universidade federal de são joão del

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universidade federal de são joão del
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO JOÃO DEL-REI / MG
ESTREITAMENTO DOS LAÇOS E AÇÕES CONJUNTAS:
UNIVERSIDADE, SUS E COMUNIDADE EM SÃO JOÃO DEL-REI/MG
Projeto apresentado ao Edital SGTES
n. 14, de 8 de março de 2013,
visando seleção para o Programa de
Educação pelo Trabalho para a
Saúde/Rede de Atenção à saúde –
PET-Saúde/Redes 2013-2015.
Abril de 2013
INTRODUÇÃO
A Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) originou-se de três
instituições de ensino superior, na década de 1980: Faculdade Dom Bosco de Filosofia,
Ciências e Letras; Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis; e
Faculdade de Engenharia Industrial. Em 1986, tornou-se Fundação de Ensino Superior
de São João del-Rei (Funrei) e, em 2002, foi transformada em Universidade Federal,
através da lei 10.025.
A UFSJ conta, hoje, com três campi em São João del-Rei: Santo Antônio, Dom
Bosco e Tancredo Neves, nos quais são oferecidas 1460 vagas por ano, distribuídas em
24 cursos de graduação, dentre os quais se destaca a Psicologia. Para atender ao projeto
de expansão do governo federal, a UFSJ implantou, em 2008, os campi Alto Paraopeba
e Centro-Oeste Dona Lindu, o primeiro situado entre os municípios de Ouro Branco e
Congonhas, e o segundo em Divinópolis. Essas unidades oferecem, respectivamente,
500 e 340 vagas por ano. No Alto Paraopeba são oferecidos cinco cursos de graduação
na área de Engenharia e, em Divinópolis, quatro da área da Saúde. Em 2010, a cidade de
Sete Lagoas recebeu outro campus da UFSJ, oferecendo 200 vagas em dois cursos de
Engenharia.
Para este projeto, contaremos com a participação dos cursos de Psicologia,
Ciências Biológicas e Educação Física. No Projeto Pedagógico do Curso de Ciências
Biológicas existem possibilidades de atuação nas grandes áreas de Saúde, e Meio
Ambiente e Biodiversidade, em três vertentes: biodiversidade (taxonomia e sistemática
da diversidade neotropical); biomédica (relação agente-hospedeiro das doenças infectocontagiosas); e saneamento (desenvolvimento de infraestrutura de água, esgoto e lixo).
O curso de Educação Física visa à formação dos alunos para as dimensões ética e
política, a partir do diálogo com as diversas manifestações culturais, bem como com as
diferentes concepções de mundo para que possam compreender melhor o ser humano e
a sociedade. Desse modo, o futuro profissional deve ser crítico e criativo em sua
atuação, além de contribuir para formar cidadãos. Para isso, o futuro educador físico
deve ter um profundo conhecimento teórico para embasar suas argumentações e
justificar suas intervenções, além de posicionar-se criticamente frente às teorias e outras
produções científicas. O curso de Psicologia é estruturado em dois turnos (integral e
noturno), sendo um dos mais concorridos no vestibular da UFSJ, com cerca de 20
candidatos por vaga. O Departamento de Psicologia (DPSIC) conta, atualmente, com 26
doutores e dois mestres, que se organizam em três laboratórios de pesquisa. Este projeto
é oriundo das atividades do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Saúde
(NEPIS), vinculado ao Laboratório de Pesquisas e Práticas Psicossociais (LAPIP). O
NEPIS possui dois professores no quadro de docentes do Mestrado de Psicologia
(PPGPSI), desenvolvendo pesquisas acerca das políticas públicas, notadamente na área
da saúde.
Desde 2010, o NEPIS é cadastrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do
CNPq e conta com quatro linhas de pesquisa, duas de responsabilidade do Prof. Walter
Melo: “A Relação da Arte com o Campo da Saúde Mental” e “Promoção da Saúde:
entre os estilos de vida e as ações intersetoriais”, e duas do Prof. Marcelo Dalla
Vecchia: “Políticas sobre Drogas: antiproibicionismo, redução de danos e promoção da
saúde”, e “A Psicologia nas Políticas Públicas do Campo Social: formação, práticas e
interfaces”. Desde 2007, o NEPIS organiza o “Seminário Saúde e Educação” que, em
2013, vai para a sua sétima versão, com o tema “Reforma da Reforma?”, debatendo as
Reformas Sanitária e Psiquiátrica. Através de parceria com o Espaço Artaud, o NEPIS
iniciou, em 2009, a publicação das palestras dos seminários com o livro Quando Acabar
o Maluco Sou Eu e, na reinauguração do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) delRei, no dia 17 de maio de 2013, será lançado o livro Que País É Este?
