um salto de gigante - Comité Olímpico Portugal

Transcrição

um salto de gigante - Comité Olímpico Portugal
OLIMPO
Revista do Comité Olímpico de Portugal
Publicação Bimestral - Julho|Setembro de 2007 - Nº 125
PUBLICAÇÃO GRATUITA
NÉLSON ÉVORA
CAMPEÃO DO MUNDO
UM SALTO
DE GIGANTE
JOGOS DE PEQUIM
F.O.J.E. BELGRADO 2007
36 portugueses
já qualificados
Irina Rodrigues
Disco de ouro
OLIMPO 125
JULHO/SETEMBRO 2007
Propriedade e Edição/Property and Edition
Comité Olímpico de Portugal, Travessa da Memória, 36 1300-403 Lisboa
Tel.: 21 361 72 60 Fax: 21 363 69 67
Director / Director José Vicente Moura
Director Executivo / Executive Director João Querido Manha
Textos / Texts João Q. Manha
Fotos / Photography Carlos Alberto Matos
Projecto Gráfico e Paginação / Layout and Graphics Rogério Bastos
Impressão / Printing Mirandela - Artes Gráficas, S.A.
Tiragem / Circulation 1800 exs.
Periodicidade Bimestral / Bimonthly publication
Número de Registo ICS 102203
Depósito Legal 9083/95
Distribuição gratuita / Free copy
FOTOS DE CAPA / COVER PHOTOS
Nélson Évora (foto principal) e Irina Rodrigues
Nélson Évora (main photo) and Irina Rodrigues
(insert)
SUMÁRIOSUMMARY
6 NELSON ÉVORA
11 PEQUIM 2008
17 F.O.J.E. 2007
Dez anos depois de Carla Sacramento,
Portugal voltou a ter um campeão do
Mundo de Atletismo, Nelson Évora,
grande esperança para um resultado de
relevo no Triplo Salto dos Jogos
Olímpicos de Pequim, um atleta que
tem cumprido todas as etapas olímpicas, desde o Festival da Juventude de
2001, onde conquistou a primeira
medalha de ouro.
De repente, o grupo de atletas qualificados
para Pequim 2008 passou de nove para 36,
graças às grandes competições de Verão,
onde Portugal obteve resultados excepcionais. O Atletismo é a modalidade líder, com
19 atletas já qualificados, mas este Verão
assinala também a confirmação do nível
internacional da Vela portuguesa e, claro,
de Telma Monteiro.
Portugal conquistou três medalhas e alguns resultados de relevo no Festival da Juventude
Europeia de 2007, em Belgrado,
realizado em condições muito
difíceis, de logística e clima, e
onde os jovens portugueses
tiveram um comportamento
social e desportivo exemplar.
11 BEIJING 2008
17 EYOF 2007
6 NELSON ÉVORA
Portugal has now 36 athletes qualified for
Beijing 2008 Olympic Games, after an
exceptional period of great results, last
Summer. Track and Field already assured 19
competitors and the sailing team was also
able of qualifying all their Olympic crews, as
also did Judo Portuguese star Telma
Monteiro, runner-up at Rio's World
Championships.
Portugal got three medals and
some other nice results in the
European Youth Festival, in
Beograd, under very difficult
weather and logistics conditions.
Nevertheless, the young
Portuguese Mission has an irreprehensible social and sportsmanship behavior.
Ten years after Carla Sacramento,
Portugal got a new track and field world
champion, Nelson Évora, one of the biggest Portuguese hopes for medals at
Beijing Olympics. Évora has made all the
olympics teams' way, since he got his
first gold medal at 2001 Youth Festival .
3
Julho|Setembro 2007
EDITORIAL
O COP
e o Livro Branco
O Comité português
não é acrítico e não
enjeitará dar voz à
atmosfera de dúvida.
Sempre defendemos
que o processo de
mudança não se opera
por decreto, portaria
ou despacho, nem
sequer por directiva ou
tratado.
4
Julho|Setembro 2007
pós a Assembleia dos Comités Olímpicos Europeus de 8 de Dezembro
de 2006, em Bruxelas, o Movimento Olímpico e as Federações
Internacionais apresentaram uma posição comum e assertiva acerca do
"Livro Branco do Desporto".
Enfatizando o princípio do "respeito da autonomia do desporto", deram um
importante contributo para a necessária ponderação das medidas que a sociedade em mudança reclama.
Obviamente, não alinhamos no "eurocepticismo", mas políticas desajustadas das
características intrínsecas do desporto tal como o entendemos, nem sempre
identificadas com os interesses globais, não nos suscitam entusiasmo.
Panaceias essencialmente jurídicas, arquitectadas por tecnocratas, só acrescentam desconfiança aos agentes desportivos e impossibilitam o êxito dos processos verdadeiramente transformadores.
O Livro Branco, como outros textos que o antecederam, acabará por se quedar
acessório, por demasiado interventivo.
Como o Comité português não é acrítico, não enjeitará dar voz à atmosfera de
dúvida. Sempre defendemos que o processo de mudança não se opera por decreto, portaria ou despacho, nem sequer por directiva ou tratado. As mudanças
fazem-se por serem necessárias e, para serem consequentes, com os interessados.
Por isso, tudo continuaremos a fazer para estender o debate que se justifica,
contraditando o que se afigurar pertinente, em nome do desporto que nos cabe
promover.
A
JOSÉ VICENTE MOURA
Presidente do Comité Olímpico de Portugal
Portuguese Olympic Committee Chairman
C.O.P. and
the White Paper
Portuguese Olympic
Committee does not
hesitate to join the voices
of disbelief. We always
have understood that
changing processes
do not develop by law
or regulation, neither
by Directive or Treaty.
fter the European Olympic Committees General Assembly of 8 December
2006, the International Olympic Movement together with the International
Federations issued a common and assertive position regarding the White
Paper on Sport.
Emphasizing the general principle of "respect for the sport's autonomy", they
advanced an important contribution to help finding the necessary measures that
society is looking for.
Obviously we don't line-up with the "eurocepticism", but we also don't feel any
enthusiasm about policies unadjusted of the fundamentals of Sport, as we see it.
Any essentially juridical corrections drawn by technocrats only contribute to
decrease the reliance of sports agents, obstructing the accomplishment of actually transforming processes.
Like other previous documents, the White Paper, too much intervenient, will finish
inconclusive and accessory.
Because of its reasonable doubts, Portuguese Olympic Committee does not hesitate to join the voices of disbelief. We always have understood that changing processes do not develop by law or regulation, neither by Directive or Treaty.
Changes must be made whenever they're necessary and, to be successful, by
those who they might concern.
By saying so, we ensure that we'll do everything we can to enlarge the necessary
debate, contesting whatever we judge crucial, in name of Sport that we're obliged
to honor and promote.
A
5
Julho|Setembro 2007
ENTREVISTA
NÉLSON
ÉVORA
CAMPEÃO MUNDIAL DO TRIPLO SALTO
"Sou um enérgico positivo"
"Sei que muitos portugueses vão exigir que conquiste uma medalha nos Jogos Olímpicos de Pequim e eu
vou trabalhar com o objectivo de estar preparado para lutar por ela. Mas também sei que qualquer pequeno problema, uma entorse, por mais ligeira, pode deitar tudo a perder. É arriscado vaticinar que se vai
obter uma medalha numa prova tão aberta e competitiva, mas vou fazer o possível por estar o mais calmo
possível, admitindo que a pressão vai pesar e pode ser decisiva".
om um título de campeão do Mundo de
Triplo Salto, Nélson Évora não se desvia do
seu método, da sua tranquilidade, nem se
deixa contagiar por qualquer euforia. À volta dele,
também nada mudou - o título de Osaca apenas
confirmou que é um atleta altamente fiável e regular. Os Jogos Olímpicos são o ponto culminante
da carreira, embora Pequim constitua apenas uma
etapa, que prosseguirá para Londres, pelo menos.
Já teve o primeiro contacto em Atenas, em 2004,
onde não conseguiu chegar à final, quando tinha
apenas 20 anos de idade:
"Atenas foi bom para conhecer, sentir o ambiente do
Estádio cheio, conviver
com os atletas na
Aldeia Olímpica. Foi
bom para não me
deixar deslumbrado
quando chegar o
momento de competir
para os primeiros lugares, como acontecerá em
Pequim. É certo que os
Jogos nunca são iguais e que
Pequim terá as suas surpresas,
mas eu sei que posso concentrarme no essencial e não deixar que a
atenção se desvie pelo contacto com
uma nova realidade".
JOGO MENTAL
Nélson Évora associa o sucesso de
Osaca aos cuidados de preparação:
"Estive duas semanas no Centro de
Preparação Olímpica de Vila Real de
6
Julho|Setembro 2007
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
C
Santo António, nunca tinha realizado um estágio
tão longo e tão bom antes de um campeonato.
Quando acabou, vimos que havia grandes probabilidades de bater o recorde pessoal e que se isso
acontecesse estaria provavelmente a lutar por uma
medalha".
No entanto, atleta e treinador mantiveram
reservas por causa das dificuldades particulares
de uma prova num país tão distante, com um
clima muito rigoroso, clima agreste e possibilidade de desidratações. Lembra o atleta que era preciso manter a calma, entrar na prova por etapas,
saber escolher o momento para atacar, ser "enérgico positivo".
Nos treinos Nélson imaginava as situações de
prova, simulava a sequência mais adequada e treinava alternativas. "Há um grande jogo mental a
aperfeiçoar. Desenvolvemos essa vertente, retiramos conclusões e, com o treinador, durante tanto
tempo juntos as coisas evoluem, de boas, para
muito boas e finalmente excelentes. Posso dizer
que fizemos treinos espectaculares em Osaca e
deu bom resultado".
A experiência de anteriores Mundiais,
Europeus e de Atenas ajudou-o a encarar a prova
sem grande pressão, mesmo se as marcas o
apontavam como um dos favoritos. "Pressão todos
têm - admite - mas nas provas eu consigo pensar
apenas no que tenho de fazer e abstraio-me do
resto. Tento manter o controlo do físico, estar
atento às reacções do corpo, e manter a concentração. Ao longo do concurso nunca pensei no
ouro, até para não ter surpresas ou passar por
uma decepção como a de Gotemburgo no ano
passado ou como a da Naide, que passou de 2.ª
para 4.ª. Eu preferia ficar em 5.º…"
Em Osaca, teve o prazer de receber a medalha
das mãos de um ídolo, o antigo campeão mundial,
olímpico e recordista Jonathan Edwards, que lhe
deu os parabéns pela condução da prova e pela
"técnica espectacular", onde não se deixou influenciar ou sentir mais pressionado pela oportunidade
aberta com a ausência do campeão olímpico e
mundial Christian Olsson: "Pensei sempre da
mesma forma, com ele presente ou não. Lembreime que pelo facto de ele não estar, haverá outros
que se motivem ainda mais e se tornem mais perigosos, pelo que prefiro respeitar todos os adversários por igual, partindo do princípio de que podem
alcançar os mesmos resultados".
7
Julho|Setembro 2007
ENTREVISTA
A importância do Festival da Juventude
Nélson Évora é o atleta de perfil olímpico por excelência. A sua primeira internacionalização, quando ainda nem tinha a
nacionalidade portuguesa, foi ao serviço de uma Missão do C.O.P., ao Festival da Juventude Europeia de Múrcia, em 2001,
onde ganhou a medalha de ouro do salto em comprimento. E há um ano foi uma das principais figuras dos 1.ºs Jogos da
Lusofonia, em Macau, onde também ganhou a medalha de ouro.
"Tudo faz parte do trajecto de aprendizagem de uma pessoa e todas as etapas são importantes. Não se deve querer atingir objectivos antes de tempo, pois algumas qualidades são potenciadas ou até descobertas nas primeiras experiências,
importantes nas idades mais jovens. Ter ido às Jornadas Olímpicas - e fui o primeiro a ir lá sem ter ainda a nacionalidade foi muito importante, quase decisivo, para não me deixar desmotivar e deixar de treinar. Se não tivesse tido essa oportunidade, talvez não tivesse batido os recordes iniciais que me motivaram a partir à conquista deste sonho…"
Foi com este espírito que em Julho, na apresentação da Missão do C.O.P. ao F.O.J.E. de Belgrado-2007, Nélson Évora assumiu com orgulho o papel de "padrinho" do lançamento de mais olímpicos do futuro, como Irina Rodrigues ou Marta
Cachola, entre outros.
World Champion Nelson Évora
Jumping as far as possible
Na condução da prova, Nélson concentrou
toda a importância no primeiro salto, que garante
a passagem à final, como aconteceu. Se for muito
bom, deixa margem para poder poupar energias
nalguns dos ensaios intermédios, como fez,
deixando uma reserva para o último, com a vantagem de ter sempre a última palavra e poder saltar
completamente relaxado e eventualmente melhorar a marca.
UMA NOVA REALIDADE
O estatuto de campeão do Mundo, o primeiro português desde Carla Sacramento, dez anos antes,
altera necessariamente a vida de um atleta.
Nélson ainda teve um mês de grandes 'meetings'
internacionais, com as finais do circuito europeu,
para experimentar a nova vida.
"Em primeiro lugar, é todo um conjunto de
novas oportunidades que se abrem, através de um
melhor reconhecimento do nosso trabalho. É verdade que agora me apontam como favorito, o
atleta a abater, e também há quem se decepcione
se não ganho sempre, mas em mim não muda
nada. Há o lado agradável do reconhecimento
pessoal, passaram a pedir-me mais autógrafos,
entrevistas, mas nada me tira a calma. Continuo a
pensar apenas no que tenho de fazer e a qualificação garantida para os Jogos Olímpicos vai-me
permitir estudar muito bem a próxima época, em
que o grande objectivo é os Jogos de Pequim.
8
Julho|Setembro 2007
João Ganço e Nélson Évora, treinador e atleta,
conhecem-se muito bem há mais de uma década.
Falam bastante, discutem bastante e o desenvolvem o método de nada fazer sem primeiro perceberem o significado e o objectivo dos treinos.
Aproveitam as viagens para limar arestas e acertar
pormenores e cada exercício, cada salto, deixa
sempre em aberto uma análise que abra novas
perspectivas de evolução. Este ano, evoluiu 51
centímetros e bateu o recorde nacional por quatro
vezes, começando a apontar naturalmente para a
barreira dos 18 metros, que está a "apenas" 26
cm. Sem pressas.
"Qualquer atleta que tenha passado os 17,50
de forma fácil sabe que tem potencialidades para
chegar aos 18 metros", considera o olímpico do
Benfica. Mas, com vento regulamentar, só dois o
conseguiram (Jonathan Edwards e Mike Conley).
"É uma barreira que exige um trabalho de preparação muito apurado, excelente alimentação, descanso total e um relaxe absoluto no momento da
competição, que nem sempre se consegue atingir.
Quem se preocupa com o ambiente ou com a tensão da prova acaba por bloquear. O atleta quando
vai fazer esse salto tem de estar consciente que
vale mais que isso e fazer o salto perfeito.
Edwards fez vários na ordem dos 18,80 metros,
para depois a medição se fixar à volta dos 18,30".
Para chegar aos 17,74 metros que lhe valeram
a medalha de ouro nos Mundiais de Osaca e que
virtualmente lhe valeriam a medalha de prata nos
Jogos Olímpicos de Atenas, a cinco centímetros
de Olsson, Nélson Évora seguiu a mesma táctica
de Edwards.
"Entrei a pensar nos 18 metros, mas não foi
um salto perfeito, pois ainda sofri um desequilíbrio. Embora tivesse experimentado várias vezes,
nunca tinha feito um salto a este nível, foi como
um salto para o desconhecido, apenas com a
cabeça num objectivo, chegar o mais longe, o
mais longe possível!", recorda.
Ficou, portanto, alguma margem de manobra.
Diz Nélson Évora que não explorou tudo o que
tinha para explorar e que, com insistência no treino diário, a especialização técnica, uma recuperação física muito boa com um trabalho apurado de
ginásio, com cargas de trabalho cada vez com
mais qualidade e conhecimento do corpo, "dá
para melhorar".
