Cristalinidade

Transcrição

Cristalinidade
Embalagens para Alimentos
Plásticos rígidos
Prof.ª Elessandra Zavareze
E-mail: [email protected]
Conteúdo
 Conceitos básicos sobre polímeros
 Estrutura molecular
 Aditivos
 Massa molecular
 Caracterização
 Densidade
 Avaliação visual
 Cristalinidade
 Avaliação dimensional
 Transições térmicas
 Distribuição de espessura total
 Processos de transformação
 Principais polímeros
 Polietileno – PE
 Polipropileno – PP
 Poliestireno – PS
 Espessura de camadas
 Dimensional da terminação
 Desvio da verticalidade
 Peso e capacidade volumétrica
 Poli(cloreto de vinila) – PVC
 Métodos subjetivos para identificação de
materiais
 Poliéster – PET
 Análise térmica
 Policarbonato – PC
 Volume de gás do espaço-livre
 Poliamidas – PA
 Copolímeros de etileno e álcool vinílico – EVOH
 Copolímeros de cloreto de vinilideno – PVDC
 Teor de “ar” no espaço-livre de bem. de bebidas
carbonatadas
Definições
• Biodegradável: é todo material que após o seu uso pode ser
decomposto por micro-organismos usuais no meio ambiente;
• Compostável: refere-se ao material biodegradável que um dos
componentes da biodegradação é um sólido nutriente para o
solo;
• Reciclável: material que pode ser utilizado novamente para o
mesmo ou outro fim;
• Bioplástico: plástico produzido com matérias primas renováveis.
Conceitos básicos sobre polímeros
 Plásticos
Polímero de alto massa molecular
Moldados de diversas formas
Sintéticos
Derivado de compostos orgânicos naturais
Calor e pressão
 Estrutura molecular
Homopolímeros ou Copolímeros
Derivados de uma ou mais espécie de monômeros
Diferentes espécies são chamadas de comonômeros
Copolimerização
Produz polímeros com propriedades
intermediárias e dependem da proporção
Copolímeros enxertados ou graftizados
Moléculas possuem uma ou mais espécies de
blocos ligados a cadeia principal, na forma de
cadeias laterais
Estrutura linear e ramificações mais curtas
Favorece o alinhamento e a aproximação entre as cadeias
Cristalinidade de polímeros cristalinos
Densidade
Interação entre as cadeias
Ramificações volumosas
Afastam as cadeias
Grau de cristalinidade
Densidade
 Massa molecular
Grau de polimerização
Média do número de monômeros e comonômeros da macromolécula
Massa molecular média (MM)
Distribuição de massa molecular (DMM)
DMM
Quantidade de moléculas com
massa molecular inferior ou
superior a MM
 Densidade
- Composição química
- Massa molecular das moléculas individuais
- Forma de compactação das moléculas (aproximação entre cadeias)
Composição
Poliolefinas: polímeros compostos apenas de C e H
A presença de oxigênio, cloro, flúor ou bromo
Menor densidade
Aumenta a densidade
Ex.: PVC d=1,4 g/mL
PS
Anel benzênico é mais denso que a sequência alifática C-C e tem
menor número de H por átomo de C
Conformação da molécula
PE com conformação planar zigzag tem maior densidade que o PP com conformação helicoidal
Fatores estéricos
 Cristalinidade
Amorfos
Cristalinos (também chamados de semi-cristalinos)
-
Natureza química do monômero
Quando um polímero cristalizável é resfriado a
-
Presença de substituições volumosas
partir da forma fundida, a cristalização se
Ex.:
-
espalha em vários núcleos individuais
PVC
Devido ao longo comprimento das cadeias não
ocorre a cristalização completa
-
PS
Formando várias ilhas de regiões cristalinas
rodeadas por regiões amorfas
-
-Regiões ordenadas: cristalitos
PC
- Regiões desordenadas: amorfas
Proibidos
Resfriamento lento do polímero: os cristalitos podem formar esferulitos (agregados de cristalitos)
Aumenta a cristalinidade
- Alta MM
- DMM estreita
- Linearidade da cadeia
- Ramificações
Cristalinidade
Cristalinidade
Ex.:
Grau de cristalinidade é favorecido
- PEBD – varia de 55% a 70% (mais ramificações)
- PEAD – varia de 75% a 90%
- Resfriamento lento
- Impurezas como cargas e pigmentos
Em polímeros cristalinos
Regiões amorfas contribuem:
- Resistência ao impacto
- Elasticidade
- Capacidade de termoformação
Transparência
PS ou PC (amorfos)
Excelente transparência