O NEPIS organiza, desde 2007, o Programa de Extensão “Sistema de Saúde e
Educação: estreitamento de laços e ações conjuntas” (Laços e Ações), com o objetivo de
estreitar os laços e implementar ações conjuntas com os serviços de saúde do município
e região, como o CAPS del-Rei, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e as
Unidades Básicas de Saúde (UBS) com equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF)
de São João del-Rei, assim como as ESF do município de São Tiago. Além dos alunos
de graduação, contamos com a participação de mestrandos, que auxiliam nas
supervisões semanais. O NEPIS propicia, assim, diversas oportunidades para a atuação
do aluno nas políticas públicas.
Em 1999, teve início a implantação da ESF em São João del-Rei, com a intenção
de priorizar ações de promoção da saúde, além de ampliar o acesso da população ao
sistema de saúde, aumentar a cobertura assistencial, promover a equidade na atenção,
melhorar a qualidade de vida e o sistema de informação em saúde. O município conta,
atualmente, com treze equipes de ESF, sediadas em oito UBS, além de uma equipe do
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
Dentre as atividades desenvolvidas pelas equipes estão: o cadastramento
familiar; o acompanhamento de hipertensos, diabéticos e gestantes; controle de
tuberculose e hanseníase; puericultura; consultas médicas e de enfermagem; e visitas
domiciliares. Quanto às atividades multidisciplinares, as equipes se envolvem em:
grupos de combate ao tabagismo; ações de prevenção da dengue; acompanhamento de
gestantes e puérperas; integração com outros setores da comunidade; orientação sobre
alimentação saudável, sobre o uso correto de medicamentos; estímulo à prática de
atividades físicas, lúdicas e de lazer; reuniões periódicas de educação permanente;
participação da comunidade; descentralização da farmácia básica; e participação do
Conselho Municipal de Saúde (CMS) na consolidação e implementação da ESF (SÃO
JOÃO DEL-REI, 2012).
A partir das atividades do Programa Laços e Ações foi possível observar alguns
obstáculos e desafios, em consonância com aqueles descritos na literatura: pouca ou
incipiente articulação intersetorial, com persistente centralidade em ações com enfoque
biomédico; pouca ou incipiente interrelação entre ações individuais de atenção à saúde e
ações de vigilância da saúde no território; e baixa sensibilidade para acolher os
primeiros cuidados de urgência, bem como crises subjetivas e de saúde mental
(VIANA; DAL POZ, 2005; MENEGON; COÊLHO, 2006; SPINK, 2007; CONILL,
2008; GAMA; KODA, 2008; BAPTISTA; FAUSTO; CUNHA, 2009; ZURBAN, 2011;
DALLA VECCHIA, 2012).
É importante salientar a necessidade de se estabelecer uma estreita relação entre
a equipe do CAPS e das ESF. Nessa perspectiva, o presente projeto contará com uma
equipe composta por um tutor, seis preceptores, 12 bolsistas, mais dois professores do
DPSIC, um de Ciências Biológicas, um de Educação Física, três alunos do Mestrado de
Psicologia, duas enfermeiras e dois psicólogos, vinculados ao NEPIS. No primeiro ano,
abordaremos o conceito e as ações de matriciamento e de acolhimento (CHIAVERINI
et al, 2011). No segundo ano, a prioridade estará na intersetorialidade, a partir do estudo
dos determinantes e condicionantes da saúde, e no Acompanhamento Terapêutico (AT)
com os usuários do CAPS, como método.
JUSTIFICATIVA
Ao propor o desenvolvimento de atividades vinculadas a ações e serviços do
Sistema Único de Saúde (SUS), o Programa Laços e Ações cria possibilidades para
qualificar a formação do futuro psicólogo por meio da inserção supervisionada,
oferecendo oportunidade para a vivência de situações reais da atuação. A partir do
Programa Laços e Ações, foram elaborados projetos de pesquisa e de iniciação
científica, que alimentam os debates em sala de aula. A integração entre ensino,
pesquisa e extensão é coroado nos debates do Seminário Saúde e Educação, do
Seminário Interno de Pesquisa e Extensão e da Reunião Devolutiva, que ocorrem
anualmente.
No Seminário Saúde e Educação, o debate é potencializado por convidados,
como Paulo Amarante (Fiocruz), João Leite Ferreira Neto (PUC-Minas), Maria Cecília
de Souza Minayo (Fiocruz), Ernesto Venturini (OMS), Alípio Sanchez Vidal
(Universidade de Barcelona), Marco Akerman (OPAS), Jairnilson Paim (UFBA), dentre
outros. No Seminário Interno de Pesquisa e Extensão são apresentados os trabalhos
desenvolvidos pelos alunos de graduação e de mestrado. A Reunião Devolutiva se
caracteriza pelo debate com os profissionais da rede de saúde do município e região.
