a educação mudou em leme

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a educação mudou em leme
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A EDUCAÇÃO
MUDOU EM LEME
SECRET
ARIA MUNICIP
AL DE EDUCAÇÃO E CUL
TURA
SECRETARIA
MUNICIPAL
CULTURA
LEME IMPLANT
A ESCOLA EM
IMPLANTA
TEMPO INTEGRAL
Sempre se disse que uma
das diferenças entre o ensino
brasileiro e o europeu, por
exemplo, é o número de horas em que a criança fica na
escola. Desde 1996, o Conselho Federal de Educação regulamentou o Ensino Fundamental em Tempo Integral,
que somente agora chega à
rede municipal de Leme. “O
Ensino Integral exige um
grande elenco de adaptações,
que vão desde o espaço físico
até a capacitação de professores para a nova grade. É uma
iniciativa que deve ser gradual, mas é preciso começar, que
foi o que fizemos”, pondera a
Secretária Municipal de Educação e Cultura.
A escola escolhida para
a primeira implantação foi a
EMEF “Bernardo Garcia”,
com 173 alunos, no Bairro
Caju. Lá os alunos entram às
7 da manhã e são recebidos
com um lanche leve. O período da manhã é ocupado pela
grade curricular comum a todas as escolas da rede. Além
do lanche da chegada, o café
da manhã é servido às 9:30 e
almoço às 12 horas. À tarde, é
servido um novo lanche, antes da dispensa dos alunos às
16 horas.
Diferente do ensino de 9
horas abordado em outra matéria neste informativo, a escola integral dedica-se apenas
ao fundamental de 1º a 5º ano.
“O período da tarde é ocupado por oficinas curriculares,
que se dividem em Linguagem
e Matemática, atividades artísticas, esportivas e motoras, e
qualidade de vida. É um ensino muito mais abrangente”,
explica a diretora da escola, a
profª Maria Aparecida Dias
Pereira.
TEMPO INTEGRAL
AL
NA REDE EST
ADU
ESTADU
ADUAL
A rede estadual também
dá seus primeiros passos na
experiência de aplicar o conceito de ensino integral às suas
escolas de Leme. Duas unidades estaduais foram escolhidas
para a implantação. Uma no
centro urbano, o tradicional
colégio “Newton Prado”, outra foi a Escola Estadual “José
Pedro de Moraes”, com 450
alunos, no Bairro do Caju.
Assim, o Bairro Caju, na
zona rural de Leme, tem 100%
de seus 623 alunos no Ensino
Integral, visto que lá somente
há 2 escolas de ensino fundamental, uma da rede estadual
e outra municipal, ambas com
jornadas de 9 horas.
A experiência no Bairro
Caju será observada pelas autoridades estaduais da Educação, por ser uma das poucas
exclusivamente na zona rural,
onde a mão de obra dos alu-
PR
OJET
O ““A
AD
ANÇA
PROJET
OJETO
DANÇA
ENTRA N
A ESCOLA
”
NA
ESCOLA”
A dança entra na escola
em 2006, juntamente com os
profissionais de Educação Física e com o apoio da Secretaria da Educação, e da coordenadora Heloísa F.Rêgo.
A dança é um processo
educacional que realmente valoriza a pluralidade cultural, a
diferença e o conhecimento
interdisciplinar que se realiza
através do diálogo contínuo
entre corpo, mente, sociedade.
Nesta perspectiva, a importância do ensino de dança
nas escolas é ainda maior. As
relações que se processam entre corpo, dança e sociedade
Prefeitura do Município de Leme | Secretaria Municipal de Educação e Cultura
são fundamentais para a compreensão de eventual transformação da realidade social.
O projeto “A Dança Entra na Escola” já conta com 41
turmas de alunos de 4 a 11
anos, nos horários opostos das
escolas “Dª Júlia”, “Profª
Salma”, “Cel. Augusto César”
e “Alcides Kammer”, com aulas de jazz e ballé, superando
o número de 300 alunos inscritos.
alunos da EMEF “Dona
Júlia”, aulas no Sindicato do
Servidor Público
HORÁRIO OPOST
O
OPOSTO
nos sempre é mais requisitada
pelos pais.
