A Sustentabilidade liga-nos ao futuro
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A Sustentabilidade liga-nos ao futuro
A Sustentabilidade liga-nos ao futuro Dados Financeiros 2013 Siemens Portugal www.siemens.pt ÍNDICE 4. 2013 – Situação Económica Global 8. Atividade Global da Siemens, S.A. 11. Atividade Comercial 16. Resultados da Siemens, S.A. 17. Evolução Previsível em 2014 18. Considerações Finais 20. Balanço 21. Demonstração das Alterações no Capital Próprio 22. Demonstração dos Resultados por Naturezas 23. Demonstração de Fluxos de Caixa 24. Anexo às Demonstrações Financeiras 63. Certificação Legal das Contas 64. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Ficha Técnica Este Relatório e Contas contém afirmações orientadas para o futuro, baseando-se em suposições e estimativas da Direção da Siemens, S.A. Apesar de considerarmos que as expetativas destas previsões são realistas, não podemos garantir que elas sejam comprovadas como certas. As suposições podem correr riscos e incertezas que podem levar a resultados factuais que se desviem na sua essência das provisões. Entre os fatores que poderão causar os referidos desvios constam, entre outros, alterações no ambiente económico e comercial, oscilações nos câmbios e nas taxas de juro, introdução de produtos concorrentes, falta de aceitação de novos produtos e serviços e alienações na estratégia da atividade. Não está prevista, pela Siemens, S.A., nenhuma atualização das previsões, nem assumimos nenhuma obrigação nesse sentido. É princípio nosso publicar todas as informações essenciais sem limitações e numa base não seletiva. As designações usadas neste relatório poderão ser marcas registadas. O uso por terceiros poderá violar os direitos dos seus proprietários. Para mais exemplares contactar Corporate Communications · Paula Baixinho Telefone: +351 214 178 665 · Fax: +351 214 178 051 [email protected] Assembleia Geral Convocatória São convocados os senhores acionistas da Sociedade para reunirem em Assembleia Geral no dia 20 de dezembro de 2013, pelas 12h00, na sede da Sociedade, com a seguinte ORDEM DO DIA: 1) Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas da Sociedade referentes ao exercício de 01.10.2012 a 30.09.2013 e sobre a proposta de aplicação de resultados, bem como proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade; 2) Eleger os membros dos Conselho de Administração (CA), Conselho Fiscal (CF) e Assembleia Geral; Eleger a Comissão para afixação dos honorários dos Corpos Gerentes; 3) Autorizar o Conselho de Administração a comprar, vender ou trespassar bens imóveis, a comprar e vender participações de sociedades já existentes e a participar na constituição de novas sociedades. 4) Tratar de qualquer outro assunto de interesse para a Sociedade. Amadora, 15 de novembro de 2013 O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Marta Maria Reynaud Pinto Leite de Areia Siemens, S.A. Sede: Rua Irmãos Siemens, n.º 1 e 1-A 2720-093 Alfragide Capital Social: 63.000.000,00 euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Amadora Pessoa coletiva n.º: 500 247 480 2013 – Situação Económica Global O início do ano fiscal de 2013 ficou marcado por mais outra desaceleração da economia global. Embora os mercados financeiros europeus estabilizassem após a declaração do Banco Central Europeu (BCE), cujo presidente prometeu fazer tudo para preservar o euro, a atividade económica mundial voltou a descer. durante os últimos meses de 2013. Contudo, devido ao fraco começo no início do ano, a recente retoma da economia global ainda não consegue atingir as taxas de crescimento anual do ano anterior. Prevê-se que o crescimento do PIB mundial abrande dos 2,7% em 2012 para 2,4% em 2013. No que se refere ao crescimento das despesas de investimento fixo global e da produção industrial com valor acrescentado – ambos indicadores importantes para a Siemens como produtor de bens de capital – a redução projetada é ainda maior: os investimentos fixos passarão de 4,1% em 2012 para 3,1% em 2013 e a produção com valor acrescentado cairá de 2,9% em 2012 para 2,1% em 2013. Dentro destes valores globais registam-se desenvolvimentos bastante divergentes. Por um lado, as economias dos países mais avançados registaram uma maior dinâmica ao longo de 2013, mas em muitos dos países emergentes a economia abrandou em comparação com as taxas de crescimento mais elevadas alcançadas no passado. O crescimento do produto interno bruto (PIB) global registou um recorde de baixa ao fixar-se em menos de 2% no quarto trimestre do ano civil de 2012, mantendo-se assim durante todo o primeiro trimestre do ano civil de 2013. Desde então, a economia mundial ganhou algum alento graças a uma ligeira melhoria da economia norte-americana, à recuperação na Europa, à estabilização do crescimento da economia chinesa (que registava um abrandamento no início de 2013) e aos progressos substanciais da economia japonesa. O crescimento do PIB mundial aumentou em mais de 3% PIB GLOBAL EM TERMOS REAIS (EM % COMPARADO COM O ANO ANTERIOR)1 2009 2012 2011 2010 2013 8 6 4,8 4 4,5 3,6 3,5 2,5 2 5,0 3,8 4,3 3,7 2,0 2,4 2,8 3,0 3,4 1,4 2,4 1,8 2,7 3,3 1,8 3,0 3,3 2,4 0 -2 (1,9) -4 -6 -8 (6,6) Crescimento trimestral do PIB (taxa anual ajustada sazonalmente) Crescimento anual do PIB Previsão de crescimento trimestral do PIB (taxa anual ajustada sazonalmente) Previsão de crescimento anual do PIB 1 Siemens AG, baseado no relatório da IHS Global Insight de 15 de outubro de 2013. Dados Financeiros 4 2013 – Situação Económica Global 5 4 3 2 1 0 -1 Na maioria das grandes economias europeias, a recessão acabou. Pela primeira vez, após seis trimestres de retraimento do PIB, a produção na zona euro voltou a aumentar no trimestre de primavera de 2013. Além disso, nos países mais afetados pela crise da dívida soberana, os rendimentos de títulos do governo registaram uma clara diminuição, o que reduziu os custos de empréstimos e conferiu mais sustentabilidade aos orçamentos governamentais. A crise no Chipre – o quinto país a receber um resgate internacional – apenas afetou temporariamente os rendimentos e a volatilidade dos mercados financeiros. Com os governos a apertar cada vez mais os seus orçamentos, a austeridade fiscal continuava a arrastar a economia europeia. Igualmente, problemas não resolvidos no setor bancário limitavam a oferta de crédito ao setor privado. Esta falta de fundos para financiar investimentos poderá, potencialmente, estrangular a recuperação da região. A evolução da taxa de câmbio em relação ao euro não favoreceu as exportações da zona euro. No Médio Oriente, a recuperação económica continuou muito fraca. No Egito, a crise política voltou a intensificar-se e o conflito na Síria registou nova escalada de violência. Os países exportadores de petróleo ressentiram-se da recessão económica mundial. O crescimento do PIB nestes países diminuiu para além de valores históricos. Apesar de alguma moderação nos preços das commodities, o crescimento do PIB em África registou ligeiras melhorias. Contudo, a incerteza relativa a frentes económicas e políticas é uma ameaça permanente para o desenvolvimento económico do continente africano. A atividade económica nos países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que se define sobretudo pelo seu membro principal, a Rússia, voltou a enfraquecer em 2013. Semelhante a outros países emergentes, a Rússia sofreu uma reversão dos fluxos de capitais para fora do país. Resumindo, estima-se que em 2013 a taxa de crescimento nas regiões da Europa, CEI, África e Médio Oriente não supere a parca taxa de 1% alcançada em 2012. No que se refere a investimentos, tendo já encolhido 0,4% em 2012, em 2013 contraiu-se mais 1%. Depois de uma queda em 2012, a produção com valor acrescentado estagnou em 2013. Em 2013, a região das Américas registou um crescimento significativamente mais lento: o PIB cresceu 1,8%, comparado com a taxa de crescimento de 2,7% em 2012. A principal causa deste abrandamento foram os EUA, devido às medidas de contenção do orçamento (o «sequestro económico»), que começaram no início de 2013. De acordo com uma estimativa do Fundo Monetário Internacional, o sequestro económico reduziu a taxa de crescimento do país em 2013 em 1,75 pontos percentuais. Por isso, os números do PIB dos EUA estão, de facto, a mascarar a gradual melhoria do setor privado. Por exemplo, o setor da construção estava em vias de recuperação, o consumo registava aumentos moderados e os investimentos fixos – que tinham sido afetados sobretudo pelas incertezas políticas e até apresentavam taxas de crescimento negativas no início de 2013 – estavam a recuperar. A política monetária continuou a ser muito expansionista. Porém, receios de uma redução gradual (tapering) das medidas de quantitative easing fizeram com que as taxas de juros de longo prazo subissem. Na América Latina, o crescimento foi baixo e praticamente sem alteração face a 2012. Depois de um aumento muito baixo do PIB, de 0,9% em 2012, a economia brasileira acelerou modestamente para 2,4% em 2013. Contudo, e uma vez que a economia brasileira está a operar no limite do seu crescimento potencial, condicionalismos do lado da oferta têm impedido o crescimento e exacerbado as pressões inflacionárias. Para a região das Américas em geral, tanto o crescimento das despesas de investimento como a produção com valor acrescentado abrandaram em 2013: o crescimento do investimento fixo baixou de 4,6% em 2012 para 3,0% em 2013 e a produção com valor acrescentado caiu de 4,3% para 1,8%. No caso da região da Ásia e Austrália espera-se que o crescimento do PIB se mantenha a 4,8% em 2013, ou seja, ao nível dos dois anos anteriores. No primeiro semestre de 2013, a economia chinesa continuou a desacelerar, baixando para uma taxa de crescimento ano a ano do PIB de apenas 7,5%, porque a procura global por produtos chineses era mais fraca, havendo ainda preocupações relativas à saúde do sistema financeiro do país e à sustentabilidade da sua dívida pública. A Índia, por sua vez, teve de lidar com problemas ainda mais graves. A desaceleração da economia, o défice das transações correntes, a inflação elevada e problemas estruturais não resolvidos fizeram com que o capital estrangeiro abandonasse o país, pelo que a rupia perdeu, num só ano, um quinto do seu valor em relação 5 ao US dólar. Estes desenvolvimentos adversos para a região da Ásia e Austrália foram compensados pela recuperação da economia japonesa. As medidas pouco convencionais do governo para fazer sair a economia japonesa da sua espiral deflacionária parecem ser bem-sucedidas: logo no primeiro semestre de 2013 o PIB cresceu a uma taxa anual de 4%. Embora o crescimento do PIB para a região da Ásia e Austrália se mantivesse estável em 2013, o crescimento do investimento fixo e da produção com valor acrescentado diminuiu em cerca de um ponto percentual, respetivamente para 5,4% e 3,6% face a 2012. PIB POR REGIÃO EM TERMOS REAIS (EM % COMPARADO COM O ANO ANTERIOR) 1 Mundo Europa, CEI3, África, Médio Oriente Américas 5 Ásia, Austrália 4,8 4,7 4 3 2 2,4 2,7 2,7 1,8 1,0 1 1,1 0 20132 2012 1 De acordo com a IHS Global Insight, à data de 15/10/2013, taxas de crescimento por ano civil. 2 Estimativa para o ano civil de 2013. 3 Comunidade dos Estados Independentes. Os números, em parte estimativas, aqui apresentados para o PIB, investimentos fixos e produção com valor acrescentado foram calculados pela Siemens AG com base no relatório da IHS Global Insight datado de 15 de outubro de 2013. Desenvolvimento do mercado Em termos gerais e comparado ao exercício de 2012, os mercados do nosso setor Energy registaram um crescimento moderado no ano fiscal de 2013, tendo todas as unidades de negócio do setor beneficiado da melhoria das condições de mercado ano a ano, com exceção da divisão de energia solar. Foram, sobretudo, os mercados de energia fóssil, de energia eólica e de transmissão de energia que recuperaram do declínio de 2012, retornando aos níveis de 2011. No caso dos mercados da nossa divisão Fossil Power Generation, o crescimento resultou da mudança para unidades maiores, mais eficientes e com maior potência. Em termos globais, os clientes nos mercados emergentes Dados Financeiros 6 2013 – Situação Económica Global aumentaram, sobretudo, o número das instalações, enquanto os clientes nas economias avançadas substituíram centrais elétricas existentes por serem relativamente ineficientes e pouco flexíveis. Não obstante o crescimento geral dos mercados de energia fóssil, o mercado para centrais a gás tecnologicamente avançadas ficou-se pelos níveis do ano fiscal de 2012. O desenvolvimento económico lento e as incertezas nos quadros regulamentares limitaram a procura na Europa. Apesar das pressões sociais e económicas para aumentar as capacidades, o desenvolvimento do mercado no Médio Oriente ficou prejudicado pela instabilidade política. Na região das Américas, os EUA instalaram turbinas a gás para substituir infraestruturas envelhecidas e tirar proveito do boom de gás natural que o país vive. Os mercados de centrais de energia fóssil na região da Ásia e Austrália continuaram fortes e um grande número de países instalou novas unidades para aumentar a capacidade. Entre estes, contam-se a China e a Índia, no campo das centrais elétricas alimentadas a carvão, e a Coreia do Sul, com centrais elétricas alimentadas a gás. 5 Nos mercados da nossa divisão Wind Power, o crescimento 4 deve-se a novos parques eólicos offshore. O mercado dos parques eólicos terrestres registou uma ligeira 3retoma 2 comparado com 2012, exceto nos EUA, onde receios 1 relativos ao potencial fim dos incentivos fiscais levaram 0 a um boom do mercado devido à antecipação de muitos projetos em 2012. Os mercados da nossa divisão Oil & Gas cresceram, graças a uma maior procura de investimentos no campo da exploração e produção de petróleo e gás. Em termos geográficos, a unidade de negócio Compression & Solutions da divisão Oil & Gas viu os seus mercados crescerem, principalmente nos EUA, Médio Oriente, África, Rússia e Brasil. O crescimento da divisão nos mercados de soluções de energia para clientes industriais foi liderado pela Ásia, Médio Oriente e alguns países da Europa. Embora o mercado de turbinas a vapor de pequena potência se mantivesse ao nível do ano anterior, a procura por centrais de ciclo combinado de pequenas dimensões aumentou. Os mercados da nossa divisão Power Transmission recuperaram do fraco desempenho do ano anterior. Embora, ano a ano, os mercados registassem um ligeiro crescimento na maioria das regiões, o maior crescimento verificou-se no nordeste asiático, Médio Oriente, África e Américas. Nos países emergentes, o crescimento foi, sobretudo, impulsionado pela expansão de infraestruturas. Nas economias industrializadas, os clientes concentraram-se principalmente na substituição e modernização de equipamentos, e ainda na integração de fontes de energia renovável nas suas redes de transmissão de energia. Não obstante a tendência de um maior crescimento global, os mercados para soluções de transmissão de energia ressentiram-se do excesso de capacidade em certos segmentos, especialmente nos transformadores de potência. No ano fiscal de 2013, os mercados-alvo do nosso setor Healthcare registaram um crescimento ano a ano moderado. O crescimento foi claramente impulsionado pelos mercados emergentes, uma vez que estes países procuram alargar o acesso aos cuidados de saúde para a população em geral, expandindo as suas infraestruturas de saúde. Em contrapartida, o crescimento dos mercados dos países industrializados foi bastante modesto, comparado com o ano fiscal anterior, porque a procura ficou prejudicada por reformas da saúde e restrições orçamentais, particularmente na Europa. Os mercados de TI na saúde cresceram mais rapidamente do que o mercado de cuidados de saúde global, especialmente nos EUA. Os mercados na Ásia e na Austrália registaram taxas de crescimento perto dos dois dígitos. A China até atingiu taxas de crescimento de dois dígitos. O crescimento dos mercados nas Américas, incluindo os EUA, foi moderado. Nos EUA, o crescimento deveu-se à forte procura de soluções de TI no setor de saúde, impulsionada pela Lei HITECH e pelos regulamentos relevantes da Lei de Cuidados de Saúde Acessíveis (Affordable Care Act). Por outro lado, os mercados na Europa, CEI, África e Médio Oriente registaram um ligeiro declínio. Na Europa, a queda nos mercados foi ainda maior devido aos cortes nos cuidados de saúde em países da Europa setentrional e ocidental, que continuam a sofrer com a crise da dívida soberana. No ano fiscal de 2013, o mercado global do nosso setor Industry, incluindo as suas divisões Industry Automation e Drive Technologies, entrou em declínio. Embora os mercados farmacêutico, químico, automóvel, alimentar e de bebidas tivessem registado uma ligeira subida face ao ano fiscal anterior, o crescimento foi praticamente anulado pelo declínio verificado noutros mercados, especialmente nos de construção de máquinas e de energia eólica. Em termos regionais, os mercados na Ásia, Austrália e nas Américas não ofereceram oportunidades de crescimento ano a ano, enquanto os mercados na Europa entraram em declínio, especialmente no sudoeste europeu. Na região da Ásia e Austrália, o crescimento acelerou ligeiramente na China na segunda metade do ano fiscal de 2013, já que o desenvolvimento na primeira metade do ano fiscal tinha sido bastante fraco. Nas Américas, o desenvolvimento do mercado norte-americano beneficiou dos preços de energia mais baixos, resultantes, em grande parte, de uma maior oferta de energia produzida nos EUA, especialmente gás natural. Mas a dinâmica diminuiu ao longo do ano fiscal. Nos mercados da nossa divisão Industry Automation, as indústrias transformadoras de ciclo curto assistiram à redução dos inventários dos clientes, o que prejudicou o desenvolvimento do mercado. Os mercados de TI industrial registaram um crescimento moderado, mas ligeiramente abaixo da esperada taxa de crescimento média de longo prazo. Os mercados da nossa divisão Drive Technologies também se ressentiram dos efeitos de redução de inventário nas indústrias transformadoras de ciclo curto. Os mercados para as infraestruturas industriais, incluindo energia eólica, entraram em declínio ou não registaram qualquer crescimento. Os mercados da indústria de processamento de ciclo longo, tais como mineração e extração de petróleo e gás, registaram apenas um ligeiro crescimento ano a ano, quando não entraram mesmo em declínio. Em certas indústrias os clientes atrasaram ou adiaram grandes projetos de infraestrutura. No geral, o crescimento do mercado do setor Infrastructure & Cities, no ano fiscal de 2013, foi bastante modesto. Enquanto os mercados da unidade de negócio Transportation & Logistics registaram uma recuperação estável, com submissão de propostas para diversos projetos de grandes dimensões, os mercados para Power Grid Solutions & Business Products e Building Technologies estagnaram. Os clientes reduziram os investimentos em ambos os mercados e também adiaram a adjudicação de projetos no mercado das soluções de redes de energia. No ano fiscal de 2013, os mercados da unidade de negócio Transportation & Logistics registaram uma recuperação estável do ano anterior, que tinha sido bastante fraco. O crescimento moderado foi impulsionado por grandes H_FY14_34_v1 7 Atividade Global da Siemens, S.A. contratos adjudicados, sobretudo, no Reino Unido e no Médio Oriente. O crescimento do mercado foi ainda positivamente influenciado pela procura por parte de grandes cidades que continuaram a investir em sistemas de transporte público. Em termos regionais, as maiores taxas de crescimento registaram-se na Ásia e Austrália, impulsionadas pela forte procura da China. A procura ano a ano nas Américas foi claramente maior. Na Europa, o desenvolvimento dos mercados estava dividido entre os países do noroeste, que mantiveram os seus investimentos em transportes públicos, e os países do sul, que tiveram de congelar os investimentos em consequência de programas de austeridade. Por conseguinte, os mercados da Europa, CEI, África e da região do Médio Oriente registaram a menor taxa de crescimento de todas as regiões. Durante o ano fiscal de 2013, a procura nos mercados da nossa unidade de negócio Power Grid Solutions & Business Products foi fraca em todas as regiões. A maior procura por parte de clientes industriais foi praticamente anulada pelos atrasos na adjudicação de projetos e redução dos investimentos nas redes de energia por parte dos operadores. A redução dos investimentos fez-se sentir especialmente no sul da Europa. O clima de investimento também foi prejudicado pela incerteza dos quadros regulamentares, por