T.R Colon Irritável

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T.R Colon Irritável
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22/09/2001
TERAPÊUTICA REPERTORIZADA
SÍNDROME DO CÓLON IRRITÁVEL (SCI)
(Pesquisa realizada por Dra. Nélida Nowak)
DEFINIÇÃO
É uma desordem funcional, especialmente do intestino, causada pela
alteração do sistema neurovegetativo com predominância da simpaticotonia.
 Basicamente Sintomas intestinais:
- dor abdominal
- alteração do ritmo intestinal
- alteração das características das fezes
- distensão abdominal com flatulência
 Sintomas menos freqüentes :
- sintomas esôfago-gástricos
- ansiedade e/ou depressão com sinais de distúrbios
neurovegetativos
- disfunções vasomotoras autonômicas.
O Estímulo do Parassimpático aumenta a atividade de todo o sistema
nervoso entérico e intensifica a maioria das funções gastrointestinais.
O Estímulo do Simpático inibe a atividade no tubo digestório. Pelo estímulo
intenso o trânsito intestinal pode até ser bloqueado.
ETIOPATOGENIA
Na SCI ocorre :
1) Pressão intraluminar colônica alterada: valores são mais baixos nos
pacientes com diarréia e aumentada nos pacientes com obstipação.
2) Sensibilidade para evacuar alterada: Pacientes com diarréia tem vontade
de evacuar com distensão do reto em 1/10 do normal - 75% deles
mostram hipermotilidade colônica. Pacientes com obstipação precisam
de um bolo fecal de maior volume para despertar o reflexo de evacuar.
3) Hipersensibilidade a dor (cólon e reto): O teste com balões insuflados,
desperta dor retal ou colônica com pressões intraluminares muito
menores nas pessoas com SCI do que nas pessoas normais. Essa
hipersensibilidade explica o desconforto por gases intraluminais.
PACIENTES COM SCI:
Disfunção do Sistema Neurovegetativo
Alteração da atividade do aparelho digestório.
1. Transporte do bolo alimentar/quimo :
- os movimentos propulsivos e de mistura
- os efeitos excitários e inibitórios
- o reflexo gastrocólico.
2. Digestão :
- secreção da saliva, suco gástrico, entérico e
pancreático.
3. Defecação :
- reflexo para evacuação.
Sintomas patológicos da digestão na SCI:
Colaboração: Dra. Nélida Nowak
Orientação: Dr. Romeu Carillo Jr
Revisão: Dra. Maísa L. Homem de Mello
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 alteração do ritmo intestinal - diarréia, obstipação)
 alteração das características das fezes -consistência, cor.
 distensão abdominal - flatulência
 hipersensibilidade - dor abdominal
Deduz-se portanto que na SCI ocorre:
PREDOMINÂNCIA DA SIMPATICOTONIA .
O SN SIMPÁTICO :sistema ergotrópico(ergon=trabalho+tropos=voltar)
Estimula todos os órgãos proporcionando:
- aumento do metabolismo basal com
- tendência ao catabolismo, p/ que o organismo apresente condições
máximas de defesa.
Sintomas patológicos do aparelho digestório.
 Ansiedade e depressão com distúrbios neurovegetativos.
 Disfunções vasomotoras autonômicas: hiperventilação e pressão arterial
lábil.
FATORES DESENCADEANTES DA SCI
1. Estresse físico e /ou psíquico: Influências emocionais, ou seja, problemas
de conflito ou estresse, modulam a atividade do sistema neurovegetativo
com alteração das funções de diversos aparelhos, como p.ex. o aparelho
digestório, o aparelho respiratório, o aparelho circulatório etc.
2. Ingestão de alguns alimentos: altera a peristáltica do intestino piorando o
quadro digestório da SCI. Ocorrem após a alimentação devido ao reflexo
gastrocólico que aumenta a peristáltica intestinal em resposta à entrada do
alimento no estômago.
A intensidade deste reflexo pode ser influenciada por
- volume dos alimentos: Refeições fartas com alto teor de
gordura
- temperatura: grandes quantidades de bebidas frias.
- número de calorias: produtos à base de leite e chocolate ou
grandes quantidades de álcool e cafeína.
Podem causar irritabilidade intestinal e disparar a sintomatologia da SCI e
levar ao aumento das evacuações .
3. Ação dos hormônios sexuais femininos: provável correlação entre o
aumento dos sintomas da SCI e episódios menstruais (ação dos hormônios
sexuais sobre a musculatura intestinal),
QUADRO CLÍNICO
DOR: tende a ser difusa ou localizada no hemiabdome esquerdo, em cólica
ou continua, melhora com a eliminação de fezes ou gases e agrava pela
alimentação (reflexo gastrocólico). Pode restar uma dor residual ( muitas
vezes a dor predomina sobre a alteração do hábito intestinal ou sobre os
outros sintomas).
RITMO INTESTINAL: freqüente a alternância de diarréia com obstipação.
A diarréia é geralmente pela manhã, mais raramente após almoço e jantar,
nunca despertando os pacientes à noite.
