6_Aux_Oper_Logistica

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6_Aux_Oper_Logistica
Área Tecnológica de Gestão da Produção & Logística.
Área Tecnológica de Gestão da Produção & Logística
SALVADOR
2002
© Copyright
2002 por SENAI CIMATEC. Todos os direitos reservados
Área Tecnológica de Gestão da Produção & Logística
Elaboração: Leonardo Sanches de Carvalho, Engº
Revisão Técnica: Daniel da Silva Motta, Engº
Revisão Pedagógica:
Normalização: Maria do Carmo Oliveira Ribeiro
Catalogação na fonte (Núcleo de Informação Tecnológica – NIT)
______________________________________________________________________
SENAI CIMATEC – Centro Integrado de Manufatura
e Tecnologia. Auxiliar de operações e logística.
Salvador, 2002. 44p. il.
I. Administração da Produção
I. Título
CDD 658.51
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MENSAGEM DO SENAI CIMATEC
O SENAI CIMATEC visa desenvolver um programa avançado de suporte tecnológico
para suprir as necessidades de formação de recursos humanos qualificados,
prestação de serviços especializados e promoção de pesquisa aplicada nas
tecnologias computacionais integradas da manufatura.
Com uma moderna estrutura laboratorial e um corpo técnico especializado, o
CIMATEC desenvolve programas de intercâmbio tecnológico com instituições de
ensino e pesquisa, locais e internacionais.
Tudo isso sem desviar a atenção das necessidades da comunidade, atendendo suas
expectativas de formação profissional, suporte tecnológico e desenvolvimento,
contribuindo para uma constante atualização da indústria baiana de manufatura e
para a alavancagem do potencial das empresas existentes ou emergentes no
estado.
APRESENTAÇÃO
A globalização e o conseqüente aumento da competitividade implicaram na
intensificação da movimentação de materiais internamente e externamente às
empresas, fornecedores e clientes, gerando um sensível aumento no fluxo de
materiais e de informações. Mais recentemente, com a utilização do Intercâmbio
Eletrônico de Dados (EDI) e o advento do comercio eletrônico (e-commerce), tais
fluxos aumentaram sensivelmente, tanto em quantidade, quanto em freqüência. Para
viabilizar as entregas com os volumes desejados e a velocidade de entrega
compatível com a das informações, e mantendo o foco na redução de custos, o
estudo das atividades da Logística e da Cadeia de Abastecimento (Supply Chain
Management), que já eram importantes, passaram a ter uma importância ainda
maior em relação à competitividade das empresas.
OBJETIVO
Entender os conceitos básicos e atuais de Logística e sua operacionalização,
visando sua aplicação como ferramenta na Cadeia de Abastecimento e nas
organizações, tornando as empresas mais competitivas em relação à nova ordem
econômica mundial. Implantação e operacionalização destes conceitos dentro das
empresas.
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA ...........................................................................8
1.1
A importância da Logística:................................................................................................................. 8
1.2
Definição de logística ............................................................................................................................ 8
1.3
Objetivos da logística............................................................................................................................ 8
1.4
Histórico.................................................................................................................................................... 8
2.
ATIVIDADES DA LOGÍSTICA .........................................................................10
2.1
Atividades Primárias............................................................................................................................ 10
2.1.1
Transportes .................................................................................................................................... 10
2.1.2
Manutenção de Estoques ........................................................................................................... 10
2.1.3
Processamento de Pedido ......................................................................................................... 10
2.2
Atividades de Apoio (Suporte) .......................................................................................................... 10
2.2.1
Armazenagem................................................................................................................................ 11
2.2.2
Manuseio de Materiais................................................................................................................. 11
2.2.3
Embalagens de Proteção e unitização de carga .................................................................. 11
2.2.4
Obtenção e aquisição.................................................................................................................. 11
2.2.5
Programação do Produto ........................................................................................................... 11
2.2.6
Manutenção da Informação........................................................................................................ 11
3.
FLUXO LOGÍSTICO.........................................................................................12
4.
CADEIA DE ABASTECIMENTO .....................................................................12
5.
MODAIS ...........................................................................................................14
5.1
Tipos de Modais.................................................................................................................................... 14
5.2
Intermodalidades .................................................................................................................................. 15
5.3
Multimodalidades ................................................................................................................................. 15
6.
SISTEMAS DE ARMAZENAGEM, SUAS CARACTERÍSTICAS E
APLICAÇÕES...........................................................................................................15
6.1
Estantes linha leve ou pesada .......................................................................................................... 15
6.2
Porta paletes convencional ............................................................................................................... 15
6.3
Drive-in .................................................................................................................................................... 17
6.4
Drive-through......................................................................................................................................... 17
6.5
Drive-in dinâmico.................................................................................................................................. 18
6.6
Cantiliver................................................................................................................................................. 18
7.
GESTÃO DE ESTOQUES ...............................................................................18
7.1
Logística Integrada .............................................................................................................................. 18
7.2
Evolução da Logística de Suprimentos .......................................................................................... 19
7.3
Evolução da Logística de Produção:............................................................................................... 21
7.4
Evolução da Logística de Distribuição: .......................................................................................... 22
7.5
Cross-docking ....................................................................................................................................... 23
7.6
Controle de Estoque:........................................................................................................................... 24
7.7
Unitização ............................................................................................................................................... 24
7.7.1
Tipos de Unitização mais usados: ........................................................................................... 24
7.7.2
Tipos de Contêineres................................................................................................................... 25
8.
INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS........................................................................25
8.1
Gestão de Informações Logísticas .................................................................................................. 25
9.
