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TEATRO CACILDA BECKER pro gram a em re v i a leitura favorita do público de teatro DISTRIBUIÇÃO GRATUITA de Mi traduç direçá cenár Sabore Escócia as maravilhas da n Aqui esta seu 'assport. Gastamos muito tempo e dinheiro para trazer Passport a você. Queríamos que você tivesse mais que um scotch. Passport é a própria Escócia. É lá, às margens do rio Spey que temos uma das mais respeitadas e experientes destilarias da Escócia. Ao seu lado temos outra: a mais moderna destilaria da região. Por isso, conseguimos o que queríamos. Um scotch leve mas, com um sabor audacioso, marcantemente escocês. Passport é a nossa maneira de trazer a Escócia até você. William Longmore 8c Company Limited. Keith, Scotland. program a em re v is ta * Ano II — de 15 de março a 15 de abril — ^3 (J IX J \3 IA X x 1a 3 J J L L O N9 13 “Programa em Revista, a primorosa publicação dessa emprêsa, constitui, inegàvelmente, o melhor documen tário da atualidade teatral no Rio de Janeiro e São Paulo. Consideramos da maior importância a sua in clusão no acêrvo do Museu do Serviço Nacional de T eatro . . . ” Quem nos escreve nestes têrmos é o sr. Felinto Rodrigues Netto, diretor do Serviço Nacional de Teatro. Ficamos sensibilizados com o reconheci mento de nosso esforço e muito honrados de integrar mos o patrimônio documental daquele Museu. p* REVISTA NA PRAÇA Um gênero de espetáculo re 8 9 16 SPOT LIGHT EVA WILMA EM FOCO encontra vida. Oente que está em foco. Uma atriz que tem o que dizer. Gente que faz notícia. 19 TESTE 23 PERFIL 24 32 BEST SELLERS LA VIDA ES SUEfiO 2 Eva Wilma Palavras cruzadas, livros e questões sôbre Molière. Renato Pedrosa, um nôvo pro dutor de sucessos. Estréias do mundo das letras. Um precioso fragmento de Calderón de Ia Barca. MARCOPISO - A BELEZA ETERNA DO MÁRMORE EM PISOS nllcVlCOlKlU Rio: R. S. José, 7 8 /8 0 São Paulo: Av. Rio Branco, 738 Loja 1 Campos: Pça. S. Salvador, 5 0 Belo Horizonte: Av. Paraná, 187 V itória: R. General Osório, 109 Niterói: R. da Conceição, 125 herald 28058 Revista de Ano — elas eqüivaliam a um irreve rente almanaque anual: sem luxo, faziam a carica tura do ocorrido e diver tiam a platéia. Depois, dei xaram de ser de ano pa ra extender-se por tempo radas normais. Era a épo ca pioneira, de um Paschoal Segreto seguido por Luiz Iglesias, Jardel Jercolis. O tempo lhe deu o fausto, parisiense, e Carlos Machado ou Wal ter Pinto encheram o pal co de muitas plumas. De pois o silêncio. Nem Car los Machado ou Walter Pinto, nem Virgínia Lane ou Mara Rúbia. Até que em um pequeno teatro em Ipanema, Leila Diniz gri tou mais alto: Tem Bana na na Banda. A revista re nascia, revestida, travestida, a crítica sempre que possível aos fatos aconte cidos e, como não possí vel, ao passado da pró pria revista. Como acon tece em A Vida Escracha da de Joana Martini e Ba by Stompanato ou Tem Piranha na Lagoa. Mercedes Villa foi uma das estréias de Paz e Amor, um grande sucesso no velho Cinema Rio Branco. A revista encontra hoje seu caminho de volta ao cartaz. tem revista na praca CINEM A RIO BRANCO *0—ftOA VISCONDE DO M O ISKANCO *2 Km preza W IL L IA M * C. rtegencia d > m , entro COSTA JUNIOR H OJK-Primeir aexhihição-JEZOJ~E da njonutrjentcrf re vista de costunjes e a c tu a lid a d e s de A N T O N IO S IM P L E S & C- PAZ E AMOR m u s ic a d o m a k s t r o c o s t a j u n io r tornam parte ne notevels artietaa : («mejjia Mattens, Am ira Palies Ler. Mercedes Villa, M a ria da Piedade Laura I,ytz Raptos. Cataldl, Santuccf. Georgl«», Asdrubal, Rosalvo ’ e mais artlsw# da troupe Cronista do Rio d’antanho, Jota Efegê re gistra: “Nos seus dois ou três atos, não ha via na revista de ano a preocupação de montagem faustosa, de alegorias féericas (embora algumas vêzes as peças tivessem essa característica). Os que escreviam seu roteiro, a sua literatura e indicavam o seu desenvolvimento tinham como principal es copo a glosa dos fatos, a caricatura do acontecido” É ainda Jota Efegê quem nota: “O humorismo, a charge eram a marca do espe táculo ao qual se juntava o quanto possível de malícia, do double-sens. Com isso, pro vocando do espectador gostosas risadas, gargalhadas contínuas, ou autores atingiam seus objetivos: rir, rir, sem parar” Mais tarde, deixando a revista de ser de ano, ela atingiu o estágio de temporadas normais. E, no antigo Recreio (já demolido), Carlos Gomes ou São José havia sempre em cartaz uma revista após outra. A Praça Tiradentes vivia seus dias de glória. Dias e anos, a Praça Tiradentes conhe ceu o desenvolvimento do Teatro Revista. Aos nomes de Carlos Bittencourt, Luiz Pei xoto, Cardoso de Menezes vieram juntar-se outros como Paschoal Segreto, Jardel Jércolis, Luiz Iglesias, Freire Júnior. E a Praça Tiradentes via, noite após noite, seus teartos cheios. Seguindo o traço de influência de Por tugal sôbre o teatro brasileiro, a revista, moldada no feitio português, foi aos poucos sendo influenciada pelas féeries de Paris. As vedetes passam então a apresentar-se tão nuas quanto permite a censura; as re vistas transformam-se em espetáculos de atração visual. Era a vez e hora de cenaeristas, costureiros, a arquitetura cênica sen do levantada tão alto (quanto possível) as estruturas do Follies Bergères ou Lido de Paris, evidentemente. Cascatas, cachoeiras, ter Pinto apresentava o segundo os critérios da em que Virgínia Lane Brasil” . o Recreio de Wal melhor possível — época — a época era a “vedete do TEATRO REVISTA a grossura c  e a d e m ia Œdeza^ P d jt jc lm m jc l Da Praça Tiradentes ao estúdio da TV-Tupi, Virgínia Lane manteve o título e o ritmo durante muito tempo: Espetáculos Tonelux ela gritava com uma inflexão tôda es pecial. Mas, de vedete a Coelhinho da Casa Valentim a coisa já não ia tão bem. tratamento completo banho de parafina banho de sauna e vapor consulta médica ginástica - limpeza de pelemanicure-massagem - yoga d ir t ç ã o de a id M < V de RUA PRUDENTE DE MORAIS,619 tel. 227-9109 - IPANEMA - RIO fábrica de calçados e bolsas deAlta Categoria vendas avarejo ZONA SUL R. Figueiredo Magalhães, 286 - 5.