A Sustentabilidade liga-nos ao futuro

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A Sustentabilidade liga-nos ao futuro
A Sustentabilidade liga-nos ao futuro
Dados Financeiros 2013
Siemens Portugal
www.siemens.pt
ÍNDICE
4.
2013 – Situação Económica Global
8.
Atividade Global da Siemens, S.A.
11.
Atividade Comercial
16.
Resultados da Siemens, S.A.
17.
Evolução Previsível em 2014
18.
Considerações Finais
20.
Balanço
21.
Demonstração das Alterações no Capital Próprio
22.
Demonstração dos Resultados por Naturezas
23.
Demonstração de Fluxos de Caixa
24.
Anexo às Demonstrações Financeiras
63.
Certificação Legal das Contas
64.
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Ficha Técnica
Este Relatório e Contas contém afirmações orientadas para o futuro,
baseando-se em suposições e estimativas da Direção da Siemens, S.A.
Apesar de considerarmos que as expetativas destas previsões são
realistas, não podemos garantir que elas sejam comprovadas como
certas.
As suposições podem correr riscos e incertezas que podem levar a
resultados factuais que se desviem na sua essência das provisões.
Entre os fatores que poderão causar os referidos desvios constam, entre
outros, alterações no ambiente económico e comercial, oscilações nos
câmbios e nas taxas de juro, introdução de produtos concorrentes, falta
de aceitação de novos produtos e serviços e alienações na estratégia
da atividade. Não está prevista, pela Siemens, S.A., nenhuma atualização
das previsões, nem assumimos nenhuma obrigação nesse sentido.
É princípio nosso publicar todas as informações essenciais sem limitações
e numa base não seletiva. As designações usadas neste relatório poderão
ser marcas registadas. O uso por terceiros poderá violar os direitos dos
seus proprietários.
Para mais exemplares contactar
Corporate Communications · Paula Baixinho
Telefone: +351 214 178 665 · Fax: +351 214 178 051
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Assembleia Geral
Convocatória
São convocados os senhores acionistas da Sociedade para reunirem em Assembleia Geral
no dia 20 de dezembro de 2013, pelas 12h00, na sede da Sociedade, com a seguinte
ORDEM DO DIA:
1) Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas da Sociedade referentes ao exercício
de 01.10.2012 a 30.09.2013 e sobre a proposta de aplicação de resultados, bem como
proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade;
2) Eleger os membros dos Conselho de Administração (CA), Conselho Fiscal (CF)
e Assembleia Geral;
Eleger a Comissão para afixação dos honorários dos Corpos Gerentes;
3) Autorizar o Conselho de Administração a comprar, vender ou trespassar bens imóveis,
a comprar e vender participações de sociedades já existentes e a participar na constituição
de novas sociedades.
4) Tratar de qualquer outro assunto de interesse para a Sociedade.
Amadora, 15 de novembro de 2013
O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Marta Maria Reynaud Pinto Leite de Areia
Siemens, S.A.
Sede: Rua Irmãos Siemens, n.º 1 e 1-A
2720-093 Alfragide
Capital Social: 63.000.000,00 euros
Matriculada na Conservatória do
Registo Comercial da Amadora
Pessoa coletiva n.º: 500 247 480
2013 – Situação Económica Global
O início do ano fiscal de 2013 ficou marcado
por mais outra desaceleração da economia
global. Embora os mercados financeiros
europeus estabilizassem após a declaração
do Banco Central Europeu (BCE), cujo
presidente prometeu fazer tudo para preservar
o euro, a atividade económica mundial voltou
a descer.
durante os últimos meses de 2013. Contudo, devido
ao fraco começo no início do ano, a recente retoma
da economia global ainda não consegue atingir as taxas
de crescimento anual do ano anterior. Prevê-se que
o crescimento do PIB mundial abrande dos 2,7% em 2012
para 2,4% em 2013.
No que se refere ao crescimento das despesas
de investimento fixo global e da produção industrial
com valor acrescentado – ambos indicadores
importantes para a Siemens como produtor de bens
de capital – a redução projetada é ainda maior:
os investimentos fixos passarão de 4,1% em 2012
para 3,1% em 2013 e a produção com valor acrescentado
cairá de 2,9% em 2012 para 2,1% em 2013. Dentro
destes valores globais registam-se desenvolvimentos
bastante divergentes. Por um lado, as economias
dos países mais avançados registaram uma maior
dinâmica ao longo de 2013, mas em muitos dos países
emergentes a economia abrandou em comparação
com as taxas de crescimento mais elevadas alcançadas
no passado.
O crescimento do produto interno bruto (PIB) global
registou um recorde de baixa ao fixar-se em menos
de 2% no quarto trimestre do ano civil de 2012,
mantendo-se assim durante todo o primeiro trimestre
do ano civil de 2013. Desde então, a economia mundial
ganhou algum alento graças a uma ligeira melhoria da
economia norte-americana, à recuperação na Europa,
à estabilização do crescimento da economia chinesa
(que registava um abrandamento no início de 2013)
e aos progressos substanciais da economia japonesa.
O crescimento do PIB mundial aumentou em mais de 3%
PIB GLOBAL EM TERMOS REAIS (EM % COMPARADO COM O ANO ANTERIOR)1
2009
2012
2011
2010
2013
8
6
4,8
4
4,5
3,6
3,5
2,5
2
5,0
3,8
4,3
3,7
2,0
2,4
2,8
3,0
3,4
1,4
2,4
1,8
2,7
3,3
1,8
3,0
3,3
2,4
0
-2
(1,9)
-4
-6
-8
(6,6)
Crescimento trimestral do PIB (taxa anual ajustada sazonalmente)
Crescimento anual do PIB
Previsão de crescimento trimestral do PIB (taxa anual ajustada sazonalmente)
Previsão de crescimento anual do PIB
1 Siemens AG, baseado no relatório da IHS Global Insight de 15 de outubro de 2013.
Dados Financeiros
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2013 – Situação Económica Global
5
4
3
2
1
0
-1
Na maioria das grandes economias europeias, a recessão
acabou. Pela primeira vez, após seis trimestres de
retraimento do PIB, a produção na zona euro voltou
a aumentar no trimestre de primavera de 2013. Além disso,
nos países mais afetados pela crise da dívida soberana,
os rendimentos de títulos do governo registaram uma clara
diminuição, o que reduziu os custos de empréstimos
e conferiu mais sustentabilidade aos orçamentos
governamentais. A crise no Chipre – o quinto país a receber
um resgate internacional – apenas afetou temporariamente
os rendimentos e a volatilidade dos mercados financeiros.
Com os governos a apertar cada vez mais os seus
orçamentos, a austeridade fiscal continuava a arrastar a
economia europeia. Igualmente, problemas não resolvidos
no setor bancário limitavam a oferta de crédito ao setor
privado. Esta falta de fundos para financiar investimentos
poderá, potencialmente, estrangular a recuperação da
região. A evolução da taxa de câmbio em relação ao euro não
favoreceu as exportações da zona euro.
No Médio Oriente, a recuperação económica continuou
muito fraca. No Egito, a crise política voltou a intensificar-se
e o conflito na Síria registou nova escalada de violência.
Os países exportadores de petróleo ressentiram-se da
recessão económica mundial. O crescimento do PIB nestes
países diminuiu para além de valores históricos.
Apesar de alguma moderação nos preços das commodities,
o crescimento do PIB em África registou ligeiras melhorias.
Contudo, a incerteza relativa a frentes económicas e políticas
é uma ameaça permanente para o desenvolvimento
económico do continente africano. A atividade económica
nos países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI),
que se define sobretudo pelo seu membro principal, a
Rússia, voltou a enfraquecer em 2013. Semelhante a outros
países emergentes, a Rússia sofreu uma reversão dos fluxos
de capitais para fora do país. Resumindo, estima-se que em
2013 a taxa de crescimento nas regiões da Europa, CEI, África
e Médio Oriente não supere a parca taxa de 1% alcançada em
2012. No que se refere a investimentos, tendo já encolhido
0,4% em 2012, em 2013 contraiu-se mais 1%. Depois de uma
queda em 2012, a produção com valor acrescentado
estagnou em 2013.
Em 2013, a região das Américas registou um crescimento
significativamente mais lento: o PIB cresceu 1,8%,
comparado com a taxa de crescimento de 2,7% em 2012.
A principal causa deste abrandamento foram os EUA, devido
às medidas de contenção do orçamento (o «sequestro
económico»), que começaram no início de 2013. De acordo
com uma estimativa do Fundo Monetário Internacional,
o sequestro económico reduziu a taxa de crescimento
do país em 2013 em 1,75 pontos percentuais. Por isso,
os números do PIB dos EUA estão, de facto, a mascarar
a gradual melhoria do setor privado. Por exemplo, o setor
da construção estava em vias de recuperação, o consumo
registava aumentos moderados e os investimentos fixos
– que tinham sido afetados sobretudo pelas incertezas
políticas e até apresentavam taxas de crescimento negativas
no início de 2013 – estavam a recuperar. A política monetária
continuou a ser muito expansionista. Porém, receios de uma
redução gradual (tapering) das medidas de quantitative
easing fizeram com que as taxas de juros de longo prazo
subissem. Na América Latina, o crescimento foi baixo
e praticamente sem alteração face a 2012. Depois
de um aumento muito baixo do PIB, de 0,9% em 2012,
a economia brasileira acelerou modestamente para 2,4%
em 2013. Contudo, e uma vez que a economia brasileira
está a operar no limite do seu crescimento potencial,
condicionalismos do lado da oferta têm impedido o
crescimento e exacerbado as pressões inflacionárias.
Para a região das Américas em geral, tanto o crescimento
das despesas de investimento como a produção com
valor acrescentado abrandaram em 2013: o crescimento
do investimento fixo baixou de 4,6% em 2012 para 3,0%
em 2013 e a produção com valor acrescentado caiu de 4,3%
para 1,8%.
No caso da região da Ásia e Austrália espera-se que o
crescimento do PIB se mantenha a 4,8% em 2013, ou seja,
ao nível dos dois anos anteriores. No primeiro semestre de
2013, a economia chinesa continuou a desacelerar, baixando
para uma taxa de crescimento ano a ano do PIB de apenas
7,5%, porque a procura global por produtos chineses era
mais fraca, havendo ainda preocupações relativas à saúde
do sistema financeiro do país e à sustentabilidade da sua
dívida pública. A Índia, por sua vez, teve de lidar com
problemas ainda mais graves. A desaceleração da economia,
o défice das transações correntes, a inflação elevada e
problemas estruturais não resolvidos fizeram com que
o capital estrangeiro abandonasse o país, pelo que a rupia
perdeu, num só ano, um quinto do seu valor em relação
5
ao US dólar. Estes desenvolvimentos adversos para a região
da Ásia e Austrália foram compensados pela recuperação
da economia japonesa. As medidas pouco convencionais
do governo para fazer sair a economia japonesa da sua
espiral deflacionária parecem ser bem-sucedidas: logo no
primeiro semestre de 2013 o PIB cresceu a uma taxa anual
de 4%. Embora o crescimento do PIB para a região da Ásia
e Austrália se mantivesse estável em 2013, o crescimento
do investimento fixo e da produção com valor acrescentado
diminuiu em cerca de um ponto percentual, respetivamente
para 5,4% e 3,6% face a 2012.
PIB POR REGIÃO EM TERMOS REAIS (EM % COMPARADO
COM O ANO ANTERIOR) 1
Mundo
Europa, CEI3,
África,
Médio Oriente
Américas
5
Ásia,
Austrália
4,8
4,7
4
3
2
2,4
2,7
2,7
1,8
1,0
1
1,1
0
20132
2012
1 De acordo com a IHS Global Insight, à data de 15/10/2013, taxas de crescimento por
ano civil.
2 Estimativa para o ano civil de 2013.
3 Comunidade dos Estados Independentes.
Os números, em parte estimativas, aqui apresentados para
o PIB, investimentos fixos e produção com valor
acrescentado foram calculados pela Siemens AG com base no
relatório da IHS Global Insight datado de 15 de outubro de 2013.
Desenvolvimento do mercado
Em termos gerais e comparado ao exercício de 2012, os
mercados do nosso setor Energy registaram um crescimento
moderado no ano fiscal de 2013, tendo todas as unidades de
negócio do setor beneficiado da melhoria das condições de
mercado ano a ano, com exceção da divisão de energia solar.
Foram, sobretudo, os mercados de energia fóssil, de energia
eólica e de transmissão de energia que recuperaram
do declínio de 2012, retornando aos níveis de 2011.
No caso dos mercados da nossa divisão Fossil Power
Generation, o crescimento resultou da mudança para
unidades maiores, mais eficientes e com maior potência.
Em termos globais, os clientes nos mercados emergentes
Dados Financeiros
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2013 – Situação Económica Global
aumentaram, sobretudo, o número das instalações, enquanto
os clientes nas economias avançadas substituíram centrais
elétricas existentes por serem relativamente ineficientes
e pouco flexíveis. Não obstante o crescimento geral dos
mercados de energia fóssil, o mercado para centrais a gás
tecnologicamente avançadas ficou-se pelos níveis do ano
fiscal de 2012. O desenvolvimento económico lento e as
incertezas nos quadros regulamentares limitaram a procura
na Europa. Apesar das pressões sociais e económicas para
aumentar as capacidades, o desenvolvimento do mercado
no Médio Oriente ficou prejudicado pela instabilidade
política. Na região das Américas, os EUA instalaram
turbinas a gás para substituir infraestruturas envelhecidas
e tirar proveito do boom de gás natural que o país vive.
Os mercados de centrais de energia fóssil na região da Ásia
e Austrália continuaram fortes e um grande número de
países instalou novas unidades para aumentar a capacidade.
Entre estes, contam-se a China e a Índia, no campo das
centrais elétricas alimentadas a carvão, e a Coreia do Sul,
com centrais elétricas alimentadas a gás.
5
Nos mercados da nossa divisão Wind Power, o crescimento
4
deve-se a novos parques eólicos offshore. O mercado
dos parques eólicos terrestres registou uma ligeira 3retoma
2
comparado com 2012, exceto nos EUA, onde receios
1
relativos ao potencial fim dos incentivos fiscais levaram
0
a um boom do mercado devido à antecipação de muitos
projetos em 2012.
Os mercados da nossa divisão Oil & Gas cresceram, graças
a uma maior procura de investimentos no campo da
exploração e produção de petróleo e gás. Em termos
geográficos, a unidade de negócio Compression & Solutions
da divisão Oil & Gas viu os seus mercados crescerem,
principalmente nos EUA, Médio Oriente, África, Rússia e
Brasil. O crescimento da divisão nos mercados de soluções
de energia para clientes industriais foi liderado pela Ásia,
Médio Oriente e alguns países da Europa. Embora o
mercado de turbinas a vapor de pequena potência se
mantivesse ao nível do ano anterior, a procura por centrais
de ciclo combinado de pequenas dimensões aumentou.
Os mercados da nossa divisão Power Transmission
recuperaram do fraco desempenho do ano anterior. Embora,
ano a ano, os mercados registassem um ligeiro crescimento
na maioria das regiões, o maior crescimento verificou-se
no nordeste asiático, Médio Oriente, África e Américas.
Nos países emergentes, o crescimento foi, sobretudo,
impulsionado pela expansão de infraestruturas. Nas
economias industrializadas, os clientes concentraram-se
principalmente na substituição e modernização de
equipamentos, e ainda na integração de fontes de energia
renovável nas suas redes de transmissão de energia.
Não obstante a tendência de um maior crescimento global,
os mercados para soluções de transmissão de energia
ressentiram-se do excesso de capacidade em certos
segmentos, especialmente nos transformadores de potência.
No ano fiscal de 2013, os mercados-alvo do nosso setor
Healthcare registaram um crescimento ano a ano moderado.
O crescimento foi claramente impulsionado pelos mercados
emergentes, uma vez que estes países procuram alargar o
acesso aos cuidados de saúde para a população em geral,
expandindo as suas infraestruturas de saúde. Em
contrapartida, o crescimento dos mercados dos países
industrializados foi bastante modesto, comparado com o ano
fiscal anterior, porque a procura ficou prejudicada por
reformas da saúde e restrições orçamentais, particularmente
na Europa. Os mercados de TI na saúde cresceram mais
rapidamente do que o mercado de cuidados de saúde global,
especialmente nos EUA. Os mercados na Ásia e na Austrália
registaram taxas de crescimento perto dos dois dígitos.
A China até atingiu taxas de crescimento de dois dígitos.
O crescimento dos mercados nas Américas, incluindo
os EUA, foi moderado. Nos EUA, o crescimento deveu-se
à forte procura de soluções de TI no setor de saúde,
impulsionada pela Lei HITECH e pelos regulamentos
relevantes da Lei de Cuidados de Saúde Acessíveis
(Affordable Care Act). Por outro lado, os mercados na Europa,
CEI, África e Médio Oriente registaram um ligeiro declínio.
Na Europa, a queda nos mercados foi ainda maior devido aos
cortes nos cuidados de saúde em países da Europa
setentrional e ocidental, que continuam a sofrer
com a crise da dívida soberana.
No ano fiscal de 2013, o mercado global do nosso setor
Industry, incluindo as suas divisões Industry Automation
e Drive Technologies, entrou em declínio. Embora os
mercados farmacêutico, químico, automóvel, alimentar e de
bebidas tivessem registado uma ligeira subida face ao ano
fiscal anterior, o crescimento foi praticamente anulado pelo
declínio verificado noutros mercados, especialmente nos de
construção de máquinas e de energia eólica. Em termos
regionais, os mercados na Ásia, Austrália e nas Américas não
ofereceram oportunidades de crescimento ano a ano,
enquanto os mercados na Europa entraram em declínio,
especialmente no sudoeste europeu. Na região
da Ásia e Austrália, o crescimento acelerou ligeiramente
na China na segunda metade do ano fiscal de 2013, já que o
desenvolvimento na primeira metade do ano fiscal tinha sido
bastante fraco. Nas Américas, o desenvolvimento do
mercado norte-americano beneficiou dos preços de energia
mais baixos, resultantes, em grande parte, de uma maior
oferta de energia produzida nos EUA, especialmente gás
natural. Mas a dinâmica diminuiu ao longo do ano fiscal.
Nos mercados da nossa divisão Industry Automation,
as indústrias transformadoras de ciclo curto assistiram
à redução dos inventários dos clientes, o que prejudicou
o desenvolvimento do mercado. Os mercados de TI industrial
registaram um crescimento moderado, mas ligeiramente
abaixo da esperada taxa de crescimento média de longo
prazo.
Os mercados da nossa divisão Drive Technologies também
se ressentiram dos efeitos de redução de inventário nas
indústrias transformadoras de ciclo curto. Os mercados
para as infraestruturas industriais, incluindo energia eólica,
entraram em declínio ou não registaram qualquer
crescimento. Os mercados da indústria de processamento
de ciclo longo, tais como mineração e extração de petróleo
e gás, registaram apenas um ligeiro crescimento ano a ano,
quando não entraram mesmo em declínio. Em certas
indústrias os clientes atrasaram ou adiaram grandes projetos
de infraestrutura.
No geral, o crescimento do mercado do setor Infrastructure
& Cities, no ano fiscal de 2013, foi bastante modesto.
Enquanto os mercados da unidade de negócio
Transportation & Logistics registaram uma recuperação
estável, com submissão de propostas para diversos projetos
de grandes dimensões, os mercados para Power Grid
Solutions & Business Products e Building Technologies
estagnaram. Os clientes reduziram os investimentos em
ambos os mercados e também adiaram a adjudicação de
projetos no mercado das soluções de redes de energia.
No ano fiscal de 2013, os mercados da unidade de negócio
Transportation & Logistics registaram uma recuperação
estável do ano anterior, que tinha sido bastante fraco.
O crescimento moderado foi impulsionado por grandes
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Atividade Global
da Siemens, S.A.
contratos adjudicados, sobretudo, no Reino Unido
e no Médio Oriente. O crescimento do mercado foi ainda
positivamente influenciado pela procura por parte de
grandes cidades que continuaram a investir em sistemas
de transporte público. Em termos regionais, as maiores
taxas de crescimento registaram-se na Ásia e Austrália,
impulsionadas pela forte procura da China. A procura
ano a ano nas Américas foi claramente maior. Na Europa,
o desenvolvimento dos mercados estava dividido entre
os países do noroeste, que mantiveram os seus
investimentos em transportes públicos, e os países
do sul, que tiveram de congelar os investimentos
em consequência de programas de austeridade.
Por conseguinte, os mercados da Europa, CEI, África
e da região do Médio Oriente registaram a menor taxa
de crescimento de todas as regiões.
Durante o ano fiscal de 2013, a procura nos mercados da
nossa unidade de negócio Power Grid Solutions & Business
Products foi fraca em todas as regiões. A maior procura por
parte de clientes industriais foi praticamente anulada
pelos atrasos na adjudicação de projetos e redução
dos investimentos nas redes de energia por parte dos
operadores. A redução dos investimentos fez-se sentir
especialmente no sul da Europa. O clima de investimento
também foi prejudicado pela incerteza dos quadros
regulamentares, por exemplo na Alemanha, que está a meio
de uma importante transição energética para as energias
renováveis (Energiewende). A procura nos EUA mostrou
sinais de recuperação nos ramos da indústria e construção,
mas o investimento por parte de operadores de energia
em soluções de redes de energia foi fraco.
