Boletim Cooperativista nº 215, outubro 1971
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Boletim Cooperativista nº 215, outubro 1971
O COOPERATIVISMO É DE INICIATIVA POPULAR EM T U D O . TODO E L E Ê E D I F I C A D O PELA A C T I V I D A D E DOS C I D A D Ã O S FUNDADO POR ANTÓNIO SÉRGIO N." 215 • OUTUBRO DE 1971 O POVO DE A L H A N D R A DE P A R A B É N S ! Com a colaboração da população foi criada uma nova unidade cooperativa de Consumo deira romaria. Como se lia num letreiro com uma frase de António Sérgio: « 0 cooperativismo é de iniciativa popular em tudo!». twp. Um êxito clamoroso! Assim se pode dizer da inauguração do novo estabelecimento cooperativo DÓMUS uma iniciativa da população da laboriosa localidade. De facto só o entusiasmo da população operária de Alhandra pôde galvanizar de tal modo tudo e todos que em tão curto espaço de tempo foi possível criar mais um instrumento de defesa popular contra a especulação e um meio de promoção humana naquela povoação a par de outras de outro tipo que já estão funcionando. Depois de conversações e realização de debates com os interessados para decidir se deviam fundar uma cooperativa independente ou integrada constituiu-se uma Comissão Organizadora que actuou como dínamo para levar os dirigentes e técnicos da UNICOOPE a dar o passo decisivo: abrir um novo DÓMUS. Não houve foguetes. Não houve bandas. Mas não houve ninguém em Alhandra que não soubesse que abrira a Cooperativa. Por todos os lados se lia: «Povo de Alhandra abriu a nossa Cooperativa». E na data da abertura, 15 deste mês, foi uma verda- de n o r t e as u l AVEIRO • U m a Cooperativa em Gafanha* Devido a u m a iniciativa de diversos habitantes de Gafanhas e c u j a preoc u p a ç ã o estava centrada na p r o m o ç ã o social dos habitantes da localidade — v ã o r e c o m e ç a r em breve as obras de c o n s t r u ç ã o para a i n s t a l a ç ã o de u m a cooperativa. Dizemos r e c o m e ç a r pois a ideia nasceu h á anos, f o i tomando f o r m a e chegou-se mesmo a iniciar a c o n s t r u ç ã o do conjunto de edifícios da cooperativa. No entanto por dificuldades v á r i a s as obras f o r a m suspensas. A cooperativa é de moldes de certo modo inéditos pois pretende abranger u m conjunto de actividades para corresponder à s necessidades mais prementes dos habitantes. Pretende pois ter secções tais como: mercearia; f a r m á c i a ; a s s i s t ê n c i a m é d i c a g r a t u i t a que compreende consultas externas e a t é enfermaria para internamentos; j a r dim-escola, etc. Os geus dirigentes pretendem ainda desenvolver actividades culturais e desportivas. O empreendimento suscita u m a evidente expectativa pois a coperativa pode comportar 3 m i l sócios. RAMALDE • Tomou posse nova c o m i s s ã o cultural E m 28 de Julho tomou posse oficial, a nova comisgão cultural, em r e u n i ã o de Direcção, com a p r e s e n ç a do Presidente da Assembleia Geral e membros do Conselho Fiscal. Foi, nessa r e u n i ã o , apresentado o programa de actividades que a nova c o m i s s ã o se p r o p õ e concretizar. Foi ainda sugerido à C o m i s s ã o Cult u r a l o fomento do desporto amador, como meio de chamar maig jovens à Cooperativa e estreitar, entre eles, l a ços de amizade; realçou-se t a m b é m o interesse, e a necessidade de i n t e r c â m bio c u l t u r a l com as outras cooperativas, mas viu-se que este i n t e r c â m b i o só pode surgir a p a r t i r do desenvolvimento da actividade c u l t u r a l na p r ó pria cooperativa. Finalmente a D i r e c ç ã o prometeu t o do o seu apoio e c o l a b o r a ç ã o à nova comissão, desejando-lhe os melhores êxitos no cumprimento das sua t a refas. BRAGA • N o t i c i á r i o «Novos Pioneiros» Por i n t e r m é d i o da secção de Fotog r a f i a e Cinema esteve patente aog sócios, na sede social, durante 15 dias do m ê s de Julho, u m a E x p o s i ç ã o de Fotografia, de Tema livre, que reuniu mais de 50 trabalhos. Comemorando o 1." a n i v e r s á r i o de abertura do seu Posto de Abastecimento, esta Cooperativa levou a cabo, na sua sede social, u m modesto mas 2 boletim cooperativista boletim COOPERATIVISTA Director e Editor: Faustino Cordeiro • Propriedade: Unicoope— União Cooperativa Abastecedora, SCRL • Redacção e Administração: Rua Cidade de Benguela, lote 300-A — Olivais Sul LISBOA-6 — Tel. 31 58 43 Secretário Coordenador: José N. R. Ermitão Redactores Responsáveis: Vasco de Carvalho Faustino Cordeiro Rui Canário Jorge Pinheiro • Colaboradores permanentes: J. Dias Agudo Arnaldo Teixeira Alfredo Canana Natércio Afonso Fernando Mateus • Delegação no Norte; Gabinete Regional do Norte de Formação Técnica Cooperativa Rua do Paraíso, 271-1.° PORTO significativo programa, do qual constou no d i a 25-7 — uma Confraternização, com baile e jogos, promovido pela sua secção de Convívio; no d i a 26, — U m a s e s s ã o de cinema, com exibição de algumas curta-metragens, iniciativa da s e c ç ã o de Cinema e F o t o g r a f i a ; no dia 27, u m convívio c o n s t i t u í d o por u m acto de variedades, com baladas, dec l a m a ç õ e s e outros divertimentos, organizado pela s e c ç ã o de convívio, que foi precedido por palavras de apreciação à actividade desenvolvida e, bem assim, de p r e s p e c t i v a ç ã o da A c ç ã o f u tura. Esta r e a l i z a ç ã o , que contou com uma a p r e c i á v e l p r e s e n ç a de associados, foi tida como u m primeiro passo para outras de maior alcance. PORTO • Cooperativa da Foz: a consciência d u m problema Nos ú l t i m o s 25 anos todas as d i recções da nossa cooperativa se t ê m e s f o r ç a d o por fazer acompanhar a evol u ç ã o das nossas actividades comerciais, base de tudo o mais, de realizações de c a r á c t e r recreativo e c u l t u r a l c o n s e n t â n e a s com o tipo de cooperativismo rochdaleano que i n f o r m a esta Cooperativa. Desde a velha casa do P a r a í s o , passando pelo Passeio Alegre, sempre, e em todos os anos, f o i p r e o c u p a ç ã o das Direcções e dos restantes corpos sociais, proporcionar aos associados, dentro da heterogeneidade que os caracteriza, actividades para a l é m da aridez do deve e haver, de mais bacalhau menos bacalhau, de melhores ou piores batatas... Sempre nos quis parecer que tais actividades eram do interesse geral, devendo como t a l ser considerados pelos associados, e m u i t o particularmente por aqueles que em anos anteriores ocuparam lugares administrativos, tendo t a m b é m colaborado e organizado e n t ú s i à s t i c a m e n t e na r e a l i z a ç ã o de actos semelhantes. Ora acontece, que temos vindo a v e r i f i c a r que alguns sectores da massa associativa se m a n t é m , de certo modo, à margem de tais iniciativas, como aqueles que por c á passaram se v ã o entrincheirando n u m mutismo e n