webmail.shaw.ca

Transcrição

webmail.shaw.ca
CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO
UNIFAI
PEDRO ANIZIO GOMES
LEITURA EM TELEFONES CELULARES:
Livro Eletrônico para as massas?
São Paulo
2010
PEDRO ANIZIO GOMES
LEITURA EM TELEFONES CELULARES:
Livro Eletrônico para as massas?
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Biblioteconomia, para obtenção
do grau de Bacharel em Biblioteconomia.
ORIENTADOR: Profª. NORMA CIANFLONE CASSARES
São Paulo
2010
PEDRO ANIZIO GOMES
LEITURA EM TELEFONES CELULARES:
Livro Eletrônico para as massas?
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Biblioteconomia, para obtenção
do grau de Bacharel em Biblioteconomia.
Aprovado em novembro de 2010
________________________________________________________________________
ORIENTADOR: Profª. NORMA CIANFLONE CASSARES
AGRADECIMENTOS
A Deus, sempre!
Aos meus familiares que sempre me proporcionaram um ambiente agradável e propício para o
desenvolvimento de minha carreira acadêmica.
À bibliotecária Síria Luzia pela primeira oportunidade de estágio na Faculdade Montessori.
Oportunidade muito bem aproveitada, onde pude praticar o que aprendi em sala de aula e pela
primeira vez tive certeza que estava trilhando um excelente caminho profissional.
Ao bibliotecário Sandro Brito, bibliotecário responsável pela Biblioteca Dr. Luiz Flávio
Gomes, por me conceder o privilégio de trabalhar com um profissional dinâmico e totalmente
de acordo com o perfil que se exige dos profissionais bibliotecários neste século 21, cujos
ensinamentos servirão de modelo na minha caminhada profissional como bibliotecário.
À bibliotecária Sibele Fausto, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de
São Paulo, pelas dicas de bibliografias e correções pontuais neste Trabalho de Conclusão de
Curso.
Aos bibliotecários e estudantes de biblioteconomia do Brasil que através da internet
contribuíram para a realização deste trabalho de Conclusão de Curso. Demonstraram com
ações concretas, a importância de colaborar com os colegas de profissão, mesmo à distância,
mostrando como estão antenados com as novas tecnologias.
RESUMO
Baixar livros eletrônicos e lê-los em uma tela monocromática ou de LCD, tarefa antes
realizada no microcomputador ou em um notebook, agora pode ser feita na tela do celular,
graças ao desenvolvimento de tecnologias que permitem o acesso ao conteúdo informacional
armazenado na grande rede. Aparelhos celulares dotados de tecnologia TouchScreen, acesso
rápido à internet (3G e WI-FI), visualização de arquivos PDF e telas mais adequadas para
leitura, vem impondo certa padronização aos novos celulares lançados aqui no Brasil. Desde o
lançamento do iPhone em 2007, aparelhos mais simples vem ganhando funcionalidades e
características das tecnologias citadas anteriormente e a barreira entre aparelhos celulares
comuns e smartphones de uso profissional vem sendo derrubada. Até onde esses fatores
poderão atrair leitores de livros impressos para a leitura de livros eletrônicos nas pequenas
telas dos aparelhos celulares, cada vez mais consumidos por pessoas de todas as classes
sociais?
Palavras-chave: Livro Eletrônico - Leitura - Aparelhos Celulares - Tecnologias da
Informação e da Comunicação.
SUMÁRIO
RESUMO
SIGLAS E ABREVIATURAS
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. INTRODUÇÃO
2. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO: LIVROS
ELETRÔNICOS E APARELHOS CELULARES
2.1 A invenção de Gutenberg ............................................................................... 10
2.2 As Revoluções e a Sociedade da Informação ................................................ 12
2.3 A Internet ........................................................................................................ 13
2.4 O Livro Eletrônico ......................................................................................... 16
2.5 Aparelhos Celulares ....................................................................................... 20
3. LEITURA
3.1 Leitura nos tempos da WEB ........................................................................... 22
3.2 Leitura de livros eletrônicos em aparelhos celulares ...................................... 23
3.3 O bibliotecário e as Tecnologias da Informação e da Comunicação .............. 27
4. CONCLUSÃO ................................................................................................. 29
5. GLOSSÁRIO .................................................................................................. 32
6. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 35
7. APÊNDICES ................................................................................................... 39
SIGLAS E ABREVIATURAS
LCD
Liquid Crystal Display (Monitor de Cristal Líquido)
GED
Gerenciamento Eletrônico de Documentos
ICQ
Programa de comunicação instantânea.
MP3
Formato de arquivo compacto de áudio.
MSN
Programa de comunicação instantânea que permite o envio e o
recebimento de mensagens de texto em tempo real.
NTIC’s
Novas Tecnologias de Informação e da Comunicação
OPAC
Online Public Access Catalog (Catálogos de Acesso Público On-line)
PDA
Computador de dimensões reduzidas, menor do que uma agenda.
PDF
Portable Document Format (Formato de Documento Portátil)
URL
Uniform Resource Locator (Localizador de Recursos Universal)
VOIP
Voice over Internet Protocol (Voz sobre Protocolo da Internet)
WWW
World Wide Web (Rede de Alcance Mundial, tradução livre)
3G
Terceira geração de padrões e tecnologias de telefonia móvel.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - O trabalho na oficina .......................................................................................... 11
Figura 2 - Reprodução de “as duas irmãs” (Auguste Renoir, 1889) ................................... 13
Figura 3 - Rede Mundial de Computadores ........................................................................ 16
Figura 4 – A Web e seus recursos chegam aos aparelhos celulares .................................... 21
Figura 5 - E-reader: Uma nova forma de leitura ................................................................ 22
Gráfico 1 - Usos dos aparelhos celulares no Brasil – 2009 ................................................. 21
Tabela 1 - Tabela comparativa sobre livros impressos ou eletrônicos ................................ 17
Tabela 2 – Vantagens e desvantagens do livro impresso .................................................... 18
Tabela 3 – Vantagens e desvantagens do livro eletrônico .................................................. 19
Tabela 4 – Tabela comparativa de tamanho de telas de dispositivos móveis ..................... 25
Tabela 5 – Interesse pela leitura em aparelhos celulares .................................................... 25
8
1 INTRODUÇÃO
Durante a idade média no continente europeu a Igreja Católica monopolizou a produção de
livros, criados de maneira artesanal pelos monges copistas. Porém, tanta dedicação investida
na criação destes manuscritos tinha um preço: a demora de se produzir um único volume, que
depois de pronto, tinha seu uso restrito aos homens da igreja ou a poucos privilegiados que
não tinham cargos eclesiásticos. Outro fator que contribuía para a restrição e elitização dos
livros era o Latim, que era a língua oficial dos documentos da igreja, mas não era a língua
falada pela classe popular, que usava a vulgata, um latim cotidiano. Era necessário produzir
livros em larga escala e escritos em uma linguagem que fosse familiar ao povo.
A invenção de Gutenberg, que resultou na mecanização e produção de impressos em larga
escala, foi importante incentivo para o aumento da circulação de informações em camadas
sociais onde o hábito da leitura era novidade, possibilitando uma das primeiras demonstrações
de democratização da informação. Muitos movimentos sociais, políticos e religiosos - como a
Reforma Protestante e a Revolução Francesa - talvez não tivessem obtido sucesso, não fosse a
aceitação dos novos ideais entre o povo, que conheceu as idéias destes movimentos graças aos
impressos produzidos pelos companheiros de ofício de Gutemberg espalhados pelo velho
mundo. Alguns séculos depois, a internet possibilitou o acesso às informações antes restritas a
pequenos grupos. Entre outras coisas, a Internet oferece uma gama de livros eletrônicos de
forma gratuita, desde textos da antiguidade clássica até obras inéditas de autores
contemporâneos.
Os primeiros aparelhos celulares lançados no mercado brasileiro no começo dos anos 90
tinham como única função - e maior chamariz para os consumidores - a telefonia móvel. No
final desta primeira década do século XXI, os novos aparelhos apresentam tantos serviços
adicionais que a telefonia acabou se tornando só mais um serviço agregado. Vivemos um
momento de convergência de tecnologias, onde assistimos o encontro da Internet com a
Telefonia Móvel, proporcionando ao usuário experiências que até pouco tempo só eram
possíveis vivenciar na frente de um microcomputador ou notebook. Tarefas que se tornaram
comuns desde a popularização da internet e o progressivo – e lento – acesso do consumidor de
baixa renda as novidades da tecnologia, como verificar mensagens em webmails, ler notícias
on-line, expressar-se através da internet pelo Orkut, Facebook ou Twitter, agora são feitas
9
utilizando um aparelho celular. Houve o encontro entre aplicativos comuns em computadores
pessoais com a mobilidade dos dispositivos portáteis.
Aparelhos com tela maior e com acesso rápido à Internet, fazem diferença quando se pensa
em começar a leitura de um livro eletrônico. A capacidade de visualização de arquivos PDF
(Formato de Documento Portátil), que mantém a formatação original de qualquer documento
convertido (gráficos, cores e até multimídia) é o “pulo do gato” para fazer o leitor se
interessar ou pelo menos iniciar uma experiência de leitura. Por ser o formato padrão da
grande maioria de livros eletrônicos disponíveis na internet, o formato PDF não requer
nenhum tipo de adaptação para ser lido, além de ter uma aparência próxima de um livro
tradicional.