Os mercados-alvo da nossa divisão Building Technologies
mantiveram-se, embora os clientes hesitassem em aumentar
os investimentos. A constante pressão de preços, devido,
sobretudo, à política de preços agressiva de system houses
e de grandes fornecedores de soluções de automação de
edifícios, prejudicou os mercados. Em termos regionais,
o ligeiro crescimento dos mercados da Ásia, Austrália e
Américas ficou anulado pelo declínio verificado na Europa,
CEI, África e Médio Oriente.
Dados Financeiros
8
2013 – Situação Económica Global
Atividade Global da Siemens, S.A.
O processo de reforma e reequilíbrio da economia
portuguesa continuou, em 2013, marcado pela
aproximação do fim do programa de assistência
internacional a Portugal dentro da data prevista,
ou seja, junho de 2014. Os indicadores disponíveis
sugerem que se iniciou, este ano, um processo
gradual de recuperação económica, devido ao
comportamento das exportações e a uma retração
menos acentuada do consumo privado. Com uma
presença centenária em Portugal, a Siemens, S.A.
é uma referência incontornável no que respeita ao
investimento direto estrangeiro em Portugal e um
dos atores económicos há mais tempo empenhado
no desenvolvimento do país. Os resultados
apresentados pela filial portuguesa da Siemens
resultam de um trabalho contínuo e da adaptação
atempada da empresa às necessidades do mercado.
Quanto ao seu desempenho financeiro, a Siemens, S.A.
terminou o ano fiscal em análise com o montante
de 306,5 milhões de euros em vendas, um resultado
líquido de 9,4 milhões de euros e exportações que
atingiram o valor de 119,6 milhões de euros.
A nível internacional, o ano fiscal em análise foi profícuo
em alterações de portefólio por parte da Siemens AG, tendo
em vista a sua adaptação aos mercados e às novas realidades.
A aposta da empresa em algumas áreas de atividade, através
da aquisição, por exemplo, da LMS International, uma
empresa de software industrial de modelação e simulação
para sistemas de mecatrónica, é o reflexo da capacidade
da organização em adaptar-se às exigências atuais dos
mercados. Adicionalmente, a aquisição da Invensys
representou uma boa oportunidade para reforçar as
competências da Siemens na área da sinalização ferroviária,
visto que os portefólios de ambas as empresas se
complementam neste segmento. É importante realçar que
as duas empresas já participaram em consórcio em diversos
projetos, inclusivamente em Portugal, o que demonstra
a validade desta operação. De referir ainda a aquisição
da RuggedCom Inc., fornecedor líder de soluções de
equipamentos de comunicação e de rede para ambientes
industriais exigentes, que veio reforçar o portefólio de
componentes de rede Ethernet industrial da empresa.
Paralelamente, a Siemens AG decidiu separar-se de alguns
segmentos de mercado menos relevantes para a sua
estratégia, tais como o solar, a triagem postal e de
encomendas, logística aeroportuária, postos públicos
de carregamento de carros elétricos, assim como a área de
tratamento de águas e resíduos. As vendas da Osram e
da Nokia Siemens Networks marcam também esta decisão
de manter o foco no negócio.
A aposta da Siemens AG nestas empresas e setores impactou
o alinhamento estratégico da empresa em Portugal, permitindo
a conquista de significativas quotas de mercado nas áreas onde
ocorreram as novas aquisições. De referir que, apesar de a
Siemens deixar de estar diretamente envolvida no segmento
solar, a empresa continua presente no mercado português a
oferecer soluções para centrais fotovoltaicas e solares termais,
tais como turbinas a vapor, geradores, tecnologia de rede,
sistemas de controlo e inversores solares.
Contributo da Siemens para a sociedade portuguesa
Em Portugal, a Siemens tem colaborado ativamente com
diversas instituições académicas, científicas e industriais,
no sentido de promover a geração cruzada e a transferência
de conhecimento. Através das muitas parcerias estabelecidas
com estas entidades já foi possível promover mais de 100
projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI).
Todos os anos, a Siemens Portugal tem dezenas de
colaboradores envolvidos em projetos de IDI e investe mais
de um milhão de euros nesta área. Estes indicadores são
fortemente impulsionados pela aposta da empresa na área
da formação, marcando presença em todas as fases do
continuum educativo português, inclusive no ensino dual.
Os estágios curriculares e programas duais da Siemens
pretendem dinamizar um ensino prático e profissional que
proporcione uma experiência mais completa aos alunos e lhes
abra efetivamente o leque de opções, criando oportunidades
de emprego. Recorde-se que a Siemens foi a primeira empresa
a operar em Portugal a criar uma escola profissional,
há 20 anos, com a Câmara de Comércio Luso-Alemã e o Estado
português, que deu origem à ATEC, uma escola de formação
que integra ainda a Volkswagen e a Bosch. Esta escola tem
em média cerca de 700 formandos por ano e uma taxa de
empregabilidade entre os 85% e os 100%.
Neste contexto, no início deste ano, a Siemens assinou com
o Governo português o memorando «Engenharia made in
Portugal», que visa reforçar o ensino da engenharia no país,
bem como estimular e fomentar a formação académica nesta
área do conhecimento. O envolvimento da empresa neste
projeto tem como objetivo aumentar a qualidade da
formação dos engenheiros portugueses, desenvolver a
engenharia nacional e dotar Portugal de uma classe de
qualidade mundial, capaz de responder aos mais diversos
desafios à escala global. Este projeto pretende incentivar os
alunos do ensino básico e secundário a prosseguirem a sua
formação académica nesta área, mas também oferecer a
possibilidade a todos aqueles que já estudam engenharia de
alcançarem uma formação prática, que lhes permita ter uma
melhor integração no mercado profissional, em Portugal ou
no estrangeiro. Através deste protocolo, e até ao momento,
é já possível colaborar com 28 universidades, institutos,
escolas superiores, escolas politécnicas, escolas
profissionais, centros de formação profissional, entre outros,
tendo impactado já cerca de 13.000 alunos.
Neste ano comercial, o número de Centros de Competências
Siemens em Portugal aumentou para 12, com a adição
de um Centro de Competências na área da saúde para o
fornecimento de serviços para sistemas de informação
e de consultoria clínica.
Através destes Centros reforçamos a nossa posição dentro do
Grupo Siemens, exportando competência made in Portugal
para todo o mundo. Em 2012, estes Centros já tinham gerado
350 milhões de euros em negócio desde a sua entrada em
funcionamento e empregavam cerca de 700 colaboradores.
Os Centros de Competências da empresa prestam serviço a
mais de 76 entidades do Grupo Siemens, com especial
enfoque em países como a Irlanda, Reino Unido, Holanda,
Azerbaijão, Rússia, Bielorrússia, Angola, Roménia, Bulgária,
Omã, Indonésia, Índia e Venezuela, e são um importante
contributo para o crescimento do país.
O novo Centro presta serviços na área dos Sistemas de
Informação e Consultoria Clínica, o que representa o
reconhecimento da divisão Health Services como Centro
de Competências de alto valor acrescentado. No âmbito do
mesmo, está prevista a prestação de serviços, a partir de
Portugal, nas áreas de gestão de projetos, na implementação
e desenho de workflows, na gestão da qualidade e no
desenvolvimento do Soarian a nível internacional.
As equipas altamente qualificadas e de elevado desempenho
que é possível constituir em Portugal são, sem dúvida, um
9
dos pontos fortes do país e um fator que tem permitido
diferenciar a filial portuguesa dentro do universo Siemens.
A facilidade de expressão em diversas línguas, a flexibilidade
dos recursos, a par da criatividade e cultura de serviço
portuguesa têm sido também fatores-chave no sucesso das
equipas nacionais.
definidos e aos requisitos dos clientes. A renovação das suas
certificações realça o empenho e o compromisso da empresa
no fortalecimento da sua parceria com os seus stakeholders.
A Siemens está integrada no restrito grupo das empresas
a operarem em Portugal com as certificações – Qualidade,
Ambiente, SHST e IDI.
Siemens Portugal como plataforma de negócios
A localização de Portugal, na costa oeste da Europa e na
convergência de três continentes, as relações privilegiadas
com os países de língua portuguesa, a qualidade das
instituições de ensino nacionais, entre muitos outros
fatores, fazem do país uma verdadeira plataforma
de negócios. Ciente desta realidade, a Siemens AG
identificou a Siemens Portugal como um dos 30 leading
countries a nível global, definidos tendo por base
o volume de negócios e o seu potencial de crescimento.
Adicionalmente, a sede da empresa na Alemanha
atribuiu à filial portuguesa a responsabilidade pelo
desenvolvimento dos negócios em Angola e em
Moçambique, reforçando a confiança que já tinha
depositado anteriormente na Siemens Portugal.
Fontes:
Dados de Portugal: Instituto Nacional de Estatística.
Relatórios da Comissão Europeia sobre a competitividade da indústria
europeia.
A Siemens Angola já recebe o suporte da Siemens Portugal,
quer ao nível do desenvolvimento de oportunidades de
negócio, quer nas áreas técnicas e de engenharia, sem
esquecer a formação de quadros técnicos, um dos pilares
de desenvolvimento estratégico das operações em Angola.
No ano fiscal de 2013 (1 de outubro de 2012 a 30 de setembro
de 2013), as vendas da Siemens a clientes em Angola
ascenderam a 41 milhões de euros e as novas encomendas
totalizaram 63 milhões de euros.
Inovação e Sustentabilidade na Siemens Portugal
No seguimento da estratégia mundial da Siemens AG, com
especial enfoque no seu portefólio ambiental – que inclui
soluções para todas as áreas da produção, transmissão
e consumo de energia (edifícios, indústria e iluminação),
assim como tecnologias ambientais para o controlo da
poluição do ar – a Siemens, S.A. já contribuiu, com estas
soluções, para a redução das emissões de CO2 dos seus
clientes em 6,2 milhões de toneladas. A cultura de excelência
da Siemens, S.A. é espelhada no compromisso a todos os
níveis da organização para manter a eficácia e a melhoria
contínua do sistema de gestão da Qualidade, Ambiente
e Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho (SHST), dando
cumprimento à política da empresa, aos objetivos e metas
Dados Financeiros
10
Atividade Global da Siemens, S.A.
Atividade Comercial
Encomendas à Siemens, S.A.
O volume de encomendas (relativas ao negócio próprio)
recebidas pela Siemens, S.A. em Portugal, neste exercício,
atingiu o montante de 246,9 milhões de euros.
Vendas da Siemens, S.A.
O valor das vendas da Siemens, S.A. atingiu o montante
de 306,5 milhões de euros.
Investimentos da Siemens, S.A.
Os investimentos realizados em imobilizado corpóreo pela
Siemens, S.A. atingiram 1,6 milhões de euros no período
em questão.
Exportações da Siemens, S.A.
As exportações de bens e serviços atingiram este ano
o montante de 119,6 milhões de euros.
Resultado líquido da Siemens, S.A.
O resultado líquido apresenta este ano o valor de 9,4 milhões
de euros.
Colaboradores da Siemens, S.A.
Em 30 de setembro de 2013, a Siemens, S.A. empregava
um total de 1.379 colaboradores.
Estrutura do Balanço da Siemens, S.A.
A soma do Balanço regista o montante de 278,4 milhões
de euros, representando os ativos fixos tangíveis,
com 33,6 milhões de euros, 30 por cento do capital
próprio. As dívidas de terceiros a curto prazo e as
disponibilidades correspondem a 2% do Balanço.
Os capitais próprios cifram-se neste exercício em
111,8 milhões de euros, correspondendo a 40 por cento
da soma do Balanço.
Atividade
Comercial
No exercício fiscal de 2013, e graças ao empenho,
dedicação e profissionalismo dos seus colaboradores,
os quatro setores de atividade da Siemens, S.A.
acrescentaram ao seu portefólio competências,
referências e projetos de elevado interesse estratégico
para o país e para o crescimento da empresa nos
próximos anos comerciais.
Energia
No ano fiscal de 2013, o setor Energy viu o seu know-how, a
competência das suas equipas, a qualidade e competitividade
das suas soluções técnicas e dos serviços prestados, bem
como as parcerias de sucesso que tem vindo a estabelecer
com players de referência, serem determinantes na sua
participação em obras de grande importância em Portugal,
mas também em mercados extremamente relevantes
e em crescimento, como Angola, Uruguai e Argélia.
Na área do Transporte de Energia, e no ano comercial
2012/2013, foi encomendada à Siemens a construção, em
regime chave-na-mão, da nova subestação de Chicala, junto
à baía de Luanda, em Angola. Uma importante obra que irá
contribuir para aumentar a eficácia e a fiabilidade na gestão
da distribuição de energia elétrica à cidade de Luanda.
A subestação elétrica de Chicala será construída com
tecnologia GIS, que permite instalar o equipamento de alta
tensão com a utilização de menos espaço (fator importante
numa cidade em crescimento acelerado). Por ser um sistema
de montagem modular e compacta, tem ainda menores
necessidades de manutenção e possibilita a ampliação futura.
Ainda em Angola, foi possível participar na construção de
mais duas subestações para o cliente EDEL, no caso com dois
importantes clientes portugueses na área da construção de
infraestruturas elétricas, a Powergol e a Ambergol. A nossa
participação vai da engenharia, civil e eletromecânica,
ao fornecimento de transformadores de potência
e distribuição e equipamento AT.
Por outro lado, numa geografia completamente oposta, e em
parceria com a empresa Jayme da Costa, a Siemens desenvolveu
e forneceu um conjunto de soluções para duas subestações
integradas no projeto do Parque Eólico de Minas, no Uruguai.
Este projeto é um marco importante no desenvolvimento de
um sistema energético mais sustentável para o país. A obra,
que deverá ser completada até ao final de 2013, foi uma
porta de entrada, para as duas empresas, no mercado
sul-americano, criando assim novas oportunidades de negócio.
Ainda além-fronteiras, e em estreita colaboração com a
Siemens França-Grenoble, foi possível projetar, construir,
testar e fornecer um conjunto muito alargado de soluções
móveis para o transporte de energia – uma unidade para o
Iraque, já entregue, e 16 unidades para a Argélia; seis estão
prontas para entrega e dez em montagem para entrega no
início de 2014. Este projeto é extremamente importante para
a projeção da engenharia portuguesa, made in Siemens
Portugal, no universo da Siemens Mundial.
No mesmo ano, a REN, empresa responsável pela rede
elétrica portuguesa, adjudicou à Siemens o fornecimento
de novos transformadores de medida e disjuntores de alta
e muito alta tensão para algumas das suas instalações,
que vão trazer maior eficácia e segurança no abastecimento
ao sistema elétrico nacional. Ao abrigo de um contrato
anual, a Siemens está a fornecer transformadores de
corrente e transformadores de tensão – indutivos e
capacitivos – para os níveis de tensão de 60, 150, 220
e 400 kV para novas instalações da REN.
Estes fornecimentos fazem parte de um plano ambicioso
que a REN está a cumprir, com o objetivo de atualizar as
infraestruturas da rede, em parceria com alguns dos
melhores fornecedores nacionais na área da energia.
O setor Energy da Siemens tem sido um desses parceiros,
fornecendo soluções de alta qualidade e fiabilidade para
os exigentes trabalhos em curso.
No que concerne à produção de energia, a divisão foi
premiada com o Energy Service Safety Award para o
desenvolvimento do projeto de vida útil (LTE) da Tapada
do Outeiro – primeira central de ciclo combinado construída
em Portugal pela Siemens. Este galardão realça a
importância do programa de Proteção Ambiental, Gestão
da Saúde & Segurança (EHS) aplicado ao projeto da Tapada
do Outeiro, localizado em Gondomar.
No período em análise, a Siemens forneceu uma turbina
a vapor para a nova central de ciclo combinado que a
Sonangol está a construir na sua refinaria de Luanda.
Esta central produzirá vapor e energia elétrica para os
trabalhos de refinação e injetará na rede o excedente
11
energético produzido pela nova instalação, que será composta
por três turbinas a gás, três caldeiras de recuperação e a
turbina a vapor da Siemens. O fornecimento da Siemens para
este projeto inclui ainda um condensador e um alternador,
com uma potência 11,5 MW, bem como a supervisão dos
serviços de montagem e comissionamento da instalação do
equipamento. A Siemens participou neste projeto integrada
num consórcio liderado pela Efacec Engenharia, que ganhou
a empreitada em regime chave-na-mão para engenharia,
procurement e construção de toda a central.
Ainda no período em análise, arrancaram os trabalhos
de reforço da barragem de Venda Nova, para a EDP, projeto
que deverá estar concluído até 2015. A Siemens, em
consórcio com a Voith Hydro, vai fornecer o equipamento
eletromecânico da central, com dois grupos reversíveis de
velocidade variável com uma potência nominal de 380 MW
cada, dois transformadores de 465 MVA, equipamentos
de 400 kV em tecnologia GIS e os sistemas de proteção,
comando e controlo da central.
A central de Frades II (Venda Nova III), em construção
na margem esquerda do rio Rabagão e incluída
no sistema hidroelétrico Cávado-Rabagão, será a primeira
central hidroelétrica reversível (turbina/bomba)
com tecnologia de velocidade variável no nosso
país – e é, à data, a maior do seu género em todo o mundo.
Quando estiver concluído, na primavera de 2015, o projeto
permitirá bombear água de volta para a albufeira,
recorrendo para isso à energia produzida pelos parques
eólicos nas horas de mais baixo consumo. Além do impacto
na promoção das energias limpas, os trabalhos serão
um importante criador de emprego na região, dinamizando
a economia local.
Em destaque esteve ainda o contrato assinado entre a
Siemens e a Celtejo para o fornecimento de uma turbina a
vapor de contrapressão modelo SST-110, com alternador
com uma potência de 11,5 MW. Estes equipamentos foram
instalados na Central Termoelétrica da Celtejo, localizada
em Vila Velha de Ródão, pertencente ao Grupo Altri. O
projeto foi um exemplo de cooperação entre a Celtejo e a
Siemens, tendo em conta os prazos extremamente curtos
previamente estabelecidos pelo cliente, que foram
cumpridos na íntegra, o que permitiu colocar a turbina em
funcionamento em menos de sete meses.
Dados Financeiros
12
Atividade Comercial
Também em 2012/2013, a fábrica do Sabugo forneceu
um transformador de forno para a Société Nationale
des Vehicules Industrieles, em Argel, capital da Argélia.
Este equipamento de 6,5 MVA vai alimentar um forno
de fusão a arco. As equipas da Siemens tiveram
de gerir com o máximo rigor não só as condicionantes
orçamentais, mas também as restrições nas dimensões
da sala e a ligação aos equipamentos e ao sistema
de comando e controlo já existentes. Mais do que
substituir uma unidade cujo tempo de vida tinha
terminado, o trabalho visava garantir ao cliente
uma máquina com mais 30% de potência, para
o mesmo espaço disponível.
No mesmo ano, a BP (BP Group) na Noruega encomendou
nove transformadores ATEX (Atmosphere Explosive) à fábrica
do Sabugo para uma plataforma petrolífera no Mar do Norte.
Os transformadores ATEX são específicos para instalações
ou zonas em risco de explosão, como é o caso de plataformas
petrolíferas, refinarias ou instalações semelhantes de clientes
na área do Petróleo e Gás.
Indústria
Tal como já havia acontecido em anos comerciais
transatos, o setor Industry manteve uma participação
ativa e dinâmica em importantes setores de atividade,
como os segmentos portuário e fotovoltaico. Depois
de ter participado com sucesso em vários projetos
nacionais, as competências e o know-how da Siemens
foram reconhecidos internacionalmente, tendo o setor já
referências em países como o Reino Unido, Espanha
ou Turquia. Paralelamente, continuou empenhado em
apoiar a indústria nacional, com os seus conhecimentos,
serviços e soluções, no seu rumo a uma maior
produtividade e eficiência, de forma a tornar-se mais
competitiva no panorama internacional.
Em 2012/2013, o setor ganhou um concurso internacional
para o fornecimento do sistema elétrico de dois pórticos
ship-to-shore (STS) para o terminal de Tilbury, em Londres,
no Reino Unido, que incluiu a automação, comunicações,
supervisão, acionamentos e variação de velocidade,
proteções (média e baixa tensão) e transformadores
(média e baixa tensão). No âmbito deste projeto, a Siemens
foi ainda responsável pelo projeto elétrico, comissionamento
e formação.
No mesmo ano comercial, o setor forneceu ainda sistemas
completos de acionamento e automação para dois
semipórticos STS do terminal de Tüpras, na Turquia, e levou
a cabo a remodelação do sistema elétrico de um pórtico
de cais para o porto de Valência, em Espanha.
Estes projetos permitiram aumentar a capacidade de gestão
de carga dos vários portos intervencionados, bem como
aumentar a sua eficiência energética. Para tal, foi
fundamental o sistema regenerativo que a Siemens instalou
nestes equipamentos, que permite alcançar poupanças
de energia até 70%, quando comparado com soluções
tradicionais (não regenerativas, com dissipação
por efeito de joule).
A nível nacional, as soluções da Siemens para terminais
portuários estão presentes em todo o país e contribuem,
anualmente, para diminuir as emissões de CO2 destas
infraestruturas em 14 mil toneladas e poupar cerca
de 1,6 milhões de euros. É ainda de realçar que a Siemens
Portugal foi reconhecida pela Siemens AG como parceira
preferencial da empresa para o fornecimento de
competências e sistemas para os portos situados nos países
do sudoeste europeu, como França, Espanha, Grécia,
Bélgica e Itália, bem como para os países africanos de
expressão oficial portuguesa.
