Poluição Sonora

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Poluição Sonora
Poluição Sonora
1) Objetivo Geral
Aprofundar os conhecimentos sobre a poluição sonora, acuidade auditiva e os
efeitos do excesso de barulho na saúde das pessoas.
2) Objetivo Específico
Saber mais sobre os efeitos na audição quando se trabalha e estuda com barulho,
assim como o que pode ser feito para minimizar o problema.
3) Público Alvo: Ensino Fundamental II
4) Número de Aulas
O trabalho será desenvolvido em cinco etapas, divididas em aulas a critério do
professor.
5) Áreas contempladas
Temas Transversais
Meio Ambiente
• Poluição Sonora
o Comparação com as Poluições da Água e do Ar
o Inspeção Veicular e PSIU (Programa de Silêncio
Urbano).
Ciências
Efeitos da Poluição Sonora
• Seres Vivos
• Homens, Animais e Plantas
o Limites de intensidade
Surdez profissional
Efeitos na saúde
Efeitos sobre o rendimento no trabalho
Efeitos sobre a comunicação
Efeitos em plantas e animais
Nos diversos locais
• Escola
• Trânsito
o Fontes do Ruído
Ruas, Habitações, Indústrias, Aviões, outros.
Autora: Melanie Grunkraut
“Pense no Meio Ambiente. Só imprima este documento se for realmente necessário”
6) Metodologia Aplicada
O trabalho será realizado em etapas.
1ª etapa
O objetivo é conhecer a poluição sonora, causas e consequências. Veja esse
material:
MEIO AMBIENTE
POLUIÇÃO SONORA
Existe, na natureza, um equilíbrio biológico entre
todos os seres vivos. Nesse sistema em equilíbrio os
organismos produzem substâncias que são úteis para
outros organismos e assim sucessivamente. A
poluição vai existir toda vez que resíduos (sólidos,
líquidos
ou
gasosos)
produzidos
por
microorganismos, ou lançados pelo homem na
natureza, forem superior à capacidade de absorção do meio ambiente, provocando
alterações na sobrevivência das espécies. A poluição pode ser entendida, ainda, como
qualquer alteração do equilíbrio ecológico existente.
A poluição é essencialmente produzida pelo homem e está diretamente relacionada com
os processos de industrialização e a consequente urbanização da humanidade. Estes
são os dois fatores contemporâneos que podem explicar claramente os atuais índices de
poluição. Os agentes poluentes são os mais variáveis possíveis e são capazes de alterar
a água, o solo, o ar, etc.
Poluição é, portanto, uma agressão à natureza, ao meio ambiente em que o homem
vive. Os efeitos da poluição são hoje tão amplos que já existem inúmeras organizações
de defesa do meio ambiente.
Poluição Sonora é qualquer alteração das propriedades físicas do meio ambiente,
causada por som puro ou conjugação de sons, admissíveis ou não, que direta ou
indiretamente seja nociva à saúde, segurança e ao bem. O som é a parte fundamental
das atividades dos seres vivos e dos elementos da natureza.
Cada um tem um significado específico, conforme as espécies de seres vivos que os
emitem, ou que conseguem percebê-los. Os seres humanos, além dos sons que
produzem para se comunicar e se relacionar, como as palmas, voz, assobios e passos,
também produzem outros tipos de sons, decorrentes de sua ação de transformação dos
elementos naturais. Somente depois que o homem se tornou gregário e desenvolveu
suas qualidades criadoras, é que o ruído se transformou de aliado, nos primórdios da
Civilização, em inimigo, nos últimos tempos.
O tempo foi passando, centenas e centenas de anos, até que no afã do prosseguir
melhorando as condições de vida do Ser Humano, a indústria, em desenvolvimento
constante, trouxe consigo o ruído intensivo e nocivo, intoxicando-nos aos poucos,
lesando-nos lenta, constante e irreversivelmente.
Autora: Melanie Grunkraut
“Pense no Meio Ambiente. Só imprima este documento se for realmente necessário”
Há cerca de 2500 anos a humanidade conhece os efeitos prejudiciais do ruído à saúde.
