Diferencas Cinematica Corrida
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Diferencas Cinematica Corrida
DIFERENÇAS NA CINEMÁTICA DA CORRIDA E NA CURVA DE VELOCIDADE EM PROVAS DE 50 E 100 m RASOS Juliano Dal Pupo1, Rodrigo Ghedini Gheller1, Ivon Chagas da Rocha Jr 1 e Carlos Bolli Mota1 1 Laboratório de Biomecânica – Universidade Federal de Santa Maria-UFSM – Santa Maria/RS. Resumo: Este estudo teve como objetivo verificar, em indivíduos de 11 a 13 anos, o comportamento da curva de velocidade nas provas de 50 e 100 m rasos e, ainda, verificar o comportamento de algumas variáveis cinemáticas ao final destas provas. Esta análise da cinemática ao final da corrida poderá nos mostrar em que condições técnicas o atleta está completando a prova. Fizeram parte deste estudo 14 indivíduos que já passaram por um processo de treinamento em corridas de velocidade, sendo 7 do gênero masculino, com idade média de 12,35 ±0,83 anos, e 7 do gênero feminino, com idade média de 12,61 ±0,70anos. Para obtenção da curva de velocidade foi realizada uma filmagem de toda a extensão da corrida através do método “panning”. A análise cinemática foi feita através de videografia bidimensional, usando uma câmera de vídeo do sistema Peak Motus, operando à 180 hz. Os sujeitos realizaram as provas de 50 e 100m rasos, à máxima velocidade. Os resultados mostraram que a curva de velocidade possui características diferentes nas duas provas. O pico de velocidade é alcançado em ambas aos 40m, porém correspondendo aos 80% da prova nos 50m rasos e apenas aos 40% nos 100m. Não houve diferenças entre os gêneros. A amplitude da passada não se mostrou significativamente diferente nas duas corridas, já a freqüência da passada houve uma diminuição significativa dos 50 para os 100m rasos nos sujeitos femininos. Palavras-chave: corridas de velocidade, biomecânica, cinemática. Abstract: The purpose of this study was to verify, in individuals aged between 11 and 13 years, the behavior of the speed curve in 50 and 100 m dash and to verify the behavior of some kinematic variables in the end of these runnings. This kinematics analysis in the end of the running will be able showing them where techniques conditions the athlete is completing the trial. Fourteen individuals that already had passed for a process of training in speed races had been part of this study, being 7male, with average age of 12,35 ±0,83 years, and 7 female, with average age of 12,61 ±0,70 years. It was recoded all extension of the running through the “panning” method for obtained the speed curve. The kinematics analysis was made through bi-dimensional videography using a camera of video of the Peak Motus system, operating at 180 Hz. The individuals performed 50 and 100 m dash, at maximum speed. The results had shown that the speed curve has different characteristics between the runnings. The speed peak is reached in both to 40m, however, corresponding to 80% of the running in 50m and only to 40% in 100m. It didn’t have differences between the genders. The stride length didn’t reveal significantly difference between the trials; already the stride frequency had a significant reduction of the 50 for the 100m in the female individuals. Keywords: speed race, biomechanics, kinematics. INTRODUÇÃO 100m rasos, em 4 fases, assim denominadas: fase de reação, fase de aceleração, fase de velocidade A corrida, considerado um gesto instintivo máxima e fase de desaceleração. Numa perspectiva de locomoção humana, vem a se tornar um mais atual, autores como Seagrave (5) e Dick (6) movimento mais complexo quando inserido no identificam mais fases. O primeiro divide os 100m cenário esportivo. Segundo Hay (1), o sucesso em em 6 partes, desconsiderando o aquecimento e as uma corrida vai depender da habilidade do atleta ações posteriores à