A atuação do psicólogo vem se caracterizando pelo trabalho clínico (53%), a
aplicação de testes psicológicos (32,9%) e psicodiagnóstico (29,6%) (BASTOS;
GONDIM, 2010). Para acompanhar as mudanças nas políticas de saúde no país, a
atuação do psicólogo e a sua formação têm que ser repensadas (SPINK, 2007). Nesse
sentido, este projeto é de extrema relevância social, pois, além da interação ensinopesquisa-extensão que se encontra no seu cerne, é importante destacar que os Planos de
Trabalho operacionalizam uma proposta de planejamento ascendente, com escuta das
necessidades sociais em saúde da comunidade, que é uma das diretrizes organizativas
do SUS (BRASIL, 1990), garantindo a integração dos conhecimentos ao campo da
Saúde Coletiva.
OBJETIVOS GERAIS
No 1º ano, o projeto tem como objetivo o estreitamento dos laços e o
desenvolvimento de ações de matriciamento em saúde mental entre a equipe do CAPS
del-Rei e as equipes da ESF de São João del-Rei/MG. A partir das ações implementadas
no 1º ano pretende-se, no 2º ano, efetivar a prática de acompanhamento terapêutico
(AT) como estratégia para ampliar as ações intersetoriais, levando-se em consideração
os determinantes e condicionantes da saúde indicados na Lei 8.080/1990.
PROCESSO METODOLÓGICO
A participação do NEPIS nas políticas públicas de saúde se caracteriza pala
conciliação de responsabilidade social com o processo de formação acadêmica. Nesse
sentido, as atividades a serem desenvolvidas não devem ser confundidas com a mera
prestação direta de serviços à comunidade beneficiada. É preciso definir, de maneira
criteriosa, a função que as atividades ocupam tanto no processo de formação dos alunos
quanto no processo de trabalho das equipes envolvidas.
A inserção qualificada de alunos de Psicologia, Ciências Biológicas e Educação
Física em contextos reais das práticas de Atenção Primária em Saúde (APS) em
desenvolvimento pelas equipes da ESF ocorre da seguinte maneira: pelos espaços
coletivos de supervisão cotidiana das atividades desenvolvidas (em campo e na
Universidade); pela troca de experiências entre estagiários e supervisores; pela leitura
coletiva de textos-base, conforme a demanda dos alunos, para instrumentalizar teórica e
metodologicamente as intervenções; pela elaboração de diários de campo; e pela
sistematização da experiência em desenvolvimento por meio dos seminários anuais
organizados pelo NEPIS.
No decorrer do trabalho de campo, ao construir o itinerário da sua aproximação
com a área de abrangência e com as equipes da ESF, o aluno não se restringe a coletar
dados, mas se relaciona ativamente com o território vivo em que uma comunidade
habita. A atuação dos bolsistas deve problematizar as diversas situações cotidianas,
contribuindo para uma possível transformação dos processos de trabalho, dos serviços
oferecidos e da formação para o campo da saúde coletiva.
ARTICULAÇÃO CURRICULAR E INTEGRAÇÃO INTERPROFISSIONAL
A formação para o campo da saúde coletiva tem por objetivo habilitar o
graduando no desenvolvimento das seguintes Competências e Habilidades Gerais, de
acordo com as Diretrizes Curriculares: Atenção à Saúde: ter como base os pilares da
saúde pública – promoção, prevenção, proteção e reabilitação –, coletiva ou
individualmente, respeitando a ética da profissão e a qualidade devida no exercício da
mesma; e Educação Permanente: a capacidade de aprendizagem constante e não
excludente, para estimular e desenvolver a mobilidade acadêmica e profissional,
inclusive no auxílio das gerações futuras.
Sendo assim, a formação deve ser capaz de criar, expandir e fazer uso de
conhecimentos e procedimentos diante de diferentes demandas, visando à competência
para analisar, avaliar e intervir em processos psicossociais. No âmbito específico deste
projeto, serão priorizados: o diagnóstico e a avaliação dos processos individuais, grupais
e organizacionais; a capacidade de conduzir processos grupais, levando em
consideração as divergências econômicas e sócio-culturais dos membros do grupo; e a
inserção em equipes interdisciplinares.
Os alunos de Psicologia, Ciências Biológicas e Educação Física atuarão no
levantamento das condições de saúde física e bucal de egressos do CAPS, moradores
em áreas de abrangência de equipes da ESF. A proposta de integração interdisciplinar
possibilita a construção de conhecimentos inovadores, agregando perspectivas
curriculares e profissionais tradicionalmente segmentados. Essa integração tem o
objetivo de garantir a capacidade de observar, diagnosticar e avaliar as demandas da
comunidade; elaborar intervenções psicossociais; lidar com situações do ser humano em
seu meio sócio-laboral; e permitir o pleno exercício da cidadania.
