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Aqui você começa bem
Publicação do Colégio Cruzeiro - Jacarepaguá . ano III . número 4 . novembro de 2008
Fala, garoto!
Pesquisa desenvolvida pelos alunos do Ensino Médio revela
o que pensam os adolescentes do Cruzeiro Jacarepaguá.
Páginas 8 a 13
Sou migrante
O Ensino de Jovens e Adultos do
Colégio Cruzeiro recupera as
histórias de migração dos alunos
pág. 04
2 . Bom Dia Cruzeiro
E
D
I
T
O
R
I
A
L SUMÁRIO
Por dentro da adolescência
O que se passa na cabeça do adolescente? Esta é uma das perguntas que
mais intrigam pais e educadores. Foi a
partir dela que os jovens pesquisadores
do Ensino Médio realizaram a pesquisa
Perfil do Adolescente do Colégio
Cruzeiro, que procurou identificar a
opinião dos estudantes sobre alguns
dos temas que mais afetam esta fase
tão rica e complexa da vida.
Claro que não há uma resposta única
e direta para questões tão complicadas,
tampouco é nossa pretensão esclarecer
este mistério. Antes, procuramos simplesmente ouvir o que nossos alunos têm a dizer. O resultado está na matéria de
capa, que revela um pouco dos sonhos, desejos e projetos dos adolescentes.
Mas atenção: a chave de leitura pode não estar nas respostas e sim nas
perguntas. São elas que revelam, de fato, o que estes adolescentes consideram
importante em relação à política, à religião, à sexualidade, à afetividade, à família,
às drogas, ao futuro e à própria adolescência. Na sua forma de abordar os temas,
eles definem o que importa e como estas diferentes dimensões da vida são
experimentadas. Experimentação, aliás, tem tudo a ver com adolescência. Ou
não? Confira as respostas da pesquisa e dê também sua opinião.
Boa leitura.
03
Meio Ambiente
Fogão à lenha
04
Educação
Viver e aprender
06
Intercâmbio
Nas terras da rainha
Este projeto tem o apoio dos nossos parceiros
08
Matéria de Capa
Auto-retrato
14
Solidariedade
Aprendendo a compartilhar
EXPEDIENTE
COLÉGIO CRUZEIRO - JACAREPAGUÁ
Diretor
Coordenadora do 6º e 7º anos
Valdomiro Dockhorn
Orientadora Educacional do 6º e 7º anos
Vice-Diretora
Vânia Vasconcelos
Norma Benjamin
Coordenador do 8º ano ao Ensino Médio
Coordenadora do 2º ao 5º ano
João Aprígio
Fátima Lopes Acar
Dulce Motta
Orientadora Educacional do 8º ano ao
Orientadora Educacional do 2º ao 5º ano Ensino Médio
Lílian Guimarães
Maria Cecília Moreira da Costa
BOM DIA CRUZEIRO é
produzido pelos alunos do
Colégio Cruzeiro - JPA,
sob a orientação de
professores e funcionários
Revisão
Jornalista responsável
Fotolito e impressão
Carla Baiense -
Julio Bezerra
Mtb 18788
Tiragem
Edição
1.800 exemplares
Carla Baiense
Fátima Lopes Acar
Projeto Gráfico e
Diagramação
Fabiana Antonini
Meio Ambiente
Bom Dia Cruzeiro . 3
Fogão à lenha
Por Ana Flavia Delarue, Carolina Damasceno e Giuliana Possidente (turma 42)
Numa das aulas do professor José Henrique (famoso J.H. – professor de Educação
ambiental), a turma 42 foi levada para amassar o barro com a intenção de ajudar a
construir tijolos para confecção de um forno à lenha.
Nós amassamos o barro descalços (com o pé) e todas as turmas, desde o infantil até
o 5º ano, participaram também.
Depois desse processo ter terminado, nas aulas seguintes fomos ver o fogão pronto, e
realmente foi construído um belo fogão à lenha. Esperamos usá-lo em breve.
Na primeira etapa do trabalho, o terreno foi
aplainado e, com o barro retirado, os alunos
iniciaram a produção dos tijolos. Feitos com
terra crua, eles são ecologicamente corretos e
provocam um impacto ambiental mínimo
“Cozinha da Roça” foi inspirado no projeto de
fogão à lenha, desenvolvido pela Universidade
Federal de Viçosa
Depois de 15 dias, os tijolos
estavam secos e prontos para
construção do fogão à lenha. O
projeto assegura que a maior parte
dos gases emitidos durante a
queima da lenha será consumido
durante a própria utilização
Quitutes da fazenda
A cozinha da roça vai permitir que todos os
alimentos produzidos na horta do Colégio Cruzeiro –
frutas, legumes, hortaliças e ervas medicinais – sejam
processados com a participação dos alunos. Também
será um ponto de apoio às atividades pedagógicas,
enriquecendo o conteúdo tratado em sala de aula.
O 5º ano, por exemplo, está estudando a história
dos engenhos e a utilização de mão-de-obra escrava
na economia do período colonial. Para aprender um
pouco mais sobre o tema, vai processar a mandioca
plantada no Colégio e produzir farinha, um dos
produtos fabricados pelos escravos. Depois de
preparado, o alimento será torrado no fogão à lenha e
servido aos alunos.
