1 universidade federal de viçosa centro de ciências agrárias

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1 universidade federal de viçosa centro de ciências agrárias
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
QUEIMA DAS PASTAGENS: INSTRUMENTO DE MANEJO?
ALUNO: Francisco Fernando Ramos de Carvalho
Matrí cula 2114286-4
VIÇOSA - MINAS GERAIS
1987
1
FRANCISCO FERNANDO RAMOS DE CARVALHO
QUEIMA DAS PASTAGENS: INSTRUMENTO DE MANEJO?
Trabalho apresentado ao
professor Domício do Nascimento Júnior,
como requisito parcial para obtenção do
conceito na disciplina ZOO 351.
VIÇOSA - MINAS GERAIS
1987
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SUMÁRIO
Página
1. INTRODUÇÃO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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2. EFEITO DO FOGO SOBRE O SOLO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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2.1. Umidade • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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2.2. Matéria Orgânica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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2.3. Características Químicas e Nutrientes do Solo • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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2.4. Erosão
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
3. EFEITO DO FOGO NA COMPOSIÇÃO BOTÂNICA DA PASTAGEM • • • • • • • • • • •
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4. EFEITO DO FOGO SOBRE A QUANTIDADE E QUALIDADE DA PRODUÇÃO FORRAGEIRA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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5. EFEITO DO FOGO SOBRE A REPRODUÇÃO DAS PLANTAS • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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6. EFEITO DO FOGO NO DESEMPENHO ANIMAL • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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7. A QUEIMA COMO INSTRUMENTO DE MANEJO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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7.1. Uso da Queima no Controle de Plantas Indesejáveis • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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7.2. Efeito da Época e Frequência da Queima • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
8. OS CUIDADOS PRÁTICOS NO USO DA QUEIMA: RECOMENDAÇÕES • • • • • •
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9. CONCLUSÃO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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10. LITERATURA CITADA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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1. INTRODUÇÃO
O fogo, antes mesmo de sua descoberta pelo homem, já agia sobre o ambiente provocando
efeitos vários. Descoberto, o fogo foi uma das primeiras armas usadas pelo homem primitivo para
transformação dos seus biótipos. Essa capacidade de transformação do ambiente inerente ao fogo tem,
segundo FIGUEIRAS (1981), desafiado autoridades e pesquisadores no sentido do seu controle e da
compreensão de sua dimensão ecológica, dado seu uso como uma tradição secular em nossos campos e
cerrados.
A queima das pastagens pode ser considerada uma prática universal, realizada como é em todas
as partes do mundo, especialmente onde as pastagens são de má qualidade e exploradas extensivamente
(CORRÊA e ARONOVICH, 1979).
Nos dias de hoje, marcados por uma crescente consciência ecológica da população e, também
de técnicos e pesquisadores, torna-se difícil abordar a temática do uso do fogo como um instrumento de
manejo dentro de ecossistema qualquer. FIGUEIRAS (1981), observa que uma abordagem unilateral do
problema fogo nos coloca numa cômoda posição de “contra”, sem aprofundar as evidências críticas dos
critérios que possam suportar nossas teorias e observações.
nosso trabalho de revisão é uma tentativa de fazer um levantamento dos efeitos benéficos ou não do fogo
sobre o ecossistema, especialmente das pastagens, e compreender a viabilidade ou não da prática da
queima como um instrumento de manejo.
2.
EFEITO DO FOGO SOBRE O SOLO
O fogo exerce uma série de efeitos sobre o solo, como sejam no conteúdo da umidade, matéria
orgânica, características químicas, etc., sendo tais efeitos considerados quando se pretende adotar a
queima como prática de manejo. Serão abordadas a seguir alguns aspectos dessa questão.
2.1. Umidade
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Em áreas de pastagens onde se efetua a queima, a taxa de infiltração é reduzida, havendo
também aumento das perdas de água por evaporação (IAUNCHBAUGH, 1965). Uma menor
cobertura vegetal, devido à queima, além de reduzir a taxa de infiltração, permite um aumento nas perdas
d’água por corrimento (MATTOS, 1971). O quadro 1 mostra as percentagens de umidade e
escorrimento de um solo com Andropogon sp, submetido à queima.