Regiões cristalinas contribuem:
-Estabilidade térmica
- Dureza
- Resistência a abrasão, barreira a gases, e aromas
- Rigidez
Grau de cristalinidade
Tamanho dos esferulitos
Regiões cristalinas
Refletem ou desviam o
feixe de luz incidente
Comprometendo a
transparência
 Transições térmicas
- Polímeros amorfos: caracterizados pela Tg (temperatura de transição vítrea)
- Polímeros cristalinos: caracterizados pelo Tg e por uma faixa de Temperatura de fusão
Em que os cristalitos se desfazem
Representada por uma temp. média
denominada Temperatura de fusão
cristalina (Tm)
Tg é a temperatura mais importante em polímeros amorfos
Transição caracterizada por uma mudança
- no coeficiente de expansão térmica
- na capacidade calorífica
Depende:
- Magnitude das forças intermoleculares
- Flexibilidade e simetria das cadeias
- volume livre das extremidades da cadeia
O movimento molecular
praticamente cessa abaixo
da Tg
Extremidades da cadeia e
plastificantes de baixo PM
abaixam a Tg
Polímeros amorfos apresentam duas temperaturas de transição
- Tg
- temperatura de amolecimento (Tf indefinida)
Tfusão é apenas para polímero cristalino
Polimero amorfo não apresentam
ponto de fusão, apenas amolecem
quando aquecidos
Processos de transformação
- Termoformação
- Extrusão
- Injeção
- Extrusão-sopro
- Injeção-sopro
- Compressão
 Termoformação
Aquecimento de uma chapa plana previamente extrusada até temperatura de amolecimento do
termoplástico, para ser introduzida em molde refrigerado multicavidades, onde ação de ar comprimido e
vácuo, ocorrera a formação do produto, este é resfriado e cortado
Vantagens sobre o processo de injeção
- Menor investimento em equipamentos e moldes
- Produção de peças de diferentes espessuras com o mesmo molde
Desvantagens
- Custo das laminas mais alto que o das resinas
- Perda com material muito elevada, devido aos recortes das embalagem
- Difícil controle da uniformidade da espessura das paredes das embalagens
Usos: copos, potes e bandejas, recipientes baixos e de boca larga
 Extrusão
- Matriz tubular para sacos plásticos
- Matriz plana para filmes e chapas para transformação posterior
- O material é submetido a elevada temperatura e pressão e ocorre a fusão
Co-extrusão - cada material é plastificado numa extrusora específica
Cada extrusora homogeneíza e plastifica o seu material em condições ótimas e o introduz em um único
cabeçote que receberá também todos os outros materiais e estes sairão juntos da matriz em
multicamadas.
Este processo possibilita a combinação das propriedades de vários polímeros em uma mesma estrutura.
Extrusoras
 Injeção
O material é injetado a alta pressão no molde
Mais utilizado na fabricação de termoplásticos
- facilidade de automação;
- baixo custo de mão de obra operacional e matéria-prima
Desvantagens
- elevado custo dos moldes
- baixo lucro por força da concorrência
A resina é fundida na máquina de injeção e forçada a entrar num
molde, onde é resfriada e retirada por ejetores mecânicos ou
pneumáticos.
Molde: constituído por duas ou mais partes que se abrem
para sair a peça moldada
Fabricação de tampas, copos e bandejas.
 Extrusão-Sopro
Moldar garrafas
A resina é fundida na extrusora, passa por uma matriz e adquire a forma de um tubo vertical
denominado parison. Este entra num molde onde através de um sopro de ar comprimido é
forçado contra as paredes e adquire a forma final.
- Baixo custo de material
- Alta durabilidade da ferramenta
- Bom acabamento superficial
- Boa precisão dimensional
Desvantagens
- Alto custo do maquinário
- pouca resistência mecânica
e térmica.
 Injeção-Sopro
Também é usado para fabricar garrafas
Idêntico ao anterior, mas com a injeção de uma gota na pré-forma, em vez de ser extrusada. A préforma já tem o gargalo moldado, e só o corpo é soprado para a sua forma final num segundo molde.
Neste processo, as embalagens apresentam uma melhor distribuição de espessura e a possibilidade
da segunda moldagem ser efetuada a medida que as embalagens são utilizadas.