exemplo na Alemanha, que está a meio de uma importante transição energética para as energias renováveis (Energiewende). A procura nos EUA mostrou sinais de recuperação nos ramos da indústria e construção, mas o investimento por parte de operadores de energia em soluções de redes de energia foi fraco. Os mercados-alvo da nossa divisão Building Technologies mantiveram-se, embora os clientes hesitassem em aumentar os investimentos. A constante pressão de preços, devido, sobretudo, à política de preços agressiva de system houses e de grandes fornecedores de soluções de automação de edifícios, prejudicou os mercados. Em termos regionais, o ligeiro crescimento dos mercados da Ásia, Austrália e Américas ficou anulado pelo declínio verificado na Europa, CEI, África e Médio Oriente. Dados Financeiros 8 2013 – Situação Económica Global Atividade Global da Siemens, S.A. O processo de reforma e reequilíbrio da economia portuguesa continuou, em 2013, marcado pela aproximação do fim do programa de assistência internacional a Portugal dentro da data prevista, ou seja, junho de 2014. Os indicadores disponíveis sugerem que se iniciou, este ano, um processo gradual de recuperação económica, devido ao comportamento das exportações e a uma retração menos acentuada do consumo privado. Com uma presença centenária em Portugal, a Siemens, S.A. é uma referência incontornável no que respeita ao investimento direto estrangeiro em Portugal e um dos atores económicos há mais tempo empenhado no desenvolvimento do país. Os resultados apresentados pela filial portuguesa da Siemens resultam de um trabalho contínuo e da adaptação atempada da empresa às necessidades do mercado. Quanto ao seu desempenho financeiro, a Siemens, S.A. terminou o ano fiscal em análise com o montante de 306,5 milhões de euros em vendas, um resultado líquido de 9,4 milhões de euros e exportações que atingiram o valor de 119,6 milhões de euros. A nível internacional, o ano fiscal em análise foi profícuo em alterações de portefólio por parte da Siemens AG, tendo em vista a sua adaptação aos mercados e às novas realidades. A aposta da empresa em algumas áreas de atividade, através da aquisição, por exemplo, da LMS International, uma empresa de software industrial de modelação e simulação para sistemas de mecatrónica, é o reflexo da capacidade da organização em adaptar-se às exigências atuais dos mercados. Adicionalmente, a aquisição da Invensys representou uma boa oportunidade para reforçar as competências da Siemens na área da sinalização ferroviária, visto que os portefólios de ambas as empresas se complementam neste segmento. É importante realçar que as duas empresas já participaram em consórcio em diversos projetos, inclusivamente em Portugal, o que demonstra a validade desta operação. De referir ainda a aquisição da RuggedCom Inc., fornecedor líder de soluções de equipamentos de comunicação e de rede para ambientes industriais exigentes, que veio reforçar o portefólio de componentes de rede Ethernet industrial da empresa. Paralelamente, a Siemens AG decidiu separar-se de alguns segmentos de mercado menos relevantes para a sua estratégia, tais como o solar, a triagem postal e de encomendas, logística aeroportuária, postos públicos de carregamento de carros elétricos, assim como a área de tratamento de águas e resíduos. As vendas da Osram e da Nokia Siemens Networks marcam também esta decisão de manter o foco no negócio. A aposta da Siemens AG nestas empresas e setores impactou o alinhamento estratégico da empresa em Portugal, permitindo a conquista de significativas quotas de mercado nas áreas onde ocorreram as novas aquisições. De referir que, apesar de a Siemens deixar de estar diretamente envolvida no segmento solar, a empresa continua presente no mercado português a oferecer soluções para centrais fotovoltaicas e solares termais, tais como turbinas a vapor, geradores, tecnologia de rede, sistemas de controlo e inversores solares. Contributo da Siemens para a sociedade portuguesa Em Portugal, a Siemens tem colaborado ativamente com diversas instituições académicas, científicas e industriais, no sentido de promover a geração cruzada e a transferência de conhecimento. Através das muitas parcerias estabelecidas com estas entidades já foi possível promover mais de 100 projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI). Todos os anos, a Siemens Portugal tem dezenas de colaboradores envolvidos em projetos de IDI e investe mais de um milhão de euros nesta área. Estes indicadores são fortemente impulsionados pela aposta da empresa na área da formação, marcando presença em todas as fases do continuum educativo português, inclusive no ensino dual. Os estágios curriculares e programas duais da Siemens pretendem dinamizar um ensino prático e profissional que proporcione uma experiência mais completa aos alunos e lhes abra efetivamente o leque de opções, criando oportunidades de emprego. Recorde-se que a Siemens foi a primeira empresa a operar em Portugal a criar uma escola profissional, há 20 anos, com a Câmara de Comércio Luso-Alemã e o Estado português, que deu origem à ATEC, uma escola de formação que integra ainda a Volkswagen e a Bosch. Esta escola tem em média cerca de 700 formandos por ano e uma taxa de empregabilidade entre os 85% e os 100%. Neste contexto, no início deste ano, a Siemens assinou com o Governo português o memorando «Engenharia made in Portugal», que visa reforçar o ensino da engenharia no país, bem como estimular e fomentar a formação académica nesta área do conhecimento. O envolvimento da empresa neste projeto tem como objetivo aumentar a qualidade da formação dos engenheiros portugueses, desenvolver a engenharia nacional e dotar Portugal de uma classe de qualidade mundial, capaz de responder aos mais diversos desafios à escala global. Este projeto pretende incentivar os alunos do ensino básico e secundário a prosseguirem a sua formação académica nesta área, mas também oferecer a possibilidade a todos aqueles que já estudam engenharia de alcançarem uma formação prática, que lhes permita ter uma melhor integração no mercado profissional, em Portugal ou no estrangeiro. Através deste protocolo, e até ao momento, é já possível colaborar com 28 universidades, institutos, escolas superiores, escolas politécnicas, escolas profissionais, centros de formação profissional, entre outros, tendo impactado já cerca de 13.000 alunos. Neste ano comercial, o número de Centros de Competências Siemens em Portugal aumentou para 12, com a adição de um Centro de Competências na área da saúde para o fornecimento de serviços para sistemas de informação e de consultoria clínica. Através destes Centros reforçamos a nossa posição dentro do Grupo Siemens, exportando competência made in Portugal para todo o mundo. Em 2012, estes Centros já tinham gerado 350 milhões de euros em negócio desde a sua entrada em funcionamento e empregavam cerca de 700 colaboradores. Os Centros de Competências da empresa prestam serviço a mais de 76 entidades do Grupo Siemens, com especial enfoque em países como a Irlanda, Reino Unido, Holanda, Azerbaijão, Rússia, Bielorrússia, Angola, Roménia, Bulgária, Omã, Indonésia, Índia e Venezuela, e são um importante contributo para o crescimento do país. O novo Centro presta serviços na área dos Sistemas de Informação e Consultoria Clínica, o que representa o reconhecimento da divisão Health Services como Centro de Competências de alto valor acrescentado. No âmbito do mesmo, está prevista a prestação de serviços, a partir de Portugal, nas áreas de gestão de projetos, na implementação e desenho de workflows, na gestão da qualidade e no desenvolvimento do Soarian a nível internacional. As equipas altamente qualificadas e de elevado desempenho que é possível constituir em Portugal são, sem dúvida, um 9 dos pontos fortes do país e um fator que tem permitido diferenciar a filial portuguesa dentro do universo Siemens. A facilidade de expressão em diversas línguas, a flexibilidade dos recursos, a par da criatividade e cultura de serviço portuguesa têm sido também fatores-chave no sucesso das equipas nacionais. definidos e aos requisitos dos clientes. A renovação das suas certificações realça o empenho e o compromisso da empresa no fortalecimento da sua parceria com os seus stakeholders. A Siemens está integrada no restrito grupo das empresas a operarem em Portugal com as certificações – Qualidade, Ambiente, SHST e IDI. Siemens Portugal como plataforma de negócios A localização de Portugal, na costa oeste da Europa e na convergência de três continentes, as relações privilegiadas com os países de língua portuguesa, a qualidade das instituições de ensino nacionais, entre muitos outros fatores, fazem do país uma verdadeira plataforma de negócios. Ciente desta realidade, a Siemens AG identificou a Siemens Portugal como um dos 30 leading countries a nível global, definidos tendo por base o volume de negócios e o seu potencial de crescimento. Adicionalmente, a sede da empresa na Alemanha atribuiu à filial portuguesa a responsabilidade pelo desenvolvimento dos negócios em Angola e em Moçambique, reforçando a confiança que já tinha depositado anteriormente na Siemens Portugal. Fontes: Dados de Portugal: Instituto Nacional de Estatística. Relatórios da Comissão Europeia sobre a competitividade da indústria europeia. A Siemens Angola já recebe o suporte da Siemens Portugal, quer ao nível do desenvolvimento de oportunidades de negócio, quer nas áreas técnicas e de engenharia, sem esquecer a formação de quadros técnicos, um dos pilares de desenvolvimento estratégico das operações em Angola. No ano fiscal de 2013 (1 de outubro de 2012 a 30 de setembro de 2013), as vendas da Siemens a clientes em Angola ascenderam a 41 milhões de euros e as novas encomendas totalizaram 63 milhões de euros. Inovação e Sustentabilidade na Siemens Portugal No seguimento da estratégia mundial da Siemens AG, com especial enfoque no seu portefólio ambiental – que inclui soluções para todas as áreas da produção, transmissão e consumo de energia (edifícios, indústria e iluminação), assim como tecnologias ambientais para o controlo da poluição do ar – a Siemens, S.A. já contribuiu, com estas soluções, para a redução das emissões de CO2 dos seus clientes em 6,2 milhões de toneladas. A cultura de excelência da Siemens, S.A. é espelhada no compromisso a todos os níveis da organização para manter a eficácia e a melhoria contínua do sistema de gestão da Qualidade, Ambiente e Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho (SHST), dando cumprimento à política da empresa, aos objetivos e metas Dados Financeiros 10 Atividade Global da Siemens, S.A. Atividade Comercial Encomendas à Siemens, S.A. O volume de encomendas (relativas ao negócio próprio) recebidas pela Siemens, S.A. em Portugal, neste exercício, atingiu o montante de 246,9 milhões de euros. Vendas da Siemens, S.A. O valor das vendas da Siemens, S.A. atingiu o montante de 306,5 milhões de euros. Investimentos da Siemens, S.A. Os investimentos realizados em imobilizado corpóreo pela Siemens, S.A. atingiram 1,6 milhões de euros no período em questão. Exportações da Siemens, S.A. As exportações de bens e serviços atingiram este ano o montante de 119,6 milhões de euros. Resultado líquido da Siemens, S.A. O resultado líquido apresenta este ano o valor de 9,4 milhões de euros. Colaboradores da Siemens, S.A. Em 30 de setembro de 2013, a Siemens, S.A. empregava um total de 1.379 colaboradores. Estrutura do Balanço da Siemens, S.A. A soma do Balanço regista o montante de 278,4 milhões de euros, representando os ativos fixos tangíveis, com 33,6 milhões de euros, 30 por cento do capital próprio. As dívidas de terceiros a curto prazo e as disponibilidades correspondem a 2% do Balanço. Os capitais próprios cifram-se neste exercício em 111,8 milhões de euros, correspondendo a 40 por cento da soma do Balanço. Atividade Comercial No exercício fiscal de 2013, e graças ao empenho, dedicação e profissionalismo dos seus colaboradores, os quatro setores de atividade da Siemens, S.A. acrescentaram ao seu portefólio competências, referências e projetos de elevado interesse estratégico para o país e para o crescimento da empresa nos próximos anos comerciais. Energia No ano fiscal de 2013, o setor Energy viu o seu know-how, a competência das suas equipas, a qualidade e competitividade das suas soluções técnicas e dos serviços prestados, bem como as parcerias de sucesso que tem vindo a estabelecer com players de referência, serem determinantes na sua participação em obras de grande importância em Portugal, mas também em mercados extremamente relevantes e em crescimento, como Angola, Uruguai e Argélia. Na área do Transporte de Energia, e no ano comercial 2012/2013, foi encomendada à Siemens a construção, em regime chave-na-mão, da nova subestação de Chicala, junto à baía de Luanda, em Angola. Uma importante obra que irá contribuir para aumentar a eficácia e a fiabilidade na gestão da distribuição de energia elétrica à cidade de Luanda. A subestação elétrica de Chicala será construída com tecnologia GIS, que permite instalar o equipamento de alta tensão com a utilização de menos espaço (fator importante numa cidade em crescimento acelerado). Por ser um sistema de montagem modular e compacta, tem ainda menores necessidades de manutenção e possibilita a ampliação futura. Ainda em Angola, foi possível participar na construção de mais duas subestações para o cliente EDEL, no caso com dois importantes clientes portugueses na área da construção de infraestruturas elétricas, a Powergol e a Ambergol. A nossa participação vai da engenharia, civil e eletromecânica, ao fornecimento de transformadores de potência e distribuição e equipamento AT. Por outro lado, numa geografia completamente oposta, e em parceria com a empresa Jayme da Costa, a Siemens desenvolveu e forneceu um conjunto de soluções para duas subestações integradas no projeto do Parque Eólico de Minas, no Uruguai. Este projeto é um marco importante no desenvolvimento de um sistema energético mais sustentável para o país. A obra, que deverá ser completada até ao final de 2013, foi uma porta de entrada, para as duas empresas, no mercado sul-americano, criando assim novas oportunidades de negócio. Ainda além-fronteiras, e em estreita colaboração com a Siemens França-Grenoble, foi possível projetar, construir, testar e fornecer um conjunto muito alargado de soluções móveis para o transporte de energia – uma unidade para o Iraque, já entregue, e 16 unidades para a Argélia; seis estão prontas para entrega e dez em montagem para entrega no início de 2014. Este projeto é extremamente importante para a projeção da engenharia portuguesa, made in Siemens Portugal, no universo da Siemens Mundial. No mesmo ano, a REN, empresa responsável pela rede elétrica portuguesa, adjudicou à Siemens o fornecimento de novos transformadores de medida e disjuntores de alta e muito alta tensão para algumas das suas instalações, que vão trazer maior eficácia e segurança no abastecimento ao sistema elétrico nacional. Ao abrigo de um contrato anual, a Siemens está a fornecer transformadores de corrente e transformadores de tensão – indutivos e capacitivos – para os níveis de tensão de 60, 150, 220 e 400 kV para novas instalações da REN. Estes fornecimentos fazem parte de um plano ambicioso que a REN está a cumprir, com o objetivo de atualizar as infraestruturas da rede, em parceria com alguns dos melhores fornecedores nacionais na área da energia. O setor Energy da Siemens tem sido um desses parceiros, fornecendo soluções de alta qualidade e fiabilidade para os exigentes trabalhos em curso. No que concerne à produção de energia, a divisão foi premiada com o Energy Service Safety Award para o desenvolvimento do projeto de vida útil (LTE) da Tapada do Outeiro – primeira central de ciclo combinado construída em Portugal pela Siemens. Este galardão realça a importância do programa de Proteção Ambiental, Gestão da Saúde & Segurança (EHS) aplicado ao projeto da Tapada do Outeiro, localizado em Gondomar. No período em análise, a Siemens forneceu uma turbina a vapor para a nova central de ciclo combinado que a Sonangol está a construir na sua refinaria de Luanda. Esta central produzirá vapor e energia elétrica para os trabalhos de refinação e injetará na rede o excedente 11 energético produzido pela nova instalação, que será composta por três turbinas a gás, três caldeiras de recuperação e a turbina a vapor da Siemens. O fornecimento da Siemens para este projeto inclui ainda um condensador e um alternador, com uma potência 11,5 MW, bem como a supervisão dos serviços de montagem e comissionamento da instalação do equipamento. A Siemens participou neste projeto integrada num consórcio liderado pela Efacec Engenharia, que ganhou a empreitada em regime chave-na-mão para engenharia, procurement e construção de toda a central. Ainda no período em análise, arrancaram os trabalhos de reforço da barragem de Venda Nova, para a EDP, projeto que deverá estar concluído até 2015. A Siemens, em consórcio com a Voith Hydro, vai fornecer o equipamento eletromecânico da central, com dois grupos reversíveis de velocidade variável com uma potência nominal de 380 MW cada, dois transformadores de 465 MVA, equipamentos de 400 kV em tecnologia GIS e os sistemas de proteção, comando e controlo da central. A central de Frades II (Venda Nova III), em construção na margem esquerda do rio Rabagão e incluída no sistema hidroelétrico Cávado-Rabagão, será a primeira central hidroelétrica reversível (turbina/bomba) com tecnologia de velocidade variável no nosso país – e é, à data, a maior do seu género em todo o mundo. Quando estiver concluído, na primavera de 2015, o projeto permitirá bombear água de volta para a albufeira, recorrendo para isso à energia produzida pelos parques eólicos nas horas de mais baixo consumo. Além do impacto na promoção das energias limpas, os trabalhos serão um importante criador de emprego na região, dinamizando a economia local. Em destaque esteve ainda o contrato assinado entre a Siemens e a Celtejo para o fornecimento de uma turbina a vapor de contrapressão modelo SST-110, com alternador com uma potência de 11,5 MW. Estes equipamentos foram instalados na Central Termoelétrica da Celtejo, localizada em Vila Velha de Ródão, pertencente ao Grupo Altri. O projeto foi um exemplo de cooperação entre a Celtejo e a Siemens, tendo em conta os prazos extremamente curtos previamente estabelecidos pelo cliente, que foram cumpridos na íntegra, o que permitiu colocar a turbina em funcionamento em menos de sete meses. Dados Financeiros 12 Atividade Comercial Também em 2012/2013, a fábrica do Sabugo forneceu um transformador de forno para a Société Nationale des Vehicules Industrieles, em Argel, capital da Argélia. Este equipamento de 6,5 MVA vai alimentar um forno de fusão a arco. As equipas da Siemens tiveram de gerir com o máximo rigor não só as condicionantes orçamentais, mas também as restrições nas dimensões da sala e a ligação aos equipamentos e ao sistema de comando e controlo já existentes. Mais do que substituir uma unidade cujo tempo de vida tinha terminado, o trabalho visava garantir ao cliente uma máquina com mais 30% de potência, para o mesmo espaço disponível. No mesmo ano, a BP (BP Group) na Noruega encomendou nove transformadores ATEX (Atmosphere Explosive) à fábrica do Sabugo para uma plataforma petrolífera no Mar do Norte. Os transformadores ATEX são específicos para instalações ou zonas em risco de explosão, como é o caso de plataformas petrolíferas, refinarias ou instalações semelhantes de clientes na área do Petróleo e Gás. Indústria Tal como já havia acontecido em anos comerciais transatos, o setor Industry manteve uma participação ativa e dinâmica em importantes setores de atividade, como os segmentos portuário e fotovoltaico. Depois de ter participado com sucesso em vários projetos nacionais, as competências e o know-how da Siemens foram reconhecidos internacionalmente, tendo o setor já referências em países como o Reino Unido, Espanha ou Turquia. Paralelamente, continuou empenhado em apoiar a indústria nacional, com os seus conhecimentos, serviços e soluções, no seu rumo a uma maior produtividade e eficiência, de forma a tornar-se mais competitiva no panorama internacional. Em 2012/2013, o setor ganhou um concurso internacional para o fornecimento do sistema elétrico de dois pórticos ship-to-shore (STS) para o terminal de Tilbury, em Londres, no Reino Unido, que incluiu a automação, comunicações, supervisão, acionamentos e variação de velocidade, proteções (média e baixa tensão) e transformadores (média e baixa tensão). No âmbito deste projeto, a Siemens foi ainda responsável pelo projeto elétrico, comissionamento e formação. No