QUADRO 1 - Efeito da queima sobre a umidade do solo
Tratamento
Sem queimar
Queima na primavera, tardiamente
Queima em meio à primavera
Queima no início da primavera
queima no outono, tardiamente
FONTE: SEMPLE, A. T. (1970).
% de Umidade
83
46
39
37
39
Escorrimento (em pol)
0,7
2,5
2,5
2,5
2,5
A queima impõe ao solo um regime de déficit hídrico, o que de certa forma condiciona o uso do
fogo a regiões onde haja abundância de precipitação e/ou, com muito critério, em locais de precipitações
reduzidas, sob pena de obter-se resultados negativos (ALBA, 1958).
2.2. Matéria Orgânica
Os resultados para matéria orgânica são divergentes, mas no geral são tidos como bons
(PAPANASTASIS, 1980). A justificativa para isto, deve-se ao fato de que a ação decompositora
ocorre a um nível inferior da vegetação, região que não aquece em demasia o que pode ser notado em
pastagens de gramíneas, as quais, muitas vezes, são estimuladas, acelerando a produção e substituição
das raízes quando o fogo é usado (ARIAS, 1963; VILLARES, 1966). Outra Explicação para o fato é
que a matéria orgânica, nos solos tropicais, decompõe-se com rapidez, não ficando acumulado como
cobertura morta; em consequência, os danos que se causa a este elemento, quando se faz a queima é
mínimo (SEMPLE, 1970).
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Moore, 1960, citado por COSTA (1982) em resultados de trinta anos de trabalhos com queima
de pastagens em solo com vegetação tipo savana, na Nigéria, encontrou teores de matéria orgânica 30%
mais altos nas parcelas com queima leve (início do período seco) do que naquelas com queima severa
(fim do período seco).
WRIGHT et al. (1976) encontrou perdas de matéria orgânica do solo, variando de 0,08% a
0,56% para áreas com declividade moderada (8 a 20%) e íngreme (37 a 61%), respectivamente.
Em pastagem de colunião submetida à aplicações da queima, não observou-se diferenças
significativas para o teor de carbono orgânico quando comparou-se com tratamentos de roçagem e ao
controle (COSTA, 1982).
2.3. Características Químicas e Nutrientes no Solo
LOURENÇO et al. (1976) encontrou aumento nos teores de fósforo e potássio disponíveis,
cálcio e magnésio trocáveis e do pH do solo, 120 dias após a queima de pastagem de capim-jaraguá
(Hyparrenia rufa (Nees) Stapf.), consorciado com leguminosas.
COSTA (1987) observou que tratamentos de queima não influenciaram os valores de pH, teores
de carbono orgânico, nitrogênio total, cálcio e magnésio trocável, potássio e fósforo disponível, quando
comparadas aos tratamentos de roçagem e controle, atribuindo, isto ao fato de o fogo ter sido aplicado a
favor do vento, o que proporcionou uma queima rápida com menor elevação da temperatura do que uma
queima lenta realizada contra o vento.
O acúmulo de cinzas pode elevar o pH em função da alcalinidade das cinzas (ARIAS, 1963).
Outros autores também encontraram um aumento na disponibilidade de fósforo, cálcio e
magnésio (CHRISTENSEN, 1976; WILLMS et al., 1981).
Não há dúvida de que a queima promove a liberação imediata de nutrientes para o solo.
Todavia, os nutrientes assim liberados são mais susceptíveis às perdas por lixiviação (DAUBENMIRE,
1968), embora o desenvolvimento de raízes finas seja estimulado pela liberação de minerais da macega,
o que pode ampliar a capacidade de absorção das plantas (KUMMERON e LANTS, 1983). Todavia,
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em função da macega ser pobre em nitrogênio, a queima promove uma pequena perda deste elemento,
além do que uma parte retorna ao solo na forma de fuligem, materiais oxidados nas cinzas, ácido nítrico e
carvão (VINCENT, 1935).
2.4. Erosão
Um dos fatores responsáveis pela erosão acelerada é a remoção natural da cobertura vegetal ou
da cobertura morta, que deixa o solo descoberto (BUCKMAN & BRADY, 1976), que sobre o
impacto das gotas de chuva, pode sofrer destruição dos agregados do solo, especialmente em solos de
textura fina. Isto resulta no endurecimento da superfície e redução da infiltração, que pode ser acentuada
em locais queimados face a destruição da matéria orgânica, estrutura e agregados da superfície do solo
(GARZA and BLACKBURN, 1985).