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO........................................................26
9.1
Transpaletes .......................................................................................................................................... 26
9.1.1
Manual Hidráulico SAS ............................................................................................................... 26
9.1.2
Modelo EGU ................................................................................................................................... 27
9.1.3
Modelo EGU-20-s .......................................................................................................................... 27
9.2
Empilhadeiras de operador a pé....................................................................................................... 28
9.2.1
Modelo EGV 10 (1000 Kg) e EGV 12 (1200 Kg)...................................................................... 28
9.2.2
Modelo EGV 14 (1400 Kg) e EGV 16 (1600 Kg)...................................................................... 28
9.3
Rebocadores.......................................................................................................................................... 28
9.3.1
Modelo R 606-06............................................................................................................................ 28
9.4
Empilhadeiras Retráteis...................................................................................................................... 29
9.4.1
Modelo FM ...................................................................................................................................... 29
9.5
Empilhadeiras Frontais ....................................................................................................................... 29
9.5.1
Modelo R 50, elétrica ................................................................................................................... 29
9.6
Empilhadeiras Trilaterais.................................................................................................................... 30
9.6.1
Modelo MX 10 e MX 13................................................................................................................. 30
9.7
Selecionadoras de Pedidos ............................................................................................................... 32
9.7.1
EK 11................................................................................................................................................ 32
9.7.2
EK 12................................................................................................................................................ 32
Seleção de empilhadeiras: ............................................................................................................................. 32
10.
OPERADORES LOGÍSTICOS.........................................................................33
Conceituação de Operador Logístico ......................................................................................................... 33
10.1
Classificação das Atividades Logísticas.................................................................................... 33
10.2
Classificação dos Prestadores de Serviços Logísticos ......................................................... 34
10.3
Desafios aos Operadores Logísticos .......................................................................................... 34
10.3.1 Operadores Logísticos e o Comércio Eletrônico ................................................................. 34
10.4
Perfil do operador logístico ........................................................................................................... 35
10.4.1 A competência no Armazém...................................................................................................... 35
10.4.2 Operação de veículos industriais............................................................................................. 36
11.
TERMOS UTILIZADOS NA LOGÍSTICA .........................................................38
1. Introdução a Logística
1.1 A importância da Logística:
[Do fr. Logistique.] S. f. Parte da arte da guerra que trata do planejamento e
da realização de: a) projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento,
transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins
operativos ou administrativos); b) recrutamento, incorporação, instrução e
adestramento, designação, transporte, bem-estar, evacuação, hospitalização e
desligamento de pessoal.
O que vem fazendo da Logística um dos conceitos mais modernos são dois
conjuntos de mudanças, o primeiro de ordem econômica e o segundo de ordem
tecnológica.
As mudanças econômicas (globalização, aumento de incertezas econômicas,
proliferação de produtos, maiores exigência de serviços) criam novas exigências
competitivas, enquanto as mudanças tecnológicas (revolução da Tecnologia de
Informações - TI) tornam possível o gerenciamento eficiente e eficaz de operações
logísticas, cada dia mais complexo e demandante.
1.2 Definição de logística
Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição,
movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos semi-acabados e
acabados, bem como o fluxo de informações correlatas através da organização e
seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e
futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo.
1.3 Objetivos da logística
Providenciar a entrada, a saída, a estocagem dos materiais, partes e
produtos, na hora e nas quantidades certas, em condições adequadas, ao custo
mais econômico possível contribuindo para obtenção de vantagem competitiva.
1.4 Histórico
Egito antigo – previsão de sete anos de seca, fez com que o povo construísse
armazéns para guardar suprimentos. Surgiram os primeiros conceitos de tipos de
materiais (perecível ou não) de forma a melhorar as condições de armazenagem.
Guerra entre EUA e Inglaterra – 12.000 homens do exército Inglês em um
local e os suprimentos e armas foram mandados para outro;
8
Logística tratada e forma pontual. Transporte, armazenagem e movimentação
totalmente departamentalizada;
Logística Integrada. Surgiu a necessidade da integração de todos os
segmentos que compõe a cadeia.
2. Atividades da Logística
2.1 Atividades Primárias
Estas atividades abaixo relacionadas são consideradas primárias porque elas
contribuem com maior parcela do custo da logística ou elas são essenciais para a
coordenação e o cumprimento da tarefa logística.
2.1.1 Transportes
•
Atividade logística mais importante;
•
Corresponde à cerca de 70 a 80% do custo logístico;
•
Está sujeito a fatores externos, como: condições das estradas,
ferrovias, portos, aeroportos, greves, aumentos de combustíveis.
2.1.2 Manutenção de Estoques
•
Transporte agrega valor de lugar e o estoque de tempo;
•
Deve estar próximo dos consumidores e/ou pontos de manufatura,
para seu custo ser dinâmico;
•
Deve ser o menor possível, suficiente para atender a demanda dos
clientes.
2.1.3 Processamento de Pedido
•
Ponto inicial da movimentação de produtos e entrega de serviços;
•
Custo pequeno se comparado ao custo dos transportes e estoques;
•
Pode ser feito via EDI (menor custo);
•
Além do poder de inicialização, tem o poder decisão.
2.2 Atividades de Apoio (Suporte)
Apesar das atividades citadas serem os principais ingredientes que
contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços, há outras
atividades que apóiam as primárias.
2.2.1 Armazenagem
•
Refere-se à administração do espaço necessário para manter
estoques. Localização, dimensionamento, de área, arranjo físico,
projeto de docas, etc.