mesmo ano comercial, o setor forneceu ainda sistemas completos de acionamento e automação para dois semipórticos STS do terminal de Tüpras, na Turquia, e levou a cabo a remodelação do sistema elétrico de um pórtico de cais para o porto de Valência, em Espanha. Estes projetos permitiram aumentar a capacidade de gestão de carga dos vários portos intervencionados, bem como aumentar a sua eficiência energética. Para tal, foi fundamental o sistema regenerativo que a Siemens instalou nestes equipamentos, que permite alcançar poupanças de energia até 70%, quando comparado com soluções tradicionais (não regenerativas, com dissipação por efeito de joule). A nível nacional, as soluções da Siemens para terminais portuários estão presentes em todo o país e contribuem, anualmente, para diminuir as emissões de CO2 destas infraestruturas em 14 mil toneladas e poupar cerca de 1,6 milhões de euros. É ainda de realçar que a Siemens Portugal foi reconhecida pela Siemens AG como parceira preferencial da empresa para o fornecimento de competências e sistemas para os portos situados nos países do sudoeste europeu, como França, Espanha, Grécia, Bélgica e Itália, bem como para os países africanos de expressão oficial portuguesa. No segmento fotovoltaico, o setor Industry esteve presente em quatro projetos no Reino Unido e quinze em Portugal, através do fornecimento de conversores DC/AC, sistemas de automação e supervisão, serviços de engenharia, entre outros. Os projetos no Reino Unido foram os primeiros com inversores de elevada eficiência a serem ligados à rede nacional. Em Portugal, a Siemens tem recebido a confiança dos principais investidores nacionais do setor e tem participado em vários parques fotovoltaicos, tais como os do Algarve, Almodôvar, Alqueva, Ferreira do Alentejo, Lisboa, Madeira, Porto Santo, Serpa, entre outros. Adicionalmente, o setor Industry forneceu uma solução de cromatografia chave-na-mão para a linha de polietileno de alta densidade da Repsol, em Sines, que incluiu ainda os serviços de engenharia, comissionamento e respetiva manutenção pelo período de dois anos. No mesmo ano comercial, as Minas de Aljustrel e as Minas de Aguas Teñidas, em Espanha, adjudicaram à Siemens o fornecimento de serviços técnicos e de engenharia, bem como de diversos componentes, entre os quais conversores de frequência eficientes da gama SINAMICS, e a solução de automação PCS7. Esta permite levar a cabo a integração de todos os sistemas, garantindo a máxima eficiência no funcionamento das infraestruturas. As minas estão localizadas na chamada faixa piritosa ibérica e produzem, principalmente, cobre e zinco. Infraestruturas e Cidades No segundo ano de atividade, e em linha com a estratégia global da empresa, também o setor Infrastructure & Cities apostou no desenvolvimento de serviços e soluções de alto valor acrescentado, bem como na sua internacionalização, tendo como principal objetivo contribuir, em Portugal e no estrangeiro, para tornar as cidades mais sustentáveis e melhores locais para se viver. Durante o período em análise, a divisão Mobility and Logistics (MOL) iniciou a manutenção da infraestrutura semafórica de duas importantes cidades: Lisboa e Porto. Estes projetos marcam a entrada da Siemens no segmento de Intelligent Traffic Systems em Portugal. Esta divisão deu continuidade à sua estratégia de internacionalização, tendo obtido os primeiros contratos internacionais na área de bilhética para transportes. Além de toda a engenharia posta ao serviço da execução destes projetos, em todas as suas componentes de realização, o Centro de Competências em eTicketing da Siemens Portugal tem a seu cargo uma dinâmica I&D, de desenvolvimento de produtos, nos domínios de hardware e software, assegurando a criação de portefólio global da Siemens nesta área tecnológica. No mesmo período, continuaram os trabalhos nos quatro aeroportos das cidades de Soyo, Dundo, Saurimo e Luena, projetos nos quais a Siemens tem vindo a apoiar a sua congénere angolana. Estes terminais têm por base o conceito Capacity Plus, desenvolvido em Portugal, que consiste em implementar terminais aeroportuários modulares. Estes novos aeroportos são de importância estratégica para o desenvolvimento do transporte aéreo doméstico em Angola. 13 Também no ano fiscal de 2012/2013, a MOL tornou a exportar o sistema de gestão de bagagem Bagage Base Logic, criado pela Siemens em Portugal, desta feita para o Dubai, Abu Dhabi e San Diego. Este software permite aumentar a qualidade do serviço prestado ao passageiro, ao possibilitar um encaminhamento automático de bagagens, minimizando as margens de erro ligadas à intervenção humana, ao mesmo tempo que permite ao operador ter dados estatísticos, diversos relatórios e uma visão global permanente do comportamento do sistema de tratamento de bagagens. A divisão Smart Grid (SG), no ano fiscal em escrutínio, participou num importante projeto de remodelação da Rede Elétrica Nacional (REN) na zona do Grande Porto, através da remodelação da subestação da Siderurgia da Maia. A Siemens forneceu o sistema de proteção, comando e controlo para a Siderurgia Nacional, assente em tecnologia SICAM PAS e unidades de proteção SIPROTEC4, assim como um quadro de média tensão 8DA10. Este projeto representa uma aposta da REN e da Siderurgia da Maia numa solução com alto nível de desempenho e no vasto conhecimento das equipas de engenharia da Siemens, largamente reconhecido pelo cliente. A divisão Low and Medium Voltage (LMV) participou no maior parque eólico de África, localizado em Tarfaya, com 300 MW, através do fornecimento, em regime chavena-mão, de 131 postos de transformação de média e baixa tensão em betão, completamente equipados. Este parque está localizado dois quilómetros a sul da cidade de Tarfaya, na costa atlântica de Marrocos, ideal para a localização de um parque eólico. Assim que estiver concluído, o parque de Tarfaya vai ser uma fonte interna de energia renovável, que permitirá aumentar a independência energética de Marrocos. No mesmo ano, a LMV participou em dois projetos de infraestruturas desportivas. Forneceu soluções de iluminação para o estádio do Futebol Clube de Arouca, na grande área metropolitana do Porto, e para as arenas de hóquei em patins de Luanda, Namibe e Malange, nas quais decorreu o 41.º Campeonato do Mundo da modalidade, realizado em Angola. Neste último projeto, a Siemens forneceu ainda tecnologia de média tensão e sistemas de correção do fator de potência. Dados Financeiros 14 Atividade Comercial A Fábrica de Corroios participou na construção de sete novas centrais elétricas angolanas, que visam dar resposta ao elevado ritmo de crescimento económico do país, bem como à crescente procura energética, através do fornecimento de quadros de média tensão. A participação da Siemens nestes projetos incluiu ainda o fornecimento do sistema de comando e controlo, dos transformadores de potência e do sistema de automação dos grupos. As obras, adjudicadas pelas empresas EST, COEM e WinEnergy no valor global superior a cinco milhões de euros, fazem parte de um concurso para a construção de sete centrais a fuel que virão colmatar as necessidades energéticas e estabilizar a rede elétrica nas cidades de Luanda, Benguela, Ondjiva, Huambo, Dundo e Lubango. É de realçar que a Fábrica de Corroios exporta cerca de 95% da sua produção. Os quadros elétricos de média tensão NXAIR e SIMOPRIME são aqui produzidos – e daqui exportados para os cinco continentes, com destaque para países como a Alemanha, Brasil, África do Sul, Austrália, México, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos. Para isso, muito contribuem as certificações que atestam a qualidade, segurança e equilíbrio ambiental de todas as operações da fábrica. Por seu turno, no ano fiscal 2012/2013, a divisão Building Technologies (BT) foi particularmente ativa em dois importantes mercados verticais, Data Centers e Banca, nos quais ganhou importantes contratos. Na área dos Data Centers, a BT assinou um contrato de três anos com a SIBS, empresa responsável pelo processamento dos pagamentos eletrónicos, para a manutenção integral do Data Center desta entidade, que abrange os sistemas de deteção de incêndio, segurança, automação do edifício, gestão de energia, instalação elétrica e sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC). Com a Caixa geral de Depósitos (CGD), a divisão celebrou um contrato de manutenção na área da segurança que abrange cerca de 1.000 dependências do banco espalhadas por todo o país. Neste projecto, a BT vai ficar responsável pela manutenção de importantes sistemas de segurança, tais como a deteção de incêndio, controlo de acessos e intrusão, CFTV, sinalização de emergência, segurança física e extintores de incêndio. Este é mais um importante marco na parceria que a Siemens tem com a Caixa Geral de Depósitos na área dos serviços e soluções para edifícios. Saúde No setor da saúde em Portugal, tal como já se havia verificado nos anos anteriores, no ano fiscal 2012/2113, a Siemens continuou a operar numa conjuntura económica menos favorável, que influenciou o mercado. Atento a esta realidade, o setor Healthcare continuou a apoiar os seus clientes, através de estratégias diferenciadoras, alavancadas no sólido portefólio de soluções e serviços e no forte know-how da sua estrutura, com o objetivo último de maximizar a eficiência das unidades de saúde e melhorar a qualidade global dos serviços de saúde prestados. Esta aposta do setor tem sido reconhecida, nacional e internacionalmente, e, neste último âmbito, o reconhecimento foi firmado pela sede da empresa na Alemanha, que apostou em Portugal para a prestação de serviços na área dos Sistemas de Informação e Consultoria Clínica. Este reconhecimento é fruto do profissionalismo e da competência da equipa portuguesa de Health Services, bem como da implementação bem-sucedida da estratégia de exportação que o setor tem levado a cabo nos últimos anos. Está assim prevista a prestação de serviços, a partir de Portugal, nas áreas de suporte à gestão de projetos, na implementação e desenho de workflows, na gestão da qualidade e no desenvolvimento do processo clínico eletrónico – Soarian – a nível internacional. Também no ano comercial em análise, o Grupo Espírito Santo Saúde (ESS) apostou na aquisição de equipamentos e soluções de ponta para várias das suas unidades de saúde, tendo feito investimentos em diversas áreas de diagnóstico para os quais selecionou a Siemens como parceiro tecnológico. Para o Hospital da Arrábida, adquiriu uma nova unidade de Tomografia Computorizada (TC) de 128 cortes, que permite, além da realização de todos os exames de rotina com melhor qualidade de imagem, uma redução significativa da dose de radiação. Adicionalmente, o Grupo ESS substituiu duas das soluções de mamografia, nas unidades Hospital da Luz – Centro Clínico da Amadora e Hospital da Luz – Clínica de Oeiras, pela mais recente tecnologia digital da Siemens para esta área, que permite realizar biópsias sem ser necessário utilizar sistemas externos, bem como recorrer à tecnologia de vanguarda Tomossíntese (mamografia tridimensional). Por seu turno, o Hospital de Santiago, do mesmo Grupo, localizado em Setúbal, reforçou a sua oferta na área da ecografia, através da substituição de soluções por tecnologia Siemens mais moderna. A divisão Siemens Healthcare Diagnostics celebrou com o Grupo Unilabs um contrato com a duração de cinco anos para o fornecimento de diversos equipamentos de diagnóstico laboratorial, com especial destaque para o portefólio diferenciador e completo nas áreas da Imunoquímica e da Bioquímica. Atualmente, a estrutura da Unilabs em Portugal conta com dois laboratórios de Análises Clínicas, um laboratório de Anatomia Patológica, uma unidade de Imuno-hemoterapia, quatro unidades de Cardiologia e 160 unidades de atendimento. Ainda no ano transato, o Grupo LabMED inaugurou um novo laboratório, situado em Viana do Castelo, no âmbito da sua estratégia de expansão e crescimento, onde a Siemens, como parceiro preferencial, forneceu soluções nas áreas de bioquímica, imunologia, hematologia, coagulação, microbiologia e urianálise. Atualmente, o laboratório realiza 130 colheitas por dia, valor que se pretende aumentar através do estabelecimento de novas parcerias. No mesmo período, o Sistema de Gestão de Acordos Internacionais (SIGAI) celebrou o seu primeiro aniversário de funcionamento. Este sistema, desenvolvido pela Siemens para a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), permite recolher e gerir a informação do Serviço Nacional de Saúde e partilhá-la com os outros Estados-membros da União Europeia, por forma a realizar a conta-corrente quer ao nível dos cuidados prestados a cidadãos europeus em Portugal, quer a cidadãos portugueses na Europa. O sistema está a funcionar nas vertentes de «Portugal Credor» e «Portugal Devedor», consolidando informação das Administrações Regionais de Saúde e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, bem como dos respetivos Estados-membros. Está também implementada a aplicação de estatística. No mesmo período, a Siemens recebeu novamente o voto de confiança da Clínica Dr. João Carlos Costa (JCC), através da aquisição de uma ressonância magnética de alto campo (1,5 Tesla), que permite realizar todos os exames sem quaisquer restrições. Na sequência desta instalação, a população de Bragança passou a dispor de um equipamento capaz de dar resposta a todas as solicitações, 15 Resultados da Siemens, S.A. evitando deslocações a outras zonas do país para a realização de exames de maior complexidade, como acontecia até então. No período em análise, a Siemens equipou a nova sala do Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com um equipamento de angiografia de última geração, que permite visualizar stents com elevada precisão e realizar o cálculo de estenoses através de modelos tridimensionais de coronárias em apenas alguns segundos. Este novo espaço do Hospital de Santa Maria permitirá melhorar os serviços de uma unidade dedicada a técnicas de cardiologia de intervenção, nomeadamente cateterismos cardíacos, assim como diagnósticos e terapêutica das doenças das artérias coronárias e resolução de problemas de cardiopatia congénita ou estrutural. Também no ano transato, o Grupo Base continuou a sua política de expansão com um novo laboratório situado em Guimarães, onde a Siemens, através da divisão Diagnostics, forneceu soluções nas áreas da bioquímica e coagulação, reforçando a relação de parceria existente entre o Grupo e a empresa. Finalmente, também no ano comercial 2012/2013, o Customer Care Center (CCC) da Siemens Healthcare celebrou o primeiro ano de existência. Este centro de atendimento e suporte, global e único para o setor, centraliza todos os pedidos dos clientes da empresa relativos aos sistemas e soluções de diagnóstico por imagem e laboratorial da Siemens. É de realçar que, em apenas um ano, o CCC, que teve uma avaliação positiva ao nível do atendimento por parte de 90% dos clientes, registou perto de 14 mil pedidos, metade dos quais foram resolvidos remotamente, evitando tempos de paragem desnecessários e maximizando a disponibilidade dos sistemas. Dados Financeiros 16 Atividade Comercial Resultados da Siemens, S.A. Evolução Previsível em 2014 O valor da receita de negócio próprio registou o montante de 306,5 milhões de euros. Foram efetuadas todas as amortizações, ajustamentos e provisões que a Administração entendeu necessárias para a cobertura de riscos previsíveis. Colocamos à disposição da Assembleia Geral 9,4 milhões de euros, para o que propomos a seguinte distribuição: - Dividendos: 9.354.720,92 euros. O resultado líquido já inclui 9,6 milhões de euros em gratificações aos colaboradores. Não existem dívidas em mora ao setor público estatal, incluindo Segurança Social. As contas foram objeto de auditoria pela firma de auditores independentes Ernst & Young Audit & Associados – S.R.O.C., S.A., que emitiu um parecer sem reservas. Evolução Previsível em 2014 Durante o próximo ano, a economia portuguesa deverá ser marcada por dois grandes momentos: um crescimento de 0,8% do PIB em 2014, invertendo a tendência menos positiva verificada nos últimos três anos, e, durante o mês de junho, o fim do programa de ajustamento económico e financeiro, solicitado em abril de 2011 pelo Estado português à Troika, composta pelo Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI). Esta previsão, que resulta da continuação do processo de correção dos desequilíbrios macroeconómicos e é consistente com a redução do grau de endividamento do setor privado, deverá permitir que o país se consiga financiar no mercado de dívida a taxas de juro sustentáveis já a partir do segundo semestre de 2014. A manutenção de um elevado crescimento das exportações deverá permitir a continuação do ajustamento das contas externas, prevendo-se que o saldo conjunto da balança corrente e de capital se fixe em 3,5% do PIB – o que irá contribuir para aumentar a capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa –, e que a balança corrente atinja um excedente equivalente a 1,9% do PIB. A taxa de desemprego deverá situar-se nos 15,6%¹, acompanhada pela manutenção de uma produtividade positiva (apesar de em desaceleração), o que significa uma queda no emprego inferior à registada em 2013. Esta situação leva a prever que o consumo privado deverá apresentar uma recuperação de 0,1% em 2014, após o ajustamento ocorrido nos últimos três anos. A variação ligeiramente positiva neste indicador deverá ocorrer de forma sustentada, tendo em consideração que nos últimos anos se verificou uma trajetória ascendente da taxa de poupança, bem como uma redução do endividamento das famílias. A inflação, por sua vez, deverá atingir 1% em 2014, num contexto de ausência de tensões inflacionistas nos mercados internacionais de commodities. No que respeita à despesa pública, esta vai continuar a sofrer um processo de ajustamento com impactos diretos no consumo público, que deverá registar um decréscimo de 2,8% durante o próximo ano. Do lado do investimento, é expectável uma evolução positiva de 1,2%, suportada por uma maior dinâmica deste indicador ao nível empresarial, ao qual se associam condições de financiamento mais favoráveis da economia portuguesa, uma vez que também se antecipa a manutenção das taxas de juro de curto prazo num nível baixo, bem como uma diminuição do preço do petróleo, após a subida verificada na segunda metade de 2013, e uma ligeira depreciação do euro face ao dólar. Na zona euro, e de acordo com as projeções macroeconómicas de setembro do BCE, a taxa de variação anual do PIB real deverá ser de 1,0% em 2014. Espera-se que a recuperação da atividade económica seja apoiada pelo impacto favorável do aumento gradual da procura externa nas exportações. Em 2014, a procura interna deverá ser favorecida pelos progressos alcançados na consolidação orçamental, beneficiando sobretudo de uma queda da inflação dos preços das matériasprimas, que apoiará os rendimentos reais. Espera-se, contudo, que as perspetivas a médio prazo sejam atenuadas pela evolução fraca do mercado de trabalho e pela necessidade de nova correção de balanços no setor privado, em alguns países da área do euro**. De acordo com a edição de outono do EY Eurozone Forecast (EEF), permanecem as diferenças crescentes entre o núcleo e a periferia desta união monetária. A Alemanha continua a ser o motor da zona euro, com um crescimento de 0,6% este ano, enquanto os estados periféricos em maiores dificuldades continuam a contrair em 2013, apesar dessa tendência estar a diminuir. As estimativas indicam uma estabilização das economias italiana e portuguesa em 2014 e da economia grega em 2015. O EY Eurozone Forecast destaca ainda que a recuperação continuará a ser condicionada pela desalavancagem no setor público e privado e pelo difícil acesso ao financiamento, fatores que terão impacto maior na periferia, alargando assim a divergência face aos países do centro da zona euro***. Quanto à economia mundial, esta deverá crescer 3,6% em 2014. De acordo com o World Economic Outlook, do FMI, os países emergentes deverão apresentar um crescimento de 5,1% em 2014, enquanto os países desenvolvidos verão as suas economias aumentar 2%, sendo expectável um crescimento de 1,2% no Japão e de 2,6% nos Estados Unidos*. Relativamente à atividade da Siemens Portugal para 2014, é expectável a atribuição de novos Centros de Competências de vertente tecnológica a outros setores da empresa, a juntar aos 12 já existentes, que exportam, para todo o mundo, competências, engenharia e serviços em áreas como as finanças, recursos humanos, compras, energia, infraestruturas e saúde. 