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painel
Associação de Engenharia
Arquitetura e Agronomia
de Ribeirão Preto
Ano XI nº 155 Fevereiro/2008 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
Onde estão as
cores do passado?
Patrimônio - A imagem do Palacete Innechi
chama a atenção para a situação do patrimônio
cultural da cidade: à beira da demolição,
prontos para ficar somente na saudade.
Construção civil - O vigor de
um segmento que vem atraindo
grandes investimentos para
Ribeirão Preto.
revista
painel,
AEAARP
Associação de Engenharia
Arquitetura e Agronomia
de Ribeirão Preto
Informação para construir o futuro.
Em 2008 a AEAARP completa 60 anos. Várias atividades e
comemorações estão planejadas durante o ano. E a Revista
Painel dará ampla cobertura aos acontecimentos.
Além disso, depois de 10 anos informando os mais
de 3.000 associados da entidade, a Painel continuará
trazendo reportagens, debates e opiniões sobre temas
de interesse do profissional e da comunidade.
Destaques das próximas
edições:
• Lançamento do selo comemorativo dos 60 anos.
• Lançamento da programação de eventos do ano.
• Comemoração dos 60 anos.
• Semanas de debates, palestras e workshops.
• Lançamento do livro dos 60 anos e outras ações.
Planeje sua publicidade para 2008
16 3931.1555
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www.aeaarp.org.br
Editorial
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700
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Roberto Maestrello
Presidente
José Roberto Hortêncio Romero
Vice-presidente
DIRETORIA OPERACIONAL
Diretor-administrativo: Pedro Ailton Ghideli
Diretor-financeiro: João Lemos Teixeira da Silva
Diretor-financeiro Adjunto: Antônio Rounei Jacometti
Diretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Aníbal Laguna
DIRETORIA FUNCIONAL
Diretor de Esportes e Lazer: Francisco Carlos Fagionato
Diretora Comunicação e Cultura: Maria Inês Cavalcanti
Diretora Social: Luci Aparecida Silva
DIRETORIA TÉCNICA
Engenharia, Agrimensura e Afins: Argemiro Gonçalves
Agronomia, Alimentos e Afins: José Roberto Scarpellini
Arquitetura, Urbanismo e Afins: Marcia de Paula Santos Santiago
Engenharia Civil, Saneamento e Afins: Luiz Umberto Menegucci
Engenharia Elétrica, Eletrônica e Afins: Edson Luís Darcie
Geologia e Minas: Caetano Dallora Neto
Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e Afins: Júlio Tadashi Tanaka
Engenharia Química e Afins: Denisse Reynals Berdala
Engenharia de Segurança e Afins: Edson Bim
Computação, Sistemas de Tecnologia da Informação e Afins: Giulio Roberto
Azevedo Prado
Engenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e Afins: Evandra Bussolo Barbin
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Universitária: Onésimo Carvalho Lima
Da Mulher: Camila Garcia Aguilera
De Ouvidoria: Geraldo Geraldi Junior
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Wilson Luiz Laguna
Carlos Alberto Palladini Filho
Cecílio Fraguas Junior
Dílson Rodrigues Cáceres
Edes Junqueira
Edgard Cury
Ericson Dias Mello
Hideo Kumasaka
Hugo Sérgio Barros Riccioppo
Inamar Ferraciolli de Carvalho
João Paulo de S. C. Figueiredo
Luiz Eduardo Lacerda dos Santos
Luiz Fernando Cozac
Luiz Gustavo Leonel de Castro
Manoel Garcia Filho
Marcos A. Spínola de Castro
Marcos Villela Lemos
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CONSELHEIRO TITULAR DO CREA-SP
REPRESENTANTE DA AEAARP
Câmara Especializada em Engenharia Civil: Ericson Dias Mello
REVISTA PAINEL
Conselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna,
Ericson Dias Mello e Hugo Sérgio Barros Riccioppo
Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269,
cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, [email protected]
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Tiragem: 5.000 exemplares
Locação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718
Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected]
Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
Capa: Eduardo Salata Orsi e Maitê Orsi
Fotos: Carlos Bolfarini e Texto & Cia.
Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não
expressam, necessariamente, a opinião da revista.
O ano de 2008 começou com muito trabalho
para nós que compomos a AEAARP, no âmbito
privado e também no associativo. O aquecimento
Engº Civil
do setor da construção civil em todo o país se
Roberto Maestrello
reflete no mercado de Ribeirão Preto. A cidade
está ganhando uma nova silhueta com o volume de construções e
lançamentos de grandes construtoras e incorporadoras. O SindusconSP projeta que o setor vai impulsionar ainda mais o crescimento
do PIB em 2008 e todas as estatísticas e previsões da economia
apenas colocam em números aquilo que a população vê a olho nu.
Construir e crescer, entretanto, devem ser ações feitas com certa dose
de responsabilidade social. Ribeirão Preto é uma cidade centenária e
foi palco de importantes disputas econômicas e políticas neste século
e meio de fundação. O patrimônio resultante disso conta a nossa
história. Diferente de visões difundidas há algumas décadas, hoje é
fato consumado a necessidade de preservar prédios históricos, ocupar
regiões degradadas pelo tempo, além dos imensos vazios urbanos
localizados muitos deles em locais muito interessantes. A AEAARP
defende esta bandeira e descortina mais uma vez esta discussão na
Painel, expondo a nova e a antiga silhueta da cidade, na qual temos de
nos inserir, como profissionais e cidadãos.
Se Ribeirão tem um século e meio, a AEAARP ajudou a construir
grande parte desta história. É em 2008 que vamos comemorar os 60
anos de fundação. O calendário de atividades – técnicas, culturais
e sociais – vai atravessar o ano, sendo uma oportunidade ímpar de
congregar os associados. Rever a nossa história será também uma
forma de reverenciarmos nossas lutas e de reafirmarmos a disposição
de caminharmos juntos.
Um bom começo é dar os primeiros passos de 2008 incentivando o
debate, como a entrevista concedida pelo arquiteto José Antônio Lanchoti,
que assumiu a presidência da ABEA-Associação Brasileira de Ensino de
Arquitetura e Urbanismo, além de conselheiro do CONFEA- Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, orgulhando-nos por ser
sócio e ex-conselheiro da AEAARP, que integra fóruns como Conselho
Nacional de Cidades, do Ministério da Cidades, e influencia diretamente
em normas como as determinadas pela ABNT sobre acessibilidade.
Este assunto nos remete ao Plano Diretor e nos obriga a uma
cobrança pública: apenas uma lei complementar não foi ainda votada
pela Câmara Municipal, justamente aquela que trata do mobiliário
urbano, que define regras importantes para a ocupação e o uso dos
equipamentos nos espaços públicos. A demora nesta definição não fará
vencedores, apenas vencidos. A falta de uma decisão desta ordem faz
de Ribeirão Preto uma cidade pujante e forte, com estrutura de colônia.
A cidade merece decisões do seu tamanho e tão importantes quanto
sua economia e o seu povo.
ENTREVISTA
“A cidade é dinâmica,
O arquiteto e urbanista José
Antônio Lanchoti é também assim:
tão dinâmico quanto Ribeirão Preto,
a cidade onde vive e a que representa
por todo o país. Docente há 15 anos e
coordenador do curso de Arquitetura
e Urbanismo do Centro Universitário
Moura Lacerda, acaba de assumir
a presidência da ABEA-Associação
Brasileira de Ensino de Arquitetura
e Urbanismo, o que o leva a ocupar
espaços importantes no cenário
nacional, como uma cadeira de
membro do Conselho Nacional das
Cidades, do Ministério das Cidades.
Considerado um dos maiores
especialistas em acessibilidade, tema
que a inquietação do meio acadêmico
o fez estudar, colaborou com a ABNT
na revisão da Norma Brasileira de
Acessibilidade NBR-9050 e recebeu
outro convite para fazê-lo novamente.
Em 2005, integrou o grupo de
trabalho do Ministério das Cidades
que elaborou o Programa Brasileiro
de Acessibilidade – Brasil Acessível,
coordenado pelos ribeirão-pretanos
Renato Boareto e Augusto Valeri, e
colaborou com a CORDE-Coordenaria
Nacional para a Integração da Pessoa
com Deficiência e a Casa Civil na
elaboração do Decreto Federal nº.
5.296/04, que estabelece normas
gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade.
Leia a seguir a entrevista que
Lanchoti concedeu à Painel, em
que fala, dentre outras coisas, sobre
a formação dos profissionais, a
criação do Conselho de Arquitetura
e Urbanismo e as vantagens e
desvantagens do boom da construção
civil em Ribeirão Preto.
Painel: Qual o caráter que o senhor
pretende dar ao seu mandato à frente
da ABEA?
José Antônio Lanchoti: Buscarei
manter o trabalho que a diretoria
vem fazendo durante estes 15 anos
que estamos na entidade. Todas
as decisões que a ABEA tomou na
busca da melhoria da qualidade de
ensino da Arquitetura e Urbanismo
4 AEAARP
foram discutidas em seus eventos e
aprovadas em seu Conselho Superior.
Estamos em pleno processo de criação
do conselho próprio e essa será uma
tarefa grande em meu mandato.