A combinação de diferentes materiais é normalmente feita por co-extrusão (extrusão simultânea de
polímeros), laminação (junção de vários filmes plásticos e/ou película de alumínio, folha de papel
por intermédio de um adesivo ou cola) ou por revestimento (deposição de outro material polimérico
ou metálico - metalização).
 Compressão
Comprime a mistura aquecida dentro da cavidade de um molde
- Prensagem
Principais polímeros
 Polietileno - PE
Descoberto
em 1933
Em 1955
Com catalisadores
Ziegler-Natta
O outro comonômero pode ser um alceno: propeno, buteno, hexeno ou octeno
ou um grupo funcional polar: acetato de vinila (formando o EVA)
ácido acrílico (formando o EAA)
etil acrilato (EEA)
metil acrilato (EMA)
Polimerização do etileno, que é uma oleofina gasosa com dupla ligação
Polietileno: hidrocarboneto linear ou ramificado, saturado e alto PM
Polietileno de baixa densidade (PEBD)
0,910-0,925 g/cm3
Reatores tipo autoclave ou tubular: reação
altamente exotérmica forma polímero ramificado
(baixa densidade)
Obtido da polimerização do gás etileno sob alta pressão
(1000-3000atm e temperatura (100-300ºC)
Catalisadores: oxigênio (0,05-0,06%)
 Peróxido de benzoíla
 Peróxido de butila di-terciário
 Alquilas metálicas
 Compostos azoicos
Características:
- Alta flexibilidade
- Transparência (quando em pequenas espessuras)
- Boa resistência a maioria dos solventes
- Permeabilidade a óleos e gorduras
- Boa barreira a água
- Elevada permeabilidade ao oxigênio
- Fácil termossoldagem
- Boa resistência a tração e à perfuração/impacto
Quando a ramificação é parcial ou moderada, obtém o
polietileno de média densidade (0,926-0,941 g/cm3)
Polietileno de alta densidade (PEAD)
0,942-0,965
Também chamado de polietileno de baixa pressão
Produzido em pressão próxima a uma atmosfera e pelo uso de
g/cm3
Catalisador: tetracloreto de titânio e alumínio trietila
50-75ºC
Remoção do resíduo de titânio: Adição de ác. clorídrico
Lavagem e filtração da resina
Características:
- Boa barreira a umidade
- Média barreira a gorduras
- Baixa barreira a gases
- Média soldabilidade
- Ótima resistência a tração e à perfuração/impacto
catalisadores organometálicos
Polímero quase totalmente linear
(o pequeno tamanho das ramificações permite
maior compactação entre as cadeias)
Maior cristalinidade (70-90%)
Menor flexibilidade que o PEBD, menor transparência, maior resistência química e menor
permeabilidade ao vapor de água e oxigênio (+cristalino)
 Polipropileno - PP
É o mais leve de todos os plásticos (d = 0,9 g/cm3)
Catalisadores estéreo-específicos
amorfa
cristalina
Características:
- Baixa densidade
- Boa barreira a umidade em relação ao PE
- Fraca barreira a gases e gorduras
- Elevada transparência comparado ao PE
A copolimerização com o PE:
- Reduz a rigidez
- Aumenta a resistência a tração
- Reduz a Tg e a Tfusão cristalina
- Menos quebradiço a temperatura de congelamento (potes de sorvete)
 Poliestireno - PS
Polimerização pelo aquecimento
Obtido da reação do benzeno com o gás etileno
Baixo ponto de amolecimento (88ºC) = não
indicado para alimentos quentes
Características:
- Bastante quebradiço quando puro
- Bastante permeável a gases e ao vapor de água
- Muito transparente
- Boa resistência a tração
- Baixa resistência ao impacto/perfuração
Ponto fraco: fragilidade
Aplicação: copos para iogurtes, bandejas
Expandido (PSE): isopor
Aplicação de pentano ou cloreto de
metila através de aquecimento em vapor
D=0,02g/mL a 0,30 g/mL
Ocorre a expansão
 Poli(cloreto de vinila) - PVC
Adição de agentes plastificantes e lubrificantes torna o PVC rígido em um filme aderente e esticável
Ainda é necessário adição de estabilizantes, pigmentos e outros componentes
Embalagens
Problema: Migração dos aditivos do plástico para o alimentos
Toxidade do monômero de cloreto de vinila
Características:
- Média barreira a água
- Fraca barreira a gases
- Média soldabilidade
Permeabilidade depende do grau de plastificação
