questões de gênero
•
Diversidade e sociedade
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Filosofia Política
Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que
estruturam e legitimam os, diversos sistemas políticos. Ocupa-se na investigação
sobre a necessidade humana da vida em comum, seja pela capacidade de
autogoverno ou pela necessidade da existência de um poder externo e coercitivo.
Problematiza conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça,
igualdade, liberdade, público e privado, retórica, indivíduo e cidadão. Alguns
pensadores clássicos: Aristóteles, Arendt, Gramsci, Hegel, Hobbes, J.S. Mill, Kant,
Locke, Maquiavel, Marcuse, Marx, Montesquieu, Platão, Rousseau, Voltaire.
Conteúdos Específicos
•
O preconceito contra política
•
Os Gregos e a invenção da Política
•
Nascimento da democracia
•
Ética e Política
•
Concepção liberal e Política
•
Crítica de Marx ao liberalismo
•
Essência da política
•
Política e poder
•
Política e violência
•
Política e liberdade subjetiva
•
Política e sociabilidade
•
Formas de governo
•
Liberdade Política
•
Crise da política contemporânea
•
A função do político na contemporaneidade
421
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Estética
Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão
intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem
com o mundo e consigo mesmo é objeto de conhecimento desse conteúdo. Voltada
principalmente para a beleza e a arte, a estética está sobre a arte, as relações entre
a arte e pensamento, arte e mercado, arte e sociedade. Alguns filósofos:
Baumgarten, Hegel Hume, Dufrenne, Bachelard, Schiller, Eagleton, Kant, Benjamim,
Adorno Ranciere, Merleau-Ponty, Husserl, Paul Valéry.
Conteúdos Específicos
•
Pensar a beleza
•
Estética ou Filosofia da Arte
•
Concepções de estética
•
Concepções de Arte
•
Arte como conhecimento
•
Necessidade ou finalidade da Arte
•
Arte e Política
•
Crítica do gosto
•
Arte e movimento: cinema; teatro e dança
•
Perspectivas contemporâneas: Arte conceitual e suas perspectivas
Filosofia da Ciência
É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas
ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relaciona com
planos epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos, religiosos. Ciência e
tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo do
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empirismo e do pragmatismo da pesquisa aplicada, daí a necessidade de entendêlas. Filósofos sugeridos: Bachelard, Feyerabend, Foucault, Granger, Habermas,
Kuhn, Popper, Ricouer.
Conteúdos Específicos
4. O que é Ciência
5. Revoluções científicas e progresso da ciência
6. As conseqüências sociais e políticas da ciência
7. Bioética: geral; especial e clínica
8. Tendências da Bioética
9. Bioética e Aborto
10. Bioética e experiência Genética
AVALIAÇÃO
Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade
que deve ser levada em conta no processo de avaliação. Como prática, como
discussão com o outro, como construção de conceitos essa disciplina encontra seu
sentido na experiência do pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse
conhecimento inusitado que o educador pode propiciar, preparar, porém não
determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, não tem
finalidade em si mesma, mas tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo de ensino e aprendizagem, pela qualidade com que
educadores, educandos e a própria instituição de ensino o constroem coletivamente.
Apesar de sua inequívoca importância, individual, no ensino de filosofia.
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REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2ª Edição.
SP. Moderna, 1993.
ABBAGNO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Loyola, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA FILOSOFIA. Paraná,
2008.
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DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE SOCIOLOGIA
De acordo com as Diretrizes Curriculares para a disciplina de
Sociologia, a mesma trata-se de uma área do conhecimento humano que possibilita
uma visão ampla dos vários acontecimentos da vida social, sejam eles relativos à
economia, à política ou à esfera simbólica e cultural, propiciando ao aluno uma visão
integrada da vida social e humana, permitindo dessa forma, a compreensão global
de sua intervenção enquanto agente da história.
Nesse sentido, trata-se de uma disciplina de extrema importância
para a formação do aluno como um cidadão pleno e atuante em sua sociedade.
Os conteúdos estruturantes podem ser trabalhados tendo como eixo
as teorias, os conceitos ou os temas. Entretanto, independente do caminho
metodológico a ser percorrido é importante ressaltar a relevância de uma prática
fundamentada pela pesquisa a fim de que os alunos tenham uma compreensão
global dos conteúdos abordados, estabelecendo relações com a realidade social na
qual estão inseridos.
Faz-se
necessário
também
à
exploração
de
estratégias
diversificadas como a utilização da mídia, análise de textos sociológicos, entre
outras. Logo, são propostos exemplos para a abordagem de cada autor tendo como
objetivo conhecer sua teoria, contextualizando-o no tempo e no espaço, conhecendo
suas ideias e como estas estão presentes no cotidiano, o que pensam sobre
conceitos que compõem o pensamento sociológico (conteúdos específicos).
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AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
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Deste modo, o ensino da Sociologia tem como objetivo principal
auxiliar o aluno acerca da análise e compreensão da sociedade, bem como, suas
contradições através do estudo dos principais temas, conceitos e autores clássicos.
Busca-se através do ensino da Sociologia que o educando possa ter
uma visão esclarecedora acerca da sociedade, sua gênese e transformação como
um processo aberto, ainda que historicamente condicionado e os múltiplos fatores
que nelas intervém, como produtos das contradições que alimentam a ação humana;
a si mesmo como protagonista agente social; e os processos sociais como
orientadores da dinâmica da conflitualidade dos interesses dos diferentes grupos
sociais.
Esta compreensão depende do contato do aluno com teorias que se
propõem a explicar processos e relações sociais constituintes de nosso tempo para
que sejam desnaturalizadas práticas e saberes prévios.
Tal abordagem, além de apresentar os pensamentos fundantes da
sociologia, responsáveis por inaugurar o entendimento da dimensão social da
realidade, propicia que se estabeleçam relações entre esses clássicos e as
discussões sociológicas mais recentes e contribui para a análise crítica da realidade
social, de forma a:
•
Entender as transformações sociais que deram origem à
Modernidade e o contexto que irá propiciar o nascimento da
Ciência Social;
•
Pensar sobre a necessidade e importância das Ciências Sociais,
mais especificamente a Sociologia como instrumento de reflexão
e de transformação social;
•
Compreender
a
sociedade
como
algo
em
constante
transformação os mecanismos e processos que fazem parte
deste mecanismo.
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•
Entender que a ação individual e de grupos de indivíduos só
podem ser compreendidas nas inter-relações recíprocas e
identificar as ações dentro de cada grupo específico;
•
Compreender que o individuo só pode ser compreendido quando
situado num contexto social e histórico.
•
Compreender que o trabalho existe
para
satisfazer as
necessidades humanas, desde as mais simples até as mais
complexas e que este é realizado e valorizado de formas
diferentes nas diversas sociedades.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
OBJETIVOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES/BÁSICOS
1- Processo de construção do
conhecimento humano e formação
do pensamento sociológico
• Formação e consolidação da
sociedade capitalista e o
desenvolvimento do pensamento
social;
• As Ciências Sociais.
• O contexto histórico que
possibilitou o surgimento da
ciência da sociedade.
• O homem como ser social.
• Conhecimento sociológico e
senso comum.
•
2 – A questão do método sociológico
e as principais correntes
sociológicas
• Augusto Comte e o pensamento
positivista
• Durkheim e o estudo dos fatos
•
•
•
•
•
Estabelecer a diferença entre o
conhecimento do senso comum e o
conhecimento científico.
Caracterizar o contexto do
surgimento da sociedade capitalista
e da Sociologia.
Atentar para a historicidade dos
fenômenos humanos.
Desnaturalizar as concepções ou
explicações dos fenômenos sociais.
Perceber que o pensamento
sociológico constrói diferentes
conceitos para a compreensão da
sociedade dos indivíduos.
Identificar a formação do
pensamento sociológico e suas
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•
•
sociais.
O pensamento marxista e o
estudo das classes sociais.
A análise compreensiva de
Weber e a ação social.
principais correntes.
3 – Conceitos fundamentais da
Sociologia
 Processo de Socialização e as
Instituições Sociais
 Formação dos grupos humanos,
interrelações e transformações.
 Contato, interação e grupos
sociais.
 Comunidade, sociedade e
controle social.
 Ideologia
•
4 – Cultura e dominação:
 Desenvolvimento antropológico
do conceito de cultura e sua
contribuição na análise das
diferentes sociedades;
 Indústria cultural;
 Meios de comunicação de
massa;
 Questões de gênero;
 Diversidade cultural no Brasil
•
5 – Poder, Política e Ideologia
 Formação e desenvolvimento do
estado Moderno;
 Democracia, autoritarismo,
totalitarismo
 Conceitos de Poder;
 Conceitos de Ideologia;
 Globalização e Neoliberalismo;
•
•
•
•
•
•
•
•
Caracterizar os diferentes modos
de organização social.
Historicizar e caracterizar a
formação da sociedade brasileira.
Relacionar passado e presente na
reflexão sobre a sociedade
brasileira.
Definir cultura e apontar os
diferentes elementos que explicam
a existência do modo de ser de
uma sociedade, classe, grupo
social ou comunidade.
Discutir o conceito de industrial
cultural e os meios de comunicação
de massa
Analisar a influência da indústria
cultural no cotidiano da sociedade.
Discutir o impacto do preconceito
radical, de gênero,de classe,
religioso, orientação sexual,
geracional nas relações sociais no
Brasil.
Compreender a formação do
Estado-moderno;
Identificar conceitos de democracia,
autoritarismo, poder, ideologia,
globalização, etc.
Problematizar em relações as
funções do Estado.
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 Conceitos de dominação e
legitimidade;
 As expressões da violência nas
sociedades contemporâneas.
6 – Trabalho, Produção e Classes
Sociais
• Desigualdades sociais:
estamentos, castas, classes
sócias
• Organização do trabalho nas
sociedades capitalistas e suas
contradições;
• Relações de trabalho;
• Trabalho no Brasil.
•
•
•
•
•
7 – Direito, Cidadania e Movimentos
Sociais
• Direitos: civis, políticos e sociais;
• Direitos Humanos;
• Conceito de cidadania;
• Movimentos Sociais;
• Movimentos Sociais no Brasil;
• A questão ambiental e os
movimentos ambientalistas;
• A questão das ONG's.
•
•
•
•
•
•
•
Compreender os aspectos
históricos que resultam nas
desigualdades sociais.
Definir e diferenciar a ideia de
trabalho no processo do
desenvolvimento histórico e social
brasileiro.
Discutir a ideologia da valorização
do trabalho.
Refletir sobre a situação da classe
trabalhadora no Brasil atua.
Definir cidadania, direitos humanos,
direitos políticos, direitos sociais.
Definir cidadania, direitos civis,
direitos humanos, direitos políticos,
direitos sociais.
Refletir sobre as diferentes
concepções de cidadania.
Discutir direitos humanos, políticos,
civis, sociais em diferentes
sociedades.
Refletir sobre exercício da
cidadania, relacionando-o com a
luta, o reconhecimento e a
extensão dos direitos civis,
políticos, sociais e humanos no
Brasil.
Caracterizar as formas de
participação popular na história do
Brasil.
Caracterizar os movimentos sociais
contemporâneos no Brasil.
Refletir sobre a importância da
ação coletiva organizada na luta
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por mudanças e conquistas sociais.
8 – A história da formação do
pensamento sociológico brasileiro
• Origens do século XIX à
Revolução de 1930 A década de
1930 e o surgimento da análise
sociológica brasileira
• A contribuição dos principais
teóricos brasileiros.
•
•
Identificar os aspectos históricos
que favorecem a consolidação da
sociologia brasileira.
Conhecer as principais produções
sociológicas brasileiras e sua
contribuição social.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos
instrumentos metodológicos, instrumentos estes, que de devem adequar-se aos
objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado
dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e
conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e
discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é
que o educando seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a
rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.
Sendo assim, sugere-se, que a disciplina seja iniciada com uma
rápida contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de
suas principais teorias na análise e compreensão da realidade.
O
conhecimento
sociológico
deve
ir
além
da
definição,
classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da
realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar
problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir prénoções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da
autonomia intelectual e ações políticas direcionadas á transformação social.
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AVALIAÇÃO
A avaliação, na disciplina de Sociologia, não pode ser confundida
com um processo técnico de medição, neste sentido é preciso repensar os
instrumentos utilizados nesse processo, de modo que os mesmos reflitam os
objetivos desejados no desenvolvimento do processo educativo, superando o
conteudismo, numa perspectiva marcada pela autonomia do educando.
De
tal
forma,
as
práticas
de
avaliação
em
Sociologia,
acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a
reflexão crítica em debates, que acompanham os textos ou filmes, seja na produção
de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, seja na
pesquisa bibliográfica, enfim, várias podem ser as formas, desde que se tenha como
perspectiva, ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende possibilitar.
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REFERÊNCIAS
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Zahar Editor, 1988.
BOUDON, R. O lugar da desordem. Lisboa: Gradiva, 1990.
BOURDIEU, P. O Camponês e seu corpo. In: Revista de Sociologia e Política.
Curitiba, 26 p. 83-92. jun.2006.
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ensino. São Paulo: Francisco Alves, 1975.
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Editor Victor Civita, 1973.
COSTA PINTO, L. Sociologia e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora
Civilização Brasileira, 1965.
DOMINGUES, J. Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2001.
DUPAS, G. Economia global e exclusão social: pobreza, emprego, estado e o
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ENGELS, F. Dialéctica da natureza. 2.ed. Lisboa: Editorial Presença, 1978.
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1994. FERNANDES, F. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo:
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Fundamentos empíricos da explicação sociológica. 2.ed. São Paulo: Nacional,
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A sociologia no Brasil: contribuição para o estudo de sua formação e
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FOUCAULT, M. História da sexualidade. 3 volumes. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
GIDDENS, A. Política, sociologia e teoria social: encontros com o pensamento
social clássico e contemporâneo. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998.
Capitalismo e moderna teoria social: uma análise das obras de Marx, Dukheim e
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GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. 2.ed. Rio de Janeiro:
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Poder, política e partido. Coletânea organizada por SADER, E. São Paulo:
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GUELFI, W. A sociologia como disciplina escolar no ensino secundário
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BIBLIOGRAFIA PROPOSTA CURRICULAR EJA
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para
Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo
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CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17
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- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
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DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF :
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DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.
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DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível
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DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a
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Decreto 2494/98 da Presidência da República.
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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
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Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
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SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova
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6- PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
6.1 Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e
orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo
qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos,
diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em
função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da
capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E,
portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que
oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá
orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes
princípios:
•
Investigativa
ou
diagnóstica:
possibilita
ao
professor
obter
informações necessárias para propor atividades e gerar novos
conhecimentos;
•
Contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática
pedagógica;
•
Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
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•
Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no
tempo-escola do educando;
•
Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos
conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem
como do trabalho pedagógico da escola.
Os
conhecimentos
básicos
definidos
nesta
proposta
serão
desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina,
conforme a matriz curricular, sendo avaliados presencialmente ao longo do processo
ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser
respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação
contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações
que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação
formal, como durante o atual processo de escolarização. Desta forma, o educando,
ao perfazer 60% da carga horária total de cada disciplina, poderá ser encaminhado
para uma Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina, elaborada e
executada segundo critérios estabelecidos pela mantenedora em instrução própria,
exceto nas disciplinas de Educação Artística, Arte e.
PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO
A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR,
afirma que esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as
qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas
educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da
gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004,
p.11)
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Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui
também os gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja,
possibilita a todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a
oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de
qualidade.
Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o
compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.
Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais,
enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais
da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem
como a reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas
finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização.
A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógicocurricular, abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens
e Adultos, ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os
indicadores dele resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas
distintas, todos os sujeitos que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na
escola – professores, educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de
serviços gerais e demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma
mais direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos
respectivos NRE’s.
A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação
destes
instrumentos
para
avaliar
e
reavaliar
as
políticas
desenvolvidas,
principalmente aquelas relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da
educação, bem como estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir
para a reflexão e as mudanças necessárias na prática pedagógica.
Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes
Curriculares Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da
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práxis pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na
formação da cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta
avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá
servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das
escolas.
Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão
produzidos em regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e
Adultos, considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que
integram
o
currículo,
bem
como
as
especificidades
regionais
vinculadas
basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos avaliativos a
serem produzidos guardam alguma semelhança com a experiência acumulada pela
EJA na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem o caráter de
composição da nota do aluno para fins de conclusão. A normatização desta
Avaliação Institucional da proposta pedagógico-curricular será efetuada por meio de
instrução própria da SEED.
Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,
“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade,
ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e
inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de
melhoria da qualidade da educação empreendido por cada
escola deve estar conectado com o esforço empreendido
pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)
Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como
um todo, especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social
da Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens,
adultos e idosos.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para
Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo
: Cortez, 1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17
(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
Conselho Estadual de Educação - PR
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
- Deliberação 06/05 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Deliberação 06/06 - CEE
- Deliberação 01/06 - CEE
- Deliberação 06/09 - CEE.
Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
- Resolução 03/98 – CEB.
DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF :
MEC : UNESCO, 1998.
DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.
DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível
de Escolarização da População. mimeog.
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DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a
Educação de Jovens e Adultos. mimeog.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LDBEN nº 9394/96.
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que
vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos).
Curitiba: SEED – PR, 2004.
Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova
LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e
Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM
O Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes encontra-se entre os
estabelecimentos de ensino de Londrina e municípios jurisdicionados ao Núcleo
Regional de Educação em que há oferta do curso básico e de aprimoramento no
idioma de Espanhol.
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM, criado no ano
de 1986 pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED tem por objetivo
ofertar o ensino plurilíngue e gratuito de cursos básicos e de aprimoramento, aos
alunos da Rede Pública Estadual de Educação Básica matriculados no Ensino
Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e na Educação
de Jovens e Adultos – EJA, aos professores e funcionários que estejam no efetivo
exercício de suas funções na rede estadual e também à comunidade.
Os CELEM promovem o conhecimento da Língua Estrangeira Moderna e constituem
uma forma de valorização do plurilinguismo e da diversidade étnica que caracteriza a história
paranaense. Estes centros deverão atender a todas as disposições da Resolução nº 3904/2008, e da
Instrução nº 019/2008 – SUED/SEED.
