JC Relations - Jewish

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JC Relations - Jewish
Jewish-Christian Relations
Insights and Issues in the ongoing Jewish-Christian Dialogue
Pierard, Richard V. | 01.07.2004
Negação do holocausto:
O que é e porque cientistas evangélicos a devem rejeitar
categoricamente
Richard V. Pierard
O Holocausto, o esforço dos nazistas alemães para liquidar a inteira população judaica da Europa é a
maior tragédia que o povo judaico jamais enfrentou. É também um problema cristão, porque a
maioria dos perpetradores do holocausto era membros de Igreja batizados, e os que estavam ao
lado, aqueles que não fizeram nada para fazer parar ou até para assistir os seus cercados vizinhos
judaicos, também eram membros em bem situadas Igrejas, protestantes e católica. Infelizmente, há
pessoas por aí que afirmam que o Holocausto nunca aconteceu. Dizendo eles que os judeus
imaginaram ou inventaram a sua tragédia é a forma mais viciosa e virulenta de anti-semitismo
imaginável. Nega a experiência compartilhada da comunidade judaica hoje e põe o fundamento para
a possibilidade de mais uma tentativa de destruição total. Embora os negadores do Holocausto
possam tentar a infiltrar as nossas fileiras, nós evangélicos devemos fazer soar um “NÃO”, forte e
firme, a todos os esforços de negadores no espalharem as suas idéias perniciosas entre nós.
Introdução
Queria começar com três ilustrações: A primeira é do gal. Dwight Eisenhower, que nas suas
memórias Crusade in Europe (p. 409), relata a sua visita ao campo de concentração de Buchenwald
em 13 de abril de 1945:
Visitei cada canto e fenda do campo, porque o senti o meu dever de estar numa posição a
partir de então para testemunhar de primeira mão sobre essas coisas no caso de uma vez
surgir em casa a crença o a assunção de que “as histórias da brutalidade dos nazistas eram
justamente propaganda”. Alguns membros do grupo visitante estavam impossibilitados de
passar pela prova. Não só o fiz, mas logo que voltei ao quartel geral de Patton naquela noite,
enviei comunicações a tanto Washington como Londres, urgindo os dois governos a
enviarem instantaneamente à Alemanha um grupo imediato de editores de jornais e grupos
representativos das legislaturas nacionais. Senti que a evidência devia ser imediatamente
posta ante os públicos americano e britânico numa maneira que não deixasse espaço
nenhum para dúvidas cínicas.
A segunda ilustração vem dum artigo distintivo pelo escritor John Sack, titulado de “Daniel in the
Deniers Don” [Daniel na toca dos negadores], no magazine Esquire, fevereiro 2001. Está escrevendo
as suas experiências numa “conferência internacional” do Institute for Historical Review num hotel
de Orange County, Califórnia. Aí, jantou com um homem de Alabama, o Dr. Robert Countess,
ministro presbiteriano e cientista de grego clássico e hebraico, que era um autoproclamado
evangélico. Ensinara brevemente no Covenant College em Tennessee e é membro em boa posição
da Evangelical Theological Society. Countess estava usando uma camisa que rezava: NENHUMAS
COVAS? NENHUM HOLOCAUST! (Isso se referiu à afirmação pelo negador francês, Paul Faurisson, de
que examinara os telhados ruinados das câmaras de gás infames no campo de concentração de
Auschwitz, não tendo encontrado quaisquer buracos pelos quais os péletes de cianeto pudessem ter
descido para matar as pessoas nelas. Concluiu, portanto, que o Holocausto era um mito.) Antes,
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Countess declarara numa carta ao editor no magazine Liberty de liberdade religiosa editado da
Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia do março de 1988, que “a pesquisa científica corrente” sobre
os nazistas revelou “os exageros extremos” das mortes judaicas. O número de judeus “não contado
pelo período durante a guerra era, no máximo, entre 300.000 e 1,5 milhão”.
