Maquinários Maquinários
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1 Revista Ano 6 / Edição 33 / Mai-Jun de 2013 / www.editorastilo.com.br Graxaria Brasileira Reciclagem Animal Maquinários As novas tecnologias e soluções à disposição das graxarias 2 3 1 04/06/13 21:06 Revista Ano 6 / Edição 33 / Mai-Jun de 2013 / www.editorastilo.com.br Graxaria Brasileira Reciclagem Animal C M Y CM MY CY CMY K Maquinários Prezado Leitor Soluções para combater os impactos ambientais, alto rendimento e redução de custos. Estes são alguns dos principais aspectos oferecidos atualmente pelas empresas que desenvolvem os maquinários que equipam as graxarias brasileiras. Entrevistamos alguns dos principais fornecedores, que apresentam os avanços tecnológicos, seus recentes lançamentos e investimentos. E, por falarmos em fornecedores de equipamentos, vários deles participaram como expositores da 8ª FENAGRA - Feira Internacional das Graxarias, este ano sediada em Valinhos, na região de Campinas (SP), que teve um público três vezes maior do que a edição passada. Destaque para o seu perfil técnico, a feira novamente comprovou a sua importância e contribuição para o fortalecimento e crescimento do setor brasileiro de Reciclagem de Resíduos de Origem Animal. “A cada edição procuramos aprimorar o nosso evento para atender com excelência o setor, sermos referência, além de uma importante plataforma de lançamentos, novidades e informações que envolvam o mercado. Pelo feedback dos participantes e resultados alcançados na feira, acreditamos que estamos no caminho certo”, afirma Daniel Geraldes, diretor da Editora Stilo, responsável pela realização da feira. Confira em nossas próximas páginas, a opinião de quem esteve por lá! Na entrevista desta edição da Revista Graxaria Brasileira conversamos com o médico veterinário, Jurandi Soares Machado, diretor de mercado interno da ABIPECS - Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína. O ano de 2013, que começou com otimismo para o setor de carne suína no Brasil, deve ter um primeiro semestre com dificuldades e pressão sobre os custos. Já para o segundo semestre, a tendência é de estabilização no mercado, inclusive com a possibilidade das exportações ficarem levemente superiores a 2012 e o consumo interno voltar a ter um comportamento de crescimento. Com isso, os preços tendem a se recuperar fazendo que, no geral, 2013 seja melhor do que 2012. Em nosso bate-papo, Jurandi analisa a atual situação da suinocultura brasileira, os avanços e gargalos do setor. Boa Leitura! Daniel Geraldes As novas tecnologias e soluções à disposição das graxarias Edição 33 - Mai-Jun de 2013 Editorial CAPA ed 33.pdf 5 Sumário / Expediente 4 Abra _6 _ 12 Notícias Em Em Em foco foco foco Diretor Daniel Geraldes 1 2 3 Jornalista Colaboradora Lia Freire - MTB 30222 [email protected] _ 32 Publicidade [email protected] Direção de Arte e Produção Leonardo Piva Denise Ferreira [email protected] _ 34 Em foco 4 _ 36 Em foco 5 _ 38 Conselho Editorial Bruno Montero Claudio Mathias Clênio Antonio Gonçal ves Daniel Geraldes José Antonio Fernandes Moreira Luiz Guilherme Razzo Valdirene Dalmas Comitê Tecnico Cláudio Bellaver Dirceu Zanotto Lucas Cypriano Fontes Seção “Notícias” BeefPoint, Avisite, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Sincobesp, Abra, Sindirações, National Render, Embrapa, Biodiesel, AgriPoint, Aliança Pecuarista. _ 40 Capa Foco Editor Chefe Daniel Geraldes – MTB 41.523 [email protected] _ 20 na qualidade Entrevista _ 50 Distribuição ACF Alfonso Bovero _ 52 _ 56 Caderno técnico 1 Caderno técnico 2 _ 60 Caderno técnico 3 _ 62 Ponto de Vista Capa: www.123rf.com Impressão Gráfica Referência Editora _ 65 Editora Stilo Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 Cep: 04004-000 / São Paulo (SP) (11) 2384-0047 [email protected] A Revista Graxaria Brasileira é uma publicação bimestral do mercado de Graxarias, clientes de graxarias, fornecedores de: máquinas, equipamentos, insumos, matérias-primas, biodisel, frigoríficos e prestadores de serviços, com tiragem de 4.200 exemplares. Distribuída entre as empresas nos setores de engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. 7 Abra 6 durante a 8ª Fenagra Por: Ana Paula Michnik Durante os dias 24 e 25 de abril a Associação Brasileira de Reciclagem Animal – ABRA esteve presente na 8ª Feira Internacional das graxarias – Fenagra. Além do estande em conjunto com o Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal – Sincobesp , as duas entidades também realizaram o XII Congresso Brasil Rendering que apresentou os dados do setor de Reciclagem Animal e também as tendências e Perspectivas de mercado. A ABRA ainda trouxe para a Fenagra, representantes de dois países através do Projeto comprador promovido entre a associação e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – APEX-Brasil. Quatro associados e dois parceiros também marcaram presença durante a Feira como expositores. Confira mais informações, as fotos das ações da ABRA e dos estandes dos associados abaixo. XII CONGRESSO BRASIL RENDERING O Congresso aconteceu em paralelo com a Feira durante os dois dias do evento. Durante a solenidade de abertura estiveram presentes o Sr. Clênio Gonçalves, presidente da ABRA, o Sr. Pedro Bittar, vice-presidente da ABRA, o Sr. Gustavo Razzo, presidente do Sincobesp, o Sr. Sérgio Nates, presidente da Associação LatinoAmericana das Plantas de Rendimento-ALAPRE, o Sr. Ariovaldo Zani, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal - Sindirações e o Sr. Mário Sérgio Cutait, International Feed Industry Federation – IFIF. Durante a abertura, o Sr. Clênio Gonçalves destacou a importância da Reciclagem Animal para a sustentabilidade no país. “Temos um papel muito importante na sociedade ao gerar emprego e renda contribuindo com a sustentabilidade do nosso planeta através da nossa atividade. Somos a ponta da cadeia de carnes que garante a responsabilidade ambiental nesse processo”. Já o vice-presidente da ABRA, Sr. Pedro Bittar ressaltou a importância da União do setor.“A União é o único caminho para que possamos atingir no curto prazo os nossos objetivos e termos mais força perante aos nossos representantes governamentais”. O presidente do Sincobesp, Sr. Gustavo Razzo, falou da necessidade do reconhecimento da Reciclagem Animal por parte da sociedade.” Precisamos ganhar visibilidade perante a sociedade, já que somos um setor tão importante para o Brasil”. Após a abertura, as palestras foram iniciadas com a participação do Sr. Raul Velloso, que explicou as tendências e perspectivas econômicas brasileiras a curto e médio prazo. A valorização da Imagem da Reciclagem Animal Brasileira foi o assunto da palestrante Claudia Zanuso, da Agência Klaumonforma que também focou seu discurso na união para que o setor possa ter uma imagem mais fortalecida. O Dr. Rodrigo Padovani, da Coordenação-Geral de Programas Especiais – CGPE do Departamento de Inspeções de Produtos de Origem Animal – Dipoa do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento-MAPA, falou das legislações e dos processos de habilitação para a exportação de farinhas e gorduras de origem animal. Também sobre as exportações, a Sra. Catia Macedo , consultora de Gestão e Projetos da ABRA apresentou o projeto que a Associação está executado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – APEX-Brasil que tem o objetivo de expandir as exportações das farinhas e gorduras de origem animal. Ainda sobre o assunto, três empresas puderam compartilhar as suas experiências e os números dos produtos que são enviados para outros países. Fizeram parte dos cases do sucesso o Sr. José Eduardo Malheiros, diretor da Patense, o Sr. Fabrício Fuga, do Grupo Fuga e o Sr. Robinson Huyer, sócio do Grupo Faros. Finalizando o primeiro dia de palestras, os inscritos no Congresso tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e debater cada um dos assuntos dos palestrantes em uma mesa redonda. O Dr. José Eduardo Butolo, do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal abriu o segundo dia de palestras com o tema segurança alimentar em dietas com produtos de origem animal. Outro assunto que esteve na pauta do Congresso foi os padrões de qualidade para farinhas e gorduras de origem animal que foi ministrado pelo Sr. Cláudio Bellaver da Qualyfoco. A visão dos fabricantes de farinhas e gorduras de origem animal foi apresentada pelo Sr. Lucas Cypriano, coordenador técnico da ABRA. Finalizando o ciclo de palestras, foi aberta a mesa redonda entre todos os participantes que teve como mediador o Sr. Gerson Scheuermann que explicou a importância do Congresso. “Foi muito produtivo e interessante. Opiniões divergentes, mas que fizeram disso uma riqueza para evoluir o setor, principalmente nas questões das 9 Abra 8 legislações. É uma coisa não muito fácil, mas que precisamos evoluir juntos para que não fique dificultado para o setor e ao mesmo tempo seja facilitado a fiscalização por parte do Ministério e sem perda e com ganhos de qualidade nos produtos finais”. Dados do Setor – Brasil e Mundo Os dados do setor no Brasil e no Mundo ficaram por conta do Sr. Alexandre Ferreira,diretor do Grupo BC Participações e representante da ABRA e também pelo Sr. Sérgio Nates, Presidente da ALAPRE. O Sr. Alexandre enfatizou o fato do Brasil já ser um dos maiores e produção de farinhas e gorduras de origem animal, sendo responsável por ¼ da produção mundial desses produtos. Já o Sr. Sérgio Nates destacou o crescimento das indústrias pelo mundo. Segundo Nates, apenas os Estados Unidos já somam cerca de 273 plantas, com faturamento anual de 10 bilhões de dólares. As exportações também tiveram aumento significativo em 2012 no país. A exportação das farinhas aumentaram cerca de 8 pontos percentuais chegando a 15% da produção. Já o sebo teve aumento de 7%, chegando a 29%. PROJETO COMPRADOR Os empresários das indústrias brasileiras de Reciclagem Animal puderam apresentar suas empresas e seus produtos para os compradores da Malásia e do México. O Projeto Comprador, promovido entre a ABRA e a APEX-Brasil visa a ampliação das exportações das farinhas e gorduras de origem animal para outros países. Várias toneladas de farinhas de origem animal foram vendidas por empresas brasileiras para os compradores da Malásia que ficaram entusiasmados com a grande capacidade de produção, inovação e também com a qualidade dos produtos do Brasil. Os representantes do México também ficaram surpresos com a qualidade e a tecnologia que o Brasil usa para produzir os as farinhas e as gorduras de origem animal. O mercado de exportação dos produtos brasileiros para o México está temporariamente fechado até que seja resolvida as barreiras comerciais de exportação entre os dois países. Durante a Fenagra, os compradores visitaram estandes, se reuniram com empresários e ainda conferiram parte das palestras do XII Congresso Brasil Rendering. ASSOCIADOS E PARCEIROS NA FENAGRA Em mais um ano, os associados e parceiros da ABRA fizeram bonito durante a feira. Participaram com estandes bem elaborados o Grupo Braido – Indústria Agroquímica Braido, A Grande Rio Ambiental, A Razzo LTDA e a Reciclagem Amiga da Natureza onde a marca estava presente no estande do Grupo BC. Entre os parceiros, participaram a Haarslev Industries LTDA e a Eurotec Nutrition. Confira as fotos. 10 11 13 Notícias 12 BRF inicia projeto pioneiro para a produção de produtos de valor agregado a partir de resíduos avícolas Exportações do agronegócio atingem valor recorde de US$ 99 bi A BRF anunciou parceria inédita com o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (CIMATEC), iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Por meio de recursos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), a companhia está trabalhando em um projeto pioneiro para a fabricação de produtos de valor agregado com a utilização de co-produtos de resíduos avícolas. “Esse projeto é pioneiro por fazer uso de uma das mais recentes fontes de financiamento oferecida pelo Governo Federal e reforça o foco da BRF em investir cada vez mais em projetos de inovação, pesquisa e desenvolvimento”, comenta Frederico Ramazzini Braga, Gerente de Inovação e Conhecimento da BRF. Criada em 2011, por iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), aos moldes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a Embrapii tem como objetivo promover estratégias de inovação decorrente das demandas empresariais e possibilitar parcerias de institutos de pesquisa, como o Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (CIMATEC/SENAI). A iniciativa conta com 25 projetos aprovados com contratos orçados em cerca de R$ 33 milhões e, em menos de dois anos de existência, já resultou em outros 184 projetos que aguardam assinatura, ou que ainda estão em fase de negociação. As exportações brasileiras do agronegócio, nos últimos doze meses, atingiram resultado recorde somando US$ 99,59 bilhões, o que representou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações reduziram 6,5% no ano e somaram US$ 16,52 bilhões no período, resultando em um saldo positivo recorde de US$ 83,07 bilhões. As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). “Nossa produção nos campos, seja devido às pesquisas ou ao alinhamento entre governo e iniciativa privada, há tempos se tornou exemplo de competitividade e eficiência. Quando o assunto é exportação, há anos a balança comercial agropecuária sustenta o saldo positivo do Brasil”, afirmou o ministro da Agricultura, Antônio Andrade. Os produtos que mais contribuíram para o crescimento de US$ 3,98 bilhões foram os de origem vegetal, responsáveis por 84,2% da expansão. Entre os setores, destacaram-se em termos de contribuição para o crescimento: cereais, farinhas e preparações (alta de US$ 4,61 bilhões); complexo soja (+US$ 912,74 milhões); complexo sucroalcooleiro (+US$ 694,90 milhões) e carnes (+US$ 411,32 milhões). O principal segmento, em termos de valor exportado, foi o complexo soja com US$ 26,57 bilhões, representando elevação de 2,1% em relação ao período anterior. A expansão de 10,2% do preço médio superando a queda de 7,4% nos embarques foi determinante para o resultado. O setor sucroalcooleiro foi o segundo em valor exportado, alcançando US$ 16,49 bilhões. As vendas de açúcar foram responsáveis por 85,2% (US$ 14,05 bilhões). A China foi o principal destino das exportações brasileiras, somando US$ 19,14 bilhões. As vendas para os Estados Unidos, segundo principal destino, aumentaram US$ 796,09 milhões. A Coreia do Sul foi o país que mais contribuiu para o crescimento das vendas externas, com expansão de US$ 1,15 bilhão (71,4%). Fonte: Mapa Sobre a BRF A BRF, criada em 2009 a partir da associação entre Perdigão e Sadia, atua nos segmentos de carnes (aves, suínos e bovinos), alimentos industrializados (margarinas e massas) e lácteos, com marcas como Perdigão, Sadia, Batavo, Elegê, Qualy, entre outras. É uma das maiores companhias de alimentos do mundo, terceiro maior exportador brasileiro e responsável por 20% do comércio mundial de aves. A companhia registrou faturamento de R$ 28,5 bilhões em 2012, e tem cerca de 115 mil funcionários. Fonte: Assessoria de Imprensa BRF 5,7 milhões de frangos por dia no Paraná Depois de um início fraco, 2013 finalmente começa a acenar dias melhores para a avicultura paranaense. Pela primeira vez, o balanço do ano revela variação positiva dos números de produção. Dados divulgados pelo Sindiavipar, sindicato que representa o setor no estado, mostram que, entre janeiro e abril, as indústrias paranaenses abateram 478 mil aves. O crescimento ainda é pequeno, de apenas 1%, mas reverte a tendência de queda registrada até março. No primeiro trimestre, a variação era negativa, de 2,2%. Os abates diários ainda não recuperaram os níveis pré-crise, mas sinalizam o início de um processo de recuperação, defende o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. No início de 2012, eram abatidas no Paraná mais de 6 milhões de cabeças de frango por dia. No mês passado, foram 5,7 milhões de aves/dia. “Acredito que a partir deste quadrimestre os números vão começar a melhorar. Não teremos crescimento chinês, mas vamos crescer pelo menos o triplo do PIB”, arrisca. Com a demanda externa desaquecida, o avanço deve ser sustentado pelo mercado interno, segundo o dirigente. Ele contesta os números da UBABEF, entidade nacional de representação do setor, que indica uma retração no consumo doméstico no ano passado. “Essa estimativa de 45 quilos per capita considerava que se a crise continuasse apertando poderia encarecer o produto e diminuir o consumo, mas isso não ocorreu”, sustenta Martins.“Nosso mercado interno é muito vigoroso”, reforça. O mercado externo, por outro lado, segue demandando menos. Entre janeiro e abril, o Paraná exportou 345 mil toneladas de carne de frango, 7,6% abaixo do volume embarcado no primeiro quadrimestre de 2012. Já o faturamento do setor com as vendas externas caminhou na contramão e aumentou 1,6%, para US$ 688,9 milhões. Para fora 345 mil toneladas de carne de frango foram exportadas pelo Paraná até abril, 7,6% abaixo de 2012. Os embarques renderam ao setor US$ 688,9 milhões, 1,6% mais que no ano passado. Fonte: Gazeta do Povo 15 Notícias 14 Novo recorde nas exportações das cooperativas As exportações das cooperativas brasileiras alcançaram o recorde de US$ 1,838 bilhão no primeiro quadrimestre deste ano, 9,8% mais que em igual intervalo de 2012, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). As importações caíram 0,7% na mesma comparação, para US$ 68,5 milhões. O açúcar refinado, carro-chefe da paulista Copersucar, liderou os embarques entre janeiro e abril. No total, as vendas do produto ao exterior renderam US$ 469,5 milhões, ou 25,5% do total exportado pelas cooperativas. Em seguida aparece a carne de frango, com vendas de US$ 210 milhões (11,5% do total) e açúcar bruto, com US$ 199 milhões (10,8%). Outros destaques da pauta no quadrimestre são o café em grão, cujas exportações, puxadas pela mineira Cooxupé, foram de US$ 197 milhões, etanol, com US$ 152 milhões, e farelo de soja, com US$ 139 milhões. Os dados do Mdic mostram que 108 cooperativas de 17 Estados do país realizaram exportações no primeiro quadrimestre. Os embarques das cooperativas de São Paulo alcançaram US$ 801,3 milhões, ou 43,6% do total, seguidos pelas vendas dos grupos do Paraná (US$ 443,2 milhões), de Minas Gerais (US$ 178,6 milhões), e de Santa Catarina (US$ 128,9 milhões). As exportações de produtos de cooperativas brasileiras chegaram a 124 países nos quatro primeiros meses deste ano, segundo o Mdic. Os Emirados Árabes Unidos foram o principal destino das vendas, com US$ 216,5 milhões, ou 11,8% do total. EUA, com US$ 161,4 milhões, e China, com US$ 138,8 milhões, também estão entre os maiores compradores. Fonte: Valor Econômico JBS compra planta da BRF no interior gaúcho por R$ 200 milhões A JBS firmou, por meio de sua subsidiária JBS Aves, um contrato com a BRF para a aquisição, por R$ 200 milhões, de unidade de suínos localizada no município gaúcho de Ana Rech. O ativo, que inclui também granjas, havia sido dado à BRF como garantia de uma dívida pela francesa Doux Frangosul, em 2011. Pelo contrato, a JBS também se compromete a adquirir ativos biológicos (cerca de 491 mil suínos) e a Granja André da Rocha, localizada em Nova Prata (RS). A unidade é considerada uma das mais eficientes pelo setor, pelo parque industrial e pela cadeia de fornecimento, com 700 produtores integrados. Fay, que esteve em Porto Alegre, esclareceu que o Cade ainda não teria determinado um prazo para efetivar a transferência da unidade. O executivo explicou que o abatedouro, cuja produção se destina principalmente ao mercado externo, foi transferido ao grupo brasileiro, mas sem a alienação do bem. Fay afirmou que a dívida foi