“Não é o que acontece
aqui. Os pais aprovaram o
novo horário e as atividades do
período da tarde. Também
aprovaram o almoço completo que é servido na escola. Vai
ser uma experiência aprovada”, completa a diretora Maria Aparecida.
pág. 4 e 5
pág. 6
pág. 2
Excursões
culturais,
instrutivas e
lazer.
“Oh! que delícia
de escola”.
pág. 3
Se o seu filho estuda de manhã, seu horário
oposto é o da tarde e vice-versa.
Os pais vão ouvir muito a expressão “horário oposto”,
que significa o aproveitamento do turno livre do aluno. Uma
série de atividades ocupará o horário oposto, dentro do conceito de ensino em 9 horas. Dentre essas atividades, destacamos o
projeto de iniciação esportiva, para alunos de 8 a 11 anos, incluindo a prática de basquete, volley, handbol, futsal e natação;
o projeto movimento e ritmo prepara alunos para apresentações rítmicas em eventos municipais; o projeto “fanfarreando”
treina fanfarras com equipamento completo em 5 pólos da rede
municipal. Se o seu filho estuda de manhã, seu horário oposto
é o da tarde e vice-versa. Traduzindo: atividade escolar o dia
todo.
Transporte Escolar:
3.415 km rodados
diariamente
A Educação em Leme
está em obras
Leme adota
Ensino
Fundamental
de 9 anos.
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Kit escolar
é sucesso
entre pais
e alunos.
Creche “Josephina I. De Carli”: Merenda da manhã. Berçário II, Maternal, Infantil I
O ATENDIMENT
O
ATENDIMENTO
COMEÇA NO BERÇO
A partir da adoção do
ensino de nove anos, a Educação exigiu uma série sem
precedentes de mudanças em
Leme. Essas mudanças podem ser aqui visualizadas no
número de reformas e ampliações de praticamente toda a
estrutura física da rede. Houve necessidade de ampliação
do número de creches, visto
que, já aos seis anos de idade,
os alunos deverão estar preparados para sua vida escolar no
Ensino Fundamental. O número de crianças matriculadas
100% dos 623
alunos do Caju, na
zona rural de
Leme, estão na Escola Integral: jornadas de 9 horas.
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nas creches municipais passou
de 420 em 2007 para 730 em
2008, um aumento de 72%
que ocasiona uma demanda
em cascata por vagas nas séries subseqüentes.
Aumentam também a
exigência por mais vagas no
transporte escolar e a necessidade de novas atividades nos
horários opostos dos alunos.
A mudança ocorre também pela adoção concomitante do conceito de Educação Inclusiva, em que os alunos com necessidades especi-
ais recebem oportunidade de
acompanhar seus colegas, recorrendo às Salas de Recursos,
ao NATE, ao Ensino Especial e ao Centro de Terapia Educacional.
Este informativo abordará cada um desses itens,
mostrando que o investimento em educação é feito em estrutura física com os olhos
voltados para o resultado pedagógico. Uma verdadeira
mudança na Educação. Comprove.
Alunos com
dificuldade no
aprendizado ou com
necessidades
especiais terão Salas
de Recursos e
Terapia Educacional
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SECRETARIA
MUNICIPAL
CULTURA
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OH! QUE DELÍCIA DE ESCOLA!
Você já foi ao Teatro
Cacilda
Becker,
em
Pirassununga, para assistir à
uma sessão de jazz? Não? Ora,
seus filhos no Ensino Fundamental de Leme já foram lá e
a muitos outros lugares interessantes de que a maioria de
nós somente ouviu falar.
Isso porque, além da grade obrigatória de ensino, A
Secretaria da Educação providencia uma série impressionante de atividades para seus
alunos, como veremos aqui.
Tudo para que os alunos possam dizer “oh! Que delícia de
escola!”
Mas não é fácil. Cada atividade extra classe demanda
muitas iniciativas, como
agendar as visitas, conseguir
autorização dos pais, agendar
condução, designar a pessoa
responsável pelos alunos fora
da sala de aula e tudo o mais
que signifique segurança, conforto e aprendizado para nossos estudantes do Ensino
Fundamental. Algumas iniciativas aqui mencionadas envolvem toda a rede de ensino
e outras são restritas a algumas
salas de aulas das diversas escolas municipais. Ao organizar
uma atividade, os professores
devem dosar o grau de interesse de acordo com a idade
(ou classe) de seus alunos. Vejamos alguns exemplos.