- Muito plastificado = carnes frescas e frutas (devido alta permeabilidade ao oxigênio)
- Quando muito aquecido = libera ácido clorídrico e voláteis tóxicos
Potes de achocolatado, bandejas, margarinas, manteigas
 Poliéster – Polietileno tereftalato (PET)
Características:
- Baixa permeabilidade
- Boa barreira ao oxigênio
- Difícil a termossoldagem, portanto, é laminado com PE ou PP
- Alta resistência
Ampla faixa de temp (-40 a 220ºC) = ideal para tratamentos térmicos e super congelados
Laminação do PET: facilita a termossoldagem e reduz a PVA
Metalização do filme com alumínio pulverizado sob vácuo: reduz a PVA e aos raios solares
 Policarbonato - PC
Poliéster linear do ácido carbônico
Reação de transesterificação entre um composto aromático hidroxilado (bisfenol A) e carbonato de difenila
Mas a maioria do PC comercial é a reação do bisfenol A com o cloreto de carbonila
A presença do carbonato torna o PC um dos plásticos mais rígidos, enquanto o
bisfenol contribui para a elevada estabilidade térmica (150ºC)
Características:
- Alta resistência ao impacto a a altas temperaturas
- Transparência
- Resistentes a ácidos e bases fortes
- Elevada permeabilidade a gases ao vapor de água
 Poliamidas - PA
Características:
- Alta resistência mecânica
- Baixa permeabilidade ao oxigênio
- alto custo
- Muito permeável ao vapor de água
Aplicação: embalagens laminadas, bandejas para acondicionamento á vácuo e em atm modificada
para queijos, carnes, pescados
Pontes de H entre as moléculas: alta cristalinidade e alto ponto de fusão
Normalmente são laminados por co-extrusão com PE para facilitar a termossoldagem de embalagens
flexíveis
 Copolímeros de etileno e álcool vinílico - EVOH
Obtido da hidrólise do polímero EVA (etileno + acetato de vinila) que transforma o grupo vinila em
álcool vinílico
0
A baixa concentração de etileno assegura excelentes propriedades de barreira a gases, ao odor, ao
sabor e ao oxigênio
 Copolímeros de cloreto de vinilideno - PVDC
Similar ao PVC, porém mais polar devido ao átomo de cloro
Características:
- Muito rígido
- Baixa permeabilidade
Plástico de melhor barreira contra passagem de gases inorgânicos, compostos voláteis, umidade e
gorduras
Principal vantagem: baixa permeabilidade a gases a vapor de água
Alto custo: Uso em pequena espessura e em laminados
Aditivos
Evitar a degradação
Otimizar o processamento
Conferir propriedades/novas funcionalidades ao produto
 Antioxidantes
Fatores que promovem a oxidação:
- Altas temperaturas de processamento
- Luz ultravioleta
- Radiação ionizante
- Stress mecânico
-Ataque químico
Resultado:
- Alteração do PM médio, DMM mais amplo e grande quantidade de oxigênio incorporado
Exemplos de antioxidantes: fenólicos, fosfitos, tiocarbamatos metálicos, alfa tocoferóis
PP, PE: mistura de fenólico e fosfito
PEBD: fenólico butil-hidroxi-tolueno – BHT (vem sendo substituído por antiox. menos voláteis)
PEAD: polifenóis e combinação de fosfitos
 Estabilizantes térmicos
Prevenir a degradação térmica
Degradação térmica do PVC: dehidrocloração com liberação de HCl e formação de
duplas ligações na cadeia principal
Desvantagem do PVC: baixa estabilidade térmica
Estabilizantes: compostos organometálicos
(sais derivados de chumbo, cádmio, zinco e estanho)
Tem diminuído devido a toxidez
Mais comuns: misturas de metais (bário-zinco e cálcio-zinco
 Estabilizantes à luz
Foto-oxidação: luz e oxigênio
Podem ocorrer:
- mudança de cor
- perda de flexibilidade e brilho
- redução do PM do polímero
Exemplo: derivados da benzofenona ou benzotriazol
0,20%
0,08%
Conclusão do Artigo
• Das embalagens de PET para óleo comestível disponíveis no mercado
avaliadas neste estudo somente seis marcas comerciais (50% das
marcas avaliadas) apresentaram barreira ao U.V.;
• Todas as embalagens aditivadas apresentaram o aditivo UV-2;
• O mercado está empregando duas concentrações distintas do aditivo:
0,08% e 0,20%.