Estaremos buscando a ampliação
da parceria com o Programa Brasil
Acessível do Ministério das Cidades
para a capacitação das universidades
quanto à graduação dos novos
profissionais envolvidos com a
acessibilidade. Tenho, ainda, uma
missão pessoal em meu mandato
que é de reaproximar os estudantes,
de forma mais ativa, da FENEAFederação Nacional dos Estudantes
de Arquitetura e Urbanismo, que se
manteve um pouco isolada nestes
últimos anos, provavelmente, pela
dinâmica da entidade de mudança de
sua direção a cada ano, dificultando
um contato mais estreito. Como fiz
parte da criação da FENEA em idos de
85 a 87, sinto-me nesta obrigação.
Painel: Qual sua posição a respeito
da proposta de criação de um
conselho dedicado exclusivamente à
fiscalização e regulação do exercício
da arquitetura e urbanismo?
JAL: Temos assistido a resistência
de algumas pessoas sobre a criação do
Conselho de Arquitetura e Urbanismo
que não consigo entender. No mundo
inteiro é assim. Cada profissão possui
o seu conselho. Como no Brasil temos
esta questão histórica, desde 1933
quando o CONFEA foi criado, e temos
o hábito de resistir a mudanças, alguns
acreditam que será um problema este
novo Conselho. É necessário entender
que, como em qualquer separação
(conjugal, empresarial etc.), há um
período de adaptação que não
é satisfatório a ninguém, mas
depois todos se sentem melhor.
Como presidente da ABEA,
assumi a Coordenação do Fórum
Nacional das Entidades - Colégio
de Arquitetos e Urbanismo
(CBA). Este Fórum é composto
pela ABEA, pelo IAB (Instituto
de Arquitetos do Brasil), pela
FNA (Federação Nacional de
Arquitetos e Urbanistas), pela AsBEA
(Associação Brasileira de Escritórios
de Arquitetura) e pela ABAP
(Associação Brasileira de Arquitetos
Paisagistas).
São
entidades
nacionais que congregam arquitetos
e urbanistas e vêm coordenando os
trabalhos de tramitação do Projeto
de Lei que cria o Conselho. Por conta
disso, estivemos em reunião com
diversos senadores e deputados
federais no ano passado e, após o
veto presidencial em 31 de dezembro,
o presidente Lula determinou que
um novo Projeto de Lei seja feito
pelo Ministério do Trabalho e, assim,
temos que acompanhar os trabalhos
junto a este Ministério e à Casa Civil.
Painel: Como o senhor avalia a
formação do arquiteto e urbanista
hoje? As ações junto ao MEC para
aprimorar a qualidade dos cursos têm
surtido resultados positivos?
JAL: Posso afirmar que a formação
hoje é muito diferente do que foi a
minha formação. Não vou arriscar dizer
se melhor ou pior, mas vou afirmar que
é diferente. Até porque o Brasil que
temos hoje é diferente. Não estamos
mais em um regime de ditadura
política, temos uma ampla abertura
de mercado profissional e uma
internacionalização do conhecimento
(não vou chamar de globalização e sim
de internacionalização) e vivemos em
uma condição de aprendizado muito
mais dinâmica do que antes. Hoje
com a ajuda da internet é possível
visitar diversos museus do mundo,
acessar informações técnicas de
vários projetos internacionais, ler
não pára”
pensamentos e textos de arquitetos,
sociólogos, antropólogos ou de outro
profissional que possa nos ajudar,
influenciar ou nos atualizar sobre
qualquer assunto. No meu tempo,
eram somente livros e revistas (as
internacionais eram poucas e muito
caras). O MEC tem se esforçado em
encontrar uma forma de contribuir
para a melhoria da qualidade do
ensino brasileiro. Sem entrar na defesa
ou não do chamado SINAES-Sistema
Nacional de Avaliação do Ensino
Superior, temos que reconhecer que
ele tem demonstrado uma radiografia
do ensino superior no Brasil. Tivemos
uma reunião com o Prof. Ronaldo
Mota, secretário de Ensino Superior do
MEC, e ele disse que “tem percebido
uma melhoria da avaliação dos
cursos, mas não tem percebido uma
melhoria na qualidade da formação
dos novos profissionais”. Ou seja,
muito já se fez e muito há o que fazer.
Painel:
Muitos
profissionais
ligados à área tecnológica têm feito
do exercício ilegal da profissão – sem
recolher ART – uma prática que burla
a lei e enfraquece a categoria. Como
o senhor avalia o papel do sistema
CONFEA-CREA neste cenário?
JAL: Esse problema dentro do
sistema CONFEA-CREA é tratado
como falta ética justamente porque
o profissional sabe (ou pelo menos
deveria saber) que há deveres a
serem cumpridos dentro do seu
regime de trabalho, de seu conselho
profissional e de sua conduta ética.
Eles são necessários para a garantia
da defesa da sociedade. Ao burlarem
esta determinação estão contribuindo
para o enfraquecimento de toda uma
categoria e a mais um desrespeito
para com a sociedade. O CREA-SP
tem ampliado consideravelmente sua
fiscalização contra o exercício ilegal.
Temos que aprender a contribuir com
este trabalho do CREA, denunciando
se necessário, lembrando sempre que
o sistema não existe para defender o
profissional; esta é uma função do
Sindicato (no caso o SASP), mas sim
para defender a sociedade do mal
profissional e do leigo no exercício
ilegal da profissão. A questão desta
discussão é que alguns profissionais
entendem a ART apenas como “boleto
arrecadatório” do CREA. Para estes
profissionais que só enxergam isso
fica difícil justificar a existência do
comprometimento desta arrecadação
com a responsabilidade técnica
constante nela. Tem uma frase de
John Ruskin que costumo dizer aos
meus alunos: “Não há quase nada
no mundo que certos homens não
possam fazer ou fabricar um pouco
pior e vender mais barato, porém, as
pessoas que considerarem somente
o preço, serão vítimas constantes
daqueles homens”.
Lanchoti e diretores da ABEA na
3ª Conferencia das Cidades
Painel:
Ribeirão
Preto
vive
um bom momento no setor da
construção civil, com lançamentos
de empreendimentos residenciais e
comerciais que, inclusive, têm atraído
grandes incorporadoras para a cidade.
O senhor acredita que a malha urbana
é capaz de absorver, com conforto,
este fluxo de crescimento?
JAL: Esta colocação é preocupante
e verdadeira, porém não podemos
continuar a pensar a cidade pela ótica
do automóvel. Este é um equívoco da
década de 1960 e até hoje poucas
cidades tiveram a inteligência
de priorizar o pedestre como, por
exemplo, Curitiba. Embora tenha um
título equivocado de cidade-modelo
(puro marketing) ela conseguiu
com um Plano Diretor, criado no
fim da década de 1960, e revisto
sempre que necessário, priorizar
o planejamento urbano e fez com
que a cidade acompanhasse regras
importantes como linhas expressas
de deslocamento viário, valorização
do transporte coletivo de qualidade e
da escala do pedestre e, finalmente,
construção de equipamentos urbanos
distribuídos pela cidade, com
qualidade arquitetônica e valorização
ambiental. Sucesso na certa. O
crescimento da construção civil nas
cidades sempre é bem-vindo. Gera
empregos, estimula a circulação
de dinheiro, desperta interesses
e oxigena áreas abandonadas.
Porém, este crescimento deve
respeitar regras do planejamento
urbano estabelecido em sua peça
mais importante: o Plano Diretor.
Em Ribeirão Preto não vemos esta
situação acontecer em todas as áreas
da cidade e, mesmo com todo esforço
público e privado, a cidade ainda está
aquém do que poderia ser. A história
do aeroporto é uma grande novela
longe de ter final feliz. A rodoviária
como está hoje não agrega nenhum
valor social, visual ou imobiliário,
mas, mesmo assim, a tão esperada
reforma não acontece. Qual será o
resultado do crescimento de usuários
desta rodoviária daqui a 10 anos? E
daqui a 20? A cidade é dinâmica, não
pára. Se a rodoviária é uma grande
porta de entrada vem a pergunta: será
suficiente sua reforma? O quadrilátero
central resistiu à pressão comercial
dos grandes shopping centers e à
busca de moradia nos condomínios
dispersos na malha urbana, mas
precisa de uma atenção ainda
maior de investimentos. É preciso
ouvir os técnicos da Secretaria do
Planejamento e Gestão Ambiental
em seus pareceres. Muitas vezes
lêem-se críticas contra um possível
exagero de zelo, mas não o é. A visão
do técnico – e é por isso que ele passa
por uma graduação, capacita-se –
deve ser respeitada. Ninguém melhor
Revista Painel
5
ENTREVISTA
do que ele para querer a melhoria da
qualidade de vida da área em relação
à qual ele tem responsabilidades.
Painel: A Lei Complementar ao
Plano Diretor que trata do mobiliário
urbano, da qual o senhor é um dos
autores, ainda não foi votada pela
Câmara Municipal. Os problemas de
acessibilidade na cidade são sérios
e antigos. O senhor vê, em todas as
esferas de governo, uma política
global que dê respostas a estas
necessidades?
JAL: Quando a Lei do Mobiliário
Urbano estava sendo elaborada, em
1996, imaginávamos que, dentre
as leis complementares ao Plano
Diretor, recém-aprovado em 1995,
seria a primeira a ser aceita devido
à sua simplicidade no envolvimento
do planejamento global da cidade.