No segmento fotovoltaico, o setor Industry esteve presente
em quatro projetos no Reino Unido e quinze em Portugal,
através do fornecimento de conversores DC/AC, sistemas
de automação e supervisão, serviços de engenharia, entre
outros. Os projetos no Reino Unido foram os primeiros com
inversores de elevada eficiência a serem ligados à rede
nacional.
Em Portugal, a Siemens tem recebido a confiança dos
principais investidores nacionais do setor e tem participado
em vários parques fotovoltaicos, tais como os do Algarve,
Almodôvar, Alqueva, Ferreira do Alentejo, Lisboa, Madeira,
Porto Santo, Serpa, entre outros.
Adicionalmente, o setor Industry forneceu uma solução
de cromatografia chave-na-mão para a linha de polietileno
de alta densidade da Repsol, em Sines, que incluiu ainda
os serviços de engenharia, comissionamento e respetiva
manutenção pelo período de dois anos.
No mesmo ano comercial, as Minas de Aljustrel
e as Minas de Aguas Teñidas, em Espanha, adjudicaram
à Siemens o fornecimento de serviços técnicos e de
engenharia, bem como de diversos componentes,
entre os quais conversores de frequência eficientes
da gama SINAMICS, e a solução de automação PCS7.
Esta permite levar a cabo a integração de todos
os sistemas, garantindo a máxima eficiência
no funcionamento das infraestruturas. As minas estão
localizadas na chamada faixa piritosa ibérica e produzem,
principalmente, cobre e zinco.
Infraestruturas e Cidades
No segundo ano de atividade, e em linha com a estratégia
global da empresa, também o setor Infrastructure & Cities
apostou no desenvolvimento de serviços e soluções de alto
valor acrescentado, bem como na sua internacionalização,
tendo como principal objetivo contribuir, em Portugal
e no estrangeiro, para tornar as cidades mais sustentáveis
e melhores locais para se viver.
Durante o período em análise, a divisão Mobility and Logistics
(MOL) iniciou a manutenção da infraestrutura semafórica de
duas importantes cidades: Lisboa e Porto. Estes projetos
marcam a entrada da Siemens no segmento de Intelligent
Traffic Systems em Portugal.
Esta divisão deu continuidade à sua estratégia de
internacionalização, tendo obtido os primeiros contratos
internacionais na área de bilhética para transportes. Além
de toda a engenharia posta ao serviço da execução destes
projetos, em todas as suas componentes de realização, o
Centro de Competências em eTicketing da Siemens Portugal
tem a seu cargo uma dinâmica I&D, de desenvolvimento de
produtos, nos domínios de hardware e software, assegurando
a criação de portefólio global da Siemens nesta área
tecnológica.
No mesmo período, continuaram os trabalhos nos quatro
aeroportos das cidades de Soyo, Dundo, Saurimo e Luena,
projetos nos quais a Siemens tem vindo a apoiar a sua
congénere angolana. Estes terminais têm por base o conceito
Capacity Plus, desenvolvido em Portugal, que consiste em
implementar terminais aeroportuários modulares. Estes
novos aeroportos são de importância estratégica para o
desenvolvimento do transporte aéreo doméstico em Angola.
13
Também no ano fiscal de 2012/2013, a MOL tornou a
exportar o sistema de gestão de bagagem Bagage Base
Logic, criado pela Siemens em Portugal, desta feita para
o Dubai, Abu Dhabi e San Diego. Este software permite
aumentar a qualidade do serviço prestado ao passageiro,
ao possibilitar um encaminhamento automático
de bagagens, minimizando as margens de erro ligadas
à intervenção humana, ao mesmo tempo que permite
ao operador ter dados estatísticos, diversos relatórios
e uma visão global permanente do comportamento do
sistema de tratamento de bagagens.
A divisão Smart Grid (SG), no ano fiscal em escrutínio,
participou num importante projeto de remodelação
da Rede Elétrica Nacional (REN) na zona do Grande Porto,
através da remodelação da subestação da Siderurgia
da Maia. A Siemens forneceu o sistema de proteção,
comando e controlo para a Siderurgia Nacional, assente
em tecnologia SICAM PAS e unidades de proteção
SIPROTEC4, assim como um quadro de média tensão
8DA10. Este projeto representa uma aposta da REN
e da Siderurgia da Maia numa solução com alto nível
de desempenho e no vasto conhecimento das equipas
de engenharia da Siemens, largamente reconhecido
pelo cliente.
A divisão Low and Medium Voltage (LMV) participou
no maior parque eólico de África, localizado em Tarfaya,
com 300 MW, através do fornecimento, em regime chavena-mão, de 131 postos de transformação de média e baixa
tensão em betão, completamente equipados. Este parque
está localizado dois quilómetros a sul da cidade de Tarfaya,
na costa atlântica de Marrocos, ideal para a localização
de um parque eólico. Assim que estiver concluído,
o parque de Tarfaya vai ser uma fonte interna de energia
renovável, que permitirá aumentar a independência
energética de Marrocos.
No mesmo ano, a LMV participou em dois projetos
de infraestruturas desportivas. Forneceu soluções
de iluminação para o estádio do Futebol Clube de Arouca,
na grande área metropolitana do Porto, e para as arenas
de hóquei em patins de Luanda, Namibe e Malange,
nas quais decorreu o 41.º Campeonato do Mundo da
modalidade, realizado em Angola. Neste último projeto,
a Siemens forneceu ainda tecnologia de média tensão
e sistemas de correção do fator de potência.
Dados Financeiros
14
Atividade Comercial
A Fábrica de Corroios participou na construção de sete novas
centrais elétricas angolanas, que visam dar resposta ao
elevado ritmo de crescimento económico do país, bem como
à crescente procura energética, através do fornecimento de
quadros de média tensão. A participação da Siemens nestes
projetos incluiu ainda o fornecimento do sistema de comando
e controlo, dos transformadores de potência e do sistema de
automação dos grupos. As obras, adjudicadas pelas empresas
EST, COEM e WinEnergy no valor global superior a cinco milhões
de euros, fazem parte de um concurso para a construção
de sete centrais a fuel que virão colmatar as necessidades
energéticas e estabilizar a rede elétrica nas cidades de Luanda,
Benguela, Ondjiva, Huambo, Dundo e Lubango.
É de realçar que a Fábrica de Corroios exporta cerca de 95%
da sua produção. Os quadros elétricos de média tensão NXAIR
e SIMOPRIME são aqui produzidos – e daqui exportados para
os cinco continentes, com destaque para países como
a Alemanha, Brasil, África do Sul, Austrália, México, Coreia do
Sul e Emirados Árabes Unidos. Para isso, muito contribuem as
certificações que atestam a qualidade, segurança e equilíbrio
ambiental de todas as operações da fábrica.
Por seu turno, no ano fiscal 2012/2013, a divisão Building
Technologies (BT) foi particularmente ativa em dois
importantes mercados verticais, Data Centers e Banca,
nos quais ganhou importantes contratos.
Na área dos Data Centers, a BT assinou um contrato de três
anos com a SIBS, empresa responsável pelo processamento
dos pagamentos eletrónicos, para a manutenção integral
do Data Center desta entidade, que abrange os sistemas
de deteção de incêndio, segurança, automação do edifício,
gestão de energia, instalação elétrica e sistemas de
aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC).
Com a Caixa geral de Depósitos (CGD), a divisão celebrou um
contrato de manutenção na área da segurança que abrange
cerca de 1.000 dependências do banco espalhadas por todo o
país. Neste projecto, a BT vai ficar responsável pela manutenção
de importantes sistemas de segurança, tais como a deteção
de incêndio, controlo de acessos e intrusão, CFTV, sinalização
de emergência, segurança física e extintores de incêndio.
Este é mais um importante marco na parceria que a Siemens
tem com a Caixa Geral de Depósitos na área dos serviços
e soluções para edifícios.
Saúde
No setor da saúde em Portugal, tal como já se havia
verificado nos anos anteriores, no ano fiscal 2012/2113, a
Siemens continuou a operar numa conjuntura económica
menos favorável, que influenciou o mercado. Atento
a esta realidade, o setor Healthcare continuou a apoiar
os seus clientes, através de estratégias diferenciadoras,
alavancadas no sólido portefólio de soluções e serviços
e no forte know-how da sua estrutura, com o objetivo
último de maximizar a eficiência das unidades de saúde
e melhorar a qualidade global dos serviços de saúde
prestados. Esta aposta do setor tem sido reconhecida,
nacional e internacionalmente, e, neste último âmbito,
o reconhecimento foi firmado pela sede da empresa
na Alemanha, que apostou em Portugal para a prestação
de serviços na área dos Sistemas de Informação
e Consultoria Clínica.
Este reconhecimento é fruto do profissionalismo e da
competência da equipa portuguesa de Health Services,
bem como da implementação bem-sucedida da estratégia
de exportação que o setor tem levado a cabo nos últimos
anos. Está assim prevista a prestação de serviços, a partir
de Portugal, nas áreas de suporte à gestão de projetos, na
implementação e desenho de workflows, na gestão da
qualidade e no desenvolvimento do processo clínico
eletrónico – Soarian – a nível internacional.
Também no ano comercial em análise, o Grupo Espírito
Santo Saúde (ESS) apostou na aquisição de equipamentos
e soluções de ponta para várias das suas unidades de saúde,
tendo feito investimentos em diversas áreas de diagnóstico
para os quais selecionou a Siemens como parceiro
tecnológico. Para o Hospital da Arrábida, adquiriu uma nova
unidade de Tomografia Computorizada (TC) de 128 cortes,
que permite, além da realização de todos os exames
de rotina com melhor qualidade de imagem, uma redução
significativa da dose de radiação.
Adicionalmente, o Grupo ESS substituiu duas das soluções
de mamografia, nas unidades Hospital da Luz – Centro
Clínico da Amadora e Hospital da Luz – Clínica de Oeiras,
pela mais recente tecnologia digital da Siemens para esta
área, que permite realizar biópsias sem ser necessário
utilizar sistemas externos, bem como recorrer à tecnologia
de vanguarda Tomossíntese (mamografia tridimensional).
Por seu turno, o Hospital de Santiago, do mesmo Grupo,
localizado em Setúbal, reforçou a sua oferta na área da
ecografia, através da substituição de soluções por
tecnologia Siemens mais moderna.
A divisão Siemens Healthcare Diagnostics celebrou com
o Grupo Unilabs um contrato com a duração de cinco anos
para o fornecimento de diversos equipamentos de
diagnóstico laboratorial, com especial destaque para o portefólio diferenciador e completo nas áreas da
Imunoquímica e da Bioquímica. Atualmente, a estrutura da Unilabs em Portugal conta com dois laboratórios de
Análises Clínicas, um laboratório de Anatomia Patológica,
uma unidade de Imuno-hemoterapia, quatro unidades
de Cardiologia e 160 unidades de atendimento.
Ainda no ano transato, o Grupo LabMED inaugurou um
novo laboratório, situado em Viana do Castelo, no âmbito
da sua estratégia de expansão e crescimento, onde a Siemens,
como parceiro preferencial, forneceu soluções nas áreas
de bioquímica, imunologia, hematologia, coagulação,
microbiologia e urianálise. Atualmente, o laboratório realiza
130 colheitas por dia, valor que se pretende aumentar
através do estabelecimento de novas parcerias.
No mesmo período, o Sistema de Gestão de Acordos
Internacionais (SIGAI) celebrou o seu primeiro aniversário
de funcionamento. Este sistema, desenvolvido pela
Siemens para a Administração Central do Sistema
de Saúde (ACSS), permite recolher e gerir a informação
do Serviço Nacional de Saúde e partilhá-la com os outros
Estados-membros da União Europeia, por forma a realizar
a conta-corrente quer ao nível dos cuidados prestados
a cidadãos europeus em Portugal, quer a cidadãos
portugueses na Europa. O sistema está a funcionar nas
vertentes de «Portugal Credor» e «Portugal Devedor»,
consolidando informação das Administrações Regionais de
Saúde e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira,
bem como dos respetivos Estados-membros. Está também
implementada a aplicação de estatística.
No mesmo período, a Siemens recebeu novamente o voto
de confiança da Clínica Dr. João Carlos Costa (JCC), através
da aquisição de uma ressonância magnética de alto campo
(1,5 Tesla), que permite realizar todos os exames sem
quaisquer restrições. Na sequência desta instalação,
a população de Bragança passou a dispor de um
equipamento capaz de dar resposta a todas as solicitações,
15
Resultados da
Siemens, S.A.
evitando deslocações a outras zonas do país para a
realização de exames de maior complexidade, como
acontecia até então.
No período em análise, a Siemens equipou a nova sala do
Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santa Maria,
em Lisboa, com um equipamento de angiografia
de última geração, que permite visualizar stents com
elevada precisão e realizar o cálculo de estenoses
através de modelos tridimensionais de coronárias
em apenas alguns segundos. Este novo espaço do Hospital
de Santa Maria permitirá melhorar os serviços de uma
unidade dedicada a técnicas de cardiologia de intervenção,
nomeadamente cateterismos cardíacos, assim como
diagnósticos e terapêutica das doenças das artérias
coronárias e resolução de problemas de cardiopatia
congénita ou estrutural.
Também no ano transato, o Grupo Base continuou a sua
política de expansão com um novo laboratório situado em
Guimarães, onde a Siemens, através da divisão Diagnostics,
forneceu soluções nas áreas da bioquímica e coagulação,
reforçando a relação de parceria existente entre o Grupo
e a empresa.
Finalmente, também no ano comercial 2012/2013, o
Customer Care Center (CCC) da Siemens Healthcare celebrou
o primeiro ano de existência. Este centro de atendimento
e suporte, global e único para o setor, centraliza todos
os pedidos dos clientes da empresa relativos aos sistemas
e soluções de diagnóstico por imagem e laboratorial da
Siemens. É de realçar que, em apenas um ano, o CCC, que
teve uma avaliação positiva ao nível do atendimento por
parte de 90% dos clientes, registou perto de 14 mil pedidos,
metade dos quais foram resolvidos remotamente, evitando
tempos de paragem desnecessários e maximizando
a disponibilidade dos sistemas.
Dados Financeiros
16
Atividade Comercial
Resultados da Siemens, S.A.
Evolução Previsível em 2014
O valor da receita de negócio próprio registou o montante
de 306,5 milhões de euros.
Foram efetuadas todas as amortizações, ajustamentos
e provisões que a Administração entendeu necessárias para
a cobertura de riscos previsíveis.
Colocamos à disposição da Assembleia Geral 9,4 milhões
de euros, para o que propomos a seguinte distribuição:
- Dividendos: 9.354.720,92 euros.
O resultado líquido já inclui 9,6 milhões de euros
em gratificações aos colaboradores.
Não existem dívidas em mora ao setor público estatal,
incluindo Segurança Social.
As contas foram objeto de auditoria pela firma de auditores
independentes Ernst & Young Audit & Associados – S.R.O.C., S.A.,
que emitiu um parecer sem reservas.
Evolução
Previsível em 2014
Durante o próximo ano, a economia portuguesa deverá ser
marcada por dois grandes momentos: um crescimento de
0,8% do PIB em 2014, invertendo a tendência menos positiva
verificada nos últimos três anos, e, durante o mês de junho,
o fim do programa de ajustamento económico e financeiro,
solicitado em abril de 2011 pelo Estado português à Troika,
composta pelo Banco Central Europeu (BCE), Comissão
Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI).
Esta previsão, que resulta da continuação do processo
de correção dos desequilíbrios macroeconómicos e é
consistente com a redução do grau de endividamento do
setor privado, deverá permitir que o país se consiga financiar
no mercado de dívida a taxas de juro sustentáveis já a partir
do segundo semestre de 2014.
A manutenção de um elevado crescimento das exportações
deverá permitir a continuação do ajustamento das contas
externas, prevendo-se que o saldo conjunto da balança
corrente e de capital se fixe em 3,5% do PIB – o que irá
contribuir para aumentar a capacidade líquida de
financiamento da economia portuguesa –, e que a balança
corrente atinja um excedente equivalente a 1,9% do PIB.
A taxa de desemprego deverá situar-se nos 15,6%¹,
acompanhada pela manutenção de uma produtividade
positiva (apesar de em desaceleração), o que significa uma
queda no emprego inferior à registada em 2013. Esta situação
leva a prever que o consumo privado deverá apresentar uma
recuperação de 0,1% em 2014, após o ajustamento ocorrido
nos últimos três anos. A variação ligeiramente positiva neste
indicador deverá ocorrer de forma sustentada, tendo em
consideração que nos últimos anos se verificou uma trajetória
ascendente da taxa de poupança, bem como uma redução
do endividamento das famílias. A inflação, por sua vez, deverá
atingir 1% em 2014, num contexto de ausência de tensões
inflacionistas nos mercados internacionais de commodities.
No que respeita à despesa pública, esta vai continuar a sofrer
um processo de ajustamento com impactos diretos no
consumo público, que deverá registar um decréscimo
de 2,8% durante o próximo ano.
Do lado do investimento, é expectável uma evolução positiva
de 1,2%, suportada por uma maior dinâmica deste indicador
ao nível empresarial, ao qual se associam condições de
financiamento mais favoráveis da economia portuguesa, uma
vez que também se antecipa a manutenção das taxas de juro
de curto prazo num nível baixo, bem como uma diminuição
do preço do petróleo, após a subida verificada na segunda
metade de 2013, e uma ligeira depreciação do euro face ao dólar.
Na zona euro, e de acordo com as projeções macroeconómicas
de setembro do BCE, a taxa de variação anual do PIB real
deverá ser de 1,0% em 2014. Espera-se que a recuperação
da atividade económica seja apoiada pelo impacto favorável
do aumento gradual da procura externa nas exportações. Em
2014, a procura interna deverá ser favorecida pelos progressos
alcançados na consolidação orçamental, beneficiando
sobretudo de uma queda da inflação dos preços das matériasprimas, que apoiará os rendimentos reais. Espera-se, contudo,
que as perspetivas a médio prazo sejam atenuadas pela
evolução fraca do mercado de trabalho e pela necessidade de
nova correção de balanços no setor privado, em alguns países
da área do euro**.
De acordo com a edição de outono do EY Eurozone Forecast
(EEF), permanecem as diferenças crescentes entre o núcleo
e a periferia desta união monetária. A Alemanha continua
a ser o motor da zona euro, com um crescimento de 0,6%
este ano, enquanto os estados periféricos em maiores
dificuldades continuam a contrair em 2013, apesar dessa
tendência estar a diminuir. As estimativas indicam uma
estabilização das economias italiana e portuguesa em 2014
e da economia grega em 2015.
O EY Eurozone Forecast destaca ainda que a recuperação
continuará a ser condicionada pela desalavancagem no setor
público e privado e pelo difícil acesso ao financiamento,
fatores que terão impacto maior na periferia, alargando assim
a divergência face aos países do centro da zona euro***.
Quanto à economia mundial, esta deverá crescer 3,6%
em 2014. De acordo com o World Economic Outlook,
do FMI, os países emergentes deverão apresentar um
crescimento de 5,1% em 2014, enquanto os países
desenvolvidos verão as suas economias aumentar 2%,
sendo expectável um crescimento de 1,2% no Japão
e de 2,6% nos Estados Unidos*.
Relativamente à atividade da Siemens Portugal para 2014,
é expectável a atribuição de novos Centros de Competências de
vertente tecnológica a outros setores da empresa, a juntar aos 12
já existentes, que exportam, para todo o mundo, competências,
engenharia e serviços em áreas como as finanças, recursos
humanos, compras, energia, infraestruturas e saúde.
17
Considerações
Finais
A competência e a qualidade do trabalho da filial
portuguesa também foram reconhecidas pela Siemens AG
através da escolha da Siemens Portugal como um dos
30 leading countries da empresa a nível global. Com esta
reorganização, a Siemens Portugal, que já detinha uma
presença na África lusófona, nomeadamente em Angola,
assumiu também a responsabilidade pelas operações
em Moçambique.
Presente no continente africano desde 1860, e em
Moçambique há mais de 60 anos, a Siemens possui um vasto
conhecimento sobre o mercado local. Este fator, aliado
a uma ampla experiência em áreas de grande importância
para o país e recursos de grande qualidade, fazem
da Siemens uma das empresas mais bem posicionadas
para desempenhar um papel decisivo no crescimento
de Moçambique, uma das economias mais dinâmicas
em África, com um crescimento anual de 7%.
Angola e Moçambique são países particularmente
interessantes para a área de atividade da Siemens e para as
soluções e competências que integram o seu portefólio, dado
o seu enorme potencial de crescimento nos setores das
infraestruturas, transportes, aeroportos, portos, controlo
de tráfego, centrais hidroelétricas, transporte e distribuição
de energia, água, tratamento de resíduos, edifício de serviços
e outras indústrias viradas para a sustentabilidade.
Finalmente, a eventual concretização do acordo de comércio
livre entre a União Europeia e os Estados Unidos da América,
que estará na origem da formação da maior zona comercial livre
do mundo, criará novas oportunidades para Portugal e para
as empresas que, como a Siemens, têm sido sempre parceiras
do país, contribuindo para o seu desenvolvimento económico.