O Salto em Comprimento ficou para trás, serve
apenas de treino. Não se impressiona por continuar a ser um dos melhores portugueses na especialidade, considerando que qualquer dos finalistas do Triplo Salto dos Mundiais salta mais de
oito metros em comprimento. Está mais focado na
evolução da velocidade, que ainda não chegou
perto do que pretende, e de um maior domínio
físico, mais força, que constituem o cerne da sua
preparação. "Técnica tenho eu desde os dez
anos!".
Três recordes num ano
Nélson Évora entrou em 2007 como
recordista nacional do Triplo Salto,
estabelecido em 17,23 metros nas qualificações dos Europeus de
Gotemburgo, que terminou em 4.º
lugar. Depois de uma série de resultados a rondar os 17 metros, veio a realizar um Verão simplesmente memorável, evoluindo 51 centímetros no recorde pessoal e nacional:
24 Junho
Taça da Europa, Milão
17,35*
6 Julho
Meeting St. Dennis, Paris
17,28
21 Julho
Meeting de Madrid
17,51
27- Agosto
Mundiais de Osaca, Japão 17,74
Depois de conquistar a medalha de
ouro, Nélson Évora participou em todos
os meetings finais da época europeia,
alcançando dois 2.ºs lugares (17,81 e
17,07) e dois 3.ºs (17,14 e 17,30), incluindo
a medalha de bronze no World
Athletics de Estugarda.
"I know that many portuguese will expect me to get a medal in
Beijing Olympic Games and I'm going to work all year with that
goal in my mind, to be ready to fight for it. But I'm also aware
of any little problem, even a light injury, can make everything
go wrong. To guarantee that one is going to win a medal in
such an open and competitive sports event is very risky, but I
can say that I'll be as cool as possible, knowing that the pressure will be heavy and can be decisive"
After winning a Triple Jump World Champion title, Nelson
Évora does not diverge from his method, his tranquillity, and
stays cool surrounded by euphoria. In his entourage nothing
changed after Osaka victory that simply confirmed that he is a
very competitive and focused athlete.
Next Olympics will be the highest point of his career, but not
a finishing goal, as he looks forward to be disputing London
Games in 2012 as well. He already took first look around in
Athens, where he failed to qualify for the final, when he was
only 20 years old.
"It was good to feel the ambiance, jump before a full packed
audience, live among all the world's greatest sports stars in
the Village. It was fine as an experience, because next time I
won't be surprised and may keep focused when the competition arrives", he says.
This year he has progressed 51 cm and beat Portuguese
record four times in three months, starting to point out to the
18 meters barrier. He is now 17,74, the winning mark in
Osaka, which would virtually granted him the second place at
the Athens Games, behind Swedish Olsson. He is not obsessed by the 18 meters goal, but admits that every athlete who
manages to achieve 17,50 meters in an easy way, will be really thinking of that bigger jump. It demands a very specific
work and great relaxing in the competition moment, which is
not always easy to achieve.
Nelson says that in Osaka he entered in the track, for the first
jump, thinking of 18 meters, but couldn't get the perfect
balance. "I had never tried a jump of that level before, so I felt
like jumping for the unknown, with only one goal in my mind,
to reach as far as possible".
9
Julho|Setembro 2007
PROJECTO PEQUIM 2008
VERÃO QUENTE DE ESPERANÇA
37 atletas já qualificados
O número de qualificados para os Jogos Olímpicos de Pequim subiu de 9 para 37, com destaque para o
Atletismo (20), Vela (8) e Natação (6). A um ano, Nélson Évora, campeão mundial, e Telma Monteiro,
vice-campeã, são rostos confirmados da esperança nos melhores Jogos Olímpicos de sempre.
Verão confirmou as melhores expectativas. De apenas nove atletas qualificados
até Junho, a Missão a Pequim-2008 conta
já 37 passaportes validados, depois do excelente aproveitamento das grandes competições dos
últimos meses, em particular os Mundiais de
Vela, Atletismo e de Judo. Relativamente a
Triatlo, numa prova que, todavia, não garantia
apuramento directo.
Leonor Carneiro n.º 37
Leonor Carneiro, oitava classificada na Maratona
de Berlim no último fim-de-semana de
Setembro, com um tempo confortavelmente
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
O
2004, verifica-se que há muito mais atletas qualificados, a beneficiar de um ano de alguma
tranquilidade para prepararem a participação nos
Jogos Olímpicos. E ainda não são contabilizados nomes virtualmente qualificados como o de
Vanessa Fernandes, que já em Setembro se
sagrou pela primeira Campeã do Mundo de
João Rodrigues, qualificado para os quintos Jogos Olímpicos consecutivos
11
Julho|Setembro 2007
PROJECTO PEQUIM 2008
ATLETAS QUALIFICADOS PARA PEQUIM 2008
Susana Feitor, João Vieira e Inês Henriques repetentes. A Marcha portuguesa terá cinco atletas nos 20 km, em seis possíveis.
dentro do mínimo A da IAAF, tornou-se na passageira n.º 37 do voo virtual do C.O.P. LisboaPequim, marcado para os primeiros dias de
Agosto do próximo ano. Leonor Carneiro veio
juntar-se ao extenso grupo de atletas que aproveitou os Mundiais de Osaca para garantir, a um
ano de distância, a presença em Pequim.
Nos Mundiais de Atletismo, conseguiram
assegurar a qualificação os atletas Sara Moreira
(3.000 metros obstáculos), Naide Gomes (Salto
em Comprimento), Jéssica Augusto (5000
metros), Susana Feitor, Inês Henriques e Vera
Santos (20 km marcha), Sílvia Cruz (Dardo),
Francis Obikwelu e Arnaldo Abrantes (200
metros), Edivaldo Monteiro (400 metros barreiras) e Nelson Évora (Triplo Salto).
Nelson Évora, Naide Gomes e Sara Moreira
garantiram a qualificação logo nas eliminatórias,
através das marcas obtidas e pelo estatuto de
finalistas.
Sara Moreira será estreante em Jogos
Olímpicos, enquanto Naide Gomes já participou
por duas vezes e Edivaldo Monteiro e Nelson
Évora se estrearam em Atenas-2004.
Depois da desqualificação na prova de 100
metros, Francis Obikwelu rapidamente garantiu a
qualificação nos 200 metros, apurando-se para
as meias-finais, em que também o jovem
Arnaldo Abrantes entrou no grupo dos apurados,
através da marca de 20,48 segundos, mínimo A
12
Julho|Setembro 2007
de qualificação e também de acesso ao Nível 3
do Projecto Pequim 2008 do COP.
Finalmente, Jéssica Augusto obteve a qualificação ao apurar-se para a final de 5.000
metros, que concluiu na 15.ª posição, apenas
alguns dias depois de ter conquistado a medalha de ouro nas Universíadas de Banguecoque,
primeira atleta portuguesa a conseguir tal proeza.
As atletas da Marcha terminaram nos primeiros onze lugares: Susana Feitor (5.ª em Osaca)
disputará os quintos Jogos Olímpicos, Inês
Henriques (7.ª) repete Atenas-2004 e Vera
Santos será estreante, depois de há quatro anos
ter alcançado os mínimos, mas ter ficado fora
devido à melhor marca de Maribel Gonçalves.
Estas três atletas já faziam parte do Projecto
Pequim 2008, juntamente com a jovem Ana
Cabecinha.
Vera Santos (11.ª nos 20 km Marcha), Sílvia
Cruz (15.ª no Dardo) e Edivaldo Monteiro (15.º
nos 400 metros barreiras) alcançaram a qualificação através do lugar, apesar de as marcas
terem ficado aquém dos mínimos A, aplicandose aos seus casos a norma que determinava que
"os atletas que se classificassem até ao 16º
lugar no Campeonato do Mundo de Osaca de
2007, asseguravam o lugar de qualificação
Olímpica em relação a quaisquer outros que
venham a obter os mínimos, desde que cum-
pram, nos prazos indicados, os mínimos IAAF
B".
Por proposta da Federação Portuguesa de
Atletismo aprovada pelo DAPO, foram recuperados os prazos iniciais da Federação
Internacional de Atletismo, remetendo a 1 de
Janeiro de 2007 o início da fase de obtenção de
mínimos. Em função disso, foram admitidas as
marcas registadas por Vânia Silva, no lançamento de Martelo (67,14 metros, mínimo B), e
pelos irmãos João e Sérgio Vieira, nos 20 km
Marcha, ambos mínimos A. João Vieira, que
disputará os seus terceiros Jogos Olímpicos,
alcançou os mínimos na Taça da Europa de
Leanington (1.20,42 horas) e Sérgio alguns dias
mais tarde registou 1.22,12 no Grande Prémio
da Corunha.
Bons ventos em Cascais
O Verão quente do desporto português tinha
começado na baía de Cascais, onde se disputaram os Mundiais da ISAF, que qualificavam 75
por cento das tripulações para os Jogos
Olímpicos de Pequim, ficando a parte restante
da quota para os Campeonatos do Mundo de
classe a realizar ainda 2008. Já em Agosto, as
tripulações qualificadas tomaram o primeiro
contacto com as águas e ventos olímpicos de
Qingdao, com resultados muito animadores.
As tripulações do Projecto Pequim 2008 do
C.O.P., das mais estáveis em termos de permanência na lista actualizada todos os meses,
confirmaram totalmente as expectativas, ao
assegurarem a qualificação sem dificuldades de
maior. E ainda surgiu em Cascais a candidatura
real do jovem Frederico Pinheiro de Melo, do
Projecto de Esperanças Olímpicas 2012, no seu
primeiro ano na classe Finn, 36.º no final, mas
com várias classificações no top-15 das regatas.
Nos Europeus e Mundiais de Juniores, Frederico
Melo classificou-se em 2.º e 10.º lugar, respectivamente e é um nome a ter em conta para
2008.
João Rodrigues, cada vez melhor adaptado à
nova Prancha RS:X, foi 4.º em Cascais, melhorando relativamente ao 5.º lugar dos Europeus
do Chipre. E no pré-olímpico de Qingdao voltou
a ser 4.º, terminando a temporada como n.º 2
do ranking mundial, apenas atrás do campeão
europeu, o polaco Miarczinski.
A primeira posição abaixo das medalhas foi
também alcançada em Cascais pelos campeões
europeus Álvaro Marinho e Miguel Nunes, nos
470, que em Qingdao vieram a experimentar a
sensação do pódio, alcançando o terceiro lugar
no Pré-olímpico, ganho pela mesma tripulação
australiana (Wilmot-Page) que dominou os campeonatos do Mundo.
Gustavo Lima (Laser) repetiu nos Mundiais o
décimo posto dos Europeus da especialidade e
foi sexto na China. Também a tripulação de Star,
Afonso Domingos-Bernardo Santos, a única que
não esteve em Qingdao, foi décima nos
Mundiais de Cascais, dentro da quota apertadíssima de apuramento para os Jogos (11 lugares),
tendo disputado em Agosto os Europeus, em
Itália, que terminou na 12.ª posição.
Finalmente, a dupla de 49er também jogou
bem com a quota de qualificação dos Mundiais
(13 países), pois à classificação geral de 18.º
correspondeu um 12.º contando apenas um
barco por país. Depois disso, a tripulação Jorge
Lima-Francisco Andrade realizou uma prova
muito boa em Qingdao (9.º) e foi 15.ª nos
Europeus, disputados em Itália.
Nos últimos rankings da temporada, todas as
tripulações olímpicas portuguesas figuram nos
dez primeiros lugares, à excepção do 49er, que,
no entanto, subiu de 20.ª para 17.ª
MODALIDADES
ATLETISMO
JUDO
NATAÇÃO
TIRO
TIRO COM ARMAS DE CAÇA
VELA
Naide Gomes
Sara Moreira
Vânia Silva
Sílvia Cruz
Elisabete Tavares
Susana Feitor
Inês Henriques
Vera Santos
Jéssica Augusto
Leonor Carneiro
Paulo Gomes
Hélder Ornelas
Francis Obikwelu
Francis Obikwelu
Arnaldo Abrantes
Edivaldo Monteiro
Nélson Évora
João Vieira
Sérgio Vieira
António Pereira
Augusto Cardoso
Telma Monteiro
Tiago Venâncio
Diogo Carvalho
Fernando Costa
Diana Gomes
Sara Oliveira
Pedro Oliveira
João Costa
Manuel Vieira da Silva
Afonso Domingos
Bernardo Santos
Álvaro Marinho
Miguel Nunes
Jorge Lima
Francisco Andrade
Gustavo Lima
João Rodrigues
1
1
1
1
1
3
TOTAL
5000 metros
Maratona
Maratona
1
1
2
100 metros
200 metros
1
2
400 metros barreiras
Triplo Salto
20 km Marcha
1
1
2
50 km Marcha
2
-52 kgs
100 e 200 metros Livres
200 metros Estilos
1500 metros Livres
200 metros Bruços
100 e 200 metros Mariposa
200 metros Costas
Pistola Livre
Trap - Fosso Olímpico
Star
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
470
2
49er
2
Laser
Prancha RS:X
1
1
20
1
6
1
1
8
37
TOTAL
competição. Pedro Dias ( -66 kg), que fora 9.º
no Europeu, classificou-se em 11.ºlugar com
duas vitórias e duas derrotas, enquanto João
Pina (-73 kg) venceu dois combates, mas não
teve acesso às repescagens e João Neto (-81
kg) foi eliminado na 1.ª ronda. Ana Hormigo,
também atleta do Projecto Pequim 2008 do
C.O.P., (-48 kg) foi eliminada na primeira ronda.
Mesmo assim, o Judo reforçou a sua posição no
Projecto Pequim-2008, uma vez que Ana
Cachola (70 kg) e Yahima Rodriguez (78 kg)
classificaram-se em 9.º lugar, que garante as
suas entradas no Nível 3.
E, nas Taças do Mundo pontuáveis que se
seguiram, João Neto, João Pina e Ana Hormigo
alcançaram resultados que os colocaram, com
algum conforto, nas posições qualificáveis do
ranking europeu, que também continuam acessíveis a Pedro Dias, Ana Cachola, Yahima
Rodriguez e Hugo Silva (-90 kg).
Telma vice-campeã mundial
Em meados de Setembro, foi Telma Monteiro
(52 kg) a assegurar nos Mundiais de Judo do
Rio de Janeiro a assegurar a presença nos
Jogos, pela segunda vez na carreira, repetindo a
presença de Atenas 2004, onde se classificou
em 9.º lugar. Ela foi a única a garantir desde já
a qualificação para os Jogos Olímpicos, entre os
nove atletas portugueses nestes Campeonatos,
que assinalavam o início do período de qualificação que encerra em Maio com os Europeus
de Lisboa.
Os atletas do Projecto Olímpico do C.O.P.,
Pedro Dias, João Neto e João Pina ficaram
aquém dos objectivos delineados para esta
PROVAS
Salto em Comprimento
3000 metros obs.
Martelo
Dardo
Vara
20 km Marcha
Telma Monteiro, vice-campeã do Mundo, tem um ano
para se preparar sem a preocupação do apuramento por
ranking.
Diana e Sara reforçam Natação
A Natação também viu o contingente subir
durante o Verão, aproveitando as provas interna-
13
Julho|Setembro 2007
PROJECTO PEQUIM 2008
cionais que faziam parte do calendário homologado pela FINA, nomeadamente o Open de Paris
e as Universíadas de Banguecoque, duas grandes competições realizadas em Agosto.
Primeiro, em Paris, Diana Gomes e Sara
Oliveira (100 e 200 metros costas) realizaram os
mínimos que prometiam há meses e que lhes
tinham escapado nas provas anteriores. Diana
vai para os segundos Jogos Olímpicos, graças
aos 2.30,35 minutos realizados nos 200 bruços
de Paris. Em duas finais consecutivas, com um
4.º e um 7.º lugar, Sara Oliveira conseguiu o
apuramento nas duas distâncias de Mariposa,
2.11,57 minutos nos 200 metros e 59,79
segundos nos 100 metros, tendo nadado duas
vezes numa semana abaixo de um minuto, estabelecendo o recorde nacional em 59,66 durante
os Nacionais de Aveiro.
Também Fernando Costa vai para os segundos Jogos na distância dos 1500 metros, depois
de ter batido o seu próprio recorde nacional,
com 15.16,22 minutos, durante as Universíadas
de Banguecoque, onde se classificou em 4.º
lugar.
Com Sara, Diana e Fernando, o contingente
da Natação portuguesa para Pequim passou a
ser formado por seis atletas, com presenças em
oito provas.