Grande equívoco. Primeiro, houve
a dificuldade de não se encontrar
nenhum município brasileiro com
6 AEAARP
uma lei única que tratasse de todo o
mobiliário urbano. Seríamos pioneiros.
Depois, a falta de referências de
pesquisa sobre a matéria. Finalmente,
em 2006, ela foi encaminhada à Câmara
para aprovação e, provavelmente
pela mesma falta de referência, o
Legislativo tem analisado com muita
cautela sua aprovação. Percebeu-se
que houve um grande ganho visual,
urbano e político na cidade de São
Paulo com a aprovação da lei Cidade
Limpa, mas aqui nossa lei ainda
não foi discutida para se chegar a
um consenso legislativo. E olha que
ela nem é tão radical quanto a da
capital. Em relação à acessibilidade,
com certeza, haveria um grande eco
com a aprovação da Lei do Mobiliário
em Ribeirão Preto, mas de qualquer
maneira o Decreto Federal nº. 5.296/04
garante, em esfera nacional, a questão
da
acessibilidade.
Precisamos
apenas ampliar a fiscalização em
determinados setores.
Lanchoti e Oscar Niemeyer
O arquiteto Oscar Niemeyer recebeu,
em 2003, cópias do projeto que
desenvolveu para o campus do Centro
Universitário Moura Lacerda, erguido
na região do aeroporto Leite Lopes.
O projeto foi desenvolvido em 1972
quando o arquiteto estava exilado
na França. À época, os originais
foram enviados aos mantenedores
do Centro Universitário, que os têm
guardados até hoje. Nem todas as
edificações estão prontas, mas o
desenho viário e alguns prédios
estão edificados, com adequações
feitas pela instituição por conta das
necessidades de funcionamento
das atividades ali desenvolvidas.
As cópias foram entregues por
Lanchoti.
60 ANOS
AEAARP constitui grupos de
trabalho para comemorar seus
60 anos
60
anos
AAEAARP comemora no dia 8 de abril 60 anos de fundação. Para celebrar
a data e o trabalho de diretores e profissionais, além dos colaboradores
que, durante seis décadas, transformaram-na em uma entidade respeitada,
foram formadas comissões de trabalho para a organização dos eventos
comemorativos que serão realizados durante todo o ano.
No dia 21 de fevereiro, haverá uma solenidade de lançamento do
calendário de eventos comemorativos do ano. Na oportunidade, também
será lançado o selo dos 60 anos.
Até o mês de abril, a AEAARP entrega ao município os relatórios
sobre “Enchentes e Drenagem Urbana” e “Áreas Verdes, APP´s e
Praças Públicas”. Em março, serão realizados eventos técnicos para
debater os temas “Os impactos da Justiça do Trabalho nas relações de
trabalho”, “Segurança e saúde no trabalho na indústria da construção”,
e “Qualidade de vida no trabalho”, realizados pelo “Fórum Permanente
de Debates – Ribeirão Preto do Futuro”.
Em abril haverá uma semana de eventos culturais, exposições
e palestras técnicas com uma solenidade para celebrar os 60 anos.
Em junho, acontecerá a Semana do Meio Ambiente com debates
e workshops de intervenção em uma praça pública da cidade.
Também será realizada uma palestra ou debate sobre “Tecnologia e
o futuro de Ribeirão Preto”.
Em agosto, a AEAARP realiza o seminário do “Fórum Permanente
de Debates – Ribeirão Preto do Futuro”. Em outubro, acontece a
Semana Agronômica e o tradicional almoço dos agrônomos, em
comemoração ao dia do profissional.
Em novemro será realizada a festa de final de ano da AEAARP,
com a entrega do Prêmio Profissionais do Ano e o lançamento do
livro comemorativo dos 60 anos da entidade.
Comissões
Quatro grupos já estão trabalhando para a organização de todos os eventos e ações de comemoração do aniversário da AEAARP:
Comissão de Festas
Luci Aparecida Silva
Maria Inês Cavalcanti
Hugo Sérgio Barros Riccioppo
Antônio Rounei Jacometti
João Lemos Teixeira da Silva
Pedro Ailton Ghideli
Comissão de Homenagens
Marcos Villela Lemos
João Paulo da S. C. Figueiredo
Wilson Luiz Laguna
dècio Carlos Setti
Orlando Barbosa de Freitas
Comissão de Obras
Pedro Ailton Ghideli
Luiz Umberto Menegucci
Marcia de Paula Santos Santiago
João Lemos Teixeira da Silva
Antônio Rounei Jacometti
José Aníbal Laguna
Carlos Alberto Gabarra
Comissão de Comunicação
Maria Inês Cavalcanti
José Anibal Laguna
Ericson Dias Mello
Hugo Sérgio Barros Riccioppo
Luiz Eduardo Siena Medeiros
Revista Painel
7
ENGENHARIA
Hidrovia:
Na edição da revista Painel de agosto de 2007 (n° 149) foi apresentado
o cruzamento de duas hidrovias na região de Magdeburg na Alemanha.
Sem dúvida, constitui-se um marco de engenharia pelo ineditismo da
proposta e principalmente, pelo aspecto incomum da solução adotada.
Num país rodoviário como o nosso, causa espanto e surpresa as soluções
utilizadas em outros modais de transportes.
Mas, na verdade, por ser o transporte aquaviário largamente
utilizado na América do Norte e Europa, a infraestrutura e a tecnologia
empregada apresentam propostas inovadoras e arrojadas, em maior ou
menor escala.
O plano inclinado transversal de Arzviller/Saint-Louis, localizado
na região da Lorena (França), substituiu uma seqüência de 17 eclusas,
vencendo um desnível de 44,55m com rampa de 41%. Sua câmara
transversal comporta uma embarcação do tipo barcaça freycinet e sua
capacidade operacional é de 40 embarcações em 13 horas de operação,
contando com a previsão de uma segunda unidade. A profundidade
d’água dentro da câmara é de 3,2m. Ele está localizado sobre o canal
do Marne ao Reno, à aproximadamente 80 quilômetros Strasbourg, nas
montanhas dos Vosges.
Mas, mesmo sendo as propostas anteriores muito arrojadas, nada se
compara à Roda de Falkirk. Foi construída para permitir a navegação
entre Edimburgh e Glasgow (Escócia), unindo os canais Union e
Forth & Clyde, abrindo-se assim um corredor para o desenvolvimento
econômico da parte central daquele país. O antigo sistema de 11 eclusas
encontrava-se desativado desde 1933.
A Roda de Falkirk é o pedaço final na renovação do sistema de
canais de navegação da Escócia, permitindo que barcos pequenos
possam atravessar o país. Esta obra integra o Projeto British Waterways
Millennium Link, um amplo programa de restauração dos canais de
navegação do Reino Unido, eliminando-se com a sua construção 11
eclusas e a remoção de 32 obstruções à navegação.
A Roda de Falkirk é um elevador rotatório de 35 metros de altura,
composto por dois braços em aço maciço que giram em torno de uma
coroa central e é acionado por motores hidráulicos. O elevador fica na
extremidade de uma esatrutura de concreto armado (aqueduto), que faz
a conexão com o canal de navegação.
Devido ao simples mas inteligente sistema de engrenagens, o gasto
de energia para a movimentação dos barcos é mínimo, pois o peso
do barco que desce, contribui para a elevação do que está na outra
extremidade do braço.
As duas gôndolas, que acomodam até quatro barcos de 20m cada,
possuem a capacidade de elevar 600 toneladas de água a 35m de altura
em menos de 15 minutos. Para acionamento do sistema, conta com 10
motores hidráulicos com potência total de 1,5 KW.
Plano inclinado de Arzviller/Saint-Louis (França)
Vista aérea da
Roda de Falkirk
Uma outra proposta similar, mas agora no sentido longitudinal, o
plano inclinado de Ronquières (Bélgica) também permite vencer o
desnível de 67,53m, utilizando-se de uma câmara deslizante e auxiliado
por um sistema de contrapesos.
Embarcação entrando
na gôndola
Plano inclinado de Ronquières (Bélgica)
Outro marco de engenharia do setor de infraestrutura de transporte
aquaviário é o elevador de embarcações Strépy-Thieu na região de
Wallonia (Bélgica). Com capacidade para elevar 1.350 toneladas a 73,5m,
é a resposta do Ministério dos Transportes daquele país para atender as
novas especificações do transporte aquaviário internacional na Europa.
Elevador de embarcações Strépy-Thieu (Bélgica)
8 AEAARP
Área de atracação
para espera
Vista do elevador giratório
e centro de visitantes
mais curiosidades
Além das estruturas anteriormente mostradas, pode-se ainda destacar
as escadas de eclusas de Valdieu-Lutran e de Beziers na França e,
também, o túnel-canal que liga os rios Ródano na França ao rio Reno
na divisa com a Alemanha.
Túnel-canal de ligação dos rios Ródano e Reno
Eng. Mec/Civil André Teixeira Hernandes, MSc.
Analista em Infra-estrutura de Transportes
Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes – DNIT
Administração da Hidrovia do Paraná - AHRANA
Escadas de eclusas de
Valdieu-Lutran e de Beziers (França)
Quase 6.000 obras
de fundações em
27 anos de atividades.
- Estacas moldadas “in loco”:
• tipo raiz em solo e rocha.
• tipo Strauss.
• escavadas com perfuratriz
hidráulica.
• escavadas de grande diâmetro
(estacões).
