Revista Fecomércio - Abril

Transcrição

Revista Fecomércio - Abril
Ano XVII nº 181 – Abril 2013
Trato feito
Com as novas regras em vigor, o FCO se torna cada vez
mais viável para quem quer investir no DF
Entrevista // Pág. 8
Manoel messias nascimento melo
Secretário de Relações do Trabalho do
Ministério do Trabalho e Emprego
Desconto de Cobrança BRB
Sua empresa com boleto a
prazo e crédito quando quiser.
Antecipe o crédito* dos boletos de cobrança
bancária emitidos pelo sistema próprio**
ou Cobrança Web*** para a sua empresa.
Procure uma agência do BRB e saiba como
manter a liquidez do seu capital de giro.
* Sujeito à análise de crédito.
** Sistema próprio: desde que a carteira de títulos seja registrada no BRB.
*** Cobrança Web: facilidade de baixo custo disponibilizada para os clientes BRB.
• Você pode escolher qual
prestação quer adiantar.
• Prazo mínimo de 5 dias
e máximo de 180.
2
www.brb.com.br
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Uma nova marca. A atuação de sempre.
A marca da Fecomércio está presente na vida de milhares de brasileiros.
Afinal, ela defende e representa os empresários do comércio de bens,
serviços e turismo daqui. Gente que trabalhou duro e ajudou o Brasil a se
transformar. Agora, a marca da Fecomércio está se transformando também.
www.fecomerciodf.com.br
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
3
sumário
Fotos: Luana Lleras
Vida de
empreendedor
A transição de empregado
para empregador: conheça
histórias como a do
cabeleireiro e empresário
Thyago Ximenes (foto)
14
No centro
das atenções
Fecomércio-DF sediou o
7º Fórum das Entidades do
Setor Produtivo do CentroOeste em março. O próximo
será neste mês, em Goiânia
30
Circuito Sesc
Triathlon
Preparar-se para uma
competição que envolve três
modalidades requer tempo e
disposição. E isso não falta aos
atletas de Brasília
54
4
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
O final
pode ser feliz
Ainda há razão para reclamar da burocracia, mas quem consegue um
financiamento do FCO garante que todo o esforço vale a pena. Construção,
reformas, compra de equipamentos e garantia de capital de giro estão entre
as vantagens do fundo destinado ao Centro-Oeste
34
seções
8Entrevista
22Sindicatos
26Vitrine
27
Empresário do mês
33
Caso de sucesso
38
Direito no trabalho
40
Gastronomix
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
43
Agenda fiscal
49Economia
52Gente
59Segredos do
marketing digital
60
Pesquisa conjuntural
66
Pesquisa relâmpago
5
cartas
Endereço
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília – 70306-911
(61) 3038.7500 – www.fecomerciodf.com.br – twitter.com/fecomerciodf
Presidente
Adelmir Araújo Santana
Diretoria
Miguel Setembrino Emery de Carvalho • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Clayton Faria Machado • Francisco Maia
Farias • Antônio Tadeu Peron • Edy Elly Bender Kohnert Seidler • Fábio de Carvalho • Francisco das Chagas Almeida • José
Aparecido da Costa Freire • José Carlos Ulhoa Fonseca • José Geraldo Dias Pimentel • Oscar Perné do Carmo • Cecin Sarkis
Simão • Hamilton César Junqueira Guimarães • Miguel Soares Neto • Paolo Orlando Piacesi • Roger Benac • Joaquim Pereira dos Santos • Diocesmar Felipe de Farias • Glauco Oliveira Santana • Suely Santos Nakao
Diretores Suplentes
Aldo Ramalho Picanço • Alexandre Machado Costa • Álvaro Jose da Silveira • Ana Alice de Souza • Antonio Delgado Torres •
Bartolomeu Gonçalves Martins • Carlos Hiran Bentes David • Clarice Valente Aragão • Edson de Castro • Elaine Furtado • Francisco Joaquim Loyola • Francisco Valdenir Machado Elias • Jó Rufino Alves • João Ricardo de Faria • José Fagundes Maia • Luiz
Alberto Cruz de Moraes • Milton Carlos da Silva • Osório Adriano Neto • Paulo Targino Alves Filho • Sandoval Antonio de Miranda
Conselho Fiscal
Arnaldo Sóter Braga Cardoso • Arnaldo Rocha Mudim Junior • Raul Carlos da Cunha Neto • Maria Auxiliadora Montandon
de Macedo • Henrique Pizzolante Cartaxo
Conselho Consultivo
Mitri Moufarrege • Antônio José Matias de Sousa • Laudenor de Souza Limeira • Luiz Carlos Garcia • José Djalma Silva
Bandeira • Orlando Antônio Vicente Taurisano • Rogério Tokarski
Contribua com sugestões, críticas e
comentários sobre os assuntos que
são abordados na publicação. Envie
sua mensagem para Assessoria de
Comunicação da Fecomércio-DF –
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andar – Brasília – 70306-908 ou para
o e-mail [email protected].
(61) 3038.7527
//Gastronomia
Parabéns pela coluna Gastronomix!
As dicas de Rodrigo Caetano são
ótimas e eu gosto de conhecer os
lugares depois de ler uma boa crítica
sobre eles.
Fabiana Lima
Gestora em recursos humano
Diretor Regional do SESC
José Roberto Sfair Macedo
Diretor Regional do Senac
Luiz Otávio da Justa Neves
SUPERINTENDENTE DA FECOMércio
João Feijão
DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
Sindicatos filiados
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra,
Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros,
Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sinccab)
• Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e
Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações,
dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato
das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF
(Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis
e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato
do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios,
Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas
do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas
de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF
(Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos
Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do
Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc)
• Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc)
Sindicatos associados
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
Coordenador de Comunicação do Sistema Fecomércio-DF
Diego Recena
Revista Fecomércio
Coordenação Editorial - Editora Meiaum
Editora-chefe - Anna Halley
Editora-executiva - Paula Oliveira
Editor Fecomércio - Diego Recena
Editora Senac - Ana Paula Gontijo
Editor Sesc - Marcus César Alencar
Editora de fotografia - Luana Lleras
Repórteres - Ana Carolina Freitas, Ana Rita Gondim, Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Larissa Leite, Luciana
Bufáiçal, Luciene Cruz, Mariana Fernandes, Marina Marquez, Noelle Oliveira, Patrick Selvatti, Sílvia Barros e Sílvia Melo
Projeto gráfico e diagramação - Gustavo Pinto
Capa - Gustavo Pinto
Revisora - Anna Cristina Rodrigues
Impressão - Ediouro Gráfica Tiragem - 60 mil exemplares
6
Contato comercial
- Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – [email protected]
//Revista Fecomércio
É bom ter uma revista com conteúdo
dinâmico e que interage com o
comerciante, com a empresa e com os
consumidores. Bom trabalho.
Carlos Roberto Gomes
Militar
//Errata
Na edição 180, foi publicado no
texto em destaque da página 25 que
o faturamento alcançado em dois
anos por microfranquias foi de R$
3,7 milhões. O valor correto é R$ 3,7
bilhões. Na página 52, o ano é 2013,
não 2012.
editorial
Faz parte
do ciclo
A
educação é a grande saída
para diversos problemas
– se não a maioria deles
– que o Brasil enfrenta. Investir no ensino básico, preparar
as nossas crianças de maneira séria e responsável desde o
bê-á-bá se refletirá no desenvolvimento do País, nas relações
de trabalho e, por que não, no
sucesso das nossas empresas.
Sim, nas relações de trabalho. A
falta de capacitação da população
é imensa e preocupante. Como
empresários, enfrentamos isso
no dia a dia. Quantas vagas de
emprego colocamos disponíveis
no mercado e não conseguimos
preencher por falta de pessoas
habilitadas para a função?
Como não faz parte do nosso
feitio ficar parado esperando uma
solução cair do céu de repente,
o setor produtivo forma os seus
profissionais em cursos elaborados de acordo com a necessidade
das empresas que o compõem.
Por meio do Senac, habilitamos
milhares de brasileiros para atuar no mercado de trabalho seja
como técnicos ou acadêmicos.
E somos reconhecidos por isso.
Nossa entidade é uma das licenciadas pelo Ministério da Educação para oferecer cursos do
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Programa Nacional de Acesso
ao Ensino Técnico e Emprego, o
Pronatec. Todos os meses mostramos na Revista Fecomércio
histórias bem-sucedidas dos
nossos alunos, na seção Caso de
Sucesso (página 33).
A personagem desta edição,
Kamila Lima, enfrentou o desemprego e encontrou nas capacitações do Senac-DF uma maneira
de voltar ao mercado de trabalho.
Se, por um lado, ela estava procurando emprego, por outro, as
empresas estavam procurando
uma funcionária capacitada como
Kamila. Não tem jeito. As pessoas
dependem das nossas vagas e
nós dependemos das pessoas
para manter a nossa produção.
Mesmo depois dessa fase de
contratação, investir na capacitação do funcionário é fundamental
para conseguir corresponder às
expectativas e demandas do mercado. A Copa das Confederações
vem aí. Teremos somente um
jogo disputado em Brasília, mas
precisamos nos preocupar com
isso sim. É a imagem da qualidade do atendimento da capital da
República que está em jogo. Se
um cliente sair insatisfeito com os
nossos serviços, já podemos considerar que saímos prejudicados.
Paulo Negreiros
Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF, entidade
que administra o Sesc, o Senac e o
Instituto Fecomércio no Distrito Federal.
7
//entrevista
Empregados X
empregadores
//Por Paula Oliveira
O Brasil encerrou 2012 com taxa de desemprego em 5,5%, quase 1%
abaixo da expectativa do governo, mas o índice menor não significa
que o País esteja em situação de pleno emprego. O secretário
de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego,
Manoel Messias Nascimento Melo, chama a atenção para o
fato de que as desigualdades sociais brasileiras ainda não foram
totalmente superadas e de que o emprego não está distribuído de
forma igualitária entre as regiões, as faixas etárias e os gêneros.
Ex-integrante da Central Única dos Trabalhadores, Melo defende
que, antes de se pensar em reforma das leis trabalhistas, é preciso
reforçar legalmente os sindicatos laborais e patronais.
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revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Fotos: Luana Lleras
Manoel Messias
Nascimento Melo
Secretário de Relações
do Trabalho do
Ministério do Trabalho
e Emprego
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Podemos ficar confortáveis com o
atual nível de desemprego?
Ao analisar os dados gerais com
o olhar técnico, é perceptível que
o País está em uma situação de
pleno emprego, ou seja, estamos
bem. O desemprego abaixo de 6% é
confortável, mas precisamos considerar que o Brasil tem dimensões
continentais e, por isso, é muito
diverso. Os dados gerais, portanto,
não retratam com fidelidade a realidade. Se desmembrarmos a população, vamos ver que temos nível
de desemprego alto na juventude,
acima de 6%. A juventude negra se
mostra mais desempregada. Se
considerar jovem, negra e mulher,
o índice é mais alto ainda. As desigualdades da sociedade brasileira
não foram superadas. Você tem um
olhar no geral mais positivo, mas,
se fizer o recorte de idade ou de
gênero, a situação muda um pouco.
Temos disparidades também entre
as regiões. Salvador e Recife, por
exemplo, que são duas capitais que
historicamente tinham índice de
desemprego muito alto, estão em
situação melhor. Porém, o desemprego ainda está bem acima dos
6%. Temos muito a caminhar.
Qual seria a solução?
A qualidade do ensino. Essa é a
questão essencial para se enfrentar hoje no Brasil. Precisamos de
mais educação de qualidade e isso
é o que vai potencializar o emprego
nesses bolsões menos favorecidos.
Precisamos também manter as
políticas públicas e os investimentos
regionais. Não podemos perder o
que já conquistamos – a descentralização dos investimentos – e
precisamos continuar com a política
de desenvolvimento das diversas
regiões do País. Esses são os componentes que julgo essenciais para
o desenvolvimento do emprego. Aí,
10
sim, teremos pleno emprego em
qualquer recorte que fizermos do
Brasil. Porém, essas questões não
são resolvidas em pouco tempo. São
planejamentos para longo prazo.
O senhor considera que houve
melhoria nas condições de trabalho?
Talvez as pessoas não percebam, mas vivemos no Brasil um
momento histórico que consegue
conciliar um longo período de democracia com um de crescimento
econômico e com políticas de dis-
As desigualdades da
sociedade brasileira
não foram superadas.
Você tem um olhar no
geral mais positivo,
mas, se fizer o recorte
de idade ou de gênero,
a situação muda
um pouco.
tribuição de renda. Essa mistura
possibilita que os setores sociais,
particularmente os envolvidos nas
questões do trabalho, construam a sua relação de forma mais
democrática. Uma relação mais
equilibrada entre patrões e empregados, por meio de seus sindicatos,
permite esse avanço. Não podemos
nos esquecer de que temos ainda
informalidade grande. Além de
trabalhadores informais, existem
os que trabalham por conta própria.
Ou seja, esse número pode ser bem
maior, se considerarmos o que
ocorre na informalidade e que não é
contabilizado. Os componentes levados em consideração para avaliar
as condições de trabalho são renda,
jornada (horas extras) e acidentalidade. Ainda temos muito. Foram
715 mil acidentes de trabalho em
2012 no mundo formal celetista.
Quais são os principais conflitos
entre patrões e empregados?
Inegavelmente, há um avanço
das relações de trabalho, o País
construiu um ambiente de negociação em vários setores. O que causa
o conflito? Duas questões básicas.
Os acordos coletivos avançaram,
mas há dificuldade em efetivá-los.
Há muito descumprimento do negociado. Se olharmos os conflitos
tanto individuais quanto coletivos
(greves), a maioria tem a ver com o
descumprimento do que foi acordado. Os patrões se queixam de
que a legislação brasileira é muito
detalhista, com diversas interpretações, e de que estão sujeitos a
insegurança jurídica. Não importa
quem tem razão. Outro problema é
que a ação sindical ainda não é vista
como natural. Um instrumento que
os trabalhadores podem usar é a
greve, que precisa de regulação e
de algumas mudanças legais, mas
é um instrumento importante. A
relação patrão/empregado deve
estar pautada no equilíbrio. O patrão, dono do capital, tem uma série
de poderes. Os trabalhadores têm
uma série de deveres e direitos.
Há necessidade de reforma das leis
trabalhistas?
Em primeiro lugar, as questões
sindicais precisam ser atualizadas.
A negociação coletiva no Brasil é
pulverizada, fragilizada, envolve
sindicatos sem muita representatividade e tem o problema da efetividade das coisas. Temos que mudar
as leis sindicais para fortalecer a
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
representatividade dos sindicatos e,
assim, fortalecer a negociação coletiva. Se existirem entidades representativas dos dois lados, apoiadas
por uma legislação forte, aí pode-se
pensar em atualizar as leis trabalhistas. Temos que respeitar alguns
princípios, mas é possível promover
algumas mudanças. É óbvio que
alguns pontos da Consolidação
das Leis do Trabalho já foram superados historicamente porque a
economia mudou, as relações de
trabalho mudaram. Mas antes de
tudo, é preciso ter essas questões
sindicais resolvidas. Por exemplo,
o negociado sobrepor o legislado.
Se tivéssemos sindicatos fortes,
poderíamos ter essa discussão no
Brasil, mas, por enquanto, isso não
faz sentido.
Essas mudanças estão em pauta?
Existem propostas antigas paradas no Congresso Nacional. Na
questão sindical, não temos um
debate mais amplo que busque
mudar. Não tem hoje nenhuma discussão concreta no que diz respeito
a mudanças na legislação sindical.
Será um processo mais lento do
que se deseja.
A lentidão da Justiça prejudica as
relações de trabalho?
O ideal é que tenhamos a possibilidade de resolver os problemas
via negociação coletiva. A busca
pela Justiça é de direito, mas não
é o melhor caminho, se tivermos
instrumentos mais eficazes de negociação. Mas isso é um processo.
Ainda temos muito a avançar para
que a gente possa falar de negociações democráticas. A quantidade
de processos na Justiça não é um
bom sinal. Vamos considerar que
mais da metade dos processos seja
de trabalhadores reivindicando
o que não é de direto. É um sinal
ruim. Se o contrário ocorre, reivindicando direitos não cumpridos,
é pior ainda. Mostra que temos
muito a avançar nas relações de
trabalho no Brasil. Como ocorre
em outros países, não temos dentro
da empresa uma ação sindical, não
há estabilidade suficiente para os
trabalhadores se sentirem confortáveis para reivindicar seus direitos.
São questões ruins para os dois lados. O Brasil enfrenta problemas de
produtividade e baixa qualidade de
produção. Não vamos elevar a produtividade se as relações de traba-
lho não forem estáveis. É óbvio que
o trabalhador que vive ameaçado
de demissão não vai render tanto.
Ou que o empregador que está inseguro quanto à legislação não terá
tanta tranquilidade para contratar.
Como o empresário pode se
proteger?
Além da elevada carga tributária,
há a instabilidade jurídica, com as
diversas interpretações das leis.
Ele precisa se proteger para que o
trabalhador depois não o acione na
Justiça. Repito: se reforçarmos os
mecanismos de negociação coletiva,
de diálogo via sindicatos, garantiremos proteção para os dois lados. O
patrão que cria uma relação mais
flexível com o empregado corre o
risco de que isso seja revertido em
cobrança de horas extras indevidas
e absurdas. Por isso, temos que
mudar a legislação para aproximar
os sindicatos laborais e patronais e
incentivar a negociação dos problemas dentro do local de trabalho. A
legislação trabalhista brasileira não
responde a algumas questões e,
para o micro e pequeno empresário,
a legislação deveria ser diferenciada, mas não é, e isso dificulta.
Se reforçarmos os
mecanismos de
negociação coletiva, de
diálogo via sindicatos,
garantiremos proteção
para os dois lados.
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11
capacitação
Welcome to
Brasília
//Ana Rita Gondim
Bares e restaurantes preparam-se para
receber bem os estrangeiros
C
om a proximidade de eventos
internacionais esportivos – o
jogo de abertura da Copa
das Confederações, em junho, e
partidas da Copa do Mundo, no ano
que vem –, bares e restaurantes
investem principalmente na comunicação em inglês, no atendimento e
na decoração.
O investimento depende da visão e da gestão de cada empresário
e da proposta do negócio, além da
localização (se está no roteiro turístico ou não). Segundo o presidente
do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares (Sindhobar),
Clayton Machado, as exigências
mudam de acordo com o ambiente
a que o turista decide ir. Num restaurante, por exemplo, a necessidade de investimentos é maior pela
formalidade do local, diferentemente de um bar, onde as pessoas
podem até mesmo recorrer à mesa
ao lado para tirar dúvidas.