OPORTUNIDADES DE INTEGRAÇÃO ÀS AÇÕES ESTRATÉGICAS DO SUS
Este projeto possibilita a integração de duas ações estratégicas do SUS: a
Educação Permanente em Saúde (EPS) e a Residência Multiprofissional em Saúde da
Família (RMSF). Com relação à EPS, o Departamento de Gestão da Educação na Saúde
(DEGES) da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) a
considera como uma ação estruturante. Nesse sentido, a atual Política Nacional de
Educação Permanente em Saúde (PNEPS) aponta a EPS como proposta de ação
direcionada à formação e ao desenvolvimento dos trabalhadores do SUS, contribuindo
tanto com as práticas educativas e os processos de formação no cotidiano da atenção à
saúde quanto com a produção de efeitos na organização do processo de trabalho das
equipes. Os coletivos multiprofissionais constituem o público da EPS, que tem como
compromisso o desenvolvimento institucional e profissional, a partir da
problematização das práticas vigentes de atenção à saúde.
Enquanto os gestores do SUS apontam a falta de integração da formação de
profissionais de saúde com relação às ações e serviços de saúde pública, os docentes
enfatizam a falta de integralidade nas ações desenvolvidas no SUS. De qualquer forma,
o que se evidencia é a dificuldade de integração entre as instituições formadoras e os
serviços de saúde. A EPS não envolve somente profissionais de saúde já atuantes, mas
também estudantes, docentes, pesquisadores e gestores de ensino. A EPS é fundamental
nas transformações do trabalho no setor, viabilizando uma atuação crítica, reflexiva,
compromissada e competente (MS, 2009).
Neste projeto, o desenvolvimento da EPS pressupõe situações em que os
trabalhadores da rede de atenção psicossocial sejam envolvidos em uma diversidade de
oportunidades formativas: levantamento de demandas de aprendizagem; palestras com
especialistas nos temas levantados; Oficinas (de Teatro do Oprimido e literária, baseada
no conto “O Alienista”, de Machado de Assis) e Rodas de Conversa. Os preceptores
também participarão de encontros a cada duas semanas com o tutor, nos quais serão
realizados: debates com base em textos selecionados que abordam o processo educativo
de orientação dos bolsistas no campo de atuação, metodologia de ensino,
matriciamento, integralidade, intersetorialidade e acompanhamento terapêutico.
Também estão relacionados com este último tópico os conceitos de reabilitação
psicossocial, territorialidade e determinantes e condicionantes do processo saúdedoença.
Na UFSJ, este projeto é apontado como uma passagem do Programa Laços e
Ações para a proposta de constituição de uma RMSF. Primeiramente, porque durante o
processo de elaboração do projeto realizou-se contato com um professor do curso de
Educação Física que afirmou que os docentes envolvidos com o curso têm manifestado
interesse em elaborar uma proposta de RMSF, e que uma parceria com o curso de
Psicologia, por meio do NEPIS, seria importante neste sentido. Em segundo lugar,
porque a UFSJ implantará, a partir de 2014, um Curso de Medicina no Campus Dom
Bosco, onde se encontra o DPSIC, o que viabilizará a construção da parceria, visando a
composição da Comissão de Residência Multiprofissional (COREMU). Finalmente,
porque há manifestação formal de compromisso da Reitoria da UFSJ com a implantação
da Residência, conforme documento anexado no item 18 do formulário de inscrição.
RESULTADOS ESPERADOS
Com este projeto, espera-se as seguintes mudanças curriculares: consolidação
dos estágios no SUS; relevância social da formação pela realização de ações conjuntas;
estreitamento das articulações ensino-serviço. Além disso, há o incentivo para a
participação de mestrandos na organização das supervisões, juntamente com o tutor e os
preceptores, garantindo a integração com os alunos de graduação e entre ensino,
pesquisa e extensão.
As ações que se pretendem implantar nos serviços envolvidos visam uma
articulação intersetorial com fortalecimento da atenção primária; acompanhamento
terapêutico; matriciamento em saúde mental; ampliação da responsabilidade e da
continuidade do acompanhamento de pessoas com sofrimento mental pelas unidades de
ESF; aproximação entre a formação acadêmica e a prática diária do profissional;
estreitamento dos vínculos entre alunos e equipes da ESF; cooperação na reorientação
das práticas em saúde desenvolvidas pelas equipes da ESF, problematizando a
centralidade das ações biomédicas, da fragmentação dos procedimentos e do foco na
doença.