executada, porém os ativos não. A Doux, que acabou repassando plantas de frango ao JBS, em 2012, devido à crise financeira, tomou R$ 80 milhões da BRF. A companhia paulista, que é líder em abate de bovinos, firmou acordo em maio de 2012 para assumir os ativos ligados a frangos da Doux. O executivo informou que a unidade não processa 100% da capacidade, com abates hoje de 2,6 mil animais ao dia. No estado, a BRF tem plantas de suínos em Lajeado e Marau, somando com Ana Rech, potencial para processar 6 mil suínos diariamente, líder local em volume. O presidente da companhia informou que a unidade atrai proposta de grupos com atuação no Rio Grande do Sul. Fonte: Valor Econômico Projeto visa mapear a situação dos resíduos gerados nas cadeias produtivas Iniciando as atividades de 2013, a Articulação da Rota Estratégica para o Futuro da Indústria Paranaense, do Setor de Biotecnologia Animal, abriu as discussões para elaboração de um novo projeto chamado “Valor Econômico dos Resíduos e Subprodutos da Indústria Animal”. Moderado pela equipe técnica dos Observatórios Sesi/Senai/IEL do Sistema Fiep, a proposta da articulação setorial consiste em promover a interação entre representantes do setor produtivo, academia e governo a fim de consolidar ações e projetos que possam auxiliar no desenvolvimento sustentável do setor de biotecnologia animal do Paraná. O objetivo do grupo é diagnosticar a situação em que se encontram os subprodutos gerados pela produção das cadeias agroindustriais do estado. Em um primeiro momento serão codificadas as atuais circunstâncias para posteriormente identificar alternativas para uma indústria sustentável. Participam do projeto representantes da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), Organização das Cooperativas do Estado dParaná (OCEPAR), Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Universidade Unioeste, Embrapa Suínos e Aves, Embrapa Florestas, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), entre outros. A intenção é que, com base nos resultados obtidos, as informações sejam compiladas e fiquem à disposição das Instituições de Ensino Superior, que por meio da elaboração de outros projetos também possam contribuir para o desenvolvimento de novos processos e produtos que visem o aproveitamento sustentável dos resíduos. O processo em fase inicial pretende em breve definir o setor que será objeto de estudo. Segundo a pesquisadora responsável pela articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia Animal, Adriane Bainy, “Ainda não definimos, mas é possível que seja o setor avícola”. Resíduos e Subprodutos A importância da discussão levantada pelo projeto é indiscutível para a avicultura do estado. Para se ter uma ideia, com base em informações divulgadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o rendimento de um abate oscila entre 72% a 82%, dependendo da estratégia de comercialização. Isso significa que o abate gera uma grande quantidade de resíduos e subprodutos,sendo importante para todo o processo industrial a reciclagem e reutilização dos mesmos, tanto em questões econômicas como para a redução do impacto ambiental da produção. Já existem algumas normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quanto à destinação dos resíduos e subprodutos de origem animal. Pois esta é, atualmente, uma das maiores preocupações do ministério e a cobrança por uma indústria sustentável cresce a cada dia. As restrições não são impostas apenas pelos órgãos fiscalizadores, mas também pelos consumidores preocupados com o meio ambiente. Segundo a Embrapa, entre os principais produtos gerados a partir dos resíduos da indústria avícola estão as farinhas de pena, sangue, vísceras, carne e óleo. Já os subprodutos gerados no processo de abate são pele, gordura e carne mecanicamente separada (CMS), que podem ser utilizados na produção de embutidos. Segundo Adriane, a pesquisa do grupo de trabalho que trata da temática de meio ambiente da Articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia Animal visa em um primeiro momento estudar apenas um setor, mas será o primeiro passo para desvendar as dificuldades atuais dos resíduos gerados pelas cadeias produtivas de origem animal e pode, futuramente, inspirar novos estudos sobre outros setores, além de abranger outras questões. Saiba mais sobre o projeto de articulação setorial no blog:www.fiepr.org.br/observatorios/biotecnologia-animal Fonte: Fiep/Sesi/Senai/IEL 17 Notícias 16 Índia pode ser maior exportadora de carne bovina em 2013 Percentual menor de biodiesel em combustível preocupa indústria O Brasil retomou no último ano o posto de maior exportador mundial de carne, mas vem ganhando a concorrência cada vez mais forte de um país com pouca tradição no setor: a Índia. Dados compilados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostram que o Brasil exportou no ano passado 1,5 milhão de toneladas de carne, retomando o posto de maior exportador que havia perdido em 2011 para a Austrália, cujas exportações no ano passado ficaram em 1,41 milhão de toneladas. A novidade na compilação do órgão americano é o crescimento acelerado da Índia, que exportou no ano passado 4 mil toneladas a mais de carne que a Austrália e se colocou na segunda posição do ranking de exportadores. Para este ano, a previsão é de que a Índia assuma a liderança, com exportações estimadas em 1,7 milhão de toneladas, contra 1,6 milhão do Brasil e 1,47 milhão da Austrália. Apesar disso, levantamentos feitos pela BBC Brasil indicam que a ascensão da Índia no mercado de exportação de carnes não vem afetando a lucratividade do setor no Brasil. Segundo a Abiec, os exportadores brasileiros bateram o recorde de receita no ano passado, com US$ 5,77 bilhões, superando em 6,8% o recorde anterior, estabelecido em 2008, apesar de uma redução no volume em relação ao pico registrado em 2007, com 1,62 milhão de tonelada. Dados do Ministério do Comércio da Índia mostram que as exportações de carne do país no ano fiscal de 2011-2012 (de abril a abril) geraram uma receita de US$ 2,9 bilhões. Nos seis primeiros meses do último ano fiscal, a receita foi de US$ 1,4 milhão. O governo indiano não tem os dados de receita compilados pelo ano do calendário, de janeiro a dezembro. A produção total indiana é de menos da metade da produção brasileira, mas como o mercado interno no país é bastante reduzido, a maior parte dessa produção é destinada à exportação. A Índia já produz mais do que a Argentina, por exemplo. De acordo com o diretor-executivo da Abiec, Fernando Sampaio, a ascensão da Índia não preocupa os produtores brasileiros, porque os dois países não competem pelos mesmos mercados. O Brasil não atende o mesmo mercado que a Índia por causa do preço. Mesmo se o Brasil quisesse competir nesses mercados, não valeria a pena. Não é viável vender a carne pela metade do preço só para poder competir com a Índia. Sampaio observa que a Índia exporta principalmente carne processada para embutidos, vendida primordialmente para países muçulmanos no Oriente Médio e na Ásia. A quase totalidade das exportações indianas é de carne de búfalo, considerada de menor qualidade. As vacas são consideradas sagradas no país e têm o abate proibido, mas os búfalos não têm a mesma proteção legal. Segundo ele, mesmo com o crescimento das vendas indianas, os maiores competidores da carne brasileira no exterior continuam sendo a Austrália e os Estados Unidos (quarto maior exportador, com 1,1 milhão de toneladas em 2012). Ele aponta mercados consumidores de produtos de alto valor, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia, como principal objetivo para os exportadores brasileiros. Ao contrário das exportações brasileiras, que no último ano cresceram também 13,8% em volume em relação ao ano anterior, as exportações australianas e americanas mostram uma tendência de estabilização nos últimos anos, por conta de limitações para a produção interna. Tanto a Austrália quanto os Estados Unidos sofreram nos últimos anos com secas prolongadas em áreas de criação de gado e outros problemas que limitaram o crescimento da produção, como a alta dos preços da ração animal e a restrição do espaço para pasto. Sampaio afirma que ao contrário dos principais concorrentes do país, que não têm mais para onde crescer, o Brasil tem espaço, tem água, tem capacidade de ampliação da indústria sobrando. Com o aumento previsto da demanda mundial, o Brasil tem mais capacidade para sair ganhando. Fonte: BBC Brasil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint. Cresce a preocupação entre as empresas que produzem biodiesel no país de que a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) opte por elevar o percentual de mistura do produto no diesel de 5% para 6%, e não para 7%, que já era dado como certo. Até 2020, a expectativa é que o percentual chegue a 20%. Segundo uma fonte ligada a uma empresa produtora, “não há motivo algum que justifique a alta para 6% e não 7%”, uma vez que há oferta disponível. Em relatório divulgado em março, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou que a ociosidade na capacidade instalada das fábricas de biodiesel chegava a 60%. Em 2012, o país produziu 2,71 milhões de metros cúbicos de biodiesel e, em 2011, 2,67 milhões de metros cúbicos. “Temos condições de segurar o abastecimento se a mistura passar para 7% mesmo sem investimento, apenas com a capacidade instalada”, diz o relatório. A Abiove lembra também que, pela primeira vez na história, o Brasil será o maior produtor de soja no ano. “O país deverá produzir mais de 82 milhões de toneladas de soja, dos quais 38 milhões serão processados em fábricas esmagadoras. Com isso, haverá disponibilidade recorde de 7,4 milhões de toneladas de óleo de soja, suficiente para garantir o aumento da participação de biodiesel na matriz de transportes brasileira sem prejuízo do consumo alimentar, industrial ou das exportações”, diz relatório. Atualmente, 76% do biodiesel produzido no Brasil tem a soja como matériaprima, seguida de 17% de sebo bovino e 4% de óleo de algodão. Em termos de dependência energética, diz a Abiove, a maior inserção do biodiesel reduziria a necessidade de importação de diesel mineral, ao menos no curto e no médio prazos. Hoje, essas importações representam cerca de 20% do consumo interno de diesel. A ANP informou que não comenta rumores de mercado e que as políticas ligadas ao biocombustível são de responsabilidade do Ministério de Minas e Energia. Fonte: Valor Econômico 19 Notícias 18 Homenagens A Martec Solução em Moagem e o Grupo Baltazar de Castro completam 34 anos de união e parceria. O diretor comercial da Martec Solução em Moagem, Salvador J. Grecco, entregou aos diretores das empresas ligadas ao Grupo Baltazar de Castro, uma placa alusiva a este feito. A homenagem aconteceu durante 8ª FENAGRA e 3ª EXPO PET FOOD. Outra empresa agraciada foi a Granvitória, do ramo de graxaria. A placa alusiva foi entregue aos diretores: Gilberto Villas Filho e Júlio Villas (um grande incentivador para o início da carreira de Grecco, no ano de 1978). A Martec se posiciona hoje como uma das maiores empresas no fornecimento de chapas perfuradas, peneiras para moinhos e martelos. No momento, se destaca pelos Moinhos T-100 e Arrazo 100, para a moagem de farinha de carne e manutenção de fábricas de ração pet food, atendendo todo o Brasil e Mercosul.v Pedro Bittar, Baltazar Jr, Salvador Grecco, Adelino Leite e Baltazar Neto. Bruno Freitas, Rogério e Salvador Grecco. Bruno Freitas, Salvador Grecco e Edmar Stival. Julio Villas, Gilberto Villas Filho, Salvador Grecco, Marcos Paulo, Klaus e Jocelito. 21 Em Foco 1 20 8ª SUPERA AS EXPECTATIVAS Sediado em Valinhos, na região de Campinas (SP), o evento teve um público três vezes maior do que a edição passada. Destaque para o seu perfil técnico, a FENAGRA novamente comprovou a sua importância e contribuição para o fortalecimento e crescimento do setor brasileiro de Reciclagem de Resíduos de Origem Animal Por: Lia Freire R ealizada entre os dias 24 e 25 de abril, no espaço Via Áppia, em Valinhos, região de Campinas (SP), mais uma vez a FENAGRA – Feira Internacional das Graxarias reuniu o setor para apresentar as principais tecnologias, novidades e tendências do setor de Reciclagem de Resíduos de Origem Animal, que atendem as necessidades de diferentes ramos da indústria, dentre elas: de ração animal, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, biodiesel etc. Empresas como Aboissa, Falcon, GB Engenharia, Uniamerica, Aligra, Fast, Razzo,Thor, Martec, Grande Rio, Argus, Grupo Braido, LDS, Dux, Pemercar, Chibrascenter, Anhembi, Gratt, Tech Advance, Julian, Secamaq, Valthermo, Haarslev, entre outras, estiveram com seus stands, totalizando em 89. Em paralelo à FENAGRA aconteceram o XII Congresso Brasil Rendering,realizado pela ABRA – Associação Brasileira de Reciclagem Animal, em conjunto com o SINCOBESP – Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de SubProdutos de Origem Animal; e a 3ª EXPO PET FOOD, que trouxe os principais fornecedores de rações, equipamentos, embalagens, insumos e demais itens voltados à nutrição animal, além do V Congresso Internacional e o XII Simpósio sobre Nutrição de Animais de Estimação, ambos organizados pelo CBNA – Colégio Brasileiro de Nutrição Animal. “A cada edição procuramos aprimorar o nosso evento para produtos brasileiros para o México está temporariamente fechada até que sejam resolvidas as questões relacionadas às barreiras comerciais entre os dois países. OUTRAS NOVIDADES DA FENAGRA atender com excelência o setor, sermos referência, além de uma importante plataforma de lançamentos, novidades e informações que envolvam o mercado de Reciclagem de Resíduos de Origem Animal. Pelo feedback dos participantes e resultados alcançados na feira, acreditamos que estamos no caminho certo”, afirma Daniel Geraldes, diretor da Editora Stilo, responsável pela realização da feira. PROJETO COMPRADOR Durante a 8ª FENAGRA, empresários das indústrias brasileiras de Reciclagem Animal puderam apresentar suas empresas e seus produtos para compradores da Malásia e do México. A vinda destes representantes faz parte do Projeto Comprador, que está sendo promovido entre a ABRA e a APEX-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, através de um convênio firmado entre as entidades para ampliar as exportações das farinhas e gorduras de origem animal. Várias toneladas de farinhas de origem animal foram vendidas para os compradores da Malásia que ficaram entusiasmados com a grande capacidade de produção, inovação e a qualidade dos produtos do Brasil. Os representantes do México também ficaram surpresos com a qualidade e a tecnologia que o Brasil usa para produzir as farinhas e gorduras de origem animal. No entanto, a exportação dos Além da mudança do evento, que deixou de ser realizado em São Paulo para acontecer em Valinhos, região de Campinas (SP), outro diferencial nesta edição foi o oferecimento do coffee break aos visitantes da feira (até a edição passada era exclusivo aos participantes dos congressos). Foi um momento a mais para que visitantes, expositores e congressistas se reunissem para trocar informações, fazer contatos, apresentações ou simplesmente confraternizar. Mais uma novidade neste ano, foi o jantar que aconteceu no Campinas Hall e patrocinado pela empresa norte-americana Kemin, oferecido no primeiro dia do evento aos expositores. E, a próxima edição da FENAGRA já está programada, será em abril de 2014. Aguardem mais novidades e informações! Confira o que os expositores apresentaram na edição 2013 da FENAGRA. 23 Em Foco 1 22 ALIGRA Já se vão quatro décadas desenvolvendo soluções em argila para o branqueamento de sebo e a Aligra, desde então, vem acompanhando as novas necessidades e exigências do mercado. Seus mais recentes produtos foram levados para a FENAGRA,durante a última edição, realizada entre os dias 24 e 25 de abril. São eles: Argila Touro – Ativada/Aditivada para atender os processos industriais de branqueamento de sebo e rerrefino de óleos minerais, oferecendo uma melhor filtragem e desodorização, obtendo, segundo o fabricante, um excelente branqueamento; e a Argila Touro – DX, 100% natural, extraída de jazida recém-explorada. “Apesar de não sofrer alterações industriais, obteve resultados diferenciados, tanto na clarificação como na filtragem dos processos de branqueamento de sebo e de rerrefino de óleos minerais”, explica Mauro Yasto Saiki, acrescentando ainda que este produto vende bem e tem um ótimo custo-benefício, além do excelente desempenho. ABOISSA Há 26 anos, a Aboissa acompanha a trajetória e evolução da indústria brasileira de resíduos, buscando agregar valor aos serviços prestados, não apenas através da qualificação de seu pessoal, mas também por meio do suporte ao desenvolvimento técnico dos clientes. Nesta edição da FENAGRA, a empresa convidou alguns parceiros para participar do seu stand. “Trouxemos a Technipes e a Gianazza, ambas de origem italiana, país berço de grandes avanços tecnológicos.A primeira é uma das líderes mundiais em soluções para ensaque, atendendo grandes demandas com um excelente custo x benefício e tecnologia de ponta. Já a segunda, tem mais de 100 anos de história e é uma das principais provedoras de engenharia para oleoquímicos, agregando valor ao sebo e à glicerina, oferecendo oportunidades para a comercialização no exterior”, explicou Victor Barbieri, profissional da Aboissa. A empresa apresentou também a Greenfarm CO2 Free. “É uma iniciativa inovadora que acreditamos auxiliará na ruptura da associação negativa ao trabalho realizado pelas graxarias, já que estas são na realidade grandes parceiras do meio ambiente, processando resíduos que seriam descartados de maneira inadequada. Apostamos que colocar um selo verde como o da Greenfarm junto à sua marca é divulgar o compromisso com o meio ambiente”, reforça Victor. ARAUTERM Desenvolvedora de equipamentos para sistemas térmicos, a empresa oferece caldeiras e aquecedores, que compõem uma ampla linha para todos os fluídos térmicos que a indústria possa precisar. “Os nossos equipamentos seguem uma constante atualização e busca pela eficiência térmica, o que assegura economia de energia e redução de emissões atmosféricas”, explicou Jorge Rosa, gerente comercial. Em 2004, a Arauterm firmou acordo com a companhia belga, Vyncke, visando transferência de tecnologia para queima de combustíveis sólidos e produção de equipamentos de alta performance, atendendo desde então, as necessidades de projetos mais complexos. 