O 4º ano também está estudando o Brasil
colônia. Para enriquecer as aulas, vai
conhecer o processamento da cana de
açúcat, desde o plantio até a produção do
melado, que será feito no fogão à lenha em
tachos de cobre. A Educação Infantil vai
preparar o Pão de Minuto, relembrando as
receitas deliciosas de Tia Anastácia, do Sítio
do Pica-pau Amarelo
Educação
4 . Bom Dia Cruzeiro
Viver e aprender
A partir das suas próprias histórias de vida, jovens e adultos do programa
de alfabetização do Colégio Cruzeiro desenvolvem o gosto pela escrita
Por Liliana Pereira de Freitas
Dona Maria José tem 43 anos, nasceu no Nordeste e só veio para o Rio de Janeiro aos 17 anos.
Romário, de 32, é baiano, e chegou ao Rio ainda na
infância. Além do fato de serem migrantes, eles
têm uma outra história em comum: não tiveram,
quando crianças, a oportunidade de freqüentar a
escola regularmente. Agora, eles fazem parte do
EJA, o programa de Educação de Jovens e Adultos
do Colégio Cruzeiro Jacarepaguá.
As aulas do EJA acontecem, todas as noites,
numa sala do Retiro dos Artistas e os alunos estão
em diferentes estágios de aprendizado. O
programa utiliza a metodologia e os materiais
didáticos adotados pela rede municipal na
alfabetização de adultos.
Ao longo do primeiro semestre, o grupo desenvolveu um trabalho sobre migrações. Através dele,
os alunos puderam contar suas histórias de vida,
trocando informações sobre a cultura local e apropriando-se da palavra escrita.
O trabalho teve início com a proposta do livro
“Viver e Aprender”, utilizado pela turma de alfabetização. A partir do significado das palavras
Mi
gra
ção e Migrante e da diferença entre elas,
Migra
gração
vários alunos relataram suas lembranças dos lugares e dos acontecimentos que viveram antes de
chegarem ao Rio de Janeiro. Outros, já nascidos
na cidade, contaram suas lembranças de família.
Os registros destas histórias aparecem nos textos,
nos desenhos e também nas cores e sabores da
culinária regional, como revelam os relatos, as
imagens e as receitas que selecionamos.
História de um migrante
“Valdi Rodrigues de Santana nasceu em Recife.
Aos 62 anos, pernambucano, tem a profissão de
motorista. Veio morar no Rio de Janeiro em 1954.
Foram oito dias de viagem no navio “Raul Soares”,
com os pais e 10 irmãos pequenos. O pai, motorista
e mecânico, como não tinha casa própria, foi morar
em Bangu e depois em Jacarepaguá, de aluguel.
Foi muito difícil a vida com as crianças pequenas,
mas venceram. Os filhos cresceram e estudaram e
se formaram. Os quatro filhos maiores casaram, a
mãe morreu e os filhos menores ficaram morando
cada um com um dos irmãos casados. Passaramse anos, casaram todos e formaram suas famílias.”
Na Festa da Migração, alunos e professores comemoraram o sucesso do projeto que resgatou as histórias
de vida dos migrantes que vieram para o Rio em busca de melhores condições
“Eu sou Romário Juracy Chaves, nascido na
Bahia. Eu tenho 32 anos. Moro na Cidade de Deus,
mas fico no Retiro dos Artistas, onde trabalho. Vim
para o Rio de Janeiro criança, com meus pais. Vivi
toda infância no Rio. Fui morar na Cidade de Deus.
Depois, a minha irmã veio para cá com a minha
tia. Eu ia para o Jardim Botânico, onde eu engraxava
sapato. As belezas do Rio de Janeiro são o
Corcovado, Barra, Recreio, Jardim Botânico, São
Conrado, Cristo Redentor e Praia de Copacabana”.
“Eu sou migrante. Marenita de Souza Vidal, 73
anos, nasci em Campos, vim para o Rio de Janeiro
com os meus pais para melhorar o modo de vida e
trabalhei muito como doméstica. Com 25 anos me
casei. Tive dois filhos, que já estão casados, e tenho
quatro netos. Somos muito amigos. Sinto saudade
da roça e da lavoura, mas foi muito sacrificado. A
cidade do Rio é muito bonita e sou muito feliz. Estou
muito contente por ter esta oportunidade de estar
estudando neste projeto do Colégio Cruzeiro”.
Educação
Bom Dia Cruzeiro . 5
“Maria Silva do Nascimento, nasci em Muriaé.
Eu vim da minha terra com quatro anos de idade. A
minha mãe me deu para uma família do Rio. Eu
sou filha da dona Iza, a pessoa que me criou.
Cheguei aqui na rua Luiz Beltrão. Não tinha nada,
era uma roça, nem rua tinha. Só tinha sítio, fazenda
e muito gado. Até hoje eu moro no mesmo lugar”.
“Eu sou Maria José, tenho 43 anos e sou nascida
na região Nordeste. Vim para o Rio com 17 anos.
Moro na Rua Retiro dos Artistas, tenho dois filhos e
uma neta. Ela vive com a vovó e tem quatro anos.
