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www.diocesedefoz.org.br Participe da campanha: Seja um missionário dessa obra Página 07 Julho / Agosto de 2013 - Edição Nº XX - Ano III Semana Missionária: a JMJ mais perto de nós! Caminhada do Seminário Diocesano Nossa Senhora de Guadalupe Witamy! Croeso! Bienvenue! Hogeldiniz! Página 04 Welkom! Olhar do Bispo Velkommen! Página 05 ! Benvenuto! Bienvenido! Bem vindo! Bem vindo! Agenda do Bispo diocesano Welkom! Página 14 Herzlich Willkommen! Karibu! Tervetuloa! Os Presbíteros: Ícones de Cristo Página 16 MISSÃO: UM OLHAR PARA CRISTO “Quero anunciar agora que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro”. Essas palavras do papa Bento XVI, em Madrid, provocaram uma explosão de alegria entre os brasileiros. De 16 a 20 de julho de 2013, a juventude mundial se reunirá na Semana Missionária. Página 10 Página 03 Hora da Família Dízimo: Semana Nacional da Família 2013 Compromisso Comunitário Página 07 "A Transmissão e A BELEZA DAS VOCAÇÕES NO CORPO MÍSTICO Educação da Fé Cristã Página 10 Foto: Subsídio da Hora da Família 2013 Vol. 17 O DIACONADO PERMANENTE NA IGREJA Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família - CEPVF/CNBB Página 13 na Família" Comissão Nacional da Pastoral Familiar - CNPF Página 04 Comunidade de Comunidades: Paróquia Renovada O título acima foi tema central da 51ª assembleia geral ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, realizada em Aparecida-SP, dos dias 10 a 19 de abril de 2013. Nota da CNBB: "Ouvir o clamor que vem das ruas" Página 06 Página 15 Paróquia em DESTAQUE PARÓQUIA NOSSA SENHORA MEDIANEIRA DE TODAS AS GRAÇAS A importância da boa comunicação nas SECRETARIAS PAROQUIAIS Página 11 Foto: arquivo paroquial Mãe e avó das demais paróquias das Áreas II e III . A data de 24 de outubro de 1951 ficou estabelecida como o marco de fundação da hoje cidade de Medianeira. Página 12 02 Diocese de Foz do Iguaçu - Julho / Agosto de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Editorial “Ide e fazei discípulos meus entre todas as nações” (Mt 28,19) Expediente: Em um mundo absorto em futilidades, egoísmo, perda de valores e esquecimento de Deus, falar em ser discípulo e missionário é algo que causa, à sociedade, no mínimo, estranheza. A nós é muito comum falarmos da importância ou do quão belo é ser discípulo de Cristo e nos colocarmos em missão. Mas o quanto estamos envolvidos com o Senhor? Ou até que ponto vai nossa disposição em Sermos verdadeiramente do Mestre, seguindo a vontade Dele e não a nossa? Ser discípulo de Cristo consiste em saber ouvir, em fazer a experiência de amor, na qual Ele é o protagonista, O que por primeiro nos amou e que vem ao nosso encontro. Ser discípulo é colocar-se aos pés do Senhor e deixar-se moldar por Ele. Ser moldado é difícil. Dói, pois nos obriga a abrir mão do nosso orgulho, dos nossos interesses. Faz com que reconheçamos nossa miséria e fraqueza para tornarmonos configurados a Ele. E isto só é possível a partir de uma escolha livre feita por amor e no amor a Nosso Senhor. Ser discípulo de Cristo é ouvir sua Palavra e o que diz a Sua Igreja. O discípulo, portanto, deve buscar o conhecimento da fé e da doutrina da Igreja, para que viva a comunhão e a unidade com esta mesma Igreja, esposa de Cristo. O bom discípulo torna-se o missionário que produz bons frutos, não por suas próprias forças, mas porque é o Espírito Santo quem age em sua missão. O Paráclito dá a coragem e a perseverança necessárias, pois, nestes tempos, é preciso, como afirma Jornal da Diocese de Foz do Iguaçu Período: Bimestral Tiragem: 10.000 Diretor Proprietário: Dom Dirceu Vegini Administração: Pe. Antônio F. Melo Viana Redação: Pe. Dionísio Hülse Revisão: Professora Celimara Cristine Lima Strelow Marketing: Pe. Sérgio Bertotti Jornalista: Daiana Bremm da Silva - Mtb 8636 Arte e Diagramação: Elviston Spricigo Sugestão de Pauta e-mail: [email protected] Fone: (45) 3574-5811 Distribuição Mitra Diocesana: Everton dos Santos Alchapar Vanice de Andrade dos Santos Contatos: (45) 3574-5811 / (45) 3572-0513 E-mail: [email protected] o Papa Francisco, ir contra a corrente. Só aquele que aprendeu com Cristo o serviço e a obediência pode ser o missionário que é protagonista e verdadeiro testemunho de fé e de vida. O mundo está padecendo por falta de missionários autênticos, que anunciem verdadeiramente o Evangelho, que assumam o batismo e sejam sacerdotes, profetas e reis no meio de todos os povos. Faz parte da vocação do cristão ser discípulo e ser missionário. Neste Ano da Fé, nós somos conclamados a renovarmos a fé professada, e a missão é um dos frutos desta nova consciência de crer, pois quem conhece e ama a Cristo não pode guardar só para si, mas tem a necessidade real de anunciar a todas as nações. Em nossa diocese vivemos um tempo muito especial, pois junto com a Igreja, somos desafiados à renovação paroquial, ao abandono das velhas estruturas e à Nova Evangelização. Vivemos a alegria e a esperança da Semana Missionária e da Jornada Mundial da Juventude, na qual os jovens são, ao mesmo tempo, protagonistas do hoje da Igreja e esperança de um futuro, onde Cristo seja o centro e onde todos os povos O conheçam e O amem. Guiados por Cristo e sob o manto de Maria, aproveitemos este tempo propício para renovarmos a nossa fé, para colocarnos aos pés do Mestre, para tornar-nos discípulos d'Ele e, por fim, aceitarmos o convite para missão: “Ide e fazei discípulos meus entre todas as nações” (Mt 28,19). Uma excelente leitura desta edição do “Precursor Diocesano”! Lucas Marciel da Silva Coordenador Diocesano da Pastoral da Comunicação LIVRARIA CATÓLICA SAGRADA FAMÍLIA ARTIGOS RELIGIOSOS PAPELARIA E PRESENTES Av. República Argentina, 1202 CEP 85851-200 - Centro Foz do Iguaçu - PR Fone: (45) 3523-6559 [email protected] A Paróquia Nossa Senhora de Caravággio completou no dia 26 de maio, seu Jubileu de Ouro (50 anos de criação). Localizada na cidade de Matelância, atualmente é atendida pelos Padres Piamartinos. Parabéns à Paróquia Nossa Senhora de Caravággio. Aconteceu dia 09 de junho, na Paróquia Santo Antônio em Santa Helena, o Congresso Diocesano do Apostolado da Oração. Estiveram presentes mais de 1200 associados de toda a diocese. Nosso bispo diocesano Dom Dirceu Vegini se fez presente, deixando sua mensagem de alegria, otimismo e incentivo; para de que todos continuem este importante ministério, seja na Diocese de Foz do Iguaçu, ou na Igreja como um todo. Parabéns ao Apostolado da Oração. "Obrigado pelo envio de Precursor Diocesano, edição maio/junho. Li-o, atentamente. Excelentes matérias que refletem a dinâmica de uma diocese em caminhada nas três fronteiras. Felicitações!" Cônego Benedito Vieira Telles Arquidiocese de Maringá www.diocesedefoz.org.br Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO 03 MISSÃO UM OLHAR PARA CRISTO Introdução: O mundo em que vivemos está cada vez mais assustador no sentido de desenvolvimento material e espiritual, da razão e fé, da inteligência e do coração. Novos conceitos e paradigmas atingem o ser humano, seus pensamentos, sua maneira de viver o amor pela vida e pela missão, como cristão discípulo e missionário de Cristo, cada vez eliminado dos corações das pessoas. Portanto, é importante saber que o caminho de volta para Jesus seria melhor opção para todos. Entregar-se, doar-se e viver uma plena comunhão com Jesus, o mestre e nosso grande missionário do Pai. Todos nós, como seguidores(as) de Jesus, devemos ter um olhar para Cristo, como Maria Madalena, podemos dizer, nós vimos o Senhor! (Jo 20,18). Mas não paramos por ali no ver, mas entrar em missão, ir e anunciar o que Jesus tinha dito. E o que Jesus tinha dito mesmo? É uma boa pergunta para cada um de nós. Objetivo de ser missionário: A nossa comunidade diocesana está em clima de missão. Todo mundo está animado para fazer essa missão acontecer no meio de nós. Também, como cristãos, devem viver e se identificar cada vez mais com o Mestre, o Cristo ressuscitado, ser semelhança na pessoa de Jesus ressuscitado, ser imitadores que vivem o que Jesus tinha dito, essa é nossa missão pós-páscoa. Como missionário do Pai, Jesus tem dado muitas dicas para ser um bom missionário. Vemos isso a partir da luz de Cristo, da sua palavra, dos seus ensinamentos. No evangelho de João, percebemos que Jesus é o filho de Deus e, ao mesmo tempo, missionário legítimo do Pai. Portanto, essa imitação do próprio Cristo deve ser uma coisa permanente e autêntica, que nasce de uma experiência com Jesus de forma mais intima e profunda. Essa missão deve ser uma existência cristã de todos os batizados, pois com o batismo assumimos uma nova identidade que é de Cristo. Por isso, essa imitação (imitatio Cristi) deve acontecer permanentemente na pessoa que se diz seguidor fiel, discípulo e missionário de Cristo. Quem vive sempre no espírito de Cristo deve ser uma nova imagem de Cristo libertador para o mundo de hoje, ou seja, ser semelhante a Cristo, isto é, ser um novo protagonista de uma nova era de evangelização. E com isso tornaremos igual a Ele, assumimos sua missão como missionário legítimo do Pai. Como Jesus mesmo diz, .....e a palavra que vocês ouvem não é minha, mas é palavra do Pai que me enviou (Jo 14,24). Qual é nossa missão? Como discípulo e missionário de Cristo é ser uma pessoa apta para a missão de Cristo. O documento de Aparecida deve ser um bom sinal dessa renovação de um cristão somente batizado para um cristão discípulo e missionário, aliás, um cristão do passivo para um cristão mais ativo ou atuante. O eco dessa palavra é que, como próprio Jesus, nós também somos enviados do Pai para o mundo. Nossa missão é fazer a vontade do Pai acontecer em nossa vida na vida de nossa comunidade, de nossa família diocesana de Foz do Iguaçu e do mundo em que vivemos, com olhar sempre para Cristo. Como Jesus veio ao mundo para que o mundo creia no Pai, para que a humanidade volte para Deus, para que todos tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10,10), nós também