`O que sou de verdade é cantora`

Transcrição

`O que sou de verdade é cantora`
Campo Grande - MS| Quarta-feira, 18 de junho de 2014
A Cultura da Paz é uma iniciativa a
longo prazo e que precisa ser colocada
em prática no dia a dia familiar
Poesia, Prosa e Verso
à janela
in A Cultura da Paz, Delasnieve Daspet
E o Oscar vai para...
Carlos Roberto de Souza
No dia 9 de março deste ano, O
Fantástico exibiu uma reportagem
sobre o abandono estrutural e humano
do ensino público. Tal matéria meu
causou espécie: como pode o Brasil –
que se vangloria membro do B.R.I.C.S
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) – manter escolas sem condições
de ensino onde alunos e professores
sofrem indignados?
A reportagem mostrou escolas de
Alagoas, Pernambuco e Maranhão
literalmente sem teto, sem água
potável, carteiras quebradas,
chão esburacado e sem banheiros
(em algumas tanto alunos quanto
professores faziam suas necessidades
no mato). Os alunos tinham que
acordar de madrugada para pegar
um “caminhão pau-de-arara” até às
escolas. Outros eram obrigados a
percorrer uma longa distância a pé em
lamaçais. Um quadro patético!
Eu me pergunto onde está o tão
difundido projeto “Criança Esperança”
da Rede Globo, causador de euforia
e lágrimas? Onde os políticos –
cujos filhos formados nas melhores
universidades – esconderam o que
sobrou de sua pífia vergonha? Ah,
que saudade dos atos estudantis da
década de 1960, quando jovens saíam
às ruas para protestar e enfrentar
a truculência da Ditadura... E o que
oMatoEstado
C3
Grosso do Sul
restou da nossa Democracia mundana?
Nada a não ser uma “Faixa de Gaza”
cujas pedras são insuficientes para
atingir o âmago do caos.
O governo (municipal, estadual
e federal) merecia uma indicação
ao “Oscar de Efeitos Especiais”
devido à violência urbana gratuita,
drogas vendidas e consumidas a céu
aberto, roubos, sucateamento do
ensino público, desvalorização do
professor e pelos buracos (plagiados
da trilogia “Jurassic Park”) que
tomam milagrosamente nossas ruas e
avenidas.
O tapete vermelho da infâmia
foi estendido; sobre ele veremos os
mais sórdidos políticos, tecnocratas
e candidatos ao vestibular da
roubalheira caminharem com altivez.
O que mais me intriga, porém, é
saber que com o passar do tempo,
tudo isso será esquecido para ceder
(em primeira mão) colunas para os
babados, furos jornalísticos e meia
página para os jardineiros dedurarem
seus chefes.
Portanto, alegrai-vos! Pois
novamente seremos lobotomizados
com o que não enxergamos além dos
nossos narizes.
(Machado - MG)
Carlos Roberto de Souza - editor e membro
da Academia Machadense de Letras e da
Associação Internacional de Poetas.
Vestígios no
Caminho
Labuta literária
Por: Crispim Quirino
Por: Mardilê Friedrich Fabre
Sigo as tuas pegadas
Que permanecem pelo caminho.
Acompanham-me os noturnos de Chopin
Que nos acalentavam nas noites mágicas.
O tempo, paralisado,
Esquecia-se do dever a cumprir
E tornava-se cúmplice
Do fascínio dos momentos.
Perturba-me o aroma das alfazemas
Que entra pela janela
E impregna o ar de sedução.
Não há motivos para lágrimas
Ainda permaneces comigo
Em cada beija-flor
Que delicia a rosa,
Em cada raio de sol
Que reluz na grama orvalhada,
Em cada pingo de chuva
Que canta na calçada,
Em cada estrela
Que tremeluz esperança,
Em cada arco-íris
Que festeja a paz,
Em cada pôr do sol
Que tinge o infinito de saudade,
Em cada palavra
Que compõe o compasso
Da nossa vida em poesia.
( São Leopoldo - RS )
O poeta em meio às ruas
desce a ladeira
com a alma no chão.
O poeta é só.
Sua alma chora.
Lá vai o poeta
pelas ruas...
calado.
(Maragogipe - Bahia)
Um recado da vida
Por: Celito Medeiros
Quero esquecer!
Não, não esqueça
Compreenda, aprenda...
Nada esqueça
De tudo tire proveito
Da sina, que ensina...
Não adianta sofrer
Por algo que já passou
Compreenda, aprenda...
Nada será igual
Tudo muda
Você muda, mude...
Mesmo que não saiba
O que é bom também
mata
Agora já sabe, não
esqueça...
Então viva, reviva
Invente, reinvente
Sempre prossiga, siga...
Estou a seu lado
Num doce afago
Eu sou a vida!...
( Curitiba - PR )
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Entrevista
Temporada
‘O que sou de verdade é cantora’
Criadores
falam sobre
série 'Game
of Thrones'
Divulgação/Rede Globo
A intérprete da
Tamanco, de ‘Pé
na Cova’, não se
considera atriz,
mas se diverte
com sucesso
Agência O Globo - Acha
que é melhor como cantora,
compositora ou atriz?
Mart’nália - O que sou de
verdade é cantora e compositora.
Agência O Globo - Você
gravou um DVD no Méier
que leva o nome de João Nogueira. Como é sua relação
com o bairro e o sambista?
Mart’nália - Morava em
Vila Isabel e estudava lá.
Adoro o Méier e eu que escolhi gravar o DVD lá. Fiquei
muito feliz. Lembro do João
Nogueira quando era mais
pequenina mesmo, sempre
em casa… Maneiro!