Existem textos relatando a surdez dos moradores que viviam próximos às cataratas do
Rio Nilo, no antigo Egito. O desenvolvimento da indústria e o surgimento dos grandes
centros urbanos acabaram com o silêncio de boa parte do planeta.
O primeiro decreto que se conhece para a proteção humana contra o ruído no Brasil é
de 6 de maio de 1824, no qual se proibia o "ruído permanente e abusivo da chiadeira
dos carros dentro da cidade", estabelecendo multas que iam de 8 mil réis a 10 dias de
cadeia, que se transformavam em 50 açoites, quando o infrator era escravo.
A poluição sonora difere bastante da poluição do ar e da água quanto aos seguintes
aspectos:
a) O ruído é produzido em toda parte e, portanto, não é fácil controlá-lo na fonte como
ocorre na poluição do ar e da água;
b) Embora o ruído produza efeitos cumulativos no organismo, do mesmo modo que
outras modalidades de poluição diferenciam-se por não deixar resíduo no ambiente tão
logo seja interrompido;
c) Diferindo da poluição do ar e da água, o ruído é apenas percebido nas proximidades
da fonte;
d) Não há interesse maior pelo ruído, nem motivação para combatê-lo; o povo é mais
capaz de reclamar e exigir ação política acerca da poluição do ar e da água do que a
respeito do ruído;
e) O ruído, ao que parece, não tem mais efeitos genéricos, como acontece com certas
formas de poluição do ar e da água, a exemplo da poluição radioativa. Entretanto, o
incômodo, a frustração, a agressão ao aparelho auditivo e o cansaço geral causados
pela poluição sonora podem afetar as futuras gerações.
Fontes de ruído
O som é um fenômeno físico ondulatório periódico, resultante de
variações da pressão num meio elástico que se sucede com
regularidade. O som pode ser representado por uma série de
compressões e rarefações do meio em que se propaga, a partir da
fonte sonora. Não há deslocamento permanente de moléculas, ou
seja, não há transferência de matéria, apenas de energia.
Uma boa analogia é a de uma rolha flutuando em um tanque de água. As ondas da
superfície da água se propagam e a rolha apenas desce, sem ser levada pelas ondas.
Ruído é "qualquer sensação sonora indesejável". Há quem vá além, que considera o
ruído como "um som indesejável que invade nosso ambiente, ameaçando nossa saúde,
produtividade, conforto e bem-estar". A ação perturbadora do som depende:
· De suas características, como intensidade e duração;
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· Da sensibilidade auditiva, variável de pessoa para pessoa;
· Da necessidade de concentração, como estudar;
· Da fonte causadora, que pode ser atrativa, como uma discoteca.
Ruído nas Ruas
O trânsito é o grande causador do ruído na vida das grandes cidades. As
características dos veículos barulhentos são o escapamento furado ou enferrujado, as
alterações no silencioso ou no cano de descarga, as alterações no motor e os maus
hábitos ao dirigir - acelerações e freadas bruscas e o uso excessivo de buzina.
Nas principais ruas da cidade de São Paulo, os níveis de ruído atingem de 88 a 104
decibéis. Isto explica por que os motoristas profissionais são o principal alvo de surdez
adquirida. Nas áreas residenciais, os níveis de ruído variam de 60 a 63 decibéis acima dos 55 decibéis estabelecidos como limite pela Lei Municipal de Silêncio.
Ruído nas Habitações
Condicionadores de ar, batedeiras, liquidificadores, enceradeiras, aspiradores,
máquinas de lavar, geladeiras, aparelhos de som e de massagem, televisores, secadores
de cabelo e tantos outros eletrodomésticos que podem estar presentes numa mesma
residência, funcionando simultaneamente e somando seus indesejáveis decibéis.
Ruído nas Indústrias
É dos mais importantes o papel da indústria na poluição sonora. Depois da Primeira
Grande Guerra, foi que se verificou o aumento das doenças profissionais, notadamente
a surdez, além do aparecimento de outras moléstias, devidas ao desenvolvimento
espantoso trazido pelo surto industrial.