O nome dela é Maria Clara. Os nomes dos meus
filhos são Devid e Jeferson e meu esposo se chama
Francisco. Eu nasci em Campina Grande, vim para
cá com a minha tia Tereza. Fiquei na casa dela três
meses, depois fui trabalhar no restaurante Viena,
no shopping da Barra da Tijuca. Fui visitar minha
mamãe uma vez em Campina Grande e fiquei
muito feliz. Aqui no Rio de Janeiro é melhor para
trabalhar. Eu agradeço a Deus pela minha vida.
Bendito seja o Senhor, minha rocha e meu rei!”
“Maria José da Silva Dias, nasci em Passo de
Camaragibe, em 1982. Vim para o Rio de Janeiro
em 2007, para trabalhar. Eu vim com o meu marido
e a minha filha. Nós viemos para a casa do meu
cunhado. Depois, conseguimos emprego e
saímos da casa dele e fomos para a nossa casa. Eu
comecei uma nova vida. Eu coloquei minha filha
no colégio e o colégio é muito legal. Eu estou muito
satisfeita. O meu marido está trabalhando na
fábrica da Coca-cola e eu estou em casa, mas estou
procurando emprego. Estamos bem, muito
melhor do que lá em Maceió”.
História de um migrante em Alagoas
A minhã irmã se chama Jane Barbosa e tem 70
anos. Ela é casada, tem 5 filhos e não trabalha,
porque tem uma pensão que é do pai, porque meu
pai era militar. Ela gosta muito de Alagoas, porque
a minha vovó morava lá.
O esposo da minha vovó tinha um sítio e nós
íamos todos para o sítio. A minha irmã gosta da
cidade que ela mora, porque ela está acostumada
com o lugar, mas o lugar é muito calmo para ela,
porque lá tem um rio.
Eu fui para lá e ela estava doente e eu tive que ir
de avião para chegar mais rápido na casa dela.
Quando ela me viu, ficou alegre. Eu tive que andar
de barco e subir na pedra para chegar ao Rio São
Francisco e fiquei com muito medo. Eu passei dez
dias na casa dela e foi muito bom.
Canjica
Receita escolhida
por Luiz Fabiano
Ingredientes
· 500g de milho para
canjica
· 1 lata de leite condensado
· 2 paus de canela
· 1 litro de leite
· 200 ml de leite de coco
· 1 colher (sopa) de manteiga
· sal a gosto
“Luzia Wandermurem, 73 anos, costureira,
moradora da cidade do Rio de Janeiro. Sou nascida
no Espírito Santo, morei 30 anos naquele lugar, me
casei e em 1966 mudamos para o Rio. Aqui chegando,
morei na casa da minha cunhada por seis meses e
comecei a costurar para uma alfaiataria. Em seguida,
aluguei uma quitinete e morei lá por sete anos. Foi
um sufoco, porque eu estava costurando por conta
própria. As freguesas tinham que provar as roupas
no banheiro, mas mesmo assim continuei
trabalhando muito e consegui comprar a minha casa.
Fiz uma grande reforma, que ficou muito boa. É lá
que estou morando, feliz da vida, até hoje”.
“Sou Matilde Ramona de Oliveira, matogrossense e comerciante. Sou casada, tenho um filho
de 14 anos e vim para o Rio de Janeiro em 1981.
Conheci o meu marido numa boate, no centro da
cidade. Trabalhava na casa do doutor Ivan como
empregada doméstica, na Rua Vieira Souto, em Ipanema. Morava no meu emprego e nos fins de semana eu ia para casa de amigos. Nós saíamos para o
Pão de Açúcar e também para a praia. Trabalhei na
casa do doutor Ivan até me casar e comecei uma
nova vida! Já estou no Rio de Janeiro há 29 anos.
Hoje sou uma microempresária”.
Modo de Preparo
Coloque o milho de molho de um dia
para o outro, troque a água e ponha na panela
de pressão juntamente com os paus de
canela, de 30 a 40 minutos. Resfrie e observe
se o milho está macio. Se necessário, ponha
no fogo mais alguns minutos.
Quando o milhor estiver macio,
acrescente o leite condensado, o leite de coco,
o sal e a manteiga. Misture bem e acrscente o
leite fervente. Deixe ferver e desligues o fogo.
Aguarde que esfrie um pouco e sirva
salpicado de canela em pó.
O caldo fica bem cremoso, mas, quando
esfria, torna-se muito grosso; para reaquecer,
será necessário colocar mais um pouco de leite.
Intercâmbio
6 . Bom Dia Cruzeiro
Nas terras da rainha
fotos de arquivo pessoal
Por Rosane Thiebaut
Passar semanas fora de casa, conhecer outras culturas,
falar uma língua diferente. Viagens de imersão em outro
idioma trazem sempre uma série de novas experiências
para jovens e adolescentes que se arriscam a pisar em
terras estrangeiras em busca de conhecimento.
Em julho, um grupo de 27 estudantes do 9º ano do
Colégio Cruzeiro embarcou rumo a Salisbury, Inglaterra,
para uma viagem de três semanas, acompanhado das
professoras Rosane Thiebaut e Eneida Scherer.