•
Administração do espaço para manter o estoque;
•
Deve-se sempre se levar em consideração: Material a ser armazenada,
localização, mercado, sazonalidade, flexibilidade, tamanho, facilidade
de organização e supervisão.
2.2.2 Manuseio de Materiais
•
Movimentação interna;
•
Fluxo desde o recebimento até a armazenagem e desta ao ponto de
separação e despacho;
•
Fortemente vinculada à seleção de equipamentos e balanceamento de
carga de trabalho.
2.2.3 Embalagens de Proteção e unitização de carga
Um bom projeto de embalagem ajuda nos seguintes aspectos:
•
Boa movimentação, sem risco de danificar os materiais;
•
Baixo custo (economicamente razoável);
•
Dimensões feitas com ênfase na arrumação e acondicionamento;
•
Otimização dos transportes (paletes, contêineres).
2.2.4 Obtenção e aquisição
•
Atividade que deixa o produto disponível para o Sistema Logístico;
•
Fontes de suprimento, das quantidades e do local a ser coletado;
•
Não se deve confundir com compras;
•
Mais voltado à especificação do material.
2.2.5 Programação do Produto
Enquanto a obtenção trata do suprimento, esta atividade lida com a
distribuição ou fluxo de saída.
2.2.6 Manutenção da Informação
Nenhuma função logística dentro de uma empresa opera de forma eficiente
sem as necessárias informações. A troca de informações é vital para o Sistema
Logístico.
É de fundamental importância que o cliente esteja "linkado" com o fornecedor
e operador logístico eletronicamente (EDI).
3. Fluxo Logístico
Elementos que compõem um sistema de distribuição:
INDÚSTRIA
CD –
Centro de Distribuição
DR –
Distribuidor Regional
CF –
Consumidor Final
FI
Fluxo de Informações
–
SP –
Sistema de Pedidos
4. Cadeia de Abastecimento
Sistema de gerenciamento integrado, referindo-se ao fluxo eficiente e
ordenado das mercadorias.
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O nome Supply Chain Management (Gestão da Cadeia de Suprimentos) tem
recebido bastante destaque na imprensa de negócios nos últimos meses. Como
todo termo novo, tem havido muita confusão no seu emprego. A mais comum é
confundi-lo como uma nova definição de logística, ou como uma extensão do
conceito de Logística. Para dirimir estas duvidas, vamos nos remeter à própria
definição adotada em 1998 pelo Council of Logistics Management (www.clm.1.org).
“Logística é a parcela do processo da cadeia de suprimentos que planeja,
implanta e controla o fluxo eficiente e eficaz de matérias-primas, estoque em
processo, produtos acabados e informações relacionadas, desde seu ponto de
origem até o ponto de consumo, como o propósito de atender aos requisitos dos
clientes”.
Essa definição assume a Logística como parte integrante ou subconjunto do
Supply Chain Management, ou seja, é uma das preocupações do mesmo. E o que
seria o Supply Chain Management? Vamos adotar a seguinte definição:
“Supply Chain Management é a integração dos diversos processos de
negócios e organizações, desde o usuário final até os fornecedores originais, que
proporcionam os produtos, serviços e informações que agregam valor para o
cliente”.
5. Modais
Meios de transportes dos materiais;
Depende de:
Nível de serviço;
Valor agregado;
Disponibilidade de pagamento por parte do cliente, pelo serviço
diferenciado.
5.1 Tipos de Modais
Rodoviário;
Ferroviário;
Fluvial;
Marítimo;
Aéreo;
Dutoviário.
5.2 Intermodalidades
Processo de transporte de cargas executado seqüencialmente através de
diversos modais
Deve existir uma boa integração entre os modais e os pontos de transbordo e
terminais, senão o tempo ganho no primeiro poderá ser perdido no segundo.
5.3 Multimodalidades
É um conceito institucional que envolve a movimentação de bens por dois ou
mais modos de transporte, sob um único conhecimento de transportes, o qual é
emitido por um operador de transporte multimodal OTM, que assume, frente ao
embarcador, total responsabilidade pela operação, desde a origem até o destino,
como um transportador principal e não como um agente.
6. Sistemas de armazenagem, suas características e aplicações
6.1 Estantes linha leve ou pesada
•
Tradicionais cantoneiras metálicas, constituídas de perfis e chapas de
aço;
•
Armazenamento de itens leves;
•
Não precisa equipamentos de movimentação;
•
Altura alcançável pelo homem ou com escada de 2 a 3 metros;
6.2 Porta paletes convencional
•
Uso de empilhadeiras;
•
Possibilitam a localização e a movimentação de qualquer palete sem
necessidade de mover primeiro os outros;
•
Adapta-se o grande número de produtos;
•
Possibilita rearranjos para acomodar cargas de altura variáveis;
•
Adapta-se a carga de alta rotatividade;
•
As estruturas podem ser facilmente montadas e desmontadas
facilitando assim futuras mudanças de layout;
•
O sistema é comparável com a maioria dos tipos de equipamentos de
movimentação e qualquer tipo de estruturas e pisos industriais;
•
Protege a mercadoria contra compressão e outros danos;
•
Aproveitamento do pé direito, uma vez que altura é limitada apenas
pelo alcance da empilhadeira;
•
A maior desvantagem é a quantidade de espaço reservado para
corredores, geralmente 50% a 60% do espaço disponível;
•
Porta palete com dupla profundidade;
•
É idêntica a anterior no que se refere à forma construtiva;
•
Conjunto monofrontal;
•
Uso de empilhadeira especial tipo deep reach;
•
Aumenta consideravelmente a densidade de estocagem com a
diminuição dos corredores;
•
A seletividade cai 50%.