u m alheamento, que parece desmentir a sua d e d i c a ç ã o à Cooperativa, em que continuamos a acreditar. Escusado s e r á dizer que n ã o é f a l t a de c o n c o r d â n c i a e apoio com o que vamos fazendo que nos leva a dizer isto. De modo nenhum. Do que se t r a t a , é que em todas as iniciativas se nota a f a l t a da p r e s e n ç a humana dos referidos sectores, mesmo discordante, mesmo contestante, e sobretudo c r í t i c a . No entanto g r a ç a s a u m n ú m e r o cada vez maior de gente nova que se vai interessando pela cooperativa a p r e s e n ç a amiga por vezes dos convidados de ' outras cooperativas, as nossas realizações v ã o encontrando u m r a zoável acolhimento. (do Boletim interno da Cooperativa) • PUBLICAÇÃO MENSAL • Composto e impresso por MIRANDELA & C * (Irmão), Tr. do Ferragial, 3-Lisboa Não nos obrigamos a devolver os artigos não solicitados. Os artigos assinados são da responsabilidade dos autores. V I N H O S L O U R I N H Ã PUREZA GARANTIDA PELA ADEGA COOPERATIVA DA LOURINHÃ PEÇA-OS NA SUA COOPERATIVA I , Sinal de vitalidade, várias cooperativas, ultimamente, têm começado a editar boletins internos quer de carácter informativo quer cultural. A «Zambujalense» é uma delas e do n.° 3 do seu boletim retiramos o que se segue: i A EXPANSÃO DA COOPERATIVA DO ZAMBUJAL Ã esquerda o edifício da Cooperativa Durante os seus 50 anos de existência, a Cooperativa de Consumo do Zambujal tem funcionado quase exclusivamente como cooperativa panificadora, produzindo e vendendo aos seus associados pão. Apssar de a actividade comercial da cooperativa se reduzir pràticamente a este produto, tanto o povo do Zambujal como o das terras vizinhas têm sentido os benefcios da existência da cooperativa. Não só a qualidade é superior (e o peso exacto), como ainda a cooperativa faculta aos sócios enormes vantagens de carácter social e cultural (assistência médica gratuita, biblioteca, etc.). Como é isso possível? Ao contrário das empresas capitalistas, que visam obter o máximo de lucros, à custa do povo consumidor, as cooperativas que são propriedade dos sócios não visam o lucro mas sim servir os consumidores. Nem faria qualquer sentido que as cooperativas enganassem, quer na qualidade quer no peso os compradores pois, que, nesse caso seriam os próprios consumidores a enganar-se a si próprios. Por outro lado, lucros que os trabalhadora deixam nas mãos dos comerciantes onde vão abastecer-se, utilizam-nos as cooperativas de forma diferente. Na cooperativa, os lucros que iriam ser utilizados pelos comerciantes capitalistas em s3U proveito individual, são orientados em proveito colectivo dos sóciosÉ assim que se explicam as vantagens sociais e culturais que as cooperativas de consumo podem (e devem) oferecer aos seus associados. Porém muitos associados não compreenderam ainda as vantagens oferecidas pela cooperativa e em vez de contribuírem para o seu fortalecimento, continuam a abastecer-se parcialmente nos comerciantes privados. Em relação a este elemento impõe-se paciente e persistente trabalho de esclarecimento mostrando-lhe os benefícios que o povo po- de colher da sua organização em associações cooperativas, que no campo do consumo defendam os seus interesses e necessidades, constantemente agravadas psla subida de preços. Ora bem, se a existência da nossa cooperativa tão proveitosa se tem revelado, mesmo circunscrevendo-se a sua acção a um único produto — o pão — por que razão não havemos de alargar o seu campo de actividade a outros produtos? A experiência da secção de têxteis é um exemplo de que esse alargamento é não só possível como proveitoso. A venda de refrigerantes, e os preços praticados pela cooperativa em rslação aos comerciantes são um outro exemplo flagrante dessas vantagens. É claro que a cooperativa não pode de ânimo leve alargar a sua actividade a outros ramos comerciais. É necessário que cada passo em frente seja maduramente pensado, é necessário que do ponto de vista económico todos os prós e os contras sejam devidamente psnsados, para que não se criem actividades que a estrutura da cooperativa possa não vir a aguentar. Por outro lado a nossa cooperativa não pode ser considerada isoladamente — ela é membro de uma UNIÃO COOPERATIVA, a UNICOOPE que à escala nacional vai adquirindo já uma certa dimensão. Por isso, é possível, qus determinadas iniciativas comerciais que dada a pequena dimensão da cooperativa viriam a revelar-se inviáveis, possam vir a tornar-se realidade desde que desenvolvidas em colaboração com a UNIÃO COOPERATIVA. Aliás, a própria secção de têxteis na sua fase inicial arrancou precisamente com o apoio da UNICOOPE. EM Suma, e para não alargar mais este artigo, quaisquer que sejam as decisões que venham a ser tomadas só uma objectiva nos deve guiar — defender os interesses colectivos do povo consumidor do Zambujal, só esses nos interessam, e só esses devemos ter em conta. IMPRESSÕES DO COOPERATIVISMO ALEMÃO O desenvolvimento do cooperativismo na Alemanha, mesmo com a e x t r a o r d i n á r i a p u j a n ç a de suas cooperativas, enfrenta, t a m b é m , a f o r t í s s i m a c o n c o r r ê n c i a do mercado capitalista. A s Cooperativas pagam taxas e impostos e, somente a t r a v é s da i n t e g r a ç ã o , como recentemente ocorreu nas entidades Raiffeisen e Schutz-Delitzch, essa f o r ç a ext r a o r d i n á r i a que é o crédito cooperativo vem sobrevivendo sem enfraquecer o seu p r e s t í g i o secular. O Governo participa, ao nosso ver, relativamente pouco no desenvolvimento do cooperativismo. A grande f o r ç a é o poder económico das o r g a n i z a ç õ e s de r e p r e s e n t a ç ã o das Cooperativas. O f a c t o r i n t e g r a ç ã o é uma realidade no cooperativismo a l e m ã o . Citarei como exemplo, o problema que os produtores de beterraba para a ç ú c a r e n f r e n t a r a m pela c o n c o r r ê n c i a da i n d ú s t r i a especializada. Para preservar sua economia, os associados de cooperativas, c o n s t i t u í r a m f u n d o especial de p a r t i c i p a ç ã o e, a t r a v é s deste recurso — lhes f o i possível montar e colocar em funcionamento, a F á b r i c a de F r a n k e l i n Zeil, localizada na r e g i ã o da F r a n c ô n i a . Visitei essa m o d e r n í s s i m a f á b r i c a , onde no espaço de tempo de menos de 4 horas, a beterraba é recebida « i n - n a t u r a » dos produtores, transformada em a ç ú c a r refinado ou sólido (tabletes), empacotada e pronta para entrega imediata ao consumidor. Poderia citar, a l é m desse exemplo, muitos outros, como a f á b r i c a s de r a ç õ e s balanceadas da O r g a n i z a ç ã o R a i f f e i sen, f á b r i c a para i n d u s t r i a l i z a ç ã o de legumes e f r u t a s « u n t e r l a n d » , f á b r i c a de queijos e, finalmente, o mercado