Hospedados em casas de família - homestay - ou no
campus da escola, cumpriram uma rotina diária de três
horas de aula na Salisbury School of English, pela manhã,
e atividades culturais, esportivas e sociais, com jovens
de diferentes nacionalidades, à tarde e à noite.
Além disso, os alunos tiveram a oportunidade de
fazer vários passeios e excursões pelo Reino Unido, tais
como Cardiff, Stonehenge, Oxford, Bournemouth, Bath,
Winchester e Windsor. Ao final, alguns alunos ainda
fizeram um tour por Paris e Amsterdam.
Foi uma excelente oportunidade para todos aperfeiçoarem a língua inglesa e agregarem uma enorme
experiência de vida, uma visão de mundo diferente, com
mais tolerância, sem preconceitos. Ao final, todos adquiriram certificados reconhecidos internacionalmente.
Grupo do 9º ano que participou da Viagem de Imersão à Inglaterra em julho de 2008: novos conhecimentos
e muitas histórias para contar na volta ao Brasil
“In the Madame Tussauds, I could ‘meet’ Will Smith,
although it wasn’t real I felt safe with a handsome
cowboy beside me, and famous like a Hollywood
actor. There were many others famous personalities
in Madame Tussauds and I took pictures of
everything. I had a lot of fun taking pictures of my
new friends in the museum. When we were in the
horror camara, I felt very scared, but in general, I
loved the Madame Tussauds and the whole trip.”
Liz Marques, turma 91
“I won’t ever forget this trip. It was the
best ever. It means a lot to me because
I was with my friends. They made this
last month perfect. The British culture
is amazing. They are very polite and
nice. My host family was very friendly,
and the mother very happy. I visited
many cool places. We used to go every
Monday and Thursday to the disco.
And at the end of the trip we went to
Paris. The hotel was perfect and Paris is very beautiful. I met people from
every country in the world. And I met other students from Brazil.”
Maria Fernanda Brum Ribeiro, turma 93
“I think this is the best Picture to describe
what was happened to me in England. Of
course going to another country, knowing
its culture and some really nice places of
it was amazing, being with my best
friends and knowing new ones was
wonderful, but finding my true love was
priceless. It was, is and will always be love.
But, that’s not the point. This was my case.
What you really should know is that no
matter your gender, if you are in a group
or alone, how old you are or who you are, an interchange is always a unique
experience in with you’ll find out more about either, other people and even
about yourself, learn another language as well as how to take care of your one
and realizing what is to be independent. It’s really worth trying.”
João Gabriel Thiebaut Jardim, turma 93
“My trip to England was perfect. I could
make friends from other countries who
I’m still in touch with. There and I also
had the opportunity to get to know
other friends better. I learnt more about
myself and another culture.”
Mateus Alves, turma 93
Intercâmbio
Bom Dia Cruzeiro . 7
“In July 2008 I have gone to England and to
Paris and everything was very good, really
perfect! I met people from Spain, Kazakhstan,
Italy and others. In England, I have stayed in
Salisbury with a host family with another girl
from Spain. She is very funny, and special. My
host mum is very nice. Every day I went to the
school, then all of my friends and I went to the
center to eat and to buy a lot of things. After
leaving the center, I went to my host house to
take a shower and to change my clothes. Then
I went to the Disco or to a Barbecue. This trip was really important for me, and
Joana Figueira, turma 93
I will never forget it.”
“This Trip was amazing! I learned a lot
about British people and the English
language. I made lots of friends: Spanish,
Italian and Russian. Salisbury is a
wonderful city and I had a good time in
this trip. I had a lot of fun with my Brazilian
and Spanish friends. I still talk to my
Spanish friends through MSN. After
Salisbury I went to Paris. It was great. I
loved the trip and I had a great experience
Rebecca Jardim, turma 93
of life.”
“This trip was wonderful. I loved
travelling with my friends and sharing
each moment with them. Each laugh, the
famous English rain, the fast-food, having
met new friends, purchases and photos
were memorable! This trip will be
unforgettable in all ways, and certainly
will be kept in my heart for the rest of my
life, mainly for having started dating.”
Juliana Ramos Vianna, turma 92
“Well, I was wondering which would be
a typical photo of England, so I’ve
chosen this one. In this photo there’s a
soldier wearing the Windsor uniform. It
is common for people to confuse the
uniform of the guard of Buckingham and
the uniform of the Windsor guard.
Nowadays the soldiers are not so serious
as people say. In fact they’re like a statue
that people can take photos with.
Something interesting is that the official
castle of the queen is the Buckingham one, but she also has the summer
castle which is for me much more fascinating than the Buckingham one.
In the Buckingham castle it is prohibited to go inside it, but in the Windsor
one is free and we can visit it. All the rooms into the Windsor castle were
made of gold and there were a lot of pictures of lords, kings and queens.”
Thales Barbosa, turma 92
“This trip was amazing for me, I meet
new friends and went to new places,
but people in St. Mary’s were very
close. In every problem or every funny
thing we were together as a real family.
By the end, there were two mixed
feelings: happiness, for all the great
things that happened, and sadness, for
the fact that the best experience of my
life had finished.”