O Porta-Palete proporciona sempre o
melhor aproveitamento de espaço
disponível, constituindo-se um fator de
racionalização para os serviços de
armazenagem e movimentação de
materiais.
A montagem do Porta-Palete é totalmente feita através de encaixe, sem uso
de parafusos, o que torna o sistema extremamente versátil, podendo ser modificado
e ampliado a qualquer momento, adaptando-se às necessidades presentes
ocasionais.
6.3 Drive-in
Drive–in proporciona alta densidade de estocagem, graças à eliminação de
corredores de;
•
A inexistência de superposição direta de cargas evita o esmagamento
acidental e o risco de quedas de pilhas;
•
O sistema pode utilizar empilhadeiras comuns, com pequenas
modificações na estrutura de proteção do operador;
•
O sistema é particularmente indicado para os casos em que as
movimentações de entrada e saída sejam feitas separadamente e em
que o estoque seja movimentado de um só vez, a intervalos
prolongados;
•
Redução da velocidade de viagem da empilhadeira para garantir a
movimentação segura dentro das colunas portas paletes;
•
Não mais do que um item pode ser estocado em uma linha;
•
Giro de estoque baixo;
•
Último e entrar primeiro a sair;
•
Baixo acesso e consequentemente baixa seletividade.
Drive-through
Drive-through é um sistema similar ao anterior, apenas pode alcançar os dois
lados, ou seja, as empilhadeiras podem atravessar toda a extensão das ruas.
Este sistema onde as ruas são os próprios corredores, permite a otimização
máxima do espaço.
A principal vantagem é a grande utilização do espaço, sendo recomendado
para produtos em grande quantidade e pequena variedade.
6.4 Drive-in dinâmico
•
Sistema dinâmico onde as vigas / longarinas das prateleiras são
substituídas por trechos de roletes ligeiramente inclinados
descendentes, no sentido da entrada para saída;
•
Utilização do FIFO e entrega no ponto de consumo a baixo custo;
•
Mais armazenagem em menos espaço, pois existem apenas dois
corredores.
6.5 Cantiliver
Ideal para armazenar produtos com dimensões, formas, volumes e pesos
variados, como tubos metálicos ou PVC, madeira, móveis etc.
Forma de recebimento dos produtos: todos recebidos independente de seu
tipo deverão ser padronizados para que se projete uma estrutura adequada.
Equipamentos especiais para otimizar operação empilhadeiras laterais com
patola retrátil e pontes rolante.
7. Gestão de Estoques
7.1 Logística Integrada
É o gerenciamento do movimento e estocagem de matéria-prima,
componentes, material em processo e produtos acabados por toda a empresa, dos
fornecedores, fabricação até a entrega final aos clientes.
Também estão envolvidos fluxos inversos de materiais, tais como devoluções
de material de embalagens (paletes, recipientes, etc), produtos não conforme, itens
para reparos, reciclagem ou descarte.
Além disso, existem fluxos de informações em ambas as direções, associados
a todos os movimentos de mercadorias (TI, EDI, ECR, etc).
7.2 Evolução da Logística de Suprimentos
7.3 Evolução da Logística de Produção:
7.4 Evolução da Logística de Distribuição:
7.5 Cross-docking
É um dos tipos de instalações intermediárias de um sistema de distribuição,
não para manter estoque, mas para permitir rápido fluxo de produtos aliado a baixos
custos de transporte.
As instalações do tipo cross-docking são localizadas de forma a atender a
determinada área de mercado distante de armazéns centrais e opera como
instalação de passagem, recebendo carregamento de múltiplos fornecedores que
atendem a clientes comuns.
Existem inúmeros exemplos da utilização intensiva do cross-docking nas
CADEIAS DE VAREJO.
As operações cross-docking geralmente requerem WMS (Warehouse
management system – Sistema de Gerenciamento de Armazéns), incluindo a
tecnologia de código de barra, rádio freqüência (RF), avanço na notificação do
transporte, com EDI (Eletronic Data Interchange – Intercâmbio Eletrônico de Dados),
para garantir que existe troca de informação ao longo de toda a cadeia de
abastecimento, desde o comprador até a venda final.
Com um sistema de informação apropriado, as operações cross-docking
podem controlar volumes grandes de produtos em um espaço de tempo
relativamente pequeno.
O cross-docking permite a administração dos centros de distribuição
concentrar-se no fluxo das mercadorias, ao invés de armazená-las.
7.6 Controle de Estoque:
•
Fundamental no ambiente ERP / MRPII;
•
Qualidade de informação igual ou superior a 95%;
•
Conceitos de controle total (real time);
•
Em mãos (on hand);
•
Alocado (reservado);
•
Estoque de segurança – físico ou dinâmico;
•
Disponível;
•
Controle de lote – Rastreabilidade;
•
Controle de série.
7.7 Unitização
É a carga constituída de materiais (embalados ou não), arranjados e
acondicionados de modo a possibilitar a movimentação e armazenagem por meios
mecanizados como única unidade.
Constitui uma base para um sistema integrado de acondicionamento,
movimentação, armazenagem e transporte de materiais.
7.7.1 Tipos de Unitização mais usados:
•
Paletização PBR (1,2 x 1,0 x 0,14)m;
•
Contenerização – tipos de container (2,438 e 5,1717 e 12,192 para container
de 20 e 40 pés respectivamente);
•
A dimensão de um truck equivale a um container de 20 pés e a da carreta a
40 pés. Esta multiplicidade deve-se estender até as embalagens;
•
Consolidação – agrupamento de vários recursos pequenos de produtos em
uma grande remessa para carregamento como uma unidade para obter taxas
reduzidas.