temos essa mesma missão, como enviados do Pai para o mundo, para que o mundo tenha vida e a tenha em abundância. Portanto, sentimos profundamente como alguém que é confiado, chamado e enviado pelo Pai para a missão de seu Filho, com atitude de um discípulo e missionário de Jesus, somos convidados a fixar nosso olhar nele, porque a nossa missão, que é missão da Igreja, subsiste somente enquanto prolongamento daquela de Cristo: “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. (Jo 20,21.)” Missão da Comunidade rumo a renovação paroquial: A partir do pensamento da comunidade primitiva, os apóstolos tinham como prioridade a missão de Cristo pós-páscoa, ou seja, a missão era em primeiro lugar. Desde o dia de Pentecostes, houve uma expansão tremenda e difusão do anúncio, que chega até Roma em pouco tempo. Isso significa que missão é arriscar, não ter medo e vergonha de anunciar e denunciar, é deixar-se possuir pelo Espírito Santo, para agir como Pedro e outros discípulos missionários de Cristo. (At 2,37-41). Precisa falar ao coração das pessoas, e como resultado, chegar á conversão para aqueles que precisam de uma transformação interior. Surgiu o primeiro retrato da comunidade como está escrito nos Atos dos apóstolos. “Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações...... Todos os que abraçaram a fé eram unidos e colocaram em comum todas as coisas; vendiam sua propriedades e seus bens e repartiram o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um. Diariamente todos juntos freqüentavam o Templo e nas casas partiram o pão, tomando alimento com alegria e simplicidade de coração. ..........E a cada dia o Senhor acrescentava à comunidade outras pessoas que iam aceitando a salvação.(At 2, 42-47.)” MISSÃO ............ Cristo continua agindo através de nós: É próprio Cristo que está no meio de nós, o Emanuel, que é Deus conosco, que continua agindo e pregando na comunidade dos apóstolos e hoje em nossa comunidade. Eis aí o vigor missionário da Igreja fundada por Ele. Esse vigor querigmático deve-nos impregnar para que Cristo tenha, de fato, espaço e lugar para salvar e tirar o pecado do mundo. É ação missionária que converte, chama e envia corações disponíveis para anunciar e testemunhar a presença de Cristo hoje no meio dos seus (MT 18,20). Portanto, como cristão autêntico, seguidor e discípulo fervoroso de Jesus o libertador, temos que aceitar o convite de Deus, o chamado de Cristo e o envio do Espírito Santo para transformar o mundo do sistema opressor e explorador em vida plena; uma vida de graça, de benção, onde haja paz, justiça e fraternidade e isso só pode acontecer através de nós. A missão é dever de um cristão hoje em qualquer âmbito de vida é ser protagonista do novo, deve ser a diferença nos dias atuais, como disse alguém; o missionário é diferente e luta para acabar com as diferenças, e não com o diferente. Assim, através de nós, com a nossa participação, como cristãos, Deus nos transforma e nossa comunidade também. Nós somos sinais vivos de Jesus que atua em nossas comunidades, nesta diocese tão querida de Foz do Iguaçu. No processo dessa transformação, o caminho será esforçar mais nossas ações missionárias em nossas comunidades, no contexto de discipulado. Vamos juntos formar equipes paroquiais por meio das C O M I PA S ( C o n s e l h o M i s s i o n á r i o Paroquial), Sobre isso tratamos no próxima edição. Para isso, nossa esperança é que não seja um cristão à toa, mas, um cristão que atue em sua comunidade. Pe. Paulus Tolang, SVD Paróquia N.Senhora de Fátima Três Bandeiras - Foz 04 Diocese de Foz do Iguaçu - Julho / Agosto de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Semana Nacional da Família 2013 A Hora da Família No “Ano da Fé”, proclamado pelo Papa Bento XVI, e, assumindo os desafios apresentados pelos Bispos na XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização para a transmissão da Fé cristã, a Pastoral Familiar deseja, em particular, na Semana Nacional da Família, motivar momentos, evangelizadores para que os membros das famílias “redescobriram o caminho da fé, para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (Porta Fidei,2) No ano da Fé e, em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude, o subsídio da Hora da Família colabora com as famílias no compromisso de Evangelizar com renovado Ardor Missionário, propondo para isso, como tema de reflexão e Ação: “A Transmissão e Educação da Fé Cristã na Família”, em especial, na missão própria e insubstituível dos pais em transmitir e educar os seus filhos na Fé. Ainda em comunhão com o III Simpósio Nacional da Família, com o tema: “A Transmissão da Fé na Família: Tarefa dos Pais”. Também a V Peregrinação Nacional das Famílias, em Aparecida – São Paulo, nos dias 25 e 26 de maio de 20l3, onde a Diocese de Foz do Iguaçu esteve presente com 93 participantes e membros da Pastoral Familiar, juntamente Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família - CEPVF/CNBB “A Transmissão e Educação da Fé Cristã na Família” Comissão Nacional da Pastoral Familiar - CNPF com a Coordenação e Assessoria Eclesiástica Diocesana. A Ação Evangelizadora da Pastoral Familiar propõe que esta Semana Nacional da Família 2013 seja um dos preciosos momentos para promover encontros e celebrações evangelizadoras, com o propósito de motivar e capacitar os membros das famílias católicas, os agentes da Pastoral Familiar, ao valor único e próprio da família; e procurar, como Igreja Doméstica querida por Deus Pai, realizada por Jesus Cristo e assistida pelo Espírito Santo, responderem aos desafios apresentados no Diretório da Pastoral Familiar de 2004 (Pe. Wladimir Porreca, Assessor Nacional da CEPVF). Em nossa Diocese, o Plano Diocesano de Pastoral, propõe “Renovação Paroquial e a Setorização” como prioridade, portanto, constatamos um momento oportuno para que, a partir dos grupos de famílias, iniciarmos, de fato, a Renovação e a Setorização, pois os Grupos de Famílias, Foto: Subsídio da Hora da Família 2013 Vol. 17 pequenas Igrejas Domésticas, tornam-se Campo Fértil e embrião natural da setorização e renovação nas comunidades onde atuam. As Nossas Famílias, em plena comunhão com Jesus, Maria e José, modelo da Família de Nazaré, acompanhe-nos nesta preciosa missão, lembrando aquilo que o saudoso Beato Papa João Paulo II, nos dizia: “Família, torna-te aquilo que és” – Família de Deus, presente no mundo, transformando realidades. Assim, tenhamos uma abençoada e Santa Semana da Família, utilizando o importante material da Hora da Família, para a Semana Nacional da Família de 2013, mãos a obra; vamos nesta importante missão familiar. Pe. Ademar Oliveira Lins Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz E Assessor Eclesiástico da Pastoral Familiar CAMINHADA DO SEMINÁRIO DIOCESANO NOSSA SENHORA DE GUADALUPE Após a inauguração do Seminário Diocesano, sob o título Nossa Senhora de Guadalupe, nas localidades da capela São José Operário, pertencente à Paróquia Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, que ocorreu no dia 07 de fevereiro deste ano, buscou-se uma integração com a comunidade, tendo em vista as atividades internas e a participação em celebrações nas comunidades. As disciplinas periódicas são ministradas pelos formadores, por pessoas da comunidade local, por padres da Diocese, inclusive nosso Bispo Emérito Dom Laurindo Guizzardi, como aulas de Violão e Voz, Português, História da Igreja, Liturgia das Horas, Liturgia Geral, Catecismo da Igreja Católica, Introdução a Filosofia, Experiência da Vida Sacerdotal, entre outras. Algumas atividades perante a comunidade já foram realizadas, sendo estas: a participação em celebrações na Paróquia Catedral Nossa Senhora de Guadalupe e nas comunidades pertencentes a esta paróquia, assim como celebrações vocacionais em outras paróquias de Foz, missa de posse do Pe. Paulo Carlos de Souza, na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, Portal da Foz, formação para coordenadores de grupos de família da paróquia Menino Jesus, no Conjunto Libra, fazendo com que o Seminário Diocesano torne-se conhecido pela comunidade. Mediante as atividades com a paróquia Catedral Nossa Senhora de Guadalupe fora firmada uma missa vocacional mensal que ocorre todos os segundos sábados de cada mês, às 19h, fazendo assim uma maior motivação vocacional perante a comunidade. Outra atividade realizada neste período foi o 1º encontro vocacional para adolescentes e jovens, que ocorreu no dia 16 de março, na cidade de Medianeira, nas dependências do antigo Seminário Diocesano, agora casa de formação nossa Senhora Medianeira. O encontro contou com a presença de 26 participantes, sendo estes jovens e adolescentes que passaram o dia conosco, conhecendo como é o seminário no seu dia a dia, bem como conhecendo o que é a vocação ao sacerdócio. Sendo assim, queremos agradecer a toda a comunidade que nos acolheu muito bem, fazendo coletas de alimentos em prol ao seminário, auxiliando-nos em algumas atividades promovidas pelo seminário. Rezemos fervorosamente e sem cessar pelas vocações. Deus abençoe a todos. Adelcir Tiago Welter, assistente do Seminário Diocesano Foto: Lucas Marciel Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO OLHAR DO BISPO O Bispo Auxiliar A 27 de abril próximo passado, Dom Dirceu Vegini, Bispo Diocesano de Foz do Iguaçu, pediu-me que escrevesse “algo sobre a missão do Bispo Auxiliar para nosso jornal Precursor”. Antes de falar da missão do Bispo Auxiliar, é necessário saber quem é o Bispo, porque para uns é o que crisma, manda nos padres, veste-se de roxo, chefe dos padres, comandante da Igreja, um homem gordo, lida com dinheiro da Diocese, está sempre em lugar de destaque na Catedral, anda sempre com o melhor carro. O Código de Direito Canônico, no Canon 375, no primeiro parágrafo: “os Bispos que, por divina instituição, sucedem aos Apóstolos, são constituídos pelo Espírito Santo que lhes foi conferido, Pastores da Igreja, a fim de serem também mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros do Governo”. O segundo parágrafo acrescenta: “Pela própria consagração episcopal recebem, juntamente com o múnus de santificar, também o múnus de ensinar e de governar, os quais, porém, por sua natureza não podem ser exercidos, a não ser em comunhão hierárquica com a cabeça e com os membros do Colégio”. O Bispo é de instituição divina, isto é, de Cristo a não por um papa ou bispo. O Bispo é escolhido pelo Papa, após um escrutínio inicial democrático, sendo ouvidos outros bispos, presbíteros, diáconos, religiosos(as) e até leigos. Todas as informações são remetidas ao Núncio Apostólico, representante do Papa. O Núncio escolhe três nomes e os remete à Congregação dos Bispos, equivalente ao ministério civil. O Prefeito da Congregação dos Bispos, sempre um Cardeal, realiza uma assembleia ordinária em Roma e apresenta os três nomes ao Papa. Como sucessores dos Apóstolos, teologicamente são iguais, tanto o Papa, os Patriarcas, Cardeais, Arcebispos, Bispos, Bispos Coadjutores e Auxiliares e Eméritos. 