A Proposta Pedagógica do CELEM, do Colégio Estadual Dom Geraldo
Fernandes foi elaborada de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9394/96; com a Resolução Secretarial nº 3904/2008, que regulamenta a
oferta de cursos nos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM); e com
respaldo na Instrução nº019/2008 – SUED/SEED que trata dos critérios para
implantação e funcionamento de cursos de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM),
bem como das atribuições para os profissionais que atuam nos referidos centros.
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Dessa forma, o Adendo de Acréscimo ao Regimento Escolar nº04,
aprovado pelo parecer nº 332/01-NRE em 02 de setembro de 2009, referente à
implantação da Língua Espanhola na grade curricular e o funcionamento do
Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM, a partir do 1º semestre do
ano letivo de 2010, no Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes – Ensino
Fundamental e Médio, aborda as seguintes determinações:
- Os Artigos 34B e 58 item IV do Regimento Escolar especificam a oferta do ensino
Extracurricular e Plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna pelo Estabelecimento.
Para tanto, o Estabelecimento de ensino deverá atender as orientações
que seguem mencionadas:
- adequar o Projeto Político Pedagógico quanto à implantação do CELEM;
- viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular,
plurilinguista da língua estrangeira moderna, pelo Centro de Línguas
Estrangeiras Modernas-CELEM;
- assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas;
- disponibilizar meios para a organização didático-pedagógica necessária para
garantir o processo pedagógico do CELEM;
- organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular e
plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna;
Faz-se necessário ressaltar ainda os critérios para a oferta do ensino
de Língua Espanhola:
- a disciplina de Língua Espanhola, no Ensino Médio, será ofertada somente
na organização coletiva;
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para fins de certificação e registro do acréscimo da carga horária da
disciplina de Língua Espanhola na documentação escolar, o aluno deverá
atingir a média mínima de 6,0 (seis vírgula zero) e frequência mínima de 75%
do total da carga horária da disciplina;
- a disciplina de Língua Espanhola, no Ensino Médio, a partir de 2010, é de
oferta obrigatória pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa ao
aluno;
- todos os alunos, a partir de 2010, no ato da matrícula, deverão fazer sua
opção de frequentar ou não as aulas de Língua Espanhola;
- a disciplina de Língua Espanhola entrará no cômputo das 04 (quatro)
disciplinas que podem ser cursadas concomitante;
- o aluno que optar por frequentar as aulas de Língua Espanhola, terá a carga
horária da disciplina, acrescentada no Total da Carga Horária do Curso;
- na disciplina de Língua Espanhola deverão ser desconsiderados os registros
de notas e carga horária cursada, devendo o aluno reiniciar a disciplina quando
houver a oferta da mesma, caso opte novamente por cursá-la;
- o aluno desistente na disciplina de Língua Espanhola, no seu retorno, deverá
reiniciar a disciplina, sem aproveitamento da carga horária cursada e dos
registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar Língua Espanhola;
- o aluno que apresentar a comprovação de conclusão da disciplina
de
Língua Espanhola, terá o registro do acréscimo da carga horária na
documentação escolar;
- o aluno oriundo de organização de ensino por série/período/etapa/semestre
concluída com êxito e com a disciplina de Língua Espanhola em curso, de
forma opcional, esta não terá aproveitamento de estudos na EJA;
- na modalidade Educação de Jovens e Adultos é vedada a classificação para
ingresso na disciplina de Língua Espanhola no Ensino Médio;
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-
fica vedada a reclassificação na disciplina de Língua Espanhola ofertada no
Ensino Médio.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394 determinou
em 1996 a obrigatoriedade de pelo menos uma língua estrangeira moderna no
Ensino Fundamental, a partir da quinta série, a opção por um determinado idioma foi
atribuída à comunidade escolar, de acordo com suas possibilidades de atendimento
(Art. 26, § 5.º).
Para o Ensino Médio, a lei designou a inclusão de uma Língua
Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, definida pela comunidade escolar,
e uma segunda, em caráter opcional, atendendo as condições da instituição (Art. 36,
Inciso III).
Em 1998, como desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua
Estrangeira (PCN), pautados numa concepção de língua como prática social
fundamentada na abordagem comunicativa. No entanto, tal documento recomendou
um trabalho pedagógico com ênfase na prática de leitura em detrimento das demais
práticas – oralidade e escrita. A justificativa apresentada foi que, no contexto
brasileiro, há poucas oportunidades de uso efetivo da oralidade pelos alunos,
particularmente da Rede Pública de Ensino.
Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de
Língua Estrangeira para Ensino Médio, com ensino centrado na comunicação oral e
escrita, para atender as demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e
profissional. A diferença entre as concepções de língua observadas nos dois níveis
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de ensino, por conseqüência, influencia os resultados da aprendizagem desta
disciplina na Educação Básica.
Estudiosos têm, em contrapartida, pesquisado novos referenciais
teóricos que possam atender as demandas da sociedade brasileira e contribuam
para uma consciência crítica da aprendizagem, em específico, da língua estrangeira.
Entre esses, muitos refletem sobre a função da Língua Estrangeira com enfoque em
um ensino que contribua para a minimização das desigualdades sociais, bem como
para a percepção das relações de poder que as sustentam. Tais estudos e
pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua
Estrangeira no contexto educacional brasileiro e servem de subsídios na elaboração
destas Diretrizes.
A busca do destaque do Brasil no Mercosul, resultou em 2005 na
criação da lei nº 11.161 que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos
estabelecimentos de Ensino Médio. Tal medida acenava ainda aos interesses
político-econômicos para melhorar as relações comerciais do Brasil com países de
Língua Espanhola.
A oferta dessa disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula
facultativa para o aluno. Por sua vez, os estabelecimentos de ensino têm cinco anos,
a partir da data da publicação da lei (2005), para implementá-la.
No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa
disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se
fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino de
Língua Estrangeira na Educação Básica: ou seja, ensinar e aprender línguas é
também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é
formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes
propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.
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OFERTA DOS CURSOS
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM do Colégio
Estadual Dom Geraldo Fernandes – Ensino Fundamental e Médio ofertará Cursos
Básico e de Aprimoramento para Língua Espanhola, sem que haja para tanto,
cobrança de qualquer taxa ou mensalidade.
As atividades do CELEM deverão estar integradas às demais
atividades do estabelecimento, assim como subordinadas as suas instâncias
pedagógicas e administrativas.
Os Cursos Básico e de Aprimoramento serão anuais, ofertados no
período noturno. Para tanto, observa-se que os cursos ofertados no turno noturno
destinam-se, preferencialmente, ao aluno trabalhador e ao adolescente acima de 14
anos.
O início das aulas nos cursos do CELEM dar-se-á concomitantemente
ao início do período letivo das aulas da Matriz Curricular.
A oferta de ensino extracurricular, plurilinguista e gratuita de Cursos
Básico e de Aprimoramento em LEM, é destinada aos alunos da Rede Estadual de
Educação Básica matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino
Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos.
Tal oferta estende-se aos professores e funcionários em efetivo
exercício de suas funções em estabelecimentos de ensino da Rede Pública Estadual
de Educação Básica, SEED e NRE, totalizando até 10% das vagas sobre o número
máximo de alunos por turma.
Das
vagas
disponíveis
30%
poderão
serão
usufruídas
pela
comunidade, desde que comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
O Curso de Aprimoramento em Língua Estrangeira Moderna (LEM)
será ofertado somente aos alunos que tenham concluído o Curso Básico do CELEM.
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MATRÍCULAS
As matrículas nos cursos do CELEM serão anuais e deverão ser
efetuadas de acordo com o cronograma do estabelecimento de ensino, em
conformidade com as orientações da Secretaria Estadual de Educação.
DURAÇÃO E CARGA HORÁRIA DOS CURSOS
O Curso Básico de Língua Espanhola terá a duração de 02 (dois) anos,
com carga horária anual de 160 (cento e sessenta) horas/aula, perfazendo um total
de 320 (trezentos e vinte) horas/aula. O Curso de Aprimoramento terá duração de 01
(um) ano, com carga horária de 160 (cento e sessenta) horas/aula.
A carga horária semanal será de 04 (quatro) horas/aula de 50
(cinqüenta) minutos, distribuídas em 02 (dois) dias não consecutivos.
O cumprimento da carga horária estabelecida para os cursos é
obrigatória.
FREQUÊNCIA
É obrigatória ao aluno do CELEM, a frequência mínima de 75% do total
da carga horária do período letivo, para fins de promoção.
Nos cursos do CELEM será considerado desistente, para efeito de
registros do resultado final, o aluno que se ausentar por mais de 40 aulas
consecutivas, ou seja, 25% da carga horária do período letivo, podendo efetuar a
rematrícula no curso sem o aproveitamento da carga horária cursada e dos registros
de notas obtidos, somente quando existirem vagas remanescentes.
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OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Objetiva-se através dessa disciplina que os alunos analisem as
questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem mundial, assim como suas
implicações e que desenvolvam uma consciência crítica do papel das línguas na
sociedade.
Uma outra meta diz respeito à superação da ideia de que o objetivo do
ensino da Língua Estrangeira Moderna na escola encontra-se centrado basicamente
no aspecto linguístico ou, ainda, que deva ser comparado com o modelo de ensino
dos Institutos de Idiomas, visto que, apresentam preocupações educacionais
diferenciadas.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna está pautado na busca da
superação dos fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que ao longo dos
tempos têm caracterizado o ensino desta disciplina.
Nesse sentido, espera-se que o aluno:
•
use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
•
vivencie, na aula de Língua Estrangeira formas de participação
que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
•
compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos, e portanto, passíveis de transformação na prática social;
•
tenha maior consciência sobre o papel das línguas na
sociedade;
•
reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural,
bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Tais objetivos são flexíveis para contemplar as diferenças regionais e
ao mesmo tempo apontar um norte na seleção de conteúdos específicos.
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Dessa forma, o acesso a uma língua estrangeira pode propiciar
a
formação de uma consciência sobre o que seja a potencialidade desses
conhecimentos na interação humana. Além disso, ao conceber a língua como
discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permite-se aos
sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes do mundo.
Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir
significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do
outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim,
atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.
A concepção de educação corrente na contemporaneidade pressupõe
condições de acesso ao saber que proporcionem aos educandos de forma geral a
formação e os instrumentos necessários para que sejam protagonistas da sua
própria história. Dessa forma, sabe-se que a formação disponibilizada nas escolas
está intrinsecamente ligada à concepção de sociedade, de educação e de indivíduo
que se pretende formar. Logo, ao definir qual formação se quer propiciar a esses
sujeitos, a escola contribui para determinar o tipo de participação que lhes caberá na
sociedade. Por isso, as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza, um forte
caráter político.
Nestas diretrizes, propõe-se uma reorientação na política curricular
com o objetivo de construir uma sociedade justa, na qual as oportunidades sejam
iguais para todos. Para isso, os sujeitos da Educação Básica, crianças, jovens e
adultos, em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas
regiões e com diferentes origens étnicas e culturais (FRIGOTTO, 2004), devem ter
acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado
pelos conteúdos das disciplinas escolares.
Dessa forma, justifica-se a relevância da oferta do ensino da Língua
Estrangeira Moderna – Espanhol, para os educandos e comunidade atendida pelo
Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes, visto que a mesma vem ao encontro
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do que está preconizado nas diretrizes, ou seja, “um projeto educativo, nessa
direção, precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for sua condição social e
econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis necessidades
especiais para aprendizagem. Essas características devem ser tomadas como
potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à
escola ensinar, para todos”.
A retomada de momentos históricos significativos quando se analisa a
trajetória do ensino de Língua Estrangeira no Brasil, possibilita constatar que a
escola pública foi marcada pela seletividade, tendências e interesses. Dessa forma,
diante da realidade brasileira, o acesso, bem como o domínio de uma língua
estrangeira consolidou-se teoricamente como privilégio de poucos. Atualmente, a
escola pública vem mostrando mudanças e propostas para que o ensino de Língua
Estrangeira possa ter um papel democratizante e oportunidades de um instrumento
de educação que auxilie em seu processo de aprendizagem. Ao contrário de épocas
passadas, o ensino de Língua Estrangeira se alicerça em dar suporte aos
educandos sobre língua e cultura da disciplina afim.
A Língua Estrangeira Moderna norteia-se no princípio de que o
desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da
escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do
conhecimento e à formação cidadã. Logo, a língua aprendida deve tornar-se
caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades lingüísticas e
culturais já existentes, bem como, criar novas maneiras de construir sentidos do e no
mundo. Nesse contexto, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso
como prática social e, portanto, instrumento de comunicação.
Ao conhecer outras culturas e outras formas de perceber a realidade, o
aluno passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de
analisar o seu entorno social com maior profundidade e melhores condições de
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estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar
e sentir uma outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação.
O caráter prático do ensino de Língua Estrangeira permite a produção
de informação e o acesso a ela, o fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a
partilha com semelhantes e diferentes. Possibilita análise de paradigmas já
existentes e cria novas maneiras de construir sentidos do mundo, construir
significados para entender e estabelecer uma nova realidade, assim como
compreender as diversidades lingüísticas e culturais que influenciarão de forma
positiva o aprendizado da língua como discurso para que o aluno se constitua
socialmente.
O domínio de uma Língua Estrangeira se constitui em mais uma
possibilidade de ampliação do universo cultural do aluno, viabilizando o acesso e a
apropriação de conhecimentos de outras culturas. Como um dos eixos norteadores
da proposta curricular consiste na socialização do conhecimento, a aprendizagem de
uma Língua Estrangeira não limita o conhecimento ao que a língua materna pode
oferecer.
Esse processo de aprendizagem desenvolve no aluno estratégias
importantes para o desenvolvimento do pensamento e aquisição do conhecimento
sistematizado.
São os conceitos cotidianos que abrem o caminho para os conceitos
científicos, ao mesmo tempo em que estes possibilitam o desenvolvimento dos
primeiros em relação à consciência e ao uso deliberado, numa relação dialética.
Essa relação também é discutida por Bakhtin (1988), que entende que
os sujeitos não adquirem a língua materna, mas se constituem enquanto tais por
meio dela. Essa consciência já constituída confronta-se com uma língua toda pronta
no processo de aprendizagem da Língua Estrangeira.
À medida que entendemos que é através da linguagem que nos
apropriamos dos conhecimentos historicamente produzidos e que também é pela
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linguagem que o pensamento é organizado e se desenvolve, quanto mais línguas o
sujeito dominar tanto maiores serão as oportunidades de apropriação dos
conhecimentos de outras culturas, para melhor compreender a sua e interagir com o
seu meio.
A aprendizagem de uma outra língua se constitui, assim, na
possibilidade de questionar a própria identidade (entendida como unidade e
estabilidade), já que aprender uma Língua Estrangeira é apropriar-se do outro. Ou
ainda: aprender uma outra língua implica a reconstituição do próprio sujeito, não no
sentido de que este venha a apagar-se, mas de que ele possa ressignificar-se. A
presença do outro pode provocar deslocamentos significativos, favorecendo a busca
de uma identidade heterogênea, complexa, rica em soluções e movimentos.
Em um mundo que viabiliza a aproximação dos povos, instituições e
indivíduos através dos recursos tecnológicos, o estudo de uma língua estrangeira
moderna
torna-se
fundamental.
Considerando-se
que
vão
aumentar
as
possibilidades de os alunos das escolas públicas entrarem em rede (Internet),
haverá também interesse pessoal no aprendizado da língua estrangeira proposta.
Isto implica dizer que o aprendizado de uma Língua Estrangeira
possibilitará ao educando maior conhecimento de si e da sua própria cultura, na
medida em que esta é confrontada com a cultura do outro. Ou seja, é a partir dos
outros que nós nos identificamos. Quem aprende uma língua estrangeira não será o
mesmo de antes de aprendê-la, pois esse processo exige o confronto das formações
discursivas da língua materna com as da língua que se está aprendendo. O sujeito
que se inscreve numa segunda língua o faz a partir das formações discursivas da
primeira.
Segundo Coracini, aprender uma língua estrangeira implica:
em agir sobre o objeto de ensino para ‘capturar’ o seu sentido
e o seu funcionamento, de modo a ser capaz de interagir com
o outro ou com o dizer do outro, com a cultura do outro.
Nessa perspectiva, ensinar uma língua estrangeira é criar
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condições para que essa interação ocorra nos diferentes
níveis, possibilitando a todo momento o confronto dos
conceitos já adquiridos com as novos situações lingüísticas e
culturais e, assim, o desenvolvimento da estrutura cognitiva
do educando. (Coracini, l989,p. 62).
É da relação contraditória e da capacidade de cada um de
articular as diferenças, que decorre o grau de sucesso e modo de acontecimento do
processo de aquisição da segunda língua (Coracini, 1997). O “incômodo” que, de
alguma forma, a presença do outro causa e pode provocar deslocamentos
significativos, permitindo aprofundar o conhecimento da própria identidade,
reconhecendo-a como heterogênea.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
As Diretrizes Curriculares apresentam uma reflexão a respeito da
Abordagem Comunicativa, considerando que essa tendência tem marcado o ensino
de Língua Estrangeira na Rede Pública Estadual. No Brasil, tal abordagem passou a
fundamentar grande parte dos materiais e livros didáticos para uso em escolas de
ensino regular, desde a década de 1980 até os dias atuais (PEREIRA, 2004;
CORACINI, 1999).
As reflexões acerca da Abordagem Comunicativa enfatizam que tanto a
opção teórico-metodológica quanto o idioma a ser ensinado na escola não são
neutros, mas profundamente marcados por questões político-econômicas e
ideológicas
[...] a abordagem comunicativa, na tentativa de ensinar e se comunicar na
Língua Estrangeira, deixou de lado a relação entre comunicação e cultura, e a
necessidade de entender a comunicação entre falantes nativos e não-nativos
como comunicação intercultural mais do que comunicação na língua-alvo
(2001, p. 110).
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As Diretrizes buscam delinear o ensino de Língua Estrangeira Moderna
com base em um propósito maior de educação, segundo contribuições de Giroux
(2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias
e as estruturas de poder que lhes subjazem”. Para este educador, é fundamental
que os professores reconheçam a importância da relação entre língua e pedagogia.
[...] a prática pedagógica é vista como processo dedicado a
fomentar a possibilidade através da implementação de modos de
compreensão e ação que encorajem a transformação de relações
específicas entre formas sociais e capacidades humanas, e assim
permita a expansão do escopo de identidades sociais em que as
pessoas possam se transformar.