Em alguns países europeus, como a Suécia e a Alemanha, onde os dados estatísticos
retratam fielmente a realidade, é impressionante o número de operários que, nas
indústrias, devido ao ruído, vêm sofrendo perda de audição.
Visando a proteção dos trabalhadores das fábricas, em 1977 os Estados Unidos
estabeleciam o ruído máximo de 90 dB para a duração diária de 8 horas. Verificou-se
com a adoção desse limite, um quinto dos operários ficava sujeito a deficiências
auditivas. Por isso a Holanda e outros países baixaram o limite para 80 dB.
Ruído dos Aviões
A partida e a chegada de aviões a jato são acompanhadas de ruídos de grande
intensidade que perturbam sobremaneira os moradores das imediações.
Efeitos na audição do homem
A capacidade auditiva de um indivíduo pode limitar-se a 60%. Todavia, por ser ele
ainda capaz de ouvir a própria voz e certos barulhos rotineiros, não se preocupa com a
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surdez. A perda total de audição pode acontecer se a pessoa fica sujeita diariamente,
durante 8 horas seguidas, a sons com intensidade superior a 85 dB, como os
registradores em discotecas fábricas de armamentos e aeroportos.
O ruído de 140 dB pode destruir totalmente o tímpano, provocando o que se denomina
"estouro do tímpano".
Quando o nível de ruído atinge 100 dB pode causar o "trauma auditivo" e a
conseqüente surdez. Ao nível de 120 dB, além de lesar o nervo auditivo, provocam, no
mínimo, zumbido constante nos ouvidos, tonturas e aumento do nervosismo.
Limites de intensidade
* Ruído com intensidade de até 55 dB não causa nenhum problema.
* Ruídos de 56 dB a 75 dB pode incomodar, embora sem causar malefícios à saúde.
* Ruídos de 76 dB a 85 dB pode afetar a saúde, e acima dos 85 dB a saúde será
afetada, a depender do tempo da exposição. Uma pessoa que trabalha 8 horas por dia
com ruídos de 85 dB terá, fatalmente, após 2 anos, problemas auditivos.
Surdez Profissional
Sua ocorrência depende de características ligadas ao homem (hospedeiro), ao meio e
ao agente (barulho). Para que ocorram casos de surdez profissional, é necessário que
haja uma exposição considerável ao ruído, isto é, a exposição a níveis elevados durante
um longo período, sendo dois fatores interligados.
As perdas auditivas causadas pelo barulho excessivo podem ser divididas em três tipos:
* Trauma Acústico - Embora esta denominação seja polêmica, adota-se o conceito de
trauma acústico como sendo a perda auditiva de instalação repentina, causada pela
perfuração do tímpano, acompanhada ou não da desarticulação dos ossículos do
ouvido médio, ocorrida geralmente após a exposição a barulhos de impacto, de grande
intensidade (tiro, explosão, etc.), com grandes deslocamentos de ar.
* Surdez temporária - Também conhecida como mudança temporária do limiar de
audição, ocorre após uma exposição a um barulho intenso, por um curto período de
tempo.
* Surdez permanente - A exposição repetida dia após dia, a um barulho excessivo, pode
levar o indivíduo a uma surdez permanente.
* Obs.: É importante lembrar que um fator de grande importância, em qualquer tipo de
perda de audição, é a suscetibilidade individual. Indivíduos que se encontram num
mesmo local ruidoso podem se comportar de maneira diferente. Alguns são
extremamente sensíveis ao ruído e outros parecem não ser atingidos pelo mesmo. Deve
ser considerado que há perda natural de audição com a idade. (presbiacusia)
Autora: Melanie Grunkraut
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Efeitos na saúde
a) Reações generalizadas ao stress
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o início do estresse auditivo se
da sob exposições dá 55 dB.
b) Reações físicas
Os ruídos aumentam a pressão sangüínea, o ritmo cardíaco e as contrações
musculares. São capazes de interromper a digestão, as contrações do estômago, o fluxo
da saliva e dos sucos gástricos. Provocam maior produção de adrenalina e outros
hormônios, aumentando, no sangue, o fluxo de ácidos graxos e glicose. No que se
refere ao ruído intenso e prolongado ao qual o indivíduo habitualmente se expõe,
resultam mudanças fisiológicas mais duradouras, até mesmo permanentes, incluindo
desordens cardiovasculares, de ouvido- nariz-garganta e, em menor grau, alterações
sensíveis na secreção de hormônios, nas funções gástricas, físicas e cerebrais.