ATIVIDADES DO TUTOR, DOS PRECEPTORES E DOS ALUNOS
Tutor
Realizar supervisão quinzenal das atividades desenvolvidas pelos preceptores,
contemplando aspectos teórico-conceituais (leitura e discussão de textos selecionados),
práticos (discussão sobre a orientação dos alunos em campo) e éticos. Realizar
supervisão semanal dos bolsistas, intercalando discussões teórico-conceituais e práticas.
Preceptor
Realizar, quinzenalmente, supervisão das atividades desenvolvidas em campo
pelos alunos, através de discussões teóricas e práticas. Participar das supervisões
quinzenais com o tutor.
Alunos
• Participar das supervisões semanais com o tutor e quinzenais com os
preceptores;
• Elaborar roteiro de entrevista, junto com um clínico geral da rede de saúde do
município, para efetuar a avaliação de saúde;
• Entrevistar egressos do CAPS del-Rei;
• Inserir os egressos do CAPS del-Rei que necessitarem de atendimento médico
e/ou odontológico na ESF;
• Participar de pelo menos um congresso por ano, com apresentação do trabalho
desenvolvido;
• Apresentar trabalho, com enfoque teórico ou com resultados preliminares, no
Seminário Interno de Pesquisa e Extensão do NEPIS;
• Organizar e participar do VII Seminário Saúde e Educação: Reforma da
Reforma?, do NEPIS, no dia 28 de junho de 2013;
• Organizar e participar do VIII Seminário Saúde e Educação do NEPIS, em 2014;
• Apresentar as atividades desenvolvidas na Reunião Devolutiva aos gestores e
servidores da saúde, organizada anualmente pelo NEPIS;
• Participar do lançamento dos livros “Que País É Este?” e “Universidade e
Sistema de Saúde”, organizados pela equipe do NEPIS;
• Submeter, pelo menos, dois artigos para publicação;
• Elaborar, por escrito, relatórios quinzenais das atividades desenvolvidas, tendo
por base os diários de campo;
• Elaborar relatório final.
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
Mês
Atividades
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Supervisões com o tutor e os
preceptores
Roteiro de entrevista elaborado
junto com clínico geral
Entrevista com os egressos do
CAPS del-Rei
Inserção dos egressos do CAPS
del-Rei na ESF
Apresentação de trabalho
acadêmico
Apresentação de trabalho
acadêmico no Seminário
Interno de Pesquisa e Extensão
do NEPIS
Organização do VII Seminário
Saúde e Educação: Reforma da
Reforma?
Organização do VIII Seminário
Saúde e Educação
Reunião Devolutiva para os
gestores e servidores da saúde
Lançamento dos livros “Que
País É Este?” e “Universidade e
Sistema de Saúde”
Submissão de artigos para
publicação
Relatório das atividades
desenvolvidas
Relatório final
PROJETO DE INTERVENÇÃO
a) Título
Integração de Ações entre o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) del-Rei e
Estratégia Saúde da Família (ESF): matriciamento em saúde mental e acompanhamento
terapêutico como recursos para a integralidade e a intersetorialidade.
b) Rede prioritária de referência
Rede de atenção psicossocial
c) Situação da rede de atenção à saúde
A rede de atenção à saúde possui dificuldades que prejudicam seu
funcionamento adequado, que vão desde a falta de recursos humanos à ausência de
apoio logístico. Muitos estabelecimentos de saúde se encontram em áreas de difícil
acesso. Muitas vezes, possuem infraestrutura precária, faltando materiais elementares,
como vacinas, curativos, medicamentos etc. Outro aspecto que prejudica o
funcionamento consiste na alta rotatividade de médicos, que afeta a continuidade do
tratamento dos usuários.
d) Intervenção proposta
Este projeto busca a integração entre CAPS e ESF, fundamentado nas noções de
matriciamento, e entre os egressos do CAPS e a cidade, pautado na intersetoriedade.
Inicialmente, será feito um levantamento de temas a serem debatidos, junto com as
equipes do CAPS del-Rei e da ESF. Esses temas serão trabalhados em palestras,
Oficinas e rodas de conversa (AFONSO; ABADE, 2008). Junto com um clínico geral
da rede de saúde, será elaborado um roteiro de entrevista para avaliar a saúde física e
bucal, com 115 egressos do CAPS del-Rei. As entrevistas serão analisadas e, em
seguida, efetuadas aproximações desses egressos com a ESF, para atendimento médico
e/ou odontológico. O apoio matricial se insere nesse contexto de interação de práticas
clínicas e comunitárias (CAMPOS, 1996), além de garantir a atenção integral
(MATTOS, 2001), rompendo com a histórica dissociação mente/corpo presente no
campo da chamada saúde mental. Após a inserção dos egressos do CAPS del-Rei na
ESF, será efetuado o AT, como método para se realizar ações intersetorias pautadas nos
determinantes e condicionantes da saúde. As noções de reabilitação psicossocial
(PITTA, 1996) e territorialidade (SANTOS, 2005) serão trabalhadas com as equipes das
instituições.