A qualificação, com ou sem eventos esportivos, nunca é demais. É o
que pensa o proprietário do restaurante Dom Francisco no clube da
Associação dos Servidores do Banco
Central. Francisco Ansiliero, de 73
anos, acrescentou aos treinamentos
feitos constantemente o de atendimento de salão (postura do garçom,
como explicar os pratos e sugeri-los,
harmonização de pratos com bebi-
das). Também investiu no ensino de
noções básicas de inglês e na edição
bilíngue do cardápio, apesar de acreditar que seu restaurante não será
alvo de muitos estrangeiros devido à
distância do Plano Piloto. “Investir no
pessoal tem que ser uma filosofia do
restaurante, tem que haver preocupação contínua”, ressalta.
Para Francisco, a Copa das Confederações será um teste para os
estabelecimentos avaliarem as reais
necessidades de investimentos que
poderão ser feitos para a Copa do
Mundo. Isso somado à própria característica da capital, que, segundo
ele, mais dissipa para outros lugares
do que atrai os turistas. Um fator
que facilita o serviço de Brasília, diz,
é o fato de a cidade já abrigar embaixadas do mundo inteiro.
//Brasilidade
A Choperia Maracanã, na 207
Norte, quer que os gringos se sintam à vontade. Dois funcionários
fazem curso de inglês e, em abril,
a casa terá novo cardápio traduzido
para o mesmo idioma. Luiz César
Matheus Gottschall Filho, de 30
anos, um dos sócios do estabelecimento, também vê a Copa das Confederações como teste. “Se houver
necessidade de mais investimentos,
eles serão feitos para melhor atender a clientela durante a Copa do
Mundo.” A expectativa é, segundo
ele, que três garçons e dois gerentes
tenham conhecimento mais aprofundado da língua inglesa.
Outra intenção é melhorar o
visual da choperia com itens mais
brasileiros e cores mais vivas. Eles
estão negociando, já para este ano,
com a Companhia de Bebidas das
Américas (Ambev), uma decoração
que valorize mais o futebol e o samba, o grande foco do local. Além disso, os sócios querem acrescentar ao
menu pratos tradicionais do Rio de
Janeiro e transformá-los em petiscos, a fim de cativar os turistas com
a gastronomia brasileira.
Diferentemente de Francisco,
Luiz César acredita que a capital será
um dos lugares prediletos para o turismo durante o período dos eventos
e que por isso melhorar o atendimento é necessário.
Para o presidente do Sindhobar, a qualificação estimulada pelos
grandes eventos trará resultados não
apenas para os estabelecimentos,
mas para a cidade como um todo. “A
gente tem que aproveitar essas oportunidades não pura e simplesmente
do evento, mas a chance de visibilidade das nossas casas”, enfatiza.
//Capacitação
Ainda dá tempo de preparar os
funcionários. Uma das opções é o
Programa Sebrae 2014, que abrange
diversos segmentos empresariais
e propõe aumentar o nível de competitividade no mercado a partir de
um diagnóstico feito logo no início
do ingresso no programa. O Sebrae
arca com 70% da consultoria para
todos os empresários que participam do programa. Os interessados
podem obter mais informações pelo
site www.sebrae2014.com.br e pelo
telefone (61) 3362-1605.
O Ministério do Turismo, em
parceria com o Ministério da Educação, criou o Programa Nacional
de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego Copa (Pronatec Copa) e Copa
na Empresa. Criado em 2011, o
programa visa expandir, interiorizar
e democratizar a oferta de cursos de
educação profissional e tecnológica.
Os cursos são gratuitos. Entre eles
estão auxiliar de cozinha, garçom
e sommelier , além de cursos de
inglês, espanhol e língua brasileira
de sinais. Mais informações no site
www.pronateccopa.turismo.gov.br e
pelo telefone 0800 606 8484.
O Senac do Distrito Federal também oferece oportunidades de capacitação, requalificação, presenciais e
a distância, desenhadas sob medida,
de acordo com a necessidade de
cada negócio, nas áreas de gastronomia, idiomas, saúde, entre outras.
Detalhes no site www.copa2014.senacdf.com.br e pelos telefones (61)
3313.8805/8712/ 8713.
Para o setor de bares e restaurantes, o governo do Distrito Federal
oferece o curso de garçom, junto com
o curso de inglês, pelo programa
Qualificopa. Há também curso de
cozinheiro pelo programa + Autonomia com o foco nos trabalhadores
autônomos. Os cursos são gratuitos
e os alunos recebem vale-transporte,
alimentação, material didático, seguro
de vida, uniforme. Depois, são encaminhados para o mercado. Os interessados podem obter mais informações
pelo site da Secretaria de Trabalho
(www.trabalho.df.gov.br) ou procurar
uma das agências do trabalhador.
Luana Lleras
O time do Dom
Francisco já está
em treinamento
para atender as
demandas das
competições que
ocorrerão em
Brasília.
iniciativa privada
Fotos: Luana Lleras
Por conta
própria
//Por Patrick Selvatti
Ter liberdade de criar e não precisar seguir
o estereótipo de funcionalismo da capital
são elementos de realização de vida para
empreendedores como o casal Angélica e Diego
Q
ue em Brasília a juventude
é educada a buscar a estabilidade de uma carreira
no serviço público não é novidade.
De uns tempos para cá, o mercado
de trabalho do DF tem ganhado
espaço na área de comércio e de
serviços para aumentar o fluxo de
profissionais em busca da carteira
assinada. Entretanto, vem surgindo
no cenário local uma geração de
jovens inquietos que, por não se
identificar com o relógio de ponto,
tem se arriscado no empreendedorismo.. Como o jovem empresário
14
Thiago Ximenes, de 25 anos, que
nunca se enquadrou no perfil de
concurseiro. Logo cedo, foi trabalhar
como cabeleireiro e, no quadro de
um dos mais famosos institutos de
beleza do Distrito Federal, o rapaz se
especializou. Diante de uma agenda
lotada, sem chances de crescimento
dentro da empresa após cinco anos
de dedicação, sentiu que era o momento de arriscar. Com uma amiga
esteticista, Neiva Augustini, abriu
o Ubber Beleza e Estilo após sentir
que tinham condições financeiras
para assumir a empreitada. “Todo
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
brasileiro acha que nasceu para
ser empresário, porque é esperto
por natureza. Entretanto, abrir seu
próprio negócio e ser bem-sucedido
não é tão simples. É preciso dedicação, conhecimentos de administração e, principalmente, perseverança”, ensina.
O maior desafio que o empresário encontrou foi conciliar o
trabalho artístico com as tesouras
e a capacidade de administrar
pessoas e documentos. “Dividimos as tarefas, cada um com sua
responsabilidade, eu cuidando do
pessoal empregado e minha sócia
da contabilidade”, explica. Nos
últimos três anos, o rapaz dedicouse integralmente a atender uma
agenda cada vez mais lotada, que
se intensificou no ano passado.
Para Ximenes, não existe uma
receita de sucesso. Ele acredita que
a organização financeira é sempre
o melhor caminho, já que vivemos
em um País que, mesmo com o seu
famoso jeitinho, não facilita muito
as coisas.
O Brasil não é nem de longe um
dos melhores países para ser empreendedor por causa da alta carga
tributária e da legislação trabalhista
rigorosa. O economista Gil Guimarães, de 42 anos, conhece bem
essa realidade desde os tempos de
faculdade. Caminho absolutamente
natural naquela época, o estudo de
números o levou, ainda estudante,
ao primeiro cargo público, no Tesouro Nacional, e logo após à Secretaria
de Estado de Fazenda do Distrito
Federal. Foram cinco anos de envolvimento com orçamentos de governo, promoções e cargos de natureza
política. “Mas havia dentro de mim
uma insatisfação muito grande com
aquela rotina. Eu não era feliz até ter
tido a coragem de tirar um período
sabático que mudou minha vida”,
conta ele, que, em 1998, por ocasião da Copa do Mundo da França,
decidiu estudar francês e passou a
conhecer mais sobre vinhos, uma de
suas grandes paixões. Graças a uma
licença-prêmio somada com férias e
horas extras, pôde fazer as malas e
passar uma temporada de seis meses em Paris. Lá, investiu em cursos
de enologia e gastronomia, aperfeiçoou o idioma, descobriu um novo
mundo. “De volta a Brasília, não
consegui mais me adaptar à realidade burocrática. Me senti sufocado
e, dois meses depois, aproveitei um
programa de demissão voluntária e
saí”, explica Gil, que, antes do abandono total da zona de conforto, já havia aberto uma banca de venda de
vinhos e petiscos de padaria em uma feira do
Lago Norte. Era o
embrião do que
seria hoje a
Baco Pizzaria, marca
que está
presente nas duas asas de Brasília e
emprega cerca de 70 pessoas.
Quando tomou a decisão de seguir seu sonho, Gil tinha 29 anos
e ainda morava com os pais. Isso,
segundo ele, foi um facilitador, já
que sua recisão contratual não
rendeu muito dinheiro. Porém, o
espírito empreendedor, afirma ele,
foi o grande fator de sucesso do seu
negócio. “Quando abri a banca na
Quituart, já tinha a loja da Asa Norte
como alvo. As pizzas que servíamos
entre os quitutes tinham muita saída
e eu decidi transformar o negócio
numa pizzaria em menos de um
ano”, conta o empresário – que hoje
também é sócio do restaurante
Parrilla Madrid. Ele admite que teve
sorte de pegar o boom do interesse
geral pela boa gastronomia, mas
observa que também sofreu muito
preconceito. “Naquela época, fui
visto com maus olhos quando voltei
da França querendo sofisticar a culinária local e não recebi muito apoio
nessa loucura de abrir mão da estabilidade”, conta. “Mas fui obstinado
no meu objetivo, abri mão do que
foi preciso nos momentos certos e, em
nenhum dia
Thiago Ximenes combateu
a insatisfação profissional
tornando-se dono de um
salão de beleza.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
15
De funcionário do
Estado a dono de
pizzaria. Gil Guimarães
não conseguia lidar
com a burocracia do
serviço público e queria
liberdade.
sequer, me arrependi. Se eu tivesse
fraquejado, hoje seria um exemplo
de marido e pai infeliz”, argumenta.
//Sem receio de arriscar
O medo do recomeço em um
lugar desconhecido leva muito empreendedor a deixar passar grandes
oportunidades ou simplesmente não
as enxergar. Por não querer perder
o momento que avaliava como ideal,
a jornalista Angélica Brunacci, deu
o primeiro passo. Trabalhando para
uma das maiores empresas de comunicação do País, no atendimento
direto a um ministro de Estado, não
hesitou em pedir demissão para cuidar do negócio que o marido havia
16
aberto. Para prestar serviços a uma
empresa, o gerente de tecnologia
da informação Diego Viégas, de 32
anos, precisou de CNPJ para receber seu salário e deu início a oferta
de outros serviços paralelos. “No
processo de construção de sites
corporativos, ele enxergou a necessidade de produção de conteúdo de
comunicação e eu vislumbrei um
nicho pouco explorado, de oferta de
serviços unificados de comunicação
e tecnologia para o setor privado. Se
eu não tomasse a rédea da situação,
perderíamos a chance”, conta a jornalista de 34 anos, que hoje é sócia
do marido na dotPro Tecnologia e
Comunicação, empresa que funcio-
na com duas funcionárias e alguns
colaboradores ocasionais.
Não demorou muito para Viégas
assumir integralmente sua posição
de sócio e, há três anos, o casal vive
bem a partir da escolha que fizeram.
“Tínhamos uma reserva financeira
razoável para seis meses de sobrevivência e isso ajudou bastante. Hoje
ainda não conseguimos equiparar
os rendimentos que tínhamos como
funcionários, mas tudo foi planejado”, explica o empresário, que
encontrou no sistema de tributação
Simples o caminho para uma melhor gestão financeira. “Acho o imposto que pagamos justo, não tenho
de que reclamar”.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
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revista FECOMÉRCIO | abril 2013
17
articulação
União
fortificante
//Por Luciana Bufáiçal
//PAC-PME
Como um grupo de 60 empresas e entidades
está ajudando pequenos empreendedores a
encontrar caminhos para conseguir capital e
investir nos negócios
O Programa de Aceleração do Crescimento para Pequenas e Médias Empresas oferece cursos para orientar os pequenos e médios empresários sobre o investimento em bolsa
de valores e outras formas de captação de recursos para o
negócio (emissão de debêntures, por exemplo). Além disso,
os idealizadores da iniciativa oferecem capacitação para que
os pequenos empresários aprendam a vender seus produtos
pela internet (por meio de site próprio ou de clubes de compra
coletiva) e a criar um relacionamento com os clientes pelas
redes sociais. Um grupo de consultores e especialistas está
disponível para tirar dúvidas e orientar os empreendedores,
sem custos para os empresários.
Com a consultoria, os 60 empresários, representantes de
entidades, bancos e outros setores da sociedade, esperam
aumentar a participação das pequenas empresas nas exportações brasileiras e criar mais de um milhão de empregos
formais nos próximos cinco anos. Ao todo, apoiam a iniciativa
15 bancos, 16 escritórios de advocacia, nove empresas de auditoria e 20 entidades e associações de classe. Entre os apoiadores, estão Banco Bradesco, BTG Pactual, Banco do Brasil,
Itaú, Santander, PricewaterhouseCoopers, Ernest&Young,
Movimento Brasil Competitivo, Federação do Comércio de São
Paulo (Fecomércio-SP) e o Instituto da Economia Criativa.
O cadastramento de pequenas e médias empresas pode
ser feito pelo portal do PAC-PME (www.pacpme.com.br). As
entidades que quiserem apoiar a iniciativa podem enviar um
e-mail para [email protected]
18
S
er dono de uma empresa é o
sonho de 43,5% dos brasileiros, segundo pesquisa sobre
o empreendedorismo no Brasil
realizada pelo Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae). Além de uma
boa ideia, para realizar o sonho, o
empreendedor precisa de dinheiro
para botar os planos em prática e
investir na empresa para expandir
os negócios e fazê-la crescer. É
aí que o empresário esbarra em
dificuldades que podem, inclusive, impedir que o sonho se torne
realidade. A falta de incentivos
financeiros, de políticas governamentais e as dificuldades de
acesso ao crédito são as maiores
preocupações do empresariado,
segundo aponta a pesquisa.
Percebendo essas dificuldades,
um grupo de empresários montou, em julho de 2012, o Programa
de Aceleração do Crescimento
para Pequenas e Médias Empresas
(PAC-PME). O objetivo é oferecer
capacitação e munir os empreendedores de conhecimento para que
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
queremos contribuir para destravar
esse mercado”, compara.
José Ricardo Roriz, diretor do
Departamento de Competitividade
e Tecnologia da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp), diz que a iniciativa não se
limita a garantir o acesso das pequenas e médias empresas à bolsa
de valores. Segundo o diretor da
Fiesp, uma das entidades que compõem o PAC-PME, o grupo também
quer fazer com que as empresas de
pequeno porte emitam debêntures,
tenham acesso mais facilitado a
financiamentos de longo prazo e
consigam a redução das exigências
nos empréstimos concedidos por
bancos públicos e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Quando as PMEs tentam acessar os bancos públicos ou obter
financiamentos mais longos, tudo
isso é muito caro. É inacessível para
essas companhias, as exigências
são enormes. Normalmente, só
empresas grandes têm condições.
Em 2007, 395 empresas
estavam listadas na Bolsa
de Valores de SP. Em 2012, o
número caiu para 361.
Fábio Pozzebom/ABr
eles aprendam outras formas de
obter dinheiro para investir e ter capital de giro. Mais especificamente,
os autores da iniciativa querem
inserir as empresas de pequeno e
médio porte na bolsa de valores e
abrir o capital dessas companhias.
O coordenador do portal do
PAC-PME na internet e um dos
idealizadores da iniciativa, o empresário Rodolfo Zabisky, conta que
nos últimos cinco anos, enquanto
o mercado mundial de IPO (initial
public offering , ou seja, abertura de capital de empresas para o
mercado de ações com o objetivo
de levantar capital pela sociedade
para utilizar como investimento)
cresceu 9%, no Brasil houve queda
na mesma proporção. Em 2007, o
Brasil tinha 395 empresas nacionais listadas na Bolsa de Valores
do Estado de São Paulo (Bovespa).
Em 2012, esse número caiu para
361, mostrando que as companhias
fecharam as portas para o investimento externo.
Nos últimos sete anos, uma
única empresa de pequeno porte
chegou à bolsa de valores. O mercado de acesso para a pequena e
média empresa se financiar inexiste no Brasil, segundo Zabisky.
“Hoje, a PME não tem acesso a
capital de crescimento. Ela cresce
com capital próprio, da família do
dono, acessando o mercado de
dívida de muito curto prazo”, diz.
Para ele, a pequena empresa não
tem acesso ao capital para poder
crescer e essa é a dificuldade que
se vê hoje. “Nos Estados Unidos
e na Europa, por exemplo, esse
mercado é muito importante. O Wal
Mart fez um dia uma operação de
R$ 20 milhões e virou o que é hoje.
A Microsoft, quando era uma empresa pequena, também fez. Então,
19
Com a queda dos juros básicos
no Brasil, por um lado, os bancos
têm interesse em aumentar seu
leque de empréstimos e, por outro
lado, as empresas querem investir,
querem comprar equipamento,
querem comprar soluções para
ficar mais competitivas, passar a
ter acesso a dinheiro mais barato.
Mas, mesmo com a queda dos juros, o spread não acompanhou essa
tendência. Nosso spread chega a
ser 12 vezes maior que a média de
outros países”, diz.
Roriz, diretor da Fiesp, argumenta ainda que, além do crédito
caro, o mercado para a abertura e
desenvolvimento de novas empresas no Brasil enfrenta outro problema: a burocracia.
“Para fazer um IPO no Brasil,
a empresa precisa ter um faturamento maior que R$ 600 milhões
por ano. Nos Estados Unidos, na
Coreia, na Índia, com R$ 20 milhões, R$ 30 milhões de faturamento, uma empresa consegue abrir
capital na bolsa. É muito caro abrir
capital hoje e é um processo que só
as maiores empresas têm condições de desenvolver. Além disso, há
uma série de exigências da Bovespa”, critica.
//Mais diálogo
Diante dessas dificuldades, o
grupo de empresários, representante de entidades e do setor bancário,
está em constantes reuniões com
autoridades para pedir apoio do
governo para a causa. O grupo quer
sensibilizar a presidente Dilma Rousseff para que ela inclua incentivos
para as pequenas e médias empresas na agenda do governo. O grupo
acredita que a criação da Secretaria
Especial da Micro e Pequena Em-
20
presa, com status de ministério,
aprovada no início do mês pelo Congresso Nacional, pode facilitar o
diálogo dos criadores do PAC-PME
com o governo.
Segundo Zabisky, para destravar
esse processo, o governo brasileiro
precisaria conceder dois incentivos:
levar as pessoas a investir nessas
pequenas companhias e isentá-las
do pagamento de Imposto de Renda sobre ganho de capital. Ou seja,
aquele que investir numa empresa
pequena – que tem mais risco e
menos liquidez – e mais tarde resolver vender sua participação ficaria
isento do pagamento de Imposto de
Renda sobre ganho de capital dessa
venda. “Outra demanda é a dedução
do IR dos custos que a empresa tiver para se formalizar, já que, para
acessar o mercado da bolsa, a empresa tem que estar 100% formalizada”, explica Rodolfo Zabisky. A
estimativa é que essa formalização
das empresas significaria mais de
R$ 10 bilhões em arrecadação.