Em casos de estresse crônico (permanente) nos trabalhadores, têm sido constatados
efeitos psicológicos, distúrbios neurovegetativos, náuseas, cefaléias, irritabilidade,
instabilidade emocional, redução da libido, ansiedade, nervosismo, hipertensão, perda
de apetite, sonolência, insônia, aumento de prevalência da úlcera, distúrbios vitais,
consumo de tranqüilizantes, perturbações labirínticas, fadiga, redução de
produtividade, aumentos dos números de acidentes, de consultas médicas e do
absenteísmo.
c) Alterações mentais e emocionais
As reações na esfera psíquica dependem das características do agente, do meio, e das
condições emocionais do hospedeiro, no momento da exposição. As reações podem
manifestar-se através de irritabilidade, ansiedade, excitabilidade, desconforto, medo,
tensão e insônia.
Efeitos sobre o rendimento no trabalho
Tem sido observado que em certos tipos de atividades, como as de longa duração e que
requerem contínua e muita atenção, um nível acima de 90 dB afeta desfavoravelmente a
produtividade, bem como a qualidade do produto
Calcula-se que um indivíduo normal precisa gastar aproximadamente 20% de energia
extra para realizar uma tarefa, sob efeito de um ruído perturbador intenso.
Efeitos sobre a comunicação
Um dos efeitos do barulho facilmente notado é sua influência sobre a comunicação
oral.
O barulho intenso provoca o mascaramento da voz. Este tipo de interferência atrapalha
a execução ou o entendimento de ordens verbais, a emissão de avisos de alerta ou
perigo e pode ser causa indireta de acidentes.
Autora: Melanie Grunkraut
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Para acontecer que um operário não entenda bem as instruções essenciais para o
funcionamento adequado de certo equipamento e, em conseqüência sofra um acidente.
Pode também ocorrer o caso de impossibilidade de avisar uma pessoa prestes a se
acidentar. Em locais com muito ruído há, muitas vezes o problema de interferência com
os sinais de alarme, o que pode ocasionar sérios acidentes.
Efeitos dos ruídos em plantas e animais
Segundo os zoólogos, as maiores dificuldades de adaptação dos animais ao cativeiro
decorrem principalmente do barulho artificial das grandes cidades.
Por outro lado, comprova-se que nos locais de muito ruído é mais acentuada a
presença de ratos e baratas, agentes potenciais de transmissão de doenças.
As vibrações sonoras produzidas por motores de avião provocam a mudança de
postura das aves e diminuição de sua produtividade.
Pesquisadores dos EUA, estudando os efeitos do ruído sobre as plantas, fizeram uma
experiência com as do gênero Coleus, possuidoras de grandes folhas coloridas e flores
azuis. Doze dessas plantas, submetidas continuamente ao ruído de 100 dB, após seis
dias apresentaram a redução de 47% em seu crescimento por causa, segundo os
cientistas, da estridência persistente, que as fez perder grande quantidade de água
através das folhas.
Sugestão de trabalho
o Pesquisa entre os alunos sobre a relação entre estudo e ruído. Existe a
interferência entre os dois fatores?
Faça a comparação entre a necessidade de silêncio para as
atividades que exigem concentração nos jovens e nas pessoas de
mais idade.
2ª etapa
Saiba mais sobre os efeitos da poluição sonora na saúde dos seres
humanos. Leia esse material:
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que um
som deve ficar em até 50 db (decibéis – unidade de medida
do som) para não causar prejuízos ao ser humano. A partir
de 50 db, os efeitos negativos começam. Alguns problemas
podem ocorrer a curto prazo, outros levam anos para
serem notados.