A terceira ilustração é um artigo por Herman Otten no seu magazine Christian News, datado em 7 de
maio de 1990. O sincero fundamentalista luterano proclamou: “O tempo veio para os cristãos parem
crendo e promovendo uma das mentiras calúnias máximas do século vinte.” Essas eram a idéia de
que os alemães exterminaram seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial,
planejando matar todos os judeus na Europa. Disse que estava desafiando “uma das mais sagradas
doutrinas do mundo”, o “Holocausto religião”. Promover este “embuste” como verdade era mentira
e era violação do mandamento de não dar testemunho falso.
Essas ilustrações revelam em tons fortes o problema contra o que temos de estar até agora. O líder
militar americano quis assegurar que as pessoas nunca chegassem a considerar os horrores dos
campos de concentração como mitos de propaganda, enquanto dois escritores evangélicos, um
educador e um jornalista, já estavam diminuindo e reduzindo o que os nazistas fizeram.
Controvérsias históricas
O Holocausto pode ser definido como a ocorrência na história, na qual, aproximadamente, seis
milhões de judeus foram assassinados, de maneira intencional, sistemática e burocraticamente
administrada pelos nazistas e os seus colaboradores, usando várias tecnologias diferentes, inclusive
câmaras de gás. Essa definição foi provida por Michael Shermer e Alex Grobman em Denying
History: Who Says the Holocaust Never Happened and Why do They Say It? [Negando a História:
Quem Diz que o Holocausto Nunca aconteceu e Porque Dizem Isso?] (Berkeley: University of
Califórnia Press, 2000), p. xv. Durante a década dos 1960, o termo Holocausto chegou a ser
universalmente aceito como termo para esse processo. O sentido do original grego da palavra é
“destruição por fogo”, sendo o seu sentido original a oferta queimada dum animal num altar. O
termo hebraico é Shoáh.
Certamente, há controvérsias legítimas ao redor do tópico. Historiadores debateram vários detalhes
do Holocausto, e figuras de mortalidade foram finamente temperadas, revisadas para cima e para
baixo, dependente da situação. Algumas coisas têm sido rejeitadas como mitos - por exemplo, a
produção de sabão de corpos judaicos está agora considerada um como rumor insubstancializado - e
uns poucos contos de sobreviventes foram expostos como incorretos ou até espúrios, como o livro
Fragments de 1996 por Binjamin Wilkomirski, que pretende ser as experiências da infância do autor
em Auschwitz, mas realmente nunca estivera lá.
Outros levantaram questões sobre a exploração política e cultural do Holocausto, inclusive Peter
Novick, The Holocaust in American Life [O Holocausto na Vida Americana] (Boston: Houghton Mifflin,
1999),
Hilene Flanzbaum, ed., The Americanization of the Holocaust [A Americanização do Holocausto]
(Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1999);
Tim Cole, Selling the Holocaust: From Auschwitz to Schindler, How History Is Bought, Packaged, and
Sold [Vendendo o Holocausto: De Auschwitz a Schindler; Como a História Está Sendo Comprada,
Empacotada e Vendida] (Nova York: Routledge, 1999),
e Norman Finkelstein, The Holocaust Industry: Reflections on the Explotation of Jewish Suffering [A
Indústria do Holocausto: Reflexões sobre a exploração do sofrimento Judaico] (Nova York: Verso,
2001).
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Assuntos identificados aqui incluem: museus que editam a partir dos sofrimentos de vítimas nãojudaicas do nazismo tais como os ciganos (roma e sinti) e homossexuais; a propagação de
programas de educação sobre o Holocausto que tomam o tópico fora de historia, onde ele tem o seu
lugar próprio, transportando-o numa experiência “americana” que glorifica os libertadores do
campo, não tomando conhecimento da repugnância dos E. U. de ajudar os judeus antes e durante a
guerra, ignorando os sofrimentos de outros grupos de “vítimas” como os dos americanos africanos e
americanos nativos; oradores e escritores de Holocausto, que tiram proveito por grandes honorários
de leitura e direitos autorais de livros; e pressões econômicas várias - reparações da Alemanha,
ajuda financeira americana para Israel e bancos suíços que entregam contas dormentes de vítimas
judaicas da Segunda Guerra Mundial. Na mesma tendência, o cientista judaico Marc H. El, Beyond
Innocence and Redemption: Confrontando o Holocausto e o Poder Israeli [Além de Inocência e
Redenção: Confrontando o Holocausto e o Poder Israeli] (San Francisco: Harper & Row, 1990), sugere
que Israel desceu pelo trilho errado, utilizando o Holocausto para justificar poder estatal sem
reconhecer o custo moral de fazer isso.