e) Programação e tecnologias de cuidado a serem abordadas
O apoio matricial tem se estruturado, no Brasil, como cuidado colaborativo entre
os CAPS e as ESF. Nesse caso, as ESF se constituiriam como o dispositivo privilegiado
na organização do sistema de saúde brasileiro. Sendo assim, a adesão ao tratamento, a
inserção na sociedade e os cuidados clínicos de usuários dos CAPS se dariam nas ESF
(CHIAVERINI et al, 2011). No presente projeto privilegiaremos os cuidados clínicos
dos egressos do CAPS del-Rei.
Trabalharemos com o levantamento de demandas dos profissionais de saúde e
organização de palestras, Oficinas e rodas de conversa. Em relação às demandas de
saúde dos egressos do CAPS del-Rei, será elaborado um questionário para entrevista
semi-dirigida e posterior análise de discurso. Em seguida, será efetuada a vinculação
dessas pessoas em atendimento médico e/ou odontológico na ESF. Após essa etapa, será
iniciaremos o trabalho de AT, como facilitador da inserção desses usuários em aspectos
culturais da cidade de São João del-Rei.
f) Objetivos do trabalho do grupo
• Atender ao tripé ensino, pesquisa e extensão;
• Elaborar estratégias intersetoriais de intervenção em saúde, perpassando pela
educação, saneamento básico, segurança pública, lazer, entre outras;
• Contribuir para a formação do aluno, permitindo que as práticas envolvidas
ampliem o reconhecimento da atuação na APS e na rede de atenção psicossocial;
• Proporcionar condições para a educação permanente em saúde dos integrantes
das equipes da ESF, contribuindo indiretamente com a melhoria da qualidade da
assistência prestada à população;
• Implantar atividades de capacitação, com palestras, Oficinas e rodas de conversa
para as equipes do CAPS e da ESF;
• Elaborar um questionário que contemple os fatores possíveis relativos à saúde
física dos egressos do CAPS;
• Efetuar entrevistas com cento e quinze egressos do CAPS del-Rei;
• Realizar no dia 28 de junho de 2013, o VII Seminário Saúde e Educação:
Reforma da Reforma?;
• Realizar no dia 8 de novembro de 2013 a Reunião Devolutiva com a rede de
saúde municipal e seus funcionários;
• Lançar no dia 17 de maio de 2013 o livro “Que país é Este?”;
• Lançar o livro “Universidade e Sistema de Saúde”;
• Apresentar os trabalhos realizados na Associação Brasileira de Psicologia Social
(ABRAPSO) e outros congressos relacionados à área de saúde coletiva ou
psicologia social;
• Elaborar relatórios parciais e relatório final.
g) Métodos a serem utilizados
O início das atividades para tornar este projeto viável deu-se em março/2012,
com a participação dos alunos nas reuniões regulares do Programa Laços e Ações. No
mês de setembro/2012 ocorreu uma reunião entre alunos envolvidos, supervisores
acadêmicos, quatro psicólogas que da ESF e a supervisora da rede de APS. Desde o
início, a supervisora apontou que o município estava interessado na inserção dos
estagiários nas equipes da ESF. A única condição colocada pela SMS foi que não se
priorizasse a realização de atendimentos psicológicos individuais. Isto foi ao encontro
da proposta desenhada nas reuniões do Programa Laços e Ações: enfatizar a construção
de ações de Saúde Coletiva, intersetoriais, interdisciplinares e multiprofissionais. Nesta
mesma reunião, as psicólogas aceitaram supervisionar as atividades de campo dos
estagiários. Entre setembro e outubro/2012, quatro duplas de estagiários foram
apresentados às equipes da ESF, sediadas nas UBS dos seguintes bairros:
• Tejuco: três equipes da ESF, situadas em duas UBS;
• Guarda-Mor: duas equipes da ESF, situadas em uma UBS;
• Senhor dos Montes/São Geraldo/Bela Vista: três equipes da ESF, situadas em
duas UBS;
• Pio XII/Bom Pastor: duas equipes da ESF, situadas em uma UBS.
