LUCIANO BRUNO

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LUCIANO BRUNO
LUCIANO BRUNO
biografia
O artista nasce em Napoli no dia 19 de maio, em plena primavera italiana. Terceiro filho da mantovana
Annetta Fontana e do napolitano Gennaro Bruno, completa a família junto aos irmãos Michele e Massimo.
Seu primeiro contato com a música, que se tornaria uma paixão e futura profissão, se inicia ao ouvir os
discos tocados na vitrola de seu pai. Em uma noite de Natal, seu irmão Massimo com 13 anos de idade,
recebe de presente um piano, que se torna objeto de curiosidade e desejo do pequeno Luciano. De forma
original, a família é surpreendida com a cena de Luciano, aos 06 anos de idade e uma alegria contagiante,
tocando no piano algumas músicas de ouvido. Na mesma semana, o artista inicia seus estudos de piano
clássico com a professora Colucci.
Com grupos jovens “Le Blatte 65”, “I Barbaros” e “Gli Harlem Folk Singer”, se exibe em pequenos shows e
festas estudantis. Aos dezesseis anos, no formato “Luciano e sua banda”, começa a sua carreira em uma
famosa boite da época “La Tavollozza D‟Angelo”.
Com a chegada da maior idade, completa os estudos de música, os cursos superiores de professor escolar
e de publicidade e marketing. Cumpre com o serviço militar, na “Artiglieria Corazzata” das Forças Armadas
Italianas, em Sequals e Udine, norte da Itália.
Se lança então em sua primeira experiência de piano-bar, aceitando um contrato no clube “El Sombrero”,
cujo proprietário, Mario di Porzio, tendo vivido por muitos anos nos Estados Unidos, leva para Napoli o
estilo americano do piano de cauda inserido em um balaustre na forma de ferradura, que propicia um
contato direto do artista com o público e suas emoções, permitindo uma continua interação entre ambos.
Esta fase contribui muitíssimo na formação artística de Luciano, definindo por toda a sua carreira, seu
inconfundível estilo intimista e carismático.
Começando a ser conhecido pelo seu talento, o jovem cantor é contratado pela “Taverna degli amici”
(proprietário Tommaso de Benedetta), um original piano-bar, ponto de encontro de artistas e intelectuais,
com decoração (do renomado cenógrafo teatral Bruno Garofalo) que representava as estradas e becos
Napolitanos.
Luciano e amigos em início de carreira (Marisa Laurito, Eduardo Bennato, Toni Esposito, Luciano Cilio,
Peppe Barra, Bruno Colella, Teresa de Sio, Leopoldo Mastelloni, entre outros) trocavam experiências
vivendo juntos o significativo momento político e artístico do final dos anos 60. Memorável a noite em
homenagem a Andy Warhol, que ganhou uma torta no formato de dois seios e se divertiu com as músicas
cantadas por Luciano.
O primeiro projeto discográfico começa com “Mark e Martha”, sexteto vocal e instrumental inspirado nos
americanos “The Mamas and the Papas”, formado por Nando Basile - guitarra e vocal , Gianni Bosco contrabaixo e vocal, Gino Giunta - bateria e vocal, Enza Nardi e Marisa Carella – vocais, participando do
“Festival di Sanremo” com a música “I ragazzi come noi”, gravando um disco com o mesmo título e
cominando em uma tournée por toda a Itália.
Com fim de “Mark e Martha”, Luciano é convidado a integrar o grupo “Alti e Bassi”, junto a Franco Scarinci contrabaixo e vocal, Paolo Fiorillo - guitarra e vocal e Gianni Averardi - bateria e vocal. Com estes inicia sua
primeira tournée internacional por países como Canadá, Estados Unidos, Venezuela, Argentina, Chile,
Suíça, França e Alemanha, em uma grande produção na qual também se apresentam os artistas Gianni
Nazzaro, Tony Renis, Claudio Villa e Walter Chiari.
Em seguida participa da famosa manifestação “Canta Sud”, que levava um grande show, com vários
artistas por diversas cidades italianas. Durante a tournée, era promovido um jogo de futebol entre o time da
cidade e a equipe do show formada por Luciano Bruno, Toto Cotugno, Gianni Nazzaro, Alberto Lupo,
Franco Scarinci, Daniele Piombi, entre outros, tendo como madrinha do time dos artistas a atriz Sylva
Koscina.