chegada. São elas: a saída, com em combinar os movimentos de seus membros as duas primeiras passadas; aceleração pura, nas 8- inferiores e superiores juntamente como o tronco, 10 passadas seguintes; a transição, fazendo ligação formando um todo suavemente coordenado. com a próxima fase, a velocidade máxima; Em uma abordagem mais clássica e tradicional, autores (2,3,4) costumam decompor as corridas de velocidade, em especial a corrida de manutenção de velocidade e a parte final, caracterizada pela chegada. Inúmeros estudos têm sido realizados sobre corridas de velocidade, traduzindo os adequada uma prova de velocidade com uma distância menor, como 50m rasos. de Baseado nesses pressupostos, este estudo treinamento, porém, em adultos. Tendo em vista o teve como objetivo verificar, em indivíduos de 11 crescimento do número de crianças e jovens a 13 anos, o comportamento da curva de engajados em competições esportivas, tanto em velocidade nas provas de 50 e 100 m rasos e, nível escolar como de federação, é necessário ainda, verificar o comportamento de algumas maior Está variáveis cinemáticas ao final destas provas. Esta crianças análise da cinemática ao final da corrida poderá manifestam reações e respostas diferentes dos nos mostrar em que condições técnicas o atleta está adultos no exercício, pois são seres ainda em completando a prova, já que a coordenação e crescimento fluidez do movimento são imprescindíveis durante modelos técnicos investigação cientificamente adequados desta Desta formas população. comprovado (7). e que maneira, deveriam participar das provas condizentes com sua faixa etária, proporcionando eficiência em toda corrida. seus MATERIAIS E MÉTODOS movimentos do ponto de vista biomecânico. Muitas das provas atléticas, como as corridas de velocidade, exigem do adulto Para a realização deste estudo, demandas extremas, sendo mais difíceis de serem participaram 14 indivíduos, sendo 7 do gênero realizados pela criança. Desta forma, estes masculino com idade média de 12,35 ± 0,83 anos e indivíduos, de acordo com a distância da prova e o 7 do gênero feminino, com idade média de 12,61 nível de intensidade do esforço, poderão encontrar ±0,70 anos. Todos os sujeitos eram pertencentes à dificuldades na realização eficaz do gesto esportivo equipes colegiais de atletismo e que haviam das corridas. Esta situação pode ser evidenciada inclusos nos tradicionais 100m rasos, prova de velocidade velocidade. O grupo de estudo foi selecionado por realizada por categorias adultas, na qual se exige adesão voluntária. Todos os indivíduos assinaram demanda extrema do sistema neuro-muscular o termo de consentimento livre e esclarecido. em seus treinamentos corridas de durante toda a prova, além de um movimento A coleta de dados constituiu-se de duas altamente coordenado até a linha de chegada. O etapas: a primeira, na qual os indivíduos realizaram atleta mais jovem, ainda criança, poderá encontrar uma corrida de 50m e a outra, uma corrida de mais dificuldades em realizar esta prova, o que 100m rasos, em uma pista atlética de carvão. O pode levar a um comprometimento na técnica da intervalo entre cada etapa foi de 48 h. Os corrida. De acordo com pesquisas (8), ao final de indivíduos utilizaram sapatilhas com pregos e provas como os 100m pode haver incidência de roupa habitual para corridas. Nas duas situações fadiga, o que pode consequentemente reduzir a foi realizada filmagem para obtenção da curva de velocidade de deslocamento e causar mudanças na velocidade ao longo do percurso e de algumas técnica da corrida. Assim, para crianças e/ou variáveis cinemáticas ao final dos percursos. adolescentes, poder-se-ia considerar mais Para a obtenção da curva de velocidade ao longo dos 50 e 100m, utilizou-se uma técnica de transmitidas para um computador. Após