Em fevereiro/2013, uma nova gestão assumiu a Prefeitura Municipal de São
João del-Rei. Foi agendada, então, uma reunião com os supervisores acadêmicos na
SMS, na qual foi firmado o compromisso de se efetuar reuniões semestrais de avaliação
das atividades desenvolvidas. Em um primeiro momento houve a inserção nas equipes
da ESF e conhecimento do seu processo de trabalho, com cada dupla de estagiários
realizou o acompanhamento do processo de trabalho da equipe: consultas (pré e pósconsulta, e consulta médica e de enfermagem), atendimentos individuais e grupais,
visitas domiciliares, vacinação, atividades de sala de espera, curativos, reuniões de
equipe, discussão de casos etc. A cada dia, ao final do período de permanência na
equipe, o estagiário elaborou relatórios por escrito das atividades realizadas na forma de
um diário de campo, e fez relatórios orais nas supervisões de campo com as psicólogas,
e nas supervisões específicas e gerais com os supervisores acadêmicos. Estas atividades
foram desenvolvidas de setembro a dezembro de 2012.
O “mapeamento” do território de abrangência das equipes da ESF foi
desenvolvido concomitantemente à etapa anterior, no segundo período semanal de
permanência da dupla de estagiários no campo. Consistiu, primeiramente, na
identificação da área de abrangência da equipe da ESF cujos moradores são
acompanhados. Depois, por meio da obtenção de um mapa físico da área, os estagiários
transitaram rua a rua nesta região, anotando: equipamentos sociais disponíveis (creche,
escola, posto policial, bares, mercearias, padarias, farmácias, associação de bairro,
indústrias etc.), terrenos baldios, existência de esgoto a céu aberto, barreiras geográficas
(barrancos, ruas sem-saída, córregos), lixões, praças, parques, ou qualquer outro aspecto
relativo à ocupação do espaço. Quando possível, foram agendadas entrevistas junto a
lideranças comunitárias (líder da associação de bairro, dirigentes dos equipamentos
sociais, moradores mais antigos etc.), também registradas em diário de campo, e
fotografadas circunstâncias ilustrativas das observações realizadas. Este “mapeamento”,
concebido enquanto processo de territorialização em saúde, objetivou uma primeira
aproximação às condições de vida e saúde de uma população que ocupa e faz uso de um
determinado território em certo espaço de tempo.
Em seguida, deu-se inicio ao processo de organização das oficinas de
capacitação sobre matriciamento e intersetorialidade para os profissionais dos serviços
de saúde. Está sendo elaborado o roteiro de entrevistas visando levantar as necessidades
de saúde física dos usuários do CAPS, seus prontuários bem como o local em que estão
endereçados, para então, atuar diretamente nas equipes das EFS do território em que
residem. Em seguida, realizaremos entrevistas e faremos a análise delas, com o objetivo
de identificar os aspectos propostos. Finalmente, efetuaremos a vinculação dos usuários
do CAPS e as ESF.
Todo esse trabalho será facilitado pelo fato de já contarmos com oito estagiários
de psicologia, vinculados as ESF e nove no CAPS. A partir da inserção dos estagiários
nos dois tipos de instituições, foram efetuados os contatos com as equipes realizando
um levantamento das demandas mais recorrentes, tais como: medicalização,
acolhimento, vínculo com a família, estruturação da rede de serviços de saúde e a
questão diagnostica e suas reais demandas. Então, será organizada a capacitação, de
maneira participativa, pois contaremos com membros das equipes de ESF no
levantamento dos temas a serem discutidos. A capacitação será desenvolvida por meio
de três etapas, a realização de palestras; oficinas, que seguem a metodologia do teatro
oficio; e rodas de conversa, que seguem a metodologia de Lucia Afonso. Posterior
mente será realizado o roteiro de entrevista com a colaboração de um médico clínico
geral e de uma assistente social, ambos da rede pública de saúde. A entrevista será
aberta e semidirigida, e a análise do discurso será efetuada a partir do referencial teórico
de Michel Foucault (1996). A partir da análise, faremos a vinculação nas ESF dos
usuários do CAPS que necessitarem de atendimento. Podemos entender que a lógica
territorial pressupõe o acolhimento e tratamento do usuário dos serviços próximos ao
seu território de vida, com trocas afetivas, sociais, culturais e econômicas.
A idéia do trabalhador da saúde inserido no território dos usuários dos serviços
surge com o PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde), que data de 1991
legalmente falando. Ao se instituir o lugar do Agente Comunitário de Saúde (ACS), se
apresenta, também, o interesse e a percepção dos órgãos públicos da importância em se
atuar no território desse usuário dos serviços de saúde, seja nas Estratégias de Saúde da
Família (ESF), seja nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
Nesse sentido, inserir um trabalhador que atue como ponte entre o serviço de
saúde, que tem endereço e sede fixos, e usuário, que também tem endereço fixo se
tornou uma das grandes forças dos trabalhos em saúde desenvolvidos no Brasil, uma
vez que nessa atuação se alia território, afeto e co-responsabilidade no processo saúdedoença do usuário e dos ACS.