Conversa importante é aquela da “imparidade” do Holocausto, questão que está sendo examinada
por vários contribuidores ao simpósio editado por Alan S. Rosenbaum, Is the Holocaust Uniqu?
Perspectives on Comparative Genocide [O Holocausto É Único? Perspectivas sobre Genocídio
Comparativo] (Boulder, CO: Westview Press, 2001). Este genocídio é de qualidade tão única que
possa ser a experiência somente do povo judaico, não podendo ser analisado ou explicado, mas
simplesmente visto como o Tremendum, algo tão temeroso e terrível que não-judeus não possam
ser identificados como ele? Podem outros genocídios como os na Armênia, Camboja ou RuandaBurundi ser considerado como holocaustos? Se sim, isso relativizará e trivializerá o Holocausto
judaico? O termo será até mais trivializado pelo movimento pro-vida (antiaborto) nos EUA, o qual
fala do holocausto aflito aos “não-nascidos” e pelos americanos africanos que etiquetam a
escravatura como “o nosso holocausto”? Se for relativizado de qualquer modo, perderá a sua força
de brecar na velha tradição do anti-semitismo que praguejou tanto o mundo?
Uma disputa de longa duração é aquela entre funcionalistas e intencionalistas. O assunto central
aqui é: O Holocausto resultou da intenção de Hitler de matar todos os judeus, sendo apoiada desde o
início de seu regime pelo profundamente assentado anti-semitismo entre o povo alemão? Ou se
evolveu passo por passo pelo tempo, logicamente do anti-semitismo do nacional-socialismo e pelo
entusiasmo dos cúmplices de Hitler, especialmente Goering, Goebbels, Heydrich, Himmler, Bormann
e outros, os quais executaram o que criam que eram os desejos do Führer e, assim, o regime nazista
implementou a política de destruição de feição não-planejada, mas burocrática e, por vezes, casual?
Essa controvérsia recebeu ímpeto novo pelo intencionalista descarado, Daniel J. Goldhagen, em
Hitler’s Willing Executers: Ordinary Germans and the Holocaust [Os Executores Prontos de Hitler:
Alemães Ordinários e o Holocausto] (Nova York: Random House, 1996), sendo a sua obra desafiada
no simpósio editado por Franklin H, Littell, Hyping the Holocaust: Scholars Answer Goldhagen (East
Rockaway, NY: Cunnings and Hathaway, 1997), e Norman G. Finkelstein e Ruth Bettina Birn, A Nation
on Trial: The Goldhagen Thesis and Historical Truth Uma Nação em Julgamento: A Tese de
Goldhagen e a Verdade Histórica] (Nova York: Henry Holt, 1998).
No entanto, em todas essas disputações, ninguém dos protagonistas nega que o Holocausto ocorreu
realmente. Historiadores, lendo com toda atenção as montanhas de documentos da Segunda Guerra
Mundial, possam refinar alguns detalhes sobre o Holocausto, tais como reduzindo o número total das
vítimas dos gaseamentos, mas ao mesmo tempo revisando para cima o número de mortes
resultando das unidades da SS móveis de matar na fronte ocidental. Mas nenhum historiador
responsável da Segunda Guerra Mundial mantém que o Holocausto seja um mito ou que não
aconteceu nunca.
O Quê É “Revisão” ou Ainda “Negação” do Holocausto?
Os assim chamados “revisionistas” do Holocausto são realmente “negadores do Holocausto”, já que
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rejeitam três componentes chave que foram mencionados acima:
1. o matar de seis milhões;
2. o uso de câmaras de gás e
3. ações diretas, sistemáticas dos nazistas para executar o processo.