Alunos do “Mário Zinni” na Maria Fumaça em Jaguariúna
“COMO É FEIT
O?”
FEITO?”
PASSEIOS
Uma das atividades extra classe mais concorridas é a série “Como é feito?”, destinada a
alunos das últimas séries. Como é feito o lápis? Uma excursão à fábrica Faber Castell em São
Carlos. E o refrigerante, como é feito? Vamos visitar a New Age em Leme. E o iogurte, o
tratamento de água, a merenda escolar? E lá se vão as excursões ao Laticínio Coqueiro, à Estação de Tratamento de Água de Leme, à Vaca Mecânica. E os aviões, e o serviço do Correio?
Novas viagens, desta vez ao Museu da TAM em São Carlos e à agência local dos Correios, onde
é mostrado todo o processamento da correspondência. Em todas as viagens e visitas, os alunos
são recebidos com lanches, refrigerantes e guias especializados.
Passear é preciso, porque ninguém é de ferro. E lá se vão
os alunos para o Mundo da Xuxa, em São Paulo; Brinquedoteca,
Clube de Campo Empyreo, excursão ao cinema e à AABB em
Leme; ao Rancho Nativo em Limeira; Hopi Hari, em Valinhos.
E mais um passeio de Maria Fumaça, em Campinas e Jaguariúna;
ao Centro de Equitação em Valinhos; à Estância Vale Nobre
em Santa Cruz da Conceição. Ufa!
APRENDIZADO
A lista se estende, passando por atividades esportivas,
musicais e lúdicas, dando ao Ensino Fundamental uma cara
nova, diferente do tipo de ensino que os pais desses alunos
conheceram. “As atividades extra classe tiveram a finalidade
inicial de fazer com que o aluno se interessasse mais pela escola, evitando-se a evasão escolar. Mas a finalidade hoje é mais
abrangente. É aprendizado mesmo. É incrível o que se aprende
nessas visitas, excursões ou até mesmo passeios”, comemora a
Secretária Municipal de Educação e Cultura.
Assim, quando seu filho lhe disser como são as obras de
Portinari, acredite. Ele já esteve lá!
CUL
TURA
CULTURA
Além do exemplo do jazz em Pirassununga, há muita atividade cultural na Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
Visitas à Cidade do Livro, em São Paulo, à Biblioteca Municipal
e Centro Educacional Anhanguera, em Leme, à Universidade
de Araras, ao Museu do Ipiranga e Museu de Zoologia, ambos
em São Paulo; ao Museu Cândido Portinari e Igreja do Senhor
Bom Jesus da Cana Verde, em Batatais e Brodowski; à Academia da Força Aérea em Pirassununga e outros locais de intenso
interesse cultural.
MEIO AMBIENTE
Alunos do “Dona Júlia” no Museu da TAM em São Carlos
Para aprender a respeitar o Meio Ambiente, é preciso ver,
pegar, sentir e apaixonar-se. Aí entram as excursões ao Parque
Ecológico Mourão e Manancial da Água, em Leme; aos parques e zôos de Itatiba e Americana, ao Parque Temático de
Poços de Caldas, ao Sítio do Pica Pau Amarelo em Taubaté e
áreas rurais em leme. Nessas visitas, os alunos aprendem sobre
mata ciliar, nascentes e rios, hortas naturais, combate ao lixo.
Enfim, vivenciam o Meio Ambiente e a necessidade de
respeitá-lo.
EDUCAÇÃO INCL
USIV
A:
INCLUSIV
USIVA:
MODERNID
ADE A SER
VIÇO DE TODOS
MODERNIDADE
SERVIÇO
Salas de Recursos e Terapia Educacional para alunos especiais ou com dificuldade no aprendizado.
A Secretaria da Educação adotou a política da Educação Inclusiva, que significa
atender a todos os alunos, inclusive aqueles com necessidades especiais. Passar da teoria
à prática, porém, exigiu pesados investimentos em recursos
humanos e tecnológicos, com
ampla assistência do Ministério da Educação. Foram criadas as salas de recursos
multifuncionais, dotadas de
equipamentos e materiais pedagógicos específicos e treinados os professores para operálas. Essas salas passam a funcionar neste ano letivo nas escolas municipais “Profª.