Não obstante a importância da figura e da atuação dos ACS, vemos no Brasil o
surgimento e maior ampliação e divulgação dos trabalhos realizados pelos
Acompanhantes Terapêuticos (AT), que são os ACS com ênfase nos aspectos
psicossociais de uma pessoa. A possibilidade da atuação do AT se mostra, então, como
mais uma avanço das ações em saúde, uma vez que também alia acolhimento,
tratamento e reinserção psicossocial.
Nessa direção, o trabalho tanto dos ACS quanto dos AT seguem rumo à cidade,
ao território, á vida que pulsa e que de tanto pulsar, pode também causar sofrimento e
desencontros, como os que são tão comuns de serem vistos nos meios midiáticos
brasileiros. Cada vez mais pessoas sofrem de “Síndrome do Pânico” e “Fobias” das
mais diversas.
Todo esse rol de novas “doenças sociais” ou sofrimentos modernos podem ser
vistos com mais rigor se olharmos pelo viés político-ideológico, em que cada vez mais
em um número maior de situações, os povos são chamados a trabalharem mais, a se
cuidarem mais, a se atentarem mais à saúde e a consumirem mais, sobretudo. Nesse
sentido, o AT assume, muitas vezes, o papel de mediar o conflito entre o afã capitalista
e o sujeito que se vê aniquilado diante de tantos imperativos, até mesmo diante daquele
que diz para que ele tenha “mais saúde!”.
Desse modo, compreender as formas as quais o discurso do consumo, da
impessoalidade e do individualismo se fazem no cotidiano das pessoas se faz mister
para se criar e incentivar ações que visem a diminuição do sofrimento humano e uma de
nossas ferramentas para se alcançar uma possibilidade de vida menos danosa é através
do AT, que permite que se construa vínculo afetivo, se ande devagar, se fale olhando
nos olhos e, com tudo isso, se produza saúde para além de um discurso.
Nessa perspectiva, aliar acolhimento, tratamento e reinserção social através do
AT no território é fazer jus à cidade, ou seja, se a cidade e seus discursos produzem
sofrimento por não caberem nela ócio, alegria ou “momentos para um café”, a atuação
do AT demonstra justamente o contrário, uma vez que se a “cidade produz doença”,
será também na cidade a possibilidade de saúde, de sorrisos e, enfim, de vida.
h) Resultados esperados
• aliar ensino, pesquisa e extensão para uma formação qualificada dos graduandos;
• realizar estratégias intersetoriais de intervenção em saúde, perpassando pela
educação, saneamento básico, segurança pública, lazer, entre outras;
• fortalecer a oficina realizada no CAPS;
• fortalecer a oficina de música na OPL e incentivar a apresentação dos usuários
em público;
• iniciar a parceria com as ESF por meio do apoio na implementação de ações
comunitárias;
• realizar capacitação com as equipes das ESF buscando modificar a forma como
os profissionais concebem e agem diante de um usuário de saúde mental;
• identificar, a partir das entrevistas, os usuários do CAPS que têm necessidade de
atendimento de doenças de caráter físico;
• vincular esses usuários do CAPS identificados às ESF;
• realizar, no dia 28 de junho, o VII Seminário de Saúde e Educação: reforma da
reforma?;
• realizar no dia 8 de novembro um encontro do NEPIS com a rede de saúde
municipal e seus funcionários;
• lançar os livros “Que país é Este?”; “Mobilização, Cidadania e Participação
Comunitária” e o “O SUS como Proposta de Inclusão Social”;
• elaborar pelo menos um artigo científico sobre as atividades desenvolvidas;
• elaborar relatório final.
i) Relação dos cenários de práticas
• UBS ESF Bonfim - CNES 2173344
• UBS Bom Pastor - CNES 2173336
• UBS ESF Guarda Mor - CNES 3721159
• UBS ESF Sr dos Montes 202 - CNES 2173255
• UBS ESF Tejuco 801 - CNES 2173352
• UBS ESF Tejuco 802 E 803 - CNES 2199513
• UBS São Geraldo - CNES 5719623
• CAPS del Rei - CNES 2173433
j) Relação nominal do tutor
• Walter Melo Junior, CPF 025844967-55, SIAPE 2510037, psicólogo.
k) Relação nominal dos preceptores
• Fabíola Chaves Magalhães, CNES 2173255 e 5719623, psicóloga;
• Juliana Kelly Pinto, CNES 2173352 e 2199513, psicóloga;
• Luiza de Marilac Vale Portella, CNES 2173344, psicóloga,
• Maria Angélica Castro, CNES 2173344, psicóloga;
• Maria das Mercês Sabino, CNES 2173433, psicóloga;
• Regina Aparecida de Melo Bagnolli, CNES 2173433, enfermeira.
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