Em alguns doentes as evacuações são múltiplas, em pequenos volumes e
são matinais. As fezes são pastosas e excepcionalmente líquidas. O peso de
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Orientação: Dr. Romeu Carillo Jr
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todas a evacuações do dia equivale ao peso de uma evacuação normal, pois
devido à hipersensibilidade da ampola retal o mínimo de fezes ali presente
provoca o reflexo da evacuação, justificando a alta freqüência dos estímulos
evacuatórios.
A obstipação é de curta duração, 3-4 dias, com fezes mais consistentes que
o normal, muitas vezes afiladas, raramente duras e fragmentadas, às vezes
com muco e sem sangue.Em caso de perda de sangue sem a presença deste
tipo de lesão deve-se investigar mais detalhadamente e rever o diagnóstico
da SCI.
Sensação de uma distensão abdominal com intenso meteorismo e uma
sensação de defecação incompleta.
Deve-se tomar cuidado com alimentos que são ricos em sorbitol, frutose e
grãos, pois eles vão produzir grandes quantidades de gases. Importante é
também a investigação de uma possível intolerância a lácteos.
SINTOMAS ASSOCIADOS
Em indivíduos com ansiedade ou depressão:
- diminuição do interesse pelo trabalho e pela vida social
- diminuição do prazer
- alterações do sono
- agitação psicomotora
- fadiga
Com alterações neurovegetativas, somatizadas:
No Aparelho digestório - com sintomatologia esôfago-gástrica:
pirose
eructação
náuseas e vômitos
dispepsia não ulcerosa
disfagia
São também freqüentes as Disfunções vasomotoras autonômicas como:
cansaço físico
sudorese nas mãos, pés e axilas
palpitações
pressão arterial lábil e desconforto precordial
hiperventilação
dispnéia
dor de cabeça
micções freqüentes
dismenorréia
EXAME FÍSICO
Variados graus de distensão abdominal.
Sigmóide filiforme, duro e doloroso, meteorismo exagerado.
Toque retal, não raro doloroso, há espasmo do esfíncter.
Podem aparecer hemorróidas e fissuras e alterações como pressão arterial
lábil, hiperventilação e sudorese nas mãos, pés e axilas.
DIAGNÓSTICO
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Em 1988 foram definidos os “critérios de Roma” para o diagnóstico da SCI –
critérios mais objetivos.
CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA SCI:
1. Dor ou desconforto abdominal, contínua ou recorrente, durante pelo
menos 3 meses.
2. Juntamente com 2 das seguintes situações, que ocorrem pelo menos em
25 % das vezes:
 Alteração de freqüência das defecações (>3 vez./dia ou <3 vez./semana)
 Alteração da forma das fezes (duras, aquosas)
 Alteração da passagem das fezes (esforço defecatório intenso, urgência
de defecação)
 Sensação de defecação incompleta ( com freqüência o doente queixa-se
de ter uma defecação normal, seguida de várias dejeções de fezes cada
vez menos consistentes – pseudo-diarréia)
 Saída de muco – deve ser diferenciado do pus – é um sintoma muito
específico da SCI.
 Distensão abdominal
MODALIDADES:
1. Dor aliviada pela defecação
2. Dor agravada pela alimentação
3. Aumento de percepção dos movimentos intestinais quando há dor
4. Sintomas somente diurnos (nunca acordam o doente)
5. Sintomas pioram com estresse físico e psíquico
6. Sintomas pioram com a ingestão de certos alimentos
7. Sintomas podem piorar durante o ciclo menstrual
Vários aspectos clínicos falam contra o diagnóstico da SCI e que precisam
ser investigados através de exames subsidiários.
Aparecimento da sintomatologia no idoso
Curso progressivo
Sintomas acordam o doente
Febre
Perda de peso
Hemorragia intestinal (a menos que seja devido a hemorróidas
ou fissuras)
Esteatorréia
Desidratação
Aparecimento de sintomas novos, após longo período de
doença.
EXAMES COMPLEMENTARES
Devem ser realizados os seguintes exames:
- exame protoparasitológico, coprocultura (incluindo pesquisa de
Rotavirus, Yersinia, Campylobacter, Criptosporidium, Clostridium
difficile e fungos)
- exame hematológico (como VHS, alfa-I-glicoproteina ácida e
proteína C reativa)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Colaboração: Dra. Nélida Nowak
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Com outras doenças gastrointestinais, como doenças inflamatórias,
neoplasias e infecções.
Também com doenças de outros órgãos que podem causar alterações do
ritmo intestinal devem ser investigadas: principalmente as endocrinopatias
diabetes e tireoidopatias.
Já que a deficiência de lactose é muito comum, devem ser feitos testes de
tolerância à lactose (através de curva glicêmica ou do hidrogênio expirado).
A simples retirada dos lácteos pode aliviar grande parte das queixas do
paciente com SCI.
Realizar enema opaco para afastar patologias orgânicas do cólon: na SCI
pode mostrar um sigmóide espástico e fino. Se restarem dúvidas, a
retossigmoidoscopia e/ou a colonoscopia serão indicadas.