Em 1976, com o grupo “Neapolis”, junto a Franco Scarinci, Gino Giunta e Franco Lo Calzo, lança pela
gravadora Durium, a sua versão da tradicional música napolitana “Silenzio cantatore”, com significativa
repercussão, sendo uma das mais pedidas nas rádios italianas.
O artista retoma seu show solo na famosa “Valentino” em Ischia, dos irmãos Bondavalli, onde se torna
atração exclusiva por vários anos durante os verões italianos. Se apresenta também na histórica discoteca
“Mela”, dos irmãos Campanino, e na badalada “Splash” em Capri, sempre prestigiado por muitos amigos,
entre eles o ator Cristian De Sica (filho do diretor de cinema Vittorio De Sica), o ator Leopoldo Mastelloni e
os empresários Annalisa e Enzo De Paola.
Em 1980, o artista participa do Festival “Cantacampania” com a música de sua autoria “E sì tu”, ficando em
segundo lugar.
Em 1981, Luciano inaugura em Berlim o belíssimo piano-bar “Le Gigolò”, dos amigos Leopoldo e Leonardo
Luongo. O sucesso é tal que o artista permanece na Alemanha por mais de seis meses.
De volta a seu país, no mesmo ano, conquista o terceiro lugar no prestigioso “Festival Della Canzone
Napoletana” com a música “Senza „e te”, título do disco lançado pela gravadora Ricordi.
Participa em 1982, como apresentador e atração musical de alguns programas televisivos do canal 21,
junto ao ator Pietro De Vico e à atriz Lucia Cassini. Para dois destes programas, compõe os temas de
abertura “Nu poco „e fantasia” e “Pe‟ te voglio cantà”, lançados pela gravadora Messaggerie Musicale.
Aos trinta anos, o artista se transfere para Roma, onde passa a morar e a se apresentar nos melhores
lugares noturnos da capital italiana: “Hosteria Dell‟Orso” (onde organiza uma noite em homenagem ao
cantor Sting, que em tournée pela Itália na ocasião, recebe das mãos de Luciano o simbólico prêmio
“Orso”), “Tartarughino”, “Open Gate” e “ Jackie O‟ ”, da amiga Beatrice Iannozzi. Os verões são destinados
ao “Country Club di Porto Rotondo” na Sardenha, onde aproveita as lindas praias da Costa Esmeralda para
praticar seu hobby preferido: pesca submarina.
A presença de Luciano Bruno é marcante no programa “Vetrina Di Saint-Vincent” do canal Rai, ao lado do
ator Lino Banfi, do cantor Peppino di Capri, do cantor Miguel Bosé (filho do famoso toureiro Dominguín) e
da cantora Spagna. Peppino di Capri, após ouvir Luciano em um dos seus shows, decide apadrinhá-lo
artisticamente e inicia-se uma grande amizade pessoal e profissional.
O cantor e pianista afirma-se como One Man-Show e torna-se o artista mais requisitado da alta sociedade
italiana. Ao som do piano de Luciano Bruno cantam e dançam personalidades como o produtor
cinematográfico Dino de Laurentis (cujo casamento é celebrado em Hollywood, com um grande show de
Luciano), o ator Robert de Niro, a cantora Liza Minnelli, o ator Gerard Depardieu, o grupo musical Duran
Duran (com o qual, no “Open Gate”, passa uma noite inteira cantando músicas dos Beatles).
Em 1989 participa do “Festival di Sanremo” com a canção “Piano Bar”, escrita especialmente para ele, pelo
ator Lino Banfi e Mimmo Di Francia, este último autor de “Champagne” e “Balliamo”. A música, que retrata
com humor e alegria o entrosamento de um artista com seu público ao redor do piano, se torna um hino e
dá título ao seu quinto disco. “Piano Bar” é produzido por Nando Coppeto e pela gravadora La Canzonetta
Record, com lançamento na cidade de Roma, em noite regada a champagne e presenças famosas como o
histórico cantor napolitano Roberto Murulo, grande amigo de Luciano. Divulgando seu novo trabalho, o
artista inicia uma tournée pela Europa e pelas Américas, tocando em lugares de prestígio como o Palais
des Congreis (Paris), o Madison Square Garden (Nova Iorque), o Marlbolif Gardem (Toronto) e ainda o
Hotel Alvear (Buenos Aires) em evento que contava também com a participação de Julio Iglesias.
