Caderno Técnico - Maxxi Training

Transcrição

Caderno Técnico - Maxxi Training
Caderno Técnico
Sintomas - Causas - Soluções
Oficina de Rolamentos
2012/2013
INTRODUÇÃO
Os rolamentos FAG são protegidos contra ferrugem e podem ser armazenados em suas
embalagens originais por longo tempo (aproximadamente 2 anos a partir da data de
embalagem).
Recomendamos a armazenagem em local adequado, com temperatura ambiente constante
e umidade relativa de, no máximo, 60%.
Os rolamentos somente devem ser retirados de suas embalagens originais no ato da
montagem no veículo ou equipamento a que se destinam, evitando contaminação que possa
comprometer o desempenho e a vida útil.
A montagem deve ser efetuada com ferramentas adequadas existentes no mercado,
observando se o estado das contrapeças (eixos e alojamentos) ainda atendem às
especificações dimensionais e de acabamento.
Para lubrificação, são recomendados óleos e graxas de qualidade que atendam às
especificações para cada aplicação, conforme recomendações dos catálogos de rolamentos
e/ou do fabricante do veículo ou equipamento.
Rolamentos vedados estão lubrificados para a vida útil, porém não devem ser estocados
por mais de 2 anos. A graxa, após esse período, pode se tornar muito consistente, resultando
em perda de qualidade.
ÍNDICE
Caderno Técnico
1) Montagem e desmontagem de rolamentos de roda dianteira – linha leve .......................................................................................... 05
2) Tabela de aplicação – rolamentos de roda – linha leve ....................................................................................................................... 06
3) Montagem e ajuste de rolamentos de rolos cônicos no cubo da roda de veículos – linha leve ......................................................... 07
4) Montagem e desmontagem de rolamentos de roda dianteira – linha pesada ..................................................................................... 08
5) Montagem e desmontagem de rolamentos de roda traseira – linha pesada ...................................................................................... 10
6) Tabela de aplicação – rolamentos de roda – linha pesada .................................................................................................................. 13
7)
8)
9)
10)
11)
O Raio-X dos componentes dos rolamentos ....................................................................................................................................... 14
Gaiolas de poliamida reforçada com fibra de vidro .............................................................................................................................. 15
Rolamentos vedados e rolamentos blindados ..................................................................................................................................... 16
Armazenagem de rolamentos .............................................................................................................................................................. 16
Principais causadores de danos em rolamentos ................................................................................................................................. 17
Sintomas – Causas – Soluções
1) Fadiga inclinada em um rolamento de rolos ........................................................................................................................................ 18
2) Traços de gripagem ou desgaste por deslizamento nas superfícies do furo ou anel externo ............................................................ 18
3) Superaquecimento ................................................................................................................................................................................ 18
4) Falha de lubrificação ............................................................................................................................................................................. 19
5) Corrosão por meios agressivos ............................................................................................................................................................ 19
6) Trincas axiais ........................................................................................................................................................................................ 19
7) Ruptura da gaiola .................................................................................................................................................................................. 20
8) Desalinhamento .................................................................................................................................................................................... 20
9) Fratura no anel externo ........................................................................................................................................................................ 20
10) Contaminação ....................................................................................................................................................................................... 21
11) Fadiga normal ....................................................................................................................................................................................... 21
12) Sobrecarga na montagem .................................................................................................................................................................... 21
13) Desgaste lateral dos rolos .................................................................................................................................................................... 22
14) Sobrecargas .......................................................................................................................................................................................... 22
15) Micropittings / manchas cinzas ............................................................................................................................................................. 22
16) Marcas de fricção / patinação ............................................................................................................................................................... 23
17) Corrosão ............................................................................................................................................................................................... 23
18) Fratura das bordas ............................................................................................................................................................................... 23
19) Cargas opostas ..................................................................................................................................................................................... 24
20) Brinelamento ......................................................................................................................................................................................... 24
21) Exposição a correntes elétricas ........................................................................................................................................................... 24
22) Falso brinelamento ............................................................................................................................................................................... 24
Oficina de Rolamentos
1) Tipos de rolamentos de catálogo .......................................................................................................................................................... 25
2) Rolamento de roda de 1a geração ........................................................................................................................................................ 25
3) Rolamento de roda de geração 2.1 ...................................................................................................................................................... 25
4) Rolamento de roletes cônicos .............................................................................................................................................................. 25
5) Módulo de eixo dianteiro – VAM ........................................................................................................................................................... 26
6) A boa montagem começa com um bom armazenamento .................................................................................................................... 26
7) A boa montagem continua com uma boa área de trabalho ................................................................................................................. 26
8) Estocagem e manuseio ........................................................................................................................................................................ 26
9) Rolamentos recondicionados / remanufaturados ................................................................................................................................ 26
10) Rolamentos recondicionados / falsos ................................................................................................................................................... 27
11) Identificação errada / ausente .............................................................................................................................................................. 27
Informativos Técnicos ........................................................................................................................................................................ 28
Caderno Técnico
1 MONTAGEM E DESMONTAGEM DE ROLAMENTOS
DE RODA DIANTEIRA – LINHA LEVE
3) Remova os anéis de travamento externo e interno do
alojamento, com auxílio de alicate de bico. Remova o
rolamento de dupla carreira do alojamento, utilizando
prensa hidráulica e bucha apropriada.
Anéis de travamento
Coluna de direção
Os esforços no processo de desmontagem passam
através dos corpos rolantes, danificando as pistas do
rolamento. Por isso, não é recomendável o seu
aproveitamento, devendo ser inutilizado.
Cubo da roda
MONTAGEM
Rolamento
Porca do
cubo de roda
Ponta do semieixo
Entalhado
Antes de instalar o rolamento no suporte da coluna da
suspensão, lubrifique o alojamento do rolamento com graxa.
1) Instale o rolamento da coluna da suspensão com o
auxílio de ferramenta apropriada e prensa hidráulica
(Figura 2). Atente para que a bucha somente apóie na
face lateral do anel externo do rolamento, pois, caso
contrário, haverá a transferência de esforços através
dos corpos rolantes, danificando a pista do rolamento.
Junta
homocinética
Nas rodas de veículos com tração dianteira, são utilizados,
normalmente, rolamentos de dupla carreira de corpos rolantes.
Sua característica principal é formar uma unidade não
desmontável e pré-lubrificada de fábrica, com vedações
integradas. A graxa de alta qualidade utilizada proporciona
lubrificação por toda sua vida útil, dispensando manutenção.
Esses rolamentos já são fabricados com a folga axial prédefinida, dispensando ajustes durante a montagem.
Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados no
procedimento de montagem para garantir o máximo
rendimento desses rolamentos.
Bancadas e ferramentas devidamente limpas são
recomendações que sempre devem ser seguidas na
montagem de rolamentos.
2) Instale os anéis de travamento (interno e externo) com
alicate de bico.
DESMONTAGEM
Figura 2
1) Remova o disco de freio, o protetor do disco de freio e
a coluna de suspensão.
2) Remova o cubo de roda, apoiando o alojamento do
rolamento, conforme a Figura 1, utilizando prensa
hidráulica.
3) Instale o cubo da roda no suporte da suspensão,
conforme mostra a Figura 3. Observe que, para essa
montagem, a bucha deve atuar somente na face lateral
do anel interno do rolamento.
Figura 3
Figura 1
5
Caderno Técnico
4) Instale a coluna de direção.
5) Instale o protetor de disco de freio e aperte o parafuso
com 0,5 kgf-m.
6) Instale o disco de freio.
montagem de rolamentos de dupla carreira de esferas, com
a recomendação adicional de girar a roda no sentido antihorário, enquanto se aperta a porca do cubo. Isso assegura
o correto assentamento dos corpos rolantes nas pistas,
eliminando a hipótese de um “falso aperto”.
As porcas autotravantes devem ser substituídas quando
removidas. Para o seu torque de aperto, recomendamos
seguir as indicações das montadoras.