A queima ao remover a cobertura morta da vegetação herbácea, deixando o solo potencialmente
exposto a altas taxas de erosão pela água, pode afetar a qualidade e quantidade do escorrimento
(GARZA et al., 1985). E se o terreno é inclinado, a erosão é ainda mais facilitada (SEMPLE, 1970).
ARIAS (1963) observou que os efeitos da erosão em áreas queimadas serão menores, caso o
pastejo e a incidência de chuvas fortes só ocorram após a regeneração da cobertura vegetal.
3. EFEITO DO FOGO NA COMPOSIÇÃO BOTÂNICA DA PASTAGEM
Segundo MATOS (1971) o fogo orienta o predomínio das gramíneas e das espécies herbáceas
em geral, controlando o desenvolvimento das plantas lenhosas, por serem mais sensíveis.
Observações feitas nos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, mostraram que campos
queimados periodicamente a séculos, estavam em bom estado, limpos, com elevada população
herbácea, enquanto que em áreas livres de fogo, estavam invadidas por espécies indesejáveis
(VINCENT, 1935).
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MCGINTY et al. (1983) observaram modificações na composição botânica da dieta de
novilhos, como reflexo da modificação na composição forrageira, quando a queima foi utilizada no
manejo de pastagens naturais de “Edwards Plateau” (Figura 1).
WHISENANT et al. (1984), trabalhando com gramíneas de verão, observaram que as reservas
de sementes no solo e/ou a subsequente imigração de sementes dentro de áreas queimadas, parecem ser
suficientes para o restabelecimento das populações de plantas anuais durante o segundo ano que se
segue à queima, quando populações de gramíneas anuais tenderam consistentemente a ser maiores no
segundo ano após a queima do que as áreas não queimadas. Por outro lado, se o fogo é usado com
grande frequência, as formações vegetais tendem a tomarem aspecto xerofítico e degradado (RIZZINI e
HERINGER, 1962), o que poderá desencadear um processo de desertificação do meio, de caráter
irreversível, se medidas não forem tomadas a tempo (FILGUEIRAS, 1981).
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4. EFEITO DO FOGO SOBRE A QUANTIDADE E QUALIDADE DA
PRODUÇÃO FORRAGEIRA
Em determinadas circunstâncias o fogo atua como um elemento decompositor, eliminando a
cobertura vegetal sem ou de baixo valor forrageiro, dando lugar ao desenvolvimento de plantas tenras,
de importância na alimentação animal.
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No sistema ultra-extensivo que caracteriza a utilização das pastagens naturais de terra firme no
trópico úmido brasileiro, principalmente savana e cerrados, o fogo tem sido um instrumento importante
para melhorar a qualidade da forragem produzida nos primeiros meses de estação chuvosa, devido ao
fato de que as espécies herbáceas predominantes nestas pastagens são tolerantes à queima periódica
(SERRÃO e FALESI, 1977).
Estes mesmos autores relacionaram para estas regiões, em ordem decrescente da importância, as
gramíneas: Andropogon, Axonopus, Paspalum, Panicum, Eragrostis, Digitaria, Trochypogon, Setaria e
Penisetum. Entre as leguminosas são citadas Centrosema, Desmodium, Macroptilium, Clitoria,
Stilosanthes, Indigophera, Teramnus, Calopogonium e outros gêneros menos importantes.
Sem levar em consideração a data da queima, pastagens naturais da Austrália, queimadas,
produziram menos forragem total e proteína por hectare (SMITH, 1960). RALPHS & BUSBY (1979),
todavia, observaram efeitos contrários a estes em pastagens naturais em Utah, usando queima controlada
(Quadro 2).
QUADRO 2 - Cobertura vegetal e produção de forragem usando fogo controlado
Ano
Cobertura Vegetal (%)
1974
Original
A. tridentada (arbusto)
25,0
Outros arbustos
4,0
Gramíneas e leguminosas
4,0
Mato (vegetação rasteira)
2,5
Produção forrageira (Kg/ha)
112,0
FONTE: RALPHS and BUSBY (1979) (Reprodução parcial).
