Capítulo 5 Ventilação com Adjuvantes da Via Aérea

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Capítulo 5 Ventilação com Adjuvantes da Via Aérea
Manual de Tripulante de Ambulância de Transporte
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Capítulo 5
Ventilação com Adjuvantes
da Via Aérea
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1. Objetivos
No final desta unidade modular, os formandos deverão ser capazes de
• Conhecer os vários adjuvantes de permeabilização da via aérea;
• Compreender a aplicação prática de cada um deles na permeabilização da via aérea.
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2. Permeabilização da Via Aérea usando Técnicas Básicas
A permeabilização da via aérea e o restabelecimento da ventilação são objetivos essenciais em
SBV, com o propósito de evitar lesões por hipoxia nos órgãos nobres, em particular no cérebro.
Uma vez reconhecido qualquer grau de obstrução devem ser tomadas de imediato medidas para
permeabilizar a via aérea.
Existem duas manobras que podem ser usadas para permeabilizar a via aérea obstruída por estruturas
da via aérea superior, num doente inconsciente:
•
Extensão da cabeça com elevação do queixo;
•
Subluxação da mandíbula.
A gravidade só por si não explica a obstrução da via aérea num doente inconsciente, já que a
obstrução pode ocorrer quando um doente está na posição supina, em pronação ou em posição lateral. A
atividade anormal de vários músculos da língua, faringe, pescoço e laringe pode resultar numa incapacidade
de manter a permeabilidade da via aérea quando a cabeça está numa posição neutra ou fletida.
O uso de um tubo orofaríngeo e nasofaríngeo (descritos mais adiante) pode ser de alguma utilidade,
mas pode não ser, por si só, o suficiente para prevenir a obstrução. A subluxação da mandíbula é uma
manobra alternativa que leva a mandíbula para a frente, aliviando a obstrução causada pelo palato mole e
epiglote. Pode também ser usada quando há uma obstrução nasal e a boca precisa de ser aberta para
conseguir uma via aérea. A subluxação da mandíbula é a técnica de escolha nos doentes em que há uma
suspeita de lesão da coluna cervical.
EXTENSÃO DA CABEÇA COM ELEVAÇÃO DO QUEIXO
Na vítima inconsciente há disfunção dos músculos da língua, faringe, pescoço e laringe que pode
causar incapacidade em manter a permeabilidade da via aérea quando a cabeça está numa posição neutra ou
em flexão.
Assim, podemos ter vítimas inconscientes com obstrução da via aérea causada pelo palato mole e epiglote e
outras estruturas da via aérea superior mesmo quando se encontram em decúbito lateral ou ventral.
Geralmente, este tipo de obstrução resolve-se com a extensão da cabeça e elevação do queixo (Fig. 5.1).
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Fig. 5.1. Extensão da cabeça com elevação do queixo.
SUB-LUXAÇÃO DA MANDÍBULA
Nestes doentes a extensão da cabeça e elevação do queixo podem resultar em lesão da medula
cervical.
O método recomendado para permeabilizar a via aérea é a sub-luxação da mandíbula em combinação
com alinhamento e estabilização manual da cabeça e do pescoço.
É necessário que um tripulante mantenha a cabeça numa posição neutra.
É essencial, no entanto, permeabilizar a via aérea, já que a morte por obstrução da via aérea é mais
comum do que a lesão cervical resultante da manipulação da via aérea.
Procedimento para efetuar a sub-luxação da mandíbula
Identificar o ângulo da mandíbula com o dedo indicador;
Com os outros dedos colocados atrás do ângulo da mandíbula aplicar uma pressão mantida para
cima e para frente de modo a levantar o maxilar inferior;
Usando os polegares abrir ligeiramente a boca através da deslocação do mento para baixo (Fig.
5.2).
Fig. 5.2. Subluxação da mandíbula.
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Estes métodos simples têm sucesso na maioria dos casos em que a obstrução da via aérea resulta de
um relaxamento dos tecidos moles. Depois de cada manobra deve avaliar-se o sucesso usando a metodologia
VOS. Em caso de insucesso é necessário procurar outras causas de obstrução da via aérea. Um corpo estranho
sólido visível na boca deve ser removido usando os dedos, uma pinça ou por aspiração. Próteses dentárias
deslocadas ou partidas devem ser removidas, mas aquelas que estiverem bem adaptadas, não devem ser
retiradas já que podem ajudar a manter os contornos da face, facilitando uma boa selagem para a ventilação
boca a boca ou com máscara facial.