Para a montagem de rolamentos de dupla carreira de
rolos cônicos, é necessário seguir as mesmas diretrizes de
2 TABELA DE APLICAÇÃO – ROLAMENTOS DE RODA
LINHA LEVE
APLICAÇÃO
POSIÇÃO
DIANTEIRA
TRASEIRA
CHEVETTE, MARAJÓ CHEVY
KL44649.L44610 e KLM11749.LM11710
—
MONZA, KADETT, IPANEMA
805589DA
518772A e KLM11749.LM11710 / WBK0003
CORSA (até dez. 2001), CLASSIC
805464DA
518772A e KLM11749.LM11710 / WBK0003
OPALA, CARAVAN
KLM67048.LM67010 e KLM11949.LM11910
—
VECTRA (96-04)
581108CA
—
ESCORT, VERONA (até 93)
540484A
518772A e KLM11749.LM11710 / WBK0001
ESCORT, VERONA, FIESTA, KA (até 2002)
805589DA
572428.TVP / WBK0005
VERSAILLES, ROYALE
805589DA
518772A e KLM11749.LM11710 / WBK0002
SANTANA, QUANTUM (até 04/94)
540733DA
518772A e KLM11749.LM11710 / WBK0002
SANTANA, QUANTUM (após 04/94)
805589DA
518772A e KLM11749.LM11710 / WBK0002
APOLLO
540484A / WBK0006
518772A e KLM11749.LM11710 / WBK0001
POINTER, LOGUS
805589DA
572428.TVP / WBK0005
GOL, PARATI, SAVEIRO, VOYAGE (até 94)
540733DA
518772A e KLM11749.LM11710 / WBK0002
GOL, PARATI, SAVEIRO, VOYAGE (após 94)
805589DA
518772A e KLM11749.LM11710 / WBK0002
AUDI A3, GOLF (após 96)
801136
800179D (c/ ABS 800179 s/ ABS)
545312DA
805267
567918DA
805267
PALIO
567918DA
WBK 0008
FIORINO (até 94)
567918DA
WBK 0008
FIORINO (após 94)
579794DA
805272
TEMPRA, TIPO 2.0L
579794DA
WBK 0008
STRADA
579794DA
805272
GM
FORD
VW
FIAT
PRÊMIO, UNO, 147, SPAZIO, ELBA,
OGGI, PANORAMA (até 10/85)
PRÊMIO, UNO, 147, SPAZIO, ELBA,
OGGI, PANORAMA
6
Caderno Técnico
3 MONTAGEM E AJUSTE DE ROLAMENTOS DE ROLOS
CÔNICOS NO CUBO DA RODA TRASEIRA DE
VEÍCULOS – LINHA LEVE
4) Coloque o anel interno no cubo da roda.
5) Introduza a vedação (retentor) do eixo no cubo, com o
lábio voltado para o rolamento.
6) Monte a capa protetora e o distanciador sobre a manga
de eixo. A superfície lateral deve apoiar o ressalto da
manga de eixo, em toda a circunferência. (Figura 3)
Mancal de roda sem tração de um automóvel
de passageiros com rolamentos de rolos
cônicos ajustados.
MONTAGEM
1) Limpe o cubo. Remova cuidadosamente eventuais
cavacos e rebarbas.
2) Unte as superfícies de assentamento com uma fina
camada de óleo. Prense os dois anéis externos com
uma ferramenta de montagem, que deverá apoiar
somente na superfície lateral do anel externo. Os anéis
externos devem assentar perfeitamente no ressalto da
caixa. (Figura 1)
Figura 3
7) Coloque o cubo sobre a manga de eixo, tendo o cuidado
de não danificar o retentor.
8) Engraxe devidamente o anel interno do rolamento
externo e introduza-o sobre a manga de eixo.
9) Introduza a arruela de encosto. (Figura 4)
Figura 1
3) Engraxe adequadamente o anel interno do rolamento
interno. Preencha, também, os espaços entre os
roletes, a pista e a gaiola. (Figura 2)
Figura 4
10) Coloque a porca-castelo.
11) Aperte a porca-castelo, girando simultaneamente o cubo
da roda até notar uma resistência ao giro (se possível,
use um torquímetro, observando as instruções de
serviço).
Geralmente, aplique
torque de 12 Kgf.m para
obter o assentamento
adequado dos corpos
rolantes e anéis.
12) Afrouxe a porca-castelo por
1/2 volta, no máximo, até
coincidir com o próximo
furo do contrapino e trave.
(Figura 5)
Figura 2
Figura 5
7
Caderno Técnico
13) Controle o giro e o basculamento do mancal. A roda
deve girar suavemente e sem resistência. Não deve
haver qualquer jogo basculante no conjunto. Caso
necessário, a arruela de encosto ou a porca deve ser
substituída. Se disponível, convém controlar a folga
axial do mancal mediante um dispositivo de medição
(Figura 6) – geralmente 0,02 mm.
14) Coloque a tampa.
15) Após um percurso de prova, controle se houve alteração
na folga e, caso necessário, corrija-a.
Figura 6
4 MONTAGEM E DESMONTAGEM DE ROLAMENTOS
DE RODA DIANTEIRA – LINHA PESADA
DESMONTAGEM
6) Retire os anéis internos e utilizando sacadores de
rolamentos ou, com dispositivo adequado ao diâmetro
(batedores), em uma prensa retire os anéis externos.
(Figura 3)
1) Com o veículo suspenso, retire a roda, as porcas e, em
seguida, a campana.
2) Solte a calotinha com chave e retire as porcas de fixação
do cubo. (Figura 1)
Figura 1
3) Retire o cubo, evitando choques na ponta de eixo.
4) Limpe a ponta do eixo e verifique o estado das lonas
de freio. Providencie a limpeza e lubrificação dos
componentes. (Figura 2)
Figura 3
7) Verifique o estado do alojamento dos rolamentos,
detectando falhas e providencie o reparo ou substituição
do cubo. (Figura 4)
Figura 2
5) Leve o cubo para a bancada e inicie sua desmontagem.
Figura 4
8
Caderno Técnico
8) Verifique o estado das pistas dos anéis internos.
Substitua os rolamentos se apresentarem fadiga de
material ou após a 4a inspeção de troca de graxa (a cada
60.000 Km). (Figura 5)
9) Lave os rolamentos e componentes com desengraxante.
Em seguida, elimine toda a umidade e proteja os rolamentos
com óleo.
3) Acrescente graxa também no reservatório do cubo
(250g a 350g de graxa por cubo MBB. Nunca ultrapasse
500g). (Figura 8)
Figura 8
4) Mantenha o cubo engraxado, com os seus pares de
rolamento montados em local apropriado, livre de
umidade e contaminação.
5) Instale os retentores com ferramenta adequada
(batedor). (Figura 9)
Figura 5
MONTAGEM
1) Inicie a montagem dos anéis externos, utilizando
prensa com dispositivo (batedor) adequado, prensando
sempre pelo anel de interferência. (Figura 6)
Figura 9
Figura 6
6) Monte o cubo, evitando choques das pistas dos
rolamentos com a ponta de eixo.
2) Lubrifique toda a região dos rolos e pistas dos anéis
internos com graxa especial para rolamentos
(GRAXAZUL, à base de lítio). (Figura 7)
7) Instale o cone do rolamento externo e as arruelas
compensadoras. (Figura 10)
Figura 10
Figura 7
9
Caderno Técnico
8) Inicie a instalação da porca. (Figura 11)
10) Verifique a folga axial (geralmente de 0,02 a 0,04mm
no cubo MBB) e ajuste-a, se necessário. (Figura 13)
Figura 11
Figura 13
9) Ajuste a porca de fixação (torque 35m/Kgf).
(Figura 12)
11) Instale a calotinha, a campana e a roda. (Figura 14)
Figura 12
Figura 14
5 MONTAGEM E DESMONTAGEM DE ROLAMENTOS
DE RODA TRASEIRA – LINHA PESADA
DESMONTAGEM
4) Retire as porcas de fixação com chave e prolongador
de torque e retire o cubo traseiro, evitando choques
nos rolamentos e roscas. (Figura 2)
1) Com o veículo suspenso, solte as porcas e retire a roda.
2) Em seguida, retire a campana, verifique o estado das
lonas de freio e providencie a limpeza e lubrificação dos
componentes.
3) Retire a calotinha, o eixo e deixe escorrer o óleo.
(Figura 1) Observação: Verifique o estado do eixo.
Figura 2
Figura 1
10
Caderno Técnico
9) Verifique o estado das pistas dos anéis internos. Os
rolamentos devem ser substituídos se apresentarem
fadiga de material ou após a 4a inspeção de troca de
graxa (a cada 60.000 Km). (Figura 6)
5) Limpe a ponta do eixo e verifique possíveis danos,
providenciando reparo ou substituição das peças.
(Figura 3)
Figura 3
Figura 6
6) Leve o cubo para a bancada. Inicie sua desmontagem,
verificando as peças do conjunto e elementos roscados
(parafusos).