para tratamento e embalagem de f r u t a s de Ravensburg. Quando assinalei a pequena parcela de p a r t i c i p a ç ã o do Estado no desenvolvimento do coperativismo da Alemanha, desejei somente com isto melhor caracterizar que o m o v i mento cooperativista no referido P a í s cumpre sua t a r e f a essencial qual seja a, de eliminar, com seus p r ó p r i o s meios e recursos, os i n t e r m e d i á r i o s d e s n e c e s s á r i o s entre o produtor e o consumidor. O governo a l e m ã o coloca nas m ã o s das p r ó p r i a s cooperativas a solução dos seus problemas económicos. Deste modo as cooperativas contribuem como verdadeiro instrumento de desenvolvimento económico e de c o n s e r v a ç ã o — dos recursos humanos. Na Alemanha (R. F . A . ) compete exclusivamente à s Associações de Cooperativas prestar toda a s s i s t ê n c i a t é c n i c a à s suas filiadas. A inspecção, a contabilidade e a o r i e n t a ç ã o s ã o dadas pelos assistentes especialmente treinados nas respectivas org a n i z a ç õ e s . N ã o existe, como no Brasil, o poder de inter(Continua na pág. 10) boletim cooperativista 3 (Continuação da pág. IS) <NAO> AO CONSUMIDOR PASSIVO! das taxas governamentais. N a G r ã - B r e t a n h a f o i l a n ç a d a uma campanha com o seguinte «slogan»: Queremos saber o que compramos. Esta notícia significa que a mulher, como dona de casa e administradora dos bens do casal, é a mais indicada para levantar a voz contra o abuso dos p r e ç o s e a deficiente qualidade de certos produtos de consumo. N ã o sabemos ainda como a experiência d e c o r r e r á em Espanha mas, a exemplo do que h á anos se vem verificando noutros países, acreditamos que algo de proveitoso resulte. O primeiro encontro nacional de consumidores r e a l i z a r - s e - á em Barcelona, de 19 a 21 de Janeiro de 1972, com a c o l a b o r a ç ã o de diversos minist é r i o s e associações de donas de casa e a assistência, de d e l e g a ç õ e s de diversos p a í s e s europeus. N ã o seria t a m b é m altura de ser l a n ç a d o entre n ó s um movimento semelhante, em defesa do consumidor, que se vê obrigado a pagar o que lhe exige e receber produtos de baixa qualidade, sem ter qualquer possibilidade de i n t e r f e r i r e fazer valer os seus direitos ? 15 por demais sabido que enquanto as pessoas permanecerem divididas, lamentando-se ou protestando cada uma para seu lado porque o p ã o n ã o presta, o leite n ã o tem gosto, a carne atinge p r e ç o s proibitivos, a f r u t a n ã o e s t á ao alcance da maioria, etc., etc., nada se c o n s e g u i r á . É preciso pois que as f o r ç a s se unam, os protestos se fundamentem e os consumidores possam defender os seus l e g í t i m o s interesses, participando na g e s t ã o pública. Espanha j á nos deu o exemplo, acertando o passo com o resto da Europa. FAZER UM SEGURO É TER O AMANHÃ NAS MÃOS. FAZER UM SEGURO É TER O AMANHÃ NAS MÃOS. FAZER UM SEGURO É TER O AMANHÃ NAS MÃOS FAZER UM SEGURO É TER O AMANHÃ NAS MÃOS. FAZER UM SEGURO É TER O AMANHÃ NAS MÃOS. FAZER UM SEGURO É TER O AMANHÃ NAS MÃOS. FAZER UM S E G U R O É TER O AMANHÃ NAS MÃOS. FAZER UM S E G U R O É TER O FAZER UM SEGURO É TER O AMANHÃ NAS MÃOS MUTUAL E F A Ç A - O ATRAVÉS DA S U A C O O P E R A TIVA OU PELOS TELEFONES 97 02 01/2-LISBOA 611 55/6-PORTO 4 boletim cooperativista U N I DOMUS SUPERMERCADOS 1 ANO AO SERVIÇO D O S C O N S U M I D O R E S U m ano se passou e o Supermercado DOMUS na A v . da Boavista do Porto é uma e x t r a o r d i n á r i a realidade do cooperativismo P o r t u g u ê s , que soube assim vencer as peias do passado histórico, mas muito pouco realista face à evolução actual da vida. A Unicoope, U n i ã o de Cooperativas de Consumo Portuguesas, n ã o quis deixar de comemorar a e f e m é r i d e convidando todo o seu pessoal, o das Cooperativas associadas, bem como alguns dos seus Dirigentes. O representante da Unicoope A. Regional do Sul no uso da palavra Por parte da Unicoope, estiveram presentes além da Direcção Regional do Norte, o Sr. Eng." Toscano em r e p r e s e n t a ç ã o do Sul e os membros da Mesa da Assembleia Geral, tendo a r e u n i ã o sido presidida pelo Sr. Eng." Aureliano Capelo Veloso, Presidente da Assembleia Geral da Unicoope. De r e a l ç a r a p r e s e n ç a de empregados e Directores de Cooperativas de Braga «Novos Pioneiros», Coimbra « F u n c i o n á r i o s Civis de Coimbra», P ó v o a de Varzim «A F i l a n t r ó p i c a » , P e v i d é m «Pessoal Coelima», G u i m a r ã e s , S. J o ã o da Madeira «Pessoal da Oliva», além de algumas do Porto onde i m p o r t a salientar a de Aldoar, Ramalde — Povo Portuense e Moreira da Maia com uma larga r e p r e s e n t a ç ã o . E r a m cerca de 110 pessoas. Depois do repasto o Sr. Eng." Paulino, Presidente da Direcção do A r m a z é m Regional do Norte da Unicoope, proferiu algumas palavras, justificativas do acto, enaltecendo o trabalho desenvolvido pelos profissionais do Movimento Cooperativo em geral e do Supermercado DOMUS em especial visto ser a eles que a festa era dedicada. Referiu que o êxito do Supermercado DOMUS deve-se sem d ú v i d a ao carinho e c o m p t ê n c i a profissional que a sua equipa t é c n i c a . d e u provas. O Presidente da Unicoope do Norte no uso da A. Regional palavra Aproveitou t a m b é m a festa para premiar dois profissionais que se mant ê m ao serviço da Unicoope desde 1964 ano em que a Unicoope se estendeu ao Norte, eles Abílio da Silva Couto Salgueirinho e Eduardo Pacheco Gomes, dois homens a quem o movimento Cooperativo do Norte muito deve, pois f o i com a sua c o m p e t ê n c i a espírito de sacrifício e a b n e g a ç ã o que eles conseguiram ultrapassar as dificuldades que no início se depararam ao A r m a z é m Regional do Norte da Unicoope. O Sr. Presidente entregou a cada um deles uma oferta da Unicoope, simbolizando o reconhecimento devido. Falaram seguidamente diversas pessoas donde se destaca o Sr. Eng." M á r i o Toscano da Direcção Regional do Sul que disse trazer de Lisboa o a b r a ç o amigo dos colegas que representava, enaltecendo o espírito de camaradagem que encontrava, frisando que os profissionais das Cooperativas devem sentir o movimento como nós dirigentes ou cooperadores visto naquele n ã o haver p a t r õ e s . Quanto à c o m p e t ê n c i a profissional dos presentes ela salta à vista t ã o eloquentes são os n ú m e r o s que o Cooperativismo tem tido nestes ú l t i m o s anos no Norte do P a í s , fazendo deslocar para o Porto o núcleo cooperativo mais importante. Supomos que com o desenvolvimento dos grandes Supermercados que t ê m por t r á s poderosas o r g a n i z a ç õ e s financeiras do sector bancário, resta ao consumidor para se defender o movimento cooperativo, quer a t r a v é s das cooperativas existentes