Atualmente as Tecnologias da Informação e da Comunicação permitem acesso a diversas
modalidades de leitura, desde aquela na tela de computadores, notebooks, e-readers, netbooks
ou em aparelhos celulares. A leitura em aparelhos celulares virou hobby no Japão no final
desta primeira década do século 21, não somente a leitura, como também a criação de livros
nestes aparelhos. Um fato curioso é o caminho inverso feito por este tipo de publicação:
digitam-se textos curtos no celular, enviando-os para blogs acessados por leitores desta nova
modalidade de literatura. Quando o livro alcança relativo sucesso, ganha uma versão
impressa. Japoneses e sul-coreanos se destacam como criadores e disseminadores de
tecnologias apreciadas pela chamada Geração Y.
O interesse por este tema surgiu após a leitura (na internet) de uma entrevista feita com o
historiador francês Roger Chartier. Nesta entrevista ele enfatizou que o livro eletrônico não
veio substituir o livro impresso, mas servir de alternativa para conquistar mais leitores neste
mundo globalizado. Este trabalho mostrará se os livros eletrônicos disponibilizados
gratuitamente na internet e a integração de serviços Web aos novos celulares estimulará a
migração dos leitores de livros impressos para a leitura de livros eletrônicos em aparelhos
celulares.
10
2. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO: LIVROS
ELETRÔNICOS E APARELHOS CELULARES
2.1 A invenção de Gutenberg
Não há progresso sem mudança.
E quem não consegue mudar a si mesmo
acaba não mudando coisa alguma.
George Bernard Shaw (1856-1950), dramaturgo inglês.
Com a queda do último imperador romano do Ocidente, Flávio Rómulo Augusto, as famílias
mais abastadas começaram a deixar as cidades para se encastelar em grandes propriedades
distantes dos antigos centros urbanos, Vicentino e Dorigo (2002) descrevem:
As transformações ocorridas no Império Romano do Ocidente, como o êxodo urbano
e a ruralização causadas pela crise escravista, foram aceleradas com as invasões
bárbaras, resultando na queda do império em 476. A partir daí, e estendendo-se até o
século X, sucedeu, então, um período marcado pelo predomínio da vida rural e
ausência ou severa redução do comércio no continente europeu, denominado Alta
Idade Média (p.117).
Chegava ao fim a Idade Antiga e tinha início a Idade Média no continente europeu. Neste
momento da História surge um novo poder que por muitos séculos ditaria as regras no mundo
ocidental: a Igreja Católica Romana, sob a liderança de homens denominados Papas.
Através de suas ordens religiosas, a Igreja monopolizou a produção de livros, que a partir de
então passaram a ser criados de maneira artesanal pelos monges copistas, como afirmam
Vicentino e Dorigo (2002):
O trabalho dos monges copistas, reclusos em mosteiros, permitiu preservar muitos
manuscritos da Antiguidade Clássica. No período medieval, esses indivíduos eram
praticamente os únicos com cultura letrada. Nesse quadro, não é de estranhar que o
principal filósofo medieval tenha sido um religioso do Baixo Império Romano,
preocupado basicamente com assuntos ligados à doutrina cristã. Santo Agostinho
[…] (p.137).
Muitos livros eram reaproveitados, apagando-se textos antigos e substituindo-os por escritos
geralmente de caráter religioso chamado palimpsesto. Porém, tanta dedicação investida na
criação destes manuscritos tinha um preço: a demora de se produzir um único volume.
Depois de prontos, os livros tinham seu uso restrito aos homens da igreja ou aos poucos
privilegiados que não tinham cargos eclesiásticos. Outro fator que contribuía para a restrição e
elitização dos manuscritos era o Latim, língua oficial dos documentos da igreja. Porém não
11
era o latim a língua falada pela classe popular, que usava como meio de comunicação oral a
vulgata, um latim cotidiano. Era necessário produzir livros em larga escala e escritos em uma
linguagem que fosse familiar ao povo.
Os chineses já dominavam as técnicas de impressão em papel, inventado por eles no ano 105
d.C. e inserido no continente europeu pelos árabes que dominavam a Espanha. Sobre esta
invenção, encontramos a seguinte informação na obra de Manuel Castells (2007):
[…] E, claro, a primeira revolução no processamento da informação foi chinesa: o
papel e a imprensa foram inventados na China. O papel foi introduzido nesse país
mil anos antes que no Ocidente, e a imprensa provavelmente começou no final do
século VII (p.45).
Mas o trabalho de gravação desenvolvido pelos orientais não era automatizado e a cada
página ou unidade impressa, era necessária a intervenção humana. Os tipos móveis (letras
geralmente feitas de metal ou madeira que agrupadas formavam textos), a tinta, prensas e o
papel já faziam parte do cotidiano de muitos profissionais no Velho Mundo. Coube a
Johannes Gensfleisch, mais conhecido como Gutenberg, juntar técnicas e materiais para
mecanizar a produção de material impresso. Foi assim que ele adaptou uma prensa utilizada
na produção de vinhos que consistia de um suporte fixo e uma parte superior móvel com o
formato de um parafuso gigante. Uma fôrma com os tipos móveis era colocada sob a parte
fixa, passava-se tinta no bloco de palavras, colocando-se a folha por cima. Em seguida, a parte
superior da prensa era movida para baixo, pressionando o papel contra os tipos. Assim nasceu
a Tipografia, precursora da imprensa moderna.
FIGURA 1
- O TRABALHO NA OFICINA: O HOMEM DA ESQUERDA CONFERE UMA PÁGINA PRONTA; O DA DIREITA PASSA
NO BLOCO DE PALAVRAS QUE IRÁ COMPOR A PRÓXIMA PÁGINA.
A TINTA
FONTE: GOOGLE IMAGENS [PESQUISE:GUTENBERG].
Os primeiros impressos gerados por meio tipográfico eram de caráter religioso. Considerado o
primeiro livro impresso, a Bíblia de 42 linhas (duas colunas com 42 linhas cada) ou B-42,
12
publicada por volta de 1456, entrou para a história como a Bíblia de Gutenberg. Parte do
sucesso da chamada Reforma Protestante liderada pelo alemão Martinho Lutero (14831546) deve-se à invenção da imprensa, dada à rapidez e alcance conseguido pelos impressos
difundidos pelos reformadores, depois chamados de protestantes. O historiador Geoffrey
Blainey (2009) ressalta:
Só nas cidades de língua alemã, mais de 200 imprensas pareciam estar praticamente
esperando este acontecimento que, sem nenhum esforço, acabaram ajudando a
Reforma Protestante. O monopólio da Igreja Católica sobre a bíblia estava prestes a
terminar devido a uma invenção emprestada, em parte, de uma terra onde o nome de
Cristo era quase desconhecido. A bíblia era um livro precioso escrito à mão, tão
escasso que em algumas igrejas a única cópia era acorrentada à mesa de leitura. Pela
primeira vez na cristandade, os evangelhos se tornariam acessíveis a um preço que
uma igreja de um vilarejo ou um mercador moderadamente rico pudessem comprar.
Um panfleto contendo um simples sermão podia, agora, através da poderosa
imprensa, chegar a mais pessoas como nunca antes um sermão havia conseguido
(p.83).
O reflexo imediato da mecanização e produção de impressos em larga escala foi importante
incentivo para o aumento de leitores em camadas sociais onde o hábito da leitura era novidade
e aos poucos foi se tornando comum a partir do momento em que a palavra escrita começou a
chegar às mãos das massas com uma linguagem familiar, possibilitando uma das primeiras
demonstrações de democratização da informação.
2.2 As Revoluções e a Sociedade da Informação
Nada dura tanto, exceto a mudança.
Heráclito (540-480 a.C.), filósofo grego.
Revolução, segundo o popular dicionário Aurélio (2009), significa: “Transformação radical
de estrutura política, econômica e social, dos conceitos artísticos ou científicos”. Sempre que
uma quantidade considerável de informações começava a circular entre a camada mais
popular da sociedade, gerando troca de idéias e discussões diversas, mudanças não
demoravam em acontecer. Segundo Siqueira Júnior (2009):
A literatura indica três marcos no desenvolvimento social, que são a revolução
agrícola, industrial e tecnológica. Esses marcos causaram grandes mudanças na
estrutura social. Marco Antônio Ferreira de Melo alude acerca dessas mudanças por
intermédio de três paradigmas: agrícola, industrial e digital. A revolução agrícola
inseriu o homem no sistema produtivo. Com a revolução industrial verificaram-se
13
novos tipos de energia e, finalmente, a revolução tecnológica traz a informação
como produtora de riqueza (p.217).
No século XVIII o advento da Revolução Francesa decretou o fim da Idade Moderna e deu
início a Idade Contemporânea no mundo ocidental. Antes desse tempo, o poder da Igreja
Católica já não era tão grande e vinha sendo minado aos poucos por diversos movimentos
econômicos e sociais, como o crescimento e fortalecimento de uma classe burguesa vinda do
comércio, a criação de universidades, a Reforma Protestante e o Iluminismo. Foi dado início
a uma reurbanização das cidades, algo que não acontecia efetivamente desde a queda do
Império Romano do Ocidente. Fosse como trabalhadores ou consumidores, começava a se
desenhar ali uma sociedade envolvida com as tecnologias que a época oferecia e que
começava a valorizar e ser valorizada pelas informações e conhecimentos que possuíam.