10) Lave os rolamentos e componentes com desengraxante.
Em seguida, elimine toda a umidade e proteja-os com óleo.
7) Para retirar os anéis externos, utilize sacadores de
rolamentos ou um dispositivo adequado ao diâmetro
(batedor), em uma prensa. (Figura 4)
MONTAGEM
1) Inicie a montagem dos anéis externos, utilizando
prensa com dispositivo (batedor) adequado, prensando
sempre pelo anel de interferência. (Figura 7)
Figura 4
Figura 7
8) Verifique o estado do alojamento dos rolamentos,
detectando falhas. Providencie o reparo ou a
substituição do cubo. (Figura 5)
2) Lubrifique toda a região dos rolos e pistas com graxa
especial para rolamentos (GRAXAZUL, à base de lítio).
(Figura 8)
Figura 5
Figura 8
11
Caderno Técnico
3) Para lubrificação a óleo (diferencial), é permissível
lubrificar o anel interno do rolamento. Não é necessário
preencher a câmara de graxa do cubo.
4) Instale os retentores com ferramenta adequada
(batedor). (Figura 9)
8) Inicie a instalação das porcas, ajustando-as com torque
de 35m/Kgf.
9) Verifique a folga axial (geralmente de 0,02 a 0,04mm
no cubo MBB) e corrija-a, se necessário. (Figura 12)
Figura 12
Figura 9
10) Trave a arruela nas porcas. (Figura 13)
5) Mantenha o cubo engraxado, com os seus pares de
rolamento montados em local limpo e livre de umidade.
6) Realize a montagem, evitando choques das pistas dos
rolamentos com a ponta do eixo. (Figura 10)
Figura 13
11) Instale o eixo, verificando o engrenamento.
(Figura 14)
Figura 10
7) Instale o anel interno do rolamento externo e arruelas
compensadoras. (Figura 11)
Figura 14
12) Instale a calotinha, a campana e monte a roda.
Figura 11
12
Caderno Técnico
6 TABELA DE APLICAÇÃO – ROLAMENTOS DE RODA
LINHA PESADA
NÚMERO FAG
30207A
30220A
30306A
30312A
30313A
32017X
32019XA
32212A
32214A
32216A
32218A
32219A
32304A
32306A
32308B
32309A
32310A
32311A.515794
32312A
33011
33019
33020
33020.803925
33021
33022
33109
33111
33116
33117
33116
33205
33207
33208
33209
33210
33213
33214
33215
518995
524379
534565
538971
567549
568968
804358
805274
805309
AK45284.45220
AK47686.47620
F-566425.H195
F-566426.H195
F-566427.H195
K1380.1328
K15106.14250X
K25590.25522
K2780.2720
K33287.33462
K33895.33822
K3585.3525
K368.362
K3782.3720
K387.382A
K39580.39520
K39581.39520
K39590.39520
K3982.3920
K45284.45220
K497.492A
K559.552A
K580.572
K594.592A
K594A.592A
K598A.593X
K6386.6320
K663.653
K683.672
KHM212047.HM212011
KHM212049.HM212011
KHM218248.HM218210
KJM714249.JM714210
KLM501349.LM501310
T2EE100
CONJUNTO
Eixo
Eixo
Eixo
Eixo
Eixo
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
dianteiro e traseiro
Eixo dianteiro
dianteiro e traseiro
dianteiro e traseiro
Eixo traseiro
traseiro e dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
dianteiro e traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
3° Eixo
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
Eixo traseiro
Eixo dianteiro
Eixo traseiro
13
AGREGADO
EMPRESA
Roda - interno
Roda - externo e interno
Roda - externo
Roda - externo e interno
Roda - interno
roda - interno
Roda - externo e interno
Roda - externo
Roda - externo e interno
Roda - externo e interno
Roda - externo e interno
Roda - externo e interno
Roda - externo
Roda - externo
Roda - externo
Roda - externo
Roda - externo e interno
Roda - interno
Roda - interno e externo
Roda - externo
Roda - externo e interno
Roda - externo e interno
Roda - interno
Roda - interno e externo
Roda - interno
Roda - interno
Roda - interno
Roda - externo
Roda - externo e interno
Roda - externo
Roda - externo
Roda - externo
Roda - externo
Roda - externo
Roda - externo
Roda - interno
Roda - interno
Roda - externo e interno
Roda - interno
Roda - externo e interno
Roda - externo e interno
Roda - interno
Roda - externo
Roda - interno
Roda - externo
Roda - externo
Roda - interno
Roda - interno
Roda - interno
Roda - externo e interno
Roda - externo e interno
Roda - externo e interno
Roda - externo
Roda - externo
Roda - interno
Roda - externo
Roda - interno
Roda - externo e interno
Roda - externo
Roda - externo
Roda - externo
Roda - interno
Roda - externo
Roda - interno
Roda - externo
Roda - externo
Roda - interno
Roda - interno
Roda - interno
Roda - externo e interno
Roda - interno
Roda - interno
Roda - externo e interno
Roda - interno
Roda - externo
Roda - interno
Roda - interno
Roda - interno
Roda - externo e interno
Roda - interno
Roda - interno
Roda - externo e interno
Fiat (FNM)
Mercedes Benz
Fiat (FNM)
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz e Scania
Mercedes Benz, Volvo e Scania
Fiat (FNM)
Mercedes Benz
Fiat (FNM) e Scania
Fiat (FNM), Mercedes Benz e Scania
Mercedes Benz
Fiat (FNM) e Scania
Fiat (FNM), Mercedes Benz e Scania
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz e Volvo
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Volvo
Mercedes Benz
Volvo
Random
Dodge, Ford, GM, Volkswagen
Mercedes Benz
Ford
Dodge, Ford, GM, Volkswagen
Volvo
Volvo
Volvo
Dodge
Agrale, Dodge, Ford e Volkswagen
Agrale, Dodge, Ford e Volkswagen
Agrale, Dodge, Ford e Volkswagen
Dodge e Ford
Mercedes Benz
Ford e Volkswagen
Dodge e Volkswagen
Ford e Volkswagen
Dodge
Volvo
Ford e Volkswagen
Agrale, Dodge, Ford e Volkswagen
Agrale, Dodge, Ford e Volkswagen
Dodge e Volkswagen
Mercedes Benz
Mercedes Benz
Ford, Mercedes Benz e Volkswagen
Ford e Volkswagen
Ford, Volvo e Volkswagen
Mercedes Benz
Volvo
Volvo
Volvo
Ford
Volkswagen
Scania
Dodge e Ford
Dodge e Ford
Scania
Caderno Técnico
7 O RAIO-X DOS COMPONENTES DOS ROLAMENTOS
COMPONENTES DOS ROLAMENTOS
ANÉIS
Anéis
Corpos rolantes
1. anel externo, 2. anel interno, 3. corpos rolantes, 4. gaiola.
Os rolamentos se compõem, geralmente, de anéis de
pista – o interno e o externo – de corpos rolantes, que rolam
sobre as pistas dos anéis, e de uma gaiola que conduz os
corpos rolantes.
O lubrificante é considerado também um importante
componente, pois, sem ele, um rolamento dificilmente seria
operacional.
O material dos anéis e dos corpos rolantes FAG é,
normalmente, um aço-rolamento, com o número de material
1.3505, denominação DIN 100Cr6 a ABNT52100.
Os anéis – interno e externo – guiam os corpos rolantes
na direção de giro. Para transferir esforços axiais em
sentido transversal, esses anéis são providos de sulcos
nas pistas, rebordos e superfícies rolantes inclinadas. Os
rolamentos de rolos cilíndricos, tipos NU e N e os
rolamentos de agulhas, possuem rebordos em apenas um
dos anéis, o que permite que, como rolamentos livres,
sejam compensadas as dilatações dos eixos.
CORPOS ROLANTES
1
2
GAIOLAS
3
1
4
5
2
3
4
Gaiolas de chapa de aço para rolamentos: 1. fixo de esferas,
2. de contato angular de esferas, 3. de rolos cônicos, 4. de
rolos cilíndricos.
6
1. esfera, 2. rolo cilíndrico, 3. agulha, 4. rolo cônico, 5. rolo
esférico simétrico, 6. rolo esférico assimétrico.
FINALIDADE DA GAIOLA
Os corpos rolantes têm a função de transmitir as cargas
incidentes sobre um anel de rolamento ao outro. Para uma
alta capacidade de carga, é importante acomodar o maior
número de corpos rolantes entre os anéis, assim como
aumentar o seu diâmetro. A quantidade e o tamanho dos
corpos rolantes dependem do corte transversal do rolamento.
