LONGAS METRAGENS | observatório

Transcrição

LONGAS METRAGENS | observatório
EM DESTAQUE | OBSERVATÓRIO E PULSAR DO MUNDO
LONGAS METRAGENS | observatório
curling
8 Maio, 15:00, Cinema São Jorge, Sala 1
12 Maio, 21:30, Cinema São Jorge, Sala 3
essencial killing
11 Maio, 21:45, Cinema São Jorge, Sala 1
Meek’s Cutoff
15 Maio, 21:30, Culturgest, Grande auditório
Da secção Observatório, Curling, de Denis Côté, descreve com exactidão metafórica a relação de Jean-François Blain, um pai que se divide por trabalhos
poucos relevantes no meio campesino, com a sua
filha, Julyvonne, a quem dedica toda a atenção.
Essential Killing de Jerry Skolimowski tem Vincent Gallo e Emmanuelle Seigner nos principais papéis
e conta a história de Mohammed, um homem que é
capturado pelo exército americano no Afeganistão e
transportado para uma prisão secreta situada algures
na Europa...
Baseado numa história real, Meek’s Cutoff, de Kelly
Reichardt, realizadora que já marcou presença em edições anteriores do IndieLisboa (nomeadamente com
“Old Joy”, exibido em 2007, e “Wendy & Lucy”, integrado na secção Cinema Emergente em 2009), traz-nos um filme de época, que tem a paisagem ferroviária do Oregon de 1845 como cenário. Stephen Meek,
souvenir do faroeste americano, lidera um grupo de
famílias que quer atravessar as Montanhas Cascade,
mas as suas intenções são duvidosas e os viajantes
começam a aperceber-se disso. O argumento é de Jon
Raymond, que trabalhou com Reichardt nos dois filmes anteriores, e conta com Michelle Williams, Bruce
Greenwood e Paul Dano no elenco.
homme au bain
6 Maio, 21:45, Cinema São Jorge, Sala 1
14 Maio, 21:45, Cinema São Jorge, Sala 1
kabomm
15 Maio, 19:15, Cinema São Jorge, Sala 1
mulberry st.
6 Maio, 19:15, Cinema São Jorge, Sala 1
15 Maio, 15:00, Cinema São Jorge, Sala 1
needs
13 Maio, 21:45, Cinema São Jorge, Sala 1
Em Homme au Bain, de Christophe Honoré, Omar é
realizador e prepara-se para uma viagem de negócios
que o vai levar até Nova Iorque. Emmanuel, interpretado pela estrela pornográfica François Sagat, fica ressentido com a despedida, mas os dois estão decididos
a provar um ao outro que já não estão apaixonados.
Kaboom, de Gregg Araki, é uma festa pop de cor, que
viaja entre os vários géneros numa contínua surpresa
narrativa. Smith leva uma vida normal de adolescente,
entre encontros amorosos despreocupados, até que
certa noite, sob o efeito de um bolo alucinogénico, vê
uma rapariga ruiva ser assassinada e fica obcecado
com a resolução do mistério.
A carreira do norte-americano Abel Ferrara, que teve
o seu auge nos anos 90, começou em Mulberry Street, em 1975. O realizador, de ascendência italiana, faz
desta rua a personagem principal no seu documentário Mulberry St., que tem como tema o chamado
“Feast of San Gennaro”, o festival religioso mais antigo e famoso de Nova Iorque. Neds de Peter Mullan,
fala sobre um grupo de delinquentes ao qual se junta
John McGill, um jovem inteligente que não consegue
lutar contra as ideias-feitas da sociedade a respeito
das suas capacidades e do seu futuro inevitável, herdadas do currículo pouco louvável do irmão e do pai.