Eram os primeiros esboços de uma sociedade que com o passar dos anos viria a ser chamada
de Sociedade da Informação. Uma excelente definição do que seria essa sociedade,
encontramos na obra de Siqueira Júnior (2009):
A expressão Sociedade da Informação é entendida no contexto dessa sociedade pósindustrial, no que ela apresenta de qualitativamente relacionado à informação. Isso
significa que não engloba toda a sociedade contemporânea, na medida em que
muitas regiões e populações estão hoje excluídas do ambiente informacional, mas
sim aquele setor dominante do mundo globalizado, o qual se caracteriza pela
informação, comunicação e pelo domínio da tecnologia de ponta (p.216).
FIGURA 2
- REPRODUÇÃO DE “AS DUAS IRMÃS” (AUGUSTE RENOIR, 1889). FONTE: GOOGLE IMAGENS [PESQUISE:LEITURA].
2.3 A internet
Quando todos pensam da mesma maneira, ninguém pensa grande coisa.
Carl Sandburg (1878-1967), jornalista e militante político norte-americano.
Sua origem foi um projeto militar idealizado pelo Departamento de Defesa dos Estados
Unidos durante a Guerra Fria. Nesta guerra, os combates eram travados no campo
14
ideológico entre capitalistas representados pelos Estados Unidos e socialistas representados
pela União Soviética. Sobre esta época, Castells (2007) escreve:
Quando o lançamento do primeiro Sputnik [satélite artificial], em fins da década de
50, assustou os centros de alta tecnologia estadunidenses, a ARPA empreendeu
inúmeras iniciativas ousadas, algumas das quais mudaram a história da tecnologia e
anunciaram a chegada da Era da Informação em grande escala (p.82).
Os norte-americanos temiam um ataque que destruísse suas bases de dados que armazenavam
informações militares estratégicas. Foi desenvolvida uma tecnologia que ligava diversos
computadores localizados em lugares diferentes e faziam com que os dados circulassem entre
eles e, caso um computador fosse destruído, não se perderia nenhuma informação importante,
pois a mesma não estava centralizada ali na máquina que por ventura fosse destruída e sim em
algum outro ponto daquela “rede” de computadores. Nascia a ARPANET, inicialmente
militarizada e depois aberta aos acadêmicos e pesquisadores de diferentes áreas do
conhecimento, o que possibilitou o desenvolvimento de novas tecnologias e da própria rede
em si, que anos mais tarde separou-se em diversos ramos: militar na MIL.NET, acadêmico na
CSNET e a BITNET para acadêmicos não-científicos, entre outras redes. No decorrer dos
anos, a ARPANET atraiu também pesquisadores de outros países e grandes empresas do ramo
de telecomunicações que injetaram dinheiro e conhecimentos técnicos na rede que teve seu
nome mudado para INTERNET. A internet é fruto do desenvolvimento tecnológico, segundo
Zaniolo (2007):
Fruto da convergência do desenvolvimento das telecomunicações e dos
computadores, a rede internet é a grande responsável pela revolução no mundo das
comunicações e dos computadores. O telégrafo, o telefone, o rádio e o computador
prepararam o palco para a integração de capacidades únicas da rede, que é, ao
mesmo tempo, um mecanismo disseminação de informações de alcance mundial e
um meio de interação e colaboração entre pessoas e computadores, independente de
sua localização geográfica (pág.27).
Apesar de tantas inovações, o conhecimento informático – além da estrutura oferecida pela
rede de telefonia local - exigido para utilizar os recursos da internet era um dos fatores que
impediam o acesso em massa à rede, assim como fazemos hoje. Sistemas Operacionais
Gráficos como o Windows, não eram comuns e nem mesmo a utilização do mouse para clicar
em ícones - pequeno símbolo gráfico usado para representar um programa ou atalho para
algum documento - para abrir documentos.
15
A internet chegou ao Brasil em 1988, sendo inicialmente restrita a universidades e centros de
pesquisas, até que a portaria 295 de 20.07.1995 possibilitou às empresas denominadas
Provedores de Acesso comercializar o acesso a ela (KAMINSKI, 2003). Faltava somente
uma pequena mudança para popularizar a internet: criar uma linguagem audiovisual que
tornasse fácil e intuitivo a pesquisa de dados. Neste momento entra em cena o programador
inglês Tim Berners-Lee, pesquisador do CERN (Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear),
segundo Castells (2007):
[…] A invenção da WWW deu-se na Europa, em 1990, no Centre Européen poour
Recherche Nucleaire (CERN) em Genebra, um dos principais centros de pesquisas
físicas do mundo. Foi inventada por um grupo de pesquisadores do CERN chefiado
por Tim Berners Lee (sic) e Robert Cailliau. […] Basearam-se parcialmente no
trabalho de Ted Nelson que, em seu panfleto de 1974, “Computer Lib”, convocava o
povo a usar o poder dos computadores em benefício próprio. Nelson imaginou um
novo sistema de organizar informações que batizou de “hipertexto”, fundamentado
em remissões horizontais. A essa idéia pioneira, Berners Lee (sic) e seus colegas
acrescentaram novas tecnologias adaptadas do mundo da multimídia para oferecer
uma linguagem audiovisual ao aplicativo (p.88).
Outro personagem que deve ser lembrado – ou conhecido – quando se conta a história da
internet é Marc Andreessen, criador do programa Mosaic, considerado o primeiro Navegador
Web no início dos anos 90. Alguns anos depois, em 1994, já com suporte financeiro de uma
grande empresa, lançou o programa Netscape Navigator, que junto com o ICQ, tornou-se um
dos sucessos de público nos primórdios da internet, assim como hoje temos o Skype, MSN e
outros programas populares e gratuitos que facilitam tanto a troca de informações e a
interação entre as pessoas. Sobre a facilidade de acesso à rede proporcionada pela Web e os
navegadores, temos uma afirmação feita por Almeida (2003):
Antes do aparecimento da Web e dos navegadores gráficos, navegar na internet era
algo reservado apenas aos iniciados. A informação, abundante e de qualidade, estava
distribuída em locais inacessíveis à maioria. Uma enorme biblioteca sem fichas
catalográficas. A situação, no momento atual, é diferente. Os mecanismos de busca
de informação na internet evoluíram de forma surpreendente. Sítios como o Google
elevaram a busca de informações na web praticamente ao estado da arte, sem um
acréscimo de complexidade ao usuário final (p.33).
16
FIGURA 3 - REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES.
FONTE: GOOGLE IMAGENS [PESQUISE:LEITURA E INTERNET].
A internet democratizou o acesso às informações antes restritas a pequenos grupos, abriu
caminhos que conduzem à democratização do acesso ao conhecimento e não pode ser
encarada simplesmente como um amontoado de computadores interligados em rede e sim
como uma rede de pessoas interagindo das formas mais diversas.
2.4 O Livro Eletrônico
Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo.
Fernando Pessoa (1888-1935), poeta português.
A crescente popularização do uso da internet e seus usos na vida cotidiana tornaram inevitável
o encontro dos livros com a tecnologia. Quem gosta de ler um bom livro - tradicional ou
eletrônico - sempre tem aquela livraria ou sebo sua preferência. Tem aqueles que gostam de
ficar no meio de estantes - muitas vezes empoeiradas - entupidas de livros ou preferem tomar
um café enquanto ouvem um áudiobook em livrarias onde a tecnologia mostra claramente
seus benefícios e que veio para ficar. Livro eletrônico, virtual books, e-books ou livro virtual,
diversos nomes para definir os arquivos digitalizados a partir de um livro impresso ou criados
diretamente em meio eletrônico. Sobre o livro eletrônico, Dedim (2008) nos diz:
A evolução da ciência, aliada ao desenvolvimento da tecnologia da informação,
apresenta inúmeros reflexos nas relações interpessoais, na educação, na economia,
no direito. O chamado livro eletrônico ou e-book é fruto dessa evolução nas formas
de armazenamento, processamento e recuperação de dados e informações (p.44).
Diversas obras da literatura mundial, desde textos da Antiguidade Clássica até obras inéditas
de autores contemporâneos desconhecidos do mercado editorial estão disponíveis
gratuitamente na internet, em domínio público. Se você sentir vontade de ler textos de
Aristóteles, A Divina Comédia de Dante, Don Quixote de Cervantes, as histórias
maravilhosas de Victor Hugo ou aquelas poesias singelas de Mário Quintana, basta acessar a
internet, localizar o livro eletrônico de sua preferência e lê-lo na tela de seu computador,
copiar para seu disco rígido ou transferí-lo para seu celular. No artigo Sobre a
transitoriedade dos suportes, o escritor Umberto Eco (2009) fala sobre livros eletrônicos:
17
Não me considero um reacionário preso ao passado. Em um disco rígido portátil de
250 gigas, gravei as maiores obras mestras da literatura mundial e da história da
filosofia: é muito mais confortável recuperar do disco rígido em poucos segundos,
uma citação de Dante ou da Summa Theologica, que levantar-se e pegar um volume
pesado nas prateleiras mais altas. Mas estou feliz de os livros continuarem nas
minhas prateleiras, é uma garantia da memória para quando os fios dos instrumentos
eletrônicos entrarem em curto.
Na obra Do Papel até a Web, Tony McKinley (1998) também opina sobre os livros
eletrônicos:
Obviamente para os puristas à moda antiga, os livros em papel ainda terão o seu
charme. Podemos fazer anotações ou outras marcações neles com facilidade, e eles
ainda podem ser lidos em quase qualquer condição de iluminação e de ambiente.
Levará pelo menos uma ou duas gerações humanas até que os livros digitais possam
carregar tal presença física e emoção, se é que conseguirão (p.15).