° And. Rua Visconde de Pira já, 318 s/Loja 202 ZONA N O R TE Rua General Rocca, 913 - Sala 211/12 Rua Dias da Cruz, 127 - Sala 302/3 Rua Pereira Lopes, 17 São djversas as causas para o fim do ciclo de ouro do teatro revista — a que tôdas as famílias acorriam — para o ciclo meio marginal a que á própria Praça Tira dentes está hoje relegada. As causas devem sér procuradas na dificuldade econômica de manter-se o padrão, certamente, mas esta rão também ligadas à mudança de compor tamento social, transformação por exemplo, que no cinema matou a galinha dos ovos de ouro da chanchada. A marginalidade da revista — afastada as famílias respeitáveis — fêz com que o gênero tentasse uma aproximação com um público menos exigente moral ou estèticamente. O strip-tease ganha disparado de qualquer outra atração. As montagens são pobres, os atôres se mantêm como podem. Uma situação atual. Colé, um dos grandes nomes da Praça Tiradentes tem, reiteradas vêzes, dbclarado que não é mais possívef manter o gênero na Praça: as dificuldades econômicas são imensas e mínimas as pos sibilidades de sobrevivência. A grossura, como saída, não satisfaz mais. O Grilo na Cuca é gerai. ► Ponha f t sua pressa dexhegar num trîiato Boeing 7 2 7 ^ - 2 daVarig ' e chegue antes Vá a Pôrto Alegre, São Paulo, Rio, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife, Natal, Fortaleza. Brasília e Manáus, nos Trijatos Boeing 727 Mas faça questão da experiência - v á pela VA.R IG TEATRO REVISTA a banda dabanana De Maria da Piedade a Marília Pêra, um longo caminho: ascenção, glória, decadência e ressurreição de um gênero. •AZEAMOR xtraordinaria e Original Revista de Costumes e Àctualidade >R A N T O N IO S IM P L E S & COMP cinématographe Rio Branco, revo ando a cineinatographia, creou um > inteiramente novo, adoptando a ap panno, isto é, creando o origi no genero revista no cinematoo só á parte material, as scenas las, as personagens, os factos e os cimentos, mas a parte puramente íal do Theatro — a musica, o dia0 canto, o cinématographe Rio , por meio de engenhosas combi, apresenta a admiração dos seus >sos freqüentadores. evista Paz e Amor, que está em ;ãt> na tela do grande cinemato, recorda, commenta ou reproduz zimentos da actualidade, caricatuphotograplia as individualidades m voga, desenrola a fita alacre «sos costumes, atravez dessa aledsta de entrecho leve è chistoso, 1 de musicas saltitantes, canções s e diálogos cheios de graça. De repente, a descoberta de um nôvo filão: a grossura envolta em aura de inte lectualidade, o teatro revista fazendo a crí tica de sua própria existência. A estrutura é a mesma da época áurea da Praça Tira dentes, os quadros que se sucedem — algu mas vêzes uma historieta paralela — mas sempre os quadros, a§ plumas, a alegria, o double-sens. Intelectual, como não? Pois o nôvo teatro revista surgiu em Ipa nema, com* Leila Diniz de porta-estandarte, uma sensacional porta-estandarte: Tem Ba nana na Banda (seguindo a linha de anti gos títulos como Tem Bububu no Bobobó...). O nôvo filão exige uma nova linha de in terpretação. Se Virgínia Lane ou Mara Rúbia levavam a sério o que estavarti fazendo, acreditando nos títulos e nas plumas, as novas vedetes encontraram na curtição a sua. (Ou para verbalizar melhor, encontra ram na crítica da antiga linha de interpreta ção, a sua nova forma de viver o teatro de revista, de rebolado, de remeleixó). A Banda da Banana tem-se proliferado com a rapidez de um coelho. E as adessões têm sido sempre -excelentes: Aizita Nasci mento em Aqui Ó; Marília Pêra em A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato; Lígia Diniz em Tem Piranha na La goa. Escrachadas ou Piranhas, a nova linha consegue o diálogo fácil com a platéia, o mesmo diálogo estabelecido, ontem, na Pra ça Tiradentes. A língua usada, hoje, eviden temente, é outra. Afinal, estamos todos nou tra, a ousadia tem de ser maior. E, em têrmos de ousadia, Escrachadas ou Pira nhas, Marília, Leila ou Lígia elas estão por aí dando seu recado. A revista não mor reu. Está aí, vivinha. Com uma saúde (co m a se dizia antigamente) nunca dantes sus- A O MAIOR SHOW DE PREÇOS ATUALMENTE EM CARTAZ! Você ficará empolgado com os Preços Anões e o,s Prazos Gigantes. É o maior espetáculo do ano, dirigido pelo Super-Pinguim e reunindo os maiores cartazes em Eletrodomésticos, Móveis, Jóias e Relógios. Na Avenida Copacabana o espaço foi pequeno para o público que ia aplaudir diàriamente o Baratopaca Pacabá. Tivemos que dar um repeteco na Rua Siqueira Campos. E outro ainda na República de Ipanema, Rua Visconde de Pi rajá. Sempre com lotação esgotada. Repetindo o delirante sucesso de todo o Rio, Grande Rio e Brasilia. Reserve seu lugar na primeira fila. Entrada : 5 cruzeiros. V'i0 Ipanema : Av- Visconde de Pirajá, 616 (Bar 20) Copacabana : Av. N. S. Copacabana, 735 - Rua Siqueira Campos, 57/59 spot-light LOLITA MUSICAL HEDDA BLOOM Em 1962, o diretor Stanley (Dr. Fantástico 2001) Kubrick filmou o best-seller de Vla dimir* Nabokov, Lolita. O filme era discutí vel mas a presença de Sue Lyon insofismá vel. Agora, na onda de remontagens da Broadway, Nova Iorque se prepara para as sistir em abril, novamente, as aventuras da moçoila. Só que desta vez em musical com letras de Alan Jay Lerner. A nova Lolita é Annette Ferra, de 15 anos, ítalo-americana. Ela não viu o filme, evidentemente. Mas sabe de muitas coisas. Filadélfia, que já a está as sistindo, que o diga. Uma antiga atriz shakespeareana com várias passagens pelo cinema, Claire Bloom