37 portuguese already
granted in Beijing
Diana Gomes, que em Atenas foi a atleta mais jovem, regressa aos Jogos Olímpicos nos 200 metros
bruços.
PROJECTO PEQUIM 2008
(Actualizado em 30-9-2007)
Futebol e Ginástica
longe de Pequim
Nas restantes modalidades envolvidas no
Projecto Olímpico do C.O.P., Esgrima, Remo e
Canoagem não conseguiram concretizar as
oportunidades de qualificação, embora ainda
tenham novas hipóteses em 2008. Futebol
(selecção de sub-23) e Ginástica (Manuel
Campos e Luís Araújo) estão definitivamente
arredados, por não terem alcançado as classificações necessárias nos Europeus da Holanda e
nos Mundiais de Estugarda, respectivamente.
Também a selecção equestre de Dressage perdeu a hipótese de se qualificar como equipa,
embora subsistam em aberto lugares individuais
por atribuir.
Voleibol de Praia, Ténis de Mesa, Ténis e
Badminton prosseguem o amealhar de pontos
para os respectivos rankings, que só se definirão
no final da Primavera, bem como as Lutas
Amadoras. No Badminton, regista-se a troca de
Telma Santos por Filipa Lamy, no lugar de Nível
4 atribuído, e o ingresso de Marco Vasconcelos,
que já representou Portugal nos Jogos de
Sydney e Atenas.
No Tiro e Tiro com Armas de Caça, o processo de qualificação ficou definitivamente fechado, pelo que Portugal participará com um representante em cada modalidade, em princípio os
que garantiram o lugar, João Costa (3.ºs Jogos
Olímpicos consecutivos) e Manuel Vieira da
Silva (regresso depois de Atlanta-96).
No Tiro com Arco, João Freitas não continua
no Projecto, após os Mundiais de 2007, embora
a qualificação prossiga no próximo ano com os
Europeus e torneios de apuramento.
14
Julho|Setembro 2007
Vanessa Fernandes ganhou o primeiro título de Campeã Mundial, mas a prova não era qualificativa para Pequim.
Nível 1
Francis Obikwelu (Atletismo)
Nélson Évora (Atletismo)
Rui Silva (Atletismo)
Sérgio Paulinho (Ciclismo)
Joaquim Videira (Esgrima)
Telma Monteiro (Judo)
Vanessa Fernandes (Triatlo)
Álvaro Marinho - Miguel Nunes (Vela)
Q - Qualificação para Pequim
Q
Q
Q
Q
MODALIDADES
ATLETISMO
BADMINTON
CANOAGEM
CICLISMO
EQUESTRE
ESGRIMA
JUDO
LUTAS AMADORAS
NATAÇÃO
REMO
TIRO
TÉNIS
TÉNIS DE MESA
TIRO C.ARMAS DE CAÇA
TRAMPOLINS
TRIATLO
VELA
VOLEIBOL DE PRAIA
Totais
Nível 1
3
1
1
1
1
2
9
Nível 2
4
7
2
1
1
4
19
Nível 3
10
1
1
2
1
2
1
18
Nível 4
1
2
1
1
4
6
1
1
2
19
QUAL.
7
5
1
2
15
TOTAL
24
2
7
3
1
2
5
1
10
6
1
1
1
1
3
2
8
2
80
The number of Portuguese athletes qualified for Beijing Games climbed from nine to 37 in two months, after Athletics and Sailing world
championships and other major competitions held during last summer.
Less than one year before Olympics, Nélson Évora, Triple Jump world
champion, and Telma Monteiro, Judo world championships runner-up,
checked their names in the list, as faces of hope for the best ever results
for Portugal.
Summer time confirmed the best predictions. From only nine athletes,
Mission to Beijing has now 37 valid passports with Olympic visa, a far
best performance and perspective comparing with last Athens 2004
Games, by the same time. All these athletes can now prepare themselves carefully and with pressure during almost a year. And the list is still
waiting for the official check in of other athletes virtually qualified, like
Vanessa Fernandes, the new Triathlon World Champion, or Bruno Pais,
who also got the necessary ranking points to be sure in the departure
line of Beijing race.
After finishing eighth at Berlin Marathon, young runner Leonor Carneiro
was the 37th athlete to confirm her presence in the C.O.P. flight to
Beijing, in early August next year, and in the Games Women Marathon.
She joined the big Track and Field squad of 20 athletes, which includes
an expressive number of athletes who manage to get fine results in
Osaka World Championships. Among them, besides Nélson Évora,
there are Naide Gomes, fourth in the Long Jump, Susana Feitor, fifth in
the 20 km Walking and now qualified for her fifth consecutive
Olympics, and Francis Obikwelu, despite his disqualification in the 100
meters.
Fine Portuguese sports summer had begin in the Cascais Bay, scenario for the 2007 ISAF World Championships for Olympic classes, which
disclosed 75 per cent of the quota for Beijing. The Portuguese Olympic
Fleet of five boats and seven athletes was totally successfully, granting
the whole qualification for the Games. João Rodrigues (RS:X), who is
now heading for his fifth Olympics in a row, finished fourth and
European Champions Álvaro Marinho-Miguel Nunes were also fourth in
the 470 class.
The third biggest contingent, after athletics and sailing, is the
Swimming team, enlarging with three new names (Diana Monteiro,
Sara Oliveira and Fernando Costa). The two girls got their qualification
in the Paris Open, in early August, and some days later Fernando Costa
granted his second Olympics by finishing fourth in the 1500 meters of
the Bangkok Universiad.
In the opposite, Gymnastics and Football failed to qualify and will not
take Portuguese names to China. Other sports like Beach Volley, Table
Tennis, Tennis and Badminton are still running in the qualifying process, keeping their hopes alive.
C.O.P. Beijing Project is supporting 80 athletes of 18 different sports,
including those 37 already confirmed.
Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível QUALIFICADO
Alberto Chaiça (Atletismo)
Inês Henriques (Atletismo)
Q
Naide Gomes (Atletismo)
Q
Susana Feitor (Atletismo)
Q
Emanuel Silva (Canoagem)
Leonel Correia - Pedro Santos (Canoagem)
Joana Sousa, Teresa Portela, Beatriz Gomes, Helena
Rodrigues (Canoagem)
João Neto (Judo)
João Pina (Judo)
João Costa (Tiro)
Q
Nuno Merino (Trampolins)
Afonso Domingos - Bernardo Santos (Vela)
Q
Gustavo Lima (Vela)
Q
João Rodrigues (Vela)
Q
Ana Cabecinha (Atletismo)
António Pereira (Atletismo)
Arnaldo Abrantes (Atletismo)
Edivaldo Monteiro (Atletismo)
Jéssica Augusto (Atletismo)
João Vieira (Atletismo)
Luís Jesus (Atletismo)
Sara Moreira (Atletismo)
Sílvia Cruz (Atletismo)
Vera Santos (Atletismo)
Marco Vasconcelos (Badminton)
João Gomes (Esgrima)
Ana Hormigo (Judo)
Pedro Dias (Judo)
Tiago Venâncio (Natação)
Ana Rente (Trampolins)
Diogo Ganchinho (Trampolins)
Bruno Pais (Triatlo)
Filipa Lamy (Badminton)
Bruno Neves (Ciclismo)
Filipe Cardoso (Ciclismo)
1 cavaleiro de Dressage (Equestre)
Hugo Passos (Lutas Amadoras)
Adriano Niz, Duarte Mourão, Fábio Pereira, Miguel Pires
(Natação)
Bruno Amorim, Júlio Seixo, Paulo Cerquido, Roberto
Rodrigues (Remo)
Pedro Fraga, Nuno Mendes (Remo)
Frederico Gil (Ténis)
João Pedro Monteiro (Ténis de Mesa)
José Pedrosa, Pedro Rosas (Voleibol de Praia)
Augusto Cardoso (Atletismo)
Hélder Ornelas (Atletismo)
Leonor Carneiro (Atletismo)
Paulo Gomes (Atletismo)
Sérgio Vieira (Atletismo)
Vânia Silva (Atletismo)
Elisabete Tavares (Atletismo)
Diana Gomes (Natação)
Diogo Carvalho (Natação)
Fernando Costa (Natação)
Pedro Oliveira (Natação)
Sara Oliveira (Natação)
Manuel Vieira da Silva (Tiro com Armas de Caça)
Jorge Lima - Francisco Andrade (Vela)
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
Q
15
Julho|Setembro 2007
Ouro, Prata e Bronze
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
A participação da Missão do Comité Olímpico de Portugal no IX Festival Olímpico da Juventude Europeia
de Verão, que decorreu de 22 a 28 de Julho em Belgrado, saldou-se em mais uma excelente jornada de
afirmação social e desportiva dos jovens portugueses, que puderam viver uma semana de inolvidáveis
experiências. No campo desportivo, Portugal alcançou três medalhas em três das oito modalidades disputadas, com realce para o ouro de Irina Rodrigues, uma lançadora de Disco com muito futuro.
Gold, Silver and Bronze
Portugal Mission to the IX European Youth Olympic Festival Beograd 2007, from 22nd to 28th of July, was a journey of fine social and sportsmanship display by the Portuguese
youngsters living an unforgettable week of great experiences. In the sporting field of eight sports, seven individual and one team event, Portugal got three medals, one of them
Gold, by Irina Rodrigues, a Discus thrower of great future.
PORTUGAL
ΠΟΡΤΥΓΑΛ
O equipamento da Missão portuguesa
causou sensação junto dos meios de
comunicação de Belgrado e um grande
carinho da parte do povo sérvio em
geral, devido à inscrição do nome do
país em cirílico. Uma ideia simples, mas
de extraordinário efeito.
Direct to Serbian hearts
Portuguese exclusive idea of writing country's name down in the sportswear on
cyrillic alphabet was an authentic dart
trespassing the Serbian people hearts. This
simple sign gave us back lots of friendly
gestures from the local people and the
recognition of Beograd media.
17
Julho|Setembro 2007
Missão bem sucedida
O
engenheiro Pedro Ribeiro, Chefe de Missão ao
F.O.J.E. 2007 de Verão, faz um balanço positivo, reconhecendo as dificuldades e a impossibilidade de corresponder à expectativa relativamente
ao número de medalhas alcançadas em Belgrado.
"Foi uma Missão bem sucedida - afirma o membro do Conselho Fiscal do C.O.P. - embora os nossos objectivos em termos de medalhas não tenham
sido completamente alcançados. Mas há que salientar que nas difíceis condições que rodearam a
Missão, em particular a temperatura excessiva, o
mau alojamento e a alimentação e hidratação deficitárias, houve um comportamento exemplar de todos
os membros da delegação".
Relativamente à área desportiva, Pedro Ribeiro
realçou que Portugal não só ganhou três medalhas
como conseguiu "outros resultados muito bons,
alguns apenas regulares e, há que reconhecê-lo,
alguns menos bons, como é de esperar numa
Missão tão grande como esta".
À questão sobre qual o momento de maior dificuldade que a Missão ultrapassou, não teve dúvida
em escolher as questões logísticas, realmente complicadas.
"Terá faltado apenas um pouco mais de pressão
sobre a entidade organizadora, no sentido de nos
facilitar um pouco os problemas de alojamento. O
momento de maior tensão que vivemos foi o de
chegada da equipa, com o extravio das bagagens de
mais de 50 pessoas, logo seguido do impacto do
reconhecimento dos alojamentos, em particular a
colocação no sexto andar a obrigar-nos a subir 119
degraus. A perda de bagagens, afectando todos os
grupos, ocupou-nos toda a semana e chegámos ao
cúmulo de regressar a Lisboa sem que um dos
sacos perdidos tenha sido localizado!"
Para Pedro Ribeiro, os melhores momentos
foram sem dúvida os da atribuição da medalha de
ouro a Irina Rodrigues, a participação extremamente
positiva dos jovens do Ténis de Mesa e também a
medalha de bronze da Marta Cachola.
"Tudo o resto correu muito bem, a começar pela
colaboração com as Federações no processo de
escolha e de preparação dos atletas, salientando
que essa colaboração foi exemplar da parte de todas
as Federações envolvidas, bem como durante a
estada em Belgrado, com todas as equipas muito
bem enquadradas por técnicos muito atentos e
concentrados num bom desempenho", sublinhou
Pedro Ribeiro.
A Missão teve como Chefe-adjunto o antigo atleta olímpico Nuno Fernandes, presidente da
Comissão de Atletas Olímpicos, que se estreou em
responsabilidades bem diferentes das Missões
olímpicas de que fez parte, ajudando a integrar os
mais jovens, sem esquecer que muitos dos atletas
estavam a representar o país pela primeira vez.
Catarina Monteiro foi a responsável logística pela
quarta vez consecutiva.
A equipa médica foi chefiada pela doutora Isabel
Crespo, que não teve qualquer problema grave a
resolver, concentrando a sua atenção e actividade na
recuperação física dos atletas após a competição e
no combate a eventuais desidratações ou diarreias,
com sucesso absoluto, perante condições muito
adversas.
Cerimónia de Abertura do F.O.J.E. na Belgrado Arena
The Portuguese Mission at EYOF 2007 Opening Ceremony.
De Lisboa a Belgrado
A
Portuguese Chef of Mission to EYOF Beograd 2007 considers that it was a positive performance, realizing that the
team couldn't correspond to the medals expectations.
"Under very difficult weather and logistics conditions, with
very high temperatures, very poor accommodation and rationed food and beverage, we must recognize and praise the
excellent behaviour of every ingle member of the delegation", Mr Pedro Ribeiro said in his report. Portugal got three
medals and other good results.
He pointed the arrival to Beograd as the most difficult
moment of the mission, with more than fifty pieces of baggage left behind in the Munich planes change. But that was
pretty forgotten with the fine moments of the Discus' Irina
Rodrigues Gold Medal, Table Tennis' Maria Nogueira and
Diogo Carvalho Silver, and Judo Marta Cachola Bronze - the
top results of the Portuguese 112 people squad.
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Portugal got positive results
Under difficult conditions
Chefia de Missão, Nuno Fernandes e Pedro Ribeiro, com o presidente do C.O.P.
Missão foi apresentada oficialmente no dia 10
de Julho, à tarde, na sede do C.O.P., com uma
alocução do presidente Vicente Moura, a descrição do programa pelo Chefe de Missão, a recordação da participação pessoal do atleta olímpico
Nélson Évora, que ganhou a sua primeira medalha
de ouro no F.O.J.E. de Múrcia, e uma apresentação
gráfica de participações anteriores e das instalações
de Belgrado, seguindo-se um cocktail e as tradicionais fotografias de grupo. Estiveram presentes delegações de todas as modalidades, à excepção do
Pólo Aquático, na altura a realizar um estágio no Sul
do país, além de Presidentes de Federações,
Presidente da CDP, membros dos Orgãos Sociais do
COP e patrocinadores.
A Missao constituída por 112 pessoas saiu de
Lisboa e do Porto em dois grupos principais, sofrendo uma baixa de última hora, por doença, a jovem
judoca açoriana Catarina Teves. Também a jogadora
madeirense de Ténis de Mesa, Sara Costa, devido a
um problema burocrático, acabou por ter de atrasar
a viagem, que realizou na companhia de um dos
responsáveis da equipa de Atletismo, Carlos Santos.
Estiveram representados Clubes de dez distritos de
Portugal Continental e das duas Regiões
Autónomas.
A todos os elementos da delegação foi distribuído um saco desportivo contendo o equipamento da
missão, concebido propositadamente pela Onda.
As viagens para Belgrado sofreram vários problemas associados à transferência de bagagens, que
afectaram quase todas as delegações, por causa das
escalas em Munique e Frankfurt e do mau tempo
nalguns países da Europa do Norte. O problema
mais preocupante afectou a equipa de Ciclismo, por
extravio da mala das ferramentas até ao dia da primeira prova, mas também Irina Rodrigues teve de
enfrentar as primeiras provas sem o seu equipamento, perdido na viagem da Holanda, onde participara
nos Campeonatos da Europa de Juniores de
Atletismo.
Na Aldeia Olímpica, estabelecida numa antiga
residência universitária, Portugal ficou instalado num
sexto andar, sem elevador nem ar condicionado, o
que, tendo em conta as muito elevadas temperaturas
que se fizeram sentir, superiores a 40º, resultou em
extrema incomodidade para toda a comitiva. No 6º
andar foi instalado um gabinete médico, onde o trabalho da equipa clínica teve o seu quê de épico.