Nathalia Quilelli, turma 92
“Despite the huge responsibility, taking my
students to England was one of the most
exciting trips of my life. We could visit different
places, learn about different cultures and
lifestyles, meet people, improve the language,
taste new food, and so on. We became aware
of the fact that we are just a tiny part of the
world... There is much more to see and learn
abroad than we can imagine. Great experience
and knowledge for the rest of our lives!”
Teacher/Group Leader Rosane Thiebaut
“Travelling abroad with some of my students was a great opportunity to
know them better sharing and enjoying interesting and cultural sightseeings,
parties and trips, activities that most of the times were done together.
An Exchange program is a great opportunity to improve skills, such
as Maturity, Self-Confidence and Communicativeness and at the same
time, students have the chance to be in contact with the host country
culture, learning to appreciate different lifestyles, seeing the world from a
new point of view.”
Teacher Eneida Scherer – 92 & 93
Capa
8 . Bom Dia Cruzeiro
Auto-retrato
Alunos do Ensino Médio fazem
pesquisa exclusiva sobre o perfil do
adolescente que freqüenta o Cruzeiro
Por Edir Mello
O que pensam os adolescentes, quais suas motivações, suas perspectivas e
projetos futuros? Essas foram algumas das questões que os alunos da 1ª série do
Ensino Médio investigaram, ao longo do segundo trimestre de 2008. O resultado
foi apresentada na pesquisa “Perfil do Estudante do Colégio Cruzeiro”. Contudo,
mais do que desvendar este universo que muitas vezes parece pouco inteligível
e cheio de nuances, a maior importância do projeto foi propiciar aos nossos
estudantes a iniciação científica, a partir de uma temática próxima à realidade
deles e, por isto mesmo, estimulante.
A pesquisa foi desenvolvida utilizando a técnica de entrevistas por questionário semi-aberto. Os alunos foram divididos em grupos de trabalho e
cada um deles ficou responsável por um tópico a ser analisado: adolescência,
afetividade, drogas, família, política, projetos de vida, religiosidade e sexualidade. Foram aplicados mais de 300 questionários a entrevistados entre 14
e 17 anos. Após a coleta de dados e tabulação do material, os grupos apresentaram os resultados através de seminários, assistidos por colegas de turma e
professores. Abaixo, alguns dados da pesquisa.
Grupo da 1ª série do Ensino Médio na aula de Sociologia: apresentação dos
resultados da pesquisa foi acompanhada de um debate sobre as respostas
encontradas para os temas tratados
O jogo de poder na ótica dos adolescentes
Por Alain, Beatriz Matafora, Daniel Bastos,
Gabriela Braz e Hugo Bueno
As decisões políticas tomadas no futuro serão
responsabilidade das próximas gerações. Em um
mundo globalizado, com constantes conflitos e
crises, é fundamental ter segurança na eleição
dos nossos representantes políticos. As crianças,
que hoje freqüentam escolas e creches, serão a
população majoritária, os cidadãos com direito
ao voto e até os representantes do povo nos Três
Poderes, exercendo a democracia e trabalhando
o mais arduamente para o bem do país e dos que
aqui residem.
Por isso é tão importante entender o que os
futuros eleitores pensam e o grau de interesse
deles pela política. Na pesquisa feita com os
Para 72% dos adolescentes as CPIs não
têm efeito sobre a postura dos políticos
corruptos. Os outros 28% ainda acreditam nesta prática como punição.
estudantes do Ensino Médio, foi possível
observar a opinião dos adolescentes em relação
à política brasileira. Em breve, serão eles os
responsáveis por decidir o futuro do país. Confira
a posição dos 25 estudantes entrevistados sobre
o quadro político atual.
A primeira questão da pesquisa se relaciona
ao nível de conhecimento da situação política
em que o país se encontra hoje e o interesse do
adolescente em manter-se atualizado sobre o
tema. Os resultados foram equilibrados: 52% dos
participantes dizem que acompanham o quadro
político do Brasil. Os 48% restantes não se
interessam pelos acontecimentos políticos.
A segunda questão aborda o maior instrumento
para o exercício da democracia: o voto. Segundo
a pesquisa, 84% dos entrevistados são a favor desta
prática. Os demais - 16% - se dizem contra. Este
resultado revela que a maioria preza pela democracia e acredita que ela corresponda a um sistema
funcional de organização política.
A pesquisa também abordou temas polêmicos,
como o desempenho do atual presidente da
República e os resultados de suas medidas, desde
a primeira eleição. Apenas 12% dos estudantes se
dizem satisfeitos com o mandato do presidente
Lula, enquanto 88% se mostram descontentes
com o rendimento do governo.
Por fim, a pesquisa ouviu a opinião dos adolescentes em relação à corrupção no meio político e
às medidas tomadas quando ações ilícitas são
executadas por representantes do governo, a
partir das CPIs. O resultado foi o seguinte: 28%
ainda acreditam nestas formas de punição e 72%
dos adolescentes negam que as CPIs tenham
algum efeito na postura dos políticos corruptos.
Capa
O que nos afeta?
Bom Dia Cruzeiro . 9
Você é afetuoso?
Jovens discutem
o peso das relações
interpessoais
Namoro, amizade, relações familiares, demonstrações públicas de carinho e afeto. Um dos
temas mais caros e mais difíceis de serem tratados
com os adolescentes, sem dúvida, é afetividade.