25 Em Foco 1 24 Em sua segunda participação como expositora da FENAGRA, a Arauterm analisa a feira como um evento técnico de alta qualidade. “Trata-se de um evento pequeno, porém de ótima qualidade e realmente focado na prospecção de negócios. No ano passado após a nossa participação fechamos importantes negócios, esperamos que neste ano, este feito se repita”, almeja Jorge. AUTOMAC_DUPPS “Na feira, evidenciamos os bons resultados que os nossos equipamentos vêm apresentando nas empresas brasileiras e como isso pode trazer vantagens competitivas para os clientes. Com as prensas da marca Dupps, os clientes alcançam teores de extração de gordura nunca antes alcançados”, afirmou Leandro Ferreira, diretor da Automac, parceira local da Dupps. As prensas de parafuso de alta pressão Dupps Pressor estão disponíveis em uma ampla gama de tamanhos e configurações, para atender a todas as aplicações; desde a maior máquina, com um eixo de 33cm (13 pol.) para um maior volume de processamento e melhor capacidade de alimentação para materiais macios e difíceis de prensar, até um modelo compacto e eficiente de 18cm (7 pol.), ideal para instalações menores que precisam de apenas 680 kg (1.500 lb.) de material prensado por hora. As máquinas estão disponíveis com potências entre 60 a 300 CV e diversas configurações. Leandro aprovou a mudança da feira para a região de Campinas, o que contribuiu para que o seu stand recebesse um maior número de visitantes, porém, na sua opinião, faltaram opções de hotéis e restaurantes próximos ao Via Áppia. CHIBRASCENTER Especializada em fornecer soluções ao processamento de subprodutos de origem animal, além de várias outras aplicações industriais, a Chibrascenter destacou o seu coagulador de sangue, que oferece baixo custo e excelente resultado, segundo o fabricante. “O setor atualmente está muito preocupado com o destino do sangue, devido o número elevado de abate observado nos últimos anos. Oferecemos soluções práticas e econômicas, transformando o que seria problemático em algo rentável, além de benéfico para a natureza. Nossos equipamentos têm passado por constantes evoluções tecnológicas, inclusive com a utilização de materiais nobres e a incorporação de dispositivos eletrônicos que trouxeram maior automação e segurança aos operadores, bem como, melhor performance de operação”, pontuou Wilson Moreno, diretor comercial, que comemorou a visita de profissionais internacionais, vindos de diferentes regiões, como Argentina, Chile e Venezuela, além é claro, de seus parceiros e clientes brasileiros. “Diferente da edição de 2012, esta se destacou pela quantidade de visitantes e, o mais importante, a qualidade foi mantida!” DUX Representando há três anos a tecnologia canadense, que tem mais de três décadas de experiência em controle de odores, para todos os processos industriais, a Dux disponibiliza soluções específicas, de acordo com os tipos de gases produzidos. Dentre os produtos oferecidos estão os sistemas para ETEs, para tratamento e processamento de resíduos e controle de poluição por odores industriais. “Diferentemente dos agentes mascarantes, o processo de ação resulta em compostos orgânicos, capazes de reagir quimicamente com as moléculas odoríferas e degradá-las até formas estáveis e inodoras”, explica Caio de Santi, gerente comercial. A Dux pretende aumentar a sua atuação no mercado de graxarias e, por isso, a sua participação na FENAGRA foi uma importante decisão. “Realizamos contatos e pudemos nos aproximar ainda mais do setor graxeiro, entender as suas necessidades e exigências. Também nos chamou atenção a qualidade do público. Visitaram a FENAGRA, profissionais que são responsáveis por decidirem os negócios, o que tornou a nossa participação no evento, ainda mais proveitosa”, analisou Caio. EUROTEC “Além de apresentarmos nossos tradicionais produtos e programas de trabalho para qualidade das rações, farinhas e óleos de nossos clientes, trouxemos uma nova linha de antifúngicos desenvolvida especificamente para o mercado Pet Food, que mantém estável a atividade de água, não deixando a umidade livre escapar facilmente e, portanto, há uma proteção extra contra o crescimento fúngico, o que acarreta no aumento do valor nutricional, da palatabilidade e de proteção dos produtos de nossos clientes”, explicou Guillermo Vieira, diretor comercial para a América Latina. A mudança do evento para Valinhos trouxe grandes benefícios para os congressistas, expositores e visitantes, como facilidade de deslocamento e hospedagem, segundo opinião do Guilhermo. “Além disto, pelo fato de grande parte das indústrias do setor estar situada no interior do Estado, possibilitou a presença de novos participantes de grande representatividade no mercado. Para a Eurotec, a presença como expositor foi muito positiva, pois nos permitiu contato com nossos parceiros comerciais e prospectarmos novas relações a fim de mantermos nosso crescimento.” 27 Em Foco 1 26 FALCON A nova empresa de aditivos apresentou-se ao mercado durante a FENAGRA 2013. Na realidade, a companhia já nasce como uma das maiores fabricantes de aditivos do Brasil, uma vez que foi formada a partir da aquisição, por um grupo de investidores, da divisão de aditivos da Nutract. “A Falcon inicia sua jornada rumo à internacionalização, atendendo as principais agroindústrias do Brasil. Para os nossos clientes, pouca coisa muda, visto que estamos com a mesma equipe, princípios e valores de atuação. No entanto, teremos um respaldo maior para buscar novos mercados, desenvolvermos novos produtos etc. Agora, com uma única divisão, a de aditivos, estaremos 100% focados neste setor”,afirmou Mauricio Marcos Junior, consultor técnico e comercial. Com fábrica em Mato Grosso do Sul,100% automatizada,visando alta produtividade e qualidade, a Falcon oferece uma completa linha de antioxidantes, eliminadores de salmonella, antifúngicos e antiespumantes, este último, é o primeiro do mercado a ter registro para o uso em farinhas. Mauricio reafirmou a sua opinião sobre a participação na FENAGRA, “É imprescindível estar presente no maior e mais importante evento do setor da América Latina, por isso, participamos desde a primeira edição. A FENAGRA se destaca como uma referência no setor de processamento de subprodutos de origem animal e essa edição foi surpreendente.” FAST A empresa, que atua no tratamento de resíduos para graxarias e efluentes, destacou durante a FENAGRA 2013 o seu Decanter Centrífugo, que apresenta grande eficiência na separação de misturas e na recuperação para reaproveitamento das substâncias processadas, desempenhando um trabalho contínuo, ininterrupto e totalmente controlado através de um quadro de comando. “Dentre as vantagens oferecidas pelo nosso decanter estão: o controle da porcentagem de umidade do produto sólido e de finos no produto líquido; proteção contra excesso de alimentação e contra sobrecarga; removedor automático do produto sólido; melhor custo x benefício e menor potência instalada”, pontuou Leonardo Baretta, do departamento comercial, lembrando que a empresa já é parceira de várias graxarias brasileiras e, portanto, a sua participação na FENAGRA visa reforçar a sua forte presença no setor, além da oportunidade de realizar novos contatos, atualizar-se sobre as tendências e necessidades do mercado e reencontrar antigos clientes. GB ENGENHARIA Soluções para o controle de emissões atmosféricas em graxarias, abatedouros e frigoríficos foram apresentadas aos visitantes da FENAGRA, pela GB Engenharia, que há 15 anos atua no mercado, desenvolvendo projetos personalizados para atender a cada demanda.“Houve um aumento significativo na procura por soluções de engenharia que visam controlar as emissões atmosféricas. Este aumento na demanda se deve em parte em virtude do maior rigor 29 Em Foco 1 28 dos órgãos ambientais e devido a efetiva conscientização das empresas, particularmente no mercado formado pelas graxarias. Estamos bastante otimistas quanto ao futuro dos negócios”, analisou André Gunther Berg, diretor da empresa. A GB Engenharia projeta e desenvolve sistemas para transporte, cozimento, prensagem e moagem de resíduos, visando a integração dos processos e buscando soluções eficientes que garantam ótimo custo-benefício, sempre respeitando as normas regulamentares vigentes.“Após um trabalho de consultoria e análise, apresentamos quais as melhores possibilidades e tecnologias para a neutralização de odores e adequação de seus efluentes para descarte ou reuso na empresa”, explica André. GRANDE RIO Este ano, a proposta apresentada no stand da Grande Rio Reciclagem Animal foi destacar a importância das atividades das empresas recicladoras, não só no sentido de preservar o meio ambiente, mas também com relação aos negócios gerados. Com o mote “Se nós não existíssemos como seria o meio ambiente...”, a empresa montou em seu stand o “lado negativo”, destacando o caos e o lixo que se formariam se não houvesse o trabalho das recicladoras e o “lado positivo”, evidenciando o resultado e os benefícios desta atividade. A empresa desenvolve um importante trabalho de educação ambiental, em escolas e empresas, inclusive com a criação de jogos para disseminar a ideia e o conceito da reciclagem nos segmentos de osso, sebo e óleo de fritura usado.“A conscientização ambiental ganha força no Brasil. Todos que fazem parte da cadeia de negócios estão mais atentos para a destinação adequada de resíduos de origem animal e vêm buscando as melhores soluções. O setor está se profissionalizando ano após ano”, declarou Alessandra Caline, que aproveitou a ocasião para destacar a importância da FENAGRA para o mercado brasileiro.“A feira a cada edição fica melhor e ganha mais representatividade. Hoje o evento é uma importante vitrine para o mercado brasileiro.” fabricante para estar próxima do setor de graxarias. HAARSLEV Apresentar a sua estrutura mundial, a nova fábrica na China, além de seus sistemas e máquinas, tais como, moinhos, grandes secadores de discos, evaporadores, digestores bateladas, digestores contínuos, plantas de baixa temperatura, dentre outros equipamentos e soluções estavam entre as propostas da Haarslev, que mais uma vez expôs na FENAGRA. “A feira em volume de pessoas foi excelente, percebemos uma grande participação das pessoas de frigoríficos, principalmente os que decidem compras. Quanto ao local, duas observações temos a fazer: a primeira é que não havia no pavilhão acesso à internet e em muitos lugares os telefones celulares não funcionavam, o que para os vendedores era uma situação bastante ruim”, analisou Orlando Torelo Guelfi Neto, diretor comercial. JULIAN Otimista com os números que o mercado vem apresentando, em virtude da alta do sebo e da farinha, o que resulta em mais investimentos por parte das empresas, a Julian acredita numa considerável alavancagem nas vendas de seus equipamentos. Dentre eles, destacam-se a Prensa Mod. PE - 45, com capacidade de 4 toneladas/hora, potência 100 CV, eixo cônico e com regulagem do cone hidráulico manual e a Prensa PR - 4 para Rúmen, com capacidade também de 4 toneladas/ hora, potência 75 CV e eixo cônico. Mais uma vez presente na FENAGRA, o diretor da Julian, Pedro Valdomiro Julian, afirmou que esta edição esteve ainda melhor do que os anos anteriores. “Foi um sucesso de público. Acredito que a vinda da feira para a região de Campinas tenha contribuído para este aumento de visitantes. Aprovamos este novo espaço para a realização da feira, além disso, chegar até o evento foi muito mais tranquilo e rápido, sem o trânsito caótico de São Paulo.” GRATT LDS A empresa acompanhou a modernização das graxarias e ao longo destes 26 anos de atuação, projetou, fabricou e instalou maquinários, tais como, decanters, secadores, flotadores e diferentes estações e sistemas de tratamento que realizam o tratamento de águas, esgotos e efluentes, visando a preservação ambiental. Equipamentos e sistemas estes que foram apresentados aos visitantes da FENAGRA. Atualmente, a Gratt atende não apenas clientes no Brasil, mas também no exterior, como Bolívia, Argentina, Chile, Angola e demais países. São mais de 1.600 máquinas instaladas. De acordo com a empresa, sua missão desde o início das atividades é atender as expectativas e necessidades dos clientes, com o mais alto padrão de qualidade. A Gratt afirma que estar na FENAGRA é uma excelente oportunidade para reencontrar clientes de todas as regiões do país, além de prospectar novos negócios, inclusive com empresas do exterior, uma vez que o evento tem caráter internacional. Trata-se de mais uma ferramenta usada pelo Oferecidos às graxarias, os trituradores, digestores, filtros prensa, esterelizadores, moinhos e as prensas da LDS foram destacados e apresentados a todos aqueles que circularam para FENAGRA. Segundo o fabricante, suas máquinas visam gerar redução de custos operacionais, mantendo a máxima produtividade. A empresa também destacou o fato de atuar em projetos eletrônicos personalizados, de acordo com a necessidade de seus clientes. Em mais uma ocasião, a LDS reuniu seus clientes, fez novos contatos e apresentou as suas novidades ao mercado de graxarias por meio de sua participação no evento, de onde saiu satisfeita com os resultados obtidos. MARTEC Especializada no desenvolvimento de martelos, pinos, peneiras, moinhos para peneiras e demais itens para a área de moagem, tendo como proposta oferecer aos clientes 31 Em Foco 1 30 alta produtividade e um excelente desempenho, a empresa, que completa 34 anos de atividades atendendo os principais players do mercado esteve em mais uma edição participando da FENAGRA e revelou otimismo com os negócios que futuramente podem ser gerados. “A nossa empresa está em um ótimo momento e mais uma vez viemos prestigiar a feira como um de seus expositores, devido a sua relevância para o setor e consequentemente para os nossos negócios”, destacou o diretor, Salvador J. Grecco. PERMECAR Em constante aprimoramento tecnológico, a Permecar oferece desde 1974, chapas perfuradas, peneiras de pré-limpeza, chapas expandidas, canecas para elevadores, martelos, eixos e separadores para moinhos. “Investimos constantemente em matéria-prima, tecnologia, em treinamentos e nos processos de produção com o objetivo de não apenas acompanharmos as necessidades atuais do mercado, como também, nos anteciparmos às demandas”, afirmou Márcia Martin, do departamento de vendas da Permecar. A companhia está em fase de implementação da ISO 9001, que estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), o que comprova o seu comprometimento com a questão da qualidade. Tendo por tradição expor em feiras de negócios, a Permecar esteve mais uma vez presente na FENAGRA, onde tem tido a oportunidade ao longo de suas participações de realizar novos contatos, que acabam gerando negócios futuros, além de reencontrar parceiros comerciais e atualizar-se sobre as novidades e tendências do mercado. SECAMAQ “Nossa empresa teve o prazer de participar pela primeira vez da FENAGRA, uma feira técnica, com conceito interessante e objetivo, voltada para a realização de negócios. Visitaram o evento, profissionais que são os responsáveis pelas tomadas de decisões de cada empresa, isso aproxima muito o cliente do seu parceiro comercial, favorecendo o esclarecimento de vários pontos importantes”, afirmou João Alberto Forster, diretor comercial da Secamaq. Não foram apenas os equipamentos apresentados aos visitantes, a empresa aproveitou o evento para mostrar a sua infraestrutura, os processos de rastreabilidade de fabricação de seus equipamentos, destacou a assistência técnica oferecida, entre outros aspectos que demonstram o posicionamento da Secamaq no mercado. “Queremos agradecer todos os nossos clientes e futuros parceiros que visitaram o stand durante a FENAGRA e puderam conhecer um pouco de nossa metodologia e trabalho. Sempre que houver a necessidade de esclarecimentos no que diz respeito a vapor e óleo térmico, estaremos à disposição”, ressalta Forster. TECH ADVANCE Já se vão duas décadas atuando no segmento de automação industrial e dezenove anos no mercado pet food. A Tech Advance oferece controle completo de uma planta industrial, usando para isso, um único sistema. “O que é mais comum encontrarmos são sistemas que oferecem automações parciais. O nosso sistema é completo, faz uma análise geral da fábrica e todo o seu controle. O acesso, que acontece de maneira ágil e fácil, permite obter informações, como por exemplo, programação de produção, relatórios de produtividade, dados do estoque etc. Destacamos também como importantes diferenciais, o fato de que os softwares ficam em poder dos clientes e a manutenção do sistema pode ser realizada de maneira remota”, explicou Homero Fuser, do departamento comercial, lembrando que a atuação da Tech Advance visa otimizar e equalizar os orçamentos para a construção de uma unidade fabril.“Embora tenhamos percebido uma significativa evolução no uso de soluções em automação nas indústrias, ainda há muito trabalho a ser feito. Para se ter uma ideia, de cada 10 unidades fabris a serem instaladas, seis não têm energia suficiente para funcionar, falta layout, a questão ambiental é negligenciada, dentre outras falhas, que certamente afetarão os negócios.” Em sua segunda participação na FENAGRA e pela primeira vez com stand próprio, a Tech Advance comemorou os contatos firmados. “Apenas como sugestão, poderia haver mais intervalos durantes os congressos, com isso, teríamos ainda mais circulação na feira”, opina Homero. THOR A empresa levou para a feira o seu lançamento do início deste ano, um digestor batelada, que segundo a Thor, tem forma construtiva diferenciada, oferecendo um grande rendimento, já que seu coeficiente de carga passou para 75%, com um eixo de grande área de troca térmica. “Tais características culminaram em uma máquina de altíssimo rendimento com potência mais baixa. Sob patente nr. 016.110.002.280, foi testada e aprovada por nossos clientes”, justificou Paulo Giovanny Caneda, supervisor da área técnica comercial. Participando desde a primeira edição da FENAGRA, a Thor analisa como fundamental para o mercado a sua realização. “É um evento que em apenas dois dias nos possibilita encontrarmos vários clientes e parceiros de todas as localidades.” UNIAMERICA Especializada na negociação de matérias-primas estratégicas entre a indústria de produção de óleos vegetais, oleoquímicos, químicos, petroquímicos e demais segmentos como o alimentício, tintas e vernizes, cosméticos, higiene e limpeza, rações animais e biocombustíveis, a Uniamerica destacou nesta edição, o seu novo departamento focado na exportação de proteínas animais e vegetais para o mercado de ração animal. “O Brasil tem potencial neste ramo de negócio, que é muito pouco explorado. Acreditamos que isso ocorra, especialmente, por falta de orientação e informações. Por isso, criamos uma área específica para oferecermos a orientação necessária e adequada para a realização dos negócios. Auxiliaremos em toda a parte burocrática e comercial para a realização da exportação”, explicou Andrea Gaia. VALTHERMO Oferecendo às graxarias, tecnologias, equipamentos e soluções que visam a economia de vapor durante os processos de produção, a empresa esteve pela primeira vez participando da feira e almeja assim aumentar a sua clientela de graxarias.“Temos muito mercado para explorar quando o assunto é a economia de vapor, pois há uma grande quantidade de empresas que ainda não se atentou para esta questão e os benefícios que são proporcionados, tais como, ganhos na produção e qualidade nos produtos”, destacou o engenheiro e gerente comercial, Ricardo Tordin. Localizada em Valinhos e com 12 anos de mercado, a Valthermo oferece projeto - sistema de vapor e condensado; medição de vazão – conceitos e equipamentos; manutenção em purgadores e válvulas; sistema de vapor para abatedouro; princípios de transferência de calor, controle e instrumentação. 