Helaine Kock Gomes”, “Paulo Bonfanti” e “Ruth Zelina
Albers Harder”, todas do Ensino Fundamental.
A prática da inclusão já
vem sendo adotada, mesmo
antes da criação das Salas de
Recursos. Um censo realizado
em 2007 revelou a inclusão de
55 alunos com necessidades
especiais, tais como deficiência auditiva, visual, mental, física e conduta típica.
Do Diagnóstico à
Solução
Geralmente, os primeiros a perceber sinais de que
algo não corre bem com a criança são os pais. Ciente da
possibilidade de problema, por
alerta dos pais ou observação
própria, os professores, através de seus diretores escolares, acionarão o NATE, que
também pode ser acionado
por indicação médica.
O NATE – Núcleo de
Apoio Técnico Educacional –
mantém
3
equipes
multidisciplinares, compostas
por psicólogo, fono, assistente social, fisioterapeuta e
psicopedagoga, que atendem
a esses chamados ou visitam
semanalmente todas as escolas da rede para diagnósticos.
Uma vez detectado e
avaliado o problema, o aluno
com necessidades especiais
será encaminhado às Salas de
Recursos, à Escola Especial
adequada ou ainda ao Centro
de Terapia Educacional, conforme a indicação.
O trabalho com Salas de
Recursos é de caráter complementar e não substitui o ensino regular. Os alunos nelas
inscritos são atendidos duas
vezes na semana, sempre em
horário oposto à matrícula no
ensino regular. “Todo o esforço da Educação Inclusiva é
justamente este: a inclusão do
aluno no ensino regular. As estatísticas de 2007 em Leme
mostram que este é um objetivo alcançável. As Salas de
Recursos, que começam a che-
gar, aumentam nossa convicção de que é uma iniciativa que
vale o investimento”, analisa a
pedagoga Cínthia Caetano da
Silva, da Oficina Pedagógica
reponsável pela Inclusão.
O Ensino Especial se
compõe das EMEE “Irmã
Maria Aparecida da Cruz” e
Escola Especial “Ver. Clóvis
Bim Tamborim”, que funcionam em instalações próprias,
ao lado da Secretaria da Educação. Essas Escolas Especiais atendem, respectivamente,
os casos de deficiência auditiva e visual: e autismo e patologias associadas.
Centro de Terapia
Educacional
A Secretaria da Educação dispõe de instalações,
equipamentos e profissionais
para vários tipos de terapia.
Destacamos a fisioterapia, que
já pratica 24 atendimentos por
dia, em ambiente moderno e
bem equipado, administrado
por fisioterapeutas habilitados.
A hidroterapia dispõe de piscina aquecida e equipamentos
adequados e seguros, além de
profissionais igualmente habilitados. O mesmo ocorre com
o eqüoterapia, uma experiência bem sucedida em que
Leme vem se tornando referência no Estado. A Associa-
ção Nacional de Eqüoterapia
define essa terapia como “um
método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem
interdisciplinar nas áreas de
saúde, educação e equitação,
buscando o desenvolvimento
biopsicossocial de pessoas
portadoras de deficiência e/ou
com necessidades especiais”.
A experiência de Leme, volta-
da à Educação, tem dado os
resultados esperados.
O Centro de Terapia
Educacional, que será conhecido pela sigla CTE, nasceu da
união dessas várias alternativas já existentes na rede, que
agora passam a ter uma só
administração, facilitando as
ações da rede municipal de
ensino em benefício da Educação Inclusiva.