quer a t r a v é s das secções locais da Unicoope. Aspecto da mesa onde se vêem os 5lf empregados da Unicoope Armazém Regional do Norte Torna-se cada vez mais necessário que o consumidor esteja atento, pois logo que as mercearias tradicionais vão desaparecendo e com elas a concorrência, essas grandes cadeias f i c a m - a dispor da distribuição dos bens de consumo corrente quase em s i t u a ç ã o de monopólio, só um grande movimento cooperativo onde todos os consumidores podem recorrer p o d e r á ser um regulador na subida do custo de vida, no que se refere aos produtos básicos. Para conseguir t a l f i m necessita-se, no entanto que nas Secções locais da Unicoope e nas cooperativas tradicionais se reunam milhares de Portugueses. A porta e s t á franqueada e todos não seremos demais, tenhamos a consciência da hora em que vivemos e saibamos construir uma sociedade mais justa, mais fraterna. O Movimento Cooperativo p o d e r á ajudar a essa c o n s t r u ç ã o . Falaram seguidamente o Sr. António Tavares, gerente da Cooperativa do G á s e Electricidade, o Sr. Rodrigues da Cooperativa do Pessoal da Coelima, o representante da Cooperativa do Povo Portuense, o Sr. Arnaldo Teixeira colaborador do Boletim Cooperativista, o Sr. Fernando Cunha da Direcção do A r m a z é m Regional do Norte, os profissionais do A r m a z é m e do Supermercado DOMUS Sr. Bento Gonçalves, Abílio S. C. Salgueirinho, A n t ó n i o da Silva Soares e o Sr. Jaime Teixeira Oliveira que em nome do Pessoal da Unicoope ofertou à Direcção uma placa comemorativa do 1." A n i v e r s á r i o do Domus. Aspecto da mesa onde se vêem profissionais das Cooperativas — Novos Pioneiros— Braga, Aldoar, Povo Portuense, etc. A encerrar a que r e a f i r m o u os se fizesse mais e ponhamos ao seu sessão usou da palavra o Sr. Presidente da Assembleia Geral, agradecimentos da Unicoope todos exortando a que unidos melhor, pois a causa para que trabalhamos merece bem que serviço toda a nossa capacidade. boletim cooperativista 5 PARA UMA DISCUSSÃO TEÓRICA DO COOPERATIVISMO •4 O «B. C.» vem no último número • suscitar a discussão teórica das formas de acção que mais convirão ao ÍWovimento Cooperativo, na presente década de 70. Os artigos de Arnaldo Teixeira e Fernando Mateus estão na base desta proposta de polémica. t% A verdade é que no seu conjunto ™ O Cooperativismo de Consumo Português naufragou já nas formas tradicionais por que o conhecemos. A prova, numerosas cooperativas dependem totalmente, para subsistir, do apoio do Movimento. 3 A. Teixeira pergunta se há motivos para opção. Eu acho que não, só há motivo, se não for tarde de mais, para se acorrer a salvar os restos do naufrágio. 4 Há bons 15 anos as Cooperativas do Sul faziam figura de grandes e ricas ao lado das do Norte: muito mais prósperas, muito mais dinâmicas. Foram elas aliás que tiveram a iniciativa de fundar a UNICOOPE. Dizia-se então no Norte que a gente do Sul tinha mais espírito cooperativista, mais mentalidade, que os do Norte eram mais individualistas, enfim, uma série de tretas para desculpar a inércia e o atraso. A maioria das pessoas, por comodismo, recusava-se a raciocinar que, muito simplesmente, tinha havido no Sul do Tejo condições favoráveis ao desenvolvimento cooperativo (concentração de classes trabalhadoras), e que o que tinha sido possível no Sul era igualmente possível, embora em escala mais moderada, no Norte. Bastava querer. C Hoje, que se situam no Norte a maioria das cooperativas de consumo dotadas de dinamismo e força económica, e as grandes cooperativas do Sul entraram em crise, voltam a surgir as mesmas explicações de ordem «metafísica», aplicadas ao contrário. Agora são os do Sul que invocam a desculpa de que no Norte há mais espírito cooperativista, mais mentalidade, etc., etc. As mesmas tretas viradas do avesso. Aparecem até argumentações de tipo rácico para explicar porque andam os do Norte prá frente e os do Sul para trásDe novo, as pessoas fogem à verdade, bem mais plausível: o comércio privado tem evoluído mais depressa no Sul do que no Norte, e tem exercido maior pressão concorrencial no sector cooperativo. Houve, porém, um factor decisivo: nos anos fartos o Sul não soube aproveitar a maré favorável para criar reservas, para profissionalizar decentemente os seus serviços, e para realizar uma integração cooperativa suficientemente profunda. Hoje os factos mostram que o «Plano Ames» veio tarde demais. Não se criaram reservas, nem se profissionalizou, nem se fez integração que se visse. Çt Mas não haja ilusões perigosas: as " pequenas vantagens adquiridas por um reduzido núcleo de cooperativas nortenhas, em parte baseadas no arranque 6 boletim cooperativista mais oportuno do seu Armazém Regional, não serão só por si suficientes para aguentar o embate cada vez mais vigoroso do mercado, a não ser que essas cooperativas completem rapidamente a sua integração de serviços, em todos os planos: compras, transportes, contabilidade, estatutos, acção associativa. Se assim não for, a crise que já explodiu no Sul poderá levar mais tempo mas acabará por lá chegar também. • » No Sul a opção é muito mais clara: • ou se consegue imediatamente uma integração total (fusão), ou vão desaparecer em prazo muito curto algumas das cooperativas mais prestigiosas do nosso movimento. É precisamente no momento em que a UNICOOPE assume exteriormente responsabilidades de milhares de contos para poder singrar e sobreviver, que lhe estoiram nos braços crises violentas de cooperativas filiadas das mais importantes: depois da Civicope e da Almadense, a Piedense suspende as compras e os pagamentos, a Seixalense entra em dificuldades, e o mesmo se vai passando com a Popular Barreirense, a Banheirense, e outras, para não falar dos casos já antigos e conhecidos. E a crise vai alastrando porque as cooperativas não têm dentro de si a força necessária para se regenerarem, porque defrontam problemas novos e dificuldades cuja origem lhes escapa. Em face dum problema desta magnitude, que podem fazer os poucos dirigentes e militantes cônscios do mal que não seja concentrar os seus esforços no sentido duma solução colectiva e global? É totalmente inviáyel que se dispersem petos meandros sem fim que perderam as cooperativas. Se, todos juntos os poucos que somos, não o fizermos, corre o risco de desaparecer um valioso património cooperativo, construído pelo Povo e propriedade desse mesmo Povo para seu serviço. Q ® Tem razão, por isso, Arnaldo Teixeira quando pede que se intensifique a integração das cooperativas do Norte, focalizando no Armazém Regional a sua central de serviços. Embora possa parecer apenas uma medida vantajosa, trata-se de facto duma condição de sobrevivência. Mas o atraso dessa política será devido à abertura do Supermercado «Domus»? Não o creio. Ainda