Em 1994, Luciano Bruno conhece o Brasil e o Rio de Janeiro, ao ser contratado para inaugurar o piano-bar
“Paradiso”, por seus proprietários Ary de Carvalho - jornal O Dia, Boni - Tv Globo, João Araújo - Som Livre.
O local, com decoração inspirada no filme “Cinema Paradiso”, freqüentado por socialites, políticos e
artistas, se rende ao talento e a mágica atmosfera do artista italiano, que renova por diversas temporadas,
sua agenda de shows. Ary de Carvalho, por quem Luciano nutre sinceras saudades, se torna grande
incentivador das incursões musicais do cantor nos primeiros anos de noites cariocas.
Grava em 1995 pela Som Livre, o CD “Uma noite no Paradiso – ao vivo” com canções dos anos 60 e 70,
que supera a marca de duzentas mil cópias vendidas e que no ano seguinte, leva o artista à realizar shows
em algumas cidades brasileiras como Belo Horizonte, Fortaleza e Curitiba. O artista começa a dividir sua
agenda entre Brasil e Itália.
A significativa venda é comemorada pelo presidente da gravadora, João Araújo, pessoa fundamental na
trajetória artística de Luciano em terras brasileiras, e pelos diretores artísticos da mesma, Heleno Oliveira e
Aramis Barros, levando a continuidade do projeto em 1997, com o lançamento do CD “Luciano Bruno –
Paradiso 2”. O disco, que além de belas músicas italianas como “In ginocchio da te”, “Piove - Ciao ciao
bambina”, “Ti voglio tanto bene”, “Dio come ti amo”, inclui “Testardo io”, versão italiana da música “A
distância” de Roberto Carlos e a inédita no Brasil, “Vattene amore”, que cantada por seu autor Minghi,
venceu o “Festival di Sanremo” e faz parte da trilha sonora da novela “Zazá” da Tv Globo. A divulgação
deste trabalho passa por diversas capitais brasileiras, com shows, sessões de autógrafos e mais uma
temporada de apresentações no piano-bar “Paradiso”.
Divulgando a cultura musical italiana, Luciano Bruno recebe o carinho do público brasileiro e o
reconhecimento do seu trabalho, decisivos para a realização do CD ao vivo “Balliamo”, em dezembro de
1999, pela gravadora Som Livre. A música “Balliamo” fala do amor, tema sempre presente no repertório do
artista. A faixa inédita “È la mia vita”, sucesso do Festival di Sanremo, ganha lindo arranjo de cordas criado
e executado pelo conceituado maestro Eduardo Souto Neto. Da tradicional música italiana, “A chi”, “Se
bastasse una canzone” - escrita por Eros Ramazzotti, “Questo piccolo grande amore”, “Canzone per te” lançada por Roberto Carlos no Festival di Sanremo, “Che sarà”, “Malafemmena” - escrita por Totò, e a
tarantella “Comme facette màmmeta”. A francesa “Les feuilles mortes” - em ritmo de samba e um
pout-pourri de boleros “Pensami” (Jurame), “Sabor a mi”, “Quién será” também fazem parte deste ao vivo.
Com tempo cronometrado, o artista retorna a Napoli, a fim de cumprir sua agenda italiana de shows e
dedicar-se um pouco ao “dolce far niente”, antes de iniciar a temporada de apresentações no Brasil com
seu novo CD.
Em agosto de 2001, a Som Livre lança um projeto que reúne o melhor de vários artistas brasileiros e
atendendo pedidos do mercado no setor de vendas e de público estimado em mais de 30 milhões de
descendentes de italianos, inclui o artista internacional em “Pérolas – Luciano Bruno”, com conteúdo
selecionado dos três CDs gravados no Brasil.
Ainda neste ano, grava nos estúdios da Som Livre, o CD “Festival di Sanremo – vecchi e nuovi successi”,
fruto de uma pesquisa realizada pelo artista, de aproximadamente seis meses nos arquivos da cidade de
Sanremo - Itália, que por 59 anos é sede de uma das mais famosas manifestações musicais do mundo e
palco de descobertas de grandes nomes . São quatorze músicas, transportando o ouvinte à uma viagem de
quase meio século. Com novos arranjos, feitos por Luciano Bruno e pelo maestro Eduardo Souto Neto, que
pela segunda vez conduz sua orquestra em um projeto do artista, o CD também conta com participações
especiais de dois grandes intérpretes da música brasileira, Jerry Adriani e Rosana.