Uma breve análise dos gráficos revela os sinais de
mudança e os momentos de continuidade na forma como os jovens vivenciam suas relações
afetivas no mundo de hoje.
O primeiro dado a chamar a atenção é o foco
de atenção dos jovens, quando o assunto é afeto.
A maioria, 44%, concentra o afeto na figura da
mãe, enquanto 4% concentram no pai. Para os
jovens, este resultado representa o papel tradicional do pai, o de “saldo bancário” da família.
Mas também se relaciona a novas configurações
familiares. Os filhos de pais separados, por exem-
A maior parte dos entrevistados
respondeu que demonstra afeto
através de palavras e de carinho.
Outros preferem não demonstrar.
plo, ficam, com maior freqüência, sob os cuidados das mães. A relação dos pais de final de semana colaboraria, assim, para enfraquecer os laços
de afeto com os filhos.
Também chama a atenção a relação entre a
importância atribuída à afetividade e a avaliação
dos entrevistados sobre sua própria situação.
Para 80% dos entrevistados é importante ser afetivo. Deste total, 56% consideram a afetividade
muito importante. Já em relação à sua própria
condição, apenas 12% se disseram pouco afetuosos ou nada afetuosos. Ou seja, 88% dos jovens ouvidos se consideram afetuosos.
Uma pergunta aberta sobre a forma como os
entrevistados demonstram o afeto no seu dia-adia revelou algumas dificuldades dos jovens em
falarem sobre o assunto. A maior parte respondeu que demonstra o afeto através de palavras e
gestos de carinho. Alguns, porém, disseram que
simplesmente não demonstram.
O desejo de demonstrar afeto, no entanto, fica
explícito quando o assunto é relações entre sexos
opostos. O grupo perguntou aos entrevistados
O que é ser um
adolescente?
Por Daniel Sá, Felipe Gouvêa,
Kevin Guerra e Pedro Mello
“É ter a responsabilidade aumentada, é uma fase de descoberta,
pois você deixa de ser criança
para se tornar um adulto”.
Você acha que é importante
ser afetuoso?
“É fazer o que quiser”.
“Ser adolescente é ter deveres,
responsabilidades, pensamento de adulto e também ter lazer
e zuar muito, pois esta é a melhor fase da vida”.
Por quem você tem mais afeto?
“É estar em uma fase de transição,
em que você tem que ser responsável por seus atos. É também
diversão, amigos, escola, etc”.
“Aprender a ter mais responsabilidade, apesar da idade, e
saber lidar com pressão”.
Como a afetividade deveria ser
demonstrada na escola?
“É ser responsável nas suas
tarefas, mas não agir como criança nem como adulto. Aproveitar esse meio termo das idades, aprender e experimentar
coisas novas”.
“É me tornar responsável e curtir muito bem a vida”.
“Viver em constante mutação e
saber conviver com ela, tendo
que, ao mesmo tempo, mostrarse estável com as mudanças
alheias e adquirir responsabilidade suficiente para conviver na
sociedade e se tornar um adulto
‘correto’, o que depende da bagagem adquirida durante a vida”.
como deveria ser demonstrada a afetividade entre estudantes
de sexos distintos em ambiente escolar. Ninguém optou pela
resposta “Não demonstrar”,
proposta entre as possibilidades.
Qual o principal espaço de socialização do jovem hoje?
Para 56%, a afetividade deve ser demonstrada livremente, enquanto
44% disseram que deve ser demonstrada com restrições.
Trabalho desenvolvido pelos
alunos Carolina Leitão, Daniel
Merelender, Edgard Pires,
Gustav Carl Skrader e
Renato Baroni
Capa
10 . Bom Dia Cruzeiro
Religião: a polêmica continua
A pesquisa dos alunos mostrou que o universo religioso ainda exerce uma influência
importante no comportamento e nas decisões dos adolescentes. Esta constatação
aparece, por exemplo, nas respostas para perguntas sobre sexo e afetividade e mais
diretamente nas questões sobre religião. Os pesquisadores ouviram a opinião de 25
jovens a respeito de suas práticas religiosas.
Os entrevistadores fizeram cinco perguntas abertas, para não restringir o leque de
respostas ou intimidar os estudantes. A pesquisa mostrou que a maioria dos pais dos
jovens ouvidos é católica – 60% do total – e que há uma tendência de os filhos seguirem
a religião dos pais.
Apesar disto, só 48% dos estudantes se disseram católicos, o que mostra um quadro
religioso mais diversificado em relação à geração mais velha.Religiões evangélicas
apareceram com maior ênfase entre os jovens do que entre os mais velhos.
Outro dado importante revelado pela pesquisa é há quanto tempo os adolescentes
seguem a religião escolhida. Religiões mais tradicionais, como a católica, geralmente são
seguidas desde o nascimento, enquanto religiões novas e em expansão – por exemplo, a
espírita – têm seguidores a menos tempo.
Quanto à negociação entre praticantes de religiões diferentes, a pesquisa mostrou
um dado curioso: quem não respeita nenhuma religião quase sempre respondeu que
teria uma reação violenta se alguém tentasse convertê-lo.