Zabisky argumenta que o objetivo do PAC-PME está alinhado
com o que a presidente Dilma quer:
aumento do investimento privado
nas empresas brasileiras. “Ela está
falando em investimento privado
para financiar as empresas. É um
programa com orçamento de R$ 84
bilhões para a pequena empresa. É
dinheiro privado, não dinheiro público. Seria o 4º maior PAC em termos
de volume de orçamento, tudo privado. A presidente fala em melhorar
a competitividade da indústria e do
comércio no Brasil, e é exatamente
esta a razão do projeto”, alegou.
O diretor da Fiesp, José Ricardo Roriz, acredita que a adoção do
programa como agenda de governo
pode alavancar o crescimento do
R$ 20
milhões
foi o valor da operação
que o Wal Mart fez em
apenas um dia nos
Estados Unidos e virou
o que é hoje.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todas as riquezas produzidas no País. Em 2012, o
desempenho da economia frustrou
as expectativas do governo e registrou crescimento de 0,9%. Para este
ano, as autoridades preveem um
PIB de 4,5%.
“Hoje nos encontramos numa
situação muito perigosa: estamos
aumentando o consumo, mas não a
produção. O atendimento desse consumo se faz por meio de produtos
importados porque o Brasil perdeu a
capacidade de abastecer o mercado
nacional com produtos competitivos.
A forma de reverter esse quadro é
aumentar o investimento, a oferta de
produtos. A solução para sair desse
nó de não crescer e oferecer produtos a um preço que o consumidor
tenha condição de pagar é o investimento”, defende Roriz.
Para o diretor do Departamento
de Tecnologia e Competitividade da
Fiesp, outro entrave para a entrada
das pequenas e médias empresas
no mercado de valores é o desconhecimento. “Até hoje a inteface
entre o mercado financeiro e as em-
presas é feita pela área financeira e,
muitas vezes, a empresa não sabe
nem como fazer para acionar o mercado de capitais”, explica. Por isso,
a tarefa principal do PAC-PME é divulgar essa alternativa de captação
de recursos aos pequenos e médios
empresários.
“Nosso objetivo é divulgar, fazer
workshops, fazer com que os donos
e gestores das empresas desenvolvam uma alternativa que simplifique, padronize esse processo
de entrada no mercado de capitais.
Ensinamos quanto custa, quais as
empresas que poderiam fazer a
intermediação de uma forma mais
econômica”, diz.
“Neste ano teremos vários
workshops programados. As empresas vão fazer curso para ter
acesso aos mercados de capitais,
teremos discussão lá dentro para
retirar as amarras, aquilo que dificulta a PME chegar ao mercado de
capitais. Só o fato de discutir isso e
constatar que as pequenas e médias empresas também têm direito
a capital mais barato é um grande
avanço”, afirma.
//Pesquisa
Na pesquisa do Sebrae, 60% dos entrevistados afirmaram que a falta de incentivos financeiros é um fator
que dificulta o crescimento de qualquer empresa. O item ficou em segundo lugar no ranking de motivos limitadores do empreendedorismo, atrás apenas da falta de políticas governamentais, que obteve 77% das respostas (os entrevistados podiam escolher mais de um motivo).
As dificuldades no acesso ao crédito se traduzem também em números oficiais. Segundo dados do Banco Central referentes a janeiro deste ano (os mais recentes divulgados pela autoridade monetária), o spread
bancário médio para as pessoas jurídicas ficou em 7,8%, uma alta em relação a dezembro, quando o indicador
ficou em 7%. O resultado para janeiro é o maior desde setembro do ano passado, quando o spread médio ficou
em 7,9%. Apesar de estarem num patamar historicamente baixo (o indicador já atingiu picos de 10,4%), os números ainda refletem um cenário que assusta o empresário (principalmente os de pequeno porte) na hora de
pedir empréstimo ao banco.
Ainda segundo a pesquisa, os microempresários também usam capital próprio na hora de abrir, sustentar
ou mesmo investir no negócio. Com receio do endividamento precoce, muitos empreendedores vendem bens,
lançam mão da poupança e outros investimentos para financiar a empresa.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
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//sindicatos
Fotos: Luana Lleras
Muito além
das apostas
Roger Benac,
presidente do
Sindiloterias-DF.
//Por Larissa Leite
As lotéricas deixaram de ser simples casas de
jogos. Agora, a categoria pleiteia reajustes e se
prepara para iniciar vendas pela internet
F
oi-se o tempo em que os únicos frequentadores das casas lotéricas no
Brasil eram os apostadores. Na função de correspondente, as lotéricas
recebem clientes em busca de produtos e serviços bancários e do recebimento de benefícios dos programas sociais do governo federal. “A quantidade
de serviços provoca mudanças no perfil dos empresários e aumentam as nossas demandas”, afirma Roger Benac, presidente do Sindicato das Empresas
de Loterias, Comissionários e Consignatários e de Produtos Assemelhados
do Distrito Federal (Sindiloterias-DF) e da Federação Brasileira das Empresas
Lotéricas (Febralot).
O Sindiloterias representa 217 casas lotéricas do DF, 2% do total do país.
Desde a sua criação, em abril de 1988, o sindicato acompanha as empresas
integrantes da categoria na defesa de seus interesses, atuando nos âmbitos
judicial e administrativo. Grande parte da atuação do sindicato é junto à Caixa
22
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Econômica Federal, que desde 1961
é a responsável pelas loterias federais. De lá para cá, aumentou de um
para dez a quantidade de produtos
lotéricos – com eles, a Caixa arrecadou o valor recorde de R$ 10,4
bilhões no ano passado, 7,7% a mais
do que em 2011 (R$ 9,7 bi). Segundo
a instituição, R$ 4,89 bilhões foram
repassados para programas sociais
do governo federal, especialmente
nas áreas de educação, esporte e
segurança.
Quase metade da arrecadação
das loterias contabilizada em 2012
– 41% – foi conquistada a partir de
apostas na Mega Sena, que paga
cifras milionárias aos acertadores de
seis números sorteados. O reajuste
no custo unitário da Mega, que atualmente é de R$ 2, é uma das atuais
lutas do Sindiloterias. “Estamos negociando reajuste junto à Secretaria
de Acompanhamento Econômico do
Ministério da Fazenda. Queremos que
a Mega, que teve o último reajuste em
2009, possa ser vendida por R$ 2,50”,
defende Benac.
Apesar das considerações da
Caixa, o presidente do SindiloteriasDF sustenta que a expansão das lotéricas não é interessante economicamente para os atuais empresários
do setor – eles inclusive pedem, no
PL 4.280/2008, que a autorização de
novas permissões seja comprovada
por estudos técnicos. Além disso, a
expansão dos serviços já teria trazido
mudanças estruturais nas casas
lotéricas que envolvem custos. Uma
delas seria o aumento da segurança.
“Quando as lotéricas começaram
a fazer muitas transações, tivemos
problemas de assaltos. Isso exigiu
um investimento em segurança que
é feito pelo próprio empresário”, diz.
O representante afirma que os
custos trazidos pelas novas atividades ainda não foram totalmente
absorvidos no valor das tarifas que a
Caixa repassa para a execução dos
serviços como correspondentes.
Para saques, o repasse é de R$ 0,56
por operação. No entanto, esse serviço custa às lotéricas R$ 0,71.
A oferta de novos serviços não
é tão simples para os empresários,
afirma o presidente do Sindiloterias-DF. Ele explica que os produtos
exigem capacitação específica dos
empresários e dos funcionários, alterando o foco da atividade principal
das casas lotéricas. “Antes, o lotérico
tinha uma postura mais passiva no
atendimento dos clientes. Agora, não
basta vender as apostas que o jogador deseja, temos a responsabilidade
de vender produtos, de estimular a
aquisição de seguros. É uma mudança de perfil que exige formação”,
cita Benac. Para o empresário, essa
é uma mudança brusca no foco dos
sindicatos, que surgiram principalmente a partir da década de 1970,
com o advento da loteria esportiva.
“Antigamente, a maioria dos credenciados era ambulante. Em seguida,
surgiram os jogos que exigiam a
utilização de máquinas e houve a necessidade de haver um espaço físico
para a venda das loterias”, conta.
Uma das principais conquistas
da categoria no ano passado foi a
criação do Bolão Caixa, a possibilidade de realizar apostas e dividi-las
em várias cotas com o mesmo valor
e a mesma probabilidade de acerto.
Com o bolão, a tendência é que as
lotéricas movimentem ainda mais
dinheiro em apostas – até dezembro de 2012, R$ 257 milhões foram
apostados em bolões. Mas as comemorações são pontuais. Isso porque
os sindicatos do setor já começam
a se articular para novos desafios
anunciados para 2013: a venda de loterias pela internet, a criação de nova
modalidade de jogo e a mudança em
produtos que já existem.
Uma das principais
conquistas do setor
em 2012 foi a criação
do Bolão Caixa.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
23
24
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
instituto fecomércio
De olho na
Copa
//Por Daniel Alcântara
Entidade promove, neste mês, palestra de preparação para as
competições internacionais de futebol que Brasília sediará
P
ara o comércio, os grandes
eventos esportivos são excelentes oportunidades para
estimular os investimentos em diversas áreas e, consequentemente,
trazer benefícios para as condições
de vida da sociedade em médio e
longo prazo. O impacto socioeconômico, direto ou indireto, sobre a
cidade é algo a ser considerado na
movimentação da economia. Inúmeras oportunidades surgirão para
o governo e para a iniciativa privada.
Os eventos da Fifa marcam um momento histórico, além de ser uma
excelente oportunidade de criação
de receita para diferentes setores
da economia, especialmente para a
solidificação do turismo.
Com o propósito de contribuir
para a qualificação e a motivação da
força de trabalho para essas oportunidades, o Instituto Fecomércio, em
parceria com o Sebrae-DF, promoverá a palestra Seleção Brasiliense
de Empreendedores em 23 de abril,
no auditório do Parlamundi, na Legião da Boa Vontade.
O objetivo da palestra é fortalecer o conhecimento aplicável ao
segmento de micro e pequenas
empresas do comércio varejista do
Distrito Federal, bem como potenciais empreendedores, por meio da
qualificação profissional, contribuindo para a melhoria dos produtos e
dos serviços locais.
De acordo com a coordenadora
do Instituto Fecomércio, Regina
Malheiros, são esperados mais de
500 empreendedores e empresários do DF. “Vamos proporcionar
às empresas o conhecimento para
competir de forma bem-sucedida
em um mercado global que sempre
exige inovação”, explica Regina. Ela
diz ainda que abordagens desse
tipo consolidam os resultados dos
negócios e a excelência da gestão
por meio da educação corporativa.
“Nosso principal foco é que os grandes eventos esportivos se tornem
uma oportunidade efetiva de crescimento e de desenvolvimento dos
trabalhadores e de seus negócios”,
diz a coordenadora do IF.
O evento terá a presença do palestrante professor Gretz, conferencista no Brasil e no exterior, com
mais de 4 mil palestras ministradas
nos últimos 30 anos. Gretz é tetracampeão do prêmio Top Of Mind Estadão, na categoria Palestrante do
Ano, em 2004, 2010, 2011 e 2012. O
convidado é autor de 13 livros, produziu cinco DVDs e tem como cliente
mais de duas mil empresas.
//Seleção Brasiliense de
Empreendedores
23 de abril, às 19h30
Auditório Parlamundi, LBV
SGAS, 915 Sul, lotes 75/76
@if_df
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
25
//vitrine
Luana Lleras
Tudo
diet
Inaugurada em janeiro de 2013, a
HiperDiet é uma farmácia especializada
em produtos dietéticos e medicamentos.
Mas o que a diferencia das outras é o programa de acompanhamento do paciente.
Lá, o cliente tem orientações, medicamentos, insulinas, insumos, tiras e lancetas, alimentos dietéticos, sem glúten e sem lactose, além de medicamentos
encontrados em drogarias comuns. A HiperDiet funciona de segunda a sexta, das 8h às 20h, aos sábados, das
8h às 18h, e tem telefone de plantão para entregas em
domicílio. Fica na Rua das Carnaúbas, quadra 301, loja
11, Plaza Mall, Águas Claras. Telefone: (61) 3546.7000.
Por uma
Noivas
boa causa
A Montblanc lança em Brasília nova coleção das canetas
Classique e LeGrand, carteiras,
porta-cartões, estojo e bloco
de notas. Toda a linha Signature For Good segue o desenho do tijolo, que simboliza a
“construção de um futuro melhor
para as crianças e suas comunidades”. As peças já estão à venda na
Montblanc Boutique Brasília. Essa
é uma edição especial e exclusiva, e parte da venda das peças
(até 31 de março de 2014) será
doada para programas educacionais do Unicef. A expectativa
é arrecadar US$ 1,5 milhão!
A loja da marca fica no
ParkShopping. Telefone:
(61) 3361.3051.
em forma
Já pensando no mês delas, a DuoHaus preparou para
abril o Duo Slim Especial, com tratamentos estéticos e nutricionais personalizados com duração de cinco semanas.
A primeira é de desintoxicação nutricional e as outras quatro são concentradas em ingestão de alimentos antioxidantes. Na parte de tratamentos estéticos, as noivas são massageadas com o auxílio de aparelhos que garantem a perda
de peso, a modelagem corporal e o tratamento contra a
celulite. O programa especial de abril inclui seis sessões de
power shape, dez de manthus, dez de massagem, dez de
termoterapia corporal e dez de carboxiterapia. A clínica fica
na 303 Norte, bloco B, loja 10. Telefone: (61) 3033.1535.
Luana Lleras
Luana Lleras
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revista FECOMÉRCIO | abril 2013
//empresário do mês
Moda funcional
//Por Larissa Leite
Enfermeira descobriu na confecção de uniformes a sua vocação
empreendedora. Em 2013, a empresa completa 21 anos
“
Temos que colocar alegria em tudo na vida. Por que
não colocar nos uniformes?”, provoca a paraibana
Maria de Fátima Valadares de Sousa, de 59 anos. A
pergunta não deixa o consumidor sem resposta. Quem
passeia os olhos pelas prateleiras das lojas da Cia. do Uniforme enxerga as mais variadas cores e estampas, além
de irreverentes bordados e formatos. São opções para
incrementar os uniformes de profissionais que atuam
em áreas como o trabalho doméstico, os serviços gerais,
a construção civil, a gastronomia, a saúde e a educação.
Se o profissional é beneficiado com a diversidade oferecida, a satisfação de Maria de Fátima é revelada em um
atendimento acolhedor. Seja atrás do balcão, em feiras ou
viagens, a proprietária do negócio conta que está sempre
em busca de inovações. “Quem pensa na roupa das empregadas domésticas? Eu penso!”
Mas o interesse de Maria de Fátima em oferecer uniformes vai além das possibilidades de corte e cor. Segundo
a proprietária da Cia. do Uniforme, a utilização da peça
envolve a conscientização de empresários e patrões de
inúmeros ramos profissionais. “A utilização de uniforme
não está relacionada com alguém que quer ser chique.
Uniforme é uma questão de higiene e saúde, um item necessário na prevenção de doenças. Não é um luxo, é uma
peça de primeira necessidade”, diz. A preocupação com a
saúde foi herdada da primeira profissão exercida por Maria
de Fátima, a de enfermeira. Foi para atuar na rede pública
de saúde do DF que a empresária desembarcou na capital,
em 1979, após a graduação de enfermagem concluída na
Universidade Federal de Pernambuco.
Aliado ao trabalho na área, Maria de Fátima cativou e
alimentou o interesse pelo ramo empresarial, desde a sua
chegada. A atuação no vestuário começou com a administração de uma pequena butique seguida de uma fábrica
de “modinha”, na qual gerenciava costuras de modelos de
roupas que estavam na moda, seguindo tendências exibidas em passarelas. Um pedido de uma grande quantidade
de camisetas para um evento despertou o interesse da
empresária pela confecção de uniformes, que resultou na
inauguração da Cia. do Uniforme, em 1992. Atualmente, o
negócio familiar conta com duas unidades, na 316 Norte e
na 313 Sul, e tem 30 funcionários distribuídos nas áreas de
costura, passadoria, moda, atendimento e administração.
O investimento nos produtos envolve a utilização de um
sistema de modelagem computadorizado e a constante
pesquisa dos avanços na tecnologia têxtil. “A minha prioridade é a qualidade. Eu pesquiso os melhores tecidos para
as diferentes atuações e é isso o que ofereço nos uniformes. Acredito que nossa empresa só cresceu em função
do comprometimento da equipe e do respeito ao consumidor”, avalia Maria de Fátima. Além de expandir dentro
do Distrito Federal, a Cia. do Uniforme já oferece produtos
para empresas de São Paulo, do Rio Grande do Norte e do
Maranhão.
Luana Lleras
Maria de Fátima hoje emprega
30 funcionários e administra
duas lojas em Brasília.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
27
evento
Encontro
produtivo
Representantes de sindicatos patronais de todo o
País se reunirão em Curitiba, em maio. Comitiva
do DF terá 80 empresários
O
setor produtivo brasileiro se prepara para mais
uma importante rodada de
discussões. Cerca de 900 representantes de entidades empresariais
se reunirão em Curitiba, Paraná, de
15 a 17 de maio, para a 29ª edição
do Encontro Nacional de Sindicatos
Patronais. Estão previstas palestras
sobre substituição tributária, sustentabilidade dos negócios, cooperativismo de crédito, reserva financeira, contribuição sindical, além de
apresentação de painéis, entrevistas
e mesas de discussão.
O Distrito Federal terá uma bancada bastante reforçada na capital
paranaense. Os presidentes dos 24
sindicatos filiados e dos dois associados à Fecomércio-DF, diretores
do Sistema Fecomércio e o presidente da entidade, Adelmir Santana,
participarão do encontro. Ao todo,
serão 80 empresários representando o setor produtivo local. “Em
um congraçamento nacional dos
presidentes dos sindicatos de todo
o País”, resume João Vicente Feijão,
superintendente da Fecomércio-DF.
O objetivo principal do encontro
é a troca de experiências entre as
entidades de todas as unidades da
Federação. Como representantes
legais dos empresários em negociações das relações de trabalho,
tudo o que será partilhado em maio
se refletirá no setor como um todo.
O pensamento comum é de que o
sindicalismo não se restringe à relação capital/trabalho, ele se estende
28
para uma atuação em busca de
melhorias.
A 29ª edição do Encontro Nacional de Sindicatos Patronais está
sendo promovida pelo Sindicato
dos Representantes Comerciais do
Paraná e pelo Sindicato dos Lojistas
do Comércio e do Comércio Varejista
de Maquinismos, Ferragens, Tintas,
Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Curitiba e Região
Metropolitana. A Confederação Nacional do Comércio e a Federação do
Comércio do Paraná estão apoiando
o evento que ocorrerá no Expo Unimed Curitiba.