Para garantir a capacidade de carga de um rolamento, é
importante também que todos os corpos rolantes sejam
iguais em seu diâmetro. Por meio de classificação, são
obtidos grupos de classes de corpos rolantes cuja
tolerância dimensional é restrita e de igual valor.
A parte central do diâmetro externo dos roletes
cilíndricos ou cônicos e das agulhas é reta, sendo as
extremidades levemente abauladas (perfil logarítmico). Isso
evita que, sob carga, ocorram tensões de canto.
• Manter os corpos rolantes equidistantes, para uma
homogênea distribuição da carga.
Não é finalidade da gaiola participar da transmissão de
carga no rolamento.
As gaiolas dos rolamentos se dividem em dois grupos:
estampadas e maciças. As gaiolas estampadas são,
geralmente, prensadas em chapa de aço e, às vezes, em
chapa de latão. Suas vantagens são o peso reduzido e o
baixo custo do material. Mesmo considerando o alto custo
do ferramental, tornam-se economicamente viáveis quando
fabricadas em larga escala.
Gaiolas maciças, principalmente as de latão, são
vantajosas em pequenas quantidades e para rolamentos
grandes.
14
Caderno Técnico
A execução das gaiolas, em condições normais de
serviço, é secundária. Normalmente, em um projeto, é
escolhida a gaiola economicamente mais vantajosa. Mas
em condições especiais de serviço, deve ser selecionado o
tipo de gaiola mais adequado.
Outra característica de diferenciação das gaiolas é o
modo de guia:
• Na maioria dos casos, guiada pelos corpos rolantes
(sem sufixo)
Regras para a posição de sufixo de gaiola na designação
do rolamento:
Um rolamento pode ter gaiolas de diferentes tipos,
dentre os quais, um é fixado como o de série.
• Não será colocado sufixo se a gaiola de série for de
chapa de aço para rolamento com nº standard.
• Será mencionado o sufixo se uma gaiola de chapa de
aço não for a de série.
Como execução especial e em algumas séries de
rolamentos de rolos cilíndricos, há também rolamentos sem
gaiola. Com a inexistência da gaiola, cria-se um espaço para
rolos, aumentando a capacidade de carga, o que acarreta,
no entanto, na redução do número de rotações permitido
em virtude do atrito resultante.
Dados nominais de temperaturas para gaiolas de
poliamida reforçada com fibra de vidro:
– 25°C: limite inferior de aplicação
+120°C: limite superior em serviço (observando-se o
tipo de lubrificante)
+255°C: temperatura de fusão
Lubrificantes (aditivados) podem levar à redução da
durabilidade da gaiola, quando a temperatura se mantiver,
por um tempo mais prolongado, acima dos 80°C. Sob essas
temperaturas, o óleo envelhecido pode também influenciar
na vida útil da gaiola e, por isso, é necessário atentar para
os prazos de troca do lubrificante.
• Guiada no anel externo (sufixo A)
• Guiada no anel interno (sufixo B)
Pelos corpos
rolantes
sem sufixo
no anel externo
sufixo A
no anel
interno
sufixo B
8 GAIOLAS DE POLIAMIDA REFORÇADA COM FIBRA
DE VIDRO
As principais funções das gaiolas podem ser descritas
como:
aplicações em rolamentos de grande e pequeno portes. Um
alto grau de elasticidade, baixo peso, boas condições de
deslizamento e capacidade de trabalho com quantidades
reduzidas de lubrificante garantem um efeito positivo na
vida útil do rolamento quando uma gaiola de poliamida
reforçada é utilizada.
As gaiolas de poliamida reforçadas com fibra de vidro são
também destinadas a aumentar a capacidade de operação em
aplicações nas quais as temperaturas excedam 120ºC.
Nas aplicações onde a lubrificação é feita à base de óleo,
podem ocorrer quedas sensíveis na vida útil da gaiola
devido ao tipo de aditivo contido no óleo.
O aumento de temperatura de trabalho gerado pelo
lubrificante pode também causar um impacto na vida útil
da gaiola. Nesse caso, é importante que os intervalos de
troca do lubrificante sejam observados.
Portanto, é extremamente importante alertar os clientes
sobre a necessidade de garantir a aplicação, instalação e
manutenção adequadas dos rolamentos, pois só assim é
possível extrair o máximo rendimento e vida útil dos
produtos FAG.
• Evitam o contato mútuo entre os corpos rolantes
durante a operação e, desse modo, garantem que
ocorra a homogênea distribuição de cargas.
• Guiam os elementos rolantes através das zonas
descarregadas.
• Evitam que os elementos rolantes se desprendam e
caiam, durante a montagem e desmontagem, quando
há rolamentos separáveis ou oscilantes com grande
quantidade de elementos rolantes. Também facilitam
a montagem.
Gaiolas estampadas e gaiolas sólidas (maciças):
Gaiolas sólidas ou maciças podem ser feitas de latão,
aço, ligas leves ou resinas têxteis lamináveis, de base
fenólica e são normalmente geradas por usinagem, injeção
ou sinterização.
Gaiolas geradas em poliamida reforçada com fibra de
vidro PA66-GF25 são, atualmente, destinadas a inúmeras
15
Caderno Técnico
9 ROLAMENTOS VEDADOS E ROLAMENTOS
BLINDADOS
Para proteger o interior de um rolamento contra
contaminantes externos e perda de graxa, existem vedações
e blindagens integradas ao próprio rolamento, de um ou
de ambos os lados.
As vedações são discos fabricados em borracha nitrílica
vulcanizada sobre uma fina chapa de aço (alma). Esses
discos são encaixados pela sua borda externa, nas ranhuras
usinadas existentes em cada lado do anel externo do
rolamento. No diâmetro interno, o lábio do disco se apóia
na borda do anel interno, formando uma vedação de
contato, que também propicia uma certa proteção contra
respingos d’água.
As blindagens são discos estampados em fina chapa
de aço. Assim como as vedações, elas também são
fixadas nas ranhuras do anel externo do rolamento. A
blindagem se diferencia da vedação por não gerar atrito,
de maneira que a temperatura de serviço de um
rolamento blindado é semelhante à de um rolamento
aberto.
Inicialmente, na construção básica do rolamento fixo de
uma carreira de esferas, fabricado para ser equipado com
qualquer desses elementos, o bordo do anel interno tinha
uma ou duas ranhuras usinadas, nas quais agia a vedação
ou a blindagem. Tal versão era designada “RS” e “2RS”,
para uma ou duas vedações, e “Z” e “2Z”, para uma ou duas
blindagens, respectivamente.
Na construção atual desses rolamentos, as ranhuras
torneadas no anel interno deram lugar a uma superfície
plana usinada e adicionalmente retificada. É aí que
trabalham os lábios da nova vedação e sobre a qual se
aproximam os diâmetros internos das blindagens. Sua
designação atual é “RSR” e “2RSR”, para uma e duas
vedações, e “ZR” e “2ZR”, para uma ou duas blindagens,
respectivamente.
Nas execuções “2RSR” e “2ZR”, os rolamentos vêm
de fábrica lubrificados com graxa de alta qualidade,
suficiente para toda sua vida útil, conseqüentemente, não
devem ser lavados. A temperatura de utilização desses
rolamentos não deve exceder a 120° C, devido ao limite
de temperatura da graxa.
10 ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS
O rolamento deve permanecer na embalagem original
Durante a armazenagem no almoxarifado, os
rolamentos devem permanecer em sua embalagem original.
Somente devem ser desembalados antes de sua montagem,
já no local. Dessa forma, é evitado o risco de contaminação
e corrosão.
Estoque os rolamentos em ambientes secos
Durante a armazenagem, os rolamentos não podem ficar
expostos a meios agressivos como, por exemplo, gases,
neblina ou aerossóis de ácidos, lixívias ou sais, nem
tampouco luz solar direta. Para evitar a formação da água
de condensação, é recomendável manter a temperatura de
+6°C até +25°C ou 30°C por pouco tempo.
• Variações de temperatura dia / noite < 8°C.
• Umidade relativa do ar < 65%.
Respeitando essas condições, é permitida a armazenagem
dos rolamentos pelo prazo de até 5 anos. Se esse período
for ultrapassado, o rolamento deve ser examinado antes
do uso para avaliação de seu estado de conservação e
existência de corrosão.