Numa ilustração desse ponto é o comentário por Bradley Smith, a auto-apontada cabeça do Comitê
para Debate Aberto sobre o Holocausto, feito em 1992: “Revisionistas negam que o estado alemão
tinha uma política de exterminar o povo judaico (ou qualquer outro), pondo-os a morte em câmaras
de gás ou matando-os por abuso ou negligência” (Shermer e Grobman, Denying History [Negando
História], p. xv).
Revisionistas históricos genuínos são pessoas que trabalham com documentos e fontes primários e,
através desses, reexaminam e reinterpretam algum evento histórico. Revisam o nosso entendimento
da ocorrência na base de novas fontes e novos entendimentos aplicados às fontes existentes.
Refinam o conhecimento detalhado que temos sobre um evento, mas raramente negam que ele
como tal tomou lugar. É a modificação da história baseada em novos fatos ou novas interpretações
de velhos fatos. Cientistas genuínos disputam pela regras de lógica e razão. Apresentam as suas
reivindicações como hipóteses testáveis, as quais outros possam ponderar contra a evidência e
aceitar ou rejeitar em relação a outras interpretações.
O revisionismo de Holocausto, ao contrário, é realmente negação do Holocausto. É pseudo-história, a
negação do passado ou re-escrever o passado por razões políticas ou ideológicas presentes. Tal maluso da história ocorre com freqüência demasiada, por exemplo, os livros de texto japoneses que
omitem qualquer discussão do “rapto de Nanking” de 1937 na China, ou os historiadores
afrocêntricos que afirmam que Aristóteles roubou as suas idéias dele, que chagaram a ser a base da
filosofia ocidental, duma livraria de Alexandria onde africanos depositaram as suas obras filosóficas.
Não importa o fato que muitos repórteres e outras testemunhas testemunharam as honras em
Nanking, ou que a livraria de Alexandria foi fundada depois do tempo em que Aristóteles viveu. A
ideologia determina o que é verdadeiro ou falso.
Os negadores do Holocausto constituem uma rede vasta, conectada. Mantêm presença forte na
internet, os seus sites fazem referência um ao outro. Isso se ilustra pela estória bem conhecido da
professora de ensino superior que ordenou os seus estudantes de escrever um papal termo usando a
World Wide Web. Uma pessoa jovem escolheu o Holocausto e escreveu um papel horrível que negou
a sua validade histórica, tendo tirado do material dos sites da rede dos negadores. A professora
deixara explicar que não se pusesse confiar em qualquer coisa na internet.
A negação do Holocausto é estoque no negócio do Ku Klux Klan, neonazistas, skinheads [careças] e
movimentos eclesiais de identidade, encontrando-se também em grupos pretos de ódio como a
Nation of Islam de Louis Farrakhan, em alguns escritores afrocêntricos e na retórica anti-Israel árabe.
A ameaça comum correndo através de todas essas manifestações é anti-semitismo, isto é ódio ou
desgosto dos judeus. Há também um círculo internacional de negadores, mas em muitos países, tais
como Canadá, Áustria e Alemanha, leis criminais de ódio previnem a expressão aberta dessas idéias,
seja oralmente, seja impressa ou na internet. Certamente, alguns negadores, que procuram
respeitabilidade, evitam os sectários dos grupos marginais.
O grupo mais bem conhecido nos Estados Unidos que promove a causa da negação do Holocausto é
o Institute for Historical Review (IHR), uma corporação fundada na Califórnia em 1978 por Willis
Carto. Nascido em 1926, ele é o líder dum grupo ultradireito chamado de Liberty Lobby, talvez a
organização anti-semítica mais notável no país. Conforme a sua declaração de finalidade, o IHR seria
uma “voz para verdade histórica” e “campeão de conhecimento histórico”. Começou publicando o
que pretendia ser um periódico científico, o Journal of Histoical Review, e, em 1980, até comprou a
lista de postar do prestigioso Journal of American History, enviando cópias gratuitas do magazine a
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todos os assinantes, ação que desconcertou muito os responsáveis pelo jornal, a Organização dos
Historiadores Americanos, que editaram uma apologia, adotando uma nova política sobre o uso da
sua liste de membros.