33 Em Foco 2 32 Frigoríficos que atendem a normas sanitárias no abate mostram cuidados necessários na produção de carne O Canal Rural mostrou flagrantes de irregularidades em de mais uma etapa, um processo delicado onde os cuidados são frigoríficos com inspeção estadual e municipal. Empresas que redobrados. não respeitam as normas sanitárias, o bem estar animal e o meio ambiente. No oeste do Paraná, porém, existem abatedouros que completa. Na sala de abates, os funcionários que preparam os seguem à risca todas as normas fitossanitárias. instrumentos também passam pelo processo de higienização. O frigorífico BrasilFrig, que fica no município de Toledo (PR), – Higiene pessoal do funcionário que entra nos nossos controles, tem licença estadual e toma todos os cuidados desde a chegada higienização da estrutura, instalação, equipamentos, utensílios dos animais. Antes do abate, os animais ficam em bretes por pelo também. É importante, por causa da contaminação cruzada. menos 12 horas em uma dieta à base de água e descansando. A gente não quer que saia contaminado do frigorífico – diz a veterinária Andressa Ramires. – Ele fica estressado, então vai ter que ficar descansando aqui Nossa entrada só é permitida depois de realizar uma higiene para reconhecer o ambiente. Trabalha com o bem estar animal, para a qualidade do nosso produto ser a melhor possível para o – Até a esfola, onde a gente faz a retirada do couro, chamamos de nosso cliente final – diz Geciomar de Souza, gerente de produção. área suja. Porque o couro tem contaminações externas, por isto a Para o veterinário da Agência de Defesa Agropecuária do gente chama de área suja. E a área limpa é depois da retirada do Paraná René Flores, o bem estar animal “influi muito no resultado couro. Já tem contaminação da carne, por isso tem que ser uma final da qualidade da carne”. área mais limpa, por causa da contaminação – explica Andressa. – A lei fala em 12 horas prévias ao sacrifício, depois descansar, O local é dividido em área suja e área limpa. O objetivo é quem sabe um dia chegar ao nível dos frigoríficos e também em uma dieta hídrica apenas – explica. com inspeção federal, onde os próprios fiscais do Ministério da René Flores acompanha o trabalho, que começa com a Agricultura trabalham controlando toda a linha de produção. conferência da Guia de Transporte Animal. Em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), – Sem este documento chamado GTA ele não pode ser visitamos o frigorífico Argus, que abate 400 animais por dia e tem abatido, é outra lei básica, porque a gente tem que conhecer inspeção federal, a mais rígida do país, que obedece os critérios a procedência, a propriedade, o dono e as condições que os exigidos para exportação. animais são criados – fala. A segunda etapa, ainda antes do abate, é conferir o estado em responsável mais um corpo técnico que trabalha junto ao que chegaram os animais. Descansados e com a dieta finalizada, Ministério da Agricultura para fazer este acompanhamento. O os animais são encaminhados para dentro do frigorífico. É o início veterinário é uma pessoa que tem formação técnica para poder – Nós temos, em nosso estabelecimento, hoje, um veterinário acompanhar, orientar e diagnosticar as possíveis falhas que acompanhado pela equipe do Ministério da Agricultura que venham a ocorrer durante o procedimento e corrigir para que se trabalha dentro do frigorífico. obtenha, desde a chegada do animal ao estabelecimento onde – Nós temos a inspeção permanente formada por elementos, toda a operação é feita, a maior higiene possível. Isso para que se agentes de inspeção, médicos veterinários, que fazem a inspeção tenha uma carne de qualidade, respeitando todo o procedimento. em regime permanente, inclusive aos sábados, animal por animal, Tanto ao modo como os operários fazem o trabalho, garantindo víscera por víscera, carcaça por carcaça – fala o veterinário do a segurança alimentar, quanto com a segurança das pessoas que Ministério da Agricultura, Luiz Augusto Gasparetto. também trabalham nestas áreas – fala o diretor executivo da Argus, Ângelo Setim. Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, a inspeção é mais importante que apenas o carimbo. Para chegar até a área onde desembarcam os animais, é Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias preciso colocar a roupa adequada. Calça, botas, avental e touca. – Inspeção não é carimbo, é uma coisa muito importante. As Os animais descansam e passam pela dieta hídrica. Antes de vísceras ficam alinhadas com a carcaça, qualquer vislumbre serem conduzidos à sala de abates, são banhados em um diferente nas vísceras, a carcaça vai para análise. Existe um chuveiro que, além de acalmar, limpa o animal. controle absoluto e uma permanência perene a fiscalização O início do abate é realizado com em uma pistola pneumática, federal – diz. que deixa o novilho inconsciente para ser sangrado. Depois disso, os trabalhadores retiram o couro, as vísceras e os miúdos. mesmos padrões dos frigoríficos que mostrados, o secretário de Depois a carne passa por uma lavagem, recebe o carimbo do Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Marques Ministério da Agricultura e em seguida é encaminhada para a Pereira, afirma que o governo está trabalhando para garantir a sala de refrigeração. liberação de recursos para que os Estados e municípios tenham capacidade para realizar a inspeção. A planta do frigorífico ainda conta com uma estrutura toda preparada para o tratamento dos resíduos. Todo processo é E para garantir que todos os abatedouros do Brasil sigam os Fonte: Canal Rural 35 Em Foco 3 34 Novas regras devem custar R$ 7 bilhões a frigoríficos A pesar de evitar atritos com os trabalhadores em seus vai mudar a realidade de cerca de meio milhão de trabalhadores no discursos, empresários do setor de abate e processamento de setor frigorífico, a partir da adoção de novos critérios que preveem a carnes temem que a Norma Regulamentadora nº 36, que regula melhoria das condições de saúde e segurança nas indústrias. as condições de trabalho nas indústrias, traga prejuízos. Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica no expediente dos trabalhadores de frigoríficos. Pela regra que as empresas terão que investir R$ 7 bilhões nos próximos dois atual, o trabalhador só tem direito a uma hora de intervalo para anos para se adequar à nova norma. o almoço. Com a NR, terá direito também a pausas durante o expediente conforme sua jornada de trabalho. O benefício ao empresariado, segundo o ministro do Trabalho, O principal ponto de polêmica são os intervalos de descanso Manoel Dias, que assinou a NR 36, virá por meio do ganho de produtividade com os funcionários mais empenhados e com são 60 minutos de pausa. Para a jornada acima de 9h10 minutos, são saúde melhor, com a diminuição de faltas e licenças médicas. 70 minutos de descanso e para a jornada de 6h, os intervalos variam de 20 minutos a 60 minutos. Caso a jornada ultrapasse 9h58 minutos, Durante a solenidade de assinatura da norma, o clima entre Para os que cumprem jornada diária de trabalho de 8h48 minutos, empresários e representantes dos trabalhadores era cordial, mas as pausas devem ser de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados. distante. Enquanto os funcionários comemoravam e tiravam Em todos os casos, as horas de descanso devem ser fotos com Dias, representantes dos empresários se mantinham à computadas como efetivamente trabalhadas e está vedado o distância, apenas observando. aumento do ritmo de trabalho para compensar as pausas. Apesar disso, o discurso dos empresários mostra-se favorável à O presidente da CNTA Afins, Artur Bueno de Camargo, medida.“A NR vem representar o anseio não só de trabalhadores, mas aproveitou o evento para entregar ao ministro do Trabalho um ofício também da classe empresarial, de melhoria contínua no ambiente de que pede explicações do governo sobre a falta de contrapartida trabalho e segurança jurídica das empresas”,disse o representante da social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Confederação Nacional da Indústria (CNI), Clovis Veloso. (BNDES) em relação aos empréstimos e participação nas empresas, sobretudo, frigoríficos como JBS, Marfrig e BRF. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins),a nova regulamentação Fonte: Valor Econômico 37 Em Foco 4 36 Exportações de aves e carne correm em sentidos opostos O setor pecuário, que liderou os ganhos financeiros das abril, a exportação somou 1,241 milhão de toneladas, queda de exportações do agronegócio no primeiro trimestre, passa neste 4,93% na comparação anual. ano por dois movimentos contraditórios que podem afetar sua posição dentro da balança comercial. De um lado, a produção das exportações neste ano é o acordo com o governo do México de bovinos tem embarcado volumes maiores neste ano para para exportar aves para o país, onde o setor produtivo enfrenta garantir a receita de exportação e já começa a abater fêmeas uma crise provocada pela gripe aviária. A diferença pode chegar para garantir as margens. Do outro lado está a avicultura, cuja a 200 mil toneladas de frango, dentro das 300 mil toneladas que renda de exportação tem sido garantida pelos preços mais altos os mexicanos demandarão do mercado internacional, calcula e pode ser ampliada com a abertura do mercado mexicano. o presidente da Ubabef. “O México está se abrindo para aves e ovos. Isso seria um fato inédito e que estamos tentando há três O aumento da receita cambial da pecuária, que subiu 7,7% Segundo Turra, o único fator que pode alavancar o volume na comparação com os três primeiros meses do ano passado e anos”, relata Turra. chegou a US$ 3,9 bilhões neste ano, se deveu principalmente por conta do aumento do preço do frango, que subiu mais de no próximo dia 27, segunda-feira, e que alguns frigoríficos 11%. Com isso, as aves representaram 46,5% da receita cambial brasileiros, como o JBS, já estão sendo sondados, embora ainda de todas as carnes exportadas. não haja autorização para a venda das carnes. Ele informou que uma missão mexicana deve vir ao Brasil O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef ), Francisco Turra, argumenta que o preço mais alto do animal é Bois na contramão resultado da redução de produção interna, promovida no ano passado pelos avicultores em crise com a alta dos custos, e pela redução da demanda interna “em função da crise”. De janeiro a bilhão com a venda de 443 mil toneladas ao mercado externo, o Entre os meses de janeiro a abril, o setor faturou US$ 1,9 que representa crescimento de 19,6% e 27%, respectivamente. os frigoríficos”. Ela prevê que, com uma redução das fêmeas, o Isso demonstra que o setor bovino encontra-se exatamente na rebanho pronto para corte só se reduzirá daqui dois a três anos. direção contrária: as receitas de exportação têm sido garantidas No entanto, Tonili ressalva que esse “é um movimento que as pelo volume embarcado em meio aos baixos preços, mas a empresas têm que prestar bastante atenção”. perspectiva para os próximos anos é de redução na oferta. A explicação é que, com os preços menores e os custos de continuará observando a margem de alta anotada no primeiro produção crescentes, o pecuarista tem aumentado o abate quadrimestre, entre 20% a 25%. A a coordenadora técnica da para garantir receita com maior volume, incluindo nesse balaio entidade destaca que os frigoríficos têm tentado diversificar também as suas fêmeas, que são as que garantem a reprodução os países para os quais exportam e tentado oferecer produtos de seu rebanho. com maior valor agregado para garantir aumento na receita. Para este ano, a Abiec calcula que o volume exportado Desde o início do ano até abril, o abate cresceu 11%, Um desses novos mercados é o Chile, que tem aumentado puxado tanto pela demanda interna como pela externa. Mas sua participação ano a ano e foi o quinto importador da carne o abate das fêmeas, segundo o superintendente da Associação brasileira, que pagou US$ 142,4 milhões por 26,2 mil toneladas dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, não nos primeiros quatro meses do ano. está relacionado à demanda, mas sim aos elevados custos de produção do rebanho e manutenção delas. “Quando se acredita que seus volumes exportados não irão cair neste ano. aumenta o abate de fêmeas, o rebanho começa a diminuir. Após uma queda de 2,9% no volume embarcado no primeiro Isso vai acontecer no ano que vem, como já aconteceu no ano trimestre, com 120,1 mil toneladas, a Associação Brasileira da passado, e nesse ano virá com maior força”, teme Vacari. Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) assinalou em entrevista na semana passada que o País deve A Associação Brasileira dos Exportadores de Carnes Bovinas (Abiec) é menos pessimista. Para a coordenadora técnica Além do setor de aves e bois, o segmento de suínos também exportar 581,4 mil toneladas de carne suína. Gabriela Tonili, “se os produtores estão em uma situação ruim, isso demora para se refletir no volume de bois [disponíveis] para Fonte: DCI 39 Em Foco 5 38 a identificação das substâncias geradas. Tanto a glicerina soja e metanol; a segunda, obtida em laboratório a partir de quanto os produtos formados pertencem ao mesmo grupo biodiesel de óleo de dendê com etanol. químico, o dos polióis. Por isso, foi necessário utilizar Mônica testou duas espécies de fungos filamentosos equipamentos analíticos com detectores muito sensíveis. As na biotransformação. A primeira delas, a P. variotii, já havia análises foram realizadas na Central de Análises Químicas e se mostrado eficiente para produção de polióis a partir de Instrumentais da Embrapa Agroenergia, com cromatrografia glicerina purificada comercial, em um trabalho anterior líquida de ultra alta eficiência (UHPLC) e espectrometria de desenvolvido no IME, que gerou inclusive solicitação de massas de alta resolução (HRMS). patente. O desafio da pesquisadora da Embrapa Agroenergia foi obter resultados semelhantes com o material bruto e de pesquisa vai continuar”, ressalta Mônica. “Ainda existem identificar as substâncias formadas. “Se conseguimos obter desafios para otimizar a obtenção dos polióis, visando os produtos sem purificar a glicerina, eliminamos uma etapa ao maior rendimento do processo de biotransformação”, do processo e reduzimos custos”, ressalta Mônica. Além completa. dessa espécie, ela também testou um fungo isolado de uma Nos laboratórios da Embrapa Agroenergia, outras amostra de glicerina obtida no próprio IME. estratégias As duas linhagens testadas foram capazes gerar sorbitol aproveitamento da glicerina. Em um dos projetos, que é e xilitol a partir do subproduto do biodiesel metílico de soja. financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Também foram obtidos resultados com biodiesel de dendê Científico Agroenergia estuda que estão sendo avaliados para solicitação de proteção de estão buscando bactérias e leveduras eficientes na propriedade intelectual. biotransformação desse subproduto. bioprocessos de Fonte: Embrapa Agroenergia Foto: Goreti Braga processo industrial de produção do biodiesel com óleo de Embrapa transformação de glicerina em produtos químicos A obtenção de insumos para a indústria a partir Em 2011, as usinas geraram mais de 270 mil m 3 de glicerina, da glicerina é uma das frentes de pesquisa em que a de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural Embrapa Agroenergia está investindo com o objetivo e Biocombustíveis (ANP). A maior parte desse material é de agregar valor à cadeia produtiva do biodiesel. Em exportada na forma bruta, que tem baixo valor comercial - trabalho de pós-doutorado realizado no Instituto Militar cerca de US$ 0,30 por quilo. Além disso, a procura por esse de Engenharia (IME/RJ) no ano passado, a pesquisadora produto no mercado é oscilante. De fevereiro para março Mônica Damaso conseguiu produzir xilitol e sorbitol a deste ano, por exemplo, as exportações caíram mais de 45%. partir da biotransformação da glicerina bruta por fungos “O objetivo final do nosso trabalho é justamente encontrar filamentosos. O xilitol e o sorbitol são químicos do tipo maneiras viáveis de transformar a glicerina em itens de blocos construtores, ou seja, são empregados na geração de maior valor agregado, gerando mais emprego e renda no produtos para diversos tipos de indústrias, como a química, País”, afirma Mônica. a alimentícia e a farmacêutica. A glicerina é o principal subproduto da produção de da professora Wilma de Araújo Gonzalez, Mônica utilizou biodiesel - são gerados 10m³ a cada 90 m 3 do biocombustível. glicerina de duas fontes: a primeira, proveniente do No trabalho que realizou no IME, com a supervisão Um dos grandes desafios encontrados no trabalho foi “A colaboração com o IME foi muito produtiva e o trabalho também e estão Tecnológico sendo (CNPq), utilizadas os para pesquisadores 41 Capa 40 Alta engenharia ao alcance das graxarias Por: Lia Freire Soluções para combater os impactos ambientais, alto rendimento e redução de custos. Estes são alguns dos principais aspectos oferecidos atualmente pelas empresas que desenvolvem os maquinários que equipam as graxarias brasileiras “As caldeiras com queimador para sebo e as fornalhas com grelhas móveis, que servem para a queima de diversos combustíveis sólidos, são as nossas mais recentes novidades”, Pedro de Borba, da Arauterm. E las têm fundamental importância na questão ambiental, afinal, são as graxarias as responsáveis por coletarem e processarem dos abatedouros, frigoríficos, peixarias etc, penas, ossos, gorduras, sangue e demais resíduos de origem animal, transformando-os em insumos e matérias-primas que serão usados pelas indústrias de diferentes setores da economia. As graxarias sempre sofreram com a repulsa da sociedade, tais quais os aterros sanitários e a estação de tratamento de esgoto. Todos acham justo e necessário que essas atividades sejam desenvolvidas, porém as querem bem longe de si. Mas, pouco a pouco, essa realidade vem se transformando e em parte se deve ao aprimoramento tecnológico. Hoje, limpas e organizadas, as graxarias fazem a retenção dos vapores e gases e estão “mais profissionais”. Elas evitam o odor da decomposição da matéria-prima, efetuando diariamente a coleta e o processamento dos subprodutos. Além disso, as melhorias nos processos produtivos visam assegurar as adequadas condições sanitárias, ambientais e de qualidade dos insumos e matérias-primas a serem geradas. Em 2004, a Arauterm firmou um importante acordo com a companhia belga, Vyncke, visando a transferência de tecnologia para queima de combustíveis sólidos e produção de equipamentos de alta performance, o que levou a criação de uma joint venture e participação na maior rede de fabricantes de caldeiras do mundo. Ainda segundo Borba, a empresa que está situada em Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul, sempre visualiza novas oportunidades, pois acredita que ainda há muito a se fazer em relação à questão de controle de gases gerados nos processos de fabricação das graxarias. “Este é um setor em constante crescimento e bastante competitivo. Precisamos estar em sintonia, inclusive para passar reduções nos custos operacionais. Existem outros setores que estão com maiores investimentos na área de caldeiras, porém, acreditamos que em 2013 o mercado de graxarias representará, em nosso faturamento anual, algo em torno de 7% a 10%”, planeja Borba. As soluções para o controle de emissões atmosféricas As caldeiras de vapor são carro-chefe da Arauterm no atendimento às graxarias.Segundo o fabricante,elas geram um ganho na produção, além de redução de custos e impactos ambientais. “Fabricamos caldeiras com alto rendimento térmico e com acessórios para controle de combustão, no caso das caldeiras de combustíveis sólidos. As caldeiras com queimador para sebo e as fornalhas com grelhas móveis, que servem para a queima de diversos combustíveis sólidos são as nossas mais recentes novidades”, cita Pedro de Borba, diretor da Arauterm, afirmando que a tendência tecnológica está voltada para a diminuição dos impactos ambientais. Caio de Santi (à esq.) e Márcio Del Cól, diretores da Dux, empresa que usa tecnologia canadense para desenvolver sistemas para tratamento do ar e controle de odores industriais. 