Durante o encontro, os sindicatos que se inscreverem poderão
apresentar cases de comunicação
sindical que renderam resultados
positivos para as entidades. O objetivo é a troca de experiências. Além
disso, serão lançadas duas premiações durante o evento: Prêmio
Lair Montenegro (que contempla o
melhor trabalho apresentado nas
reuniões de executivos de sindicatos
patronais) e Prêmio Paulo Braga
(para trabalhos técnicos feitos pelos
advogados dos sindicatos e apresentados durante o encontro).
As inscrições devem ser feitas
até 15 de maio, pelo site www.sindicatospatronais.com.br/29encontro.
Os participantes serão divididos em
três categorias – congressistas (R$
500), assessores jurídicos/executivos (R$ 400) e acompanhantes (R$
400). O pagamento pode ser feito por
boleto ou cartão de crédito.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Quarta-feira, 15 de maio
8h
9h-17h
14h-17h
19h30-21h
21h
Abertura
Reunião de executivos e assessores jurídicos
Apresentação de cases de sucesso na comunicação sindical
Reuniões setoriais
Abertura oficial do Encontro Nacional de Sindicatos
Patronais
Jantar de abertura
//Programação
Quinta-feira, 16 de maio
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
9h-10h
10h1-11h45
Palestra: Substituição Tributária
Coordenador: Nadim Nonato (Minas Gerais)
Painel: Como trazer sustentabilidade ao seu negócio
Coordenador: Roberto Peron (Mato Grosso)
Temática: Coorperativismo de Crédito
Coordenador: Sicoob - Willton Malta (Sindilojas Arapiraca)
Temática: Logística Reversa
Coordenador: Paulo Nauiack (Sirecom-PR)
Temática: Contribuição Sindical
Coordenador: Jorge Colares (Sindilojas Belém)
14h-18h
Temática: Shopping Centers
Coordenador: Ronaldo Sielichow (Sindilojas Porto Alegre)
Temática: Comércio de Rua
Coordenador: Zildo Costa (Sinditiba)
Temática: Sustentabilidade Financeira dos Sindicatos
Coordenador: Aldo Gonçalves (Sindilojas Rio de Janeiro)
Temática: Negociação Coletiva
Coordenadores: Carlos Nascimento (Sindilojas Foz do
Iguaçu) e Alberto Farias (Sindilojas Fortaleza)
Sexta-feira, 17 de maio
9h-10h
Palestra Magna
Coordenadores: Ari Bittencourt (Sindilojas Curitiba) e Paulo
Nauiack (Sirecom - PR)
10h1511h45
Painel: Súmulas do TST
Coordenador: Antonio Augusto de Moraes (Sindivarejista-DF)
Relatório da reunião dos executivos
Relatório da reunião dos assessores de comunicação
14h-16h
Relatório dos assessores jurídicos
Relatório das comissões temáticas
16h1517h45
Pinga-fogo
Coordenador: Ricardo Klein (Sindilojas Pelotas)
21h30
Jantar de encerramento
29
fórum
Fotos: Luana Lleras
Reunião ocorreu
no auditório da
Fecomércio-DF,
em março.
O centro do Brasil
no centro
das atenções
//Por Noelle Oliveira
7º Encontro do Fórum das Entidades do Setor
Produtivo do Centro-Oeste levanta desde
problemas de tributos até soluções de transporte
para o desenvolvimento da região
U
mas das metas do governo
da presidente Dilma Rousseff é reduzir gradativamente o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias
e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS)
até alcançar a alíquota única de 4%
– o que ocorreria em até oito anos.
Para tanto, um dos trabalhos do
governo federal é, ainda no primeiro
semestre de 2013, articular, junto
ao Congresso Nacional, a avaliação
da Medida Provisória 599/2012, que
trata das formas de auxílio para
compensar as unidades da federa30
ção que perderem arrecadação com
a mudança. A proposta é criar dois
fundos de apoio financeiro em troca
da redução gradual do tributo.
A MP 599 ainda está em análise
em comissão mista no Congresso,
mas já é pauta em discussão no setor produtivo. Durante o 7º Encontro
do Fórum das Entidades do Setor
Produtivo do Centro-Oeste, que
ocorreu em 5 de março, na sede da
Fecomércio-DF, representantes das
federações de comércio, indústria
e agricultura e pecuária do Distrito
Federal e de Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e Goiás analisaram
pela primeira vez os impactos que a
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
unificação da alíquota pode trazer à
região central do País.
Atualmente, em todo o País,
existem duas alíquotas interestaduais, uma de 7%, que serve às UFs
mais ricas, e outra de 12%, utilizada
pelas mais pobres. Com as diferenças, cada uma adota políticas de
incentivos baseadas no ICMS para
atrair grandes empresas. Trata-se
da conhecida guerra fiscal. De acordo com Seneri Paludo, diretor-executivo da Federação da Agricultura
e Pecuária de Mato Grosso (Famato),
um estudo feito pela Secretaria de
Fazenda de Mato Grosso mostra
que, com a concretização do novo
cenário proposto pelo governo, o estado que representa poderá perder,
no próximo ano, cerca de R$ 800 mi-
lhões. “Todas as unidades da Federação precisam estudar esse texto
e avaliar qual o real impacto que a
mudança trará para a arrecadação
do setor produtivo”, alertou.
Durante o fórum, estados exportadores como Mato Grosso do Sul e
Goiás também se mostraram preocupados com as alterações. Análise
preliminar do segmento produtivo
do DF, por sua vez, indica que a
unidade da Federação não lucrará,
mas também não terá prejuízos. “O
ICMS é um assunto recorrente, além
de ser tema de extrema importância
para os setores produtivos”, ponderou o presidente da Fecomércio-DF,
Adelmir Santana.
De acordo com o governo, o tributo unificado refletirá em um sis-
tema tributário menos oneroso para
o setor produtivo. A comissão mista
que fará a avaliação dos critérios
legais e de mérito da MP 599/2012
– antes que ela seja levada à apreciação do plenário da Câmara dos
Deputados e, posteriormente, do
Senado – foi instalada em fevereiro
deste ano no Congresso. O grupo
é presidido pelo líder do PMDB na
Câmara, deputado Eduardo Cunha
(RJ). Na relatoria está o ex-líder
do PT no Senado Walter Pinheiro
(PT-BA) e o deputado Josias Gomes
(PT-BA) como relator-revisor.
Enquanto isso, os representantes da região Centro-Oeste firmaram o compromisso de estudar
detalhadamente a medida provisória
e apresentar os impactos previstos
//Fundos da MP 599/2012
A medida provisória estabelece que um fundo exclusivamente de compensação de perdas às unidades da Federaçõ totalize R$ 222 bilhões até
2033. A proposta é que, de início, em 2014, o aporte seja de R$ 3 bilhões. Em
2015 seriam R$ 6 bilhões e, em 2016, R$ 9 bilhões. A partir de 2017, seriam
R$ 12 bilhões a cada ano. Outro fundo previsto é dedicado ao desenvolvimento regional. A ideia do governo é que ele seja utilizado para atração de investimentos, em substituição à atual guerra fiscal. Seus recursos apoiariam
projetos de desenvolvimento por meio de empréstimos a taxas favorecidas.
O fundo começaria com R$ 1 bilhão em 2014, o dobro de recursos em 2015 e
o triplo em 2016. De 2017 a 2033, chegaria a R$ 4 bilhões por ano.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
31
em suas respectivas áreas no próximo encontro do segmento produtivo,
que ocorre em 30 de abril, em Goiânia. “A MP deixa muito em aberto
como funcionará esse fundo para
eventuais perdas. Precisamos estudar o assunto com calma e ele será
novamente tema de nosso próximo
encontro”, avisou Paludo.
//Frutos para o futuro
A integração entre o setor produtivo da região Centro-Oeste por meio
do fórum das entidades já trouxe
resultados. Ainda durante o último
encontro, foi apresentada a primeira
fase do Projeto Centro-Oeste Competitivo. O estudo, cuja ideia nasceu
em uma das reuniões dos representantes da região, tem como objetivo
traçar um planejamento estratégico
de infraestrutura de transporte e lo-
Seneri Paludo, diretorexecutivo da Federação da
Agricultura e Pecuária do
Mato Grosso, alertou para
possíveis impactos negativos do
estabelecimento de alíquotas
diferenciadas do ICMS para as
unidades da Federação.
32
gística de cargas no DF e estados do
centro do País. A previsão é que o planejamento seja finalizado em maio.
Até o momento, já foram mapeadas as 15 cadeias produtivas mais
relevantes para a região Centro-Oeste – em termos de volume e valor
– bem como as estradas, os rios, os
portos e os aeroportos. As cadeias
representam 52 produtos diferentes
cujo estudo foi projetado, também,
para os próximos 20 anos. O mesmo
foi feito com relação ao consumo,
à exportação e à importação. “Em
cima disso, foi possível criar uma
matriz levando em conta a origem e
o destino de todas as vias utilizadas
para o escoamento da produção de
todas essas cadeias”, explicou Oliver
Girard, diretor da Macrologística,
empresa responsável pelo estudo.
Com o levantamento, será pos-
Adelmir Santana, presidente
da Fecomércio-DF, chamou a
atenção para o fato de que as
ações que visam desenvolver
a economia da região se
refletem na criação de vagas
de empregos e no combate às
desigualdades sociais.
sível listar os principais gargalos de
movimentação de carga, bem como
os futuros problemas de rodovias,
ferrovias, hidrovias e dos terminais
– portuários e aeroportuários – da
região. “Todas as deliberações para
desenvolver a economia do Centro
-Oeste são importantes, pois resultam em criação de vagas de emprego e combatem as desigualdades
sociais”, concluiu Adelmir Santana.
Além dos representantes dos
setores produtivos de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Goiás e do DF,
estiveram presentes no fórum o secretário de Fazenda do DF, Adonias
dos Reis Santiago; o coordenador da
bancada brasiliense no Congresso
Nacional, deputado federal Luiz Pitiman (PMDB); o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o superintendente
da Sudeco, Marcelo Dourado.
Oliver Girard, diretor da
Macrologística, empresa
responsável pelo Projeto
Centro-Oeste Competitivo, que
tem o objetivo de traçar um
planejamento estratégico de
infraestrutura de transporte e
logística de cargas.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
//caso de sucesso
Sem estudo,
sem emprego
//Por Sílvia Melo
Jovem encontra no Senac-DF oportunidade
de voltar ao mercado de trabalho
A
brasiliense Kamila Rodrigues de
Lima, de 23 anos, começou a trabalhar cedo. Aos 15, a jovem moradora
do Recanto das Emas conseguiu um estágio
de assistente administrativa na Câmara dos
Deputados e logo passou a atuar na área hospitalar, com a qual se identificou. Mas ela não
escapou do desemprego e passou um tempo
sem conseguir posicionamento no mercado
de trabalho. A solução era se qualificar e Kamila escolheu os cursos do Senac-DF para ter
mais chances de conquistar um emprego.
Kamila sempre recebeu apoio do pai para
estudar e soube, desde cedo, que para ter
um bom emprego é preciso se dedicar e se
qualificar. “Estava desempregada, procurando
algo na área de faturamento em hospitais, mas
para isso precisava do curso, que foi o primeiro que eu fiz,
de faturamento médico-hospitalar”, conta a jovem, que
estudou na unidade do Gama. Durante esse curso, ela
conheceu o Programa Senac de Gratuidade, por meio do
qual conseguiu uma bolsa de estudo para fazer o curso
de administração de serviços hospitalares.
O atual emprego de Kamila foi conquistado graças aos
cursos do Senac. Ela foi indicada pela instrutora Uelintânia
Lopes para participar de um processo seletivo em uma
clínica. Com a vaga conquistada de secretária/faturista,
ela atende clientes, preenche guias, faz faturamentos,
serviços administrativos e marca consultas. Além disso, é
responsável pela documentação e pela agenda do médico.
“Todo o meu trabalho é baseado nos cursos que fiz, já que
um complementa o outro. Sempre que necessário, recorro
aos meus cadernos”, destaca.
O conteúdo das aulas foi além das expectativas de
Kamila. Ela esperava encontrar algo mais superficial.
Porém, a professora levou para dentro da sala de aula a realidade das empresas, o que facilitou o regresso da jovem
ao mercado.
Kamila gostou tanto que passou a indicar o Senac para
os amigos. “É uma grande oportunidade para quem quer
uma requalificação, um reposicionamento no mercado de
trabalho, ou mesmo quem quer uma profissão, já que o Serevista FECOMÉRCIO | abril 2013
Joel Rodrigues
Kamila Lima foi indicada a uma vaga de emprego pela
instrutora do Senac-DF.
nac tem vários cursos em diferentes áreas, com qualidade e
reconhecidos profissionalmente. Além disso, se o estudante não for inscrito pelo PSG, os cursos não são caros, e há as
facilidades para o pagamento”, destaca a jovem.
//Sobre os cursos
O curso administração de serviços hospitalares tem
carga de 60 horas e é ministrado na unidade do Gama. As
próximas turmas estão previstas para o período de 6 de abril
a 13 de junho, com aulas somente aos sábados, das 8h às
12h. A outra turma será de 3 a 21 de junho, de segunda a
sexta-feira, das 18h às 22h. O investimento é de R$ 195.
O curso de faturamento médico-hospitalar, com carga horária de 100 horas, é oferecido em duas unidades
do Senac. No Gama estão previstas duas turmas: de 8 de
abril a 13 de maio, das 8h às 12h, e de 3 de junho a 5 de
julho, das 14h às 18h. Em Ceilândia serão três turmas: de
22 de abril a 11 de junho, das 19h às 22h; de 17 de junho a
19 de julho, das 14h às 18h; e de 24 de junho a 7 de agosto, das 19h às 22h. O investimento é de R$ 310.
@senacdf
/senacdistritofederal
33
Fotos: Luana Lleras
Gustavo Ninomiya já está
em sua segunda contratação
e, com o dinheiro do fundo,
ampliou o café da família.
capa
Valeu a pena
//Por Marina Marquez
Conseguir recurso público para financiamento pode
até ser burocrático, mas não é impossível. Conheça a
história de empresários que cumpriram as exigências
do FCO e hoje desfrutam os resultados
L
uta antiga dos empresários do Distrito Federal, as mudanças na distribuição dos recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) conquistadas no último ano vão beneficiar e incrementar a área de comércio
e de serviços da região. Em 2013, pelo menos metade do R$ 1,2 bilhão disponível para empréstimos no DF será para esses setores. O fim da limitação de 20%
dos recursos do fundo para comércio e serviços vai acabar com um problema
antigo na capital. Até o ano passado, o DF não conseguia utilizar todo o recurso
34
disponível porque não havia projetos
suficientes nas áreas de indústria
e agricultura para contratar financiamentos e o recurso restante era
transferido para as outras unidades
da Federação da região.
Atrativo porque tem a menor taxa
do mercado, carência para começar
a pagar o empréstimo e até 20 anos
para quitar a dívida, o FCO vem sendo
disputado por empresários e ajudado
a abrir, reformar ou ampliar o negócio. Os contratos do FCO vão desde
o capital de giro para pagamento de
folha de funcionários até construção
e ampliação de uma empresa, passando por compra de equipamentos.
Hoje, um empresário que contratar
o financiamento até o meio do ano,
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
independentemente da finalidade, paga taxa de 3% ao
ano. Em financiamentos
feitos diretamente com bancos
privados, por exemplo, um empréstimo semelhante tem taxa média de
1,9% ao mês, um acumulado de mais
de 20% ao ano.
A contratação é burocrática, mas
compensatória. Quem se prepara
garante que aproveitar o crédito é
bom negócio. O empresário Gustavo
Ninomiya acaba de contratar o seu
segundo FCO para ampliar o negócio
familiar, a empresa Cozinha e Sabor Gourmet. Com as condições do
financiamento, eles tiveram a ideia
de integrar o restaurante ao Café do
Ponto. O projeto piloto foi feito com
o FCO, no Sudoeste, há dois anos. O
financiamento será pago em cinco
anos. “O primeiro foi muito rápido. Em
quatro meses apresentamos o projeto
e tivemos a liberação do dinheiro com
taxas de 3% ao ano. Ficou como queríamos e resolvemos pegar um novo
empréstimo para ampliar a rede”,
conta Ninomiya.
O segundo financiamento saiu em
dezembro de 2012 para a construção
de uma nova loja, na Asa Sul, com
taxas ainda menores, de 2,5% ao ano,
prazo de cinco anos para pagar e carência de um ano. “A taxa é muito boa
e a carência dá fôlego para o negócio
começar a faturar.”
O gerente-executivo de governo
do Banco do Brasil, Vasco Farinello
Junior, explica que o primeiro passo
do empresário que decidir fazer um
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
mais”, avisa.
financiamento pelo FCO é procurar
uma agência do banco e conversar
sobre o que pretende, o valor e o
porquê do financiamento. “A primeira coisa é apresentar o pleito”,
afirma. No banco, conversando com
um gerente, o empresário pode ter
noção dos limites, dos recursos disponíveis, das garantias e dos prazos.
Empresários que já são correntistas
do BB ganham agilidade no processo, mas quem não é também pode
conseguir financiamento.
A documentação exigida pelo
BB é entregue em diferentes etapas. O primeiro documento é uma
carta-proposta, com o objetivo do
financiamento e o valor necessário.
Depois, o empresário apresenta o
projeto do financiamento e o plano
de negócios para o dinheiro. No projeto deve constar o objetivo do financiamento mais detalhado, o valor a
ser financiado, as garantias que serão oferecidas, o faturamento anual
e de quanto será a contrapartida.
Algumas empresas precisam
contratar consultorias para apresentar o projeto. No DF, elas cobram, em
média, 2% do valor financiado e podem ser indicadas pelo próprio banco. Depois que for aprovado, o tempo
médio de liberação dos recursos é
de 34 dias, segundo Farinello. “Mas
cada caso é um caso, pode demorar
//Ajuda para o negócio
O empresário Mario Habka, da rede de supermercados
Big Box, contratou a Kapital Projetos,
consultoria para financiamentos, e já
conseguiu o financiamento algumas
vezes. Para ele, a quantia paga à consultoria vale a pena porque facilita a
organização dos documentos e criação do projeto. “Meus financiamentos sempre foram de valores altos e
a consultoria me ajudou a entender
melhor os prazos, a documentação,
a criação do projeto em si”, explica.
Das 11 lojas no DF, mais da metade teve recursos do fundo para a
construção, reforma e compra de
equipamentos. Nos primeiros financiamentos, Habka sofreu com a burocracia para a liberação do dinheiro.
Segundo ele, a preparação do gerente
nas agências para conversar e “fazer
o negócio andar” faz a diferença na
hora da contratação. “O FCO é ótimo
tanto pelas taxas como pelas condições de pagamento, é um custo
de captação menor. Mas eu já tive
financiamento que demorou dois, seis
meses e até um ano, dependendo do
gerente que encontrei.”