1976
Queimado
Original
2,0
2,5
13,0
9,8
703,0
28,0
15,0
3,0
5,5
84,0
Queima
do
3,0
4,0
17,5
5,3
521,0
CORRÊA & ARONOVICH (1979), em pastagem de jaraguá e cudzu tropical, usando queima
e ceifa como tratamentos, encontraram, para a primeira fogueira, prouções de matéria verde mais altas
para a testemunha, porém sem diferir significativamente das ceifadas. Para o cudzu tropical, a produção
foi muito baixa com a queima, intermediária com a ceifa e alta nas testemunhas, indicando que ambos
tratamentos forma prejudiciais, especialmente a queima (Quadro 3).
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QUADRO 3 - Produção de forragem verde de capim-jaraguá e do cudzu tropical (Kg/ha)
Forrageira
Capim jaraguá
Cudzu Tropical
FONTE: CORRÊA & ARONOVICH, 1979.
Queima
22.455
6.892
Ceifa
26.035
12.363
Testemunha
28.296
23.638
A utilização do fogo para reduzir o arbusto Sarcopoterium Spinosum, em pastagens naturais da
Grécia, reduziu a produção da comunidade herbácea, em relação a área controle, quando a queima foi
usada por três anos consecutivos (PAPANASTASIS, 1980), (Quadro 4).
WILLMS (1981), fazendo uso do fogo no outono numa comunidade de Artemisia Tridentada,
observou umas pequenas reduções nas percentagens de FDA, FDN e liginina, em relação ao tratamento
controle (Quadro 5).
QUADRO 4 - Produção de M. S. (Kg/ha) em comunidade vegetal, onde o fogo foi usado por 1, 2, e 3 anos
consecutivos
Espécies
1 vez
Sarcopoterium spinosum
11
Vegetação Herbácea
1244
TOTAL
1755
FONTE: PAPANASTASIS (1980). (Reprodução parcial).
Queimado
2 vezes
120
1074
1194
3 vezes
52
529
581
Controle
864
1167
2031
Em pastagens formadas de capim buffel (Cenchrus Ciliaris), submetidas à queima, observou-se
que com o uso do fogo, esta gramínea produziu mais no período inicial pós-fogo, comparado com a área
controle, igualando-se porém, no final de algum tempo (HAMILTON & SCIFRES, 1982) (Figura 2).
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QUADRO 5 - Efeito da queima de outono sobre o teor de FDA, FDN e lignina em A. tridentada (%)
Segmento da
planta
FDA
Controle
FDN
0 - 20
48,8
73,8
21 - 40
42,4
71,3
41 - 60
38,7
66,9
61 - 100
35,6
63,8
FONTE: WILLMS (1981). (Reprodução parcial)
Lignina
FDA
Queimado
FDN
8,3
6,8
3,8
2,3
42,6
37,0
38,5
33,9
66,9
63,7
64,4
59,2
Ligni
na
5,2
3,5
5,7
2,7
Os tratamentos de queima e roçagem em pastagem formada de capim colonião (Panicum
maximun Jacq.) produziram significativamente (P / 0,05) menores quantidades de matéria seca, após 90
dias de rebrota, quando comparados com a testemunha (COSTA, 1982), (QUADRO 6).
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QUADRO 6 - Produção média de matéria seca (Kg.ha-1) do capim colonião, em corte efetuado aos 90 dias de
rebrota, após a aplicação dos tratamentos.
Tipo de manejo
Testemunha
Roçagem
Queima matutina
Queima mio-dia
Queima vespertina
FONTE: COSTA (1982). (Reprodução parcial).
Média e MS (Kg.ha-1.90 dias)
6063,6 a
4296,0 c
5208,2 bc
4977,6 bc
4987,4 b
Write citado por GARZA et alli (1985), encontrou que, sob condições favoráveis de umidade, a
produção de forragem aumentou 41% pela queima; e, em um ano em que a pastagem recebeu menos da
metade das chuvas normais, a produção herbácea foi 13% maior do que as áreas não queimadas.