O IHR reivindicou ser um instituto de pesquisa com uma agenda histórica ampla, publicando até
artigos revisionistas sobre tópicos que não tinham nenhuma conexão com a Segunda Guerra
Mundial, tais com a Revolução Americana, Guerra Civil e Primeira Guerra Mundial. No entanto, uma
análise de conteúdo do jornal em Shermer e Grobman, Denying History [Negando História] (pp.
76-80) mostra que o seu foco primário era sobre judeus, sem consideração do período histórico do
tempo envolvido, sendo os tratamentos invariavelmente negativos. Os escritores do IHR chamaram
o Holocausto “a Maior Mentira” em todo a história, etiquetando os que acreditavam na sua verdade
como “exterministas”. Era a razão principal para a devoção canina da América para o estado ilegal
de Israel. Uma figura do IHR, Tom Marcellus, disse que a mentira do Holocausto não só servisse uma
como “justificação” para a comissão do genocídio por Israel, mas também afetasse os direitos dos
cidadãos americanos no seu próprio país. A garantia constitucional dos americanos de liberdade de
falar estaria suprimida para proteger os interesses dos “Israel primeiro”.
O IHR recebeu grande parte de notoriedade quando, em 1980, ofereceu $50.000 de prémio a
qualquer um que pudesse conclusivamente provar que judeus foram gaseados em Auschwitz. Mel
Memelstein, um sobrevivente vivendo em Long Beach, Califórnia, aceitou o desafio, submetendo
matérias volumosas, bem como o seu próprio testemunho ocular. Quando o IHR rejeitou a sua
evidência, ele moveu ação judicial. No processo, usou a mesma evidência que proveu ao IHR e, em
1985, depois litígio prolongado, e uma decisão judicial preliminar a seu favor em 1981, um juiz da
Corte Superior de Los Angeles declarou: Que judeus foram gaseados em Auschwitz não era “sujeito a
ser disputado”, mas sim “um simples fato”. Ordenou que o IHR pagasse os $50.000, mais outros
$40.000 por dor e sofrimento. O acusado também tinha de enviar uma carta de desculpa a
Mermelstein pelo sofrimento emocional que lhe causaram e a todos os outros sobreviventes de
Auschwitz. Em 1990, a sua história foi feita filme de TV, estrelando Leonard Nimoy.
Depois da derrota inicial em 1981, Carto demitiu o diretor, William McCalden, substituindo-o por Tom
Marcellus, antes membro de equipe de assistentes da Igreja de Cientologia. Em 1993, seguindo-se
uma luta interna sobre fundar (inclusive a disposição de $15.000.000 de legado da neta de Thomas
Edison), desalojado do IHR. Em 1985, Marcellus deixou o instituto, e Mark Weber, o editor do Journal
of Historical Review, assumiu como diretor. É atualmente sua luz líder, ao longo com o seu
associado, Greg Raven.
Nos anos recentes, o IHR, ao longo com vários outros negadores, tentou chegou a ser mais
respeitável, distanciando-se dos extremos negociantes de ódio. Um dos resultados disso é o seu
esforço de produzir livros e monografias de aparência profissional completados com notas de pé,
imagens e bibliografia. Esse é certamente o caso com o guru da historiografia de negador, o
historiador autodidata David Irving, que gerou longa lista de livros sobre a Segunda Guerra Mundial,
incluindo biografias de Churchill, Rommel, Goering e Goebbels, recados do programa atômico nazista
e do bombardeamento de Dresden, uma obra de dois volumes sobre a guerra de Hitler. Em abril de
2000, perdeu um caso célebre de corte em Londres, no qual processara a escritora americana
Deborah Lipstadt por etiquetando-o de negador no livro dela, Denying the Holocaust [Negando o
Holocausto]. Embora os livros de Irving estejam cheios de cartas e documentos não-publicados,
muitos dos quais ele reivindicou ter descobertos ele mesmo através dos seus labores, e alguns deles
até receberam críticas favoráveis; cientistas que cuidadosamente olhavam as suas obras
encontraram que eram crivadas de erros e inconsistências.