que o «Domus» exija especial atenção aos dirigentes, a integração dos transportes e da contabilidade das cooperativas (e por que não o planeamento total das compras?) só não se fez ainda porque as cooperativas realmente ainda o não quiseram. Façamos propaganda nesse sentido mas não invertamos as causas e os efeitos. ; \ Não tem razão Arnaldo Teixeira quando cria uma «hipotética» oposição de interesses entre as cooperativas existentes e as secções locais previstas no novo Estatuto. Não tem razão igualmente quando chama «hipotéticas» às secções locais e aos núcleos de cooperadores. Infelizmente para nós, as secções locais são já hoje, aqui no Sul, a realidade mais positiva do movimento, apesar de mal terem começado a surgir. Os 6 postos integralmente abastecidos pelo Armazém Regional representam já cerca de 40 % do seu movimento, e a venda faz-se a pronto pagamento, processando-se o abastecimento e o movimento financeiro com regularidade e solidez. Em França seguiu-se o caminho das grandes cooperativas regionais, algumas com áreas quase iguais à do nosso país. Vão abrir-se as secções de Alhandra e de Vila Franca de Xira. Vamos fazer tudo para que levem muito a sério as designações de «Cooperativa de Alhandra» e «Cooperativa de Vila Franca» qua lhes são atribuídas, pois de autênticas cooperativas se trata. Se têm uma A s sembleia local, uma Comissão Directiva local, e delegados ao Conselho Regional e Assembleia Geral da UNICOOPE, que diferença fazem em relação às cooperativas clássicas? Só em dois aspectos fundamentais: a condenação total do amadorismo na administração, e a impossibilidade de traírem o Movimento, abandonando-o. Pois que segurança tem tido o Movimento Cooperativo em Portugal, quando os seus dirigentes vêm arriscando, com lúcida insensatez, quase loucura na lógica normal dos negócios, responsabilidades de milhares de contos, numa actividade em que as cooperativas empenharam apenas escassas dezenas? Que segurança existe quando as cooperativas têm a liberdade de negarem hoje compromissos que assumiram ontem, e «quem ficar que se lixe»? Que pôde fazer o movimento quando a Cooperativa de Lordelo de Ouro o traiu sem hesitar, escrevendo uma página trists que manchou um passado de prestígio e de mérito? Que teria acontecido se outras a tivessem seguido? Que pudemos fazer nós aqui no Sul, quando as Cooperativas que assumiram compromissos de consumir mais da 25 % e de pagar nos prazos estabelecidos, pura e simplesmente ignoraram essas responsabilidades? Seria possível administrar o País que é Portugal, se os vários distritos que o constituem pudessem sair e entrar quando lhe apetecesse, conforme lhes conviesse ou não? HO Porque assim é, e porque assim sempre foi, em Portugal como no resto do mundo, é que todos os Movimentos Cooperativos com a'gum valor tiveram de assentar a sua actividade em unidades de maior dimensão e segurança. Foi assim qu3 já na década de 1910/19 se criaram por essa Europa fora grandes cooperativas urbanas e regionais, pela aglutinação das numerosas sociedades de bairro e de povoação. A dúzia de cooperativas da área metropolitana da Suécia, as 17 cooperativas da região d3 Estugarda (Alemanha) transformaram-se na Cooperativa de Estocolmo, e Estugarda, respectivamente. 0 mesmo se passou em Hamburgo, Londres, Zurique, Gotemburgo, Copenhaga, etc., etc. Quer dizer: há mais de 50 anos estava consumado o que hoje ainda é impossível de encarar, por exemplo, no Porto. É evidente que este caminho teve inconvenientes, visto que tornou mais difícil e afastado o contacto e a participação entre os sócios cooperadores e os centros de decisão, tornando mais complexa a democracia cooperativa. Mas o facto de esta evolução ser comum a todos os países além-Pirinéus não será suficientemente esclarecedor de que não houve outra via? Os imperativos económicos são inevitáveis, e não há opção possível entre um movimento ideologicamente perfeito constituído por cadáveres económicos, e um movimento economicamente forte e útil à comunidade, ainda que necessite de correctivos que o mantenham fiel a si mesmo. Felizmente, a experiência mais recente provou que os Armazéns Regionais, ou Centros Regionais de Serviços, constituem um órgão flexível, dinâmico, adaptado aos tempos modernos, o qual permite muito maior descentralização e autonomia regional do que nas centrais cooperativas clássicas, de nível nacional. Mas para isso é necessária a integração total de serviços, nomeadamente as compras, os transportes, a contabilidade, o empacotamento, etc., etc. Objectivo fundamental: acreditamos que a presente década é a nossa última hora, talvez a nossa 25." hora? Vamos ficar à espera que surjam espontaneamente pequenas cooperativas em todas as partes do país? Com que possibilidade de êxito? Civicope, Linha de Sintra, Via Norte, Telefones (Lisboa) e muitas mais, são exemplos do esforço de tantas boas vontades, perdido no mar encapelado das condições actuais de mercado. Poderão surgir algumas excepções, e oxalá que sim, sobretudo em meios mais pequenos e remotos. É nosso dever acarinhá-las e apoiá-las. Mas também não será nosso dever prevenir dos riscos e perigos, e das lições da experiência, como fizemos em Alhandra e Vila Franca? •jQ Poderá esperar-se a cooperatizalO ção do país à base de cooperativas de empresa? Seria caso único no Mundo. Não, devido às limitações que caracterizam este tipo de sociedades, elas não podem servir da base a uma cobertura cooperativa adequada. São bem-vindas sempre que norteadas pelo ideário cooperativo, e nelas têm surgido tantos bons cooperadores. Mas não podem realizar, na sua totalidade, evitar que o cooperativismo monte de destroços Todos nos regozijamos com a prosperidade e boa gestão das Cooperativas da Foz do Douro, de Aldoar, de Ramalde, e algumas mais do Norte. Constituem a base mais sólida do nosso movimento e sem elas já não existiria UNICOOPE nem Cooperativismo de Consumo em Portugal. Todos esperamos que saibam, a tempo e horas, realizar no Armazém Regional a integração que ainda lhes falta, a fim de assegurarem o seu futuro e a sua continuidade. Mas não esqueçamos que as cooperativas filiadas na UNICOOPE (incluindo aquelas que quase não funcionam) representam pouco mais de 1 % da população portuguesa! É com asta base associativa que se pensa construir um movimento realmente forte e influente? Ou pensamos que temos séculos à nossa frente para realizar esta obra? Ou não em Portugal sej-i um o programa de que carecem os consumidores portugueses. -| ã Restam portanto as secções " • locais, cooperativas locais integradas, ao fim e ao cabo, como via principal de expansão (embora não a única). Ou escolhemos deliberadamente esta política, em grande escala (na medida de todas as nossas forças) ou tudo o que fizemos até aqui terá sido