Uma iniciativa importante do Governo Brasileiro foi a criação do Portal Domínio Público
[www.dominiopublico.gov.br] que disponibiliza gratuitamente para download obras
fundamentais da literatura mundial. Além de textos, disponibiliza também áudios e vídeos que
podem ser lidos, ouvidos ou vistos utilizando-se o aparelho celular.
O atual debate sobre a preferência dos leitores por livros impressos ou livros eletrônicos, pode
ser representado pela tabela abaixo que mostra a quantidade de livros tradicionais e
eletrônicos lidos em um ano. Esta pesquisa foi realizada com 45 bibliotecários de todo o
Brasil em diversos grupos de discussões na internet. A escolha deste grupo de profissionais
deu-se pela relação dos bibliotecários com a leitura, livros e como mediadores de leitura em
muitas instituições educacionais. Veja a seguir tabelas com dados sobre a quantidade de livros
lidos em um ano:
LIVRO
IMPRESSO
Leitura/ano
LIVRO
ELETRÔNICO
Leitura/ano
Livros Leitores
1
1
2
2
3
2
5
8
Livros Leitores
0
22
1
9
2
9
3
3
18
6
7
10
12
15
20
30
60
Total
3
3
5
3
7
8
2
1
Total
171
45
10
15
Total
1
1
Total
31
45
TABELA 1 - TABELA COMPARATIVA SOBRE QUANTIDADE DE LIVROS IMPRESSOS OU ELETRÔNICOS LIDOS EM UM ANO
Fica evidente a preferência pelo livro impresso entre estes profissionais da informação. Veja a
seguir alguns depoimentos (grafia dos mesmos) sobre vantagens e desvantagens destes dois
tipos de livros.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO LIVRO IMPRESSO
VANTAGENS
Menor esforço visual, preço.
Consigo carregar o livro comigo e ler em qualquer
lugar.
DESVANTAGENS
Tamanho, peso.
Gasta árvores.
"Portabilidade" e fácil manuseio. (facilidade de leitura
em qualquer ambiente, ônibus, cama, salas de espera e
Preço.
etc).
Portabilidade, mais cômodo
Para mim a vantagem é de poder levar em qualquer
lugar.
Eu levo comigo para qualquer lugar, faço anotações
com mais facilidade e da forma como quero, empresto
para amigos e parentes, dou para alguém depois que
leio, vendo se for valioso, troco com muita facilidade...
Ocupa um lugar físico na estante, retém poeira, não
posso copiar trechos para citação (preciso digitar).
Volume de materiais (quanto + livros, + peso).
A desvantagem, hoje podendo compará-lo a livros
eletrônicos, é não ter uma maneira fácil de localizar
determinada idéia, frase ou palavra.
Vantagem ler onde quiser.
Busca por partes do livro, palavras-chave.
Contato físico com a obra, folhear.
Sua vida útil e fragilidade.
O livro impresso, posso ler onde quiser, carregá-lo, não
necessita de tecnologia, geralmente é mais leve que um O volume (tamanho e peso).
notebook, etc.
Portabilidade, tradição, costume, recorrência à infância,
cheiro, lembranças, etc.
Desvantagem, muitas vezes são pesados. Ler a trilogia
do "Senhor dos anéis" faz mal para a coluna!!! :P O
preço não ajuda muito...
19
TABELA 2
– VANTAGENS E DESVANTAGENS DO LIVRO IMPRESSO
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO LIVRO ELETRÔNICO
VANTAGENS
DESVANTAGENS
Mais compacto (não ocupa espaço físico para guardar e Os aparelhos portáteis que leem e-books disponíveis
dá para levar consigo vários livros).
Fácil "aquisição" de um exemplar (download) que não
está disponível em uma biblioteca próxima.
atualmente no Brasil têm a tela muito pequena.
Cansaço de realizar a leitura em uma tela (claridade,
ângulo), dependência de fontes de energia elétrica
(tomadas, pilhas, baterias).
Se não tiver um aparelho especial para visualizar os
Gratuito.
textos (e-book reader) a leitura fica cansativa e pode
ficar presa a um local onde tenha um computador.
Posso copiar (às vezes) um trecho para citação.
É muito incômodo de se ler.
É + barato ou até mesmo gratuito.
Leitura cansativa, ergonomicamente desconfortável.
Vantagem de acessar o conteúdo em qualquer lugar,
É desconfortável e desmotivador ler através de uma
ocupa pouco espaço.
tela...
Facilidade para encontrar o texto ou tópico procurado.
É muito cansativo para ler por mais de 30 min.
Podemos ter uma biblioteca de 100 livros em um
Pendrive.
Cansaço visual.
Procura é muita e o livro sempre está reservado. Não
pesa e vc pode levá-lo para qualquer lugar. É barato, pq
vc baixa de graça na internet, quer dizer, de graça não
pq vc paga a conta telefônica, a do provedor, da
internet banda larga...(no meu caso é de graça mesmo
A desvantagem é o fato de não se fazer marcações a
lápis (ainda), e a insegurança nas cidades impede de se
abrir o laptop para ler.
pq acesso à internet do estágio).
Pela disponibilidade. Porque nem sempre dá para pegar Talvez a falta de costume de utilizá-lo fazendo a
determinado livro na biblioteca, ou porque não tem ou
comparação ao livro impresso ao qual estou
porque tem pouquíssimos exemplares disponíveis.
acostumada desde que me alfabetizei.
TABELA 3
– VANTAGENS E DESVANTAGENS DO LIVRO ELETRÔNICO
Sobre livros impressos e livros eletrônicos, o historiador Roger Chartier (2009) faz um alerta:
Num momento em que se discute a possibilidade ou necessidade de as bibliotecas
digitalizarem suas coleções (particularmente os jornais e revistas) tal observação
lembra que, por mais fundamental que seja esse projeto de digitalização, ele nunca
deve conduzir a relegação ou à destruição dos objetos impressos do passado.(p.28).
Como leitores, como cidadãos, como herdeiros do passado, devemos, pois, exigir
que as operações de digitalização não ocasionem o desaparecimento dos objetos
20
originais e que seja sempre mantida a possibilidade de acesso aos textos tais como
foram impressos e lidos em sua época (p.29).
2.5 Aparelhos Celulares
Sempre desejei que o meu computador fosse tão fácil de usar como o meu telefone.
O meu desejo realizou-se. Já não sei usar o meu telefone.
Bjarne Stroustrup – Cientista da computação dinamarquês
O aparelho celular virou uma verdadeira paixão nacional. Segundo levantamento realizado
pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) no segundo semestre de 2009, a
quantidade de linhas de telefonia celular ativadas em território nacional chegou a 157,5
milhões. Bem diferentes dos primeiros aparelhos lançados no mercado nacional no começo
dos anos 90, que tinham como única função a possibilidade de comunicação móvel, os novos
celulares apresentam tantos serviços adicionais que a telefonia acabou se tornando só mais um
atrativo. Na reportagem Celulares tiram web do computador, o jornalista Filipe Serrano,
com base em diversas pesquisas, afirma:
Até 2020, o celular será o principal dispositivo de acesso à internet para a maior
parte da população. Este é um dos pontos de maior consenso entre os especialistas
entrevistados
para
o
estudo
"Imagining
the
Internet"
(http://www.elon.edu/predictions), que prevê como será a internet nos próximos 11
anos, divulgado no fim do ano passado. Só que há grande chance de a pesquisa estar
errada. A oferta de aparelhos e serviços pensados para uma internet acessível de
qualquer lugar tem crescido tanto que, antes de 2020, já teremos perdido a noção do
que é um "telefone". Se atualmente, comunicar-se por voz já é apenas mais uma das
funções desse dispositivo de comunicação, imagine daqui a 11 anos.
FONTE: Site do jornal O Estado de São Paulo
Segundo dados divulgados em 2008 pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da
Informação e da Comunicação no Brasil (CETIC.br), o uso da telefonia celular ainda
predomina nos novos aparelhos de comunicação, mas aos poucos outras funções vem
transformando os celulares em pequenos computadores portáteis, como demonstrado neste
gráfico:
21
GRÁFICO 1
– USOS DOS APARELHOS CELULARES NO BRASIL – 2009. FONTE: [WWW.CETIC.BR].
Os leitores de livros eletrônicos acostumados com os monitores tradicionais também se
beneficiam da portabilidade oferecida pelos novos aparelhos para armazenar e ler seus livros
eletrônicos.
FIGURA 4
- A WEB E SEUS RECURSOS CHEGAM AOS APARELHOS CELULARES. FONTE: GOOGLE IMAGENS [PESQUISE:
SMARTPHONES].
22
3 LEITURA
3.1 Leitura nos tempos da WEB
Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros.
Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de
escrever a sua própria história.
Bill Gates – Fundador da Microsoft
No estudo intitulado How Users Read on the Web, Jakob Nielsen, um dos maiores
especialistas em webdesign e usabilidade de páginas web, ressalta a preferência dos leitores
internautas por parágrafos curtos, objetivos e com os pontos principais da mensagem
apresentados em tópicos. Em reportagem intitulada Internet e livros se unem em site sobre
literatura, temos uma amostra das características destes internautas leitores - principalmente
os mais jovens - e uma dica para “conquistar” novos leitores nestes tempos de Web:
Acostumados com a leitura dinâmica oferecida pela internet, um grande número de
jovens não têm paciência para se dedicar aos livros. Para mudar um pouco a imagem
de que a web é inimiga da literatura foi criado recentemente no Brasil um site que
apresenta ao internauta escritores e suas obras por meio de minidocumentários em
formato de clipe. Trata-se do LivroClip, um site abastecido com 148 vídeos com
tempo médio de cinco minutos cada. Neles, a vida de autores - como Álvares de
Azevedo - e suas obras são mostradas em forma de animação e acompanhadas por
trilhas sonoras de artistas populares, especialmente de rock.