vive Hedda Gabier, de Ibsen, em uma pro dução off-Broadway. À maneira de Hamlet, para os atôres, Hedda Gabier representa um eterno desafio para as atrizes que elas, do cemente constrangidas, sempre aceitam. Quem não aceita a Hedda de Claire Bloom é T . E. Kalem, crítico do Time. Êle acha seu trabalho pobre, triste e coisas que tais, afirmando ainda que o que se vê no palco nada tem a ver com a intensidade dramáti ca proposta por Ibsen. Temos assim uma Hedda Bloom. Reprovada. PRETENDE MUDAR-SE? TRANSPORTES PARA MAIORES INFORMAÇÕES: SAO PAULO: R. Barão de Itapetininga, 46 - Tel. 36-1122 DESEJA SABER QUANTO PODERÁ ECONOMIZAR? RIO DE JANEIRO: Av. Rio Branco, 257 - Tel. - 252-5959 questões de uma atriz Entrevista de EVA WILMA a MACKSEN LUIZ ra e Luís Gustavo empenha ram-se junto com o diretor Osmar Rodrigues Cruz para fazer de Putz um espetáculo comunicativo. Objetivo ple namente atingido. O públi co de São Paulo há meses reconhece os resultados do iongo período de ensaios. Prestigia e elogia. Eva Wil ma está satisfeita. E não é para menos. Depois de um ano afastada do teatro, vol ta com êxito. O casal John Herbert— Eva Wilma projeta a imagem da felicidade. Famosos, bem sucedidos, com filhos inte ligentes, os dois têm tudo aquilo que o público iden tifica com o sucesso. Eva Wilma não desmente esta imagem idílica. É uma mu lher que fala pausado, mas sempre com firmeza e de terminação. A independên cia (de agir e pensar) ela conseguiu na prática do teatro. Mas Eva Wilma sabe que nem tudo está perfeito à sua volta. Para ser conhecida tentou várias atividades. Primeiro foi bailarina — uma vocação precocemente abandonada — depois atriz de televisão — o estágio desinlbidor — e finalmente atriz de teatro — a meta final. Até hoje, Eva Wilma fica um pouco sem jeito quando se refere ao seu legendário programa de televisão, Alô Doçura. é , segundo Eva, o respon sável pela idealização do público em relação a ela. Faz questão de dizer que é uma pessoa cheia de pro blemas e contradições e que tudo que possui, foi al cançado com muito esfôrço e trabalho. O sucesso não é só seu. Tem que dividí-lo com o marido, pois John Herbert teve a lucidez de fazer-se produtor de Putz. Se a tudo, acrescenta-se um título, Ràpazes da Banda, o gran de sucesso da temporada paulista — John é o produ tor e Eva assistente de di reção — a imagem do ca sal vendida pela televisão parece bem mais próxima do que Eva Wilma gostaria de confessar. Hoje tudo está bem. Ama nhã, Eva Wilma não tem tanta certeza. Como todo o bom artista, Eva faz profis são de fé no presente. No instante de um ato. Esfôrço e trabalho, além de ser uma forma de vida, é um método de trabalho. Eva, e mais Juca de Olivei GIUSEPPE CORRADI GRÁFICA E IMPRESSOS ARTES GRÁFICAS EM GERAL E OFFSET RUA LOPES Q U IN T A S , 2 7 4 JA RDIM B O T  N IC O - RIO - GB - TE L. 2 2 6 -1 2 1 4 daçados. Tenho uma vitali dade tão grande dentro de mim, que não acredito em limitações. Sempre acha-se um caminho. EVA WILMA a lógica do êxito Depois de tanto falar — já eram mais de duas horas da madrugada — e do es fôrço de horas no teatro, Eva Wilma não demonstra nenhum cansaço. Se sente sono, não mostra. Quase não comeu. Apenas algu mas fôlhas de alface e um pouco de aipo. Parece sa tisfeita. Está mais interes sada em comunicar-se. Num ambiente publico como é o de urn restauran te, Eva Wilma parece se sentir muito à vontade. Es quece a inibição inicial e fala sem parar. Se alguém a contradiz, ouve atentamen te, pondera, e mantém sua opinião. Prova com isto que está certa do que faz. Como quando foi assistente de di reção de Maurice Vaneau em Os Rapazes da Banda. Nesta experiência, viu como se faz teatro, de outro lado. O lado da produção/cria ção, hoje muito importunado pela Censura. — O casal Herbert está numa fase excepcional. Nos sos espetáculos estão sem pre lotados. Estou satisfei tíssima com o meu traba lho em Putz. Mas estas coi sas de sucesso e êxito fi nanceiro não modificam na da nossa vida. Eu continuo muito complicada. As mi nhas vitórias são conquista das no sôco, dia-a-dia. Vivo colocando em xeque tôda minha estrutura emocional, tôda minha vida. Aprendi que a gente se modifica diaa-dia. — Havendo qualidade ar tística, uma base intelectual concreta e não existindo a agressão pela agressão, a Censura permite que tudo seja apresentado. Os Rapa zes da Banda, um texto que havia sido proibido antes, foi transformado em um bom espetáculo. Isto prova que há possibilidade de dizer as coisas. Não estamos amor- — Em teatro também se aprende todo o dia. Agora estou fazendo uma expe riência com psicodrama, uma forma de revelar a mim mesma, certas partes ocul tas de minha personalidade. ► S.PAULO - R I O C A LÇ A D O S EVA WILMA o calor da conversa Um exaustivo trabalho para Eva em Blackout No verão, em São Paulo faz tanto calor quanto no Rio. E foi numa noite des sas, depois de Putz que Eva Wilma deu a entrevista. Junto do marido e dos fi lhos, em um pequeno res taurante, beliscando uma saláda, foi logo dizendo: — Depois de tantos anos ainda sinto-me assim em re lação a entrevistas. A pala vra não é meu forte. Sei que êste mêdo de dar en trevistas é uma Infantilidade, mas acho que o Importante é o que se faz, não o que se fala. Gosto que cada um me reconheça através dos meus. personagens. Que saiba que existe em mim um pouco de Alô Doçura e de trágicos gregos. Não gosto de ser conhecida por rótu los. E as entrevistas sempre rotulam. Putz é uma peça^americana, de Murray Schisgal, en tre a vanguarda e o experi mental'. Exige de Eva um enorme esfôrço físico e emocional. — Trabalho em novela de televisão o que me toma 3 a 4 dias por semana. Pre ciso da televisão, econômi ca e promocionalmente. Mas Putz é uma tentativa de mudar êste panorama. A convivência de dois meses (os ensaios) com