TRATAMENTO “ALOPÁTICO” E EVOLUÇÃO
Terapias atuais
1. Regime dietético
É importante evitar alimentos que produzam muitos gases. Diminuir a
quantidade de ar deglutida, não falar durante as refeições e não mastigar
chicletes. Geralmente deve-se sempre procurar se alimentar devagar e
mastigar bem os alimentos.
No caso do doente ser deficiente em lactase, ele tem que evitar leite e
derivados, assim vão ser diminuídos o meteorismo, a flatulência e mesmo a
diarréia.
A dieta administrada tem que ser rica em fibras insolúveis e solúveis,
Em geral as fibras sempre são úteis na SCI, tanto nos casos de diarréia
como naqueles com obstipação, porque elas preenchem melhor a luz
intestinal e diminuem assim a espasticidade dos sigmóides, aliviando os
sintomas do doente e coordenando a atividade peristáltica colônica.
2. Medicamentoso
Para aliviar os sintomas podem ser administrados os seguintes
medicamentos:
- Anticolinérgicos
- Opiáceos e
- Laxantes formadores de bolo
- Procinéticos
- Antagonistas do cálcio
- Antidepressivos e ansiolíticos
- Inibidores das prostaglandinas
3. Psicoterapia
EVOLUÇÃO
A síndrome do cólon irritável é uma doença crônica e benigna. Está sujeito
a crises agudas, principalmente relacionadas a transtornos emocionais. Se
“acostuma” a pequenas alterações do seu ritmo intestinal e acaba adotando
estes acontecimentos como parte de sua vida habitual. As alterações de
motilidade podem levar a diverticulose hipertônica em cólon descendente e
sigmóide.
TERAPÊUTICA REPERTORIZADA:Sintomas caraterísticos do quadro clínico
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Sintomas:
1. Dor abdominal agravada pela alimentação
2. Dor abdominal que melhora com a eliminaçaõ de fezes
3. Diarréia que alterna com obstipação
4. Sensação de defecação incompleta
5. Temerosa, ansiosa
Rubricas:
1.) Abdomen, dolor, despues comiendo
- 357 I
2. Abdomen, dolor, defecacion despues mej.
- 357 II
3. Recto, constipacion alternando con diarrea
- 386 I
4. Recto, constipacion, insuficentes, incompletas,
insatisfactorias, defecaciones
- 386 III
5. Psiquismo, ansiedad, temor com
- 8 III
Repertorização
1
2
3
4
5
Rubricas
Alum
+
+
+
3
Ars
+
+
+
+
4
Bry
+
+
+
+
+
5
Carb-v
+
+
+
+
4
Cham
+
+
2
Cocc
+
+
2
Coloc
+
+
+
3
Graph
+
+
+
3
Ign
+
+
+
+
4
Kali-c
+
+
+
+
4
Kali-s
+
+
+
+
4
Lyc
+
+
+
+
4
Nat-m
+
+
+
+
4
Nit-ac
+
+
+
+
4
Nux-v
+
+
+
+
+
5
Phos
+
+
+
3
Puls
+
+
+
3
Sulph
+
+
+
+
+
5
MEDICAMENTOS DA REPERTORIZAÇÃO
Os principais medicamentos da repertorização são:
ARS, BRY, CARB-V, COLOC, GRAPH, IGN, KALI-C, KALI-S, LYC, NAT-M,
NIT-AC, NUX-V, PHOS, PULS, SULPH
Os medicamentos selecionados baseando-se na repertorização e na
experiência clínica são:
Medicamentos Rubricas
BRY
5
IGN
4
LYC
4
NUX-V
5
SULPH
5
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Bryonia
Características
Origem: vegetal, foi substituída por causa de seus efeitos equivalentes pela
Bryonia dioica, Vitis alba, Nabo do diabo,
Vinha branca, é uma cucurbitácea originária da Europa, Oriente
e Àfrica do Norte.
Medicamento preparado das raizes frescas.
Componentes: princípios amargos (cucurbitacinas), bryoamerida,
bryodulcosida, terpenos (bryonolo, ácido bryonônico),
esteróis (estigmaesterol, alpha- espinaesterol),
resina com efeito purgante, anthrachinona
(ácido chrysofânico) com efeito purgante.
Ação geral:
Bryonia vai ser aplicado nos casos de inflamações agudas com
- ressecamento excessivo das mucosas e
- dores agudas e picantes: amell pela pressão e o repouso/
agg pelo movimento.
Bryonia influi no sistema neurovegetativo com predominância
simpaticotônica da seguinte forma:
- Ação em mucosas: brônquios (catarro seco), intestino (tanto
diarréia quanto obstipação com ressecamento).
- Ação em serosas com inflamação meio seca meio
exsudativa:(pneumonia, pleurite, colecistite, apendicite)
- Ação sobre músculos, tecidos fibrosos, tendões e cápsulas de
articulações.