O parque em que as residências se situam
dispunha de vasta área arborizada onde foram instaladas tendas com computadores e jogos diversos
para utilização geral, dois bares e um pequeno anfiteatro. Todos esses espaços permitiram uma grande
comunicação entre todos os atletas. A cada delegação foi destinado um espaço para escritório, sendo
o de Portugal situado no edifício administrativo central.
A alimentação foi pouco variada, por vezes até
racionada, mas o problema maior foi a má distribuição de água, que motivou grandes reclamações dos
Chefes de Missão, obrigando a organização a reforçar o abastecimento.
Portugal got positive results under difficult conditions
O apoio aos colegas em
prova foi constante e
mobilizou toda a Missão.
Portuguese athletes jolly
supported their
team mates in every
competition.
18
Julho|Setembro 2007
The EYOF Portuguese Mission was presented to the media two weeks before travelling to Serbia in a ceremony that counted with the significant support of Olympic
Champion Rosa Mota and of some current Olympic athletes which got gold
medals in former editions of EYOF, like Triple Jump world champion Nelson Évora
(Murcia-01), swimmers Diana Gomes and Tiago Venâncio (Paris-2003) and long
jumper Marcos Caldeira (Lignano-2005).
In Beograd, the young Portuguese had to fight against extremely high temperatures and an additional fitness exercise of 119 steps for their 6th floor rooms, with
no air conditioning. It was hard, but unforgettable for everybody, as many of the
youngsters were living their families and travelling by plane for the very first time.
19
Julho|Setembro 2007
Três Medalhas
para quatro atletas
A Missão ao IX Festival Olímpico da Juventude Europeia, de
Belgrado regressou a Lisboa com três medalhas e quatro atletas medalhados.
Irina Rodrigues ganhou Ouro no Lançamento do Disco
(Atletismo).
A dupla Diogo Carvalho-Maria Nogueira conquistou Prata no
Ténis de Mesa.
A judoca Marta Cachola arrecadou Bronze nos -63 kg.
Após esta nona edição, Portugal totaliza 35 medalhas nos
Festivais de Juventude.
Festival
Bruxelas - 91
Valkestaad - 93
Bath - 95
Lisboa - 97
Esbjerg - 99
Múrcia - 01
Paris - 03
Lignano - 05
Belgrado - 07
TOTAL
Ouro
1
0
1
0
1
1
4
2
1
11
Prata
1
2
0
1
1
0
2
3
1
11
Bronze
3
1
0
2
0
1
1
4
1
13
Total
5
3
1
3
2
2
7
9
3
35
Rui Costa (Abertura) e Irina Rodrigues (Encerramento) foram os porta-bandeira da Missão.
Rui Costa (Swimming) in the Opening and Irina Rodrigues (Discus) in the Closure were the flag bearers.
Em reunião ou em
festa, a Missão a
Belgrado 2007
mostrou sempre
um grande espírito
de equipa.
Working hard or
pulling around, the
Portuguese
Mission always
showed great
team spirit.
As meninas da Ginástica e do
Ténis de Mesa descobriram ter
muito em comum.
Youngsters Gymnastics and
Table Tennis girls became the
best friends in Serbia.
Catarina Monteiro e uma
Equipa Médica 100% feminina.
The all-women Medical Team
with Logistics coordinator
Catarina Monteiro.
20
Julho|Setembro 2007
A Missão foi seguida
a par e passo por
jornalistas dos três
diários desportivos.
The Mission was followed minute by minute
by journalists of the
three sports papers.
À mesa, no Refeitório da
Aldeia, tempo de convívio
entre as diversas
modalidades.
Dining time was the
perfect moment for
people of different sports
knowing each other better.
21
Agosto|Setembro 2007
Disco de Ouro para Irina
A
Irina Rodrigues lançou Disco a mais de 50 metros.
22
Julho|Setembro 2007
12,32 metros e concluindo na 10.ª posição, com 12,15 metros.
Vicente Moura orgulhoso
A jovem agradeceu às pessoas que considera mais importantes
para este sucesso (treinador Paulo Reis, mãe Fernanda Carreira
e dirigente do Juventude Vidigalense Alzira Monteiro) e revelou
a vontade e convicção para um dia estar presente nos Jogos
Olímpicos, sabendo que o mínimo para Pequim está fixado nos
59 metros. Mais realista, será uma participação nos Jogos de
Londres de 2012, pois trata-se de atleta de enorme potencial.
Irina Rodrigues pratica esta modalidade há pouco mais de
três anos depois de ter sido forçada a abandonar dez anos de
carreira na Natação, devido a uma lesão no ombro direito.
Acabou por ser descoberta para os lançamentos por Paulo Reis,
treinador da lançadora olímpica do Martelo, Vânia Silva.
Nesta competição em Belgrado, onde chegou poucas horas
depois de disputar os Campeonatos da Europa de Juniores na
Holanda, tendo sido uma das "vítimas" das perdas rotineiras de
bagagens no aeroporto local, não se intimidou com qualquer
problema e teve o prazer de ouvir o hino e ver subir a bandeira
no mastro central do estádio do Partizan.
O presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vicente
Fábio Gonçalves (1500 metros)
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
leiriense Irina Rodrigues conquistou a primeira medalha
para Portugal no Festival Olímpico da Juventude Europeia
de Belgrado ao vencer a final do Lançamento do Disco,
alcançando um novo recorde nacional de juvenis com 51,74
metros. Foi a 11.ª medalha de ouro e a 33.ª medalha conquistada por Portugal nas nove edições do F.O.J.E.
A atleta entrou muito descontraída na final, batendo logo o
recorde nacional de juvenis, com um primeiro lançamento de
50,25 metros e nunca perdeu o primeiro posto, pois a croata
Sandra Percovic, que tinha a melhor marca de inscrição, não
conseguiu ultrapassar os 50 metros.
Já com a vitória assegurada, no sexto ensaio, Irina
Rodrigues voltou a bater o recorde nacional, lançando pela
segunda vez acima dos 50 metros (51,74). Nas eliminatórias,
Irina obtivera o segundo melhor registo, com 45,43 metros.
A atleta teve uma participação atribulada no F.O.J.E., uma
vez que só chegou a Belgrado duas horas antes da prova de
qualificação do Lançamento do Peso, vinda da Holanda onde
disputara o Campeonato da Europa de Juniores, sendo uma das
vítimas do extravio das bagagens, que só apareceram dois dias
depois. Isso não a impediu de alcançar também uma classificação honrosa nesta disciplina, qualificando-se para a final com
Carla Rocha (3000 metros)
Irina Rodrigues (Peso/Shot Put )
Moura, assistiu à prova e comentou que Irina "tem todas as
condições para ser uma campeã", manifestando a confiança em
"vê-la em Pequim", no próximo ano. Seguramente, porém, este
resultado dar-lhe-á acesso ao Projecto Esperanças Olímpicas
Londres 2012 já a partir de Janeiro.
"Enfrentou uma série de dificuldades (viagem, calor, extravio
da bagagem, adversária favorita) e não mostrou qualquer receio,
enfrentou tudo com tranquilidade. Quando participar em condições normais certamente alcançará resultados melhores", frisou
Vicente Moura.
Fábio & Fábio, 4.º e 5.º
qualificar para a final. Portugal apresentou protesto formal ao Jury D'Appel da competição e o
atleta foi muito justamente reintegrado no quadro
da final de quinta-feira. Na final, optou por não
seguir as indicações dos treinadores e atacou
muito cedo, o que acabou por se revelar fatal em
termos de classificação. O atleta do Benfica não
quis correr riscos e atacou demasiado cedo,
comandando a prova até 130 metros da meta, e
acabou por não conseguir resistir ao contraataque dos adversários. Terminou na 5.ª posição,
com 1.54,24 minutos.
São dois amigos e adversários, partilham o mesmo nome de
baptismo e um futuro no panorama do Atletismo. Em Belgrado,
alcançaram resultados idênticos, ficando perto das medalhas.
Fábio Rebelo ficou a um passo do bronze dos 1500 metros,
ao terminar em quarto com 3.55,40 minutos. Era grande a frustração do jovem atleta do Pego Longo no final da corrida, mas
não foi possível bater os três medalhados, que controlaram a
prova desde o início. Nas eliminatórias, Fábio Rebelo tinha
alcançado a qualificação directa, com o tempo de 4.00,40 minutos, igualmente a quarta melhor marca.
O seu amigo Fábio Gonçalves viveu uma aventura invulgar
em Belgrado, depois de na eliminatória dos 800 metros, ter sido
empurrado e rasteirado aos 350 metros e assim impedido de se
Os restantes resultados do Atletismo ficaram um
aquém das expectativas, não se registando outros
apuramentos para finais, mas apenas participações em finais directas, nomeadamente nas provas de fundo (3000 metros) que encerraram o
programa da selecção portuguesa. Carla Rocha
foi 7.ª entre as raparigas, com 9.57,79 minutos, o quarto melhor
resultado absoluto da equipa, e José Costa 12.º entre os rapazes,
com 8.57,78 minutos. Nos 2000 metros obstáculos, Ricardo
Costa sentiu dificuldades com o forte andamento e terminou em
13.º.
Carla Rocha 7.ª
Fábio Rebelo
(800 metros)
23
Julho|Setembro 2007
IRINA RODRIGUES
"Ser grande e forte é uma vantagem"
Irina's Golden Disk
RAPARIGAS
PROVA
CLASSIFICAÇÃO
Carla Pinhão
Triplo Salto
13a
Carla Rocha
3000 metros
7a
Daniela Cunha
800 metros
16aª
Irina Rodrigues
Disco
1aª
Irina Rodrigues
Peso
10aª
Joceline Monteiro 400 metros
11aª
Marta Onofre
Vara
14aª
Nádia Gaspar
400 Barreiras
18aª
Sara Ribeiro
1500 metros
13a
Susana Santos
200 metros
20aª
Telma Elias
100 metros Barreiras 21aª
U.Quiawaca/J.Monteiro/
T.Elias/S.Santos
4x100 metros
9a
Ungundi Quiawaca Comprimento
11aª/elim
Ungundi Quiawaca 100 metros
10aª
RAPAZES
André Lima
C.Pacheco/A.Lima/
E.Neves/J.Abrantes
Carlos Pacheco
Carlos Pacheco
Christopher Correia
Christopher Correia
Emanuel Neves
Fábio Gonçalves
PROVA
110 Barreiras
4x100 metros
200 metros
100 metros
Peso
Disco
400 Barreiras
800 metros
Fábio Rebelo
Hugo Santos
João Abrantes
João Alexandre
José Costa
Pedro Mossamedes
Ricardo Costa
1500 metros
4º
400 metros
18º
Vara
11º
Comprimento
16º
3000 metros
12º
Altura
22º
2000 metros Obstáculos 13º
24
Julho|Setembro 2007
CLASSIFICAÇÃO
15º
MARCA
11,78 m
9.57,79
2.18,58 m
51,74 m
12,15 m
58,63 s
3,20 m
1.07,03
4.38,13 m
25,65 s
14,69 s
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Irina Rodrigues was the first Portuguese athlete to step up the EYOF
podium, by winning the Discus final with a new Portuguese Youth
national best of 51,74 meters, the first Portuguese girl throwing the
disc over more than 50 meters. This was the eleventh gold and the
33rd medal of Portugal in nine editions of the Youth Festival.
Irina Rodrigues performance was not perturbed by the great travelling
adventure she had to pass through, after participating in the Junior
European Championships, in Holland, just in the weekend before the
Beograd mini Games. She arrived only two hours before start competing in the Shot Put and had to borrow some clothes, as her luggage
diverted somewhere in Centre Europe and arrived in Beograd three
days later.
Two best friends Fábio & Fábio, Fábio Rebelo and Fábio Gonçalves,
also got good results but failed to reach medal places. Rebelo finished fourth in the 1500 meters with 3.55.,40 minutes and Gonçalves
was fifth in the 800 meters after a galloping run leading the field all
the way till the last 130 meters, trying to avoid the confusions of the
first lap which provoked his fall during the qualifying series. In the
girls' 3000 meters, Carla Rocha finished 7th.
Team leader José Costa admitted that this year results were not so
good as two years ago in Italy, because 2005 team was really a stronger. Portugal Youth Track and Field lack international experience and
this EYOF was the first competition abroad for the majority of the
athletes.
OBS.
Recorde Pessoal
Recorde Nacional Juvenis
Recorde Pessoal
48,60 s
5,72 m
12,20 s
MARCA
14,64 s
9º
43,82 s
Desistência por lesão
14º
11,10 s
21º
14,74 m
21º
44,49 m
18º
57,17 s
5º
1.54,24
3.55,40
50,70 s
4,20 m
6,67 m
8.57,78
1,85 m
6.20,49 m
OBS.
Recorde Pessoal
10,97 s na eliminatória
1.59,74 n a eliminatória,
onde sofreu uma queda
4.00,40 m na eliminatória
"Ganhámos uma medalha, embora não tivéssemos
estado ao nível de há dois anos em Itália, quando
apresentámos uma equipa muito forte. Este ano, a
Irina esteve espectacular, com uma marca extraordinária, a culminar um percurso magnífico
enquanto jovem atleta que permite augurar-lhe um
belo futuro. Outros não chegaram às medalhas,
mas ficaram perto, com prestações muito positivas
e a discutir as classificações até ao fim. Ao fim
desta minha terceira participação, tenho de sublinhar que o F.O.J.E. continua a ser um momento
muito importante para as carreiras dos jovens atletas, com implicações na motivação e incentivo à
preparação. O quadro competitivo em Portugal é
diversificado, mas falta contacto internacional,
devido à nossa localização. A Irina já tinha participado em duas ou três provas no estrangeiro, mas
para a maioria foi a primeira vez que saíram do
país: para dezoito dos 24 foi até a primeira vez que
andaram de avião".
José Costa, Chefe de Equipa
Irina, levas excelentes recordações de Belgrado?
Foi uma grande aventura, mas valeu a pena. Quando
chegámos da Holanda, verificámos que faltava a
minha bagagem com a minha roupa interior, saí do
aeroporto directamente para a pista, arranjar roupa
de emergência e participar logo na eliminatória do
Peso.
Depois, bateste o recorde nacional duas vezes.
Para a prova de Disco, já estava bem dormida e
nem me desgastei na eliminatória. Tinha um recorde
pessoal de 49,84 metros e desejava ultrapassar os
50 metros ainda este ano, uma barreira que poucas
atletas portuguesas conseguem fazer. Foi logo no
primeiro ensaio, com 50,25, um recorde, quando
estava mesmo relaxada e depois voltei a batê-lo no
último lançamento, quando já sabia que ia ganhar a
prova. Neste momento, a melhor… a melhor, não, a
lançadora que detém a melhor marca sou eu!
Já te imaginas nos Jogos Olímpicos?
É difícil atingir os mínimos para os Jogos
Olímpicos, atendendo a que só tenho 16 anos. Mas
no ano passado estive lesionada e só evoluí quatro
metros, mas este ano já melhorei tecnicamente e
evoluí cerca de 11 metros - mais do que me separa
neste momento dos mínimos olímpicos (59
metros). Não sei se um dia conseguirei ir lá, mas
esse é o meu grande sonho. Já senti o companheirismo dos vários desportos e todo este ambiente do
F.O.J.E., mas nos Jogos deve ser o máximo.
Participar no F.O.J.E ainda desperta mais vontade.
Tens boas condições de treino?
Treino em Leiria e tenho todas as condições, um
centro de lançamentos muito bom, um ginásio bem
equipado, um clima sem grandes variações e pouca
chuva.
Como te iniciaste nos lançamentos?
Quando tive de deixar a Natação, o meu treinador
perguntou-me por que não tentava o Atletismo. Fui
lá com uma amiga e depois alguém disse ao meu
actual treinador que estava lá uma rapariga grande
e forte… e comecei assim a lançar o Disco. O
físico é uma vantagem, se fosse mais pequena o
Disco não subiria tão alto, nem tão longe: tenho
duas boas alavancas, com os meus braços compridos consigo levar o Disco bem atrás, na impulsão, e fazê-lo voar.