o Osmar foi fundamental na tentativa de me conhecer. Os en saios eram quentes. Os atôres discutiam acalorada mente até os menores de talhes dos personagens. O Osmar, da platéia, assistia sem dizer uma palavra. Êle nos deixava liberar o Incons ciente em relação aos per sonagens. Através de sua síntese, chegávamos sempre ao tom procurado. É difícil reconhecer Eva Wilma dizendo tôdas estas coisas. Sua aparência — também fora do palco — ó de uma mulher com outras preocupações. Não parece (e nem tem pôse de) atriz. E de certa forma sua vida cotidiana o confirma. Gos ta de estar em casa, com ps filhos. Só lastima não ter mais tempo para estydar e se aperfeiçoar. — O ideal seria estudar, três a quatro horas por dia, técnica teatral. Mas nas condições de vida do ator brasileiro, Isto ainda ó uma utopia. ► CONSULTORIO VETERINÁRIO O swa Dr. E. A. Botelho tel.: 2 2 5 . 9 7 5 5 Uí £ llT - 4 ^ 1 Õ z LU < Tecidos para e E Cortinas Av. N. S. Copacabana, 484-A Telefone 237-4493 Q clínica médico cirúrgica raio x Rua Humaitá, 71 - “L” h o r á r io : de 3 .a a té s á b a d o das 10 às 12 e 14 às 19 horas EVA WILMA a voz do b a lle t Nada como um copo de cerveja SKOL depois do outro, depois do outro. Q u a l o seu p rogram a d ep o is d o tea tro ? B eb er u m a S k o l . . . N a tu r a lm e n te . SKOL International B E E R Eva Wilma estudou sèriamente ballet clássico. Foi uma das bailarinas do conjun to Ballet do IV Centenário. Os estudos du ros criaram o hábito da disciplina e da obri gação. Requisitos básicos a uma boa atriz. — Decidir ser atriz foi a primeira gran de opção da minha vida. E o responsável por esta decisão foi o John, na época ape nas um bom amigo. Estudei muito tempo ballet com Maria Olenova. Viajei pelo Bra sil de ponta a ponta. Assim fui ganhando cancha de palco e de platéia. O ballet é uma forma de expressão artística que me interessa. Mas os problemas de subsistên cia fizeram com que o abandonasse. No Brasil, são poucos os que conseguem fazer carreira nesta arte. — Aprendi, com o ballet, no entanto, que linha alguma coisa para dar. Descobri também que todo o artista tem algo de exi^ bicionista, por sua necessidade vital de se expressar. Tôda bailarina quando é solicitada a di zer um texto, quase sempre o faz sem in flexão. Sua linguagem é a do corpo. Eva Wilma é a exceção que confirma a regra. Solicitada a falar — a primeira experiência foi no cinema — saiu-se muito bem. Daí por diante o ballet ficou como uma amável lem brança . — O teatro é eterno. Isto se torna mais visível quanto mais avança a ciência e a tecnologia. O teatro terá sempre importân cia por afirmar, cada vez mais, os valôres humanos. A tecnologia esteriliza o ser hu mano. O teatro enfatiza. *4- f* i r. n> 465 Semper idem. * épi****fe emtodoi M í 0 íwçritito f e g i t j/t desde S#*S Ï Dizendo que não acredita mais em tea tro de agressão, Eva Wilma se difine por um tipo de comunicação. A dos sentimentos. — O período da agressão já passou. Não vejo mais sentido em incomodar agres sivamente a platéia. A função do teatro é acrescentar e possibilitar modificações. Nunca demolir. Teatro para mim é cabeça e sensibilidade. A agressão só tem sentido num país como os Estados Unidos, onde o teatro já ultrapassou a fase profissional. Aquêles que não querem ou não podem par ticipar do teatro profissionalizado e estabe lecido, podem (e devem) escolher o teatro de experiência, dirigido a um público de cucas avançadas e eminhocádas. No Brasil, em que o nível de profissionalização ainda é baixo, está se tentando queimar etapas mui to ràpidamente. ■ Nós produzimos UNDERBERG V o cè... o Drink Tropical com bastante gêlo associe à 1/2 dose de U N D E R B E R G Tônica, Soda, Guaraná ou M ate e . . . sinta a qualidade de um produto ««Semper Idem ” UNDERBERG Rende mais em-foco • Jane Fonda, inteiramente dedicada ao proces so do protesto americano, anunciou a formação de um grupo de atôres que participarão em shows de entretenimento para as tropas americanas sediadas no exterior. Os espetáculos de Jane Fonda serão, no entanto, muito diferentes dos de Bob Hope: nada de simples divertimento, mas espetáculos contra a guer ra. Já aderiram à sua idéia: Eliott Gould, Donald Su therland. Mash em ação. • Amir Haddad estudando novos projetos para a Comunidade. Molière, o autor, à vista. • Luiz Armando Queiroz deverá co-produzir com Sérgio Brito uma peça de Ghederold a ser apresen tada no Teatro Senac no segundo semestre dêste ano. • Mick Jagger, o líder dos Rolling Stones, foi visto no cinema, como ator, em A Fôrca Será Herança deverá ter um outro filme lançado ainda ano no Brasil: o controvertido Performance que receberá o batismo de O Grande Desempenho. que Tua êste aqui • Roland Petit pensando em formar uma nova companhia de ballet fora de Paris. Petit está demissio nário do Ralais Garnier. • Maria Teresa Medina e Norma Bengel são as principais intérpretes de Casa Assassinada filme que Paulo César Saraceni está realizando em Valença, ba seado no livro de Lúcio Cardoso, A Crônica da Casa Assassinada. • A MGM está desenvolvendo a linha de Fes tivais de seus antigos sucessos. Depois do Festival de Gangsters, deverá surgir o de Tarzã, na excelente série protagonizada por Johnny Weissmuller. Êste Fes tival está atualmente em cartaz, com grande sucesso, em Paris. • Giraudoux em evidência: a remontagem de sua peça La Guerre de Troie foi muito bem recebida pela crítica francesa; enquanto isto o Le Figaro Litté raire lhe dedica várias páginas, transformando-o err assunto de capa. ■ ana paula B O U T IQ U E nós vendemos moda raimundo correia, 11-a bolivar, 80-d ;:|gl£ TRAJES MASCULINOS MINELLI t r a j e s masculinos nossos agradecimentos à DOMINICI - ILUMINAÇÃO MODERNA COTELBA - EQUIPAMENTOS TELEFÔNICOS LTDA. ENERI S/A - INDÚSTRIA TEXTIL (PULLOVERS) CALÇAS BÍPEDE MERIDIONAL S/A DOCES — SALGADOS — FRIOS BEBIDAS FINAS D’OCÊ Rua Martiniano de Carvalho, 81 TEXTIL TABACOW encontrado com exclusividade nas lojas LEE (Shopping Center iguatemi) FORMA S/A - MÓVEIS E OBJETOS DE ARTE A e O arte e objetos Itda. e nas pessoas de RAFAEL MINELLI ALTÊMIO SPINELLI BRUNO BLOIS CYRO DEL NERO CALÇADOS SPINELLI SOM E CONJUNTO ESTEREOFÔNICO BRUNO BLOIS BIO-MIRACLE « T A | ii::!