isso, filmagem denominada “panning”, na qual com foram digitalizadas e passaram por um processo de uma câmera de vídeo faz-se uma varredura de toda reconstrução do movimento. Para a descrição do extensão do percurso. Para tal, utilizou-se uma movimento foi utilizado um modelo segmentar filmadora da marca Panasonic, com freqüência de representando 30 Hz. Foram fixados dardos, servindo como constituído por quadril, joelho, tornozelo e ponta referenciais de sinalização, sobre uma linha de pé. Todo esse processo foi feito pelo sistema de paralela ao plano da corrida, de modo que estes análise do movimento Peak Performance. A coincidissem com o eixo ótico da câmera. A digitalização câmera estava localizada no meio do percurso, a passaram por um processo de filtragem através do aproximadamente 40m perpendicularmente à pista. filtro de passa baixa ButtherWorth, com freqüência Os dardos estavam dispostos a cada 5m de de corte de 4 Hz. distância, nos 50m, e a cada 10m nos 100m rasos. o foi membro manual inferior e as direito, coordenadas As variáveis analisadas freqüência (FP) e Para a obtenção dos valores de velocidade amplitude (AP) de passada e velocidade média foi realizada uma contagem do número de quadros (VM) são referentes a um passo (saída de um pé do na passagem da cabeça do sujeito pelos alvos de solo até o contato do pé oposto), analisadas no eixo referência (dardos). O videocassete utilizado para X. A VM foi determinada como a velocidade da análise de imagens possibilitava apresentar 60 referência anatômica do quadril, durante um passo. campos por segundo (30 quadros), o que permitiu Foram obtidas as medidas de variabilidade uma contagem mais precisa destes em cada (média e desvio padrão) dos valores de cada segmento do percurso. segmento da curva de velocidade e das variáveis A fim de cumprir com o outro objetivo do estudo, que era analisar o comportamento cinemático de algumas variáveis (amplitude e cinemáticas. Foi aplicado um teste “t” pareado para verificar as diferenças entre as médias das variáveis cinemáticas nos 50 e 100m. freqüência do passo e velocidade média final) dos corredores ao final das provas, realizou-se uma filmagem bidimensional. RESULTADOS As imagens foram obtidas a partir de uma câmera do sistema Peak De acordo com os gráficos 1e 2, percebe- Motus, com freqüência de amostragem de 180 Hz, se que a curva de velocidade nas corridas de 50 e que estava localizada perpendicularmente ao plano 100m apresentam comportamento diferenciado. da corrida, registrando os movimentos que Em valores absolutos, observa-se na corrida de ocorressem no plano sagital. Como o objetivo foi 50m rasos, conforme gráfico 1, um aumento da analisar o comportamento das variáveis ao final da velocidade até os 20m, seguido de uma diminuição corrida, a câmera foi posicionada aos 45 m, na no trecho seguinte e voltando novamente a prova dos 50m e, na marca dos 90m, na corrida de aumentar, alcançando a velocidade máxima aos 100m rasos. 40m (6,872 m/s nos sujeitos masculinos e 6,759 As imagens coletadas foram gravadas em m/s nos femininos) e, a partir desta marca, a fitas de vídeo SVHS, sendo posteriormente velocidade decresce até o fim. Já na prova dos 100m (gráfico 2), a velocidade aumenta até os relação ao final dos 50m rasos, porém somente nos 40m, onde ocorre o pico (6,807 e 6,700 m/s, nos sujeitos femininos. sujeitos masculinos e femininos, respectivamente) e, a partir desta marca, a velocidade passa a decrescer até o fim. 2 8 Velocidade (m/s) 7 1 6 1 1,1 1,2 5 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 Amplitude do passo (m) 4 Suj. masc. 3 Suj. masc. Suj. fem. 2 Suj. fem. Figura 03: Amplitude do passo ao final dos 50m rasos (1) e ao final dos 100m rasos (2) 5 10 15 20 25 30 35 Distância (m) 40 45 50 Figura 01: Curva de velocidade na prova dos 50m rasos. 