Daniel Freitas em bom plano
D
Contra-relógio competitivo
Na prova de contra-relógio individual, os três ciclistas realizaram provas homogéneas, perdendo menos de um minuto
para o vencedor. Daniel Freitas realizou o tempo de 11,38
minutos, contra 11,02 do polaco Bartkiewicz.
Hélder Ferreira classificou-se em 63.º com 11,57 minutos, apesar de ter tido uma prova prejudicada por uma avaria
e um pequeno engano no percurso.
Vítor Lopes ficou em 66.º com apenas mais um segundo
(11,58).
Hélder Ferreira cai no sprint
Na prova de estrada, a opção foi Hélder Ferreira, que chegou
à última curva em condições de chegar às medalhas no
'sprint', extremamente disputado. O português foi vítima de
empurrões e caiu, sofrendo algumas escoriações sem gravidade, tendo sido de imediato socorrido pela equipa médica
do C.O.P.
Numa prova de 57 quilómetros disputada a alta velocidade nas ruas de Belgrado, o melhor português acabou por ser
Daniel Freitas, que terminou na 18.ª posição. Vítor Lopes
desistiu à entrada da última volta.
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
aniel Freitas foi o melhor ciclista português no
F.O.J.E., com um 13.º lugar na prova de Critério, um
18.º na corrida em linha e um 32.º no Contra-relógio.
Confirmou ser um jovem com futuro na modalidade, sobretudo como rolador e 'sprinter', um potencial vencedor de etapas e critérios.
Apesar de não ser uma competição vulgar no ciclismo português, os três jovens seleccionados por Nuno
Alves tiveram um melhor desempenho na prova de
Critério, a primeira dos três dias. Portugal foi um dos
seis países, juntamente Áustria, Bélgica, República
Checa, Dinamarca e Letónia, que conseguiram apurar
todos os ciclistas para a final, onde Hélder Ferreira e
Vítor Lopes terminaram em 46.º e 47.º, respectivamente,
uma corrida disputada a grande velocidade (média de
47,210 km/hora).
Estes dois atletas trabalharam bastante para ajudar a lançar Daniel Freitas no sprint final, mas uma deficiente colocação na última curva impediu-o de discutir a vitória, concluindo em 13.º. Nas eliminatórias, Vítor Lopes tinha alcançado
um segundo lugar. A prova de Critério constava de 17 voltas
a um circuito urbano de 900 metros.
Hélder Ferreira “salvo” pela equipa médica
Medical team rescued unlucky Hélder Ferreira.
Daniel Freitas in the edge
Daniel Freitas was the best Portuguese rider at EYOF three days cycling event, with a 13th
position in the Criterium, 18th in the Road race and 32nd in the Time Trial. He confirmed
potential, mainly as a roadster and sprinter, maybe future stage winner.
The three Portuguese riders did well in the Criterium, managing to qualify all of them to
the final, a rare result achieved by only six countries.
The Time Trial was very competitive as usual and Daniel Freitas clocked 36 seconds
more than the winner, polish Bartkiewicz. Finally, in the Road race, Hélder Ferreira was
fighting for the last sprint but was pushed down and fall in the last corner.
Nuno Alves, Cycling team leader, said that his riders run always in front but had "difficulties to finish the races better , lacking some controlling experience within such packed groups"." It was a really a pity that Hélder Ferreira fall down when he was fighting for
a medal", Mr. Alves noted.
27
Julho|Setembro 2007
Uma estreia motivadora
A
s jovens ginastas Marta Damásio e Lúcia Oliveira realizaram provas positivas no seu baptismo internacional no
Festival Olímpico da Juventude Europeia, apesar das
classificações modestas. Por equipas, Portugal classificou-se
em 29.º lugar, desde logo com o 'handicap' de ter participado
com apenas duas atletas, enquanto os outros países competiam com três. O balanço essencial da experiência é uma motivação muito grande para o futuro, apesar das dificuldades, com
os olhos já nos próximos Campeonatos da Europa de Juniores.
A satisfação da treinadora Paula Barata pelo desempenho
de Marta Damásio (66.ª do concurso geral), com 45.500 pontos, era motivada sobretudo pelas dificuldades físicas que a
atleta do Lisboa Ginásio teve de superar, depois de ter sofrido
uma fractura no pé esquerdo há cerca de um mês. Lúcia
Oliveira foi 82.ª, com 41,300, entre 93 atletas.
Great motivation for youngsters
Very young gymnasts Marta Damásio and Lúcia
Oliveira preformed well in their first international
competition, despite low standings in the results
charts. Portugal finished 29th in the team competition, entering with the one athlete less handicap.
Coach Paula Barata expressed her joy for the performance of Marta Damásio in particular, after the
14 years old had to recover from a foot finger bone
fracture, which she suffered just one month before the competition. She finished 66th in the all
around and Lucia Oliveira was 82nd, among 93
participants.
"Coming to EYOF gave us such a great motivation
to carry on. We love it", Marta said. These athletes
work about six hours daily in holydays season and
four hours during school period.
A melhor nota parcial, contudo, foi alcançada por Lúcia
Oliveira, com 12,950 no Salto de Cavalo, contra 12,150 de
Marta Damásio. A lisboeta, porém, teve um concurso mais
equilibrado, com 11,900 na Trave e 11,800 nos Exercícios de
Solo, tendo realizado a prova mais fraca nas Paralelas, com
9,650.
As duas ginastas entraram com muito nervosismo na competição, que tem o nível de um autêntico Campeonato da
Europa de juniores. "Entrei com algum receio, por causa de ter
partido um dedo apenas um mês antes da prova", explicou
Marta Damásio. "Vir ao F.O.J.E. deu-nos uma grande motivação para continuar. Gostamos mesmo disto", exclama Lúcia
Oliveira. Em tempo de aulas, ambas treinam "apenas" quatro
horas por dia; em férias, treinam seis hora, em dois períodos
diários de três horas.
"Atendendo a que foi a primeira vez que participaram numa competição internacional, foi
muito positivo porque ambas cumpriram os objectivos que tínhamos planeado. Elas ficaram
satisfeitas e saíram do F.O.J.E. com imensa vontade de treinar ainda mais. Estas provas são
excelentes como factor de motivação e ambas já pensam nos próximos Europeus de juniores. "
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Paula Barata, treinadora
Marta Damásio
28
Julho|Setembro 2007
Lúcia Oliveira
Marta Cachola imitou
Andreia Cavalleri
M
arta Cachola conquistou a medalha de bronze de -63
kgs, ao vencer uma das finais de repescagem com a
alemã Sandra Manfrass, a 1,39 minutos do final do
combate.
Foi a terceira medalha do Judo português em Festivais
Olímpicos, depois das alcançadas por Andreia Cavalleri
(Bronze, -61 kg, Bruxelas-1991) e Joana Cesário (Prata, -57
kg, Paris-2003).
"Dá muito prazer trabalhar para tentar alcançar resultados e
acabar por receber uma medalha como retribuição desse trabalho. E é um incentivo para trabalhar mais ainda daqui para a
frente", comentou a jovem judoca do Judo Clube do Algarve.
Marta Cachola, de 16 anos, confessou após o combate
que tem como ídolo a irmã, Ana Catarina Cachola, atleta do
Projecto Esperanças Olímpicas 2012 e campeã da Europa de
Juniores e bicampeã europeia de Esperanças, que também
participou sem grande sucesso no F.O.J.E. de 2001 em
Múrcia, onde a então pequena Marta esteve como acompanhante. As duas são filhas de professores de educação física,
tendo "desobedecido" à mãe que não as queria ginastas nem
judocas, por causa da dureza do trabalho e das restrições de
peso a que estas modalidades obrigam os atletas.
Desafiada a uma comparação, não se coibiu: "A minha
irmã tem mais jeito, eu tenho mais controlo psicológico. Ela,
às vezes, não se apercebe do valor que tem".
A jovem farense revelou que perseguia este objectivo, mas
"isto não acaba aqui, os projectos são a longo prazo", com o
sonho permanente de chegar aos Jogos Olímpicos. "Ainda
espero vir a conquistar muitas mais medalhas".
de ouro), agradecendo a intervenção do treinador Paulo
Nogueira, que lhe disse para se "divertir nos combates da fase
de repescagem".
Foi a segunda vez que combateu com a judoca alemã,
depois de ter perdido no torneio de Fuengirola, Espanha, em
Abril.
A jovem medalha de bronze dedicou o triunfo ao Judo
Clube do Algarve e sublinhou a importância do mestre Júlio
Marcelino, mesmo à distância: "Tenho pena que não esteja
aqui comigo, porque trabalhámos muito juntos para este
sucesso".
Marta Cachola começou a vencer a italiana Giorgis (ippon),
mas perdeu em seguida com a holandesa Alberts (ippon). Na
fase de repescagens foi derrotando sucessivamente
Anderwald, a húngara Gulyas e a alemã Manfrass, sempre por
ippon.
Marta Cachola (-63 kg)
Lina Antunes entrou a perder com a bielorrussa Slutskaya, venceu depois a polaca Wasek e acabou por ser de novo derrotada
pela holandesa Penders. Os três combates foram decididos por
ippon.
Pedro António (-90 kg) em 5.º
Nuno Esteves (-55 kg) em 9.º
Pedro António obteve a melhor classificação da equipa masculina, ao terminar em quinto lugar na categoria de -90 quilos.
Um combate de grande qualidade e emoção durante oito
minutos (tempo regulamentar e prolongamento), em que venceu o alemão Gutsche, por decisão unânime dos três juízes,
apurou o judoca do Judo Clube de Lisboa para as meiasfinais, onde encontrou o campeão europeu da categoria,
Ahmadov (Azerbaijão), perdendo por ippon.
No combate de atribuição da medalha de bronze, foi batido
por wazari pelo israelita Pollack. Inicialmente, tinha batido o
espanhol Fernandez por wazari e o grego Gzaraklov, por ippon.
Trajecto para uma medalha
Lina Antunes (70 kg) em 7.ª
O trajecto na prova foi algo sobressaltado pela derrota, no
segundo combate com a holandesa Nicoline Alberts (medalha
Lina Antunes classificou-se em 7.º lugar na categoria de +70
kg, durante a jornada final do Festival Olímpico de Belgrado.
Nuno Esteves classificou-se em nono lugar na categoria de -55 kg
do Torneio de Judo do Festival Olímpico da Juventude Europeia,
em Belgrado.
O judoca português venceu o letão Haratjans por ippon, foi
derrotado em seguida pelo búlgaro Hristov, que veio a alcançar a
medalha de bronze, e depois foi batido pelo sérvio Popeskov.
Na categoria masculina mais pesada (-90 kg), Nuno Paiva perdeu dois combates, com o letão Vilcans por ippon e com o georgiano Khachidze, por wazari.
Nenhuns dos restantes elementos da selecção portuguesa
conseguiram ultrapassar a primeira ronda: Marta Santos (-52 kg),
Rita Maurício (-57 kg), João Castro (-50 kg) e Miguel Frischknecht
(-66 kg).
Pedro António (-90 kg)
O professor Rui Veloso concluiu a sua
longa participação no Festival
Olímpico da Juventude Europeia com
a medalha de Marta Cachola e uma
das melhores participações de sempre do Judo. Esta foi a sexta presença consecutiva do responsável das
selecções jovens de Judo e Missões
olímpicas, numa série que se iniciou
nos Jogos Mundiais da Juventude de
Moscovo em 1998, estreando-se no
F.O.J.E. de Ebsjerg, Dinamarca, em
1999. Seguiram-se Múrcia-2001,
Paris-2003, Lignano-2005 e
Belgrado-2007.
30
Julho|Setembro 2007
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Marta Cachola Bronze Medal
Marta Cachola got the Bronze Medal of -63 kg category, beating German Sandra Manfrass in
the consolation final, by ippon 1,39 minutes before time. This was the third Portuguese Judo
medal in the EYOF history, after Andrea Cavalleri's bronze in 1991 and Joana Cesario's silver in
2003.
Marta Cachola is the younger sister of Ana Catarina Cachola, a regular member of senior Judo
Olympic Team, now in good position to qualify by ranking for the Beijing Olympics. Some years
ago in Murcia EYOF, Marta accompanied her parents to see Ana Catarina's performance at 2001
Festival. Now she's a winner.
In the other competitions, Pedro Antonio got the best result, finishing 5th in 90 kg category and
Lina Antunes was the second best female, getting 7th place at the 70 kg event.
Team Leader Rui Veloso, who was present in his fifth consecutive EYOF, said they had overcome the best expectations for this competition, despite living Beograd with the "feeling that an
even best result could be achieved".
"Superámos as expectativas, conseguimos mais do que eu
esperava, mas acabamos por sair daqui com a sensação de
que podíamos ter alcançado algo mais. Para lá de um ouro
azar, os nossos atletas tiveram um desempenho muito bom. É
extremamente difícil alcançar uma medalha no Judo, em particular neste escalão e em particular no sector masculino,
porque há muitas diferenças de maturação a nível de crescimento, relativamente a outros países, sobretudo do de Leste e
em particular nos pesos mais leves. Em todo o caso, a Marta
realizou uma grande proeza numa categoria muito competitiva,
mas eu até considero que ela tem nível para ter chegado à
medalha de ouro. O nível desta competição foi elevadíssimo e
compara-se a um Campeonato da Europa, com todos os países
a apresentarem os seus melhores atletas"
Rui Veloso, Treinador
31
Julho|Setembro 2007
Porta-bandeira obteve
melhor resultado
ui Costa, o porta-bandeira da Missão de Portugal na
Cerimónia de Abertura do F.O.J.E., classificou-se em 6.º
lugar na série final de 1500 metros livres, com o tempo
de 16.07,03, não conseguindo cumprir o objectivo de bater o
recorde pessoal e baixar pela primeira vez dos 16 minutos. Foi,
mesmo assim, o melhor resultado da natação portuguesa no
F.O.J.E., juntando ainda um nono lugar (vitória em final B) nos
400 metros.
O nadador vimaranense nadou quase sempre abaixo do
tempo de referência, mas perdeu velocidade nos últimos 250
metros, acabando a cerca de três segundos da sua melhor
marca. Terminou na sétima posição da classificação geral,
compreendendo todas as séries. Na segunda jornada, Rui Costa
tinha vencido a final B de 400 metros livres com o tempo de
4.05,47 minutos, melhorando mais de três segundos, relativamente às eliminatórias.
Nas raparigas, o melhor resultado foi alcançado por Maria
Veloso, que concluiu em 10.º na geral (2.º lugar da final B),
R
com o recorde pessoal de 4.30,37, que melhorou em mais de
seis segundos o tempo realizado nas eliminatórias. A jovem
atleta do Clube de Natação Académica de Coimbra tinha alcançado o 12.º tempo das eliminatórias, já com recorde pessoal
(4.37,06).
A estafeta masculina de 4x100 Estilos formada por Samuel
Queirós, Francisco Vital, André Silva e Luís Vaz terminou na
11.ª posição entre 26 concorrentes, com o tempo de 4.01,84
minutos. A estafeta feminina (Mara Silva, Sara Cruz, Cláudia
Robalo e Margarida Resende) foi desqualificada.
Na jornada final, Portugal participou em quatro finais B, com
destaque para o 12.º lugar de Ana Monteiro nos 200 metros
mariposa. André Silva foi 4.º da final B dos 200 metros bruços,
com 2.24,31 minutos, mantendo o 12.º lugar que já registara
nas eliminatórias.
Outros nadadores conseguiram bater os recordes pessoais,
como Sara Cruz nos 100 metros mariposa, com 1.06,80 minutos, e Luiz Vaz nos 50 metros livres com 25,32 segundos.
Rui Costa (1500 metros)
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Maria Veloso (400 metros)
32
Julho|Setembro 2007
RAPARIGAS
Ana Monteiro
Cláudia Robalo
Cláudia Robalo
Joana Rodrigues
Joana Santos
Mara Silva
Margarida Resende
Maria Veloso
Maria Veloso
S.Cruz/M.Resende/
J.Rodrigues/J.Santos
Sara Cruz
PROVA
CLASSIFICAÇÃO
200 Mariposa
12aª
100 Bruços
15aª
200 Bruços
20aª
400 Estilos
18a
200 Livres
24aª
100 Bruços
25aª
50 Livres
22aª
800 Livres
15aª
400 Livres
10aª
4x100 Livres
16a
MARCA
2.28,45 m
1.17,48 m
2.49,81 m
5.27,57 m
2.14,79 m
1.12,78 m
28,91 s
9.20,41 m
4.30,37 m
4.11,80 m
100 Mariposa
1.06,80 m
RAPAZES
Miguel Oliveira
Samuel Queirós
José Gonçalves
Rui Costa
Luis Vaz
Luis Estanislau
André Silva
Luiz Vaz
Samuel Queirós
Miguel Oliveira
L.Vaz/J.Gonçalves/
F.Vital/R.Costa
PROVA
CLASSIFICAÇÃO
400 Estilos
15º
100 Costas
23º
200 Livres
16º
1500 Livres
7º
50 Livres
24º
200 Mariposa
desq.