Efeitos negativos da poluição sonora na saúde dos seres humanos:
· Insônia (dificuldade de dormir);
· Estresse
· Depressão
· Perda de audição
· Agressividade
Autora: Melanie Grunkraut
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· Perda de atenção e concentração
· Perda de memória
· Dores de cabeça
· Aumento da pressão arterial
· Cansaço
· Gastrite e úlcera
· Queda de rendimento escolar e no trabalho
· Surdez (em casos de exposição à níveis altíssimos de ruído)
Recomendações importantes:
Para evitar os efeitos nocivos da poluição sonora é importante: evitar
locais com muito barulho; escutar música num volume de baixo para
médio; não ficar sem protetor auricular em locais de trabalho com muito
ruído; escutar walk man ou mp3 player num volume baixo, não gritar em
locais fechados, evitar locais com aglomeração de pessoas conversando,
ficar longe das caixas acústicas nos shows de rock e fechar as janelas do
veículo em locais de trânsito barulhento.
Curiosidade:
Nível de ruído provocado (aproximadamente – em decibéis)
- torneira gotejando (20 db)
- música baixa (40 db)
- conversa tranqüila (40-50 db)
- restaurante com movimento (70 db)
- secador de cabelo (90 db)
- caminhão (100 db)
- britadeira (110 db)
- buzina de automóvel (110 db)
- turbina de avião (130 db)
- show musical, próximo as caixas de som (acima de 130 db)
- tiro de arma de fogo próximo (140 db)
Sugestão de atividade
o Pesquisar outros ruídos que podem interferir no desempenho de
atividades produtivas.
3ª etapa
O objetivo é conhecer mais sobre o barulho existente
numa Escola e sua influência no aprendizado. Veja
esse material:
Autora: Melanie Grunkraut
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Excesso de barulho nas escolas pode gerar estresse, problemas de aprendizagem e até
danos à audição
RIO - O barulho em sala de aula, reclamação de muitos professores pode, no entanto
esconder um sério problema: os danos à audição, que podem ser sentidos somente na
idade adulta, mas que têm início nos primeiros anos de escola, em meio ao ruído
excessivo nas salas de aula.
Estudo realizado pela Universidade de Oldenburg, na Alemanha, confirmou que em
muitos colégios o barulho nas salas de aula passa do tolerável. No Brasil, alguns
colégios particulares já se preocupam com o tema. É o caso do paulistano Santo
Américo, no Morumbi, que conscientiza alunos do 1º ao 9º ano com os chamados
ruidômetros - cartazes que trazem uma escala subjetiva de barulho que vai de 0 a 10.
Quando professor ou aluno fica incomodado com a barulheira, muda o prendedor para
os números mais altos para chamar a atenção de todos.
Com o passar do tempo, aluno e professor, expostos diariamente a sons altos, podem
ter a audição comprometida, já que a perda auditiva induzida por ruído (PAIR) tem
efeito cumulativo. Quanto maior a frequência a ambientes barulhentos ao longo da
vida, maiores as chances de danos. No ambiente escolar, a gritaria da turma, somada
aos ruídos que vêm da rua e do trânsito, prejudica o bem-estar de todos,
comprometendo não apenas a concentração e aprendizagem, mas também os ouvidos.
O limite suportável para o ouvido humano é de 65 decibéis, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde. Acima disso, o organismo começa a sofrer danos.
Para as salas de aula, a Associação Brasileira de Normas Técnicas estipula que o
limite tolerado é de 40 a 50 decibéis. Muitas classes, no entanto, atingem 75 decibéis,
principalmente as que têm mais de 25 estudantes. Além disso, o barulho no pátio, na
hora do recreio, pode chegar a mais de 100 decibéis.
- Pais e professores precisam estar atentos para problemas de déficit auditivo de seus
filhos e alunos, que muitas vezes passam despercebidos. É necessário medir a audição
das crianças, principalmente no início da fase escolar, para evitar problemas de
aprendizagem, futuros danos auditivos ou mesmo o agravamento de distúrbios já
existentes - aconselha a fonoaudióloga Isabela Gomes, do Centro Auditivo Telex.
Sugestão de atividades
o Discussão com a classe de medidas a serem tomadas caso haja
excesso de ruídos em sala de aula. Pesquisar os ruídos externos e
as conversas paralelas durante as aulas.