Munidos apenas da animação e da trilha, o site transforma o enredo das obras
literárias em uma espécie de trailler de cinema ou conta a vida de um autor
transportando a realidade dele para o presente.
FONTE: Site do jornal Folha de São Paulo
FIGURA 5
– E-READER: UMA NOVA FORMA DE LEITURA. FONTE: GOOGLE IMAGENS [PESQUISE: E-READERS].
23
Algumas interrogações ainda surgem quando se fala em leitura de livros eletrônicos,
indagações levantadas por Oliveira (s.d.) no artigo Livros virtuais: a literatura na rede,
:
O que é um livro virtual?
No futuro os autores vão ganhar a vida escrevendo para a internet?
A tela do computador irá substituir o papel como suporte ideal para a literatura?
As respostas a perguntas desse tipo são as mais variadas possíveis. Há desde os
apocalípticos, temerosos de que a internet trará o fim do prazer da leitura, até os
eufóricos, que preconizam na net a solução para a emergência de novos e talentosos
autores, atualmente ignorados pelas editoras convencionais.
Polêmicas à parte, a verdade é que os e-books conquistaram uma fatia considerável
de leitores, fazendo com que autores desconhecidos tivessem seus livros lidos por
milhares de pessoas.
3.2 Leitura de livros eletrônicos em aparelhos celulares
Um público comprometido com a leitura é crítico,
rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê
em lemas que alguns fazem passar por idéias.
Mário Vargas Llosa – Escritor peruano
A leitura em aparelhos celulares virou hobby no Japão nesta primeira década do século XXI.
Não
somente
a leitura,
como
também
a
criação
de livros
nestes
aparelhos.
Um fato curioso é o caminho inverso feito por este tipo de publicação: digitam-se textos
curtos no celular, enviando-os para blogs acessados por leitores desta nova modalidade de
literatura. Quando o livro alcança relativo sucesso, ganha uma versão impressa. Japoneses e
sul-coreanos se destacam como criadores e disseminadores de tecnologias apreciadas pela
chamada Geração Y.
No ocidente, um evento em especial pode ser destacado como fator que poderá aumentar o
número de leitores de livros eletrônicos em celulares: o lançamento do smartphone da Apple,
o iPhone em meados de 2007 nos Estados Unidos. Em reportagem intitulada iPhone:
lançamento causa confusão em loja de NY, feita na época de seu lançamento, já mostrava
que não se tratava de um simples aparelho para fazer e receber ligações:
Em Nova York, na loja da AT&T do Brooklyn, o primeiro comprador foi admitido
dois minutos depois do horário marcado para o início das vendas (18h lá) e saiu
apenas meia hora depois. Em Nova Jersey, houve até uma contagem regressiva, feita
por quem aguardava na fila. Assim que a loja abriu, 20 pessoas entraram e o jovem
24
Scott foi o primeiro a adquirir seu iPhone. Ele saiu da loja levantando o iPhone, em
sinal de triunfo, e foi aplaudido por quem continuava na fila. Segundo o Engadget,
enquanto as pessoas aplaudiam, um transeunte passou, olhou a situação e, sacudindo
a cabeça, exclamou: "mas tudo isso só por um telefone?". Ele certamente não é um
applemaníaco.
FONTE: Portal Terra
Além de diversas funções e serviços, o tamanho de sua tela Touchscreen, o acesso em alta
velocidade (3G), a possibilidade de fazer downloads de livros eletrônicos e a visualização de
arquivos PDF, fez com que o assunto leitura em dispositivos móveis fosse reavaliado. Não
que o iPhone tenha trazido ao mercado qualquer novidade em termos de tecnologia – telas
LCD, Touchscreen, internet móvel, pen drive, rádio, câmera fotográfica, etc. - mas a maneira
como estas tecnologias foram incorporadas ao dispositivo criou um paradigma e fez com que
a concorrência inovasse em novos aparelhos para não ficar para trás na busca por novos
clientes.
Bem antes de 2007 já existiam entusiastas e leitores fiéis de livros eletrônicos em telefones
móveis, porém, para ler um bom livro nas minúsculas telas, era necessário dominar certos
conhecimentos de informática para codificá-lo em um formato de arquivo compatível com a
marca e o modelo do celular. Depois de transferido para o celular, a experiência de leitura não
era muito agradável, pois a codificação do livro o transformava em texto puro, ou seja, sem
cores, gráficos ou desenhos. Para os mais afortunados, possuidores de celulares mais
modernos,
com
sistemas
operacionais
compatíveis
com
sistemas
usados
em
microcomputadores, era mais fácil: bastava achar na internet o livro eletrônico em formato
compatível, fazer download e transferir – via cabo USB - para o celular.
Após o lançamento do iPhone – lembrando que outras marcas tentaram algo parecido bem
antes – houve a união do aparelho celular tradicional usado geralmente só para fazer e receber
ligações, com o smartphone usado há anos no mercado corporativo para verificação de emails, cadastro de dados fora da empresa e posterior sincronização destes dados com os
computadores corporativos. Houve o encontro entre aplicativos comuns em computadores
pessoais com a mobilidade dos dispositivos portáteis. Creio que por conta da força do
marketing da fabricante (Apple), divulgação da mídia, a internet e um público sedento por
novidades tecnológicas, fizeram deste aparelho um modelo a ser seguido pelos concorrentes.
25
Veja abaixo uma tabela comparativa do tamanho da tela de alguns dispositivos móveis, um
dos fatores que determinantes para que alguém se aventure nesta modalidade de leitura.
TABELA 4
– TABELA COMPARATIVA DE TAMANHO DE TELAS DE DISPOSITIVOS MÓVEIS COMERCIALIZADOS NO BRASIL - 2009
Na mesma pesquisa, recolhi relatos (grafia dos entrevistados) dos bibliotecários sobre as
sensações geradas pela leitura de livros em celulares:
JÁ LEU LIVROS ELETRÔNICOS NA TELA DE UM CELULAR?
Se respondeu SIM: quais foram suas
Se respondeu NÃO: qual motivo o impediu
impressões?
de realizar este tipo de leitura?
Sim: Péssimas. É difícil ler no celular, letras pequenas,
cabem poucas palavras no monitor.
Não tenho interesse em fazer uso dessa tecnologia.
Não. Mas a princípio, não gostaria não. Ainda não
Sim, porém não li nem um capítulo completo, pois as
desenvolvi minha cognição para aceitar essa
letras eram muito pequenas, sem possibilidade de
tecnologia. Nem tentei realizar esse tipo de leitura.
ajuste.
Quando recebo mensagem com mais de três linha fico
nervosa.
Estou começando essa experiência agora, depois que
consegui comprar um Nokia nseries genêrico da China
(Celular mp9 E71 "Nokia series"). Já li muito num
aparelho de mp4, e uma das vantagens é que vc pode
ler em qualquer lugar e até mesmo no escuro, e pode
Meu celular tem a tela muito pequena (Siemens CX65). Além de que... como ficaria a "marcação" do
trecho lido, para retomar a leitura em outro momento
oportuno?
26
carregar vários ebooks e marcar as páginas que está
lendo (bookmarks). O bom tbm que vc não fica ansioso
para chegar logo no fim, como geralmente acontece
com livro impresso, de querer passar logo as páginas
para dar uma espiada e acabar lendo o final.
Livro não, apenas texto e não gostei devido ao tamanho
da tela.
Ainda acho que aparelho celular é para comunicação
imediata entre pessoas, seja por voz ou por escrito
(torpedo).
Sim e no MP4 também, além dos Audiobooks, que
posso "ler" no celular e no MP4. Alguns colegas
relataram da dificuldade de ler no celular por causa do
tamanho da letra, quando se converte um livro pra ler
no celular, tu podes selecionar o tipo e tamanho de
letra, cor do fundo da tela, bem como a cor da letra,
além de "marcar' a página onde parou de ler. Já no
MP4, no meu caso, ele já veio pré definido, não tenho
Meu celular não possibilita a leitura de um livro em sua
tela, e mesmo se fosse possível não o faria pois amo o
objeto livro.
como alterar a exibição. A principal vantagem, que
vejo é facilidade de transporte, pois não pesa, não
ocupa espaço na bolsa, além do custo, pois são
distribuídos "livremente" na internet.
Hoje meu celular é quase uma biblioteca, pois carrego
mais de 20 livros e ainda tenho um dicionário. Acredito
que o campo editorial está deixando de ocupar um
grande filão comercial em não disponibilizar os livros
em formato .jar, ou até em .txt, o que possibilita as
Tenho celular apenas para fazer e receber ligações,
conversões para os mais diferentes formatos. E as
utilizo a tecnologia como ferramenta de trabalho, mas
bibliotecas não podem disponibilizar esses livros, seria
não sou escrava desse recurso, caso algum dia por
muito bom que tivéssemos esse serviço de conversão e
algum motivo tenhamos que conviver sem a mesma,
distribuição de e-books, celBooks e AudioBooks. Mas
não sofrerei tanto, e continuarei a ler e trabalhar
principalmente a questão dos direitos autoriais o que
normalmente...
nos faz sentir na clandestinidade. Pois aqueles que
participam de fórums de compartilhamento de
arquivos, vivem com medo de serem pegos, sempre
trocando de sites que hospedam os arquivos, etc.