inútil. Por minha iniciativa pessoal, já procurei diversas vezes entusiasmar os nossos dirigentes na efectivação duma campanha enérgica para a angariação mínima de 3000 sócios individuais da UNICOOPE ( a 1000 escudos de capital médio seriam 3000 contos, ou seja bastante mais (Continua na pág. seguinte) PARA UMA DISCUSSÃO TEÓRICA DO COOPERATIVISMO boletim cooperativista 7 PARA UMA DISCUSSÃO TEÓRICA DO COOPERATIVISMO movimento que pretende ser, para além da actividade puramente comercial. Onde está a lógica de tudo isto? Onde está a defesa geral do consumidor português em tudo isto? 1fi Continuação da pág. anterior DISCUTIR OU AGIR? do que as 80 cooperativas filiadas puseram de numerário na sua União). Infelizmente, ainda nada se fez de palpável, nem no Norte nem no Sul. Como sou suficientemente reli.sta, estou convicto de que, se este assunto não for encarado a sério até ao fim do corrente ano, os sacrifícios pessoais e familiares que nos vimos impondo deixarão de ter qualquer significado e razão de ser. •jC Um dos principais objectivos do *^ Supermercado «Domus» da Fonte de Moura foi o recrutamento de novos cooperadores e novos capitais para o movimento, No documento que serviu de base à obtenção do empréstimo, a UNICOOPE comprometeu-se à realização dum esforço de capitalização através de novos sócios. Pois, infelizmente, devido ao egoísmo e individualismo, esse esforço ainda não se pôde iniciar, até à data em que escrevo. Apesar de as cooperativas terem reconhecido que a instalação naquele local dum concorrente privado teria sido nociva para todas elas, e que pelo contrário o Supermercado Cooperativo lhes deu apoio, ensinamentos e não prejudicou o seu movimento, antes pelo contrário, apesar disso o «Domus» ainda não pôde começar a ser verdadeiramente cooperativo, funcionando até agora como qualquer estabelecimento capitalista. O Movimento tem estado a perder uma arma importante de propaganda, e uma fonte considerável de capitais, e continua a asfixiar-se a si mesmo como 8 boletim cooperativista Voltando ao princípio, não há portanto motivo para opção. Há que salvar o que ainda for possível salvar, com coragem e decisão, e há que extrair o máximo de resultados, económicos e cooperativos, dos nossos esforços e investimentos. Felizmente a UNICOOPE dispõe hoje dum estatuto suficientemente flexível para permitir várias formas de actuação. Aqueles que, como eu, acreditam nas secções locais (cooperativas locais integradas) como forma principal de expansão, não têm mais do que unir os seus esforços para dar impulso decisivo a esta modalidade (sobretudo na periferia dos grandes centros, onde não houver cooperativas já constituídas). O que não quer dizer que não devemos apoiar outros tipos de iniciativas locais (e isso fizemos no Sul nos casos da Musgal, Arbocoope, etc.) e os esforços das Cooperativas existentes, se elas quiserem realmente integrar os seus serviçosAqueles que, como Arnaldo Teixeira, acreditam que é prioritária e viável imediatamente tal integração, pois devem convencer, antes de mais nada, as próprias Cooperativas. A mim, a experiência passada leva a crer que para isso serão necessários exemplos práticos, e nada melhor do que a demonstração dos custos relativos a dois ou três «Domus» integrados, comparativamente aos das cooperativas isoladas, Supermercado Dómus: novos para convencer estas (o que se verifica de desperdício em matéria de transportes, por exemplo, é escandaloso e bastante nocivo aos interesses reais dos cooperadores). Aqueles que, como a Direcção da Cooperativa «Novos Pioneiros», acreditam que a política das secções locais é errada e que a integração das cooperativas existentes (ou a criar) é a única que interessa ao movimento, têm amplo campo para demonstração prática do seu pensamento: existe na sua região uma série de cooperativas, antigas e recentes, muito à imagem e semelhança do que se passa no resto do país e no campo associativo da UNICOOPE. Se conseguirem realizar integração autêntica de serviços (baseada no Armazém Regional, e para isso muito estimularão as outras Cooperativas do Norte) e integração regional autêntica de actividades associativas, terão dado um formidável contributo ao Cooperativismo português. E então poderemos fazer confronto de políticas e vias de actuação, depois de obtidas realizações concretas (e os consequentes ensinamentos) e não através de simples enunciados teóricos apriorísticos. Não se esqueça que os princípios defendidos por «Novos Pioneiros» são exactamente aqueles que todos nós defendíamos, no ano recente de 1964. Não nos espanta, pois, que lhes pareçam lógicos e consequentes, com 7 anos de atraso, que não passaram por cima dos dirigentes bracarenses. O que nos chocou, sim, foi a falta de modéstia com que foram defendidos na última assembleia, e a falta de respeito evidenciada pela inteligência de quem tem dirigido e militado no Movimento nestes últimos anos. Como se quisessem forçar todos estes homens a esquecer a experiência, dura umas vezes, exaltante outras, que têm vivido, muitos desde a década de 50, todos juntos de 1964 para cá. •I"» Como se vê, não há que recear • • desvios, choques, cisões. Temos de aprender, todos, os caminhos não totalitários das várias experiências e das várias soluções. Todas as que forem válidas cabem no nosso Movimento, e o que é aconselhável em Lisboa ou Almada pode não ser desejável ou viável em Braga ou Freixeda do Torrão. Não há dúvida, já o dissemos várias vezes, que o Norte e o Sul cooperativos estão a viver momentos bastante diferentes. O estádio é diferente, embora cooperadores, novos capitais o sentido da evolução seja idêntico, não haja ilusões. Nada se fará que não seja aprovado pelas Assembleias Gerais, locais, regionais ou de nível nacional. Quanto ao Sul, demasiado sei que o mais urgente é esquematizar a integração total das cooperativas que dela necessitam e que por ela decidam (algumas já decidiram). Essa é a nossa grande responsabilidade. Os cooperadores do Norte têm de admitir que os caminhos podfm ser diferentes, em situações diferentes. É essa também a sua responsabilidade. Afinal enganei-me. Há uma opção, uma única, a tomar: agir, quanto antes. E. M. E S P E C I A L PARA G E R E N T E S ORGANIZADO PELO DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO TÉCNICA E COOPERATIVA Nesta folha, que è dirigida aos gerentes, encarregados de secção e consumidores em geral, sSo dadcs certos conselhos e feitas algumas sugesiftes úteis para promover as vendas ESTABELECIMENTOS C O U T O UM COOPERATIVOS CRIAR AMBIENTE AGRADÁVEL Ambiente: «Aquilo que rodeia alguém ou alguma coisa; aquilo que constitui o meio material, intelectual ou moral.» Charles Saunier: «Uma obra, para ser completamente admirada, exige um «décor» uma ambiência que, activando a compreensão do