• hélice contínua monitoradas.
- Estacas pré-moldadas de concreto.
- Estacas metálicas (perfis e trilhos).
- Tubulões escavados à céu aberto.
- Sondagens à percussão SPT-T.
- Poços de monitoramento ambiental.
- Ensaios geotécnicos.
Revista Painel 11
16 3911.1649
[email protected]
Fontes:
TACHY, Michel Dib. A hidrovia como solução ecológica. In: Congresso de Infra-estrutura
de Transportes (CONINFRA), São Paulo, SP, 2007.
http://www.undiscoveredscotland.co.uk/falkirk/falkirkwheel/index.html
http://www.christianblome.de
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=3324
http://www.canal-du-centre.be/Education/Ast/Fr/ascenseurstthieu.html
http://www.angelfire.com/planet/portos/Index_arquivos/page0024.htm
INFORME PUBLICITÁRIO
Pós-graduação em Engenharia qualifica
profissinais para o setor tecnológico
A Engenharia nacional ocupa um lugar de destaque no desenvolvimento tecnológico
do país, sendo responsável por garantir ao Brasil a competitividade necessária para
seu desenvolvimento equilibrado e as melhorias sociais decorrentes deste processo.
É nesse contexto que o Centro Universitário Moura Lacerda, com seus 84 anos de
tradição e 40 anos de experiência na formação de Engenheiros, vem desenvolvendo
seus programas de Pós-graduação em Engenharia e Tecnologia. Eles capacitam,
qualificam e requalificam profissionais de Engenharia, das diversas modalidades,
arquitetos e urbanistas, agrônomos, geólogos, geógrafos, meteorologistas, tecnólogos
e outros profissionais do setor tecnológico, para enfrentarem os novos desafios da
Engenharia, em especial em setores bastante aquecidos, como construção civil,
infra-estrutura e Engenharia Ambiental.
Nova legislação
O momento é ainda mais relevante
para a Pós-graduação em Engenharia
em função das alterações na legislação
do sistema profissional, mais especialmente
com a vigência da Resolução no 1.010/2005
do Confea (Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia), que dispõe
sobre a nova sistemática de concessão
de atribuições profissionais do sistema
tecnológico.
Pela
nova
resolução,
contrariamente ao que estabelecia o
instrumento legal anterior, é possível aos
profissionais
registrados
no
sistema
Confea/Crea
(Conselho
Regional
de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia) a
extensão, isto é, a ampliação de atribuições
profissionais, mesmo que em campos
de atuação de modalidades diferentes
aos da graduação.
O Moura Lacerda construiu os Projetos
Pedagógicos
da
Pós-graduação
em
Engenharia
em
profunda
consonância
com essa realidade.
Eles atendem o objetivo maior de capacitar
e qualificar profissionais para diversas
áreas de atuação, e em acordo com o
disposto na nova Resolução do Confea,
propiciando aos egressos a possibilidade
de ampliação das atribuições profissionais
em setores e áreas importantes, como
Engenharia Ambiental, Engenharia de
Estruturas
e
Engenharia
de
Obras
Rodoviárias e Sistemas Viários Urbanos,
além da tradicional Engenharia de
Segurança do Trabalho, que ancorada
em legislação própria permite a engenheiros,
arquitetos e urbanistas nova habilitação
profissional no sistema Confea/Crea.
Os cursos oferecidos pelo Moura Lacerda
são integralizados em 18 meses, com aulas
às sextas-feiras à noite e aos sábados,
quinzenalmente, e carga horária de 400
horas-aula – à exceção da Engenharia de
Segurança do Trabalho, com 740 horas-aula
e atividades programadas semanalmente.
Engenharia de Estruturas
Engenharia Ambiental
Sendo uma das mais
importantes áreas da
Engenharia atualmente,
o curso visa proporcionar
uma visão integrada dos
problemas ambientais,
em especial aspectos de saneamento do meio
urbano, com ênfase nos Sistemas de Infraestrutura Sanitária, Tratamento de Resíduos
e Efluentes e na Análise, Gestão e Controle
Ambiental. O curso proporciona conhecimentos
e atualização científica das bases e formas de
gestão do meio ambiente e do uso sustentável
dos recursos naturais e energéticos. Por ser área
de regulamentação relativamente recente, o
curso constitui-se em especial oportunidade
para a extensão de atribuições profissionais na
área ambiental a engenheiros, arquitetos,
agrônomos e demais profissionais registrados
no CREA. Além disso, o programa é compatível
e de interesse para profissionais de outras áreas,
como biólogos, químicos, profissionais da saúde
pública, advogados da área ambiental,
administradores públicos e outros.
Engenharia de Obras Rodoviárias
e Sistemas Viários Urbanos
O curso visa à capacitação de profissionais
da Engenharia, Arquitetura e áreas afins na
análise de questões relativas a projetos,
construção e manutenção de rodovias e
sistemas viários urbanos e de transportes,
proporcionando fundamentação técnica para
a melhoria e ampliação do conhecimento dos
profissionais envolvidos com a infra-estrutura
viária, um setor em pleno desenvolvimento
em nossa região. É voltado a engenheiros,
arquitetos,
agrônomos,
administradores
públicos,
construtores,
empreiteiros,
concessionários de serviços públicos e demais
interessados em aprofundar seus conhecimentos
na área.
Ancorado no importante aquecimento da
construção civil, em especial com os grandes
investimentos no setor imobiliário na região,
e frente às novas tecnologias desenvolvidas
para a área, que resultaram inclusive em
importantes alterações das normas técnicas
relacionadas à Engenharia de Estruturas, o
curso de Especialização em Engenharia de
Estruturas tem como objetivo a atualização
e a ampliação de conhecimentos teóricos e
práticos. Ele possibilita aos profissionais
melhores condições para a elaboração e
análise dos projetos estruturais, sejam estes
em concreto armado, aço ou madeira, bem
como facilitar sua compreensão no ambiente
do canteiro de obras. É voltado aos
profissionais da Engenharia Civil e Arquitetura.
Engenharia de Segurança do
Trabalho
A Engenharia de Segurança do Trabalho tem
desenvolvido e ampliado sua importância e
participação na sociedade de forma expressiva
nos últimos anos. A profissãode Engenheiro de
Segurança do Trabalho é regulamentada pela
lei no 7.410 de 1985 e pelo Decreto no 92.530
de 1986. O registro no CREA é restrito aos
egressos de Cursos de Especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho,
devidamente cadastrados no sistema, como
é o caso do curso oferecido com sucesso pelo
Moura Lacerda já há 10 anos. Ele possibilita
a engenheiros e arquitetos registrados no
sistema profissional uma nova habilitação
na condição de engenheiros de Segurança do
Trabalho, e um campo de atuação extremamente
próspero e aquecido. O programa do curso visa
dotar os participantes de uma metodologia
básica para a melhoria das condições e meio
ambiente do trabalho, tendo em vista a
preservação
da
integridade
física
dos
trabalhadores nas empresas e obras de
serviços. As inscrições para os cursos de
Pós-graduação em Engenharia 2008 estão
abertas no Centro Universitário Moura Lacerda.
Informações podem ser obtidas na Secretaria da
Coordenadoria de Pesquisa e Pós-graduação
pelos telefones (16) 2101-1021 e 0800-707-1010.
LANÇAMENTOS
Construindo uma
Em 2008, a construção civil vai colaborar com 5,5% do PIBProduto Interno Bruto do país. Esta é a expectativa do SindusconSP, que fechou o ano de 2007 comemorando os excelentes
resultados impulsionados principalmente pela facilidade de acesso
às linhas de crédito. Em Ribeirão Preto houve aumento de 85% na
arrecadação da Prefeitura Municipal no setor de obras particulares
(veja quadro).
Segundo os dados da Secretaria Municipal de Obras, nos sete
primeiros meses do ano passado, a área licenciada na cidade
cresceu 44,9%, passando de 752.302 m², em 2006, para 1.080.705
m², em 2007. “O setor está em um crescimento sustentado, nada
a ver com uma bolha ou algo especulativo. Depois de um longo
período de estagnação assistimos a um avanço acelerado que deve
continuar em 2008”, projeta o presidente do SinduCon-SP, João
Claudio Robusti.
As “estrangeiras”
O primeiro empreendimento no interior de São Paulo de uma
das grandes incorporadoras do país, a Camargo Correa, foi lançado
em Ribeirão no final de 2007. O Jardim Sul é um condomínio
Maquete eletrônica do Clinical Center da Jábali Aude
horizontal com área total de 200.000 m² e menos de 15% de área
construída. As casas foram projetadas para receberem, no futuro,
dependendo do interesse do comprador, sistema de aquecimento
solar. As tubulações e redes elétricas foram projetadas para
comportar aparelhos de ar condicionado em todos os cômodos.
As unidades terão opções de construção para que cada proprietário
possa montar um imóvel de acordo com sua personalidade. As
casas são assobradadas e têm projetos que variam de 189 m² a
253 m². O empreendimento é feito em parceria entre Camargo
Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, Perplan Empreendimentos e
Urbanização e Bild Desenvolvimento Imobiliário.