05 Dom Dirceu Vegini − Bispo Diocesano Os múnus essenciais também são iguais: ser mestre, profeta, para ensinar a Palavra de Deus, sacerdote para santificar pela oração e administração dos sacramentos e pastores da caridade junto ao povo. São diferentes em suas funções. Todos entendem isto. A diferença entre Bispo Coadjutor e Bispo Auxiliar é: O Bispo Coadjutor sucede imediatamente ao titular no ato da renúncia ou morte. O Bispo Auxiliar pode permanecer, se o titular o aceitar ou ser transferido, o que geralmente sucede. Qual é mesmo a função do Bispo Auxiliar? O Código pouco ou quase nada fala do Bispo Auxiliar. O Documento Conciliar Christus Dominus faz referência aos Bispos Auxiliares nos números 1076, 1077 e 1078, dizendo que, quando uma Diocese é demasiadamente ampla em sua população ou extensão, ou por motivo do Bispo Diocesano ter outros encargos na Igreja Universal ou por doença, não podendo preencher todos os ofícios episcopais, como o exige o bem de seus diocesanos, pode pedir um ou mais Bispos Auxiliares. Devem agir sempre de acordo com o Bispo Diocesano para a unidade da Diocese. Prestem sempre respeito ao Bispo Diocesano que, por sua vez, deve amar e apreciar seu Auxiliar ou Auxiliares. No caso de vagar a Diocese, o Bispo Auxiliar ou no caso de mais de um, seja transmitido a ele o oficio de reger a Diocese, a não ser que razões graves aconselhem outro alvitre. Tive a dupla experiência de ser Bispo Auxiliar e de ter seis Auxiliares. O Bispo Auxiliar deve colocar-se a serviço do Bispo Diocesano com humildade, disponibilidade e unidade. Foi assim que procurei agir com Dom Manuel da Silveira D'Elboux, que conhecia profundamente, desde minha ordenação, residindo com ele, como presbítero e Bispo. Como Arcebispo de 1971 a 2004, tive seis Bispos Auxiliares. Procurei tratá-los sempre com respeito e fraternidade, não os considerando meus xeroques. Assim falou o Beato João Paulo II: "Não existe ministério sacerdotal senão na comunhão com o Sumo Pon fice e com o Colégio Episcopal e, de modo par cular, com o próprio Bispo diocesano, aos quais se deve guardar filial respeito e obediência prome dos no rito da ordenação". Leia, leitor do Precursor Diocesano, as palavras sábias de Dom Pedro, sobre o ministério episcopal. Dom Dirceu Vegini Cada um era responsável por uma área episcopal, dando liberdade em seu agir. Para conservar a unidade, promovia uma reunião mensal, não lhes ocultando nada, a não ser problemas confidenciais que exigiam segredo absoluto. Não os indicava para outras Dioceses, ao contrário, fiz o esforço para tê-los comigo mais tempo. Mas quando o bem da Igreja exigia sua transferência, não me opunha. Sobre Dom Dirceu Vegini, devo dizer que foi um Bispo Auxiliar muito dinâmico e querido pelo clero e leigos, na Região Norte da Arquidiocese de Curitiba. Em quatro anos e meio, fez Visitas Pastorais em todas as paróquias, coordenava muito bem as Pastorais e Associações Religiosas e Movimentos Eclesiais, reunindo seus coordenadores e participando em suas reuniões nas Visitas Pastorais. Sua transferência para Foz do Iguaçu deixou saudades. Dom Dirceu soube ser o Bispo Auxiliar de Dom Moacyr José Vitti previsto no documento conciliar “Christus Dominus” sobre os Bispos Auxiliares. Por isto, eu o felicito, sabendo agir sempre como verdadeiro Bispo Auxiliar de Curitiba. Por Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto Arcebispo Emérito de Curitiba Europa: A geom sto Alemanha Romaria para Aparecida e Divino Pai Eterno Serra Gaúcha Beto Carrero Fretamento Consulte-nos s agen s s a P as aére www.aveturismo.com.br facebook.com.br/avelatinaturismo Fone: (45) 3541-1407 "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo" (Lc 1,28) 06 Diocese de Foz do Iguaçu - Julho / Agosto de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Nota da CNBB: "Ouvir o clamor que vem das ruas" Os bispos manifestam "solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens". A presidência da CNBB apresentou a Nota em entrevista coletiva e o documento foi aprovado na reunião do Conselho Permanente concluída na manhã desta sexta-feira, 21 de junho. Leia a Nota: OUVIR O CLAMOR QUE VEM DAS RUAS Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do BrasilCNBB, reunidos em Brasília de 19 a 21 de junho, declaramos nossa solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens. Trata-se de um fenômeno que envolve o povo brasileiro e o desperta para uma nova consciência. Requerem atenção e discernimento a fim de que se identifiquem seus valores e limites, sempre em vista à construção da sociedade justa e fraterna que almejamos. Nascidas de maneira livre e espontânea a partir das redes sociais, as mobilizações questionam a todos nós e atestam que não é possível mais viver num país com tanta desigualdade. Sustentam-se na justa e necessária reivindicação de políticas públicas para todos. Gritam contra a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública. Denunciam a violência contra a juventude. São, ao mesmo tempo, testemunho de que a solução dos problemas por que passa o povo brasileiro só será possível com participação de todos. Fazem, assim, renascer a esperança quando gritam: “O Gigante acordou!” Numa sociedade em que as pessoas têm o seu direito negado sobre a condução da própria vida, a presença do povo nas ruas testemunha que é na prática de valores como a solidariedade e o serviço gratuito ao outro que encontramos o sentido do existir. A indiferença e o conformismo levam as pessoas, especialmente os jovens, a desistirem da vida e se constituem em obstáculo à transformação das estruturas que ferem de morte a dignidade humana. As manifestações destes dias mostram que os brasileiros não estão dormindo em “berço esplêndido”. O direito democrático a manifestações como estas deve ser sempre garantido pelo Estado. De todos espera-se o respeito à paz e à ordem. testemunhando aquela virtude comum, humana e simples, sempre necessária para que os homens sejam bons e fiéis seguidores de Cristo”, afirma o texto. São José inserido nas Orações Eucarísticas do Missal Romano A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, por meio de um de um decreto emitido no dia 1º de maio passado, inseriu São José no texto das Orações Eucarísticas II, III e IV do Missal Romano. “Pelo seu lugar singular na economia da salvação como pai de Jesus, São José de Nazaré, colocado à frente da F a m í l i a d o S e n h o r, c o n t r i b u i u generosamente à missão recebida na graça e, aderindo plenamente ao início dos mistérios da salvação humana, tornou-se modelo exemplar de generosa humildade, que os cristãos têm em grande estima, “Na Igreja Católica os fiéis, de modo ininterrupto, manifestaram sempre uma especial devoção a São José honrando solenemente a memória do Esposo da Mãe de Deus como Patrono celeste de toda a Igreja; de tal modo que o Beato João XXIII, durante o Concílio Ecumênico Vaticano II, decretou que no antiquíssimo Cânone Romano fosse acrescentado o seu nome. O Sumo Pontífice Bento XVI acolheu e quis aprovar tal iniciativa manifestando-o várias vezes, e que agora o Sumo Pontífice Francisco confirmou, considerando a plena comunhão dos Santos que, tendo sido peregrinos conosco neste mundo, nos conduzem a Cristo e nos unem a Ele”, explica o decreto. A partir de agora, no texto das Orações Eucarísticas II, III e IV da terceira edição A GUASSU Geo Artesiano Ltda. Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao descrédito. Sejam estas manifestações fortalecimento da participação popular nos destinos de nosso país e prenúncio de novos tempos para todos. Que o clamor do povo seja ouvido! Sobre todos invocamos a proteção de Nossa Senhora Aparecida e a bênção de Deus, que é justo e santo. Brasília, 21 de junho de 2013. Cardeal Raymundo Damasceno Assis Arcebispo de Aparecida Presidente da CNBB Dom José Belisário da Silva Arcebispo de São Luís Vice-presidente da CNBB Dom Leonardo Ulrich Steiner Bispo Auxiliar de Brasília Secretário Geral da CNBB típica do Missal Romano, o nome de São José deve ser colocado depois do nome da Bem-aventurada Virgem Maria como se segue: na Oração Eucarística II: “ut cum beata Dei Genetrice Virgine Maria, beato Ioseph, eius Sponso, beatis Apostolis”, Na Oração Eucarística III: “cum beatissima Virgine, Dei Genetrice, Maria, cum beato Ioseph, eius Sponso, cum beatis Apostolis”; na Oração Eucarística IV: “cum beata Virgine, Dei Genetrice, Maria, cum beato Ioseph, eius Sponso, cum Apostolis”. Para os textos redigidos em língua latina utilizam-se as fórmulas agora apresentadas como típicas. A Congregação fará a tradução nas línguas ocidentais mais difundidas; para as outras línguas a tradução devera ser preparada, segundo as normas do Direito, pelas respectivas Conferências Episcopais e confirmadas pela Sé Apostólica. CNBB / Rádio Vaticano Poços Artesianos, Bombas Submersas e Desmonte de Rochas [email protected] Avenida 24 de Outubro, 1620 - Fone/Fax: (45)3264-1428 Medianeira - PR - CEP 85 884-000 07 