Passado na Glasgow dos anos 70, o filme teve estreia
mundial no Festival de Cinema de Toronto e marca o
regresso de Peter Mullan desde The Magdalene Sisters (2002).
tabloid
7 Maio, 17:00, Cinema São Jorge, Sala 1
14 Maio, 15:00, Cinema São Jorge, Sala 1
Assinado pelo realizador Errol Morris (“The Fog of War:
Eleven Lessons from the Life of Robert S. McNamara” (2003), parte da secção Observatório do IndieLisboa’04), Tabloid, como os jornais com o mesmo
nome, pretende entreter, mais do que esclarecer: conta a história ambígua de Joyce McKinney, a ex-Miss
Wyoming que na década de 70 raptou um Mormon a
quem forçou a ter relações sexuais. Quando a maior
parte dos documentários se limita a veicular uma visão, o realizador aposta na multiplicidade de pontos
de vista: será McKinney a virgem apaixonada ou a
meretriz insana? Ou poderá ser ambas?
LONGAS METRAGENS | pulsar do mundo
9 lives
8 Maio, 14:45, Teatro do Bairro
11 Maio, 21:30, Teatro do Bairro
cleveland contre wall street
6 Maio, 16:45, Culturgest, pequeno auditório
12 Maio, 16:45, Culturgest, pequeno auditório
Na secção Pulsar do Mundo, 9 Lives, de Maria Speth,
documentário vencedor de um prémio no Festival DOK
de Leipzig, é filmado na totalidade em preto e branco,
e dá voz aos jovens sem-abrigo que têm morada nas
ruas de Berlim. Muitos não têm mais que 11, 12 anos
e, apesar dos danos à vista, uma força e um talento
incrível. Em Cleveland contre Wall Street, de Jean-Stéphane Bron, os habitantes da cidade estão em
guerra com os bancos de Wall Street. Tal como numa
dança, a batalha pede a presença da outra parte, mas
uma vez que Wall Street se conseguiu escapar a uma
ida a tribunal, o filme, entre o documentário e a ficção,
encena o julgamento que deveria ter acontecido.
les hommes debout
9 Maio, 21:30, Teatro do Bairro
11 Maio, 19:00, Teatro do Bairro
Pallazo Delle Aquille
6 Maio, 18:45, Teatro do Bairro
14 Maio, 16:30, Teatro do Bairro
Através de imagens de arquivo, excertos de filmes antigos, textos, documentos e fotografias, Les Hommes
Debout, de Jérémy Gravayat, leva-nos a Gerland, na
cidade de Lyon, um dos últimos bairros da classe trabalhadora que ainda resiste, mas por pouco tempo.
Pallazo Delle Aquille, de Stefano Savona, Alessia
Porto e Ester Sparatore, é uma crónica diária do mês
que durou a ocupação da Câmara Municipal de Palermo por 20 famílias de sem-abrigo. De uma forma
respeitosa e equilibrada, o realizador acompanha as
turbulências que dão conta das falhas de comunicação
e, principalmente, de convivência entre os cidadãos e
os seus representantes eleitos.
Detroit Ville Sauvage
6 Maio, 21:30, Teatro do Bairro
8 Maio, 19:45, Teatro do Bairro
Prud’hommes, de Stéphane Goël, regista o funcionamento deste tribunal do trabalho no seu dia-a-dia.
Estabelecido desde o século XIX para resolver disputas laborais, ele constitui um verdadeiro barómetro
social. Ali se resolvem milhares de conflitos todos os
anos, ainda que poucos tenham conhecimento da
sua existência. Assistimos ao que parecem ser peças
de teatro filmadas, onde os actores se confrontam
verbal e emocionalmente, na presença (ou não) de
um advogado ou representante sindical. A sucessão
de momentos engraçados e comoventes mergulha o
espectador na essência de uma verdadeira comédia
humana: a da sociedade dos nossos dias.
Detroit Ville Sauvage
9 Maio, 19:30, Teatro do Bairro
13 Maio, 21:30, Teatro do Bairro
grande hotel
12 Maio, 21:30, Culturgest, Grande auditório
14 Maio, 19:15, Culturgest, Pequeno auditório
Detroit Ville Sauvage, de Florent Tillon, mostra-nos uma cidade deserta, o que parece ser o cenário
pós-apocalíptico de um filme de série B. Esta é a cidade de Detroit, tal como ficou depois da sua desertificação, no seguimento de alterações económicas e demográficas que ditaram, depois do auge industrial, a
sua queda. Grande Hotel, de Lotte Stoops, também
é sinónimo de desolação. Outrora um dos mais belos
e prestigiados do mundo, o Grande Hotel da cidade
da Beira, em Moçambique, é hoje um lugar de sonhos
despedaçados (ou reinventados), ocupado por cerca
de 3500 pessoas que partilham o espaço imenso do
edifício, sem electricidade e sem água.
