Revista Fecomércio - Abril
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Revista Fecomércio - Abril
Ano XVII nº 181 – Abril 2013 Trato feito Com as novas regras em vigor, o FCO se torna cada vez mais viável para quem quer investir no DF Entrevista // Pág. 8 Manoel messias nascimento melo Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego Desconto de Cobrança BRB Sua empresa com boleto a prazo e crédito quando quiser. Antecipe o crédito* dos boletos de cobrança bancária emitidos pelo sistema próprio** ou Cobrança Web*** para a sua empresa. Procure uma agência do BRB e saiba como manter a liquidez do seu capital de giro. * Sujeito à análise de crédito. ** Sistema próprio: desde que a carteira de títulos seja registrada no BRB. *** Cobrança Web: facilidade de baixo custo disponibilizada para os clientes BRB. • Você pode escolher qual prestação quer adiantar. • Prazo mínimo de 5 dias e máximo de 180. 2 www.brb.com.br revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Uma nova marca. A atuação de sempre. A marca da Fecomércio está presente na vida de milhares de brasileiros. Afinal, ela defende e representa os empresários do comércio de bens, serviços e turismo daqui. Gente que trabalhou duro e ajudou o Brasil a se transformar. Agora, a marca da Fecomércio está se transformando também. www.fecomerciodf.com.br revista FECOMÉRCIO | abril 2013 3 sumário Fotos: Luana Lleras Vida de empreendedor A transição de empregado para empregador: conheça histórias como a do cabeleireiro e empresário Thyago Ximenes (foto) 14 No centro das atenções Fecomércio-DF sediou o 7º Fórum das Entidades do Setor Produtivo do CentroOeste em março. O próximo será neste mês, em Goiânia 30 Circuito Sesc Triathlon Preparar-se para uma competição que envolve três modalidades requer tempo e disposição. E isso não falta aos atletas de Brasília 54 4 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 O final pode ser feliz Ainda há razão para reclamar da burocracia, mas quem consegue um financiamento do FCO garante que todo o esforço vale a pena. Construção, reformas, compra de equipamentos e garantia de capital de giro estão entre as vantagens do fundo destinado ao Centro-Oeste 34 seções 8Entrevista 22Sindicatos 26Vitrine 27 Empresário do mês 33 Caso de sucesso 38 Direito no trabalho 40 Gastronomix revista FECOMÉRCIO | abril 2013 43 Agenda fiscal 49Economia 52Gente 59Segredos do marketing digital 60 Pesquisa conjuntural 66 Pesquisa relâmpago 5 cartas Endereço SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília – 70306-911 (61) 3038.7500 – www.fecomerciodf.com.br – twitter.com/fecomerciodf Presidente Adelmir Araújo Santana Diretoria Miguel Setembrino Emery de Carvalho • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Clayton Faria Machado • Francisco Maia Farias • Antônio Tadeu Peron • Edy Elly Bender Kohnert Seidler • Fábio de Carvalho • Francisco das Chagas Almeida • José Aparecido da Costa Freire • José Carlos Ulhoa Fonseca • José Geraldo Dias Pimentel • Oscar Perné do Carmo • Cecin Sarkis Simão • Hamilton César Junqueira Guimarães • Miguel Soares Neto • Paolo Orlando Piacesi • Roger Benac • Joaquim Pereira dos Santos • Diocesmar Felipe de Farias • Glauco Oliveira Santana • Suely Santos Nakao Diretores Suplentes Aldo Ramalho Picanço • Alexandre Machado Costa • Álvaro Jose da Silveira • Ana Alice de Souza • Antonio Delgado Torres • Bartolomeu Gonçalves Martins • Carlos Hiran Bentes David • Clarice Valente Aragão • Edson de Castro • Elaine Furtado • Francisco Joaquim Loyola • Francisco Valdenir Machado Elias • Jó Rufino Alves • João Ricardo de Faria • José Fagundes Maia • Luiz Alberto Cruz de Moraes • Milton Carlos da Silva • Osório Adriano Neto • Paulo Targino Alves Filho • Sandoval Antonio de Miranda Conselho Fiscal Arnaldo Sóter Braga Cardoso • Arnaldo Rocha Mudim Junior • Raul Carlos da Cunha Neto • Maria Auxiliadora Montandon de Macedo • Henrique Pizzolante Cartaxo Conselho Consultivo Mitri Moufarrege • Antônio José Matias de Sousa • Laudenor de Souza Limeira • Luiz Carlos Garcia • José Djalma Silva Bandeira • Orlando Antônio Vicente Taurisano • Rogério Tokarski Contribua com sugestões, críticas e comentários sobre os assuntos que são abordados na publicação. Envie sua mensagem para Assessoria de Comunicação da Fecomércio-DF – SCS Quadra 6, Ed. Jessé Freire – 5º andar – Brasília – 70306-908 ou para o e-mail [email protected]. (61) 3038.7527 //Gastronomia Parabéns pela coluna Gastronomix! As dicas de Rodrigo Caetano são ótimas e eu gosto de conhecer os lugares depois de ler uma boa crítica sobre eles. Fabiana Lima Gestora em recursos humano Diretor Regional do SESC José Roberto Sfair Macedo Diretor Regional do Senac Luiz Otávio da Justa Neves SUPERINTENDENTE DA FECOMércio João Feijão DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos Sindicatos filiados Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sinccab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) Sindicatos associados Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) Coordenador de Comunicação do Sistema Fecomércio-DF Diego Recena Revista Fecomércio Coordenação Editorial - Editora Meiaum Editora-chefe - Anna Halley Editora-executiva - Paula Oliveira Editor Fecomércio - Diego Recena Editora Senac - Ana Paula Gontijo Editor Sesc - Marcus César Alencar Editora de fotografia - Luana Lleras Repórteres - Ana Carolina Freitas, Ana Rita Gondim, Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Larissa