Subsidiadas nestas análises e em suas implicações no ensino da
Língua
Estrangeira
Moderna,
são
apontados alguns
fundamentos
teórico-
metodológicos que referenciam estas Diretrizes, assim como, os princípios que
orientam tal escolha:
• o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea
brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira
Moderna em relação às demais obrigatórias do currículo;
• o resgate da função social e educacional do ensino de Língua
Estrangeira no currículo da Educação Básica;
• o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no
ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.
Seguindo esses pressupostos a pedagogia crítica constitui o aporte
teórico que sustenta este documento de Diretrizes Curriculares. Por tratar-se de uma
abordagem que vislumbra a escola como contexto social democrático, responsável
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pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de
compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade.
Logo, a escola tem o compromisso de possibilitar aos alunos meios
necessários para que possam ir além da assimilação do saber como resultado, ou
seja, que apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua
transformação. A escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras,
não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser
modificadas.
Nesse contexto, salienta-se que a proposta adotada nas Diretrizes
Curriculares se baseia na corrente sociológica e nas teorias do Currículo de Bakhtin,
que concebem a língua como discurso. Busca-se, dessa forma, estabelecer os
objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira Moderna e resgatar a função social e
educacional desta disciplina na Educação Básica.
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código linguístico.
Segundo Bakhtin (1988), toda enunciação envolve a presença de pelo
menos duas vozes, a voz do eu e do outro. Para este filósofo, não há discurso
individual, no sentido de que todo discurso se constrói no processo de interação e
em função de outro. E é no espaço discursivo criado na relação entre o eu e o outro
que os sujeitos se constituem socialmente. É no engajamento discursivo com o outro
que damos forma ao que dizemos e ao que somos. Daí a Língua Estrangeira
apresentar-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer,
com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade.
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CONTEÚDOS
Em se tratando de Língua Estrangeira, a prática social da linguagem
precisa ser exercida de maneira significativa, visando a interação nas relações
sociais como forma de promoção do aluno no mundo, através de material variado,
com informações sobre os países onde se fala a língua, buscando para a sala de
aula jornais, revistas, embalagens, rótulos de produtos, prospectos, entre outros
materiais. Dessa forma, busca-se reconhecer a natureza do texto em estudo,
trabalhando sua estrutura, sua coesão interna e propondo/fazendo exercícios de
análise lingüística para interiorizar determinadas estruturas. É preciso que o aluno
conviva efetivamente com o mundo da escrita da língua, seguindo um processo
necessariamente dialógico - princípio de constituição do sujeito.
Se pensarmos numa programação a partir de conteúdos mínimos
delineados na forma de nomenclatura gramatical, o resultado será um quadro muito
limitado do que se pode definir amostras de língua, e tais amostras provavelmente
não serão significativas. Devemos pensar conteúdos com elementos como tópicos,
temas, funções sociais da linguagem, procedimentos para obter determinadas
coisas, papéis que os sujeitos podem desempenhar, ou seja, pensar complexidade
estrutural e significativa de cada língua e no que ela pode oferecer em
conhecimentos e relações.
Nesse sentido, entende-se que é necessário priorizar o trabalho com a
produção da leitura escritura em Língua Estrangeira, não no sentido de restringir as
possibilidades de aprendizagem, mas para viabilizar o aprendizado efetivo de pelo
menos uma modalidade. A intenção não é desconsiderar o trabalho com a
compreensão e a expressão oral, visto que, o trabalho com o texto deve merecer
especial atenção por parte do professor. Trata-se de privilegiar o texto porque temos
claro tendo-o como foco, fazem-se discussões orais sobre sua compreensão e,
portanto, desenvolve-se habilidades de fala/escuta, leitura/escritura de forma
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integrada. Para que o aluno saiba enfrentar situações de leitura com algum sucesso,
sugere-se um trabalho mais demorado com o texto, no sentido de que ele saiba, por
exemplo, reconhecer as informações importantes ali contidas (seja pequeno artigo
de jornal, uma publicidade, seja a embalagem de um produto ou instrução de uso de
aparelhos). Aqui, efetivamente deve acontecer a leitura e compreensão desses
textos, no sentido da utilidade e informação ― respeitando-se, é claro, a realidade
da turma. O professor terá discernimento para propor atividades adequadas ao
grupo.
Por outro lado, convém também lembrar que, quando se trabalha com
gêneros como canções, receitas, documentários, informes turísticos regionais,
lendas ou outros textos típicos do país de língua estrangeira em estudo, deve-se
reconhecer neles a natureza do texto em questão, perceber estrutura, seus
elementos coesivos e fazer exercícios de análise lingüística sim, mas não perder de
vista o caráter histórico-cultural desses escritos, buscando “ler” nos mesmos toda a
gama de informações que permitem falar dos costumes, peculiaridades locais,
modos de agir, pensar e relacionar do seu povo. Por sua vez, toma-se interessante
traçar paralelos entre esta cultura e a da língua materna, que permitirá um saber
verdadeiro e não hipotético.
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HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
A Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana é obrigatória em todos os níveis de ensino do
Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes.
A Lei 11645/08 acrescenta o artigo 26-A à Lei nº 9394/96 que
determina a obrigatoriedade nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio,
nas instituições públicas e privadas do estudo da história e cultura afro-brasileira e
indígena.
Todas as disciplinas da matriz curricular devem contemplar ao longo do
ano letivo, a Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, com o objetivo de proporcionar aos alunos uma educação
compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.
A
Educação
para
as
relações
étnicos-raciais,
concebe
o
reconhecimento das diferenças como ponto de partida para a construção de
identidades e desenvolvimento das condições de igualdade.
Nesse contexto, a disciplina de Língua Estrangeira Moderna, assim
como as demais devem atender as necessidades de uma educação voltada à
diversidade, possibilitando aos alunos a análise e a percepção das contribuições dos
diferentes grupos humanos à constituição nacional.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O conteúdo estruturante na disciplina de Língua Estrangeira Moderna
consiste no Discurso como prática social. Serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos de acordo com suas esferas sociais de circulação,
conforme discriminados abaixo:
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GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS
ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.
Caberá ao professor a seleção de
gêneros, nas diferentes esferas sociais
de circulação, de acordo com a
Proposta Pedagógica Curricular e com o
Plano de Trabalho Docente, adequando
o nível de complexidade a cada série.
* Vide relação dos gêneros ao final
deste documento.
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no
texto;
• Elementos semãnticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e
conotativo no texto;
• Recursos estilísticos ( figuras de
linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades
da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto ;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações
necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Vozes verbais;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e
conotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no
texto;
• Elementos semãnticos;
• Recursos estilísticos( figuras de
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de
diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos
alunos;
• Formule questionamentos que
possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre:
tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade, vozes
sociais e ideologia;
• Proporcione análises para estabelecer a
referência textual;
• Conduza leituras para a compreensão
das partículas conectivas;
• Contextualize a produção: suporte/fonte,
interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos não-verbais diversos:
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos
alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/reflexão das
diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que
denotam ironia e humor;
• Estimule leituras que suscitem no
reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da
delimitação tema, do interlocutor, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade,
temporalidade e ideologia ;
• Proporcione o uso adequado de palavras
e expressões para estabelecer a referência
textual;
• Conduza à utilização adequada das
partículas conectivas;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o
tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita
textual: revisão dos argumentos das
ideias, dos elementos que
compõem o gênero.
LEITURA
Espera-se do aluno:
• Realização de leitura
compreensiva do texto;
• Localização de
informações explícitas e
implícitas no texto;
• Posicionamento
argumentativo;
• Ampliação do horizonte
de expectativas;
• Ampliação do léxico;
• Percepção do ambiente
no qual circula o gênero;
• Identificação da ideia
principal do texto;
• Análise das intenções do
autor;
• Identificação do tema;
• Dedução dos sentidos de
palavras e/ou expressões a
partir do contexto;
• Compreensão das
diferenças decorridas do
uso de palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo;
• Reconhecimento de
palavras e/ou expressões
que estabelecem a
referência textual;
ESCRITA
Espera-se do aluno:
• Expressão de ideias com
clareza;
• Elaboração de textos
atendendo:
- às situações de produção
propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferenciação do
contexto de uso da
linguagem formal e
informal;
• Uso de recursos textuais
como: coesão e coerência,
informatividade,
intertextualidade, etc;
• Utilização adequada de
recursos linguísticos como:
pontuação, uso e função do
artigo, pronome,
substantivo, etc;
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ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia.
• Instigue o uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que
denotam ironia e humor;
• Estimule produções em diferentes
gêneros;
• Conduza a uma reflexão dos elementos
discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos
produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade e
finalidade do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso
do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as
marcas linguísticas típicas da oralidade em
seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de
diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como:
entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas e outros;
• Selecione discursos de outros para
análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem entre
outros.
ORALIDADE
Espera-se do aluno:
• Pertinência do uso dos
elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos;
• Reconhecimento de
palavras e/ou expressões
que estabelecem a
referência textual;
• Utilização do discurso de
acordo com a situação de
produção (formal/
informal);
• Apresentação de ideias
com clareza;
• Compreensão de
argumentos no discurso do
outro;
• Exposição objetiva de
argumentos;
• Organização da
sequência da fala;
• Respeito aos turnos de
fala;
• Participação ativa em
diálogos, relatos,
discussões, quando
necessário em língua
materna, etc.;
• Utilização consciente de
expressões faciais
corporais e gestuais, de
pausas e entonação nas
exposições orais, entre
outros elementos
extralinguísticos.
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ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO
COTIDIANA
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
CIENTÍFICA
ESCOLAR
EXEMPLOS DE GÊNEROS
Adivinhas
Álbum de Família
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de Roda
Carta Pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Curriculum Vitae
Autobiografia
Biografias
Contos
Contos de Fadas
Contos de Fadas Contemporâneos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Pesquisas
Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão Argumentativa
Exposição Oral
Júri Simulado
Mapas
Palestra
Pesquisas
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
Relatos de Experiências Vividas
Trava-Línguas
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
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IMPRENSA
ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO
PUBLICITÁRIA
POLÍTICA
JURÍDICA
PRODUÇÃO E CONSUMO
MIDIÁTICA
Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor
Carta do Leitor
Cartum
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
Tiras
EXEMPLOS DE GÊNEROS
Anúncio
Caricatura
Cartazes
Comercial para TV
E-mail
Folder
Fotos
Slogan
Abaixo-Assinado
Assembleia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Bulas
Manual Técnico
Placas
Músicas
Paródia
Placas
Publicidade Comercial
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
Blog
Chat
Desenho Animado
E-mail
Entrevista
Filmes
Fotoblog
Home Page
Reality Show
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Telejornal
Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
Vídeo Conferência
Debate Regrado
Discurso Político “de Palanque”
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
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METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares propõem redirecionar o ensino de Língua
Estrangeira Moderna nas escolas da Rede Pública Estadual do Paraná. O trabalho
com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das
línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à
informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e de construir significados.
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão
trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem
como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da
aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não-verbal, como unidade
de linguagem em uso.
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o sejam
abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, assim como a
função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau
de informação presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e,
após esse processo, a gramática em si. Dessa forma, o ensino deixa de priorizar a
gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, colocá-la à margem.
Faz-se necessário salientar que disponibilizar textos aos alunos não é
o suficiente. A reflexão acerca do uso e do contexto de uso dos mesmos e dos seus
interlocutores algo fundamental.
É extremamente relevante que o aluno tenha acesso a textos de várias
esferas sociais: publicitária, jornalística, literária, informativa, entre outras.
A aula de LEM deve proporcionar o desenvolvimento de atividades
significativas, que explorem diferentes recursos e fontes, com o intuito de que o
educando possa relacionar o que é estudado com a sua realidade.
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As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos
os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua
Estrangeira. Elas servirão como subsídio para a produção textual em Língua
Estrangeira.
Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos
percebam a heterogeneidade da língua. Logo, pode-se afirmar que um texto
disponibiliza várias possibilidades de leitura, e não um sentido pré-determinado pelo
autor.
O professor tem a incumbência de possibilitar meios para que o aluno
possa interagir criticamente com os textos, e compreenda as subjetividades que se
encontram por trás deles como um sujeito, uma história, uma ideologia e valores
particulares e próprios da comunidade em que está inserido. De tal forma, o aluno
precisa ser instigado à busca de respostas e soluções para os seus
questionamentos, necessidades e anseios relativos à aprendizagem.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os
alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na
abordagem discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é
aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações.
Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma diversidade de
gêneros que qualquer uso da linguagem implica e existe a necessidade de
adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como ocorre na
escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno se familiarize com
os sons específicos da língua que está aprendendo.
Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista
como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o
docente
direcione
as
atividades
de
produção
textual
definindo
em
seu
encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações
reais de uso.
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A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no
momento de orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de
adequação ao gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade
linguística adequada – formal ou informal. Ao propor uma tarefa de escrita, é
essencial que se disponibilize recursos pedagógicos, junto com a intervenção do
próprio professor, para oferecer ao aluno elementos discursivos, linguísticos,
sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção.
Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira
Moderna é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do
currículo para relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter que
desenvolver projetos com inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que
alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua
Estrangeira.
As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão,
simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar
ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação
aos discursos apresentados.
Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não-verbal, o
professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:
a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes
aplicabilidades. Cada atividade da sociedade se utiliza de um
determinado gênero;
b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas
percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem,
com que objetivo e quais outras leituras poderão ser feitas a
partir do texto apresentado;
c) Variedade Linguística: formal ou informal;
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d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série.
Vale ressaltar a diferença entre o ensino de gramática e a prática
da análise linguística:
ENSINO DE GRAMÁTICA
Concepção de língua como sistema, estrutura inflexível
e invariável.
Unidade privilegiada: a palavra, a frase e o período.
PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA
Concepção de língua como ação interlocutiva situada,
sujeita às interferências dos falantes.
Unidade privilegiada: o texto.
Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação
e classificação de unidades/funções morfossintáticas e
correção.
Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa,
que exigem comparação e reflexão sobre adequação e
efeitos de sentidos.
(Adaptado de: MENDONÇA, M. Análise Linguística no Ensino Médio: um novo olhar,
um outro objeto, 2006, p. 207)
e) Atividades:
• Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.
Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber
mais sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não só
nos livros ou na internet. Uma conversa com pessoas mais
experientes, uma entrevista, e assim por diante, também serão
consideradas pesquisas.
• Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto,
valorizando as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou
confrontar informações. Essa atividade poderá ser feita em Língua
Materna.
• Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua
Estrangeira, com a ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a
orientação do professor.
Os conteúdos poderão ser retomados em todos os anos, porém em
diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.
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A exploração de vários recursos disponíveis na escola como: livros
didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV
multimídia, entre outros, devem ser utilizados para propiciar o contato e a interação
com a língua e a cultura.
A elaboração de materiais pedagógicos pautada nestas Diretrizes
permite flexibilidade para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem
como para contemplar a diversidade regional.
Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor
proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura, o contato e a
interação com outras línguas e culturas. Desse encontro, espera-se que possa surgir
a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio linguístico.
Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica
fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de
aprendizagem (internalização) e de avaliação que permitam aos professores e
estudantes
conscientizarem-se
da
necessidade
de
“uma
transformação
emancipadora”.
Dessa forma, cabe ao professor monitorar, explicitar e possibilitar a
resolução de problemas, mediando como um dos interlocutores do processo de
ensino e aprendizagem, não como detentor absoluto do saber, mas como sujeito
que propicia a fomentação do conhecimento de forma crítica e significativa.
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AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está
vinculada aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes Curriculares e na
LDB n. 9394/96.
A reflexão proposta nas Diretrizes à cerca das práticas avaliativas,
objetivam favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, direcionando o
trabalho do professor e situando o aluno no percurso pedagógico.
De acordo com Luckesi (1995, p. 166),
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a aprendizagem bem sucedida.
Por conseguinte, a avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira
precisa superar a concepção de mero instrumento de mediação da apreensão de
conteúdos, visto que se configura como contínua, cumulativa e processual. Como
tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos a
partir de suas produções no processo de ensino e aprendizagem.
Logo, a avaliação deve refletir o desenvolvimento global do aluno, bem
como considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes
curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
Nesse sentido, a condição necessária para o exercício da avaliação
segundo essa concepção, orienta que as intervenções pedagógicas ultrapassem o
conteúdo trabalhado, de forma que os objetivos de ensino explicitados nestas
Diretrizes sejam alcançados.
Torna-se relevante em tal processo a organização do ambiente
pedagógico, a observação referente à participação dos educandos, bem como a
consideração do engajamento discursivo em sala de aula, considerando-se para
tanto suas diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na
turma; na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e
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Língua Estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo
ao promover o desenvolvimento de ideias (Vygotsky, 1989).
A
valorização
da
participação
dos
alunos
no
processo
de
aprendizagem e de avaliação, a discussão e acordo acerca dos critérios de
avaliação, assim como, a conscientização quanto as etapas vencidas contribuem
imensamente para o trabalho docente.
Como afirma Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com
critérios de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no
processo ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes,
críticos, criativos, solidários e autônomos.
A avaliação em Língua Estrangeira Moderna tem o intuito de superar a
concepção de avaliação enquanto instrumento de aferição do conhecimento,
propondo para tanto, uma perspectiva avaliativa que levante reflexões referentes as
dificuldades e progressos dos alunos, com referência em suas produções.
Cabe salientar que o processo avaliativo não se limita à sala de aula. O
projeto curricular, a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados,
estão compreendidos em tal processo. A avaliação deve estar articulada com os
objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos
metodológicos destas Diretrizes.
As explicitações dos propósitos da avaliação e do uso de seus
resultados podem favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de Língua
Estrangeira e permitirem que a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor
desse conhecimento.
Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção
do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das
avaliações ao longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será
diagnóstica, somativa e cumulativa, sistematizada através de um processo constante
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de observação do desempenho das atividades propostas que serão analisadas e
consideradas como subsídios.
Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em
consideração os objetivos propostos no Regimento escolar, bem como, as
concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da
escola. Serão utilizados instrumentos diversificados e coerentes com o disposto em
tais documentos, como: provas, trabalhos (individuais e em grupos), produção de
textos orais escritos que demonstram capacidade de articular a teoria e prática.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a
reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que se possa reorganizar os
conteúdos, os instrumentos e os métodos de ensino.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, o que possibilitará a observação dos
avanços e das dificuldades, em vista do estabelecimento de novas ações.