TABELA 5
– INTERESSE PELA LEITURA EM APARELHOS CELULARES
Aparelhos com tela maior, dotados de tecnologia touchscreen e com acesso rápido à Internet,
com certeza fazem diferença quando se pensa em começar a leitura de um livro eletrônico em
um aparelho celular. A capacidade de visualização de arquivos PDF (Formato de Documento
27
Portátil), que mantém a formatação original de qualquer documento convertido, como
gráficos, cores e até multimídia, é o “pulo do gato” para fazer o leitor se interessar ou pelo
menos iniciar uma experiência de leitura. Por ser o formato padrão da grande maioria de
livros eletrônicos disponíveis na internet, não requer nenhum tipo de adaptação para ser lido,
além de ter uma aparência próxima de um livro tradicional.
Outro fator que poderá influenciar o aumento de leitores em aparelhos celulares é a tecnologia
Touchscreen - outra tecnologia que não é nova, vide os aparelhos Palm e alguns caixas
eletrônicos - que ganhou um fôlego de popularização a partir do lançamento do iPhone e vem
se tornando um padrão dos novos aparelhos portáteis. A possibilidade de usar uma caneta
especial - ou os dedos – proporciona uma experiência de leitura mais agradável, livrando o
leitor dos botões ergonomicamente inadequados para a tarefa de rolagem do texto ou troca de
páginas.
3.3 O bibliotecário e as Tecnologias da Informação e da Comunicação
Tente ser uma pessoa de valor, não de sucesso.
Albert Einstein (1879-1955), cientista alemão.
Vivemos um momento de convergência de tecnologias que prometem aproximar o homem
moderno de seus pares. É discutível se tanta tecnologia realmente aproxima ou contribui para
o aumento do individualismo. Kim Vicente (2005) faz uma reflexão sobre como as novas
tecnologias afetam nosso dia-a-dia:
Caminhamos com guias eletrônicos - pagers, telefones celulares, assistentes pessoais
digitais e computadores de bolso - que nos ligam ao nosso trabalho. Em nossa casa
temos os últimos produtos eletrônicos, cada um com seu controle remoto e um
volumoso manual de instruções. Todas estas engenhocas destinam-se, supostamente,
a tornar a vida mais fácil, mas frequentemente a fazem ficar mais complicada. E
antes de aprendermos a usar a mais recente "conveniência" tecnológica, surge outra
mais nova no mercado, com recursos mais avançados. Não importa quantos manuais
consigamos ler, simplesmente não conseguimos dar conta disso (p.24).
Os recursos tecnológicos que podem ser utilizados por nós bibliotecários estão ligados
principalmente ao uso de microcomputadores para automatização de tarefas manuais e a
utilização dos serviços de comunicação oferecidos pela internet. No Serviço Técnico
dispomos de todas as ferramentas para catalogar eletronicamente as informações de um
suporte documentário, seja um livro, DVD, CD, microfilme, etc. Podemos disponibilizar
28
informações bibliográficas de todo acervo através de Catálogos de Acesso Público Online
(OPAC's) para consulta em qualquer terminal de computador conectado à internet. Usando
serviços de e-mail, comunicadores instantâneos, redes sociais, portais de conteúdo, blogs e
outras ferramentas que poderão estreitar a comunicação com nosso usuário da informação.
McKinley (1998, p.96), afirma que “É nesse limiar, em que a informação impressa se torna
digital, que temos a oportunidade histórica e singular de oferecer aos nossos usuários um
novo modo de ler, pesquisar e aprender”.
Através destes serviços on-line, podemos publicar informações sobre serviços e produtos,
além de disseminar comunicados pontuais que podem chegar a ele por diversos meios, desde
um telefonema feito via computador usando a tecnologia VOIP, até uma mensagem em seu
celular. Quando nosso usuário não puder chegar às informações que publicarmos no quadro
de avisos ou na internet, faremos com estas informações cheguem até ele. No livro
Introdução à Biblioteconomia, o professor Edson Nery da Fonseca (2007) afirma:
A biblioteca existe para servir aos que procuram formação, informação e recreação.
E os bibliotecários devem estar a serviço dessa assembléia de usuários da
informação, mesmo que esta forneça - como pretende a projetada universidade da
Califórnia em Monterey - em vez de livros, terminais de computadores (Prefácio).
Vivemos na chamada Sociedade da Informação e o dinamismo destes dias permite que
adotemos novas práticas profissionais. Conhecimento técnico sem aplicação prática para
melhorar a vida das pessoas não vale muita coisa. Mais do que somente profissionais
competentes tecnicamente em ferramentas de catalogação, indexação e classificação,
necessitamos de profissionais em sintonia com os dias atuais e utilizadores dos benefícios da
tecnologia oferecidos neste momento histórico. Temos que disponibilizar informações não
somente para o usuário que nos procura em nossa Unidade de Informação, mas levá-las às
comunidades próximas e servir da maneira mais adequada, conforme diversos perfis, nossos
eternos usuários em potencial, transformando-os em usuários reais.
29
Conclusão
Finalizando este Trabalho de Conclusão de Curso, tenho a impressão de que os estudos sobre
este tema estão apenas começando. Diversos fatores (políticas educacionais, projetos que
valorizem e promovam a leitura, distribuição de renda, barateamento dos dispositivos
eletrônicos, incentivo recebido em casa, etc.) e não somente um único fator pode contribuir
para o surgimento de novos leitores nestes tempos de predomínio da Internet. As inovações
tecnológicas e o barateamento destes produtos podem contribuir bastante para o surgimento
destes novos leitores, uma vez que os celulares são comprados por um número cada vez mais
crescente de pessoas de baixa renda, e com isso, tornou-se um produto de consumo popular.
Algo parecido ocorreu – e ocorre - com os aparelhos de televisão e geladeiras, que deixaram
de ser símbolos de uma sociedade consumista e tornaram-se produtos quase indispensáveis
em qualquer residência.
Ainda falta um diálogo aberto entre a indústria eletrônica, operadoras de telefonia celular, o
mercado editorial e a ANATEL para oferecer celulares com tecnologia compatível, conexão
rápida – e estável – e pacotes de dados com preços acessíveis, como por exemplo na Índia,
onde são oferecidos planos de internet móvel ilimitado por menos de 6 dólares. Se houvesse
uma maior atenção aos leitores -ou potenciais leitores- de livros eletrônicos, novos aparelhos
seriam desenhados e fabricados levando-se em conta o tamanho e qualidade das telas,
softwares que permitem a leitura dos diversos tipos de e-books, livros promocionais,
incentivos aos novos autores, entre outras estratégias. Para que qualquer tecnologia ou hábitos
ligados à ela se consolide, passa pelo crivo das classes A e B. Mas o ritmo de inovações,
atualizações, popularização de uso e o retorno financeiro é ditado pelas classes C e D. Quando
algo está ao alcance do bolso e caí no gosto do povo, tem retorno garantido. O grande desafio
neste momento é transformar uma novidade tecnológica – a leitura em aparelhos celulares em algo indispensável e natural, como a energia elétrica e o uso de aparelhos celulares,
respectivamente.
30
GLOSSÁRIO
ARPANET
AUTOMATIZAR
Rede da qual brotou a Internet. Parte de um projeto de contra-espionagem da
Agência para Desenvolvimento de Projetos Avançados (Advanced Research
Project Agency - ARPA), do Ministério da Defesa dos Estados Unidos.
Utilizar máquinas para automatizar operações manuais.
DEMOCRATIZAÇÃO DA A formação de leitores e a inserção cultural das populações nos mais diversos
assuntos, é uma das formas deste tipo de democracia.
INFORMAÇÃO
DOMÍNIO PÚBLICO
Conjunto de bens culturais - livros, artigos, obras musicais, invenções e outros cujos direitos econômicos não são de exclusividade de nenhum indivíduo ou
entidade. Tais bens são de livre uso de todos, integrando a herança cultural da
humanidade.
E-BOOK
livro em formato digital que pode ser lido em equipamentos eletrônicos tais
como computadores, PDAs ou até mesmo celulares que suportem esse recurso.
GUTENBERG
IDADE ANTIGA
João Gutenberg foi um inventor alemão que se tornou famoso pela sua
contribuição para a tecnologia da impressão e tipografia.
Idade Antiga, ou Antiguidade, foi o período que se estendeu da invenção da
escrita (4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente
(476 d.C.).
PAPIRO
Planta da família das ciperáceas cujo nome científico é Cocus Plumosa, por
extensão é também o meio físico usado para a escrita (precursor do papel)
durante a Antigüidade sobretudo no Antigo Egito, civilizações do Oriente
Médio, como os hebreus e babilônios e todo o mundo greco-romano.
CÓDICE
Códice (ou codex, da palavra em latim que significa "livro", "bloco de
madeira") eram os manuscritos gravados em madeira, em geral do período da
era antiga tardia até a Idade Média. O códice é um avanço do rolo de
pergaminho, e gradativamente substituiu este último como suporte da escrita. O
códice, por sua vez, foi substituído pelo livro impresso.
O termo língua natural é usado para distinguir as línguas faladas por seres
humanos e usadas como instrumento de comunicação daquelas que são
LINGUAGEM NATURAL linguagens formais construídas. Entre estas últimas contam-se as linguagens de
programação de computadores e as linguagens usadas pela lógica formal ou
lógica matemática.