Diocese de Foz do Iguaçu - Julho / Agosto de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Participe da campanha: Seja um missionário dessa obra as numerosas atrações que a cidade de Foz do Iguaçu oferece aos visitantes. A Catedral será exemplar, particularmente, por se tornar o lugar da congregação de todos, de muitos serviços prestados, de referências indispensáveis na vida do povo, na missão da igreja e na construção da sociedade solidária. Foto: PASCOM Guadalupe A construção da Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, casa Mãe da Diocese de Foz do Iguaçu, precisa muito de sua colaboração. A construção da nova Catedral Diocesana de Foz do Iguaçu envolve e desafia a todos os fiéis a colaborar com amor. “Uma obra em nossas mãos”, que ressoa na mente e no coração de todos como oportunidade para um exercício de parcerias. União que gera resultados no âmbito da solidariedade, do apreço e incentivo à cultura, que promove sentido de cidadania fecundado pela fé, segundo os valores do Evangelho de Jesus Cristo. Além de responder às funções de Catedral, o templo, dedicado a Nossa Senhora de Guadalupe, constitui-se numa referência religiosa para toda a região das três Fronteiras. Sua dimensão, o estilo harmônico e arrojado, certamente vai tornar-se um ponto turístico, enriquecendo As contribuições de todos, feitas com amor e convicção pelos cidadãos de boa vontade, desde os menores até as maiores, permitem que nos aproximemos, pouco a pouco, da alegria de colocar esta obra a serviço da Tríplice Fronteira. A generosidade do povo católico sustenta tudo o que está sendo feito na construção da Catedral. Ao mesmo tempo em que agradecemos pedimos que nunca deixe de olhar a seu redor e perceber o quanto Deus o abençoa. Por isso, reconhecendo o amor de Deus para conosco e a proteção da Mãe Guadalupe, é que você, fiel colaborador, mensalmente, faz o gesto concreto, contribuindo para as obras da Catedral Diocesana de Foz do Iguaçu. Nossas mãos continuam estendidas à sua generosidade, pois esta obra não pode parar, continue colaborando. Diante do nosso apelo diga de coração: “Eu faço parte desta Catedral”! E este sonho, da conclusão da Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, tornará realidade. Deus tem usado diversas pessoas para colaborar com a construção desta igreja e Deus chama você, católico, para fazer a sua parte. Colaborando com a construção da Igreja Mãe, você fará parte da história da Catedral de Foz do Iguaçu. Você será sempre lembrado e reconhecido por isso. Uma vez por mês é celebrada missa em intenção a você colaborador. Seus filhos, netos, terão orgulho de saber que você contribuiu com esta belíssima obra. Você terá seu nome registrado no livro histórico da Catedral. Deus pode fazer um milagre entre nós. Então participe! Faça sua parte e semeie na obra do Senhor. Você abençoará vidas e será também abençoado por Deus. Foto: PASCOM Guadalupe Procure a igreja mais próxima de sua casa e retire o seu kit. Katia Figueiredo Jornalista da Catedral Dízimo: Compromisso Comunitário Sempre nos ensinaram que há mais alegria em dar do que em receber, pois a felicidade consiste na partilha. Devemos partilhar o que temos, aquilo que nos foi dado por Deus. É esta orientação que deve nos motivar a contribuir com o dízimo. O Dízimo é mais do que um simples gesto de oferecer parte do nosso trabalho. Deus nos pede que o Dizimo seja agradável a Ele. E, para isso, ele deve ser acompanhado de perdão, justiça, misericórdia, fidelidade, humildade, fé, esperança, caridade, confiança, perseverança, paciência, coragem, entre outras virtudes. O exercício de oferecer o Dízimo, ensina no decorrer do dia a dia, as mais belas lições. Aprendemos e vivenciamos uma grande lição de amor, quando um irmão ou irmã se conscientiza de seu papel dentro da Igreja. A partir do momento que entendermos a grande espiritualidade que o oferecimento do Dízimo traz em si, compreenderemos que este é muito mais do que uma oferta material. É a nossa gratidão a Deus por tudo o que somos e o que temos. “Dízimo não arde no bolso, dízimo arde no coração e na consciência de cada um de nós”. É nosso compromisso, enquanto, católicos, batizados a manutenção da Igreja e, por conseguinte a manutenção da nossa Comunidade, propiciando com que ela cumpra a sua missão evangelizadora, que é levar a mensagem salvadora de Cristo a todas as pessoas. É nessa Igreja que fomos batizados, crismados e até nos casamos. É nessa Igreja que nossos filhos deram e dão os primeiros passos para o despertar religioso através da Catequese, dos Sacramentos da Comunhão, da Crisma e do Matrimônio. É nessa Igreja que nossos Padres partilham conosco as nossas alegrias e tristezas, através do sacramento da Confissão. Chegamos a Igreja para participar da Santa Missa e encontramos tudo pronto, tudo muito bonito, tudo arrumado, tudo organizado, e, muitas das vezes, não nos damos conta de que como acontece tudo isso. Quem faz? Quem prepara? Já nos perguntamos de que maneira é capacitado um Catequista ou um Agente de Pastoral? Como vive um Sacerdote? Quanto custa a formação de um Padre? E a manutenção da Igreja, da Casa Paroquial, da Secretaria Paroquial, dos Funcionários, despesas de água, luz, telefone etc. Quanto custo? Quem paga? A manutenção dos templos, a quitação das dívidas, a assistência social, os materiais da liturgia, ou seja, tudo é responsabilidade das comunidades. Já nos imaginamos não termos um Templo para celebrarmos comunitariamente a Palavra de Deus ou já imaginamos a Igreja sem a presença do Sacerdote? Constatamos com essa reflexão que, ao oferecermos o Dízimo e a Oferta, além de manifestarmos a nossa gratidão a Deus, estamos contribuindo conosco mesmos, que somos os beneficiários dessa Igreja que nos conforta, que nos evangeliza e promove a paz no mundo inteiro. Através do Dízimo a Igreja evangeliza e forma evangelizadores, (Dimensão Missionária). “Com o Dízimo, a Igreja se propaga de maneira digna e equilibrada”. É papel da Igreja assistir os mais pobres, os menos favorecidos (Dimensão Social). E é dever do Cristão zelar pela Casa do Senhor (Dimensão Religiosa). Pe. Claudio Güntzel 08 Diocese de Foz do Iguaçu - Julho / Agosto de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Fatos & Eventos Foto: Laurent Kalfala/Osservatore Romano/AFP Papa Francisco recebeu pessoalmente Bento XVI no Vaticano Foto: Mauricio Em visita a Foz do Iguaçu no dia 29 de abril, o Patriarca Maronita Bachara Raï encontrou-se com o bispo diocesano. Foto: Lucas Marciel Encontro entre formandos e formadores dos seminários presentes na diocese de Foz do Iguaçu. Foto: PASCOM Santa Teresinha No dia 18 de maio, foi rezada a Santa Missa na intenção dos jovens assassinados em nossa diocese. A celebração foi presidida pelo bispo na Paróquia Espírito Santo. Foto: Daiana Bremm Fiéis se reuniram no dia 02 de junho na Catedral Nossa Senhora de Guadalupe para Celebração de Adoração ao Santissimo Foto: Daiana Bremm O Bispo Diocesano Dom Dirceu Vegini comemorou no dia 02 de Junho 07 anos de ordenação episcopal e foi parabenizado por fiéis presentes na celebração da Catedral Nossa Senhora de Guadalupe Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO 09 Fatos & Eventos Foto: PASCOM de Serranópolis do Iguaçu No dia 07 de junho estiveram reunidos os Presbíteros da diocese para o dia de Oração pela Santificação do Clero na cidade de Serranópolis do Iguaçu. Foto: PASCOM Guadalupe O bispo diocesano presidiu a missa e procissão de Corpus Christi, na Catedral Diocesana, com a presença das paróquias da cidade de Foz do Iguaçu Foto: Elviston Na Solenidade de Pentecostes, foram investidos pelo bispo diocesano, 13 novos cerimoniários para a diocese de Foz do Iguaçu. Foto: Jornal cotidiano Missa de 25 anos da comunidade Santo Antonio de Pádua, realizada no dia 09 de junho de 2013 em Serranópolis do Iguaçu. Foto: Hilário Pe. Ranierio Wenzel tomou posse como administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, no dia 05 de maio. Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO O objetivo deste texto é refletir sobre o mistério das vocações na Igreja de Jesus Cristo, focando de modo especial a vocação sacerdotal como participação no sacerdócio de Cristo na animação do sacerdócio comum dos fiéis na vivência do seus batismo. O mês de agosto é o Mês Vocacional! Nele, com maior ênfase destacamos a dimensão vocacional de cada batizado. Sabemos que o batismo é a fonte de todas as vocações. A palavra vocação vem do latim "vocare" e quer dizer chamado, chamamento que supõe uma resposta. Neste sentido Deus chama e o ser humano responde. A primeira e maior de todas as vocações é o chamado à vida. Todos são chamados à vida. O próprio Jesus enfatiza isso quando diz: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância", ou ainda, quando se revela como a própria vida: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". O chamamento à vida é uma vocação que gera, por si mesmo, em nós a felicidade. Vida e felicidade são vocações universais do ser humano. São comuns a todos os estados de vida. E todos temos a vocação universal à santidade. Vocação comum a todos nós. Esta tem por base e fonte, na Igreja de Jesus Cristo, o Batismo. Todas as vocações têm sua beleza e dignidade. Não se pode dizer que uma vocação seja mais importante que a outra, porque, no “Corpo de Cristo”, os muitos membros, animados por um mesmo Espírito, embora tenham funções ou missões diferentes, existem para servir ao bem-comum de todo o corpo. Todos os vocacionados, na Igreja de Cristo, têm uma tarefa em comum: na medida em que seguem Jesus Cristo, vivendo o Evangelho por Ele anunciado, também se tornam seus missionários/as pela palavra e, sobretudo, pelo testemunho de vida, de modo a se tornarem “pescadores de homens e mulheres” para o Reino de Cristo. Há quem viva sua vocação cristã ao modo de sal da terra, mergulhado nas realidades do mundo (na família, na política, nas comunicações, na arte, na educação, na medicina, etc.); Há quem a viva, além de estar mergulhado nas realidades no mundo, assumindo também ministérios dentro da comunidade cristã (catequistas, animadores da liturgia, ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, animadores de grupos, agentes do dízimo, animadores de comunidades e movimentos eclesiais, etc.); há também quem viva a sua vocação batismal nas realidades do mundo e nos serviços eclesiais a partir da experiência / vocação matrimonial. Há os que vivem a sua vocação batismal a partir da sua consagração religiosa, em alguma Congregação ou Instituto de Vida Apostólica. Há quem viva sua vocação batismal a partir da sua identificação com Cristo, Pastor e cabeça da Igreja, mediante o Sacramento da Ordem nos seus três graus: Diaconado, Presbiterado e Episcopado, inseridos no clero secular (diocesano) ou em uma Congregação Religiosa. Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus apóstolos continua sendo exercida na Igreja, e assim será até o fim dos tempos. A ordenação transcende uma simples eleição, designação, delegação, porque confere um dom do Espírito Santo, um poder sagrado para melhor servir o povo de Deus, que só pode vir de Cristo mesmo e que atua na sua Igreja. O sinal visível desta consagração se dá no rito da imposição das mãos do bispo e na oração consecratória. É Cristo o sumo e único sacerdote. É ele quem faz da Igreja "um reino de sacerdotes para Deus", em que cada fiel exerce o seu sacerdócio, por meio de sua participação na missão de Cristo, sacerdote, profeta e rei, cada qual, segundo sua vocação específica, conforme vimos acima. O sacramento da Ordem está a serviço do sacerdócio comum dos fiéis. Portanto, o sacerdote age na pessoa de Cristo, faz as suas vezes entre nós, está para nós como aquele que serve. A presença do sacerdote retrata a presença de Cristo cabeça, aquele que governa a Igreja. Essa presença não quer dizer que o padre está imune a fraquezas, erros, pecados, mas que ele está revestido da força do Espírito para o bem de todos. Além de representar Cristo, cabeça da Igreja, os ministros ordenados agem em nome de toda a Igreja, oferecendo a Deus a oração da Igreja, sobretudo durante a santa Missa, e, com ele, toda a Igreja se oferece com Cristo, por Cristo e em Cristo. Pe. Valdir Antonio Riboldi (Assessor Diocesano do Serviço de Animação Vocacional – SAV) Semana Missionária: a JMJ mais perto de nós! Bem vindo! ! A BELEZA DAS VOCAÇÕES NO CORPO MÍSTICO 10 Bienvenido! Welkom! Velkommen! Bem vindo! Tervetuloa! Welkom! Witamy! Croeso! Bem vindo! Benvenuto! Bienvenue! Herzlich Willkommen! Karibu! Hogeldiniz! Bem vindo! “Quero anunciar agora que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro”. Essas palavras do papa Bento XVI, em Madrid, provocaram uma explosão de alegria entre os brasileiros. Desde este momento os jovens de todo o Brasil estão se preparando para receber a JMJ Rio 2013. E é com grande alegria que nossa diocese irá acolher em torno de 1000 jovens de vários lugares do mundo para a semana missionária. A semana missionária acontecerá nos dias que precedem a JMJ (16 à 20/07) tem como principal objetivo o envolvimento de todo o país na preparação da JMJ e a integração entre os jovens de todo o mundo, onde poderemos sentir a experiência da universalidade da Igreja católica, em comunhão com a paternidade espiritual do Santo Padre o Papa. Para quem se emocionou com a visita da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora, vem muito mais por aí! Teremos vários eventos durante esta semana onde nosso foco estará voltado para três pontos principais: a espiritualidade, a solidariedade e a cultura. Jovem, este é o seu momento, não espere pelo amanhã! “Hoje é tempo de fortalecer a fé, colidir com o mundo e ficar de pé.” Toda a juventude da diocese de Foz do Iguaçu está convidada a fazer parte desta semana que, com certeza, será marcante para todos que abrirem seu coração e vierem participar. Jovem, diga o seu “sim” ao convite de Cristo para que, unidos a Ele, sejamos para todos “sal da Terra e luz do mundo”. Gaia Romagna de Lima Paróquia Santa Teresinha Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO 11 A importância da boa comunicação nas SECRETARIAS PAROQUIAIS O atendimento paroquial vai muito além da secretaria da paróquia; ele está presente em toda conjuntura do local, começando pelas pessoas que atendem na secretaria, o pároco ou quem faz a vez dele, até a ação de cada fiel, agentes de pastoral. No entanto, a secretaria paroquial ainda é “o cartão de visitas” da paróquia. Pelo atendimento que é dado ali, se tem uma imagem do que é a paróquia em sua conjuntura. Ali, muitos fiéis têm o primeiro contato com a Igreja, portanto, é o primeiro local onde deveriam se sentir acolhidos. O acolhimento é muito mais amplo que um mero atendimento ou recepção: ele é o elemento diferenciador da secretaria paroquial da secretaria de uma empresa, por exemplo. Quando não há acolhimento nas secretarias paroquiais, o serviço da paróquia iguala-se a outros serviços prestados por instituições dos demais setores, ou até mesmo pior, porque nessas empresas os funcionários comumente recebem qualificação, o que nem sempre acontece com as pessoas que atendem nas secretarias paroquiais. Quando não se investe na formação de pessoas para o trabalho de recepção, atendimento e, sobretudo de acolhimento nas secretarias paroquiais, a própria paróquia sofre as consequências desse descuido. O primeiro passo para se evitar o mau acolhimento daqueles que procuram a paróquia é escolher bem quem vai trabalhar na secretaria paroquial. O ideal é que pessoa a atuar nesse espaço preencha alguns requisitos básicos, como ser católica e atuar em alguma pastoral. Além disso – e principalmente – precisa ter boa vontade e fazer o trabalho com amor. Não pode ser apenas um funcionário da paróquia, mas alguém que ama a sua Igreja, a comunidade, e quer ver aquele local como espaço de encontro com Deus. Porém, nem sempre isso ocorre em boa parte das paróquias brasileiras. Não são poucas as reclamações que ouço de pessoas que foram destratadas na paróquia, por quem deveria acolhê-las e trata-las bem. Muitas secretarias paroquiais contam, na sua recepção, com pessoas estressadas, amarguradas, que descarregam esses sentimentos nas pessoas que ali se aproximam. Há secretárias e secretários que cercam o pároco de tal maneira, que se torna impossível se comunicar com ele. Quando não se preocupam em saber o tipo de atendimento que os secretários oferecem no expediente paroquial, os próprios párocos acabam sendo coniventes com esse tipo de tratamento, legitimando tais ações com seu silêncio ou omissão e, consequentemente, afastando as pessoas da paróquia. Vale lembrar, também, que acolher não significa apenas receber com simpatia e atenção aqueles que se acercam do espaço. Engloba um conjunto de situações que envolvem a totalidade da pessoa que recepciona na secretaria, tudo que a concerne: gestos, palavras, posturas, os cuidados pessoais, o espaço físico, o ambiente. Tudo deve favorecer o bom Gilberto Xavier atendimento para que a Foto: secretaria paroquial se transforme num espaço que represente o acolhimento do próprio Cristo. Para que isso ocorra, não basta apenas treinamento profissional para os atendentes, mas também outros investimentos que completam a qualidade dessa prestação de serviço oferecida pela paróquia, como o zelo pelo espaço. Há secretarias que mais parecem depósitos do que um espaço de atendimento de pessoas. Outras que estão tão escondidas que muitos não fazem ideia de que a paróquia tem um espaço físico de atendimento de pessoas. Não podemos dispensar, para as secretarias paroquiais, os avanços tecnológicos obtidos no primeiro e no segundo setor, mas também não devemos negligenciar aquilo que é essencialmente nosso: caridade evangélica e o amor ao próximo. Se não fizermos isso, corremos o risco de transformar a paróquia numa empresa que presta um serviço de péssima qualidade, de mantê-la estagnada no campo da evangelização, quando a missão da Igreja é também evangelizar pelo testemunho dos fiéis. Pe. José Carlos Pereira, cp 12 Diocese de Foz do Iguaçu - Julho / Agosto de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Paróquia em DESTAQUE PARÓQUIA NOSSA SENHORA MEDIANEIRA DE TODAS AS GRAÇAS Foto: arquivo paroquial Mãe e avó das demais paróquias das Áreas II e III A data de 24 de outubro de 1951 ficou estabelecida como o marco de fundação da hoje cidade de Medianeira. Sua emancipação política aconteceu aos 25 de julho de 1960. Atualmente o território da Paróquia N. Sra. Medianeira de Todas as Graças coincide com o do município de Medianeira, ou seja, uma área de 314,632 km2que, segundo o Censo de 2010, acolhia uma população de 41.830 habitantes. A população urbana era de 37.403 habitantes e a da área rural 4.427. Estima-se que a população de hoje seja de aproximadamente 47.000 habitantes. Com certeza, o êxodo rural acentuou-se ainda mais e a ocupação urbana é acelerada, ocupando diversos novos empreendimentos imobiliários, em consequência de uma convergência de fatores e facilidades: a baixa rentabilidade econômica das atividades agrícolas; a presença de três grandes empresas/indústrias - Cooperativa Lar, Frimesa e Ninfa Alimentos, além de outros significativos empreendimentos comerciais e industriais menos expressivos, constituindo uma pujante economia; a presença da Universidade Federal Tecnológica, ainda em expansão, recebendo alunos de todo o Brasil, bem como da Faculdade UDC. Medianeira é também referência no âmbito da saúde, com três hospitais: São Carlos, N. Sra. da Luz e Santa Mônica; no campo das comunicações, além de dois jornais semanários, a TV Interativa, a Rádio Independência AM, a Rádio Verdes Campos FM, a Rádio Cidade FM e Rádio Comunitária FM. Pastoralmente falando temos a relatar o seguinte: A paróquia tem, além da matriz, 14 comunidades urbanas e 29 rurais. No processo de setorização chegou-se a um total de 10 setores, que preferimos chamar de Áreas Pastorais Paroquiais (APP), que estão em fase de