Segundo a Fundação Bertelsmann, e graças à localização
geoestratégica do país, este acordo pode resultar numa descida
de 0,76 pontos percentuais na taxa de desemprego e na criação
de 42,5 mil postos de trabalho em Portugal.
Fontes:
Relatório do Orçamento do Estado 2014, com a exceção
dos indicadores assinalados com:
* FMI – World Economic Outlook October 2013.
** BCE – Eurosystem Staff Projections.
*** EY Eurozone Forecast.
¹ INE (Instituto Nacional de Estatística) – Dado base referente
a setembro de 2013.
Dados Financeiros
18
Evolução Previsível em 2014
Considerações Finais
Demonstrações dos Resultados 2013
As transferências da Siemens, S.A. para o Estado, no período
de 1 de outubro de 2012 a 30 de setembro de 2013,
ascenderam ao montante de 18,5 milhões de euros em
impostos e de 13,9 milhões de euros para a Segurança Social,
tendo as nossas vendas gerado 39,7 milhões de euros de IVA,
o que perfaz um total de 72,1 milhões de euros para os cofres
do Estado.
A todos os colaboradores, de todas as unidades e serviços
internos e externos, que contribuíram para o
desenvolvimento da empresa, agradecemos a dedicação
e o entusiasmo que demonstraram ao longo do ano.
Amadora, 15 de novembro de 2013
Demonstrações
dos Resultados 2013
19
BALANÇO (Montantes expressos em Euros)
Rubricas
Notas
30/09/2013
30/09/2012
38.602.203,01
ATIVO:
Ativo não corrente:
Ativos fixos tangíveis
7
33.648.742,24
Ativos fixos intangíveis
8
247.888,23
413.147,05
Outros ativos financeiros
9
23.583.133,04
22.390.600,36
12
14.060.000,00
15.878.000,00
71.539.763,51
77.283.950,42
77.486.516,97
Ativos por impostos diferidos
Ativo corrente:
Inventários
13
76.691.461,40
Clientes
14
2.754.920,12
7.628.605,98
Acionistas/sócios
11
103.717.672,02
102.755.431,74
Outras contas a receber
11
2.367.978,16
857.798,90
Diferimentos
16
18.793.376,43
14.313.182,99
Caixa e depósitos bancários
4
Total do Ativo
2.580.210,62
4.815.553,84
206.905.618,75
207.857.090,42
278.445.382,26
285.141.040,84
70.000.000,00
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital realizado
17
63.000.000,00
Reservas legais
17
12.600.000,00
14.256.000,00
Outras reservas
17
11.187.005,24
11.232.005,24
Resultados transitados
17
15.565.173,14
12.300.662,86
Resultado líquido do período
17
Total do Capital Próprio
9.414.544,57
6.619.598,72
111.766.722,95
114.408.266,82
40.400.448,52
PASSIVO:
Passivo não corrente:
Provisões
19
28.218.333,21
Passivos por impostos diferidos
12
3.671.000,00
5.042.000,00
31.889.333,21
45.442.448,52
Passivo corrente:
Provisões
19
14.604.928,00
-
Fornecedores
11
36.743.594,19
49.664.816,62
Adiantamentos de clientes
11
2.975.151,93
4.821.185,42
Estado e outros entes públicos
15
7.056.918,91
5.583.392,38
Acionistas/sócios
11
2.996.708,63
450.983,08
Outras contas a pagar
11
29.314.402,76
32.580.571,07
Diferimentos
16
41.097.621,68
32.189.376,93
134.789.326,10
125.290.325,50
Total do Passivo
166.678.659,31
170.732.774,02
Total do Capital Próprio e do Passivo
278.445.382,26
O Conselho de Administração
Dados Financeiros
20
Balanço
Demonstração das Alterações no Capital Próprio
285.141.040,84
O Técnico Oficial de Contas
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO (Montantes expressos em Euros)
Período findo em 30 de setembro de 2013
Descrição
Posição no início do período
01-10-2011
Capital Realizado
Reservas Legais
Outras Reservas
Resultados
Transitados
Resultado Líquido
do Período
Total de Capital
Próprio
70.000.000
14.256.000
11.275.005
16.415.124
32.806.774
144.752.903
32.806.774
(32.806.774)
-
-
-
-
32.806.774
(32.806.774)
-
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Transferência de Resultado Líquido
para Resultados Transitados
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Impostos diferidos realizados
resultantes de reservas de reavaliação
(43.000)
(43.000)
12.300.663
Aquisição da SHD
(43.000)
12.300.663
12.300.663
-
12.257.663
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
6.619.599
6.619.599
RESULTADO INTEGRAL
OPERAÇÕES COM DETENTORES
DE CAPITAL NO PERÍODO
6.619.599
18.877.262
Pagamento de Dividendos
(31.000.000)
Pagamento de Dividendos extraordinários
(18.221.898)
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO
30-09-2012
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO
01-10-2012
(31.000.000)
(18.221.898)
-
-
-
(49.221.898)
-
(49.221.898)
70.000.000
14.256.000
11.232.005
12.300.663
6.619.599
114.408.267
70.000.000
14.256.000
11.232.005
12.300.663
6.619.599
114.408.267
6.619.599
(6.619.599)
-
-
-
-
6.619.599
(6.619.599)
-
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Transferência de Resultado Líquido
para Resultados Transitados
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Impostos diferidos realizados
resultantes de reservas de reavaliação
(45.000)
(45.000)
-
Redução de Capital
(7.000.000)
(7.000.000)
(1.656.000)
Libertação Reservas Legais
(1.656.000)
Ajustamento de preço de compra SHD
2.020.000
Outras alterações reconhecidas no capital
1.244.510
(7.000.000)
(1.656.000)
(45.000)
3.264.510
2.020.000
1.244.510
-
(5.436.490)
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
9.414.545
9.414.545
RESULTADO INTEGRAL
OPERAÇÕES COM DETENTORES
DE CAPITAL NO PERÍODO
9.414.545
3.978.055
(6.619.599)
Pagamento de Dividendos
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO
30-09-2013
(6.619.599)
-
-
-
(6.619.599)
-
(6.619.599)
63.000.000
12.600.000
11.187.005
15.565.173
9.414.545
111.766.723
O Conselho de Administração
O Técnico Oficial de Contas
21
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS (Montantes expressos em Euros)
Rendimentos e Gastos
Notas
30/09/2013
30/09/2012
Vendas e serviços prestados
22
306.488.621,33
340.909.567,11
Subsídios à exploração
18
62.171,41
14.450,57
9
1.196.473,14
-
13
(95.254,00)
4.026,00
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos
Variação nos inventários da produção
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
13
(121.364.372,91)
(126.383.672,82)
Fornecimentos e serviços externos
24
(99.265.811,11)
(129.468.295,79)
Gastos com o pessoal
21
(68.920.811,86)
(67.405.966,40)
Imparidade de inventários (perdas/reversões)
25
12.595,40
(157.960,63)
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)
25
443.036,60
1.258.549,49
(14.725.755,36)
Provisões (aumentos/reduções)
19
(2.422.812,69)
Outros rendimentos e ganhos
26
13.832.408,79
5.409.741,44
Outros gastos e perdas
27
(9.036.726,83)
(3.061.860,47)
20.929.517,27
6.392.823,14
28
(6.595.191,29)
(3.975.861,60)
14.334.325,98
2.416.961,54
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (EBITDA)
Gastos/reversões de depreciação e de amortização
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (EBIT)
Juros e rendimentos similares obtidos
29
51.740,21
933.389,90
Juros e gastos similares suportados
29
(303.953,74)
(255.198,50)
14.082.112,45
3.095.152,94
12
(4.667.567,88)
3.524.445,78
9.414.544,57
6.619.598,72
-
-
Resultado antes de impostos (EBT)
Imposto sobre o rendimento do período
Resultado líquido do período
Resultado das atividades descontinuadas (líquido de impostos) incluído
no resultado líquido do período
Resultado por ação básico
O Conselho de Administração
Dados Financeiros
22
Demonstração dos Resultados por Naturezas
Demonstração de Fluxos de Caixa
0,75
0,47
O Técnico Oficial de Contas
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA (Montantes expressos em Euros)
Rubricas
30/09/2013
30/09/2012
Fluxos de caixa das atividades operacionais – método direto
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Caixa gerada pelas operações
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
Outros recebimentos/pagamentos
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)
561.544.521,75
630.324.807,23
(513.325.486,06)
(504.518.091,13)
(40.027.690,02)
(37.730.176,78)
8.191.345,67
88.076.539,32
4.003.729,79
(7.668.319,02)
(8.083.101,28)
(19.374.812,99)
4.111.974,18
61.033.407,31
(1.532.781,00)
(1.625.548,94)
2.023.938,00
(10.076.000,00)
(6.619.598,72)
(49.221.898,13)
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis
(413.147,05)
Ativos intangíveis
Investimentos financeiros
Dividendos
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis
33.337,85
20.235,02
Juros e rendimentos similares
51.740,21
933.389,90
(6.043.363,66)
(60.382.969,20)
(303.953,74)
(255.198,50)
(303.953,74)
(255.198,50)
(2.235.343,22)
395.239,61
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Pagamentos respeitantes a:
Juros e gastos similares
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3)
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
-
-
(4.815.553,84)
(4.420.314,23)
2.580.210,62
4.815.553,84
-2.235.343,22
O Conselho de Administração
395.239,61
O Técnico Oficial de Contas
23
Anexo às Demonstrações Financeiras
Exercício de 1 de outubro de 2012 a 30 de setembro de 2013
1. Introdução
A empresa foi constituída em 1922 com a denominação social de Siemens Companhia de Electricidade, Lda. Em 1931, foi
transformada em sociedade anónima e, com as alterações ao Código das Sociedades Comercias, tomou a presente designação
de Siemens, S.A.
A empresa tem a sua sede na Rua Irmãos Siemens, n.º 1, Venteira, Amadora.
Dispõe, ainda, de instalações no Freixieiro e de fábricas no Sabugo (transformadores) e Corroios (quadros elétricos).
A empresa está presente em diversos setores de atividade, a saber:
• Energia (Distribuição e Produção);
• Indústria (Soluções integradas para a gestão e manutenção de edifícios e equipamentos industriais);
• Saúde (Aparelhos de diagnóstico e soluções IT de gestão para a área da saúde);
• Infraestruturas e Cidades (Infraestruturas ferroviárias e aeroportuárias, smart grids, serviços e sistemas de proteção e controlo).
Presta ainda serviços financeiros a 59 empresas do grupo de 21 países localizados em três continentes, através dos Centros
de Competências instalados em Portugal.
A sua atividade principal é o fabrico, desenvolvimento, reparação, aquisição e venda de produtos, pertencentes aos setores
acima descritos.
A empresa-mãe da Siemens, S. A. denomina-se Siemens International Holding, B.V., que tem a sua sede em Haia, na Holanda,
detendo 100% dos 12,6 milhões de ações com o valor nominal de 5 € cada, que representam o capital da Siemens, S.A.
A Siemens, S.A. optou por não apresentar as suas demonstrações financeiras consolidadas, ao abrigo da isenção permitida
pela alínea b) do n.º 3 do artigo 7.º do Decreto- Lei n.º 158/2009 de 13 de julho.
2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
As presentes demonstrações financeiras foram elaboradas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros
e registos contabilísticos da empresa e de acordo com as Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF) previstas pelo
Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto Lei n.º 158/2009 de 13 de julho, com as retificações da
Declaração de Retificação n.º 67-B/2009 de 11 de setembro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 20/2010 de 23 de agosto.
Não houve derrogações de disposições do SNC tendo em vista a necessidade de estas darem uma imagem verdadeira
e apropriada do ativo, do passivo e dos resultados da empresa.
Não existem contas, seja do balanço, seja da demonstração de resultados, cujos conteúdos não sejam comparáveis com
os do exercício anterior.
Em 2013, por motivos de comparabilidade, foram recalculados os montantes divulgados nas diversas linhas de fluxos de caixa
das atividades operacionais de 2012, aplicando o mesmo critério utilizado para 2013. Deste modo, os dados de 2012 incluídos
na demonstração de fluxos de caixa do presente exercício não são iguais aos respetivos montantes apresentados nas
demonstrações financeiras de 2012. O mesmo se aplica ao quadro da nota 23 sobre os contratos de construção.
A Siemens, tendo um exercício económico diferente do ano civil (1 de outubro a 30 de setembro) superiormente autorizado,
adotou as NCRF pela primeira vez em 1 de outubro de 2010, aplicando para o efeito a NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das
Dados Financeiros
24
Anexo às Demonstrações Financeiras
Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, tendo preparado o balanço de abertura a 1 de outubro de 2009, considerando
as isenções e/ou proibições de aplicação retrospetiva previstas na respetiva norma.
3. Principais políticas contabilísticas
3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras:
Na preparação das demonstrações financeiras a que se referem as presentes notas, a empresa adotou:
• As Bases de Preparação das Demonstrações Financeiras constantes do anexo ao Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho,
que instituiu o SNC;
• As NCRF em vigor na presente data com as isenções descritas na Nota 2.
Assim, as demonstrações financeiras foram preparadas tendo em conta as bases da continuidade, do regime do acréscimo,
da consistência de apresentação, da materialidade e agregação, da não compensação e da informação comparativa.
Tendo por base o disposto nas NCRF, as políticas contabilísticas adotadas pela empresa foram as seguintes:
(a) Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis referem-se a bens utilizados na produção, na prestação de serviços ou no uso administrativo.
A empresa adotou o custo considerado na mensuração dos ativos fixos tangíveis em referência a 1 de janeiro de 2009
(data de transição para as NCRF), nos termos da isenção permitida pela NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das NCRF.
A empresa adotou como custo considerado:
• Para terrenos e edifícios, o valor de aquisição reavaliado ao abrigo da legislação publicada;
• Para os restantes ativos fixos tangíveis, o valor constante das anteriores demonstrações financeiras preparadas de acordo
com o POC, o qual incluía reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de diversos diplomas legais que tiveram em conta
coeficientes de desvalorização da moeda.
Os ganhos resultantes das revalorizações efetuadas encontram-se refletidos em «Outras reservas».
Com exceção dos terrenos que não são amortizáveis, os ativos fixos tangíveis são amortizados durante o período de vida
económica esperada e avaliados quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo possa estar
em imparidade.
As amortizações são calculadas numa base duodecimal, a partir do momento em que os bens estão disponíveis para
a utilização para a finalidade pretendida, utilizando o método da linha reta.
Os ativos fixos tangíveis são depreciados em duodécimos durante as vidas úteis estimadas:
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
10 a 50 anos
4 a 10 anos
Equipamento de transporte
4 a 6 anos
Equipamento administrativo
4 a 8 anos
Outros ativos fixos tangíveis
Até 1 ano
25
Considera-se que o valor residual é nulo, pelo que o valor depreciável sobre o qual incidem as amortizações é coincidente
com o custo.
Os métodos de amortização, a vida útil estimada e o valor residual são revistos no final de cada ano e os efeitos das alterações
são tratados como alterações de estimativas, ou seja, o efeito das alterações é tratado de forma prospetiva.
O gasto com amortizações é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica «Gastos/reversões de depreciação
e amortização».
Os custos de desmantelamento e remoção de bens do ativo fixo tangível e os custos de restauro do local onde
estes estão localizados, em cuja obrigação se incorre quando os bens são adquiridos ou como consequência
de terem sido usados durante um determinado período para finalidades diferentes da produção de inventários,
fazem parte do custo do ativo fixo tangível correspondente e são amortizados no período de vida útil dos bens
a que respeitam.
Os custos de manutenção e reparação correntes são reconhecidos como gastos no período em que ocorrem.
Os custos com substituições e grandes reparações são capitalizados sempre que aumentem a vida útil do imobilizado a que
respeitem e são amortizados no período remanescente da vida útil desse imobilizado ou no seu próprio período de vida útil,
se inferior.
Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo tangível (calculado como a diferença entre o valor
de venda menos custos da venda e o valor contabilístico) é incluído no resultado do exercício no ano em que o ativo
é desreconhecido.
As «Outras reservas» relativas a reservas de reavaliação existentes nos anteriores PCGA não são transferidas para resultados
transitados por se referirem a reservas efetuadas ao abrigo de diplomas legais, as quais, apesar de realizadas pelo uso
ou pela venda, não podem ser distribuídas aos sócios.
Os ativos fixos tangíveis em curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção ou desenvolvimento
e estão mensurados ao custo de aquisição, sendo somente amortizados quando se encontram disponíveis para uso.
Imparidade
A empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar com imparidade no final do ano. Se existir
qualquer indicação, as empresas estimam a quantia recuperável do ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou
de uma unidade geradora de caixa menos os gastos de vender e o seu valor de uso) e reconhecem nos resultados do exercício
a imparidade sempre que a quantia recuperável for inferior ao valor contabilístico.
Ao avaliar se existe indicação de imparidade são tidas em conta as seguintes situações:
• Durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente mais do que seria esperado como resultado
da passagem do tempo ou do uso normal;
• Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo, alterações significativas com um efeito adverso na
entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal em que a entidade opera ou no mercado
ao qual o ativo está dedicado;
Dados Financeiros
26
Anexo às Demonstrações Financeiras
• As taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado de retorno de investimentos aumentaram durante o período,
e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ativo e diminuirão
materialmente a quantia recuperável do ativo;
• A quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é superior à sua capitalização de mercado;
• Está disponível evidência de obsolescência ou dano físico de um ativo;
• Alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram durante o período, ou espera-se que ocorram
num futuro próximo, até ao ponto em que, ou na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que seja usado.
Estas alterações incluem um ativo que se tornou ocioso, planos para descontinuar ou reestruturar a unidade operacional
a que o ativo pertence e planos para alienar um ativo antes da data anteriormente esperada;
• Existe evidência em relatórios internos que indica que o desempenho económico de um ativo é, ou será, pior do que
o esperado.
Independentemente de haver indicações de estarem em imparidade, os bens que ainda não estão disponíveis para uso são
testados anualmente quanto à imparidade.
As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados (a não ser que o ativo esteja escriturado pela quantia
revalorizada, caso em que é tratado como acréscimo de revalorização) e não devem exceder a quantia escriturada do bem,
que teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente.
(b) Ativos intangíveis
Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados, na data do reconhecimento inicial, ao custo.
Após o reconhecimento inicial, os ativos intangíveis apresentam-se ao custo menos amortizações acumuladas e perdas
por imparidade acumuladas.
A vida útil do ativo intangível foi avaliada como finita.
Os ativos intangíveis com vidas úteis finitas são amortizados durante o período de vida económica esperada e avaliados
quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo pode estar em imparidade.
A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos na alínea a) ativos fixos tangíveis.
As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados e não devem exceder a quantia escriturada do bem que teria sido
determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente.
Para um ativo intangível com uma vida útil finita, os métodos de amortização, a vida útil estimada e o valor residual são
revistos no final de cada ano e os efeitos das alterações são tratados como alterações de estimativas, i.e. o efeito das
alterações é tratado de forma prospetiva.
O gasto com amortizações de ativos intangíveis com vidas úteis finitas é reconhecido na demonstração de resultados
na rubrica de «Gastos/reversões de depreciação e amortização».
Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo intangível (calculado como a diferença entre o valor
de venda menos o custo da venda e o valor contabilístico) é incluído no resultado do exercício no ano em que o ativo
é desreconhecido.
27
(b.1.) Programas de computador
É reconhecido nesta rubrica o programa de computador GloRHia de gestão de recursos humanos, adquirido a terceiros.
Os gastos associados à manutenção e ao desenvolvimento dos programas de computador são reconhecidos como gastos
quando incorridos por se considerar que não são mensuráveis com fiabilidade e/ou não geram benefícios económicos futuros.
O período de depreciação do ativo fixo intangível registado é de cinco anos.
(c) Participações financeiras – método da equivalência patrimonial
Estão valorizados de acordo com o método da equivalência patrimonial os investimentos em subsidiárias, definindo-se
como tal as entidades nas quais a empresa exerce uma influência significativa e que não são nem associadas nem
empreendimentos conjuntos.
Imparidade
A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos na alínea a) ativos fixos tangíveis.
(d) Participações financeiras – outros métodos
As participações financeiras da Siemens que não utilizam o método da equivalência patrimonial respeitam a participações
em associações empresariais cujo objeto é de interesse económico para a empresa, mas em que não existe participação
na gestão das mesmas.
A empresa adotou a isenção definida na NCRF 3 e, consequentemente, considerou os montantes ao custo do antigo GAAP.
(e) Imposto sobre o rendimento
(e.1.) Imposto sobre o rendimento – corrente
O imposto corrente é determinado com base no resultado contabilístico ajustado de acordo com a legislação fiscal em vigor.
A empresa é tributada em sede de imposto sobre o rendimento à taxa de 25%, acrescida da taxa de derrama até à taxa máxima
de 1,5% sobre o lucro tributável, e acrescida de uma taxa de derrama estadual, aplicável a partir de 2012 inclusive, de 3% sobre
o valor de lucro tributável entre os 1,5 e os 10 milhões e 5% no valor que exceda os 10 milhões de euros.
Nos termos da legislação em vigor, as declarações fiscais da Siemens, S.A., estão sujeitas a revisão por parte das autoridades
fiscais durante um período de quatro anos, o qual pode ser prolongado em determinadas circunstâncias, nomeadamente
quando existem prejuízos fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações.
