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mais
TEATRO
CACILDA
BECKER
pro gram a
em
re v i
a leitura favorita do público de teatro
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
de Mi
traduç
direçá
cenár
Sabore
Escócia
as maravilhas da
n
Aqui esta seu 'assport.
Gastamos muito tempo
e dinheiro para trazer
Passport a você.
Queríamos que você tivesse
mais que um scotch.
Passport é a própria Escócia.
É lá, às margens do rio
Spey que temos uma das
mais respeitadas e experientes
destilarias da Escócia.
Ao seu lado temos outra:
a mais moderna
destilaria da região.
Por isso, conseguimos
o que queríamos.
Um scotch leve mas, com
um sabor audacioso,
marcantemente escocês.
Passport é a nossa maneira
de trazer a Escócia até você.
William Longmore 8c Company Limited.
Keith, Scotland.
program a
em re v is ta
*
Ano II — de 15 de março a 15 de abril —
^3
(J IX J \3 IA X
x
1a 3 J J L L O
N9 13
“Programa em Revista, a primorosa publicação dessa
emprêsa, constitui, inegàvelmente, o melhor documen­
tário da atualidade teatral no Rio de Janeiro e São
Paulo. Consideramos da maior importância a sua in­
clusão no acêrvo do Museu do Serviço Nacional de
T eatro . . . ” Quem nos escreve nestes têrmos é o sr.
Felinto Rodrigues Netto, diretor do Serviço Nacional
de Teatro. Ficamos sensibilizados com o reconheci­
mento de nosso esforço e muito honrados de integrar­
mos o patrimônio documental daquele Museu.
p*
REVISTA NA PRAÇA
Um gênero de espetáculo re­
8
9
16
SPOT LIGHT
EVA WILMA
EM FOCO
encontra vida.
Oente que está em foco.
Uma atriz que tem o que dizer.
Gente que faz notícia.
19
TESTE
23
PERFIL
24
32
BEST SELLERS
LA VIDA ES SUEfiO
2
Eva Wilma
Palavras cruzadas, livros e
questões sôbre Molière.
Renato Pedrosa, um nôvo pro­
dutor de sucessos.
Estréias do mundo das letras.
Um precioso fragmento de
Calderón de Ia Barca.
MARCOPISO
- A BELEZA ETERNA DO MÁRMORE EM PISOS
nllcVlCOlKlU
Rio: R. S. José, 7 8 /8 0
São Paulo: Av. Rio Branco, 738 Loja 1
Campos: Pça. S. Salvador, 5 0
Belo Horizonte: Av. Paraná, 187
V itória: R. General Osório, 109
Niterói: R. da Conceição, 125
herald 28058
Revista de Ano — elas
eqüivaliam a um irreve­
rente almanaque anual:
sem luxo, faziam a carica­
tura do ocorrido e diver­
tiam a platéia. Depois, dei­
xaram de ser de ano pa­
ra extender-se por tempo­
radas normais. Era a épo­
ca pioneira, de um Paschoal Segreto seguido
por Luiz Iglesias, Jardel
Jercolis. O tempo lhe deu
o fausto, parisiense, e
Carlos Machado ou Wal­
ter Pinto encheram o pal­
co de muitas plumas. De­
pois o silêncio. Nem Car­
los Machado ou Walter
Pinto, nem Virgínia Lane
ou Mara Rúbia. Até que
em um pequeno teatro em
Ipanema, Leila Diniz gri­
tou mais alto: Tem Bana­
na na Banda. A revista re­
nascia, revestida, travestida, a crítica sempre que
possível aos fatos aconte­
cidos e, como não possí­
vel, ao passado da pró­
pria revista. Como acon­
tece em A Vida Escracha­
da de Joana Martini e Ba­
by Stompanato ou Tem
Piranha na Lagoa.
Mercedes Villa foi uma das
estréias de Paz e Amor,
um grande sucesso no velho
Cinema Rio Branco. A revista
encontra hoje seu caminho
de volta ao cartaz.
tem revista
na
praca
CINEM A RIO BRANCO
*0—ftOA VISCONDE DO M O ISKANCO *2
Km preza W IL L IA M * C.
rtegencia d > m , entro COSTA JUNIOR
H OJK-Primeir aexhihição-JEZOJ~E
da njonutrjentcrf re vista de costunjes e a c tu a lid a d e s de
A N T O N IO S IM P L E S & C-
PAZ E AMOR
m u s ic a d o m a k s t r o
c o s t a j u n io r
tornam parte ne notevels artietaa :
(«mejjia Mattens, Am ira Palies Ler. Mercedes Villa, M a ria da Piedade Laura
I,ytz Raptos. Cataldl, Santuccf. Georgl«», Asdrubal, Rosalvo
’
e mais artlsw# da troupe
Cronista do Rio d’antanho, Jota Efegê re­
gistra: “Nos seus dois ou três atos, não ha­
via na revista de ano a preocupação de
montagem faustosa, de alegorias féericas
(embora algumas vêzes as peças tivessem
essa característica). Os que escreviam seu
roteiro, a sua literatura e indicavam o seu
desenvolvimento tinham como principal es­
copo a glosa dos fatos, a caricatura do
acontecido”
É ainda Jota Efegê quem nota: “O humorismo, a charge eram a marca do espe­
táculo ao qual se juntava o quanto possível
de malícia, do double-sens. Com isso, pro­
vocando do espectador gostosas risadas,
gargalhadas contínuas, ou autores atingiam
seus objetivos: rir, rir, sem parar”
Mais tarde, deixando a revista de ser de
ano, ela atingiu o estágio de temporadas
normais. E, no antigo Recreio (já demolido),
Carlos Gomes ou São José havia sempre
em cartaz uma revista após outra. A Praça
Tiradentes vivia seus dias de glória.
Dias e anos, a Praça Tiradentes conhe­
ceu o desenvolvimento do Teatro Revista.
Aos nomes de Carlos Bittencourt, Luiz Pei­
xoto, Cardoso de Menezes vieram juntar-se
outros como Paschoal Segreto, Jardel Jércolis, Luiz Iglesias, Freire Júnior. E a Praça
Tiradentes via, noite após noite, seus teartos cheios.