2 1 8 Velocidade (m/s) 7 3 3,2 3,4 3,6 3,8 4 Frequência do passo (Hz) 6 Suj. masc. Suj. fem 5 Figura 04: Freqüência do passo ao final dos 50m 4 Suj. masc. Suj. fem. rasos (1) e ao final dos 100m (2) 3 10 20 30 40 50 60 70 Distância (m) 80 90 100 A velocidade média dos sujeitos, referente a um passo ao final da prova, obtida com a Figura 02: Curva de velocidade na prova dos 100m rasos. filmagem bidimensional, sofreu um decréscimo significativo, passando dos 6,77 m/s nos 50m para 6,31 m/s nos 100m e, de 6,47 m/s nos 50m para Com relação à amplitude da passada, visualizada na figura 3, não houve diferenças 5,94 m/s nos 100m, nos sujeitos masculinos e femininos, respectivamente. significativas desta variável entre as provas de 50 e 100m e nem entre gêneros. Já visualizada para na a DISCUSSÃO freqüência figura 4, houve da passada, diminuição significativa desta ao final da prova dos 100m em Os resultados acima analisados indicam que as corridas de 50 e 100 m possuem características distintas no que se refere à curva de velocidade. Tais resultados já eram esperados, já velocidade somente aos 60m e este se manteve até que, apesar de o atleta correr em ambas as corridas os 70m (6). Percebe-se assim que estes atletas têm sempre em intensidade máxima de esforço, a uma capacidade de acelerar por uma distância distância maior proporcionou maiores perdas de maior, vindo a sofrer as conseqüências de perdas velocidade até a linha de chegada. de velocidade somente após completar pelo menos Na corrida dos 50 m rasos, ocorre um 70% da prova, diferente dos sujeitos deste estudo, aumento gradual da velocidade até os 20m iniciais que passam a perder velocidade antes mesmo de (40% completar a metade da prova. da prova), caracterizando aceleração positiva, aproximando-se dos valores citados por Em relação às mudanças da AP e FP ao Hay (1). A partir desta marca, há uma alternância final das provas, verificou-se que houve uma nos 4 segmentos seguintes entre diminuição e diminuição significativa da FP dos sujeitos aumento de velocidade. Neste espaço, os valores femininos ao final dos 100m em relação aos 50m da curva possuem ainda a tendência de aumentar, rasos. Esta queda da FP implicou diretamente na demonstrando que ainda há aceleração positiva, diminuição significativa da velocidade final, sendo que o valor de pico máximo somente é passou de 6,475 m/s nos 50m rasos para 5,947 m/s alcançado aos 40 m. Nos últimos dois segmentos ao final dos 100m, (perda de 5,86%) visto que a da prova (20% finais) ocorre perda gradual da velocidade é dependente da FP x AP (1). Já os velocidade, caracterizando a desaceleração. Díaz sujeitos masculinos obtiveram uma perda menor, (9) obteve em seu estudo, com jovens de 10-11 4,43%, tal fato podendo ser justificado pelo anos em corridas de 60m rasos à máxima aumento ou manutenção da amplitude da passada velocidade, resultados que demonstraram que o destes sujeitos ao final dos 100m rasos. Segundo pico de velocidade foi alcançado aos 30m e esta Hegedüs (11), cada atleta tenderá a uma distinta tendeu a manter-se até os 45m finais. Em estudo coordenação entre essas variáveis, conseguindo realizado com universitários correndo 50m à assim maior rendimento de velocidade. máxima velocidade, verificou-se que a fase de De acordo com a literatura técnico- velocidade constante compreendia o trecho dos 25 desportiva, a FP nas corridas de velocidade aos 45m, vindo a declinar a velocidade somente apresenta-se nos 5 metros finais (10). tornando-se constante na fase de velocidade maior na fase de aceleração, Na prova dos 100m rasos realizada pelos máxima e diminui na fase final. A menor FP ao sujeitos deste estudo, as características da curva de final da prova de 100m pode ser explicada em velocidade foram diferenciadas, como já era de