O Conselho de Administração, suportado nas posições dos seus consultores fiscais e tendo em conta as responsabilidades
reconhecidas, entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão correções materiais nas
demonstrações financeiras.
(e.2.) Imposto sobre o rendimento – diferido
Os ativos e passivos por impostos diferidos resultam do apuramento de diferenças temporárias (dedutíveis e tributáveis)
entre as bases contabilísticas e as bases fiscais dos ativos e passivos da empresa.
Os ativos por impostos diferidos refletem:
• As diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que é provável a existência de lucros tributáveis futuros
relativamente ao qual a diferença dedutível pode ser usada;
Dados Financeiros
28
Anexo às Demonstrações Financeiras
• Perdas fiscais não usadas e créditos fiscais não usados até ao ponto em que seja provável que lucros tributáveis futuros
estejam disponíveis contra os quais possam ser usados.
Diferenças temporárias dedutíveis são diferenças temporárias das quais resultam quantias que são dedutíveis na
determinação do lucro tributável/perda fiscal de períodos futuros quando a quantia escriturada do ativo ou do passivo seja
recuperada ou liquidada.
Os passivos por impostos diferidos refletem diferenças temporárias tributáveis.
As diferenças temporárias tributáveis são diferenças temporárias das quais resultam quantias tributáveis na determinação
do lucro tributável/perda fiscal de períodos futuros quando a quantia escriturada do ativo ou do passivo seja recuperada
ou liquidada.
A mensuração dos ativos e passivos por impostos diferidos:
• É efetuada de acordo com as taxas que se espera que sejam de aplicar no período em que o ativo for realizado ou o passivo
liquidado, com base nas taxas fiscais aprovadas à data de balanço; e
• Reflete as consequências fiscais decorrentes da forma como a empresa espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar
a quantia escriturada dos seus ativos e passivos.
(f) Inventários
Os inventários são registados ao menor de entre o custo e o valor líquido de realização. O valor líquido de realização
representa o preço de venda estimado deduzido de todos os gastos estimados necessários para concluir os inventários
e para efetuar a sua venda. Nas situações em que o valor de custo é superior ao valor líquido de realização, é registado
um ajustamento (perda por imparidade) pela respetiva diferença.
O método de custeio dos inventários adotado pela Siemens consiste no custo médio ponderado.
(g) Ativos financeiros não incluídos nas alíneas anteriores
Os ativos financeiros não incluídos nas alíneas atrás e que não são valorizados ao justo valor estão valorizados ao custo
amortizado (de acordo com o método do juro efetivo, o qual torna o valor contabilístico do ativo diferente do respetivo valor
nominal quando o prazo da realização dos ativos é significativo, geralmente superior a seis meses), líquido de perdas por
imparidade, quando aplicável.
No final do ano, a empresa avaliou a imparidade destes ativos. Sempre que existia uma evidência objetiva de imparidade,
a empresa reconheceu uma perda por imparidade na demonstração de resultados.
A evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos pode estar em imparidade tem em conta dados
observáveis que chamem a atenção sobre os seguintes eventos de perda:
• Significativa dificuldade financeira do devedor;
• Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou amortização da dívida;
• As empresas englobadas na consolidação, por razões económicas ou legais relacionadas com a dificuldade financeira
do devedor, ofereceram ao devedor concessões que de outro modo não considerariam;
• Tornar-se provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização financeira;
• Informação observável indicando que existe uma diminuição na mensuração da estimativa dos fluxos de caixa futuros
de um grupo de ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial.
29
Os ativos financeiros individualmente significativos foram avaliados individualmente para efeitos de imparidade.
Os restantes foram avaliados com base em similares características de risco de crédito.
A imparidade apurada nos termos atrás referidos não difere daquela que é apurada com critérios e para efeitos fiscais.
Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos tipos de ativos financeiros.
(g.1.) Acionistas
Os empréstimos a acionistas encontram-se valorizados ao custo amortizado, utilizando o método do juro efetivo, menos
imparidade. Os restantes saldos com acionistas são também apresentados pelo respetivo custo amortizado, deduzido
de perdas por imparidade, sempre que aplicável, determinada com base nos critérios definidos acima.
(g.2.) Clientes
As contas a receber de clientes são mensuradas, aquando do reconhecimento inicial, de acordo com os critérios de
mensuração de «Vendas e prestações de serviços» descritos na alínea p), sendo subsequentemente mensuradas ao custo
amortizado menos imparidade.
A imparidade é determinada com base nos critérios definidos na alínea g).
A Siemens, S.A. acordou com a sua casa-mãe, através dos seus serviços financeiros (Siemens Financial Services), a cedência
dos créditos sobre clientes, denominado Siemens Credit Warehouse, sendo a dívida reclassificada para a conta de associadas
até à data do seu vencimento.
(g.3.) Adiantamentos a fornecedores
Estes saldos são mensurados ao respetivo custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável,
determinada com base nos critérios definidos na alínea g).
(g.4.) Outras contas a receber
As outras contas a receber que incluem as dívidas ativas dos colaboradores e os saldos devedores de fornecedores
encontram-se também valorizadas ao custo amortizado, menos eventuais imparidades calculadas com base nos critérios
definidos na alínea g).
(g.5.) Caixa e depósitos bancários e caixa e equivalentes de caixa
Os saldos incluídos nesta rubrica estão mensurados da seguinte forma:
• Depósitos sem maturidade definida – ao custo (equivalente ao valor nominal).
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de «Caixa e equivalentes de caixa» compreende depósitos,
vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração
de valor.
(h) Estado e outros entes públicos
Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados com base na legislação em vigor.
No que respeita aos ativos não foi reconhecida qualquer imparidade por se considerar que tal não é aplicável, dada a natureza
específica do relacionamento.
Dados Financeiros
30
Anexo às Demonstrações Financeiras
(i) Diferimentos ativos e passivos
Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos relativamente aos quais não é adequado o seu integral reconhecimento nos
resultados do período em que ocorrem, mas que devam ser reconhecidos nos resultados de períodos futuros.
(j) Rubricas do capital próprio
(j.1.) Capital realizado
O capital encontra-se totalmente realizado nas datas de constituição da Sociedade e respetivas escrituras de aumento de capital.
Neste exercício, foi decidido em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 21 de novembro de 2012, a aquisição
de 1,4 milhões de ações próprias ao valor nominal, no total de 7 millhões de euros. Posteriormente, numa outra Assembleia
Geral extraordinária, realizada a 23 de novembro de 2012, foi decidido uma redução do capital através da extinção das ações
próprias adquiridas, ficando o capital nominal realizado no valor de 63 milhões de euros.
(j.2.) Reserva legal
De acordo com o art. 295.º do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser destinado à constituição ou reforço da reserva legal
até que esta represente pelo menos 20% do capital social.
A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação e só pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois
de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital social (art. 296.º do CSC).
Na Assembleia de 23 de novembro, foi também decidida a libertação do valor que excedesse os 20% de capital para resultados
transitados.
(j.3.) Outras reservas
Esta rubrica inclui reservas de reavaliação efetuadas nos termos dos anteriores PCGA e as efetuadas na data de transição,
líquidas dos correspondentes impostos diferidos, e que não são apresentadas na rubrica de «Excedentes de revalorização»
pelo facto de a entidade ter adotado o custo na data de conversão para o SNC.
As reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de diplomas legais, de acordo com tais diplomas, só estão disponíveis para
aumentar capital ou cobrir prejuízos incorridos até à data a que se reporta a reavaliação e apenas depois de realizadas (pelo
uso ou pela venda).
As reservas que resultam da revalorização efetuada na data de transição só estão disponíveis para distribuição depois
de realizadas (pelo uso ou pela venda).
(j.4.) Resultados transitados
Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos acionistas (que são líquidos de perdas por
reduções de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento) e os ganhos
por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento que,
de acordo com o n.º 2 do art. 32.º do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes
deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.
(j.5.) Resultado líquido do período
Esta rubrica representa o resultado da atividade comercial e industrial, bem como outros rendimentos e ganhos e outros
gastos financeiros.
31
(l) Provisões
Esta conta reflete as obrigações presentes (legais ou construtivas) da entidade provenientes de acontecimentos passados,
cuja liquidação se espera que resulte numa saída de recursos da entidade que incorporem benefícios económicos e cuja
tempestividade e quantia são incertas, mas cujo valor pode ser estimado com fiabilidade.
As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data
do balanço. Sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro é material, a quantia de uma provisão é o valor presente
dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação usando uma taxa de desconto antes
dos impostos que reflete as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos
do passivo e que não reflete riscos relativamente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros tenham sido
ajustadas.
Seguem-se algumas especificidades relativas a provisões:
(l.1.) Provisões para garantias
Estas provisões refletem a estimativa dos gastos em que se poderá vir a incorrer para solucionar problemas
originados por defeitos de fabrico que venham a ser detetados nos produtos vendidos que tenham sido
fabricados pela empresa e que venham a ser reclamados pelos clientes no prazo máximo de dois anos a contar
da data da venda.
Estas provisões são mensuradas tendo por base a proporção histórica de gastos com garantias em relação ao valor original
das vendas, apurada de forma individualizada por tipo de produto, ao longo dos seis últimos anos de vendas.
Não são reconhecidas provisões para garantias relativas a produtos adquiridos à casa-mãe pelo facto de esta assumir
os gastos em que se possa vir a incorrer.
(l.2.) Provisões para matérias ambientais
Estas provisões incluem os gastos das medidas tomadas para evitar, reduzir e reparar danos de carácter ambiental
decorrentes das atividades das entidades.
No caso, referem-se a eventuais coimas por não conformidades com o cumprimento da legislação em vigor.
(l.3.) Provisões para contratos onerosos
Estas provisões referem-se a obrigações relacionadas com contratos em que os gastos inevitáveis de satisfazer as
obrigações segundo os contratos excedem os benefícios económicos que se espera que venham a ser recebidos no âmbito
dos mesmos. Para este efeito, considera-se que os gastos inevitáveis segundo o contrato são o menor do custo líquido
de sair dos contratos que é o mais baixo do custo de os cumprir e de qualquer compensação ou de penalidades resultantes
da falta de os cumprir.
Antes de reconhecer uma provisão separada para um contrato oneroso, a empresa reconhece qualquer perda de imparidade
que tenha ocorrido nos ativos inerentes a esse contrato.
(l.4.) Provisões para reestruturação
Estas provisões resultam de uma obrigação construtiva pelo facto de a empresa ter decidido levar a cabo um programa
planeado e controlado pelo órgão de gestão e que altera materialmente ou o âmbito de um negócio empreendido pela
empresa ou a maneira como o negócio é conduzido pela empresa.
Dados Financeiros
32
Anexo às Demonstrações Financeiras
Entende-se que a obrigação de reestruturação surge somente quando a empresa:
• Tem um plano formal detalhado para a reestruturação que indica, entre outras situações:
– O negócio em questão;
– As principais localizações afetadas;
– A localização, função e número aproximado de empregados que receberão retribuições pela cessação dos seus serviços;
– Os dispêndios que serão levados a efeito;
– Quando será implementado o plano; e
– Criou uma expectativa válida nos afetados de que levará a efeito a reestruturação por ter anunciado as suas principais
características aos afetados por ele.
(l.5.) Outras provisões
Esta rubrica inclui as provisões não previstas nas alíneas anteriores.
(m) Transações e saldos em moeda estrangeira
As demonstrações financeiras da Siemens são apresentadas em euros, sendo o euro a moeda funcional
e de apresentação.
As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Siemens, S.A.) são registadas às taxas
de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados
em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio de 30 de setembro de 2013.
Os ganhos ou perdas cambiais resultantes dos pagamentos ou recebimentos das transações, bem como da conversão de taxa de
câmbio à data de balanço dos ativos e passivos monetários, denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração
dos resultados em função da sua natureza (operacional, investimento e financiamento) no período em que são geradas.
(n) Responsabilidades por benefícios pós-emprego e gastos com o pessoal
Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independentemente da data do seu
pagamento.
Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos benefícios:
(n.1.) Benefícios pós-emprego
Nos planos de contribuição definida, a mensuração das quantias a reconhecer não tem em conta quaisquer pressupostos
atuariais e a empresa procede ao seu reconhecimento de forma linear determinada pelas quantias a serem contribuídas
relativamente a cada exercício. As quantias são reconhecidas por valores não descontados por se vencerem completamente
antes de decorridos 12 meses após o final do período em que os empregados prestam serviço.
Os ativos dos planos não estão disponíveis para os credores da empresa nem podem ser pagos diretamente a esta.
O gasto do exercício respeita às contribuições feitas pela empresa.
(n.2.) Férias e subsídio de férias
De acordo com a legislação laboral em vigor, os empregados têm direito a férias e a subsídio de férias no ano seguinte àquele
em que o serviço é prestado. Assim, foi reconhecido nos resultados do exercício um acréscimo do montante a pagar no ano
seguinte, o qual se encontra refletido na rubrica «Outras contas a pagar».
33
(n.3.) Distribuição de lucros a empregados
As distribuições de lucros a empregados são reconhecidas em «Gastos com o pessoal» no período a que respeitam. Assim, foi
reconhecido nos resultados do exercício uma dívida do montante a pagar após 30 de setembro, o qual se encontra refletido na
rubrica «Outras contas a pagar».
(n.4.) Remunerações com base em ações
Os benefícios concedidos a colaboradores ao abrigo de planos de incentivos de aquisição de ações ou de opções sobre ações
são reconhecidos de acordo com as disposições da IFRS 2 – Pagamentos com base em ações.
Assim, os benefícios concedidos são reconhecidos como gastos durante o período em que os serviços são prestados pelos
empregados.
Os benefícios a serem liquidados com base em ações são mensurados pelo justo valor na data de atribuição,
sendo reconhecidos como gastos com o pessoal ao longo do período em que são adquiridos pelos beneficiários
tendo em conta a probabilidade de virem a ser adquiridos e, se for o caso, a probabilidade das opções virem
a ser exercidas.
(n.5.) Benefícios de cessação de emprego
A Siemens reconhece um passivo e um gasto por benefício de cessação de emprego quando já se comprometeu de forma
demonstrável a:
• Cessar o emprego de um empregado ou grupo de empregados antes da data normal de reforma; ou
• Proporcionar benefícios de cessação como resultado de uma oferta feita a fim de encorajar a saída voluntária.
Considera-se forma demonstrável quando tem um plano formal pormenorizado para a cessação e não exista possibilidade
realista de retirada e quando o plano inclua, como mínimo:
• A localização, a função e o número aproximado de empregados cujos serviços estão para ser cessados;
• O benefício de cessação para cada classificação ou função de emprego.
No caso de ofertas feitas para encorajar a saída voluntária, a mensuração dos benefícios de cessação de emprego é baseada
no número de empregados que se espera que aceitem a oferta.
(o) Passivos financeiros
Os passivos financeiros são reconhecidos quando a empresa se constitui parte na respetiva relação contratual.
Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento,
são canceladas ou expiram. Todos os passivos financeiros são reconhecidos inicialmente ao justo valor e, no caso
de empréstimos, são também deduzidos os gastos de transação.
Os passivos financeiros estão mensurados nos termos indicados nas alíneas seguintes:
(o.1.) Fornecedores
As contas a pagar a fornecedores são reconhecidas inicialmente pelo respetivo justo valor e, subsequentemente,
são mensuradas ao custo amortizado, de acordo com o método do juro efetivo.
Dados Financeiros
34
Anexo às Demonstrações Financeiras
(o.2.) Outras contas a pagar
As outras contas a pagar estão mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método do juro efetivo, sendo que nesta
rubrica estão registadas dívidas passivas ao pessoal e outros acréscimos de gastos.
(o.3.) Adiantamentos de clientes
Os adiantamentos de clientes estão mensurados ao custo amortizado.
(o.4.) Acionistas/sócios
Os saldos dos acionistas são apresentados ao custo.
(p) Vendas e prestações de serviços
As vendas e as prestações de serviços são mensuradas pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber deduzido
das quantias relativas a descontos comerciais e de quantidades concedidos.
Quando é concedido crédito isento de juros aos compradores ou estes aceitam livranças com taxa de juro inferior
à do mercado como retribuição pela venda dos bens, ou, de qualquer outra forma o influxo de dinheiro ou equivalentes
de dinheiro é diferido, a diferença entre o justo valor da retribuição e a quantia nominal da retribuição é reconhecida como
rédito de juros, durante o período que medeia entre a data do reconhecimento do rédito e a data efetiva do recebimento.
Quando o preço da venda dos produtos/serviços inclui uma quantia identificável de serviços subsequentes, essa quantia
é diferida e reconhecida como rédito durante o período em que o serviço é executado.
Embora o rédito somente seja reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados à transação fluam
para a empresa, quando surja uma incerteza acerca da cobrança de uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável,
ou a quantia com respeito à qual a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconhecida como uma imparidade saldo
a receber, e não como um ajustamento da quantia de rédito originalmente reconhecido.
Seguem-se algumas especificidades relativas ao reconhecimento das vendas e das prestações de serviços:
(p.1.) Vendas
O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando estão satisfeitas todas as condições seguintes:
• Tenham sido transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens;
• Não se mantenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse, nem o controlo efetivo
dos bens vendidos;
• A quantia do rédito possa ser mensurada com fiabilidade;
• Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a entidade; e
• Os gastos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser mensurados com fiabilidade.
(p.2.) Prestações de serviços
O rédito das prestações de serviços é reconhecido quando o desfecho da transação pode ser estimado com fiabilidade,
o que ocorre quando todas as condições seguintes são satisfeitas:
• A quantia de rédito pode ser mensurada com fiabilidade;
• É provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa;
• A fase de acabamento da transação à data do balanço pode ser mensurada com fiabilidade; e
• Os gastos incorridos com a transação e os gastos para concluir a transação podem ser mensurados com fiabilidade.
35
(p.3.) Contratos de construção
Quando é possível estimar com fiabilidade o resultado de um contrato de construção, os correspondentes gastos e
rendimentos são reconhecidos por referência à percentagem de acabamento do contrato na data de relato. A percentagem
de acabamento é determinada de acordo com os gastos incorridos face aos gastos totais para concluir o contrato.
Quando não é possível estimar com fiabilidade o resultado do contrato de construção, o rédito do contrato é reconhecido
até à concorrência dos gastos do contrato incorridos que se esperam recuperar. Os gastos do contrato são reconhecidos
no período em que são incorridos.
Quando for provável que os gastos totais do contrato excedam o rédito total do mesmo, a correspondente perda esperada
é reconhecida de imediato como um gasto. A quantia de tal perda é determinada independentemente de ter ou não
começado o trabalho do contrato ou da fase de acabamento da atividade do contrato.
(q) Subsídios à exploração
São reconhecidos nesta rubrica os subsídios não reembolsáveis que não estejam relacionados com ativos.
A empresa recebeu um subsídio respeitante à formação, que apenas foi reconhecido quando recebido.
(r) Juros e gastos similares suportados
Os gastos com financiamento são reconhecidos na demonstração de resultados do período a que respeitam e incluem:
• Juros suportados determinados com base no método do juro efetivo.
(s) Ativos e passivos contingentes
Um ativo contingente é um possível ativo proveniente de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela
ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento
de rendimentos que podem nunca ser realizados. Contudo, são divulgados quando for provável a existência de um influxo futuro.
Um passivo contingente é:
• Uma obrigação possível que provém de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência
ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade; ou
• Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque:
– Não é provável que uma saída de recursos seja exigida para liquidar a obrigação, ou
– A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento
de gastos que podem nunca se tornar efetivos. Contudo, são divulgados sempre que existe uma probabilidade de exfluxos
futuros que não seja remota.
(t) Efeito das alterações das taxas de câmbio
As transações em moeda estrangeira são convertidas para o euro às taxas nas datas das transações.
Os saldos que se mantenham em dívida no final do ano são convertidos à taxa de fecho e a diferença é reconhecida
em resultados.
Dados Financeiros
36
Anexo às Demonstrações Financeiras
(u) Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data
do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem
informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras,
se materiais.
3.2. Juízos de valor (excetuando os que envolvem principais julgamentos e estimativas) que o órgão de gestão fez
no processo de preparação das demonstrações financeiras
Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com o SNC, o Conselho de Administração utiliza julgamentos,
estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas e montantes reportados.
As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros
fatores, incluindo expetativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as
estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida. Os efeitos reais podem diferir dos
julgamentos e estimativas efetuados, nomeadamente no que se refere ao impacto dos custos e proveitos que venham
realmente a ocorrer.
Os principais julgamentos e estimativas contabilísticas e que tiveram maior impacto refletidas nas quantias reconhecidas
nas demonstrações financeiras são como segue:
(a) Vida útil dos ativos fixos tangíveis e intangíveis
A vida útil de um ativo é o período durante o qual uma entidade espera que esse ativo esteja disponível para seu uso e deve
ser revista pelo menos no final de cada exercício económico.
O método de amortização/depreciação a aplicar e as perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos
antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil efetiva
de um ativo.
Estes parâmetros são definidos de acordo com a melhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão,
considerando também as práticas adotadas por empresas dos setores em que a empresa opera.
(b) Reconhecimento de prestações de serviços
A Empresa utiliza o método da percentagem de acabamento no reconhecimento das suas prestações de serviços.
A utilização deste método requer que a empresa estime os serviços executados como uma percentagem do total de serviços
a serem executados, os quais também necessitam de ser estimados.