CURTAS METRAGENS | OBSERVATÓRIO
observatório curtas 1
7 Maio, 14:30, Culturgest, PEQUENO AUDITÓRIO
11 Maio, 17:00, Culturgest, PEQUENO AUDITÓRIO
observatório curtas 2
8 Maio, 17:15, Teatro do Bairro
12 Maio, 16:30, Teatro do Bairro
Na secção observatório Avant les Mots, de Joachim
Lafosse, é todo o caminho que uma criança percorre antes de proferir as primeiras palavras: os gestos,
as brincadeiras, aquilo que acontece no dia-a-dia de
uma creche, quando os adultos não estão a olhar. Em
Anne et Les Tremblements, de Sólveig Anspach,
os barulhos e vibrações são o centro, o assunto de
discussão, a obsessão da personagem principal, cuja
principal ocupação é organizar o seu apartamento de
forma sistemática. Incêndio, de Miguel Seabra Lopes
e Karen Akerman, começa com uma audição e uma
professora severa que exige dos alunos uma interpretação intensa e precisa de uma ópera alemã. No final,
a irreverência dos que estão a aprender é uma lição
para todos.
O filme All Flowers in Time, de Jonathan Caouette,
mostra o que acontece quando um programa de televisão holandês invade a realidade dos que o visionam,
que adquirem assim os traços monstruosos das personagens e divertem-se a contar histórias de terror uns
aos outros. Flag Mountain, de John Smith, é uma
caricatura do nacionalismo, um espectáculo dramático
sobre o dia-a-dia dos habitantes de Nicosia, a capital dividida do Chipre, com vista desde os telhados da
zona grega, a sul, às montanhas turcas que ficam a
norte.
CURTAS METRAGENS | PULSAR DO MUNDO
The Anarchist Banker
9 Maio, 21:30, Teatro do Bairro
11 Maio, 19:00, Teatro do Bairro
pulsar do mundo curtas 1
6 Maio, 14:30, Culturgest, Pequeno auditório
12 Maio, 14:30, Culturgest, Pequeno auditório
No Pulsar do Mundo, The Anarchist Banker, de Jan
Peter Hammer, é uma instalação-vídeo filmada em
HD, onde um banqueiro comenta a crise financeira de
2008. O filme parte do texto homónimo de Fernando Pessoa, de 1922, e a personagem principal, Arthur
Ashenking, é decalcada de Artur Alves dos Reis. Os diálogos foram adaptados de forma a reflectir as práticas
do neo-liberalismo, entre outras referências, abordando o “egoísmo racional”, na sua contemporaneidade.
Les Barbares, de Jean-Gabriel Périot, alerta-nos: os
bárbaros somos nós. Vemos fotografias, sucedidas em
diaporama, de grupos onde figuram líderes políticos,
seguidas por outras onde vemos militares, grupos folclóricos, manifestantes, equipas desportivas, famílias,
cuja mistura resulta numa massa indistinta.
pulsar do mundo curtas 1
6 Maio, 14:30, Culturgest, Pequeno auditório
12 Maio, 14:30, Culturgest, Pequeno auditório
Toujours Moins, de Luc Moullet, vem completar um
filme anterior, Toujours Plus (1993), numa abordagem
do desenvolvimento e expansão, a partir de 1968, dos
dispositivos baseados em computadores, autómatos
e terminais interactivos, que reflecte sobre a tendência para a especialização e para que cada sector
de actividade fique a cargo de um só funcionário.
I’ll Forget This Day, de Alina Rudnitskaya, é o desejo de que o tempo apague os piores momentos, como
a interrupção de uma gravidez, da memória. Ela tem
que esquecer, mas será que consegue?

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