Seguindo o traço de influência de Por­
tugal sôbre o teatro brasileiro, a revista,
moldada no feitio português, foi aos poucos
sendo influenciada pelas féeries de Paris.
As vedetes passam então a apresentar-se
tão nuas quanto permite a censura; as re­
vistas transformam-se em espetáculos de
atração visual. Era a vez e hora de cenaeristas, costureiros, a arquitetura cênica sen­
do levantada tão alto (quanto possível) as
estruturas do Follies Bergères ou Lido de
Paris, evidentemente.
Cascatas, cachoeiras,
ter Pinto apresentava o
segundo os critérios da
em que Virgínia Lane
Brasil” .
o Recreio de Wal­
melhor possível —
época — a época
era a “vedete do
TEATRO REVISTA
a grossura
c  e a d e m ia
Œdeza^ P
d jt
jc lm m jc l
Da Praça Tiradentes ao estúdio da
TV-Tupi, Virgínia Lane manteve o título e o
ritmo durante muito tempo: Espetáculos Tonelux ela gritava com uma inflexão tôda es­
pecial. Mas, de vedete a Coelhinho da Casa
Valentim a coisa já não ia tão bem.
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São djversas as causas para o fim do
ciclo de ouro do teatro revista — a que tôdas as famílias acorriam — para o ciclo
meio marginal a que á própria Praça Tira­
dentes está hoje relegada. As causas devem
sér procuradas na dificuldade econômica de
manter-se o padrão, certamente, mas esta­
rão também ligadas à mudança de compor­
tamento social, transformação por exemplo,
que no cinema matou a galinha dos ovos de
ouro da chanchada.
A marginalidade da revista — afastada
as famílias respeitáveis — fêz com que o
gênero tentasse uma aproximação com um
público menos exigente moral ou estèticamente. O strip-tease ganha disparado de
qualquer outra atração. As montagens são
pobres, os atôres se mantêm como podem.
Uma situação atual. Colé, um dos grandes
nomes da Praça Tiradentes tem, reiteradas
vêzes, dbclarado que não é mais possívef
manter o gênero na Praça: as dificuldades
econômicas são imensas e mínimas as pos­
sibilidades de sobrevivência. A grossura,
como saída, não satisfaz mais. O Grilo na
Cuca é gerai.
►
Ponha
f t
sua pressa dexhegar
num trîiato
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daVarig '
e chegue antes
Vá a Pôrto Alegre, São Paulo, Rio, Salvador,
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Mas faça questão da experiência
- v á pela
VA.R IG
TEATRO REVISTA
a banda
dabanana
De Maria da Piedade a Marília Pêra,
um longo caminho: ascenção, glória, decadência
e ressurreição de um gênero.
•AZEAMOR
xtraordinaria e Original Revista de Costumes e Àctualidade
>R A N T O N IO S IM P L E S & COMP
cinématographe Rio Branco, revo­
ando a cineinatographia, creou um
> inteiramente novo, adoptando a
ap panno, isto é, creando o origi­
no genero revista no cinematoo só á parte material, as scenas
las, as personagens, os factos e os
cimentos, mas a parte puramente
íal do Theatro — a musica, o dia0 canto, o cinématographe Rio
, por meio de engenhosas combi, apresenta a admiração dos seus
>sos freqüentadores.
evista Paz e Amor, que está em
;ãt> na tela do grande cinemato, recorda, commenta ou reproduz
zimentos da actualidade, caricatuphotograplia as individualidades
m voga, desenrola a fita alacre
«sos costumes, atravez dessa aledsta de entrecho leve è chistoso,
1 de musicas saltitantes, canções
s e diálogos cheios de graça.
De repente, a descoberta de um nôvo
filão: a grossura envolta em aura de inte­
lectualidade, o teatro revista fazendo a crí­
tica de sua própria existência. A estrutura
é a mesma da época áurea da Praça Tira­
dentes, os quadros que se sucedem — algu­
mas vêzes uma historieta paralela — mas
sempre os quadros, a§ plumas, a alegria, o
double-sens. Intelectual, como não?
Pois o nôvo teatro revista surgiu em Ipa­
nema, com* Leila Diniz de porta-estandarte,
uma sensacional porta-estandarte: Tem Ba­
nana na Banda (seguindo a linha de anti­
gos títulos como Tem Bububu no Bobobó...).
O nôvo filão exige uma nova linha de in­
terpretação. Se Virgínia Lane ou Mara Rúbia levavam a sério o que estavarti fazendo,
acreditando nos títulos e nas plumas, as
novas vedetes encontraram na curtição a
sua. (Ou para verbalizar melhor, encontra­
ram na crítica da antiga linha de interpreta­
ção, a sua nova forma de viver o teatro de
revista, de rebolado, de remeleixó).
A Banda da Banana tem-se proliferado
com a rapidez de um coelho. E as adessões
têm sido sempre -excelentes: Aizita Nasci­
mento em Aqui Ó; Marília Pêra em A Vida
Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato; Lígia Diniz em Tem Piranha na La­
goa.
Escrachadas ou Piranhas, a nova linha
consegue o diálogo fácil com a platéia, o
mesmo diálogo estabelecido, ontem, na Pra­
ça Tiradentes. A língua usada, hoje, eviden­
temente, é outra. Afinal, estamos todos nou­
tra, a ousadia tem de ser maior. E, em
têrmos de ousadia, Escrachadas ou Pira­
nhas, Marília, Leila ou Lígia elas estão por
aí dando seu recado. A revista não mor­
reu. Está aí, vivinha. Com uma saúde (co­
m a se dizia antigamente) nunca dantes sus-
A
O MAIOR
SHOW DE PREÇOS
ATUALMENTE EM CARTAZ!
Você ficará empolgado com os Preços
Anões e o,s Prazos Gigantes.
É o maior espetáculo do ano, dirigido
pelo Super-Pinguim e reunindo os
maiores cartazes em Eletrodomésticos,
Móveis, Jóias e Relógios.