IDADE
CONTEMPORÂNEA
PERGAMINHO
É o momento histórico no qual estamos inseridos, iniciado a partir da
Revolução Francesa (1789 d.C.) até nossos dias.
Nome dado a uma pele de animal, geralmente de cabra, carneiro, cordeiro ou
ovelha, preparada para nela se escrever. Designa ainda o documento escrito
nesse meio. O seu nome lembra o da cidade grega de Pérgamo, na Ásia Menor.
Quando feitos de peles delicadas de bezerros ou cordeiros, eram chamados de
velino. Estas peles davam um material de escrita fino, macio e claro, usado para
documentos e obras importantes. Esse importante suporte da escrita também foi
largamente utilizado na antiguidade ocidental, em especial na Idade Média, até
à descoberta e conseqüente difusão do papel, uma invenção dos chineses.
31
MANUSCRITO
Um manuscrito é qualquer documento "escrito a mão", tradução literal do latim
manu scriptum, em oposição a documentos impressos ou reproduzidos de outras
maneiras, como a tipografia. Um documento "manuscrito", que tenha sido
produzido pela escrita direta no papel, com o uso de instrumentos como o lápis
ou a caneta, é erroneamente confundido por aquele datilografado ou digitado
por computador, operações em que as mãos também são empregadas. Outro
emprego do termo "manuscrito" refere-se ao texto original de um autor
(escritor, poeta, ensaísta etc.), em oposição ao texto revisado ou editado
posteriormente, constituindo versões elaboradas por outras pessoas que não o
autor.
IDADE MÉDIA
Período tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos políticos. Nesses
termos, teria se iniciado com a desintegração do Império Romano do Ocidente,
no século V (em 476 D. C.) e terminado com o fim do Império Romano do
Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (em 1453 d.C.).
WWW
World Wide Web (Teia de Alcance Mundial). Conjunto de documentos
interligados escritos em linguagem HTML armazenados em computadores
espalhados pelo mundo.
IDADE MODERNA
É um período específico da história do Ocidente. Tradicionalmente aceita-se o
início estabelecido pelos historiadores franceses, 1453 quando ocorreu a tomada
de Constantinopla pelos turcos otomanos, e o término com a Revolução
Francesa, em 1789.
ILUMINISTAS
Os iluministas insurgiram-se contra o pensamento supersticioso associado à
religião. Esforçaram-se por promover o progresso humano não só em questões
teóricas, mas também em questões políticas e morais.
IMPÉRIO ROMANO DO
OCIDENTE
Constituía a metade Ocidental do Império Romano após a sua divisão por
Diocleciano em 286 d.C, considera-se que terminou com a abdicação de
Rômulo Augusto em 4 de setembro de 476, forçada pelo chefe germânico
Odoacro. Sua contraparte, o Império Romano do Oriente, sobreviveria por mais
1.000 anos.
IMPRENSA
HTML
INTERNET
MANUSCRITO
Imprensa é a designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o
Jornalismo e outras funções de comunicação informativa.
HyperText Markup Language = Linguagem de Marcação de Hipertexto.
Linguagem utilizada para produzir páginas na Web.
A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial com milhões de
computadores interligados pelo Protocolo de Internet que permite o acesso a
informações e transferência de dados.
Texto escrito à mão; alfarrábio.
MICROCOMPUTADORES Também chamados de micros ou computadores pessoais (PCs).
NTICs
PALIMPSESTO
PAPA
Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) são tecnologias e
métodos para comunicar surgidas no contexto da "Revolução Telemática",
desenvolvidas gradativamente desde a segunda metade da década de 1970 e,
principalmente, nos anos 1990. A imensa maioria delas se caracteriza por
horizontalizar e tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da
comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada
ou não por computadores) para a captação, transmissão e distribuição das
informações (texto, imagem estática, vídeo e som).
Página manuscrita, pergaminho ou livro cujo conteúdo foi apagado (mediante
lavagem ou raspagem) e escrito novamente, normalmente nas linhas
intermediárias ao primeiro texto ou em sentido transversal.
Supremo líder da Igreja Católica, chefe de estado do Vaticano, bispo de Roma e
suposto sucessor do apóstolo Pedro.
32
PRENSA
REVOLUÇÃO
AGRÍCOLA
Na indústria o termo prensa está associado a dispositivos que comprimem ou
achatam qualquer coisa entre as suas peças principais; Equipamento gráfico
para impressão; ferramenta na qual se prendem objetos entre duas placas.
Movimento que marcou o fim dos povos nômades e o início da formação de
grupos humanos em locais fixos, dando origem as primeiras vilas e cidades.
É o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de Maio de 1789 e 9
REVOLUÇÃO FRANCESA de Novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Foi
influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776).
REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
Consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no
processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em
meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
SISTEMA
OPERACIONAL
Sistema que controla o trabalho dos periféricos (impressoras, teclados,
monitores...). Há várias versões disponíveis: Windows, MS-DOS, Linux e
mais recentemente, os Sistemas Operacionais para dispositivos móveis como o
Windows Mobile, Android, Palm OS, Symbian e outros.
SMARTPHONE
É um telefone celular com funcionalidades avançadas.
URL
Universal Resource Locator (Localizador Universal de Recursos) é o endereço
de um recurso (arquivo, impressora, acesso remoto a outromicro,etc.)
disponível em uma rede, seja a Internet ou uma rede corporativa (intranet).
TIPOGRAFIA
É a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou
digitalmente. Tradicionalmente, tipografia também passou a ser um modo de se
referir à gráfica que usa uma prensa de tipos móveis.
VELHO MUNDO
Termo que define o mundo conhecido pelos europeus até ao Século XV, ou
seja, a Eurafrásia: o continente europeu, africano, asiático e ilhas adjacentes.
HTTP
HiperText Transfer Protocol (Protocolo de Transferência de HiperTexto). É um
protocolo de comunicação utilizado para transferir dados por intranets e pela
World Wide Web.
VOIP
Voice over IP. Voz transmitida digitalmente utilizando protocolo de Internet.
Evitam honorários cobrados pelas companhias telefônicas.
VULGATA
Latim vulgar, relativo ou pertencente ao vulgo; aquilo que é do conhecimento
de todos, língua do povo. Algumas línguas evoluíram do latim vulgar, como o
português, o espanhol, o francês, o catalão e outras.
LATIM
Antiga língua indo-européia do ramo itálico originalmente falada no Lácio, a
região do entorno de Roma. Foi amplamente disseminada, especialmente na
Europa, como a língua oficial da República Romana, do Império Romano e,
após a conversão deste último ao cristianismo, da Igreja Católica.
ANATEL
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é uma agência reguladora
brasileira, administrativamente independente, financeiramente autônoma, não
subordinada hierarquicamente a nenhum órgão de governo brasileiro.
DOWNLOAD
Significa descarregar ou baixar (em português), é a transferência de dados de
um computador remoto para um computador local: o inverso de upload.
E-READER
Equipamento usado para leitura de e-books (livros eletrônicos).
FACEBOOK
Facebook é um website de relacionamento social (rede social) lançado em 4 de
fevereiro de 2004, fundada por Mark Zuckerberg,
GERAÇÃO Y
Também conhecida como Geração Millennials ou Geração da Internet é um
conceito em Sociologia que designa as pessoas nascidas após 1980 e, segundo
outros, de meados da década de 1970 em diante. Esta geração desenvolveu-se
numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica. Uma
de suas características atuais é a utilização de aparelhos de telefonia celular para
muitas outras finalidades além de apenas fazer e receber ligações como é
característico das gerações anteriores.
33
GUERRA FRIA
NAVEGADOR WEB
NETBOOKS
ORKUT
A Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas
estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética,
compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a
extinção da União Soviética (1991).
Também conhecido pelos termos ingleses web browser ou simplesmente
browser, é um programa de computador que habilita seus usuários a interagirem
com documentos virtuais da Internet.
Netbooks (mini-notebooks) são computadores de baixo custo indicados para
navegação na internet e tarefas que não demandem o uso de processadores
potentes, ou seja, esqueça editoração de imagens e jogos.
Rede Social filiada ao Google, criada em 24 de Janeiro de 2004 com o objetivo
de ajudar seus membros a criar novas amizades e manter relacionamentos. Seu
nome é originado no projetista chefe, Orkut Büyükkokten, engenheiro turco do
Google.
O fornecedor de acesso à Internet (em inglês, Internet Service Provider, ISP)
oferece principalmente serviço de acesso à Internet, agregando a ele outros
serviços relacionados, tais como "e-mail", "hospedagem de sites" ou blogs,
PROVEDOR DE ACESSO
entre outros. Inicialmente como um serviço cobrado, com o tempo passou a ser
oferecido também como serviço gratuito, por empresas que estruturaram um
outro modelo de negócio.
SKYPE
SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO
Programa que permite comunicação pela Internet através de conexões de voz
sobre IP (VoIP).
Termo - também chamado de Sociedade do Conhecimento ou Nova Economia que surge no fim do Século XX, com origem no termo Globalização.
WEBMAIL
Serviço da internet que permite ler e escrever e-mail usando um navegador.
IPHONE
Smartphone desenvolvido pela Apple Inc. com funções de câmera digital,
internet, mensagens de texto (SMS), voicemail e conexão wi-fi. A interação
com o usuário é feita através de uma tela sensível ao toque.
TOUCHSCREEN
TECNOLOGIA 3G
Tipo de tela sensível à pressão, dispensando assim a necessidade de outro
periférico de entrada de dados, como o teclado.