A verdadeira avalanche de lançamentos imobiliários em 2007,
que se concentraram principalmente na região sul da cidade, abriu o
ano de 2008 em alta. A construtora Trisul, que tem em seu portfólio
mais de 2 milhões de metros quadrados contruídos, anunciou cinco
novos empreendimentos em Ribeirão Preto. Quatro deles serão
lançados em 2008 e um em 2009. “Viemos com o objetivo de criar
raízes na cidade e oferecer produtos de alta qualidade e preços
competitivos para atender as necessidades do mercado local, que é
bastante exigente”, explica Ricardo Stella, diretor de incorporação
da Trisul.
A Trisul é a fusão das empresas Incosul e Tricury,
focadas em empreendimentos de padrão econômico no
estado de São Paulo. As duas têm mais de 30 anos de
experiência no mercado de incorporação imobiliária da
região metropolitana de São Paulo. Em outubro de 2007, a
Trisul lançou suas ações na Bovespa e captou mais de R$
300 milhões. Os lançamentos em Ribeirão têm a bandeira
Trisul Life. O valor máximo do metro quadrado divulgado
pela empresa é de R$ 2,5 mil.
Outras construtoras, como a Cité e a MRV, investem em
setores diferentes da cidade. A Cité lançou um condomínio na
região dos Campos Elíseos e a MRV tem empreendimentos
em bairros como o Jardim Paulista. Entretanto, a zona sul
segue como coqueluche do momento.
Pratas da casa
A Habiarte Barc Construtores foi a primeira construtora
da cidade a erguer torres na região da avenida João
Fiúza, hoje o metro quadrado mais caro de Ribeirão. No
primeiro semestre de 2008 serão lançados dois novos
empreendimentos naquela região: o Porto Búzios Condo
Clube e o edifício Cidade de Lisboa.
O Porto Búzios terá duas torres e estrutura recreativa
com mais de 25 itens de lazer. O outro empreendimento,
que também já foi anunciado ao mercado, é o Cidade de
Lisboa, um projeto do arquiteto Adolpho Lindenberg em
estilo neoclássico com um apartamento por andar. O edifício
foi lançado no final do ano passado e fica na Alta Fiusa. É o
segundo empreendimento no bairro Mirante Morro do Ypê,
12 AEAARP
Nova paisagem
depois da entrega em 2007 do Cidade de Petrópolis.
O diretor da Habiarte Barc, Paulo Tadeu Rivalta de Barros,
acredita que o mercado imobiliário do país está crescendo, depois
de mais de duas décadas de estagnação. Para ele, o aquecimento da
construção civil é resultado do aumento da oferta de crédito, com a
redução da taxa de juros e a expansão das linhas de financiamento,
além dos instrumentos jurídicos, que melhoraram a segurança nas
relações de compra e venda de imóveis.
“O mercado imobiliário vem expandindo em todo o país, mas é
lógico que a região de Ribeirão Preto, com uma economia altamente
pujante, se destaca no cenário nacional. A cidade tem um grande
potencial que precisa ser garimpado”, afirma Barros. A Habiarte
Barc contabiliza mais de 30 empreendimentos com cerca de 1.300
unidades entregues.
A partir de fevereiro, a construtora começa a comercializar
o Centro Empresarial Castelo Branco, localizado na Avenida
Castelo Branco. O projeto prevê varandas que possibilitam a
flexibilização no projeto de ventilação das salas. O térreo
do prédio de 25 andares oferece também um boulevard
com 14 lojas, agência bancária e uma praça de convívio. O
empreendimento terá ainda um auditório para 55 pessoas,
salas de reunião com capacidade para 18 pessoas, sendo
para uso simultâneo ou não, além de uma praça de apoio.
Ao todo, serão disponibilizadas mais de 450 vagas.
Além de receber empreendedores nos últimos tempos,
Ribeirão Preto tem também “exportado” experiências. A
Jábali Aude Construções conta com mais de um milhão de
metros quadrados construídos em Ribeirão e todo o Estado
de São Paulo. O portifólio da empresa tem obras residenciais,
comerciais, industriais e especiais, como o restauro do
Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, e do Edifício Saldanha
Marinho, no centro da cidade de São Paulo. Atualmente
trabalha na finalização de empreendimentos em Franca e
Americana, além ter concluído recentemente o condomínio
Vilas de Buenos Aires em Ribeirão Preto.
Em janeiro deste ano a construtora iniciou as obras do
Clinical Center Ribeirão Preto, empreendimento que
caracteriza-se como um “shopping” da saúde. Os 15
pavimentos serão dedicados totalmente a este setor, com
espaços para consultórios, clínicas, laboratórios de análises
clínicas e diagnóstico por imagem. O engenheiro civil
Iskandar Aude, diretor da empresa, afirma que um andar
inteiro foi vendido antes mesmo do lançamento. Será
instalado ali um hospital-dia, mas o nome do comprador
ainda não é revelado pelos empreendedores.
Iskandar afirma que uma pesquisa minuciosa no mercado
revelou a viabilidade do empreendimento. O projeto tem
lajes planas, o que permite a personalização dos espaços
internos. O acabamento em laminado melamínico e piso
em porcelanato facilitam a higienização dos ambientes. O
Clinical segue a tendência nacional de
reunir em um só lugar todos os serviços
de saúde, conferindo conforto tanto para
pacientes quanto para os profissionais da
saúde. São 370 vagas de estacionamento
e infra-estrutura completa para atender
desde a medicina tradicional, dentistas,
fisioterapeutas, entre outros. Obras
Inskandar Aude - pesquisa
definiu perfil do empreendimento
semelhantes estão em andamento no Rio
de Janeiro, São Paulo e Curitiba.
“O momento atual é excelente tanto para as obras particulares
quanto para as públicas, uma vez que a sociedade civil organizada
está pronta para trabalhar pela redução do déficit habitacional, o
que resultará em mais oportunidades de trabalho e possibilidade
de compra”, afirma Iskandar, que é também vice-presidente do
SindusCon-SP no Estado de São Paulo. Em 2007, a entidade
lançou o movimento “Moradia para todos, esta meta é possível”
Cidade de Lisboa,
a segunda torre do Mirante Morro do Ype
Revista Painel 13
LANÇAMENTOS
que tem como proposta, entre outras coisas, a criação de uma
nova modalidade de financiamento habitacional do FGTS para a
população de baixa renda e a pretensão de acabar com um déficit
habitacional estimado pela FGV Projetos em 7,964 milhões de
residências (números de 2006).
Ocupar espaços
Roberto Maestrello, presidente da AEAARP, defende que a Câmara
Municipal deva apressar a tramitação da Lei do Mobiliário Urbano,
a última lei complementar do Plano Diretor a ser homologada pela
casa de leis. “Um conjunto de soluções urbanas deve ser adotado
para que sejam corrigidos equívocos do passado e a cidade esteja
preparada para absorver este fluxo de crescimento”, avalia.
O engenheiro lembra que, por iniciativa da Associação, foi indicado
ao poder público municipal a construção de viadutos no cruzamento
das avenidas Castelo Branco e Presidente Kennedy e da rodovia
Anhanguera com a avenida Henry Nestlé. “Os estudos estão prontos
e a necessidade é premente”, alerta. Ele afirma que a contribuição da
construção civil para o aumento da arrecadação e para a geração de
empregos deve ser comemorada por todos . “Com a responsabilidade
e a serenidade daqueles que pretendem ver o crescimento sustentável
de nossa cidade”. A AEAARP defende que os empreendedores
invistam em regiões pouco valorizadas da cidade.
Arrecadação de Ribeirão Preto no setor de obras particulares
2007
2006
2005
R$ 2,295 milhões
R$ 1,240 milhões
R$ 942,4 mil
Vista aéra da maquete do Condomínio Jardim Sul
Material de construção deve crescer até 10% em 2008
Vendas no setor cresceram 8,5% em 2007, na comparação com 2006
De janeiro a dezembro de 2007, o setor de material de
construção apresentou um crescimento acumulado de 8,5%
na comparação com o mesmo período de 2006, segundo a
Anamaco-Associação Nacional dos Comerciantes de Material
de Construção, que representa as 138 mil lojas existentes no
país. Na comparação mês a mês, o desempenho em dezembro
foi 5,5% superior a dezembro de 2006 e, em novembro, 6%
superior a agosto de 2006.
Os materiais básicos tiveram crescimento de 12,5% nas vendas
do período e os materiais elétricos e hidráulicos cresceram,
respectivamente, 9% e 7,6%, na comparação com 2006. Os
materiais de acabamentos tiveram desempenho 11,5% superior
ao mesmo período de 2006. O destaque foram os setores de
pisos e tintas que cresceram 13,7% no acumulado do ano.
Segundo o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, os índices
refletem a retomada de obras, desde os primeiros anúncios
de incentivos ao setor por parte do governo federal. “O
momento é favorável a esse movimento de retomada de obras,
principalmente porque os juros estão em queda e tivemos o
aumento das linhas de financiamento, sendo que muitas delas,
inclusive, melhoraram suas condições. Até mesmo os bancos,
percebendo essa tendência, flexibilizaram muito os critérios
para os candidatos a tomadores dos empréstimos, o que facilitou
ainda mais o acesso das pessoas ao sonho da casa própria”,
declara. Ainda segundo Cláudio Conz, as vendas de material
de construção devem aumentar em 2008. “A nossa expectativa
é que o setor continue crescendo este ano. Devemos crescer
entre 8,5% a 10% até o final de dezembro”.