• Apesar do prazo de validade impresso nos rótulos das embalagens ser o
mesmo para todas as marcas de óleo comestível avaliadas (um ano),
provavelmente os produtos acondicionados em embalagens de PET com
barreira ao U.V. têm uma vida-útil superior às demais.
 Lubrificantes
Exemplos:
Ésteres e amidas de ácido graxo
Parafina e ceras de polietileno
Estearatos
Silicones
Embalagem de PVC
Lubrificantes externos: ceras e polietilenos de baixo peso molecular
Lubrificantes internos: ácidos, ésteres e sabões metálicos
Afetam:
- propriedades reológicas
- reduz a tendência em aderir a superfície
 Agentes desmoldantes
Facilitar a remoção de partes plásticas dos moldes
Reduz a adesão entre o plástico e o molde
Internos: aplicado ao polímero
Externos: aplicado no molde (tecnicamente não denominado de aditivo)
usados na forma de spray
Desmoldantes:
- silicones
- fluoropolímeros
- detergentes metálicos
- ceras e ácidos, ésteres e amidas graxas
 Aditivos anti-estáticos
Fricção entre 2 materiais com suscetibilidades diferentes a perda de elétrons
Gera cargas eletrostáticas em suas superfícies
Polímeros com cargas superficiais
Sérios problemas durante a produção, conversão e uso do produto
Aditivos anti-estáticos: reduzem os problemas de eletricidade estática
Exemplos:
- Ésteres de ácido graxo (monoestearato de glicerol)
- Alquilaminas etoxiladas
- Dietanomidas
- Álcoois etoxilados
 Agentes nucleantes
- Reduzem o tempo dos ciclos durante o processo de fusão de polímeros cristalinos (PE, PP, PET e PA)
- Aumentam a claridade dos materiais
Podem ser chamados: Agentes clarificantes
Efeitos:
1. Há um aumento da velocidade de cristalização, proporcionando uma solidificação mais
rápida do polímero fundido sob resfriamento (reduz o tempo do ciclo na moldagem por injeção)
2. Há uma redução do tamanho médio dos esferulitos e melhor distribuição da cristalinidade
(melhora as propriedades mecânica e óticas)
Exemplos:
- resíduo de catalisador
- compostos orgânicos (ácido benzoico)
- compostos inorgânicos (talco ou pigmento)
Os melhores para PP são:
ácido 4-bifenilcarboxílico, timina e dibenzilidenosorbitol
(eficiência de 66%, 555% e 50% de nucleação)
-Talco e benzoato de sódio: 32 e 31% de eficiência
 Modificadores de impacto
Aumentar a resistência ao impacto
Elastômeros e alguns tipos de resinas
Apesar de plastificantes ser um meio alternativo de melhorar a resistência ao impacto,
este tipo de aditivo reduz a resistência a tração e propriedades térmicas
Embalagens que utilizam modificadores de impacto:
- PVC (maior consumo)
- Poliolefinas
- PS
- PC
MBS (terpolímero de metacrilato de metila/butadieno/estireno)
ABS (terpolímero de acrilonitrila/butadieno/estireno)
Modificadores de impacto utilizado no PVC:
1. Não dissolvem na resina de PVC (MBS e o ABS)
2. Dissovem parcialmente na resina de PVC (CPE, alguns copolímeros acrílicos e o EVA
com alto teor de acetato de vinila)
CPE (polietileno clorado)
Caracterização
 Avaliação visual
Verificação de defeitos
- Problemas no ajustes das máquinas
- - Breve interrupção da alimentação
Defeitos críticos:
- impedem de exercer a função de proteger e conter o produto embalado
ex.: bocal ou terminação mal formada de uma garrafa
Defeitos graves:
- prejudicam o desempenho, podendo haver falha sob stress
ex.: distribuição de espessura irregular, dimensões fora da tolerância, bolhas de ar
Defeitos toleráveis:
- prejudicam a aparência, mas não suas funções
ex.: má qualidade de impressão, presença de rebarbas
 Avaliação dimensional
Variações
dimensionais
Irregularidades durante o processo de transformação ou
deformação ocorrida após fabricação
Aspectos relevantes nas dimensões:
- Funcionalidade
- Condições de acondicionamento
Altura
Diâmetro
Avaliação dimensional de garrafas
Avaliação dimensional de bandejas
Avaliação dimensional de copos