4ª etapa
O mote é conhecer o efeito do
excesso de barulho no trânsito; preste
atenção nesse material:
Autora: Melanie Grunkraut
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Excesso de barulho no trânsito pode aumentar risco de perda auditiva
Em São Paulo, o grave problema da poluição sonora causa irritação e estresse na
população, mas, ao longo do tempo, pode ser também um dos fatores determinantes
para a perda de audição. O trânsito é o grande vilão. Por isso, para minimizar os
efeitos nocivos do excesso de barulho, a partir deste ano a Prefeitura de São Paulo está
incluindo na inspeção veicular a análise dos níveis de ruídos emitidos pelos carros.
O teste é feito junto com o ambiental, que mede a emissão de poluentes (realizado
desde 2008). O dono do veículo precisa de ambos para obter o selo de aprovação e
assim poder fazer o licenciamento. Os limites de ruído aceitáveis foram estabelecidos
em portaria da Secretaria do Verde e podem ser conferidos no site da Controlar (
www.controlar.com.br ). O limite de ruído fixado pela legislação varia dependendo do
carro. São usados os dados de ruídos fornecidos pelo fabricante do automóvel. Na
ausência deles, a tolerância será extraída de uma tabela cujos valores variam entre 92
e 103 decibéis.
Além do excesso de veículos nas ruas, sirenes de ambulâncias, ônibus, carros e motos
com escapamento furado ou enferrujado, alterações no silencioso ou no cano de
descarga, problemas no motor e os maus hábitos ao dirigir - acelerações e freadas
bruscas e o uso de buzina em excesso - agravam o barulho, sem falar nos carros com
alto-falante usados no comércio de rua.
Especialistas explicam que o nível máximo de conforto auditivo é de 55 decibéis no
período diurno e de 50 decibéis no período noturno. Outro fator que merece atenção é
a perigosa combinação do uso de fones de ouvido ou celulares no trânsito, um
agravante para o risco de perda auditiva. Fazer uso de volumes altos no som do carro
ou em aparelhos de MP3, em competição ao ruído do trânsito, pode aumentar a
possibilidade de problemas de audição.
Qualquer som acima de 85 decibéis pode causar dano auditivo, mas depende tanto da
potência do som como do período de exposição ao ruído. Para se saber se o barulho
está atingindo 85 decibéis é só verificar se é preciso elevar a voz para outra pessoa
conseguir ouvir. O barulho frequente pode ocasionar problemas graves de audição no
longo prazo - entre 10 e 15 anos.
Sugestão de atividade
o Levar os alunos a sugerirem formas de diminuir o barulho de buzinas e
outros ruídos no trânsito.
o Pesquisar a inspeção veicular nas cidades: objetivos.
5ª etapa
O mote é o programa PSIU (Programa de
Silêncio Urbano); conheça mais o assunto.
Autora: Melanie Grunkraut
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PSIU no combate à poluição sonora
O Programa de Silêncio Urbano (PSIU) da Prefeitura de São Paulo, ao combater a
poluição sonora na cidade de São Paulo, tem a missão de tornar mais pacífica a
convivência entre esses locais e os moradores da vizinhança. Mas não é em todos os
casos que o órgão pode atuar. De acordo com a legislação, o PSIU está autorizado a
fiscalizar apenas locais confinados, como bares, boates, restaurantes, salões de festas,
templos religiosos, indústrias e até mesmo obras. Porém, a lei não permite que vistorie
festas em casas, apartamentos e condomínios, por exemplo.
O órgão trabalha com base em duas leis: a da 1 hora e a do ruído. A primeira
determina que, para funcionarem após a 1 hora da manhã, os bares e restaurantes
devem ter isolamento acústico, estacionamento e segurança. Antes desse horário, a Lei
do Ruído controla a quantidade de decibéis emitidos pelos estabelecimentos, a
qualquer hora do dia ou da noite.
Como funcionam as vistorias
Na primeira vez em que o local é alvo de denúncia, o responsável pelo estabelecimento
é comunicado sobre o incômodo que vem causando e orientado a solucionar os
problemas. Se o problema persistir, a equipe de fiscalização é acionada, vai ao local e
faz a vistoria.