5. EFEITO DO FOGO SOBRE A REPRODUÇÃO DAS PLANTAS
A germinação de muitas espécies botânicas aumenta sob efeito do fogo, enquanto muitas outras
plantas mostram redução no poder germinativo quando suas sementes são expostas ao fogo. Em
comunidades lenhosas, geralmente, a produção de sementes é reduzida, seguindo a queima, pois muitas
dessas espécies são mortas pelo fogo, reduzindo a população de plantas a rebrota ou plântulas ou
resultando numa baixa produção de sementes. Algumas herbáceas aumentariam sua produção de
sementes por causa do aumento de fertilidade do solo com a queima e a diminuição da competição pela
espécies lenhosas (OGDEN, 1980).
Dentre as plantas ditas pirrófitas, estão aquelas cujas sementes possuem tegumento impermeável,
e germinam bem após o fogo, ocorrendo um proceso de escarificação (FILGUEIRAS & SILVA, 1975;
RIZZINI, 1976).
No Brasil Central, onde é comum a queima anual e na época seca, um efeito que se observa é o
maior florescimento das plantas nestas áreas, aparentemente beneficiadas pelo choque térmico e em
outros casos favorecendo a reprodução sexuada, promovendo a abertura de frutos e infrutescências
(RIZZINI, 1976; COUTINHO, 1978).
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Muitas gramíneas perenes e arbustos são capazes de reprodução vegetativa, o que ajuda na
ocupação de áreas novas ou abertas. Esta reprodução vegetativa dá vantagens competitivas e ajuda as
espécies a sobrevierem a catástrofes, que inclui o fogo (VOGL, 1974). Além disso, plantas que dispõe
de órgãos multiplicativos subterrâneos, conseguem sobreviver com mais frequência, pois estando mais
profundos estes órgãos escapam aos efeitos destrutivos do fogo.
A queima das pastagens, com posterior estiagem prolongada, ou em regiões de baixa
precipitação, resulta em rebrota lenta e necessita de maior descanso, para evitar a degradação excessiva
(ALBA, 1958).
No Texas, McTEE et alli (1979), utilizando a queima e também corte da gramínea Spartina
spartinae, encontraram maior percentagem de plantas com inflorescência em ambos os tratamentos, por
ocasião da estação de crescimento.
WHITE & TERRY (1979) observaram que o crescimento do colmo reprodutivo em pastagem
de Schizachyrium stolonifer foi estimulado pelo uso o fogo, em detrimento da produção forrageira, e que
o pastejo destas áreas diminuiu a sobrevivência dos perfilhos e a produção forrageira (Quadro 7).
QUADRO 7 – Producão de M. S. (Kg/há) em pastagem natural do sul da Flórida, sob ação do fogo e
pastejo.
Não pastejado
Parte da
planta
Colmo (C)
Folhas (F)
Total
Relação C/F
Não
queimado
316,00
2.864,00
3.180,00
0,11
Queimado
2.372,00
996,00
3.368,00
2,38
Pastejado
Não
queimado
48,00
1.056,00
1.104,00
0,05
Queimado
40,00
184,00
224,00
0,22
FONTE: WHITE & TERRY (1979). (Reprodução parcial).
6. EFEITO DO FOGO NO DESEMPENHO ANIMAL
A melhoria da vegetação, inclusive pela queima, é um fator que concorre para também melhorar
a performance animal.
Em regiões de clima semi-árido do Texas, onde o verão é quente e seco, observou-se que após
a queima das pastagens nativas na primavera, a dieta de novilhos tem maior porcentagem de gramíneas e
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menos de ervas em relação às áreas não queimadas. O consumo de cactáceas é maior nas áreas não
queimadas, durante o verão e outono seguintes ao fogo, resultando em maior ganho de peso dos novilhos
em alguns meses do ano (Figura 3), (McGINTY et alli, 1983).
LANCE (1983), observando o efeito da queima em pastagens para ovinos, encontrou que a
queima beneficiou o desempenho dos animais em várias observações feitas (Quadro 8).
ANGEL et alli (1986), investigando o efeito da queima em pastagem de Spartina spartinae,
observou que os animais ganharam ou mantiveram peso nas áreas seriamente queimadas, mas nas áreas
não queimadas mantiveram ou perderam peso.