Alvo de críticas de empresários
por anos, a burocracia para conseguir
o financiamento vem diminuindo, segundo o superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco),
Marcelo Dourado. Um dos motivos foi
a criação do Cartão FCO Empresarial,
em 2012. O cartão permite que o
empresário compre dos fornece35
Thaian e Carlos
Magno conseguiram
verba para construir a
própria casa de festas,
no Lago Norte.
36
dores diretamente e de forma mais
simples, como um cartão de débito.
A facilidade vale para fornecedores
cadastrados, cerca de 5 mil no banco
de dados do BB.
A burocracia também diminuiu
para pequenos empresários. A lei
determina que no mínimo 51% dos
recursos sejam liberados para micro
e pequenas empresas, mas no ano
passado esse percentual foi superado
e 68% dos financiamentos foram para
tomadores de menor porte, atingindo
valor superior a R$ 4 bilhões.
Para ter o financiamento, o empresário precisa apresentar ao banco
garantias de que o dinheiro será
pago. Valem imóveis, veículos e até
equipamentos que serão comprados
com o recurso do FCO. Um empréstimo para equipar uma cozinha industrial ou um restaurante, por exemplo,
pode ter os móveis e as máquinas
compradas como garantia. No caso
de pequenos empresários, as exigências são menores. Não é preciso
apresentar, por exemplo, faturamento bruto anual para empréstimos
inferiores a R$ 16 mil.
A lei determina que no mínimo
51% dos recursos sejam liberados
para micro e pequenas empresas.
No ano passado, esse percentual foi
superado e 68% dos financiamentos
foram para tomadores de menor
porte, atingindo um valor superior a
R$ 4 bilhões. Não existe valor mínimo
para a contratação do FCO. O Banco
do Brasil financia de R$ 1 a R$ 200
milhões.
//Taxas
As taxas sempre variaram conforme as operações, o valor contratado
e a finalidade do empréstimo. “Se
a operação estiver adimplente, se o
tomador pagar dentro do prazo, ele vai
pagar taxa de 3% ao ano, independentemente de quanto pegou emprestado
ou a finalidade. Até junho, a taxa é
igual para todo mundo”, reforça o
gerente executivo do BB. A partir de
julho, a taxa será de 3,5% ao ano para
todas as contratações.
Foram essas condições que atraíram Thaian e Carlos Magno Franci,
empresários da Franci Festas e Eventos, que existe há 11 anos. A empresa
presta serviço para eventos sociais e
corporativos e os proprietários sempre quiseram construir o próprio espaço. A construção do prédio, no Lago
Norte, começou com recurso próprio,
mas, para concluir a obra, que tem 2
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
mil metros quadrados, foi contratado
o FCO em 2012. “O financiamento
que fizemos foi principalmente para
comprar equipamentos. Conseguimos carência de três anos e o dinheiro
saiu em 45 dias, muito rápido”, conta
Franci. Era o recurso que faltava para
comprar móveis e equipamentos.
Pai e filho contrataram um FCO
no valor de R$ 800 mil e deram como
garantia um imóvel. O financiamento
será pago em dez anos. “Queríamos
fazer algo diferente, com automação,
tecnologia de ponta. Era um sonho do
meu pai que está tomando forma”,
explica Thaian.
//Recursos
Os financiamentos do FCO são
feitos a partir de recursos do Tesouro
Nacional provenientes do Imposto
sobre Produtos Industrializados e do
Imposto de Renda – 3% do dinheiro arrecadado com esses impostos. O FCO
atende as unidades da Federação que
compõem o Centro-Oeste – Distrito
Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul.
A procura pelos financiamentos é
tão grande que anualmente são contratados mais projetos que o previsto,
de acordo com o superintendente
da Sudeco, Marcelo Dourado. Isso
só é possível, segundo ele, porque a
previsão inicial do orçamento para o
FCO é feita com base na expectativa
de receita dos impostos, que é sempre
superada. “Em 2012, partimos de um
orçamento de R$ 5,2 bilhões e contratamos R$ 5,9 bilhões. Em 2011, eram
R$ 4,8 bilhões e contratamos R$ 5,5
bilhões. Em 2013, não deve ser diferente”, afirma. O orçamento de 2013
para o FCO é de R$ 5,4 bilhões, mas a
expectativa da Sudeco e do Banco do
Brasil é chegar próximo a R$ 7 bilhões
em financiamentos contratados.
No ano passado, o FCO bateu
todos os recordes de contratações
desde que foi criado, em 1989. Nos
últimos dois anos, as contratações
cresceram 37%.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Mario Habka contratou uma empresa de consultoria para
auxiliá-lo na elaboração do plano de negócios, que deve ser
apresentado ao pleitear o financiamento.
//Vitória
Mudar as regras do FCO é uma batalha antiga dos empresários no DF
e vai render bons resultados, avalia o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. Neste ano, enquanto as outras três unidades da Federação
do Centro-Oeste terão disponíveis cerca de 30% dos recursos na área de
comércio e de serviços, o DF já começa o ano com previsão de metade das
contratações no setor. “A nova distribuição e o novo formato do FCO vieram para beneficiar o empresário do DF, contribuir para o crescimento.
Nossa luta sempre foi para que não nos tratasse de forma igual porque
o DF é diferente e isso precisa ser considerado”, argumenta Santana. A
previsão inicial é de que o DF tenha disponível para contratar pelo menos
R$ 1,2 bilhão em financiamentos. Deste total, R$ 524 milhões são para a
área de comércio e de serviços.
Para o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), as mudanças são importantes. “A economia do DF é de comércio e serviços. A maioria dos projetos de FCO era para essa área, mas tínhamos limitação e acabávamos
contratando apenas 8% do total de recursos”, explica.
37
//direito no trabalho
Desoneração da
folha de pagamento
A
desoneração da folha de pagamento é um pleito antigo
dos empresários brasileiros.
A alta carga tributária que o Brasil
impõe às empresas impede há muito
tempo o crescimento dos investimentos produtivos, o aumento da
criação de empregos e da renda.
O governo federal, diante da necessidade de promover o crescimento tanto do setor produtivo quanto
dos empregos e considerando que
há muito se conclamava por medidas
nesse sentido, implementou uma
política de desoneração tributária da
folha de pagamento para alguns setores importantes para o crescimento da economia do País.
E foi com a edição da Medida Provisória nº 601/2012 que as seguintes
atividades de comércio varejista foram
beneficiadas: lojas de departamentos ou magazines, enquadradas na
subclasse CNAE 4713-0/01; comércio
varejista de materiais de construção, enquadrado na subclasse CNAE
4744-0/05; comércio varejista de materiais de construção em geral, enquadrado na subclasse CNAE 47440/99; comércio varejista especializado
de equipamentos e suprimentos de
informática, enquadrado na classe
CNAE 4751-2; comércio varejista
especializado de equipamentos de
telefonia e comunicação, enquadrado
na classe CNAE 4752-1; comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo,
enquadrado na classe CNAE 4753-9;
comércio varejista de móveis, enquadrado na subclasse CNAE 4754-7/01;
comércio varejista especializado de
tecidos e artigos de cama, mesa e
banho, enquadrado na classe CNAE
38
4755-5; comércio varejista de outros
artigos de uso doméstico, enquadrado
na classe CNAE 4759-8; comércio
varejista de livros, jornais, revistas
e papelaria, enquadrado na classe
CNAE 4761-0; comércio varejista de
discos, CDs, DVDs e fitas, enquadrado
na classe CNAE 4762-8; comércio
varejista de brinquedos e artigos recreativos, enquadrado na subclasse
CNAE 4763-6/01; comércio varejista
de artigos esportivos, enquadrado na
subclasse CNAE 4763-6/02; comércio
varejista de produtos farmacêuticos,
sem manipulação de fórmulas, enquadrado na subclasse CNAE 47717/01; comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de
higiene pessoal, enquadrado na classe CNAE 4772-5; comércio varejista
de artigos de vestuário e acessórios,
enquadrado na classe CNAE 4781-4;
comércio varejista de calçados e artigos de viagem, enquadrado na classe
CNAE 4782-2; comércio varejista de
produtos saneantes, enquadrado na
subclasse CNAE 4789-0/05; comércio
varejista de artigos fotográficos e para
filmagem, enquadrado na subclasse
CNAE 4789-0/08.
Segundo disposto na referida MP,
a partir de 1º de abril de 2013, todas
essas atividades contribuirão até 31
de dezembro de 2014 sobre o valor
da receita bruta, excluídas as vendas
canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1%
(um por cento), em substituição à
contribuição previdenciária patronal
de 20% sobre os salários.
Essa é uma medida há muito
tempo desejada pelo setor produtivo
que trará benefícios à economia
como um todo.
Joel Rodrigues
Cely Sousa Soares
Consultora empresarial
da Fecomércio-DF
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Extra! Extra! Agora, você encontra a Revista Fecomércio de graça no seu iPad.
O Jornaleiro é um aplicativo para iPad que funciona como uma banca de revistas. E agora,
nele, você pode acessar a sua Revista Fecomércio com praticidade, onde quiser e sem
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revista FECOMÉRCIO | abril 2013
39
GASTRONOMIX
Por Rodrigo Caetano
Oliver convida...
Brasília tem a fama de reunir muitos “estrangeiros”
de outras unidades da Federação. Para matar a
saudade da terrinha natal, o empresário Rodrigo
Freire pensou e criou o projeto O Sabor de Todos os
Lugares no Oliver. Em abril, desembarca na cidade
o chef César Santos (foto) que comanda
o restaurante Oficina do Sabor, em
Pernambuco. O jantar degustação
custa R$ 140 por pessoa e terá
entrada, dois pratos e sobremesa.
A primeira edição, em março, teve
a presença da chef paraense Angela
Sicilia, do Famiglia Sicília.
// Oliver
Setor de Clubes Sul, trecho 2
Clube de Golf
(61) 3323.5961
Babel de
novidades
O restaurante Babel completa
10 anos. Para marcar a
cy
ra
Ju
o
década, o chef Diego Koppe
l
mu
Rô
fez seis alterações no cardápio,
que ganhou cara de revista gastronômica. A nova
entrada é uma espécie de brusqueta, torradas de pão
baguete com queijo cremoso e tomates cereja confitados
em azeite (R$ 33). Outras novidades são os risotos ai
vino, com vinho tinto seco com lâminas de peras, e o
parmigiana, com manteiga e parmesão. Nas sobremesas,
o pudim de cumaru (uma espécie de baunilha amazônica)
e licor de jambu (R$ 15), a panna cotta com geleia de frutas
vermelhas (R$ 19) e tiramisú (R$ 19).
//Babel
215 Sul, bloco A, loja 37 – (61) 3345.6042
40
Viagens gastronômicas
A novela Salve Jorge está quase no fim, mas o
Gastronomix dá dicas de alguns lugares para boa comida
em Istambul.
360 – Instalado no último andar de um prédio na rua
mais movimentada da área moderna, o 360 é imperdível.
Comida internacional de qualidade, drinques refrescantes
e uma linda vista.
Istiklal Caddesi - Misir Apartament, 311, Beyoglu
www.360istanbul.com/flash.html
Otto – Misto de restaurante, bar, café e night club, abriga
público jovem e comida com pegada italiana. Há quatro
unidades na cidade. A recomendada fica em Sofyali.
Asmali Mescit Mah, Sofyali Sokak, Tunel-Beyoglu
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – www.facebook.com/rodrigo.caetano.1840
Uma
nova
ideia
//Os hambúrgueres são oferecidos em sete versões
Rodízio de pizza, de crepe, de
massa... Esses, todos já viram. O
Johnnie Special Burgers resolveu
inventar moda e acaba de lançar
rodízio de hambúrgueres e petiscos
nas noites de quinta. A promoção
segue por tempo indeterminado.
Além dos sanduíches, o cardápio
do rodízio conta com três petiscos
tex-mex, três opções de batata frita
e duas de cachorro-quente, ao preço
único de R$ 32,90 por pessoa.
- Cheeseburger tradicional
- Frango bacana (frango com bacon, queijo cheddar, tomate, alho poró e
cream mustard, no pão francês )
- Orlando (carne, queijo, bacon, tomate, alho crocante, picles e cream
mustard, no pão com gergelim)
- College (carne, queijo cheddar, alface americana e molho especial, no
pão francês)
- American classic (carne, queijo, bacon, tomate, alho crocante, picles e
cream mustard, no pão com gergelim)
- Mix onions (carne, queijo, cebola especial, cebola roxa e onion rings, no
pão com gergelim
- Tex mex (carne, queijo cheddar, chili e nachos, pão com gergelim).
//Johnnie Special Burger
210 Sul, bloco B, loja 18. (61) 3242.9117 – CLSW 101, bloco A, lojas 26 e 28. (61) 3797.5007
Avenida Araucárias, lote 1.325, loja 6, Edifício Real Quality. (61) 3383.3900
Sabor em livro
Nilson Carvalho/WHD
A mineira Rita Medeiros, proprietária da Sorbê,
acaba de lançar o livro Sorbê e Sorvetes: uma
festa de frutas brasileiras. A casa virou hit em
Brasília com mais de 200 sabores já produzidos.
Há oito anos, a jornalista mudou de rumo para
se dedicar à fabricação de sorvetes com sabores
do cerrado como jatobá, araticum, gabiroba e
mangada. Na publicação, Rita explica a diferença
entre sorvete (leite, açúcar e gordura) e sorbet
(água, açúcar e fruta), conta como preservar
os sabores e relata histórias, além, é claro, de
ensinar algumas receitas. O livro pode ser comprado na loja na Asa Norte.
//Sorbê
405 Norte, bloco C, lojas 31 e 41
(61) 3447.4158
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Em pílulas...
Na seção Receitas, do
Gastronomix (http://
bloggastronomix.blogspot.
com), você encontra um passo
a passo para fazer pratos
de maneira descomplicada,
como os camarões com purê
de couve-flor e farofa de caju
e peperoni. São mais de cem
receitas de entradas, pratos
principais e sobremesas.
Para acompanhar, drinques
sugeridos pela colunista
Juliana Raimo.
41
social
Mais tempo
para agir
//Por Ana Carolina Freitas
Sesc-DF modifica, a partir de abril, a estratégia de atendimento
à população. As regiões do lado norte do DF terão prioridade
A
s ações comunitárias do
Sesc-DF, uma parceria da
instituição com a Rede Globo Brasília, terão novo formato
a partir deste ano. A diretora de
Orientação Social do Sesc-DF,
Lúcia Percy, reformulou o roteiro
dos eventos, que passaram a ter
três dias de duração, em vez de um,
como nos anos anteriores. A intenção, segundo Lúcia, é “atender
com mais eficiência a comunidade
e prolongar o tempo dos serviços
de saúde, como os odontológicos”.
A diretora acrescenta ainda que o
foco do Sesc-DF em 2013 é a parte
norte do Distrito Federal, em que
não há unidades da instituição. “Em
junho já está programada, inclusive, a inauguração de uma quadra
poliesportiva em Brazlândia, que
será um ponto de encontro da comunidade para a prática de esporte
e de atividades voltadas para a saúde da população”.
O objetivo é atender a demanda
da população de baixa renda e levar
os serviços de saúde, educação, lazer e cultura para aqueles que não
têm acesso à estrutura do Sesc-DF.
Elas transferem bens e serviços
sem custos e a prioridade é prestar
atendimentos que eduquem e promovam melhorias na qualidade de
vida do público. Para cada evento,
é escolhido um local estratégico
onde, durante os três dias, devem
funcionar barracas com serviços de
odontologia, nutrição, recreação,
artesanato, educação em saúde,
Joel Rodrigues
jogos e inclusão digital.
A novidade deste ano será a sala
de ciência itinerante, que ficará em
uma escola da região contemplada
pela ação durante os dias do evento. A ideia é auxiliar as crianças no
complemento educacional. Também será oferecido aos alunos o
exame de acuidade visual, que permite detectar dificuldades na visão.
Além disso, as ações levarão
às cidades serviço odontológico,
com atendimentos individuais por
senha; orientação nutricional, realizada pelos próprios nutricionistas
e estagiários do Sesc-DF; palestras e workshops sobre educação
e saúde, que vão abordar temas
como doenças sexualmente transmissíveis, tabagismo, câncer e
disfunções coronárias; oficinas de
artesanato; shows; mesas de jogos
e oficinas circenses; computadores
com jogos e programas básicos
que visam à inclusão digital.
//Cronograma
• Planaltina – 6, 7 e 8 de junho
• Itapoã – 8, 9 e 10 de agosto
• Brazlândia – 26, 27 e 28 de setembro
• São Sebastião – 24, 25 e 26 de outubro
@sescdf
Os serviços ficarão disponíveis por três dias nas cidades que serão visitadas pelo
Sesc-DF.
42
/sescdistritofederal
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
//agenda fiscal
Substituição
tributária do ICMS
N
os últimos anos observamos
que o Fisco, em todas as esferas, vem adotando essa opção
como instrumento de arrecadação e
mitigação dos custos de fiscalização.
Trata-se de um regime no qual o tributo devido tem como responsável
pelo recolhimento outro contribuinte que não aquele que efetivamente
realizou a operação. Assim, quem
recolhe o ICMS, por exemplo, não é o
comerciante que vendeu o produto ao
consumidor, mas aquele que vendeu
ao comerciante, pressupondo margem
de lucro, valor agregado ou adicionado.
Em 1º de março foi a vez da cerveja, do
chope e das bebidas hidroeletrolíticas
ou isotônicas e energéticas. Desde 1º
de abril, diversos produtos também
passaram a ser tributados com base
nesse regime e estão indicados no
Decreto nº 34.171/2013, mais precisamente, nos itens 38, 39 e 40 do C
aderno I do Anexo IV do Regulamento
do ICMS do DF. O documento traz ainda
outras novidades que devem ser objeto
de estudo dos empresários.
A substituição tributária dá a falsa
impressão de estar pagando menos
imposto e, por isso, não ser tema relevante, e a definição do preço de venda
e eventuais promoções ou liquidações
podem afetar o caixa, pois o imposto
devido na venda já foi pago quando o
comerciante adquiriu o produto. Enfim,
gestão de tributos é um assunto que
deve ser objeto de discussão entre o
empresário e seu contabilista.
Joel Rodrigues
Adriano Marrocos
Contador da Fecomércio
e do IFPD e presidente do CRC/DF
Calendário – de 19 a 30/4/2013
O QUE e QUANDO pagar?
19/4
• Contribuição Previdenciária (Simples e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas)
referente a 3/2013.
• Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 3/2013.
22/4
• Simples Nacional referente a 3/2013.
• ISS e ICMS referente a 3/2013 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).
25/4
• Pis e Cofins referente a 3/2013.
30/4
• Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 3/2013.
• 1ª quota do IRPJ e da CSLL referente ao 1º trimestre/2013 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.
• Carnê Leão referente a 3/2013.
• IRPJ e CSLL referente a 3/2013, por estimativa.