se função esperar. A fase de aceleração inicial positiva ocorre neuromuscular, vindo a comprometer o processo até os 40m (40% da prova) e, a partir desta marca, de excitação-contração das fibras musculares de a velocidade passa a declinar até o final. Percebe- contração rápida e a conseqüente produção de se que não houve a presença da fase de potência muscular (12). Estudos realizados (8) com manutenção de velocidade. Em atletas adultos de velocistas têm mostrado que certas mudanças na alto nível, como Carl Lews e Ben Johnson na final técnica das corridas de velocidade têm ocorrido no olímpica de Seul em 1988, foi registrado o pico de final das provas de 100m, 200m e 400m, em de um possível indício de fadiga decorrência da fadiga muscular. De acordo com o REFERÊNCIAS estudo, o efeito da fadiga reduziu a freqüência da passada, a velocidade de deslocamento, a força de tração e aumentou a amplitude da passada. As diferenças encontradas nos valores da AP entre os 50 e 100m rasos, apesar de mostraremse não estatisticamente significativas, podem vir a corroborar com os achados de Willians et all (13). Segundo o autor, o aumento da amplitude da passada em uma corrida pode vir a representar uma [1]Hay J.G. Biomecânica das técnicas desportivas. Rio de Janeiro: Interamericana, 1981. [2] Letzelter M. Trainings grundlagen. Rohwolt, 1981. [3] Schmolinski, G. Atletismo. Lisboa: Estampa, 1982. [4] Silva, J.F. Caderno Técnico-didático – Atletismo. Brasília: Departamento de Documentação e Divulgação, 1987. estratégia compensatória para a fadiga. Segundo Enoka (12), exige-se menos energia para aumentar [5] Seagrave, L. Introduction to sprinting. New Studies in Athletics, N° 2-3, 1996. a amplitude do que a freqüência da passada. Portanto, os sujeitos masculinos deste estudo poderiam estar apresentando este comportamento ao final dos 100m na tentativa de manter a [6] Dick, F.W. Development of maximun sprinting speed. reprinted fron Track Technique. Disponível em www.trackand fieldsnews.com/technique/109. Acesso em: 20 de dezembro de 2006. velocidade, já que a fadiga muscular poderia já estar interferindo negativamente na performance dos corredores. CONCLUSÃO [7] Willian, E.; Garrett Jr; Kirkendall, D.T. A ciência do exercício e dos esportes. Artmed, Porto Alegre, 2003. [8] Tupa, V.V; Guseinov, F.A; Mironenko, I.N. Fatuigue-induced changes in sprinting technique. Teoriya i Praktika Fizicheskoi Kultury 2: 33-35, 1989. De acordo com as curvas de velocidade obtidas, observou-se que as provas de 50 e 100m apresentaram comportamento diferenciado. Nos 50m, há uma fase de manutenção de velocidade, que não foi encontrada nos 100m, além da perda de velocidade nesta última começar antes dos 50% da prova. As modificações na amplitude e freqüência de passada não foram muito evidenciadas, no entanto, percebeu-se claramente a diminuição significativa da velocidade ao final dos 100m em comparação aos 50m. Assim, pode-se concluir que [9] Díaz, J. G. Talla, Zancada y Velocidad. Revista Educación Física. Chile, ano LXII, nº. 211, p. 22-25, mayo 1990. [10]Brochado, M. M. V.; Kokubun, E. Treinamento intervalado de corrida de velocidade: Efeitos da duração da pausa sobre o lactato sanguíneo e a cinemática da corrida. Revista Motriz, vol. 3, nº1, 1997. [11] Hegedus, J. Estructura y fundamentos de la velocidad em el atletismo. Lecturas EF y Deportes, n°14, Buenos Aires, 1999. [12]Enoka, R.M. Neuromechanical Basis of Kinesiology. Human Kinetics Books: Champaign, USA, 1988. jovens desta faixa etária ao realizarem uma prova de 100m irão ter maior comprometimento da performance, possivelmente pela incidência de fadiga muscular. [13]Willians, K.R.; Snow, R.; Agruss, C. Changes in distance running kinematics with fatigue. Int. J. of Sport Biomech. 7: 138-162, 1991. E-mail:[email protected]