Características:
1.) Psiquismo
- Cólera violenta, irritabilidade, a menor contradição o põe em
cólera e o faz adoecer
- Atarefado, áspero, inseguro, teme o futuro
- Chora fácil, ama a solidão
2.) Geral
- Dores agudas, picantes
- Extremo ressecamento de todas as mucosas
- Sede de grandes quantidades de água fria em longos intervalos
- Vertigem de manhã ao se levantar
- Cefaléia congestiva
- Tosse seca por acessos, acompanhada de dores agudas,
lancinantes na ponta da costela e na cabeça
- Regras precedidas ou substituídas por epistaxe
- Mamas quentes, duras e muito dolorosas
- Articulações inchadas e vermelhas
3.) Aparelho digestório
- Náuseas de manhã ao despertar, gosto amargo
- Sensação como se tivesse uma pedra pesada no estômago
- Prisão de ventre insidiosa com fezes muito duras, secas,
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escuras, como queimadas, sempre grandes
- Diarréia de manhã ao primeiro movimento com fezes biliosas,
marrons, algumas vezes sanguinolentas, sempre irritantes.
4.) Agravamento:
- Pelo movimento
- Pelo calor e tempo quente
- As 9 horas da noite e, principalmente, pela madrugada, as 3
horas
- Após supressão de um corrimento comum
5.) Melhoria:
- Pelo repouso
- Pela pressão
- Estando deitado sobre o lado dolorido
- Pelas bebidas ou aplicações frias
6.) Lateralidade:
- Direita
Fisiopatologia:
Bryonia como remédio psórico, age através da tendência à auto- e heterointoxicação e no comportamento supra-renal acelerado com
simpaticotonia e aumento da secreção hormonal.
Bryonia afeta principalmente o sistema neurovegetativo com
predominância da simpaticotonia causando alterações especificas:
- Disfunções vasomotoras autonômicas (vertigem, cefaléia
Congestiva)
- Distúrbios psíquicos (ansiedade, agitação psicomotora)
- Alterações nos diversos aparelhos (extremo ressecamento de
todas as mucosas, obstipação com fezes duras e secas,
náuseas, dispnéia)
- Condições máximas de defesa (aumento do metabolismo basal
com tendência ao catabolismo, enfrentando inflamações
agudas)
Repertorização:
Ansiedade pelo futuro
Psiquismo, ansiedada, futuro, por
(7-III)
Vertigem de manhã ao se levantar
Vertigo, mañana, levantarse, al
(96, III)
Tosse seca durante a febre
Tos, seca, fiebre, durante (507 II)
Sede de grandes quantidades de
Estomago, deseos, frías, bebidas
água fria
(322 III)
Fezes secas como queimadas
Materia fecal, seca (407 III)
Comparação fisiopatológica entre
Bryonia e Natrum muriaticum
Rubrica escolhida:
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Fezes secas como queimadas
Materia fecal, seca (407 III):
BRY, LAC-D, LYC, NAT-M, NIT-AC,
NUX-V, OP, PHOS, ZINC
Bryonia:
Fisiopatologicamente, as fezes secas de Bryonia são decorrentes da
simpaticotonia que, além do ressecamento intestinal, também leva à
sialosquiese e diminuição da produção de suco gástrico.
O controle da simpaticotonia devera normalizar a qualidade e o fluxo das
fezes.
Natrum-muriaticum:
As fezes secas de Natrum-muriaticum, um tuberculínico, são conseqüentes a
um transtorno na bomba de cloro, responsável pela entrada de nutrientes do
tubo digestório para a célula, trazendo consigo a água. O excesso deste
procedimento causa desidratação do tubo intestinal.
A correção do funcionamento alterado da bomba de cloro deve resultar em
hidratação adequada do aparelho digestório.
Ignatia amara
Origem: vegetal, Strychnos Ignatia ( = fava de Santo Ignacio), família das
Loganiáceas, é uma trepadeira originária das Filipinas aclimatada na
Cochincina (Vietnã) e nas ilhas orientais (em todo o extremo oriente).
Preparado de sementes secas.
Componentes: alcalóides: estricnina ( 2/3) e brucina (1/3), ligados no
ácido clorogênico, contém também ácido de café.
Ação geral:
Ignatia vai ser aplicado em todas as manifestações nervosas ou funcionais
caracterizadas por sua mobilidade, sua inconstância, seu caráter paradoxal e
contraditório.
Os alcalóides dos Strychnos exercem uma ação geral excitante no sistema
nervoso provocando hipersensibilidade dos sentidos. Dependendo da dose
provocam convulsões e até tetanização.
Os sintomas fundamentais são essencialmente espásticos.
Ignatia tem ação excitante indireta sobre os centros nervosos, secundária a
distúrbios da esfera psíquica.
Ignatia é antes de tudo um emotivo.
Seus espasmos são consecutivos às emoções, preocupações, tristezas etc.,
dominando a melancolia com tendência a lágrimas.