100 Bruços
18º
100 Livres
26º
200 Costas
20º
200 Estilos
18º
4x100 Livres
4x100 Estilos
18aª
Desclassificada
11º
MARCA
4.51,31 m
1.03,36 m
1.58,43 m
16.07,03 m
25,32 s
1.08,35 m
55,06 s
2.16,05 m
2.16,76 m
«Tínhamos claramente dois objectivos para este Festival Olímpico, mas
não conseguimos atingir o objectivo quantitativo de ultrapassar as nove
finais de há dois anos, o que não conseguimos, pois só tivemos sete
finalistas. Também queríamos atingir três finais A e só tivemos uma. Além
disso, a nível de recordes pessoais, era nossa intenção que uma larga
percentagem dos atletas conseguisse bater as suas melhores marcas,
mas ficámos aquém. A nível qualitativo, cumprimos o objectivo de implementar uma filosofia no seio das selecções nacionais de natação. Os atletas sentiram muito o calor e a falta de água, bem como as restrições na
alimentação, mas as condições eram iguais para todos. Todavia, ficámos
muito satisfeitos com a atitude de todos perante esses condicionalismos»
Bruno Freitas, treinador
Flag bearer the best swimmer
Rui Costa, the Portuguese flag bearer at the Opening Ceremony, obtained the best result among Portuguese
swimming team, finishing 6th at 1500 meters, but failing his goal of running above the 16 minutes for the
first time. This was the only final achieved by Portuguese swimmers, joining another good performance in
the 400 meters, by winning the B-final and finishing ninth overall.
Among the girls team, Maria Veloso got the best result, finishing 10th (2nd in the B-final) with a large margin personal best.
4.01,84 m
33
Julho|Setembro 2007
Uma experiência dura
inco jogos, cinco derrotas
por larga margem - foi
dura a experiência da
selecção portuguesa de Pólo
Aquático no F.O.J.E., defrontando algumas das potências europeias da modalidade. Cada país
só pode participar numa modalidade colectiva e este ano
Portugal foi colocado no torneio
de Pólo Aquático, depois de no
passado ter disputado, com
sucesso até, os torneios de
Futebol Andebol e Basquetebol.
Frente a países muito evoluídos nesta modalidade, a participação portuguesa valeu pela
experiência de uma preparação
inicial para os futuros
Campeonatos da Europa de
Juniores, onde a Federação quer
marcar presença, como corolário
desta fase de renascimento da modalidade entre nós.
Em Belgrado, a selecção disputou primeiro a fase de
apuramento e depois entrou na "poule" dos últimos quatro,
acabando por defrontar por duas vezes a selecção francesa.
De um jogo para o outro, da primeira para a última jornada,
notou-se alguma evolução que, todavia, os resultados acabam por não expressar.
Portugal entrou a perder 2-15 com a França, em seguida
realizou a partida mais conseguida frente à Grécia, perdendo
C
Five matches, five large defeats - the
first presentation of a Portuguese Water
Polo team in EYOF became a harsh
experience for the young players, before
some of the traditional best countries on
this sport in Europe. Playing teams
highly developed in this sport, the
Portuguese Team got a good experience
looking towards next year's European
Junior Championships. Water Polo is
like a new sport in Portugal, after more
than forty years without competitions or
national selections.
por 8-14 num jogo em que conseguiram defender melhor e
equilibrar durante largos períodos, e concluiu a primeira fase
defrontando a poderosa Hungria, em partida que se saldou
num expressivo 0-31.
Na fase de classificação, começou por ser batida pela
Eslovénia por 2-14 e concluiu com um 2-13 de novo frente à
França.
Autor de metade dos golos, Luís Carneiro foi o melhor
marcador da selecção na prova.
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
A tough experience
35
Julho|Setembro 2007
Pedro Palha atingiu
os quartos-de-final
N
polaco Wojciech Lutkovski, em três sets e em três horas de
jogo, sob uma temperatura na ordem dos 44º. Pedro Palha
ganhou com os parciais de 5-7, 7-6 e 7-5, salvando dois
"match points" no último set em que recuperou de uma desvantagem de 2-5.
"Comecei bem, servi para fechar o set, mas desconcentrei-me. No segundo set recuperei bem e no terceiro parecia
tudo perdido, salvei os "match points" por duas vezes e
consegui vencer. Foi muito duro, como uma prova de resistência", explicou o tenista.
O próprio treinador Miguel Sousa admitiu que chegou a
considerar a eliminatória perdida, mas a capacidade de luta e
a resistência física de Pedro Palha valeram-lhe a passagem
ao quadro dos oito melhores.
Não deixando de acusar o desgaste físico dos dois dias
anteriores, o atleta português não teve hipótese de competir
com o suíço Erhat nos quartos-de-final, perdendo por 1-6, 26. Depois da maratona da eliminatória anterior, o jovem português teve dificuldades para dominar a concentração e
nunca conseguiu entrar bem
no jogo.
Charlotte jogou mais
de duas horas
Na prova feminina, Charlotte
Pires travou uma longa batalha
de duas horas e vinte, debaixo
de um sol abrasador, com
Marina Novak, do
Liechtenstein, perdendo em
três sets por 5-7, 6-2 e 3-6,
traída pelo nervosismo perante
uma adversária muito fria e
concentrada.
"Estava muito nervosa,
ainda consegui entrar no jogo,
mas depois fiquei tensa e acabei a perder o primeiro set,
quando estive perto de o
resolver", comentou. "Depois,
recuperei e ganhei bem o
segundo set por 6-2, mas no
último voltei a desconcentrarme. A adversária era forte
mentalmente e não cometia
muitos erros. Paciência".
Par eliminado
Em Pares Mistos, a dupla
Charlotte Pires-Pedro Palha foi
também eliminada na primeira
ronda, pelo par Turudic-Susak,
da Croácia, por 4-6, 6-7.
36
Julho|Setembro 2007
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
a competição de Ténis, Pedro Palha chegou aos quartos-de-final, a que equivale um 5.º lugar, a melhor
classificação portuguesa na modalidade no Festival da
Juventude. Na prova feminina, Charlotte Pires foi eliminada
na ronda inaugural, o mesmo acontecendo na competição de
Pares, que juntou os dois atletas.
Na primeira ronda, no dia de mais intenso calor, Pedro
Palha ganhou em menos de uma hora por 6-4, 6-1 ao sérvio
Nemanja Lazic, superando o 'handicap' de defrontar o jogador
da casa. "Joguei muito bem, apesar de o piso ser muito irregular. Fiz o jogo que mais gosto, de serviço e subida à rede.
Não conhecia o adversário, mas um amigo suíço tinha-me
dado algumas indicações. O polaco de amanhã também não
conheço, mas não há problema, estou preparado", afirmou
Pedro Palha após o seu jogo com o atleta local.
"O calor não fez diferença, praticamente é como um dia
normal de calor em Portugal", acrescentou o jovem tenista do
Ace Team.
Na segunda ronda, derrotou o terceiro cabeça-de-série, o
Pedro Palha 2-1 in Tennis
In Tennis competition, Pedro Palha reached the Quarter Finals, doing best than
Gastão Elias two years ago, meaning he
finished 5th overall - one of male best
classifications in the whole Mission of
Portugal.
In the first round he beat local player Lazic
by 6-4, 6-1, under high temperature and
very difficult conditions. After beating the
third seeded polish Lutkovski in three sets
during more than three hours of play, he
could not match the higher experience of
Swiss Erhat (1-6, 2-6).
In the girl's competition, Charlotte Pires
played a long battle with Marina Novak,
from Liechtenstein, and lost in three sets.
Also the doubles team was beaten in the
first round by a Croatian pair.
Coach Miguel de Sousa praised Pedro's
performance in a tournament which had a
higher level than expected.
A primeira medalha
iogo Carvalho e Maria Nogueira conquistaram a medalha
de prata de Pares Mistos do torneio de Ténis de Mesa,
depois de terem sido batidos na final pelo par francês
Quentin Robinot e Stephanie Loeuillette, por 1-3, com os parciais de 6-11, 11-9, 14-16 e 9-11.
O momento culminante do jogo ocorreu no terceiro set,
quando os portugueses desperdiçaram quatro pontos de set, a
10-6, acabando por perder por 14-16.
"Não conseguir o 2-1 para nós fez toda a diferença", admitiu Maria Nogueira no final.
O par português, que jogou junto pela primeira vez nesta
competição em Belgrado, teve um comportamento desportivo
que excedeu as expectativas mais optimistas - considerou o
Chefe de Equipa da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa,
Mário Couto.
Os dois jovens entraram algo nervosos na partida e chegaram ao final com algum sabor a desilusão, pelo facto de os
adversários estarem perfeitamente ao alcance - em singulares
D
The first medal on the table
o francês Robinot tinha sido eliminado por Luís Freitas, o n.º
2 de Portugal.
Diogo Carvalho e Maria Nogueira são ambos da região do
Porto, pertencendo respectivamente à Casa do Povo de
Oliveirinha e ao Ala Gondomar. Maria João Nogueira já tinha
participado numa Missão do C.O.P., em 2006, os 1.ºs Jogos
da Lusofonia, em Macau.
Esta foi a primeira medalha de sempre do Ténis de Mesa
português no Festival Olímpico da Juventude Europeia, a coroar
o trabalho de desenvolvimento da modalidade em vários centros
do país, designadamente na Madeira e na zona do Porto.
Diogo Carvalho 5.º em Singulares
No plano individual, Diogo Carvalho alcançou a 5.ª posição,
ao fim de uma longa caminhada no quadro final, tendo sido
batido pelo checo Pavel Sirucek nos quartos-de-final, por 34. Para chegar ao 5.º lugar teve ainda de derrotar o belga
NuyTinck por 4-3 e o sérvio Radonjic, por 4-2.
Nesta prova de Singulares, o jovem de Oliveirinha realizou
nove jogos, vencendo oito, apenas uma semana depois de se
ter classificado em 19.º lugar no Campeonato da Europa de
Cadetes, em Bratislava.
Nesta participação, Diogo Carvalho competiu em três
frentes, disputando 19 partidas, com 16 vitórias e três derrotas. Notável!
Nos Pares Masculinos, com no madeirense Luís Freitas,
Luís Freitas.
chegou aos quaros-de-final, tendo sido eliminado também
pelo par da França, por 1-3
Luís Freitas também realizou uma boa prova de singulares, tendo sido batido pelo espanhol Mayo nos oitavos-definal.
A competição feminina foi afectada pela lesão impeditiva que afectou a jovem Sara Costa, obrigando à desistência do Par Feminino e do segundo Par Misto, que tinham
possibilidades de disputar o quadro final. Em singulares,
as duas raparigas foram eliminadas na primeira fase.
Diogo Carvalho and Maria Nogueira
conquered the first ever medal of
Portuguese Table Tennis in EYOF, the
Silver one, after being beat by a French
pair in the mixed doubles competition.
This result exceeded Portuguese team
leader, Mário Couto, best expectations,
and could even be better if the young
couple could control better their nerves
in the early stages of the match. But it
was a superb performance, any way.
Diogo Carvalho also finished on the
top-5 of the singles competition,
having won eight of nine matches.
Playing in three competitions, he
played 19 matches, winning 16 - and
was the best Portuguese male athlete
of the whole Mission.
In Male Doubles, Diogo Carvalho and
Luís Freitas reached the quarter-finals,
being beaten also by France.
Mr. Couto said that these results mean
a lot for the Portuguese Table Tennis,
crowning distinctively the deep work of
formation that has been developed in
some regions of the country, particularly Madeira and Oporto, in the last
twelve years or so, promising even better international results in the future.
"O facto de termos chegado à final de Pares
Mistos excedeu as nossas expectativas, pois
não tínhamos ambições tão elevadas. Com o
decorrer da prova, mostrámos que até podíamos ter alcançado um pouco mais, mas não
temos nada a apontar. Estamos muito felizes.
Para o Ténis de Mesa, esta foi também uma
rara oportunidade de mediatização que nos
deixou muito confortados pelo facto de olharmos para os resultados globais e para a participação portuguesa e podermos sentir que a
modalidade tem o seu espaço. Não é um
Campeonato do Mundo nem os Jogos
Olímpicos, mas para nós tem uma importância muito grande."
Mário Couto, Treinador
Diogo Carvalho e Maria Nogueira
38
Julho|Setembro 2007
39
Julho|Setembro 2007
REPORTAGEM
Richard Parrish fez a apresentação do Livro Branco
O auditório do C.O.P. encheu-se de uma audiência interessada
C.O.P. preocupado com efeitos
do Livro Branco do Desporto da U.E.
O
os Agentes de Jogadores e a regulamentação da
sua actividade na União Europeia.
Richard Parrish inventariou o conteúdo, pressupostos e objectivos do Livro Branco, concluindo
com a sua visão pessoal do impacto que causará
nos regimes jurídicos e nos casos específicos,
com especial incidência nas matérias do desporto
profissional, em particular o futebol.
Na ocasião, foi ainda apresentado publicamente
o livro "Players Agents Worldwide, Legal Aspects",
publicado pela TMC Asser Press com a colaboração dos advogados portugueses Pedro Cardigo e
Ricardo Henriques, cujo primeiro exemplar foi oferecido ao Presidente do C.O.P., Vicente Moura.
O Asser International Sports Law Centre nasceu
em 2002, a partir do "Sports Law Project", criado
em 1996 no seguimento do chamado "acórdão
Bosman", sobre a livre circulação europeia dos
futebolistas profissionais, desenvolvendo a investigação sobre leis desportivas internacionais e promovendo a sua discussão e divulgação.
C.O.P. critical on White Paper
Portugal NOC President considered that there are "alarm reasons" regarding the effects of the White Paper on Sport on
E.U. towards de Sports Movement.
Speaking at the International Seminar organized by C.O.P. in
cooperation in Asser International Sports Law Centre, Mr.
Vicente Moura said that the White Paper didn't defined the
juridical "sports specification" neither limited the purely
sports rules which must stay out of range of the Community
Laws.
"We also regret that it's not clarified in which measure the
social, educational and cultural, playing and public health
functions of Sport can justify that Community Right wouldn't
be applied in a blind way", Mr. Moura noted.
In this Seminar, Portuguese sports lawyers and agents took a
very first glance of the White Paper and participated in a Panel
regarding the Players' Agents legal aspects. This was the very
first presentation of the White Paper in Portugal. Richard
Parrish, a specialist on E.U. Law and Political Affairs made the
presentation of the document key aspects.
Parecer dos C.O.I./C.O.E./Federações
Juntamente com o Comité Olímpico Internacional e
as Federações Internacionais, os Comités
Olímpicos Europeus apresentaram ao Comissário
Europeu uma posição comum sobre o Livro Branco
do Desporto. Focando-se nos pontos genericamente mais importantes, este parecer refere-se particularmente à necessidade imperiosa de respeito pela
autonomia do desporto.
O documento foi enviado aos Primeiro-Ministros
da União Europeia e aos Ministros do Desporto.
- Os Documentos "O Livro Branco: A Visão do
Comité Olímpico de Portugal" e "White Paper on
Sport - Parecer do IOC, EOC e Federações
Internacionais" estão disponíveis na íntegra, em versão PDF, no sítio do C.O.P.
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
presidente do Comité Olímpico de Portugal
afirmou que "há motivos para alarme" relativamente aos efeitos do Livro Branco do
Desporto da União Europeia no quotidiano do
Associativismo Desportivo.
Falando no Seminário Internacional
"Desenvolvimento no Direito e nas Políticas
Desportivas da União Europeia", organizado pelo
C.O.P. em parceria com o Asser International Sports
Law Centre, Vicente Moura declarou que o Livro
Branco não concretizou em termos jurídicos o
conceito de "especificidade desportiva" nem delimitou as regras puramente desportivas que devem
escapar ao âmbito de aplicação do Direito
Comunitário.