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AL DE EDUCAÇÃO E CUL
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SECRETARIA
MUNICIPAL
CULTURA
A EDUCAÇÃO MUDOU EM LEME
TRANSPOR
TE ESCOLAR – DESAFIO DE TODO DIA
TRANSPORTE
Diariamente: 3.415 km rodados exclusivamente no território de Leme, realizando 59 viagens e transportado
736 alunos da zona rural e dos bairros mais afastados
Um desafio constante na Secretaria da Educação e Cultura é o transporte escolar. Pela sua própria natureza, há de ser
sempre coletivo, mas os pais nem sempre pensam assim. Afinal, o transporte escolar se destina àqueles alunos que moram
em zona rural ou urbana muito distante e ainda não servida
pelas linhas regulares de transporte. No início de cada ano letivo, são comuns as visitas de pais à Secretaria dizendo que gostariam que o transporte escolar fosse buscar seus filhos em
cada casa. “Minha filha tem de andar quase 1 km para chegar
ao ponto de ônibus”, é a queixa mais comum dos pais em zona
rural.
O dilema da administração é resolver a queixa dos pais,
geralmente com razão, e atender a uma população escolar de
736 alunos espalhados por vários núcleos rurais, compostos
por inúmeras propriedades.
LINHAS RURAIS
Toda madrugada saem vários ônibus e vans do centro urbano de Leme para atender as catorze rotas de transporte escolar (veja quadro). Esses veículos retornarão ao fim do turno
escolar para levar os estudantes de volta ao seu lar. Em algumas
linhas, haverá ainda uma viagem noturna para alunos de outras
séries. Ao final de um único dia de trabalho, a frota terá percorrido 3.415 km exclusivamente no território de Leme, realizado
59 viagens e transportado 736 alunos da zona rural e dos bairros mais afastados. “É um grande exercício logístico,
dispendioso, mantido por verbas de convênio com
o Estado, complementadas pelo município. É uma
alegria que praticamente não haja reclamações
deste serviço”, comemora o Prefeito de Leme.
FORA DA
ROTINA
A característica mais
marcante do transporte escolar é sua regularidade de horários e destinos, mas surgem
necessidades inesperadas.
Uma delas, por exemplo,
é a existência de quase 2 dezenas de alunos no Ibicatu e Caju
que ingressaram no Ensino
Superior em Leme. Não há
transporte comercial para essa
necessidade. A solução foi
destacar um veículo municipal
para atender esta demanda.
Outro caso é a existência de pacientes especiais da
APAE que devem receber
atenção pela unidade de
Pirassununga. Também são
atendidos por veículo municipal.
Como esses alunos/pacientes necessitam de
monitores, os próprios pais se
oferecem para a função, poupando a Prefeitura deste trabalho e despesas adicionais.
QUADR
O DO TRANSPOR
TE
ADRO
TRANSPORTE
ESCOLAR EM LEME
LINHAS
INTERMUNICIPAIS
Se o aluno lemense ingressar numa Faculdade cujo
curso não seja disponível em
Leme, ele terá direito ao auxílio transporte. Também se enquadram os alunos com financiamento PROUNI em faculdades de cidades vizinhas.
Há apenas 3 anos, o investimento do Município nesse benefício era de R$ 20 mil
anuais. Em 2008, o investimento será de R$ 250 mil, com
aumento de 12,5 vezes, para
atender 400 alunos com verba mensal de R$ 70 reais.
“Dá para ajudar a
pagar a van. Sem esse
auxílio, acho que não
dava para encarar a faculdade que escolhi e só
tem fora de Leme”, comenta Gisele Paschoal,
aluna de Serviço Social no ISCA de Limeira.
ENSINO
PROFISSIONAL
Há ainda uma terceira
modalidade de transporte escolar: o ensino profissionalizante. Todos os dias, a Prefeitura cede 3 ônibus de sua
frota para o transporte de 145
alunos para a Escola Técnica
Alberto Feres e para o Senai,
ambos em Araras. Um ônibus
conduz a turma da tarde e
dois, as turmas noturnas.
“Com o aumento de vagas e de cursos em Leme no
SENAI, esses números tendem a diminuir no futuro. Mas
sempre surgem novas modalidades de ensino profissional,
o que exigirá o transporte de
nossos alunos para outras praças. O lucro do Município é a
mão de obra especializada,
conseguindo empregos mais
bem remunerados”, explica o
Secretário da Indústria Marco
Antonio de Almeida.
|3
LEME ADO
TA O ENSINO
ADOT
FUND
AMENT
AL DE NO
VE ANOS
FUNDAMENT
AMENTAL
NOVE
É preciso aumentar o
tempo de permanência na escola e, consequentemente, o
nível de escolaridade no ensino brasileiro, diz o Plano Nacional de Educação, e o Ensino Fundamental de nove anos
é uma das primeiras medidas
sugeridas. Os municípios podem adotar o ensino de 9 anos
progressivamente.