Características:
1.) Psiquismo:
- Depressão mental depois de desgostos, contrariedades
- Angústia que impede o paciente de falar
- Humor cambiante
- Suspiros involuntários
2.) Geral:
- Dores erráticas, paradoxais e contraditórias
- Cefaléia com sensação como se um prego estivesse enfiado na
cabeça
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Orientação: Dr. Romeu Carillo Jr
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- Taquicardia emotiva
3.) Aparelho digestório:
- Bolo histérico
- Vazio gástrico com tendência a suspirar
- Dispepsia paradoxal (náuseas > ao comer)
- Prisão de ventre ao andar de carro
- Diarréia emotiva
4.) Agravamento:
- Pela mágoa e pelas emoções
- Pelo frio
- Pelo contato
- Pelo fumo, pelos odores violentos
- Pelo café e pelo álcool.
- Melhoria:Pelo calor/pressão forte/Ao andar/Ao engolir.
Fisiopatologia:
Ignatia como remédio psórico, age através da tendência à auto- e heterointoxicação e no comportamento supra-renal acelerado, com
simpaticotonia e aumento da secreção hormonal.
Ignatia afeta indiretamente (secundária a distúrbios da esfera psíquica) as
três principais funções do sistema nervoso: psíquica, sensitiva e motora:
- Ignatia tem ação bifásica no sistema nervoso cerébro-espinhal.
1.) excitação com hiperreflexia, distúrbios espasmódicos, hiperestesia
sensorial (principalmente do olfato)
2.) depressão (a mais importante e mais freqüente é a paresia)
- Ignatia tem no sistema neurovegetativo ação sobre os músculos
lisos, principalmente digestivos e excitação motora sobretudo
espasmódica (garganta, estômago, intestino)
- Ignatia tem uma “ação no tempo” (labilidade, alternância de excitação e
de depressão, mobilidade dos fenômenos de um ponto a outro do corpo)
que dá à Ignatia seu aspecto paradoxal e contraditório.
Repertorização:
Depressão depois de decepção
Psiquismo, tristeza, amor por
amorosa
decepíon de, ( 93- I)
Humor cambiante bruscamente
Psiquismo, humor, alternante,
extremo, ( 37-II)
Dor de cabeça como se tivesse um Cabeza, dolor, clavo, como por un,
prego enviado na cabeça
(137-III)
Sensação como se uma bola
Garganta interna, bulto, ascendente,
subisse do estômago
sensación de, (301-II)
Prisão de ventre em viagem
Recto, constipacion, viajar agr.,
(386-III)
Comparação fisiopatológica entre Ignatia e Thuya
Rubrica escolhida:
Dor de cabeça como se tivesse um Cabeza, clavo, como por un (137-III):
prego enfiado na cabeça
COFF, GRAPH, HEP, IGN, PULS,
THUJ
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Ignatia:
Fisiopatologicamente, a cefaléia de Ignatia é causada por disfunção
vasomotora autonômica, que tem sua origem na predominância da
simpaticotonia. Ignatia, um remédio psórico, deve agir sobre este
comportamento supra-renal acelerado com simpaticotonia e, deste modo,
solucionar a disfunção vasomotora autonômica.
Thuya:
A cefaléia de Thuya é causada por um edema cerebral que tem sua origem
na alteração da permeabilidade capilar. Thuya, como protótipo de remédio
sicótico, deve agir em indivíduos sicóticos, que apresentam produção
aumentada de hialuronidase. A hialuronidase desintegra o ácido hialurônico
com consequente abertura dos poros de Pappenheimer, causando o
aumento da permeabilidade e assim o edema cerebral. Thuya deve agir
sobre este estado hidrogenóide.
Lycopodium clavatum
Origem: vegetal, conhecido popularmente como pata de lobo, musgo
terrestre, é uma licopodiácea, originária da Europa, Àsia,
América.
Preparação: esporos maduros.
Componentes: esporonina, alumínio, óleo (mistura de diversos ácidos
graxos), alcalóides: licopodina, clavatina e clavotoxina.
Ação geral:
Lycopodium vai ser aplicado nas doenças crônicas progressivas,
profundas, com perturbações digestivas e hepáticas, litíase biliar e renal.
Lycopodium um remédio de auto e heterointoxicação. Atua no sistema
neurovegetativo com predominância da simpaticotonia, principalmente:
-
No fígado (ação mais importante): p.ex. sintomas dispépticos,
flatulência e obstipação
-
Nas mucosas: trato respiratório, digestório e genito-urinário.
Características:
1.) Psiquismo:
-
Minusvalia, ama o poder, irritabilidade, cólera e susceptibilidade
-
Expressão veemente, mal humor, desejo de solidão
2.) Geral:
-
Aspecto envelhecido, face ictérica, manchas amareladas nas
Têmporas
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-
Hemianopsia direita
-
Amigdalites que iniciam-se pelo lado direito e evoluem para o
esquerdo
-
Dispnéia com batimento da asa do nariz
-
Tosse irritante e expectoração difícil
-
Uretrites com depósitos de areia avermelhada
3.) Aparelho digestório:
-
Afecções crônicas de evolução lenta e insuficiência hepática
-
Problemas digestivos de eliminação
-
Distúrbios nutricionais e nervosos
-
Sensação de plenitude pós-prandial, fome voraz – facilmente
saciável
-
Distensão hipogástrica agravada das 16:00 às 20:00 h
-
Eructações queimantes e incompletas, que não aliviam
-
Obstipação crônica com reflexos evacuatórios ineficazes
-
Fezes pequenas e duras, difíceis de evacuar, contração
espasmódica do ânus
-
Pelo frio, ao se descobrir
-
Por alimentos ou bebidas quentes
-
Depois da meia-noite
4.) Agravamento:
-
Com aplicações quentes
-
Das 16:00 às 20:00 h
-
Estando deitado sobre o lado direito, da direita para a esquerda
-
Da frente para trás
5.) Melhoria:
-
Pelo movimento, andando ao ar livre
Lateralidade: Direita
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Fisiopatologia
Lycopodium como medicamento psórico, age através da tendência à auto
e hetero-intoxicação e no comportamento supra-renal acelerado com
simpaticotonia e aumento da secreção hormonal.