Avaliação dimensional de frascos
Avaliação dimensional de potes
Figura 6.8 – Dimensões de potes plásticos
Avaliação dimensional de potes
 Distribuição de espessura total
Espessura: distância perpendicular entre as duas superfícies de um material
Termo utilizado: Distribuição da espessura – variação – diferentes regiões
Relacionada ao desempenho mecânico
Métodos:
- Não destrutivo: determina a espessura média e a mínima
- Destrutivo: determina a espessura média
Destrutivo
Micrômetro
Não-destrutivo
Equipamentos com sensor magnético
Ex.: Magna-Mike®
 Espessura de camadas
Estruturas multicamadas
- Espessura total
- Espessura de todas as camadas
- Micrômetro externo
- Microscópio ótico (seção transversal)
Após separação das camadas
utilizando solventes, ácidos ou
bases apropriados
Mais rápido e
preciso
 Dimensional da terminação
Conhecido como gargalo
Sistema de fechamento: deve evitar perdas de produto por vazamento,
contaminação do produto e trocas gasosas
Exemplo
T: diâmetro da rosca
Existem equipamentos automático: calibres do tipo “passa-não-passa”
C: diâmetro interno da rosca
 Desvio da verticalidade
Verticalidade ou perpendicularidade: capacidade da embalagem se manter paralela a uma linha
vertical teórica e imaginária, perpendicular ao centro da base da embalagem
Relógio comparador
Afetam o processo de:
- enchimento
- fechamento
- rotulagem
Base giratória
 Peso e capacidade volumétrica
Medidas rápidas, eficientes e rápidas
Variações de peso refletem:
- alterações na distribuição de espessura
- desajustes no processo de transformação
Capacidade volumétrica total
É o volume interno da embalagem
determinado com água pura a uma
determinada temperatura
Também é importante determinar a
capacidade volumétrica no nível desejado
(capacidade volumétrica útil ou nominal)
 Métodos subjetivos para identificação de materiais
Método A – Características de queima
Método B – Características de solubilidade
 Análise térmica
 Volume de gás do espaço-livre
Ensaio destrutivo
Não representa a
quantidade total de gases
na embalagem
Abertura da embalagem
imersa em água
Gás do seu interior coletada
na proveta volumétrica
0,5% ác. cítrico
Perdas por dissolução do
gás em água
Evita a dissolução
Esquema do sistema de coleta e medição do volume dos gases do espaço-livre de embalagens
Ensaio não-destrutivo
Volume do líquido deslocado
VT = VEL + VE + VP
Onde:
VT é o volume total de líquido deslocado (mL);
VEL é o volume de gás do espaço-livre da embalagem (mL);
VE é o volume do material de embalagem (mL);
VP é o volume do produto (mL).
VT = (mA – mB) d-1
mA e mB = massa de água do
recipiente cheio e após
deslocamento de líquido (g)
d = densidade da água na
temperatura de ensaio (g/mL)
Esquema do sistema de medição do volume dos gases do
espaço-livre de embalagens por deslocamento de líquido
 Teor de “ar” no espaço-livre de embalagens de
bebidas carbonatadas
Oxigênio
- Pode interagir com os componentes da bebida
- Alteração de sabor e cor
Estimativa de oxigênio no espaço-livre
Útil para estimativa da vida útil da bebida
Quantificar o volume de “ar” (oxigênio) no espaço-livre de embalagens carbonatadas
21% do ar
No entanto, parte do oxigênio pode ter sido consumido
pelos antioxidantes ou pela oxidação da bebida
Equipamento: Zahm-Nagel Pressure Tester
Determina:
- teor de “ar”
- teor de carbonatação
- perfurador da tampa da embalagem e manômetro
- Acoplada uma bureta de 100 mL
- Bureta: capaz de medir até 25 mL de “ar” e
deve conter uma solução de KOH ou NaOH
para absorção de CO2 presente no espaçolivre, separando dos gases: O2 e N2
Ao final da bureta conecta-se um tubo látex
fechado com pinça Mohr, que funcionará como
um septo para coleta hermética de gases com
seringa hermética
Cromatografia gasosa ou analisador de gás

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