7.7.2 Tipos de Contêineres
•
Standard para carga não perecível (TEU – Twenty Equivalent Unit) 20 pés ou
40 pés;
•
High Cube – contêiner com altura maior (logo aumenta sua cubagem);
•
Flack rack – contêiner dobrável, para maximizar seu transporte vazio ou
para transportar materiais muito longo;
•
Tanque – para transporte de líquidos
principalmente, para materiais agressivos;
•
Para granéis – balsa para movimentação com carga; Open Top (20 e 40 pés)
– para materiais muito largos que não podem molhar. Entram por cima do
contêiner;
•
Plataformas – plataforma de aço. Usado para cargas muito grandes, porém
não tem muitas restrições;
•
Contêiner insuflado – chão de alumínio, revestido de aço inox, portas de aço
reforçado, refrigeradores com clip on;
•
Contêiner refrigerado – idem acima, porém deve-se encaixá-lo em um
gerador de energia;
•
Contêiner ventilado – possui um ventilador para manter a aeração da carga.
ou
gases.
São
utilizados,
8. Informações Logísticas
As informações da cadeia de suprimentos são:
Cotações;
Pedidos de compra;
Informações de qualidade;
Desenhos;
Gráficos.
Uma infinidade de documentos que viabilizam as transações comerciais entre
as partes.
8.1 Gestão de Informações Logísticas
Existe um sistema para a gestão e troca de informação entre empresas
participantes de uma cadeia de suprimentos, usando a Internet como sua rede de
comunicação. As empresas podem se comunicar diretamente com
fornecedores, representantes e clientes, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
seus
Tudo isso com maior facilidade, agilidade e segurança que os métodos
convencionais, como malote, correio, telefone ou fax. E a um custo muito menor que
qualquer sistema de EDI (Electronic Data Interchange)
Supply Chain não é um conceito novo. É a cadeia de suprimentos formada
pelas empresas na produção de algum bem ou serviço. Um exemplo milenar de uma
supply chain é a produção de vasos de cerâmica. Um fornecedor de argila abastece
o oleiro, o qual fará a peça, que será transportada para o mercado e adquirida pelo
consumidor final.
Este processo é chamado de cadeia de suprimentos. Em um sentido há o
fluxo de bens e serviços tangíveis - matéria prima, industrialização, manufatura,
transporte e comercialização. No outro, um fluxo de um bem intangível - a
informação - que corre por toda a cadeia. São cotações, pedidos de compra,
informações de qualidade, desenhos, gráficos e uma infinidade de documentos que
viabilizam as transações comerciais entre as partes.
9. Equipamentos de Movimentação
9.1 Transpaletes
9.1.1 Manual Hidráulico SAS
•
Capacidade de carga 2500 ou 3000 Kg;
•
Comprimento dos garfos 1220mm;
•
Comprimento total 1600mm;
•
Altura total 1200mm;
•
Dist. Externa dos garfos 550 ou 680mm;
•
Dist. Interna dos Garfos 250 ou 380mm;
•
Altura de elevação 802mm;
•
Corredor operacional 210mm;
•
Peso do equipamento 86Kg.
9.1.2 Modelo EGU
•
Tração elétrica (p/frente-trás);
•
Direção e todas as funções na cabeça
de comando inclusive chave de
segurança;
•
Transpalete compacto;
•
Opera em corredor de 2045 mm;
•
Fácil dirigibilidade equipado de
Combi-instrumento (horímetro com
indicação digital e controlador de
carga de bateria por leds com
desligamento
automático
de
elevação);
•
Capacidade de carga: 1400, 1600, 1800 e 2000Kg.
9.1.3 Modelo EGU-20-s
•
Com plataforma para operador;
•
Tração elétrica (p/frente-trás);
•
Direção e todas as funções na cabeça de comando inclusive chave de
segurança;
•
Opera em corredor de 2565 mm com plataforma e em corredor de 2045 mm
com a plataforma recolhida;
•
Equipamento de fácil dirigibilidade equipado de Combi-instrumento (horímetro
com indicação digital e controlador de carga de bateria por leds com
desligamento automático da elevação);
Capacidade de carga: 2000 Kg.
•
9.2 Empilhadeiras de operador a pé
9.2.1 Modelo EGV 10 (1000 Kg) e EGV 12 (1200 Kg)
•
Tração e elevação elétrica;
•
Corredor de operação: 2090 mm (AST), com palete de 800 x 1200 mm;
•
Elevação até 3725 mm;
•
Exclusivo poder de recuperação de energia na frenagem ou desaceleração;
•
Maior autonomia.
9.2.2 Modelo EGV 14 (1400 Kg) e EGV 16 (1600 Kg)
•
Tração e elevação elétrica;
•
Corredor de operação: 2260 mm (AST), com palete de 800 x 1200 mm;
•
Elevação até 4224 mm versão com torre telescópica, e 54666 mm na versão
torre triplex;
•
Exclusivo poder de recuperação de energia na frenagem ou desaceleração;
•
Maior autonomia.