Uns poucos tipos de cientistas deram uma pequena medida de respeitabilidade ao movimento. Um
era o falecido Dr. Austin J. App, um professor obscuro da literatura medieval inglesa no La Salle
College em Philadelphia. Publicou um tratado, The Six Million Swindle [O Engano dos Seis Milhões]
(1973), que argüiu que o Holocausto era uma intriga juntamente inspirada e nutrida por comunistas
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e judeus para chantagear a Alemanha. Mais significante está Arthur R. Butz, um graduado por MIT,
possuidor dum PhD da universidade de Minnesota e professor associado de engenharia elétrica na
prestigiada Northwestern University em Evanston, Illinois. Em 1976, escreveu um livro prolixo, The
Hoax of the Twentieth Century [O Embuste do Século Vinte], o qual manteve que o Holocausto era
embuste judaico de propaganda, designada a desacreditar a Alemanha. O volume atraiu atenção
considerável da imprensa, sendo um grande embaraço para a Northwestern. A administração da
escola estava sob pressão considerável de demitir Butz, mas ele era um membro de faculdade de
posse, e os riscos duma ação tal, chegando a ser envolvidos em assuntos de liberdade acadêmica,
eram grandes demais. Outro luminar é Fred Leuchter, um assim chamado “engenheiro de
execução”, vivendo em Massachusetts, que fez um equipamento de execução de embuste. Viajou a
Auschwitz para ver se pudesse encontrar qualquer evidência de que o gás cianeto fora usado em
execuções aí. Naturalmente, não a encontrou.
Bradley Smith, o livreiro da Califórnia, referido antes, ganhou notoriedade por publicar anúncios em
jornais de colégio para um “debate aberto” sobre o Holocausto, uivando sobre “censura” quando os
anúncios foram rejeitados. Tocou no debate de justeza política, dizendo que a história do Holocausto
fora “posta fora dos limites pela política de pensamento da América”. Declarou que isso iria contra
qualquer coisa pela qual a universidade estivesse em pé. - inquérito livre, debate aberto,
enfrentando tabus intelectuais. Há muitos outros nomes que poderiam ser mencionados - os
negadores canadenses James Keegstra, Malcolm Ross e, especialmente, Ernst Zündel; figuras
francesas: Paul Rassinier, Henri Roques e Robert Faurisson; o político de Louisiana David Duke; o
neonazista americano Gary Lauck; o autoproclamado judeu ateísta David Cole, que trabalhava com o
IHR (e, como parece, retratou recentemente, as suas visões de negador); o britânico de extrema
direita Richard Verrall (que escreveu sob o pseudônimo de Richard Harwood); e uma variedade de
alemães, incluindo Wilhelm Stäglich, Ditlieb Felderer e Udo Walendy. Mas basta de nomes - essa lista
poderia continuar indefinidamente
Os argumentos dos negadores
Os espaço impede a possibilidade de passar pelos argumentos dos negadores, refutando-os
sistematicamente, sendo que numerosos escritores sobre negação de Holocausto já o fizeram. (Veja
a bibliografia apensada.) Será, porém, útil apontar a natureza da argumentação da negação. Essas
pessoas usam várias aproximações para negar os fatos claros da tragédia incrível. Uma é para
explicar as mortes dos judeus nos campos como resultados de exigências do tempo de guerra bombardeamentos dos aliados, espalhamento de doenças, escassez de alimentos, apinhamento e
trabalho demasiado na prisão. No que se refere a câmaras de gás e cremação, estão para despiolhar
a roupa dos presos e liquidar aqueles que morreram naturalmente, sendo os últimos muitos, por
causa das condições difíceis do tempo de guerra e superlotação imprevista dos campos.
Certamente, muitos judeus pereceram nos campos, mas a razão da sua mortalidade ficou em
proporção com aquela de outras pessoas encarcerados ali, sendo que a capacidade do crematório
não pudesse ser acomodada ao número alegado de corpos judaicos. Depois da guerra, a maioria dos
judeus foi a Israel ou aos Estados Unidos, sendo isso porque tão poucos ficaram na Europa. Os
negadores debicam nas inconsistências em relatos de testemunhas oculares para os desacreditar,
explorando erros feitos por pesquisadores e historiadores para sugerir que todas as conclusões
destes estão erradas. Torcem os debates entre cientistas a respeito de questões específicas de
interpretação do Holocausto (mencionadas acima), para pôr em questão a veracidade inteira do
Holocausto. Em todo o caso, usam os fatos seletivamente nos seus argumentos, ignorando qualquer
informação que possa ser contraditória.