Lycopodium encaixa-se na insuficiência órgano-funcional e afeta
principalmente as funções do fígado: metabólicas, desintoxicantes e
circulatórias).
A insuficiência hepática de Lycopodium apresenta conseqüências diretas
sobre toda a economia caracterizadas por:
-
Enfraquecimento progressivo, crônico e geral, com tendência ao
emagrecimento, astenia psíquica e física.
-
Acúmulo de catabólitos levando à: hiperuricemia ou
hiperazotemia
-
Determinação de alterações crônicas das paredes vasculares
por depósito de substâncias resultantes do metabolismo
inadequado, em particular de colesterol, o que leva Lycopodium
a apresentar-se como: um medicamento de pré-esclerose
arterial com tendência aos aneurismas e tumores vasculares.
-
Insuficiência emunctorial da pele, que apresenta-se ressecada,
endurecida com “manchas hepáticas”
-
Tendência centrípeta manifestada por secreções espessas de
mucosas, de eliminação lenta e difícil, tanto em vias
respiratórias quanto digestórias, conseqüentes à intoxicação.
Repertorização:
Perda de toda a confiança em si
Psiquismo, confianza, falta de, em si
mismo (16-I)
Muito mau humor ao despertar
Psiquismo, irritabilidad, despertar,
al (57-III)
Sensação de plenitude depois de ter Abdomen, plenitud, comiendo
comido
(382-I)
Aumento do figado
Abdomen, hinchazon, higado
(379-III)
Flatulência cuja expulsão alivia
Recto, flatos, mej. (396-I)
Colaboração: Dra. Nélida Nowak
Orientação: Dr. Romeu Carillo Jr
Revisão: Dra. Maísa L. Homem de Mello
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Comparação Fisiopatológica entre
Lycopodium e Mercurius solubilis
Rubrica escolhida:
AUMENTO DO FIGADO
ABDOMEN, HINCHAZON, HIGADO
(379-III): CHIN, LYC, MERC, NAT-S,
NUX-V, PHOS, SULPH
Lycopodium:
Fisiopatologicamente, a auto e hetero-intoxicação crônica, o comportamento
supra-renal acelerado com simpaticotonia e aumento da secreção hormonal
(Cortisol) causam a insuficiência hepática. Na tentativa de compensar as
funções prejudicadas do fígado (funções metabólicas, desintoxicantes e
circulatórias) deve surgir hiperplasia do parenquima hepático com aumento
do tamanho do fígado. Melhorando a situação hepática vai diminuir a
insuficiência ou seja a hiperplasia do fígado.
Mercurius:
A insuficiência hepática com aumento do figado de Mercurius
(provavelmente na fase de esteatose) é causada pela falha do hepatócito em
muitas de suas funções: O armazenamento de glicogênio e as funções
desintoxicantes (toxinas como álcool, nitrobenzol, ácido dianídrico e outras)
são comprometidas.
Mercurius como protótipo de remédio sifilínico, deve agir em casos de
disfunção do hepatócito, melhorando a insuficiência hepática e, deste modo,
normalizando o tamanho do fígado.
Nux-vomica
Características
Origem: vegetal, Strychnos Nux-vomica, Noz-vomica, Vomitório, família
das Loganiáceas, é uma trepadeira originária da India, Sri-Lanka
e Indochina.
Preparação: sementes secas.
Componentes: alcalóides: estricnina (1/2), brucina (1/2), vomitina,
ligados no ácido clorogênio.
Ação geral:
Irritabilidade nervosa nas pessoas de vida sedentária que apresentam
perturbações gástricas e intestinais espasmódicas seguidas de
congestão portal. Evacuações: necessidades urgentes e ineficazes.
Colaboração: Dra. Nélida Nowak
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Devido à estricnina, Nux-vomica exerce, como Ignatia, ação geral
excitante no sistema nervoso, provocando hipersensibilidade dos
sentidos. Dependendo da dose, provoca convulsões e até tetanização.
Os sintomas fundamentais são, como no caso de Ignatia, espásticos.
Nux-vomica tem ação excitante direta (o contrário: Ignatia) sobre os
centros nervosos.
Nux-vomica é, antes de tudo, um irritável (Ignatia: um emotivo).