* * c o m B iotene "K V T T T l 1C A T r * O M ILA G R E D E V ID A P A R A S U A CÚTIS m IL o i n e / "REGENERA - HIDRATA - VITALIZA TEATRO CACILDA BECKER W v 5 A ^ ' . V Sl'.Vi: ÿiiile fc ^ b lV i^ y '.f-X Ô i'.C ? são paulo - 1970/71 f ’ - r : : , ; ,. . .; (i«;->f»ü6i W :iû'0 g-'v^qo..'-; : . : :>«[. ' comao ;.: &aVuh; - ,.v . . . i ï i S A ; : <:: “THE BOYS IN THE BAND” ESTREOU EM 28 DE ABRIL DE 1968 NO THEATRE FOUR «•«->6é« • ' v>‘v'* «■ V DE NEW YORK t.’ . «î K UMA PRODUÇÂO DE y j JUvçH'UVfc f f f v JOHN HERBERT PRODUÇÕES ARTÍSTICAS LTDA. V-' « 0 - O it;:,. Ü - u w '. CONSULTORIA JURÍDICA: DR. SÉRGIO FAMA D’ANTINO o que meias amor meias amor meias amor JOHN HERBERT apresenta 2 atos de de MART CROWLEY em trad, de MILLÕR FERNANDES DIREÇÃO DE MAURICE VAN EAU cenário de CYRO DEL NERO decoração de CARMÉLIO CRUZ execução, arte, programação visual STUDIO 13 assistente de direção*e produção EVA WILMA personagens por ordem d e en trada em cena MICHAEL DONALD DAVID ARTHUR DOUGLAS BERNARDO ALLAN COWBOY HAROLDO WALMOR CHAGAS OTÁVIO AUGUSTO BENEDITO CORSI DENIS CARVALHO ROBERTO MAYA BENE SILVA JOHN HERBERT PAULO ADÁRIO PAULO CÉSAR PEREIO iluminação de MANOEL RIBEIRO direção de cena de DOMINGOS BATISTA eletricista — CÉSAR DOUGLAS guarda-roupa — ELEUSA OS ARTISTAS DESTA PEÇA BEBEM SKOL REX REED “ Pode-se chamar de rompimento de barreiras. Durante anos, peças so fare homosexualismo tem tido mêdo de suas próprias sombras. Desde os dias de HELEN MENKEN — BASIL RATHBONE com a longínquo “ THE CAPTIVE” (um verdadeiro choque nos anos de 1920) passando por “ THE KILLING OF SISTER GEORGE” e “ STAIRCASE” , a maioria das peças deste tipo evitaram bàsicamente a verdadeira natureza do assunto. E os homosexuals sempre pagaram pelos seus pecados no palco. “ The Boys in the Band” mudou tudo isto. Os ga rotos da banda de Mart Crowley são sêres humanos, e, como sêres huma nos, êles se divertem também. Êles não se suicidam, nem querem casar e nem passam o resto da vida tortu rados pela consciência. A única ma neira dêles “ pagarem” é saber quem êles são, e então êles vão para casa de ressaca e começam tudo de novo no dia seguinte. Como a vida” . CLIVE BARNES (The New York Times) “ A fôrça da peça que eu ví, em uma de suas apresentações para a imprensa, reside na maneira pela qual ela descasca sem remorsos, as pretensões de seus personagens e revela um pessimismo tão descompromissado em sua honestidade que se transforma em si mesmo numa afirmação de vida” . “ A semelhança entre “ Virgínia W oolf” de Edward Albee e “ The Boys in the Band” é impressionante. Am bas tratam da quebra das pretensões, com a aceitação da realidade. Ambas as peças conseguem o seu objetivo, usando o lança-chamas de um humor cruel e excoriante. As vítimas são queimadas vivas, e mesmo os perse guidores são vítimas. WALTER KERR — Todos os homens sentem dôr e a maioria negocia com ela através do chôro. Chorar lhes proporciona crédito para a dôr, e ajuda a aliviála. Os homosexuals de “ The Boys in the Band” de Mart Crowley não pe dem crédito e — com um a única excessão clim ática, (dramática) — não choram. Êles tratam da dôr através do riso penetrante, ostensivo, selva gem. Como podem êles se considerar figuras trágicas, quando suas pró prias agonias lhes parecem triviais? Mas — e esta é o contexto de uma peça teatral muito boa e muito engra çada — agonias triviais, agonias ab surdas, agonias que não podem ser concebidas como tais, mas eterna mente maneradas como brincadeiras podem ser as mais contundentes. THE THEATER — No teatro, como nas socieda des urbanas de nossos dias, os ho mosexuals abandonaram a invisibili dade e a discreção. Para melhor ou pior, o homosexualismo e a sua subcultura são aceitos como temas dra máticos, para serem tratados com a mesma franqueza das relações hete rosexuals. Provàvelmente o exemplo mais contundente desta nova tendên cia é “ THE BOYS IN THE BAND” . Nem paternalizando, nem fazendo proselitismo, ela friam ente encara o meio ambiente homosexual como tal. É também uma peça m uito engraça da, triste e honesta sôbre um grupo de sêres humanos, desnorteados e confusos, que acontece serem “ in vertidos” . MÓVEIS DE CENA CEDIDO PELA forma# FORMA S. A. móveis e objetos de arte são paulo: avenida paulista, 1754 19. sob re loja tele fo n e: 287-0637 rio de jan eiro : av. telefon es Churchill, 222-4125 belo 129 e 3° andar gr. 302 222-3261 horizonte: av. augusto de telefon e: 24-3977 lim a, 464 Os mandamentos devem ser cumpri dos. Porém, tratando-se de AIMATOM... Vale a pena pecar. Uma cadeia de 8 Lojas, onde você encontrará uma linha variada de móveis e estofados geniais. E também o famo so Colchão ANATOM, que possui o “ SEGREDO DA BOA DISPOSIÇÃO AO ACORDAR” . O mais im portante: você compra o que quiser e ainda es colhe o plano de pagamento. Seu cré dito é aprovado na hora. COPACABANA Av. Copacabana. 605 - s/loja - Tel: 236-2046 CENTRO Av. 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VERTICAIS — 1) A mais famosa Brigitte. 2) O mais ilustre da família Hemingway. 3) O Teatro de Estudantes de Diamantina. 5) Um curso d’âgua correndo do mar para a motanha. . . 6) Um profissional de teatro. 