Sob consulta, a FAG se coloca à disposição.
Os rolamentos vedados não devem ser armazenados
pelo prazo de 5 anos, pois a graxa pode envelhecer,
devendo permanecer armazenados até o limite de 3 anos.
Guarde os rolamentos maiores horizontalmente
Os rolamentos de maior porte, cujos anéis têm
espessura relativamente pequena, não devem ser
armazenados verticalmente, mas sim na posição horizontal
e totalmente apoiados sobre a prateleira.
Os rolamentos FAG saem de fábrica protegidos por uma
camada de óleo anticorrosivo. Esse óleo é neutro, não
endurece, sendo miscível com os lubrificantes disponíveis
no mercado. Em sua embalagem original, estão protegidos
contra influências externas.
16
Caderno Técnico
11 PRINCIPAIS CAUSADORES DE DANOS EM
ROLAMENTOS
• Atenção: se os rolamentos forem instalados, ajustados
e lubrificados perfeitamente, com certeza poderão ter
uma vida útil prolongada!
MONTAGEM INCORRETA
• Métodos, ferramentas inadequadas
• Falta de limpeza
• Ajustes e torques impróprios
SOLICITAÇÃO EXCEPCIONAL
• Excesso ou falta de aperto
• Vibrações
• Rotação excessiva
INFLUÊNCIA AMBIENTAL
• Calor externo
• Poeira, sujeira
• Umidade
LUBRIFICAÇÃO IMPERFEITA
• Inadequada
• Deficiente
• Excessiva
17
Sintomas – Causas – Soluções
1 FADIGA INCLINADA EM UM ROLAMENTO DE ROLOS
SINTOMAS
SOLUÇÕES
• Traço de giro em posição assimétrica em relação ao
centro do rolamento.
• Fadiga nas bordas das pistas de rolagem ou dos
elementos rolantes.
• Corrija os erros de desalinhamento, observando a
montagem ou o eixo/alojamento.
CAUSAS
• Devido ao desalinhamento do alojamento ou à flexão
do eixo, é produzido um desvio do anel interno em
relação ao anel externo e, em consequência, uma
elevada carga de momentos. Nos rolamentos de
esferas, isso causa esforços nos alvéolos da gaiola e
um aumento do deslizamento nas pistas de rolagem,
bem como o atrito das esferas sobre as bordas.
2 TRAÇOS DE GRIPAGEM OU DESGASTE POR
DESLIZAMENTO NAS SUPERFÍCIES DO FURO OU
ANEL EXTERNO
SINTOMAS
SOLUÇÕES
• Soldas a frio nas superfícies de ajuste (furo do anel
interior, diâmetro exterior do anel externo) e superfícies
de contato axiais ou, em caso de boa rugosidade de
contato, também superfícies de contato brilhantes.
• Desgaste das superfícies de ajuste e superfícies
frontais, desaparecimento da pré-carga ou aumento da
folga interna.
• Aumente as superfícies de contato axiais.
• Assegure a fixação axial.
• Mantenha secas as superfícies de ajuste.
CAUSAS
• Movimentos de giro entre o anel e o eixo/alojamento
em ajustes livres sob carga circunferencial.
• Fixação axial insuficiente dos anéis.
• Dificuldade de deslocamento do rolamento livre.
3 SUPERAQUECIMENTO
SINTOMAS
SOLUÇÕES
• Coloração dos anéis, corpos rolantes e gaiolas em tons
que variam do dourado ao azulado.
• Temperaturas acima de 205°C podem recozer os materiais
dos anéis e corpos rolantes, reduzindo a capacidade de
carga do rolamento e causando falha prematura.
• Controle térmico e de sobrecargas.
• Elevações adequadas de temperatura.
• Refrigeração adicional.
CAUSAS
• Fluxos de cargas elétricas e de calor elevados.
• Elevações bruscas de temperatura.
• Refrigeração e/ou lubrificação insuficiente.
18
Sintomas – Causas – Soluções
4 FALHA DE LUBRIFICAÇÃO
SINTOMAS
• Alteração de cores nos corpos rolantes (azul/marrom)
e nas pistas.
• Desgaste excessivo dos corpos rolantes, anéis e gaiolas,
resultando em superaquecimento.
CAUSAS
• Restrição no fluxo de lubrificante.
• Temperaturas elevadas, que ocasionam a degradação
do lubrificante.
SOLUÇÕES
• Uso de lubrificante adequado e na quantidade correta.
• Garanta o ajuste correto do rolamento.
• Controle a pré-carga.
5 CORROSÃO POR MEIOS AGRESSIVOS
• Melhore a vedação.
• Utilize lubrificante com aditivos protetores contra a
corrosão.
SINTOMAS
• Escoriações por corrosão, que geralmente assumem
uma cor preta.
CAUSAS
• Armazenagem inadequada (armazenamento de produtos
químicos corrosivos no mesmo local).
• Falha da vedação.
• Lubrificante inadequado.
SOLUÇÕES
• Acondicione em conformidade com as Instruções da FAG.
6 TRINCAS AXIAIS
SINTOMAS
SOLUÇÕES
• Anel interno parcial ou completamente trincado na
direção axial.
• Escolha o ajuste adequado.
• Evite choques.
• Melhore as condições do assentamento.
CAUSAS
• Fraturas com bordas arredondadas indicam que foram
causadas durante a operação (bordas trincadas podem
ser rompidas após operação prolongada).
• Fraturas com bordas afiadas indicam quebra durante a
desmontagem.
• Rotação do anel interno no eixo.
• Extrema interferência no eixo.
• Eixo ranhurado.
• Circularidade fora do especificado.
19
Sintomas – Causas – Soluções
7 RUPTURA DA GAIOLA
• Aumente a circulação do lubrificante ou utilize outra
viscosidade.
• Evite inclinações tanto quanto possível.
• Quando montados aos pares, se possível, pré-carregue.
SINTOMAS
• Ruptura dos elementos laterais da gaiola.
CAUSAS
• Danos produzidos durante a montagem.
• Em consequência do desgaste e por lubrificação
deficiente.
• Carga de momentos elevada demais ou inclinação.
• No caso de pares de rolamentos de rolos cônicos
montados com grande folga, as cargas axiais que se
alteram rapidamente.
SOLUÇÕES
• Cuidados durante a montagem.
8 DESALINHAMENTO
SINTOMAS
• Marcas de desgaste em forma de pista e não paralelas
à pista real no anel fixo (externo/interno).
CAUSAS
• Eixos com deformações.
• Cavacos, sujeira ou imperfeições nas superfícies de
assentamento.
• Roscas não perpendiculares com as superfícies de
apoio do rolamento.
• Porcas de fixação com faces não perpendiculares às
roscas de fixação.
SOLUÇÕES
• Inspecione os eixos e colos para verificar o batimento
dos encostos e alojamentos do rolamento.
9 FRATURA NO ANEL EXTERNO
SINTOMAS
• Trincas na direção do perímetro do rolamento, gerando
fragmentos.
• O anel externo apresenta marcas de distribuição de
cargas irregulares.
CAUSAS
• Apoio insuficiente dos anéis no alojamento do rolamento.
SOLUÇÕES
• Fixação.
• Siga, apropriadamente, as recomendações de montagem
da FAG.
20
Sintomas – Causas – Soluções
10 CONTAMINAÇÃO
• Conserve os rolamentos na embalagem original até o
momento da instalação.
• Ambientes contaminados devem dispor de sistemas de
vedação.
SINTOMAS
• Marcas (depressões) nos corpos rolantes e pistas,
causando vibração.
CAUSAS
• Poeira contida no ar, sujeira ou partículas abrasivas.
• Mãos e/ou ferramentas sujas.
• Substâncias estranhas nos lubrificantes ou solventes
para limpeza.
SOLUÇÕES
• Mantenha áreas de trabalho, ferramentas, dispositivos
e mãos limpos.
• Isole a área de montagem de rolamentos contra
processos que gerem partículas abrasivas.
11 FADIGA NORMAL
SINTOMAS
SOLUÇÕES
• A erosão é progressiva e, uma vez iniciada, se
propagará com a continuidade da operação.
• Notável aumento dos níveis de vibração/ruído.
• Algumas vezes, tem aspecto similar ao de erosão. É
indicada pela fratura das superfícies móveis e por
posterior remoção de minúsculas partículas do anel
interno, anel externo e corpos rolantes.
• Substitua o rolamento.