Na Avenida Copacabana o espaço foi
pequeno para o público que ia aplaudir
diàriamente o Baratopaca Pacabá.
Tivemos que dar um repeteco
na Rua Siqueira Campos. E outro
ainda na República de Ipanema,
Rua Visconde de Pi rajá. Sempre com
lotação esgotada. Repetindo o delirante
sucesso de todo o Rio, Grande Rio
e Brasilia.
Reserve seu lugar na primeira fila.
Entrada : 5 cruzeiros.
V'i0
Ipanema : Av- Visconde de Pirajá, 616 (Bar 20)
Copacabana : Av. N. S. Copacabana, 735 - Rua Siqueira Campos, 57/59
spot-light
LOLITA MUSICAL
HEDDA BLOOM
Em 1962, o diretor Stanley (Dr. Fantástico
2001) Kubrick filmou o best-seller de Vla­
dimir* Nabokov, Lolita. O filme era discutí­
vel mas a presença de Sue Lyon insofismá­
vel. Agora, na onda de remontagens da
Broadway, Nova Iorque se prepara para as­
sistir em abril, novamente, as aventuras da
moçoila. Só que desta vez em musical com
letras de Alan Jay Lerner. A nova Lolita é
Annette Ferra, de 15 anos, ítalo-americana.
Ela não viu o filme, evidentemente. Mas sabe
de muitas coisas. Filadélfia, que já a está as­
sistindo, que o diga.
Uma antiga atriz shakespeareana com
várias passagens pelo cinema, Claire Bloom
vive Hedda Gabier, de Ibsen, em uma pro­
dução off-Broadway. À maneira de Hamlet,
para os atôres, Hedda Gabier representa um
eterno desafio para as atrizes que elas, do­
cemente constrangidas, sempre aceitam.
Quem não aceita a Hedda de Claire Bloom
é T . E. Kalem, crítico do Time. Êle acha
seu trabalho pobre, triste e coisas que tais,
afirmando ainda que o que se vê no palco
nada tem a ver com a intensidade dramáti­
ca proposta por Ibsen. Temos assim uma
Hedda Bloom. Reprovada.
PRETENDE MUDAR-SE?
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questões
de uma
atriz
Entrevista de EVA WILMA a MACKSEN LUIZ
ra e Luís Gustavo empenha­
ram-se junto com o diretor
Osmar Rodrigues Cruz para
fazer de Putz um espetáculo
comunicativo. Objetivo ple­
namente atingido. O públi­
co de São Paulo há meses
reconhece os resultados do
iongo período de ensaios.
Prestigia e elogia. Eva Wil­
ma está satisfeita. E não é
para menos. Depois de um
ano afastada do teatro, vol­
ta com êxito.
O casal John Herbert—
Eva Wilma projeta a imagem
da felicidade. Famosos, bem
sucedidos, com filhos inte­
ligentes, os dois têm tudo
aquilo que o público iden­
tifica com o sucesso. Eva
Wilma não desmente esta
imagem idílica. É uma mu­
lher que fala pausado, mas
sempre com firmeza e de­
terminação. A independên­
cia (de agir e pensar) ela
conseguiu na prática do
teatro. Mas Eva Wilma sabe
que nem tudo está perfeito
à sua volta.
Para ser conhecida tentou
várias atividades. Primeiro
foi bailarina — uma vocação
precocemente
abandonada
— depois atriz de televisão
— o estágio desinlbidor —
e finalmente atriz de teatro
— a meta final. Até hoje,
Eva Wilma fica um pouco
sem jeito quando se refere
ao seu legendário programa
de televisão, Alô Doçura.
é , segundo Eva, o respon­
sável pela idealização do
público em relação a ela.
Faz questão de dizer que
é uma pessoa cheia de pro­
blemas e contradições e
que tudo que possui, foi al­
cançado com muito esfôrço
e trabalho.
O sucesso não é só seu.
Tem que dividí-lo com o
marido, pois John Herbert
teve a lucidez de fazer-se
produtor de Putz. Se a tudo,
acrescenta-se
um
título,
Ràpazes da Banda, o gran­
de sucesso da temporada
paulista — John é o produ­
tor e Eva assistente de di­
reção — a imagem do ca­
sal vendida pela televisão
parece bem mais próxima
do que Eva Wilma gostaria
de confessar.
Hoje tudo está bem. Ama­
nhã, Eva Wilma não tem
tanta certeza. Como todo o
bom artista, Eva faz profis­
são de fé no presente. No
instante de um ato.
Esfôrço e trabalho, além
de ser uma forma de vida,
é um método de trabalho.
Eva, e mais Juca de Olivei­
GIUSEPPE CORRADI
GRÁFICA E IMPRESSOS
ARTES GRÁFICAS EM GERAL E OFFSET
RUA
LOPES
Q U IN T A S , 2 7 4
JA RDIM B O T Â N IC O - RIO - GB
- TE L. 2 2 6 -1 2 1 4
daçados. Tenho uma vitali­
dade tão grande dentro de
mim, que não acredito em
limitações. Sempre acha-se
um caminho.
EVA WILMA
a lógica
do
êxito
Depois de tanto falar —
já eram mais de duas horas
da madrugada — e do es­
fôrço de horas no teatro,
Eva Wilma não demonstra
nenhum cansaço. Se sente
sono, não mostra. Quase
não comeu. Apenas algu­
mas fôlhas de alface e um
pouco de aipo. Parece sa­
tisfeita. Está mais interes­
sada em comunicar-se.
Num
ambiente
publico
como é o de urn restauran­
te, Eva Wilma parece se
sentir muito à vontade. Es­
quece a inibição inicial e
fala sem parar. Se alguém
a contradiz, ouve atentamen­
te, pondera, e mantém sua
opinião. Prova com isto que
está certa do que faz. Como
quando foi assistente de di­
reção de Maurice Vaneau
em Os Rapazes da Banda.
Nesta experiência, viu como
se faz teatro, de outro lado.