estruturação. Muitas Pastorais, Movimentos Eclesiais e Organismos, de algum modo ligados à Igreja, que estão procurando responder aos desafios da evangelização que, em última análise, resultarem humanização. Além das pastorais normais presentes na maioria das paróquias, temos: a Pastoral da Sobriedade, dando seus primeiros passos, vinculada, de certo modo, ao Recanto Parque Iguaçu como casa de acolhida e recuperação de dependentes químicos adultos do sexo masculino; a Pastoral da saúde, dando também os seus primeiros passos e vinculada à YANTEM, organização nascida dos Clubes de Mães, com o apoio da paróquia, na década de setenta e que hoje distribui fototerápicos de excelente qualidade; a Pastoral Social vinculada à SANEM, igualmente nascida na década de setenta, com o apoio da paróquia para a acolhida de crianças e adolescentes em dificuldades, hoje “jovens aprendizes”, bem como de transeuntes que necessitam de hospedagem. As estruturas físicas a serviço da evangelização e da vida comunitária fazem inveja a muitas outras situações: uma grandiosa igreja matriz, salão de festas e eventos, o Centro Pastoral e, a partir deste ano, o antigo seminário - Casa de Formação N. Sra. Medianeira –à disposição da paróquia e da diocese. A maioria das comunidades dispõe de boas capelas e salões comunitários. Tal realidade eclesial tem sua história. Muito se deve à Congregação dos padres do Verbo Divino que evangelizaram a nossa região oeste-paranaense a partir da Prelazia de Foz do Iguaçu. Eis abaixo alguns tópicos em base aos Livros Tombo que registram os principais eventos da vida paroquial: No Livro Tombo número um, na página 001, lê-se o seguinte (o que está em itálico): “Desde hoje, dia três de Novembro de mil novecentos e cinquenta e quatro, fica criada e instalada a nova paróquia Medianeira, desmembrada da freguesia Foz do Iguaçu, com as divisas deste município, começando aquém de Criciúma (hoje, Santa Terezinha de Itaipu) e ficando fora Embotú (ou Embutú - ao norte do território – ficamos devendo sua atual correspondência) e Santa Tereza. Nomeado vigário desta paróquia, o Revdo. Pe. Antonio (Anton)Ferth S.V.D. revestindo-o de toda jurisdição, faculdades e poderes que o cargo requer e das posses, perante as testemunhas, que comigo assinam esta ata.” Medianeira, 3 de Novembro de 1954. Seguem os nomes de: Dom Manoel Könner, Pe. Anton Ferth S.V.D., Pedro Socol e Osório Pasqual Fellini. Na página 002 narra-se a chegada do Padre Anton Ferth, pelas onze horas da noite do dia treze de abril de 1954 “para dalí em diante tomar conta da cura de almas das colônias: Medianeira – Santa Terezinha - Gaúcha (São Miguel do Iguaçu), Matelândia – Céu Azul – Boa Vista e Embutú”. Na época da chegada do Padre Anton em Medianeira, o vigário (hoje se diz pároco) era o padre Martinho Seilz (SVD), cuja matriz era a Paróquia São João Batista em Foz do Iguaçu. Toda a extensão descrita acima como território da paróquia de Medianeira também pertencia ao município de Foz do Iguaçu. Hoje temos as seguintes paróquias desmembradas daquele território: Paróquia São Miguel Arcanjo (São Miguel do Iguaçu), da qual desmembrou-se a Paróquia N. Sra. Aparecida (Itaipulândia); Paróquia N. Sra. Medianeira (Medianeira), da qual foram desmembradas, primeiramente, a Paróquia N. Sra. do Caravaggio (Matelândia) e Paróquia Santo Antônio (Santa Helena), posteriormente a Paróquia N. Sra. da Conceição (Missal) e, finalmente a Paróquia N. Sra. de Fátima (Serranópolis do Iguaçu). Da Paróquia Santo Antônio desmembrou a Paróquia São José (São José das Palmeiras). Da Paróquia N. Sra. do Caravaggio desmembrou-se a Paróquia São José Operário (Céu Azul), N. Sra. Aparecida (Diamante d'Oeste) e Paróquia Sagrada Família de Nazaré (Ramilândia). Da Paróquia São José Operário foi desmembrada a Paróquia Santa Catarina (Vera Cruz d'Oeste). Antes da criação da Paróquia, o Pe. Anton, como cooperador do pároco da Paróquia São João Batista, esforçava-se por atender todas as comunidades do território acima descrito. Já em maio de 1954 vemo-lo celebrando a Páscoa nas colônias de Medianeira, Matelândia e Céu Azul. Aos 29 de outubro de 1954, cinco dias antes da criação da Paróquia N. Sra. Medianeira de Todas as Graças, o bispo prelado (Foz do Iguaçu não era Diocese, mas Prelazia e sua sede era Laranjeiras do Sul) Dom Manoel administrou o Sacramento do Crisma em Embutú e, nos dias seguintes, em Boa Vista, Céu Azul e Matelândia, chegando a Medianeira no dia de Finados. No dia seguinte, foi instalada a nova Paróquia e empossado o primeiro vigário. Nos dias seguintes o vigário acompanhou o bispo prelado às seguintes colônias: Gaúcha, Urussanga, Foz do Iguaçu, Santa Helena, Porto Mendes e Guaíra. O Pe. Anton buscou Congregações Religiosas Femininas para pedir ajuda no atendimento espiritual, educacional e sanitário da população da região. As Irmãs Servas do Espírito Santo acabaram aceitando o insistente convite do vigário, dando-lhe resposta positiva aos 09 de abril de 1955 e, logo no dia 15 de abril chegam as primeiras Irmãs em Medianeira. A primeira igreja matriz, toda em madeira, estava localizada onde atualmente encontra-se a agência do Banco do Brasil, na Avenida Brasília. A população da vila de Medianeira era muito reduzida quando da criação da paróquia com base em uma lista das famílias chegadas, pode-se Foto: arquivo paroquial imaginar umas duzentas pessoas - mas ela ocupava uma posição estrategicamente central para o atendimento de toda a região incluída no Projeto da Colonizadora Agrícola e Industrial Bento Gonçalves Ltda. Aos poucos foram sendo criadas as comunidades: São Paulo de Flor da Serra (1957), São Sebastião de Jardinópolis(1957), São Cristóvão (25/07/1957), Senhor Bom Jesus (1958), Santa Luzia de Maralúcia (1958). Aos 28 de maio de 1961 realizou-se festa em honra à padroeira e, naquele dia, o Pe. Benjamim Miottoque havia pregado as novenas, em nome do bispo, declarou solenemente N. Sra. Medianeira padroeira da diocese e protetora das vocações sacerdotais e religiosas. Ficou estabelecido que a festa em honra a N. Sra. Medianeira deveria ser celebrada solenemente no último domingo de maio. No ano de 1963 a festa foi transferida para o dia 24 de outubro, dia da fundação de Medianeira. Tal decisão passou pela Câmara Municipal e foi sancionada pelo bispo diocesano de Toledo, Dom Armando Círio, que determinava que a Santa Missa do dia fosse aplicada em favor do povo. A razão desta transferência teria sido a criação do feriado municipal em Matelândia, no dia 26 de maio. A Paróquia N. Sra. Medianeira de Todas as Graças foi muito bem conduzida pastoralmente pelos padres da Congregação do Verbo Divino, auxiliados pelas Irmãs Servas do Espírito Santo, ambas as congregações fundadas na Alemanha pelo padre Arnaldo Jansen. As Irmãs trabalharam no primeiro hospital de propriedade da Colonizadora e depois, desde há 44 anos, no Hospital e Maternidade N. Sra. da Luz, e no Educandário N. Sra. Medianeira, por aproximadamente 30 anos. Elas atuaram também na pastoral paroquial. Dentre os muitos sacerdotes do Verbo Divino que se doaram por esta paróquia, citamos os que aqui foram párocos (vigários): Pe. Anton Ferth (1954 a 1964), Pe. Luiz Mark (1964 a 1972), Pe. João Mors (1972 a 31/12/77); Pe. Adriano Van der Ven (cooperador de 1972 a 1978 e pároco até junho de 1982); Pe. Thomaz Hughes (1982 até 31/12/1990); Pe. Elírio José Dal Piva (10/02/91 a 31/12/95). A partir do dia 31 de dezembro de 1995 a Paróquia passou a ser conduzida pastoralmente pelo clero diocesano. Os diocesanos que atuaram como párocos nesta paróquia: Pe. Cláudio Ney Inácio Günzel (1996 a 2003), Pe. Agostinho Gatelli (2004 a 2009) e, novamente o Pe. Cláudio (2010 a setembro de 2012) e Pe. Valdir Antonio Riboldi (desde setembro 2012). Foram vigários paroquiais ou colaboradores, estando no Seminário: Pe. José Della Gasperina, Pe. Paulo de Souza, Pe. Carlos Alberto Castanheira, Pe. João Disner, Pe. Agostinho Gatelli, Pe. Sérgio Bertotti, Pe. Amauri Mosmann, Pe. Mateus Gonçalves da Silva, Pe. Edson Mendes de Souza, Pe. Edivaldo Donato Bernardo, Pe. Fábio Welter, Pe. Ivanildo Gasparrini, Pe. Anderson Chiamulera de Matos. Na celebração festiva deste dia 26 de maio, presidida por Dom Laurindo Guizzardi, o pároco abriu oficialmente o “Ano Jubilar” da paróquia em vista da comemoração dos 60 anos desta paróquia, evento que deverá acontecer em outubro de 2014. Pe. Valdir Antonio Riboldi Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO 13 O DIACONADO PERMANENTE NA IGREJA O Diaconado é um ministério presente na Igreja, desde seu início. Quando a Igreja nascente crescia em quantidade de fiéis a serem assistidos pelos Apóstolos, seja pela Celebração ou Pregação da Palavra de Deus, faltava-lhes tempo para outras tantas atividades, entre as quais a Caridade. Escolheram, então, homens “de boa reputação, repletos do Espírito Santo e de Sabedoria” (At 6,1-6), para os auxiliarem neste trabalho. Desta forma nasceu o Diácono, que, etimologicamente significa serviço. O ministério diaconal, nos primeiros tempos, assume a dimensão da caridade. Em seguida, vem o serviço do culto e da pastoral. Nas primeiras comunidades cristãs percebe-se a consciência de que a diaconia é a expressão do amor. Ao longo da história da Igreja, encontramos vários testemunhos de homens que viveram esta diaconia (este serviço), como consequência do seguimento de Jesus Cristo, na humildade, na pobreza, na obediência, na disponibilidade, na entrega, chegando, até mesmo, ao martírio. Por um longo período, o Diaconado Permanente ficou como que esquecido na Igreja. Durante este período, recebiam a Ordem Diaconal aqueles que aspiravam ao Sacerdócio. É importante lembrar que sempre existiram, na Hierarquia da Igreja, os três graus da Ordem: no Primeiro Grau, o Diácono; no Segundo Grau, o Presbítero (Padre) e no Terceiro, o Epíscopo (Bispo). Neste contexto, é necessário distinguir o diácono permanente do diácono transitório. O diácono transitório recebe o Sacramento da Ordem, tendo em vista o presbiterado (segundo grau da ordem - o sacerdócio). Por sua vez, o diácono permanente, permanece no primeiro grau. Este Sacramento da Ordem, em primeiro grau, pode ser concedido a homens casados. O Concílio Vaticano II restaurou o diaconado como grau próprio permanente da hierarquia e estabeleceu condições teológicas e pastorais favoráveis a este ministério. Entre tais condições, destacamse: a eclesiologia de comunhão e participação; a teologia da diversidade dos carismas e ministérios; o poder como serviço e a necessidade pastoral (LG 29). No Brasil, a manifestação a favor do diaconado permanente aconteceu ao mesmo tempo em que se realizou o Concílio Vaticano II. Daí em diante, foi sendo incentivado cada vez mais este ministério. A Diocese de Foz do Iguaçu, tendo o Reverendíssimo Senhor Bispo Dom Dirceu Vegini à sua frente, desde 2011, vem estudando a possibilidade de instauração do diaconado permanente, dentro de sua estrutura enquanto Igreja. Para isso, em 2012, foi iniciada esta caminhada formativa, tanto com a préescola, quanto com a escola. A pré-escola acontece aqui mesmo, na Diocese. A escola, por sua vez, acontece na Arquidiocese de Curitiba, na Escola Diaconal São Filipe, onde nossa Diocese têm sete alunos estudando, sendo que quatro alunos começaram em 2012, e três alunos neste ano. A vocação é condição basilar, depois, é claro, entra a formação. A escola oferece uma grade disciplinar de acordo com o documento Nº 96 da CNBB (DIRETRIZES PARA O DIACONADO PERMANENTE DA IGREJA NO BRASIL). O aluno, ao iniciar seus estudos, recebe formação: na dimensão humano-afetiva; dimensão eclesial-comunitária; dimensão intelectual; dimensão espiritual, dimensão pastoral. Na Escola Diaconal São Filipe, a metodologia sistemática do ensino vai cumprindo cada etapa e oferecendo muito mais, pois todos que lá estudam sentemse como numa grande família. Neste período de formação, a escola têm nos levado a entender as dimensões do serviço diaconal: o ser diaconal exerce uma ponte entre a Igreja ministerial e o povo, escolhido por Deus. Com sua dupla sacramentalidade, é o administrador de sua família e também ministro da Igreja, onde, nesses dois ambientes, deve exercer sua vida com dignidade, transparência, trabalho e oração. Que possa escutar, mais do que falar. Homem que empresta seu ouvido ao mundo moderno que já não tem tempo para escutar, devendo ir ao encontro das necessidades humanas, prioritariamente dos idosos, doentes, fracos, abandonados e excluídos. Dentro deste contexto formativo, estamos amadurecendo nossa vocação. Somos gratos a Deus, à Igreja, as nossas comunidades, de modo especial ao Reverendíssimo Senhor Bispo Dom Dirceu Vegini, que nos possibilita este momento único, de experiência inexplicável, que servirá para toda nossa vida. É uma alegria estar fazendo esta formação. Quiçá um dia, com as graças de Deus, poderei servir a Igreja, de forma mais consciente e preparado para ajudar meus irmãos. Quem são? E o que fazem os Diáconos? Os diáconos participam, de modo especial, da missão da graça de Cristo. São marcados pelo sacramento da Ordem com um sinal (“caráter”) que ninguém poderá apagar e que os configura a Cristo, que se fez Diácono, isto é, servidor de todos. O diácono é o homem redimido que, tendo a imagem de Deus refeita em sua vida, ajudanos a fazer a leitura competente das realidades humanas. É o sinal de que a religiosidade natural do ser humano encontra em Deus sua plena realização. Indica-nos Jesus Cristo, a quem ele segue, na qualidade de discípulo e missionário, como caminho de retorno ao projeto original de Deus, mostrado no paraíso. Deve ser a visibilidade permanente de que todas as coisas criadas por Deus são chamadas a viver numa confraternização universal, procurando ele mesmo viver em harmonia com a natureza e ser promotor da confraternização. É colaborador da diaconia de cada homem e de cada mulher. É palavra denunciadora dos pecados contra a terra e todo universo. É palavra animadora, junto aos pobres e marginalizados. Sua ação e o seu ser são ilimitados. Tem a sua identidade e modelo de ação em Jesus Cristo e em Maria Santíssima, servidora por excelência. Que Nossa Senhora de Guadalupe ajude-nos nesta caminhada a fim de que, um dia, possamos servir a Igreja de seu Filho com amor e em obediência. João Augusto da Silva Aluno da Escola Diaconal São Filipe Colaboração: Prof. Pe. Maurício Gomes dos Anjos 14 Diocese de Foz do Iguaçu - Julho / Agosto de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Agenda do Bispo Diocesano Julho de 2013 DIA 03 HORA 09h ATIVIDADE / LOCAL 3º Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora 04 19h30 Santa Missa - Capela São Benedito (Paróquia Nossa Senhora da Saúde) 05 15h Santa Missa -Paróquia São Miguel 06 19h Santa Missa e Crismas - Comunidade Nossa Senhora de Lourdes (Catedral) 07 10h Santa Missa e Crismas - Catedral Diocesana 16h Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Missal 08 09h Encontro com os seminaristas da Filosofia - Residência Episcopal 10 15h Santa Missa - Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 11 19h Santa Missa dos Carismas - Paróquia São João Batista 12 07h Santa Missa - Catedral Diocesana 14 08h Santa Missa - Paróquia Anunciação do Senhor 17h Santa Missa - ex alunos da Escola de Teologia para Leigos - Catedral Diocesana 09h Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Diamante D’Oeste 20h Santa Missa - Capela Cristo Rei (Paróquia São Francisco de Assis) 16 a 20 21 Semana Missionária JMJ - Nas Paróquias da Diocese 23 a 28 31 Padres Aniversariantes 11/07 – Pe. Aloísio Weber 14/07 – Pe. Renato Schneider 19/07 – Frei Oliva German Ariel 21/07 – Pe. José Dalla Gasperina 05/08 – Pe. Aldo Dal Pozzo 12/08 – Pe. Mariano Venzo 17/08 – Pe. Francisco Valberto 26/08 – Pe. Artur Cristóvão Sehn 28/08 – Pe. Albino Mattei 29/08 – Pe. Ivanildo Gasparrini Jornada Mundial da Juventude - Rio de Janeiro Aniversário Sacerdotal Agosto de 2013 DIA HORA ATIVIDADE / LOCAL 01 14h 02 19h30 Santa Missa e Crismas - Paróquia São José Operário – Céu Azul 03 16h 04 3º Conselho Presbiteral - Cúria Diocesana Santa Missa e Crismas - Nossa Senhora da Conceição - Missal 09h30 Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Senhora de Caravággio – Matelândia 19h 06 Santa Missa e Crismas - Paróquia São José Operário – Céu Azul Confraternização dos Padres - Medianeira 07 19h30 Santa Missa - Paróquia Menino Jesus 09 19h30 Santa Missa- Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Foz 10 a 16 4ª Visita Pastoral - Paróquia Nossa Senhora de Caravággio (Matelândia) 18 Concentração Diocesana dos MESCs 19 Reunião do Clero 21 a 25 5ª Visita Pastoral (1ª Etapa) - Paróquia São Paulo Apóstolo (Foz do Iguaçu) 28 e 29 31 5ª Visita Pastoral (2ª Etapa) - Paróquia São Paulo Apóstolo (Foz do Iguaçu) 19h Santa Missa e Crismas - Paróquia Santo Antônio – Santa Helena Vaticano, 20 de fevereiro de 2013 Excelência Reverendíssima, A Nunciatura Apostólica do Brasil transmitiu prontamente ao destino da diocese de Foz do Iguaçu (PR) para o Óbolo de S. Pedro de 2012, as quais perfizeram a importância de R$ 34.901,05. O Santo Padre tomou conhecimento da coleta e confioume o encargo de exprimir a Sua gratidão a quantos generosamente entregaram seus donativos, demonstrando devoção ao Sucessor de Pedro ao contribuir para as Suas obras de caridade em favor das Comunidades necessitadas de auxílio fraterno. Sua Santidade deseja e implora de Deus conscientes da sua pertença à Igreja universal e que os seus donativos sejam expressão do empenho em crescer na justiça, fé, caridade e paz com os demais que invocam o Senhor com um coração puro (cfr.2 Tim 2,22). E como prova de 03/07 – Pe. Marcio Fernando Mangoni 09/07 – Pe. Moacir Biscaia 10/07 – Frei Davi Nogueira 10/07 – Pe. José Dalla Gasperina 23/07 – Pe. Donatian Désiré 27/07 – Pe. D'Aquim Kngila 28/07 – Pe. Clodoaldo Isidoro 29/07 – Pe. Edivaldo Donato 29/07 – Pe. Fabio Augusto Welter 08/08 – Pe. Ivanildo Gasparrini 12/08 – Pe. Evandro Cavalli 25/08 – Pe. Joel Ferrari benevolência e penhor dos favores divinos, o Sumo Pontífice envia-lhes uma especial Bênção Apostólica. Aproveito a ocasião para enviar a Vossa Excelência a expressão dos meus sentimentos de consideração e de fraterna estima em Cristo. Sua Revma. Dom Dirceu Vegini Bispo de Foz do Iguaçu FOZ DO IGUAÇU (PR) www.glassfoz.com.br * BOX TEMPERADO BLINDEX * BOX PREMIUM * VIDROS P/ OBRAS EM GERAL * BALCÕES E VITRINES * ESPELHOS * VIDROS CURVOS Rua Castelo Branco, 1091 - FONE: (45) 3574-2437 CEP 85.852-010 - Foz do Iguaçu - PR e-mail: [email protected] Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO 15 Comunidade de Comunidades Paróquia Renovada (estudo da 51ª Assembleia Geral da CNBB) (O título acima foi tema central da 51ª assembleia geral ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, realizada em Aparecida-SP, dos dias 10 a 19 de abril de 2013). As paróquias e as comunidades eclesiais são expressão visível, abrangente e consolidada da presença da Igreja na sociedade. Presentes num território delimitado, as paróquias e suas comunidades são importantes e essenciais instrumentos para a missão evangelizadora da Igreja. A paróquia tem base sólida no código de direito canônico, que lhe dá consistência e respaldo, considerando, dentro da Igreja diocesana, o território onde ela está instalada e constituída, onde seus equipamentos (a igreja matriz, capelas e outros) são edificados e o lugar onde o povo de Deus congrega. O Documento de Aparecida, resultado da 5ª Conferência do episcopado latino-americano (realizada em 2007, com abertura feita pelo Papa Bento XVI), fala da necessidade de renovação, revitalização e mesmo transformação das estruturas da Igreja, a começar pela Paróquia. Fala do esforço a ser empreendido para superar uma pastoral de manutenção e da necessidade de uma conversão pastoral. É nesse contexto de desafios que emerge o fenômeno da migração religiosa, que vem acontecendo de forma intensa há pelo menos duas décadas. Os dois últimos censos (2000 e 2010) oferecem um mapa dessa migração, mostrando a diminuição considerável do número de católicos no Brasil. Em 1990, os católicos somavam cerca de 83% da população brasileira; em 2000, somavam 73,6% dos brasileiros e, em 2010, diminuíram para 64,6%. Tais dados trazem preocupação à Igreja, chamada, hoje, a responder a importantes e novos desafios: 1. O desafio da vida urbana. As paróquias hoje são, geralmente, demograficamente densas, territorialmente grandes, especialmente as localizadas em áreas periféricas das grandes e médias cidades. Daí a necessidade de uma descentralização por meio da existência, em cada paróquia, de outras comunidades eclesiais, além daquela que se reúne na igreja matriz. A expressão “comunidade de comunidades” indica a paróquia em sua presença expandida, formando como que uma rede de comunidades. Onde surge um novo bairro, sem demora, a Paróquia deveria providenciar espaço físico (terreno) para uma nova comunidade. 