A recuperação de estudos é direito dos alunos e dar-se-á de forma
permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático
metodológicos diversificados anotados em Livro Registro de Classe.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano letivo. Na
promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004 e de acordo com a
síntese do sistema de avaliação da instituição.
A expressão dos resultados da avaliação será determinada conforme o
previsto no Regimento Escolar referente ao sistema de avaliação.
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Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% do
total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão
considerados aprovados ao final do ano letivo.
Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que
apresentarem:
frequência
inferior
a
75%
do
total
de
horas
letivas,
independentemente do aproveitamento escolar; frequência igual ou superior a 75%
do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero).
REFERÊNCIAS
ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C.M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais e
ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.
ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras
no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BALLALAI, Roberto. A abordagem didática do ensino de línguas estrangeiras e
os mecanismos de dependência e de reprodução da divisão de classes. Fórum
Educacional, v. 13, n. 3. Rio de Janeiro, jun./ago. 1989. p. 47-64.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer n.
04/98,de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino
fundamental. Relatora Conselheira: Regina Alcântara de Assis. Diário Oficial da
União, Brasília, p.31, 15 abr. 1998.
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
GIROUX, H. A. Qual o papel da pedagogia crítica nos estudos de língua e
cultura. Disponível em:<http://www.henryagiroux.com/RoleOfCritPedagogy_Port.
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htm > Acesso em: 12 de maio de 2006.
LEFFA, V. J A interação na aprendizagem das Línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006.
MEC: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações ÉtnicoRaciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília
― DF, 2004.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
MENDONÇA, M. R. S. Análise linguistíca no ensino médio: Um novo olhar, um
novo objeto. In: BUNZEN, C. (Org.) Português no ensino médio e formação do
professor. São Paulo: Parábola, 2006, p. 207.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do
Paraná. Curitiba, 1990
PASSOS A. VEIGA, lima; Projeto-Político-Pedagógico da escola ― uma
construção possível. Editora Papirus ― 20a edição, 2005.
PEREIRA, C.F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In:
SARMENTO, S.; MULLER, V. (Orgs.). O ensino de língua estrangeira: estudo e
reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
RAMOS, P. C. A avaliação desmistificada. São Paulo: Artmed, 2001.
SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica
do Estado do Paraná. Curitiba ― PR, 2008.
SEED PARANÁ, Inclusão e diversidade: reflexões para a construção do projeto
político- pedagógico. Curitiba, 2006. Disponível em: <www.wikipedia.org ― web>
<http://wwwdiaadiaeducacao.pr.gov.br> . Acesso 25.08.2010.
SOUZA, L.M.T.M. O conflito de vozes na sala de aula. In CORACINI, M.J. (Org.) O
jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas:
Pontes, 1995.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989b.
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO
ESCOLAR
SALA DE APOIO
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED implementou o Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo
de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que
frequentam a 5ª série do Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos
alunos, no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o
objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de
oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas
operações básicas e elementares. No colégio as aulas de reforço são oferecidas aos
alunos que frequentam a 5ª série, duas vezes por semana com carga horária de
quatro horas semanais.
CONTRATURNO
Com o objetivo de atender aos alunos que freqüentam o Ensino
Fundamental Ciclo Básico/Anos Iniciais, o Colégio Dom Geraldo oferece aos alunos
aulas de reforço escolar duas vezes por semana no contraturno , com carga horária
de quatro horas semanais, para favorecer a esses alunos uma superação dos
conteúdos que encontram dificuldade, com o objetivo que esses possam superar
suas dificuldades de aprendizagem recuperando e assimilando conteúdos que
estejam em defasagens.
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CELEM
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas é uma oferta
extracurricular e gratuita de ensino de Línguas Estrangeiras nas escolas da rede
pública do Estado do Paraná. Que apresenta como objetivos:
•
Ofertar curso de língua espanhol para os alunos do Colégio em
contraturno escolar;
•
Oportunizar aos alunos interessados aprenderem outra língua
estrangeira moderna.
As turmas de CELEM se diferem das turmas da grade curricular
por serem formadas por uma clientela diversificada com alunos do colégio até
pessoas da comunidade. Por isso se faz necessário uma constante reflexão nas
formas de apresentar a Língua Espanhola para que seja atraente a um público alvo
tão variado.
No Colégio Dom Geraldo o Curso de língua Estrangeira Moderna,
no caso a língua Espanhola é ofertado duas vezes por semana, no período noturno
com duração de quatro horas semanais.
PROJETOS
Todo e qualquer estabelecimento de ensino tem como finalidade
de garantir a unidade filosófica, política-pedagógica, estrutural e funcional
preservando a flexibilidade didático-pedagógica, visando a capacitação do aluno
para uma atuação direta na sua realidade social, proporcionando-lhe uma formação
integral.
Deste modo, o Colégio Dom Geraldo Fernandes tem por
finalidade, atender ao disposto nas Constituições Federal e Estadual e a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional ministrando uma educação baseada nos
seguintes princípios: a igualdade de condição para acesso e permanência na escola,
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vedada qualquer forma de discriminação e segregação; liberdade de aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; gratuidade de ensino,
com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza, desde que a entidade
mantenedora cumpra totalmente as exigências prescritas na lei; valorização dos
profissionais de ensino, gestão democrática e garantia de uma educação básica e
unitária.
O objetivo da Escola é ministrar o ensino, observando a legislação
vigente e que vise tornar a escola aberta, ampla, participante, solidária, cooperativa
e reflexiva, crítica, na qual a cultura tenha sabor existencial, onde se cultivem o vigor
intelectual vivenciado, o gosto pela observação e o respeito pela objetividade;
possibilitar condições ao educando de refletir, criticamente e se posicionar frente à
realidade por ele vivenciada, sendo capaz de atuar na escola e com essa realidade
levando a mudança que sejam benéficas à comunidade a qual pertence; resgatar o
valor do trabalho cooperativo determinando pela necessidade da solidariedade
humana; adequar e melhorar os conteúdos curriculares, evitando-se possíveis
descompassos entre o que a escola venha a oferecer e a real experiência que vem
sendo vivenciada pela comunidade local; estabelecer um sistema de administração
efetivo que oriente e auxilie a atuação do corpo docente, que permita melhores
resultados no processo ensino-aprendizagem, tornar o processo educativo dinâmico
e eficaz, provocando reflexões e capacidade para solução de diversas situações
sociais e individuais.
De acordo com estes pressupostos, a escola procura trabalhar
com uma metodologia prática e reflexiva, desenvolvendo projetos educacionais
importantes que serão descritos a seguir:
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PROJETO DE LEITURA
De acordo com pesquisas realizadas, nem sempre o bom leitor é
um bom escritor, talvez seja porque as habilidades que devem ser desenvolvidas
para as duas atividades não pertençam à mesma área do cérebro. É preciso, pois,
praticar a escrita tanto quanto a leitura. Todos têm ótimas idéias, adquiridas por sua
vivência, independente de um professor ou não. Como isso é importante fazer com
que o aluno expresse suas idéias.
O gosto pela leitura deve ser despertado o quanto antes nos
alunos, através de atividades relacionadas com a faixa etária, valorizando a leitura
como fonte de prazer e entretenimento. Dessa forma, iremos realizar atividades que
envolvam professores e alunos pela prática da leitura.
OBJETIVOS
•
Despertar o hábito de leitura;
•
Enriquecer o vocabulário;
•
Enriquecer os conhecimentos de conteúdos gerais;
•
Conhecer diversos tipos de textos, literatura, jornal, etc;
•
Compreender as idéias e mensagens contidas em leituras, folhetos
informativos, etc...
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METODOLOGIA
•
Trabalhar com diversos tipos de leitura: textos, informativos, literários,
filmes, músicas, dramatização, textos lúdicos, receitas, humor, notícias;
•
Acróstico, notícias de TV, texto poético, cruzadinhas, caça-palavras,
montagem de livros, interpretação escrita, oral, ilustrada, história em
seqüência, rótulos, ortografia, glossário, etc.
•
Realizar um cronograma onde um dia por semana, logo no início do
período de aula, todos os membros desta comunidade escolar estarão
“parando” para realizarem o Momento da Leitura.
AVALIAÇÃO
•
Avaliação contínua, diagnóstica que será feita no decorrer de todo o
desenvolvimento do projeto.
PROJETO DE GEOGEBRA
A utilização do software geogebra possibilita aos alunos a
movimentação do gráfico das funções, neste caso, em particular da função
exponencial, fazendo com que percebam algumas propriedades que dificilmente
perceberiam construindo gráficos no caderno. Com isso há uma maior interação dos
alunos com o conteúdo abordado e uma discussão entre os mesmos com as
informações obtidas na utilização do software.
Como uma forma de estimular os alunos a resolverem situações
problemas de maneira significativa através do uso da tecnologia, os alunos terão a
oportunidade de conhecer o programa geogebra, um programa geométrico
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desenvolvido para ser trabalhado em computadores. Assim as aulas se tornarão
mais significativas, despertando assim o interesse dos alunos por estes conteúdos.
OBJETIVOS
•
Facilitar o processo de ensino e aprendizagem e que os alunos
desenvolvam a definição exponencial crescente e decrescente através do
software Geogebra, estimulando os alunos a resolverem as situações
problemas através do uso da tecnologia.
•
Conhecer o programa geométrico e quais suas funções.
METODOLOGIA
As aulas serão desenvolvidas no laboratório de informática, e os
alunos utilizarão uma ficha de trabalho que deverá ser preenchida de acordo com as
atividades propostas durante as aulas.
AVALIAÇÃO
A avaliação será continua e diagnostica durante a realização do
projeto.
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EVENTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS E FESTIVOS
HISTORA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Em atendimento a lei 10.639/03
a equipe pedagógica
desenvolveras ações que contemplam a inclusão de conteúdos da Historia e Cultura
Afro brasileira, africana e indígena em cada disciplina. No momento da elaboração
dos planos de trabalho docentes será disponibilizado para o professor todos os
materiais e cadernos temáticos pertinente ao assunto ressaltando que já constitui
uma equipe multidisciplinar.
SEMANA CULTURAL
Acreditamos que a troca de informações dentro do ambiente
escolar é de extrema importância, pois enriquece a aprendizagem do aluno, fazendo
com o mesmo seja capaz de transmitir seus conhecimentos para os demais
companheiros e comunidade. Deste modo, propomos uma semana de atividades
diferenciadas, onde alunos, professores e comunidade realizam atividades culturais
e científicas dentro e fora do espaço escolar.
Com esta atividade, temos por objetivos: transmitir e adquirir
conhecimentos através da troca de experiências; desenvolver a criatividade;
Desenvolver a expressão corporal, oral e escrita; desenvolver o espírito de
cooperação; valorizar e respeitar as diferenças culturais; incentivar o gosto pela
pesquisa e pela busca de conhecimento.
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PROCESSOS
DE
DEPENDÊNCIA.
AVALIAÇÃO,
CLASSIFICAÇÃO,
PROMOÇÃO,
E
A avaliação é compreendida pelos educadores como elemento
integrador entre o ensino e a aprendizagem, que envolve múltiplos aspectos. É uma
ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas
em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de
trabalho e que envolve não somente o professor, mas também alunos, pais e a
comunidade escolar.
Sabe-se que a avaliação contribui para que o aluno, sujeito de
sua própria aprendizagem, possa discernir sobre sua verdadeira atuação no
contexto político, social e econômico na sociedade em que se insere. Nesta
sociedade, dividida em classes, compreendendo que a ciência é um meio de
produção e que a apropriação dos conhecimentos e acúmulo de valores produzirá
agentes ativos no processo de transformação desta mesma sociedade. A avaliação
do rendimento acadêmico do aluno não pode reduzir-se a verificação de seu
desempenho em provas e testes, hipervalorizando as notas e conceitos, como se a
isso pudesse restringir-se o objetivo de distribuição do saber. Tal avaliação não será
nunca um fim em sim mesma, mas um valioso subsídio (para aluno, professores e
escola) com vistas à constante melhoria de seu desempenho.
Deste modo à avaliação é entendida como um dos aspectos do
ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho com a aprendizagem e de aprendizagem dos alunos, bem como,
diagnosticar seus resultados e atribui-lhes valor. Como instrumento e técnica de
avaliação, serão utilizados: pesquisas, debates, entrevistas, trabalhos individuais ou
em grupos, testes, auto-avaliação, exercícios orais ou escritos, etc., sempre
articulando às situações concretas na qual se insere, concorrendo assim para uma
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compreensão de como corre e se ocorre a aprendizagem, considerando-se neste
processo a avaliação dos aspectos que favorecem e que dificultam a aprendizagem.
Tais aspectos avaliados devem ser do professor, do aluno, e funcionamento da
escola. São considerados também no processo de avaliação direção, professores,
equipe pedagógica, família e todos os outros segmentos da escola.
Em qualquer momento do processo permanente de avaliação
deve ser tomado em seu singular predicado de subsidiar a correção de rumos e o
redimensionamento de atividades. A avaliação subsidia o professor com elementos
para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos
instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos de aprendizagem individual ou
de todo grupo. O aluno necessita de suas conquistas, dificuldades e possibilidades
para a reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola,
possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais
demandam maior apoio.
Entendemos que a partir das concepções de mundo, homem,
sociedade e currículo, que se pretende para o trabalho no ensino, é necessário optar
por uma proposta de Avaliação, que inclua, contemplando os objetivos e
encaminhamentos metodológicos com uma visão social da educação cultural dentro
das áreas do conhecimento, orientando o julgamento do professor para um aspecto
mais amplo do que circunscrito as disciplinas e seus conteúdos, enquanto onde
promove mudanças no aprender como um agente social transformador com
conteúdos.
Nesta perspectiva, o momento de avaliação consiste em momento
de aprendizagem porque permite ao aluno perceber sua contribuição ao trabalho
coletivo. Permite também ao professor analisar, rever e tomar decisões sobre os
encaminhamentos, os conteúdos trabalhados de forma a possibilitar a adequação
necessária para atingir as marcas e metas propostas. Isto possibilitará, também a
recuperação aos alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem.
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A avaliação é, portanto, concebida como um instrumento para
ajudar o aluno a aprender fazendo para integrante do dia-a-dia em sala de aula.
O clima criado pelas metodologias adotadas deve assegurar
espaço para os alunos arriscarem e o erro se configura em uma valiosa pista. A
avaliação servirá para que o professor possa rever os procedimentos que vem
utilizando e replanejar sua atuação toda vez que julgar não ter atingido seus
objetivos.
O professor deverá se debruçar sobre as produções de seus
alunos, dar-lhes nota, não para classificá-los, mas sim para obter informações para
planejar suas intervenções, propondo procedimentos que levam os alunos a atingir
novos patamares de conhecimentos. Para tanto é preciso que o professor tenha
clareza do que pretende em cada atividade em sala, só assim poderá avaliar cada
aluno de forma criteriosa.
Neste processo de avaliação contínua é preciso assumir a postura
de constante observação e cuidadoso registro. A prova com dia e valor previamente
marcados é, então somada a essas observações e registro diários que, ao final do
processo serão transformados em nota, mas que devem medir os avanços do aluno;
onde estava no início e onde está agora. E preciso também partilhar com os alunos
dessas observações para que eles também aprendam a aprender. Esse processo de
avaliação, baseando no desenvolvimento dos conhecimentos adquiridos pelos
alunos, tem também por objetivo levar, lenta, gradativamente e gradualmente a uma
elevação do nível das operações cognitivas desenvolvidas pelos alunos.
A nota deve, neste momento ser concebida com um apoio à
professores e alunos, pois sua ausência acarreta inúmeras angústias a professores
e alunos dificultando que ambos se dediquem com
maior
ênfase
ao
processo
ensino/aprendizagem.
O sistema de notas bimestrais é o que a escola prefere trabalhar
por ter o objetivo realmente da avaliação do conhecimento sistematizado. A escola
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tem consciência que para este recurso surtir efeito maior é preciso o envolvimento
de todos, e todos alunos professores estarem visualizando resultados mais próximos
comunidade docente e discente tendo certeza que o tempo e restrito torna-se aliado
para o planejamento e avaliação. Uma vez que todos dispõem de um período restrito
para formalizar e registrar o resultado formal de avaliação real de cada envolvido.
Caberá a equipe pedagógica da escola orientar e monitorar professores e alunos no
bom andamento desta forma de registro.
Caberá ainda a equipe-pedagógica orientar os professores sobre
o que avaliar. Neste sistema de avaliação a recuperação é parte integrante. A
avaliação, tarefas, atividades, provas; será ponto de partida e não de chegada, a
partir daí o aluno percebe junto com o professor suas dificuldades e traçam juntos
formas de recuperação que não impeçam seus progressos e dos demais.
Os alunos receberão o resultado do registro formal de suas
avaliações bimestralmente. À comunidade será entregue, um boletim (faltas e notas)
para que os pais possam acompanhar a vida e o desempenho escolar de seus filhos
e no momento da entrega dos boletins haverá reunião para que a comunidade possa
participar
propondo
idéias
necessárias
para
sanar
suas
dificuldades
de
aprendizagem.
A promoção ocorrerá para todas as séries segundo o registro da
escola. Independente da disciplina de aprendizagem serão os mesmos, ou seja, o
desenvolvimento do conhecimento e a utilização do conteúdo como um meio para
isso, pois seguirá as normas do CBA de 1ª a 4ª séries.
Portanto, para o ano de 2010 a Escola trabalhará no Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio, com sistema de notas bimestrais,
numa escala de 0 a 10,0 tendo como média mínima para aprovação 6,0 com
possibilidade de promoção ou retenção em cada série anual, observando
aproveitamento e frequência .
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De acordo com o Regimento Escolar artigo 65, após a apuração
dos resultados finais de aproveitamento e frequência, serão definidas as situações
de aprovação ou reprovação dos alunos de 5ª a 8ª séries e do Ensino Médio e EJA.
Inciso I – será considerado aprovado o aluno que apresentar:
Frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do
total da carga horária do periodo letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis
virgula zero), resultante da média aritmética dos bimestres, nas respectivas.
MA= 1º B + 2º B+ 3ºB+4ºB = 6,0
4
Inciso II – será considerado reprovado o aluno que apresentar:
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total de carga horária
do período letivo e média anual inferior a 6,0 (seis virgula zero);
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento ) sobre o total de carga horária
do período letivo com qualquer média anual.
Ressaltamos que existe proposta para alterar o Sistema de
Avaliação Bimestral para
Sistema de Avaliação Trimestral no ano de 2011,
mediante aprovação do Conselho Escolar.