43 Capa 42 Sistemas específicos para tratamento do ar e controle de odores industriais são oferecidos pela Dux, que usa tecnologia canadense, e desenvolve projetos personalizados, de acordo com a necessidade de cada cliente. “Nosso grande diferencial é promover soluções para controlar os odores em todos os processos produtivos. Os sistemas são projetados para atuar em ambientes externos, internos e também como complemento para lavadores de gás e biofiltros. As soluções apresentadas pela Dux promovem um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, o que proporciona às empresas um aumento da capacidade de produção”, explica Caio de Santi, diretor administrativo da Dux. De acordo com Márcio Del Cól, diretor comercial da Dux, o mau cheiro é a forma de poluição que mais diretamente impacta o ser humano, convertendo-se em um problema de difícil condução quando incomoda um número significativo de pessoas, interferindo em seu bem-estar. “Neste sentido, A GB Engenharia desenvolve, integra e implementa projetos e soluções para o controle de emissões atmosféricas em graxarias, abatedouros e frigoríficos. como qualquer processo industrial, as graxarias demandam cuidados operacionais, uma vez que trabalham com matérias-primas putrescíveis de origem animal. Os processos produtivos geram muitos gases e odores indesejados, seja para funcionários e também para a comunidade. Com o aumento da conscientização ambiental, vem a preocupação maior com a população, por isso, a Dux acredita que o controle de odor se tornará parte fundamental de uma gestão que visa um ambiente mais saudável, produtivo e livre de reclamações públicas”, analisa Márcio. A inovação na tecnologia utilizada pela Dux está na capacidade em atrair os compostos voláteis e transformálos em compostos inofensivos e inodoros. Diferentemente dos agentes mascarantes, o processo de ação resulta em compostos orgânicos capazes de reagir quimicamente com as moléculas odoríferas e degradá-las até formas estáveis e inodoras. Diante da crescente regulamentação do mercado, a GB Engenharia, que atua no desenvolvimento de soluções para o controle de emissões atmosféricas, dá especial atenção, em seus projetos, às recomendações dos órgãos fiscalizadores, trabalhando para adequar os processos à legislação em vigor, fornecendo estudos para adequação das instalações à realidade vigente. “Desenvolvemos, integramos e implementamos projetos e soluções de engenharia e consultoria para o controle de emissões atmosféricas em graxarias, abatedouros e frigoríficos, há mais de 15 anos, com os seguintes equipamentos: lavadores químicos com e sem condensação; biofiltros abertos e fechados; projetos de sistemas de exaustão; sistemas de neutralização de emissão atmosférica; estações compactas de tratamento de efluente líquido e gasoso, utilizando as mais modernas tecnologias como ultrafiltração, ozonização entre outras. O destaque deste ano para os abatedouros são os sistemas de despoeiramento na área enclausurada da pendura de frangos”, comenta o diretor, André Guntherberg. Com projetos personalizados, individualizando os pontos de emissão de odores e oferecendo sempre o melhor custo operacional e de implantação, André explica que os equipamentos da GB não necessitam de uma mãode-obra especializada para serem operados, mas apenas de um check list diário, confirmando o bom funcionamento. Desde 2001, a Valthermo oferece soluções e equipamentos para sistemas de vapor e condensado, destacando os purgadores e as válvulas redutoras para vapor, que são usados pelas graxarias e de acordo com informações do fabricante, são duráveis, econômicos e proporcionam aumento de produção, devido a melhora da troca térmica. “Com a alta competitividade nos preços dos subprodutos é indispensável uma gestão eficiente em custo de produção e o vapor representa entre o primeiro e segundo maior custo de produção, por isso, é imprescindível promover a redução da energia térmica (vapor)”, observa Ricardo Tordin, gerente comercial da Valthermo, que pretende em 2013 aumentar as vendas em 60%, em relação ao último ano. Equipamentos de alto desempenho e processos contínuos A Chibrascenter fabrica centrífugas Super-D’Canters para clarificação de sebo bovino, gordura suína e óleo de aves, além de Decanters Especiais para desidratação de sangue animal, em conjunto com o Coagulador Contínuo de sangue animal. Evolução tecnológica, utilização de materiais nobres e a incorporação de dispositivos eletrônicos que tragam maior automação e segurança aos operadores, bem como, melhor performance de operação são aspectos valorizados e aplicados nos maquinários disponibilizados pela Chibrascenter, especializada em fornecer soluções ao processamento de subprodutos de origem animal, além de várias outras aplicações industriais. São fabricadas as centrífugas Super-D’Canters para clarificação de sebo bovino, gordura suína e óleo de aves, além de Decanters Especiais para desidratação de sangue animal, em conjunto com o Coagulador Contínuo de sangue animal. “Nossos equipamentos se destacam pela robustez, confiabilidade de operação e longa vida útil, os Decanters Chibras não quebram! Além disso, nossas Centrífugas são fabricadas com matérias-primas nacionais de alta qualidade e todas certificadas. Oferecemos diversos tamanhos e modelos de maquinários para atingir uma ampla gama de capacidades, desde a mais baixa produção até elevadas vazões”, acrescenta Wilson Moreno, diretor comercial da Chibrascenter, lembrando que as graxarias exigem cada vez mais equipamentos contínuos, de pouca intervenção de operadores, por isso, suas centrífugas também têm esta característica, sem paradas para limpeza ou lavagem. 45 Capa 44 “As graxarias exigem cada vez mais equipamentos contínuos, de pouca intervenção de operadores, por isso, nossas centrífugas também têm esta característica, sem paradas para limpeza ou lavagem”, Wilson Moreno, da Chibrascenter. Seja para atender as necessidades de um pequeno ou grande produtor, a Dupps disponibiliza prensas, que têm como proposta oferecer os maiores níveis de extração de gordura, além de uma ampla linha de máquinas para processamento de subprodutos, desde recebimento, trituração, prensagem, moagem e expedição. A tendência na busca por alta eficiência nos processos é claramente observada em seus maquinários. “São mais de 75 anos de experiência em desenvolvimento e hoje, as prensas Dupps, são reconhecidas no Brasil e no mundo como as melhores. O mercado tem entendido a necessidade de equipamentos de alta qualidade e tem buscado cada vez mais por isso”, analisa Leandro Ferreira, responsável pela área comercial, acrescentando que neste ano, a marca pretende se consolidar no Brasil, atuando de maneira ainda mais sólida. “A Dupps tem planos consistentes aqui no país e a expectativa de crescimento é grande.” A Fimaco busca quebrar um paradigma no mercado brasileiro, mostrando os benefícios em substituir nas plantas de subprodutos, o sistema por batelada pelo contínuo, apontando vantagens como: diminuição do consumo de vapor; de energia elétrica; dos turnos de operação; matéria-prima processada em menor tempo; processo uniforme, passível de ser controlado por P.L.C. e quase independente de operadores; melhores condições higiênicas e sanitárias; diminuição substancial de odores, dentre vários outros benefícios Com tradição de mais de quatro décadas no mercado da América Latina, a companhia argentina, Fimaco S.A., chegou ao Brasil em 2011, trazendo sua tecnologia e experiência a fim de nacionalizar seus maquinários e torná-los competitivos no mercado brasileiro. Tendo como lema oferecer soluções personalizadas, disponibiliza desde caldeiras (aquatubulares e flamotubulares), geradores de gases quentes, aquecedores de fluídos térmicos, tanques API até plantas completas, além de projetos de cogeração de energia elétrica a partir da queima de biomassa. “Somos os únicos, que além de fornecer todos os equipamentos para o processo dos subprodutos, oferece também, com marca própria, a caldeira para geração de vapor, com várias opções de combustível: cavaco, lenha, casca de arroz, gás, óleo etc. “Após 20 anos de experiência neste segmento, temos os equipamentos mais robustos e duráveis. Além disso, devido às melhorias que a nossa equipe de engenharia fez nos últimos anos, os equipamentos da Fimaco têm comprovadamente baixo custo operacional de consumo de vapor e energia”, observa Jonathan Feldmann, da área de vendas, acrescentando, “não estamos focados apenas em vender, mas em ser referência de qualidade no atendimento e em equipamentos. Cada planta que instalamos, dizemos que é mais uma vitrine de venda para o próximo projeto. Tratamos cada cliente de uma maneira distinta, ofertando uma planta que atenda a sua real necessidade. Quando elaboramos um projeto desejamos acima de tudo entender o processo do cliente, a fim de orientar e definir qual é a melhor opção.” Segundo a Fimaco, os seus equipamentos têm comprovadamente baixo custo operacional de consumo de vapor e energia. A companhia argentina, Fimaco S.A., chegou ao Brasil em 2011, trazendo sua tecnologia e experiência a fim de nacionalizar seus maquinários. Supercookor, da Dupps, tem grande capacidade, alta taxa de evaporação e é de fácil controle. Tem sistema de óleo com recirculação nos mancais do eixo para uma maior vida útil dos rolamentos e mancais. A automação é uma grande aliada da Haarslev, culminando em importantes diferenciais em suas máquinas, tais como, via mista, para aumento de produção com os equipamentos existentes; hidrólise contínua de penas e pelos, capaz de processar de 2 a 10 t/h; slurry para grande produções com economia de vapor e qualidade superior, entre outros aspectos. “Recentemente, integramos ao nosso grupo uma empresa 47 Capa 46 neozelandesa e pudemos acrescentar em nossa gama de produtos, um secador a ar quente para vísceras, chamado flo-dry. Esse secador possui um sistema de recirculação de ar para controle de oxigênio, aumentando o nível de segurança”, explica Orlando Torelo Guelfi Neto, diretor comecial da Haarslev. “Lançamos um secador a ar quente para vísceras, chamado flo-dry, com sistema de recirculação de ar para controle de oxigênio, aumentando o nível de segurança”, Orlando Torelo Guelfi Neto, da Haarslev. Sobre as atuais tendências com relação aos maquinários, Neto acredita que cresce o interesse por equipamentos que economizam energia, para isso, a empresa propõe as plantas de baixa temperatura ou slurry. “Outro ponto tão importante quanto economia de vapor é o cuidado com o meio ambiente. A Haarslev possui equipamentos para minimizar e até mesmo eliminar odores, por meio de condensação e oxidação. Somos capazes de oferecer todas as máquinas e sistemas existentes no mercado mundial”, explica. Em sua fábrica situada em Curitiba (PR), a Haarslev fabrica desde moinhos até os maiores secadores de discos e evaporadores, tendo instalado em clientes brasileiros digestores bateladas, digestores contínuos, plantas de baixa temperatura, secadores de discos, secadores de tubos, dentre outros equipamentos. “Com a alta dos grãos, no combustível e as restrições ambientais mais severas, as nossas expectativas de negócios são as melhores, não apenas em vendas de máquinas, mas também em ajudar nossos clientes a terem um custo produtivo baixo e com responsabilidade ambiental”, afirma Neto. As novidades da LDS Máquinas e Equipamentos Industriais para este ano são: peneira para padronização da granulometria da farinha e os digestores contínuos e semicontínuos, também automatizados. “Para a nossa empresa, a tendência está na automatização dos equipamentos. Realizamos projetos personalizados e totalmente automatizados, o que gera a redução de custos operacionais com a máxima produtividade”, diz o engenheiro Valdomiro Criado Junior, do departamento comercial da LDS, que almeja para 2013 um aumento de 10% no volume de vendas. Para as graxarias ainda são desenvolvidos os trituradores, digestores, prensas, filtros prensa, esterelizadores e moinhos. “Realizamos projetos personalizados e totalmente automatizados, o que gera a redução de custos operacionais e a máxima produtividade”, Valdomiro C. Junior, da LDS. Constante evolução Dentre as características presentes nos equipamentos da Haarslev estão a economia de energia e os cuidados com o meio ambiente. Trabalhando em melhorias contínuas, a Intecnial está neste momento focada em uma nova forma de obtenção de farinhas de penas, com alterações no processo da quebra das moléculas queratinosas, para ter um produto final com maior valor protéico (proteína digestível ~ 90%). “A tendência está na migração para processos contínuos e automatizados, resultando na redução de mão-de-obra, no consumo de vapor e de energia elétrica, além da busca por produtos finais de alta qualidade e com maiores valores protéicos das farinhas”, confirma Odair Cezn, coordenador técnico da Intecnial, que disponibiliza plantas completas - projetos turn key, com o fornecimento de equipamentos mecânicos, elétricos, automação e instalação eletromecânica para as plantas de aves, suínos, bovinos e peixes. Fazem parte do seu escopo de fornecimento, plantas com processamento contínuo de penas e vísceras, processamento via úmida baixa temperatura, processamento por bateladas (digestores convencionais), plantas de tratamento de lodo e compostagem acelerada. A Intecnial está focada em uma nova forma de obtenção de farinhas de penas, com alterações no processo da quebra das moléculas queratinosas, para ter um produto final com maior valor protéico. Em seu portfólio, a Intecnial, que está com vários projetos em andamento no Brasil e no exterior e em virtude disso, uma expectativa de crescimento nos negócios na ordem de 20% a 25%, disponibiliza processadores contínuos de vísceras com capacidades de 3 a 14 t/h, prensas hidráulicas com capacidades de 1 a 6 t/h, moinhos para farinhas, trituradores de ossos, digestores de batelada, silos de recebimento de produtos in natura, prensas penas, secadores de farinhas de penas e sangue, trocadores de calor, aerocondensadores, transportes pneumáticos, hidrolizadores contínuos para penas, bombas de transporte a seco (bomba de lamelas), moegas de armazenagem de produtos, blow tanks, sistemas de coagulação de sangue, resfriadores de farinhas, tanques de processo, silos de armazenagem de produtos finais, automação de processos e sistemas de tratamento de gases com o aproveitamento de energia (aquecimento de água). Neste ano, a Julian, fabricante de digestores, prensas, trituradores de ossos, tolvas, esterilizadores, caixa percoladora, roscas transportadoras, bombas de engrenagens, filtro prensa, clarificadores, redutores em geral e projetos completo para as graxarias, inseriu no mercado uma nova tecnologia em sua prensa com capacidade para 4 toneladas/hora. Trata-se de um sistema 49 Capa 48 hidráulico para regulagem do cone de saída da massa com a máquina em funcionamento e facilidade de manuseio, proporcionando aos operadores, fácil regulagem e extraindo um volume maior de gordura da farinha de carne e osso. “Os equipamentos Julian são projetados para oferecer durabilidade e facilidade de manutenção, objetivando redução dos custos futuros com a manutenção. A tendência é a máxima extração da gordura com menor mão-de-obra, ou seja, fazer mais com menos”, comenta Pedro Valdomiro Julian, diretor da empresa, que acredita que 2013 será um ano promissor. “A estabilidade do sebo e da farinha é o principal responsável pelos investimentos que as graxarias vêm executando neste ano, por isso, apostamos em um período de bons negócios.” operacional em processos. “Neste ano continuaremos investindo em melhorias em nossos equipamentos, voltando a nossa atenção, principalmente para a automação dos processos, visando um melhor controle dos índices de desempenho e produtividade”, reforça Bonacorso. O executivo da Prestatti afirma que o mercado de graxarias continua em evolução e, portanto, há muito espaço para crescer. “Nossa empresa está passando por reestruturações para poder atender a alta demanda. Superamos nossas expectativas no ano que passou e em 2013, pretendemos melhorar ainda mais. Nosso objetivo é um aumento de 10% nas vendas em relação ao ano passado.” “A Thor oferece equipamentos que vão ao encontro das novas demandas: automação, alta eficiência e sistemas de controle de emissões de gases”, Paulo Giovanny Caneda. hidrolisador contínuo de penas, moinhos de martelos, moegas de recepção, tambor rotativo (separador de borra grossa), blow tank pneumáticos automáticos e demais equipamentos necessários para as graxarias. De acordo com análise do executivo da Thor, o setor está se qualificando de maneira acelerada, tornando as graxarias, verdadeiras fábricas de subprodutos. “Existe “A tendência é a máxima extração da gordura com menor mão-deobra, ou seja, fazer mais com menos”, Pedro Valdomiro Julian, da Julian Equipamentos. Segundo Gilberto Bonacorso, diretor administrativo da Prestatti, o grande diferencial da empresa é a flexibilidade de adaptação dos equipamentos nas diferentes unidades dos clientes. “Buscamos sempre trabalhar em parceria, procurando o melhor custo x benefício dos equipamentos, dessa forma, nossas máquinas são fabricadas sob encomenda, assim, a capacidade de produção varia de acordo com a necessidade do cliente, otimizando os resultados.” Além de comercializar máquinas e serviços como digestores; secadores rotativos; moinhos; trituradores; prensas; silos; esterilizadores; transportadores helicoidais; tanques para óleo, sangue e sebo e tantos outros maquinários, a Prestatti também oferece serviços de elaboração de projetos e layout, montagens, reformas e manutenções, assistência técnica e treinamento O grande diferencial, segundo a Prestatti, é a flexibilidade de adaptação dos equipamentos nas diferentes unidades dos clientes. Após vários testes e ser aprovado no final de 2012, a Thor lançou o digestor batelada modelo GOLD, máquina patenteada e segundo o fabricante, altamente rentável, pois sua forma construtiva possibilita carregar até 75% o volume da máquina. “Por essa característica, os nossos digestores produzem com menor potência instalada e baixo tempo de processo”, destaca Paulo Giovanny Caneda, supervisor técnico comercial da Thor, que também oferece digestores contínuos e bateladas, prensas expeller hidráulicas automáticas, triturador de ossos, uma grande demanda por automação, máquinas mais eficientes e, principalmente, para sistemas de controle de emissões de gases.” Muito embora a demanda seja crescente, a Thor analisa o ano de 2013, como de “acomodação” em função da crise vivida pelos setores avícola e de suínos. “A nossa perspectiva é de investimentos moderados no setor”, conclui Caneda. 