7. A QUEIMA COMO INSTRUMENTO DE MANEJO
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A queima vem sendo usada no manejo das pastagens em muitas regiões do mundo,
particularmente em áreas áridas e subúmidas, principalmente como um meio de estimular o crescimento
durante a estação seca, eliminando o excesso e a forragem não usada e ajudando no controle de
invasoras (CROWDER & CHHEDA, 1983).
São muitas as razões para o uso da queima, dado que sua aplicação judiciosa pode trazer
vantagens várias, mas também a queima como instrumento de manejo não deixa de ter as suas
desvantagens. A seguir, citaremos um elenco de vantagens e desvantagens do uso da queima, resumidas
em PUPO (1973) e CROWDER & CHHEDA (1983).
VANTAGENS: a) controla a invasão de plantas indesejáveis, principalmente arbustos; b)
remove a vegetação velha e fibrosa, rejeitada pelo animal; c) permite a obtenção de mais espécies
desejáveis na composição botânica da pastagem; d) estimula o crescimento em épocas em que ela não
ocorre naturalmente e melhora a qualidade da pastagem; e) previne incêndios pela remoção da
vegetação seca e velha; f) destrói ectoparasitas (carrapatos, mosca do berne, mosca tsetse); g) fa-cilita a
movimentação dos animais e ajuda na distribuição dos mesmos nas pastagens; h) estimula as gramíneas
do pasto para a produção de sementes; i) prepara o solo para a germinação das sementes
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QUADRO 8 – Performance de ovinos em áreas queimadas e não queimadas.
Ano
Área queimada
Mortalidade
dos ovinos
(%)
8
7
1
0
1972-3
1973-4
1974-5
1975-6
Área não queimada
1975-76
3
FONTE: LANCE (1983). (Reprodução parcial)
Percentagem de
parição
Percentagem
ao desmame
90
75
88
86
Média de
peso ao nascer
(Kg)
3,2
3,6
4,2
4,7
Taxa de crescimento
média dos cordeiros
(Kg dia -1)
0,24
0,20
0,27
0,23
98
100
100
98
81
75
3,6
0,17
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e ressemeio de sementes de espécies desejáveis; j) as cinzas que permanecem após a queima tem efeito
fertilizante.
DESVANTAGENS: a) a queima injuria as plantas pela remoção da copa e esgota as reservas
disponíveis para o crescimento; b) causa deterioração na vegetação; c) tem efeito adverso no conteúdo
de água do solo, principalmente por reduzir a infiltração e elevar as perdas e a evapo-transpiração; d)
aumenta as perdas por erosão, principalmente em terrenos declivosos; e) há perdas de nitrogênio
orgânico, material carbonáceo e matéria orgânica; f) elimina insetos que são inimigos naturais de pragas;
g) ocorrência de incêndios pelo uso não controlado do fogo.
7.1. Uso da Queima no Controle de Plantas Indesejáveis
O fogo quando usado no controle de plantas indesejáveis pode proporcionar uma remoção das
mesmas, diminuindo a competição com as espécies desejáveis.
Embora tenham pouca vantagem competitiva para germinação e estabelecimento, as espécies
arbustivas possuem um sistema radicular profundo e extenso, o que permite a elas um acesso a grandes
quantidades de água por um bom tempo, tornando-as, assim, competitivas com as plantas herbáceas, de
sistema radicular mais superficial. Além disso, muitos desses arbustos não são pastejados por não serem
palatáveis ou serem tóxicos aos animais (RALPH, 1980).
RALPH (1980) encontrou que a tolerância dos arbustos ao fogo é bastante variável (Figura 4),
sendo que as plantas mais novas e mais baixas são mais afetadas do que as plantas maduras e mais altas
(Figuras 5 e 6); observando também que a queima no período de estresse hídrico é mais eficiente no
controle de arbustos e que o uso do fogo com maior intensidade não apresenta vantagem em relação ao
fogo mais lento (Figura 5).
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RALPH & BUSBY (1979) acompanhando o uso do fogo no período de 1974 a 1976,
objetivando verificar o controle do arbusto Artemisia tridentada, em pastagens naturais de Utah,
observaram controle satisfatório, com diminuição de outros arbustos também, com aumento de
gramíneas e leguminosas, resultando no melhoramento da produção forrageira (Quadro 2). Também,
TERRY & WHITE (1979), observaram efeito depressivo sobre arbustos (Myrica cerifera), usando fogo
controlado.