Em 2002, a belíssima canção “Anema e Core”, indiscutível sucesso napolitano, entra na trilha sonora da
mini-série “O Quinto dos Infernos” (Tv Globo).
Na sua cidade natal, Napoli, onde mantém propriedade e também moram sua família e tantos amigos,
idealiza “Una notte in paradiso – ao vivo”, uma edição comemorativa dos seus dez anos de carreira no
Brasil, em DVD com 21 faixas com áudio dolby digital 5.1, entrevistas, letras originais, tradução dos textos,
making off, etc, e CD com 17 faixas. O show é gravado em 2004, ao vivo no “Bar do Tom” na cidade do Rio
de Janeiro com o artista ao piano e a participação de músicos brasileiros.
Compostos por Luciano, os arranjos instrumentais e vocais, atualizam as músicas com uma nova e original
roupagem, respeitando porém, as identidades destas criadas por seus autores.
Junto a este diferencial, a particular voz do artista proporciona momentos inesquecíveis, fazendo o público
sonhar e voltar no tempo ao som de “Torna a Surriento”, “Sapore di sale”, “Al di là”, “Parole, parole”, “Amore
scusami”. Estão presentes algumas das campeãs de pedidos nos shows do cantor, “Champagne”,
“Roberta”, “Io che amo solo te”, “Caruso” e “Nel blu dipinto di blu - volare”.
Um dos destaques é “Che sono innamorato”, única versão mundial italiana do sucesso espanhol “Estoy
enamorado”, escrita e apaixonadamente interpretada por Luciano Bruno, que faz parte também da trilha
internacional da novela “Senhora do destino” (Tv Globo) e embalou o romance dos personagens Giovanni
Improta (José Wilker) e Maria do Carmo (Suzana Vieira).
No Brasil, o cantor divulga seus trabalhos em diversos programas de TV, como “Domingão do Faustão”,
“Olga Bongiovanni”, “Todo seu – Ronnie Von”, “Fantástico”, “Mais Você – Ana Maria Braga” e “Hebe
Camargo”.
Luciano Bruno, além da sua casa italiana, possui uma no Rio de Janeiro, cidade onde mantém também a
empresa Volare Music Production. Casado com a brasileira e sua manager, Martha Patricia (filha do
inesquecível ator Gilberto Martinho da Tv Globo, que eternizou personagens como o “Falcão Negro”,
“Coronel Pedro Barros - novela Irmãos Coragem”, “Aristides Vilhena – Selva de Pedra” e “Coronel Justino –
Cabloca”, entre outros), é pai do piccolo Stefano e de Luca, que sob o nome artístico “Dinamico”, é uma das
revelações entre os jovens cantores da Itália (www.myspace.com/dinamicomusicspace).
Em 2008, o Presidente da República da Itália Giorgio Napolitano, nomeou Luciano Bruno “Cavaliere
Dell‟Ordine Della Stella Della Solidarietà Italiana”, por sua contribuição na divulgação da cultura italiana no
Brasil e no Mundo. No dia 04 de setembro do mesmo ano, o título foi entregue ao artista, pelo Cônsul da
Itália no Rio de Janeiro Sr. Ernesto Massimo Bellelli em uma festa que contou com a presença de amigos
como o ator Nicola Siri. Em seguida o cantor e “cavaliere”, que já vendeu mais de 1.000.000 de cópias
(CDs, DVDs e Coletânias) entre Brasil e Portugal, retorna ao seu país onde cumpre vários compromissos
profissionais. Além dos shows, grava algumas músicas nos estúdios do amigo e cantor Peppino di Capri.
Em 2009, a gravadora Som Livre lança o CD “ L‟Amour Amore Amor”, com participação do artista na
música “Nel blu dipinto di blu – volare”.
O cantor com um misto de precisão, elegância, simpatia e carisma presentes em suas interpretações, vem
conquistando um público cada vez maior.
Algumas canções do seu próximo CD a ser lançado em 2010, como “Lei - she” que foi tema da novela
“Amor e Intrigas” da Rede Record, já fazem parte do novo show do artista, que utiliza um estilo particular na
escolha e definição de repertórios para seus projetos, declarando:
Meu público funciona como um termômetro, se eles se emocionam, cantam, dançam, enfim interagem
comigo é porque aquela música que a princípio me envolveu, completou o seu percurso.......
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Luciano Bruno