7) Uma Virgínia brasileira que já foi gloriosa no musical e no cinema. Escola de Mulheres Senhorita Júlia O Avarento O Burguês Fidalgo Casa de Bonecas O Marido Confundido Uma Certa Cabana O Barbeiro de Sevilha Don Juan Tartufo 2 Qual o nome civil de Molière? a) Jean-Marie Garret b) Jean-Baptiste Poquelin c) Jean-Baptiste Sganardlle ► JAMES BOND NA INDÚSTRIA Especialista em armas secretas e civilizações desaparecidas, Jacques Bergier — co-autor de O DESPERTAR DOS MÁGICOS — ingressa no mundo dos negócios com um livro de fazer in veja a James Bond: A NOVA ALMA DO NEGÓ CIO mostra em uma linguagem franca como os americanos roubam os russos que roubam os franceses que roubam os japonêses que roubam os americanos que. . . estão roubando você. teste Molière Relacione êstes personagens de Mo lière com as peças a que pertencem. alfaiate LARGO S. FRANCISCO DE PAULA. 28 GRUPO 610 - 6." ANDAR - TEL. 221-1339 EDIF. PATRIARCA - RIO DE JANEIRO a) b) c) d) e) Monsieur Jourdain Harpagon George Dandln Orgon Arnolphe a) b) c) d) e) O Marido Confundido Escola de Mulheres Tartufo O Burguês Fidalgo O Avarento ARMARIO ^ lie m b ô la d o ” Em butido, d ivision al ou d u p le x Executado sob m e d id a e entreg ue em apen as 2 4 horas ‘— ■ — _ Único no g ê n e r o - Em que ano nasceu Molière? C o m p õ e os m a is v a r ia d o s e r e q u in ta d o s a m b ie n te s d e d o rm itó rio s , s a la s liv in g s . P ag am en to em a té 24 meses casas G e lli<ê Av. Copacabana, 1032-Tel. 256-1141/2/3 Rua Barata Ribeiro, 814-Tel. 237-7216 Terças e s e x ta s -fe ira s até 22 horas M e ie r: Rua Silva Rabelo, 10 — Loja G a) b) c) d) 1579 1710 1622 1314 Respostas ao teste 1 : a — c — d — f — i —- I 2: b 3: a—d; b—e; o—a; d— c; e4: c *1 0 2 <a3 E5 H t - 6 A 9 R. E 1 8k t ■ o A J ■ 8 ■P *4 C10 H O A S L t / E 8 Casa de Móveis KOCLJT MOBILIÁRIOS DE TODOS OS ESTILOS, A VISTA EA PRAZO Solução para o problema de palavras cruzadas publicado em Programa em Revista n? 12. Mesmo que não tenha conseguido che gar à solução completa do problema de pa lavras cruzadas publicado neste número, en vie o que conseguiu fazer para PROGRAMA EM REVISTA Rua da Quitanda, 199 — sala 910 Rio de Janeiro — GB Rua Visconde de Pirajá, 284-A e B Ipanema — Tel.: 227-3191 Rio de Janeiro — GB D E P O IS Você estará concorrendo ao sorteio dos seguintes livros da Editôra Nosso Tempo: NU ENTRE OS LÔBOS, de Bruno Apitz TRÊS AMORES DA MOCIDADE, de Ca sanova OS CAMINHOS DE KATMANDU, de René Barjavel ANTES DO AMANHECER, de Christine de Rivoyre DIÁRIO DE UM ASSASSINO, de Roger Villard VENDE-SE UM PRESIDENTE, de Joe McGinnis Entre os leitores que nos enviaram solu ções para os testes anteriores foram sortea dos: Dalva Maria de Azevedo, Rio, GB Carlos Alberto de Faria, São Paulo, SP Pedro Henrique Geisel, Pôrto Alegre, RS Rose Marie Nassif, Marília, SP David Aguilar, Belo Horizonte, MG João Vianna da Silva Lima, Rio, GB Hilda Guarino Gomes, Juiz de Fora, MG Austônio Gonçalves, São Paulo, SP Dalila de Souza Araújo, Rio, GB Lídia Favrand, Rio, GB José dos Santos, São Paulo, SP Olinda V. Guimarães, Rio, GB___________ leria o g a le ria FABRICANTES DE APARELHOS DE IL U M IN A Ç Ã O M a triz Rua 7 de S e te m b ro . 1,88 Rua do T e a tro , 19 Filial P raç a B a rão de Drum ond. 68 A V ila K o b c l Projete-se no espaço. Traga o m elhor do passado de volta. Hanim ex, p roje tor de slides. A máquina do tempo Recordação com controle rem oto na troca ou reversão dos slides. Foco autom ático. Mais luz. Sua vida tem sido bela. •"1 ^ Pense bem. Pergunte pelo | I futuro. Hoje. Em qualquer loja de cine-fcto. PERFIL renato aurélio pedrosa Nas redações dos jornais não há quem não o conhe ça. Renato Aurélio Pedrosa quando tem alguma peça em cartaz está, semanal mente, nos jornais, levando um texto ou uma foto para divulgação. Produtor que conseguiu manter Chá e Simpatia em cartaz por mais de um ano, que Inau gurou, com A Dama do Ca marote, o obscuro Teatro Fonte da Saudade, que, sempre que pode, lança um nome nôvo em suas produ ções (Beatriz Lira em Luz de Gás, Regina Rodrigues, Mário Jorge e Francisco Hozanan, em Chá e Simpa tia, Hildegard Angel, Otacílio Coutinho e Mauro Gon çalves em A Dama do Ca marote. nãn despreza ne nhum meio de comunica ção. Utiliza todos, preo cupado sempre que seus espetáculos sejam sucessos. Renato fêz-se produtor há apenas dois anos. Antes diz que “era apenas amigo de Dulcina e Odilon. Ia diàriamente ao teatro buscálos. Não tinha nenhuma in tenção de fazer teatro. Gostava apenas de saber das novidades” . Foi admi nistrador do Teatro da Malson de France onde, confessa, aprendeu multo dos macetes de produção. O primeiro espetáculo produzido por Renato foi Vento Nos Ramos de Sassafrés. de René de Obaldia. Segulu-se a fase policial: Luz de Gás e Chantagem. Até que se deu o encontro com Amir Haddad (Chá e A Dama). — O Amlr realiza aqui lo que eu gostaria de fazer se fôsse diretor. A êle de vo as 200 representações de Chá e Simpatia e as quase 300 de A Dama do Cama rote. Mas Renato não quer apenas o público tradicional do Rio. Por isso viaja sem pre — Minas, Brasília, Goiânia, Espírito Santo e até Amazonas. Vai sempre onde sabe estar o público. GOSTOU? PEÇA A BRANIFF É SEU MELHOR PROGRAMA Faça o melhor programa de sua vida. Vá aos Estados Unidos. Los Angeles, Miami, San Francisco, New York, os lugares onde 'tu d o que é nôvo está acontecendo. "Oh! Calcutta!" e "H a ir," por exemplo. Os hippies, a tecnologia, a evolução das idéias. Conheça de perto um mundo diferente. Comece a vivê-lo viajando em còres pela Bran iff International. A Braniff está sempre presente onde alguma coisa de nô vo acontece. Por isso as Américas são o nosso continente. BRANIFF INTERNATIONAL Naked Came The Stranger by Penelope Ashe COMPLETE AND W UNEXPURGATED T t t s M BKKlftESTSElLEK :T » rtn o fs Complaint Philip '" " la t h êles se vendem aos milhões WILSON CUNHA “Muitos são os chamados poucos os eleitos”: o ditado, repetido à exaus tão, mais uma vez se aplica aqui. Com um extraordinário