Leite, Luciana Bufáiçal, Luciene Cruz, Mariana Fernandes, Marina Marquez, Noelle Oliveira, Patrick Selvatti, Sílvia Barros e Sílvia Melo Projeto gráfico e diagramação - Gustavo Pinto Capa - Gustavo Pinto Revisora - Anna Cristina Rodrigues Impressão - Ediouro Gráfica Tiragem - 60 mil exemplares 6 Contato comercial - Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – [email protected] //Revista Fecomércio É bom ter uma revista com conteúdo dinâmico e que interage com o comerciante, com a empresa e com os consumidores. Bom trabalho. Carlos Roberto Gomes Militar //Errata Na edição 180, foi publicado no texto em destaque da página 25 que o faturamento alcançado em dois anos por microfranquias foi de R$ 3,7 milhões. O valor correto é R$ 3,7 bilhões. Na página 52, o ano é 2013, não 2012. editorial Faz parte do ciclo A educação é a grande saída para diversos problemas – se não a maioria deles – que o Brasil enfrenta. Investir no ensino básico, preparar as nossas crianças de maneira séria e responsável desde o bê-á-bá se refletirá no desenvolvimento do País, nas relações de trabalho e, por que não, no sucesso das nossas empresas. Sim, nas relações de trabalho. A falta de capacitação da população é imensa e preocupante. Como empresários, enfrentamos isso no dia a dia. Quantas vagas de emprego colocamos disponíveis no mercado e não conseguimos preencher por falta de pessoas habilitadas para a função? Como não faz parte do nosso feitio ficar parado esperando uma solução cair do céu de repente, o setor produtivo forma os seus profissionais em cursos elaborados de acordo com a necessidade das empresas que o compõem. Por meio do Senac, habilitamos milhares de brasileiros para atuar no mercado de trabalho seja como técnicos ou acadêmicos. E somos reconhecidos por isso. Nossa entidade é uma das licenciadas pelo Ministério da Educação para oferecer cursos do revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec. Todos os meses mostramos na Revista Fecomércio histórias bem-sucedidas dos nossos alunos, na seção Caso de Sucesso (página 33). A personagem desta edição, Kamila Lima, enfrentou o desemprego e encontrou nas capacitações do Senac-DF uma maneira de voltar ao mercado de trabalho. Se, por um lado, ela estava procurando emprego, por outro, as empresas estavam procurando uma funcionária capacitada como Kamila. Não tem jeito. As pessoas dependem das nossas vagas e nós dependemos das pessoas para manter a nossa produção. Mesmo depois dessa fase de contratação, investir na capacitação do funcionário é fundamental para conseguir corresponder às expectativas e demandas do mercado. A Copa das Confederações vem aí. Teremos somente um jogo disputado em Brasília, mas precisamos nos preocupar com isso sim. É a imagem da qualidade do atendimento da capital da República que está em jogo. Se um cliente sair insatisfeito com os nossos serviços, já podemos considerar que saímos prejudicados. Paulo Negreiros Adelmir Santana Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal. 7 //entrevista Empregados X empregadores //Por Paula Oliveira O Brasil encerrou 2012 com taxa de desemprego em 5,5%, quase 1% abaixo da expectativa do governo, mas o índice menor não significa que o País esteja em situação de pleno emprego. O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Nascimento Melo, chama a atenção para o fato de que as desigualdades sociais brasileiras ainda não foram totalmente superadas e de que o emprego não está distribuído de forma igualitária entre as regiões, as faixas etárias e os gêneros. Ex-integrante da Central Única dos Trabalhadores, Melo defende que, antes de se pensar em reforma das leis trabalhistas, é preciso reforçar legalmente os sindicatos laborais e patronais. 8 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Fotos: Luana Lleras Manoel Messias Nascimento Melo Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego revista FECOMÉRCIO | abril 2013 9 Podemos ficar confortáveis com o atual nível de desemprego? Ao analisar os dados gerais com o olhar técnico, é perceptível que o País está em uma situação de pleno emprego, ou seja, estamos bem. O desemprego abaixo de 6% é confortável, mas precisamos considerar que o Brasil tem dimensões continentais e, por isso, é muito diverso. Os dados gerais, portanto, não retratam com fidelidade a realidade. Se desmembrarmos a população, vamos ver que temos nível de desemprego alto na juventude, acima de 6%. A juventude negra se mostra mais desempregada. Se considerar jovem, negra e mulher, o índice é mais alto ainda. As desigualdades da sociedade brasileira não foram superadas. Você tem um olhar no geral mais positivo, mas, se fizer o recorte de idade ou de gênero, a situação muda um pouco. Temos disparidades também entre as regiões. Salvador e Recife, por exemplo, que são duas capitais que historicamente tinham índice de desemprego muito alto, estão em situação melhor. Porém, o desemprego ainda está bem acima dos 6%. Temos muito a caminhar. Qual seria a solução? A qualidade do ensino. Essa é a questão essencial para se enfrentar hoje no Brasil. Precisamos de mais educação de qualidade e isso é o que vai potencializar o emprego nesses bolsões menos favorecidos. Precisamos também manter as políticas públicas e os investimentos regionais. Não podemos perder o que já conquistamos – a descentralização dos investimentos – e precisamos continuar com a política de desenvolvimento das diversas