Desde setembro, através
do Decreto 5.486, o Executivo Municipal decidiu que a
medida deveria ser adotada de
“Precisava decidir sobre isso em setembro
para incluir as verbas apropriadas no
orçamento municipal”, explica o Prefeito.
uma só vez, a partir deste ano
letivo de 2.008.
Por verbas apropriadas
entende-se o necessário aumento no número de professores, as ampliações de salas
de aulas em quase a totalidade
das escolas municipais e a adequação pedagógica do planejamento da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
“Foi uma transição sem traumas”, explica a profª. Denise
Cicarone, Coordenadora Pedagógica, que finaliza: “Desde o ano de 2.006 nós já cuidávamos disso, pois o Plano
Nacional de Educação há tempos definiu a necessidade do
ensino fundamental de 9
anos”.
COMO FICA
Agora em Leme, a Prefeitura é responsável pela Educação Infantil e Ensino Fundamental até o 5º ano. A educação infantil passa a ter as
denominações Berçário 1 e 2,
respectivamente até 12 e 24
meses de idade. Após esta fase,
vêm o Maternal (até 36 meses)
e o Infantil 1 (até 48 meses).
Todas estas fases serão atribuições das creches municipais.
Depois virá a Pré Escola, que
passa a cuidar das fases infantil 2 e 3, respectivamente até 5
e 6 anos.
O Ensino Fundamental
propriamente dito se divide
em ciclos I e II. No ciclo I,
estarão os alunos de 6 a 8 anos.
O ciclo II, anos 4º e 5º, destina-se aos alunos de 9 e 10
anos. Há duas oportunidades
de recuperação, uma ao final
de cada ciclo. Estas oportunidades de recuperação destinam-se aos alunos que não
conseguirem acompanhar as
classes. Assim, alunos com dificuldade de aprendizagem
poderão vir a concluir o ciclo
II até com 12 anos.
“O ensino de qualidade
é medido pela porcentagem de
alunos de 10 anos que estejam
cursando o 5º ano. Nosso Plano Plurianual propõe que o
índice de Leme esteja entre os
mais altos da região, o que é
um grande desafio administra-
tivo e pedagógico, mas possível. Depois dessa série, os alunos passarão para a rede estadual, que cuidará do 6º ao
nono ano do fundamental”,
explica o professor Mário De
Carli, assessor da Secretária de
Educação do Município.
Há duas oportunidades de recuperação, uma ao
final de cada ciclo do Ensino Fundamental
KIT ESCOLAR F
AZ SUCESSO ENTRE P
AIS E AL
UNOS
FAZ
PAIS
ALUNOS
No inicio deste ano letivo, os alunos do Ensino Fundamental de Leme foram recebidos com uma agradável
surpresa. A Secretaria da Educação e Cultura distribuiu um
“kit” com material escolar
para cada aluno, ampliando o
conceito de ensino gratuito. O
material (vide relação ao lado)
é suficiente para boa parte do
ano letivo. A Secretaria da
Educação mantém um estoque para reposições de material em casos comprovados de
que o distribuído atualmente
venha a ser insuficiente.
“Acabou o pesadelo das
listinhas de material escolar”,
comemora Cristina Aparecida
Cruz, mãe de dois alunos na
EMEF “Maria Amália
Bonfanti Lemos”, no Jardim
Imperial. “Todo ano era aquela luta para comprar todo o
material que as professoras
indicavam. Agora, sim”, completa a feliz mamãe.
Além do material escolar
propriamente dito, a Prefeitura distribuiu também 2 camisetas para cada aluno, evitando que as famílias gastem com
esta parte do uniforme escolar. Foram 7 mil kits com ma-
aplicada com os alunos, os
professores e em melhorias da
própria Educação. Soubemos
que em alguns municípios essas aquisições são feitas às
pressas no fim de cada ano,
para que a Prefeitura consiga
atingir os gastos obrigatórios
com Educação. Em Leme, há
o planejamento para as aquisições no momento certo”,
comenta o Prefeito de Leme.