movimento edito rial, os Estados Unidos têm alguns nomes que vendem milhares de exem plares lá, espalhando-se ràpidamente pelo resto do mundo. É só pegar a lis ta de best-sellers: do Time ao L’Express e Jornal do Brasil existirá, normal mente, um (ou mais) título comum. Não são todos, porém, os que chegam até lá. O êxito, algumas vêzes é fulminante — como no caso de Naked Came the Stranger — mas, quase sempre, está alicerçado em um longo trabalho. Aqui estão alguns dos atuais escritores americanos que, como Norman Mailer disse um dia, podem ser considerados os filhos da Deusa. ► OS tiros de mailer Um jornalista pernóstico um romancista emproado: a crítica nem sempre aceita a caustícidade de Norman Mailer tranqüilamente. Como a maioria de seus colegas escritores (ou jornalistas) Mailer costuma meter o dedão nas chagas americanas. De romances (como Um Sonho Americano) aos en saios (como os enfechados em Canibais e Cristãos) em suas coberturas sôbre a Convenção Democrata ou Viagens à Lua, Mailer apro veita tôdas ás oportunida des para remexer os Esta dos Unidos. Um homem inquieto tem se metido em tudo, da po lítica ao cinema. E suas opiniões são, sempre, muito definidas. Nos “refúgios da lua” começa e termina Um Sonho Americano. A lua. metáfora e realidade êle define assim: que ( . . . ) É o campo gravita tional da lua, dizem-nos, que produz as ondas, a mesma lua que Incita a in sanidade de todos nós quando está cheia, pois a lua é a mãe da dor e das pprdas (assim diz a ciência, é uma metáfora certificada) e quando as perdas forem muito grandes, e os cho ques amortecerem o que era melhor, então a lua agi-ta as ondas de loucura. E as ondas passam através dos apáticos e erguemnos, como as cortiças se erguem na crista da onda, e os selváticos cavaleiros da onda aceleram, as motoci cletas galopam na noite. Um povo amortecido pela interrupção enlouquece. A lua ajuda. (In Canibais e Cristãos). O amortecimento america no está entre as suas múl tiplas preocupações e críti cas à sociedade americana. Entre estas, a pornografia, a sensualidade americana. Mailer diz: — O estímulo para a por nografia é que poucas pes soas no país reálmente des cobrem o amor. Como não o encontram, a única ma neira pela qual podem co meçar a reencontrar a tri lha é procurando alguma excitação. ( . . . ) A porno grafia, pelo menos, carregalhes as baterias, e elas re começam a sua busca e no vamente fracassam. ( . . . ) O amor é um assunto imen samente complexo e não estamos preparados para êle, absolutamente, neste país. ► LINCE FRITZ DOBBERT, O ÚNICO AMIGO QUEVOCÊ PODE COMPRAR. Um amigo com quem você poderá contar sempre. A hora que você quiser. Êle vai trazer até você a companhia de um Bach, de um Beethoven, ou de um Jobim, de um Oscar Peterson. Quem você p re fe rir. E com aquela fidelidade que você só encontra nos amigos perfeitos. Amigos da categoria de um F ritz Dobbert. FRITZDOBBERT REVENDEDOR A U TO RI Z A DO rson CENTRO: R.Uruguaiana, 105/107- R. Uruguaiana, 5 * ( ’OPACA BA NA : R. Raimundo Correia, 15/19 T IJ U C A : R. Conde de Bonfim, 377 * IRAN EM A: R. Visconde de Ri rajá, 4-B *M ADUREIRA: R. Carvalho de Sousa, 282 ____________ • *fabertas até às 22 horasi____________________ _________________ DELL S S1.25 “BEST-SELLERS” os degraus de baldwin PRQGRAMA BM REVISTA - publicação mensal da PROTEATRO Publicidade e Teatro Ltda. - Rua da Qui tanda, 199 grupo 910, tel. 243-9158, Rio, (GB) - Rua Benjamin Constant, 153, sala 702, tel. 33-1070, São Paulo, (SP) • Diretoria: Geraldo Matheus e Irene Bial, Supervisor Geral: Pedro Petersen, Diretor de Publicidade: Eduardo Santiago, Supervisor de Produção: Alexandre Torres, Contato na GB: Jayl S. Fonseca, Escritório na GB: Sylvio Ribeiro - Assistente: Nelde Mendes Viégas • Colaboradores: Paulo Afonso Grisolli (editoria), Wilson Cunha (redação), Macksen Luiz (reportagem), Ivanir Yazbeck (diagra* mação) • Impresso nas Oficinas Gráficas da Giuseppe Corradl, gráfica e impressos, Rua Lopes Quintas, 274, Jardim Botânico, Rio (GB). C R É D IT O , F IN A N C IA M E N T O E IN V E S T IM E N T O S pioneira em crédito direto ao consumidor carta patente n.° 194 do banco central CAPITAL E RESERVAS: CR$ 4.985.892,95 Rua Uruguaiana, 55 - 8.° andar - tel. 221-4338 - RIO (GB) Considerado o maior es critor negro dos Estados Unidos, James Baldwin é um dos autores americanos contemporâneos mais connecidos no Brasil. Seus li vros, Giovanni e Numa Ter ra Estranha têm alcançado várias edições e mesmo Da Próxima Vez, O Fôgo (bro chura planfetária) teve um bom índice de venda. Giovanni, no Brasil como no mundo, abriu o caminho para um contato mais am plo de seu autor com o pú blico. Ao lado de suas Ine gáveis qualidades literárias, Giovanni trata de um assun to (homossexualismo) que é, sempre um foco de preo cupações — uma preocupa ção de amplas conotações, o mesmo ocorrendo com Numa Terra Estranha. Mas, nem só de homossexuallsmo vive Baldwin. Livros como Da Próxima Vez, o Fôgo, Nobody Knows My Name ou Um Homem à Minha Espera (ti tulo em português engano so para Going To Meet The Man, em que Baldwin, aci ma de tudo, exorciza sua formação religiosa) trazem, suas posições sôbre o pro blema do negro na Améri ca, o homem no mundo. O radicalismo do proces so do Poder Negro america no, hoje, coloca as idéias de Baldwin sôbre o proble ma (como acontece, por exemplo, com Gordon Parks conhecido do público bra sileiro através de Escolho Minhas Armas) em um pla no puramente idealista, o ideal da gradação, uma for ma de não violência. Idealismo, no entanto, que não o impede de criticar os degraus percorridos por outros negros em bus ca de seu status social na estrutura branca. O Poder da Glória (pobreza de títu lo brasileiro para Tell Me How Long The Train’s Been Gone) seu último li vro lançado aqui, mostra