• Cofins/CSLL/Pis retenção na fonte, de 1º a 15/4/2013.
• Parcela do Refis, do Paes, do Paex, do Parcelamento do Simples Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009
(consolidado).
O QUE e QUANDO entregar?
22/4
• Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 2/2013.
25/4
• Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação
e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o Pis/Pasep e Cofins (DCIDE – Combustíveis) a SRF/MF
referente a 3/2013.
30/4
• Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 3/2013.
Várias
• Livro Fiscal Eletrônico a SEF/DF referente a 3/2013: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009).
Nota: O Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon Mensal) referente aos meses1/2013 e 2/2013 deverãoserem enviados a SRF/MF até o 5º dia útil de
5/2013 (IN SRF/MF nº 1.331, 1/2/2013).
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
43
gestão
//Por Sílvia Barros
Ele é o
gerente
ou o rei
do pedaço?
44
Ter cargo de chefia não significa
ficar sentado olhando se
todos estão fazendo o serviço.
Pelo contrário, a posição
exige humildade, atenção e,
principalmente, disposição para
assumir tarefas e manter o bom
funcionamento da empresa
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
O consultor na área de gestão
e desenvolvimento humano
Renato Sampaio enumerou
alguns perfis inadequados de
gerentes.
Enrolado – é aquele que
promete resolver o problema
do cliente, mas não resolve.
Pede um prazo e não cumpre.
Nunca está disponível
A
o decidir trocar de carro,
a servidora pública Fausta Maria Silva teve uma
surpresa. “Entrei na loja
e não tinha nenhum funcionário disponível para atender. O gerente estava visivelmente desocupado. Ele me
olhou e fez cara de paisagem, fingiu
que não era com ele. Ainda tentei me
aproximar, mas ele disse sem muita
cortesia que era para esperar até
um vendedor desocupar, pois ele era
gerente e não vendia. Fiquei revoltada. Dei as costas e fui comprar na
concorrência”, conta.
Essa situação é real e corriqueira. O gerente, em seu papel de gestor, deve prezar, antes de tudo, o
bom funcionamento. Não importa se
ele precisa cumprir o papel de vendedor, de conciliador, de caixa... Ele
precisa estar preparado para tudo.
O status vem acompanhado pela
responsabilidade. E o que importa
mesmo é a qualidade do atendimento e do que é oferecido ao consumidor. “Diante do cenário dinâmico do
mundo globalizado, as empresas
precisam ser competitivas, economicamente viáveis, estar atualizadas
e não só conquistar clientes, mas
acima de tudo saber mantê-los e
respeitá-los”, destaca o consultor
organizacional Felipe Santana.
Esse tipo de atitude descrita por
Fausta, segundo Santana, é absurda
e demonstra falta de comprometi-
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
mento por parte do gestor. “Isso traz
prejuízos incalculáveis e ainda compromete a imagem da empresa”,
afirma. O erro nunca é bem-vindo,
mas precisa ser considerado como
possibilidade real. O gerente que dá
poder ao time tem consciência de
que o seu sucesso está nos resultados, no comprometimento e na
criatividade da equipe. “Liderar é
fazer escolhas e ter disposição para
assumir a responsabilidade por
elas, é ter o dom de juntar a alma ao
corpo das pessoas”, ensina.
O desafio, segundo ele, não é
apenas sobreviver, mas também
progredir. “Esse progresso passa por
um bom atendimento. Não adianta o
cliente receber o melhor tratamento
na hora da venda se depois, diante de
um problema, ele volta ao estabelecimento para reclamar e é simplesmente maltratado”, diz.
//Atendimento ruim
Ao decidir reformar o apartamento, a designer Cíntia Ribeiro percebeu
que precisaria sair de lá por alguns
dias. Fez pesquisas, negociou preços
e decidiu se mudar temporariamente
para um hotel no centro de Brasília.
No terceiro dia de hospedagem, ao
voltar no fim do dia, percebeu que estava faltando dinheiro da sua carteira.
“Procurei a gerente do hotel e relatei
o fato a ela, que ficou de verificar as
câmeras de segurança e me dar
Mal-humorado – ele tem
cara de poucos amigos
e costuma agir com
descortesia. Diante de uma
situação de conflito, aumenta
o tom de voz e, muitas vezes,
não soluciona o problema.
Bonzinho – esse tipo se
comove facilmente com
as queixas alheias. Tenta
resolver o problema, mesmo
que isso implique prejuízo
para a empresa.
Mágico – tem o dom de
desaparecer nos momentos
mais inoportunos, deixando
subordinados numa situação
crítica, já que dificilmente
coloca um substituto em
seu lugar.
Despreparado – ele não
sabe proceder diante de
uma situação de conflito, se
enrola ao passar informações
e transmite insegurança e
desconhecimento.
Muito importante –
neste caso, o gerente se
recusa a atender o cliente
simplesmente por não ser
atendente ou vendedor.
Esse comportamento mata
qualquer possibilidade de
haver uma conversa efetiva.
45
retorno”, conta.
Três dias se passaram e nada de
notícias. Irritada, a designer voltou a
procurar a funcionária. “Na primeira
vez me disseram que ela tinha ido
almoçar. Depois, inventaram outra
desculpa. Ela nunca estava.”
Cansada de tanto desencontro, Cíntia decidiu
esperar na porta do
hotel. Dessa vez,
a insistência deu
certo. “Encontrei
a gerente e ela
teve a coragem
de dizer que não
se lembrava do meu
caso. Contei tudo novamente e ela disse que
não poderia fazer nada”, recorda-se.
Revoltada, a hóspede procurou a
polícia e registrou ocorrência. Dias
depois foi informada pelo delegado
de que as imagens do dia do furto
haviam sido apagadas. Na tentativa
de resolver o problema, procurou
mais uma vez um responsável pelo
hotel. “Mas quando falei que tinham
sumido R$ 500, a gerente disse que
eu estava mentindo. Não falei mais
nada. Saí de lá e fui direto ao juizado
de pequenas causas”. Resultado: a
designer recebeu indenização e espalhou a história nas redes sociais.
“Muitos gerentes se esquecem
de que companhias existem por
uma única razão: conquistar, manter e apoiar clientes. Negócios têm a
ver com negócios e, quando você faz
com que ele tenha a ver com você,
com seus problemas, com seus
medos, com seu império, com seus
melindres, você deixa de ser um gerente eficaz”, sinaliza Santana.
De acordo com o especialista, os
clientes de hoje são mais difíceis de
satisfazer, pois são mais inteligentes, mais conscientes dos preços
praticados pelo mercado e são mais
abordados pela concorrência com
ofertas iguais ou melhores. “O consumidor satisfeito permanece fiel,
compra mais na medida em que a
empresa lança novos produtos ou
serviços, fala favoravelmente dela e
dá menos atenção aos produtos dos
concorrentes.”
//Formação e talento
Segundo o consultor na área de
gestão e desenvolvimento humano
Renato Sampaio, no mundo corporativo, a função de gerente não
é considerada uma profissão. No
entanto, é preciso que algumas habilidades estejam presentes na personalidade de quem ocupa o cargo.
“O que não pode ocorrer de forma
alguma, mesmo sendo inexperiente,
é tratar o cliente com descaso ou
desrespeito. Os melhores avanços
do atendimento ao cliente resultam
em ouvir o que ele tem a dizer e
suprir, sempre que possível, suas
necessidades”, orienta.
Assumir a função gerencial requer formação. Além das competências técnicas e de negócio, é
preciso saber ouvir, se comunicar
e formar pessoas para eventuais
O que um gerente nunca deve fazer?
Fotos: Luana Lleras
“Não tem nada pior do que desmotivação e desinteresse. Você reconhece de longe: não te dá atenção, mal
ouve o que você diz. É terrível.”
“O gerente não pode ser grosseiro e
tratar a reclamação dos outros com
descaso e desatenção. Acredito que
a função dele é tratar bem o cliente.”
“Não tem nada mais deselegante
do que o gerente comentar o seu
problema em voz alta e na frente de
todo mundo.”
Sâmea Sousa da Silva
Massoterapeuta
Enéas Moreira de Oliveria Júnior
Vendedor
Iara Matias Cavalcante
Atendente
substituições. O aprendizado e a
capacitação são fundamentais antes de colocar alguém em atividade
de supervisão. “Os consumidores
de hoje não têm mais tempo para
perder com atendentes e gerentes
despreparados. Ganha a batalha
quem mobiliza primeiro, e a grande mobilização é a capacitação de
toda equipe.”
//Olho do dono
O organizador de eventos Marcos
Prado precisava de um gerente para
assumir os negócios. Depois de várias tentativas sem sucesso decidiu
assumir ele mesmo o posto de gestor de qualidade. Além de coordenar
os mais variados tipos de festas, ele
é responsável por medir a satisfação
dos clientes.
“Lidar com muita gente e comida
é complicado. Por isso, faço sempre
um controle de qualidade. Após cada
evento, ligo para o cliente e escuto
desde elogios até críticas. Quando
isso acontece, apresento soluções
como a devolução de parte do pagamento pelo serviço ou desconto
nas próximas contratações”, conta
Prado, que acompanha de perto o
trabalho realizado por seus garçons
e cozinheiros. “De nada adianta eu
me matar de trabalhar se os meus
funcionários não souberem conquistar as pessoas. Comigo não tem
choro nem reza. Tem que trabalhar
muito, ser educado, cortês e eficiente”, dispara.
O segredo da empresa de eventos de Prado, segundo ele, é ter
paciência e perseverança com tudo
e com todos. “Nem sempre as coisas saem como a gente deseja, mas
sempre há solução”, diz. A eficiência
e a agilidade do empresário fizeram com que ele ganhasse fama e
conquistasse novos fregueses. “A
propaganda boca a boca é algo impressionante. Pode ajudar ou matar
um negócio”, observa.
//Por dentro do Sistema
O Núcleo de Relações Empresariais do Senac-DF oferece cursos
customizados para empresas. São mais de 150 opções nas áreas de
gestão e negócios, hospitalidade e lazer, gastronomia, informática e
imagem pessoal. Uma equipe de especialistas faz o diagnóstico e prepara
aulas de acordo com o perfil e a necessidade do empreendimento. Mais
informações pelo telefone (61) 3313.8714 ou pelo site www.senacdf.com.br.
“Cortesia, simpatia e honestidade
não custam nada e até conquistam
e desarmam o cliente que está com
algum problema.”
“Uma qualidade essencial é saber
ouvir. Às vezes a pessoa quer apenas
falar e ser ouvida. O fato de você não
interrompê-la já demonstra respeito.”
“Não adianta se vestir bem e ser
todo engomadinho se não tiver
elegância e trato com o cliente. Isso
é fundamental.”
Gabriel Almeida da Silva
Estudante
Carolina Castro
Psicóloga
Moisés Ferreira
Auxiliar de serviços
aconteceu senac
Mais um
restaurante
Terceira unidade-escola
do Senac-DF já está em
funcionamento e atende
servidores do Ministério
Público e do Tribunal de
Justiça do DF
// Por Sílvia Melo
Joel Rodrigues
O
s servidores do Ministério
Público do Distrito Federal
e Territórios contam com
uma nova alternativa para almoço e
lanches. Em parceria com o órgão,
o Senac-DF inaugurou, em março, o
seu terceiro restaurante e lanchonete
-escola no mezanino do edifício sede
do órgão (Eixo Monumental, Praça
do Buriti, lote 2). O empreendimento
tem capacidade para servir 700 refeições diárias. E está aberto para o
público externo.
Instalado em um salão, com área
externa, o restaurante funcionará de
segunda a sexta-feira para almoço,
das 11h30 às 14h30. A lanchonete
abrirá nos mesmos dias, das 7h30
às 19h. Aluno do curso de garçom,
Jefferson Pereira de Morais, de 21
anos, trabalhou pela primeira vez na
função durante o coquetel de inauguração do restaurante-escola do
MPDFT, em 20 de março. Para ele foi
importante o contato com o público.
“Isso me deu mais segurança”, disse.
No restaurante do Senac-DF, os
clientes poderão degustar um sortido
bufê a quilo (R$ 24,90 o quilo), com
variedade de saladas preparadas
com frutas, folhas, verduras e legumes. Serão servidos também os
tradicionais arroz e feijão, além de
carnes e massas. Às sextas-feiras
haverá feijoada. Se o cliente não quiser se servir no bufê, terá a opção do
prato do dia. “A pedido do Ministério
Público, incluímos essa opção, em
que haverá um prato pronto com
salada, acompanhamento e carne ao
48
Os funcionários são alunos dos cursos de gastronomia da instituição e fazem
treinamentos profissionais supervisionados.
preço de R$ 29,90”, destaca a gerente
do restaurante, lembrando que, a
cada dia, haverá pelo menos três opções de sobremesa.
Na lanchonete, são servidas em
versão mini salada de folhas e quiche
e salada de folhas com quibe assado
e coalhada, além de canelone de
ricota e espinafre ao molho de queijo, sanduíche de filé de frango na
baguete, sanduíche natural de ricota
com pasta de ameixa, pão de queijo
e pastéis assados. Há, ainda, opções
de bebidas quentes e geladas, como
sucos de frutas, polpas e vitaminas.
Além do atendimento aos servidores do Ministério Público e do
Tribunal de Justiça, os espaços, também denominados empresas pedagógicas, têm o objetivo de propiciar
aos alunos dos cursos de gastronomia do Senac-DF períodos de
prática profissional supervisionada,
complementando a formação. Entre
os cursos que oferecem estágios nas
empresas pedagógicas destacam-se
os de garçom, atendente de lanchonete, copeiro, cozinheiro e padeiro.
Além do restaurante e lanchonete-escola em parceria com o MPDFT,
o Senac-DF tem outro empreendimento em parceria com a Controladoria Geral da União e um restaurante próprio, o Senac Gastronomia,
no Setor Comercial Sul. A instituição
tem também duas lanchonetes, na
unidade da 903 Sul e em Taguatinga
Norte.
@senacdf
/senacdistritofederal
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
//economia
É preciso turbinar
as concessões
A
causa básica da desabada
concessões rodoviárias tem deixado
das taxas de crescimento
muito a desejar.
do PIB desde 2010 é a queO governo tem feito reconheda dos investimentos. Incapazes
cidos esforços para deslanchar as
de reverter essa complicada siconcessões de transportes. Mas
tuação, teremos em breve efeitos
na raiz do fraco desempenho das
desfavoráveis sobre o emprego.
concessões situa-se a imposição,
Pelo modelo em vigor, existe
pelas autoridades, de uma taxa de
uma engrenagem constitucional
desconto muito baixa – 5,5% ao ano
e legal que concentra os gastos
– a ser utilizada nos cálculos dos
públicos cada vez mais em poucos
tetos de tarifas estipulados para os
itens da pauta corrente: previdência,
leilões, o que inibe os investimenpessoal, saúde e assistência social,
tos. Essa é a Taxa Interna de Retorno
pela ordem.
que tanto tem sido citada em matéNo passado, havia recursos púrias sobre o assunto.
blicos suficientes para investir na
Mais recentemente, o governo
infraestrutura de transportes. Era a
anunciou condições de financiaépoca dos imposmento mais favotos únicos, destina- É muito difícil imaginar ráveis do BNDES
dos exclusivamente
e um esforço para
um deslanche da
à infraestrutura.
ampliar o volume
economia brasileira de financiamenCom o tempo, o setor público desa- sem o concurso de um tos. Só que o que
prendeu e parou programa relevante de interessa fundade investir. Atualconcessões privadas mentalmente aos
mente, o peso dos
investidores é exade infraestrutura.
investimentos no
minar o retorno
gasto total da União
básico do projeto,
é de apenas algo ao redor de 6%.
que está imposto em 5,5%, sujeito
No início dos setenta, a União
às chuvas e trovoadas típicas de
investia 1,8% do PIB em transporprojetos desse tipo. Financiamento
tes. Em 2003, esses investimentos
é só um item a ser considerado nos
haviam praticamente zerado. Houve
cálculos de viabilidade. E, mesmo
alguma recuperação até 2010, mas
assim, cabe indagar: o que fazer
de lá para cá têm caído de novo, e
se o dinheiro do BNDES não se
em 2012 registraram-se gastos de
viabilizar? E os riscos ambientais
apenas 0,23% do PIB.
e outros do tipo, além dos de frusÉ muito difícil imaginar um destração de demanda? Só uma taxa
lanche da economia brasileira sem
que adicione os riscos específicos
o concurso de um programa reledo negócio, que pode chegar a
vante de concessões privadas de
algo acima de 10%, será capaz de
infraestrutura. De 2003 para cá,
colocar a concessão em causa em
apesar do lançamento de progracondições de competir com as almas, o desempenho das novas
ternativas disponíveis.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Joel Rodrigues
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente, é consultor
econômico em Brasília.
49
50
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
51
//gente
Fotos: Luana Lleras
Programada para
desenvolver capacidades
//Por Larissa Leite
Carla Mattos
Empresária
Sócia-proprietária da Celta Treinamento, a empresária Carla Mattos, de
46 anos, tem graduação em Ciências
Contábeis (UnB) e certificações internacionais em Eneagrama e Coaching,
como o Enneagram Professional
Training Program (EPTP), de David
Daniels e Helen Palmer; e a Consultoria em Eneagrama (Train-the-Trainer
Program), de Ginger Lapid-Bogda.
Além disso, acumula conhecimentos
em áreas como psicodrama, análise
transacional e programação neurolinguística. Por meio de palestras,
treinamentos, workshops e coaching,
a empresária aplica os conhecimentos adquiridos na ampla e diversa
formação. Segundo Carla Mattos, as
ferramentas se complementam para
capacitá-la a atuar em um apaixonado projeto profissional: a facilitação
no processo de desenvolvimento de
pessoas.
Por mais de 20 anos, a mineira de
Belo Horizonte atuou em empresas
nacionais e multinacionais, de médio
e grande porte, nas áreas de auditoria,
inteligência de mercado, planejamento e finanças. E por onde andou, Carla
percebeu que os principais problemas
das organizações se concentram nos
relacionamentos interpessoais. “Descobri que não existe nada mais satisfatório do que colaborar para que um
indivíduo tenha mais conhecimento
a respeito de si mesmo e, a partir daí,
fique mais apto a lidar com a realidade
que o rodeia”, diz.
Pai, filho
e neto
O que hoje é um negócio de gigantes já foi um playground para o arquiteto paulista Eduardo de Castro Mello,
de 67 anos. Durante a infância, desenhava nas pranchetas do pai, o atleta
olímpico e arquiteto Ícaro de Castro
Mello, morto em 1986. Dentro de um
escritório de arquitetura esportiva,
cresceu e viu o pai se tornar um dos
maiores especialistas da área. “Ele
nunca me influenciou diretamente,
mas não teve jeito. Comecei a observar o seu trabalho e quando percebi já
estava completamente envolvido”, diz.
A história de Ícaro ocupa um lugar de
destaque e respeito na apresentação
do escritório Castro Mello Arquitetura
Esportiva.