"Também se lamenta ter ficado por esclarecer em
que medida as funções social, educativa e cultural,
recreativa e de saúde pública do Desporto podem
justificar que o Direito Comunitário não se lhe
aplique de forma cega", notou o presidente do COP.
Depois de ter notado as citações do Livro
Branco a Pierre de Coubertin e à Carta Olímpica,
bem como as temáticas conexas com o
Olimpismo, como a promoção da saúde pública ou
o combate ao doping, à violência e ao racismo,
Vicente Moura sublinhou a esperanças de que o
Tratado Reformador, juridicamente vinculativo,
venha a regressar à visão que expressou em 2000,
no Acórdão Deliège: a missão reguladora e regulamentador de uma modalidade deve caber às
Federações desportivas, no seio das quais se
encontram normalmente reunidas o conhecimento
e a experiência necessários"
O Seminário organizado na sede do C.O.P. teve
início com a comunicação do especialista em
Assuntos Jurídicos e Políticos da U.E. Richard
Parrish, sobre o Livro Branco, e do investigador da
Asser International Roberto Branco Martins, sobre
Vicente Moura recebeu do autor, Roberto Martins, o primeiro exemplar do livro "Players Agents Worldwide, Legal
Aspects"
41
Julho|Setembro 2007
~
OPINIAO
A CARTA OLÍMPICA E
OS JOGOS OLÍMPICOS
Alexandre Mestre,
Advogado
Membro do Conselho
Directivo da Academia
Olímpica de Portugal
O crescimento dos
Jogos Olímpicos e do
próprio CIO forçaram
a passagem da utopia
ao pragmatismo,
progressivamente
fazendo emergir
o denominado
"Direito Olímpico",
no topo do qual,
como pacto fundador,
como fonte originária
da ordem jurídica
do CIO, veio a estar
a Carta Olímpica.
42
Julho|Setembro 2007
e para o Desporto não há evento mais universal do
que os Jogos Olímpicos, para o Direito do Desporto
não existe outro texto tão universal quanto a Carta
Olímpica.
Já nos Jogos Olímpicos da Antiguidade a existência de
regras se mostrava fundamental. Fosse para ditar quem
podia participar ou assistir aos Jogos, fosse para disciplinar
o desenrolar dos treinos e os detalhes técnicos das competições. A própria Trégua Olímpica já evidenciava a concepção de que, pelo menos durante os Jogos, são as regras e
os princípios Olímpicos - escritos ou não - que devem prevalecer.
A regulamentação em torno dos Jogos Olímpicos da Era
Moderna não foi, porém, prioridade para o Barão Pierre de
Coubertin, o qual só em 1908, ou seja 14 anos após a criação do Comité Internacional Olímpico (CIO), veio a redigir
um regulamento interno, a que chamou de "Anuário do CIO",
limitando-se a plasmar os princípios de base sobre a
nomeação dos membros do CIO e a matéria da organização
periódica dos Jogos. O Anuário era omisso quanto à selecção das cidades organizadoras e tampouco dispunha sobre
os critérios de integração de uma modalidade no Programa
Olímpico.
O crescimento dos Jogos Olímpicos e do próprio CIO
forçaram a passagem da utopia ao pragmatismo, progressivamente fazendo emergir o denominado "Direito Olímpico",
no topo do qual, como pacto fundador, como fonte originária
da ordem jurídica do CIO, veio a estar a Carta Olímpica. Já
era assim chamada em 1924, embora diluída noutros textos.
Foi autonomizada no ano de 1978.
Na Introdução da Carta Olímpica percebemos o seu
conceito e o seu escopo: trata-se da "(…) codificação dos
Princípios Fundamentais do Olimpismo, das Regras e dos
Textos de Aplicação. Ela rege a organização, as acções e o
funcionamento do Movimento Olímpico e fixa as condições
de celebração dos Jogos Olímpicos".
As suas funções são, essencialmente, três: (i) é o documento básico fundamental do Movimento Olímpico, aproximando-se do conceito de Constituição; (ii) define os direitos
e as obrigações das componentes do Movimento Olímpico,
aproximando-se da figura de um contrato; (iii) é o acto
constitutivo do CIO, os seus Estatutos, o texto que rege a sua
organização interna (composição; estatuto dos membros;
órgãos, etc).
No que tange à estrutura, e para além dos Princípios
Gerais, que são a declaração ideológica e a interpretação
teleológica da Carta, o texto da Carta Olímpica inclui actualmente 61 Regras - o corpo normativo - e 31 Textos de
Aplicação - a explicitação ou anotação daquelas regras que
possam levantar algumas dificuldades ou ser mais lacónicas.
Relativamente ao conteúdo, estamos na presença de um
texto jurídico compósito que conjuga princípios gerais com
regras mais técnicas, e que tanto consagra regras coercivas
como inclui simples normas de comportamento. Completa e
complexa, a Carta Olímpica congrega poderes executivos
S
(v.g. processo de escolha de uma cidade organizadora dos
Jogos); legislativos (v.g. pressupostos para a modificação
das regras) e judiciais (v.g. mecanismos sancionatórios para
o casos de incumprimento). Metódica e minuciosamente
escrita, nada escapa à Carta Olímpica, nem mesmo o
Protocolo dos Jogos. Faça-se ainda notar o facto de, não
obstante alguma rigidez no seu processo de revisão, a Carta
Olímpica ser dinâmica no seu conteúdo, adaptando-se ao
evoluir dos tempos, designadamente retirando a exigência
do amadorismo ou acrescentando matérias como o ambiente e a "governance".
Mas é a força e a transcendência da Carta Olímpica
sobre todo o universo desportivo (e não só) que mais nos
interessa sublinhar neste texto: é, de facto, verdadeiramente
espantoso que um documento emanado de uma pessoa
colectiva de direito privado suíço assuma vestes de um tratado internacional!
Com efeito, a Carta Olímpica é um texto que pretende e
consegue ter um valor jurídico universal, não por força da
sua natureza jurídica, mas antes em razão de uma autoridade
moral, de um elemento extra - jurídico, a saber a magnitude
social, económica e desportiva dos Jogos Olímpicos. O fundamento da vinculação externa da Carta reside precisamente
na adesão ou no reconhecimento voluntário da subjectividade dos seus destinatários, nos quais se engloba uma diversificada comunidade de pessoas individuais e colectivas de
tipo difuso, sejam elas Estados, federações desportivas
internacionais ou outras.
Só este contexto explica que um Tribunal da Califórnia
assuma expressamente cautelas em fazer valer a lei estadual
face à Carta Olímpica (1984), ou que o Conselho de
Ministros da UE adopte legislação "(...) tendo presentes as
obrigações decorrentes da Carta Olímpica" (2003). Só assim
se justifica que na Turquia a "Lei Olímpica" integre toda a
Carta Olímpica no ordenamento jurídico nacional, ou que as
leis de base do desporto que vigoram em países como
Portugal, Espanha ou França transponham as regras de protecção dos símbolos olímpicos vertidas na Carta. E que
dizer da sujeição formal dos Estados, quando se candidatam
à organização dos Jogos, ao primado da Lex Olympica e ao
ius stipulandi do CIO?!...
Ainda a este respeito, façam-se notar dois importantes
arestos do Tribunal Arbitral do Desporto, de Lausanne (emanação, também ele, do CIO), segundo os quais a Carta
Olímpica "(…) [h] ierarquicamente é o corpo supremo das
regras que regem as actividades do CIO" (Acórdão Beckie
Scott, 2003), funcionando as suas regras como um verdadeiro parâmetro de referência, só podendo ser derrogadas
por normas mais restritivas (Acórdão Nabokov, 2002). Os
Estatutos de federações desportivas internacionais ou o
Código Mundial Antidopagem são bons exemplos práticos
desta lógica.
Aqui chegados cumpre concluir: a Carta Olímpica é um
instrumento jurídico atípico, mas de igual modo único,
poderoso, universal e apaixonante, adjectivos com que também todos qualificamos os Jogos Olímpicos…
REPORTAGEM
Tribunal Arbitral a funcionar em 2008
presidente do Comité Olímpico de Portugal manifestou a
convicção de que o novo Centro de Arbitragem
Desportiva, que integra o Tribunal Arbitral do Desporto,
poderá começar a funcionar no início de 2008. Vicente Moura
e os membros da Comissão Instaladora do Centro de
Arbitragem Desportiva, apresentaram o projecto ao Secretário
de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, de
quem ouviram "palavras de incentivo" e a disponibilidade para
colaboração nos trâmites seguintes.
O projecto é apresentado seguidamente à Assembleia
Plenária do Movimento Associativo, seguindo-se a submissão
à aprovação por parte do Ministério da Justiça.
Na audiência na Secretaria de Estado, Vicente Moura estava acompanhado dos membros da Comissão, presidida pelo
Juiz Conselheiro Cardoso da Costa.
Ao longo dos primeiros meses do ano, a Comissão
Instaladora elaborou o Projecto de Estatutos do C.A.D., a submeter à aprovação do Ministério da Justiça, depois de ter sido
apresentado em primeira instância à Secretaria de Estado do
Desporto no final de Julho. Os referidos Estatutos foram elaborados à luz da Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro - Lei de Bases
da Actividade Física e do Desporto, bem como da Lei n.º
31/86, de 29 de Agosto - Lei de Arbitragem Voluntária.
A constituição de um Tribunal Arbitral do Desporto é uma
iniciativa do Comité Olímpico de Portugal, susceptível de melhorar a resolução de conflitos em matéria desportiva, cumprindo mais uma meta determinante do Programa Eleitoral para a
XXIX Olimpíada, sufragado pelo associativismo desportivo.
A Comissão Instaladora do Centro de Arbitragem
Desportiva é constituída por José Manuel Cardoso da Costa
(Presidente), José Miguel Nobre Ferreira (Coordenador),
Seis meses de trabalho
O Grupo de Estudos para a constituição do Tribunal Arbitral de
Desporto reuniu pela primeira vez a 9 de Março , iniciando a
fase de reflexão sobre os objectivos e competências do futuro
tribunal, conseguindo em poucos meses de trabalho concluir
o projecto do órgão.
Depois da reflexão sobre o futuro enquadramento do
Tribunal no sistema jurídico global e relativamente à justiça
desportiva e da avaliação de que tipo de tribunal devia ser
constituído e que tipo de competências ele pode ter, com o
objectivo de colocar à disposição da ordem desportiva portuguesa uma instância que possa flexibilizar e agilizar o exercício
da Justiça desportiva, o projecto tomou forma, sem perder de
vista que, embora a Arbitragem na resolução de conflitos esteja constitucionalmente garantida e cada vez mais difundida, a
eficácia da iniciativa dependerá sempre da adesão dos interessados, os agentes desportivos. Foram definidas as competências do futuro T.A.D., sua natureza e composição, procedendo
ainda à elaboração do Código de Arbitragem e dos
Regulamentos do T.A.D.
"É uma experiência que já foi concretizada noutros países e
que, sendo bem pensada e bem organizada, pode constituir
algo de muito positivo para o Desporto em geral", acrescentou
o Juiz Cardoso da Costa, que preside à Comissão Instaladora.
O presidente do C.O.P., Vicente Moura, colocou à disposição do futuro Tribunal todo o apoio e meios logísticos necessários.
New Sports Court
functioning in 2008
The new Sports Arbitral Centre,
including the Arbitral Sports Court,
will be ready to start by the early
months of 2008, the Portugal NOC
president said to the Portuguese
Sports Secretary. Mr. Vicente
Moura and the Installing
Commission heard "incentive
words" from the political responsible who also stepped forward to
help the following stages of the
new Portuguese sports justice
body.
The project is now being presented
to the Federations and will move
on to be approved by the Minister
of Justice. The new court was
drawn under the guidelines of the
new Sports Law, published early
this year.
It was completed during six
months of hard work by the seven
members Commission, coordinated by Judge Cardoso da Costa,
former president of Portugal
Constitutional Court. After reflecting on the future relation of the
Court with the sports justice system, they proposed an arbitrage
level which could easy and simplify the exercise of Sports Justice.
FOTO: CARLOS ALBERTO MATOS
O
Sérgio Abrantes Mendes, Adriano Gonçalves da Cunha, Luís
Paulo Relógio, Alexandre Mestre (Vogais) e José Manuel Costa
(Secretário).
Secretário de Estado recebeu e incentivou a Comissão Instaladora do Centro de Arbitragem Desportiva.
43
Julho|Setembro 2007
98.0 ANIVERSARIO DO C.O.P.
"A caminho de Pequim"
arranca dos Jerónimos
98.º Aniversário do Comité Olímpico de Portugal
será celebrado dia 13 de Novembro à noite no
Mosteiro dos Jerónimos com uma cerimónia que
terá como ponto central a participação de Portugal nos
Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, servindo de primeira apresentação aos atletas já qualificados para a grande
competição.
O lema desta festa de aniversário será "A Caminho de
Pequim", permitindo tomar contacto não apenas com os
atletas, mas com a indumentária oficial que será usada
em Agosto, na China. Nos Jerónimos serão mostrados
publicamente pela primeira vez os trajes oficiais da
Missão de Portugal, preparados pela empresa Onda,
patrocinadora do C.O.P., a partir da proposta de Cátia
O
Almeida, vencedora do concurso de design promovido
este ano.
Além dos mais de 30 atletas apurados, estarão presentes antigos atletas medalhados em anteriores edições
dos Jogos, Campeonatos do Mundo e da Europa, bem
como representações dos Comités Olímpicos dos países
do espaço lusófono que, na altura, se concentram em
Lisboa, para participarem na Assembleia-Geral da
Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial
Portuguesa (ACOLOP).
O evento compreenderá igualmente a entrega dos prémios e galardões olímpicos relativos a 2006 e 2007, aos
atletas, oficiais, dirigentes e entidades que se distinguiram por feitos e méritos no domínio do Desporto.
Mission to Beijing
Taking of from Jerónimos
Belém monastery of Jerónimos, from where
Portuguese ships took off for their World
Discovery missions in the 15th Century is the
chosen place for the C.O.P. 98th Anniversary
Gala, during which will be presented the official
sportswear of the Portugal Mission to Beijing
Olympic Games, in a show called "All the Way
to Beijing". In this event, some of the athletes
already qualified to the Games will show the
new casual dress, conceived by a young
Portuguese designer and made by Onda to
C.O.P.
In the same event, Portugal NOC will present its
Prizes and Awards to the Sports Personalities of
the Year.
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Nos Jerónimos serão conhecidos os nomes dos sucessores de Telma Monteiro, última
atleta a receber a Medalha
Olímpica do C.O.P.
At Jerónimos, on November
13th, will know who succeeds
Telma Monteiro as C.O.P.
Olympic Medal winner.
Estudante de moda ganhou concurso
A estudante de Design de Moda Cátia Almeida foi a vencedora do concurso promovido pelo
Comité Olímpico de Portugal para o desenho do traje desportivo oficial da Missão aos Jogos
Olímpicos de Pequim de 2008, que será revelado na Festa do 98.º Aniversário, dia 13 de
Novembro, nos Jerónimos.
Cátia Andreia Teles Ribeiro de Almeida tem 21 anos, reside em Sintra e frequenta o 3.º ano do
Curso de Design de Moda e Têxtil do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior
de Artes Aplicadas.
Sem qualquer experiência profissional, realizou o projecto sozinha, com alguma orientação
de professores do curso. A vencedora do concurso do C.O.P., que não pratica actualmente
desporto de competição, mas é admiradora da judoca olímpica Telma Monteiro, ganhou uma
viagem de uma semana aos Jogos Olímpicos de Pequim, em Agosto de 2008.
O concurso promovido pelo C.O.P. em conjunto com a sua parceira de sportswear Onda para
definir as linhas do traje desportivo da Missão a Pequim foi disputado por 16 concorrentes e
apreciado por um Júri formado por representantes da Secretaria de Estado da Juventude e
do Desporto, do C.O.P., da Comissão de Atletas Olímpicos e do Centro Tecnológico das
Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal.
Os candidatos tinham de propor o desenho de quatro t-shirts, quatro pólos, dois fatos de
treino, dois impermeáveis, quatro calções e de um boné.