A promoção do Ciclo Básico de Alfabetização (CBA) que tem
como tempo quatro anos se dá automaticamente de uma etapa para outra, podendo
haver retenção apenas na 4ª série. Sendo que ao final desta etapa o professor
regente deve elaborar um parecer conclusivo sobre a escrita, os aspectos
fundamentais das áreas de conhecimento ou os motivos que levaram a retenção
final deste ano letivo.
Os resultados das avaliações serão comunicados aos pais
através de reuniões trimestrais quando será ofertada acompanhamento dos pais até
o final do semestre com as fichas, ou ainda em qualquer época das observações
feitas pelos professores, durante o processo ensino e aprendizagem.
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Aos alunos do CBA com baixo rendimento escolar, é ofertada a
recuperação de estudos de forma paralela e em contraturno, duas vezes por
semana, com duas horas diárias. Ao final desta etapa o professor regente deve
elaborar um parecer conclusivo sobre a escrita, os aspectos fundamentais das áreas
de conhecimento ou os motivos que levaram a retenção final deste ano letivo.
Cabe ao professor, assessorado pela Equipe Pedagógica, quando
necessário, emitir parecer final sobre o aproveitamento dos alunos no Ciclo Básico
de Alfabetização, ficando a cargo do Conselho de Classe, a decisão sobre a
promoção ou retenção do aluno, a respeito das quais se tenha dúvida sobre o nível
de aproveitamento do conhecimento.
A avaliação final deve considerar, para efeito de promoção, todos
os resultados obtidos durante o ano letivo, incluída a recuperação dos estudos.
Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento de ensino registra no
Histórico Escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado. Ressaltamos
que a realização dos Conselhos de Classe ao final de cada bimestre é um momento
precioso onde professores, equipe pedagógica e direção, podem discutir e analisar o
desenvolvimento do aluno como um todo.
Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2009
Fonte: SERE/ABC
Ensino/Série
FUNDAMENTAL - TOTAL
1ª SERIE
2ª SERIE
3ª SERIE
4ª SERIE
5ª SERIE
6ª SERIE
7ª SERIE
Taxa de Aprovação
75,70%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
66,40%
65,60%
Rendimento Escolar
Taxa de Reprovação
20,70%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
27,80%
29,60%
Taxa de Abandono
3,40%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
5,60%
4,60%
63,30%
33,00%
3,50%
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8ª SERIE
MEDIO REGULAR TOTAL
1ª SERIE
2ª SERIE
76,10%
19,40%
4,40%
78,60%
14,70%
6,50%
72,20%
88,00%
16,60%
12,00%
11,10%
0,00%
PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Não se pode negar que uma constante atualização dos
professores é de extrema importância, pois estes profissionais precisam de
conhecimentos que levem a reflexão e informações que dêem sustentação à sua
prática pedagógica, ao seu envolvimento no processo educativo, ao trabalho com
outros professores, com os pais e em especial, com seus alunos.
Faz-se necessário conhecer melhor os alunos, elaborar novos
projetos, redefinir objetivos, buscar conteúdos significativos e novas formas de
avaliar que resultem em propostas metodológicas inovadoras, com intuito de
viabilizar a aprendizagem dos alunos.
Precisamos de educadores que se disponham a aprender
enquanto ensina, trabalhando seus ranços autoritários e espontaneístas na tentativa,
na busca da construção de uma relação democrática. Precisamos de um educador
que também se disponha a acompanhar o processo de instrumentalização para a
apropriação da reflexão (pensamento-prática-teoria) de seus educandos.
Deste modo, para que possamos realizar um trabalho de
qualidade, coerente com as propostas educacionais, busca-se trabalhar com
projetos ligados a todas as áreas do conhecimento, preparando e apoiando os
professores através de palestras e reuniões periódicas, disponibilizando e
incentivando a realizarem cursos e leituras de materiais diversificados (revistas,
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livros, jornais, textos, etc.), realizando encontros para troca de experiências,
dinâmicas de grupo que visem trabalhar a auto-estima, expressão corporal,
relaxamento, troca de experiências, etc. Não se pode deixar de citar também a
utilização racional da hora-atividade para orientações e troca de experiência entre
equipe pedagógica e professores, além de momento de leituras e reflexão.
Ressaltamos que a participação dos professores em cursos de capacitação e grupos
de estudos são repassados e discutidos entre os professores e Equipe Pedagógica,
procurando adequar novos conhecimentos às necessidades dos alunos atendidos
por esta instituição.
Toda vez que o professor participa de um seminário, palestras ou
grupo de estudo fora da escola, o mesmo tem procurado passar o objetivo daquele
assunto, ou o conteúdo aos demais que não participaram numa reunião, ou mesmo
num intervalo, na hora atividade e para a supervisão ir repassando até que todos
tomem conhecimento do referido curso, palestra, encontro.
Muitas vezes a equipe percebe as pequenas mudanças que vão
ocorrendo com esse professor, na maneira de planejar, ensinar, atender os alunos
superando suas dificuldades, postura profissional vai contagiando outros também.
A hora atividade é desenvolvida na escola pelo professor, onde
tem contribuindo para a preparação parcial das aulas, avaliações e recuperações
paralelas, correção parcial das atividades, planejamento do desenvolvimento dos
conteúdos com mais envolvimento de professores num determinado conteúdo,
atendimento individual do aluno e pais.
O tempo se torna muito pouco para o professor trocar
informações que é necessária para uma qualidade de ensino, necessário a troca de
experiência com diversas áreas e na mesma, dialogue sobre os fatores externos e
internos da comunidade escolar, buscando intervindo na melhoria dessa
comunidade.
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Consideramos a hora atividade uma conquista muito importante
dentro da categoria, pois durante este momento os professores preparam suas
aulas, avaliações, atividades extra-classe, realizam leituras que visam enriquecer
sua
prática
pedagógica
reconhecemos
que,
e
corrigem
como
atividades
conseqüência
desta
dos
alunos.
Deste
oportunidade,
modo
houve
um
enriquecimento satisfatório na atuação do professor em sala de aula.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
A escola como um todo tem como objetivo central a formação
integral do aluno para o exercício da cidadania. Para que haja um bom
desenvolvimento na nova proposta de trabalho na educação, se faz necessário
definir com clareza os objetivos desejados, fazer uma reflexão e ter visão voltada
para os novos paradigmas onde toda a equipe técnico-pedagógica deve estar
comprometida com a aprendizagem dos alunos para que a instituição escolar seja
um local onde o aluno possa refletir, vivenciar experiências de aprendizagem
enriquecedoras, construir sua identidade, ter o direito de aprender desenvolvendo
suas habilidades e adquirindo competências que sejam aplicadas no cotidiano, onde
o professor seja o facilitador para a construção de conhecimentos, desenvolvendo
atividades onde se busque informações em várias áreas do conhecimento,
proporcionando oportunidade de conhecer, fazer relacionar, aplicar e transformar
através
de
um
trabalho
desenvolvido,
centrado
em
projetos
integrados,
interdisciplinaridade e contextualização, sempre reavaliando sua prática pedagógica
para que se possa avaliar o desenvolvimento das competências que os alunos estão
se apropriando.
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A missão da escola é a de capacitar o ser humano para realização
de atividades nos três domínios da ação humana; a vida em sociedade, a atividade
produtiva e a experiência subjetiva.
Propiciando ao educando o desenvolvimento de capacidades de
ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social, ética e
estética, tendo em vista sua formação ampla. Sendo assim aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser são os eixos estruturais da
educação na sociedade contemporânea. Para que está missão se cumpra o
contento os procedimentos escolares metodologias e avaliações deverão estar
organizadas sob três premissas: estética da sensibilidade, que estimula a
criatividade, a curiosidade, a afetividade, suporte o diferente. Política da igualdade
que reconhece os direitos humanos, combate todas as formas de preconceito e
discriminação e ética da identidade que se constitui o desejo de formar
pessoas
solidárias e responsáveis por serem autônomas e críticas.
Inserida num contexto de aprendizagem democrática a escola
estimula a liberdade de pensamento
e expressão. Os alunos devem aprender a
tirar partido do seu saber de uma maneira útil. A escola não vai procurar apenas
dotá-los de uma sólida formação geral, mas procurar também lhes fortalecer o
caráter e transmitir-lhes um profundo sentido das responsabilidades sociais,
introduzindo modelos inovadores e dinâmicos de desenvolvimento comunitário
integrado e fixando normas de excelência no plano de desenvolvimento humano e
sócio-econômico, da educação, da cultura e das artes. Deste modo, estará criando
possibilidades de educação com conteúdos e métodos mais elaborados para dar
respostas às diferenças individuais.
Portanto é missão da escola proporcionar oportunidades de ao
compreender melhor a dinâmica das sociedades, os educandos perceberem-se
elementos ativos, com capacidade de
visualizar um modelo de sociedade mais
justa e solidária.
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A missão da escola reflete a necessidade de propiciar ao educando
o desenvolvimento de capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de relação
interpessoal e inserção social, ética e estética, tendo em vista sua formação ampla.
Para garantia o desenvolvimento dessas capacidades é preciso
considerar que nem todas as pessoas têm os mesmos interesses ou habilidades,
nem aprendem da mesma maneira.
A partir do reconhecimento das diferenças existentes entre elas,
será possível conduzir um ensino pautado em aprendizados que sirvam a novos
aprendizados.
Para que os alunos desenvolvam suas capacidades, os conteúdos
devem ser selecionados de modo a auxiliá-los às várias vivências a que são
expostos em seu universo cultural.
Embora os indivíduos tendam a desenvolver capacidades de
maneira heterogênea, é importante salientar que a escola tem como função
potencializar o desenvolvimento de todas as capacidades, de modo a tornar o
ensino mais humano, mais ético, assim, a escola pública será capaz de formar
cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.
É preciso oferecer aos alunos oportunidade de darem o melhor de
si mesmo. Insistir sempre nesta finalidade essencial da educação, levar cada um a
cultivar as suas aptidões, a formular juízos e a partir destes, a adotar
comportamentos livres. As pessoas precisam recorrer, constantemente, a seus
conhecimentos e a sua capacidade de discernimento para poderem orientar-se,
pensar e agir.
A equação educação-empregabilidade-superação da exclusão,
além de simplista, torna-se claramente ideológica quando não vem acompanhada
de propostas de implantação de políticas públicas para garantir que a dinâmica do
mercado obedeça às prioridades locais.
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De acordo com a Nova Lei de Diretrizes e Bases, o ensino
fundamental é a educação básica e tem por finalidade desenvolver o educando,
assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecerlhe meios para a progredir no trabalho e em estudos posteriores. Concebe a escola
como inclusiva, entendida como aquela que, além de acolher todas as crianças,
garante uma dinâmica curricular que contemple mudar o caráter discriminatório do
fazer pedagógico, e partir das necessidades dos alunos.
Objetiva a formação básica do cidadão mediante:
•
O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
•
A compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se
fundamenta a sociedade;
•
O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo
em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação
de atitudes e valores;
•
O fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se
assenta a vida social.
A lei destaca o papel importante que a escola desempenha no
processo educacional e lhe confere uma grande autonomia de organização.
Também incentiva os sistemas de ensino a desenvolverem projetos
que possibilitem a aceleração de estudos para alunos com atraso escolar.
A
inclusão
requer
compromisso
político
com
a
educação
manifestado em uma série de medidas concretas, que embora não sejam de
responsabilidade exclusiva da escola, precisam ser assumidas por ela. A postura
de acolhimento envolver tanto a valorização dos conhecimentos e da
forma
de
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expressão de cada aluno, como
o
processo
de
socialização.
Valorizar
o
conhecimento do aluno considerando suas dúvidas e inquietações implicam em
promover situações de aprendizagem que façam sentindo para ele. Exercer o
convívio social no âmbito escolar favorece a construção de uma identidade pessoal,
pois a socialização se caracteriza por
um lado pela diferenciação individual e por
outro pela construção de padrões de identidade coletiva.
A realização do acolhimento e da socialização dos alunos
pressupõe o enraizamento da escola
na comunidade. A interação entre a equipe
escolar, alunos, pais e outros agentes educativos, possibilita a construção de
projetos que visam à completa formação do aluno.
O relacionamento entre a escola e comunidade pode ainda ser
intensificado quando há interação dos diversos espaços educacionais que existem
na sociedade, tendo como objetivo criar ambientes culturais diversificados que
contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social. É de
extrema importância que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio
grupo e, ao mesmo tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando às crianças
e aos jovens pertencentes a diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no
que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura brasileira no
âmbito nacional e regional como no que faz parte do patrimônio universal da
humanidade.
A escola tem que ter em vista a formação dos estudantes, assim
ele amplia suas
habilidades em função de novos saberes que se produzem e
demandam um novo tipo de profissional. Essas relações entre conhecimento e
trabalho exigem capacidade de iniciativa e inovação e, mais do que nunca, a
“aprender a aprender”, deixando de lado o “aprender determinadosconteúdos”. Para
tanto, é necessária a utilização de metodologias capazes de priorizar a construção
de estratégias de verificação e comprovação de hipóteses na construção do
conhecimento, a construção de argumentação capaz de controlar os resultados
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desse processo, o desenvolvimento do espírito crítico capaz de favorecer a
criatividade, a compreensão dos limites e alcance lógicos das explicações
propostas.
Deve-se buscar um ensino de qualidade capaz de formar os
cidadãos que interfiram
criticamente na realidade para transformá-la e não
apenas para que se integrem ao mercado de trabalho. Os Parâmetros
Nacionais
Curriculares indicam como objetivo do ensino fundamental, que os alunos sejam
capazes de:
•
Compreender a cidadania como participação social e
política, assim como o exercício de direitos e deveres políticos, civis
e sociais;
•
Posicionar-se de maneira crítica e construtiva nas diferentes
situações sociais;
•
Conhecer características fundamentais do
Brasil, nas
dimensões sociais, materiais e culturais;
•
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-
cultural brasileiro, com como aspectos
sócio-culturais de outros
povos e nações;
•
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador
do ambiente;
•
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o
sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física,
cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e da inserção
social; Conhecer o próprio corpo e dele cuidar;
•
Utilizar
as
diferentes
linguagens
(verbal,
musical,
matemática, gráfica, plástica e corporal)
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•
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos
tecnológicos para adquirir e construir
•
conhecimentos;
Questionar a realidade.
A Nova LDB deixa expressa a necessidade de se trabalhar com
diferentes áreas do conhecimento que contemplem uma formação plena dos alunos,
no que diz respeito aos conhecimentos clássicos e à realidade social e política,
dando especial enfoque ao ensino a hitoria brasileira, sob a justificativa da
necessidade de conhecer nossas matrizes constituintes e
sentir-se pertencente à
nação. Explicita também a necessidade de haver uma base comum de
conhecimentos para todos e o tratamento de questões específicas de cada
localidade.
As áreas de conhecimento constituem importantes marcos
estruturados de leitura e interpretação da realidade, essenciais para garantir a
possibilidade de participação do cidadão na sociedade de uma forma autônoma. Ou
seja, as diferentes áreas, os conteúdos selecionados em cada uma delas e o
tratamento transversal de questões sociais constituem uma representação ampla e
plural dos campos de conhecimento e da cultura de nosso tempo, cuja aquisição
contribui para o desenvolvimento das capacidades expressas nos objetivos gerais.
Em todas as áreas buscou-se evidenciar a dimensão social que
aprendizagem cumpre no percurso de construção da cidadania, elegendo, dessa
forma, conteúdos que tenham relevância social potencialmente significativos para o
desenvolvimento de capacidades. São elas: Língua Portuguesa,
Matemática,
História, Geografia, Ciências Naturais, Educação Física, Arte, Língua Estrangeira e
Ensino Religioso.
O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser
adquirido por meio da cópia do real, tampouco algo que o indivíduo constrói
independentemente da realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas próprias
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capacidades pessoais. O conhecimento é resultado de um complexo processo de
construção, modificação e reorganização utilizada pelos alunos para assimilar e
interpretar os conteúdos escolares. O que o aluno pode aprender em determinado
momento da escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de
pensamento de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos
que já construiu anteriormente e do ensino que recebe.
Conceber o processo de aprendizagem como prioridade do
sujeito, implica em valorizar o papel determinante da interação com o meio social e,
particularmente, com a escola.
Situações escolares de ensino e aprendizagem são situações
comunicativas, nas quais os alunos e professores co-participam, ambos com uma
influência para o êxito do processo.
A construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares sofre
influência das ações propostas pelo professor, pelos colegas, dos meios de
comunicação, dos pais, dos amigos, das atividades de lazer do tempo livre, etc.
Dessa forma, a escola precisa estar atenta às diversas influências para que possa
propor atividades que favoreçam aprendizagens significativas.
As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão
significativas na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os
conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, que atendam às
expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno. As reflexões sobre
a atuação em sala de aula, os debates e as teorias ajudam a conhecer os fatores
que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem considerados, provocam
mudanças significativas no diálogo entre o ensino e a aprendizagem e repercutem
de maneira positiva no ambiente escolar, na comunidade, na família, pois os
envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e ao que aprendem.
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Faz-se necessário que a equipe escolar desenvolva um projeto
coletivamente elaborado, para que da primeira à última série do ensino fundamental
e médio existam objetivos comuns a serem alcançados; é importante levar em conta
experiências anteriores e agregar novos elementos: o projeto educativo é um
instrumento para isso.
A perspectiva de conferir à escola a responsabilidade de
elaboração e desenvolvimento de seu projeto educativo não deve significar omissão
das instâncias governamentais, tanto no aspecto nos aspectos administrativos e
financeiros como também no pedagógico.
O projeto educativo deve procurar articular propostas com vistas a
garantir a aprendizagem pelos alunos dos diferentes conteúdos selecionados, em
função dos objetivos que se pretende atingir. Para isso, é preciso usar estratégias de
atuação que garantam a participação dos alunos em diferentes projetos a serem
desenvolvidos, criando condições para que possam manifestar suas preocupações,
seus problemas e seus interesses.
Para que uma aprendizagem significativa possa acontecer é
necessário investir em ações que potencialize a disponibilidade do aluno para que a
aprendizagem, o que se traduz, por exemplo, no empenho em estabelecer relações
entre seus conhecimentos prévios sobre um assunto e o que se está aprendendo
sobre eles. Essa disponibilidade exige ousadia para se colocar problemas, buscar
soluções e experimentar novos caminhos.