Agência O Globo
T
alvez Mart’nália não
imaginasse a repercussão que teria
quando topou o desafio de
se arriscar como atriz no seriado “Pé na Cova”. No papel
da borracheira Tamanco, ela
tem conquistado o público ao
imprimir sua própria personalidade “engraçada”, segundo
ela mesma, na personagem.
Mas a sambista diz que tem
sido bacana interpretar, mas
não é o principal foco de sua
carreira. Em entrevista à
Agência O Globo, ela comenta
o sucesso da borracheira Tamanco e diz que se diverte com
o público nas ruas. Confira.
Agência O Globo - Tamanco tem um filho e está
entender a morte, e que este
negócio de arte e vida que se
imita é a vera!
Cantora Mart'nália afirma que é sambista, mas adora a repercussão de sua personagem Tamanco em série da Globo
à espera de outro. E você,
quer ter filhos? Gosta de
crianças?
Mart’nália - Gosto tanto que
vivo rodeada delas. Gerar, criar,
adotar um filho nunca foi uma
meta. Mas sei que não seria
surpresa na minha família uma
criança minha. Minha prima
insiste que eu adote.
Agência O Globo - Como
o público vê o casal Odete
(Luma Costa) e Tamanco?
Mart’nália - O casal
sempre foi muito bem aceito
pelo público em geral. O que
mais ouço é: “Fala, Tamanco!
Odete é bonitona, vai dar mole
(risos)?’’. Miguel é um mago
da realidade urbana!
Agência O Globo - O que
você tem de mais parecido
com a Tamanco e o que
aprendeu com ela?
Mart’nália - Acho que o
boné... (risos). Tamanco resolve tudo no tapa... Eu tento
dar uma suavizada com meu
sorriso, não consigo parar de
rir... O programa me ensina a
Agência O Globo - É um
peso ou é algo positivo ser
filha de Martinho da Vila?
Até que ponto seu pai te
influenciou a ser artista?
Mart’nália - Só tenho
coisas boas em ser filha do
Martinho. Só me ajuda, nada
me atrapalha. Querendo ou
não ele me influenciou e o faz
até hoje, gosto demais disso.
É um paizão!
Teatro
Otávio Müller estreia comédia sobre mulheres
Maricleide estava na vida de
Otávio Müller bem antes de ele
estrear no Rio, nesta segunda-feira (16), no Teatro dos Quatro,
no Shopping da Gávea, com
o monólogo “A vida sexual da
mulher feia”. Há anos, os direitos para viver a personagem
foram comprados por Heloísa
Périssé, que nunca encontrou
tempo para fazê-la.
“Um dia, do nada, na ponte
aérea Rio-São Paulo, eu me
dei conta que a mulher feia
era eu. E como não é uma
adaptação de Dostoiévski (o
romancista russo), resolvi me
dirigir. Mas é uma esquizo-
Divulgação/Teatro dos Quatro
frenia”, diverte-se ele sobre a
versão teatral do livro homônimo de Claudia Tajes.
Maricleide é personagem feia, mas
bem resolvida com sua aparência
Ator diz que sempre quis dar vida à peça ‘A vida sexual da mulher feia’
Como o nome da peça já
diz, Otávio vive uma bruaca
muito bem resolvida com sua
aparência. “Desde que nasceu,
Maricleide é feia, mas não é deprimida. Eu me identifico muito
com ela e espero que as pessoas
se emocionem. Sempre fui gordinho, que emagrece e engorda
de novo. Nunca fui um galã,
mas quando estreei em “Vale
Tudo” (1988) era ajeitadinho.
Agora eu sou esse senhor gordo
e careca”, faz piada o ator, que
ficou sete anos longe do teatro.
Esse afastamento foi motivado por uma vontade de cuidar
do próprio clã.
“Nasci para ser ator, para
ser diretor e para ser pai. Minhas filhas estavam pequenas,
queria trocar fraldas e levar
no colégio”, explica o pai de
Francisco, de 20 anos, Maria,
de 7, e Clara, de 5, que agora
enfileira projetos no cinema,
como os filmes “O Gorila”,
“No retrovisor” e “Benzinho”.
(Agência O Globo)
Folhapress
“Valar morghulis”. Como
antecipava o dito recorrente
na série (que significa “todos
os homens devem morrer”), a
quarta temporada de “Game
of Thrones”, que chegou ao
fim no último domingo, foi
mortal para muitos dos personagens da atração.
Após um episódio inteiro dedicado à batalha em
Castle Black, o programa
apresentou o desfecho, nem
sempre feliz, de vários personagens. O mais aguardado,
sem dúvida, era o destino
de Tyrion Lannister (Peter
Dinklage), após sua sentença
ter sido decretada no duelo
entre Oberyn Martell (Pedro
Pascal) e Montanha (Hafþór
Júlíus Björnsson). Os criadores e produtores executivos de “GoT”, David Benioff
e D.B. Weiss, falam sobre
os principais momentos da
season finale.
O reencontro entre a
prostituta e Tyrion não poderia se dar em condições
mais trágicas. Ao descobrir a verdadeira relação
entre ela e seu pai, Tywin
(Charles Dance), o anão
perde a razão como nunca
vimos antes no programa.
Verdadeira face de personagem
Shae é mostrada em episódio
A tragédia se torna inevitável. “Nos livros, Shae é
uma prostituta em busca
de dinheiro desde o início.
Ela nunca amou Tyrion, e
traí-lo era algo fácil para
ela. Nós sabíamos que a
nossa Shae seria diferente
da dos livros no momento
em que vimos o teste de
Sibel Kekilli”, disse Benioff
ao site “The Hollywood reporter”. “Sibel trouxe tanta
vida e inteligência ao papel”
Dan Weiss complementa:
“Tyrion ficou furioso e decidiu que não suportaria
mais isso (traição)”, diz.