Pai e filho trabalharam juntos
no projeto do antigo Estádio Mané
52
Garrincha, inaugurado em 1974, inicialmente batizado de Estádio Governador Hélio Prates da Silveira. A encomenda era de um estádio olímpico
com capacidade para 110 mil lugares.
“Por motivos de força maior, foram
construídos apenas três blocos com
capacidade para 45 mil pessoas”, revela. Sintonizado à história pessoal e
à agenda esportiva nacional, Eduardo
é o responsável pelo projeto de transformação do Mané em uma arena
multiuso, o novo Estádio Nacional de
Brasília Mané Garrincha. “Sinto pelo
meu pai não ter tido a oportunidade de
trabalhar em um projeto dessa envergadura”, lamenta o arquiteto. O negócio da família continua em muito boas
mãos. O sócio de Eduardo, seu filho
Vicente de Castro Mello, que o diga.
Eduardo de Castro Mello
Arquiteto do Estádio
Nacional de Brasília
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
A serviço da
cultura
Tânia Primo
Gerente do Memorial dos
Povos Indígenas
A gerente do Memorial dos Povos
Indígenas, Tânia Primo, de 48 anos,
não se acomoda com o que considera
ser um grande privilégio: o acesso
constante à rica cultura indígena.
“Cada dia eu conheço mais aspectos
da cultura dos povos indígenas e fortaleço um aprendizado inesgotável”,
diz. Antes de trabalhar no memorial,
há quatro anos, a cearense pouco
sabia dos primeiros habitantes do
País. A oportunidade de assumir a
gerência, no início do atual governo, a
tornou não apenas uma das responsáveis pela promoção e pela difusão
da cultura indígena na capital, como
também uma entusiasta no estudo
da temática. “Os indígenas acumulam um conhecimento que se volta
para o real desenvolvimento da sua
comunidade”, diz.
Para Tânia, o cotidiano na “maloca moderna” projetada por Oscar
Niemeyer é permeado pelo desafio
de ampliar o acesso à cultura indígena. A gerente recebe a média mensal
de 2,4 mil visitantes e trabalha pelo
aumento desse público. Pedagoga e
pós-graduada em Gestão do Orçamento Público, ingressou no serviço
público em 1993. A diretora saiu do
município de Crato, Ceará, para estudar em Brasília, em 1970. Agarrou
oportunidades e ficou de vez.
//Sua excelência, o gerente
Há seis anos como superintendente do Shopping ID, Zoroastro Vasconcelos Neto ganhou
prêmios e planeja novidades na
área gastronômica. Aos 38 anos,
Neto é graduado em Publicidade e Propaganda, pós-graduado
em Marketing and Business Management e cursa pós-graduação em Shopping Center Management Program.
Qual conquista o senhor destaca?
Em 2010, fomos laureados com
o Top Marketing e Vendas 2010,
realizado anualmente pela Associação dos Dirigentes de Vendas
e Marketing do Brasil, com o case
Lançamento do Shopping ID.
O que é preciso para se
destacar como administrador?
Estar focado em resultados,
além de sempre envolver e motivar a equipe. Também ter um
excelente senso de direção administrativa e saber onde investir, quem contratar, que posicio-
Como atrair o público para o
Shopping ID?
O primeiro passo é estar sempre bem alinhado com as tendências da indústria de shopping, no
Brasil e no mundo. Temos excelente localização e infraestrutura para
atender melhor.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
namento adotar no mercado, como
promover a organização e escolher
os parceiros ideais.
Zoroastro
Vasconcelos Neto
Superintendente do
Shopping ID
53
esporte
Fotos: Luana Lleras
Três em um
//Por Luciene Cruz
O Circuito Sesc Triathlon Brasília será em maio e as inscrições
começam em 15 de abril. Atletas profissionais e amadores já estão
em ritmo intensivo de treinamento para a competição
E
m busca de novos desafios e
de qualidade de vida, atletas
brasilienses, profissionais e
amadores, encontraram no
triatlo a paixão pela prática de um
esporte. Se aventurar em três diferentes atividades físicas pode parecer humanamente impossível no
primeiro momento, mas os adeptos
garantem que unir natação, ciclismo
e corrida, de forma sequencial e
ininterrupta, é bem prazeroso.
O triatlo pode ser considerado
um esporte jovem. No Brasil, a primeira prova ocorreu em 1983, no
Rio de Janeiro. Desde então, tem
evoluído e vem sendo cada vez mais
procurado. Pistas planas, largas,
aliadas ao Lago Paranoá, tornam
Brasília o cenário perfeito para a
prática esportiva.
54
Com tantas condições favoráveis, os adeptos da modalidade
vão ter mais uma oportunidade de
colocar os treinos à prova. Em 19
de maio, ocorrerá a 9ª edição da
etapa brasiliense do Circuito Sesc
Triathlon. As inscrições podem ser
feitas até 16 de maio. Ao todo, serão
550 vagas para atletas amadores e
profissionais.
As inscrições variam de R$ 20
a R$ 120. Segundo Carlos Augusto
Carvalho, coordenador de Esporte e
Lazer do Sesc-DF, as condições da
cidade favorecem a quantidade de
atletas. O número de inscritos aumenta em 15% a cada ano. “Brasília
tem muitos atletas, tanto profissionais quanto amadores”, comenta.
Os profissionais podem enfrentar com facilidade os 1,5 mil metros
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
de natação, os 40 quilômetros de
bicicleta e os 10 quilômetros de
corrida. Para os amadores, existe
a opção de se inscrever na versão
short da prova, na qual as distâncias
são reduzidas pela metade. De qualquer maneira, é preciso o mínimo de
preparo físico e afinidade nas três
modalidades.
Na opinião de João Carlos Almeida, treinador de triatlo da assessoria esportiva Zeromeiaum,
a natação pode ser considerada a
modalidade mais difícil entre as três
exigidas. Essa variedade de modalidades dentro da mesma competição
exige dedicação e planejamento por
parte dos adeptos do esporte. Os
treinos ocorrem durante seis dias
da semana. Apenas um dia é livre
para descanso. “Descanso também
é treino”, destaca Almeida. E como
todos os outros dias exigem treinamento, é preciso bastante disposição dos atletas.
A preparação pode unir até duas
modalidades por dia, que ocupam
de duas a três horas. A rotina varia
de acordo com a disponibilidade
de tempo e a meta de treino. Nos
três esportes, a rotina de treinos
intercala treinamento de explosão
(tiros), em que é exigido o máximo de
esforço do atleta em curto período
de tempo. Há ainda os treinamentos
longos, nos quais não é preciso usar
todo o fôlego, mas é exigida resistência física para suportar períodos
grandes de esforço.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Cada esporte tem de ser realizado, no mínimo, duas vezes por
semana para garantir resistência
durante as provas. Além disso, a
cada 15 dias, os atletas participam
de simulados para verificar e aprimorar o desempenho, além de corrigir técnicas.
Para os envolvidos no triatlo,
a rotina puxada pode ser definida
como “sacrificante e gratificante” ao
mesmo tempo.
//Alto nível técnico
Há oito anos atuando como técnico, Almeida já foi atleta profissional
e participou de quatro edições do
Circuito Sesc Triathlon Brasília.
O empresário Diego
Maciel aderiu à
modalidade há seis
meses e já se sente
preparado para
competir.
55
Fabiana Braga
treina há um ano e
meio e vai disputar,
neste ano, sua
primeria prova
esportiva.
Conseguiu o primeiro lugar duas
vezes na categoria de 30 a 34 anos. “É
uma prova de alto nível técnico, que
exige muita habilidade na execução
do percurso. E, por ser circuito nacional, atrai atletas profissionais de
vários lugares, o que torna a prova
bastante competitiva”, comenta.
Após um ano e meio de preparação, com treinos seis vezes por
semana, a administradora Fabiana
Braga, de 33 anos, vai encarar sua
primeira prova profissional. “É preciso
muita disciplina e vontade para treinar
com dedicação, mas agora me sinto
preparada. Quero completar a prova
tranquila.”
Em busca da mesma superação
pessoal, o empresário Diego Maciel,
de 31 anos, também vai participar
da etapa brasiliense para avaliar seu
desempenho. “É superação mesmo, quando comecei tinha ritmo e
resistência diferente. Hoje noto visível melhora no meu desempenho”,
comenta. Praticante da modalidade
há seis meses, ele garante que está
preparado.
Com determinação e dedicação
ao esporte, o também empresário
Claudio Garbi, de 39 anos, eliminou 65
quilos e mudou o estilo de vida. Depois
de participar de várias provas de corrida, buscou no triatlo um novo desafio.
“Só a corrida não estava dando mais
56
O treinador
Gustavo Guedes
acredita que o
triatlo deixou
de ser apenas
competitivo para
ser instrumento
de qualidade
de vida.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
prazer, quis diversificar agregando mais modalidades”, explica. O Circuito Sesc
Triatlhon vai ser a primeira prova com o “peso novo”.
Mantendo o caráter profissional e amador, a etapa brasiliense premia os
vencedores de todas as categorias em dinheiro. Ao todo, R$ 37 mil serão pagos
aos ganhadores, segundo Carlos Augusto Carvalho, coordenador de Esporte e
Lazer do Sesc-DF.
O professor da modalidade da assessoria esportiva Evolua Multisportes,
Gustavo Guedes, de 31 anos, acredita que o triatlo deixou de ser apenas competitivo para ser praticado por quem busca qualidade de vida. “Tem gente que quer
apenas variar a prática esportiva e manter a saúde”, observa.
//Investimento
Na avaliação dos atletas e técnicos, a diferença do triatlo para os outros esportes é que o triatlo exige um grande investimento financeiro. Como se trata de
três modalidades diferentes, a prática se torna cara. Além dos equipamentos,
como bicicleta, capacete, tênis, roupas especializadas, também é aconselhável
acompanhamento nutricional e esportivo, para garantir o bom desempenho
nas provas.
//Circuito Sesc Triathlon
Inscrições
De 15 de abril a 16 de maio,
até as 18 horas
Taxa de inscrição
Comerciário/dependente: R$ 20
Amador/amador olímpico: R$ 60
Revezamento comerciário/
dependente: R$ 40
Revezamento aberto: R$ 80
Elite: R$ 120
@sescdf
/sescdistritofederal
Equipamentos para o triatlo
Quem está disposto a começar a treinar deve investir em alguns equipamentos e acessórios
Natação
Ciclismo
Óculos: compre um modelo confortável e que ao mesmo tempo tenha bom campo de visão. Vale a pena
experimentar antes de comprar. Pressione os óculos sobre os olhos (o ideal é que vede sozinho, sem
colocar o elástico ao redor da cabeça). Existem modelos que não embaçam. São mais caros, mas valem
o investimento.
Touca: a touca de natação normalmente é fornecida nas provas com número do atleta e o uso é
obrigatório.
Roupa: o uso não é obrigatório, mas ajuda em provas de longas distâncias. A roupa ajuda a flutuar.
Existem modelos sem manga e de manga comprida. Experimente antes de comprar e teste na piscina
antes de fazer uma prova com a roupa.
Bicicleta: é o item que mais exige investimento por parte do atleta. Os preços são bem variados.
Existem opções de bicicletas para quem está começando e quer saber se realmente vai gostar do
esporte antes de um investimento mais alto. As bicicletas de ciclismo de estrada se dividem em duas
categorias Speed Road ou TT (Time Trial, Contra Relógio).
Bermuda: use modelos bem confortáveis e que tenham um enchimento muito bom no meio das pernas.
A peça deve ser impermeável, para também ser usada durante a natação.
Sapatilha: o uso da sapatilha garante a pedalada eficiente e redonda, para um movimento mais funcional. A sapatilha será encaixada no pedal, mas deve ser usada somente quando sentir confiança.
Óculos: no ciclismo, os óculos garantem a proteção dos olhos contra o vento e a sujeira. O ideal são os
modelos com boa ventilação para evitar que embacem facilmente.
Capacete: Um dos itens mais importantes do ciclismo. O capacete tem diversos tamanhos. O modelo
ideal é o que fica bem preso à cabeça, não pode ser largo.
Corrida
Tênis: O modelo deve ser confortável e de acordo com a pisada do atleta. Os preços são bem variados.
Roupas: Não há troca de roupa na transição, por isso a bermuda de triatlo é feita para as três modalidades. A camiseta também pode ser de triatlo desde a natação até a corrida.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
57
competição
Juventude
ativa
//Por Mariana Fernandes
As inscrições para a 35ª edição do JiSesc ficam abertas até 2 de maio. São
14 modalidades esportivas para serem disputadas em duas categorias
O
s Jogos de Integração
Crianças e Adolescentes
(JiSesc), edição de 2013,
ocorrerão no primeiro semestre
do ano, de 11 de maio a 6 de julho.
O evento, que hoje é considerado
a maior competição da categoria
no Distrito Federal, destina-se a
estudantes e sócios de clubes ou
associações desportivas.
Com o projeto, o Sesc-DF pretende estimular a prática de atividades físico-desportivas em crianças e adolescentes e incentivá-las
a competir de forma saudável e
consciente, contribuindo para a
educação integral dos jovens.
Os jogos serão disputados nas
unidades do Sesc de Taguatinga
Sul e Norte e no Centro de Atividades Sesc Ceilândia, nas modalidades basquetebol, caratê, futebol
society, futsal, handebol, jiu-jítsu,
judô, kung fu, natação, queimada,
taekwondo, tênis de mesa, voleibol
e xadrez. As disputas serão divididas em duas categorias (masculino
e feminino): infantil, para nascidos
em 1998 e 1999; e mirim, para nascidos em 2000 e 2001.
As equipes classificadas do
primeiro ao terceiro lugar serão
premiadas com troféus e medalhas. Em 2012, o JiSesc reuniu
2,5 mil atletas de 67 instituições.
Nessa edição, o Sesc-DF ficou em
Joel Rodrigues
1º lugar, com 88 pontos, seguido
do Cid Ceilândia, com 57, e do Colégio Ideal, que ficou em 3º, com
57 pontos.
Para participar da edição 2013,
as inscrições ficam abertas até
2 de maio e devem ser feitas nas
unidades do Sesc-DF. Para isso,
o atleta interessado deve pagar
a taxa de inscrição e preencher a
ficha padrão com a assinatura de
um responsável maior de 18 anos.
“Cada ano que passa o JiSesc
supera nossas expectativas. A
procura é muito grande, gerações
e gerações passam pelos jogos,
inclusive atletas olímpicos. Isso
para a gente é um grande incentivo. Quem sabe no futuro não teremos um grande campeão olímpico
que saiu daqui do JiSesc?”, diz o
coordenador de esporte Carlos
Augusto Silva.
//35º JiSesc
De 11 de maio a 6 de julho
As inscrições devem ser feitas
nas unidades do Sesc
@sescdf
Em 2012, o JiSesc reuniu 2,5 mil atletas. As equipes classificadas do primeiro ao
terceiro lugar serão premiadas com troféus e medalhas.
58
/sescdistritofederal
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
//segredos do marketing digital
Um desafio enorme que sempre
encontramos na criação de um novo
site é o que podemos chamar de
cegueira do desenvolvedor. O que
é isso? Simples, o desenvolvedor
sabe exatamente as informações
contidas no site que está criando.
Ele também sabe todos os seus
caminhos e suas funcionalidades.
Para ele, todas essas informações
são óbvias e estão à vista de todos.
Mas será que o usuário final do site
achará a mesma coisa?
Como uma agência que desenvolve sites para grandes empresas,
temos que nos preocupar com essa
questão desde o início do projeto. O
que é claro para nós também deverá
estar claro para quem é leigo. Para
nos assegurarmos disso, buscamos
desde cedo o retorno do cliente final.
Esse feedback pode ser conseguido tanto de forma passiva quanto
ativa. A forma passiva seria por meio
do contato do cliente por algum canal específico da empresa – e-mail,
SAC, 0800, caixa de reclamações.
Com certeza a análise desses canais
vai levantar pontos interessantes
para o seu projeto.
Contudo, a maior força de nossa
estratégia se encontra na forma ativa. Procure sempre fazer perguntas
aos usuários: O que você procura
em determinado site? O que você
achou da experiência de navegação?
Por que você desistiu da compra?
Quais informações você considera
imprescindíveis? Você recomendaria
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
este site para um amigo?
Além desses questionamentos,você também deve pedir que
usuários realizem determinada
ação: tente reservar um quarto;
compre um sapato preto tamanho
37; descubra o endereço da filial da
empresa em Piracicaba. Observar
o usuário realizar tais tarefas pode
revelar perfeitamente os pontos do
site em que existem gargalos e o que
deve ser modificado.
Perceba que esse é um processo
contínuo. Mesmo que o site ainda
não exista, você pode conversar com
futuros usuários em potencial e
perguntar o que esperam dele. Enquanto o site é desenvolvido, realize
testes de usabilidade, pedindo que
usuários façam tarefas específicas,
que vão apontar problemas. E mesmo depois que for lançado, pergunte
aos usuários o que eles acharam de
determinada funcionalidade, como
foi a experiência geral e até a nota
que eles dão para o site.
Lembre-se: você pode achar que
sua página tem todas as informações e que ela é fácil de ser entendida. Tenha cuidado para não cair nas
armadilhas da cegueira de desenvolvedor! Quase todos os websites
têm algum problema de usabilidade
e isso afeta o retorno que ele dá para
a empresa. Busque mais interação
com o usuário de seu site (ou futuro
site), ouça o que ele tem a dizer e
veja seu negócio melhorar continuamente. Boas vendas!