17 Considerações Finais A competência e a qualidade do trabalho da filial portuguesa também foram reconhecidas pela Siemens AG através da escolha da Siemens Portugal como um dos 30 leading countries da empresa a nível global. Com esta reorganização, a Siemens Portugal, que já detinha uma presença na África lusófona, nomeadamente em Angola, assumiu também a responsabilidade pelas operações em Moçambique. Presente no continente africano desde 1860, e em Moçambique há mais de 60 anos, a Siemens possui um vasto conhecimento sobre o mercado local. Este fator, aliado a uma ampla experiência em áreas de grande importância para o país e recursos de grande qualidade, fazem da Siemens uma das empresas mais bem posicionadas para desempenhar um papel decisivo no crescimento de Moçambique, uma das economias mais dinâmicas em África, com um crescimento anual de 7%. Angola e Moçambique são países particularmente interessantes para a área de atividade da Siemens e para as soluções e competências que integram o seu portefólio, dado o seu enorme potencial de crescimento nos setores das infraestruturas, transportes, aeroportos, portos, controlo de tráfego, centrais hidroelétricas, transporte e distribuição de energia, água, tratamento de resíduos, edifício de serviços e outras indústrias viradas para a sustentabilidade. Finalmente, a eventual concretização do acordo de comércio livre entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, que estará na origem da formação da maior zona comercial livre do mundo, criará novas oportunidades para Portugal e para as empresas que, como a Siemens, têm sido sempre parceiras do país, contribuindo para o seu desenvolvimento económico. Segundo a Fundação Bertelsmann, e graças à localização geoestratégica do país, este acordo pode resultar numa descida de 0,76 pontos percentuais na taxa de desemprego e na criação de 42,5 mil postos de trabalho em Portugal. Fontes: Relatório do Orçamento do Estado 2014, com a exceção dos indicadores assinalados com: * FMI – World Economic Outlook October 2013. ** BCE – Eurosystem Staff Projections. *** EY Eurozone Forecast. ¹ INE (Instituto Nacional de Estatística) – Dado base referente a setembro de 2013. Dados Financeiros 18 Evolução Previsível em 2014 Considerações Finais Demonstrações dos Resultados 2013 As transferências da Siemens, S.A. para o Estado, no período de 1 de outubro de 2012 a 30 de setembro de 2013, ascenderam ao montante de 18,5 milhões de euros em impostos e de 13,9 milhões de euros para a Segurança Social, tendo as nossas vendas gerado 39,7 milhões de euros de IVA, o que perfaz um total de 72,1 milhões de euros para os cofres do Estado. A todos os colaboradores, de todas as unidades e serviços internos e externos, que contribuíram para o desenvolvimento da empresa, agradecemos a dedicação e o entusiasmo que demonstraram ao longo do ano. Amadora, 15 de novembro de 2013 Demonstrações dos Resultados 2013 19 BALANÇO (Montantes expressos em Euros) Rubricas Notas 30/09/2013 30/09/2012 38.602.203,01 ATIVO: Ativo não corrente: Ativos fixos tangíveis 7 33.648.742,24 Ativos fixos intangíveis 8 247.888,23 413.147,05 Outros ativos financeiros 9 23.583.133,04 22.390.600,36 12 14.060.000,00 15.878.000,00 71.539.763,51 77.283.950,42 77.486.516,97 Ativos por impostos diferidos Ativo corrente: Inventários 13 76.691.461,40 Clientes 14 2.754.920,12 7.628.605,98 Acionistas/sócios 11 103.717.672,02 102.755.431,74 Outras contas a receber 11 2.367.978,16 857.798,90 Diferimentos 16 18.793.376,43 14.313.182,99 Caixa e depósitos bancários 4 Total do Ativo 2.580.210,62 4.815.553,84 206.905.618,75 207.857.090,42 278.445.382,26 285.141.040,84 70.000.000,00 CAPITAL PRÓPRIO: Capital realizado 17 63.000.000,00 Reservas legais 17 12.600.000,00 14.256.000,00 Outras reservas 17 11.187.005,24 11.232.005,24 Resultados transitados 17 15.565.173,14 12.300.662,86 Resultado líquido do período 17 Total do Capital Próprio 9.414.544,57 6.619.598,72 111.766.722,95 114.408.266,82 40.400.448,52 PASSIVO: Passivo não corrente: Provisões 19 28.218.333,21 Passivos por impostos diferidos 12 3.671.000,00 5.042.000,00 31.889.333,21 45.442.448,52 Passivo corrente: Provisões 19 14.604.928,00 - Fornecedores 11 36.743.594,19 49.664.816,62 Adiantamentos de clientes 11 2.975.151,93 4.821.185,42 Estado e outros entes públicos 15 7.056.918,91 5.583.392,38 Acionistas/sócios 11 2.996.708,63 450.983,08 Outras contas a pagar 11 29.314.402,76 32.580.571,07 Diferimentos 16 41.097.621,68 32.189.376,93 134.789.326,10 125.290.325,50 Total do Passivo 166.678.659,31 170.732.774,02 Total do Capital Próprio e do Passivo 278.445.382,26 O Conselho de Administração Dados Financeiros 20 Balanço Demonstração das Alterações no Capital Próprio 285.141.040,84 O Técnico Oficial de Contas DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO (Montantes expressos em Euros) Período findo em 30 de setembro de 2013 Descrição Posição no início do período 01-10-2011 Capital Realizado Reservas Legais Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do Período Total de Capital Próprio 70.000.000 14.256.000 11.275.005 16.415.124 32.806.774 144.752.903 32.806.774 (32.806.774) - - - - 32.806.774 (32.806.774) - APLICAÇÃO DE RESULTADOS Transferência de Resultado Líquido para Resultados Transitados ALTERAÇÕES NO PERÍODO Impostos diferidos realizados resultantes de reservas de reavaliação (43.000) (43.000) 12.300.663 Aquisição da SHD (43.000) 12.300.663 12.300.663 - 12.257.663 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 6.619.599 6.619.599 RESULTADO INTEGRAL OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO 6.619.599 18.877.262 Pagamento de Dividendos (31.000.000) Pagamento de Dividendos extraordinários (18.221.898) POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 30-09-2012 POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 01-10-2012 (31.000.000) (18.221.898) - - - (49.221.898) - (49.221.898) 70.000.000 14.256.000 11.232.005 12.300.663 6.619.599 114.408.267 70.000.000 14.256.000 11.232.005 12.300.663 6.619.599 114.408.267 6.619.599 (6.619.599) - - - - 6.619.599 (6.619.599) - APLICAÇÃO DE RESULTADOS Transferência de Resultado Líquido para Resultados Transitados ALTERAÇÕES NO PERÍODO Impostos diferidos realizados resultantes de reservas de reavaliação (45.000) (45.000) - Redução de Capital (7.000.000) (7.000.000) (1.656.000) Libertação Reservas Legais (1.656.000) Ajustamento de preço de compra SHD 2.020.000 Outras alterações reconhecidas no capital 1.244.510 (7.000.000) (1.656.000) (45.000) 3.264.510 2.020.000 1.244.510 - (5.436.490) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 9.414.545 9.414.545 RESULTADO INTEGRAL OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO 9.414.545 3.978.055 (6.619.599) Pagamento de Dividendos POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 30-09-2013 (6.619.599) - - - (6.619.599) - (6.619.599) 63.000.000 12.600.000 11.187.005 15.565.173 9.414.545 111.766.723 O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas 21 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS (Montantes expressos em Euros) Rendimentos e Gastos Notas 30/09/2013 30/09/2012 Vendas e serviços prestados 22 306.488.621,33 340.909.567,11 Subsídios à exploração 18 62.171,41 14.450,57 9 1.196.473,14 - 13 (95.254,00) 4.026,00 Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos Variação nos inventários da produção Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 13 (121.364.372,91) (126.383.672,82) Fornecimentos e serviços externos 24 (99.265.811,11) (129.468.295,79) Gastos com o pessoal 21 (68.920.811,86) (67.405.966,40) Imparidade de inventários (perdas/reversões) 25 12.595,40 (157.960,63) Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 25 443.036,60 1.258.549,49 (14.725.755,36) Provisões (aumentos/reduções) 19 (2.422.812,69) Outros rendimentos e ganhos 26 13.832.408,79 5.409.741,44 Outros gastos e perdas 27 (9.036.726,83) (3.061.860,47) 20.929.517,27 6.392.823,14 28 (6.595.191,29) (3.975.861,60) 14.334.325,98 2.416.961,54 Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (EBITDA) Gastos/reversões de depreciação e de amortização Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (EBIT) Juros e rendimentos similares obtidos 29 51.740,21 933.389,90 Juros e gastos similares suportados 29 (303.953,74) (255.198,50) 14.082.112,45 3.095.152,94 12 (4.667.567,88) 3.524.445,78 9.414.544,57 6.619.598,72 - - Resultado antes de impostos (EBT) Imposto sobre o rendimento do período Resultado líquido do período Resultado das atividades descontinuadas (líquido de impostos) incluído no resultado líquido do período Resultado por ação básico O Conselho de Administração Dados Financeiros 22 Demonstração dos Resultados por Naturezas Demonstração de Fluxos de Caixa 0,75 0,47 O Técnico Oficial de Contas DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA (Montantes expressos em Euros) Rubricas 30/09/2013 30/09/2012 Fluxos de caixa das atividades operacionais – método direto Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Caixa gerada pelas operações Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/pagamentos Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 561.544.521,75 630.324.807,23 (513.325.486,06) (504.518.091,13) (40.027.690,02) (37.730.176,78) 8.191.345,67 88.076.539,32 4.003.729,79 (7.668.319,02) (8.083.101,28) (19.374.812,99) 4.111.974,18 61.033.407,31 (1.532.781,00) (1.625.548,94) 2.023.938,00 (10.076.000,00) (6.619.598,72) (49.221.898,13) Fluxos de caixa das atividades de investimento Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis (413.147,05) Ativos intangíveis Investimentos financeiros Dividendos Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis 33.337,85 20.235,02 Juros e rendimentos similares 51.740,21 933.389,90 (6.043.363,66) (60.382.969,20) (303.953,74) (255.198,50) (303.953,74) (255.198,50) (2.235.343,22) 395.239,61 Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) Fluxos de caixa das atividades de financiamento Pagamentos respeitantes a: Juros e gastos similares Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período - - (4.815.553,84) (4.420.314,23) 2.580.210,62 4.815.553,84 -2.235.343,22 O Conselho de Administração 395.239,61 O Técnico Oficial de Contas 23 Anexo às Demonstrações Financeiras Exercício de 1 de outubro de 2012 a 30 de setembro de 2013 1. Introdução A empresa foi constituída em 1922 com a denominação social de Siemens Companhia de Electricidade, Lda. Em 1931, foi transformada em sociedade anónima e, com as alterações ao Código das Sociedades Comercias, tomou a presente designação de Siemens, S.A. A empresa tem a sua sede na Rua Irmãos Siemens, n.º 1, Venteira, Amadora. Dispõe, ainda, de instalações no Freixieiro e de fábricas no Sabugo (transformadores) e Corroios (quadros elétricos). A empresa está presente em diversos setores de atividade, a saber: • Energia (Distribuição e Produção); • Indústria (Soluções integradas para a gestão e manutenção de edifícios e equipamentos industriais); • Saúde (Aparelhos de diagnóstico e soluções IT de gestão para a área da saúde); • Infraestruturas e Cidades (Infraestruturas ferroviárias e aeroportuárias, smart grids, serviços e sistemas de proteção e controlo). Presta ainda serviços financeiros a 59 empresas do grupo de 21 países localizados em três continentes, através dos Centros de Competências instalados em Portugal. A sua atividade principal é o fabrico, desenvolvimento, reparação, aquisição e venda de produtos, pertencentes aos setores acima descritos. A empresa-mãe da Siemens, S. A. denomina-se Siemens International Holding, B.V., que tem a sua sede em Haia, na Holanda, detendo 100% dos 12,6 milhões de ações com o valor nominal de 5 € cada, que representam o capital da Siemens, S.A. A Siemens, S.A. optou por não apresentar as suas demonstrações financeiras consolidadas, ao abrigo da isenção permitida pela alínea b) do n.º 3 do artigo 7.º do Decreto- Lei n.º 158/2009 de 13 de julho. 2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras As presentes demonstrações financeiras foram elaboradas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa e de acordo com as Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF) previstas pelo Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto Lei n.º 158/2009 de 13 de julho, com as retificações da Declaração de Retificação n.º 67-B/2009 de 11 de setembro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 20/2010 de 23 de agosto. Não houve derrogações de disposições do SNC tendo em vista a necessidade de estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do ativo, do passivo e dos resultados da empresa. Não existem contas, seja do balanço, seja da demonstração de resultados, cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior. Em 2013, por motivos de comparabilidade, foram recalculados os montantes divulgados nas diversas linhas de fluxos de caixa das atividades operacionais de 2012, aplicando o mesmo critério utilizado para 2013. Deste modo, os dados de 2012 incluídos na demonstração de fluxos de caixa do presente exercício não são iguais aos respetivos montantes apresentados nas demonstrações financeiras de 2012. O mesmo se aplica ao quadro da nota 23 sobre os contratos de construção. A Siemens, tendo um exercício económico diferente do ano civil (1 de outubro a 30 de setembro) superiormente autorizado, adotou as NCRF pela primeira vez em 1 de outubro de 2010, aplicando para o efeito a NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das Dados Financeiros 24 Anexo às Demonstrações Financeiras Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, tendo preparado o balanço de abertura a 1 de outubro de 2009, considerando as isenções e/ou proibições de aplicação retrospetiva previstas na respetiva norma. 3. Principais políticas contabilísticas 3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras: Na preparação das demonstrações financeiras a que se referem as presentes notas, a empresa adotou: • As Bases de Preparação das Demonstrações Financeiras constantes do anexo ao Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, que instituiu o SNC; • As NCRF em vigor na presente data com as isenções descritas na Nota 2. Assim, as demonstrações financeiras foram preparadas tendo em conta as bases da continuidade, do regime do acréscimo, da consistência de apresentação, da materialidade e agregação, da não compensação e da informação comparativa. Tendo por base o disposto nas NCRF, as políticas contabilísticas adotadas pela empresa foram as seguintes: (a) Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis referem-se a bens utilizados na produção, na prestação de serviços ou no uso administrativo. A empresa adotou o custo considerado na mensuração dos ativos fixos tangíveis em referência a 1 de janeiro de 2009 (data de transição para as NCRF), nos termos da isenção permitida pela NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das NCRF. A empresa adotou como custo considerado: • Para terrenos e edifícios, o valor de aquisição reavaliado ao abrigo da legislação publicada; • Para os restantes ativos fixos tangíveis, o valor constante das anteriores demonstrações financeiras preparadas de acordo com o POC, o qual incluía reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de diversos diplomas legais que tiveram em conta coeficientes de desvalorização da moeda. Os ganhos resultantes das revalorizações efetuadas encontram-se refletidos em «Outras reservas». Com exceção dos terrenos que não são amortizáveis, os ativos fixos tangíveis são amortizados durante o período de vida económica esperada e avaliados quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo possa estar em imparidade. As amortizações são calculadas numa base duodecimal, a partir do momento em que os bens estão disponíveis para a utilização para a finalidade pretendida, utilizando o método da linha reta. Os ativos fixos tangíveis são depreciados em duodécimos durante as vidas úteis estimadas: Edifícios e outras construções Equipamento básico 10 a 50 anos 4 a 10 anos Equipamento de transporte 4 a 6 anos Equipamento administrativo 4 a 8 anos Outros ativos fixos tangíveis Até 1 ano 25 Considera-se que o valor residual é nulo, pelo que o valor depreciável sobre o qual incidem as amortizações é coincidente com o custo. Os métodos de amortização, a vida útil estimada e o valor residual são revistos no final de cada ano e os efeitos das alterações são tratados como alterações de estimativas, ou seja, o efeito das alterações é tratado de forma prospetiva. O gasto com amortizações é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica «Gastos/reversões de depreciação e amortização». Os custos de desmantelamento e remoção de bens do ativo fixo tangível e os custos de restauro do local onde estes estão localizados, em cuja obrigação se incorre quando os bens são adquiridos ou como consequência de terem sido usados durante um determinado período para finalidades diferentes da produção de inventários, fazem parte do custo do ativo fixo tangível correspondente e são amortizados no período de vida útil dos bens a que respeitam. Os custos de manutenção e reparação correntes são reconhecidos como gastos no período em que ocorrem. Os custos com substituições e grandes reparações são capitalizados sempre que aumentem a vida útil do imobilizado a que respeitem e são amortizados no período remanescente da vida útil desse imobilizado ou no seu próprio período de vida útil, se inferior. Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo tangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos custos da venda e o valor contabilístico) é incluído no resultado do exercício no ano em que o ativo é desreconhecido. As «Outras reservas» relativas a reservas de reavaliação existentes nos anteriores PCGA não são transferidas para resultados transitados por se referirem a reservas efetuadas ao abrigo de diplomas legais, as quais, apesar de realizadas pelo uso ou pela venda, não podem ser distribuídas aos sócios. Os ativos fixos tangíveis em curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção ou desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição, sendo somente amortizados quando se encontram disponíveis para uso. Imparidade A empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar com imparidade no final do ano. Se existir qualquer indicação, as empresas estimam a quantia recuperável do ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou de uma unidade geradora de caixa menos os gastos de vender e o seu valor de uso) e reconhecem nos resultados do exercício a imparidade sempre que a quantia recuperável for inferior ao valor contabilístico. Ao avaliar se existe indicação de imparidade são tidas em conta as seguintes situações: • Durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente mais do que seria esperado como resultado da passagem do tempo ou do uso normal; • Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo, alterações significativas com um efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal em que a entidade opera ou no mercado ao qual o ativo está dedicado; Dados Financeiros 26 Anexo às Demonstrações Financeiras • As taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado de retorno de investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ativo e diminuirão materialmente a quantia recuperável do ativo; • A quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é superior à sua capitalização de mercado; • Está disponível evidência de obsolescência ou dano físico de um ativo; • Alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram durante o período, ou espera-se que ocorram num futuro próximo, até ao ponto em que, ou na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que seja usado. Estas alterações incluem um ativo que se tornou ocioso, planos para descontinuar ou reestruturar a unidade operacional a que o ativo pertence e planos para alienar um ativo antes da data anteriormente esperada; • Existe evidência em relatórios internos que indica que o desempenho económico de um ativo é, ou será, pior do que o esperado. Independentemente de haver indicações de estarem em imparidade, os bens que ainda não estão disponíveis para uso são testados anualmente quanto à imparidade. As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados (a não ser que o ativo esteja escriturado pela quantia revalorizada, caso em que é tratado como acréscimo de revalorização) e não devem exceder a quantia escriturada do bem, que teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente. (b) Ativos intangíveis Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados, na data do reconhecimento inicial, ao custo. Após o reconhecimento inicial, os ativos intangíveis apresentam-se ao custo menos amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. A vida útil do ativo intangível foi avaliada como finita. Os ativos intangíveis com vidas úteis finitas são amortizados durante o período de vida económica esperada e avaliados quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo pode estar em imparidade. A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos na alínea a) ativos fixos tangíveis. As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados e não devem exceder a quantia escriturada do bem que teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente. Para um ativo intangível com uma vida útil finita, os métodos de amortização, a vida útil estimada e o valor residual são revistos no final de cada ano e os efeitos das alterações são tratados como alterações de estimativas, i.e. o efeito das alterações é tratado de forma prospetiva. O gasto com amortizações de ativos intangíveis com vidas úteis finitas é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica de «Gastos/reversões de depreciação e amortização». Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo intangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos o custo da venda e o valor contabilístico) é incluído no resultado do exercício no ano em que o ativo é desreconhecido. 27 (b.1.) Programas de computador É reconhecido nesta rubrica o programa de computador GloRHia de gestão de recursos humanos, adquirido a terceiros. Os gastos associados à manutenção e ao desenvolvimento dos programas de computador são reconhecidos como gastos quando incorridos por se considerar que não são mensuráveis com fiabilidade e/ou não geram benefícios económicos futuros. O período de depreciação do ativo fixo intangível registado é de cinco anos. (c) Participações financeiras – método da equivalência patrimonial Estão valorizados de acordo com o método da equivalência patrimonial os investimentos em subsidiárias, definindo-se como tal as entidades nas quais a empresa exerce uma influência significativa e que não são nem associadas nem empreendimentos conjuntos. Imparidade A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos na alínea a) ativos fixos tangíveis. (d) Participações financeiras – outros métodos As participações financeiras da Siemens que não utilizam o método da equivalência patrimonial respeitam a participações em associações empresariais cujo objeto é de interesse económico para a empresa, mas em que não existe participação na gestão das mesmas. A empresa adotou a isenção definida na NCRF 3 e, consequentemente, considerou os montantes ao custo do antigo GAAP. (e) Imposto sobre o rendimento (e.1.) Imposto sobre o rendimento – corrente O imposto corrente é determinado com base no resultado contabilístico ajustado de acordo com a legislação fiscal em vigor. A empresa é tributada em sede de imposto sobre o rendimento à taxa de 25%, acrescida da taxa de derrama até à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável, e acrescida de uma taxa de derrama estadual, aplicável a partir de 2012 inclusive, de 3% sobre o valor de lucro tributável entre os 1,5 e os 10 milhões e 5% no valor que exceda os 10 milhões de euros. Nos termos da legislação em vigor, as declarações fiscais da Siemens, S.A., estão sujeitas a revisão por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos, o qual pode ser prolongado em determinadas circunstâncias, nomeadamente quando existem prejuízos fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações. O Conselho de Administração, suportado nas posições dos seus consultores fiscais e tendo em conta as responsabilidades reconhecidas, entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão correções materiais nas demonstrações financeiras. (e.2.) Imposto sobre o rendimento – diferido Os ativos e passivos por impostos diferidos resultam do apuramento de diferenças temporárias (dedutíveis e tributáveis) entre as bases contabilísticas e as bases fiscais dos ativos e passivos da empresa. Os ativos por impostos diferidos refletem: • As diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que é provável a existência de lucros tributáveis futuros relativamente ao qual a diferença dedutível pode ser usada; Dados Financeiros 28 Anexo às Demonstrações Financeiras • Perdas fiscais não usadas e créditos fiscais não usados até ao ponto em que seja provável que lucros tributáveis futuros estejam disponíveis contra os quais possam ser usados. Diferenças temporárias dedutíveis são diferenças temporárias das quais resultam quantias que são dedutíveis na determinação do lucro tributável/perda fiscal de períodos futuros quando a quantia escriturada do ativo ou do passivo seja recuperada ou liquidada. Os passivos por impostos diferidos refletem diferenças temporárias tributáveis. As diferenças temporárias tributáveis são diferenças temporárias das quais resultam quantias tributáveis na determinação do lucro tributável/perda fiscal de períodos futuros quando a quantia escriturada do ativo ou do passivo seja recuperada ou liquidada. A mensuração dos ativos e passivos por impostos diferidos: • É efetuada de acordo com as taxas que se espera que sejam de aplicar no período em que o ativo for realizado ou o passivo liquidado, com base nas taxas fiscais aprovadas à data de balanço; e • Reflete as consequências fiscais decorrentes da forma como a empresa espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus ativos e passivos. (f) Inventários Os inventários são registados ao menor de entre o custo e o valor líquido de realização. O valor líquido de realização representa o preço de venda estimado deduzido de todos os gastos estimados necessários para concluir os inventários e para efetuar a sua venda. Nas situações em que o valor de custo é superior ao valor líquido de realização, é registado um ajustamento (perda por imparidade) pela respetiva diferença. O método de custeio dos inventários adotado pela Siemens consiste no custo médio ponderado. (g) Ativos financeiros não incluídos nas alíneas anteriores Os ativos financeiros não incluídos nas alíneas atrás e que não são valorizados ao justo valor estão valorizados ao custo amortizado (de acordo com o método do juro efetivo, o qual torna o valor contabilístico do ativo diferente do respetivo valor nominal quando o prazo da realização dos ativos é significativo, geralmente superior a seis meses), líquido de perdas por imparidade, quando aplicável. No final do ano, a empresa avaliou a imparidade destes ativos. Sempre que existia uma evidência objetiva de imparidade, a empresa reconheceu uma perda por imparidade na demonstração de resultados. A evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos pode estar em imparidade tem em conta dados observáveis que chamem a atenção sobre os seguintes eventos de perda: • Significativa dificuldade financeira do devedor; • Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou amortização da dívida; • As empresas englobadas na consolidação, por razões económicas ou legais relacionadas com a dificuldade financeira do devedor, ofereceram ao devedor concessões que de outro modo não considerariam; • Tornar-se provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização financeira; • Informação observável indicando que existe uma diminuição na mensuração da estimativa dos fluxos de caixa futuros de um grupo de ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial. 29 Os ativos financeiros individualmente significativos foram avaliados individualmente para efeitos de imparidade. Os restantes foram avaliados com base em similares características de risco de crédito. A imparidade apurada nos termos atrás referidos não difere daquela que é apurada com critérios e para efeitos fiscais. Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos tipos de ativos financeiros. (g.1.) Acionistas Os empréstimos a acionistas encontram-se valorizados ao custo amortizado, utilizando o método do juro efetivo, menos imparidade. Os restantes saldos com acionistas são também apresentados pelo respetivo custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável, determinada com base nos critérios definidos acima. (g.2.) Clientes As contas a receber de clientes são mensuradas, aquando do reconhecimento inicial, de acordo com os critérios de mensuração de «Vendas e prestações de serviços» descritos na alínea p), sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado menos imparidade. A imparidade é determinada com base nos critérios definidos na alínea g). A Siemens, S.A. acordou com a sua casa-mãe, através dos seus serviços financeiros (Siemens Financial Services), a cedência dos créditos sobre clientes, denominado Siemens Credit Warehouse, sendo a dívida reclassificada para a conta de associadas até à data do seu vencimento. (g.3.) Adiantamentos a fornecedores Estes saldos são mensurados ao respetivo custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável, determinada com base nos critérios definidos na alínea g). (g.4.) Outras contas a receber As outras contas a receber que incluem as dívidas ativas dos colaboradores e os saldos devedores de fornecedores encontram-se também valorizadas ao custo amortizado, menos eventuais imparidades calculadas com base nos critérios definidos na alínea g). (g.5.) Caixa e depósitos bancários e caixa e equivalentes de caixa Os saldos incluídos nesta rubrica estão mensurados da seguinte forma: • Depósitos sem maturidade definida – ao custo (equivalente ao valor nominal). Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de «Caixa e equivalentes de caixa» compreende depósitos, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. (h) Estado e outros entes públicos Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados com base na legislação em vigor. No que respeita aos ativos não foi reconhecida qualquer imparidade por se considerar que tal não é aplicável, dada a natureza específica do relacionamento. Dados Financeiros 30 Anexo às Demonstrações Financeiras (i) Diferimentos ativos e passivos Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos relativamente aos quais não é adequado o seu integral reconhecimento nos resultados do período em que ocorrem, mas que devam ser reconhecidos nos resultados de períodos futuros. (j) Rubricas do capital próprio (j.1.) Capital realizado O capital encontra-se totalmente realizado nas datas de constituição da Sociedade e respetivas escrituras de aumento de capital. Neste exercício, foi decidido em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 21 de novembro de 2012, a aquisição de 1,4 milhões de ações próprias ao valor nominal, no total de 7 millhões de euros. Posteriormente, numa outra Assembleia Geral extraordinária, realizada a 23 de novembro de 2012, foi decidido uma redução do capital através da extinção das ações próprias adquiridas, ficando o capital nominal realizado no valor de 63 milhões de euros. (j.2.) Reserva legal De acordo com o art. 295.º do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser destinado à constituição ou reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação e só pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital social (art. 296.º do CSC). Na Assembleia de 23 de novembro, foi também decidida a libertação do valor que excedesse os 20% de capital para resultados transitados. (j.3.) Outras reservas Esta rubrica inclui reservas de reavaliação efetuadas nos termos dos anteriores PCGA e as efetuadas na data de transição, líquidas dos correspondentes impostos diferidos, e que não são apresentadas na rubrica de «Excedentes de revalorização» pelo facto de a entidade ter adotado o custo na data de conversão para o SNC. As reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de diplomas legais, de acordo com tais diplomas, só estão disponíveis para aumentar capital ou cobrir prejuízos incorridos até à data a que se reporta a reavaliação e apenas depois de realizadas (pelo uso ou pela venda). As reservas que resultam da revalorização efetuada na data de transição só estão disponíveis para distribuição depois de realizadas (pelo uso ou pela venda). (j.4.) Resultados transitados Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos acionistas (que são líquidos de perdas por reduções de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento) e os ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento que, de acordo com o n.º 2 do art. 32.º do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados. (j.5.) Resultado líquido do período Esta rubrica representa o resultado da atividade comercial e industrial, bem como outros rendimentos e ganhos e outros gastos financeiros. 31 (l) Provisões Esta conta reflete as obrigações presentes (legais ou construtivas) da entidade provenientes de acontecimentos passados, cuja liquidação se espera que resulte numa saída de recursos da entidade que incorporem benefícios económicos e cuja tempestividade e quantia são incertas, mas cujo valor pode ser estimado com fiabilidade. As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data do balanço. Sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro é material, a quantia de uma provisão é o valor presente dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação usando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflete as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos do passivo e que não reflete riscos relativamente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas. Seguem-se algumas especificidades relativas a provisões: (l.1.) Provisões para garantias Estas provisões refletem a estimativa dos gastos em que se poderá vir a incorrer para solucionar problemas originados por defeitos de fabrico que venham a ser detetados nos produtos vendidos que tenham sido fabricados pela empresa e que venham a ser reclamados pelos clientes no prazo máximo de dois anos a contar da data da venda. Estas provisões são mensuradas tendo por base a proporção histórica de gastos com garantias em relação ao valor original das vendas, apurada de forma individualizada por tipo de produto, ao longo dos seis últimos anos de vendas. Não são reconhecidas provisões para garantias relativas a produtos adquiridos à casa-mãe pelo facto de esta assumir os gastos em que se possa vir a incorrer. (l.2.) Provisões para matérias ambientais Estas provisões incluem os gastos das medidas tomadas para evitar, reduzir e reparar danos de carácter ambiental decorrentes das atividades das entidades. No caso, referem-se a eventuais coimas por não conformidades com o cumprimento da legislação em vigor. (l.3.) Provisões para contratos onerosos Estas provisões referem-se a obrigações relacionadas com contratos em que os gastos inevitáveis de satisfazer as obrigações segundo os contratos excedem os benefícios económicos que se espera que venham a ser recebidos no âmbito dos mesmos. Para este efeito, considera-se que os gastos inevitáveis segundo o contrato são o menor do custo líquido de sair dos contratos que é o mais baixo do custo de os cumprir e de qualquer compensação ou de penalidades resultantes da falta de os cumprir. Antes de reconhecer uma provisão separada para um contrato oneroso, a empresa reconhece qualquer perda de imparidade que tenha ocorrido nos ativos inerentes a esse contrato. (l.4.) Provisões para reestruturação Estas provisões resultam de uma obrigação construtiva pelo facto de a empresa ter decidido levar a cabo um programa planeado e controlado pelo órgão de gestão e que altera materialmente ou o âmbito de um negócio empreendido pela empresa ou a maneira como o negócio é conduzido pela empresa. Dados Financeiros 32 Anexo às Demonstrações Financeiras Entende-se que a obrigação de reestruturação surge somente quando a empresa: • Tem um plano formal detalhado para a reestruturação que indica, entre outras situações: – O negócio em questão; – As principais localizações afetadas; – A localização, função e número aproximado de empregados que receberão retribuições pela cessação dos seus serviços; – Os dispêndios que serão levados a efeito; – Quando será implementado o plano; e – Criou uma expectativa válida nos afetados de que levará a efeito a reestruturação por ter anunciado as suas principais características aos afetados por ele. (l.5.) Outras provisões Esta rubrica inclui as provisões não previstas nas alíneas anteriores. (m) Transações e saldos em moeda estrangeira As demonstrações financeiras da Siemens são apresentadas em euros, sendo o euro a moeda funcional e de apresentação. As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Siemens, S.A.) são registadas às taxas de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio de 30 de setembro de 2013. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes dos pagamentos ou recebimentos das transações, bem como da conversão de taxa de câmbio à data de balanço dos ativos e passivos monetários, denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados em função da sua natureza (operacional, investimento e financiamento) no período em que são geradas. (n) Responsabilidades por benefícios pós-emprego e gastos com o pessoal Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independentemente da data do seu pagamento. Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos benefícios: (n.1.) Benefícios pós-emprego Nos planos de contribuição definida, a mensuração das quantias a reconhecer não tem em conta quaisquer pressupostos atuariais e a empresa procede ao seu reconhecimento de forma linear determinada pelas quantias a serem contribuídas relativamente a cada exercício. As quantias são reconhecidas por valores não descontados por se vencerem completamente antes de decorridos 12 meses após o final do período em que os empregados prestam serviço. Os ativos dos planos não estão disponíveis para os credores da empresa nem podem ser pagos diretamente a esta. O gasto do exercício respeita às contribuições feitas pela empresa. (n.2.) Férias e subsídio de férias De acordo com a legislação laboral em vigor, os empregados têm direito a férias e a subsídio de férias no ano seguinte àquele em que o serviço é prestado. Assim, foi reconhecido nos resultados do exercício um acréscimo do montante a pagar no ano seguinte, o qual se encontra refletido na rubrica «Outras contas a pagar». 33 (n.3.) Distribuição de lucros a empregados As distribuições de lucros a empregados são reconhecidas em «Gastos com o pessoal» no período a que respeitam. Assim, foi reconhecido nos resultados do exercício uma dívida do montante a pagar após 30 de setembro, o qual se encontra refletido na rubrica «Outras contas a pagar». (n.4.) Remunerações com base em ações Os benefícios concedidos a colaboradores ao abrigo de planos de incentivos de aquisição de ações ou de opções sobre ações são reconhecidos de acordo com as disposições da IFRS 2 – Pagamentos com base em ações. Assim, os benefícios concedidos são reconhecidos como gastos durante o período em que os serviços são prestados pelos empregados. Os benefícios a serem liquidados com base em ações são mensurados pelo justo valor na data de atribuição, sendo reconhecidos como gastos com o pessoal ao longo do período em que são adquiridos pelos beneficiários tendo em conta a probabilidade de virem a ser adquiridos e, se for o caso, a probabilidade das opções virem a ser exercidas. (n.5.) Benefícios de cessação de emprego A Siemens reconhece um passivo e um gasto por benefício de cessação de emprego quando já se comprometeu de forma demonstrável a: • Cessar o emprego de um empregado ou grupo de empregados antes da data normal de reforma; ou • Proporcionar benefícios de cessação como resultado de uma oferta feita a fim de encorajar a saída voluntária. Considera-se forma demonstrável quando tem um plano formal pormenorizado para a cessação e não exista possibilidade realista de retirada e quando o plano inclua, como mínimo: • A localização, a função e o número aproximado de empregados cujos serviços estão para ser cessados; • O benefício de cessação para cada classificação ou função de emprego. No caso de ofertas feitas para encorajar a saída voluntária, a mensuração dos benefícios de cessação de emprego é baseada no número de empregados que se espera que aceitem a oferta. (o) Passivos financeiros Os passivos financeiros são reconhecidos quando a empresa se constitui parte na respetiva relação contratual. Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram. Todos os passivos financeiros são reconhecidos inicialmente ao justo valor e, no caso de empréstimos, são também deduzidos os gastos de transação. Os passivos financeiros estão mensurados nos termos indicados nas alíneas seguintes: (o.1.) Fornecedores As contas a pagar a fornecedores são reconhecidas inicialmente pelo respetivo justo valor e, subsequentemente, são mensuradas ao custo amortizado, de acordo com o método do juro efetivo. Dados Financeiros 34 Anexo às Demonstrações Financeiras (o.2.) Outras contas a pagar As outras contas a pagar estão mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método do juro efetivo, sendo que nesta rubrica estão registadas dívidas passivas ao pessoal e outros acréscimos de gastos. (o.3.) Adiantamentos de clientes Os adiantamentos de clientes estão mensurados ao custo amortizado. (o.4.) Acionistas/sócios Os saldos dos acionistas são apresentados ao custo. (p) Vendas e prestações de serviços As vendas e as prestações de serviços são mensuradas pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber deduzido das quantias relativas a descontos comerciais e de quantidades concedidos. Quando é concedido crédito isento de juros aos compradores ou estes aceitam livranças com taxa de juro inferior à do mercado como retribuição pela venda dos bens, ou, de qualquer outra forma o influxo de dinheiro ou equivalentes de dinheiro é diferido, a diferença entre o justo valor da retribuição e a quantia nominal da retribuição é reconhecida como rédito de juros, durante o período que medeia entre a data do reconhecimento do rédito e a data efetiva do recebimento. Quando o preço da venda dos produtos/serviços inclui uma quantia identificável de serviços subsequentes, essa quantia é diferida e reconhecida como rédito durante o período em que o serviço é executado. Embora o rédito somente seja reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa, quando surja uma incerteza acerca da cobrança de uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável, ou a quantia com respeito à qual a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconhecida como uma imparidade saldo a receber, e não como um ajustamento da quantia de rédito originalmente reconhecido. Seguem-se algumas especificidades relativas ao reconhecimento das vendas e das prestações de serviços: (p.1.) Vendas O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando estão satisfeitas todas as condições seguintes: • Tenham sido transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens; • Não se mantenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse, nem o controlo efetivo dos bens vendidos; • A quantia do rédito possa ser mensurada com fiabilidade; • Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a entidade; e • Os gastos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser mensurados com fiabilidade. (p.2.) Prestações de serviços O rédito das prestações de serviços é reconhecido quando o desfecho da transação pode ser estimado com fiabilidade, o que ocorre quando todas as condições seguintes são satisfeitas: • A quantia de rédito pode ser mensurada com fiabilidade; • É provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa; • A fase de acabamento da transação à data do balanço pode ser mensurada com fiabilidade; e • Os gastos incorridos com a transação e os gastos para concluir a transação podem ser mensurados com fiabilidade. 35 (p.3.) Contratos de construção Quando é possível estimar com fiabilidade o resultado de um contrato de construção, os correspondentes gastos e rendimentos são reconhecidos por referência à percentagem de acabamento do contrato na data de relato. A percentagem de acabamento é determinada de acordo com os gastos incorridos face aos gastos totais para concluir o contrato. Quando não é possível estimar com fiabilidade o resultado do contrato de construção, o rédito do contrato é reconhecido até à concorrência dos gastos do contrato incorridos que se esperam recuperar. Os gastos do contrato são reconhecidos no período em que são incorridos. Quando for provável que os gastos totais do contrato excedam o rédito total do mesmo, a correspondente perda esperada é reconhecida de imediato como um gasto. A quantia de tal perda é determinada independentemente de ter ou não começado o trabalho do contrato ou da fase de acabamento da atividade do contrato. (q) Subsídios à exploração São reconhecidos nesta rubrica os subsídios não reembolsáveis que não estejam relacionados com ativos. A empresa recebeu um subsídio respeitante à formação, que apenas foi reconhecido quando recebido. (r) Juros e gastos similares suportados Os gastos com financiamento são reconhecidos na demonstração de resultados do período a que respeitam e incluem: • Juros suportados determinados com base no método do juro efetivo. (s) Ativos e passivos contingentes Um ativo contingente é um possível ativo proveniente de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de rendimentos que podem nunca ser realizados. Contudo, são divulgados quando for provável a existência de um influxo futuro. Um passivo contingente é: • Uma obrigação possível que provém de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade; ou • Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque: – Não é provável que uma saída de recursos seja exigida para liquidar a obrigação, ou – A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de gastos que podem nunca se tornar efetivos. Contudo, são divulgados sempre que existe uma probabilidade de exfluxos futuros que não seja remota. (t) Efeito das alterações das taxas de câmbio As transações em moeda estrangeira são convertidas para o euro às taxas nas datas das transações. Os saldos que se mantenham em dívida no final do ano são convertidos à taxa de fecho e a diferença é reconhecida em resultados. Dados Financeiros 36 Anexo às Demonstrações Financeiras (u) Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais. 3.2. Juízos de valor (excetuando os que envolvem principais julgamentos e estimativas) que o órgão de gestão fez no processo de preparação das demonstrações financeiras Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com o SNC, o Conselho de Administração utiliza julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros fatores, incluindo expetativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida. Os efeitos reais podem diferir dos julgamentos e estimativas efetuados, nomeadamente no que se refere ao impacto dos custos e proveitos que venham realmente a ocorrer. Os principais julgamentos e estimativas contabilísticas e que tiveram maior impacto refletidas nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras são como segue: (a) Vida útil dos ativos fixos tangíveis e intangíveis A vida útil de um ativo é o período durante o qual uma entidade espera que esse ativo esteja disponível para seu uso e deve ser revista pelo menos no final de cada exercício económico. O método de amortização/depreciação a aplicar e as perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil efetiva de um ativo. Estes parâmetros são definidos de acordo com a melhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas dos setores em que a empresa opera. (b) Reconhecimento de prestações de serviços A Empresa utiliza o método da percentagem de acabamento no reconhecimento das suas prestações de serviços. A utilização deste método requer que a empresa estime os serviços executados como uma percentagem do total de serviços a serem executados, os quais também necessitam de ser estimados. (c) Provisões para impostos A empresa, suportada nas posições dos seus consultores fiscais e tendo em conta as responsabilidades reconhecidas, entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão correções materiais nas demonstrações financeiras que requeiram a constituição de uma provisão adicional para impostos. 3.3. Principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar ajustamento material nas quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte) As estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada momento e nas ações que se planeiam realizar, sendo permanentemente revistas com base na informação disponível. 37 Alterações nos factos e circunstâncias subsequentes podem conduzir à revisão das estimativas no futuro, pelo que os resultados reais poderão vir a diferir das estimativas presentes. As principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar ajustamento material nas quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte) são as seguintes: (a) Imparidade das contas a receber O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a informação histórica do devedor e o seu perfil de risco, tal como referido no parágrafo 3.1. (g). As contas a receber são ajustadas pela avaliação efetuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data do balanço, os quais poderão divergir do risco efetivo a incorrer no futuro. (b) Provisões O reconhecimento de provisões tem inerente a determinação da probabilidade de saída de fluxos futuros e a sua mensuração com fiabilidade. Estes fatores estão muitas vezes dependentes de acontecimentos futuros e nem sempre sob o controlo da empresa, pelo que poderão conduzir a ajustamentos significativos futuros, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. (c) Provisões para desmantelamento e restauro As provisões para os custos de desmantelamento e remoção de bens do ativo fixo tangível e para os custos de restauração do local onde estes estão localizados está dependente de pressupostos e estimativas que as tornam sensíveis a: • Expectativa de custo a ser incorrido; • Data previsível da ocorrência dos custos; • Taxa de desconto utilizada no desconto das saídas de caixa esperadas. (d) Pagamentos com base em ações Os compromissos de pagamentos com base em ações assumidos com os empregados encontram-se refletidos nas contas por um valor que tem em conta, entre outros, o valor das ações, a probabilidade das condições de exercício virem a ser atingidas e a probabilidade das opções virem a ser exercidas. Em contexto de crise, estas variáveis podem sofrer oscilações significativas. 4. Fluxos de caixa O saldo de Caixa e seus equivalentes, constante da demonstração de fluxos de caixa, é composto apenas por depósitos à ordem, não existindo valores que não estejam disponíveis para uso, conforme quadro seguinte: Caixa e depósitos bancários Dados Financeiros 38 Anexo às Demonstrações Financeiras Set. 13 Set. 12 2.580.211 4.815.554 6. Partes relacionadas 6.1. Empresa-mãe e participações financeiras A empresa é detida pela Siemens International Holding, B.V., com sede em Haia, na Holanda, sendo as Demonstrações Financeiras consolidadas na empresa Siemens AG, com sede em Munique, na Alemanha. a) Empreendimentos conjuntos A empresa participa nos empreendimentos conjuntos abaixo discriminados: ACE SIEOCEAN SIM III Atividade % de interesse Set. 13 % de interesse Set. 12 Indústria 65,00% 65,00% Manutenção de instalações 90,00% 90,00% SICMAN Indústria 95,00% 95,00% GSH Indústria 50,00% 50,00% ACIT Indústria 40,00% 40,00% SIEMENS, SETAL, DEGR. E EFACEC Indústria 34,00% 34,00% Manutenção de instalações 50,00% 50,00% Manutenção de material circulante 49,00% 49,00% Indústria 95,00% 95,00% Manutenção de instalações 75,00% 75,00% GMET – SERVIÇOS DE MANUT. DE INFRAESTRUTURAS EMEF/SIEMENS ACE (SIMEF) GSEC – GESTÃO E SERVIÇOS DE MANUT. ESP. CULT. SIEMENS E IBERLIM SIEMENS E TDGI Manutenção de instalações 80,00% 80,00% SMEC – PREST. SERVIÇOS DE MANUT. ESP. CULT. Manutenção de instalações 95,00% 95,00% S. MAXICOFRE Manutenção de instalações 80,00% 0,00% SIEMENS – DEGRÉMONT Manutenção de instalações 55,00% 0,00% Estes empreendimentos utilizam o ano civil como exercício económico, pelo que existe uma disparidade de nove meses entre os finais dos exercícios equivalentes na Siemens, S.A. Os resultados dos ACE são incorporados nas contas da Siemens, S.A., em conformidade com a percentagem de interesse. Durante o exercício de 2013, foi efetuado um ajustamento de modo a refletir os resultados destes ACE para o período de nove meses findo em 30 de setembro de 2013. b) Associadas e subsidiárias A empresa possui 100% do capital da Siemens Healthcare Diagnostics Unipessoal, Lda., com sede na Amadora, cuja atividade principal é o fornecimento de material e reagentes para diagnósticos na área da saúde. c) Outras participações Durante o corrente e anterior exercício, a Siemens participa ainda nas sociedades seguintes: Valor Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos 10.000 € 39 Esta participação não teve qualquer alteração, quer na percentagem, quer no valor relativamente a exercícios anteriores. A empresa não exerce qualquer tipo de influência na gestão da participada. Neste exercício, a Siemens alienou a sua participação de 0,01% do capital na MST – Metro Sul do Tejo ao valor nominal de 3.938 €. 6.2. Remunerações do pessoal-chave da gestão da empresa As remunerações do pessoal-chave da gestão da empresa encontram-se discriminadas no quadro seguinte: Descrição Set. 13 Set. 12 1.075.453 1.030.195 Benefícios pós-emprego 17.150 17.150 Outros benefícios de longo prazo 82.134 0 1.174.737 1.047.345 Remunerações e benefícios de curto prazo 6.3. Transações e saldos com partes relacionadas As transações com entidades relacionadas estão discriminadas no quadro seguinte: Set. 13 Entidades País Relação Rendimentos Siemens S.A. AGO Mat/Serv 12.196.403 Siemens S.A. AGO Mat/Serv Siemens L.L.C. ARE Mat/Serv 133.271 SD (MIDDLE EAST) ARE Mat/Serv 824.161 13.750 Siemens Middle East ARE Mat/Serv Siemens Transformers LLC ARE Mat/Serv ARG Mat/Serv 71 AUS Mat/Serv 66.955 268.202 AUT Mat/Serv AUT Mat/Serv Siemens Transformers AUT Mat/Serv AUT Mat/Serv Siemens BEL Mat/Serv 4.181.654 231.400 Dade Behring S.A. BEL Mat/Serv BEL Mat/Serv BGD Mat/Serv BGR Mat/Serv Siemens W.L.L. BHR Mat/Serv 150.750 Siemens Ltda. BRA Mat/Serv 700.623 CAN Mat/Serv CAN Mat/Serv Saldos 1.456.748 -5.288 -10.997 113.593 2.750 -12.360 -16.614 91.890 1.994.551 -178.668 571.244 -138.380 -101.250 16.218 -79.903 -1.739.675 3.321.126 -1.737.109 -314.151 177.898 -164.800 -143.147 Siemens Bangladesh L Siemens Transformers Gastos -6.085 Siemens EOOD Siemens Canada Ltd. -26.767 -3.250 Siemens Power Genera Siemens Healthcare D Rendimentos 14.393.448 -80.076 Siemens S.A. Siemens AG Oesterrei Set. 12 Saldos -477 Siemens Ltd. Trench Austria GmbH Gastos 214.962 180.198 -9.850 643.592 12.214 -55.845 1.033.530 -2.926 141.839 TRENCH LTD CAN Mat/Serv -76.952 RUGGEDCOM INC CAN Mat/Serv -39.681 SIEMENS SCHWEIZ CHE Mat/Serv Huba Control AG CHE Mat/Serv Siemens S.A. CHL Mat/Serv 4.417.398 -4.785.392 -537 3.006.667 -4.403.188 -3.636 18.136 (Continua) Dados Financeiros 40 Anexo às Demonstrações Financeiras (Continuação) Set. 13 Entidades Siemens Shanghai Med País Relação CHN Mat/Serv Siemens Ltd. China CHN Mat/Serv Siemens Transformer CHN Mat/Serv Rendimentos Gastos Set. 12 Saldos Rendimentos Gastos 67.052 -20.252 174.301 -1.988 537 Siemens Electrical Drives Ltd. CHN Mat/Serv Siemens Switchgear Ltd. Shanghai Siemens Transformer (Guangzhou) Co., Ltd. CHN Mat/Serv 1.040 -282 CHN Mat/Serv 4.261 Siemens S.A. CRI Mat/Serv 150 SIEMENS INDUSTRIAL CZE Mat/Serv Siemens s.r.o. CZE Mat/Serv -576.500 2.551.386 SIEMENS SPA CZE Mat/Serv 17.688 Siemens AG DEU Mat/Serv 28.772.179 Siemens DEU Mat/Serv -4.426.073 206.053 -393.965 17.688 -84.762.629 -221.929 37.475.956 -97.902.480 -14.420.293 Siteco Beleuchtungstechnik DEU Mat/Serv -610.152 -692.371 VVK Versicherungsvermittlung DEU Mat/Serv -187.407 -495.270 Siemens Turbomachine DEU Mat/Serv -2.596.806 -464.390 HSP Hochspannungsgeräte GmbH DEU Mat/Serv -18.110 -192.740 -186.880 -103.197 -75.431 -47.693 -25.047 Siemens Industriegetriebe GmbH DEU Mat/Serv Siemens Geared Motor DEU Mat/Serv Siemens Corporation DEU Mat/Serv -56.013 Siemens AG – IBT CPS DEU Mat/Serv Siemens Insulation C DEU Mat/Serv -26.508 -29.563 WINERGY AG DEU Mat/Serv -125.060 messMa GmbH DEU Mat/Serv -2.792 Comos Industry Solutions DEU Mat/Serv FEAGFERTIG DEU Mat/Serv Maschinenfabrik Reinhausen DEU Mat/Serv 111.114 DEU Mat/Serv 107 Mat/Serv 180.204 22.000 153 -143.249 Siemens Project Ventures DEU Mat/Serv Siemens Bank GmbH DEU Mat/Serv -750 -1.170.614 TLT-Turbo GmbH DEU Mat/Serv DEU Mat/Serv -293 VVK Versicherungsvermittlungs DEU Mat/Serv -174.488 Atos IT Solutions and Services DEU Mat/Serv Siemens Wind Power A/S DNK Mat/Serv 131.898 Siemens A/S DNK Mat/Serv 1.515.496 SIEMENS S.P.A. DZA Mat/Serv SIEMENS HEALTHCARE D EGY Mat/Serv Mat/Serv Mat/Serv 648.076 8.410 ALPHA VERTEILERTECHNIK EGY -42.341 354 DEU EGY -6.877 -1.126 -42.341 SFS Holding Siemens Ltd. 201 163.252 Siemens Healthcare D Siemens Ltd. -30.049 -5.544 -1.055 160.308 -20.061 476.634 -73.800 11.000 -4.375 21.876 Siemens Holding S.L. ESP Mat/Serv 457.474 -3.342.404 437.102 -3.066.847 TELECOMUNICACIÓN, EL ESP Mat/Serv 7.496.058 -3.987.967 6.963.231 -2.468.121 800.545 -1.135.041 691.731 -1.365.265 SIEMENS HEALTHCARE D ESP Mat/Serv FABRICA ELECTROTECNICA JOSA, S.A. ESP Mat/Serv Saldos -3.600 -3.388 TELECOMUNICACIÓN, ELECTRÓNICA ESP Mat/Serv 6.385 DIMETRONIC S.A. ESP Mat/Serv 27.972 9.539 (Continua) 41 (Continuação) Set. 13 Entidades País Relação ATOS IT SOLUTIONS AND SERVICES ESP Mat/Serv Rendimentos Set. 12 Gastos Saldos -19.574 -322 Rendimentos Gastos Siemens Osakeyhtioe FIN Mat/Serv 407.198 -2.394 326.954 Siemens S.A.S. FRA Mat/Serv 9.091.472 -1.778.264 6.485.310 -1.502.929 Siemens Medical Solutions FRA Mat/Serv -792.070 TRENCH FRANCE FRA Mat/Serv -1.648.409 19.816 -874.027 63.670 -829.678 Siemens Transmission FRA Mat/Serv 2.779.861 Siemens Healthcare D FRA Mat/Serv 916.252 -930.090 -40.045 737.268 SIEMENS INDUSTRY INC GAB Mat/Serv SIEMENS PLC GBR Mat/Serv Oxford Magnet Techno Demag Delaval Industrial Turbomachinery GBR Mat/Serv GBR Mat/Serv Siemens Transmission GBR Mat/Serv 319.109 -2.800 405.622 2.950 -130.349 1.299.868 502.894 GRC Mat/Serv 1.200.350 GRC Mat/Serv 149.590 Siemens d.d. HRV Mat/Serv 11.418 HUN Mat/Serv HUN Mat/Serv P.T. Siemens Indonesia IDN Mat/Serv Siemens Information IND Mat/Serv 460.489 -163.187 201 Siemens A.E. Siemens Zrt. -60.903 -22.429 Siemens Healthcare D Siemens Rt 113.962 133.405 68.426 -866.700 -91.120 670 -243 -794.022 Siemens Ltd. IND Mat/Serv 153.737 Siemens Ltd. IRL Mat/Serv 478.354 Siemens Sherkate Sahami IRN Mat/Serv Siemens Concentrated ISR Mat/Serv -647.949 -61.913 63.291 -53.507 50.812 147.596 141.145 147.596 37.500 Siemens Israel Ltd. ISR Mat/Serv 264.131 SIEMENS S.P.A. ITA Mat/Serv 7.861.675 -951.145 7.254.594 -737.011 Siemens Healthcare D ITA Mat/Serv 1.214.948 -578.353 977.988 -470.305 358.300 TRENCH ITALIA SRL ITA Mat/Serv -37.534 Siemens Asahi Medica JPN Mat/Serv -6.244 Siemens Japan K.K. JPN Mat/Serv Siemens Ltd. KOR Mat/Serv National & German El KWT Mat/Serv -1.099 142.213 -3.803 -767 -69.951 LVA Mat/Serv MAR Mat/Serv Siemens S.A. MAR Mat/Serv 10.983.860 39.859 827.740 3.278 557 Siemens S.A. de C.V. MEX Mat/Serv 654.480 Siemens Innovaciones MEX Mat/Serv 34.957 Siemens Malaysia Sdn MYS Mat/Serv 18.158 Siemens Ltd. NGA Mat/Serv 100.536 -231 13.193 100.536 SIEMENS INDUSTRIAL NLD Mat/Serv 3.650 Siemens Nederland N. NLD Mat/Serv 372.734 -37.593 515.475 1.945.626 -2.254 1.088.833 Siemens AS NOR Mat/Serv Siemens Oil and Gas NOR Mat/Serv OMN Mat/Serv Siemens Pakistan PAK Mat/Serv Siemens S.A.C. PER Mat/Serv Siemens L.L.C. 325 -55.740 Siemens Plant Operations Siemens Osakeyhtioe Saldos 3.000 -8.775 634 311.696 476 80.762 -76.899 -12.535 (Continua) Dados Financeiros 42 Anexo às Demonstrações Financeiras (Continuação) Set. 13 Entidades País Relação Siemens Industry Software POL Mat/Serv Rendimentos Gastos Set. 12 Saldos Siemens Sp. z o.o. POL Mat/Serv PRT Mat/Serv Siemens Helthcare Diagnostics PRT Mat/Serv 1.914.766 -64.362 -62.024 30.517 SIM III – SIEMENS MAN PRT Mat/Serv 1.889.781 -10.100.394 -2.223.034 PRT Mat/Serv 88.581 -412.664 -116.108 Sieocean – Siemens O.S. PRT Mat/Serv 719.163 -430.926 ACIT SIEMENS – OPERA PRT Mat/Serv 479.411 EMEF/SIEMENS ACE – S PRT Mat/Serv 2.734.473 OSRAM PRT Mat/Serv 6.560 SIEMENS E TDGI ACE PRT Mat/Serv 5.620.971 PRT Mat/Serv PRT Mat/Serv 8.801 -126.619 21.926 -3.712.390 620.028 30.517 -320.488 -52.737 85.611 -56.750 -28.375 -2.698.892 -414.011 ATOS IT SOLUTIONS AND SERVICES PRT Mat/Serv 31.540 QAT Mat/Serv 311.848 Siemens S.R.L. ROU Mat/Serv 34.100 3.831 OOO Siemens RUS Mat/Serv 1.312.697 1.907.900 52.674 OOO Siemens Gas Turbine RUS Mat/Serv SAU Mat/Serv Arabia Electric Ltd. SAL Mat/Serv Siemens Ltd. SAL Mat/Serv -33.425 45.695 Siemens W.L.L. Siemens Ltd. Saldos 2.549 -50.514 SIEMENS, SETAL DEGREMONT SIEMENSMAXICOFRE ACE Gastos 11.040 Osram, Lda. SIEMENS – DEGREMONT SERVIÇOS D Rendimentos 458.223 -13.780 285 858.895 Siemens d.o.o. SCG Mat/Serv 4.800 Siemens Pte. Ltd. SGP Mat/Serv 391.327 Siemens s r.o. SVK Mat/Serv Siemens d.o.o. SVN Mat/Serv 60.990 -31.876 206.432 -90.770 -86.474 142.927 SIEMENS INDUSTRIAL SWE Mat/Serv 246.311 -2.751.373 Siemens AB SWE Mat/Serv 1.054.828 -539.583 Siemens Finans AB SWE Mat/Serv Siemens Ltd. THA Mat/Serv 17.599 Siemens Sanayi ve Ti TUR Mat/Serv 427.957 -1.135 118.815 -2.027.257 811.132 -707.722 -1.079 -1.228.965 Siemens S.A. URY Mat/Serv 74.324 -5.658 Siemens Medical Solutions USA Mat/Serv 4.702 -790.681 Siemens Water Technologies USA Mat/Serv Siemens Industry, Inc. USA Mat/Serv Siemens Corporation USA Mat/Serv 12.927 -475 2.409 -120 282.176 -673.444 87.915 -1.108.985 22.310 -183.410 16.141 -24.130 -12.878 Siemens Energy, Inc. USA Mat/Serv 999.938 SIEMENS HEALTHCARE D USA Mat/Serv 298.860 Siemens Westinghouse Power USA Mat/Serv 2.500 Siemens Industry, Inc. USA Mat/Serv 349.052 SII, CSG, eMeter USA Mat/Serv 218.441 Siemens Ltd. ZAF Mat/Serv 3.101.483 -1.942 2.748.451 230.795 -55.667 129.862.653 -141.665.145 2.827.763 -2.146.624 -191.250 105.085.154 -140.837.183 -62.863 43 7. Ativos fixos tangíveis A reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período encontra-se detalhada nos quadros seguintes: Valor de aquisição Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Ativos fixos tangíveis em curso Outros ativos fixos tangíveis Saldo em 30/09/2011 Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros ativos fixos tangíveis Abates e Alienações Correções e Transf. 