O lado da produção/cria­
ção, hoje muito importunado
pela Censura.
— O casal Herbert está
numa fase excepcional. Nos­
sos espetáculos estão sem­
pre lotados. Estou satisfei­
tíssima com o meu traba­
lho em Putz. Mas estas coi­
sas de sucesso e êxito fi­
nanceiro não modificam na­
da nossa vida. Eu continuo
muito complicada. As mi­
nhas vitórias são conquista­
das no sôco, dia-a-dia. Vivo
colocando em xeque tôda
minha estrutura emocional,
tôda minha vida. Aprendi
que a gente se modifica diaa-dia.
— Havendo qualidade ar­
tística, uma base intelectual
concreta e não existindo a
agressão pela agressão, a
Censura permite que tudo
seja apresentado. Os Rapa­
zes da Banda, um texto que
havia sido proibido antes,
foi transformado em um bom
espetáculo. Isto prova que
há possibilidade de dizer as
coisas. Não estamos amor-
— Em teatro também se
aprende todo o dia. Agora
estou fazendo uma expe­
riência
com
psicodrama,
uma forma de revelar a mim
mesma, certas partes ocul­
tas de minha personalidade.
►
S.PAULO - R I O
C A LÇ A D O S
EVA WILMA
o calor da conversa
Um exaustivo trabalho para
Eva em Blackout
No verão, em São Paulo
faz tanto calor quanto no
Rio. E foi numa noite des­
sas, depois de Putz que Eva
Wilma deu a entrevista.
Junto do marido e dos fi­
lhos, em um pequeno res­
taurante,
beliscando
uma
saláda, foi logo dizendo:
— Depois de tantos anos
ainda sinto-me assim em re­
lação a entrevistas. A pala­
vra não é meu forte. Sei
que êste mêdo de dar en­
trevistas é uma Infantilidade,
mas acho que o Importante
é o que se faz, não o que
se fala. Gosto que cada um
me reconheça através dos
meus. personagens.
Que
saiba que existe em mim um
pouco de Alô Doçura e de
trágicos gregos. Não gosto
de ser conhecida por rótu­
los. E as entrevistas sempre
rotulam.
Putz é uma peça^americana, de Murray Schisgal, en­
tre a vanguarda e o experi­
mental'. Exige de Eva um
enorme esfôrço físico e
emocional.
— Trabalho em novela de
televisão o que me toma 3
a 4 dias por semana. Pre­
ciso da televisão, econômi­
ca
e
promocionalmente.
Mas Putz é uma tentativa de
mudar êste panorama. A
convivência de dois meses
(os ensaios) com o Osmar
foi fundamental na tentativa
de me conhecer. Os en­
saios eram quentes.
Os
atôres discutiam acalorada­
mente até os menores de­
talhes dos personagens. O
Osmar, da platéia, assistia
sem dizer uma palavra. Êle
nos deixava liberar o Incons­
ciente em relação aos per­
sonagens. Através de sua
síntese, chegávamos sempre
ao tom procurado.
É difícil reconhecer Eva
Wilma dizendo tôdas estas
coisas. Sua aparência —
também fora do palco — ó
de uma mulher com outras
preocupações. Não parece
(e nem tem pôse de) atriz.
E de certa forma sua vida
cotidiana o confirma. Gos­
ta de estar em casa, com
ps filhos. Só lastima não
ter mais tempo para estydar e se aperfeiçoar.
— O ideal seria estudar,
três a quatro horas por dia,
técnica teatral. Mas nas
condições de vida do ator
brasileiro, Isto ainda ó uma
utopia.
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B eb er u m a S k o l . . .
N a tu r a lm e n te .
SKOL
International B E E R
Eva Wilma estudou sèriamente ballet
clássico. Foi uma das bailarinas do conjun­
to Ballet do IV Centenário. Os estudos du­
ros criaram o hábito da disciplina e da obri­
gação. Requisitos básicos a uma boa atriz.
— Decidir ser atriz foi a primeira gran­
de opção da minha vida. E o responsável
por esta decisão foi o John, na época ape­
nas um bom amigo. Estudei muito tempo
ballet com Maria Olenova. Viajei pelo Bra­
sil de ponta a ponta. Assim fui ganhando
cancha de palco e de platéia. O ballet é
uma forma de expressão artística que me
interessa. Mas os problemas de subsistên­
cia fizeram com que o abandonasse. No
Brasil, são poucos os que conseguem fazer
carreira nesta arte.
— Aprendi, com o ballet, no entanto, que
linha alguma coisa para dar. Descobri
também que todo o artista tem algo de exi^
bicionista, por sua necessidade vital de se
expressar.
Tôda bailarina quando é solicitada a di­
zer um texto, quase sempre o faz sem in­
flexão. Sua linguagem é a do corpo. Eva
Wilma é a exceção que confirma a regra.
Solicitada a falar — a primeira experiência
foi no cinema — saiu-se muito bem. Daí por
diante o ballet ficou como uma amável lem­
brança .
— O teatro é eterno. Isto se torna mais
visível quanto mais avança a ciência e a
tecnologia. O teatro terá sempre importân­
cia por afirmar, cada vez mais, os valôres
humanos. A tecnologia esteriliza o ser hu­
mano. O teatro enfatiza.
*4- f* i r. n> 465
Semper idem.
* épi****fe emtodoi M
í 0 íwçritito f e g i t j/t
desde S#*S Ï
Dizendo que não acredita mais em tea­
tro de agressão, Eva Wilma se difine por um
tipo de comunicação. A dos sentimentos.
— O período da agressão já passou.
Não vejo mais sentido em incomodar agres­
sivamente a platéia. A função do teatro é
acrescentar e possibilitar modificações.
Nunca demolir. Teatro para mim é cabeça e
sensibilidade. A agressão só tem sentido
num país como os Estados Unidos, onde o
teatro já ultrapassou a fase profissional.