(c) Provisões para impostos
A empresa, suportada nas posições dos seus consultores fiscais e tendo em conta as responsabilidades reconhecidas,
entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão correções materiais nas demonstrações
financeiras que requeiram a constituição de uma provisão adicional para impostos.
3.3. Principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar ajustamento material
nas quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte)
As estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada momento e nas ações que se planeiam realizar,
sendo permanentemente revistas com base na informação disponível.
37
Alterações nos factos e circunstâncias subsequentes podem conduzir à revisão das estimativas no futuro,
pelo que os resultados reais poderão vir a diferir das estimativas presentes.
As principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar ajustamento material
nas quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte) são as seguintes:
(a) Imparidade das contas a receber
O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a informação histórica
do devedor e o seu perfil de risco, tal como referido no parágrafo 3.1. (g).
As contas a receber são ajustadas pela avaliação efetuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data do balanço,
os quais poderão divergir do risco efetivo a incorrer no futuro.
(b) Provisões
O reconhecimento de provisões tem inerente a determinação da probabilidade de saída de fluxos futuros e a sua mensuração
com fiabilidade.
Estes fatores estão muitas vezes dependentes de acontecimentos futuros e nem sempre sob o controlo da empresa,
pelo que poderão conduzir a ajustamentos significativos futuros, quer por variação dos pressupostos utilizados,
quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.
(c) Provisões para desmantelamento e restauro
As provisões para os custos de desmantelamento e remoção de bens do ativo fixo tangível e para os custos de restauração
do local onde estes estão localizados está dependente de pressupostos e estimativas que as tornam sensíveis a:
• Expectativa de custo a ser incorrido;
• Data previsível da ocorrência dos custos;
• Taxa de desconto utilizada no desconto das saídas de caixa esperadas.
(d) Pagamentos com base em ações
Os compromissos de pagamentos com base em ações assumidos com os empregados encontram-se refletidos nas contas
por um valor que tem em conta, entre outros, o valor das ações, a probabilidade das condições de exercício virem
a ser atingidas e a probabilidade das opções virem a ser exercidas. Em contexto de crise, estas variáveis podem sofrer
oscilações significativas.
4. Fluxos de caixa
O saldo de Caixa e seus equivalentes, constante da demonstração de fluxos de caixa, é composto apenas por depósitos à
ordem, não existindo valores que não estejam disponíveis para uso, conforme quadro seguinte:
Caixa e depósitos bancários
Dados Financeiros
38
Anexo às Demonstrações Financeiras
Set. 13
Set. 12
2.580.211
4.815.554
6. Partes relacionadas
6.1. Empresa-mãe e participações financeiras
A empresa é detida pela Siemens International Holding, B.V., com sede em Haia, na Holanda, sendo as Demonstrações
Financeiras consolidadas na empresa Siemens AG, com sede em Munique, na Alemanha.
a) Empreendimentos conjuntos
A empresa participa nos empreendimentos conjuntos abaixo discriminados:
ACE
SIEOCEAN
SIM III
Atividade
% de interesse
Set. 13
% de interesse
Set. 12
Indústria
65,00%
65,00%
Manutenção de instalações
90,00%
90,00%
SICMAN
Indústria
95,00%
95,00%
GSH
Indústria
50,00%
50,00%
ACIT
Indústria
40,00%
40,00%
SIEMENS, SETAL, DEGR. E EFACEC
Indústria
34,00%
34,00%
Manutenção de instalações
50,00%
50,00%
Manutenção de material circulante
49,00%
49,00%
Indústria
95,00%
95,00%
Manutenção de instalações
75,00%
75,00%
GMET – SERVIÇOS DE MANUT. DE INFRAESTRUTURAS
EMEF/SIEMENS ACE (SIMEF)
GSEC – GESTÃO E SERVIÇOS DE MANUT. ESP. CULT.
SIEMENS E IBERLIM
SIEMENS E TDGI
Manutenção de instalações
80,00%
80,00%
SMEC – PREST. SERVIÇOS DE MANUT. ESP. CULT.
Manutenção de instalações
95,00%
95,00%
S. MAXICOFRE
Manutenção de instalações
80,00%
0,00%
SIEMENS – DEGRÉMONT
Manutenção de instalações
55,00%
0,00%
Estes empreendimentos utilizam o ano civil como exercício económico, pelo que existe uma disparidade de nove meses entre
os finais dos exercícios equivalentes na Siemens, S.A.
Os resultados dos ACE são incorporados nas contas da Siemens, S.A., em conformidade com a percentagem de interesse.
Durante o exercício de 2013, foi efetuado um ajustamento de modo a refletir os resultados destes ACE para o período de nove
meses findo em 30 de setembro de 2013.
b) Associadas e subsidiárias
A empresa possui 100% do capital da Siemens Healthcare Diagnostics Unipessoal, Lda., com sede na Amadora, cuja atividade
principal é o fornecimento de material e reagentes para diagnósticos na área da saúde.
c) Outras participações
Durante o corrente e anterior exercício, a Siemens participa ainda nas sociedades seguintes:
Valor
Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos
10.000 €
39
Esta participação não teve qualquer alteração, quer na percentagem, quer no valor relativamente a exercícios anteriores.
A empresa não exerce qualquer tipo de influência na gestão da participada.
Neste exercício, a Siemens alienou a sua participação de 0,01% do capital na MST – Metro Sul do Tejo ao valor nominal de 3.938 €.
6.2. Remunerações do pessoal-chave da gestão da empresa
As remunerações do pessoal-chave da gestão da empresa encontram-se discriminadas no quadro seguinte:
Descrição
Set. 13
Set. 12
1.075.453
1.030.195
Benefícios pós-emprego
17.150
17.150
Outros benefícios de longo prazo
82.134
0
1.174.737
1.047.345
Remunerações e benefícios de curto prazo
6.3. Transações e saldos com partes relacionadas
As transações com entidades relacionadas estão discriminadas no quadro seguinte:
Set. 13
Entidades
País
Relação
Rendimentos
Siemens S.A.
AGO
Mat/Serv
12.196.403
Siemens S.A.
AGO
Mat/Serv
Siemens L.L.C.
ARE
Mat/Serv
133.271
SD (MIDDLE EAST)
ARE
Mat/Serv
824.161
13.750
Siemens Middle East
ARE
Mat/Serv
Siemens Transformers LLC
ARE
Mat/Serv
ARG
Mat/Serv
71
AUS
Mat/Serv
66.955
268.202
AUT
Mat/Serv
AUT
Mat/Serv
Siemens Transformers
AUT
Mat/Serv
AUT
Mat/Serv
Siemens
BEL
Mat/Serv
4.181.654
231.400
Dade Behring S.A.
BEL
Mat/Serv
BEL
Mat/Serv
BGD
Mat/Serv
BGR
Mat/Serv
Siemens W.L.L.
BHR
Mat/Serv
150.750
Siemens Ltda.
BRA
Mat/Serv
700.623
CAN
Mat/Serv
CAN
Mat/Serv
Saldos
1.456.748
-5.288
-10.997
113.593
2.750
-12.360
-16.614
91.890
1.994.551
-178.668
571.244
-138.380
-101.250
16.218
-79.903
-1.739.675
3.321.126
-1.737.109
-314.151
177.898
-164.800
-143.147
Siemens Bangladesh L
Siemens Transformers
Gastos
-6.085
Siemens EOOD
Siemens Canada Ltd.
-26.767
-3.250
Siemens Power Genera
Siemens Healthcare D
Rendimentos
14.393.448
-80.076
Siemens S.A.
Siemens AG Oesterrei
Set. 12
Saldos
-477
Siemens Ltd.
Trench Austria GmbH
Gastos
214.962
180.198
-9.850
643.592
12.214
-55.845
1.033.530
-2.926
141.839
TRENCH LTD
CAN
Mat/Serv
-76.952
RUGGEDCOM INC
CAN
Mat/Serv
-39.681
SIEMENS SCHWEIZ
CHE
Mat/Serv
Huba Control AG
CHE
Mat/Serv
Siemens S.A.
CHL
Mat/Serv
4.417.398
-4.785.392
-537
3.006.667
-4.403.188
-3.636
18.136
(Continua)
Dados Financeiros
40
Anexo às Demonstrações Financeiras
(Continuação)
Set. 13
Entidades
Siemens Shanghai Med
País
Relação
CHN
Mat/Serv
Siemens Ltd. China
CHN
Mat/Serv
Siemens Transformer
CHN
Mat/Serv
Rendimentos
Gastos
Set. 12
Saldos
Rendimentos
Gastos
67.052
-20.252
174.301
-1.988
537
Siemens Electrical Drives Ltd.
CHN
Mat/Serv
Siemens Switchgear Ltd. Shanghai
Siemens Transformer
(Guangzhou) Co., Ltd.
CHN
Mat/Serv
1.040
-282
CHN
Mat/Serv
4.261
Siemens S.A.
CRI
Mat/Serv
150
SIEMENS INDUSTRIAL
CZE
Mat/Serv
Siemens s.r.o.
CZE
Mat/Serv
-576.500
2.551.386
SIEMENS SPA
CZE
Mat/Serv
17.688
Siemens AG
DEU
Mat/Serv
28.772.179
Siemens
DEU
Mat/Serv
-4.426.073
206.053
-393.965
17.688
-84.762.629
-221.929
37.475.956
-97.902.480
-14.420.293
Siteco Beleuchtungstechnik
DEU
Mat/Serv
-610.152
-692.371
VVK Versicherungsvermittlung
DEU
Mat/Serv
-187.407
-495.270
Siemens Turbomachine
DEU
Mat/Serv
-2.596.806
-464.390
HSP Hochspannungsgeräte GmbH
DEU
Mat/Serv
-18.110
-192.740
-186.880
-103.197
-75.431
-47.693
-25.047
Siemens Industriegetriebe GmbH
DEU
Mat/Serv
Siemens Geared Motor
DEU
Mat/Serv
Siemens Corporation
DEU
Mat/Serv
-56.013
Siemens AG – IBT CPS
DEU
Mat/Serv
Siemens Insulation C
DEU
Mat/Serv
-26.508
-29.563
WINERGY AG
DEU
Mat/Serv
-125.060
messMa GmbH
DEU
Mat/Serv
-2.792
Comos Industry Solutions
DEU
Mat/Serv
FEAGFERTIG
DEU
Mat/Serv
Maschinenfabrik Reinhausen
DEU
Mat/Serv
111.114
DEU
Mat/Serv
107
Mat/Serv
180.204
22.000
153
-143.249
Siemens Project Ventures
DEU
Mat/Serv
Siemens Bank GmbH
DEU
Mat/Serv
-750
-1.170.614
TLT-Turbo GmbH
DEU
Mat/Serv
DEU
Mat/Serv
-293
VVK Versicherungsvermittlungs
DEU
Mat/Serv
-174.488
Atos IT Solutions and Services
DEU
Mat/Serv
Siemens Wind Power A/S
DNK
Mat/Serv
131.898
Siemens A/S
DNK
Mat/Serv
1.515.496
SIEMENS S.P.A.
DZA
Mat/Serv
SIEMENS HEALTHCARE D
EGY
Mat/Serv
Mat/Serv
Mat/Serv
648.076
8.410
ALPHA VERTEILERTECHNIK
EGY
-42.341
354
DEU
EGY
-6.877
-1.126
-42.341
SFS Holding
Siemens Ltd.
201
163.252
Siemens Healthcare D
Siemens Ltd.
-30.049
-5.544
-1.055
160.308
-20.061
476.634
-73.800
11.000
-4.375
21.876
Siemens Holding S.L.
ESP
Mat/Serv
457.474
-3.342.404
437.102
-3.066.847
TELECOMUNICACIÓN, EL
ESP
Mat/Serv
7.496.058
-3.987.967
6.963.231
-2.468.121
800.545
-1.135.041
691.731
-1.365.265
SIEMENS HEALTHCARE D
ESP
Mat/Serv
FABRICA ELECTROTECNICA JOSA, S.A.
ESP
Mat/Serv
Saldos
-3.600
-3.388
TELECOMUNICACIÓN, ELECTRÓNICA
ESP
Mat/Serv
6.385
DIMETRONIC S.A.
ESP
Mat/Serv
27.972
9.539
(Continua)
41
(Continuação)
Set. 13
Entidades
País
Relação
ATOS IT SOLUTIONS AND SERVICES
ESP
Mat/Serv
Rendimentos
Set. 12
Gastos
Saldos
-19.574
-322
Rendimentos
Gastos
Siemens Osakeyhtioe
FIN
Mat/Serv
407.198
-2.394
326.954
Siemens S.A.S.
FRA
Mat/Serv
9.091.472
-1.778.264
6.485.310
-1.502.929
Siemens Medical Solutions
FRA
Mat/Serv
-792.070
TRENCH FRANCE
FRA
Mat/Serv
-1.648.409
19.816
-874.027
63.670
-829.678
Siemens Transmission
FRA
Mat/Serv
2.779.861
Siemens Healthcare D
FRA
Mat/Serv
916.252
-930.090
-40.045
737.268
SIEMENS INDUSTRY INC
GAB
Mat/Serv
SIEMENS PLC
GBR
Mat/Serv
Oxford Magnet Techno
Demag Delaval Industrial
Turbomachinery
GBR
Mat/Serv
GBR
Mat/Serv
Siemens Transmission
GBR
Mat/Serv
319.109
-2.800
405.622
2.950
-130.349
1.299.868
502.894
GRC
Mat/Serv
1.200.350
GRC
Mat/Serv
149.590
Siemens d.d.
HRV
Mat/Serv
11.418
HUN
Mat/Serv
HUN
Mat/Serv
P.T. Siemens Indonesia
IDN
Mat/Serv
Siemens Information
IND
Mat/Serv
460.489
-163.187
201
Siemens A.E.
Siemens Zrt.
-60.903
-22.429
Siemens Healthcare D
Siemens Rt
113.962
133.405
68.426
-866.700
-91.120
670
-243
-794.022
Siemens Ltd.
IND
Mat/Serv
153.737
Siemens Ltd.
IRL
Mat/Serv
478.354
Siemens Sherkate Sahami
IRN
Mat/Serv
Siemens Concentrated
ISR
Mat/Serv
-647.949
-61.913
63.291
-53.507
50.812
147.596
141.145
147.596
37.500
Siemens Israel Ltd.
ISR
Mat/Serv
264.131
SIEMENS S.P.A.
ITA
Mat/Serv
7.861.675
-951.145
7.254.594
-737.011
Siemens Healthcare D
ITA
Mat/Serv
1.214.948
-578.353
977.988
-470.305
358.300
TRENCH ITALIA SRL
ITA
Mat/Serv
-37.534
Siemens Asahi Medica
JPN
Mat/Serv
-6.244
Siemens Japan K.K.
JPN
Mat/Serv
Siemens Ltd.
KOR
Mat/Serv
National & German El
KWT
Mat/Serv
-1.099
142.213
-3.803
-767
-69.951
LVA
Mat/Serv
MAR
Mat/Serv
Siemens S.A.
MAR
Mat/Serv
10.983.860
39.859
827.740
3.278
557
Siemens S.A. de C.V.
MEX
Mat/Serv
654.480
Siemens Innovaciones
MEX
Mat/Serv
34.957
Siemens Malaysia Sdn
MYS
Mat/Serv
18.158
Siemens Ltd.
NGA
Mat/Serv
100.536
-231
13.193
100.536
SIEMENS INDUSTRIAL
NLD
Mat/Serv
3.650
Siemens Nederland N.
NLD
Mat/Serv
372.734
-37.593
515.475
1.945.626
-2.254
1.088.833
Siemens AS
NOR
Mat/Serv
Siemens Oil and Gas
NOR
Mat/Serv
OMN
Mat/Serv
Siemens Pakistan
PAK
Mat/Serv
Siemens S.A.C.
PER
Mat/Serv
Siemens L.L.C.
325
-55.740
Siemens Plant Operations
Siemens Osakeyhtioe
Saldos
3.000
-8.775
634
311.696
476
80.762
-76.899
-12.535
(Continua)
Dados Financeiros
42
Anexo às Demonstrações Financeiras
(Continuação)
Set. 13
Entidades
País
Relação
Siemens Industry Software
POL
Mat/Serv
Rendimentos
Gastos
Set. 12
Saldos
Siemens Sp. z o.o.
POL
Mat/Serv
PRT
Mat/Serv
Siemens Helthcare Diagnostics
PRT
Mat/Serv
1.914.766
-64.362
-62.024
30.517
SIM III – SIEMENS MAN
PRT
Mat/Serv
1.889.781
-10.100.394
-2.223.034
PRT
Mat/Serv
88.581
-412.664
-116.108
Sieocean – Siemens O.S.
PRT
Mat/Serv
719.163
-430.926
ACIT SIEMENS – OPERA
PRT
Mat/Serv
479.411
EMEF/SIEMENS ACE – S
PRT
Mat/Serv
2.734.473
OSRAM
PRT
Mat/Serv
6.560
SIEMENS E TDGI ACE
PRT
Mat/Serv
5.620.971
PRT
Mat/Serv
PRT
Mat/Serv
8.801
-126.619
21.926
-3.712.390
620.028
30.517
-320.488
-52.737
85.611
-56.750
-28.375
-2.698.892
-414.011
ATOS IT SOLUTIONS AND SERVICES
PRT
Mat/Serv
31.540
QAT
Mat/Serv
311.848
Siemens S.R.L.
ROU
Mat/Serv
34.100
3.831
OOO Siemens
RUS
Mat/Serv
1.312.697
1.907.900
52.674
OOO Siemens Gas Turbine
RUS
Mat/Serv
SAU
Mat/Serv
Arabia Electric Ltd.
SAL
Mat/Serv
Siemens Ltd.
SAL
Mat/Serv
-33.425
45.695
Siemens W.L.L.
Siemens Ltd.
Saldos
2.549
-50.514
SIEMENS, SETAL DEGREMONT
SIEMENSMAXICOFRE ACE
Gastos
11.040
Osram, Lda.
SIEMENS – DEGREMONT SERVIÇOS D
Rendimentos
458.223
-13.780
285
858.895
Siemens d.o.o.
SCG
Mat/Serv
4.800
Siemens Pte. Ltd.
SGP
Mat/Serv
391.327
Siemens s r.o.
SVK
Mat/Serv
Siemens d.o.o.
SVN
Mat/Serv
60.990
-31.876
206.432
-90.770
-86.474
142.927
SIEMENS INDUSTRIAL
SWE
Mat/Serv
246.311
-2.751.373
Siemens AB
SWE
Mat/Serv
1.054.828
-539.583
Siemens Finans AB
SWE
Mat/Serv
Siemens Ltd.
THA
Mat/Serv
17.599
Siemens Sanayi ve Ti
TUR
Mat/Serv
427.957
-1.135
118.815
-2.027.257
811.132
-707.722
-1.079
-1.228.965
Siemens S.A.
URY
Mat/Serv
74.324
-5.658
Siemens Medical Solutions
USA
Mat/Serv
4.702
-790.681
Siemens Water Technologies
USA
Mat/Serv
Siemens Industry, Inc.
USA
Mat/Serv
Siemens Corporation
USA
Mat/Serv
12.927
-475
2.409
-120
282.176
-673.444
87.915
-1.108.985
22.310
-183.410
16.141
-24.130
-12.878
Siemens Energy, Inc.
USA
Mat/Serv
999.938
SIEMENS HEALTHCARE D
USA
Mat/Serv
298.860
Siemens Westinghouse Power
USA
Mat/Serv
2.500
Siemens Industry, Inc.
USA
Mat/Serv
349.052
SII, CSG, eMeter
USA
Mat/Serv
218.441
Siemens Ltd.
ZAF
Mat/Serv
3.101.483
-1.942
2.748.451
230.795
-55.667
129.862.653 -141.665.145
2.827.763
-2.146.624
-191.250
105.085.154 -140.837.183
-62.863
43
7. Ativos fixos tangíveis
A reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período encontra-se detalhada nos quadros seguintes:
Valor de aquisição
Terrenos e recursos
naturais
Edifícios e outras
construções
Equipamento básico
Equipamento
de transporte
Equipamento
administrativo
Ativos fixos tangíveis
em curso
Outros ativos fixos
tangíveis
Saldo em
30/09/2011
Equipamento básico
Equipamento
de transporte
Equipamento
administrativo
Outros ativos fixos
tangíveis
Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
8.252.332
Saldo em
30/09/2012
Aumentos
Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
8.252.332
8.252.332
398.246
-674.072
19.835.109
425.070
-397.673
19.926.007
217.788
-263.159
19.880.636
3.257.128
0
-57.870
3.199.258
120.000
-183.972
3.135.287
9.138.514
314.176
-880.483
8.572.207
325.927
-495.296
8.402.838
352.508
488.057
777.065
593.992
144.772
54.554.502
Saldo em
30/09/2013
54.830.328
63.500
-63.500
-48.316
275.074
96.456
-10.663
234.420
-234.420
-11.660
55.053.333
1.136.637
84.796
95.810.693
1.625.549
-2.058.414
0
95.377.828
1.532.781
-964.750
0
95.945.859
Saldo em
30/09/2011
Aumentos
Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
Saldo em
30/09/2012
Aumentos
Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
Saldo em
30/09/2013
31.584.565
1.704.871
-656.349
32.633.088
1.674.095
-10.663
34.296.519
12.996.222
1.486.222
-365.159
14.117.285
3.684.471
-224.449
17.577.307
2.752.670
158.768
-57.870
2.853.568
387.277
-171.945
3.068.900
7.380.997
543.371
-849.141
7.075.227
684.090
-489.722
7.269.595
144.772
0
-48.316
96.456
-11.660
84.796
54.859.226
3.893.232
-1.976.835
Depreciações acumuladas
Edifícios e outras
construções
Aumentos
40.951.467
0
56.775.623
6.429.932
-908.439
38.602.203
0
62.297.117
33.648.742
A empresa procedeu às reavaliações autorizadas pelos diversos diplomas legais publicados, a saber:
• D.L. n.º 430/78 de 27 de dezembro;
• D.L. n.º 219/82 de 2 de junho;
• D.L. n.º 399-G/84 de 28 de dezembro;
• D.L. n.º 118-B/86 de 27 de maio;
• D.L. n.º 111/88 de 2 de abril;
• D.L. n.º 49/91 de 25 de janeiro;
• D.L. n.º 264/92 de 24 de novembro;
• D.L. n.º 31/98 de 11 de fevereiro.