8.252.332 Saldo em 30/09/2012 Aumentos Abates e Alienações Correções e Transf. 8.252.332 8.252.332 398.246 -674.072 19.835.109 425.070 -397.673 19.926.007 217.788 -263.159 19.880.636 3.257.128 0 -57.870 3.199.258 120.000 -183.972 3.135.287 9.138.514 314.176 -880.483 8.572.207 325.927 -495.296 8.402.838 352.508 488.057 777.065 593.992 144.772 54.554.502 Saldo em 30/09/2013 54.830.328 63.500 -63.500 -48.316 275.074 96.456 -10.663 234.420 -234.420 -11.660 55.053.333 1.136.637 84.796 95.810.693 1.625.549 -2.058.414 0 95.377.828 1.532.781 -964.750 0 95.945.859 Saldo em 30/09/2011 Aumentos Abates e Alienações Correções e Transf. Saldo em 30/09/2012 Aumentos Abates e Alienações Correções e Transf. Saldo em 30/09/2013 31.584.565 1.704.871 -656.349 32.633.088 1.674.095 -10.663 34.296.519 12.996.222 1.486.222 -365.159 14.117.285 3.684.471 -224.449 17.577.307 2.752.670 158.768 -57.870 2.853.568 387.277 -171.945 3.068.900 7.380.997 543.371 -849.141 7.075.227 684.090 -489.722 7.269.595 144.772 0 -48.316 96.456 -11.660 84.796 54.859.226 3.893.232 -1.976.835 Depreciações acumuladas Edifícios e outras construções Aumentos 40.951.467 0 56.775.623 6.429.932 -908.439 38.602.203 0 62.297.117 33.648.742 A empresa procedeu às reavaliações autorizadas pelos diversos diplomas legais publicados, a saber: • D.L. n.º 430/78 de 27 de dezembro; • D.L. n.º 219/82 de 2 de junho; • D.L. n.º 399-G/84 de 28 de dezembro; • D.L. n.º 118-B/86 de 27 de maio; • D.L. n.º 111/88 de 2 de abril; • D.L. n.º 49/91 de 25 de janeiro; • D.L. n.º 264/92 de 24 de novembro; • D.L. n.º 31/98 de 11 de fevereiro. Os Ativos Tangíveis em Curso respeitam a obras de conservação e reparação dos edifícios. Estes excedentes de revalorização, no valor de 11.187.005 €, nos termos do n.º 2 do art. 32.º do CSC, só estarão livres para distribuição depois de realizados pela venda. Dados Financeiros 44 Anexo às Demonstrações Financeiras Quadro de reavaliações: Rubricas Custos Históricos a) Reavaliações a) b) Valores Contabilísticos Reavaliados a) Terrenos e recursos naturais 4.331.040,13 4.021.424,76 8.352.464,89 Edifícios e outras construções 6.762.205,77 3.279.779,65 10.041.985,42 11.093.245,90 7.301.204,41 18.394.450,31 Imobilizações corpóreas: a) Líquidos de amortizações. b) Englobam as sucessivas reavaliações. 8. Ativos intangíveis A reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período encontra-se detalhada nos quadros seguintes: Valor de aquisição Saldo em 30/09/2011 Aumentos Abates e Alienações Correções e Transf. Saldo em 30/09/2012 0 495.776 0 0 Saldo em 30/09/2011 Aumentos Abates e Alienações 82.629 0 Programas de computador Amortizações acumuladas Aumentos Abates e Alienações Correções e Transf. Saldo em 30/09/2013 495.776 0 0 0 495.776 Correções e Transf. Saldo em 30/09/2012 Aumentos Abates e Alienações Correções e Transf. Saldo em 30/09/2013 0 165.259 0 82.629 165.259 0 0 247.888 0 Programas de computador 0 0 0 0 0 165.259 413.147 247.888 9. Participações financeiras As participações financeiras decompõem-se da forma indicada nos quadros seguintes: Valor de aquisição Saldo em 30/09/2011 Imparidades Abates e Alienações 22.376.663 Investimentos em associadas Investimentos noutras empresas Aumentos 23.913 23.913 22.376.663 Saldo em 30/09/2011 Aumentos Abates e Alienações 9.976 9.976 13.937 Aumentos 22.376.663 1.196.472 23.913 Investimentos em associadas Investimentos noutras empresas Saldo em 30/09/2012 0 0 Abates e Alienações Saldo em 30/09/2013 23.573.135 3.938 19.975 22.400.576 1.196.472 3.938 23.593.110 Saldo em 30/09/2012 Aumentos Abates e Alienações Saldo em 30/09/2013 0 0 9.976 9.976 9.976 22.390.600 0 0 9.976 23.583.133 45 a) Investimentos em associadas e subsidiárias A Siemens, S.A. adquiriu 100% das ações da Siemens Healthcare Diagnostics Unipessoal, Lda. (SHD) por 10.076.000 €. Anteriormente, estas ações eram detidas pela Siemens Diagnostics Holding II BV (34,78%) e Siemens Medical Solutions Diagnostics Europe Limited (65,22%), sendo que ambas têm a mesma última casa-mãe, Siemens AG, que a Siemens, S.A. O preço de compra foi baseado numa avaliação feita, ao nível global para várias empresas do Grupo, por um avaliador externo. Na data da aquisição, a Siemens, S.A. efetuou uma análise às demonstrações financeiras SHD e não detetou quaisquer casos em que: i) o valor dos ativos da SHD estavam sobreavaliados; ii) passivos e/ou passivos contingentes da SHD foram omitidos ou os valores atribuídos a esses itens estavam subavaliados. Durante o exercício de 2013, foi acordado um acerto do preço de compra das ações da SHD, resultante na redução do preço em 2.020.000 €. Uma vez que, durante o ano 2013, todas as entidades são controladas pela mesma parte ou partes antes e após a compra, a NCRF 14 – Concentração de Atividades Empresariais não se aplica a entidades sob controlo comum e, tomando em consideração a substância económica das operações, a Siemens, S.A. registou o valor do seu investimento na SHD pelo valor correspondente ao total do capital próprio da mesma e a diferença entre o preço de compra de 10.076.000 € e o valor de capital próprio da SHD de 23.573.135 € foi registado como um aumento para Resultados Transitados. A informação financeira resumida das associadas e subsidiárias, incluindo as quantias agregadas de ativos, passivos, rendimentos e resultados é a que se indica no quadro seguinte: Balanço SHD Demonstração dos Resultados Ativos Correntes Ativos Não Correntes Passivos Correntes Passivos Não Correntes Rendimentos Resultados 2013 19.520.660 12.972.611 8.744.301 175.834 28.607.152 1.196.473 2012 24.812.700 14.769.326 17.036.586 168.777 30.927.579 1.448.202 A Siemens, S.A. não consolidou contas com a Siemens Healthcare Diagnostics, Lda., ao abrigo do n.º 3, do artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de julho, atendendo a que a última empresa-mãe da Siemens, S.A., a mesma da Siemens Healthcare Diagnostics, Lda., a faz. A entidade que procede à consolidação de contas é a Siemens, AG, com sede em Munique. Dados Financeiros 46 Anexo às Demonstrações Financeiras b) Investimentos em entidades conjuntamente controladas Foram reconhecidos na empresa os resultados, relativos aos exercícios findos em 30 de setembro de 2013, dos empreendimentos conjuntos, conforme abaixo discriminado: ACE SIEOCEAN SIM III SICMAN Atividade % de interesse Resultado Set. 13 Resultado Dez. 12 Resultado Dez. 11 10.097,89 Indústria 65,00% -44.267,89 -5.526,65 Manutenção de instalações 90,00% -56.323,97 -56.008,45 2.109,01 Indústria 95,00% -59.871,90 11.472,50 -99.826,37 -2.473,03 GSH Indústria 50,00% -132.704,32 539,68 ACIT Indústria 40,00% -6.422,22 0,00 0,00 SIEMENS, SETAL, DEGR. E EFACEC Indústria 34,00% -10.033,09 3.157,47 -4.889,42 GMET – SERVIÇOS DE MANUT. DE INFRAESTRUTURAS EMEF/SIEMENS ACE (SIMEF) GSEC – GESTÃO E SERVIÇOS DE MANUT. DE ESP. CULT. SIEMENS E IBERLIM Manutenção de instalações 50,00% 0,00 0,00 3.837,47 Manutenção de material circulante 49,00% 183.979,37 416.198,78 261.348,20 Indústria 95,00% 0,00 0,00 -63.958,73 Manutenção de instalações 75,00% 0,00 24.708,25 -78.720,53 SIEMENS E TDGI Manutenção de instalações 80,00% 0,00 43.805,58 0,00 SMEC – PREST. SERVIÇOS DE MANUT. DE ESP. CULT. Manutenção de instalações 95,00% -17.802,35 -4.991,69 0,00 S. MAXICOFRE Manutenção de instalações 80,00% -4.451,97 0,00 0,00 SIEMENS-DEGRÉMONT Manutenção de instalações 55,00% -9.577,74 0,00 0,00 10. Locações 10.1. Gastos com locações operacionais a) Locações operacionais – a empresa como locatária: Os contratos de locação operacional em que a empresa é locatária referem-se a viaturas colocadas à disposição de colaboradores, para serviço da empresa. Embora existam cláusulas de renovação nos contratos, a empresa tem por política proceder à efetiva substituição das viaturas no fim dos contratos que têm uma duração de quatro anos. Os contratos não contêm cláusulas de opção de compra e são canceláveis. A empresa reconheceu como gastos de locação no exercício o valor de 2.354.929 € (2.242.805 € no exercício anterior). O valor das rendas contingentes ascende a 5.436.208 € (5.614.610 € no exercício anterior), sendo 1.448.152 € até 30 de setembro de 2014 e 3.988.056 € após 30 de setembro de 2014. 47 11. Outros ativos e passivos financeiros 11.1. Ativos financeiros A discriminação dos ativos financeiros pelas diferentes categorias consoante o seu critério de mensuração é a indicada no quadro seguinte: Set. 13 Set. 12 Valores brutos: Inventários Adiantamentos p/ conta de compras Clientes Acionistas 265.855 618.875 5.324.893 10.636.015 103.717.672 102.755.432 Empréstimos concedidos 65.000.000 70.000.000 Conta corrente 38.717.672 32.755.432 Outras contas a receber 2.377.965 873.384 Caixa e depósitos bancários 2.580.211 4.815.554 114.266.595 119.699.260 -2.569.973 -3.007.409 Imparidades: Clientes Outras contas a receber -9.987 -15.585 -2.579.960 -3.022.994 11.2. Passivos financeiros A discriminação dos passivos pelas diferentes categorias de passivos financeiros consoante o seu critério de mensuração é a indicada no quadro seguinte: Set. 13 Set. 12 36.743.594 49.664.816 Passivo corrente: Fornecedores Adiantamentos de clientes 2.975.152 4.821.185 Estado e outros entes públicos 7.056.919 5.583.392 Acionistas Outras contas a pagar Dados Financeiros 48 Anexo às Demonstrações Financeiras 2.996.709 450.983 29.314.403 32.580.571 79.086.776 93.100.947 11.3. Ganhos líquidos e perdas líquidas de ativos e passivos financeiros Os ganhos líquidos e perdas líquidas de ativos e passivos financeiros por categoria de mensuração dos ativos e passivos financeiros são os indicados no quadro seguinte: Set. 13 Set. 12 2.274.962 796.830 Ganhos Descontos de pronto pagamento obtidos Recuperação dívidas incobráveis 16.541 5.095 Diferenças de câmbio favoráveis 254.486 823.717 Ganhos em alienações 21.311 20.235 Juros obtidos 51.740 933.390 2.619.040 2.579.267 Perdas Descontos de pronto pagamento concedidos 418.931 386.946 Dívidas incobráveis 331.812 115.446 Diferenças de câmbio desfavoráveis 372.237 465.258 Perdas em alienações Juros suportados 8.734 33.891 303.954 255.199 1.435.667 1.256.740 12. Imposto sobre o rendimento 12.1. Ativos e Passivos por impostos diferidos As quantias de ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada período apresentado por cada tipo de diferença temporária são as indicadas no quadro seguinte: Ativos Provisões Passivos Set. 13 Set. 12 12.068.000 12.766.000 Set. 13 Set. 12 Excedentes de revalorização 418.000 462.000 Ativos fixos tangíveis 331.000 496.000 2.244.000 3.365.000 Diferimentos Inventários Outras contas a pagar 820.000 1.229.000 1.085.000 1.627.000 87.000 256.000 Outros 14.060.000 15.878.000 678.000 719.000 3.671.000 5.042.000 12.2. Excesso ou insuficiência de estimativa para impostos A empresa reconheceu um ganho de 4.270.615 € relativos a excesso de estimativa para impostos. No ano anterior, tinha reconhecido um excesso de 2.701.446 €. 49 12.3. Imposto sobre o rendimento do período A quantia de gastos (rendimentos) por impostos correntes e diferidos reconhecidos na demonstração dos resultados encontra-se indicada no quadro seguinte: Base do imposto Resultado antes de imposto Taxa de imposto 30 Set. 13 30 Set. 12 14.082.112 3.095.153 30 Set. 13 30 Set. 12 Taxa de imposto sobre o rendimento (< 1.500.000 €) 26,5% 26,5% Taxa de imposto sobre o rendimento (> 1.500.000 € < 10.000.000 €) 29,0% 29,0% 31,5% 29,0% Taxa de imposto sobre o rendimento (> 10.000.000 €) 4.148.365 847.594 Diferenças temporárias dedutíveis -4.270.615 14.039.986 Diferenças temporárias tributáveis 2.924.513 878.694 -685.000 -2.039.183 12.051.010 15.974.649 Imposto sobre o lucro à taxa nominal Diferenças não temporárias tributáveis Lucro tributável Taxa de imposto sobre o rendimento (< 1.500.000 €) 26,5% 26,5% Taxa de imposto sobre o rendimento (> 1.500.000 € < 10.000.000 €) 29,0% 29,0% 31,5% 29,0% Taxa de imposto sobre o rendimento (> 10.000.000 €) 3.508.568 Imposto calculado 4.582.648 Tributação autónoma 611.000 650.271 Efeito do aumento/reversão de impostos diferidos 548.000 -8.756.000 4.667.568 -3.524.446 Imposto sobre o rendimento/taxa efetiva 33,15% O efeito nas alterações de taxa decorrente da legislação é de cerca de 64.000 €. 13. Inventários 13.1. Inventários A quantia total de inventários encontra-se discriminada no quadro seguinte: Set. 13 Set. 12 Valor bruto Imparidades Valor líquido Valor bruto Imparidades Matérias-primas e consumíveis 7.127.175 714.872 6.412.303 8.350.326 682.322 Produtos e trabalhos em curso 25.759.846 25.759.846 33.370.598 Produtos acabados Mercadorias Adiantamentos por conta de compras Dados Financeiros Anexo às Demonstrações Financeiras 7.668.004 33.370.598 223.768 74.816 148.952 319.022 68.468 250.554 1.086.803 235.141 851.662 1.139.886 286.635 853.251 43.518.697 35.344.110 1.024.829 76.691.461 78.523.941 43.518.697 77.716.290 50 Valor líquido 35.344.110 1.037.424 77.486.517 13.2. Variação nos inventários da produção A variação nos inventários da produção decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 -319.022 -314.996 223.768 319.022 -95.254 4.026 Produtos acabados Saldo inicial Saldo final 13.3. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 Mercadorias Saldo inicial Compras Regularizações Saldo final 1.139.886 1.224.863 49.742.525 18.342.151 130.357 0 1.086.803 1.139.886 49.925.964 18.427.128 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Saldo inicial Compras Regularizações Saldo final 7.668.004 8.343.861 70.916.961 107.737.515 -19.382 225.495 7.127.175 8.350.326 71.438.408 107.956.545 121.364.373 126.383.673 30 Set. 13 30 Set. 12 Clientes c/c 5.324.893 10.636.015 Imparidade -2.569.973 -3.007.409 2.754.920 7.628.606 14. Clientes A quantia total de clientes discrimina-se da forma seguinte: 51 Os clientes c/c decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte: Não vencidas Vencidas < 30 dias < 60 dias < 90 dias > 90 dias Clientes c/c 30 Set. 13 166.255 1.090.456 684.937 1.214.870 2.168.374 30 Set. 12 5.389.015 534.372 825.798 585.208 3.301.621 15. Estado e outros entes públicos Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 A receber Imposto retido estrangeiro Pagamentos por conta Outros 56.421 3.415 3.236.066 7.961.547 18.108 3.310.595 7.964.962 A pagar IRC 5.140.380 9.102.410 IVA 3.218.741 2.705.198 IRS Segurança Social 935.235 685.959 1.073.158 1.054.787 10.367.514 13.548.354 7.056.919 5.583.392 30 Set. 13 30 Set. 12 18.531.515 13.930.910 16. Diferimentos Os diferimentos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte: Diferimentos ativos Gastos a reconhecer Contratos de construção Seguros Rendas 252.862 263.449 9.000 118.824 18.793.376 14.313.183 33.219.585 24.560.009 7.747.972 7.483.117 Diferimentos passivos Rendimentos a reconhecer Contratos de construção Contratos de manutenção Rendas Dados Financeiros 52 Anexo às Demonstrações Financeiras 130.065 146.251 41.097.622 32.189.377 17. Capital próprio 17.1. Capital social O capital social é representado por 12,6 milhões de ações ao valor nominal de 5 €. No exercício anterior, o capital social era de 70 milhões de euros, representado por 14 milhões de ações ao valor nominal de 5 €. 17.2. Reservas e resultados não disponíveis para distribuição As outras reservas constantes do balanço não se encontram disponíveis para distribuição por se tratarem de reservas de reavaliação. 17.3. Dividendos Foram distribuídos dividendos no valor de 6.619.599 € no exercício findo (49.221.898 € no exercício anterior). 18. Subsídios do Governo e apoios do Governo 18.1. Subsídios reconhecidos em resultados Foram reconhecidos no exercício 3.730 € de subsídios recebidos do Instituto do Emprego e Formação Profissional, referente a estágios profissionais concedidos pela empresa e ainda 58.441 € recebidos do Quadro de Referência Estratégica Nacional referente a projetos de investigação e desenvolvimento. No exercício anterior, tinha sido reconhecido um subsídio de 14.451 €. 19. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes 19.1. Provisões O movimento ocorrido nas provisões encontra-se refletido no quadro seguinte: Saldo em 30/09/2012 Garantias a clientes Constituição e reforço 26.255.416 Reversões e utilizações Saldo em 30/09/2013 6.714.594 19.540.822 Processos judiciais em curso 893.403 Impostos 387.567 387.567 0 1.009.179 571.289 437.890 472.986 460.428 12.558 Penalidades contratuais Comissões 348.134 1.241.537 Despesas com pessoal: Indemnizações 7.670.819 Jubileus 1.590.237 11.724.716 1.575.126 31.411 496.227 Outras 525.473 Royalties 44.255 44.255 0 1.455.955 1.381.655 74.300 Outras despesas Matérias ambientais 2.165 19.395.535 15.111 95.159 40.400.449 12.075.014 45.892 49.268 9.652.202 42.823.261 53 19.2. Passivos contingentes Os principais compromissos e passivos contingentes são os seguintes: • Garantia a alfândega: 50.000 €; • Garantias a clientes: 64.208.718 €; • Contencioso laboral: 39.404 €; • Contencioso comercial: 488.202 €. 19.3. Ativos contingentes A empresa candidatou-se aos incentivos previstos no programa SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial) para os exercícios de 2007, 2008, 2009 e 2010, nos valores abaixo discriminados, tendo a Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial aprovado os valores abaixo, esperando diferimento da Autoridade Tributária dos pedidos de revisão da matéria coletável e as reclamações graciosas correspondentes: • Exercício 2007: 72.826 €; • Exercício 2008: 217.658 €; • Exercício 2009: 68.444 €; • Exercício 2010: 60.539 €. Para o ano de 2011 candidatou-se ao programa SIFIDE, esperando diferimento da Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial: • Exercício 2011: 472.141 €. 20. Matérias ambientais A empresa possui uma provisão para matérias ambientais de 49.268 € relativa a levantamento de coimas associadas a não conformidades de cumprimento de requisitos legais de Ambiente, Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho para: • Regime Jurídico da Urbanização e Edificação: 1.500 €; • Diretiva Máquinas: 2.888 €; • Segurança Contra Incêndios em Edifícios: 22.185 €; • Normas aplicáveis à Gestão de Embalagens e Resíduos de Embalagens: 22.695 €. 21. Benefícios dos empregados 21.1. Benefício pós-emprego A empresa tem constituído, desde setembro de 2006, um Plano de Pensões de contribuições definidas, aplicado num Fundo de Pensões, gerido por uma terceira entidade e extensivo à generalidade dos colaboradores que nele queiram participar, nos termos definidos no Plano. No Plano, a empresa contribui com uma quantia equivalente ao valor da contribuição do colaborador até ao máximo de 3% do salário deste. A quantia reconhecida como gasto durante o período relativamente a planos de contribuição definida foi de 545.297 € (545.396 € no exercício anterior). Dados Financeiros 54 Anexo às Demonstrações Financeiras a) Benefícios de cessação de emprego Em caso de cessação de emprego, a empresa concede aos seus colaboradores uma indemnização cuja quantia é determinada com base no número de anos de serviço e no salário mais recente multiplicado por um fator determinado por análise casuística. Estas provisões incluem um montante de 19.396 K € (ano anterior: 7.671 K €) para fazer face a benefícios por cessação de empregos que serão incorridos em consequência de reestruturação. b) Pagamentos com base em ações A casa-mãe oferece aos Administradores das empresas do seu grupo um programa de incentivos chamado «Stock Options», que consiste no direito de opção sobre ações daquela, resgatáveis em períodos futuros. Existe ainda um outro programa de adesão voluntária por parte dos colaboradores chamado «Share Matching Plan», em que a casa-mãe oferece uma ação sua, por cada três adquiridas, desde que os colaboradores as mantenham na sua posse por um período de quatro anos. A empresa reconheceu um gasto de 296.977 € (ano anterior: 244.851 €) relacionados com estes planos. Não há outras informações consideradas relevantes para permitir aos utentes das demonstrações financeiras compreenderem o efeito das transações de pagamento com base em ações reconhecidos no passivo nos lucros ou prejuízos da entidade e na sua posição financeira. c) Outras informações Não houve pagamentos com base em ações a outras partes diferentes dos empregados, pelo que não há lugar: • À divulgação da forma como o justo valor dos serviços recebidos teria sido mensurado em tais casos; • À divulgação de quaisquer eventuais factos ou circunstâncias que pudessem ter levado a empresa a refutar o pressuposto de que o justo valor dos bens ou serviços recebidos pode ser estimado com fiabilidade. Não há outras informações consideradas relevantes para permitir aos utentes das demonstrações financeiras compreenderem: • A natureza e a extensão dos acordos de pagamento com base em ações que existiram durante o período; • O efeito das transações de pagamento com base em ações nos lucros ou prejuízos da entidade e na sua posição financeira. 