Trabalho desenvolvido pelos alunos Pedro Barros, Flávio,
Júlia, Katherine e Paulo
Na produção dos
questionários e na
interpretação dos resultados,
os jovens imprimiram sua
visão de mundo
Qual é a sua religião?
Você respeita todas as religiões
religiões??
Há quanto tempo você segue sua religião?
Qual a sua reação se alguém tenta convertê-lo?
Qual a religião dos seus pais?
Capa
Bom Dia Cruzeiro . 11
O futuro é logo ali
Talvez a pesquisa que tenha apontado mais diferenças entre o passado e o presente
tenha sido a do futuro pensado pelos jovens estudantes. A pesquisa mostra que o
ideal de casar e ter filhos ainda está presente na sociedade. Para 60% dos entrevistados,
esta possibilidade está nos planos. Mas, certamente, este já é um número que reflete
uma mudança importante em relação às gerações passadas, quando o casamento e
a constituição de uma família eram quase que obrigatórios. Para 20% dos
entrevistados, ao menos hoje, este projeto está fora do projeto de futuro, enquanto
20% ainda não se decidiram.
A forma de criar os filhos também mudou. A preocupação de outras gerações
com o acúmulo de uma herança para a geração seguinte foi substituída pelo
desejo de auto-realização. É o que apontam as repostas para a pergunta sobre o
que pretendem fazer com o dinheiro que conseguirem acumular com seu
trabalho. Enquanto 44% afirmam que vão guardar uma poupança para os filhos,
48% dizem que vão economizar e comprar alguma coisa para si.
E o tipo de bem de consumo também mostra uma mudança de perspectiva. A casa
própria, símbolo de segurança em décadas passadas, já não é o sonho de consumo
destes jovens. Para eles, o projeto de vida que merece investimento financeiro é o de
viajar muito, com 56% das respostas. Em segundo lugar vem a compra da casa, com
28% das opções, e, em último, a economia para os filhos. Mudaram os sonhos das
novas gerações ou estes são sonhos típicos de uma geração que ainda não ingressou
na maturidade?
Trabalho desenvolvido pelos alunos
Os estudantes criaram gráficos para aproveitar os resultados das
pesquisas: foram produzidos 48 gráficos, no total
Qual é o seu projeto de vida?
O projeto de vida que merece investimento financeiro é o de viajar muito, com 56% das respostas. Em segundo lugar vem a compra da casa,
com 28% das opções, e, em último, a economia
para os filhos.
Você pretende casar e ter filhos?
Qual a atividade que você mais gosta de fazer?
O que pretende fazer com o dinheiro que guardar?
O que mais impactou sua adolescência?
Capa
12 . Bom Dia Cruzeiro
Drogas: problema de polícia? As novas famílias
Para entender o que os estudantes pensam a respeito das drogas, duas
perguntas da pesquisa são fundamentais. A primeira diz respeito ao que leva o
jovem a experimentá-las. Houve um equilíbrio entre as respostas, todas bastante
reveladoras: falta de orientação, desculpa para problemas pessoais e indicação.
Pode parecer que as alternativas refletem a maneira como o grupo enxerga
a questão. Mas a última pergunta da pesquisa mostra que o caminho
apontado pelos entrevistadores estava correto. O grupo perguntou “Por
que tantos jovens de classe média alta, que têm tantas oportunidades,
acabam se viciando em drogas?”. Não havia respostas pré-definidas. Os
jovens podiam expressar sua opinião sem nenhuma influência, mas foi a
influência dos grupos sociais, os problemas pessoais e a falta de orientação,
traduzida na ausência dos pais, que voltaram a aparecer.
Tanto os entrevistadores quanto os entrevistados apontaram, portanto,
um roteiro para quem investiga ou trabalha o tema da dependência química entre os jovens. Mas, sem dúvida, a questão mais importante aparece
na visão dos entrevistados sobre a melhor forma de lidar com o tráfico de
drogas, identificado como fonte da violência no Rio de Janeiro. Para os
adeptos da política de confronto, aqui vai o recado: 53,80% acreditam que
a melhor estratégia é o investimento em educação.
Trabalho realizado pelas alunas Clara Branco, Joana Moura,
Julia do Valle, Juliana Passamani e Tatiana Pasqualette
Por que muitos jovens utilizam drogas hoje em dia?
Todas as mudanças sociais – as conquistas femininas, as novas rotinas
de trabalho, a liberdade sexual – quem diria?, foram parar na mesa de jantar.
Foi justamente lá que os adolescentes localizaram o novo retrato da família
brasileira. A dificuldade de reunir as famílias em torno das refeições, uma
velha tradição, é, na leitura dos pesquisadores, um dos sintomas mais claros
das mudanças nas relações familiares.
Não só as perguntas, mas também as repostas mostraram a importância
da mesa como ponto de encontro familiar. Os entrevistadores fizeram uma
pergunta aberta aos adolescentes: “O que a família faz para melhorar a interação
entre seus membros no dia-a-dia?”. Não havia alternativas pré-definidas para
a questão e as respostas mais comuns reforçam o resultado anterior: promover
churrascos e festas, ir a restaurantes, procurar almoçar ou jantar em casa juntos.