Seus espasmos são consecutivos à irritação, surmenage (esgotamento,
excesso de trabalho), cólera etc..
- Características:
1.) Psiquismo
- Irritabilidade “pavio curto”
- Não pode suportar o menor ruído, luz forte ou odores violentos
- Não pode tolerar a menor contradição
- Mau humor de manhã e depois das refeições
2.) Geral:
- Dorme mal à noite
- Cefaléia após excesso de mesa ou exposição ao sol
- Espirros pela manhã, no leito
- Coriza com nariz entupido à noite, fluente de dia
- Necessidade de urinar urgente e ineficaz
- Regras adiantadas, sempre irregulares
- Lumbago violento, obrigado a sentar-se para se virar no leito
- Arrepios ao menor movimento
4.) Aparelho digestório:
- Sonolento após as refeições
- Língua branca, amarelada na metade posterior, metade anterior
limpa
- Náuseas de manhã no leito e após as refeições
- Estômago distendido e sensível à pressão-sensação de um
grande peso sobre o estômago
- Muito inchado, obrigado a desapertar as roupas
- Vômitos violentos provocados, que aliviam
- Flatulência abdominal excessiva após as refeições
- Prisão de ventre com necessidades urgentes e ineficazes
4.) Agravamento:
- Pela manhã, logo após o despertar
- Depois de um trabalho mental, de ter comido, de ter ingerido
estimulantes
- No tempo frio e seco
- Pelo contato
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6.) Melhoria:
- A tarde
- Durante o repouso, após um curto sono
- No tempo úmido
- Por pressão forte
Fisiopatologia:
Nux-vomica como remédio psórico, age através da tendência à auto e
hetero-intoxicação e no comportamento supra-renal acelerado com
simpaticotonia e aumento da secreção hormonal.
Nux-vomica afeta diretamente as três principais funções do sistema
nervoso: psíquica, sensitiva e motora:
- Nux-vomica tem ação bifásica no sistema nervoso cérebro-espinhal.
1.) Excitação direta com hiperreflexia (grande irritabilidade) distúrbios
Espasmódicos, hiperestesia sensorial (principalmente do olfato)
2.) Depressão (a mais importante e a mais freqüente é a paresia).
- Nux-vomica tem no sistema neurovegetativo ação sobre os músculos
lisos, principalmente digestivos e excitação motora sobretudo
espasmódica (garganta, estômago, intestino).
Repertorização:
Irritabilidade depois das refeições
Dorme para acordar por volta das 3
horas
Cefaléia após frio
Náuseas constantes
Hemorróidas internas
Psiquismo irritabilidad, comiendo,
después (58-II)
Sueño, despertar, 3 horas (730-III)
Cabeza, dolor, frío, por tomar
(119-III)
Estomago, nauseas, constantes
(339-I)
Recto, hemorroides, internas (397-I)
Comparação fisiopatológica entre Nux-vomica e Pulsatilla
Rubrica escolhida:
Hemorróidas internas
Nux-vomica:
Colaboração: Dra. Nélida Nowak
Recto, hemorroides, internas (397-I):
ARS, BROM, CHAM,COLOC,IGN,
NUX-V, PODO, PULS, SULPH
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As hemorróidas internas de Nux-vomica são duras e doloridas, causadas
pela insuficiência hepática com congestão porta devido à função circulatória
prejudicada do fígado. Nux-vomica deve melhorar a função circulatória e,
assim, normalizar a pressão venosa do plexo hemorroidário resultando em
desaparecimento da hemorróida.
Pulsatilla:
As hemorróidas da Pulsatilla (sicótico, predominantemente), são grandes,
moles e causadas pelo aumento de hialuronidase. A hialuronidase ao
desintegrar o ácido hialurônico, abre os poros de Pappenheimer,
provocando aumento da permeabilidade do vaso. As paredes dos vasos
sanguineos ficam frágeis causando as hemorróidas. Pulsatilla deve melhorar
este estado hidrogenóide.
Pulsatilla é um medicamento de congestão venosa, principalmente em
região pélvica.
Sulphur
Origem: enxofre, elemento não-metal.
Dos 105 elementos conhecidos apenas 19 são essencias a
todas as células vivas, 98 % são C, S, P, N, O e H.
Ação geral:
Auto-intoxicação. Pele ardente com erupções pruriginosas. Orifícios
vermelhos. Impossiblidade de estar em pé. Desfalecimento às 11 horas da
manhã. Sofrimentos que voltam contínua ou periodicamente.