CAUSAS
• O rolamento permaneceu em operação além do tempo
de vida calculado em função de fadiga.
12 SOBRECARGA NA MONTAGEM
SINTOMAS
• Marcas profundas de desgaste causadas por um corpo
rolante no fundo do raio de curvatura da pista.
CAUSAS
• Carga excessiva dos corpos rolantes quando a
interferência de montagem excede a folga radial com a
temperatura de operação, levando à falha prematura.
SOLUÇÕES
• Diminua a interferência total com melhores ajustes dos
rolamentos nos eixos e mancais.
• Considere as temperaturas de operação.
• Aumente a folga radial na seleção do rolamento.
21
Sintomas – Causas – Soluções
13 DESGASTE LATERAL DOS ROLOS
SINTOMAS
SOLUÇÕES
• Estrias profundas na borda e na face do rolo.
• O lubrificante fica carbonizado nessa área.
• Melhore a lubrificação, aumentando a viscosidade, com
aditivos EP, e a quantidade.
• Assegure o ajuste correto do rolamento.
CAUSAS
• Lubrificação inadequada com altas cargas e velocidades –
quantidade e viscosidade baixas do lubrificante (não
há um filme de lubrificação hidrodinâmica entre a face
do rolo e a borda).
• Pré-carga causada por dilatação térmica.
• Inclinação dos rolos causada pelo desgaste da pista
ou desalinhamento do anel.
• Carga axial excessiva nos rolamentos de rolos cilíndricos/
cônicos.
• Pré-carga axial excessiva.
14 SOBRECARGAS
SINTOMAS
• Marcas profundas de desgaste causadas pelos elementos
rolantes na pista do rolamento.
• Grande distribuição de áreas com fadiga (escamação).
CAUSAS
• Carregamento excessivo do rolamento.
SOLUÇÕES
• Reduza as cargas.
• Verifique as condições de empenamento de eixos (anel
interno) e ovalização da caixa (anel externo).
15 MICROPITTINGS / MANCHAS CINZAS
• Melhore a lubrificação, aumentando a quantidade e a
viscosidade, com aditivos EP.
• Refrigeração do lubrificante e do local de posicionamento
do rolamento.
• Eventualmente, utilize graxa mais mole.
• Evite a entrada de água.
SINTOMAS
• Carga relativamente baixa e existência simultânea
de deslizamentos produzem rupturas superficiais
minúsculas. Como aparecem em grande número, essas
rupturas têm o aspecto de manchas na pista do
rolamento.
CAUSAS
• Estado de lubrificação deficiente em consequência de:
• alimentação insuficiente de lubrificante.
• temperatura de trabalho excessivamente elevada.
• entrada de água.
• Deslizamentos.
SOLUÇÕES
• Aumente a quantidade de lubrificante.
22
Sintomas – Causas – Soluções
16 MARCAS DE FRICÇÃO / PATINAÇÃO
• Reduza a folga do rolamento.
• Melhore a lubrificação.
SINTOMAS
• Manchas com aspecto de desgaste por fricção.
• Aumento da rugosidade dos corpos rolantes e pistas
do rolamento.
CAUSAS
• Carga baixa e a lubrificação é insuficiente.
• Zonas carregadas muito reduzidas causam a parada
dos corpos rolantes na zona sem carga e na nova
aceleração quando entram na zona de carga.
SOLUÇÕES
• Aplique pré-carga nos rolamentos.
17 CORROSÃO
SINTOMAS
• Corrosão vermelha/marrom ou depósitos nos corpos
rolantes, pistas e gaiolas.
• Aumento de folga radial ou perda de pré-carga,
aumento de vibrações.
CAUSAS
• Exposição dos rolamentos em ambientes e fluídos
corrosivos.
SOLUÇÕES
• Mantenha fluídos corrosivos afastados das áreas onde
houver rolamentos.
• Utilize rolamentos integralmente vedados.
• Considere a vedação externa em ambientes muito
agressivos.
18 FRATURA DAS BORDAS
SINTOMAS
• Bordas parcialmente ou completamente quebradas/
trincadas.
CAUSAS
•
•
•
•
Carga axial excessivamente alta.
Borda insuficiente encostada.
Impactos axiais.
Danos de montagem.
SOLUÇÕES
• Mantenha cargas dentro dos limites especificados.
• Siga apropriadamente as instruções e procedimentos
de instalação.
23
Sintomas – Causas – Soluções
19 CARGAS OPOSTAS
SINTOMAS
SOLUÇÕES
• Nos casos de rolamento tipo contato angular, as esferas
apresentam desgaste em forma de sulcos por se
apoiarem sobre a borda externa da pista quando em
movimento.
• Assegure que a instalação seja adequada para
rolamentos do tipo contato angular.
CAUSAS
• Rolamentos de esfera de contato angular são projetados
para suportar cargas axiais numa única direção.
• Quando carregado em direção oposta, a área elíptica
de contato é limitada pela baixa altura desse lado do
anel externo.
20 BRINELAMENTO
SINTOMAS
SOLUÇÕES
• Marcas de brinelamento surgem com indentações nas
pistas e aumentam o nível de vibração do rolamento (ruído).
• Instale rolamentos com o uso de ferramentas apropriadas
e aplique a força somente no anel que tenha montagem
por interferência.
CAUSAS
•
•
•
•
Sobrecarga estática no rolamento.
Impactos severos no rolamento.
Uso de martelo para instalar o rolamento.
Quedas, choques ou colisões em equipamentos
montados.
• Montagem do rolamento no eixo com aplicação da força
de inserção no anel livre.
21 EXPOSIÇÃO A CORRENTES ELÉTRICAS
SINTOMAS
SOLUÇÕES
• Marcas em tons de marrom, paralelas ao eixo e
localizadas numa grande parte da pista ou cobrindo
totalmente a circunferência da pista.
• Evite a passagem de fluxo de corrente elétrica através
do rolamento por meio de aterramento ou insolação.
• Use rolamentos com isolamento cerâmico.
CAUSAS
• Exposição constante a fluxos de corrente elétrica
contínua ou alternada.
22 FALSO BRINELAMENTO
SINTOMAS
• Marcas elípticas no sentido axial de cada espaço
ocupado pelas esferas.
SOLUÇÕES
• Elimine ou absorva
vibrações externas.
• Use lubrificantes que
contenham aditivos
antidesgaste.
CAUSAS
• Quando o rolamento está fora de serviço, não há
formação de um filme lubrificante que previna o
desgaste da pista, causado pelo atrito produzido pelo
contato entre pista e corpos rolantes na partida.
24
Oficina de Rolamentos
1 TIPOS DE ROLAMENTOS
DE CATÁLOGO
roletes cônicos
fixo de esferas
axial de esfera
quatro pontos
3 ROLAMENTO DE RODA
DE GERAÇÃO 2.1
4 ROLAMENTO DE
ROLETES CÔNICOS
Gaiola
roletes cilíndricos
contato angular
Roletes Cônicos
2 ROLAMENTO DE RODA
DE 1a GERAÇÃO
Anel Interno (cone)
Anel Externo
Gaiola com Esferas
Anel Interno
Vedação
Anel Externo (capa)
Defletor
25
Oficina de Rolamentos
5 MÓDULO DE EIXO
DIANTEIRO – VAM
8 ESTOCAGEM E
MANUSEIO
MANTENHA O ROLAMENTO
SEMPRE DENTRO DA
EMBALAGEM ORIGINAL
6 A BOA MONTAGEM
COMEÇA COM UM
BOM ARMAZENAMENTO
9 ROLAMENTOS
RECONDICIONADOS /
REMANUFATURADOS
• O rolamento
deverá
permanecer na
embalagem
original.
• Guarde os
rolamentos
maiores deitados.
• Preço baixo.
• Engana o consumidor.
• Estoque os
rolamentos em
ambientes secos.
• Não assume responsabilidade.
• Compra das oficinas.
• Lucro enorme.
• Peças totalmente fora de medida.
7 A BOA MONTAGEM
CONTINUA COM UMA
BOA ÁREA DE TRABALHO
ÁREA
INADEQUADA
• Rolamentos abertos e
não montados.
• Rolamentos misturados
com ferramentas.
• Ferramental
desorganizado.
