Formulário de Prova

Transcrição

Formulário de Prova
Teixeira
Ciê. Aplicada
2ª série - EM
__/05/16
2º
07
A energia que vem da química
Introdução.
Em reportagem de 11 de março de 2009, a revista VEJA trouxe a importância do uso de sais de Lítio para
as baterias e pilhas que fazem funcionar milhões de celulares, computadores, tabletes e outros dispositivos
eletrônicos.
Nesta atividade vamos entender os processos físicos e químicos que acontecem na bateria ou pilha.
Reportagem de Gabriela Carelli – Revista Veja.
Energia
Este sal é o combustível do futuro
O lítio é a matéria-prima das baterias que equipam os carros híbridos e elétricos, a grande aposta
da indústria automobilística. O problema: mais da metade das reservas está na Bolívia de Evo
Morales.
Riqueza inexplorada
A salina de Uyuni, na Bolívia, que abriga a maior reserva de lítio do
mundo: uma dezena de empresas internacionais quer explorá-la, mas
ainda não conseguiu convencer Evo Morales. O presidente boliviano
diz não querer que estrangeiros "saqueiem" o seu país
O lítio, metal cujas jazidas se encontram misturadas às salinas, faz parte da vida de todo mundo. Ele é a
matéria-prima das baterias presentes em 90% dos notebooks, 60% dos celulares e em todos os aparelhos
de MP3 do planeta. Graças às baterias de íons de lítio, de tecnologia mais moderna que suas antecessoras
feitas de chumbo, os equipamentos eletrônicos pessoais vêm se tornando cada vez menores e mais
possantes. Agora, com os planos da indústria automobilística de expandir a produção de carros movidos a
eletricidade, a tendência é que o lítio adquira um peso cada vez maior na matriz energética mundial. Isso
porque as baterias de íons de lítio, em versão bem mais avantajada do que a usada em aparelhos
eletrônicos, são consideradas a melhor alternativa para equipar os novos modelos elétricos ou híbridos. No
último salão do automóvel de Detroit, em janeiro, a Toyota anunciou uma nova versão do Prius – o primeiro
híbrido a se tornar um sucesso de vendas –, em que a bateria de níquel-cádmio será substituída por uma
de íons de lítio. A General Motors, que com seu modelo Volt, com lançamento previsto para 2010, pretende
transformar o nicho dos carros híbridos num segmento de mercado popular, juntou-se à fabricante de
eletrônicos coreana LG para desenvolver sua própria linha de baterias de íons de lítio.
Se depender das nações desenvolvidas, ávidas por diminuir sua dependência do petróleo produzido em
países com governo pouco confiável como o Irã e a Venezuela, o destino dos carros elétricos e das baterias
de íons de lítio é promissor. O presidente americano Barack Obama quer ver 1 milhão de veículos movidos
a eletricidade circulando pelos Estados Unidos em 2015. O mesmo número de carros movidos a bateria
deve compor a frota alemã em 2020, segundo os planos da chanceler Angela Merkel. A consultoria
americana Free-donia Group, uma das maiores do setor automotivo, acredita que 4,5 milhões de carros
híbridos serão vendidos no mundo até 2013. Esse cenário, porém, pode esbarrar num obstáculo. Metade
das reservas de lítio do mundo repousa na salina de Uyuni, na Bolívia, país de futuro político e econômico
imprevisível diante dos desatinos de Evo Morales. O presidente boliviano nacionalizou de forma atabalhoada
os setores de petróleo e gás natural do país. Ele já sinalizou que fará o possível para dificultar o acesso do
mundo ao lítio de Uyuni.
Nos últimos dois anos, uma dezena de companhias estrangeiras mostrou interesse em explorar a salina de
Uyuni, sem sucesso. As reservas bolivianas continuam praticamente inexploradas. Em visita recente à
França, Morales afirmou que está aberto a negociações, mas não quer ser apenas o exportador do lítio. Ele
exige uma participação da Bolívia no mercado de automóveis fabricados com baterias de íons de lítio. Assim
como a Arábia Saudita tem as maiores reservas de petróleo do mundo, a Bolívia foi premiada com o
equivalente em lítio. Há também reservas significativas de lítio no Chile e na Argentina. Juntamente com o
Tibete, na China, esses países respondem pela maior parte das 105 000 toneladas produzidas anualmente
no mundo. O metal, transformado em carbonato, é também usado na fabricação de remédios e vidros. Mas,
se a popularização dos automóveis elétricos vingar, só a Bolívia será capaz de fornecer o lítio necessário
para abastecer a frota.
As baterias de íons de lítio representam um notável avanço tecnológico, mas estão longe de ser a resposta
para um antigo desafio da ciência – como armazenar energia elétrica em grande quantidade e de forma
eficiente e segura. Por enquanto, a melhor forma encontrada para estocar eletricidade são as baterias
eletroquímicas, feitas à base de metais. Desde a criação da primeira bateria, feita de chumbo ácido, em
1859, os pesquisadores percorrem a tabela periódica em busca do metal mais adequado a essa função.
Apesar de todos os avanços, os ganhos de eficiência das baterias foram pequenos ao longo do tempo. As
baterias de íons de lítio armazenam apenas três vezes mais energia do que aquelas criadas há 150 anos.
Agora, os cientistas estão diante de uma limitação em suas pesquisas. Quase todos os metais capazes de
armazenar energia de forma eficaz e segura já foram usados. "O lítio marca o limite da evolução das baterias
eletroquímicas. Não há outro elemento com o mesmo desempenho", explica Edson Ticianelli, diretor, em
São Carlos, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo. A próxima aposta é a troca das baterias
eletroquímicas por dispositivos que fornecem energia por meio do hidrogênio. Essa tecnologia, conhecida
como fuel cell, já é utilizada em pequena escala e a custos altos. Só deve estar disponível, a preços
acessíveis, daqui a duas décadas. Nesse período, para fabricar as baterias mais eficientes, é possível que o
mundo dependa dos humores de Evo Morales.
Descoberto em 1817 pelo químico sueco Johan August Arfvedson. Ressalte que o nome do elemento vem
do grego lithos, que significa pedra, provavelmente por ter sido extraído pela primeira vez do minério petalita.
Além desse, há outros três: espudomeno (o mais importante), lepidolite e ambligonita. É interessante assinalar
que a petalita, um silicato de alumínio e lítio (LiAlSi4O10), foi descoberta em Estocolmo, Suécia. O nome do
descobridor: o naturalista e político brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, mais famoso como "patriarca
da Independência".
01. Faça uma pesquisa sobre os dispositivos armazenadores de energia e sua importância para o
desenvolvimento humano.
02. O texto inicial vislumbra o hidrogênio como um combustível alternativo no futuro. Pesquise e destaque a
importância do uso deste combustível para a humanidade.
03. Na busca por energia, há alguma forma de obtê-la “limpa” como sugerem alguns ambientalistas. Que
questões você propõe para atacar o problema?