9.3 Rebocadores
9.3.1 Modelo R 606-06
•
Capacidade para rebocar Kg 6000;
•
Capacidade de carga da plataforma
150Kg;
•
Largura do equipamento 910 mm;
•
Comprimento do equipamento 170mm;
•
Rodagem Super-elástica
System SIT;
•
Equipamento de iluminação, com 02
lâmpadas/faróis;
•
Dispositivo de reboque com 3 estágios;
•
Display no compartimento para operador com: indicador de posição da roda
de direção, horímetro, indicador de freio e de fluido de freio, ‘flashing
display’para trator e trailer, controlador de descarga de bateria (para
segurança contra desgaste profundo), indicador de desgaste das escovas de
carvão, luz de alerta para superaquecimento do motor e sinalização de alerta
para operações erradas;
•
Freios hidráulicos;
•
Freio de estacionamento fáceis de engatar;
simples
–
•
Freio regenerativo (retorno da energia à bateria = maior autonomia);
•
Pedais no estilo automotivo;
•
Sistema de iluminação composto por 02 faróis frontais, setas de sinalização,
luz de ré, luz de freio e término de trabalho, luz de placa e faróis traseiros.
9.4
Empilhadeiras Retráteis
9.4.1 Modelo FM
•
Empilhadeira elétrica com mastro retrátil, operador sentado;
•
A mais veloz e moderna empilhadeira, na categoria lateral/retrátil, entre todas
as concorrentes internacionais;
•
Torre Triplex, 48 volts;
•
Capacidade de carga: 1200, 1400, 1700 e 2000 Kg, nos modelos FM;
•
Nas variações FMQ 2500 Kg e EFSM até 3200 Kg;
•
Elevação de 5165 mm até 10225mm.
9.5 Empilhadeiras Frontais
9.5.1 Modelo R 50, elétrica
•
A empilhadeira mais vendida no mundo na categoria três rodas elétrica;
•
Capacidade de carga: 1000, 1200, e 1500 Kg Elevação até 6390 mm;
•
Versão especial contêiner: elevação 4340 mm e torre triplex abaixada a
1990mm;
•
Empilhadeira com 3 rodas, 2/1, com roda de tração traseira e unidade básica
de chassi resistente à torção;
•
Alta estabilidade devido ao baixo centro de gravidade, com maior eficiência de
direção com reduzida perda de energia. Economia de até 30% de energia
devido ao único motor de tração e direção na roda traseira, comparado aos
normais dois motores de direção nas rodas dianteiras;
•
Elevação básica, com capacidade total de carga;
•
Sistema STILLTRONIC de tração que permite aceleração suave, sem escalas,
com maior segurança no transporte de cargas frágeis;
•
Indicador eletrônico da carga mínima de bateria (20%) através de leds com
Horímetro integrado;
•
Sistema de Diagnóstico que faz o monitoramento de escovas contatoras,
falhas de direção, corrente integral, sensores de temperatura e proteção dos
componentes eletrônicos;
•
Sistema servo freio/pedal e freio de mão, no mesmo estilo automotivo. Com
freio de ajuste automático para compensação dos desgastes de lonas de
freio;
•
Rodagem Super-elástica.
9.6 Empilhadeiras Trilaterais
9.6.1 Modelo MX 10 e MX 13
Modelo MX 10
Modelo MX 13
Capacidade de carga 1000 Kg
Capacidade de carga 1350 Kg
Elevação máxima 7930 mm
Elevação máxima 7830 mm
•
Cabine com teto de proteção do condutor, assento e mesa de comando com
botão de direção;
•
Iluminação de cabine e dois espelhos retrovisores;
•
Assento do Operador com ajuste hidráulico e amortecimento hidráulico,
regulável para peso, bem como frente/trás e ergonomia, com revestimento em
tecido;
•
Aparelho desatador com cinto de segurança e freio automático;
•
Garfos giratórios;
•
Elevação adicional;
•
Display com horímetro, mostrador de carga de bateria, combina com
desligamento da elevação;
•
Mostrador-controle por LED’S de movimentos (andar, elevar e elevação);
•
Múltiplas alavancas para elevar, abaixar, empurrar e girar;
•
Pedal simples com chave – interruptor da carga;
•
Direção eletro/hidráulica;
•
Comando eletrônico por impulsos para tração e elevação;
•
Comando hidráulico com válvulas proporcionais;
•
Computador lógico programável (CLP);
•
Sinaleira de alerta rotativa, amarela, pisca em todos os movimentos de
trabalho;
•
Luz de leitura/iluminação de trabalho;
•
Iluminação de cabine com dois faróis (Lâmpadas de trabalho regulável);
•
Desligamento função andar em determinada altura e fora dos corredores;
•
Direção mecânica forçada – trilhos guia – roletes-guia: Chave de guia, com
sensor ótico.
9.7 Selecionadoras de Pedidos
9.7.1 EK 11
•
Capacidade de carga 1100Kg;
•
Elevação a 5480 mm e seleção a 7320mm.
9.7.2 EK 12
•
Capacidade de carga 1200Kg;
•
Elevação a 6480 mm e seleção 8320mm.
Seleção de empilhadeiras:
Dimensões externas;
Carga máxima à altura do piso;
Carga máxima à altura e máxima em Kg;
Tipo de palete;
Área de trabalho – interna, externa ou mista;
Tipo de piso;
Se possui rampas e quantas;
Temperatura de trabalho – ambiente ou câmara frigorífica;
Condições de depósito – altura da porta ou túnel por onde a empilhadeira
deverá passar;
Altura da última prateleira;
Pé direito livre;
Comprimento necessário do grafo;
Largura dos corredores;
Tensão elétrica do depósito;
Condições de operação – turnos de trabalho, máquinas necessárias.
10.
Operadores Logísticos
Apesar da prática antiga, a terceirização de serviços logísticos, na forma
conhecida hoje, se constitui numa das novas tendências da prática empresarial
moderna, principalmente dentro dos conceitos do Suplly Chain Management. A
contratação de serviços logísticos de terceiros aumentou 16,5% nos Estados Unidos
em 1999, atingindo o valor de 45,3 bilhões de dólares (Wilson, R., Delaney,R.,
2000). Considerando que este valor girava em torno de 15 bilhões de dólares em
1994 (Sink et al.,1996), o setor vem crescendo ultimamente a taxas médias de
aproximadamente 25% ao ano. Esse não é um fenômeno limitado ao território norte
americano, refletindo uma tendência mundial.