Os efeitos do PAC e dos recursos do FGTS
Segundo Conz, os efeitos do PAC ainda não foram sentidos
pelo setor, mas devem impulsionar o crescimento de toda a
cadeia produtiva. De acordo com o presidente da Anamaco,
apesar dos projetos do governo federal e de todas as medidas
tomadas para incentivar a cadeia produtiva da construção, esse
passo ainda é muito pequeno frente a um déficit habitacional
de 7 milhões 223 mil moradias, das quais 6 milhões e 55 mil
estão entre as famílias com renda de até 3 salários mínimos,
segundo dados do IBGE.
“O déficit habitacional pode duplicar se levarmos em conta a
qualidade dessas moradias. No Nordeste, dos imóveis próprios
quitados, 75,1% são inadequados. Essa taxa chega a 65,7% no
Sudeste. O Brasil possui mais de 7 milhões de moradias sem
banheiro”, comenta Conz. “Sabemos que será um trabalho de
14 AEAARP
formiguinha, mas o governo está muito disposto a atuar em
parceria com o setor empresarial. Além disso, da nossa parte,
vamos continuar trabalhando a redução do ICMS incidente
sobre os materiais de construção nos Estados e desenvolver
uma série de ações visando desburocratizar ainda mais o nosso
setor, principalmente no tocante aos financiamentos, que já
tiveram grande avanço, mas ainda longe do ideal”, completa.
O presidente da Anamaco também afirma que o ‘calcanhar
de Aquiles’ do segmento é a qualificação profissional. “Segundo
o Instituto Data Popular, mais de 5,5 milhões de trabalhadores
estão empregados no setor da construção. É uma mão-de-obra
que pode ter uma oportunidade de requalificação, o que terá
impacto direto na renda dessas pessoas e na diminuição do
risco de acidentes de trabalho no nosso setor”, finaliza.
AGRICULTURA
SÃO PAULO ULTRAPASSA 3 MIL TONELADAS
DE EMBALAGENS VAZIAS DE DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS RETIRADAS DO CAMPO
Um dos três Estados que mais destinam embalagens
vazias de defensivos agrícolas, São Paulo foi responsável
pela retirada de 3.063 toneladas de embalagens vazias
de defensivos agrícolas do meio ambiente entre janeiro e
dezembro de 2007, volume 5,5% maior do que o alcançado
em 2006. Atualmente, São Paulo responde por 19% do total
destinado pelo Brasil.
A principal razão para tal sucesso é a união de esforços
dos elos integrantes da cadeia agrícola, como produtores
rurais, indústria fabricante (representada pelo INPEVInstituto Nacional de Processamento de Embalagens
Vazias), canais de distribuição, cooperativas e poder
público, que em São Paulo é representado pela Secretaria
da Agricultura do Estado de São Paulo, a Coordenadoria de
Defesa Agropecuária (CDA), a Secretaria do Meio Ambiente
do Estado de São Paulo e a CETESB.
Brasil: balanço positivo rumo à
maturidade do sistema
Entre janeiro e dezembro foram enviadas para reciclagem
ou incineração 21.129 toneladas de embalagens vazias
de produtos fitossanitários, volume 7,6% maior do que o
registrado em 2006, quando as unidades de recebimento
de todo o país destinaram 19.634 toneladas.
A rede de centrais e postos de recebimento de embalagens
vazias de defensivos agrícolas também cresceu em 2007.
Foram inauguradas 11 novas unidades nos Estados do Pará,
Acre, Amazonas - estreantes no sistema -, São Paulo, Minas
Gerais, Rio Grande do Sul, Rondônia e Bahia. Atualmente,
funcionam no país mais de 365 unidades de recebimento.
Referência mundial
O Brasil figura atualmente na liderança entre os países
que possuem sistemas de destinação final de embalagens
vazias de defensivos agrícolas. Do volume total
comercializado, foram destinados cerca de 80% do total de
embalagens vazias colocadas no mercado e 95% do total
de embalagens primárias (aquelas que entram em contato
direto com o produto). A Alemanha destina atualmente
60%; a Austrália, 50%; a França, 45%; e os Estados Unidos,
menos de 20%.
Com o material resultante da reciclagem das embalagens
são fabricados mais de 15 artigos como barricas de papelão,
conduítes, caixas de passagem de fios elétricos, embalagem
para óleo lubrificante, sacos plásticos para descarte de lixo
hospitalar, entre outros.
BRASIL CONSUMIRÁ 30,6 MILHÕES DE
TONELADAS DE FERTILIZANTES EM 2016
O aumento da demanda mundial por grãos exige
maior produtividade no campo, o que amplia o
consumo de fertilizantes. A demanda de fertilizantes
projetada para 2016 é de 30,6 milhões de toneladas. O
Brasil importará cerca de 21,3 milhões de toneladas.
Esses números fazem parte do estudo realizado pela
Assessoria de Gestão Estratégica, do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Soja, milho, cana-de-açúcar e café são as culturas
que mais utilizam fertilizantes no Brasil. Entre
os Estados, Mato Grosso é o maior consumidor
de fertilizantes, com cerca de 16,5% da demanda
nacional, seguido de São Paulo (15,6%), Paraná
(14,1%), Minas Gerais (12,3%), Rio Grande do Sul
(11,3%), Goiás (9,0%) e Bahia (6,3%), segundo dados
das indústrias do setor de fertilizantes.
Volume de destinação de embalagens
para reciclagem no Brasil
Ano
Volume (toneladas)
2004
13.933
2005
17.881
2006
19.634
2007
21.129
Sobre o INPEV
O INPEV-Instituto Nacional de Processamento de
Embalagens Vazias é uma entidade sem fins lucrativos que
representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas
em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias
de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000
e o Decreto Federal nº 4.074/2002. A lei atribui a cada elo da
cadeia produtiva agrícola (agricultores, fabricantes, canais
de distribuição e poder público) responsabilidades que
possibilitam o funcionamento do Sistema de Destinação
de Embalagens Vazias. O instituto foi fundado em 14 de
dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março
de 2002. Atualmente, possui 67 empresas e sete entidades
de classe do setor agrícola como associadas.
Revista Painel 15
PATRIMÔNIO
A “antiga” paisagem
Palacete Innecchi e
Clube Recreativa
Acervo: Arquivo
Público e Histórico
de Ribeirão Preto
O Pateo do Collegio, incrustado
no centro da cidade de São Paulo
e rodeado por arranha-céus, é
testemunha de 453 anos de história.
Esta afirmação não é verdadeira. A
construção sofreu com a disputa
entre jesuítas e bandeirantes, foi
parcialmente
destruída,
depois
reerguido pelos padres, sofreu
alterações importantes e, finalmente,
o que está hoje de pé é, na verdade,
uma réplica da construção original.
Uma única parede, datada de 1653,
resiste na área externa, onde fica o
elegante Café do Pateo. A parede,
em taipa de pilão (veja quadro), fica
protegida e isolada do visitante, que
lê em uma placa as explicações sobre
sua construção.
Gilberto Pinhata
A reconstrução do Pateo e
devolução aos jesuítas aconteceu em
plena ditadura militar e é tida hoje
como exemplo de preservação do
patrimônio cultural. É este um dos
exemplos que inspiram o engenheiro
16 AEAARP
civil Gilberto Pinhata na presidência
do Conppac-Conselho de Preservação
do Patrimônio Cultural de Ribeirão
Preto, posto que assumiu nos últimos
dias do ano de 2007.
Na contramão da expansão
imobiliária e do surgimento de uma
nova paisagem urbana estão os 35
processos de tombamento e algumas
expectativas nada animadoras a
respeito de construções históricas.
Questionado se os prédios antigos
passíveis de tombamento são velhos
ou históricos, Pinhata sorriu e preferiu
passar à questão seguinte, ressaltando
a importância de preservar a história
da cidade.
O caso mais notório é o Casarão
da Caramuru. Este será fatalmente
demolido em razão da falta de
investimentos. “É triste porque
não tem vitória de lado nenhum: a
história perde, a Prefeitura perde
e os proprietários também”, atesta
o engenheiro. Pinhata sugere que
a iniciativa privada poderia usar o
terreno, preservando partes da obra,
como paredes que têm afrescos,
usando a preservação do Pateo do
Collegio como exemplo.
A
idéia,
entretanto,
esbarra
em entraves de ordem jurídica e
econômica, apesar de ter sido usada
em Ribeirão quando o Palácio do
Rio Branco foi restaurado. Na área
do protocolo, o piso foi refeito, mas
um trecho do antigo revestimento foi
mantido, sob a proteção de um vidro,
para que o visitante possa ver como
foi a construção original.
Rosa Cocenza: “Faltam incentivos públicos!”
Investimentos
Na semana em que Pinhata
concedeu entrevista para a Painel,
a USP-Universidade de São Paulo
anunciou que tem a intenção de
ocupar o Hotel Brasil, que fica na
avenida Jeronimo Gonçalves, como
uma extensão do curso de música. A
iniciativa depende ainda de captação
de recursos para viabilizar o restauro
do prédio, que data dos anos de 1930.
A notícia animou o atual presidente do
Conpacc, que pretende tirar daquela
região qualquer visão pejorativa e
batizá-la, definitivamente, como o
centro histórico de Ribeirão.