Aquêles que não querem ou não podem par­
ticipar do teatro profissionalizado e estabe­
lecido, podem (e devem) escolher o teatro
de experiência, dirigido a um público de
cucas avançadas e eminhocádas. No Brasil,
em que o nível de profissionalização ainda é
baixo, está se tentando queimar etapas mui­
to ràpidamente.
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com bastante gêlo
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Tônica, Soda, Guaraná ou M ate
e . . . sinta a qualidade de
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UNDERBERG Rende mais
em-foco
•
Jane Fonda, inteiramente dedicada ao proces­
so do protesto americano, anunciou a formação de
um grupo de atôres que participarão em shows de
entretenimento para as tropas americanas sediadas no
exterior. Os espetáculos de Jane Fonda serão, no
entanto, muito diferentes dos de Bob Hope: nada de
simples divertimento, mas espetáculos contra a guer­
ra. Já aderiram à sua idéia: Eliott Gould, Donald Su­
therland. Mash em ação.
•
Amir Haddad estudando novos projetos para
a Comunidade. Molière, o autor, à vista.
•
Luiz Armando Queiroz deverá co-produzir com
Sérgio Brito uma peça de Ghederold a ser apresen­
tada no Teatro Senac no segundo semestre dêste ano.
•
Mick Jagger, o líder dos Rolling Stones,
foi visto no cinema, como ator, em A Fôrca Será
Herança deverá ter um outro filme lançado ainda
ano no Brasil: o controvertido Performance que
receberá o batismo de O Grande Desempenho.
que
Tua
êste
aqui
•
Roland Petit pensando em formar uma nova
companhia de ballet fora de Paris. Petit está demissio­
nário do Ralais Garnier.
•
Maria Teresa Medina e Norma Bengel são as
principais intérpretes de Casa Assassinada filme que
Paulo César Saraceni está realizando em Valença, ba­
seado no livro de Lúcio Cardoso, A Crônica da Casa
Assassinada.
•
A MGM está desenvolvendo a linha de Fes­
tivais de seus antigos sucessos. Depois do Festival
de Gangsters, deverá surgir o de Tarzã, na excelente
série protagonizada por Johnny Weissmuller. Êste Fes­
tival está atualmente em cartaz, com grande sucesso,
em Paris.
•
Giraudoux em evidência: a remontagem de
sua peça La Guerre de Troie foi muito bem recebida
pela crítica francesa; enquanto isto o Le Figaro Litté­
raire lhe dedica várias páginas, transformando-o err
assunto de capa.
■
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“THE BOYS IN THE BAND”
ESTREOU EM 28 DE ABRIL
DE 1968 NO THEATRE FOUR
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DE NEW YORK
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de MART CROWLEY
em trad, de MILLÕR FERNANDES
DIREÇÃO DE MAURICE VAN EAU
cenário de CYRO DEL NERO
decoração de CARMÉLIO CRUZ
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assistente de direção*e produção
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personagens por ordem
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BENEDITO CORSI
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BENE SILVA
JOHN HERBERT
PAULO ADÁRIO
PAULO CÉSAR PEREIO
iluminação de MANOEL RIBEIRO
direção de cena de DOMINGOS BATISTA
eletricista — CÉSAR DOUGLAS
guarda-roupa — ELEUSA
OS ARTISTAS DESTA PEÇA BEBEM SKOL
REX REED
“ Pode-se chamar de rompimento
de barreiras. Durante anos, peças so­
fare homosexualismo tem tido mêdo
de suas próprias sombras. Desde os
dias de HELEN MENKEN — BASIL
RATHBONE com a longínquo “ THE
CAPTIVE” (um verdadeiro choque
nos anos de 1920) passando por
“ THE KILLING OF SISTER GEORGE”
e “ STAIRCASE” , a maioria das peças
deste tipo evitaram bàsicamente a
verdadeira natureza do assunto. E os
homosexuals sempre pagaram pelos
seus pecados no palco. “ The Boys
in the Band” mudou tudo isto. Os ga­
rotos da banda de Mart Crowley são
sêres humanos, e, como sêres huma­
nos, êles se divertem também. Êles
não se suicidam, nem querem casar
e nem passam o resto da vida tortu­
rados pela consciência. A única ma­
neira dêles “ pagarem” é saber quem
êles são, e então êles vão para casa
de ressaca e começam tudo de novo
no dia seguinte. Como a vida” .
CLIVE BARNES
(The New York Times)
“ A fôrça da peça que eu ví, em
uma de suas apresentações para a
imprensa, reside na maneira pela
qual ela descasca sem remorsos, as
pretensões de seus personagens e
revela um pessimismo tão descompromissado em sua honestidade que
se transforma em si mesmo numa
afirmação de vida” .
“ A semelhança entre “ Virgínia
W oolf” de Edward Albee e “ The Boys
in the Band” é impressionante. Am­
bas tratam da quebra das pretensões,
com a aceitação da realidade. Ambas
as peças conseguem o seu objetivo,
usando o lança-chamas de um humor
cruel e excoriante. As vítimas são
queimadas vivas, e mesmo os perse­
guidores são vítimas.
WALTER KERR
— Todos os homens sentem dôr
e a maioria negocia com ela através
do chôro. Chorar lhes proporciona
crédito para a dôr, e ajuda a aliviála. Os homosexuals de “ The Boys in
the Band” de Mart Crowley não pe­
dem crédito e — com um a única excessão clim ática, (dramática) — não
choram. Êles tratam da dôr através
do riso penetrante, ostensivo, selva­
gem. Como podem êles se considerar
figuras trágicas, quando suas pró­
prias agonias lhes parecem triviais?
Mas — e esta é o contexto de uma
peça teatral muito boa e muito engra­
çada — agonias triviais, agonias ab­
surdas, agonias que não podem ser
concebidas como tais, mas eterna­
mente maneradas como brincadeiras
podem ser as mais contundentes.
THE THEATER
— No teatro, como nas socieda­
des urbanas de nossos dias, os ho­
mosexuals abandonaram a invisibili­
dade e a discreção. Para melhor ou
pior, o homosexualismo e a sua subcultura são aceitos como temas dra­
máticos, para serem tratados com a
mesma franqueza das relações hete­
rosexuals. Provàvelmente o exemplo
mais contundente desta nova tendên­
cia é “ THE BOYS IN THE BAND” .