51 Foco na Qualidade 50 Claudio Bellaver M.Vet., Ph.D. Qualyfoco Consultoria Ltda, ProEmbrapa, [email protected] Farinhas e Gorduras de Origem Animal: padrões a serem implantados e o risco em não implantá-los V emos com otimismo a continuação de esforços para organizar as indústrias processadoras de produtos e subprodutos de origem animal visando discutir as técnicas existentes e procurando garantir a qualidade dos insumos obtidos e reduzir os riscos para os consumidores e para a cadeia de carnes. Mas, o assunto não é novo e se passaram mais de dez anos dos primeiros trabalhos iniciados em 2002, com objetivos clarose explicitados na Memória do I Workshop para o setor eram: • Reduzir o risco de transmissão de enfermidades que desabonam a qualidade sanitária dos subprodutos de origem animal; • Promover o consumo de subprodutos de origem animal pela indústria de rações; • Reduzir a contaminação ambiental causada pelo uso inadequado dos resíduos produzidos pela indústria animal; • Contribuir para o aumento da competitividade das empresas do setor pecuário, frigorífico e industrial na área de subprodutos de origem animal; • Colaborar com o desenvolvimento de conhecimentos técnico-científicos relativos ao setor de produção de subprodutos animais; • Promover a melhoria de processos na produção de subprodutos de origem animal, adotando as ferramentas de controle de qualidade, com o enfoque de certificação desses ingredientes para as rações animais; • Incentivar a produção de ingredientes de origem animal com qualidade certificada por agente certificador independente e de credibilidade pública; • Realizar convênios com entidades estatais, não governamentais ou particulares para o cumprimento de seus objetivos; • Assessorar as instituições oficiais e particulares no estudo de problemas relacionados com a produção de subprodutos de origem animal; • Incentivar e colaborar na fiscalização oficial efetiva para a produção de subprodutos de origem animal; fazendo com que, os produtores de farinhas que não se adequarem às normas estipuladas pelo MAPA, sejam estimulados a promover as melhorias necessárias, ou fechados. Existem vários artigos que publicamos relativos à qualidade das farinhas e gorduras, mas continua sendo importante definir a qualidade, de fato. Não temos duvidas da vantagem competitiva de boas farinhas animais na redução de custo das dietas formuladas, pois existem dados suficientes na literatura mostrando isso. Porém, existe grande variabilidade da qualidade entre farinhas dentro e entre empresas, devidas principalmente a:a) origem da matéria prima, b) processo de produção e, c) uso na espécie alvo. Podemos inferir que a adequação às normas e bons equipamentos são parte importante do primeiro passo da qualidade que é o do Controle de Qualidade; onde, o foco é a definição de processos e padrões dos produtos e atendimento às normas. Na sequencia vema busca da Garantia da Qualidade da produção, onde o objeto está ligado a definição das BPF e procedimentos operacionais padrão (POPs). Juntando-se às fases seguintes de um sistema de qualidade chega-se na Gestão da Qualidade, que implica na adoção de ferramentas estatísticas para solução de problemas, treinamento da equipe e mudança da cultura da empresa visando atender as demandas dos clientes e do mercado. É preciso,no entanto, ter evidencias auditáveis da qualidade (análises, sistemas, BPF, POPs, etc.)e, para isso, são necessárias variáveis analíticas (contaminação bacteriana, acidez e peroxidação das gorduras, presença de aminas tóxicas, composição química, digestibilidade dos aminoácidos e da energia, análise sensorial) e de processo (normas, BPF, POPs, custos, variáveis físicas de processo, etc.). Bem, se algum material de má qualidade para produção de farinhas estiver entre os materiais recebíveis (lodos de flotador, resíduos de incubatórios, mortalidades, sub produtos “passados”, etc.), não precisamos mais nos preocupar e termos receio das normas, pois temos saídas inteligentes, “estudadas” e confiáveis. São tecnologias apropriadas para agregação de valor a esses resíduos desqualificados para produção de farinhas e que são a compostagem acelerada e a produção industrial de biogás. Essas tecnologias são diferenciadas de algumas outras existentes no mercado, as quais em geral são conduzidas sem observância dos parâmetros tecnológicos químicos, físicos e biológicos da boa pratica da compostagem. A compostagem acelerada é um processo provavelmente mais próximo de uma solução imediata dos resíduos desqualificados para farinhas, em que o material a ser compostado está em um bioreator com o propósito de produzir um composto orgânico fertilizante (adubo), de bom valor comercial, em curto espaço de tempo. As condições do processo permitem automatização da oxigenação, temperatura e umidade e onde as emissões de gases são controladas (i.e., sem produção de metano, redução de oxido nitroso comuns em compostagem com leiras), não havendo odores desagradáveis (o sistema permite o uso de biofiltro) e nem insetos e vetores (o sistema é fechado). Certamente essa é uma visão sustentável, ambientalmente correta, agregadora de valor aos resíduos orgânicos em geral, geradora de empregos e contribui com a melhoria da qualidade das farinhas e da saúde dos animais e do homem. XII Congresso Brasil Rendering, Campinas SP, 25/4/2013 53 Entrevista 52 Revista Graxaria Brasileira - Qual é a representatividade da suinocultura para a economia brasileira? Jurandi Soares Machado – Estudos e investimentos na suinocultura posicionaram o Brasil em quarto lugar no ranking de produção e exportação mundial de carne suína. Alguns fatores como sanidade, nutrição, bom manejo da granja, produção integrada e, principalmente, aprimoramento gerencial dos produtores, contribuíram para aumentar a oferta interna e colocar o País em destaque no cenário mundial. São 40 mil suinocultores, 600 mil empregos gerados, o que representa 3% do agronegócio e 0,8% do PIB nacional do setor. “Na minha opinião, falta à diplomacia brasileira dar mais atenção à agricultura brasileira, enquanto isso, a concorrência avança”, Jurandi Soares Machado. Jurandi Soares Machado Por: Lia Freire O 2013, que começou com otimismo para o setor de carne suína no Brasil, deve ter um primeiro semestre com dificuldades e pressão sobre os custos. Já para o segundo semestre, a tendência é de estabilização no mercado, inclusive com a possibilidade das exportações ficarem levemente superiores a 2012 e o consumo interno voltar a ter um comportamento de crescimento. Com isso, os preços tendem a se recuperar fazendo que, no geral, 2013 seja melhor do que 2012, segundo avaliação da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS). A associação, que surgiu em 1998, fruto da fusão de duas entidades nacionais, uma produtora e outra exportadora, visa o desenvolvimento e a modernização da produção e das atividades de comércio exterior da carne suína brasileira. O objetivo é congregar, coordenar, representar e defender os interesses da indústria produtora e exportadora da carne suína e seus derivados, promovendo o estudo e buscando as soluções para os problemas da classe junto aos órgãos públicos e privados. E, ainda, colaborar com as autoridades competentes em tudo que se relacionar com a produção e a comercialização interna e externa da carne suína e seus derivados. Para o biênio 2013-2015, a ABIPECS tem um novo conselho diretor e presidente: Rui Vargas, que pretende dar continuidade ao trabalho iniciado pelo seu antecessor, Pedro de Camargo. As premissas básicas e os desafios serão os mesmos, declarou Vargas. A entidade já alcançou suas expectativas de abrir mercados como Estados Unidos e China. Agora, está na última etapa de Japão e aguarda neste ano, missões técnicas para autorização de embarques da proteína à Comunidade Econômica Europeia e Canadá. O objetivo é dar a amplitude e a importância para a carne suína brasileira no mundo. A Revista Graxaria Brasileira conversou com o médico veterinário, Jurandi Soares Machado, que tem mestrado em Desenvolvimento Rural e Planejamento Governamental, é consultor, analista de mercados agrícolas e de cenários prospectivos e há oito anos é diretor de mercado interno da ABIPECS. Em nosso bate-papo, Jurandi analisa a atual situação da suinocultura brasileira, os avanços e gargalos do setor, assim como, sobre as expectativas quanto ao futuro. ano de Revista Graxaria Brasileira - Quanto o setor movimentou em 2012? A que se deve tal desempenho? Jurandi Soares Machado – Em 2012, o PIB do setor foi avaliado em 29 bilhões de reais. Certamente poderíamos ter obtido resultados ainda mais expressivos não fossem os altos custos, se houvesse uma oferta maior e se não tivéssemos que enfrentar as dificuldades com a Rússia e a Argentina, que comprometeram as nossas margens de comercialização. Revista Graxaria Brasileira - Qual a expectativa do setor de carne suína para 2013? Jurandi Soares Machado – A expectativa é boa. No geral, os custos tendem a ser mais baixos e a oferta equilibrada, com a demanda indicando recuperação das margens de lucratividade. A projeção de crescimento de produção para 2013 é de atingir índice de 3%. Lembrando que em 2012, a movimentação foi de 3,4 milhões de toneladas. ABIPECS TEM NOVO PRESIDENTE E CONSELHO DIRETOR PARA O BIÊNIO 2013-2015 Reunidos em Assembleia Geral Ordinária, as empresas associadas da ABIPECS elegeram no dia 27 de março de 2013 o novo Conselho Diretor para o biênio 2013-2015, formado por: Leomar Luiz Somensi (Aurora); Wilson Mello Neto (Brasil Foods); Clever Pirola Ávila (Marfrig Group); Carlos Lee (Alibem); Júlio César Franzói (Pamplona); Luiz Carlos Mendes Costa (Pif Paf); Carlos Alberto de Figueiredo Freitas (Cosuel). O Conselho Diretor escolheu Rui Vargas para ocupar o cargo de presidente executivo, em função do pedido de desligamento de Pedro de Camargo Neto.Vargas é diretor de Mercado Externo da ABIPECS desde março de 2005 e está preparado, portanto, para dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos. Médico veterinário formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rui Vargas ocupou vários cargos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) desde 1977. Foi secretário substituto de Defesa Agropecuária da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA (2000-2004); diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA- (2000 e 2004) e chefe da Divisão de Controle do Comércio Internacional do DIPOA (1998-2000). Pedro de Camargo Neto, que presidiu a ABIPECS por oito anos, solicitou seu desligamento por entender que cumpriu o desafio que o havia levado a aceitar o cargo. “A abertura dos mercados norte-americano e japonês coloca a qualificação sanitária da carne suína em outro patamar”, diz. “Agora será permanente a rotina da manutenção do status obtido e da continuidade dos processos nos mercados que ainda faltam. O desafio, porém, Revista Graxaria Brasileira - Qual é a análise do consumo interno da carne suína? Jurandi Soares Machado – O mercado doméstico cresceu nos últimos anos, com o consumo per capita passando de 13 kg para 15 kg. Este crescimento se deu em maior proporção em virtude dos produtos industrializados, embora as vendas de carne suína in natura tenham tido um bom desempenho. está concluído. Ações de rotina não me atraem neste momento”, acrescenta Pedro de Camargo Neto.“Foi um período gratificante da minha vida profissional e agradeço à indústria de carne suína pelo convite. Saio em um bom momento. 2013 talvez seja um dos melhores anos do setor. Mercado interno muito firme, exportações em alta, equilíbrio financeiro das empresas e dos produtores. A hora de sair é agora!”,afirma. ABIPECS E UBABEF PODEM SE UNIR Os conselhos diretores da UBABEF – União Brasileira de Avicultura e da ABIPECS aprovaram os “estudos para construir a fusão” entre as entidades até o fim deste ano. Antes do anúncio oficial, porém, as associações farão consultas a todos os seus associados, agroindústrias e associações estaduais, para formalizar a união da representação política do setor de aves e suínos A aprovação final para a fusão virá das assembleias gerais das duas entidades, informou Francisco Turra, presidente-executivo da UBABEF. “Aí, sim, teremos o sinal verde final que poderá nos dar mais musculatura na representação.” As conversas para a união vêm desde o fim de 2012. O primeiro consenso no âmbito dos conselhos diretores foi conduzido por Wilson Newton de Mello Neto (ABIPECS) e Antonio Augusto de Toni (UBABEF), ambos representantes da BRF nas respectivas entidades. 55 Entrevista 54 “O Brasil é o 4º produtor e exportador mundial. À nossa frente estão: União Europeia, EUA e Canadá. Podemos melhorar muito esta posição, temos potencial para isso. Estamos trabalhando para abrir novos mercados e ter novas oportunidades de negócios.” EXPORTAÇÕES DE CARNE SUÍNA SOFREM QUEDA EM MARÇO de 2013 As exportações de carne suína em março de 2013 caíram 17,87% em relação a março de 2012. O Brasil exportou 39.249 toneladas e faturou US$ 105,32 milhões. Também a receita, em março de 2013, foi menor (queda de 13,35%) na comparação com igual mês de 2012. No acumulado do ano, o País exportou 120.146 toneladas, redução de 2,90% em relação ao primeiro trimestre de 2012. O faturamento atingiu US$ 318,27 milhões, aumento de 0,92% frente ao mesmo período do ano passado. Já o preço médio por Revista Graxaria Brasileira - Com relação às exportações, qual é a posição mundial ocupada pelo Brasil? E com relação à produção? Jurandi Soares Machado – O Brasil é o 4º produtor e exportador mundial. À nossa frente estão: União Europeia, EUA e Canadá. Podemos melhorar muito esta posição, temos potencial para isso. Estamos trabalhando para abrir novos mercados e ter novas oportunidades de negócios. Revista Graxaria Brasileira - Sobre as questões sanitárias, como o Brasil pode ser analisado? O que ainda poderá ser aprimorado e o que já conquistamos? Jurandi Soares Machado – O rebanho suíno brasileiro possui sanidade comparável com a dos países desenvolvidos. O que deve ser aprimorado são os serviços oficiais de certificação sanitária. Falta uma coordenação do Órgão Central de Defesa Sanitária. O Governo Federal deveria auditar com mais frequência o que os Estados estão fazendo. Acredito também que poderia haver mais transparência nos serviços e as respostas aos eventos serem mais rápidas. Essa morosidade transmite pouca confiabilidade mediante o mercado externo. Falta em nosso setor, uma comunicação uniforme, um discurso único. Temos uma situação um pouco melhor na região Sul do país. Isso não quer dizer que não tenhamos uma legislação adequada, normas e leis eficientes e alinhadas às diretrizes internacionais, pelo contrário, neste sentido, estamos em perfeita harmonia. O problema realmente está na gestão. Revista Graxaria Brasileira - Na visão do senhor, quais os gargalos que dificultam o progresso deste setor? Jurandi Soares Machado – Temos sérios problemas com relação à logística e os altos custos que englobam o transporte, armazenagem, distribuição etc. As estradas brasileiras estão em péssima conservação, nossos portos não evoluíram, não houve investimentos que acompanhassem a evolução do agronegócio. Somos eficientes e competitivos das porteiras das propriedades para dentro, dali para frente, estamos de mãos atadas. Recentemente, a China desfez a compra de 22 navios de soja, pois o Brasil não conseguiu entregar em tempo hábil. O desenvolvimento do agronegócio esbarra na questão da logística. Destaco ainda, que deveríamos ter uma maior presença na Ásia, estamos perdendo mercado, sem dúvida alguma. Na minha opinião, falta à diplomacia brasileira dar mais atenção à agricultura brasileira, enquanto isso, a concorrência avança. tonelada, de US$ 2.684, subiu 5,50% em relação a março de 2012. Nos últimos 12 meses – de abril de 2012 a março de 2013 -, o Brasil exportou 577,89 mil toneladas e obteve uma receita de US$ 1,49 bilhão. Rússia e Argentina: elevação – A Rússia importou 9.073 t em março, um crescimento de 10% ante março de 2012. Em valor, o aumento foi de 6%, de US$ 25,82 milhões para US$ 27,49 milhões em março deste ano. Outra Revista Graxaria Brasileira - Quais os avanços até hoje obtidos no mercado brasileiro de suinocultura? A que se devem tais conquistas? Jurandi Soares Machado – O fortalecimento da economia brasileira nos últimos anos permitiu a expansão da demanda doméstica. No cenário internacional, o setor suíno brasileiro se firmou como um importante fornecedor. O foco na gestão e a produtividade crescente resultaram em uma capacidade de produção mais adequada aos mercados. Revista Graxaria Brasileira - Quais os próximos desafios a serem enfrentados? Jurandi Soares Machado – Modernizar os serviços oficiais de sanidade animal, rastreabilidade, bem-estar animal, produzir com o menor impacto ambiental possível, tornar a relação produtor-indústria mais transparente, ampliar nossa participação no mercado internacional e reduzir custos de logística. elevação significativa ocorreu nas vendas para a Argentina, que somaram 1.398 t, um aumento de 211% em relação ao mesmo período de 2012 (450 t). O crescimento da receita foi de 222%: de US$ 1,37 milhão para US$ 4,41 milhões. Queda nas vendas para alguns dos principais mercados - Para outros países importantes no ranking das exportações houve queda. É o caso da Ucrânia, com redução de 33%: 8.048 t, frente a 11.972 t em março de 2012. Em valor, o resultado foi 26% menor. O Brasil auferiu uma receita de US$ 23,51 milhões em março deste ano, comparado a US$ 31,57 milhões em março de 2012. De acordo com o presidente da ABIPECS, Rui Eduardo Saldanha Vargas, “os números já demonstram um impacto decorrente da suspensão temporária pela Ucrânia das compras de carne suína brasileira. A retomada das exportações para a Ucrânia é prioridade zero da entidade junto às autoridades brasileiras. É muito importante a reação imediata de recomposição do mercado ucraniano por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pois os prejuízos na cadeia de produção suinícola poderão ser ainda maiores”. PRINCIPAIS DESTINOS DA CARNE SUÍNA BRASILEIRA EM 2012: Para Hong Kong, os embarques foram de 9.061 t, menos 24% em relação a março de 2012 (11.969 t). As vendas caíram também em receita, 22%. O Brasil exportou US$ 22,52 milhões para aquele mercado, em relação a US$ 1) Ucrânia - 138.666 t (uma participação de 23,85% nas 28,87 milhões em março de 2012. exportações de carne suína brasileira) 2) Rússia – 127.070 t (21,85%) frente a 2.337 t em março do ano passado, uma retração de 24%. Em valor, 3) Hong Kong - 124.701 t (21,45%) a queda foi de 20%: US$ 5,47 milhões, ante US$ 6,81 milhões em igual 4) Angola – 45.534 t (7,83%) período do ano passado. 