21.2. Gastos com o pessoal O detalhe dos gastos com o pessoal é o indicado no quadro seguinte: Set. 13 Remunerações dos Órgãos Sociais Remunerações do pessoal Encargos sobre remunerações Seguro Ac. Trab. e Doenças Profissionais Estimativa para participação nos lucros Outros gastos com pessoal Set. 12 475.370 480.970 42.031.381 42.399.281 9.305.160 9.385.058 171.626 187.965 9.649.079 9.385.922 7.288.195 5.566.772 68.920.812 67.405.967 55 22. Vendas e prestações de serviços As quantias de vendas e prestações de serviços discriminam-se da forma indicada no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 292.238.772 321.661.352 Vendas Mercadorias e produtos Subprodutos resíduos e refugos Devoluções e descontos 0 1.265.539 -41.848.335 -53.175.260 250.390.437 269.751.631 56.098.184 71.157.936 Prestação de serviços Serviços 56.098.184 71.157.936 306.488.621 340.909.567 As vendas e prestações de serviços por mercado geográfico significativo são as indicadas no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 186.848.808 269.615.479 Vendas e prestações de serviços Mercado nacional União Europeia 47.462.436 44.577.490 Fora da União Europeia 72.177.378 26.716.598 306.488.621 340.909.567 30 Set. 13 30 Set. 12 A margem bruta é a indicada no quadro seguinte: Margem bruta Vendas Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas % margem bruta 250.390.437 269.751.631 -121.364.373 -126.383.673 129.026.064 143.367.958 51,53% 53,14% As vendas e prestações de serviços por setor de atividade encontram-se discriminadas conforme quadro abaixo: 30 Set. 13 30 Set. 12 Industry 42.025.723 37.820.049 Energy 90.657.551 119.388.833 Healthcare Infrastructure & Cities Corporate Centers Dados Financeiros 56 Anexo às Demonstrações Financeiras 27.552.221 30.778.170 128.729.019 118.968.250 17.524.107 33.954.265 306.488.621 340.909.567 23. Contratos de construção Set. 13 Faturação real Receita reconhecida acumulada Receita reconhecida no período Receita diferida Custos reais acumulados Custos reais do período Adiantamentos recebidos Industry 90.813.454 667.182.670 90.825.623 12.169 599.062.732 81.524.591 815.914 Energy 494.353.596 670.812.301 572.741.552 78.387.956 523.977.623 443.850.828 1.752.941 73.792.527 166.179.018 74.150.531 358.005 143.384.178 61.691.768 52.294 415.512.136 794.037.778 412.178.207 -3.333.928 678.740.336 353.436.095 670.506 1.074.471.713 2.298.211.767 1.149.895.913 75.424.201 1.945.164.869 940.503.282 3.291.655 Faturação real Receita reconhecida acumulada Receita reconhecida no período Receita diferida Custos reais acumulados Custos reais do período Adiantamentos recebidos Industry 644.666.505 576.357.047 80.110.062 68.309.458 517.538.141 71.985.363 391.715 Energy 97.610.953 98.070.749 25.430.108 -459.796 80.126.795 21.543.357 1.614.304 Healthcare Infrastructure & Cities Set. 12 92.321.245 92.028.487 10.242.962 292.758 81.692.410 8.749.561 1.786.216 373.950.304 381.859.569 115.479.796 -7.909.265 325.304.241 96.197.258 1.629.551 1.208.549.007 1.148.315.852 231.262.928 60.233.155 1.004.661.587 198.475.539 5.421.786 Healthcare Infrastructure & Cities 24. Fornecimentos e serviços externos Os fornecimentos e serviços externos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 Trabalhos especializados 43.651.155 73.968.320 Publicidade e propaganda 1.022.732 1.013.619 660.042 541.923 Vigilância e segurança Comissões Conservação e reparação Ferramentas e utensílios de desgaste rápido Livros e documentação técnica Material de escritório Artigos para oferta Eletricidade 0 18.266 3.783.195 4.154.942 477.900 635.990 14.176 26.842 237.499 408.671 39.982 6.255 938.437 1.043.472 Combustíveis 958.518 973.074 Água 162.300 174.290 Deslocações e estadas 3.562.258 3.638.561 Transporte de mercadorias 3.417.893 4.199.182 Rendas e alugueres 3.121.668 4.857.426 Comunicação 3.163.190 1.017.411 Seguros 1.286.425 1.676.850 Royalties 905.377 828.305 Contencioso e notariado 414.827 84.394 Despesas de representação 107.993 129.112 Limpeza, higiene e conforto Outros 580.741 515.594 30.759.504 29.555.797 99.265.811 129.468.296 57 25. Imparidade de ativos O movimento ocorrido nas perdas por imparidades acumuladas cujos movimentos de imparidade e reversão afetaram os resultados é o indicado no quadro seguinte: Saldo em 30/09/2011 Participações financeiras Inventários Clientes Outros devedores Aumentos Reversões Saldo em 30/09/2012 Reversões Saldo em 30/09/2013 1.037.424 12.596 1.024.828 2.569.973 9.976 879.463 Aumentos 9.976 157.961 9.976 4.265.959 1.258.549 3.007.410 437.437 19.492 3.906 15.586 5.599 9.987 1.262.455 4.070.396 455.632 3.614.764 5.174.889 157.961 0 26. Outros rendimentos e ganhos Os Outros rendimentos e ganhos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 Rendas recebidas 1.734.751 1.901.680 Descontos de pronto pagamento obtidos 2.274.962 796.830 Recuperação de dívidas Diferenças de câmbio favoráveis Ganhos em alienações Excesso de estimativa para impostos Proveitos serviços de cantina Outros ganhos 16.541 5.095 254.486 823.717 21.311 20.235 4.270.615 0 535.309 1.308.495 4.724.434 553.689 13.832.409 5.409.741 30 Set. 13 30 Set. 12 27. Outros gastos e perdas Os outros gastos e perdas decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte: Impostos indiretos 247.318 424.013 Descontos de pronto pagamento concedidos 418.931 386.946 Dívidas incobráveis 331.812 115.446 Perdas em existências 110.975 225.495 Perdas em alienações Donativos Quotas Custos c/ garantias Diferenças de câmbio desfavoráveis Outras perdas Dados Financeiros 58 Anexo às Demonstrações Financeiras 8.734 33.891 13.190 59.500 46.070 108.658 4.496.169 1.063.908 372.237 465.258 2.991.292 178.745 9.036.727 3.061.860 28. Gastos/reversões de depreciação e amortização Os gastos/reversões de depreciação e amortização decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte: Ativos fixos tangíveis Ativos fixos intangíveis 30 Set. 13 30 Set. 12 6.429.932 3.893.232 165.259 82.629 6.595.191 3.975.862 29. Rendimentos e Gastos de financiamento (líquidos) 29.1. Juros e rendimentos similares obtidos Os juros e rendimentos similares obtidos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 Juros obtidos 430 1.476 46.354 925.834 De depósitos De financiamentos concedidos a associadas 2.863 4.333 49.646 931.643 De financiamentos a colaboradores 2.094 1.748 51.740 933.390 Outros rendimentos similares 29.2. Juros e gastos similares suportados Os juros e gastos similares suportados decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 Juros pagos De descobertos bancários 2.555 1.320 De financiamentos obtidos de associadas 3.619 2.292 Outros gastos e perdas de financiamento 6.173 3.612 297.781 251.586 303.954 255.199 59 30. Gestão do risco financeiro O risco financeiro é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro virem a variar e de se virem a obter resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando o valor patrimonial da empresa. No desenvolvimento das suas atividades correntes, a empresa está exposta a uma variedade de riscos financeiros suscetíveis de alterarem o seu valor patrimonial, os quais, de acordo com a sua natureza, se podem agrupar nas seguintes categorias: • Risco de mercado: – Risco de taxa de juro; – Risco de taxa de câmbio (ver detalhes abaixo); – Outros riscos de preço (ex.: de mercadorias); • Risco de crédito; • Risco de liquidez. A gestão dos riscos acima referidos – riscos que decorrem, em grande medida, da imprevisibilidade dos mercados financeiros – exige a aplicação criteriosa de um conjunto de regras e metodologias aprovadas pela Administração, cujo objetivo último é a minimização do seu potencial impacto negativo no valor patrimonial e no desempenho da empresa. Com este objetivo, toda a gestão é orientada em função de duas preocupações essenciais: • Reduzir, sempre que possível, flutuações nos resultados e cash flows sujeitos a situações de risco; • Limitar os desvios face aos resultados previsionais, através de um planeamento financeiro rigoroso. A empresa não assume posições especulativas, pelo que, geralmente, as operações efetuadas no âmbito da gestão dos riscos financeiros têm por finalidade o controlo de riscos já existentes e aos quais a empresa se encontra exposta. A Administração define princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, o risco de liquidez, o risco de crédito e outros instrumentos financeiros não derivados e o investimento do excesso de liquidez. A gestão dos riscos financeiros – incluindo a sua identificação, avaliação e cobertura – é conduzida pela Direção Financeira de acordo com políticas aprovadas pela Administração. A Direção Financeira avalia e realiza coberturas de riscos financeiros em estrita cooperação com as unidades operacionais da empresa que dispõem de equipas especializadas em termos de competência, experiência e supervisão. 30.1. Risco de mercado a) Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro virem a variar, devido a alterações nas taxas de juro de mercado, alterando o valor patrimonial da empresa. A empresa mitiga este risco utilizando a Siemens Financial Services. b) Risco de taxa de câmbio O risco de taxa de câmbio é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa de um instrumento financeiro virem a variar em resultados de alterações nas taxas de câmbio. Dados Financeiros 60 Anexo às Demonstrações Financeiras O carácter internacional da empresa obriga-a a estar exposta ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países. A exposição ao risco de taxa de câmbio resulta, fundamentalmente, das atividades operacionais com clientes e fornecedores com moeda diferente do euro: • O preço de alguns produtos no mercado mundial é tradicionalmente fixado em USD, pelo que a evolução do euro face ao USD poderá ter um impacto nas vendas futuras da empresa, independentemente de essas vendas serem denominadas em euros ou noutra moeda; • Uma parte das vendas é denominada em moedas diferentes do euro, nomeadamente em USD, entre outras com menor preponderância. Por esta via, também a evolução do euro face a estas moedas poderá ter um impacto significativo nas vendas futuras da empresa; • Uma vez concretizadas as vendas em moeda diferente do euro, a empresa incorre em risco cambial até ao recebimento dos montantes das vendas, pelo que existe permanentemente no ativo da empresa um montante significativo de créditos a receber expostos a risco cambial (caso a empresa não contrate instrumentos de cobertura de risco cambial). A variação das taxas de câmbio que afecta a exposição ao risco de taxa de câmbio é a indicada no quadro seguinte: 30 Set. 13 30 Set. 12 USD 1,3505 1,293 SEK 8,6575 8,4498 GBP 0,8361 0,7981 CHF 1,2225 1,2099 10,3259 MOP 10,7864 NOK 8,114 7,3695 DKK 7,458 7,4555 CAD 1,3912 1,2684 ZAR 13,5985 10,7125 JPY 131,78 100,37 AED 4,9603 4,7492 BHD 0,5091 Quando se afigura oportuno, a empresa recorre à utilização de instrumentos financeiros para a gestão do risco cambial, de acordo com uma política definida periodicamente pela Administração e que tem como objetivo limitar o risco de exposição cambial associado às vendas futuras, aos créditos a receber denominados em moedas diferentes do euro. Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas de câmbio que se destinem a cobrir riscos de posições já existentes ou contratadas e os termos da cobertura são negociados de forma a serem condizentes com os termos do instrumento coberto, de forma a maximizar a eficácia da cobertura. Os ativos e os passivos registados em moeda estrangeira são valorizados à taxa de câmbio da data do balanço. 61 30.2. Risco de crédito O risco de crédito é o risco de uma contraparte não cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento financeiro originando uma perda. A empresa encontra-se sujeita a risco no crédito que concerne às seguintes atividades: • Atividade operacional – Clientes e outras contas a receber; • Atividades de investimento – Depósitos na Siemens Financial Services. A gestão do risco de crédito relativo a clientes e outras contas a receber é efetuada da seguinte forma: • Seguindo políticas, procedimentos e controlos estabelecidos pela empresa para cada unidade operacional; • Os limites de crédito são estabelecidos para todos os clientes com base em critérios de avaliação interna; • A qualidade de crédito de cada cliente é avaliada com base em notações de crédito fornecidas por empresas especializadas externas à empresa; • Os valores em dívida são regularmente monitorizados e os fornecimentos para os clientes mais significativos estão normalmente cobertos por garantias; • A empresa tem em vigor um contrato denominado Siemens Credit Warehouse, mediante o qual cede os créditos. A antiguidade de clientes é a indicada na nota 14. Conforme descrito anteriormente, a Administração considera que a exposição efetiva da empresa ao risco de crédito se encontra mitigada a níveis aceitáveis. 31. Acontecimentos após a data do balanço Numa decisão de gestão, a casa-mãe (Siemens AG) resolveu cindir a sua área de negócio de Logística de Aeroportos, tendo a Siemens, S.A. apresentado o respetivo projeto de cisão ao abrigo da neutralidade fiscal em agosto. Esta cisão deu origem a uma nova empresa, a Siemens Postal, Parcel Airport Logistics, Unipessoal, Lda., que iniciou a sua atividade em 1 de outubro de 2013. Esta empresa tem sede na Rua Irmãos Siemens, n.º 1, Amadora, e é detida a 100% pela Siemens International Holding, B.V., com sede em Haia, na Holanda. Desta cisão resultou a transferência dos ativos e passivos afetos à respectiva área de negócio: • Ativos Correntes: 16.221.022 €; • Ativos Não Correntes: 79.849 €; • Passivos Correntes: 14.162.941 €; • Passivos Não Correntes: 109.266 €; • Capitais Próprios: 2.028.664 €. Estes valores são provisórios por estarem a ser sujeitos a revisão por consultores externos. 32. Divulgações exigidas por diplomas legais 32.1. Divulgação exigida pelo n.º 1 do art. 66.º-A do CSC Não existem operações não incluídas no Balanço, pelo que não há lugar à divulgação da respetiva natureza, objetivo comercial, impacto financeiro ou riscos e benefícios. Dados Financeiros 62 Anexo às Demonstrações Financeiras Certificação Legal das Contas Certificação Legal das Contas Relativo ao exercício findo em 30 de setembro de 2013 Introdução 1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas de Siemens, S.A., as quais compreendem o Balanço em 30 de setembro de 2013 (que evidencia um total de 278.445.382 euros e um total de capital próprio de 111.766.723 euros, incluindo um resultado líquido de 9.414.545 euros), a Demonstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio e a Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e o Anexo. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da empresa, o resultado das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: • A verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; • A apreciação sobre se são adequadas as políticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; • A verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e • A apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. 5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. 6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira de Siemens, S.A., em 30 de setembro de 2013, o resultado das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos aceites em Portugal. Relato sobre outros requisitos legais 8. É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício. Lisboa, 15 de novembro de 2013 Ernst & Young Audit & Associados – S.R.O.C., S.A. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (n.º 178) Representada por Ricardo Filipe de Frias Pinheiro (ROC n.º 739) 63 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Relativo ao exercício findo em 30 de setembro de 2013 Exmos. Senhores Acionistas, Em conformidade com o disposto na alínea g) do número 1 do artigo 420.º do Código das Sociedades Comerciais, cumpre-nos, na qualidade de membros do Conselho Fiscal da Siemens, S.A., apresentar o Relatório e Parecer sobre o relatório de gestão, contas e proposta de aplicação de resultados, apresentadas pelo Conselho de Administração da Sociedade, relativamente ao exercício findo em 30 de setembro de 2013. Através de reuniões e outros contactos com o Conselho de Administração, bem como pelos esclarecimentos e diversas informações recolhidas junto dos serviços competentes, o Conselho Fiscal informou-se acerca da atividade da Sociedade e da gestão dos negócios desenvolvida no exercício findo em 30 de setembro de 2013. Procedeu também à verificação da informação financeira produzida ao longo do ano, efetuando as análises julgadas convenientes. Comprovámos igualmente a adequação das políticas contabilísticas e dos critérios valorimétricos adotados. É de referir que este exercício foi o primeiro em que a Siemens, S.A. passou a utilizar o normativo do Sistema de Normalização Contabilística que passou a ser aplicado em Portugal em substituição do Plano Oficial de Contabilidade nos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2010. Após o encerramento das contas, o Conselho Fiscal apreciou o Relatório de Gestão elaborado pelo Conselho de Administração, que traduz apropriadamente a atividade desenvolvida neste exercício e a evolução previsível dos negócios da Sociedade, bem como as demonstrações financeiras apresentadas, que compreendem o Balanço, a Demonstração dos resultados por naturezas, a Demonstração de fluxos de caixa, a Demonstração das alterações no capital próprio e o Anexo às demonstrações financeiras. O Conselho Fiscal verificou a observância da lei e dos estatutos da Sociedade e concluiu também que as contas do exercício satisfazem as disposições legais aplicáveis. Finalmente, depois de ter sido elucidado pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas do trabalho realizado pela mesma e das suas principais conclusões no âmbito da revisão efetuada, tomou conhecimento da Certificação Legal das Contas sem reservas e com cujo teor concorda. Em resultado do trabalho desenvolvido, e tendo em consideração os documentos referidos no parágrafo anterior, somos de Parecer que a Assembleia Geral Anual da Sociedade aprove: a) O Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 30 de setembro de 2013; e b) A Proposta de aplicação de resultados contida no mencionado Relatório de Gestão. Por último, propomos um voto de louvor ao Conselho de Administração pela eficiência demonstrada no desempenho das suas funções, bem como aos Diretores e demais pessoal da Sociedade pela dedicação e resultados alcançados no exercício. Amadora, 19 de novembro de 2013 O Conselho Fiscal Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza, Presidente Franz Kiener, Vogal José Rodrigo de Castro, Vogal Dados Financeiros 64 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Siemens, S.A. Situação em janeiro de 2014 Assembleia Geral José Luís Arnaut Duarte Presidente Patrícia da Silva Campos Afonso Secretária Marta Pinto Leite de Areia Secretária Conselho Fiscal António Vitorino Presidente José Silva Jorge Suplente José Rodrigo de Castro Vogal Sigrid Katharina Dengler Vogal Revisor Oficial de Contas Ernst & Young Audit & Associados – S.R.O.C., S.A. Representada por: Ricardo Filipe Pinheiro Conselho de Administração Miguel Angel López Borrego Presidente Carlos de Melo Ribeiro Administrador-Delegado Miguel Guerreiro Vogal Dados adicionais sobre o Conselho de Administração: • Prazo de duração dos mandatos: 2 anos. • Datas da primeira eleição dos atuais membros do Conselho de Administração: – Miguel Angel López Borrego: dezembro de 2013 – Carlos de Melo Ribeiro: 30 de março de 1995 – dezembro de 2013 – Miguel Guerreiro: 5 de janeiro de 2012 – dezembro de 2013 65 Siemens Portugal www.siemens.pt