Os Ativos Tangíveis em Curso respeitam a obras de conservação e reparação dos edifícios.
Estes excedentes de revalorização, no valor de 11.187.005 €, nos termos do n.º 2 do art. 32.º do CSC, só estarão livres para
distribuição depois de realizados pela venda.
Dados Financeiros
44
Anexo às Demonstrações Financeiras
Quadro de reavaliações:
Rubricas
Custos Históricos a)
Reavaliações a) b)
Valores Contabilísticos
Reavaliados a)
Terrenos e recursos naturais
4.331.040,13
4.021.424,76
8.352.464,89
Edifícios e outras construções
6.762.205,77
3.279.779,65
10.041.985,42
11.093.245,90
7.301.204,41
18.394.450,31
Imobilizações corpóreas:
a) Líquidos de amortizações.
b) Englobam as sucessivas reavaliações.
8. Ativos intangíveis
A reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período encontra-se detalhada nos quadros seguintes:
Valor de aquisição
Saldo em
30/09/2011
Aumentos
Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
Saldo em
30/09/2012
0
495.776
0
0
Saldo em
30/09/2011
Aumentos
Abates e
Alienações
82.629
0
Programas
de computador
Amortizações acumuladas
Aumentos
Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
Saldo em
30/09/2013
495.776
0
0
0
495.776
Correções
e Transf.
Saldo em
30/09/2012
Aumentos
Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
Saldo em
30/09/2013
0
165.259
0
82.629
165.259
0
0
247.888
0
Programas
de computador
0
0
0
0
0
165.259
413.147
247.888
9. Participações financeiras
As participações financeiras decompõem-se da forma indicada nos quadros seguintes:
Valor de aquisição
Saldo em
30/09/2011
Imparidades
Abates e
Alienações
22.376.663
Investimentos em associadas
Investimentos noutras empresas
Aumentos
23.913
23.913
22.376.663
Saldo em
30/09/2011
Aumentos
Abates e
Alienações
9.976
9.976
13.937
Aumentos
22.376.663
1.196.472
23.913
Investimentos em associadas
Investimentos noutras empresas
Saldo em
30/09/2012
0
0
Abates e
Alienações
Saldo em
30/09/2013
23.573.135
3.938
19.975
22.400.576
1.196.472
3.938
23.593.110
Saldo em
30/09/2012
Aumentos
Abates e
Alienações
Saldo em
30/09/2013
0
0
9.976
9.976
9.976
22.390.600
0
0
9.976
23.583.133
45
a) Investimentos em associadas e subsidiárias
A Siemens, S.A. adquiriu 100% das ações da Siemens Healthcare Diagnostics Unipessoal, Lda. (SHD) por 10.076.000 €.
Anteriormente, estas ações eram detidas pela Siemens Diagnostics Holding II BV (34,78%) e Siemens Medical Solutions
Diagnostics Europe Limited (65,22%), sendo que ambas têm a mesma última casa-mãe, Siemens AG, que a Siemens, S.A.
O preço de compra foi baseado numa avaliação feita, ao nível global para várias empresas do Grupo, por um avaliador
externo.
Na data da aquisição, a Siemens, S.A. efetuou uma análise às demonstrações financeiras SHD e não detetou quaisquer casos
em que:
i) o valor dos ativos da SHD estavam sobreavaliados;
ii) passivos e/ou passivos contingentes da SHD foram omitidos ou os valores atribuídos a esses itens estavam subavaliados.
Durante o exercício de 2013, foi acordado um acerto do preço de compra das ações da SHD, resultante na redução do preço
em 2.020.000 €.
Uma vez que, durante o ano 2013, todas as entidades são controladas pela mesma parte ou partes antes e após a compra,
a NCRF 14 – Concentração de Atividades Empresariais não se aplica a entidades sob controlo comum e, tomando em
consideração a substância económica das operações, a Siemens, S.A. registou o valor do seu investimento na SHD pelo valor
correspondente ao total do capital próprio da mesma e a diferença entre o preço de compra de 10.076.000 € e o valor de
capital próprio da SHD de 23.573.135 € foi registado como um aumento para Resultados Transitados.
A informação financeira resumida das associadas e subsidiárias, incluindo as quantias agregadas de ativos, passivos,
rendimentos e resultados é a que se indica no quadro seguinte:
Balanço
SHD
Demonstração dos Resultados
Ativos Correntes
Ativos Não Correntes
Passivos Correntes
Passivos Não Correntes
Rendimentos
Resultados
2013
19.520.660
12.972.611
8.744.301
175.834
28.607.152
1.196.473
2012
24.812.700
14.769.326
17.036.586
168.777
30.927.579
1.448.202
A Siemens, S.A. não consolidou contas com a Siemens Healthcare Diagnostics, Lda., ao abrigo do n.º 3, do artigo 7.º,
do Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de julho, atendendo a que a última empresa-mãe da Siemens, S.A., a mesma da Siemens
Healthcare Diagnostics, Lda., a faz. A entidade que procede à consolidação de contas é a Siemens, AG, com sede em
Munique.
Dados Financeiros
46
Anexo às Demonstrações Financeiras
b) Investimentos em entidades conjuntamente controladas
Foram reconhecidos na empresa os resultados, relativos aos exercícios findos em 30 de setembro de 2013,
dos empreendimentos conjuntos, conforme abaixo discriminado:
ACE
SIEOCEAN
SIM III
SICMAN
Atividade
% de interesse
Resultado
Set. 13
Resultado
Dez. 12
Resultado
Dez. 11
10.097,89
Indústria
65,00%
-44.267,89
-5.526,65
Manutenção de instalações
90,00%
-56.323,97
-56.008,45
2.109,01
Indústria
95,00%
-59.871,90
11.472,50
-99.826,37
-2.473,03
GSH
Indústria
50,00%
-132.704,32
539,68
ACIT
Indústria
40,00%
-6.422,22
0,00
0,00
SIEMENS, SETAL, DEGR. E EFACEC
Indústria
34,00%
-10.033,09
3.157,47
-4.889,42
GMET – SERVIÇOS DE MANUT. DE INFRAESTRUTURAS
EMEF/SIEMENS ACE (SIMEF)
GSEC – GESTÃO E SERVIÇOS DE MANUT. DE ESP. CULT.
SIEMENS E IBERLIM
Manutenção de instalações
50,00%
0,00
0,00
3.837,47
Manutenção de material circulante
49,00%
183.979,37
416.198,78
261.348,20
Indústria
95,00%
0,00
0,00
-63.958,73
Manutenção de instalações
75,00%
0,00
24.708,25
-78.720,53
SIEMENS E TDGI
Manutenção de instalações
80,00%
0,00
43.805,58
0,00
SMEC – PREST. SERVIÇOS DE MANUT. DE ESP. CULT.
Manutenção de instalações
95,00%
-17.802,35
-4.991,69
0,00
S. MAXICOFRE
Manutenção de instalações
80,00%
-4.451,97
0,00
0,00
SIEMENS-DEGRÉMONT
Manutenção de instalações
55,00%
-9.577,74
0,00
0,00
10. Locações
10.1. Gastos com locações operacionais
a) Locações operacionais – a empresa como locatária:
Os contratos de locação operacional em que a empresa é locatária referem-se a viaturas colocadas à disposição
de colaboradores, para serviço da empresa.
Embora existam cláusulas de renovação nos contratos, a empresa tem por política proceder à efetiva substituição das viaturas
no fim dos contratos que têm uma duração de quatro anos.
Os contratos não contêm cláusulas de opção de compra e são canceláveis.
A empresa reconheceu como gastos de locação no exercício o valor de 2.354.929 € (2.242.805 € no exercício anterior).
O valor das rendas contingentes ascende a 5.436.208 € (5.614.610 € no exercício anterior), sendo 1.448.152 € até
30 de setembro de 2014 e 3.988.056 € após 30 de setembro de 2014.
47
11. Outros ativos e passivos financeiros
11.1. Ativos financeiros
A discriminação dos ativos financeiros pelas diferentes categorias consoante o seu critério de mensuração é a indicada
no quadro seguinte:
Set. 13
Set. 12
Valores brutos:
Inventários
Adiantamentos p/ conta de compras
Clientes
Acionistas
265.855
618.875
5.324.893
10.636.015
103.717.672
102.755.432
Empréstimos concedidos
65.000.000
70.000.000
Conta corrente
38.717.672
32.755.432
Outras contas a receber
2.377.965
873.384
Caixa e depósitos bancários
2.580.211
4.815.554
114.266.595
119.699.260
-2.569.973
-3.007.409
Imparidades:
Clientes
Outras contas a receber
-9.987
-15.585
-2.579.960
-3.022.994
11.2. Passivos financeiros
A discriminação dos passivos pelas diferentes categorias de passivos financeiros consoante o seu critério de mensuração
é a indicada no quadro seguinte:
Set. 13
Set. 12
36.743.594
49.664.816
Passivo corrente:
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
2.975.152
4.821.185
Estado e outros entes públicos
7.056.919
5.583.392
Acionistas
Outras contas a pagar
Dados Financeiros
48
Anexo às Demonstrações Financeiras
2.996.709
450.983
29.314.403
32.580.571
79.086.776
93.100.947
11.3. Ganhos líquidos e perdas líquidas de ativos e passivos financeiros
Os ganhos líquidos e perdas líquidas de ativos e passivos financeiros por categoria de mensuração dos ativos e passivos
financeiros são os indicados no quadro seguinte:
Set. 13
Set. 12
2.274.962
796.830
Ganhos
Descontos de pronto pagamento obtidos
Recuperação dívidas incobráveis
16.541
5.095
Diferenças de câmbio favoráveis
254.486
823.717
Ganhos em alienações
21.311
20.235
Juros obtidos
51.740
933.390
2.619.040
2.579.267
Perdas
Descontos de pronto pagamento concedidos
418.931
386.946
Dívidas incobráveis
331.812
115.446
Diferenças de câmbio desfavoráveis
372.237
465.258
Perdas em alienações
Juros suportados
8.734
33.891
303.954
255.199
1.435.667
1.256.740
12. Imposto sobre o rendimento
12.1. Ativos e Passivos por impostos diferidos
As quantias de ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada período apresentado por cada tipo
de diferença temporária são as indicadas no quadro seguinte:
Ativos
Provisões
Passivos
Set. 13
Set. 12
12.068.000
12.766.000
Set. 13
Set. 12
Excedentes de revalorização
418.000
462.000
Ativos fixos tangíveis
331.000
496.000
2.244.000
3.365.000
Diferimentos
Inventários
Outras contas a pagar
820.000
1.229.000
1.085.000
1.627.000
87.000
256.000
Outros
14.060.000
15.878.000
678.000
719.000
3.671.000
5.042.000
12.2. Excesso ou insuficiência de estimativa para impostos
A empresa reconheceu um ganho de 4.270.615 € relativos a excesso de estimativa para impostos. No ano anterior, tinha
reconhecido um excesso de 2.701.446 €.
49
12.3. Imposto sobre o rendimento do período
A quantia de gastos (rendimentos) por impostos correntes e diferidos reconhecidos na demonstração dos resultados
encontra-se indicada no quadro seguinte:
Base do imposto
Resultado antes de imposto
Taxa de imposto
30 Set. 13
30 Set. 12
14.082.112
3.095.153
30 Set. 13
30 Set. 12
Taxa de imposto sobre o rendimento (< 1.500.000 €)
26,5%
26,5%
Taxa de imposto sobre o rendimento (> 1.500.000 € < 10.000.000 €)
29,0%
29,0%
31,5%
29,0%
Taxa de imposto sobre o rendimento (> 10.000.000 €)
4.148.365
847.594
Diferenças temporárias dedutíveis
-4.270.615
14.039.986
Diferenças temporárias tributáveis
2.924.513
878.694
-685.000
-2.039.183
12.051.010
15.974.649
Imposto sobre o lucro à taxa nominal
Diferenças não temporárias tributáveis
Lucro tributável
Taxa de imposto sobre o rendimento (< 1.500.000 €)
26,5%
26,5%
Taxa de imposto sobre o rendimento (> 1.500.000 € < 10.000.000 €)
29,0%
29,0%
31,5%
29,0%
Taxa de imposto sobre o rendimento (> 10.000.000 €)
3.508.568
Imposto calculado
4.582.648
Tributação autónoma
611.000
650.271
Efeito do aumento/reversão de impostos diferidos
548.000
-8.756.000
4.667.568
-3.524.446
Imposto sobre o rendimento/taxa efetiva
33,15%
O efeito nas alterações de taxa decorrente da legislação é de cerca de 64.000 €.
13. Inventários
13.1. Inventários
A quantia total de inventários encontra-se discriminada no quadro seguinte:
Set. 13
Set. 12
Valor bruto
Imparidades
Valor líquido
Valor bruto
Imparidades
Matérias-primas e consumíveis
7.127.175
714.872
6.412.303
8.350.326
682.322
Produtos e trabalhos em curso
25.759.846
25.759.846
33.370.598
Produtos acabados
Mercadorias
Adiantamentos por conta de compras
Dados Financeiros
Anexo às Demonstrações Financeiras
7.668.004
33.370.598
223.768
74.816
148.952
319.022
68.468
250.554
1.086.803
235.141
851.662
1.139.886
286.635
853.251
43.518.697
35.344.110
1.024.829
76.691.461
78.523.941
43.518.697
77.716.290
50
Valor líquido
35.344.110
1.037.424
77.486.517
13.2. Variação nos inventários da produção
A variação nos inventários da produção decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
-319.022
-314.996
223.768
319.022
-95.254
4.026
Produtos acabados
Saldo inicial
Saldo final
13.3. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
Mercadorias
Saldo inicial
Compras
Regularizações
Saldo final
1.139.886
1.224.863
49.742.525
18.342.151
130.357
0
1.086.803
1.139.886
49.925.964
18.427.128
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Saldo inicial
Compras
Regularizações
Saldo final
7.668.004
8.343.861
70.916.961
107.737.515
-19.382
225.495
7.127.175
8.350.326
71.438.408
107.956.545
121.364.373
126.383.673
30 Set. 13
30 Set. 12
Clientes c/c
5.324.893
10.636.015
Imparidade
-2.569.973
-3.007.409
2.754.920
7.628.606
14. Clientes
A quantia total de clientes discrimina-se da forma seguinte:
51
Os clientes c/c decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
Não vencidas
Vencidas
< 30 dias
< 60 dias
< 90 dias
> 90 dias
Clientes c/c
30 Set. 13
166.255
1.090.456
684.937
1.214.870
2.168.374
30 Set. 12
5.389.015
534.372
825.798
585.208
3.301.621
15. Estado e outros entes públicos
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
A receber
Imposto retido estrangeiro
Pagamentos por conta
Outros
56.421
3.415
3.236.066
7.961.547
18.108
3.310.595
7.964.962
A pagar
IRC
5.140.380
9.102.410
IVA
3.218.741
2.705.198
IRS
Segurança Social
935.235
685.959
1.073.158
1.054.787
10.367.514
13.548.354
7.056.919
5.583.392
30 Set. 13
30 Set. 12
18.531.515
13.930.910
16. Diferimentos
Os diferimentos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
Diferimentos ativos
Gastos a reconhecer
Contratos de construção
Seguros
Rendas
252.862
263.449
9.000
118.824
18.793.376
14.313.183
33.219.585
24.560.009
7.747.972
7.483.117
Diferimentos passivos
Rendimentos a reconhecer
Contratos de construção
Contratos de manutenção
Rendas
Dados Financeiros
52
Anexo às Demonstrações Financeiras
130.065
146.251
41.097.622
32.189.377
17. Capital próprio
17.1. Capital social
O capital social é representado por 12,6 milhões de ações ao valor nominal de 5 €.
No exercício anterior, o capital social era de 70 milhões de euros, representado por 14 milhões de ações ao valor nominal de 5 €.
17.2. Reservas e resultados não disponíveis para distribuição
As outras reservas constantes do balanço não se encontram disponíveis para distribuição por se tratarem de reservas
de reavaliação.
17.3. Dividendos
Foram distribuídos dividendos no valor de 6.619.599 € no exercício findo (49.221.898 € no exercício anterior).
18. Subsídios do Governo e apoios do Governo
18.1. Subsídios reconhecidos em resultados
Foram reconhecidos no exercício 3.730 € de subsídios recebidos do Instituto do Emprego e Formação Profissional, referente
a estágios profissionais concedidos pela empresa e ainda 58.441 € recebidos do Quadro de Referência Estratégica Nacional
referente a projetos de investigação e desenvolvimento. No exercício anterior, tinha sido reconhecido um subsídio de 14.451 €.
19. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
19.1. Provisões
O movimento ocorrido nas provisões encontra-se refletido no quadro seguinte:
Saldo em
30/09/2012
Garantias a clientes
Constituição
e reforço
26.255.416
Reversões
e utilizações
Saldo em
30/09/2013
6.714.594
19.540.822
Processos judiciais em curso
893.403
Impostos
387.567
387.567
0
1.009.179
571.289
437.890
472.986
460.428
12.558
Penalidades contratuais
Comissões
348.134
1.241.537
Despesas com pessoal:
Indemnizações
7.670.819
Jubileus
1.590.237
11.724.716
1.575.126
31.411
496.227
Outras
525.473
Royalties
44.255
44.255
0
1.455.955
1.381.655
74.300
Outras despesas
Matérias ambientais
2.165
19.395.535
15.111
95.159
40.400.449
12.075.014
45.892
49.268
9.652.202
42.823.261
53
19.2. Passivos contingentes
Os principais compromissos e passivos contingentes são os seguintes:
• Garantia a alfândega: 50.000 €;
• Garantias a clientes: 64.208.718 €;
• Contencioso laboral: 39.404 €;
• Contencioso comercial: 488.202 €.
19.3. Ativos contingentes
A empresa candidatou-se aos incentivos previstos no programa SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação
e Desenvolvimento Empresarial) para os exercícios de 2007, 2008, 2009 e 2010, nos valores abaixo discriminados,
tendo a Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial aprovado os valores abaixo, esperando
diferimento da Autoridade Tributária dos pedidos de revisão da matéria coletável e as reclamações graciosas
correspondentes:
• Exercício 2007: 72.826 €;
• Exercício 2008: 217.658 €;
• Exercício 2009: 68.444 €;
• Exercício 2010: 60.539 €.
Para o ano de 2011 candidatou-se ao programa SIFIDE, esperando diferimento da Comissão Certificadora para os Incentivos
Fiscais à I&D Empresarial:
• Exercício 2011: 472.141 €.
20. Matérias ambientais
A empresa possui uma provisão para matérias ambientais de 49.268 € relativa a levantamento de coimas associadas
a não conformidades de cumprimento de requisitos legais de Ambiente, Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho para:
• Regime Jurídico da Urbanização e Edificação: 1.500 €;
• Diretiva Máquinas: 2.888 €;
• Segurança Contra Incêndios em Edifícios: 22.185 €;
• Normas aplicáveis à Gestão de Embalagens e Resíduos de Embalagens: 22.695 €.
21. Benefícios dos empregados
21.1. Benefício pós-emprego
A empresa tem constituído, desde setembro de 2006, um Plano de Pensões de contribuições definidas, aplicado num Fundo
de Pensões, gerido por uma terceira entidade e extensivo à generalidade dos colaboradores que nele queiram participar,
nos termos definidos no Plano.
No Plano, a empresa contribui com uma quantia equivalente ao valor da contribuição do colaborador até ao máximo
de 3% do salário deste.
A quantia reconhecida como gasto durante o período relativamente a planos de contribuição definida foi de 545.297 €
(545.396 € no exercício anterior).
Dados Financeiros
54
Anexo às Demonstrações Financeiras
a) Benefícios de cessação de emprego
Em caso de cessação de emprego, a empresa concede aos seus colaboradores uma indemnização cuja quantia é determinada
com base no número de anos de serviço e no salário mais recente multiplicado por um fator determinado por análise
casuística.
Estas provisões incluem um montante de 19.396 K € (ano anterior: 7.671 K €) para fazer face a benefícios por cessação
de empregos que serão incorridos em consequência de reestruturação.
b) Pagamentos com base em ações
A casa-mãe oferece aos Administradores das empresas do seu grupo um programa de incentivos chamado «Stock Options»,
que consiste no direito de opção sobre ações daquela, resgatáveis em períodos futuros.