5) Cingapura – 28.171 t (4,84%) “Os números de março mostram uma queda de volumes e uma pequena 6) Argentina – 23.386 t (4,02%) reação em valores. Isso nos permite avaliar que está se aproximando 7) Uruguai – 20.639 t (3,55%) gradativamente a normalidade de comportamento do mercado de carne 8) República da Geórgia – 9.907 t (1,70%) suína no exterior. Contudo, o fato novo da suspensão temporária da Ucrânia 9) Haiti – 6.606 t (1,14%) pode modificar sobremaneira a recuperação de volumes e a majoração 10) Venezuela – 6.553 t (1,13%) esperada dos preços para 2013”, avalia Rui Vargas. Fonte ABIPECS Fonte: Assessoria de imprensa da ABIPECS Para Singapura, as exportações somaram 1.782 t em março de 2013, 57 Caderno Técnico 1 56 Os produtos da indústria de graxaria continuam sendo ingredientes de qualidade das rações c Por Tina Caparella achorros e gatos adoram gorduras e proteínas animais processadas,” disse Greg Aldrich, da Universidade do Estado do Kansas,no Simpósio Internacional da Indústria de Graxaria realizado durante a Exposição Internacional de Produção e Processamento 2013 em Atlanta, GA, na última semana de janeiro. Cerca de 80 participantes, incluindo muitos convidados internacionais ouviram os especialistas da indústria discutir os vários aspectos da indústria de graxaria na América do Norte. Aldrich salientou que 165 milhões de gatos e cachorros e 213 milhões de outros pets (por ex., aves, peixes, cavalos e roedores) vivem em 62% dos lares nos Estados Unidos em comparação com as crianças que vivem em 33% das casas americanas. Enfatizou a mudança de paradigma dos pets que se transformaram de seguranças dos celeiros em membros da família, originando algumas “loucuras” como a nova demanda por alto teor de proteínas (35 a 50%), nada de grãos na dieta, ainda que os cães não precisem de tanta proteína em seus alimentos. Sendo nutricionista, Aldrich se preocupa mais com a palatabilidade dos produtos processados e vê uma tendência para preservativos mais naturais, e, destes, os sistemas à base de tocoferol são os mais eficazes. Falando sobre a discussão em andamento para classificar alguns dos ingredientes de rações para pets como “subprodutos”, por definição produtos de segunda, produzidos em acréscimo ao produto principal, ele disse que se o nome do ingrediente não pode ser mudado a indústria de rações para pets precisará explicar aos consumidores que estes ingredientes são ótimos para ser usados em alimentos para pets. “As farinhas de proteína processadas representam uma porção substancial da proteína e gordura de alta qualidade nas dietas modernas de animais de companhia,” disse Aldrich. “Geralmente são incluídos de 5 a 40% e podem contribuir em mais de 85% da proteína e 30% da gordura da dieta.” Continuou agradecendo a indústria da graxaria por “receber todos estes resíduos e criar ingredientes de qualidade para rações de pets. E não sei se sempre expressamos este agradecimento.” Tom Cook, presidente da Associação nacional da Indústria de Graxaria (National Renderers Association -NRA) descreveu a indústria de graxaria como o defensor essencial da saúde das pessoas e do planeta. Nos Estados Unidos e no Canadá, 250 instalações processam 62 milhões de toneladas de matéria prima diariamente, suficientes para encher 10.000 estádios de futebol do Dallas Cowboys por ano. Ele mostrou a quantidade de material de cada animal não consumida como alimento para humanos nos Estados Unidos: 49% do peso da cada vaca, 44% de um porco, 37% de um frango e 36% de um peru. Dr. Gianni Carniglia, consultor da NRA para a América Latina forneceu estimativas sobre a indústria de graxaria da região, que inclui 70 plantas no Brasil, 14 no México e 10 da Argentina, representando 93% da produção. Quase 80% das instalações de processamento estão integradas com processadores de carne e as farinhas de proteína representam 67% da produção e o resto são gorduras. A indústria de rações para pets na América Latina é um mercado emergente, responsável por 17% do mercado global, crescendo cerca de 12% ao ano. Quatro países são responsáveis por quase 95% do volume do mercado: Brasil com 52%, 2,2 milhões de toneladas métricas, México com 19%, 800.000 toneladas métricas, Argentina com 14%, 600.000 toneladas métricas, e Chile com 7% do mercado, 360.000 toneladas métricas, sendo 40% daquele produto importado. “A disponibilidade de quantidade e qualidade de proteínas e gorduras será um fator chave no sucesso do desenvolvimento da indústria de rações para pets na América Latina,” disse Carniglia. Bill Dieterichs, da The Jacobsen Report, mencionou que não há muitas mudanças no fornecimento de matéria prima para os processadores americanos e que todos os produtos processados serão usados, é somente uma questão do local onde isto acontecerá. Mencionou que o aumento da demanda continuará a ser na aquicultura, com algum crescimento em frangos e porcos, enquanto a demanda por carne bovina permanecerá estável. Dieterichs disse que o uso de farinha de penas está crescendo na aquicultura no Chile e que o “enorme” crescimento das exportações americanas de grãos secos de destiladores com solúveis é provavelmente para rações para frangos e porcos. “A proteína processada dos Estados Unidos e Canadá é um ingrediente seguro e completo que deve continuar a encontrar sua posição na fabricação de rações para animais em todo o mundo,” disse ele. Os processadores mostraram suas perspectivas, começando com o Dr. Charles Starkey, da American Proteins, Inc. que salientou que os alimentos para pets são sujeitos a tantos cuidados regulatórios como as fórmulas para crianças devido a preocupações com Salmonella . Ele disse que o novo Guia de Políticas de Conformidade para Salmonella em Rações para Animais da FDA será emitido logo e que ingredientes de rações com traços de Salmonella já não são considerados adulterados, exceto quando usados em substitutos de leite e alimentos para pets. Ainda que existam mais de 2.300 espécies de Salmonellose, a FDA focaliza as 30 ou 40 que são preocupantes. Starkey não duvida que a Salmonella seja eliminada no cozedor de processamento, assim qualquer recontaminação é provavelmente originada de fontes externas, incluindo funcionários. Salientou que a bactéria pode sobreviver em tecido até 228 dias, em poeira de varrição por 300 dias e em tecidos “lave e use” por quase 70 dias. Ele mostrou uma lista de modos como a lavanderia pode evitar a contaminação por Salmonella. Dr. Ross Hamilton, da Darling International, Inc. reconheceu que a meta da indústria de graxaria é fornecer ingredientes seguros e de qualidade para os clientes usarem em alimentos para pets e rações para animais. Calcula que quase 38 bilhões de toneladas métricas de matéria prima por ano estão disponíveis para os processadores para reciclagem, incluindo óleo de cozinha usado, carne para varejo com data vencida, e gordura, ossos e restos do processamento de carne. Hamilton explicou que o processamento mata os organismos patogênicos, protege o ambiente, recicla carbono e energia, fornece controle, verificação e rastreabilidade para que produtos condenados ou com data de vencimento expirada não sejam reutilizados como alimentos para humanos, tudo isto dentro de horas após o recebimento das matérias primas e não depois de semanas ou meses como os outros métodos alternativos. Ele destacou vários métodos, incluindo os pontos de controle críticos e programas usados para garantir que os patógenos foram destruídos e os produtos não foram recontaminados. Hamilton encorajou os empregadores a verificar o background de novos funcionários e a garantir que todos os empregados recebam treinamento sobre segurança das rações e boas práticas de fabricação, incluindo o motivo para isto, e a fornecer treinamento de reciclagem anual. Também exortou os processadores a educar os fornecedores de matéria prima e explicar que quanto mais limpo o material recebido, mais limpo será o produto pronto. Os motoristas precisam inspecionar o material coletado e verificar se existe odor não característico, materiais suspeitos ou proibidos, metal, madeira, plástico e brincos de gado e as empresas devem fornecer aos motoristas o processo de documentar e reportar possíveis contaminações. Dr. David Meeker, vice-presidente sênior, NRA Scientific Services, explicou que muitas proteínas, não apenas as animais, contém Salmonella e que a indústria de graxaria está se esforçando muito para controlar as bactérias em seus produtos. Ele enfatizou a necessidades de testes de amostras da produção para verificar se o processamento está funcionado adequadamente e não o teste de toda a produção, que seria desnecessário e não custo-efetivo. Vários pesquisadores compartilharam suas experiências com processamento e seus produtos, incluindo o Dr. Charles Gooding, da Universidade Clemson, que explicou como os atributos da indústria de graxaria a tornam uma indústria “verde” ,conforme definição do Instituto de Recursos Mundiais (World Resource 59 Caderno Técnico 1 58 Institute). Entre estes atributos citou o uso mínimo de matéria prima virgem; processos de produção que minimizam o uso de água e energia; processos de produção livres de tóxicos perigosos; reuso e reciclagem de fluxos de resíduos sólidos; reduções substanciais de emissões e efluentes de gases efeito estufa e poluentes; e produtos fabricados para longevidade e durabilidade. Apresentou um conjunto de cálculos desenvolvidos para medir a pegada de carbono de uma operação de processamento e explicou que está verificando agora uma avaliação do ciclo de vida do processamento devido à demanda de várias fontes que querem demonstrar que o processamento é um processo verde em comparação com tecnologias alternativas como compostagem. Dr. Jeffre Firman, da Universidade do Missouri, focalizou produtos da indústria de graxaria em rações para aves, que são uma fonte de proteína, cálcio e fósforo. Descreveu o uso de uma formula digestível para economizar dinheiro e permitir o uso mais fácil de ingredientes alternativos. Dr. Brian Kerr,do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, afirmou que fósforo pode ser um item de alto custo na fórmula de rações e a proteína de produtos processados é uma boa fonte de fósforo com menor custo. Kerr também mencionou as revisões dos Requisitos Nutrientes de Suínos do Conselho Nacional de Pesquisas liberadas em 2012. Foco em Rações para Pets Houve vários outros programas educacionais com um público recorde de mais de 26.000 participantes na IPEE, incluindo uma conferência sobre rações para pets patrocinada pelo Conselho de Proteína e Gordura Aviária (Poultry Protein and Fat Council) e pela Associação Americana da Indústria de Rações (American Feed Industry Association-AFIA) e seu Comitê de Rações para Pets (Pet Food Committee). Michael Maddox, do Conselho Consultivo da Indústria para Pets ( Pet Industry Joint Advisory Council), iniciou o encontro com estatísticas que mostravam que a venda de produtos para alimentos de pets dobrou nos últimos dez anos, mas que houve uma pequena diminuição no número de donos de pets de 2006 a 2001, depois de anos de crescimento constante. A seguir, Maddox discutiu as várias tendências regulatórias que estão surgindo nos Estados Unidos, como o limite de número de pets por residência, esterilização mandatória, obrigatoriedade de identificação,“guarda” de pets e não “propriedade” e danos não econômicos, algo que preocupa muito a indústria de alimentos para pets. Ele enfatizou que “a emoção manda” e no mundo dos pets uma imagem expressa mil palavras. Dr. Daniel McChesney, do Centro de Medicina Veterinária da FDA, atualizou os participantes sobre as regras propostas para alimentos de humanos no Ato de Segurança e Modernização de Alimentos (Food Safety and Modernization Act -FSMA) emitido em janeiro , indicando que as regras para rações serão quase idênticas com exceção das boas práticas de fabricação que serão introduzidas pois no momento não constam dos regulamentos. Ele aconselhou a leitura do sumário executivo das regras propostas para alimentos e a pular as próximas 400 e poucas páginas que explicam o raciocínio da FDA para chegar a estas regras. McChesney explicou que quando a FDA diz que as empresas “deveriam” fazer uma coisa na verdade significa que eles “gostariam” que as empresas procedessem daquela maneira. Ele também falou sobre a Rede de Respostas do Laboratório Veterinário da FDA usada para promover a saúde humana e animal em colaboração com os laboratórios de diagnóstico veterinário do estado, que foi muito bem recebida. Um painel sobre ingredientes de rações para pets discutiu vários temas durante toda a noite. Mike Cici, da The Scoular Company, disse que o carry-over do milho está baixo e a mudança das condições climáticas em 2011-2012 resultou em uma queda na pesca de peixes. Ele apresentou fontes alternativas de proteína para rações de animais como “pulsos” (grão seco, grão de bico, ervilha seca, lentilha e grão de fava) e algas, que ele descreveu como nutricionalmente situadas entre farinha de soja e farinha de peixe. Jerry Phelps, da Tyson Animal Nutrition Group, mencionou que 40% da colheita de milho dos Estados Unidos é usada para produzir etanol, enquanto em escala mundial, 15% do milho é usado na produção de biocombustível. Avisou que a disponibilidade de suprimentos domésticos de proteína está restrita no momento e no futuro previsível, à medida que as exportações aumentam. Entretanto, devido à diminuição da disponibilidade de farinha de peixe, os fabricantes de ração estão prestando mais atenção em farinhas de penas e aves, criando um “ano bom” para a Tyson. Phelps encorajou os participantes a “buscar ideias novas” para redefinir as definições de ingredientes e procurar novas fontes de proteína. Dale Hill, ADM Alliance Nutrition, reiterou que a disponibilidade de ingredientes para rações se torna cada vez mais difícil. Sua empresa trabalha com 400 ingredientes diferentes e os desafios são obter um certificado de análise de cada lote e a certificação de terceiros de fornecedores de ingredientes a importações. Hill acredita que 80 a 90% das empresas cumprem as regras do FSMA e que a Salmonella continua ser o grande problema da indústria, sempre focalizando seu controle e redução. Dr . Maho Imanishi, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control (CDC) and Prevention), confirmou que a Salmonella é o agente mais comum de doenças causadas por alimentos nos Estados Unidos, com 1,2 milhões de casos relatados por ano e 400 mortes. Ela explicou que a bactéria pode ser transmitida a humanos de muitas formas, tanto diretamente pela ingestão de alimentos contaminados quanto indiretamente, por surtos que tendem a ser mais dispersos pelo país em comparação a surtos mais localizados há alguns anos atrás. Imanishi mencionou o pequeno surto de Salmonella na primavera de 2012, ligado à ração seca para cães. Em resposta a isto, CDC preparou um pôster educativo ensinando ao consumidor como cuidar adequadamente das rações para pets que será distribuído em hospitais e clínicas veterinárias e pet shops. Aldrich também falou nesta conferência, mencionando o fato de que o papel singular das rações para pets na mistura de alimentos animais e humanos está cada vez mais se tornando parte das regras de segurança de alimentos. Descreveu as inúmeras ameaças a fabricantes de alimentos para pets como erros na mistura, erros de cálculo e interações inesperadas durante o processamento e contaminantes que podem surgir em vários pontos de entrada, como matéria prima, transporte, funcionários, pragas, pós- processamento, embalagem, distribuição e até na casa do consumidor. Aldrich disse que os produtores frequentemente acham que a extrusão é um passo que elimina as bactérias, mas não encontrou muitos dados que suportem esta ideia e algumas vezes ele encontra recontaminação depois da saída do extrusor. Ele mencionou a necessidade de se encontrar um método prático e rápido (menos de uma hora) para detectar Salmonella em alimentos para pets. Jan Jarman, do Departamento de Agricultura do Minnesota, deu uma atualização de uma emenda da “regra de 95%” da Associação Americana dos Responsáveis pelo Controle de Rações (American Association of Feed Control Officials’ -AAFCO’s). Atualmente, se o nome de um produto inclui ingredientes derivados de animais, estes ingredientes devem ser 95% do produto. A mudança proposta é que se o nome do produto inclui quaisquer ingredientes os ingredientes devem ser 95% do produto, assim, a regra inclui todos os ingredientes da ração, não apenas os derivados de animais. Jarman mencionou que a AAFCO desenvolveu um site, http://petfood.aafco.org , em resposta ao grande interesse na fabricação doméstica de rações e petiscos para animais e montou um plano estratégico com o objetivo de melhorar a cooperação entre as agências regulatórias, especialmente entre os estados. A certificação de terceiros também foi discutida, começando com um exame dos programas da AFIA que são designados como sistemas de aprovação ou reprovação, são abertos a todos as empresas para certificação e atendem ou excedem as regras da FDA. Um painel de especialistas encorajou as empresas a ser abertas e honestas com auditores, pois a intenção da certificação é que as operações das empresas sejam melhores no futuro do que no presente. Além disto, alguns funcionários da empresa precisam de treinamento em análise de riscos e pontos de controle críticos antes de se tornar certificados. O treinamento está disponível em universidades, cursos particulares ou organizações da indústria. O painel enfatizou que os programas de certificação de terceiros servem para garantir que a empresa está fazendo o máximo para garantir ingredientes e rações seguras. Espera-se que sob a FSMA a certificação de terceiros será exigida e muitos clientes já começam a pedi-la. 61 Caderno Técnico 2 60 Abrindo os olhos para o mundo da graxaria Por Stephen Woodgate - Primeiro Vice-Presidente, Organização Mundial da Indústria de Graxaria A coluna desta edição destaca as principais atividades da Organização Mundial da Indústria de Graxaria (World Renderers Organization -WRO) desde o começo do ano e a liderança da WRO espera que ocorram progressos significativos para a organização durante este ano. O principal evento para a WRO na primeira metade de 2013 será o envolvimento com o 4o Congresso Mundial de Rações e Alimentos (www.gffc2013.com) que será realizado em Sun City, África do Sul, de 8 a 12 de abril. Haverá um programa da WRO com duração de meio dia que incluirá vários palestrantes internacionais especialistas na indústria da graxaria e o uso de seu produto nas rações para animais domésticos, aves, suínos e na aquicultura. Ao elaborar o programa, a liderança da WRO tentou garantir que fossem cobertos os mais diversos aspectos da indústria de graxaria pela maior variedade possível de especialistas do mundo inteiro. A WRO está particularmente satisfeita por incluir dois palestrantes da Renderers RSA, a nova associação comercial da África do Sul (RSA). Espera-se que, com o tempo, a Renderers RSA se junte a WRO como seu mais novo membro. Isto destaca um importante ponto da participação da WRO no referido evento: entrar em contato com novos países e, especialmente, países em desenvolvimento que estarão participando do evento. Com certeza, também devemos agradecer antecipadamente aos outros palestrantes, incluindo Martin Alm da Associação Européia de Graxaria e Processamento de Gordura (EFPRA), Jeff Firman e Albert Tacon dos Estados Unidos e Tony Edwards da Austrália. O presidente da WRO Dave Kaluzny II fará o principal discurso e eu serei responsável por tentar manter tudo em perfeita ordem e dentro do cronograma. Todas as apresentações estarão disponíveis no novo site da WRO. Há outros aspectos do Congresso Mundial de Rações e de Alimentos que são dignos de nota, incluindo o discurso de abertura do presidente da Federação Internacional da Indústria de Rações, Mario Cutait, do Brasil, e um discurso de boas-vindas de Tina Joemat-Pettersson, Ministra da Agricultura, da Silvicultura e da Pesca da África do Sul. No primeiro dia, haverá um painel com uma perspectiva geral e global seguido de sessões sobre produção animal, práticas da manufatura de rações e sustentabilidade. No segundo dia, o programa do WRO será apresentado de manhã juntamente com sessões sobre tecnologia, aditivos para rações, e tópicos de nutrição específicos para diferentes espécies. No terceiro dia, haverá um workshop independente da Federação Internacional de Laticínios em conjunto com sessões sobre segurança de rações e de alimentos e os desafios enfrentados na África do Sul. Em geral, o encontro cobrirá uma ampla gama de tópicos, sendo que alguns podem não parecer diretamente relevantes para a WRO. Entretanto, os representantes da organização poderão aprender muito, não somente ao escutar as apresentações como ao interagir com os participantes nos intervalos. Também é possível abrir os olhos dos representantes ao mundo da graxaria! Como patrocinadora de prata do congresso, a WRO poderá distribuir sua nova brochura para todos os participantes, então, esperamos que o aumento da conscientização seja o mínimo benefício atingido pela nossa participação. Apesar de que ao ler este artigo, provavelmente seja tarde demais para que você participe do evento, um relatório completo do Congresso Global de Rações e de Alimentos aparecerá na edição de junho da revista da Graxaria. Como parte da agenda da WRO para atrair uma maior adesão e participação em 2013, a liderança confirmou a proposta de atualização do site da organização como uma prioridade. Este trabalho já está pronto, e estamos contentes de anunciar que o novo site da WRO está totalmente pronto e aberto para negócios. Uma das maiores vantagens do novo site é que ele é totalmente compatível para ser usado em tablets, smartphones e outros dispositivos móveis. Isto fará com que www.worldrenderers.org seja muito mais acessível a todos e esperamos que sirva de estímulo para que as pessoas o visitem, aprendam e pensem em participar da WRO como membros. O objetivo do trabalho é apresentar um site acolhedor, novo e interessante que pode ser mantido com contribuições dos membros. Sabemos manter um site atualizado é o aspecto mais importante para se conservar uma boa imagem. O novo site dará à WRO uma excelente oportunidade para trocar, se unir e se interligar com contatos valiosos tais como associações de comércio internacionais e órgãos regulatórios mundiais. É importante dizer que o site poderá hospedar todas as apresentações feitas pela liderança ou pelos membros, tais como aquelas feitas no citado Congresso Mundial de Rações e de Alimentos. Todos aqueles interessados, membros da WRO ou não, são incentivados a visitar o site e enviar ideias e comentários para futuras atualizações. Por último, mas não menos importante, em breve haverá reuniões nas quais os negócios da WRO serão discutidos em sessões exclusivas. Na Europa, o Congresso EFPRA (www.efpraprague2013.com) será realizado em Praga, República Checa, no período de 12 a 15 de Junho de 2013, e na Austrália, a cidade de Melbourne sediará o Simpósio da Associação Australiana de Graxaria (www. arasymposium.com.au), de 23 a 26 de julho. De todas as informações promocionais originárias da Austrália sabemos que os participantes poderão usufruir da grande hospitalidade dos anfitriões australianos (e, sem dúvida, também dos vizinhos da Nova Zelândia). Tanto em Praga como em Melbourne, a WRO realizará reuniões extraordinárias para avançar com a atual estratégia do grupo, e continuar a desenvolver e refinar o programa da organização para futuros debates e decisões na convenção da Associação Nacional de Graxaria em Naples, Flórida, no fim de outubro. 