7.2. Efeito da Época e Frequência da Queima
O tempo de queima tem um profundo efeito sobre a resposta vegetacional ao fogo. Discrepantes
efeitos do fogo sobre a produção herbácea e composição das espécies são devidos comumente às
diferenças no tempo de queima (TOWNE & OWENSBY, 1984). Sendo o fogo realizado no início da
estação seca, a quantidade de calor exalado é menor, destruindo menor quantidade de material orgânico
(FILGUEIRAS, 1981).
O efeito principal da queima é aumentar as temperaturas do começo da primavera, o que talvez
explique o maior crescimento das gramíneas depois da queima, especialmente na primavera (SEMPLE,
1970). Em pastagens naturais do Texas, onde há predomínio da gramínea Spartina spartinae, observouse um crescimento mais acentuado quando o fogo foi usado na primavera, provavelmente em função das
chuvas pós-fogo (McTEE, 1979), (Quadro 9).
PAPANASTASIS (1980) observou que a queima teve efeito significativo na eliminação das
plantas invasoras, porém a frequência de aplicação contribuiu mais para eliminação de arbustos e
aparecimento de gramíneas.
21
WHITE & CURRIE (1983), estudando o efeito da queima sobre três espécies forrageiras,
encontrou respostas diferentes quanto a época em que o fogo é aplicado, observando crescimento
máximo em períodos diferentes pós-fogo (Figuras 8, 9 e 10).
QUADRO 9 – Percentagem de plantas verdes, de 0 a 23 meses após o uso do fogo, em duas datas, em pastagem
nativa de Spartina spartinae, no Texas.
Meses após
Julho de 1975
tratamento
Controle
Queimado
0
100,0
100,0
0,4
1,0
103,0
4,0
3,0
98,0
58,0
5,0
101,0
95,0
6,0
8,0
108,0
115,0
11,0
101,0
167,0
18,0
23,0
102,0
127,0
FONTE: McTEE (1979). (Reprodução pacial).
Dezembro de 1975
Controle
Queimado
100,0
100,0
100,0
1,0
108,0
27,0
101,0
89,0
102,0
136,0
-
A frequência da queima depende da finalidade básica do uso. Para eliminação da macega inútil, a
queima deve ser feita à medida que aumenta este material, sendo que este fator é dependente do manejo
no uso da pastagem, permitindo ou não a sobra de material na estação de crescimento (MATTOS,
1971).
8. OS CUIDADOS PRÁTICOS NO USO DA QUEIMA: RECOMENDAÇÕES
A área a ser queimada deve ser isolada do restante da propriedade ou de outras propriedades,
por meio de estradas, rios, aceiros, etc, para que o fogo se restrinja ao local desejado, evitando
incêndio; fazer a queima uns dois dias após uma chuva, para garantir um eficiente umidecimento do solo,
visando proteger em parte as raízes e demais partes subterrânes das plantas; escolher as últimas horas
do dia, onde o frio e o sereno poderão auxiliar no controle das chamas (VILLARES, 1966).
22
23
O vento é também um fator importante. Observa Vicent (1935) citado por PUPO (1974) que se
a queima é feita a favor do vento, ela é rápida, resultando em efeitos menos profundos sobre o solo.
Velocidade dos ventos maior que 7 Km/h são essenciais para a propagação do fogo na vegetação
(RALPH, 1980). Porém, afirma ainda este autor que se a velocidade dos ventos excedem 15 a 20 Km/h
o fogo torna-se imanejável e a queima não é recomendável (Figura 11).
A quantidade do material combustível está relacionada com o sucesso da queima. RALPH
(1980) observa que aproximadamente uma tonelada de macega por hectare é o mínimo capaz de gerar a
energia necessária para eliminar os arbustos.
24
9. CONCLUSÃO
A queima, desde que seja usada judiciosamente, seguindo as recomendações técnicas já
existentes de conformidade com a especificidade de cada caso, constitui-se numa ferramenta útil e
eficiente no manejo, principalmente de pastagens naturais, pois as vantagens de tal prática têm sido
maiores do que as desvantagens encontradas.
10. LITERATURA CITADA
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