Por que um hábito tão comum vem se perdendo? Uma outra pergunta do
grupo ajuda a entender: “Seus pais trabalham?”. Em 84% dos casos a resposta foi
sim, revelando um dos motivos pelos quais esta tradição vem desaparecendo.
Mas outros hábitos também se modificaram. Embora uma boa parte
dos entrevistados ainda diga que ajuda em pequenas tarefas domésticas,
como arrumar a cama, lavar a roupa e a louça, uma parte importante – 40%
- declarou que não colabora. Além de revelar a atitude dos jovens, o dado
mostra uma outra mudança: a presença cada vez mais comum das
empregadas domésticas no ambiente familiar.
Trabalho realizado pelos alunos Matheus Laveglia, Igor Pireda,
Gabriel Paixão, Victor Thiete e Mateus Gusmão
Seus pais trabalham?
Para 53,8% dos jovens ouvidos, a solução para o
problema das drogas é investir em educação
Qual seria a solução para o tráfico de drogas, que
gera tanta violência no nosso país?
Para retomar o convívio, pais e filhos investem em
festas, churrascos e encontros em restaurantes
Sua família tem o hábito de ir a lugares de cultura junta?
Capa
Bom Dia Cruzeiro . 13
Sexo?
1
Se você estivesse grávida qual seria a sua atitude?
A sexualidade ainda é um tema delicado
para o adolescente. Mas, segundo a
pesquisa, o jovem está bem informado
sobre os cuidados e riscos envolvidos
Apesar de todo o apelo televisivo e da quantidade de informação a respeito do
tema, sexo ainda é um tabu entre os adolescentes. Para abordar o assunto sem invadir
a intimidade alheia, o grupo de pesquisadores usou a sensibilidade para fazer as
perguntas certas. Em vez de ir direto ao assunto, através de questões como “Você usa
camisinha?”, que poderiam constranger e intimidar os entrevistados, preferiu uma
abordagem mais sutil. Assim surgiram perguntas como “Para que serve a camisinha?”.
A intenção não era avaliar se os entrevistados tinham ou não vida sexual ativa,
mas saber como o adolescente lida com as questões que envolvem a sexualidade: a
prevenção de doenças, a gravidez precoce, a influências dos amigos, dos pais e da
religião na decisão sobre o momento para iniciar a vida sexual e a escolha do parceiro.
Dessa forma, avaliam os pesquisadores, as respostas não revelam apenas o grau
de conhecimento sobre o assunto, mas, como a educação, a religião e outras
dimensões do cotidiano influenciam sua maneira de ver o tema.
Trabalho desenvolvido por Thayane, Marina, Willians,
Igor Franz, Anna Carolina e Julia Rocha
Quando você acha que deve começar sua vida sexual?
Com quem teria relações?
Por que você acha que deve iniciar sua vida sexual?
Os alunos puderam
exercitar sua
capacidade de
apresentação em
público
Para que serve a camisinha?
Solidariedade
14 . Bom Dia Cruzeiro
Aprendendo a compartilhar
Fotos Carla Baiense
Alunos do Ensino Médio iniciam
projeto de monitoria junto aos
alunos do Inpar
De um lado, gente bem preparada, com todos os recursos e muita
disposição para ensinar. Do outro, uma meninada inteligente em
busca de uma oportunidade para aprender. Apostando nesta parceria,
os alunos do Ensino Médio do Colégio Cruzeiro iniciaram o projeto
de monitoria junto aos alunos do Inpar, instituição beneficente
localizada na Rua Edgard Werneck, em Jacarepaguá.
O projeto, que é coordenado pelo professor José Ricardo, já conta
com a participação de um pequeno grupo de estudantes do Cruzeiro,
mas espera a adesão de novos voluntários para ajudar no reforço escolar
das crianças atendidas pelo instituto. Moradoras de Rio das Pedras,
Cidade de Deus e Gardênia Azul, em sua maioria, elas dividem seu Estudantes do Ensino Médio na entrega das latas de leite arrecadadas na campanha
tempo entre as aulas na rede regular de ensino municipal e as desenvolvida pelo Colégio no segundo trimestre
atividades do Inpar, entre elas, o reforço escolar.
Para atender a esse público especial, os alunos do Cruzeiro se
preparam em reuniões semanais de planejamento das atividades.
Às segundas-feiras, eles visitam a instituição e desenvolvem o trabalho de
monitoria junto às crianças atendidas pela instituição.
Na primeira visita, além de conhecerem o espaço e os alunos atendidos
pelo Inpar, os estudantes do Cruzeiro fizeram a entrega das latas de leite doadas
pelas famílias na campanha de arrecadação desenvolvida pelo Colégio.
Atualmente, as turmas da
tarde do Inpar, que serão
atendidas pelos alunos
monitores, são divididas por
faixa etária: até 5 anos, dos 5
aos 8 anos e a partir dos 8 anos
Para a monitoria, os estudantes
indicaram as matérias que teriam mais
interesse em ensinar
Os alunos do Inpar ainda recebem
aulas regulares de reforço em
Matemática e Língua Portuguesa
A Informática é
uma das
atividades
extraclasse mais
concorridas entre
as oferecidas pela
instituição