Nem paternalizando, nem fazendo
proselitismo, ela friam ente encara o
meio ambiente homosexual como tal.
É também uma peça m uito engraça­
da, triste e honesta sôbre um grupo
de sêres humanos, desnorteados e
confusos, que acontece serem “ in­
vertidos” .
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Das peças abaixo relacionadas,
enumere as que foram escritas
por Molière.
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a)
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c)
d)
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f)
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j)
HORIZONTAIS - r 1) Um alemão chamado
Bertolt. 4) Um Ronaldo sem fim. 8) Um re­
gime para emagrecer ou engordar. 9) Um
norte-americano chamados W elles. 10) Um
transporte que só anda no seu caminho.
VERTICAIS — 1) A mais famosa Brigitte. 2)
O mais ilustre da família Hemingway. 3) O
Teatro de Estudantes de Diamantina. 5) Um
curso d’âgua correndo do mar para a motanha. . . 6) Um profissional de teatro. 7)
Uma Virgínia brasileira que já foi gloriosa
no musical e no cinema.
Escola de Mulheres
Senhorita Júlia
O Avarento
O Burguês Fidalgo
Casa de Bonecas
O Marido Confundido
Uma Certa Cabana
O Barbeiro de Sevilha
Don Juan
Tartufo
2
Qual o nome civil de Molière?
a) Jean-Marie Garret
b) Jean-Baptiste Poquelin
c) Jean-Baptiste Sganardlle
►
JAMES BOND NA INDÚSTRIA
Especialista em armas secretas e civilizações
desaparecidas, Jacques Bergier — co-autor de
O DESPERTAR DOS MÁGICOS — ingressa no
mundo dos negócios com um livro de fazer in­
veja a James Bond: A NOVA ALMA DO NEGÓ­
CIO mostra em uma linguagem franca como os
americanos roubam os russos que roubam os
franceses que roubam os japonêses que roubam
os americanos que. . . estão roubando você.
teste
Molière
Relacione êstes personagens de Mo­
lière com as peças a que pertencem.
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e)
Monsieur Jourdain
Harpagon
George Dandln
Orgon
Arnolphe
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O Marido Confundido
Escola de Mulheres
Tartufo
O Burguês Fidalgo
O Avarento
ARMARIO
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b ô la d o ”
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1 : a — c — d — f — i —- I
2: b
3: a—d; b—e; o—a; d— c; e4: c
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Solução para o problema de palavras
cruzadas publicado em Programa em Revista
n? 12.
Mesmo que não tenha conseguido che­
gar à solução completa do problema de pa­
lavras cruzadas publicado neste número, en­
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de Rivoyre
DIÁRIO DE UM ASSASSINO, de Roger
Villard
VENDE-SE UM PRESIDENTE, de Joe
McGinnis
Entre os leitores que nos enviaram solu­
ções para os testes anteriores foram sortea­
dos:
Dalva Maria de Azevedo, Rio, GB
Carlos Alberto de Faria, São Paulo, SP
Pedro Henrique Geisel, Pôrto Alegre, RS
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David Aguilar, Belo Horizonte, MG
João Vianna da Silva Lima, Rio, GB
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Pense bem. Pergunte pelo
| I
futuro. Hoje. Em qualquer
loja de cine-fcto.
PERFIL
renato aurélio pedrosa
Nas redações dos jornais
não há quem não o conhe­
ça. Renato Aurélio Pedrosa
quando tem alguma peça
em cartaz está, semanal­
mente, nos jornais, levando
um texto ou uma foto para
divulgação.
Produtor que
conseguiu
manter Chá
e
Simpatia
em
cartaz
por
mais de um ano, que Inau­
gurou, com A Dama do Ca­
marote, o obscuro Teatro
Fonte
da Saudade,
que,
sempre que pode, lança um
nome nôvo em suas produ­
ções (Beatriz Lira em Luz
de Gás, Regina Rodrigues,
Mário
Jorge e
Francisco
Hozanan, em Chá e Simpa­
tia, Hildegard Angel, Otacílio Coutinho e Mauro Gon­
çalves em A Dama do Ca­
marote. nãn despreza ne­
nhum meio de comunica­
ção.
Utiliza todos,
preo­
cupado sempre que seus
espetáculos sejam sucessos.
Renato fêz-se produtor há
apenas dois anos. Antes diz
que “era apenas amigo de
Dulcina e Odilon. Ia diàriamente ao teatro buscálos. Não tinha nenhuma in­
tenção
de fazer
teatro.
Gostava apenas de saber
das novidades” . Foi admi­
nistrador
do
Teatro
da
Malson
de France
onde,
confessa,
aprendeu
multo
dos macetes de produção.
O
primeiro
espetáculo
produzido
por Renato foi
Vento Nos Ramos de Sassafrés. de René de Obaldia.
Segulu-se a fase policial:
Luz de Gás e Chantagem.
Até que se deu o encontro
com Amir Haddad (Chá e
A Dama).
— O Amlr realiza aqui­
lo que eu gostaria de fazer
se fôsse diretor. A êle de­
vo as 200 representações de
Chá e Simpatia e as quase
300 de A Dama do Cama­
rote.
Mas
Renato não quer
apenas o público tradicional
do Rio. Por isso viaja sem­
pre
—
Minas,
Brasília,
Goiânia, Espírito Santo e
até Amazonas. Vai sempre
onde sabe estar o público.