Acessórios simples são muitas vezes úteis, e por vezes essenciais, para manter a permeabilidade da via
aérea, particularmente quando a reanimação é prolongada. Os tubos orofaríngeos e nasofaríngeos evitam o
deslocamento do palato mole e da língua para trás num doente inconsciente, mas a extensão da cabeça ou a
protusão da mandíbula podem também ser necessários. A posição da cabeça e do pescoço deve ser
mantida com o objetivo de conseguir o alinhamento da via aérea.
3. TUBOS OROFARÍNGEOS
Os tubos orofaríngeos ou de ‘Guedel”’ são tubos de plásticos curvos e achatados, reforçados na
extremidade oral, para permitir que se adaptem perfeitamente entre a língua e o palato duro.
Existem vários tamanhos, desde tubos adequados a serem utilizados em recém-nascidos até tubos
para adultos. A escolha do tamanho do tubo deve ser feita por medição previamente à sua inserção.
Fig. 5.3. Tubos orofaríngeos.
O tubo adequado é aquele cujo comprimento correspondente à distância entre os incisivos e o ângulo
da mandíbula da vítima (Fig. 5.4).
Durante a inserção do tubo orofaríngeo a língua pode ser empurrada para trás, agravando a
obstrução em vez de a aliviar. Pode ocorrer vómito ou laringospasmo se os reflexos glossofaríngeos e
laríngeo estiverem presentes. A inserção de um tubo orofaríngeo deve ser reservada apenas para vítimas
inconscientes não reativas.
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Fig. 5.4. Medição do tubo orofaríngeo.
Se o tubo orofaríngeo não for corretamente introduzido a língua pode ser empurrada para trás,
agravando a obstrução em vez de a aliviar. O mesmo poderá acontecer se for pequeno.
O tubo orofaríngeo só deve ser utilizado em vítimas que se encontram inconscientes. Se a vítima
tiver reflexos a nível da faringe a introdução do tubo orofaríngeo pode induzir o vómito ou provocar um
espasmo laríngeo.
Procedimento para colocação do tubo orofaríngeo
1. Selecionar o tubo orofaríngeo indicado;
2. Abrir a boca e verificar se não existem corpos estranhos que possam ser empurrados para a
faringe durante a introdução do tubo;
3. Se forem visíveis retirá-los previamente à inserção do tubo;
4. Introduzir o tubo na cavidade oral em posição invertida, isto é, com a parte convexa virada para a
língua;
5. Introduzi-lo até passar o palato duro (Fig. 5.5);
6. Rodá-lo 180º, de forma que a parte côncava fique virada para a língua, e continuar a empurrar
em direção à faringe (Fig. 5.6);
7. Se a qualquer momento sentir que a vítima reage à introdução do tubo deve retirá-lo.
8. Após a colocação do tubo orofaríngeo deve ser confirmada de novo a permeabilidade da via
aérea, efetuando a pesquisa de respiração normal.
Fig. 5.5. Introdução do tubo orofaríngeo.
Fig 5.6. Tubo orofaríngeo na posição correta.
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O tubo orofaríngeo nas crianças é introduzido na posição que irá ficar na orofaríngea pois
devido á fragilidade da orofaringe das crianças a sua introdução invertida tem o risco de provocar dano e
consequente hemorragia da orofaringe.
4. TUBOS NASOFARÍNGEOS
O tubo nasofaríngeo é um tubo de plástico maleável, biselado numa das extremidades e com um
rebordo na outra extremidade (Fig. 5.7). Como o nome indica é introduzido por uma narina devendo a
extremidade biselada ficar na faringe.
Fig. 5.7. Exemplo de tubos nasofaringeos.
Este tubo é melhor tolerado que o tubo orofaríngeo no caso de doentes que não estão
profundamente inconscientes e podem ser muito úteis em doentes com mandíbulas fechadas, com “trismos”
ou com lesões maxilo-faciais. No entanto, não devem ser utilizados em doentes com suspeita de fratura da
base do crânio.
Os tubos têm tamanhos em milímetros de acordo com o seu diâmetro interno e com o comprimento.
O comprimento aumenta com o aumento do diâmetro. Os tamanhos utilizados nos adultos vão de 6 mm a 7
mm.
A inserção pode causar danos na mucosa nasal resultando em hemorragia (até 30% dos casos).
Se o tubo é demasiado longo pode estimular o reflexo laríngeo e provocar laringospasmo ou vómito.