es ta trajetória, um ator negro que se lança na desespera da busca de transformar-se em um super-negro; não foi por coincidência que muitos críticos viram, nes te relato, um grande para lelo com a vida de Sidney Poitier. Um best-setler, Baldwin continua a escrever, tem vários planos. O idealismo político, neste caso, não chega a esmagar o poder literário. ► Nada como um copo de cerveja SKOL depois do outro., depois do outro . Q ual o seu program a d ep ois do tea tro ? B eber u m a S k o l . . . N a tu r a lm e n te . SKOL International B E E R Gore Vidal The explosive #1 bestseller * " /* * /« • • “BEST-SELLERS" as licões de vidal O êxlto de Kazan em livro Um dos melhores exem plos do intelectual americano — êle é ao mesmo tempo um excelente autor, roteiris ta cinematográfico, cáustico crítico da sociedade ameri cana, um comentarista polí tico polêmico — Gore Vidai é multo pouco conhecido <no Brasil. Apenas agora um de seus livros foi (mal) lançado aqui, o terrivelmente belo Myra Breckinridge enquanto The City and The Pillar (A Longa Espera do Passado) deverá ser lançado em bre- Lançado em 1948, The City and The Pillar escanda lizou a sociedade america na: Gore Vidai falava sem metáforas da vida de um rapaz homossexual, suas andanças e paixões, descre vendo ao mesmo tempo um quadro nada fantasioso de Hollywood. Escândalo maior, no entanto, êle iria alcan çar ao escrever Myra Bre ckinridge . Seus livros têm aborda do os mais diversos assun tos, contados as mais di versas histórias. Contista, A Thirsty Evil apresenta al guns dos momentos mais Inspirados de sua literatura; prhocupado com a política narra, em Bright Red, Dark Green, as vicissitudes de um ditador sul-americano, um estudo cáustico das transformações revolucioná rias, da consciência revolu cionária de generais e seus comandados, do despreparo Intelectual, político e moral para assumir o govêrno. Ficção política de terrível veracidade. Tendo participado da guer ra, Gore Vidai conta em Williwaw e In a Yellow Wood os problemas de um jovem na guerra, as dificul dades de aclimatação na vida normal. Democrata de esquerda suas polêmicas políticas e morais conseguem, sempre, aterrorizar os já aterrados americanos da maioria si lenciosa. A partir do suces so de Myra Breckinridge e do lançamento de A Longa Espera do Passado, Vidai deverá chegar com mais as siduidade ao público brasi leiro. mtros ilnos da leusa Erich Segal, Love Story, Mario Puzzo, O Chefão; Jim my Breslin, The Gang That Couldn't Shoot Straight (a ser lançado em breve no Brasil), Susan Sontag, Mor te em Questão; Viagem à Hanoi: entre a simplicidade e a complexidade, a litera tura americana contemporâ nea absorve as mais varia das Influências. Um país com um impor tante campo editorial, revis tas Importantes (Playboy, a Esquire ou New Yorker) pu blicando contos (muitos dos quais são, posteriormente, transformados em romances), a renovação literária dos Estados Unidos é uma rea lidade que nos chega com uma freqüência cada vez maior. Da mixórdia surge urna vitalidade, uma ampla visão de todos os problemas, ân sias e dúvidas do homem. A ingenuidade não deixa de ser uma de suas compo nentes e, por Isso mesmo, Charles Webb (A Primeira Noite de um Homem) ou o Philip Roth de Goodbye Columbus conseguem gran de sucesso. O erotismo continua uma grande fonte. A colocação de Norman Mailer é p e rfe i ta, não apenas nos Estados Unidos, e, por isso, O Com plexo de Portnoy de PhilipRoth, Casais Trocados, de John Updíke ou Myra Bre ckinridge) conseguem os ín dices de best-seller nacio nais. Vez por outra, desa bafos pessoais que interes sam a todos como é o caso de Elia Kazan quer em Amé rica, América ou The Arran gement. A literatura americana, viva, tem seus filhos da Deusa. Como o céu é mul to grande, sempre sobra uma fatia para os Harold Robbins, Arthur Hayley ou Jacquèline Susan. ■ Muitos não conseguem aqui o sucesso que mere ciam, caso de uma Mar jorie Kellog (Juníe Moon) ou James Purdy (Os Crimes de Cabot Wrlght) — ambos, por sinal, encontrávels nas liquidações da Entrelivros — outros furando o bloqueio da desinformação como Maryx McCarthy ou Carson McCullers. Um dos grandes filões da literatura americana está, sem dúvida, com os auto res de origem judaica um Saul Bellow, Malamud, Elie Wiesel, como o próprio Nor man Mailer. Philip Roth la vida es sueno suena el rey que es rey, y vive CALDERON DE LA BARCA corn este engano mandando, disponiendo y gobemando; y este aplauso que recibe prestado, en el viento escribe; y en cenizas le convierte la muerte (desdicha fuerte!): qué hay quien intente reinar, viendo que há de dispertar en el sueno de la muerte? suefta el rico en su riqueza, que más cuidados le ofrece; suena el pobre que padece su miseria y su pobreza; sueria el que a medrar empieza, suena el que afana y pretende, sueria el que agravia y ofende, y en el mundo, en conclusiôn, todos suenan lo que son, aunque ninguno lo entiende. yo sueno que estoy aqui destas prisones cargado, y soné que en otro estado más lisonjero, me vi. que és la vida? un frenesi; que és la vida?, una ilusion, una sombra, una fición, r y el mayor bien es pequeno; que toda la vida es suôno, los suenos, suenos son. Flaman a ch^ acende doamor, alegria viver com liberdade e beleza Muito temperamento. Arran ca resoluto, desenvolve com firm eza. Preciso nas curvas, audacioso nas retas. Repare seu nôvo e arrojado estilo. Veja a beleza da nova grade com faróis emoldurados. Dentro um apurado acabamento acentua o v E B k S i conforto. É um C hevrolet Opala De Luxo. E êle tem refinamentos me cânicos também: pedais maio res, freios mais potentes. Opções? Há muitas à sua es colha: dos motores às côres. Venha ver os requintes do K n p O p a la De Luxo 1971, num Concessionário Id e Qualidade ■ B H P C h e v r o le t.