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êles se
vendem
aos milhões
WILSON CUNHA
“Muitos são os chamados poucos os eleitos”: o ditado, repetido à exaus­
tão, mais uma vez se aplica aqui. Com um extraordinário movimento edito­
rial, os Estados Unidos têm alguns nomes que vendem milhares de exem­
plares lá, espalhando-se ràpidamente pelo resto do mundo. É só pegar a lis­
ta de best-sellers: do Time ao L’Express e Jornal do Brasil existirá, normal­
mente, um (ou mais) título comum. Não são todos, porém, os que chegam
até lá. O êxito, algumas vêzes é fulminante — como no caso de Naked
Came the Stranger — mas, quase sempre, está alicerçado em um longo
trabalho. Aqui estão alguns dos atuais escritores americanos que, como
Norman Mailer disse um dia, podem ser considerados os filhos da Deusa. ►
OS
tiros
de
mailer
Um jornalista pernóstico
um romancista emproado: a
crítica nem sempre aceita a
caustícidade
de
Norman
Mailer tranqüilamente. Como
a maioria de seus colegas
escritores
(ou jornalistas)
Mailer costuma meter o dedão nas chagas americanas.
De romances (como Um
Sonho Americano) aos en­
saios (como os enfechados
em Canibais e Cristãos) em
suas coberturas sôbre a
Convenção Democrata ou
Viagens à Lua, Mailer apro­
veita tôdas ás oportunida­
des para remexer os Esta­
dos Unidos.
Um homem inquieto tem
se metido em tudo, da po­
lítica ao cinema. E suas
opiniões são, sempre, muito
definidas. Nos “refúgios da
lua” começa e termina Um
Sonho Americano. A lua.
metáfora e realidade
êle define assim:
que
( . . . ) É o campo gravita­
tional da lua, dizem-nos,
que produz as ondas, a
mesma lua que Incita a in­
sanidade
de
todos
nós
quando está cheia, pois a
lua é a mãe da dor e das
pprdas (assim diz a ciência,
é uma metáfora certificada)
e quando as perdas forem
muito grandes, e os cho­
ques amortecerem o que
era melhor, então a lua agi-ta as ondas de loucura. E
as ondas passam através
dos apáticos e erguemnos, como as cortiças se
erguem na crista da onda,
e os selváticos cavaleiros da
onda aceleram, as motoci­
cletas galopam na noite.
Um povo amortecido pela
interrupção enlouquece. A
lua ajuda. (In Canibais e
Cristãos).
O amortecimento america­
no está entre as suas múl­
tiplas preocupações e críti­
cas à sociedade americana.
Entre estas, a pornografia,
a sensualidade americana.
Mailer diz:
— O estímulo para a por­
nografia é que poucas pes­
soas no país reálmente des­
cobrem o amor. Como não
o encontram, a única ma­
neira pela qual podem co­
meçar a reencontrar a tri­
lha é procurando alguma
excitação. ( . . . ) A porno­
grafia, pelo menos, carregalhes as baterias, e elas re­
começam a sua busca e no­
vamente fracassam. ( . . . )
O amor é um assunto imen­
samente complexo e não
estamos
preparados
para
êle,
absolutamente,
neste
país.
►
LINCE
FRITZ DOBBERT,
O ÚNICO AMIGO
QUEVOCÊ
PODE COMPRAR.
Um amigo com quem você
poderá contar sempre.
A hora que você quiser.
Êle vai trazer até você a companhia
de um Bach, de um Beethoven,
ou de um Jobim, de um Oscar Peterson.
Quem você p re fe rir. E com aquela
fidelidade que você só encontra nos
amigos perfeitos.
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de um F ritz Dobbert.
FRITZDOBBERT
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Considerado o maior es­
critor negro dos Estados
Unidos, James Baldwin é
um dos autores americanos
contemporâneos mais connecidos no Brasil. Seus li­
vros, Giovanni e Numa Ter­
ra Estranha têm alcançado
várias edições e mesmo Da
Próxima Vez, O Fôgo (bro­
chura planfetária) teve um
bom índice de venda.
Giovanni, no Brasil como
no mundo, abriu o caminho
para um contato mais am­
plo de seu autor com o pú­
blico. Ao lado de suas Ine­
gáveis qualidades literárias,
Giovanni trata de um assun­
to (homossexualismo) que
é, sempre um foco de preo­
cupações — uma preocupa­
ção de amplas conotações,
o mesmo ocorrendo com
Numa Terra Estranha.
Mas, nem só de homossexuallsmo
vive
Baldwin.
Livros como Da Próxima
Vez,
o
Fôgo,
Nobody
Knows My Name ou Um
Homem à Minha Espera (ti­
tulo em português engano­
so para Going To Meet The
Man, em que Baldwin, aci­
ma de tudo, exorciza sua
formação religiosa) trazem,
suas posições sôbre o pro­
blema do negro na Améri­
ca, o homem no mundo.
O radicalismo do proces­
so do Poder Negro america­
no, hoje, coloca as idéias
de Baldwin sôbre o proble­
ma
(como acontece,
por
exemplo, com Gordon Parks
conhecido do público bra­
sileiro através de Escolho
Minhas Armas) em um pla­
no puramente idealista, o
ideal da gradação, uma for­
ma de não violência.
Idealismo,
no
entanto,
que não o impede de criticar os degraus percorridos
por outros negros em bus­
ca de seu status social na
estrutura branca. O Poder
da Glória (pobreza de títu­
lo brasileiro para Tell Me
How
Long
The
Train’s
Been Gone) seu último li­
vro lançado aqui, mostra es­
ta trajetória, um ator negro
que se lança na desespera­
da busca de transformar-se
em
um super-negro;
não
foi por coincidência que
muitos críticos viram, nes­
te relato, um grande para­
lelo com a vida de Sidney
Poitier.
Um best-setler, Baldwin
continua
a escrever,
tem
vários planos. O idealismo
político,
neste caso,
não
chega a esmagar o poder
literário.
►
Nada como um
copo de cerveja
SKOL
depois
do outro.,
depois
do outro .
Q ual o seu program a
d ep ois do tea tro ?
B eber u m a S k o l . . .
N a tu r a lm e n te .