63 Caderno Técnico 3 62 Branqueamento O objetivo deste trabalho é dar uma rápida pincelada pelas diversas fases do processo de branqueamento (clarificação) dos óleos e gordura animal (sebo), cuja importância é determinante para o sucesso da produção de óleos comestíveis e outras aplicações e para a produção de sabões e sabonetes para o mercado de higiene e limpeza. A forma como está exposto, sem os termos técnicos aprofundados, visa atingir o pessoal diretamente envolvido na operação das refinarias e que em sua maioria não possuem formação acadêmica, embora possam ter anos de experiência. Por Vanderlei Mariotto M uito pouco, ou quase nada, se tem de literatura acessível, acerca de uma das principais fases do processo de obtenção de óleo e gorduras nas refinarias, que é a clarificação (que vamos chamar aqui de branqueamento, por ser um termo mais utilizado e conhecido) de óleos e gordura animal. O que encontramos em literaturas é uma dissertação técnica e acadêmica sobre as teorias do branqueamento. Ou seja, todos concordam sobre o que ocorre, química ou fisicamente, dentro de um clarificador e não é nosso propósito discorrer uma vez mais sobre isso. Vamos, ao contrário, tentar mostrar o que pode passar despercebido nesta fase tão importante da obtenção de óleos e gorduras sem contaminantes, e principalmente, no que se refere às argilas utilizadas nesta fase. É importante que esclareçamos alguns pontos que são importantes e não são ressaltados nas literaturas encontradas: Absorção - termo que nada tem a ver com o processo de branqueamento, pois uma absorção jamais iria retirar do óleo ou da gordura, os elementos indesejáveis. A argila usada absorveria estes elementos e o próprio processo de absorção faria com que estes elementos retornassem ao meio sem os efeitos do branqueamento desejado. Um exemplo que mais facilmente pode explicar a absorção é o da esponja que absorve a água e a sujeira contida, porém ao ser espremida ou lavada solta toda a água e a sujeira contida Adsorção - é o termo correto a ser utilizado, e o que se espera de uma argila clarificante, pois diferentemente da absorção, a adsorção atrai e prende, os materiais alvos do branqueamento, incorporando-os na estrutura da argila, separando-os e impedindo a reversão destes materiais ao óleo ou à gordura, arrastando-os até o final do processo de branqueamento. Branqueamento - é a designação genérica, dada a qualquer processo técnico, com o objetivo de clarear, branquear ou remover a cor natural de materiais orgânico, como por exemplo, os óleos vegetais e gordura animal (sebo bovino), quando a cor natural não é desejada para o objetivo que se quer atingir. Ou seja, é um meio de separar componentes indesejáveis que podem, invariavelmente, significar a destruição do óleo ou da gordura, sem que se interfira ou se danifique as propriedades destes. Em síntese, os tipos mais comuns de branqueamento são com argilas branqueantes ou clarificantes (argilas naturais e/ou ativadas) e branqueamento químico. Vamos nos ater ao branqueamento através das argilas, que é o método mais comumente usado e economicamente mais viável. Temperatura de Trabalho - Muito se vê nas refinarias, um verdadeiro descaso, no que se refere à temperatura de trabalho, quando este parâmetro se situa para mais ou para menos. As duas situações são prejudiciais à etapa do branqueamento. Para os óleos vegetais, é ideal que a temperatura não fique muito abaixo de 100º ou acima dessa temperatura. Portanto há que se determinar com rigor, que a temperatura de processo de um óleo vegetal deve ser de 100º C e para a gordura animal, de 90 a 110ºC. Temperaturas baixas não possibilitam a completa remoção dos contaminantes e a alta temperatura pode oxidar o óleo ou rancificar a gordura, provocando a reversão da cor, na estocagem destes materiais. Quantidade de argila - Teoricamente, a quantidade de argila utilizada para os óleos vegetais é de 0,5 a 1,5% de argila sobre o volume do óleo a ser processado e para a gordura (sebo) a quantidade é de 1 a 3% de argila para o volume da gordura a ser processada. Porém, dependendo da qualidade das sementes de óleos, essa porcentagem tenderá a ser menor ou maior. Por exemplo, se a safra de óleo de soja (o óleo mais conhecido) teve períodos de chuva constantes e dentro de sua normalidade e nenhum fato natural ou não, ocorreu, a quantidade de argila para o branqueamento tenderá a ser mínima. Por outro lado, se foi uma safra de seca, a semente é dura, os contaminantes bastante difíceis de serem adsorvidos, então a quantidade de argila tenderá a ser bem maior. O mesmo ocorre se a safra apresentou níveis excessivos de chuva. A semente se mostrará macia, porém o teor de clorofila, por exemplo, será alto e da mesma forma se exigirá uma argila mais “potente” e/ou maior quantidade de argila, o que poderá resolver o problema eminente, porém, vai comprometer a velocidade de filtração. As mesmas considerações deve-se fazer no caso da gordura animal, pois depende da localização de origem da gordura, as características forrageiras do gado, o nível de “stress” causado no abate, etc. Velocidade de agitação - podemos dizer que existe uma grande inobservância sobre este fator, que é de muita importância para o branqueamento, visto que ele pode determinar maior ou menor tempo de processo e conseqüentemente, maior gasto ou maior economia em dinheiro. Conjuntamente ao fator velocidade de agitação, está a correta distribuição dos “quebra vortex” ou “quebra ondas”, inseridos aos clarificadores e de suma importância na agitação. Cada equipamento deve ser cuidadosamente dimensionado e observado para se definir qual a melhor velocidade de agitação em RPM e a exata distribuição dos quebra ondas. Tempo de agitação - Temos observado, na grande maioria das refinarias, o verdadeiro descaso que se faz em relação ao tempo de agitação, ou trabalho, para a obtenção do branqueamento desejado. Obviamente que com uma eficiente argila branqueante e que apresente uma eficiente ADSORÇÃO, nenhum efeito, químico ou físico,indesejado, irá ocorrer ao óleo ou à gordura. Estamos falando aqui, da perda de dinheiro para a empresa. Temos verificado que operadores, ou por questões de inobservância, desconhecimento ou pela própria sistemática de condução ou distribuição de trabalho na empresa (atenção PCP), deixam o óleo ou a gordura no clarificador por tempos extremamente demasiados, sem que haja benefício algum ao processo, apenas como já dissemos, jogando dinheiro pelo ralo. Nossa experiência nos tem mostrado que para os óleos vegetais, o tempo de trabalho ou agitação, após a entrada do material branqueante, é de 25 minutos e para a gordura (sebo) é de 18 minutos. Após estes tempos, a argila clarificante não terá mais função alguma, pois a adsorção já se processou. Portanto, há que se atentar para este grande fator econômico. Velocidade de filtração – A distribuição granulométrica de uma argila é que vai determinar a maior ou menor velocidade de filtração. A menor velocidade de filtração, com certeza implicará na rápida saturação das células e tecidos do filtro prensa (vale também para os filtros centrífugos) e a parada obrigatória para desobstrução dos elementos filtrantes. Verdadeira perda de tempo e dinheiro para a empresa. Todos os fabricantes de argilas clarificantes convergem para o mesmo ponto em relação à perfeita distribuição granulométrica. Cor do filtrado - Este é um parâmetro que mereceria, por parte de todos os envolvidos, uma especial atenção e poderia ser uma questão de amplo debate a respeito, principalmente para a gordura animal. Temos observado algumas exigências demasiadas perfeccionistas a respeito de parâmetros de branqueamento para alguns tipos de sabões em barra, que na realidade estariam superestimados para este tipo de produto e aí também pode se promover uma economia de elemento clarificante. Mas, cremos ser este um ponto polêmico e demandaria muita discussão a respeito. De qualquer forma, estamos abertos à isso e nos colocamos à disposição para quem quiser justificar seus argumentos. Retenção de óleo ou gordura na torta de filtração - Este ponto também, com certeza, provocará discussão dos envolvidos. As argilas comerciais encontradas no mercado e ativadas através de ácidos, sulfúrico ou clorídrico, retêm, não menos que 30% de óleo ou gordura na torta, obrigando a se passar ar comprimido pelo filtro, o que mais uma vez, representa perda de tempo e dinheiro. Este processo de aspersão de ar ao filtro se aplica de forma mais útil ao óleo vegetal e mesmo assim não aumenta em quase nada a recuperação do óleo na torta de filtração. Quanto à gordura animal, a perda é ainda maior, visto que a mesma irá se resfriar e voltar ao estado sólido, ainda no filtro. Aplicar vapor ao filtro não é recomendado, pois provocará a instabilidade do óleo ou gordura, o que provocará a reversão da cor, quando na estocagem dos mesmos. Torta de filtração (resíduo do filtro) - Este é um dos pontos mais preocupantes e com certeza, tira o sono de muitos empresários. O que fazer com o resíduo, a não ser enviá-lo aos aterros industriais, pagar por este envio e se tornar eternamente responsável pelo mesmo se algo de errado ocorrer? Todas as argilas ativadas, encontradas hoje no mercado, tanto as produzidas internamente, quanto as importadas, são ativadas por meio de ácidos, sulfúrico ou clorídrico. Não vamos entrar no mérito da questão, em relação aos contaminantes e nos tratamentos dos efluentes destas empresas. Nossa visão está voltada para o consumidor desta argila que também terá um passivo realmente problemático. Temos visto e presenciado, alguns acidentes, exatamente no intermédio entre a estocagem da torta na empresa e o envio ao aterro. Ao se estocar a torta, resultante da filtração, qualquer aumento da temperatura, associado ao ácido contido na argila, mais uma brisa que casualmente, passe por perto, está feito o estrago. É a chamada e velha conhecida de alguns usuários: a combustão espontânea. Em alguns casos que presenciamos, a torta estava depositada no interior da empresa, próxima às caixas de disjuntores e fontes de energia e em outros, sob plataformas de clarificadores. Na maioria dos casos, o prejuízo é enorme. O que fazer? Durante anos, e lá se vão dezesseis anos, estamos estudando possibilidades de se produzir argilas clarificantes, ativadas, sem a presença de ácidos em sua composição. Portanto, ecologicamente corretas e que trouxessem em seu desempenho, a mesma qualidade das argilas ativadas por meio ácidos, que sem dúvida promovem resultados muito bons em se tratando de branqueamento e obtenção de baixos níveis de cores. Pensamos assim, em desenvolver argilas ativadas por meio não ácidos, com os mesmos resultados de branqueamento que as demais, cuja torta de filtração pudesse servir à outras finalidades que não a deposição em aterros industriais e com isso, fazer com que o empresário visse aí, uma fonte de renda ao invés de preocupação e altos gastos . Uma argila, que por sua simplicidade operacional, fosse mais barata que as argilas oferecidas pelo mercado e mais, que retivesse menos óleo ou gordura na torta. Nestes anos de estudo e desenvolvimento, enfrentamos várias dificuldades, visto que idéias novas nem sempre são bem vindas, quando já se está acomodado com o que se trabalha há cerca de quarenta anos. Havia que se quebrar paradigmas, mudar mentalidades, transformar pessoas,, quando a pesquisa e desenvolvimento têm seu próprio tempo de maturação e confiabilidade e estes fatores são determinados por resultados, que nem sempre andam na mesma velocidade do desejo de lucrar . Finalmente, depois de muito trabalho, derrotas e sucessos, em 2010, com suporte técnico cientifico da UNICAMP e da Universidade Federal de Santa Catarina, conseguimos chegar ao final (aliás, final é um termo que não deve ser aplicado pois em desenvolvimento isto não existe) do desenvolvimento e obtivemos nossa patente. Hoje, podemos afirmar que existe no mercado, argilas ativadas sem ácidos, ecologicamente corretas, que garantem bons resultados de branqueamento e remoção de contaminantes, boa velocidade de filtração, níveis de retenção de óleos e gordura entre 16-18%, bem abaixo das demais, sem o inconveniente da combustão espontânea e cuja torta de filtração, isenta de ácidos e rica em nutrientes, pode servir para a produção de ração animal, farinha de ossos, adubos e fertilizantes e finalmente, com um preço bastante atraente em relação às demais argilas do mercado. A PEGMATECH - Especialidades Tecnológicas, uma empresa do Grupo BENTONISA – Bentonita do Nordeste S.A., empresa com mais de trinta anos trabalhando com argilo minerais, com jazidas próprias que somam algo em torno de 32 milhões de toneladas a serem exploradas, tem a licença para a produção das argilas ativadas sem ácidos, utilizando-se de suas jazidas de Bentonita da região de Boa Vista e Campina Grande, no Estado da Paraíba. A empresa conta com pessoal técnico que reúne vários anos de experiência de mercado e oferece, gratuitamente, aos seus clientes, curso de aperfeiçoamento para o pessoal de operação, exatamente, visando a fixação dos pontos levantados neste trabalho e objetivando, principalmente, a redução de custos operacionais e introduzindo as empresas na utilização de produtos ecológicos . Ponto de Vista 65 Caderno Técnico 3 64 Alexandre Ferreira Diretor Técnico e Comercial do Grupo BC Empreendimentos Vice Presidente da ALAPRE Crescer, Expandir, Vender ... O empresário encontra o pescador numa praia ensolarada, deitado numa rede à sombra de uma árvore e lhe pergunta : Por quê você não está pescando agora ? Assim poderia pescar mais, comprar outros barcos, expandir, vender ... mais tarde você poderia ficar numa boa, só descansando. O pescador sorri e lhe diz : já tenho tudo isto, não preciso trabalhar mais. Para os que já estão enjoados com a propaganda do banco que repete a história acima a cada cinco minutos na televisão, minhas sinceras desculpas, mas imagino que talvez se perguntem o que é que isto tem a ver com reciclagem animal ? Na verdade nada, porém eu também posso perguntar : O quê move o empreendedor ? Por quê alguém que muitas vezes já tem mais do que precisa para viver e até mesmo já realizou seus objetivos continua a buscar novas metas ? O Brasil já possui um mercado interno para suas farinhas e gorduras e mesmo assim a ABRA está promovendo um projeto de internacionalização do setor de reciclagem animal. Ao exportarmos nossos produtos, além de podermos encontrar melhores preços, podemos adicionalmente promover uma equalização do mercado interno “por cima”. Ações e reações . Mercados mais atraentes costumam ser mais exigentes, desta maneira as consequências da busca de novas fronteiras, além da lucratividade , se traduzem em maiores investimentos e muito trabalho. Desta maneira evoluem o parque industrial e os profissionais ligados direta ou indiretamente à cadeia. Reconhecer e saudar as pessoas de espírito empreendedor é estar aberto ao progresso e ao desenvolvimento. Realizar nossos dons acaba por ser inclusive, para quem acredita, uma ação divina. Recorre-se à parábola dos talentos de ouro, onde o servo ruim enterra o talento que recebeu para devolvêlo aos senhor no fim de sua vida tal qual como o recebeu. O servo mediano utiliza seus talentos de forma a produzir igual valor em sua vivência, porém o servo de valor utiliza seus talentos para o crescimento. Multiplica-os ao longo de sua vida pois sente o impulso divino da realização. Por isto parabenizo às pessoas e empresários que a despeito das dificuldades ou até mesmo das facilidades oferecidas pelo sucesso já alcançado continuam determinados em Crescer, Expandir, Vender ... Vanderlei Mariotto trabalha na Pegmatech – Especialidades Tecnológicas, Grupo Bentonisa. Contatos através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 99759 5469 Até a próxima! Alexandre Ferreira 66 67 Assinaturas Índice ASSINATURA DA REVISTA Graxaria Brasileira Você pode solicitar o recebimento da Revista Graxaria Brasileira. Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para: Nome: Empresa: Complemento: Cidade: Cep: UF: Fone: ( ) Fax: Haarslev Industries _ 37 (41) 3389-0055 [email protected] www.haarslev.com Abra _ 47 (61) 3201-7199 [email protected] www.abra.ind.br Informe Agro Business _ 63 (11) 3853-4288 [email protected] www.agroinforme.com.br a Anhembi Agro Industrial (11) 3685-8907 [email protected] Ipufol _ 35 (49) 3449-0372 [email protected] Benger Máquinas _ 59 (11) 4161-1090 www.benger.com.br Julian Máquinas _ (14) 3621-6937 [email protected] Bovimex _ 61 (14) 3413-2700 www.bovimex.com.br LDS Máquinas _ 2 Capa (14) 2104-3200 [email protected] www.ldsmaquinas.com.br _ 63 Braido _ 59 (11) 4368-4933 [email protected] Endereço: Nº: Aboissa _3 Capa (11) 3353-3000 [email protected] www.aboissa.com.br Dupps _ 5 (+1) 937-855-6555 www.dupps.com Dux Grupo _ 13 (11) 4442-4799 www.duxgrupo.com.br [email protected] Eurotec Nutrition _ 29 (48) 3279-4000 [email protected] ( ) Cargo: Tipo de Empresa: ( ) Graxaria Independente ( ) Graxaria / Frigorífico ( ) Fornecedor de Máquinas / Equipamentos ( ) Fornecedor de Insumos e Matérias-Primas ( ) Prestadores de Serviços ( ) Biodiesel ( ) Cliente Graxaria ( ) Consultoria / Assessoria ( ) Universidades / Escolas ( ) Outros: Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 Cep: 04004-000 / São Paulo (SP) (11) 2384-0047 ou por [email protected] Farima _ 51 (44) 3544-1292 [email protected] www.farima.com.br _9 Fimaco do Brasil (47) 3525-1000 [email protected] www.fimacodobrasil.com.br Folem _ 35 (46) 3544-2000 [email protected] www.folem.com.br Gava _ 15 (11) 3105-2146 [email protected] www.joaogava.com.br 49 a Martec – Grupo SJG (14) 3342-3301 (11) 4018-4222 _ 55 Nord Kemin _ 23 (49) 3312-8650 www.kemin.com Nutract / Qualimix _ 10 (49) 3329-1111 [email protected] www.qualimix.com.br e 11 Nutriad _ 21 (19) 3206-0199 www.nutriad.com.br Patense _4 Capa (34) 3818-1800 [email protected] www.patense.com.br a Prestatti _ 35 (54) 2107-7500 www.prestatti.com.br Qualyfoco _ 61 (49) 3444-1422 [email protected] www.qualyfoco.netcon.com.br Razzo _ 17 (11) 2164-1313 [email protected] www.razzo.com.br Geza _ 25 (34) 2108-4353 www.geza.com.br Reciclagem _ 27 (65) 3029-1063 [email protected] www.reciclagemind.com.br Giglio _ 51 (11) 4368-1822 [email protected] www.giglio.com.br Sincobesp _ 33 (11) 3237-2860 [email protected] www.sincobesp.com.br Grande Rio Reciclagem _ 39 (21) 2765-9550 [email protected] www.grgrupo.com.br Tecitec _ 43 (11) 2198-2200 [email protected] www.tecitec.com.br Grupo Braido _45 (11) 4227-9500 [email protected] www.grupobraido.com Thor Máquinas _ (55) 3211-1515 [email protected] www.thor.com.br 19 68
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