Alguns fatores interferem diretamente na disponibilidade para a
aprendizagem:
Conhecimento do objetivo da atividade pelo aluno; Atividades
desafiadoras e com nível de complexidade adequado; Tempo adequado para a
realização das atividades.
O tempo é sempre colocado como um problema a ser enfrentado
pela equipe escolar. Entretanto, a organização do planejamento das aulas, por
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exemplo, reduz a improvisação que, muitas vezes é um dos fatores da falta de
tempo. Também é importante que o professor defina
claramente
as
atividades,
estabeleça e defina o período de execução previsto.
O aproveitamento do tempo em que o aluno permanece na escola
em atividades extraclasse é outra importante tarefa a ser organizada. A gestão do
tempo é também uma variável que interfere na construção da autonomia do aluno;
ele precisa aprender a controlar o tempo de realização de suas atividades, o que
não quer dizer que arbitrem a respeito de como e quando atuar na escola; o
professor é também um orientador do uso do tempo, ajudando os alunos nessa
utilização.
Nessa organização é preciso considerar a possibilidade de os
alunos assumirem a responsabilidade pela disposição, ordem e limpeza da sala,
bem como pela organização dos murais para exposição de trabalhos, jornais,
programação cultural. Quando o espaço é tratado dessa maneira, passa a ser objeto
de aprendizagem e respeito, o que somente ocorrerá através de investimentos
sistemáticos ao longo da escolaridade.
Embora em muitas organizações os espaços físicos sejam
restritos, é necessário investir na sua organização,
visando criar momentos e/ou
locais para atender as solicitações dos alunos
discutindo normas claras de
uso, horários de utilização e sua conservação. Ao apoiar e valorizar as iniciativas, a
escola conquista importante espaço educativo para a construção de valores e
atitudes solidárias e também se valoriza aos olhos dos alunos e suas famílias.
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Os recursos didáticos desempenham um papel importante no
processo de ensino e aprendizagem, desde que se tenha clareza das possibilidades
e dos limites que cada um deles apresenta e de como eles podem ser inseridos
numa proposta global de trabalho. Quando a seleção de recursos didáticos é feita
pelo grupo de professores da escola, cria-se uma oportunidade de potencializar o
seu uso e escolher, dentre a vasta gama de recursos didáticos
existentes,
quais
são os mais adequados à sua proposta de trabalho.
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MARCO CONCEITUAL
Nesta segunda etapa do Projeto Político Pedagógico, é de
extrema importância que se realize uma análise e discussão sobre alguns
componentes do processo educacional. Entretanto, esta reflexão não pode ser feita
com base no senso comum, mas à luz da lei e de alguns teóricos da educação a fim
de que este possa ser um documento sério e atual e que não corra o risco do
trabalho pedagógico enveredar por um caminho inadequado e ineficaz, deixando
assim de cumprir sua função principal: formação do aluno como um ser global.
Acredita-se que o Projeto Político Pedagógico necessita, acima de tudo refletir o
compromisso e seriedade que toda e qualquer instituição educacional tem para com
seus educandos e comunidade.
VEIGA
(1998),
chama
a
atenção
do
leitor
para
esta
responsabilidade quando afirma que o Projeto Político Pedagógico “é um
instrumento que reflete a realidade da escola, situada em um contexto mais amplo
que a influencia e que pode ser por ela influenciado”.(p.12)
Deste modo, torna-se primordial iniciar esta discussão fazendo
uma análise sobre o que é considerado a essência da escola: o ato de educar.
Atualmente, defende-se que educar vai muito além do simples ato de “ensinar”
conteúdos, é interpretado como um ato político, já que este implica em um processo
de desenvolvimento e de transformação da personalidade que envolve todas as
qualidades humanas (emocionais, físicas, morais, intelectuais e estéticas), visando
sempre a atividade do indivíduo na sua relação com o meio social de forma que ele
possa atuar neste meio, tendo como objetivo transformá-lo em um meio mais
adequado e justo.
Vale ressaltar que esse processo acontece durante toda a vida de
um indivíduo e não está limitado apenas às instituições escolares, pois ocorre em
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todos os espaços que ele possa conviver. Entretanto, a escola tem um papel
extremamente importante dentro desta formação do ser social, pois está ciente que
o conhecimento socialmente construído é um direito de todos e garantir a
reapropriação
deste
conhecimento,
assim
como
a
construção
de
novos
conhecimentos, é sua principal função. Assim, cabe a escola incorporar as
diferenças e combater as desigualdades sociais e culturais, contribuindo para o
progresso da humanização. O trabalho básico da escola é ensinar e o serviço
prestado por ela é a construção da cidadania.
É importante destacar também que esta escola tem vivenciado um
momento de intensas mudanças de seus paradigmas. Através das inovações
tecnológicas, das descobertas científicas e principalmente pelo avanço pedagógico
embasado em novas teorias que defendem que o conhecimento não é algo possível
de ser transmitido, mas sim construído pelo próprio indivíduo, que acaba se
tornando um ser ativo dentro do processo educacional. A criança passa a ser vista
como um ser social ativo e dinâmico na construção de seu próprio conhecimento.
Essa nova perspectiva trouxe uma inevitável transformação na compreensão do ato
de “ensinar” e, como conseqüência, no processo educacional de forma geral.
Nas últimas décadas, diversos estudiosos e pensadores, através de
suas pesquisas e reflexões sobre o desenvolvimento humano, têm influenciado para
que o ato de educar seja visto como um processo complexo que envolve a ação do
próprio educando.
Piaget (1971), em seus estudos defendia que o sujeito, desde o seu
nascimento, estabelece uma relação de interação com o seu meio e esta relação é
quem promove o seu desenvolvimento cognitivo. Para Piaget, “o desenvolvimento
resulta de combinações entre aquilo que o organismo traz e as circunstâncias
oferecidas pelo meio: eixo central, portanto é a interação organismo/meio”. (in
KRAMER, 1999 p. 29).
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Assim como Piaget, os estudos do russo Lev Vygotsky também
têm influenciado no trabalho educacional. Ele afirma que o desenvolvimento do ser
humano é fruto de suas experiências, porém o modo como cada um vai
desenvolver-se depende do seu biológico, ou seja, do seu individual. Para Vygotsky,
a relação entre o indivíduo e sua sociedade, que se faz presente desde o
nascimento, é de extrema importância para o desenvolvimento humano.
Fundamentando-se nestes e em vários outros pesquisadores do
desenvolvimento humano, o vem sofrendo profundas transformações e o papel
educacional, exercido pela instituição escolar, tem assumido uma nova perspectiva.
Vygotsky (1987), ressalta ainda que este trabalho pedagógico
possui um papel importante na formulação de conceitos pela criança, já que este
deve propiciar um conhecimento sistemático sobre aspectos que não estão
associados ao seu campo de visão ou vivência direta. Entretanto, tal metodologia
deve ser pautada no desafio, na estimulação do intelecto do aluno.
Para aprender um conceito é necessário, além das informações recebidas
do exterior, uma intensa atividade mental por parte da criança. Portanto, um
conceito não é aprendido por meio de um treinamento mecânico, nem
tampouco pode ser meramente transmitido pelo professor ao aluno: o
ensino direto de conceitos é impossível e infrutífero. (REGO, 1999 p.78).
Freinet (1971), com suas contribuições também defende esta
concepção quando afirma que a sala de aula deveria ser um espaço prazeroso e
ativo, pois compreende que a aprendizagem se dá pela experimentação, baseada
também na cooperação. Considera a interação entre professor-aluno e aluno-aluno,
um ponto essencial para a aprendizagem, cabendo ao educador a sensibilidade de
atualizar sua prática.
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Desta forma a escola tem condições de trazer o que está fora
para dentro de si e procura dar sentido ao seu trabalho por meio da aplicabilidade na
vida, buscando basear-se na prática, evitando teorias desligadas da realidade do
aluno ou até mesmo vazias. Cabe a ela considerar e ter como ponto de partida para
sua prática a própria experiência e realidade de seus educandos para poder
conduzi-los a construir novos conhecimentos.
Um outro aspecto importante que a escola não pode negar é o
fato de estar inserida em uma sociedade antagônica, marcada pela divisão de
classes e pela desigualdade social, onde há indivíduos extremamente pobres e
outros extremamente ricos, onde as riquezas se concentram nas mãos de poucos e
a grande massa popular está sendo cada vez mais assolada pela pobreza
decorrente da injusta divisão de bens.
Paulo Freire, nos chama a atenção para este fato quando escreve
sobre a falsa neutralidade da educação, defendendo que educar é um ato político
que pode interferir de forma positiva ou negativa na relação de domínio ou de
liberdade entre as pessoas. Ele defende uma pedagogia que proporcione a
liberdade através do diálogo entre os professores e alunos.
Por isso também é que ensinar não pode ser um puro processo, como tanto
tenho dito, de transferência de conhecimento da ensinante ao aprendiz.
Transferência mecânica de que se resulte a memorização maquinal que já
critiquei. Ao estudo critico corresponde um ensino igualmente crítico que
demanda necessariamente uma forma crítica de compreender e de realizar
a leitura da palavra e a leitura de mundo, leitura do texto e leitura do
contexto. (FREIRE, 1998 p. 33).
Esta necessidade de uma pedagogia diferenciada traz consigo um
outro ponto que toda e qualquer instituição precisa estar compromissada, a
formação
continuada
do
docente,
uma
vez
que
os
educadores
têm
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a
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responsabilidade de criar situações que favoreçam a construção do conhecimento e
a formação do indivíduo crítico, dinâmico e ativo. Diante desta tarefa, faz-se
necessário contemplar com clareza a importância e a necessidade dos profissionais
da educação estarem em constante atualização, pois o educador é peça
fundamental no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que cabe a ele a
seleção e organização dos conteúdos significativos e na escolha de atividades que
visam favorecer a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de seus
educandos.
Paulo Freire é um autor que se preocupa e discute com muita
intensidade sobre a formação dos educadores, pois considera que a prática
educativa é de extrema importância para o desenvolver e o “libertar” de uma
sociedade que até então está passiva.
A prática educativa, pelo contrário, é algo muito sério. Lidamos com
gente, com crianças, adolescentes ou adultos. Participamos de sua
formação. Ajudamo-los ou prejudicamos nesta busca. Estamos
intrinsecamente a eles ligados no seu processo de conhecimento.
Podemos concorrer com nossa incompetência, má preparação,
irresponsabilidade, para o seu fracasso. Mas podemos também, com
nossa responsabilidade, preparo científico e gosto do ensino, com
nossa seriedade e testemunho de luta contra as injustiças, contribuir
para que os educandos vão se tornando presenças marcantes no
mundo.(1998 p.47)
Segundo ele, o educador deve assumir a responsabilidade e a
seriedade de sua tarefa docente para que sua ação educacional possa gerar
indivíduos autônomos e prontos para atuarem de modo consciente em seu próprio
meio. Só assim ele estará preparando a criança para tomar decisões e
consequentemente formando o cidadão, já que sua proposta educacional é marcada
pela oposição à educação bancária, em que o professor apenas deposita em seus
alunos os conhecimentos que possui.
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Tendo como base esta perspectiva, defendemos que o fazer
pedagógico pode e deve tornar-se poderosa alavanca para impulsionar a construção
da cidadania do indivíduo desde o início de sua vida escolar. No entanto, quando
defendemos que o processo de ensino-aprendizagem deve ser baseado na ação do
indivíduo sobre o conteúdo para que possa construir seu conhecimento, não
podemos admitir um ensino caracterizado pela mera transmissão de conhecimentos
prontos e imutáveis. É necessária uma ação metodológica que torne os educandos
capazes de conhecer bem para refletir e propor mudanças, de modo a interferirem
positivamente em seu próprio ambiente social.
Ë um convite para se refletir sobre a responsabilidade de se formar o
cidadão que consiga participar da reconstrução do espaço e da sociedade, sem que
se reproduzam as injustiças existentes. (PASSINI, 1994, p.17).
Devemos, como instituição educacional, ter uma preocupação
constante em superar uma visão de ensino reprodutor de conhecimento, visando
combater a visão de currículo que privilegia a informação, a quantificação e a
fragmentação do saber. Nesta perspectiva, a criação deve ser enfatizada, a
informação deve ser aliada à reflexão, levando os alunos a buscar e a conhecer
mais de uma visão sobre qualquer fato, informação ou teoria. Cabe a escola mostrar
os conflitos de interesses e as mensagens nas entrelinhas dos textos. Para que isto
se torne possível, o professor deve assumir a idéia de que o conhecimento é uma
construção coletiva do sujeito frente ao mundo que o cerca.
Sobre esse assunto, Vesentini (1999), afirma que a escola deve
ser um instrumento de libertação, principalmente através de um currículo vivo ou
flexível, que leve em consideração os conhecimentos prévios dos alunos. Segundo
esse autor, atualmente há uma necessidade levar os alunos a se tornarem pessoas
mais aptas a enfrentar desafios.
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Essa escolaridade tem que ser fundamentada num ensino não mais
técnico, e sim construtivista, no sentido de levar as pessoas a pensar
por conta própria, aprendendo a enfrentar novos desafios, criando
novas respostas em vez de somente repetir velhas fórmulas.
(VESENTINI, 1999, p.20).
Entretanto, para que isto seja possível, cabe ao educador
selecionar os conteúdos significativos e relevantes, ou seja, deve realizar uma
seleção curricular que expresse a realidade da sociedade na qual a instituição está
inserida ao invés de expressar padrões alheios e descontextualizados.
Nesse
sentido, cabe a escola a responsabilidade de formar um cidadão crítico, e
conseqüentemente, transformador e, para alcançar este objetivo, é primordial que o
torne um leitor competente, ou seja, capaz de ler e compreender o espaço e toda a
dinâmica social na qual este está inserido, sentindo-se elemento integrante desta
mesma sociedade.
As ações dos homens, as relações entre os diversos grupos
sociais, a dinâmica e as contradições do processo histórico são, na realidade, os
principais objetivos do ensino crítico-reflexivo. Um ensino voltado para desenvolver
um aluno cidadão não poderá negar a estrutura global (social, política, econômica)
que constitui nossa sociedade. Cabe a escola educar para a autonomia e
consciência, evitando assim produzir meros seres dominados e passivos, pois
somente proporcionando aos educandos assimilarem os conteúdos de forma
consciente e ativa é que poderão aplicá-los de forma autônoma nas diversas
situações de sua vida prática. Essa consciência por parte dos professores é de
extrema importância, já que estes estão a frente do trabalho pedagógico e acabam
se tornando os principais condutores do processo de ensino e aprendizagem
Os PCNs deixam claro que trabalho do professor consiste em
introduzir o aluno na leitura das diversas fontes de informação, para que adquira,
pouco a pouco, autonomia intelectual. O percurso do trabalho escolar inicia, dentro
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dessa perspectiva, com a identificação das especificidades das linguagens dos
documentos – textos escritos, desenhos, filmes -, das suas simbologias e das
formas de construções dessas mensagens.
Deste modo, o recurso pedagógico
utilizado na sala de aula, não pode se resumir em apenas o livro didático.
Uma prática pedagógica centrada apenas no livro didático, pode
se tornar uma prática pouco reflexiva e extremamente reprodutiva, já que estes
mostram uma realidade pronta e acabada sem proporcionar ao aluno uma reflexão
mais aprofundada sobre a realidade que está sendo transmitida. Na verdade “o que
se mostra é o retrato de uma sociedade sem necessidade de mudanças: tudo
pronto, tudo perfeito, os lugares são os que deveriam ser, os elementos estão onde
deveriam estar”. (PASSINI, 1994, p.49).
Ao analisar nossa comunidade, seja ela em escala local, regional
ou global, podemos perceber uma desigualdade extrema. Tal desigualdade pode ser
justificada em função da evolução histórica que desde o início (colonização) já era
desigual, pois caracterizava por uma colônia de exploração onde pode-se encontrar
principalmente dois agentes: os dominadores e os dominados (ou explorados).
Desta forma podemos justificar este quadro social na atualidade.
Assim sendo temos uma sociedade organizada de forma injusta
onde as desigualdades sociais são gritantes e imperam os preconceitos e exclusões.
Queremos uma sociedade mais justa e igualitária. Tal igualdade
será obtida somente quando tivermos um poder político representando efetivamente
os interesses do povo, porém, o que se vê na atualidade é o poder político sendo
representado por grandes capitalistas que ficam com a maior parte da renda
nacional, restando para a maioria da população um percentual muito inferior aos dos
capitalistas, tão inferior que a população pobre precisa de bolsa família, bolsa
escola, bolsa gás, alimentação etc.
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Ao promover a divisão de rendas de forma mais igualitária,
chegar-se-á ao cumprimento das necessidades básicas (moradia, saúde, educação,
alimentação,
promovendo
um
cidadão
equilibrado
intelectualmente
e
emocionalmente, desenvolvido, participativo na construção da cidadania e da sua
história).
Convém destacar que, dentro desse processo de mudança, a
educação desempenha um papel fundamental, pois ela é responsável pela formação
de um cidadão crítico e transformador.
Hoje temos uma escola que não possui uma estrutura necessária
para atender a demanda atual da sociedade em mudança, falta tecnologia, material
humano, especialistas como psicólogo, acervo bibliográfico etc.
Necessitamos de uma escola estruturada em termos técnicos e
humanos que consiga atender os anseios da sociedade, priorizando a aquisição do
conhecimento científico, nessa imensidão de informação que o aluno possui,
freqüentada por alunos que se interessem em aprender.
A escola necessita de uma transformação onde efetive atrativos
para alunos e profissionais. O aluno desta escola é oriundo de classe social baixa,
de famílias desestruturadas que não conseguem orientar e impor limites aos
mesmos. Logo chegam á escola sem perspectiva de futuro, pois não recebem
estímulos nos tempos adequados. Os valores priorizados pela escola e sociedade
em geral entram em choque com os valores que os mesmos trazem.
Queremos uma escola que estimule esse aluno, que se envolva
no processo ensino-aprendizagem, que seja participante, agente transformador,
criativo, que não se disperse com outras atividades (rua que é mais interessante que
a escola) que veja a educação escolar como elemento fundamental para seu futuro
e transformador, inclusive social.
509
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COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
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Hoje, temos a grande maioria dos professores angustiados com
a situação atual, buscando caminhos para garantir a aprendizagem, estão
comprometidos com a educação e com a sociedade, mas nem sempre conseguem
os resultados esperados, pois não depende apenas dos educadores. Onde muitas
vezes esses profissionais se sentem só e angustiados sofrendo depressão pelo mal
comportamento do aluno se excedendo com a própria voz.