regiões do País. Esses são os componentes que julgo essenciais para o desenvolvimento do emprego. Aí, 10 sim, teremos pleno emprego em qualquer recorte que fizermos do Brasil. Porém, essas questões não são resolvidas em pouco tempo. São planejamentos para longo prazo. O senhor considera que houve melhoria nas condições de trabalho? Talvez as pessoas não percebam, mas vivemos no Brasil um momento histórico que consegue conciliar um longo período de democracia com um de crescimento econômico e com políticas de dis- As desigualdades da sociedade brasileira não foram superadas. Você tem um olhar no geral mais positivo, mas, se fizer o recorte de idade ou de gênero, a situação muda um pouco. tribuição de renda. Essa mistura possibilita que os setores sociais, particularmente os envolvidos nas questões do trabalho, construam a sua relação de forma mais democrática. Uma relação mais equilibrada entre patrões e empregados, por meio de seus sindicatos, permite esse avanço. Não podemos nos esquecer de que temos ainda informalidade grande. Além de trabalhadores informais, existem os que trabalham por conta própria. Ou seja, esse número pode ser bem maior, se considerarmos o que ocorre na informalidade e que não é contabilizado. Os componentes levados em consideração para avaliar as condições de trabalho são renda, jornada (horas extras) e acidentalidade. Ainda temos muito. Foram 715 mil acidentes de trabalho em 2012 no mundo formal celetista. Quais são os principais conflitos entre patrões e empregados? Inegavelmente, há um avanço das relações de trabalho, o País construiu um ambiente de negociação em vários setores. O que causa o conflito? Duas questões básicas. Os acordos coletivos avançaram, mas há dificuldade em efetivá-los. Há muito descumprimento do negociado. Se olharmos os conflitos tanto individuais quanto coletivos (greves), a maioria tem a ver com o descumprimento do que foi acordado. Os patrões se queixam de que a legislação brasileira é muito detalhista, com diversas interpretações, e de que estão sujeitos a insegurança jurídica. Não importa quem tem razão. Outro problema é que a ação sindical ainda não é vista como natural. Um instrumento que os trabalhadores podem usar é a greve, que precisa de regulação e de algumas mudanças legais, mas é um instrumento importante. A relação patrão/empregado deve estar pautada no equilíbrio. O patrão, dono do capital, tem uma série de poderes. Os trabalhadores têm uma série de deveres e direitos. Há necessidade de reforma das leis trabalhistas? Em primeiro lugar, as questões sindicais precisam ser atualizadas. A negociação coletiva no Brasil é pulverizada, fragilizada, envolve sindicatos sem muita representatividade e tem o problema da efetividade das coisas. Temos que mudar as leis sindicais para fortalecer a revista FECOMÉRCIO | abril 2013 representatividade dos sindicatos e, assim, fortalecer a negociação coletiva. Se existirem entidades representativas dos dois lados, apoiadas por uma legislação forte, aí pode-se pensar em atualizar as leis trabalhistas. Temos que respeitar alguns princípios, mas é possível promover algumas mudanças. É óbvio que alguns pontos da Consolidação das Leis do Trabalho já foram superados historicamente porque a economia mudou, as relações de trabalho mudaram. Mas antes de tudo, é preciso ter essas questões sindicais resolvidas. Por exemplo, o negociado sobrepor o legislado. Se tivéssemos sindicatos fortes, poderíamos ter essa discussão no Brasil, mas, por enquanto, isso não faz sentido. Essas mudanças estão em pauta? Existem propostas antigas paradas no Congresso Nacional. Na questão sindical, não temos um debate mais amplo que busque mudar. Não tem hoje nenhuma discussão concreta no que diz respeito a mudanças na legislação sindical. Será um processo mais lento do que se deseja. A lentidão da Justiça prejudica as relações de trabalho? O ideal é que tenhamos a possibilidade de resolver os problemas via negociação coletiva. A busca pela Justiça é de direito, mas não é o melhor caminho, se tivermos instrumentos mais eficazes de negociação. Mas isso é um processo. Ainda temos muito a avançar para que a gente possa falar de negociações democráticas. A quantidade de processos na Justiça não é um bom sinal. Vamos considerar que mais da metade dos processos seja de trabalhadores reivindicando o que não é de direto. É um sinal ruim. Se o contrário ocorre, reivindicando direitos não cumpridos, é pior ainda. Mostra que temos muito a avançar nas relações de trabalho no Brasil. Como ocorre em outros países, não temos dentro da empresa uma ação sindical, não há estabilidade suficiente para os trabalhadores se sentirem confortáveis para reivindicar seus direitos. São questões ruins para os dois lados. O Brasil enfrenta problemas de produtividade e baixa qualidade de produção. Não vamos elevar a produtividade se as relações de traba- lho não forem estáveis. É óbvio que o trabalhador que vive ameaçado de demissão não vai render tanto. Ou que o empregador que está inseguro quanto à legislação não terá tanta tranquilidade para contratar. Como o empresário pode se proteger? Além da elevada carga tributária, há a instabilidade jurídica, com as diversas interpretações das leis. Ele precisa se proteger para que o trabalhador depois não o acione na Justiça. Repito: se reforçarmos os mecanismos de negociação coletiva, de diálogo via sindicatos, garantiremos proteção para os dois lados. O patrão que cria uma relação mais flexível com o empregado corre o risco de que isso seja revertido em cobrança de horas extras indevidas e absurdas. Por isso, temos que mudar a legislação para aproximar os sindicatos laborais e patronais e incentivar a negociação dos problemas dentro do local de trabalho. A legislação trabalhista brasileira não responde a algumas questões e, para o micro e pequeno empresário, a legislação deveria ser diferenciada, mas não é, e isso dificulta. Se reforçarmos os mecanismos de negociação coletiva, de diálogo via sindicatos, garantiremos proteção para os dois lados. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 11 capacitação Welcome to Brasília //Ana Rita Gondim Bares e restaurantes preparam-se para receber bem os estrangeiros C om a proximidade de eventos internacionais esportivos – o jogo de abertura da Copa das Confederações, em junho, e partidas da Copa do Mundo, no ano que vem –, bares e restaurantes investem principalmente na comunicação em inglês, no atendimento e na decoração. O investimento depende da visão e da gestão de cada empresário e da proposta do negócio, além da localização (se está no roteiro turístico ou não). Segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares (Sindhobar), Clayton Machado, as exigências mudam de acordo com o ambiente a que o turista decide ir. Num restaurante, por exemplo, a necessidade de investimentos é maior pela formalidade do local, diferentemente de um bar, onde as pessoas podem até mesmo recorrer à mesa ao lado para tirar dúvidas. A qualificação, com ou sem eventos esportivos, nunca é demais. É o que pensa o proprietário do restaurante Dom Francisco no clube da Associação dos Servidores do Banco Central. Francisco Ansiliero, de 73 anos, acrescentou aos treinamentos feitos constantemente o de atendimento de salão (postura do garçom, como explicar os pratos e sugeri-los, harmonização de pratos com bebi- das). Também investiu no ensino de noções básicas de inglês e na edição bilíngue do cardápio, apesar de acreditar que seu restaurante não será alvo de muitos estrangeiros devido à distância do Plano Piloto. “Investir no pessoal tem que ser uma filosofia do restaurante, tem que haver preocupação contínua”, ressalta. Para Francisco, a Copa das Confederações será um teste para os estabelecimentos avaliarem as reais necessidades de investimentos que poderão ser feitos para a Copa do Mundo. Isso somado à própria característica da capital, que, segundo ele, mais dissipa para outros lugares do que atrai os turistas. Um fator que facilita o serviço de Brasília, diz, é o fato de a cidade já abrigar embaixadas do mundo inteiro. //Brasilidade A Choperia Maracanã, na 207 Norte, quer que os gringos se sintam à vontade. Dois funcionários fazem curso de inglês e, em abril, a casa terá novo cardápio traduzido para o mesmo idioma. Luiz César Matheus Gottschall Filho, de 30 anos, um dos sócios do estabelecimento, também vê a Copa das Confederações como teste. “Se houver necessidade de mais investimentos, eles serão feitos para melhor atender a clientela durante a Copa do Mundo.” A expectativa é, segundo ele, que três garçons e dois gerentes tenham conhecimento mais aprofundado da língua inglesa. Outra intenção é melhorar o visual da choperia com itens mais brasileiros e cores mais vivas. Eles estão negociando, já para este ano, com a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), uma decoração que valorize mais o futebol e o samba, o grande foco do local. Além disso, os sócios querem acrescentar ao menu pratos tradicionais do Rio de Janeiro e transformá-los em petiscos, a fim de cativar os turistas com a gastronomia brasileira. Diferentemente de Francisco, Luiz César acredita que a capital será um dos lugares prediletos para o turismo durante o período dos eventos e que por isso melhorar o atendimento é necessário. Para o presidente do Sindhobar, a qualificação estimulada pelos grandes eventos trará resultados não apenas para os estabelecimentos, mas para a cidade como um todo. “A gente tem que aproveitar essas oportunidades não pura e simplesmente do evento, mas a chance de visibilidade das nossas casas”, enfatiza. //Capacitação Ainda dá tempo de preparar os funcionários. Uma das opções é o Programa Sebrae 2014, que abrange diversos segmentos empresariais e propõe aumentar o nível de competitividade no mercado a partir de um diagnóstico feito logo no início do ingresso no programa. O Sebrae arca com 70% da consultoria para todos os empresários que participam do programa. Os interessados podem obter mais informações pelo site www.sebrae2014.com.br e pelo telefone (61) 3362-1605. O Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Educação, criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego Copa (Pronatec Copa) e Copa na Empresa. Criado em 2011, o programa visa expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Os cursos são gratuitos. Entre eles estão auxiliar de cozinha, garçom e sommelier , além de cursos de inglês, espanhol e língua brasileira de sinais. Mais informações no site www.pronateccopa.turismo.gov.br e pelo telefone 0800 606 8484. O Senac do Distrito Federal também oferece oportunidades de capacitação, requalificação, presenciais e a distância, desenhadas sob medida, de acordo com a necessidade de cada negócio, nas áreas de gastronomia, idiomas, saúde, entre outras. Detalhes no site www.copa2014.senacdf.com.br e pelos telefones (61) 3313.8805/8712/ 