No Brasil, já se nota também uma nítida inclinação das empresas a lançar
mão do outsourcing (terceirização) de serviços logísticos.
Conceituação de Operador Logístico
A ABML (Associação Brasileira de Movimentações Logísticas) define
operador logístico como sendo o fornecedor de serviços logísticos, especializado em
gerenciar todas as atividades logísticas ou parte delas, nas várias fases da cadeia
de abastecimento de seus clientes, agregando valor ao produto dos mesmos, e que
tenha competência para, no mínimo, prestar simultaneamente serviços nas três
atividades básicas: controle de estoques, armazenagem gestão de transportes.
10.1 Classificação das Atividades Logísticas
As várias atividades logísticas, susceptíveis de serem sub-contratada, podem
ser agrupadas de acordo com a sua posição na cadeia de suprimentos. Identificamse dois grandes grupos (logística de suprimentos e logística de distribuição) e seis
sub-grupos, que representam portfólios de atividades de natureza variada, como:
atividades específicas de administração de materiais, atividades da administração de
materiais junto à manufatura, atividades de distribuição física junto à manufatura,
atividades específicas da distribuição física, atividades da distribuição física junto ao
cliente do fornecedor, atividades da distribuição física junto ao consumidor.
Alguns operadores logísticos se ocupam do conjunto de atividades
relacionadas a um dos dois grupos, chamados respectivamente de logística de
suprimento (inbound logistics) e logística de distribuição (outbound logistics). A
operadora logística canadense TNT, por exemplo, é a responsável pela logística da
moderna fábrica da General Motors, no Rio Grande do Sul, para a qual dá apoio à
produção, trabalhando num sistema just-in-time. Essa operadora logística executa a
atividade de natureza diversa, de forma a assegurar que todos os componentes
cheguem à linha de produção no momento certo, sejam os fabricados dentro do
complexo industrial, sejam os que têm origem noutros pontos do país ou do exterior.
10.2 Classificação dos Prestadores de Serviços Logísticos
Algumas classificações são baseadas simplesmente na atividade de origem
das empresas: transporte, armazenagem, embalagem de produtos, importação,
exportação, etc. Contudo, uma das classificações mais referenciadas na literatura,
apresentada por Africk e Calkins (1994), identifica dois grupos básicos de
prestadores de serviços, gerando um terceiro grupo, denominado híbrido. O
parâmetro que diferencia os dois tipos principais de PSL é a base da oferta de
serviços. Assim, temos:
•
PSLs baseados em ativos, ou seja, empresas que detêm ou alugam a
terceiros ativos tangíveis e oferecem outros serviços logísticos, como
ampliação natural de sua atividade central. É o caso, por exemplo, de
uma companhia de armazéns, que
pode fornecer serviços de
embalagem, etiquetagem ou montagem final, além de serviços
tradicionalmente ofertados aos clientes;
•
PSLs baseados em administração e no tratamento da informação: são
empresas que operam na administração de atividades e que não
detêm ou alugam ativos tangíveis, mas fornecem a seus clientes
recursos humanos e sistemas para administrar toda ou parte de suas
funções logísticas.
O tipo híbrido ou integrado, corresponde aos PSLs que oferecem serviços
logísticos físicos e administrativos ao mesmo tempo.
10.3 Desafios aos Operadores Logísticos
10.3.1 Operadores Logísticos e o Comércio Eletrônico
A tendência de crescimento da indústria de serviços logísticos parece estar
sendo fomentada adicionalmente por outros fenômenos, que vêm ganhando espaço
nas discussões, como é o caso do comércio eletrônico, principalmente nos países
emergentes, como o Brasil.
No que se refere ao comércio eletrônico B2C (business-to-consumer), por
exemplo, a expectativa é de aumento substancial nos próximos anos. Na verdade
essas novas formas de comércio têm se expandido significativamente. Grandes
empresas varejistas nacionais vêm utilizando essa forma de comercialização para
atingir novos clientes. Entre empresas, o comércio eletrônico reduz os custos de
transação significativamente. Mas, essa nova forma de comércio gera necessidades
de inovação ou de adaptação dos canais de distribuição, para atender um mercado
de dimensões ampliadas, muitas vezes global. Ou seja, a própria distribuição tende
a ser globalizada.
O comércio eletrônico permite às empresas aumentar sua participação no
mercado, mas ao mesmo tempo, exige que os sistemas logísticos sejam
configurados para atender novas características da demanda. Para o comércio B2C,
essas características são: grande número de pequenos pedidos, maior dispersão
geográfica, prazos curtos para entrega, demanda mais incerta, etc. A maior
dificuldade em atender essas demandas faz com que as empresas busquem novas
soluções, onde se destaca o outsourcing da distribuição física. Este é o caso, por
exemplo, das Lojas Americanas, que criou o Americanas.com e passou a vender no
exterior.
Na realidade, para as média e pequenas empresas, a criação de sistema
logísticos próprios, voltados ao atendimento de um mercado global, torna-se inviável,
principalmente se considerarmos as novas características dessa demanda. Mas,
como o comércio eletrônico constitui, hoje, um dos nichos de mercados mais visados
pelos prestadores de serviços logísticos, as firmas ponto-com já começaram a fazer
parcerias com empresas de encomendas expressas para atuar nesse segmento. É o
caso, por exemplo, das Danzas Logísticas e da DHL, que atenderão mais de 1.100
cidades do Brasil e 85 mil localidades no mundo.