KIT ESCOLAR
terial escolar e 14 mil camisetas.
DISTRIBUIÇÃO
FUTURA
Já se encontram licitados
ou em alguns casos até estocados vários itens importantes para o estudante do Ensino Fundamental. Os alunos
receberão conjunto de inverno, composto de agasalho e
calça comprida. “Estamos
aguardando a época certa para
a entrega”, diz um funcioná-
rio da Secretaria da Educação.
Os alunos receberão
também um kit de higiene bucal, com instruções para a
escovação dos dentes e cuidados com a saúde bucal. Outro
item, este de entrega mais imediata é a mochila escolar, que
já é aguardada pelos alunos e
já foi adquirida pela
municipalidade.
A Prefeitura também
abriu licitação para a aquisição
de tênis. È feita uma pesquisa
em cada sala de aula para saber a numeração dos calçados
para que a aquisição seja efetuada sob demanda específica. A idéia é cada aluno receba um par de tênis, com um
pequeno estoque para reposições.
VERBAS
ESPECÍFICAS
As aquisições foram
efetuadas com recursos próprios do Ensino Fundamental. “É o terceiro ano em que
fazemos essas aquisições. A
verba da Educação deve ser
Além das 2 camisetas,
mochila, tênis, kit
odontológico, agasalho,
os alunos do Ensino
Fundamental já
receberam:
2 borrachas; 4 cadernos
brochurão; 2 cadernos
brochurinha; l cx de lápis de
cor; 4 lápis preto; régua;
apontador; 2 canetas azuis;
2 canetas vermelhas; cola
branca de 90 grs.; Tesoura
sem ponta; Estojo de caneta hidrográfica; 1 pacote
sulfite 100 fls.
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ARIA MUNICIP
AL DE EDUCAÇÃO E CUL
TURA
SECRETARIA
MUNICIPAL
CULTURA
A EDUCAÇÃO MUDOU EM LEME
A EDUCAÇÃO ESTÁ EM OBRAS
NO
VAS CRECHES
NOV
AIND
A EM 2008
AINDA
veja a relação de obras relizadas em 2007
Cresce o número de empregos em Leme, e conseqüentemente, aumenta o número de mães que conseguem
emprego. Este fato, ao lado da
adoção do ensino em 9 anos,
passa a exigir mais vagas em
creche e no Ensino Infantil,
que agora vai do Berçário 1
(até 12 meses) ao Infantil (até
48 meses). A resposta da administração municipal foi ime-
EMEF “PROFª APARECIDA TAUFIC
NASSIF MANSUR NAIF
Construção de 2 banheiros para professores, 1 arquivo, 1
sanitário para deficientes, 3 salas de aula, 1 sala de reforço, 1
biblioteca, 1 lavanderia, 1 banheiro lavanderia e área de circulação
|5
diata.
Ainda em 2007, a Prefeitura inaugurou as creches
“Profª Isabel Cristina” e
“Profª Odília Jambeiro”, respectivamente nos bairros
Palmeirinha e Governador.
No início de março deste ano,
houve a inauguração da creche
“Profª Ana Maria Rebessi”, no
Jardim Nova Leme, que já se
encontrava em funcionamen-
to desde o início do ano leti- 209,45 metros quadrados de
vo.
área construída, economizando tempo no orçamento, na
licitação e execução da obra.
NOVAS
CONSTRUÇÕES
Para fazer face à demanda, as Secretarias do Planejamento e da Educação desenvolveram uma planta
arquitetônica única, com
“Foi um achado”,
comemora o Prefeito de
Leme, “fica mais fácil
licitar as obras e adquirir os materiais, pois a
construção segue sempre
o mesmo padrão”.
O novo modelo já se encontra em licitação para atender os bairros Jardim do Sol,
Alto da Glória, Caju (zona rural) e Residencial Pavan. “As
obras serão iniciadas e concluídas em 2008, devido à padronização”, explica o Prefeito.