8713. Para o setor de bares e restaurantes, o governo do Distrito Federal oferece o curso de garçom, junto com o curso de inglês, pelo programa Qualificopa. Há também curso de cozinheiro pelo programa + Autonomia com o foco nos trabalhadores autônomos. Os cursos são gratuitos e os alunos recebem vale-transporte, alimentação, material didático, seguro de vida, uniforme. Depois, são encaminhados para o mercado. Os interessados podem obter mais informações pelo site da Secretaria de Trabalho (www.trabalho.df.gov.br) ou procurar uma das agências do trabalhador. Luana Lleras O time do Dom Francisco já está em treinamento para atender as demandas das competições que ocorrerão em Brasília. iniciativa privada Fotos: Luana Lleras Por conta própria //Por Patrick Selvatti Ter liberdade de criar e não precisar seguir o estereótipo de funcionalismo da capital são elementos de realização de vida para empreendedores como o casal Angélica e Diego Q ue em Brasília a juventude é educada a buscar a estabilidade de uma carreira no serviço público não é novidade. De uns tempos para cá, o mercado de trabalho do DF tem ganhado espaço na área de comércio e de serviços para aumentar o fluxo de profissionais em busca da carteira assinada. Entretanto, vem surgindo no cenário local uma geração de jovens inquietos que, por não se identificar com o relógio de ponto, tem se arriscado no empreendedorismo.. Como o jovem empresário 14 Thiago Ximenes, de 25 anos, que nunca se enquadrou no perfil de concurseiro. Logo cedo, foi trabalhar como cabeleireiro e, no quadro de um dos mais famosos institutos de beleza do Distrito Federal, o rapaz se especializou. Diante de uma agenda lotada, sem chances de crescimento dentro da empresa após cinco anos de dedicação, sentiu que era o momento de arriscar. Com uma amiga esteticista, Neiva Augustini, abriu o Ubber Beleza e Estilo após sentir que tinham condições financeiras para assumir a empreitada. “Todo revista FECOMÉRCIO | abril 2013 brasileiro acha que nasceu para ser empresário, porque é esperto por natureza. Entretanto, abrir seu próprio negócio e ser bem-sucedido não é tão simples. É preciso dedicação, conhecimentos de administração e, principalmente, perseverança”, ensina. O maior desafio que o empresário encontrou foi conciliar o trabalho artístico com as tesouras e a capacidade de administrar pessoas e documentos. “Dividimos as tarefas, cada um com sua responsabilidade, eu cuidando do pessoal empregado e minha sócia da contabilidade”, explica. Nos últimos três anos, o rapaz dedicouse integralmente a atender uma agenda cada vez mais lotada, que se intensificou no ano passado. Para Ximenes, não existe uma receita de sucesso. Ele acredita que a organização financeira é sempre o melhor caminho, já que vivemos em um País que, mesmo com o seu famoso jeitinho, não facilita muito as coisas. O Brasil não é nem de longe um dos melhores países para ser empreendedor por causa da alta carga tributária e da legislação trabalhista rigorosa. O economista Gil Guimarães, de 42 anos, conhece bem essa realidade desde os tempos de faculdade. Caminho absolutamente natural naquela época, o estudo de números o levou, ainda estudante, ao primeiro cargo público, no Tesouro Nacional, e logo após à Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal. Foram cinco anos de envolvimento com orçamentos de governo, promoções e cargos de natureza política. “Mas havia dentro de mim uma insatisfação muito grande com aquela rotina. Eu não era feliz até ter tido a coragem de tirar um período sabático que mudou minha vida”, conta ele, que, em 1998, por ocasião da Copa do Mundo da França, decidiu estudar francês e passou a conhecer mais sobre vinhos, uma de suas grandes paixões. Graças a uma licença-prêmio somada com férias e horas extras, pôde fazer as malas e passar uma temporada de seis meses em Paris. Lá, investiu em cursos de enologia e gastronomia, aperfeiçoou o idioma, descobriu um novo mundo. “De volta a Brasília, não consegui mais me adaptar à realidade burocrática. Me senti sufocado e, dois meses depois, aproveitei um programa de demissão voluntária e saí”, explica Gil, que, antes do abandono total da zona de conforto, já havia aberto uma banca de venda de vinhos e petiscos de padaria em uma feira do Lago Norte. Era o embrião do que seria hoje a Baco Pizzaria, marca que está presente nas duas asas de Brasília e emprega cerca de 70 pessoas. Quando tomou a decisão de seguir seu sonho, Gil tinha 29 anos e ainda morava com os pais. Isso, segundo ele, foi um facilitador, já que sua recisão contratual não rendeu muito dinheiro. Porém, o espírito empreendedor, afirma ele, foi o grande fator de sucesso do seu negócio. “Quando abri a banca na Quituart, já tinha a loja da Asa Norte como alvo. As pizzas que servíamos entre os quitutes tinham muita saída e eu decidi transformar o negócio numa pizzaria em menos de um ano”, conta o empresário – que hoje também é sócio do restaurante Parrilla Madrid. Ele admite que teve sorte de pegar o boom do interesse geral pela boa gastronomia, mas observa que também sofreu muito preconceito. “Naquela época, fui visto com maus olhos quando voltei da França querendo sofisticar a culinária local e não recebi muito apoio nessa loucura de abrir mão da estabilidade”, conta. “Mas fui obstinado no meu objetivo, abri mão do que foi preciso nos momentos certos e, em nenhum dia Thiago Ximenes combateu a insatisfação profissional tornando-se dono de um salão de beleza. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 15 De funcionário do Estado a dono de pizzaria. Gil Guimarães não conseguia lidar com a burocracia do serviço público e queria liberdade. sequer, me arrependi. Se eu tivesse fraquejado, hoje seria um exemplo de marido e pai infeliz”, argumenta. //Sem receio de arriscar O medo do recomeço em um lugar desconhecido leva muito empreendedor a deixar passar grandes oportunidades ou simplesmente não as enxergar. Por não querer perder o momento que avaliava como ideal, a jornalista Angélica Brunacci, deu o primeiro passo. Trabalhando para uma das maiores empresas de comunicação do País, no atendimento direto a um ministro de Estado, não hesitou em pedir demissão para cuidar do negócio que o marido havia 16 aberto. Para prestar serviços a uma empresa, o gerente de tecnologia da informação Diego Viégas, de 32 anos, precisou de CNPJ para receber seu salário e deu início a oferta de outros serviços paralelos. “No processo de construção de sites corporativos, ele enxergou a necessidade de produção de conteúdo de comunicação e eu vislumbrei um nicho pouco explorado, de oferta de serviços unificados de comunicação e tecnologia para o setor privado. Se eu não tomasse a rédea da situação, perderíamos a chance”, conta a jornalista de 34 anos, que hoje é sócia do marido na dotPro Tecnologia e Comunicação, empresa que funcio- na com duas funcionárias e alguns colaboradores ocasionais. Não demorou muito para Viégas assumir integralmente sua posição de sócio e, há três anos, o casal vive bem a partir da escolha que fizeram. “Tínhamos uma reserva financeira razoável para seis meses de sobrevivência e isso ajudou bastante. Hoje ainda não conseguimos equiparar os rendimentos que tínhamos como funcionários, mas tudo foi planejado”, explica o empresário, que encontrou no sistema de tributação Simples o caminho para uma melhor gestão financeira. “Acho o imposto que pagamos justo, não tenho de que reclamar”. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Entre na era digital. A Fecomércio ajuda você a emitir e renovar os certificados necessários para sua empresa trabalhar com segurança, autenticidade e conveniência no mundo da internet. CPF Digital a partir de R$ 130 Assinatura digital, acesso a Receita Federal e conectividade social para FGTSs. CNPJ Digital a partir de R$ 185 Realiza transações bancárias eletrônicas, assina documentos digitais com validade jurídica e acessa o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte. Nota Fiscal Eletrônica a partir de R$ 270 Reduz custos, emite notas fiscais eletrônicas com validade jurídica, evita multas por descumprimento de obrigações fiscais e acessórias. Em até 3 vezes sem juros (61) 3038 7507 – 3038 7524 certificaçã[email protected] www.fecomerciodf.com.br revista FECOMÉRCIO | abril 2013 17 articulação União fortificante //Por Luciana Bufáiçal //PAC-PME Como um grupo de 60 empresas e entidades está ajudando pequenos empreendedores a encontrar caminhos para conseguir capital e investir nos negócios O Programa de Aceleração do Crescimento para Pequenas e Médias Empresas oferece cursos para orientar os pequenos e médios empresários sobre o investimento em bolsa de valores e outras formas de captação de recursos para o negócio (emissão de debêntures, por exemplo). Além disso, os idealizadores da iniciativa oferecem capacitação para que os pequenos empresários aprendam a vender seus produtos pela internet (por meio de site próprio ou de clubes de compra coletiva) e a criar um relacionamento com os clientes pelas redes sociais. Um grupo de consultores e especialistas está disponível para tirar dúvidas e orientar os empreendedores, sem custos para os empresários. Com a consultoria, os 60 empresários, representantes de entidades, bancos e outros setores da sociedade, esperam aumentar a participação das pequenas empresas nas exportações brasileiras e criar mais de um milhão de empregos formais nos próximos cinco anos. Ao todo, apoiam a iniciativa 15 bancos, 16 escritórios de advocacia, nove empresas de auditoria e 20 entidades e associações de classe. Entre os apoiadores, estão Banco Bradesco, BTG Pactual, Banco do Brasil, Itaú, Santander, PricewaterhouseCoopers, Ernest&Young, Movimento Brasil Competitivo, Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP) e o Instituto da Economia Criativa. O cadastramento de pequenas e médias empresas pode ser feito pelo portal do PAC-PME (www.pacpme.com.br). As entidades que quiserem apoiar a iniciativa podem enviar um e-mail para [email protected] 18 S er dono de uma empresa é o sonho de 43,5% dos brasileiros, segundo pesquisa sobre o empreendedorismo no Brasil realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Além de uma boa ideia, para realizar o sonho, o empreendedor precisa de dinheiro para botar os planos em prática e investir na empresa para expandir os negócios e fazê-la crescer. É aí que o empresário esbarra em dificuldades que podem, inclusive, impedir que o sonho se torne realidade. A falta de incentivos financeiros, de políticas governamentais e as dificuldades de acesso ao crédito são as maiores preocupações do empresariado, segundo aponta a pesquisa. Percebendo essas dificuldades, um grupo de empresários montou, em julho de 2012, o Programa de Aceleração do Crescimento para Pequenas e Médias Empresas (PAC-PME). O objetivo é oferecer capacitação e munir os empreendedores de conhecimento para que