Giovanna Leal
A importância
do feedback
Jens Schriver
Sócio da ClickLab
Maximo Migliari
Sócio da ClickLab
//Envie perguntas para
[email protected] ou
facebook.com/agencia.clicklab
20%
percentual gasto com propagandas
em celulares no Facebook
Fonte:
http://techcrunch.com/2013/01/07/
facebook-mobile-ad-spend/
2 vezes
média de aumento de vendas após
testes de usabilidade
Fonte:
http://www.nngroup.com/articles/returnon-investment-for-usability/
59
//pesquisa conjuntural
Nem tudo
é festa
Desempenho do comércio brasiliense registra
queda em fevereiro
Comércio
Serviços
Desempenho de vendas
Setor
Segmento
Set12 x Out12 x Nov12 x Dez12 x Jan13 x Fev13 x
Ago12
Set12
Out12
Nov12
Dez12
Jan13
Autopeças e Acessórios
-2,14%
0,40%
3,81%
-0,68%
-1,10%
-10,27%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
2,00%
-0,02%
9,17%
1,22%
-1,96%
1,08%
Calçados
4,32%
-9,69%
9,06%
26,13%
-19,21%
-0,69%
Farmácia e Perfumaria
3,27%
-1,82%
-3,51%
5,70%
-9,23%
-2,39%
Floricultura
-2,85%
14,93%
-13,75%
33,30%
-18,39%
-11,50%
Informática
1,09%
1,77%
0,38%
13,70%
-1,87%
2,48%
Livraria e Papelaria
-0,95%
1,50%
0,86%
3,11%
33,45%
42,70%
Lojas de utilidades domésticas
3,29%
9,89%
2,85%
17,26%
-19,79%
-4,80%
Material de construção
-6,72%
-0,14%
-0,03%
1,73%
-9,25%
-2,11%
Mercado e Mercearia
3,20%
-1,82%
2,49%
2,66%
-8,56%
-0,48%
Móveis e Decoração
-6,15%
20,57%
16,21%
-13,77%
0,39%
10,52%
Óticas
-3,97%
16,04%
4,28%
-4,05%
12,33%
-1,48%
Tecidos
-2,84%
1,05%
10,45%
-0,57%
-13,55%
-5,11%
Vestuário
0,07%
0,02%
0,24%
29,34%
-13,42%
-14,32%
Total
0,81%
0,30%
3,73%
6,39%
-6,68%
-1,10%
Agências de viagem
12,22%
1,38%
13,19%
8,83%
-5,93%
-19,10%
Autoescola
4,74%
19,11%
-9,01%
1,59%
27,21%
-36,94%
Pet shop
0,10%
0,26%
-0,10%
1,31%
-17,36%
-15,48%
Salão de beleza
-6,56%
-7,39%
13,08%
11,27%
-20,51%
-0,43%
Total
3,23%
0,14%
9,61%
8,34%
-8,50%
-16,29%
1,05%
0,28%
4,35%
6,61%
-6,88%
-2,48%
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
60
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Comércio
Região
Fev13 x
Jan13
Brasília, Lago Sul e Lago Norte
0,15%
Cruzeiro, Setor de Indústria e Sudoeste
-1,15%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
-2,32%
Ceilândia e Taguatinga
4,58%
Paranoá, Sobradinho, Planaltina e São Sebastião
-6,97%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-8,31%
Total
Serviços
Desempenho de vendas
Setor
-1,10%
Brasília, Lago Sul e Lago Norte
-20,05%
Cruzeiro, Setor de Indústria e Sudoeste
-12,42%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
Ceilândia e Taguatinga
0,35%
-23,25%
Paranoá, Sobradinho, Planaltina e São Sebastião
0,64%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
57,64%
Total
-16,29%
Total
-2,48%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
A
s vendas do comércio
brasiliense registraram
queda de 1,10% em fevereiro na comparação
com janeiro, e as vendas do setor
de serviços tiveram declínio de
16,29%. É o que mostra a Pesquisa
Conjuntural de Micro e Pequenas
Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio.
Segundo os especialistas, esse
resultado já era esperado devido ao
efeito sazonal. “Fevereiro é o mês
mais curto do ano. Além disso, o
recesso do carnaval resultou em
queda no faturamento de algumas
empresas”, explica o presidente da
Fecomércio-DF, Adelmir Santana.
As quedas mais significativas
nas vendas do comércio em fevereiro, na comparação com janeiro,
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
foram observadas nos segmentos
de Vestuário (-14,32%); Floricultura
(-11,50%); Autopeças e Acessórios
(-10,27%); e Tecidos (-5,11%). Apresentaram aumento nas vendas os
segmentos de Livraria e Papelaria
(42,70%); Móveis e Decorações
(10,52%); Informática (2,48%); e
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
(1,08%).
No setor de serviços, todos os
segmentos pesquisados apresentaram queda em fevereiro na
comparação com o mês anterior:
Autoescola (-36,94%), Pet shop
(-15,48%), Agências de viagem
(-19,10%), Salão de beleza (-0,43%).
É necessário ressaltar, contudo,
que o Instituto Fecomércio pesquisa apenas esses quatro segmentos
de serviços.
Quanto ao pessoal empregado,
o comércio apresentou retração
de 1,62% no contingente em comparação com janeiro. O setor de
serviços também apresentou queda de 5,70% no número de postos
de trabalho. Entre as formas de
pagamento, o cartão de crédito se
destacou em ambos os setores. No
comércio, a modalidade respondeu
por 43,24% das vendas. No setor de
serviços, o cartão de crédito foi responsável por 50,60% das compras.
A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é
realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do
Sebrae. Foram consultadas 629
empresas, sendo 535 do comércio
e 94 de serviços. A coleta de dados
foi feita do dia 5 ao dia 10 de março.
61
Comércio
Nível de emprego
Setor
Segmento
Fev13
x
Jan13
Autopeças e Acessórios
2,26%
4,41%
-4,93%
3,70%
-1,34%
0,00%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
0,24%
1,32%
-3,89%
-0,12%
0,70%
0,72%
Calçados
9,57%
7,77%
6,31%
-2,54%
-6,19%
-8,57%
Farmácia e Perfumaria
5,00%
-0,88%
-0,88%
0,89%
-1,30%
2,47%
Floricultura
0,00%
6,67%
6,25%
0,00%
17,65%
7,14%
Informática
3,08%
-4,48%
-1,56%
1,59%
-8,82%
0,00%
Livraria e Papelaria
4,62%
-1,47%
-9,09%
8,62%
1,59%
-5,36%
Lojas de utilidades domésticas
15,00%
-8,16%
0,00%
4,44%
-4,26%
-6,52%
Material de construção
0,80%
-7,94%
1,72%
1,69%
3,76%
-3,85%
Mercado e Mercearia
1,79%
0,00%
-0,29%
-1,47%
0,00%
-8,52%
Móveis e Decoração
1,79%
-3,03%
4,69%
-1,49%
-7,58%
21,62%
Óticas
9,09%
-8,33%
4,55%
-8,70%
14,29%
-3,57%
Tecidos
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
9,52%
Vestuário
-2,10%
-0,44%
4,87%
-1,27%
-2,61%
-2,59%
Total
1,81%
0,04%
-1,08%
0,09%
5,56%
-2,63%
0,00%
0,00%
6,67%
-7,94%
Autoescola
-10,71%
8,00%
-3,70%
1,92%
11,32%
-3,95%
Pet shop
-2,44%
4,76%
0,00%
-4,55%
-7,50%
10,34%
Salão de beleza
2,91%
0,00%
-2,83%
0,00%
6,19%
-10,53%
0,00%
1,46%
-1,80%
-0,37%
5,28%
-5,70%
1,62%
0,19%
-1,16%
0,04%
0,04%
-2,02%
Agências de viagem
Serviços
Set12 x Out12 x Nov12 Dez12 x Jan13 x
Ago12 Set12 x Out12 Nov12
Dez12
Total
Total
-0,54% -1,62%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
62
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
Comércio
Fev13
x
Jan13
Região
Brasília, Lago Sul e Lago Norte
1,01%
Cruzeiro, Setor de Indústria e Sudoeste
-5,76%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
-5,88%
Ceilândia e Taguatinga
-5,23%
Paranoá, Sobradinho, Planaltina e São Sebastião
5,17%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-4,24%
Total
Serviços
Nível de emprego
Setor
-1,62%
Brasília, Lago Sul e Lago Norte
-1,95%
Cruzeiro, Setor de Indústria e Sudoeste
-10,81%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
0,00%
Ceilândia e Taguatinga
-22,22%
Paranoá, Sobradinho, Planaltina e São Sebastião
0,00%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
0,00%
Total
-5,70%
Total
-2,02%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Setor
À vista
Cheque
set/12
30,02%
3,02%
Cartão de
Crédito
Débito
A prazo
Boleto
42,08%
18,71%
4,03%
2,15%
Formas de pagamento
Comércio
out/12
29,63%
2,75%
42,98%
18,04%
4,34%
2,26%
nov/12
29,75%
2,94%
42,09%
18,14%
4,91%
2,17%
dez/12
30,23%
2,89%
41,60%
17,90%
5,38%
2,01%
jan/13
29,94%
3,19%
41,49%
18,24%
5,28%
1,86%
fev/13
29,17%
1,34%
43,24%
18,38%
3,99%
3,88%
set/12
21,90%
3,55%
55,81%
12,65%
5,47%
0,63%
Serviços
out/12
25,94%
7,13%
50,41%
11,54%
4,31%
0,67%
nov/12
23,41%
6,72%
51,57%
13,69%
4,00%
0,61%
dez/12
27,92%
2,60%
47,76%
17,07%
4,17%
0,49%
jan/13
20,64%
5,47%
48,54%
15,33%
9,32%
0,70%
fev/13
21,04%
4,10%
50,60%
14,64%
2,80%
6,83%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
63
mercado de trabalho
Joel Rodrigues
Aprovados em
concurso
público
//Por Sílvia Melo
Qualificação oferecida pelo Senac-DF
leva alunos a boa classificação em
seleções do Estado
O
itenta alunos do Senac-DF
foram aprovados no último
concurso para a Secretaria
de Estado de Saúde do Distrito Federal para os cargos de técnico em
enfermagem e técnico de laboratório
na especialidade de hematologia e
hemoterapia. As provas foram em
dezembro de 2012 e início de 2013.
Alguns dos aprovados já estão nomeados e trabalhando em hospitais
públicos do DF.
A quantidade significativa de alunos aprovados demonstra a capacidade da instituição de suprir as demandas do mercado de trabalho com
profissionais bem capacitados. De
acordo com Eva Maria Alves de Souza
Lima, supervisora pedagógica do Senac 903 Sul, os alunos são bem preparados pois têm noções não apenas
das competências trabalhadas em
sala de aula, mas da prática por meio
de visitas técnicas e atendimento ao
público externo. “Além disso, o Senac
conta com professores capacitados
que trabalham na área”, destaca.
Dos cursos técnicos em hemoterapia e em análises clínicas, foram aprovados 49 alunos, enquanto
do curso técnico em enfermagem,
64
foram 41 aprovados. Os de enfermagem passaram por duas etapas
no concurso, com provas teóricas e
práticas. Para Eva Lima, o sucesso
na aprovação deve-se à preocupação
que o Senac tem com a formação do
profissional, que necessita de qualificação adequada.
Aprovada em primeiro lugar no
concurso para técnico em hemoterapia, Ângela Marina Lopes da Silva,
de 32 anos, aguarda para assumir o
cargo em junho. Ela fez a prova com
tranquilidade, pois sabia que estava
preparada. Em 2009 foi aprovada em
outro concurso da Secretaria de Saúde, para o cargo de técnico em análises clínicas, e atualmente trabalha
no hospital do Gama. Ela pretende
ficar com os dois empregos públicos.
//Cursos
O Senac-DF oferece diversos
cursos na área de saúde. Além dos
técnicos, que duram mais de um ano,
a instituição tem cursos de formação
inicial e continuada, como recepção
em serviços de saúde, e cursos de
especialização, para quem já tem a
formação de técnico, como especialização técnica em enfermagem do
Ângela Marina Lopes da Silva será
empossada em junho.
trabalho e especialização técnica em
instrumentação cirúrgica.
Na programação de abril, de
maio e de junho, está disponível o
curso recepção em serviços de saúde, com carga horária de 60 horas.
As aulas ocorrerão nas unidades de
Ceilândia (de 20 a 11 de maio, das 14h
às 18h) e do Gama (de 6 a 24 de maio,
das 8h às 12h).
O curso técnico em enfermagem
tem carga horária de 1,8 mil horas e
é oferecido na unidade da 903 Sul. A
próxima turma iniciará as aulas em
6 de maio, das 13h50 às 18h. Para
participar, é preciso ter 18 anos e ensino médio completo. O investimento
é de 30 parcelas de R$ 330. Também
oferecido pelo Senac 903 Sul, o curso
técnico em hemoterapia tem carga
horária de 1.445 horas e está previsto
para iniciar em 13 de maio, das 7h50
às 12h. O investimento é de 18 parcelas de R$ 300.
@senacdf
/senacdistritofederal
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
cultura
Tenda do
Conhecimento
//Por Andrea Ventura
Projeto lançado em 2006 ganha força e pretende
levar ao público instalações, mostras e exposições
B
Joel Rodrigues
uscando aproximar a população da arte, o Sesc-DF traz
o projeto Tenda do Conhecimento. Lançado pela primeira vez
em 2006 com a exposição A Evolução da Escrita, o projeto apresenta,
por meio de instalações, material
de acervo próprio do Sesc-DF que
abrange a arte e a informação em
cunho educativo. Neste ano, o projeto
ganha mais força.
“A Tenda do Conhecimento difere
de outras exposições pelo cunho
educativo e pelo acervo que pertence ao Sesc-DF”, explica Juliana
Valadares, coordenadora de Cultura
do Sesc-DF. As mostras podem ser
montadas em qualquer local, seja
Em 8 de março foi inaugurada a exposição com obras de museus
nas unidades do Sesc, seja em espaços
franceses. Alunos do EduSesc foram os primeiros visitantes.
comunitários.
Atualmente, o Sesc está com a instalação Obras Pripectativa do Sesc é alcançar o maior número de visitantes
mas dos Museus da França – Reproduções, no Sesc Estapossível”, diz Juliana. O material das impressões das obras
ção 504 Sul. Estudantes do segundo e terceiro ano da Edué especial e pode ser exposto em áreas externas.
Sesc estiveram na abertura da exposição, em 8 de março,
Entre as próximas exposições do projeto estão fotos
e apreciaram as obras antes vistas somente por meio
dos 10 anos do SescFestclown – Festival Internacional de
de livros de história. A aluna do 3º ano Fernanda Martins
Palhaços e Fazendas Paulistas, com fotos de propriedades
de Souza, de 18 anos, vivenciou o que costuma estudar
que compõem o ciclo do café em São Paulo.
nos livros. “Aqui pude ver detalhes, a história das obras e
dos autores. Acho importante porque assim aprendemos
mais”, contou. A obra de que mais gostou foi o Retrato de
uma Nobre Saxã, de Lucas Cranach.
//Obras dos Museus da França – Reproduções
A instalação é composta por 68 telas com reproduções
Até 6 de maio
fotográficas feitas em Paris. Especialistas dos museus
Sesc
Estação
504 Sul
participantes se certificaram sobre a manutenção das
Das
8h
às
18h,
de
segunda
a
sexta-feira
cores e luminosidade de cada objeto.Todas as obras exEntrada gratuita
postas estão acompanhadas por biografia dos autores.
A instalação permanece na unidade até 6 de maio e já
passou pelo Centro de Atividades Sesc Ceilândia. A ideia é
@sescdf
que percorra outras unidades e espaços da cidade.“A ex/sescdistritofederal
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
65
pesquisa
relâmpago
Fotos: Luana Lleras
Ademar Júnior
Empresário
Padre Emerson
Cabral
Arquidiocese
de Brasília
Kátia Derilene
Macedo
Comerciária
Leomar Silva Santos
Empresário
Marina Figueiredo
Jornalista
66Untitled-4 1
Legado das
competições
mundiais
Violência nos
estádios
Fantasma
da inflação
REGULAR
O trabalho que ele vai
ter não é brincadeira.
Aprovei por ser um
jesuíta, mas ainda acho
que está muito velho
para assumir tanta
responsabilidade.
RUIM
A solução é aumentar
a vigilância e proibir
a entrada de torcidas
organizadas. Mas é
preciso ter vontade para
colocar tudo em prática.
RUIM
Assusta demais essa
possibilidade. O governo
maquia a realidade e
acredito que a situação
pode estar pior do que a
que é divulgada.
RUIM
Vão sobrar pesos
imensos. Os estádios
ficarão obsoletos. Se
não for em São Paulo ou
no Rio de Janeiro, não
tem como reunir 60 mil
pessoas em um estádio.
BOM
Que continue
respondendo aos
desafios do nosso tempo
e que nos motive a
buscar caminhos para
uma evangelização mais
eficaz.
RUIM
Certamente, uma
conscientização a
respeito do esporte,
que deve ser visto como
diversão e não como
competição custe o que
custar.
REGULAR
Os governos devem
procurar medidas que
impeçam esse aumento,
mas o nosso povo sabe
conviver com a inflação
renunciando aos excessos.
BOM
Além de promover
o turismo em nossa
cidade, é uma
oportunidade de
conhecer um pouco
mais sobre nossa
história.
REGULAR
Para os católicos, é
uma oportunidade de
promover uma reforma
moral, ética. É preciso
haver uma mudança de
postura da igreja para
agregar os fiéis.
RUIM
É um problema terrível
e a única solução que
visualizo é proibir que
as torcidas assistam
aos jogos juntas.
Infelizmente.
BOM
É só especulação. O
governo federal tem
sido fantástico. Sou da
geração da remarcação
de preços e não acredito
que essa situação volte
a fazer parte do nosso
dia a dia.
RUIM
Vai trazer tumulto.
Brasília não comporta
muita gente. Os
benefícios que esses
eventos trazem não
compensam porque são
temporários.
BOM
Como católico, acredito
que precisamos de mais
rigidez e de alguém com
voz ativa. Os fiéis estão
se dispersando e o papa
precisa conquistá-los
de volta.
RUIM
É preciso mais rigor na
revista dos torcedores
na entrada dos estádios.
É uma guerra. Por isso
prefiro assistir aos
jogos em casa, com
traquilidade.
BOM
A nossa economia nunca
esteve tão bem.
REGULAR
Se a gente ganhar algo
com isso, será em
transporte, acredito.
Precisamos ter
esperança de que a
cidade vai melhorar em
alguma coisa.
BOM
O catolicismo está
enfraquecido. Com um
novo papa, pode ser
que haja renovação e os
católicos voltem a
se reunir.
RUIM
É uma situação complicada porque alguns
torcedores levam tudo a
ferro e fogo. O governo
precisa fazer campanhas para incentivar a
paz, além de garantir o
policiamento.
RUIM
É impressionante como
tem assustado. Na
teoria dizem que não
existe, mas os preços
aumentam a cada dia. O
preço do tomate está
um absurdo!
REGULAR
A cidade vai ficar
mais conhecida, mas,
na prática, para a
população pouca coisa
muda. Teremos um
estádio novo, que não
muda em nada a
minha vida.
Papa Francisco
revista FECOMÉRCIO18/11/10
| abril 11:29
2013
Para sua empresa
ir mais longe, a gente
tá aqui do lado.
Agora o Sebrae
tem mais um
endereço: 515 Norte.
Mais um Ponto de
Atendimento para sua
empresa, com cursos e
orientações empresariais.
Aproveite que é pertinho
e venha fazer uma visita.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013
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0800 570 0800 | www.df.sebrae.com.br
0800 570 0800 | www.df.sebrae.com.br
67
Família, vizinhos, agente de saúde e você:
a parceria perfeita para vencer a dengue.
O número de casos de dengue vem aumentando em diversos estados do Brasil. Mais do
que nunca, precisamos da sua participação para vencer essa doença que pode matar.
Não deixe nada que possa acumular água exposto ao tempo. Mantenha sacos de lixo
fechados; caixas d’água tampadas; calhas limpas e vasinhos de plantas com areia. Mobilize
seus amigos e vizinhos. E, em caso de febre, dor de cabeça, no corpo e nas juntas e
manchas vermelhas pelo corpo, beba muito líquido e procure uma unidade de saúde.
68
Melhorar
sua vida, nosso compromisso.
revista FECOMÉRCIO | abril 2013

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