Para
avançar,
entretanto,
é
necessário investir. Este é o coro que
Pinhata compõe com lideranças como
está em ruínas
Acervo: Arquivo Público e
Histórico de Ribeirão Preto
Rosa Maria Britto Cosenza de Oliveira,
presidente do Conselho Municipal de
Cultura e membro do Conppac. Em
sua visão, faltam incentivos públicos,
como o desconto em impostos, e
iniciativas criativas, como convidar
estudantes
de
faculdades
de
Engenharia e Arquitetura para que
façam projetos de recuperação do
patrimônio cultural que está tombado,
porém esquecido.
Rosa Maria inspira seu discurso em
favor da preservação em experiências
como as da Bélgica, onde as fachadas
Theatro Pedro II. Foto: Carlos Natal
de prédios históricos são preservadas
e seu interior é reformado de acordo
com a necessidade daqueles que
irão ocupá-los. Ela lembra que a falta
da consciência de preservação do
patrimônio impediu que as novas
gerações tivessem contato com ícones
da história ribeirão-pretana, como o
Palacete Innecchi. Sua demolição é
“o maior crime” contra o patrimônio
de Ribeirão, em sua avaliação.
Ela lembra que a casa foi erguida para
fazer frente ao Clube da Recreativa,
que ocupava o prédio onde atualmente
está instalado o MARP-Museu de Arte
de Ribeirão Preto. O terreno onde
ficava a casa é ocupado hoje por uma
agência bancária. Responsável pela
demolição do palacete, o mesmo
banco deu para a Prefeitura Municipal
outro patrimônio, a fábrica desativada
da Cianê, localizada na avenida Costa
e Silva. O projeto de recuperação e
ocupação do lugar ainda não saiu do
papel, apesar da doação ter ocorrido
há dois anos.
A engenheira civil Maria Inês
Cavalcanti, que representa a AEAARP
no Conppac, acredita que a iniciativa
privada poderia “adotar” alguns dos
patrimônios já tombados e ocupá-los,
com lojas e agências bancárias, por
exemplo. “Seria como um presente
para a cidade”, afirma.
Pinhata diz que falta envolvimento
público e privado em projetos de
preservação do patrimônio cultural.
“Uma cidade com o orçamento de
Ribeirão pode investir mais nisso”,
afirma, ressaltando que entende as
prioridades que os investimentos
nas áreas sociais devam ter. À frente
do Conppac, ele pretende seduzir a
iniciativa privada e interceder junto
ao poder público para que outros
crimes contra o patrimônio não sejam
escritos na história da cidade e que
outros prédios, como o da Caramuru,
possam resistir aos anos de disputa.
Revista Painel 17
PATRIMÔNIO
A parede de taipa de pilão
Este é um dos poucos testemunhos da arquitetura colonial do século
XVI realizada no Brasil, sendo o mais importante resquício da época da
fundação da cidade de São Paulo. Foi construída pelo Pe. Afonso Brás – “o
primeiro arquiteto brasileiro” – em 1585, quando se realizaram reformas na
residência dos padres, Igreja e Colégio, erguidos em 1556, sob administração
dos jesuítas, que constituíram as primeiras obras oficiais do então vilarejo
de São Paulo de Piratininga, fundada em 1554.
A parede apresenta ainda um valor artístico inigualável pela forma como foi
edificada. A taipa de pilão era uma técnica vinda da península ibérica, muito
comum no cotidiano colonial brasileiro e principalmente paulista, devido à
escassez de outros materiais (pedra e cal) e por ser de igual resistência à
de alvenaria de pedra, além de menos trabalhosa.
De uma maneira geral seu processo de construção consistia na mistura
de terra umedecida, areia, estrume, fibras vegetais e sangue de boi. Essa
mistura era colocada entre duas pranchas verticais, onde ficava até secar.
Houve outras reformas do prédio original, mas mesmo com a transformação
da casa dos jesuítas em Palácio da Presidência da Província, ocasião
em que a fachada foi totalmente descaracterizada, a parede sobreviveu.
Ali permanece ainda hoje, preservada por contínuos cuidados e esforços,
como homenagem ao passado e respeito àqueles que nos antecederam.
Visão elitista
Adriana Capretz Borges da Silva Manhas, autora do artigo “Cem anos do desenvolvimento
urbano de Ribeirão Preto”, observa em seu trabalho que há um descaso com o patrimônio
arquitetônico na cidade e “os poucos esforços para a restauração não consideram
todo o sítio, preservando os edifícios isoladamente, que permanecem desconectados
do contexto geral. Além disso, são escolhidos para preservação apenas exemplares
representativos da elite, enquanto casas centenárias em bairros tradicionais são
desconsideradas, como se não fizessem parte da história”.
A quantas anda o patrimônio de Ribeirão Preto?
De acordo com levantamento do engenheiro Gilberto Pinhata, a preservação do patrimônio cultural está no caminho
certo. O Hotel Brasil tem boas perspectivas de solução com a intervenção da USP. A avenida Jerônimo Gonçalves,
a Praça das Bandeiras, o Palácio Rio Branco e a antiga fábrica da Cianê contam com estudos de restauro e a
Cervejaria Antarctica Niger está em fase de restauro. Um dos ícones do período cafeeiro, o Quarteirão Paulista,
que inclui o Theatro Pedro II, o Pinguim e o Hotel Palace, já está restaurado.
Um exército de restauradores
O trabalho de restauro do Pedro II contou com um exército de dezenas de
restauradores, muitos formados durante os quatro anos que durou a obra.
As 75 anos, o marceneiro Luiz Scarpini Netto é um dos exemplos. “O mais
trabalhoso foi recuperar a boca de cena, o ponto principal do teatro. Todo
o madeiramento do teatro estava destruído e não tínhamos referência do
original”, lembra. “Usamos fotografias para fazer nosso trabalho”, conta
Scarpini, que chegava às 7h da manhã e passava o dia no Pedro II. Segundo
a Jábali Aude Construções, que executou as obras, 580 funcionários nas
áreas de administração e restauro, foram envolvidos no trabalho.
18 AEAARP
BALANÇO
Diretoria Financeira
atinge metas estipuladas em 2006
A Diretoria Financeira apresenta
o balanço do trabalho iniciado em
fevereiro de 2007, de acordo com
orientação da Presidência, o diretor-financeiro João Lemos Teixeira
da Silva e o diretor adjunto Antônio Rounei Jacometti traçaram um
plano de trabalho ambicioso há um
ano. Segundo eles, o objetivo era
equilibrar financeiramente a entidade e conseguir um superávit para
a AEAARP
Os diretores estipularam conseguir uma reserva financiera equivalente ao montante de 70% das
despesas anuais da entidade – que
variam de R$ 750 mil a R$ 800 mil.
“Com isso, a AEAARP tem condições de manter todo seu funciona-
mento, sem interromper atividades
esenciáis, em algum possíel momento adverso”, explicam.
O plano de trabalho
foi dividido em
dois alvos:
-Diminuir custos com consumo de água, telefone e energia elétrica, sem prejuízo das
atividades diárias.
-Promover eventos autofinanciados para diminuir
gastos da AEAARP.
anúncio gráfica
20 AEAARP
Foram priorizados os investimentos da AEAARP em tecnologia e
recursos humanos, conseguindose manter sem reajustes o valor da
mensalidade dos sócios sem reajustes até o momento e, para aumentar
as receitas, fez um plano de ações
para diminuir o índice de inacimplência, com resultados positivos,
e estimulou o aluguel das salas da
AEAARP para eventos de terceiros.
Segundo a Diretoria Financeira,
hoje, após um ano de trabalho com
aplicação do planejamento estipulado, a AEAARP não tem dívidas
acumuladas e conta com reserva
financiera suficiente para suas necessidades e segurança para a administração.
CREA
inaugurou nova Sede
na Av. Rebouças
Em 25 de outubro, Dom Manuel Parrado Carral, bispo
auxiliar de São Paulo (Região Sé), conduziu a cerimônia
de benção na inauguração da nova sede do Crea-SP, na
esquina da avenida Rebouças com a rua Oscar Freire.
Na data, o bispo Carral representou o arcebispo metropolitano de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, que
estava em Brasília/DF participando de reunião da CNBBConferência Nacional dos Bispos do Brasil.
O edifício de seis pavimentos que abriga a nova sede do
Crea-SP foi batizado “Edifício Santo Antônio Sant’Anna
Galvão” em homenagem ao primeiro santo nascido no
Brasil, Frei Galvão, padroeiro da construção civil e dos
profissionais da área.
A homenagem ocorreu na mesma data homologada
pelo Confea, por iniciativa do Crea-SP, como Dia dos Profissionais da Construção Civil, e remete a uma história
de fé e determinação – a história do frei franciscano que
atuou na construção do Mosteiro da Luz como arquiteto,
engenheiro, mestre de obras, pedreiro, servente e gestor
administrativo.
“Por seu caráter, disciplina, ética e humildade, nada mais
justo que prestarmos essa homenagem no mesmo dia em
que comemoramos o Dia do Patrono dos Profissionais da
Construção Civil”, diz o eng. José Tadeu da Silva, presidente
do Crea-SP.
Na ocasião, o presidente do Crea-SP recebeu uma homenagem da Diretoria da Abenc-SP (Associação Brasileira
de Engenheiros Civis do Estado de São Paulo), que lhe
outorgou o título de sócio benemérito.