A linha de equipamentos oficiais do C.O.P. para Pequim será produzida pela Onda.
Design student wins
Olympic contest
Dressing Designer Student Cátia Almeida was
the winner of C.O.P. and Onda contest for the
design of the official sportswear for the
Portugal Mission to Beijing 2008 Olympic
Games. Cátia Almeida is 21, leaves in Sintra,
near Lisbon, and studies in Castelo Branco, in
the East of the country at a Superior School of
Arts. She had no experience as a designer and
proposed a draft based on the country's symbols and flag. Despite she's no sports player,
she won a trip to next year's Olympic Games.
45
Julho|Setembro 2007
REPORTAGEM
Responsável do Desporto de Macau visita C.O.P.
presidente do Instituto
do Desporto da Região
Administrativa Especial
de Macau, Alex Vong, visitou
a sede do Comité Olímpico
de Portugal, onde almoçou a
convite do presidente do
C.O.P., Vicente Moura. Em
Portugal para participar no 9.º
Fórum ENSSEE (Rede
Europeia de Ciência,
Educação e Emprego
Desportivo), que decorreu em
Rio Maior, o responsável do
desporto de Macau estava
acompanhado da Chefe de
Divisão de Apoio ao
Associativismo Desportivo e
À Formação, Christine Lam, e
da Assessora Jurídica, Márcia
Costa.
Na ocasião, foram abordados temas comuns como a cooperação desportiva no âmbito da Lusofonia, a disponibilidade de
Macau para os estágios de preparação de atletas antes dos
Jogos de Pequim ou o papel de Macau e do respectivo Comité
Olímpico no seio do Movimento Olímpico Internacional.
Da parte do C.O.P. participaram no encontro o secretário-geral
O
FOTO: CARLOS ALBERTO MATOS
Macao Sports leader
visiting C.O.P.
Victor Mota e elementos da Comissão Executiva, como os dois
Chefes da Missão Olímpica aos Jogos de Pequim de 2008,
Manuel Boa de Jesus e Celeste Gil, além do Tesoureiro Norberto
Rodrigues e do Vice-presidente Marques da Silva. O Instituto do
Desporto de Portugal fez-se representar pelos máximos responsáveis, Luis Sardinha e Rui Mourinha, presidente e vice-presidente, respectivamente.
Macao Sports Institute
President, Mr. Alex Vong, visited to the Portuguese NOC
Headquarters, where he had
lunch with Mr. Vicente Moura.
Mr. Vong came to Portugal to
participate in the ENSSEE
(European Network of Sports
Science, Education and
Employment) Forum, held in
Rio Maior.
In his visit to C.O.P. the two leaders discussed the ongoing
cooperation among Portuguese
Speaking Countries, the
Lusofonia, the availability of
Macao sports facilities to be
used by Portuguese athletes
and teams on the last stages of
preparation for the Beijing
Olympic Games and also the
Macao Olympic Committee
role and perspectives among
the Olympic Movement.
Acordo de cooperação Portugal-Moçambique
O Comité Olímpico de Portugal assinou com o seu congénere moçambicano um
acordo de cooperação abrangendo a formação de treinadores e atletas, tendo em
vista, em especial, os Jogos Olímpicos de Pequim de 2008. O convénio foi assinado
em Maputo pelo presidente do C.O.P., Vicente Moura, e pelo presidente do Comité
Olímpico de Moçambique, Marcelino Macome, e prevê a deslocação de técnicos portugueses a Moçambique para ministrarem cursos de formação, bem como a ida
de atletas e técnicos moçambicanos a Portugal com o mesmo fim.
A inclusão de atletas moçambicanos em estágios realizados em Portugal e o intercâmbio de atletas para participarem em jornadas olímpicas é outra das áreas
consagradas no acordo, que vigora até 2008 e irá sendo renovado a partir dessa
data.
Além da preparação para os próximos Jogos, que decorrem entre 8 e 24 de Agosto
em Pequim e outras cidades do leste da China, o protocolo prevê acções conjuntas
com vista à participação noutras competições, casos da segunda edição dos Jogos
da Lusofonia, que decorrerão em Lisboa em Junho de 2009.
Na ocasião, o presidente do C.O.P., José Vicente Moura, sublinhou as "imensas
potencialidades humanas e naturais" de Moçambique para "atingir níveis qualitativos elevados" no que concerne ao desporto, manifestando a disponibilidade de
Portugal para cooperar com o país na formação e no apoio ao comité olímpico local.
"Portugal está disponível, como sempre esteve, para colaborar e apoiar o desporto
moçambicano", salientou, lembrando que Portugal "tem melhorado substancialmente o seu nível qualitativo" em termos de participação em competições desportivas.
Reconhecendo a "muita experiência acumulada" pelo C.O.P., o presidente do Comité
Olímpico de Moçambique acentuou como "ponto forte da cooperação" a área da formação.
"Sem ela não é possível atingirmos níveis e resultados que todos desejamos",
observou, precisando que a "iniciação, formação de atletas e treinadores" são os
alvos principais das acções de formação.
"Notamos que muitos jovens deixam de ter a progressão que deviam ter. Talvez a
iniciação não esteja a ser muito cuidada para que possamos dirigir esses talentos
para atingirem as qualificações e as medalhas que ambicionamos", notou.
Portugal-Mozambique
cooperation
Portuguese NOC President
made a week long visit to
Mozambique, where he signed
a new cooperation protocol
with the local NOC, regarding
the preparation of coaches and
athletes for the Beijing Olympic
Games. This agreement was
signed by Mr. Vicente Moura
and Mr. Marecelino Macome,
Mozambique NOC president.
Under this agreement,
Portuguese coaches can go to
Mozambique to teach local
trainers, who also can travel to
Portugal to develop their skills.
It also admits the inclusion of
Mozambique athletes in future
preparation camps or Olympic
missions, looking forward to
the 2nd Games of Lusofonia, to
be held in Lisbon in July 2009.
47
Julho|Setembro 2007
NOTICIARIO
Academia Olímpica de Portugal
Membros defendem aposta na escola e nas parcerias
necessidade de uma intervenção mais
significativa no universo escolar e a procura da celebração de protocolos com entidades que permitam viabilizar actividades da AOP
foram a tónica das intervenções dos participantes
na reunião geral de membros realizada no auditório do IDP do Porto a 22 de Setembro e convocada para discutir o Plano de Actividades e o
Orçamento para 2008. De acordo com as intervenções proferidas, é nestes domínios que deve
centrar-se o essencial do trabalho organizativo da
academia nos tempos próximos, no sentido de
tornar mais produtiva a actividade desenvolvida
tanto localmente pelos membros como a nível
central pelo Conselho Directivo.
Actualmente a leccionar na Escola EB 2.3 D.
Afonso Henriques, em Guimarães, Teresa Rocha
informou a assembleia de que vai desenvolver um trabalho centrado na temática olímpica no âmbito da Área de Projecto nesse
estabelecimento de ensino. A acção vai traduzir-se numa abordagem multidisciplinar do tema ao longo do ano lectivo e em
várias formas de apresentação, num processo que culminará em
21 de Junho de 2008 com um espectáculo que pretenderá
reproduzir um Festival Olímpico, desde o cerimonial à actividade
competitiva.
Teresa Rocha informou ainda que irá ser responsável por um
módulo de tema aberto na Escola Superior de Educação de Fafe,
tendo proposto o tema "Jogos Olímpicos e Movimento
A
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Academy defines strategy
for next year
Olímpico" para o trabalho a desenvolver.
Partindo destes exemplos, Alípio Oliveira manifestou a
convicção de que a Área de Projecto permite o estabelecimento
de programas que se afirmem na escola de forma envolvente
(por reunirem muita gente) e interdisciplinar (pelas diferentes
abordagens possíveis para o mesmo tema). Neste contexto, o
desenvolvimento de actividades subordinadas a temática olímpica no âmbito daquela disciplina curricular constitui uma oportunidade muito relevante para que a AOP possa com maior produtividade desenvolver o trabalho para que apontam os seus
objectivos estatutários.
The annual reunion of the Portugal
Olympic Academy agreed to
increase the participation in the
scholar community and to celebrate as much protocols as possible with institutions that could
help to enlarge AOP activities.
The members agreed that all
sources should be addressed to
the organizing work of the
Academy in the forthcoming
times, regarding to qualify the
produced activities at local levels
and by the Executive Board.
Member Alipio Oliveira, Chef of
Mission at Athens Games, defended greater efforts to sign partnerships with external institutions
and president Silvio Rafael added
that is E.B. idea to take advantage
of the financial availability of
some companies which desire to
cooperate with the Olympic
movement but have no wealth to
reach the C.O.P. partnership level.
Nuno Fernandes conclui
Mestrado Internacional
Special Olympics em Xangai
A comitiva portuguesa aos Jogos Mundiais Special Olympics de 2007 esteve na
sede do C.O.P. a apresentar cumprimentos de despedida e recebeu do presidente do Comité Olímpico os votos de sucesso na competição que se realiza
em Xangai, China de 2 a 11 de Outubro. Vicente Moura considerou os 21 atletas,
todos portadores de deficiência intelectual, e nove oficiais desta Missão "os primeiros embaixadores de Portugal na China" após centenas de anos, sublinhando que o Desporto é a actividade que mais contribui para elevar, com os
seus resultados internacionais, a auto-estima e o orgulho dos portugueses.
Portugal participa em cinco modalidades (Futebol de 7, Atletismo, Natação,
Ginástica e Golfe) num evento que engloba cerca de 7500 atletas e mais de 40
mil voluntários, de 169 países.
Criado em 2002, o projecto Special Olympics Portugal integra o Comité Olímpico
de Portugal na qualidade de Membro Extraordinário.
O presidente da Comissão de Atletas Olímpicos, Nuno
Fernandes, concluiu com sucesso o Mestrado
Internacional em Gestão Desportiva (MEMOS), sob a égide
do Comité Olímpico Internacional e com o apoio da
Solidariedade Olímpica.
O trabalho apresentado em língua inglesa no Museu
Olímpico de Lausana versou a "Avaliação do Acesso
Directo dos Atletas de Alta Competição às Instituições de
Ensino Superior em Portugal" e teve como tutor o
Professor Andreu Camps i Povill, do INEF de Barcelona. O
diploma do Mestrado foi entregue hoje em cerimónia no Museu Olímpico pelo criador do
MEMOS, o antigo presidente do Comité Olímpico Internacional Juan Antonio Samaranch.
Esta edição do MEMOS foi concluída por 37 dos 44 participantes, de todo o Mundo. Foi a décima
edição do MEMOS em língua inglesa, desde 1995, além de mais duas em língua francesa e
uma em língua espanhola.
Nuno Fernandes, 38 anos, engenheiro, participou como atleta em três edições dos Jogos
Olímpicos (Barcelona-92, Atlanta-96 e Sydney-2000), na disciplina de Salto com Vara, e preside à Comissão de Atletas Olímpicos e engloba a Comissão Executiva do C.O.P. desde 2005.
Este ano foi o Chefe-adjunto da Missão do C.O.P. ao IX Festival Olímpico da Juventude Europeia,
realizado em Belgrado.
Nuno Fernandes Master of Sport
Nuno Fernandes ended successfully the MEMOS 2007 with the thesis "Evaluation of
the Direct Access of High Competition Athletes to Portugal Superior Courses". It was
tutored by Professor Andreu Camps e Povill, from Barcelona INEF. Nuno Fernandes
is a former three times Olympic Pole Vault athlete who now leads the Portuguese
Olympic Athletes Commission. He also was the Deputy Chef de Mission of Portugal
to EYOF Beograd 2007.
49
Julho|Setembro 2007
«
NOTICIARIO
Onda abre lojas na China
empresa portuguesa P&R Têxteis S.A assinou, em
Pequim, um contrato de parceria com o grupo empresarial CITIC International Co. Ltd para a distribuição da
sua marca "Onda" em território chinês.
A expansão da marca "Onda" para a China, pretende aproveitar a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, e a
apetência dos consumidores chineses por marcas desportivas estrangeiras, estando prevista a abertura de seis lojas
"Onda" na China, durante o ano de 2008.
Na cerimónia de assinatura do contrato, esteve presente
o Chefe de Missão da Delegação Portuguesa aos Jogos
Olímpicos de Pequim 2008, Prof. Manuel Boa de Jesus, que
A
se encontrava em Pequim a participar no seminário de
Chefes de Missão, no âmbito da preparação da participação
portuguesa nos Jogos Olímpicos. Também assistiu ao evento
o presidente da ACOLOP e vice-presidente do Comité
Olímpico de Macau, Manuel Silvério.
A marca Onda estará presente nos Jogos Olímpicos de
Pequim 2008 na qualidade de patrocinadora oficial do
Comité Olímpico de Portugal, sendo responsável pelo fornecimento dos trajes desportivos e trajes formais da Missão
Portuguesa a Pequim 2008, bem como pelo fornecimento
dos uniformes de competição da Federação Portuguesa de
Triatlo, da qual é patrocinadora.
Onda shops opening in China
Portuguese factory P&R Texteis which
produces the Onda Sportswear, official
supplier of C.O.P., signed a deal with a
Chinese trade company which led to
the opening of six shops in China
during next year.
Portuguese Chef of Mission to Beijing
Games, Mr. Boa de Jesus, who was
participating in Beijing in the Chefs of
Mission Seminar, assisted the event.
ACOLOP president and Macao
Olympic Committee vice-president,
Mr. Manuel Silvério, was also present.
Onda will supply the casual wear of the
Portuguese athletes and also the competition apparel for Triathlon athletes,
like 2007 World Champion Vanessa
Fernandes.
Continente patrocina Missão Pequim 2008
O Comité Olímpico de Portugal e os Hipermercados Continente celebraram um contrato de patrocínio para a Missão
Olímpica aos Jogos de Pequim de 2008. Ao Continente foram atribuídos os estatutos de "Gold Sponsor", Patrocinador
de Ouro, Patrocinador Oficial e Hipermercado Oficial do C.O.P. e da Equipa Olímpica Portuguesa.
Através deste contrato, o C.O.P. autoriza o Continente a utilizar a imagem colectiva da Equipa Olímpica Portuguesa aos
Jogos Olímpicos de Pequim 2008, em acções de publicidade, marketing e promoção.
O apoio do Continente ao Comité Olímpico de Portugal e à delegação olímpica portuguesa que no próximo ano nos vai
representar em Pequim revela-se um compromisso de grande importância e orgulho para a marca. Os Jogos
Olímpicos, mais importante evento desportivo mundial, são relacionados em Portugal a participações vitoriosas de
atletas que provocaram grande envolvimento do país, como Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Carlos Lopes. Aos Jogos
Olímpicos são associados valores muito positivos como a união, a celebração da Humanidade, do esforço para o
sucesso e que a tornam numa marca poderosa e emotiva.
Os Jogos representam unidade, paz, universalidade e comunidade mas também a celebração da diversidade e a afirmação dos valores nacionais, valores que o Continente também partilha e promove na sua actividade.
Miguel Rangel, director de Marketing do Continente, refere que este "patrocínio ao Comité Olímpico de Portugal representa a vontade de uma grande marca portuguesa em apoiar e fomentar os grandes feitos e as grandes conquistas
do nosso país, procurando partilhar essa vontade com milhares de famílias portuguesas. Queremos estar junto dos
portugueses que vão concretizar o sonho de participar no maior evento do desporto mundial e ajudar a envolver e
mobilizar o país nessa participação".
O presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vicente Moura, sublinha a "importância do apoio de uma empresa e uma
marca com a importância e o reconhecimento público do Continente à Missão Olímpica a Pequim 2008, onde o COP
participa com o objectivo de alcançar o número recorde de quatro a cinco medalhas".
50
Julho|Setembro 2007
Continente sponsors C.O.P
Portugal NOC and Continente Hypermarkets celebrated a new sponsoring deal which enables the
greatest Portuguese retailing company as "Gold
Sponsor" of the Portuguese Olympic Team.
Mr. Miguel Rangel, Marketing Director of
Continente, said this sponsorship deal with C.O.P.
"shows the will of a great Portuguese mark to support and increase our country's great sports achievements, looking forward to share that will with
thousands of Portuguese families".
Continente wants to be "close to the Portuguese who
are going to fulfil the dream of participating in the
greatest event of Worlds' Sport and call the whole
country to take part as well".

Documentos relacionados