As tecnologias 3G permitem que as operadoras de telefonia celular ofereçam a
seus usuários uma ampla gama de serviços. Entre os serviços, há a telefonia por
voz e a transmissão de dados a longas distâncias, tudo em um ambiente móvel.
Até o momento, a internet rápida é a "cereja no bolo" desta tecnologia.
34
REFERÊNCIAS
BARATA, Dulce Fernandes. Os suportes da história escrita do homem. Disponível
em: <http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=42&rv=Literatura>. Acesso em: 15 de
abril de 2009.
BLAINEY, Geoffrey. Uma breve História do Mundo. 1. Ed. São Paulo: Fundamento,
2009.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Dicionário Aurélio: o dicionário da
língua portuguesa. 6ª Ed. Curitiba: Positivo, 2009.
ECO, Umberto. Sobre a transitoriedade dos suportes. Disponível em:
<http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3718541-EI12929,00.html>.
Acesso
em: 14 de junho de 2009.
INTERNET e livros se unem em site sobre literatura. Folha Online, São Paulo, 20 de
novembro
de
2008.
Disponível
em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u469970.shtml>. Acesso em: 25 de
junho de 2009.
SERRANO, Felipe. Celulares tiram web do computador. Estadão.com.br, São Paulo, 01
de
junho
de
2009.
Disponível
em:
<http://www.estadao.com.br/noticias/tecnologia+link,celulares-tiram-web-docomputador,2563,0.shtm>. Acesso em: 27 de junho de 2009.
CALDEIRA,
C.
Do
papiro
ao
papel
manufaturado.
Disponível
em:
http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2002/espaco24out/vaipara.php?materia=0vari
a. Acesso em 26 de junho de 2009.
PORTAL TERRA. iPhone: lançamento causa confusão em loja de NY. Disponível
em: < http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1724866-EI4796,00.html>. Acesso
em 16 de julho de 2009.
CETIC, Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação. A
evolução da internet no Brasil 2008: Telefonia móvel. Disponível em:
<http://www.cetic.br/>. Acesso em 29 de junho de 2009.
IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios 2005: Posse de telefone móvel celular para uso
pessoal. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/servidor_arquivos_est/>. Acesso em
20 de junho de 2009.
VICENTINO, Cláudio; DORIGO, GianPaolo. História para o Ensino Médio: história
geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.
BENÍCIO, C. D. Do livro impresso ao e - book: o paradigma do suporte na biblioteca
eletrônica. João Pessoa, 2003. 142p. TCC – Curso de Graduação em Biblioteconomia da
Universidade Federal da Paraíba do Centro de Ciências Sociais Aplicadas.
NIELSEN, Jakob. How Users Read on the Web, 1997. Disponível
<http://www.useit.com/alertbox/9710a.html>. Acesso em: 22 de junho de 2009.
MCKINLEY, Tony. Do papel até a Web. São Paulo: Quark Books, 1998.
em:
35
SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Exclusão digital: a miséria na era da informação. São
Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.
ZANIOLO, Pedro Augusto. Crimes Modernos: o impacto da tecnologia no Direito.
Curitiba: Juruá, 2007.
MARTINS, Wilson. A palavra escrita: história do livro, da imprensa e da biblioteca. São
Paulo: Ática, 1996.
HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. 5. ed. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2003.
CHARTIER, Roger. Os desafios da escrita. São Paulo: Editora UNESP/Imprensa Oficial
do Estado, 2002.
SILVA, Ezequiel Theodoro da (Coord.). A Leitura nos Oceanos da Internet. São
Paulo: Cortez, 2003.
VICENTE, Kim. Homens e Máquinas. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede: a era da informação, economia, sociedade
e cultura. 10. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
FONSECA, Edson Nery da. Introdução à Biblioteconomia. 2. Ed. Brasília: Briquet de
Lemos, 2007.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo:
Cortez, 2009.
CAMARGO, Andressa. O livro na era do virtual, 2001. Disponível
<http://cienciahoje.uol.com.br/2266>. Acesso em: 20 de abril de 2009.
em:
OLIVEIRA, Ivan Carlo Andrade de. Livros virtuais: a literatura na rede, [s.d.].
Disponível
em:
<http://www.cibersociedad.net/congreso/comms/g06andrade.pdf>.
Acesso em: 01 de julho de 2009.
SIQUEIRA JUNIOR, Paulo Hamilton. Teoria do Direito: direitos autorais e sociedade
da informação. São Paulo: Saraiva, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
KAMINSKI, Omar. Internet Legal: o Direito na Tecnologia da Informação. Curitiba:
Juruá, 2003.
PECK, Patricia. Direito Digital. São Paulo: Saraiva, 2002.
CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora
UNESP/Imprensa Oficial do Estado, 1999.
36
Páginas Web:
DOMÍNIO PÚBLICO – [www.dominiopublico.gov.br]
O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500
obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à
disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma
biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos,
pesquisadores e para a população em geral.
LIVRO CLIP – [www.livroclip.com.br]
LivroClip é a moldura digital do livro, incluindo uma animação sobre a obra, trechos,
biografia do autor e uma seção especial que transforma o livro em material pedagógico
gratuito para uso de professores em salas de aula do ensino fundamental, médio e
superior. O site LivroClip é a construção da primeira "Livropédia brasileira", ou seja, o
uso da internet para levar os livros à sala de aula, na forma de animações, dicas de uso e
fórum de debates. Acreditamos que nossa missão é fazer com que toda obra literária
seja um instrumento para melhorar a qualidade da educação no Brasil e é nossa tarefa
fazer com que escolas, editoras e empresas sejam parceiros dessa iniciativa.
JORNAL “O ESTADO DE SÃO PAULO” – [www.estadao.com.br]
O jornal “O Estado de S. Paulo" é o mais antigo dos jornais da cidade de São Paulo ainda
em circulação. Ao longo do tempo novas empresas e produtos foram criados a partir de
O Estado de S. Paulo, célula-máter do Grupo Estado. Em 1958 começa a diversificação
com a inauguração da Rádio Eldorado. Em 1966 é lançado o Jornal da Tarde. A Agência
Estado passa a operar em 1970. Em 1984 nasce a Oesp-Mídia e em 1988 a Oesp-Gráfica.
Em 1991 a Broadcast é incorporada à Agência Estado. Em março de 2000 foi lançado o
portal Estadao.com.br, com informativo em tempo real.
JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO – [www.folha.uol.com.br]
Folha de S.Paulo, Folha de São Paulo, ou simplesmente Folha, é um jornal brasileiro
editado na cidade de São Paulo. É o jornal de maior circulação do Brasil, segundo dados
do Instituto Verificador de Circulação (IVC). Ao lado de "O Estado de São Paulo", O Globo
e Jornal do Brasil, a Folha é um dos jornais mais influentes do país.
ANATEL – [www.anatel.gov.br]
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é uma agência reguladora brasileira,
administrativamente independente, financeiramente autônoma, não subordinada
hierarquicamente a nenhum órgão de governo brasileiro. Foi criada em 1997 pelo então
presidente Fernando Henrique Cardoso, através da Lei 9.472 de 16 de julho, também
conhecida como Lei Geral das Telecomunicações.
ENCICLOPÉDIA LIVRE WIKIPÉDIA – [www.wikipedia.com.br]
Wikipédia, a enciclopédia livre: É uma enciclopédia online editada de forma colaborativa
por internautas do mundo todo. O site é baseado no conceito de Wiki Wiki, que significa
que qualquer internauta pode editar o conteúdo de quase TODOS os artigos acionando o
link "Editar" (nas abas de conteúdo) que é mostrado em quase todas as páginas do site.
Todos os dias, centenas de colaboradores de todas as partes do mundo editam milhares
de artigos e criam muitos verbetes inteiramente novos.
37
CITAÇÕES ON-LINE – [www.minhascitacoes.com.br]
O site Minhas Citações é um projeto acadêmico, gratuito e sem fins comerciais. Foi
desenvolvido por Leonardo Assis, aluno de Biblioteconomia da Universidade de São
Paulo. O objetivo do site é criar um espaço para que os estudantes universitários possam
armazenar e organizar transcrições textuais de trechos de obras que são relevantes para
seus estudos. Cada usuário terá sua seção de registros, exclusivamente confidencial. O
projeto visa a organização das leituras dos usuários, por meio da inserção de registros
em fichas de leitura.
38
APÊNDICES
39
APÊNDICE A
Questionário da Pesquisa
Pedro Anizio Gomes
CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO
UNIFAI
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
SÃO PAULO - SP
Boa tarde colegas (e colegos:) bibliotecários!
Necessito do auxílio de vocês para complementar o conteúdo do meu Trabalho de Conclusão
de Curso. Somente cinco perguntinhas, no corpo da mensagem mesmo. Clique em responder
que a mensagem voltará diretamente para minha caixa de entrada, obrigado!
Atenciosamente,
Pedro Anizio Gomes
http://pagomes.wordpress.com/tcc
=================================================================
1 - Quantos livros impressos você lê durante o período de um ano?
2 - Quantos livros eletrônicos você lê durante o período de um ano?
3 - Principal vantagem/desvantagem da leitura de um livro impresso?
4 - Principal vantagem/desvantagem da leitura de um livro eletrônico?
5 - Já leu livros eletrônicos na tela de um aparelho celular?
A)
Se respondeu sim, quais foram suas impressões?
B)
Se respondeu não, qual motivo o impediu de realizar este tipo de leitura?