Sulphur estimula o metabolismo do enxofre no organismo. Sendo um
elemento essencial a todas as células com um potencial desintoxicante
se nota um efeito no organismo inteiro. Sulphur tem especialmente:
- Ação sobre a pele (seca, eczematosa)
- Ação sobre o sistema venoso (varizes, hemorróidas)
- Ação sobre o aparelho digestório (dispepsia, flatulência,
diarréia, obstipação)
- Ação sobre o psiquismo (excitação nervosa)
- Ação sobre a mucosa (infecções p.ex. do trato respiratório)
- Ação sobre o metabolismo de ácido úrico (gota)
Características:
1.) Psiquismo:
- Sonhador impaciente
- Contraditório, briguento
- Acredita estar de posse de concepções imensas e de idéias
grandiosas
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2.) Geral:
- Muito cansado sobre tudo pela manhã (11 horas)
- Vertigens pela manhã, abaixando-se
- Sono leve
- Necessidade de ar livre, horror à água
- Cabeça quente, pés frios
- Tensão e palpitações
- Mucosas vermelhas e queimantes (todos os orifícios do corpo)
- Ardência intensa nos pés à noite com nessecidade de procurar
um lugar fresco
- Pele seca com erupções pruriginosas
- Alternância de erupções com outros sofrimentos (asma,
hemorróidas)
3.) Aparelho digestório:
- Abdômen quente, tenso, pesado com borborigmos
- Diarréia imperiosa pelas 5 horas da manhã que o tira
rapidamente do leito
- Ânus vermelho e escoriado
- Hemorróidas com sensação de pressão, ferimento, picada,
queimadura e pruridos
- Desejo de álcool e gorduras
4.) Agravamento:
- Pelo repouso
- Ficando em pé
- Pela manhã às 11 horas, à noite pelo calor do leito
- Ao se lavar, ao se banhar
- Por todos os estimulantes
5.) Melhoria:
- Com tempo seco e quente
- Estando deitado do lado direito
6.) Lateralidade: Esquerda
Fisiopatologia:
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Sulphur como remédio psórico, age através da tendência à auto e heterointoxicação e no comportamento supra-renal acelerado com
simpaticotonia e aumento da secreção hormonal.
Sulphur é aplicado, principalmente, nos casos de intoxicações crônicas.
Sulphur deve ativar o metabolismo de enxofre no organismo, e deve ser
utilizado para os processos de desintoxicações: Toxinas endógenas
como cresol, fenol, indoxyl e tyramin produtos finais do metabolismo
oxidativo dos aminoácidos aromáticos que vão ser ligados ao ácido
sulfúrico e eliminados do organismo. Toxinas exógenas como p.ex.
brenzcatequina, hidroquinona, derivados da piridina e barbituratos vão
ser desintoxicados pela liga ao sulfato. Sulphur com seu potencial
desintoxicante, elimina nas infecções com aumento do metabolismo
catabólico das proteínas, os produtos finais deste processo.
O paciente de Sulphur mostra no organismo inteiro alterações devido à
auto-e hetero-intoxicação:
- Distúrbios mentais (impaciência, contrariedade)
- Dermatoses (eczema seco, intertrigo)
- Insuficiência hepática com distúrbios circulatórios (varizes,
hemorróidas), distúrbios metabólicos (hiperuricemia,
hiperazotemia, hipercolesterinemia) e distúrbios da digestão
(flatulência, diarréia, obstipação)
- Tendência a infecções
Repertorização:
Impaciente sobretudo pela manhã
Psiquismo, Impaciencia, mañana
(48-III)
Brusca sensação de fraqueza às 11 Generalidades, debilidad, 11 hs.
horas de manhã
(824 III)
Amígdalas inchadas
Garganta interna, hinchazon,
amigdalas (307-III)
Diarréia imperiosa pelas 5 horas da Recto, diarrea, despertándose com
manhã
urgencia, 5 hs. (387 III)
Pele pruriginosa agrava no calor da Piel, prurito, calor, al entrar en la
cama
cama (802 III)
Comparação fisiopatológica entre Sulphur e Phosphor
Rubrica escolhida
Amígdalas inchadas
Garganta interna, hinchazon,
amigdalas (307-III): BAPT,BAR-C,
CALC,CHAM,HEP,LAC-C,LACH,
LYC,PHOS,PHYT,SIL,SULPH
Sulphur:
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A hiperplasia das amígdalas de Sulphur é provocada, principalmente, pela
toxina exógena (bactérias). Em seguir surgirão placas brancas (pus) nas
amígdalas. Cada infecção no organismo traz consigo aumento do
metabolismo catabólico das proteínas com acumulo de produtos finais deste
processo. Sulphur, com seu potencial desintoxicante, deve eliminar as
toxinas exógenas e endógenas com desaparecimento da hiperplasia.
Phosphorus:
A hiperplasia da amígdala do Phosphor, o protótipo do remédio
tuberculínico, é causada pela toxina endógena (toxina tuberculínica). A
amígdala torna-se inchada, hiperemeada, mas sempre sem pus.
Especialmente crianças na fase linfática, com insuficiência do sistema
reticuloendotelial do fígado, ou seja, com déficit das células fagocitárias de
Kuppfer, vão enfrentar uma sobrecarga toxínica com reação do sistema
linfático. As toxinas ultrapassam as paredes dos sinusoidais entrando em
contato com a linfa e provocando um aumento da função glandular e de
filtragem de certas glândulas como a adenóide e a amígdala. Phosphorus
deve melhorar a insuficiência hepática do sistema reticuloendotelial para
que as toxinas possam ser fagocitadas completamente.
Colaboração: Dra. Nélida Nowak
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