Queremos,
precisamos
de
professores,
profissionais
da
educação, valorizados tanto profissionalmente como financeiramente dando
condições para estar sempre se atualizando, trocando informações, estudando,
onde é necessário para os professores uma carga horária maior de hora atividade
para que possa ter mais tempo para interagir com outros profissionais, colegas,
discutindo, problemas que angustiam e buscando soluções.
Neste momento de busca de melhoria dessa qualidade de se
aprender e ensinar há necessidade de uma participação efetiva de todos os
segmentos da escola nessa construção da concepção “aprender para a vida”, com
respeita a identidade cultural do aluno, na perspectiva dessa diversidade cultural
existente, onde é primordial a articulação dos saberes das áreas de conhecimento,
do aluno, do contexto histórico social e a função de mediação do professor desde
envolvimento de uma prática pedagógica que articule conteúdos e a dinâmica de um
processo educativo que empregue recursos didáticos-pedagógicos, facilitares de
aprendizagem.
Precisamos de momento, tempo para intervenção constante
nesse processo de aprendizagem do aluno, avaliando continuamente para que não
se perca no decorrer do processo ensino aprendizagem, viabilizando a qualidade da
aprendizagem de todos os aluno.
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FILOSOFIA E PRINCÍPIOS LEGAIS E DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA
INSTITUIÇÃO
O Colégio é um texto escrito por várias mãos. O objetivo de
construir o PPP é como base um instrumento teórico-metodológico que vise o
enfrentamento dos desafios cotidianos da escola de uma forma sistematizada,
consciente, científica e participativa.
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Dom Geraldo
Fernandes constitui-se, então, num instrumento que expressa as diretrizes do
processo ensino-aprendizagem, tendo como referencial a sua realidade, a de seus
alunos e as expectativas e possibilidades concretas, acreditando na escola como
vínculo de educação e sua integração na comunidade em que vive.
É importante salientar que este projeto não tem a preocupação de
apresentar soluções definitivas, mas procura expressar o desejo e o compromisso
do grupo, que a partir de um processo de discussões, trocas e buscas comuns,
objetiva participar da construção da cidadania da comunidade na qual está
inserido. Enfim, garantir aos integrantes da escola o domínio sob o caminho a ser
percorrido e a consciência de seus limites e possibilidades.
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MARCO OPERACIONAL
Diante desta realidade social, há necessidade de implementação
de alternativas criativas viabilizando soluções para os problemas correlacionando as
necessidades e os interesses da comunidade educacional.
Ainda sonhamos com uma Escola de período integral desde a
educação infantil, que seja obrigatória a freqüência para que o educando tenha uma
formação mais ampla.
Precisamos buscar na prática uma nova forma de organização do
trabalho escolar e pedagógico no diferentes níveis da esfera administrativa. Como?
Ainda não temos a resposta, mas sabemos que temos que mudar, pois está maneira
de educar não está atendendo as necessidades individuais dos nossos alunos.
Necessitamos adotar e aperfeiçoar práticas coletivas de trabalho
e de gestão mais democrática, principalmente no sentido de saber ouvir e ser
atendido as reivindicações da educação, investindo e apostando na cultura do
sucesso escolar, concebendo a escola como centro de cidadania.
Para que tal situação possa ser melhorada na prática é
necessário investimento em educação, em tempo, financeiro, aprimoramento no
trabalho, também dos órgãos centrais e intermediários; a rotatividade; e a constante
necessidade de recomposição de equipes e professores desarticulam todo um
processo pensado a longo tempo de planejamento e realização na educação.
No momento educacional ainda percebemos uma incoerência
entre o discurso veiculado e a prática realizada, não incorporando das propostas
pedagógicas por parte dos diversos grupos; por resistência, insegurança e pouco
envolvimento; excesso de atividade burocráticas; inexperiência em gestão
democrática; muita dificuldade de deflagrar ações, visando as disfunções
detalhadas; dificuldade em respeitar os tempos e espaços escolares de cada uma
das unidades escolares.
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Sabemos que hoje, há uma necessidade de reconfiguração das
instâncias colegiadas e do trabalho coletivo APMF Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, Conselho de Classe, pois não estão atendendo as necessidades do
estabelecimento talvez o caminho sege recomeçar, pela conscientização e
necessidade real de uma parceria escola e sua comunidade, iniciando realmente
com reuniões de pais, formando democraticamente opiniões, sem manipulação, o
que acontece no geral com essas instâncias, usados e descartados. Mas, sim
formando opinião e conhecendo o funcionamento das escolas, dentro de suas
paredes e mostrando, conscientizando o porquê de se participar e conhecer.
Caminhos devem ser traçados buscando esse aprimoramento
educacional com várias entidades que nos auxiliem; reuniões com pais traçando
metas
a
ser
superadas,
metas
ou
objetivos
que
nos
levem
interação
escola/comunidade; questões de ensino-aprendizagem-falta de interesse em
aprender indisciplina etc.; questões curriculares interação políticas finalidades.
Há necessidade de formação continuada para professores, equipe
pedagógica, direção, funcionários administrativos e serviços gerais.
Essa formação viabiliza a qualidade de aprendizagem de todos os
profissionais e dos alunos, melhorando os níveis da entidade escolar, da escola e do
próprio profissional em sua função específica, onde deve acontecer através da
entidade mantenedora, núcleos e escola.
Nas escolas e núcleos com grupos de estudo com assuntos
direcionados pelos núcleos e nos núcleos cursos como as jornadas pedagógicas.
Combater evasão e reprovação diminuindo repetência.
Ao constar a ausência do aluno por três dias consecutivos ou não,
a equipe pedagógica, a orientação e ou secretaria fará contato com a família,
semanalmente sera feito levantamento para que o contato se realiza por telefone ou
carta, esperando que com esta ação haja diminuição da evasão e reprovação.
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Realizar convocação das famílias de alunos faltosos para verificar
as causas e possíveis intervenções.
Conhecer os índices de evasão e reprovação anual, onde equipe
repassa aos professores. Acompanhar os rendimentos de cada disciplina no
decorrer do bimestre (equipe) para que haja intervenção do corpo docente evitando
a reprovação, garantindo recuperação paralela para aqueles que não conseguiram
rendimento, onde o professor deve proporcionar tais suportes aos alunos.
Promover
discussão
com
corpo
docente
para
possível
intervenção, tomada de decisão de forma coletiva, professores e alunos equipe e
direção, onde a equipe reestrutura a coleta de dados sugestões etc e busca junto a
quais os caminhos que serão percorridos.
Repassar os casos de alunos faltosos e comportamento arredio
ao conselho Tutelar para que haja integração no Projeto da CAPS (integração x
família x aluno x escola x aprendizagem), para discutir em conjunto alternativas ao
problema, responsabilidade de professores encaminhar os alunos para que a equipe
tome todas as providências do projeto.
Promover conscientização dos pais e alunos da importância dos
estudos, trabalho realizado por professores, equipe, direção, a escola na sociedade,
de forma periódica durante todo bimestre e ano letivo, onde os temas são sugeridos
pelos professores e responsáveis pela palestra, organizada pela equipe pedagógica.
Envolvimento da família na escola para tomar conhecimento e
acompanhar o rendimento escolar do filho bimestralmente, sempre auxiliando a
escola na permanência e sucesso do educando, onde a equipe traça a organização
para que aconteça.
Realizar reuniões com as famílias, corpo docente e equipe
pedagógica,
convindo
profissionais
da
área
de
educação
e
afins
para
conscientização de pais da importância da educação para o desenvolver de ações,
sistematicamente de forma coletiva, onde o educando certamente obterá sucesso
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planejado pela equipe de acordo com metas estabelecidas pelos professores e de
acordo com a necessidade da escola.
Promover atividades internas como: campeonatos desportivos,
ginástica rítmica, crochê, bordados aos sábados (projetos) estimulando a integração
entre comunidade, equipe pedagógica, direção e professores.
Promover reuniões com APMF internamente com professores e
com a comunidade, esclarecendo seu papel dentro do estabelecimento e com os
membros de cada associação para que sejam mais participantes e desenvolver
integração escola comunidade, direção e equipe pedagógica.
Realizar reuniões com diversos segmentos da comunidade
escolar conscientizando sua importância e discutindo propostas que viabilizem
melhoria na qualidade de ensino e trabalho coletivo, pois a meta é uma escola
pública de qualidade e inclusive as diversas camadas da população.
Envolver alunos com muitas dificuldades nas aulas de apoio
pedagógico de 1ª a 5ª série, primário reformo, 5ª apoio português e matemática com
envolvimento da família ara sanar dificuldades e diminuir a reprovação.
Com tais marcos operacionais pretendemos combater a evasão
escolar, diminuir a repetência dos educandos, promover a integração entre escola x
comunidade, viabilizar a trajetória escolar do aluno, promover maior conscientização
APMF, professores, alunos, pais: realimentar o Projeto Político Pedagógico.
O estabelecimento pretende trabalhar com estes itens:
Maior fragilidade;
•
Repetência, evasão, e indisciplina.
•
A falta de sintonia da visão de mundo do professor com a visão do
aluno, respeitando o aluno sem perder sua autoridade.
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•
Dificuldade de auto-avaliação de ambos envolvidos no processo de
aprendizagem.
O que fazer?
•
Na primeira semana do ano letivo, definir as reuniões pedagógicas,
encontros culturais, para que as ações propostas possam ser realizadas;
•
Reuniões direcionadas ao assunto que será abordado;
•
Palestras, sobre o tema Indisciplina envolvendo entidades religiosas,
culturais, esportivas, convênios com entidades educacionais;
•
Desenvolver atividades culturais que levam os alunos a perceberem
sua valorização como cidadão e estudante;
•
Conscientizar o educando com relação à preservação do patrimônio
público e privado;
Para que?
•
Para que o aluno tenha consciência da importância do estudo em sua
vida, que ao mudar de atitude e ele transformará o ambiente escolar em lugar
propício ao processo de ensino, aprendizagem, e ao convívio social.
Quem?
•
Para a realização desse projeto devemos contar com a participação de
toda a comunidade escolar:
•
Direção: Oportunizar momentos de reflexões para apreparação e
realização do plano anual, e dar apoio de recursos técnicos , financeiros e
administrativos;
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•
Equipe pedagógica: Coordenar e cobrar a execução do plano em todos
os níveis;
•
Corpo docente: Aplicar o plano;
•
Corpo discente: Envolver-se no plano para se socializar e mudar de
atitude;
•
Administrativo: Cooperar, orientar e participar do plano;
•
Serviços gerais: Vistoriar se os alunos estão mantendo as salas
organizadas;
•
Pais: Reunião para a conscientização da importância e participação
dos mesmos da execução do plano.
ESTAGIO SUPERVISIONADO
Em atenção a Instrução 06/2009 SUEED/SEED, nas suas
disposições preliminares onde estabelece que :
•
O estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho,cujas atividades devem estar adequadas às exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do
educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo.
•
Poderão ser estagiário os estudantes que frequentam o ensino nas
instituições de Educação Profissional, de Ensino Médio, inclusive na
modalidade de Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial, e dos
anos finais do Ensino Fundamental, exclusivamente na modalidade
Profissional da Educação da Jovens e Adultos.
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Nesta perspectiva e atendendo a Legislação vigente :
•
Lei nº 9394 / 1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
•
Lei nº 11788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
•
Lei nº 8 069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente,
em especial os artigos, 63,67,68 e 69;
•
Deliberação nº 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação;
•
Instrução nº 006/2009 – SUED / SEED.
O Colégio Estadual Geraldo Fernandes – Ensino Fundamental,Médio e EJA,
disponibilizará de todos os meios e recursos na forma da Lei, para possibilitar o
acompanhamento e desenvolvimento das pessoas que assim forem encaminhados
para realizar Estagio Supervisionado em suas dependências, observando os
objetivos, carga horária e período de realização.
Em contrapartida estará atenta às atribuições dos Estagiários tais como:
•
Ter assiduidade e pontualidade,tanto nas atividades desenvolvidas na parte
concedente como na instituição de ensino;
•
Respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino;
•
Associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;
•
Realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas
não previstas no plano de estágio;
•
Entregar os relatórios no prazo previsto.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação constante para um reconhecimento das condições
atuais é ponto de partida para uma reforma que leve a resultados mais efetivos da
Escola e Comunidade, pois a escola pública tem se marginalizado ao não repensar
sua postura e se manter longe das mudanças sociais.
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É indispensável repensar a prática buscando se reposicionar
diante dos erros e acertos. A escola tem utilizado as reuniões com a comunidade
como sua principal fonte de informação para fomentar essas discussões. A
comunidade externa e interna analisa e avalia as necessidades de mudança na
Escola, porém ainda sente a necessidade de sistematizar os resultados obtidos para
efetivar mais resultados.
Pedagogicamente a Escola utiliza resultados do SAEB para
redimensionar metas e ações de aprendizagem.
A Equipe Pedagógica em seu plano de ação busca conscientizar
os professores e funcionários da sua ação de ensinar a ensinar aquilo que foi
proposto no Projeto e alcance tais objetivo. Do mesmo modo com o aluno e a
família, mostrando a importância da escola do Projeto Político Pedagógico para que
futuramente exerça a sua condição de cidadão, num país marcado por profundas
desigualdades sociais.
É necessário desenvolver um trabalho interno com professores
PSS, pois cada ano são diferentes não chegando a conhecer e participar de toda a
organização e sistemática da escola.
Este processo avaliativo aponta para uma avaliação crítica e
transformadora da escola levando-a uma melhor compreensão da sua realidade e
do sistema educacional, assim necessárias mudanças individuais conforme
demonstra avaliação institucional, os professores possuem um nível de qualidade
profissional satisfatório, sendo que nos anos anteriores esta avaliação profissional já
era realizada de forma sistematizada pela escola por grupo de professores, equipe e
direção.
O colégio também tem buscado a opinião avaliativa dos pais
sobre ela e os profissionais que nela atuam onde estes sempre a ferem comentários
sugestões do que é bom a poderia ainda melhorar.
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Tanto a comunidade interna como a externa tem ajudado no
acompanhamento e desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico durante um
novo ano.
O Colégio tem participado dos projetos externos como: FERA,
Com Ciência, Jogos Escolares etc, onde não tem interferido na qualidade geral
escolar por ser grupos pequenos, apenas representando o estabelecimento.
Internamente temos desenvolvido um trabalho de inclusão família,
alunos, escola. Em função de temos muitos alunos na escola sem interesse no
processo ensino-aprendizagem, estamos desenvolvendo com Conselho Tutelar,
Direitos Humanos, CAPS (Centro de Apoio Psicossocial), Escola, Professores,
Equipe Pedagógica para que juntos trabalharemos em rede de atendimento, com
parceria com os demais órgãos e programas do município visando amenizar,
melhorar as condições de aprendizagem.
O plano de ação continuará sendo analisado e avaliado
constantemente, inovando-o quando necessário, partindo da reflexão realizada em
conjunto com todos os envolvidos no processo, referente aos resultados obtidos.
PLANO DE AÇÃO - GESTÃO 2009/2011
•
Utilizar uma gestão democrática durante todo o processo de ensino e
aprendizagem, junto a comunidade escolar e órgãos como A.P.M.F.,
Conselho Escolar e Grêmio Estudantil;
•
Desenvolver um trabalho que vise a formação de cidadãos críticos,
criativos, dinâmicos, participativos e capazes de tomar decisões;
•
Buscar através de diversos projetos, oportunidades que desenvolvam
as habilidades dos alunos;
•
Promover um bom relacionamento dentro e fora do colégio, através da
mútua compreensão e respeito;
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•
Resgatar e proporcionar momentos de paz, amor, solidariedade e
interação entre alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários,
comunidade e direção;
•
Oportunizar e valorizar a participação da família junto a escola;
•
Incentivar o hábito da leitura e da pesquisa no aluno;
•
Compartilhar com os docentes idéias que visem o sucesso escolar,
com responsabilidade, compromisso e dedicação;
•
Lutar junto com a A.P.M.F. Conselho Escolar e toda a comunidade,
para conseguirmos, em parceria com o governo estadual, mais benfeitorias
como, cobertura da quadra, laboratório de química e física, biblioteca,
reformas (cozinha e salas de aula), para favorecer as atividades
desenvolvidas e o bem estar dos alunos.
Acreditamos que para um bom desenvolvimento da sociedade é
essencial um trabalho educacional de qualidade, que vise a conscientização dos
alunos sobre o seu papel dentro desta, não limitando-se a aspectos meramente
técnicos, mas também humanos. Diante disso, temos como meta de trabalho formar
cidadãos críticos, que sejam capazes de resolver diversas situações sociais e
individuais.
Algumas ações têm sido de grande eficácia, despertando o
interesse dos alunos e contribuindo para o aprendizado dos mesmos, pois
acreditamos que toda e qualquer ação educativa realizada pelo colégio e proposta
neste documento deve estar focada no educando, visando o seu desenvolvimento.
Reconhecemos resultados positivos nas atividades desenvolvidas
no decorrer desta gestão e com isso estaremos realimentando-as sempre que
necessário e dando continuidade a este trabalho. Podemos citar algumas das ações
que procuramos incentivar no dia a dia da escola para que os alunos possam
alcançar êxito no processo de ensino aprendizagem, como : valorização do trabalho
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em grupo visando a interação; incentivo a pesquisa, explorando as fontes
disponíveis no colégio, bem como nas bibliotecas públicas e também através da
internet; uso de recursos tecnológicos como: DVD, TV Pendrive, Computador, etc;
avaliações diversificadas: pesquisas, apresentações de seminários, participação dos
alunos, recuperação paralela, respeitando os alunos e suas especificidades.
Realização de eventos envolvendo não somente os alunos, como
também pais e comunidade escolar como gincana esportiva entre alunos, Semana
Cultural e festas comemorativas. Tendo como base esses pressupostos, a direção
juntamente com sua equipe, busca desenvolver uma metodologia que visa tornar o
processo educativo dinâmico e eficaz, provocando reflexões. A direção, juntamente
com a equipe pedagógica, buscará meios para a consolidação das propostas,
contribuindo para o trabalho do professor de modo que este se realize de forma
eficaz levando o aluno ao pleno desenvolvimento.