Outra aproximação é aquela de equivalência moral. Alguns negadores mantêm que alquilo que os
nazistas fizeram aos judeus não era diferente do que outras nações fizeram aos seus inimigos. Os
Estados Unidos jogaram bombas atômicas em duas cidades japonesas e puseram americanosjaponeses em campos de concentração. Os britânicos destruíram sistematicamente cidades alemãs
pelos seus bombeardamentos da área. Stalin e os comunistas chineses mataram muito mais pessoas
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que os alemães mataram. Os negadores também refutam aceitar recados de testemunhas oculares,
etiquetando eles como falsificações. Se o recado vem duma figura nazista, dizem que o testemunho
foi extrato por tortura ou a pessoa o compôs na tentativa de escapar de punição. Documentos
nazistas escritos são demitidos como sendo vagos demais ou falsificações francas. Alguns até
sugerem que os judeus e outros foram colocados em campos de concentração para os proteger da
raiva pública ou para possibilitar a sua reabilitação.
Historiadores sérios sabem que milhares de peças de evidência colhidas de milhares de eventos que
ocorreram em milhares de lugares pela Europa continental durante o período de 1933 a 1945 nos
provêem com uma imagem completa e irrefutável daquilo que aconteceu (Shermer e Grobman,
Denying History [Negando História], p. 256). Não necessitamos duma fonte singular, um único “fuzil
fumegando” [isso é uma ordem direta, escrita por Hitler, algo que pesquisadores acham improvável
a ser uma vez encontrada, por ser a tendência de despachar ordens de Hitler era oralmente ou
expressando o que gostaria que acontecesse] para provar que o Holocausto aconteceu. A
composição da evidência está simplesmente surpreendente. Portanto, a negação do Holocausto é
escárnio cruel da história.
Seria elucidante refletir sobre o que resultaria, se alguém usasse a mesma metodologia para avaliar
a Bíblia. Tais pessoas relegariam rapidamente a Escritura ao status dum outro documento antigo
que refletisse os interesses de poder e classe dos seus escritores como um que estaria cheio de
erros e inconsistências. Esse, certamente, não poderia ser a Palavra de Deus único, inerrante e
autoritativa. Ou como tratariam a ressurreição de Cristo? Obviamente, a evidência é contraditória, as
testemunhas oculares são predispostas e tal milagre não podia ter acontecido no mundo real.
Porquê o “revisionismo” do Holocausto não é opção aceitável para
cientistas cristãos
Argüiria que o “revisionismo” ou “negação” do Holocausto estão completamente fora dos limites
para nós como cientistas cristãos e, de fato, são completamente perigosos até no sentido mais geral.
1. Leva as pessoas a serem confusas a respeito daquilo que realmente aconteceu, dispersando
dúvida na mente pública. Faz uns poucos anos (1992), o Comitê Judaico Americano
encomendou um resumo pela Roper Organization. Dos interrogados, 22 por centos
concordaram com a afirmação: “Parece possível ou parece-lhe impossível que a
exterminação nazista dos judeus nunca aconteceu” e 12 por centos disseram que “não
sabiam”. Os piores números foram encontrados no grupo de 18 a 29 anos (24% concordaram
e 17% não sabiam) e entre aqueles que não eram graduados de ensino superior (20%
concordaram e 27% não sabiam). Também 23 por centos daqueles se identificaram como
“conservativos” consentiram com a possibilidade de que a exterminação dos judeus pode
não ter acontecido. Certamente, algumas questões metodológicas sérias foram levantadas
sobre esse inquérito, e as conclusões podem ser mais pessimistas que a evidência justifica veja Novick, Holocaust in American Life [O Holocausto na Vida Americana], pp. 271-72.