2. O desafio da identidade. Uma comunidade eclesial será sempre constituída levando em conta as três dimensões fundamentais da vida da Igreja: palavra – liturgia – caridade. A Palavra de Deus chega pelo anúncio do evangelho e pela catequese em todos os níveis, na Igreja. A caridade é o testemunho visível de amor ao próximo, especialmente aos pobres. Tal testemunho dá credibilidade à presença dos cristãos chamados a ser “luz do mundo”. A vida litúrgica e demais aspectos da vida da Igreja têm seu centro na Eucaristia, especialmente a dominical, celebrada no dia do Senhor. Daí a necessidade da presença do sacerdote, a importância de uma eficaz pastoral vocacional e a valorização do ministério ordenado do presbiterato. 3. O protagonismo dos leigos. Cada cristão, isto é, cada batizado é a presença viva da Igreja no ambiente da sociedade onde ele vive, trabalha e se relaciona. É no mundo e para o mundo que ele dá testemunho público de sua fé e o bom exemplo de pai, mãe, profissional, cidadão... Através do leigo, a Igreja se faz presente nas realidades seculares (presença do mundo no coração da Igreja e presença da Igreja no coração do mundo). Para que isso aconteça, é necessário que o leigo seja valorizado, incentivado, formado e a ele sejam confiados serviços (ministérios), a partir de seus dons (carismas). Há serviços que os leigos realizam no âmbito interno da Igreja: anúncio da palavra (ministros da palavra), catequese, serviço do altar (ministros extraordinários da sagrada comunhão, salmistas), ministério da coordenação, administração, pastoral dos enfermos, serviço da caridade, isto é, aos pobres, cf. palavras do apóstolo Paulo: nós só nos deveríamos lembrar dos pobres, o que, aliás, tenho procurado fazer com solicitude (Gl 2,10). E a opção preferencial pelos pobres se expande considerando a dimensão profética e transformadora da missão dos leigos, sendo fermento, sal e luz (agente) na construção de uma sociedade justa e solidária. 4. Novas expressões. A Paróquia – com seu pároco, suas comunidades, pastorais e conselhos – deve ser o lugar de acolhida das novas realidades ou novas expressões da vida eclesial, como os movimentos, as novas comunidades, as comunidades de vida, as associações. Deve abrir-se também à possibilidade da existência de comunidades e paróquias ambientais, ou seja, aquelas cuja presença e organização transcendem a territorialidade, uma vez que contará com membros participantes de diversos lugares. 5. Novos métodos. Novo ardor e novas expressões, no dizer do Beato João Paulo II, requerem novos métodos. A conversão pastoral requer abertura a realidades novas e a coragem de inovar e não fazer sempre as mesmas coisas, utilizando-se das mesmas estruturas, muitas vezes ultrapassadas. Supõe também, antes de tudo, conversão pessoal, mudança de coração e de vida para depois sair de si e ir ao encontro dos irmãos, especialmente os afastados, dando-lhes acolhida, propondo um retorno. Acolher de modo especial os jovens, os pobres, doentes, os “contritos de coração” (tristes, angustiados, deprimidos, solitários, etc...), oferecendo-lhes amparo. 6. Novo ardor (Família e missão). A Igreja, família dos discípulos de Jesus Cristo, é formada pelas famílias. A pastoral familiar empreende esforço para ajudar os casais e as famílias, buscando respostas a novas situações familiares, como a dos casais em segunda união estável e outras ... A Igreja ajudará as famílias a educarem seus filhos na fé, na piedade, na frequência aos sacramentos, numa conduta exemplar. Do novo ardor cristão nas famílias decorre um novo ardor vocacional e missionário ... 7. Anúncio e Catequese. Não se descuide da transmissão da fé (católica), a partir de um processo contínuo de iniciação cristã (catecumenato) e formação catequética e doutrinal em todos os âmbitos e para todas as idades. Serve de inspiração o Sínodo para a “Nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, acontecido em outubro de 2012, e que contou com a participação de cerca de 400 pessoas do mundo inteiro e a presença do então Papa Bento XVI. A perda de fiéis católicos e os inúmeros desafios do mundo urbano deveriam suscitar na Igreja uma nova missionariedade, um novo esforço, um novo entusiasmo evangelizador. Isso vem do próprio mandato do Senhor ressuscitado aos apóstolos: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). E também: “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28,19-20). E ao prometer e anunciar a vinda do Espírito Santo: “vós sois testemunhas disso” (Lc 24,48). Dom Pedro Luiz Stringhini Bispo de Mogi das Cruzes (SP) 16 Diocese de Foz do Iguaçu - Julho / Agosto de 2013 - www.diocesedefoz.org.br OS PRESBÍTEROS: ÍCONES DE CRISTO Sobre os presbíteros da Igreja à luz do Documento Conciliar Presbyterorum Ordinis A vocação à vida sacerdotal, sem se sobrepor em dignidade às demais, configura-se na Igreja com um caráter especial e próprio na medida em que o presbítero, enquanto consagrado a Deus é chamado a ser ícone de Cristo, como define o Catecismo da Igreja Católica (§1142). Impulsos fecundos e motivadores acerca da vida dos presbíteros, que nos vêm pela abertura das janelas da Igreja e nos permitiu respirar novos ares, encontramos no Documento Conciliar Pesbyterorum Ordinis, sobre os presbíteros da Igreja, promulgado em 7 de dezembro de 1965, pelo Papa Paulo VI. Neste Decreto o Vaticano II ressalta alta dignidade da ordem dos presbíteros (Cf. PO 1), mas também ensina que os presbíteros não “caem do céu”, mas são provenientes da comunidade de fiéis e “vivem no meio dos outros homens como irmãos no meio dos irmãos” (PO 3). Na resposta a esse chamado e no exercício do seu ministério, os presbíteros estão unidos aos Bispos na dignidade sacerdotal e são convidados a serem seus atentos cooperadores. Deste modo, os presbíteros devem estar unidos ao seu Bispo com caridade e obediência sinceras. Esta obediência sacerdotal não assume nunca um aspecto de submissão passiva, mas sim caráter de cooperação que fundamenta-se na própria participação do ministério episcopal, conferida aos presbíteros pelo sacramento da Ordem e pela missão canónica. Os presbíteros, elevados ao presbiterado pela ordenação, estão unidos entre si numa íntima fraternidade sacramental e formam em torno de seu Bispo, o presbitério através do qual é responsável pela Igreja particular. Devem, desse modo, serem cooperadores uns dos outros para o bem da Igreja, povo de Deus (Cf. PO 7-8). Chamado a ser ícone de Cristo, ou seja, transmitir a verdade do Mestre, o presbítero exerce três funções bem específicas que marcam sua missão na comunidade eclesial: o ministério da Palavra, o ministério Sacramental e o ministério Pastoral. Associadas de maneira íntima e inseparável destas três funções, devem emanar a vida e testemunho dos presbíteros três virtudes fundamentais: a) Humildade para se por a serviço do povo sem imposição, arrogância ou discriminação, b) Obediência, em espírito de colaboração; c) Pobreza, proveniente de um autêntico desprendimento para abraçar de modo livre, a verdade do Evangelho e vivendo plenamente tudo o que exige o Sacramento da Ordem, como dom e por amor ao Reino. Assim, como anunciadores da Palavra, ministros dos sacramentos e pastores da Igreja, os presbíteros trabalham pelo aumento espiritual do corpo de Cristo (Cf. PO 6). O Decreto nos fala, todavia, no n. 4, que o sacerdote deve recordar que a sua tarefa “não é ensinar uma sabedoria própria, mas ensinar a Palavra de Deus”. Tal ensinamento não consiste em repetir automaticamente as mesmas fórmulas, mas no “aplicar a perene verdade do Evangelho às circunstâncias concretas da vida”. É sobretudo dever incondicional do presbítero ser educador do espírito comunitário, tendo sua raiz e lócus espiritual na Celebração Eucarística, sem a qual Nenhuma comunidade cristã se edifica. Realizando os aspectos que ressalta o Vaticano II, buscando responder às necessidades presentes na realidade em que está inserido, o presbítero realiza efetivamente o que recebe na sua Ordenação, ou seja, a consagração para a missão e, nessa missão, “os presbíteros têm como recomendados a si, de modo particular, os pobres e os mais fracos, com os quais o próprio Senhor se mostrou unido”, “e cuja evangelização é apresentada como sinal da obra messiânica (PO 6). No exercício dessa missão, recorda-nos o Decreto conciliar no n.22, os presbíteros nunca estão sós, mas apoiados na força onipotente de Deus e, com fé em Cristo, que os chamou a participar do Seu sacerdócio, devem confiar e empenhar-se cada vez mais, para a santificação dos filhos de Deus no mundo em vista do Reino definitivo. Um testemunho presbiteral capaz de irradiar a convicção na doutrina da Igreja, a vivência da caridade cristã, uma profunda espiritualidade e uma visível e fraterna unidade do presbitério, certamente faz do presbítero um ícone de Nosso Senhor, assim, a Igreja desempenha com mais autoridade o legado que recebeu de Cristo: ser sacramento universal de salvação. Pe. Marcio Fernando Mangoni Reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora de Guadalupe