Procedimento para colocação do tubo nasofaríngeo
1. Avaliar a porção de tubo a introduzir, medindo a distância da narina ao lóbulo da orelha ou ao
ângulo da mandíbula e usando o alfinete ou outro dispositivo proximal de segurança (que
acompanha cada tubo) para marcar essa distância no tubo, de forma a evitar a introdução
excessiva;
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2. Verificar a permeabilidade da narina (preferencialmente a direita);
3. Lubrificar o tubo usando lidocaína em gel ou similar;
4. Inserir o tubo na narina pela extremidade biselada, empurrando na vertical ao longo do
pavimento da fossa nasal, com movimentos de rotação (Fig. 5.8);
Fig. 5.8. Introdução do tubo nasorofaringeo no nariz da vítima.
5. Introduzir o comprimento calculado até que a extremidade biselada fique na faringe;
6. Se for sentida alguma resistência durante a introdução do tubo deve ser retirado e tentada a outra
narina;
Após a colocação do tubo nasofaríngeo deve ser confirmada de novo a permeabilidade da via aérea
(Fig. 5.9).
Fig. 5.9. Tubo nasofaringeo aplicado numa vítima.
5. ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES
Nas situações de obstrução parcial da via aérea por um fluido – vómito, sangue ou secreções é
necessário proceder à aspiração da cavidade oral e da orofaringe, utilizando para tal um aspirador de
secreções, de forma a manter a permeabilidade da via aérea.
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Fig. 5.10. Exemplo de aspirador de secreções.
A aspiração da cavidade oral pode ser feita com uma sonda rígida “tipo Yankauer” ou com uma sonda
de aspiração de grande calibre, sobretudo nos casos em que é preciso aspirar conteúdo alimentar espesso.
Para aspirar no interior do tubo orofaríngeo deve utilizar-se uma sonda de calibre apropriado, habitualmente
de menor calibre que a utilizada para aspiração da cavidade oral, de forma a permitir a sua manipulação no
interior do tubo.
É necessário ter em atenção que a sonda não deve ser introduzida profundamente, mas apenas o
necessário para aspirar as secreções ou outros fluidos presentes na hipofaringe, de forma a manter a
permeabilidade da via aérea.
Introduzir a sonda profundamente terá como consequência a estimulação das zonas da faringe que
condicionam o reflexo de vómito ou mesmo a indução de um espasmo laríngeo com o consequente
agravamento da obstrução da via aérea. A aspiração de secreções deve ser feita de forma cuidada para não
causar traumatismos da mucosa da cavidade oral ou da faringe. A sonda deve ser introduzida sem estar em
aspiração e ser retirada em aspiração ativa efetuando movimentos circulares suaves.
Os aspiradores de secreções permitem selecionar diferentes pressões de vácuo para utilização em
adultos ou em crianças.
A aspiração traqueal é efetuada com sondas maleáveis e estéreis com o cuidado de ser feita apenas
por breves períodos e precedida por pré-oxigenação com o oxigénio a 100%, dado que pode causar hipoxia.
6. VENTILAÇÃO COM MÁSCARA DE BOLSO
A ventilação com ar expirado pode ser iniciada em qualquer local sem recursos a qualquer
equipamento. No entanto, proporciona apenas 16% de oxigénio. Há situações em que esta técnica não é
exequível como no caso da presença de sangue ou vómito na boca ou pelo risco de infeções ou intoxicações.
Existem dispositivos que permitem interpor uma barreira entre o reanimador e a vítima e, por vezes,
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administrar simultaneamente oxigénio de forma a aumentar a concentração de oxigénio no ar expirado. São
designadas por máscaras de bolso ou pocket mask (Fig. 5.11).
Fig. 5.11. Exemplo de uma máscara de bolso ou poket mask.
A máscara de bolso é um dispositivo composto por uma máscara, com uma válvula unidirecional.
A válvula unidirecional permite ao reanimador soprar para o interior da boca/nariz da vítima. O ar expirado
pela vítima é eliminado por um orifício de escape. Fica, assim, isolada a via aérea da vítima da do reanimador.
São habitualmente transparentes para permitir detetar a presença de sangue ou vómito que possa surgir.
Algumas têm uma conexão para ligação de oxigénio suplementar.
Um reanimador único deve aproximar-se da vítima de lado. Isto irá permitir uma troca fácil entre
ventilações e compressões torácicas.