Além do presidente do Crea-SP, compuseram a coluna de
honra da cerimônia o presidente do Confea, eng. Marcos
Túlio de Melo; os diretores Walter Logatti e Marcos Vilela
Lemos; o superintendente geólogo João Batista Novaes;
o presidente da Abenc-SP, eng. André Monteiro de Fázio;
o presidente da Abenc nacional, eng. Ney Perracini de
Azevedo; o presidente do Sintec-SP, téc. Wilson Wanderlei
Vieira; o presidente do Sinaenco, José Roberto Bernasconi;
o presidente do Instituto de Engenharia, Edemar de Souza
Amorim; o ex-presidente do Crea-SP, Michel Haddad; o presidente do Ibape-SP, Tito Lívio Ferreira Gomide; e o arquiteto
Gustavo Melo, representando o presidente da Faeasp, eng.
Hélio Rodrigues Secco.
O novo edifício do Crea-SP foi instituído como a Casa
da Ética para os profissionais registrados no Conselho
paulista, e, nele, dezenas de conselheiros trabalharão
pelo aperfeiçoamento moral e humano de engenheiros,
20 AEAARP
arquitetos, agrônomos, geólogos, geógrafos, tecnólogos
e técnicos das mais variadas modalidades em atuação no
estado de São Paulo.
No novo endereço, funcionarão todas as Câmaras Especializadas do Crea-SP, bem como comissões permanentes
e especiais, grupos de trabalho, fóruns de instituições de
ensino e entidades de classe. O novo espaço vai oferecer
melhores condições operacionais para a análise de processos realizada pelo corpo funcional de apoio técnico e de
assistência ao colegiado.
A escolha do prédio na Avenida Rebouças levou em conta, além da facilidade de acesso ao local e o estado geral
da edificação, suas dimensões perfeitamente adequadas
às necessidades do Conselho. Após longa negociação, o
edifício foi adquirido em condições as mais favoráveis para
o Conselho paulista e sua reforma foi, por medida econômica, inteiramente executada por colaboradores da casa.
Graças ao cumprimento do cronograma, o Crea-SP pôde
programar, para o próprio dia da inauguração, as primeiras
reuniões de trabalho das câmaras especializadas.
No novo endereço,
funcionarão todas as
Câmaras Especializadas
do Crea-SP, bem como
comissões permanentes
e especiais, grupos de
trabalho, fóruns de
instituições de ensino e
entidades de classe.
NOTAS - CURSOS
AGENDA
Prorrogação do recadastramento
NOVOS ASSOCIADOS
O prazo para o recadastramento obrigatório do sistema Confea/Crea/Mútua foi prorrogado
para abril. Até o dia 30 as atuais carteiras de identidade profissional terão validade. Após
esta data, o profissional somente poderá ter acesso aos serviços prestados pelo Crea,
inclusive ao registro de Anotação de Responsabilidade Técnica, ao se recadastrar. Desde
agosto de 2006 foi iniciada uma campanha, em nível nacional, convocando todos os
profissionais para o recadastramento que até junho de 2007 era feito gratuitamente. A taxa
de recadastramento é R$ 15.
MARIANA GRAGEL MORELLO
Arquiteta e Urbanista
MANOELA CORREA TABLAS
Engenheira Agrônoma
ANTONIO JOSE CAVARZANI
Engenheiro Civil
DANIEL DA SILVA BAROZA
Engenheiro Químico
LENILTON CARLOS SAQUETO
Estudante Agronomia e afins
MAXION PEGORIN CAETANO
Estudante Agronomia e afins
ADRIANA CRISTINA MARTELATO
Estudante Arquitetura e Urbanismo
DAVID ROBERTO CAMARGO MARIANO
Estudante Arquitetura e Urbanismo
GUILHERME ANTONIO CONSOLIN
Estudante Arquitetura e Urbanismo
ANDRE NILTON FESTUCIA
Estudante Engenharia Civil e afins
FRANCINE RIGUETO
Estudante Engenharia Civil e afins
ELIAS PEREIRA DA SILVA
Estudante Engenharia de Produção
THAIS SILVEIRA RIGHI
Estudante Engenharia de Alimentos
WELLINGTON ZAMARA DE MONTE
Técnico em Edificação
SEBASTIAO MORELLO
Tecnólogo
CURSOS
Gestão da qualidade na
construção civil
26/02/08 a 28/02/08
18h30 às 22h30
Local: Instituto de Engenharia
Av. Dr. Dante Pazzanese, 120
Instrutor: Carlos Williams Carrion
Investimento:
Associados do IE: R$270,00
Não Associados IE: R$360,00
www.institutodeengenharia.org.br
Avaliação e perícia em
imóveis urbanos
11, 13, 18, 20 e 25 de fevereiro de 2008
19h às 23h
Local: Instituto de Engenharia
Av. Dr. Dante Pazzanese, 120
Instrutor: Eng.º e Advogado Dr. José Fiker
Investimento:
Associados do IE: R$300,00
Não Associados: R$440,00
www.institutodeengenharia.org.br
Aperfeiçoamento em tecnologia de plásticos
O Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar está recebendo inscrições para o
curso de Aperfeiçoamento em Tecnologia de Plásticos. O curso vai especializar profissionais
de diferentes áreas que trabalham com polímeros, mesmo sem ter recebido formação
específica nesta área tecnológica. As aulas oferecem reciclagem de conhecimentos sobre
Tecnologia de Plásticos para profissionais já formados na área. O conteúdo é o mesmo da
formação de Engenheiros de Materiais especializados em polímeros da UFSCar. O foco
principal é a capacitação para a resolução de problemas industriais, por meio da identificação
da relação entre a característica final do produto e sua estrutura, e as condições de processo
de fabricação a que foi submetido.
Público: químicos, físicos, engenheiros mecânicos, engenheiros químicos, engenheiros de
materiais e outros profissionais da indústria que atuam na área de plásticos e que necessitam
de um conhecimento técnico-científico especialmente em materiais termoplásticos. Em
função da profundidade de abordagem dos tópicos, o curso não é recomendado para técnicos
de nível médio, com exceção daqueles que já tenham experiência na área.
NotaS de esclarecimento
As inscrições (R$ 1.000 por módulo ou desconto de 10% para inscrição em todos os
módulos) devem ser feitas pela Internet com, no mínimo, um mês de atendecedência do
módulo a ser cursado. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição e encaminhá-la
para o e-mail [email protected], ou pelo fax (16) 3361-5404.
Informações: (16) 3351-8514.
Em relação à reportagem intitulada “Peroba
rosa resiste graças à engenharia”, a revista
Painel esclarece que o engenheiro civil
calculista Efrain Ribeiro dos Reis liderou
uma equipe multidisciplinar que elaborou
o projeto de estaiamento da árvore, tema
da reportagem. Os documentos históricos
deste projeto foram apresentados pelo
engenheiro Efrain ao presidente da
AEAARP, Roberto Maestrello. “Estes
esclarecimentos são de extrema importância
e os documentos fazem parte da história de
Ribeirão Preto”, disse o presidente.
Informe-se sobre os cursos de Gestão Ambiental e
Gestão de Sistemas Integrados e Direito Anbiental do IBEAS: www.ibeas.org.br
Luiz Eduardo Siena Medeiros foi presidente
da AEAARP na gestão 2000-2002.
Serão oito módulos, de 24 horas cada, com 20 vagas em cada um dos módulos. Os candidatos
podem inscrever-se em todos, ou optar por módulos separados. Os alunos que cursarem os
oito módulos receberão um Certificado Especial em “Aperfeiçoamento em Tecnologia de
Plásticos”, emitido pela Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar.
Revista Painel 21
SAÚDE
Gripes e resfriados
também atacam no verão
Mesmo sendo o inverno a época
mais propícia para a ocorrência de
doenças respiratórias, os vírus da
gripe também ataca na época mais
quente do ano, o verão, trazendo
reações tão incômodas quanto nos
dias frios, como sensação de cansaço
e dificuldade para respirar.
O vírus da gripe dissemina
principalmente
pelo
ar
que
respiramos. E difunde-se por gotículas
produzidas durante a tosse, espirros
e após contato entre indivíduos
doentes e sadios através das mãos
previamente contaminadas. Este
vírus é facilmente espalhado em
ambientes com pouca circulação de ar
como supermercados, lojas, teatros,
cinemas, aviões, escolas, ambientes
de trabalho, entre outros.
Portanto, não há como ficar
totalmente isento de adquirir o
vírus da gripe, mas é possível tentar
preveni-la mantendo o equilíbrio do
organismo com uma boa qualidade
de vida: alimentação saudável, beber
bastante líquido, respeitar o tempo de
sono e adotando medidas simples,
mas importantes como: lavar as
mãos com freqüência e evitar longa
permanência em locais fechados e
aglomerados de pessoas, procurando
Dra. Letícia Melo
manter circulação de ar nos ambientes
com janelas e portas abertas.
Dra. Letícia Melo é infectologista do
Hospital São Francisco
Livro
MARCOS ACAYABA
Textos de Marcos Acayaba, Hugo
Segawa, Julio Roberto Katinsky
e Guilherme Wisnik
Capa dura
21,5 x 26,5 cm
272 páginas
469 ilustrações
R$ 95,00
ISBN 978-85-7503-663-1
20 AEAARP
19
PAINEL DE NEGÓCIOS
LIGUE E ANUNCIE 16 3931.1555
Painel de Negócios
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