SKOL
International B E E R
Gore Vidal
The explosive
#1 bestseller
* " /* * /« • •
“BEST-SELLERS"
as licões
de vidal
O êxlto de Kazan em livro
Um dos melhores exem­
plos do intelectual americano
— êle é ao mesmo tempo
um excelente autor, roteiris­
ta cinematográfico, cáustico
crítico da sociedade ameri­
cana, um comentarista polí­
tico polêmico — Gore Vidai
é multo pouco conhecido <no
Brasil. Apenas agora um de
seus livros foi (mal) lançado
aqui, o terrivelmente belo
Myra Breckinridge enquanto
The City and The Pillar (A
Longa Espera do Passado)
deverá ser lançado em bre-
Lançado em 1948, The
City and The Pillar escanda­
lizou a sociedade america­
na: Gore Vidai falava sem
metáforas da vida de um
rapaz
homossexual,
suas
andanças e paixões, descre­
vendo ao mesmo tempo um
quadro nada fantasioso de
Hollywood. Escândalo maior,
no entanto, êle iria alcan­
çar ao escrever Myra Bre­
ckinridge .
Seus livros têm aborda­
do os mais diversos assun­
tos, contados as mais di­
versas histórias. Contista,
A Thirsty Evil apresenta al­
guns dos momentos mais
Inspirados de sua literatura;
prhocupado com a política
narra, em Bright Red, Dark
Green, as vicissitudes de
um ditador sul-americano,
um estudo cáustico das
transformações revolucioná­
rias, da consciência revolu­
cionária de generais e seus
comandados, do despreparo
Intelectual, político e moral
para
assumir o govêrno.
Ficção política de terrível
veracidade.
Tendo participado da guer­
ra, Gore Vidai conta em
Williwaw e In a Yellow
Wood os problemas de um
jovem na guerra, as dificul­
dades de aclimatação na
vida normal.
Democrata de esquerda
suas polêmicas políticas e
morais conseguem, sempre,
aterrorizar os já aterrados
americanos da maioria si­
lenciosa. A partir do suces­
so de Myra Breckinridge e
do lançamento de A Longa
Espera do Passado, Vidai
deverá chegar com mais as­
siduidade ao público brasi­
leiro.
mtros
ilnos da
leusa
Erich Segal, Love Story,
Mario Puzzo, O Chefão; Jim­
my Breslin, The Gang That
Couldn't Shoot Straight (a
ser lançado em breve no
Brasil), Susan Sontag, Mor­
te em Questão; Viagem à
Hanoi: entre a simplicidade
e a complexidade, a litera­
tura americana contemporâ­
nea absorve as mais varia­
das Influências.
Um país com um impor­
tante campo editorial, revis­
tas Importantes (Playboy, a
Esquire ou New Yorker) pu­
blicando contos (muitos dos
quais são, posteriormente,
transformados em romances),
a renovação literária dos
Estados Unidos é uma rea­
lidade que nos chega com
uma freqüência cada vez
maior.
Da mixórdia surge urna
vitalidade, uma ampla visão
de todos os problemas, ân­
sias e dúvidas do homem.
A ingenuidade não deixa de
ser uma de suas compo­
nentes e, por Isso mesmo,
Charles Webb (A Primeira
Noite de um Homem) ou o
Philip Roth de Goodbye
Columbus conseguem gran­
de sucesso.
O erotismo continua uma
grande fonte. A colocação
de Norman Mailer é p e rfe i­
ta, não apenas nos Estados
Unidos, e, por isso, O Com­
plexo de Portnoy de PhilipRoth, Casais Trocados, de
John Updíke ou Myra Bre­
ckinridge) conseguem os ín­
dices de best-seller nacio­
nais. Vez por outra, desa­
bafos pessoais que interes­
sam a todos como é o caso
de Elia Kazan quer em Amé­
rica, América ou The Arran­
gement.
A
literatura
americana,
viva, tem seus filhos da
Deusa. Como o céu é mul­
to grande, sempre sobra
uma fatia para os Harold
Robbins, Arthur Hayley ou
Jacquèline Susan.
■
Muitos
não
conseguem
aqui o sucesso que mere­
ciam, caso de uma Mar­
jorie Kellog (Juníe Moon)
ou James Purdy (Os Crimes
de Cabot Wrlght) — ambos,
por sinal, encontrávels nas
liquidações da Entrelivros
— outros furando o bloqueio
da
desinformação
como
Maryx McCarthy ou Carson
McCullers.
Um dos grandes filões da
literatura
americana
está,
sem dúvida, com os auto­
res de origem judaica um
Saul Bellow, Malamud, Elie
Wiesel, como o próprio Nor­
man Mailer.
Philip Roth
la vida es sueno
suena el rey que es rey, y vive
CALDERON DE LA BARCA
corn este engano mandando,
disponiendo y gobemando;
y este aplauso que recibe
prestado, en el viento escribe;
y en cenizas le convierte
la muerte (desdicha fuerte!):
qué hay quien intente reinar,
viendo que há de dispertar
en el sueno de la muerte?
suefta el rico en su riqueza,
que más cuidados le ofrece;
suena el pobre que padece
su miseria y su pobreza;
sueria el que a medrar empieza,
suena el que afana y pretende,
sueria el que agravia y ofende,
y en el mundo, en conclusiôn,
todos suenan lo que son,
aunque ninguno lo entiende.
yo sueno que estoy aqui
destas prisones cargado,
y soné que en otro estado
más lisonjero, me vi.
que és la vida? un frenesi;
que és la vida?, una ilusion,
una sombra, una fición,
r
y el mayor bien es pequeno;
que toda la vida es suôno,
los suenos, suenos son.
Flaman
a ch^
acende
doamor,
alegria viver
com liberdade e beleza
Muito temperamento. Arran­
ca resoluto, desenvolve com
firm eza. Preciso nas curvas,
audacioso nas retas.
Repare seu nôvo e arrojado
estilo. Veja a beleza da nova
grade com faróis emoldurados.
Dentro um apurado
acabamento
acentua o v E B k S i
conforto.
É um C hevrolet Opala De
Luxo.
E êle tem refinamentos me­
cânicos também: pedais maio­
res, freios mais potentes.
Opções? Há muitas à sua es­
colha: dos motores às côres.
Venha ver os requintes do
K n p O p a la De Luxo 1971,
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Id e Qualidade
■ B H P C h e v r o le t.

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