Ao contrário do que pode se supor, não é possível fazer as vistorias no momento em que
as denúncias são feitas. Isso porque elas são montadas com antecedência, pois podem
precisar da participação de outros órgãos, como as Polícias Militar e Civil, Guarda
Civil Metropolitana, Contru, Vigilância Sanitária e CET. Além disso, a programação é
montada para que em um dia sejam feitas várias visitas em uma mesma região.
Não é raro, porém, que o som dos carros nas ruas e de pedestres conversando seja
mais alto do que o emitido pelo estabelecimento vistoriado. Estas interferências são
chamadas de “ruído de fundo”. Quando isso acontece, pode ser necessário fazer uma
nova vistoria, em outro dia.
Outro fato que acontece com alguma frequência é uma medição apontar que o
estabelecimento vistoriado está com o ruído abaixo do permitido, mas o denunciante
continuar reclamando do ruído. Neste caso, o som pode estar vazando por alguma
porta ou janela lateral ou de fundo. Para resolver problemas assim, o PSIU entra em
contato com o denunciante e pede autorização para realizar a medição da casa do
denunciante.
Zoneamento define limites
Os limites de ruído são definidos pela Lei de Zoneamento. Nas zonas residenciais, é de
50 decibéis, entre 7 e 22 horas. Das 22 às 7 horas, cai para 45 decibéis. Nas zonas
mistas, das 7 às 22 horas ficam entre 55 e 65 decibéis (dependendo da região). Das 22
às 7 horas, varia entre 45 e 55 decibéis. Nas zonas industriais, entre 7 e 22 horas fica
entre 65 e 70 decibéis; Das 22 às 7 horas, entre 55 e 60.
Autora: Melanie Grunkraut
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O estabelecimento que descumpre a Lei da 1 hora está sujeito à multa de R$ 30.606,00
mil. Se desobedecer novamente a lei, é lacrado na hora. Já para a desobediência à Lei
do Ruído, a primeira multa pode variar de 300, 150, 100 a 50 UFMs.
Os números mostram o quanto tem sido intenso o trabalho do PSIU. De 2005 até o
início do ano de 2010, foram realizados 143.335 atendimentos, aplicadas 1.956 multas
por desrespeito à Lei da 1 hora e outras 1.046 por excesso de ruído. Além disso, 495
locais foram fechados.
Como denunciar
As denúncias podem ser feitas pelo telefone 156, pelo SAC ou nas subprefeituras. Para
que a ação tenha mais eficiência, é importante que a pessoa informe o endereço
completo do estabelecimento que esta provocando incômodo, o horário de maior
incidência de barulho e o tipo de atividade que ele exerce. O denunciante também deve
identificar-se com nome completo, endereço e telefone. Os dados pessoais são
guardados sob sigilo e não são divulgados.
Sugestão de atividade
o Pesquisar se já conhecem algum estabelecimento comercial tenha sido
multado pelo PSIU.
Verificar se em sua cidade existe esse programa ou outro
semelhante.
Produto Final
Criação de uma campanha publicitária
sobre o Dia do Silêncio, comemorada no
dia 7 de Maio.
Pesquisa sobre o decibelímetro, aparelho
que serve para medir o medir o nível de
ruído num determinado ambiente.
Efeitos da música e da musicoterapia sobre
os animais e o homem.
Pesquisa sobre o fone de ouvido e a perda
de acuidade auditiva.
7) Sites Pesquisados
http://www.velhosamigos.com.br/MeioAmbiente/meioambiente7.html
http://www.suapesquisa.com/pesquisa/poluicao_sonora.htm
http://www.greepet.vet.br/musica.php
http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2010/02/22/excesso-de-barulhonas-escolas-pode-gerar-estresse-problemas-de-aprendizagem-ate-danosaudicao-915907009.asp
http://www.revistain.com.br/noticia_online/saude/992_excesso_de_barul
ho_no_transito_.html
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/zeladori
a/psiu/index.php?p=8831
8) Autoria: Melanie Grunkraut
Autora: Melanie Grunkraut
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