26
Oficina de Rolamentos
10 ROLAMENTOS RECONDICIONADOS / FALSOS
SINAIS CIRCULARES DE LIXA
• Faces
• Cantos / bordas
• Furos
• Pista
• Diâmetro externo
• Rolos
Sinais de lixa
Raio
IMPRESSÕES, BATIDAS,
DEFORMAÇÕES
• Anel externo
• Rolos
• Anel interno
• Gaiola
Raio
Sinais de lixa
GERAL
• Folga
Sinais de lixa
• Oxidação
11 IDENTIFICAÇÃO ERRADA / AUSENTE
• Embalagem
ANOTAÇÕES
27
Informativos Técnicos
GRAXAZUL E GRAXAZULPLEX
Disponíveis em 500g, 1kg, 10kg, 20kg e 170kg (sob encomenda)
GRAXAZUL
Aparência
Lisa
Cor
Grau NGLI
Sabão Tipo
Sabão %
Ponto de Gota
Temperatura de Operação
Azul Transparente
2
Lítio
6,0-9,0
182 oC
-35 oC a 120 oC
Odor
Penet. Trab. 60.000X
Penet. Trab. 100.000X
Ensaio Emcor
% Óleo Mineral
Viscos. Óleo Mín. 40 oC
Viscos. Óleo Mín. 100 oC
Citronela
265 a 295
355 máximo
1 máximo
85% mínimo
133 a 144cst
9,0 a 11,0cst
Aditivo R&O
Estabilidade H2O
Análise Infravermelho
Teor de sep. de óleo 5% máx.
Ensaio nível de ruído
Presente
15 mínimo / 90 oC
Passa
0
FAG
GRAXAZULPLEX
Aparência
Cor
Grau NGLI
Sabão Tipo
Sabão %
Ponto de Gota
Temperatura de Operação
Odor
Penet. Trab. 60.000X
Penet. Trab. 100.000X
Ensaio Emcor
% Óleo Mineral
Viscos. Óleo Mín. 40 oC
Viscos. Óleo Mín. 100 oC
Aditivo R&O
Estabilidade H2O
Análise Infravermelho
Teor de sep. de óleo 5% máx.
Ensaio nível de ruído
28
Lisa, Macia,
Amanteigada
Azul
2
Complexo de Lítio
8,0-12,0
250 oC
-5 oC a 200 oC
—
265 a 295
290 máximo
—
80% mínimo
126 a 160cst
15,8cst
Presente
15 mínimo / 90 oC
Passa
0
FAG
Informativos Técnicos
Manutenção preventiva em rolamentos:
mais segurança, maior vida útil e menor custo
A Schaeffler recomenda a manutenção preventiva como
A manutenção preventiva é necessária principalmente
a mais indicada para garantir o funcionamento adequado e
maior vida útil para os rolamentos de caminhões e ônibus.
Na manutenção preventiva, são estabelecidos períodos
para a substituição dos componentes que têm desgastes
provocados por fadiga de tempo de uso, como os óleos,
graxas, filtros, correias, lonas de freio, rolamentos, etc.
nos cubos de roda engraxados, responsáveis pelas maiores
despesas nos rolamentos de veículos comerciais. A graxa
dos cubos de roda deve ser substituída a cada 40 a 60 mil
quilômetros, em condições de uso normal, ou seja, trabalho
intermitente de duas horas, com intervalos de 15 minutos,
e temperatura de trabalho de 80 a 100ºC. A troca da graxa
As peças são trocadas antes que a quebra do veículo
ocorra, evitando transtornos e prejuízos com a perda de
tempo e atrasos no transporte de cargas e de passageiros.
Mais uma vantagem: o custo é mensurado, pois a empresa
já sabe quando e quanto gastará na troca das peças.
deve ocorrer a cada 20 a 40 mil quilômetros no caso de uso
severo, trabalho contínuo superior a 12 horas e temperatura
de 100 a 120ºC. A Graxazul Plex, da FAG, possui uma fórmula
especialmente desenvolvida para suportar condições
severas de uso na aplicação em caminhões e ônibus.
Tabela de valores médios para
substituição preventiva de rolamentos
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Informativos Técnicos
A influência da pré-carga
nos rolamentos de roda de 2a geração
A maioria das rodas traseiras dos novos veículos está
de roletes cônicos montados aos pares, os rolamentos de
equipada com rolamentos de segunda geração (com dupla
carreira de esferas já incorporada ao cubo de roda) ou
rolamentos bicônicos de primeira geração. Por exemplo, são
de segunda geração os rolamentos FAG 801191E e
801191EA, que equipam o Novo Polo (a partir de 2002) e o
Fox, bem como os rolamentos FAG 800179 e 800179D,
segunda geração não precisam ter sua folga de trabalho
ajustada pelo reparador (mecânico) durante a montagem.
Porém, é importante que, na fase final da montagem, o
reparador faça o ajuste dos anéis e aplique o torque na porca
de fixação. O torque é necessário para garantir a fixação da
peça e para efetuar a pré-carga de trabalho do rolamento.
aplicados no Golf, Audi A3 e New Beetle.
Esses rolamentos já possuem sua folga de trabalho préajustada de fábrica. Isso significa que, ao contrário do sistema
A durabilidade de um rolamento sempre estará
vinculada à sua folga de trabalho, à pré-carga e ao
lubrificante usado.
Rolamento de 2a geração para roda traseira,
que equipa o Novo Polo, Fox, Golf, Audi A3 e New Beetle
Dica de montagem
Na montagem do rolamento, há um ligeiro afastamento
dos anéis internos. Por isso, é necessário girar o conjunto com
a mão, rosqueando a porca até obter o contato total dos anéis.
Depois disso, para concluir a montagem, use o
torquímetro para aplicar o torque na porca, visando a
fixação e pré-carga.
O torque de fixação para os rolamentos de segunda
geração varia de 20 a 25 Kgf.m na roda traseira. No Novo
Polo, Fox, Audi A3 e New Beetle, por exemplo, é
recomendada a pré-carga de 0,019mm, obtida com o
torque de fixação de 24Kgf.m.
O excesso ou falta de pré-carga diminui
a vida útil do rolamento. No gráfico ao
lado, você verifica que a pré-carga ideal
nos veículos citados é 0,019mm. Pode
constatar também como a vida útil da peça
diminui quando a pré-carga é menor ou
maior do que a ideal.
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Informativos Técnicos
Cuidados para instalação de Rolamentos
Cônicos de eixos diferenciais
É também o diferencial que recebe a potência do
motor após as variações de velocidade da caixa de
câmbio, transmitidas pelo eixo cardan. O conjunto do
diferencial é composto, principalmente, por engrenagens
montadas ortogonalmente entre si (satélites e
planetárias), coroa, pinhão, semieixos, cruzeta, carcaça,
tampa e rolamentos.
Quando o ônibus ou caminhão faz uma curva, é o
diferencial no eixo de tração que permite que as rodas dos
dois lados mantenham tração e contato com o solo, mesmo
percorrendo distâncias e velocidades diferentes.
Isso ocorre em virtude do movimento das engrenagens
satélites na cruzeta, que é provocado pelo giro das
engrenagens planetárias decorrente da rotação das rodas.
Como resultado, há um efeito de compensação da rotação
entre rodas, o que evita a patinação das rodas que estão
do lado de dentro da curva.
Dicas
ultrapassar esse limite, porque podemos perder as
propriedades de dureza e resistência dos rolamentos
adquiridas no tratamento térmico.
Aplique pré-carga na montagem dos rolamentos para
garantir maior vida útil do conjunto. Após o encosto total
dos anéis na montagem, é necessário aplicar, geralmente,
0,02 mm a 0,04 mm de deslocamento axial no aperto da
porca de ajuste do conjunto de rolamento do pinhão. No
apoio da caixa satélite (coroa), verifique as condições dos
assentamentos dos rolamentos, pois estes garantem a
pré-carga de trabalho dos mesmos.
Utilize as ferramentas adequadas para a instalação e o
relógio comparador para medir a pré-carga.
Observe sempre as trocas de óleo recomendadas pelo
montador, pois a vida útil do conjunto dependerá dessa
manutenção.
Os rolamentos, a coroa e o pinhão são os componentes
mais vulneráveis à má instalação. Por isso, são
necessários vários cuidados durante a montagem, como
o ajuste da pré-carga dos rolamentos. Confira:
Antes da instalação, aqueça os cones dos rolamentos do
corpo do pinhão e os dos apoios da coroa do diferencial para
provocar uma dilatação em seus diâmetros. Isso é necessário
porque, em muitos casos, esses diâmetros podem ser
0,05mm maiores do que os furos dos cones dos rolamentos.
Com esse procedimento, os cones dos rolamentos serão
montados com maior facilidade, evitando o risco de se
trincarem e de danificar os assentamentos nos eixos.