Cabe ao professor ser o mediador, favorecendo a construção de
conhecimentos e o desenvolvimento de seus alunos, analisando sempre os
resultados de seu trabalho, dispostos a realimentar e redirecionar seu planejamento
e sua prática pedagógica sempre que necessário.
A família é outro componente essencial dentro do processo
educacional, pois o seu apoio, direcionamento e incentivo, interferem de forma
positiva na vida escolar dos alunos.
Todas as ações propostas continuarão sendo desenvolvidas no
decorrer dos anos letivos pertinentes aos três anos desta gestão. Os prazos para
realização dessas ações, serão decididos em conjunto com todos os envolvidos no
processo educacional. O cronograma é flexível, onde redirecionamos nossas
metodologias e atitudes, sempre que necessário, através de analises e reflexões
quanto aos resultados obtidos.
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MATRIZ CURRICULAR
As Matrizes Curriculares foram organizadas de acordo com a
legislação vigente, seguindo as orientações da Secretaria de Estado da Educação
do Paraná e do Núcleo Regional de Londrina.
Conforme Deliberação n.º 33/93 CEE e Resolução n.º 5851/95 –
CBA de 4 anos. A escola trabalha o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª Série.
NRE: 18 – LONDRINA
MUNICÍPIO: 0370 - CAMBÉ
ESTABELECIMENTO: 00574 - GERALDO FERNANDES, E.E. DOM - E FUND
ENT MANTENEDORA:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS. FUND. 5/8 SER
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 - SIMULTANEA
B DISCIPLINAS / SÉRIE
A
S
E
ARTES
TURNO MANHÃ E TARDE
MÓDULO: 40 SEMANAS
5
6
7
8
2
2
2
2
CIÊNCIAS
3
3
3
4
EDUCAÇÃO FÍSICA
3
3
3
3
1
1
3
3
3
3
HISTÓRIA
C
O
LINGUA PORTUGUESA
M
U
MATEMÁTICA
M
SUB-TOTAL
3
3
4
3
4
4
4
4
4
4
4
4
23
23
23
23
P
L.E.M.-INGLÊS
D
2
2
2
2
2
2
2
2
25
25
25
25
N
A
C
I
O
N
A
L
ENSINO RELIGIOSO
*
GEOGRAFIA
SUB-TOTAL
TOTAL GERAL
**
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
523
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
O Ensino Médio está organizado por série, tendo em cada uma
destas disciplinas da base comum e algumas da parte diversificadas que são
determinadas de acordo com a característica da comunidade escolar. Esta
organização está representada no quadro a seguir:
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO: 18 – LONDRINA
MUNICIPIO: 0370 – CAMBÉ
ESTAB: 00574 – GERALDO FERNANDES, C.E. DOM – E.F.E M.
ENT. MANTEN.: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO
TURNO: MANHÃ
SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS
ANO IMPLANT.: 2010 -
DISCIPLINAS / SÉRIE
1
2
3
BARTE
NBIOLOGIA
CEDUCAÇÃO FÍSICA
FILOSOFIA
FÍSICA
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
QUÍMICA
SOCIOLOGIA
SUB – TOTAL
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
23
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
23
2
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
23
PL.E.M. - INGLÊS
DSUB – TOTAL
P
D
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
25
25
25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
524
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL FASE II
MATRIZ CURRICULAR
Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO EST. DOM GERALDO FERNANDES – ENS. FUND. E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
MUNICÍPIO: CAMBÉ
NRE: LONDRINA
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 HORAS ou 1920/1932 H/A
DISCIPLINAS
Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA
ARTE
LEM - INGLÊS
EDUCAÇÃO FÍSICA
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS NATURAIS
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
ENSINO RELIGIOSO*
280
94
213
94
280
213
213
213
10
336
112
256
112
336
256
256
256
12
Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
525
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AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
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EJA – ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Cambé
ANO DE II Implantação: 1º Sem/2010
NRE: Londrina
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINAS
Total de Horas
Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA E
174
208
LITERATURA
LEM – INGLÊS
106
128
ARTE
54
64
FILOSOFIA
54
64
SOCIOLOGIA
54
64
EDUCAÇÃO FÍSICA
54
64
MATEMÁTICA
174
208
QUÍMICA
106
128
FÍSICA
106
128
BIOLOGIA
106
128
HISTÓRIA
106
128
GEOGRAFIA
106
128
LÍNGUA ESPANHOLA *
106
128
TOTAL
1200/1306
1440/1568
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA
FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
526
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COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
CALENDÁRIO ESCOLAR:
O calendário escolar adotado seguirá as determinações da SEED
no tocante ao total de dias letivos, períodos de férias escolares e férias dos
professores. Os feriados; recessos e dias facultativos, bem como as reuniões
pedagógicas de planejamento, conselho de classe, conselho escolar, APMF,
atividades extra-classe, orientações pedagógicas serão elaboradas e propostas pelo
Estabelecimento de Ensino e apreciadas pelo Conselho Escolar para posterior
homologação pelo NRE.
527
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COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Resolução nº 3587/09 - GS/SEED
CALENDÁRIO 2010 - C.E. DOM GERALDO FERNANDES - ENSINO FUND. E MÉDIO
D
S
3
10
17
24
31
4
11
18
25
JANEIRO
T Q
Q
5
12
19
26
6
13
20
27
7
14
21
28
S
1
8
15
22
29
S
2
9
16
23
30
1 Dia M undial da Paz
D
S
4
11
18
25
5
12
19
26
S
4
11
18
25
5
12
19
26
7
14
21
28
FEVEREIRO
S
T Q Q
S
S
1
2
3
4
5
6
8
9 10 11 12 13
15 16 17 18 19 20
22 23 24 25 26 27
D
15
dias
MARÇO
T Q
Q
2
3
4
9 10 11
16 17 18
23 24 25
30 31
S
5
12
19
26
S
6
13 23
20 dias
27
JUNHO
T Q
Q
1
2
3
8
9 10
15 16 17
22 23 24
29 30
S
4
11
18
25
S
5
12 21
19 dias
26
SETEMBRO
T Q
Q
S
1
2
3
6
7
8
9 10
13 14 15 16 17
20 21 22 23 24
27 28 29 30
S
4
11 21
18 dias
25
7
14
21
28
S
1
8
15
22
29
D
S
6
13
20
27
7
14
21
28
16 Carnav al
17 Cinzas
ABRIL
T Q
Q
1
6
7
8
13 14 15
20 21 22
27 28 29
S
2
9
16
23
30
S
3
10 20
17 dias
24
D
S
2
9
16
23
30
3
10
17
24
31
MAIO
T Q Q
4
11
18
25
5
12
19
26
6
13
20
27
S
7
14
21
28
S
1
8
15
22
29
21
dias
1 Dia do Trabalho
2 Paixão
21 Tiradentes
D
D
3 Corpus Christi
8 OBM EP 1ª fase
JULHO
T Q
Q
1
6
7
8
13 14 15
20 21 22
27 28 29
S
2
9
16
23
30
S
3 12
10 dias
17
24
31
D
1
8
15
22
29
S
2
9
16
23
30
AGOSTO
T Q Q
3
4
5
10 11 12
17 18 19
24 25 26
31
S
S
6
7
13 14
20 21
27 28
D
15
dias
5
12
19
26
S
7 Independência
11 OBM EP 2ª fase
D
S
3
10
17
24
31
4
11
18
25
OUTUBRO
T Q
Q
5
12
19
26
6
13
20
27
7
14
21
28
S
1
8
15
22
29
S
2
9 18
16 dias
23
30
D
7
14
21
28
NOVEMBRO
S
T Q Q
1
8
15
22
29
2
9
16
23
30
3
10
17
24
4
11
18
25
S
S
5
6
12 13
19 20
26 27
D
20
dias
5
12
19
26
DEZEMBRO
T Q
Q
1
2
6
7
8
9
13 14 15 16
20 21 22 23
27 28 29 30
S
S
3
10
17
24
31
S
4
11 16
18 dias
25
11 Feriado Municipal
2 Finados
19 Emancipação Política do PR
12 N. S.Aparecida
13 Dia do Professor
15 Proclamação da República
20 Dia Nacional da Consciência Negra
25 Natal
FÉRIAS DISCENTES
Feriado Municipal
NRE Itinerante
Dias letivos
1 dia
2 dias
200 dias
Início/Término
Planejamento e Replanejamento
Férias
Recesso
Formação Continuada
janeiro
fevereiro
julho/agosto
dezembro
Total
31 dias
07 dias
28 dias
9 dias
75 dias
Reunião Pedagógica
Concelho Classe
Semana Cultural
FÉRIAS/RECESSOS/ DOCENTES
janeiro/ Férias
Jul/agost/Reces.
Dez/reces
30 dias
23 dias
9 dias
Total
62 dias
Cursos: Ens. Fund: 2ª a 4ª - 5ª a 8ª
Ensino M édio
EJA - Fund. e Médio
Hor. Func: M atutino: 07:30 às 11:50 e
Vesperti no 3ª e 4ª: 13:00 às 17:00
Cambé, 14 de dezembro de 2009
Vesperti no 5ª a 8ª: 13:00 às 17:20
Noturno: 19:10 às 22:45
Leandro Oliveira Leite
Diretor Geral
Resoluç ão 5909/2008 - DOE: 24/12/2008
528
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
RELAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DA INSTITUIÇÃO
SERVIDORES EM FUNÇÕES DE APOIO/ TÉCNICO PEDAGÓGICAS
NOME
FUNÇÃO/ CARGO
NÍVEL DE FORMAÇÃO
Antonio Alves de Arruda Equipe Pedagógica
Superior/ Pedagogia
Cibele Maintro
Mamprim
Apoio Técnico Administrativo
Superior/ Processamento de
Dados
Claudete de Souza
Apoio Técnico Administrativo
Ensino Médio Completo
Eulália Marçal de Souza Aux. Serviços Gerais
Garcia
Ensino Médio Completo
Heloísa Morais
Apoio Técnico Administrativo
Superior Completo/
Administração
Ileis Maria da Silva
Aux. Serviços Gerais
Fundamental Completo
Josemar Lucas
Apoio Técnico Administrativo
Superior / Ciências Sociais
Laudelina Bernardes
Nogueira
Aux. Serviços Gerais
Ensino Médio Completo
Leandro Oliveira Leite
Diretor
Superior/ Educação Física
Márcia Cora
Equipe Pedagógica
Superior/ Pedagogia
Maria Aparecida da
Rocha Silva
Aux. Serviços Gerais
Ensino Médio Completo
Maria de Lurdes Santos Aux. Serviços Gerais
Fundamental Completo
Miguel Mendonça de
Assis
Secretário
Ensino Médio Completo
Regina Carboni Alves
de Assis
Equipe Pedagógica
Superior/ Pedagogia
Reginaldo Rodrigues
Galvão
Diretor Auxiliar
Superior/ Educação Física
Rosangela dos Santos
Alonso
Apoio Técnico Administrativo
Superior/ Administração
Selma de Fatima T. dos Aux. Serviços Gerais
Santos
Fundamental Completo
Sidnei Marcelino
Santos
Superior / Ciências Sociais
Apoio Técnico Administrativo
529
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
Simone Fernanda
Magon
Apoio Técnico Administrativo
Superior/ Geografia
Vanderly Pedranjo
Equipe Pedagógica
Superior/ Pedagogia e Letras
Vera Lúcia T. Storti
Aux. Serviços Gerais
Fundamental Completo
SERVIDORES EM REGÊNCIA POR DISCIPLINA
Língua Portuguesa:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Cleuza Maria de
Aguiar
Professora E. F. Anos Finais
Noeli Ferreira de
Roza
Profes. E. F. Anos Finais/E. Médio Superior/ Letras
Maria do Socorro S. Professora E. F. Anos Finais
Barros
Superior/ Letras
Vernáculas
Superior/ Letras
Sandra Terezinha
P. Siena
Profes. EJA fase II 5/8 e EJA E. Médio Superior/ Letras
Vanessa da Silva
Santos
Profes. EJA fase II 5/8 e EJA E. Médio Superior/ Letras
Matemática:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Ariadine Castilho
Ozan
Ensino Médio e EJA fase II 5/8
Superior / Matemática
Elizia Dubay Lopes
E. F. Anos Finais / E. Médio e EJA Médio
Superior /Matemática.
Larissa Chinaglia
Ens.Fund. Anos Finais
Superior / Matemática
Marcia Helena
Trevisan Neri
Ens.Fund. Anos Finais
Superior / Matemática
530
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
Margarete de Faveri Ens. Fund. Anos Finais
Superior / Matemática
Ciências:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Dirce Eneias da
Silva
Ens. Fund. Anos Finais
Superior/Física
Elisangela T. B. de
Oliveira
Ens. Fund. Anos Finais
Superior /Ciências H. Em
Mat.
Gleice Covino dos
Santos
Ens. Fund. Anos Finais
Superior / Matemática
Hellen Cristina R.
Pereira
Ens. Fund. Anos Finais
Superior/ Ciências
Biológicas
Jaqueline Peroso
Mendes
Ens. Fund. Anos Finais
Superior/ Ciências
Biológicas
Milene Sayuri
Sakoda Baratta
EJA Fase II 5/8
Superior/ Biologia
Marcelo Joana
Finger
Ens. Fund. Anos Finais
Superior / Matemática/
Ciências
Geografia:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Anderson Dias
Hespanhul
Ens. Fund. Anos Finais/ Ens.
Médio e EJA fase II 5/8
Superior / Geografia
Célia do Carmo C.
A Cardoso
Ens. Fund. Anos Finais
Superior / Geografia
Cileia Claudia de
Oliveira
Ens. Fund. Anos Finais/ E. Médio Superior / Geografia
Raquel Luciane
Moreira
EJA Ensino Médio
Superior / Geografia
531
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
História:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Anderson Dias
Hespanhul
Ens. Fund. Anos Finais/ E. Médio Superior / Geografia
e EJA fase II 5/8 e EJA E. Médio
Marcos Fernandes
Ens. Fund. Anos Finais/ E. Médio Superior / História
Maria Aparecida
Correa
Ens. Fund. Anos Finais
Superior/ Ciências Sociais
Maria Damasceno
G. A Moreira
EJA Fase II 5/8
Superior / História
Artes:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Djalma de Souza
Ens. Fund. Anos Finais
Superior/ Artes
Fabricia Fernanda
Donofri
Ens. Fund. Anos Finais
Superior/ Artes
Marciene Aparecida E. F. Anos Finais/E.F. CIC Basico Superior/ Artes Plásticas
Pires
Maria Valéria A
Garcia
E. F. Anos Finais e Ens. Médio
Superior/ Artes Plásticas
Paula Cristina de
Oliveira
EJA Ensino Médio
Superior/ Artes Plásticas
532
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
Ensino religioso:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Anderson Dias
Hespanhul
Ens. Fund. Anos Finais
Superior / Geografia
Carlos Alexandre
Guimaraes
Ens. Fund. Anos Finais
Superior/ Ciências Sociais
Célia do Carmo C.
A Cardoso
Ens. Fund. Anos Finais
Superior / Geografia
Química:
NOME
Tatiana Hirosi
NÍVEL DE ENSINO
Ens. Médio e EJA Ensino Médio
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Superior Química
Biologia:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Gleice Covino dos
Santos
EJA Ensino Médio
Superior / Matemática
Milene Sayuri S.
Baratta
Ensino Médio
Superior / Biologia
533
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
L.E.M. Inglês:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE FORMAÇÃO
Nair Miyoko
Capellesso
E. F. Anos Finais/ EJA fase II 5/8 Superior/ Letras
e EJA E. Médio
Sandra Lourenço
Tamanini
Ens. Fund. Anos Finais
Superior/ Letras
Tania Mara
Bregamo Rocha
Ensino Médio
Superior/ Letras
Dalva de Moraes
Ens. Fund. Anos Finais
Superior/ Letras
Sociologia:
NOME
Sandra Regina da
Rocha
NÍVEL DE ENSINO
Ensino Médio
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Superior/ Ciências Sociais
Física:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
Douglas Francisco de
Oliveira
Ensino Médio
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Superior/ Física
Filosofia:
NOME
Francisco Prado
Rosa
NÍVEL DE ENSINO
Ensino médio
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Superior / Filosofia
534
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
Educação Física:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Ana Cristina
Colombo
Ensino Médio
Superior / Educação
Física
Paulo Sergio C.
Garcia
E. F. Anos Finais/E.F. CIC Basico Superior/ Educação Física
Rafael José Kasteki Ens. Fund. Anos Finais
Superior/ Educação Física
Reginaldo
Rodrigues Galvão
Superior/ Educação Física
Ensino médio e Ens. Fund. Anos
Finais
Professores regentes e auxiliares ciclo básico:
NOME
NÍVEL DE ENSINO
NÍVEL DE
FORMAÇÃO
Adriana Couto
Borges
Regente / E.F. CIC Basico
Superior/ Pedagogia
Cristiane Lima de
souza
Regente / E.F. CIC Basico
Superior/ Pedagogia
Eden Evangelista
Auxiliar /E.F. CIC Basico
Superior/ Pedagogia
Patrícia Matesco
Regente / E.F. CIC Basico
Superior/ Pedagogia
Santa Prieto
Auxiliar /E.F. CIC Basico
Superior/ Pedagogia
Sirlene Movio da
Costa
Regente / E.F. CIC Basico
Superior/ Pedagogia
Walkiria da Silva
Regente / E.F. CIC Basico
Superior/ Pedagogia
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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO
COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO
AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86
Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR
REFERÊNCIAS
RAMOS, M. N. A contextualização no currículo de ensino médio: a necessidade
da crítica na construção do saber científico. Mimeo, Sem data.
SACRISTAN, G. A Educação Obrigatória: seu sentido educativo e social. Porto
Alegre: Artmed Editora, 2001.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC,
1996.
SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Trad. Ernani F. da
F. Rosa, Potro Alegre: ArtMed, 2000.
RAMOS, M. N. O Projeto Unitário do Ensino Médio sob os princípios do
trabalho, da ciência e da cultura. In: FRIGOTTO, G. e CIAVATTA, M. Ensino
médio ciência, cultura e trabalho. Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.
GOODSON, I. Teoria do currículo. São Paulo: Cortez, 1995.
SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica
do Estado do Paraná. Curitiba — PR, 206t - ‘7
SEED PARANÁ, Inclusão e diversidade: reflexões para a construção do projeto
político- pedagógico. Curitiba, 2006. Disponível em: <www.wikipedia.org — web>
<http://wwwdiaadiaeducacao.pr.gov.br> .
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