Existe ainda um outro programa de adesão voluntária por parte dos colaboradores chamado «Share Matching Plan»,
em que a casa-mãe oferece uma ação sua, por cada três adquiridas, desde que os colaboradores as mantenham na sua
posse por um período de quatro anos.
A empresa reconheceu um gasto de 296.977 € (ano anterior: 244.851 €) relacionados com estes planos.
Não há outras informações consideradas relevantes para permitir aos utentes das demonstrações financeiras
compreenderem o efeito das transações de pagamento com base em ações reconhecidos no passivo nos lucros ou prejuízos
da entidade e na sua posição financeira.
c) Outras informações
Não houve pagamentos com base em ações a outras partes diferentes dos empregados, pelo que não há lugar:
• À divulgação da forma como o justo valor dos serviços recebidos teria sido mensurado em tais casos;
• À divulgação de quaisquer eventuais factos ou circunstâncias que pudessem ter levado a empresa a refutar o pressuposto
de que o justo valor dos bens ou serviços recebidos pode ser estimado com fiabilidade.
Não há outras informações consideradas relevantes para permitir aos utentes das demonstrações financeiras compreenderem:
• A natureza e a extensão dos acordos de pagamento com base em ações que existiram durante o período;
• O efeito das transações de pagamento com base em ações nos lucros ou prejuízos da entidade e na sua posição financeira.
21.2. Gastos com o pessoal
O detalhe dos gastos com o pessoal é o indicado no quadro seguinte:
Set. 13
Remunerações dos Órgãos Sociais
Remunerações do pessoal
Encargos sobre remunerações
Seguro Ac. Trab. e Doenças Profissionais
Estimativa para participação nos lucros
Outros gastos com pessoal
Set. 12
475.370
480.970
42.031.381
42.399.281
9.305.160
9.385.058
171.626
187.965
9.649.079
9.385.922
7.288.195
5.566.772
68.920.812
67.405.967
55
22. Vendas e prestações de serviços
As quantias de vendas e prestações de serviços discriminam-se da forma indicada no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
292.238.772
321.661.352
Vendas
Mercadorias e produtos
Subprodutos resíduos e refugos
Devoluções e descontos
0
1.265.539
-41.848.335
-53.175.260
250.390.437
269.751.631
56.098.184
71.157.936
Prestação de serviços
Serviços
56.098.184
71.157.936
306.488.621
340.909.567
As vendas e prestações de serviços por mercado geográfico significativo são as indicadas no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
186.848.808
269.615.479
Vendas e prestações de serviços
Mercado nacional
União Europeia
47.462.436
44.577.490
Fora da União Europeia
72.177.378
26.716.598
306.488.621
340.909.567
30 Set. 13
30 Set. 12
A margem bruta é a indicada no quadro seguinte:
Margem bruta
Vendas
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas
% margem bruta
250.390.437
269.751.631
-121.364.373
-126.383.673
129.026.064
143.367.958
51,53%
53,14%
As vendas e prestações de serviços por setor de atividade encontram-se discriminadas conforme quadro abaixo:
30 Set. 13
30 Set. 12
Industry
42.025.723
37.820.049
Energy
90.657.551
119.388.833
Healthcare
Infrastructure & Cities
Corporate Centers
Dados Financeiros
56
Anexo às Demonstrações Financeiras
27.552.221
30.778.170
128.729.019
118.968.250
17.524.107
33.954.265
306.488.621
340.909.567
23. Contratos de construção
Set. 13
Faturação real
Receita reconhecida
acumulada
Receita reconhecida
no período
Receita diferida
Custos reais
acumulados
Custos reais
do período
Adiantamentos
recebidos
Industry
90.813.454
667.182.670
90.825.623
12.169
599.062.732
81.524.591
815.914
Energy
494.353.596
670.812.301
572.741.552
78.387.956
523.977.623
443.850.828
1.752.941
73.792.527
166.179.018
74.150.531
358.005
143.384.178
61.691.768
52.294
415.512.136
794.037.778
412.178.207
-3.333.928
678.740.336
353.436.095
670.506
1.074.471.713
2.298.211.767
1.149.895.913
75.424.201
1.945.164.869
940.503.282
3.291.655
Faturação real
Receita reconhecida
acumulada
Receita reconhecida
no período
Receita diferida
Custos reais
acumulados
Custos reais
do período
Adiantamentos
recebidos
Industry
644.666.505
576.357.047
80.110.062
68.309.458
517.538.141
71.985.363
391.715
Energy
97.610.953
98.070.749
25.430.108
-459.796
80.126.795
21.543.357
1.614.304
Healthcare
Infrastructure & Cities
Set. 12
92.321.245
92.028.487
10.242.962
292.758
81.692.410
8.749.561
1.786.216
373.950.304
381.859.569
115.479.796
-7.909.265
325.304.241
96.197.258
1.629.551
1.208.549.007
1.148.315.852
231.262.928
60.233.155
1.004.661.587
198.475.539
5.421.786
Healthcare
Infrastructure & Cities
24. Fornecimentos e serviços externos
Os fornecimentos e serviços externos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
Trabalhos especializados
43.651.155
73.968.320
Publicidade e propaganda
1.022.732
1.013.619
660.042
541.923
Vigilância e segurança
Comissões
Conservação e reparação
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido
Livros e documentação técnica
Material de escritório
Artigos para oferta
Eletricidade
0
18.266
3.783.195
4.154.942
477.900
635.990
14.176
26.842
237.499
408.671
39.982
6.255
938.437
1.043.472
Combustíveis
958.518
973.074
Água
162.300
174.290
Deslocações e estadas
3.562.258
3.638.561
Transporte de mercadorias
3.417.893
4.199.182
Rendas e alugueres
3.121.668
4.857.426
Comunicação
3.163.190
1.017.411
Seguros
1.286.425
1.676.850
Royalties
905.377
828.305
Contencioso e notariado
414.827
84.394
Despesas de representação
107.993
129.112
Limpeza, higiene e conforto
Outros
580.741
515.594
30.759.504
29.555.797
99.265.811
129.468.296
57
25. Imparidade de ativos
O movimento ocorrido nas perdas por imparidades acumuladas cujos movimentos de imparidade e reversão afetaram
os resultados é o indicado no quadro seguinte:
Saldo em
30/09/2011
Participações financeiras
Inventários
Clientes
Outros devedores
Aumentos
Reversões
Saldo em
30/09/2012
Reversões
Saldo em
30/09/2013
1.037.424
12.596
1.024.828
2.569.973
9.976
879.463
Aumentos
9.976
157.961
9.976
4.265.959
1.258.549
3.007.410
437.437
19.492
3.906
15.586
5.599
9.987
1.262.455
4.070.396
455.632
3.614.764
5.174.889
157.961
0
26. Outros rendimentos e ganhos
Os Outros rendimentos e ganhos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
Rendas recebidas
1.734.751
1.901.680
Descontos de pronto pagamento obtidos
2.274.962
796.830
Recuperação de dívidas
Diferenças de câmbio favoráveis
Ganhos em alienações
Excesso de estimativa para impostos
Proveitos serviços de cantina
Outros ganhos
16.541
5.095
254.486
823.717
21.311
20.235
4.270.615
0
535.309
1.308.495
4.724.434
553.689
13.832.409
5.409.741
30 Set. 13
30 Set. 12
27. Outros gastos e perdas
Os outros gastos e perdas decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
Impostos indiretos
247.318
424.013
Descontos de pronto pagamento concedidos
418.931
386.946
Dívidas incobráveis
331.812
115.446
Perdas em existências
110.975
225.495
Perdas em alienações
Donativos
Quotas
Custos c/ garantias
Diferenças de câmbio desfavoráveis
Outras perdas
Dados Financeiros
58
Anexo às Demonstrações Financeiras
8.734
33.891
13.190
59.500
46.070
108.658
4.496.169
1.063.908
372.237
465.258
2.991.292
178.745
9.036.727
3.061.860
28. Gastos/reversões de depreciação e amortização
Os gastos/reversões de depreciação e amortização decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
Ativos fixos tangíveis
Ativos fixos intangíveis
30 Set. 13
30 Set. 12
6.429.932
3.893.232
165.259
82.629
6.595.191
3.975.862
29. Rendimentos e Gastos de financiamento (líquidos)
29.1. Juros e rendimentos similares obtidos
Os juros e rendimentos similares obtidos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
Juros obtidos
430
1.476
46.354
925.834
De depósitos
De financiamentos concedidos a associadas
2.863
4.333
49.646
931.643
De financiamentos a colaboradores
2.094
1.748
51.740
933.390
Outros rendimentos similares
29.2. Juros e gastos similares suportados
Os juros e gastos similares suportados decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
Juros pagos
De descobertos bancários
2.555
1.320
De financiamentos obtidos de associadas
3.619
2.292
Outros gastos e perdas de financiamento
6.173
3.612
297.781
251.586
303.954
255.199
59
30. Gestão do risco financeiro
O risco financeiro é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro virem a variar
e de se virem a obter resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando o valor patrimonial
da empresa.
No desenvolvimento das suas atividades correntes, a empresa está exposta a uma variedade de riscos financeiros
suscetíveis de alterarem o seu valor patrimonial, os quais, de acordo com a sua natureza, se podem agrupar nas seguintes
categorias:
• Risco de mercado:
– Risco de taxa de juro;
– Risco de taxa de câmbio (ver detalhes abaixo);
– Outros riscos de preço (ex.: de mercadorias);
• Risco de crédito;
• Risco de liquidez.
A gestão dos riscos acima referidos – riscos que decorrem, em grande medida, da imprevisibilidade dos mercados financeiros
– exige a aplicação criteriosa de um conjunto de regras e metodologias aprovadas pela Administração, cujo objetivo último
é a minimização do seu potencial impacto negativo no valor patrimonial e no desempenho da empresa.
Com este objetivo, toda a gestão é orientada em função de duas preocupações essenciais:
• Reduzir, sempre que possível, flutuações nos resultados e cash flows sujeitos a situações de risco;
• Limitar os desvios face aos resultados previsionais, através de um planeamento financeiro rigoroso.
A empresa não assume posições especulativas, pelo que, geralmente, as operações efetuadas no âmbito da gestão dos riscos
financeiros têm por finalidade o controlo de riscos já existentes e aos quais a empresa se encontra exposta.
A Administração define princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco
cambial, o risco de taxa de juro, o risco de liquidez, o risco de crédito e outros instrumentos financeiros não derivados
e o investimento do excesso de liquidez.
A gestão dos riscos financeiros – incluindo a sua identificação, avaliação e cobertura – é conduzida pela Direção Financeira
de acordo com políticas aprovadas pela Administração. A Direção Financeira avalia e realiza coberturas de riscos financeiros
em estrita cooperação com as unidades operacionais da empresa que dispõem de equipas especializadas em termos
de competência, experiência e supervisão.
30.1. Risco de mercado
a) Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro virem a variar,
devido a alterações nas taxas de juro de mercado, alterando o valor patrimonial da empresa.
A empresa mitiga este risco utilizando a Siemens Financial Services.
b) Risco de taxa de câmbio
O risco de taxa de câmbio é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa de um instrumento financeiro virem a variar
em resultados de alterações nas taxas de câmbio.
Dados Financeiros
60
Anexo às Demonstrações Financeiras
O carácter internacional da empresa obriga-a a estar exposta ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países.
A exposição ao risco de taxa de câmbio resulta, fundamentalmente, das atividades operacionais com clientes e fornecedores
com moeda diferente do euro:
• O preço de alguns produtos no mercado mundial é tradicionalmente fixado em USD, pelo que a evolução do euro face
ao USD poderá ter um impacto nas vendas futuras da empresa, independentemente de essas vendas serem denominadas
em euros ou noutra moeda;
• Uma parte das vendas é denominada em moedas diferentes do euro, nomeadamente em USD, entre outras com menor
preponderância. Por esta via, também a evolução do euro face a estas moedas poderá ter um impacto significativo
nas vendas futuras da empresa;
• Uma vez concretizadas as vendas em moeda diferente do euro, a empresa incorre em risco cambial até ao recebimento
dos montantes das vendas, pelo que existe permanentemente no ativo da empresa um montante significativo
de créditos a receber expostos a risco cambial (caso a empresa não contrate instrumentos de cobertura
de risco cambial).
A variação das taxas de câmbio que afecta a exposição ao risco de taxa de câmbio é a indicada no quadro seguinte:
30 Set. 13
30 Set. 12
USD
1,3505
1,293
SEK
8,6575
8,4498
GBP
0,8361
0,7981
CHF
1,2225
1,2099
10,3259
MOP
10,7864
NOK
8,114
7,3695
DKK
7,458
7,4555
CAD
1,3912
1,2684
ZAR
13,5985
10,7125
JPY
131,78
100,37
AED
4,9603
4,7492
BHD
0,5091
Quando se afigura oportuno, a empresa recorre à utilização de instrumentos financeiros para a gestão do risco cambial,
de acordo com uma política definida periodicamente pela Administração e que tem como objetivo limitar o risco de exposição
cambial associado às vendas futuras, aos créditos a receber denominados em moedas diferentes do euro.
Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas de câmbio que se destinem a cobrir riscos de posições já existentes ou
contratadas e os termos da cobertura são negociados de forma a serem condizentes com os termos do instrumento coberto,
de forma a maximizar a eficácia da cobertura.
Os ativos e os passivos registados em moeda estrangeira são valorizados à taxa de câmbio da data do balanço.
61
30.2. Risco de crédito
O risco de crédito é o risco de uma contraparte não cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento financeiro
originando uma perda.
A empresa encontra-se sujeita a risco no crédito que concerne às seguintes atividades:
• Atividade operacional – Clientes e outras contas a receber;
• Atividades de investimento – Depósitos na Siemens Financial Services.
A gestão do risco de crédito relativo a clientes e outras contas a receber é efetuada da seguinte forma:
• Seguindo políticas, procedimentos e controlos estabelecidos pela empresa para cada unidade operacional;
• Os limites de crédito são estabelecidos para todos os clientes com base em critérios de avaliação interna;
• A qualidade de crédito de cada cliente é avaliada com base em notações de crédito fornecidas por empresas especializadas
externas à empresa;
• Os valores em dívida são regularmente monitorizados e os fornecimentos para os clientes mais significativos estão
normalmente cobertos por garantias;
• A empresa tem em vigor um contrato denominado Siemens Credit Warehouse, mediante o qual cede os créditos.
A antiguidade de clientes é a indicada na nota 14.
Conforme descrito anteriormente, a Administração considera que a exposição efetiva da empresa ao risco
de crédito se encontra mitigada a níveis aceitáveis.
31. Acontecimentos após a data do balanço
Numa decisão de gestão, a casa-mãe (Siemens AG) resolveu cindir a sua área de negócio de Logística de Aeroportos, tendo
a Siemens, S.A. apresentado o respetivo projeto de cisão ao abrigo da neutralidade fiscal em agosto. Esta cisão deu origem
a uma nova empresa, a Siemens Postal, Parcel Airport Logistics, Unipessoal, Lda., que iniciou a sua atividade em 1 de outubro
de 2013.
Esta empresa tem sede na Rua Irmãos Siemens, n.º 1, Amadora, e é detida a 100% pela Siemens International Holding, B.V.,
com sede em Haia, na Holanda.
Desta cisão resultou a transferência dos ativos e passivos afetos à respectiva área de negócio:
• Ativos Correntes: 16.221.022 €;
• Ativos Não Correntes: 79.849 €;
• Passivos Correntes: 14.162.941 €;
• Passivos Não Correntes: 109.266 €;
• Capitais Próprios: 2.028.664 €.
Estes valores são provisórios por estarem a ser sujeitos a revisão por consultores externos.
32. Divulgações exigidas por diplomas legais
32.1. Divulgação exigida pelo n.º 1 do art. 66.º-A do CSC
Não existem operações não incluídas no Balanço, pelo que não há lugar à divulgação da respetiva natureza, objetivo
comercial, impacto financeiro ou riscos e benefícios.
Dados Financeiros
62
Anexo às Demonstrações Financeiras
Certificação Legal das Contas
Certificação Legal das Contas
Relativo ao exercício findo em 30 de setembro de 2013
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas de Siemens, S.A., as quais compreendem o Balanço em 30 de setembro
de 2013 (que evidencia um total de 278.445.382 euros e um total de capital próprio de 111.766.723 euros, incluindo um
resultado líquido de 9.414.545 euros), a Demonstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstração das Alterações
no Capital Próprio e a Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e o Anexo.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma
verdadeira e apropriada a posição financeira da empresa, o resultado das suas operações, as alterações no seu capital
próprio e os seus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção
de um sistema de controlo interno apropriado.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame
daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem
dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau
de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes.
Para tanto o referido exame incluiu:
• A verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras
e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;
• A apreciação sobre se são adequadas as políticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
• A verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e
• A apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão
com as demonstrações financeiras.
6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Opinião
7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os
aspetos materialmente relevantes, a posição financeira de Siemens, S.A., em 30 de setembro de 2013, o resultado das suas
operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade
com os princípios contabilísticos aceites em Portugal.
Relato sobre outros requisitos legais
8. É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de Gestão é concordante com
as demonstrações financeiras do exercício.
Lisboa, 15 de novembro de 2013
Ernst & Young Audit & Associados – S.R.O.C., S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (n.º 178)
Representada por
Ricardo Filipe de Frias Pinheiro (ROC n.º 739)
63
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Relativo ao exercício findo em 30 de setembro de 2013
Exmos. Senhores Acionistas,
Em conformidade com o disposto na alínea g) do número 1 do artigo 420.º do Código das Sociedades Comerciais, cumpre-nos,
na qualidade de membros do Conselho Fiscal da Siemens, S.A., apresentar o Relatório e Parecer sobre o relatório de gestão,
contas e proposta de aplicação de resultados, apresentadas pelo Conselho de Administração da Sociedade, relativamente
ao exercício findo em 30 de setembro de 2013.
Através de reuniões e outros contactos com o Conselho de Administração, bem como pelos esclarecimentos e diversas
informações recolhidas junto dos serviços competentes, o Conselho Fiscal informou-se acerca da atividade da Sociedade
e da gestão dos negócios desenvolvida no exercício findo em 30 de setembro de 2013.
Procedeu também à verificação da informação financeira produzida ao longo do ano, efetuando as análises julgadas
convenientes. Comprovámos igualmente a adequação das políticas contabilísticas e dos critérios valorimétricos adotados.
É de referir que este exercício foi o primeiro em que a Siemens, S.A. passou a utilizar o normativo do Sistema de Normalização
Contabilística que passou a ser aplicado em Portugal em substituição do Plano Oficial de Contabilidade nos exercícios
iniciados em ou após 1 de janeiro de 2010.
Após o encerramento das contas, o Conselho Fiscal apreciou o Relatório de Gestão elaborado pelo Conselho de
Administração, que traduz apropriadamente a atividade desenvolvida neste exercício e a evolução previsível dos negócios
da Sociedade, bem como as demonstrações financeiras apresentadas, que compreendem o Balanço, a Demonstração
dos resultados por naturezas, a Demonstração de fluxos de caixa, a Demonstração das alterações no capital próprio e o Anexo
às demonstrações financeiras.
O Conselho Fiscal verificou a observância da lei e dos estatutos da Sociedade e concluiu também que as contas do exercício
satisfazem as disposições legais aplicáveis.
Finalmente, depois de ter sido elucidado pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas do trabalho realizado pela mesma
e das suas principais conclusões no âmbito da revisão efetuada, tomou conhecimento da Certificação Legal das Contas sem
reservas e com cujo teor concorda.
Em resultado do trabalho desenvolvido, e tendo em consideração os documentos referidos no parágrafo anterior, somos
de Parecer que a Assembleia Geral Anual da Sociedade aprove:
a) O Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 30 de setembro de 2013; e
b) A Proposta de aplicação de resultados contida no mencionado Relatório de Gestão.
Por último, propomos um voto de louvor ao Conselho de Administração pela eficiência demonstrada no desempenho das
suas funções, bem como aos Diretores e demais pessoal da Sociedade pela dedicação e resultados alcançados no exercício.
Amadora, 19 de novembro de 2013
O Conselho Fiscal
Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza, Presidente
Franz Kiener, Vogal
José Rodrigo de Castro, Vogal
Dados Financeiros
64
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Siemens, S.A.
Situação em janeiro de 2014
Assembleia Geral
José Luís Arnaut Duarte
Presidente
Patrícia da Silva Campos Afonso
Secretária
Marta Pinto Leite de Areia
Secretária
Conselho Fiscal
António Vitorino
Presidente
José Silva Jorge
Suplente
José Rodrigo de Castro
Vogal
Sigrid Katharina Dengler
Vogal
Revisor Oficial de Contas
Ernst & Young Audit & Associados – S.R.O.C., S.A.
Representada por:
Ricardo Filipe Pinheiro
Conselho de Administração
Miguel Angel López Borrego
Presidente
Carlos de Melo Ribeiro
Administrador-Delegado
Miguel Guerreiro
Vogal
Dados adicionais sobre o Conselho de Administração:
• Prazo de duração dos mandatos: 2 anos.
• Datas da primeira eleição dos atuais membros do Conselho de Administração:
– Miguel Angel López Borrego: dezembro de 2013
– Carlos de Melo Ribeiro: 30 de março de 1995 – dezembro de 2013
– Miguel Guerreiro: 5 de janeiro de 2012 – dezembro de 2013
65
Siemens Portugal
www.siemens.pt