espectador, o prepara para a emoção estética.» A ambiência, para o comércio moderno, deve ser a procura dum meio para onde a clientela moderna seja atraída pelo imprevisto, novidade, pelo agradável. Um meio, enfim, onde todos os dias são dias de festa e para onde o consumidor, passando em frente, tenha desejo de entrar. Se na loja tradicional esta procura dum «meio» adequado era antes de tudo uma questão de relações e contactos humanos — logo uma questão de vendedor — o mesmo não acontece hoje em dia, particularmente nos auto-serviços e supermercados. É pois necessário criar novos modos e ambiências e a partir de outros meios. Ei-los: A APARÊNCIA EXTERIOR Ou a limpeza total, a taboleta e os cartazes exteriores criteriosamente concebidos e afixados, a exposição de produtos nas montras. Por outro lado a visão do interior do estabelecimento (produtos bem apresentados e decoração interior) que se oferece ao espectador exterior é fundamental. A AFLUÊNCIA DE CLIENTES A multidão atrai a multidão. Para fazer entrar clientes é preciso ter clientes no estabelecimento. Deve-se evitar pois mostrar ao espectador que passa os espaços demasiado vazios; mas devem-se criar centros de atracção visíveis do exterior (como agrupar produtos geralmente bastantes comprados; conjuntos de cartazes indicativos, etc.) Tudo isto, no entanto, sem que esses pontos de atracção impessam a circulação da clientela durante as horas de ponta. A ORDEM E A ARRUMAÇÃO Se a desordem e a falta de sequência das prateleiras de arrumação pode ser fatal a um estabelecimento, também uma ordem impecável e um alinhamento perfeito podem ser prejudiciais. Um estabelecimento não é um museu e se se conseguir o encontro duma certa «desordem organizada» com um certo bom-gosto estético, o resultado pode ser o mais aceitável possível, tanto para o nível de vendas como para a harmonia interior do estabelecimento. A ARRUMAÇÃO DOS PRODUTOS Concebida e feita de modo a que se consiga uma alternativa dos produtos de grande procura e venda com os artigos de venda normal ou com os de promoção. boletim cooperativista 9 C O M CRÊ O A R um ambiente agradável - m : Os vazios, as falhas na ocupação dos espaços são negligências que custam sempre caro. Mas de modo nenhum esta ocupação permanente do espaço total exclui a limpeza necessária em todos os pontos e sobretudo no material de frio: A APRESENTAÇÃO DO PESSOAL Em fato tipo uniforme, sempre limpo. O facto de diferenciar pelo colorido, por exemplo da blusa ou casaco, o pessoal conforme a zona de produtos que ocupam ou o escalão hierárquico, pode ter efeitos bastante felizes no sentido dum ambiente mais apropriado. A afixação do nome do empregado num sítio visível do seu fato é um bom elemento da relação humana entre o estabelecimento e o comprador. A ILUMINAÇÃO Deve-se evitar a existência de sectores mal iluminados e sobretudo negligências como lâmpadas fundidas, etc., que revelem falta de cuidado. A iluminação a cores, de preferência móvel, é altamente eficaz para apresentação de artigos de «choque» ou para promoções — cria-se uma sensação de vida, chama-se a atenção dos compradores e cria um ambiente interior mais refinado. O FUNDO SONORO Uma música suave ajuda também a criar ambiente. A sua intensidade deve ser estudada para evitar ou cobrir ruídos desagradáveis. Mas nunca se deve tornar inoportuna. E a publicidade-que nesse fundo sonoro se faça deve ser feita num tempo curto que nunca ultra- IMPRESSÕES DO COOP. ALEMÃO da pág. S) vençâo do Estado, através de órgão normativo. No caso, por exemplo, de comprovada desonestidade de dirigentes, o assunto é simplesmente entregue à Justiça Comum. 10 boletim cooperativista A DECORAÇÃO Esta joga um papel primordial entre os factores de criação dum ambiente, com a condição de se ser de bom-gosto. É constituído por um conjunto de meios, em renovação permanente, cujos fins são — criando um ambiente festivo— aumentar as vendas ou provocá-las em relação a um produto novo; conseguir um ar de conforto e plenitude interior; uma personalização do estabelecimento. A decoração, para além de estética e funcional, deve ser uma fonte de informação. O conjunto decorativo deve respeitar uma unidade de estilo e ser renovada frequentemente. - (Continuação passe os 20 segundos e a intervalos mínimos de 3 a 4 minutos. No momento do anúncio o fundo musical deve desaparecer ou ficar a um nível mínimo. OS TEMAS da decoração devem ser inspirados nos acontecimentos de calendário que podem resultar em promoção de vendas, como: abertura de aulas, férias, festas anuais como Natal, Páscoa, etc., festas locais, aniversário do estabelecimento, etc. A decoração deve ser retirada logo após estes acontecimentos e substituída por outra. Os MEIOS decorativos a utilizar serão: — os cartazes no exterior do estabelecimento; — os cartazes no interior, e servindo para indicar um produto ou um conjunto deles; — desdobráveis e folhetos; — indicativos que permitam chamar a atenção para um ponto preciso das prateleiras. AS DEMONSTRAÇÕES E PROMOÇÕES Fazem parte da decoração viva e são de grande interesse desde que a sua realização seja perfeita. Não admitem a mediocridade nem de preparação, nem de apresentação nem mesmo de qualidade do produto. CONCLUSÃO Não é só este ou aquele elemento que forma uma decoração eficaz — esta resulta dum conjunto de elementos onde a imaginação, a fantasia e o espírito criador tem papel fundamental. Não esquecer que a ambiência tem de ser realista isto é procurar um ponto de encontro entre o produto e o comprador. E este compra não só de acordo com as suas necessidades imediatas mas também de acordo com motivações profundas e solicitações de imagens concretas. P a r a registo das Coperativas em Stuttgart existe — somente um funcionário do governe para esse fim de vez que todas as tarefas referentes à vida técnico-administrativa das mesmas são, como j á frisámos, da exclusiva alçada da auditoria da associação representativa. A Organização Raiffeisen é muitíssimo respeitada e poderosa. A t r a v é s de seus recursos próprios m a n t é m excelentes— escolas de cooperativismo, promove intercâmbio com diversos países, a l é m de uma série enorme de prestação de serviços à s Cooperativas filiadas. H E L L Y SYLVIA. R. D E SOUSA 7500 OBRAS, MAIS DE 300 TÍTULOS DE REVISTAS E VALIOSOS MANUSCRITOS E s t á j á feito o registo total das obras e das revistas da Biblioteca que f o i de A n t ó n i o S é r g i o : 7500 obras e 321 t í t u l o s de revistas. Iniciou-se agora o arrolamento dos numerosos documentos e manuscritos, bem como da correspondência dirigida ao grande pensador p o r t u g u ê s por numerosas individualidades marcantes na vida intelectual portuguesa no presente e no passado. O valor principal da biblioteca de Sérgio assinala-se principalmente pelo