1. Coloque a máscara na face da vítima, colocando o bordo mais estreito da máscara no sulco entre
o queixo e o lábio inferior e o vértice da mesma acima do nariz;
2. Pressione a máscara contra a face da vítima com o polegar e indicador (da mão mais próxima da
cabeça) sobre o vértice da máscara e o polegar da outra mão (ou o polegar e o indicador) no
bordo da máscara junto ao queixo;
3. Coloque os restantes dedos ao longo do bordo da mandíbula de forma a fazer a elevação do
queixo;
4. Faça simultaneamente a extensão da cabeça;
5. Comprima apenas nas margens da máscara de forma a não existirem fugas de ar;
6. Sopre suavemente pela válvula unidirecional durante cerca de 1 segundo (por cada ventilação)
para que o tórax da vítima se eleve;
7. Retire a boca da válvula da máscara após insuflar. (Fig.5.12).
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Fig. 5.12. Ventilação com máscara de bolso.
7. VENTILAÇÃO COM INSUFLADOR MANUAL
O insuflador manual é o dispositivo mais frequentemente utilizado para ventilação dos doentes em
PCR ou Paragem Respiratória. É composto por um balão de material plástico autoinsuflável, com uma válvula
unidirecional, acoplado a uma máscara, semelhante à máscara de bolso.
Sem oxigénio suplementar, durante a compressão do balão, o ar é insuflado para os pulmões com ar
ambiente (21% de oxigénio). O relaxamento do balão permite que o ar expirado saia através da válvula
unidirecional e que o insuflador encha por uma válvula na extremidade oposta.
O insuflador manual tem uma conexão para ligar uma fonte de oxigénio e permite obter
concentrações de oxigénio da ordem dos 50%. Se for utilizado um sistema de reservatório de oxigénio,
simultaneamente com um débito de oxigénio superior a 10 litros / minuto, podem atingir-se concentrações
próximas dos 90%. Existem insufladores manuais de vários tamanhos: os adequados à ventilação de adultos
(capacidade de 1600 ml), os pediátricos (450 - 500 ml) e os neonatais (250 ml). Estes últimos podem, no
entanto, não permitir a correta ventilação de recém-nascidos com alguns dias ou latentes.
Existem máscaras de vários tamanhos, devendo ser selecionada uma que permita tapar
completamente a boca e nariz da vítima e que, ao ser colocada com um bordo no sulco mentoniano, não tape
os olhos da vítima.
Para aplicar ventilações eficazes, o reanimador deve ser capaz de realizar a manobra de extensão da
cabeça e, então, pressionar a máscara contra a face da vítima, enquanto eleva o queixo. Quando possível, use
a técnica com 2 reanimadores para abrir a via aérea, permitir uma selagem hermética que impeça a saída do
ar entre a face e a máscara, e aplicar ventilações eficazes, observando a elevação do tórax.
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INSUFLADOR MANUAL COM UM REANIMADOR
1. Posicione-se imediatamente atrás e acima da cabeça da vítima;
2. Colocar a máscara sobre a face da vítima, usando o dorso do nariz como guia para o correto
posicionamento;
3. Use a técnica dos dois “Cs” e dois “Es” para segurar a máscara em posição, enquanto eleva o
queixo para manter a via aérea permeável;
4. Realize a extensão da cabeça;
5. Use o polegar e o indicador de uma mão, em redor da máscara, formando um “C” e
pressionando os bordos da máscara contra a face da vítima;
6. Use os outros 3 dedos (o 3º, o 4º e o 5º) dessa mão, formando um “E” para elevar o
ângulo da mandíbula/queixo;
7. Comprimir o insuflador manual para aplicar as ventilações (1 segundo cada), enquanto observa
a elevação do tórax (Fig. 5.13).
Fig. 5.13. Ventilação com insuflador manual (1 reanimador).
INSUFLADOR MANUAL POR DOIS REANIMADORES
Os dois reanimadores podem aplicar ventilações mais eficazes que um reanimador. Quando 2
reanimadores utilizam o insuflador manual, 1 reanimador mantém a via aérea permeável e segura a máscara
contra a face da vítima (como descrito acima), enquanto o outro comprime o insuflador (Fig.5.14). Ambos os
reanimadores devem observar a elevação do tórax. As técnicas para manter a máscara em posição são as
mesmas utilizadas para o dispositivo “máscara de bolso”.
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Fig. 5.14. Ventilação com insuflador manual (2 reanimadores).
NOTA
Com a aplicação de ventilações muito rápidas ou com muita força, parte do ar irá para o estômago,
causando assim complicações graves como a distensão gástrica e comprometendo a eficácia das compressões
torácicas externas.
A distensão gástrica pode provocar complicações graves como vómitos, aspiração e pneumonia.
Para prevenir a distensão gástrica:
Leve 1 segundo para aplicar cada ventilação;
Forneça uma quantidade de ar suficiente para conseguir elevar o tórax da vítima.
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