No entanto, o nível de ignorância pública o faz fácil para os mais “respeitáveis” se engajarem
nas suas decepções. Perto da superfície, os negadores são fanáticos que odeiam os judeus,
minorias raciais e democracia em geral. Mas adotaram a aparência externa do racionalista,
evitando aquela dos extremistas. Projetam a aparência de serem cometidos aos próprios
valores que em verdade desprezam - razão, exatidão, regras críticas de evidência, a procura
honesta por verdade histórica. Num apelo claramente dirigido a intelectuais cristãos, George
Brewer escreveu na primeira tiragem do The Revisionist: A Journal of Independent Thought
[O Revisionista: um Jornal de Pensamento Independente] (novembro de 1999): “Se formos
capazes para, com sucesso, skeet the other clay feet [acertar nos outros pés de barro] do
Humanismo Secular liberal, dependerá em como defendermos o direito de pensar
diferentemente sobre a catástrofe judaica, como também de qualquer outra coisa.”
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2. A negação do Holocausto é, no cerne, uma ameaça a todos que crêem que saber e memória
são pedras chave para a nossa civilização. O Holocausto é, não meramente uma tragédia dos
judeus, mas sim uma tragédia da civilização, na qual as vítimas eram judeus. Foi executado
por uma altamente avançada sociedade tecnológica, por pessoas que eram produtos de um
dos melhores sistemas educacionais do mundo. Assim, negar a sua realidade não é ameaça
justamente à história judaica, mas sim ameaça a todos que crêem no poder da razão. A
negação do Holocausto repudia a discussão raciocinada no modo muito mesmo em que o
Holocausto repudiou os valores civilizados. É a glorificação última do irracionalismo.
3. A negação do Holocausto reflete a direção de que o clima intelectual no mundo científico
tomou no último quarto do século. Os negadores estão jogando o seu negócio num tempo
quando muitos agarramentos e ataques à tradição racionalista ocidental chegaram a ser
lugar-comum. Não há verdade objetiva; não há nenhuma versão do mundo que está
necessariamente reta enquanto outra está errada. Cada sistema conceitual é tão bom como
o outro. Não se pode demitir da mão até as noções pegadas de mais longe simplesmente
porque são absurdas.
4. A negação do Holocausto reabilita o anti-semitismo no mundo moderno. Como Walter Reich,
ex-diretor do United States Holocaust Memorial Museum, escreveu no New York Times em 11
de julho de 1993, que os negadores, “convencendo o mundo que o grande crime pelo qual o
anti-semitismo foi acusado simplesmente nunca aconteceu - de fato, que não era mais nada
que um trama inventado pelos judeus, sendo propagado por eles pelo seu controle da
media,” fazem argumentos anti-semíticos parecerem outra vez respeitáveis no discurso
civilizado e até aceitáveis para governos seguirem políticas anti-semíticas. A negação de
Holocausto faz o mundo seguro para anti-semitismo, e, em efeito, como o historiador Yehuda
Bauer disse no meu interrogatório, cria as precondições que vão negar ao povo judaico o
direito de viver no mundo pós-Holocausto Ou como o historiador literário francês, Pierre VidalNaquet o põe: “É uma tentativa no extermínio no papel que procura noutro registro a obra
atual de exterminação. Revive-se os mortos, a fim de bater melhor nos vivos” (Assasins of
Memory [Asassinos da Memória], p. 24).
5. Finalmente, a negação do Holocausto é meio de intimação para explorar os efeitos profundos
que o pecado tem na sociedade humana. Historiadores, teólogos, filósofos, sociólogos e
psicólogos tentaram explicar o Holocausto fazendo a pergunta mais fundamental de todas
sobre a condição humana: “Porquê aconteceu?” Como exploramos o assunto mesmos, nós,
como cientistas cristãos, estamos preparados para incluir o pecado humano uma como causa
de raiz. No entanto, respondem os negadores respondem: “Não aconteceu.” Assim, não
precisamos fazer essa pergunta derradeira sobre a falha humana. Mas, como cientistas
cristãos, não será isso o próprio lugar onde devemos começar o nosso inquérito?
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