EMEF “PROFª RAQUEL DOS ANJOS
MARCELINO”
Construção de 4 salas de aula, 1 sala de reforço, 2 sanitários
para alunos (com sanitários para deficientes), sala de professores
EMEF “PROFº MÁRIO ZINNI”
EMEF “PROFª MALACKEY
TAUFFIC DE ALBUQUERQUE”
EMEF “PROFª MARIA
GONÇALVES MOURÃO
EMEF “PROFº PAULO
BONFANTI”
Construção de 3 salas de aula, 2 sanitários
para alunos (M e F com sanitários para
deficientes)
Construção de 3 salas de aula, 1 sala de reforço, 2 salas para consultórios dentários.
Construção de 2 salas de aula, 1 sala de reforço, 1 sala de
TV, 1 almoxarifado, 1 biblioteca, 1 área de circulação, 1 cozinha, 1 lavanderia, 1 WC, 1 dispensa.
Construção de 3 salas de aula, lavanderia, 2 sanitários para alunos (com sanitários para
deficientes), 2 Sanitários para funcionários (com sanitários para deficientes).
EMEF “PROFª SAGRADA
FAMÍLIA”
EMEF “PROFº ALCIDES KAMMER
ANDRADE”
Construção de 4 salas de aula, 1 fraldário, 2 sanitários para
alunos (M e F com sanitários para deficientes), sala de professores com 2 sanitários (M e F), secretaria, 1 consultório
dentário, 1 sala de espera, 1 biblioteca, 1 quadra poliesportiva
EMEF “PROFª DINEI
IVETE HAITER ROCHA”
Construção de 2 salas de aula, 2 banheiros
para alunos.(com sanitários para deficientes).
Construção de 2 salas de aula, 2 banheiros para
alunos (com sanitários para deficientes), galpão
coberto
EMEIEF “PROFª SALMA
ELMOR NASSIF”
CRECHE VIRGINIA
SCHWENGER L. FRANCO
Construção de 3 salas de aula, 1 sala de
reforço, 2 sanitários para deficientes, 1
galpão, 2 áreas de circulação e 2 depósitos.
Construção de 2 sanitários para deficientes, 1
parede divisória para Berçário I e II, 7 salas de
aula e 2 sanitários (M e F) grandes.
ACOMP
ANHE AS OBRAS
COMPANHE
Confira os endereços e acompanhe as obras das creches acima mencionadas.
CRECHES
1. Creche localizada no Jardim Alto da Glória à Rua
Fernando Néri (Modelo Padrão)
Valor estimado da obra: R$ 149.867,43
Área do Terreno: 5.557,02 m2
Construção a executar: 209,45 m2
COBER
TURAS E REFORMAS DE
COBERTURAS
QUADRAS POLIESPOR
TIV
AS
POLIESPORTIV
TIVAS
1. EMEF Profª Raquel dos Anjos Marcelino – Jardim Eloísa
Valor Estimado da obra: R$ 51.040,15
Área da Quadra: 374,00 m2
2. Creche localizada no Bairro Caju à Rua Joaquim
Bittencourt (Modelo Padrão)
Valor Estimado da obra: R$ 149.867,43
Área do Terreno: 606,00 m2
Construção a executar: 209,45 m2
2. EMEF Profª Virgínia Schwenger Leme Franco – Jardim Itamaraty
Valor Estimado da obra: R$ 89.062,31
Área da Quadra: 665,00 m2
3. EMEF Profª Ruth Zelina Albers Harder – Jardim Santa Marta/Santa Paula
EMEF “PROFª RUTH ZELINA
ALBERS HARDER”
Construção de 3 salas de aula, 1 sala de TV, 2 banheiros para
alunos (com sanitários para deficientes).
EMEF “PROFª MARIA AMÁLIA BONFANTI LEMOS”
Construção de 4 salas de aula, 1 sala de reforço, 2 sanitários para alunos (com sanitários para
deficientes), 1 lavanderia, 2 sanitários para funcionários, 1 depósito, 1 sanitário para deficientes e cobertura da quadra poliesportiva.
3. Creche localizada no Jardim Residencial Pavan à rua Silvia
de Oliveira Lima Cury (Modelo Padrão)
Valor estimado da obra: R$ 149.867,43
Área do Terreno: 847,00 m2
Construção a executar: 209,45 m2
Valor Estimado da obra: R$ 88.820,07
Área da Quadra: 682,00 m2

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