Moby Dick - Dois Espressos
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Moby Dick - Dois Espressos
A de fascinar e preo lém cupar Herman Melville, o mar esteve presente na maioria de seus escritos. Moby Dick, a obra mais famosa, representou o auge de sua tentativa literária de comunicar o ímpeto, a majestade, o poder e os perigos dos oceanos. Quando o escritor começou a trabalhar em sua obra-prima, já havia alcançado fama graças a duas novelas românticas, Typee e Omoo, e vários contos. Publicado em 1851, o romance foi dedicado a Nathaniel Hawthorne, um amigo a quem Melville via freqüentemente enquanto desenvolvia seu épico. Apesar do triunfo literário, a popularidade do autor diminuiu nos anos que se seguiram, em decorrência da publicação de diversos trabalhos de pouca qualidade. Na época de sua morte, em 1891, ele já era considerado um autor menor. No começo da década de 20, uma redescoberta crítica e um novo apreço restauraram sua reputação na literatura americana, como um dos primeiros mestres da narrativa simbólica, ainda que realista, em prosa rítmica, com alto teor de crítica social. Moby Dick é também uma exaustiva compilação de detalhado material de pesquisa sobre baleias e a indústria pesqueira do cetáceo no século passado. Dos 143 capítulos do livro, mais de 40 são devotados exclusivamente à dissertação sobre assuntos afins, envolvendo também a vida dos baleeiros. Aliás, o livro é famoso justamente por isso, além de expressar um perfeito senso de tempo e lugar, e uma capacidade de evocar um modo de vida há muito inexistente. É extraordinário por seu amplo apelo: alguns leitores se entusiasmam pela aventura em alto-mar; outros são arrebatados pelo estudo psicológico de uma obsessão insana; e muitos se vêem tomados pela profunda e penetrante alegoria do desastre que espreita quando o homem tenta se transformar em Deus, quando se torna maligno para enfrentar o Mal. ERMAN MELVILLE nasceu em Nova York, no dia 1.' de agosto de 1819, numa prole de oito irmãos, filhos de um próspero mercador e sua esposa. Aos 12 anos, com a morte do pai, a família encontrou-se virtualmente falida. Seu aprendizado escolar foi completado três anos depois, quando então experimentou uma série de atividades: escriturário de banco, vendedor, agricultor e professor. Aos dezoito, Melville embarcou num navio para Liverpool — pagou sua passagem trabalhando como camareiro. Essa primeira viagem despertou-lhe um amor vitalício pelo mar e pela navegação. Ao retomar, o jovem lecionou no interior do estado de Nova York, até viajar, aos 21 anos, para os mares do Sul, a bordo de um baleeiro — aventura que inspirou Moby Dick. Após dezoito meses, decepcionado com a tirania do capitão, Melville desertou nas Ilhas Marquesas, onde foi capturado por canibais. A provação seria usada posteriormente nos textos de Typee e Mardi. Resgatado depois de quatro meses por uma embarcação australiana, viajou para o Taiti e trabalhou como camponês. As pesquisas que desenvolveu na época sobre a vida na ilha foram utilizadas mais tarde em Omoo. Em 1843, rumou para o Havaí e engajou-se como marujo num navio de guerra. Sua vida a bordo dessa fragata serviu de base para WhIte-Jacket. Com a dispensa, em 1844, Melville voltou para casa e passou a criar obras ficcionais , escritas a partir de sua vivência. Os cinco primeiros livros — as exóticas aventuras Typee (1846), Omoo (1847), Mardi (1849), Redburn (1849) (1850) — proporcionaram-lhe fama passageira e algum reconhecieWhIt-Jack mento. Em 1850, o escritor e sua mulher, com quem se casou três anos antes, mudaram-se para Massachusetts, onde travou forte amizade com Nathaniel Hawthorne. A popularidade do autor começou a decair depois da publicação do épico Moby Dick (1851), pois suas obras posteriores não alcançaram a mesma qualidade. Embora tenha continuado a escrever novelas, histórias curtas e poemas até sua morte, ele nunca atingiu o sucesso literário. De 1857 a 1860, tentou em vão viver como conferencista. Empobrecido, Melville voltou para Nova York para, em 1866, ser designado inspetor alfandegário, trabalho que executou por 19 anos. Seus últimos tempos foram gastos na obscuridade, e a morte, chegada em 28 de setembro de 1891, passou despercebida. Uma reavaliação feita por estudiosos, trinta anos depois, restaurou-lhe a reputação literária. O último trabalho, Billy Budd, completado pouco antes de sua morte, foi finalmente editado em 1924. H Pennsylvania, e cresceu em Nova Jersey. Depois de freqüentar a Newark School of Fine and Industrial Art, passou, em 1978, a dedicar-se aos quadrinhos. Seu portfolio inclui o Quarteto Fantástico, Elektra: Assassina, Novos Mutantes, O Sombra e ainda a mini-série Stray Toasters e o álbum Brought to Light, estes últimos ainda inéditos no Brasil. Seu traço particularíssimo e altamente estilizado garantiu-lhe vários prêmios, como o Jack Kirby Award de melhor artista (1987), cinco certificados de mérito da Society of Illustrators, Yellow Kid e Gran Guinigi (Itália, 1986), e o Medallion de Aple d'Huez, na Espanha, em 1988. Notável designer tanto de revistas como de capas de discos, Sienklewicz produziu também o programa-piloto para uma série de animação da MTV norte -americana. Atualmente, ilustra uma mini-série em 12 capítulos escrita por Alan Moore — Big Numbers —, ficção inspirada numa teoria matemática, a geometria fractal. LSIENKWCZnaBI sceum1958,
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