10.4 Perfil do operador logístico
10.4.1 A competência no Armazém
COMPETÊNCIA
DEFINIÇÀO
O QUE ABRANGE:
1. Usar linguagem que possa ser entendida pelo
receptor;
COMUNICAR Comunicar
recado aos
VERBALoralmente
MENTE
2. Usar um diálogo claro que possa ser ouvido e
um
entendido;
outros
para 3. Usar um volume e tom que acompanhem as
necessidades do receptor;
assegurar que ele
seja recebido no 4. Abastecer com informação precisa;
formato pretendido.
5. Passar o recado ao receptor dentro do prazo que
garanta que a informação ainda compense.
1. Ouvir atentamente o que está sendo falado.
OUVIR
Ouvir é efetivamente 2. Encorajar mais comunicação se o recado não é
claramente entendido.
para assegurar que o
que
está
sendo 3. Entender o que não está sendo “falado”.
comunicado
seja
4. Ouvir idéias dos outros que podem ajudar na
precisamente
solução de problemas.
recebido.
1. Atender ligações e prontas claramente;
2. Identificar-se e sua organização;
Oferecer serviço de 3. Cumprimentar aquele que telefona de maneira
educada e registrar com precisão as suas
informação fazendo e
necessidades;
recebendo
telefonemas.
4. Responder as perguntas ou recorrer a alguém que
RECEBER/
REALIZAR
LIGAÇÕES
TELEFÔNICAS
possa;
5. Registrar os números de telefones com precisão;
6. Fazer ligações externas dizendo o propósito
precisamente e claramente aos receptores.
1. Ler as instruções, boletins/sinais de segurança e
entender o recado;
2. Escrever
de
maneira
positiva,
exibindo
um
LER/
propósito claro;
ESCREVER Receber e despachar 3. Definir quando a comunicação escrita deverá ser
CORRES- a comunicação por
usada em oposto à comunicação global;
PONDÊNCIA escrito entendendo a
mensagem.
4. Verificar a informação num formato de leitura
simples que possa ser entendido pelo público alvo;
5. Verificar o diálogo quanto a acuracidade;
6. Verificar com o público alvo se a mensagem foi
recebida e entendida.
1. Identificar manuais, procedimentos e instruções de
trabalho que precisam ser preparadas;
2. Avaliar exatamente o público alvo para quem a
informação é dirigida;
3. Elaborar a informação de maneira que possa ser
ELABORAR
entendida pelo público alvo;
PROCEDIMENTOS DE Preparar
manuais, 4. Verificar para que a informação esteja correta e
seja entendida pelos receptores;
DOCUMEN- procedimentos
e
TAÇÃO
instruções
de 5. Monitorar os manuais, procedimentos e instruções
de trabalho existentes para assegurar que o
resultado desejado seja obtido;
trabalho.
6. Atualizar os documentos existentes para alinhar
com as mudanças de necessidades da
empres/práticas de trabalho.
10.4.2 Operação de veículos industriais
COMPETÊNCIA
DEFINIÇÀO
O QUE ABRANGE:
1. Identificar os primeiros componentes e
características;
2. Realizar verificações pré-operacionais;
OPERAR
conhecimento da operação
CARRINHOS Operar um veículo para fins 3. Demonstrar
dos veículos;
PARA FINS gerais para atender às
PARA FINS
GERAIS
gerais para atender às 4. Demonstrar
conhecimento
necessidades de entrega de
regulamentações de tráfego;
produtos.
5. Entender
os
emergência;
das
procedimentos
de
6. Demonstrar capacidade de operar um
veículo para fins gerais.
1. Identificar os principais componentes e
características de uma empilhadeira;
2. Demonstrar
conhecimento
da
capacidade, uso e limitações de uma
empilhadeira;
OPERAR
EMPILHADEIRA
Operar uma empilhadeira 3. Entender as causas comuns de
acidentes industriais envolvendo a
para
atender
às
operação de empilhadeiras;
necessidades
de
inspeção
pré-operacional
movimentação, localização e 4. Realizar
essencial;
estocagem de produtos.
5. Operar uma empilhadeira de maneira
segura e eficiente, observando técnicas
de segurança;
6. Demonstrar a habilidade de operar uma
empilhadeira de maneira que resultará
na emissão de um certificado de “’
habilidade”.
1. Realizar verificações pré-operacionais;
Operar uma transpaleteira 2. Operar da maneira prescrita pelo
OPERAR
fabricante;
para
atender às exigências
TRANSPALEno
transporte
de
produtos
TEIRA
3. Observar precauções de segurança.
dentro do armazém.
Operar rebocador para tender 1. Realizar verificações pré-operacionais;
às
necessidades
de 2. Operar da maneira prescrita pelo
OPERAR
fabricante e pela organização;
REBOCADOR transportar carretas dentro do
armazém
na
separação
de
ELÉTRICO
3. Observar precauções de segurança.
pedidos.
1. Ler e registrar leituras de pré-carga
usando o horímetro e manual de registro
de serviço;
Assegurar que os serviços 2. Carregar as baterias usando um
operados
por
bateria
carregador de três fases;
CONSERVAR permaneçam em condições
3. Ler e registrar após leituras de carga;
BATERIAS
de serviço.
4. Remover a corrosão dos terminais e
manter a bateria livre de obstruções;
5. Identificar células defeituosas;
6. Providenciar
defeituosas.
reposição
de
baterias
11.
Termos Utilizados na Logística
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Bibliografia
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