O aquecimento pode ser realizado por meio de banho
de óleo (80 oC), forno elétrico a 90 a 100 oC, soprador
térmico a 100 oC ou por aquecedor indutivo a 90 o.
Rolamentos com diâmetro externo maior que 150 mm
podem ser aquecidos até 120 oC. Não é recomendado
Dicas
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Informativos Técnicos
Ovalização do alojamento e empenamento da
ponta de eixo podem causar danos aos rolamentos
devido a grandes choques. Por exemplo, buracos na pista
podem provocar danos nos rolamentos de roda.
Ao diagnosticar, com o estetoscópio, as condições de
ruído do rolamento e constatar a necessidade de troca, é
necessário também, após a desmontagem, verificar as
condições das peças próximas, como o alojamento e o eixo.
O empenamento máximo recomendado para uma ponta de
eixo é de 0,05mm, como também para o alojamento, seja
ele do telescópio ou no tambor do freio. Peças que estão
acima desse limite devem ser substituídas.
Muitas falhas nos rolamentos estão relacionadas às
condições das peças contíguas, ou seja, peças próximas e
com as quais os rolamentos mantêm contato. Isso porque,
depois de montado, o rolamento adquire a forma da
contrapeça: se o alojamento estiver ovalizado, o rolamento
tende a ficar com a circunferência de seu diâmetro
ovalizado; se o eixo estiver empenado, o rolamento tende
a trabalhar desalinhado. Isso faz com que o rolamento
trabalhe sobrecarregado, provocando falhas prematuras e
inesperadas. Esse tipo de dano ocorre, normalmente,
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Informativos Técnicos
Produtos INA e FAG para câmbio manual
O Grupo Schaeffler fabrica vários produtos para caixas de câmbio da linha diesel: buchas de agulhas, rolamentos de
rolos cilíndricos e esferas, gaiolas de agulhas, anéis sincronizadores e outros (todos da marca INA), além de uma grande
variedade de rolamentos cônicos FAG. Assim, a Schaeffler fabrica produtos para os câmbios ZF, Eaton, Mercedes Benz,
Scania, Volvo, etc.
Cuidados na manutenção da caixa de câmbio
Se houver necessidade de substituir os rolamentos de
apoio, utilize aquecedor térmico para dilatar os anéis
internos e facilitar a montagem.
Cheque as condições de assentamento do alojamento
nas tampas, pois a ovalização não pode ultrapassar a
0,05mm.
Na substituição de gaiolas de agulhas, verifique os
assentamentos dos eixos e das engrenagens.
Métodos para aquecimento
dos anéis internos dos rolamentos
À temperatura de 80 a 100 oC, é obtida dilatação suficiente
para a montagem. Esse limite não deve ser ultrapassado,
pois provocaria a modificação estrutural dos componentes.
Os métodos são: placa de aquecimento, banho de óleo,
soprador térmico e dispositivo de aquecimento por indução.
Nunca utilize maçarico de solda, aquecimento com
álcool e outros métodos sem controle de temperatura para
montar ou desmontar rolamentos.
Tempo estimado de vida útil
Dicas
A temperatura de operação não deve ultrapassar 120ºC,
por muito tempo, para não degradar o óleo lubrificante e
reduzir a vida útil dos rolamentos e do próprio câmbio.
Dirigir a menos de 30 Km/h com o motor em alta
rotação, numa temperatura ambiente alta e tomada de
força em alta potência por muito tempo pode degradar o
óleo lubrificante.
Observe sempre o nível de óleo e as trocas recomendadas
pelo fabricante do veículo.
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Informativos Técnicos
Rolamentos fixos de esferas FAG
Os rolamentos rígidos de esferas FAG são multifuncionais. Simples de montar e de fácil manutenção, são fornecidos
com uma ou duas carreiras de esferas, assim como abertos ou vedados (engraxados para a vida útil com graxa especial).
Os rolamentos fixos de esferas são aplicados tanto na indústria automobilística como na indústria geral. É o tipo de
rolamento mais consumido no mundo, normalmente chamado de linha 6000. Com a marca FAG, a Schaeffler é pioneira
no desenvolvimento e fabricação de rolamentos fixos de esferas. Mantém uma linha completa e desenvolve tipos
específicos desses rolamentos para aplicações especiais.
Rolamentos são diferenciados pelas folgas
Os rolamentos fixos de esferas são classificados de acordo com sua folga. Um mesmo tipo de
rolamento tem seis folgas diferentes disponíveis no mercado. Exceto a FOLGA NORMAL, todas as
outras são gravadas no rolamento e na embalagem.
Dicas
Nunca reengraxe um rolamento que já foi utilizado pelo
seu período de vida útil, mesmo que aparentemente não
haja ainda fadiga. Isso porque a fadiga pode ocorrer logo
após essa relubrificação e a vedação será deficiente.
A quantidade de graxa nesses rolamentos é dosada com
o auxílio de computador e obedece rigorosamente às
condições do projeto do equipamento em que o rolamento
está aplicado.
Antes da colocação de qualquer quantidade de graxa no
rolamento, verifique se está utilizando o produto com a
folga correta necessária. Rolamentos com folgas especiais
têm seu código gravado tanto na peça como na embalagem.
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Informativos Técnicos
Desalinhamento de direção causa danos aos rolamentos
As forças (sobrecargas), que atuam sobre a geometria
da suspensão e podem causar desgaste prematuro dos
rolamentos, são originadas pelos valores da convergência/
divergência entre a cambagem, balanceamento das rodas
e o ângulo de cáster da coluna da suspensão.
O alinhamento de direção deve manter as rodas
dianteiras e traseiras paralelas entre si e perfeitamente
apoiadas no solo quando o veículo estiver em movimento.
O alinhamento irregular causa diversas sobrecargas nos
rolamentos das rodas, nos pneus, terminal de direção e em
outros componentes da suspensão, o que pode reduzir a
estabilidade do veículo em uso.
A cambagem
(neutro) pelo desgaste normal (os pneus ficam
perpendiculares ao solo). Nos carros de passeio, é
utilizada cambagem nula ou negativa, buscando o melhor
compromisso entre a durabilidade dos pneus e a boa
estabilidade em curvas.
O camber, popularmente conhecido como cambagem,
é o ângulo do posicionamento vertical das rodas. Ele é
determinado pela inclinação da roda, podendo ser positivo
(desgaste irregular dos pneus na borda externa), negativo
(desgaste irregular na borda interna) ou ainda nulo
Como identificar problemas de desalinhamento da direção, especificamente na cambagem das rodas
irregular dos pneus e aos seguintes sintomas, quando o
veículo estiver na velocidade de 80 Km/h:
Vibração ou trepidação na extremidade da roda.
Tanto o ângulo positivo como o negativo provocam
sobrecargas axiais/radiais, gerando danificações por
desalinhamento dos anéis internos, esferas/roletes com
relação ao anel externo do rolamento.
Para detectar falhas no rolamento de roda (ex.
567918DA, F45951.1 – Palio, Uno, etc.) por
desalinhamento provocado pela cambagem, o motorista
deve ficar atento à dirigibilidade do veículo, ao desgaste
Ruídos e vibração em curvas, como tinidos, estalos ou
esmerilhamento.
Vibração no painel ou assento, acompanhada de ruídos
como roncos, com o pedal da embreagem acionado.
O alinhamento de direção completo é muito importante para os rolamentos de roda
A realização da cambagem evita a sobrecarga por
desalinhamento nos rolamentos e pneus, bem como
proporciona maior segurança e estabilidade ao veículo.
Dicas:
Observe os valores de alinhamento especificados pelo
fabricante de cada modelo de veículo;
Confira o alinhamento sempre que houver forte impacto
em buracos e obstáculos, quando for substituído qualquer
componente de suspensão ou direção, se houver desgaste
excessivo de forma irregular nos pneus, ou se o carro
apresentar instabilidade nas curvas e nas frenagens.
Mesmo que nada disso ocorra, é importante alinhar as
rodas a cada 10 mil Km, para compensar o desgaste e a
folga dos componentes da suspensão.
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A-8 Marketing
Impresso no Brasil
F/AAM - MT 0002.03.13
Schaeffler Brasil Ltda.
Av. Independência, 3500A
18087-101 - Sorocaba - SP
Aftermarket Automotivo
SAC 0800 11 10 29
e-mail: [email protected]
www.schaeffler -aftermarket.com.br

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