facto de a maioria das suas obras estar anotada pelo autor e ser, por essa r a z ã o , u m instrumento indispensável para uma definição do seu pensamento filosófico, histórico, político e sociológico. JD preciso p ô r à disposição dos estudiosos e principalmente da juventude este manacial rico de s u g e s t õ e s e h i p ó teses contido nas obras que o trabalhador intelectual A n t ó n i o Sérgio escreveu pelo seu p r ó p r i o punho. Por isso se espera a c o n t r i b u i ç ã o de todos os cooperadores j á que a eles f o i confiada t a l tarefa honrosa pelos familiares do grande p o r t u g u ê s , que t ã o generosamente souberam corresponder ao grande amor que Sérgio dedicava ao Cooperativismo. I n i c i a r - s e - á em breve a c a t a l o g a ç ã o , mesmo antes da i n s t a l a ç ã o definitiva, e tais tarefas implicam despesas avultadas. Precisa-se da c o n t r i b u i ç ã o de todos. Eis os ú l t i m o s donativos: -TAL E A COMPOSIÇÃO DA BIBLIOTECA ANTÓNIO SÉRGIO QUADRO DE HONRA das cooperativas que já contribuíram para a BIBLIOTECA ANTÔNIO SÉRGIO Associação dos Inquilinos do Norte Povo Portuense Beato e Poço do Bispo * Progresso Banheirense * Trabalhadores de Portugal * Mealheiro dos Conferentes Marítimos Linha do Estoril * Foz do Douro Lar do Servidor da A. P. D. L. Húmus Sacavenense Alhos Vedros Operária Portalegrense Progresso de Estarreja A Compensadora Novos Pioneiros * Para a instalação Transporte Cooperativa « N O V O S P I O N E I R O S » Cooperativa «A S A C A V E N E N S E » J o s é de Morais Teixeira Daniel J o s é dos Santos 19 541$50 995Ç00 2 000$00 20?00 135?00 Total * Fizeram campanha entre os sócios 22 691?50 quente o u frio beba com N CHOCOLATE ri r Ú o O O O O O O O O O O O O O O O O O Q O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o O o o o o o o o o o o o o c o o Vi? e m p r o d u t o s cie q u a l i d a d e é garantia boletim cooperativista 11 I flT Hl Onde se transcrevem artigos aparecidos na imprensa — embora não envolvendo necessariamente a concordância do «B. C.» com o seu conteúdo. A publicidade com que quotidianamente somos « m a t r a q u e a d o s » , quer por i n t e r m é d i o da r á d i o , da T V , do cinema, do cartazes nas paredes, das revistas, dos jornais, de todos os meios, em suma, ao alcance para a t i n g i r e m o possível consumidor, acaba, muitas vezes, por fazer-nos perder u m pouco a noção das realidades. De tanto lermos, vermos e ouvirmos dizer que «todos» devem ver isto, ler aquilo, usar aqueloutro, acabamos por, inconscientemente, nos convencermos que isso é imprescindível à nossa vida, que sem tais coisas somos inferiores à s outras pessoas e que aquilo que p o s s u í m o s e que a t é agora parecia bastar-nns n ã o é, de f o r m a alguma, suficiente para podermos sentir-nos felizes. E o pior é que, muitas vezes, sem atentarmos no nosso equilíbrio o r ç a m e n t a l , acabamos mesmo por comprar o que n ã o p o d í a m o s nem d e v í a m o s , para logo nos encontrarmos a b r a ç o s com despesas que n ã o sabemos como pagar e muitas vezes com artigos que descobrimos que nem t ê m as vantagens que nos apregoavam, nem sequer nos eram assim t ã o n e c e s s á r i o s como c h e g á m o s a convencer-nos. Outras vezes, quando nem sequer nos chegamos a l a n ç a r na aventura da sonhada compra, quer por u m m í n i m o de bom-senso, quer por absoluta impossibilidade de a efectuarmos, n ã o somos capazes de f u g i r a u m sentimento de f r u s t r a ç ã o e quase nos envergonhamos de confessar aos outros (e a t é a n ó s p r ó p r i o s ) que ainda (a e s p e r a n ç a m a n t é m - s e ! . . . ) n ã o temos o a u t o m ó v e l , a m á q u i n a tie lavar ou o ú l t i m o detergente l a n ç a d o no mercado. Ora é preciso que saibamos encarar as coisas como elas s ã o . Porque se a publicidade é uma « p r a g a » impossível de evitar na sociedade de consumo (ou de venda?) em que vivemos, cabe-nos a n ó s e n c a r á - l a com lucidez, compreender que os «slogans» t ê m , muitas vezes, apenas u m m í n i m o (muito mínimo...) de verdade e que a vida é bem outra coisa e a felicidade n ã o depende, apenas, de meia d ú z i a de coisas que possamos adquirir. Conhecer os benefícios que a t é c n i c a p õ e ao nosso dispor e saber u s u f r u í - l o s quando e como deles necessitamos, muito bem. Tornarmo-nos escravos daqueles que pretendem, apenas vender os produtos para seu p r ó p r i o lucro, usando todos os meios ao seu alcance para convencerem os possíveis compradores, é u m perigo a que precisamos f u g i r , quanto antes... ou u m dia s e r á tarde demais e j á n ã o seremos senhores da nossa vontade, dos nossos desejos, da nossa vida! «NÃO AO CONSUMIDOR PASSIVO! (Continua na pág. l f ) Gostar ou não gostar — eis o que não é, de modo nenhum, a questão. Uma revista, antes de admitir um juízo, uma atitude destas, é um fenómeno sociológico. Tem um público receptor e comprador, s u põe um grupo de pressão editor o u / e director e afirma-se necessàriamente como s i s tema de valores, de ideias. Antes de gostar ou não gostar — o fenómeno sociológico, pois. Isto a propósito de dois artigos aparecidos na revista «Crónica Feminina», lúcidos, certíssimos, que dispensam comentários. Editoriais dos números 769 e 771. De Maria do Carmo Abreu. SERÁ ASSIM VIVER? 1 TV = alienação pela publicidade A s e m e l h a n ç a do que j á se verifica noutros p a í s e s europeus, como a Bélgica, Alemanha, Dinamarca, F r a n ç a , G r ã - B r e t a n h a , etc., o governo espanhol aprovou, recentemente, a c r i a ç ã o do Conselho Nacional de Comércio I n t e r i o r e dos Consumidores, com a m i s s ã o f u n d a m e n t a l de servir de meio de e x p r e s s ã o e encontro dos sectores interessados e assumir a tutela e a defesa dos consumidores. No incício da revolução industrial s u r g i r a m as cooperativas de consumidores, ao lado das associações sindicais o p e r á r i a s . N a maior parte dos p a í s e s da Europa, existem, actualmente, cinco tipos diferentes de associações de consumidores: cooperativas de consumo, o r g a n i z a ç õ e s de consumidores gerais ou especializadas, associações femininas e o r g a n i z a ç õ e s sindicais. As duas primeiras, t í p i c a s associações para defesa do consumidor, consagram-se à d i f u s ã o de i n f o r m a ç õ e s : analisam os produtos l a n ç a d o s no mercado e publicam sobre eles os resultados apurados, sem recearem usar os termos exactos. A u n i ã o das mulheres francesas organiza periodicamente campanhas contra a carestia de vida e em 1963 reuniu 210 000 assinaturas numa p e t i ç ã o de d i m i n u i ç ã o de 30 % BOLETIM COOPERATIVISTA Rua Cidade de Benguela, lote 300-A - Olivais-Sul - Lisboa V I N H O V E R D E DA UNIÃO OAS ADEGAS COOPERATIVAS AVENÇA