revista FECOMÉRCIO | abril 2013 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 queremos contribuir para destravar esse mercado”, compara. José Ricardo Roriz, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), diz que a iniciativa não se limita a garantir o acesso das pequenas e médias empresas à bolsa de valores. Segundo o diretor da Fiesp, uma das entidades que compõem o PAC-PME, o grupo também quer fazer com que as empresas de pequeno porte emitam debêntures, tenham acesso mais facilitado a financiamentos de longo prazo e consigam a redução das exigências nos empréstimos concedidos por bancos públicos e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Quando as PMEs tentam acessar os bancos públicos ou obter financiamentos mais longos, tudo isso é muito caro. É inacessível para essas companhias, as exigências são enormes. Normalmente, só empresas grandes têm condições. Em 2007, 395 empresas estavam listadas na Bolsa de Valores de SP. Em 2012, o número caiu para 361. Fábio Pozzebom/ABr eles aprendam outras formas de obter dinheiro para investir e ter capital de giro. Mais especificamente, os autores da iniciativa querem inserir as empresas de pequeno e médio porte na bolsa de valores e abrir o capital dessas companhias. O coordenador do portal do PAC-PME na internet e um dos idealizadores da iniciativa, o empresário Rodolfo Zabisky, conta que nos últimos cinco anos, enquanto o mercado mundial de IPO (initial public offering , ou seja, abertura de capital de empresas para o mercado de ações com o objetivo de levantar capital pela sociedade para utilizar como investimento) cresceu 9%, no Brasil houve queda na mesma proporção. Em 2007, o Brasil tinha 395 empresas nacionais listadas na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa). Em 2012, esse número caiu para 361, mostrando que as companhias fecharam as portas para o investimento externo. Nos últimos sete anos, uma única empresa de pequeno porte chegou à bolsa de valores. O mercado de acesso para a pequena e média empresa se financiar inexiste no Brasil, segundo Zabisky. “Hoje, a PME não tem acesso a capital de crescimento. Ela cresce com capital próprio, da família do dono, acessando o mercado de dívida de muito curto prazo”, diz. Para ele, a pequena empresa não tem acesso ao capital para poder crescer e essa é a dificuldade que se vê hoje. “Nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, esse mercado é muito importante. O Wal Mart fez um dia uma operação de R$ 20 milhões e virou o que é hoje. A Microsoft, quando era uma empresa pequena, também fez. Então, 19 Com a queda dos juros básicos no Brasil, por um lado, os bancos têm interesse em aumentar seu leque de empréstimos e, por outro lado, as empresas querem investir, querem comprar equipamento, querem comprar soluções para ficar mais competitivas, passar a ter acesso a dinheiro mais barato. Mas, mesmo com a queda dos juros, o spread não acompanhou essa tendência. Nosso spread chega a ser 12 vezes maior que a média de outros países”, diz. Roriz, diretor da Fiesp, argumenta ainda que, além do crédito caro, o mercado para a abertura e desenvolvimento de novas empresas no Brasil enfrenta outro problema: a burocracia. “Para fazer um IPO no Brasil, a empresa precisa ter um faturamento maior que R$ 600 milhões por ano. Nos Estados Unidos, na Coreia, na Índia, com R$ 20 milhões, R$ 30 milhões de faturamento, uma empresa consegue abrir capital na bolsa. É muito caro abrir capital hoje e é um processo que só as maiores empresas têm condições de desenvolver. Além disso, há uma série de exigências da Bovespa”, critica. //Mais diálogo Diante dessas dificuldades, o grupo de empresários, representante de entidades e do setor bancário, está em constantes reuniões com autoridades para pedir apoio do governo para a causa. O grupo quer sensibilizar a presidente Dilma Rousseff para que ela inclua incentivos para as pequenas e médias empresas na agenda do governo. O grupo acredita que a criação da Secretaria Especial da Micro e Pequena Em- 20 presa, com status de ministério, aprovada no início do mês pelo Congresso Nacional, pode facilitar o diálogo dos criadores do PAC-PME com o governo. Segundo Zabisky, para destravar esse processo, o governo brasileiro precisaria conceder dois incentivos: levar as pessoas a investir nessas pequenas companhias e isentá-las do pagamento de Imposto de Renda sobre ganho de capital. Ou seja, aquele que investir numa empresa pequena – que tem mais risco e menos liquidez – e mais tarde resolver vender sua participação ficaria isento do pagamento de Imposto de Renda sobre ganho de capital dessa venda. “Outra demanda é a dedução do IR dos custos que a empresa tiver para se formalizar, já que, para acessar o mercado da bolsa, a empresa tem que estar 100% formalizada”, explica Rodolfo Zabisky. A estimativa é que essa formalização das empresas significaria mais de R$ 10 bilhões em arrecadação. Zabisky argumenta que o objetivo do PAC-PME está alinhado com o que a presidente Dilma quer: aumento do investimento privado nas empresas brasileiras. “Ela está falando em investimento privado para financiar as empresas. É um programa com orçamento de R$ 84 bilhões para a pequena empresa. É dinheiro privado, não dinheiro público. Seria o 4º maior PAC em termos de volume de orçamento, tudo privado. A presidente fala em melhorar a competitividade da indústria e do comércio no Brasil, e é exatamente esta a razão do projeto”, alegou. O diretor da Fiesp, José Ricardo Roriz, acredita que a adoção do programa como agenda de governo pode alavancar o crescimento do R$ 20 milhões foi o valor da operação que o Wal Mart fez em apenas um dia nos Estados Unidos e virou o que é hoje. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todas as riquezas produzidas no País. Em 2012, o desempenho da economia frustrou as expectativas do governo e registrou crescimento de 0,9%. Para este ano, as autoridades preveem um PIB de 4,5%. “Hoje nos encontramos numa situação muito perigosa: estamos aumentando o consumo, mas não a produção. O atendimento desse consumo se faz por meio de produtos importados porque o Brasil perdeu a capacidade de abastecer o mercado nacional com produtos competitivos. A forma de reverter esse quadro é aumentar o investimento, a oferta de produtos. A solução para sair desse nó de não crescer e oferecer produtos a um preço que o consumidor tenha condição de pagar é o investimento”, defende Roriz. Para o diretor do Departamento de Tecnologia e Competitividade da Fiesp, outro entrave para a entrada das pequenas e médias empresas no mercado de valores é o desconhecimento. “Até hoje a inteface entre o mercado financeiro e as em- presas é feita pela área financeira e, muitas vezes, a empresa não sabe nem como fazer para acionar o mercado de capitais”, explica. Por isso, a tarefa principal do PAC-PME é divulgar essa alternativa de captação de recursos aos pequenos e médios empresários. “Nosso objetivo é divulgar, fazer workshops, fazer com que os donos e gestores das empresas desenvolvam uma alternativa que simplifique, padronize esse processo de entrada no mercado de capitais. Ensinamos quanto custa, quais as empresas que poderiam fazer a intermediação de uma forma mais econômica”, diz. “Neste ano teremos vários workshops programados. As empresas vão fazer curso para ter acesso aos mercados de capitais, teremos discussão lá dentro para retirar as amarras, aquilo que dificulta a PME chegar ao mercado de capitais. Só o fato de discutir isso e constatar que as pequenas e médias empresas também têm direito a capital mais barato é um grande avanço”, afirma. //Pesquisa Na pesquisa do Sebrae, 60% dos entrevistados afirmaram que a falta de incentivos financeiros é um fator que dificulta o crescimento de qualquer empresa. O item ficou em segundo lugar no ranking de motivos limitadores do empreendedorismo, atrás apenas da falta de políticas governamentais, que obteve 77% das respostas (os entrevistados podiam escolher mais de um motivo). As dificuldades no acesso ao crédito se traduzem também em números oficiais. Segundo dados do Banco Central referentes a janeiro deste ano (os mais recentes divulgados pela autoridade monetária), o spread bancário médio para as pessoas jurídicas ficou em 7,8%, uma alta em relação a dezembro, quando o indicador ficou em 7%. O resultado para janeiro é o maior desde setembro do ano passado, quando o spread médio ficou em 7,9%. Apesar de estarem num patamar historicamente baixo (o indicador já atingiu picos de 10,4%), os números ainda refletem um cenário que assusta o empresário (principalmente os de pequeno porte) na hora de pedir empréstimo ao banco. Ainda segundo a pesquisa, os microempresários também usam capital próprio na hora de abrir, sustentar ou mesmo investir no negócio. Com receio do endividamento precoce, muitos empreendedores vendem bens, lançam mão da poupança e outros investimentos para financiar a empresa. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 21 //sindicatos Fotos: Luana Lleras Muito além das apostas Roger Benac, presidente do Sindiloterias-DF. //Por Larissa Leite As lotéricas deixaram de ser simples casas de jogos. Agora, a categoria pleiteia reajustes e se prepara para iniciar vendas pela internet F oi-se o tempo em que os únicos frequentadores das casas lotéricas no Brasil eram os apostadores. Na função de correspondente, as lotéricas recebem clientes em busca de produtos e serviços bancários e do recebimento de benefícios dos programas sociais do governo federal. “A quantidade de serviços provoca mudanças no perfil dos empresários e aumentam as nossas demandas”, afirma Roger Benac, presidente do Sindicato das Empresas de Loterias, Comissionários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do Distrito Federal (Sindiloterias-DF) e da Federação Brasileira das Empresas Lotéricas (Febralot). O Sindiloterias representa 217 casas lotéricas do DF, 2% do total do país. Desde a sua criação, em abril de 1988, o sindicato acompanha as empresas integrantes da categoria na defesa de seus interesses, atuando nos âmbitos judicial e administrativo. Grande parte da atuação do sindicato é junto à Caixa 22 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Econômica Federal, que desde 1961 é a responsável pelas loterias federais. De lá para cá, aumentou de um para dez a quantidade de produtos lotéricos – com eles, a Caixa arrecadou o valor recorde de R$ 10,4 bilhões no ano passado, 7,7% a mais do que em 2011 (R$ 9,7 bi). Segundo a instituição, R$ 4,89 bilhões foram repassados para programas sociais do governo federal, especialmente nas áreas de educação, esporte e segurança. Quase metade da arrecadação das loterias contabilizada em 2012 – 41% – foi conquistada a partir de apostas na Mega Sena, que paga cifras milionárias aos acertadores de seis números sorteados. O reajuste no custo unitário da Mega, que atualmente é de R$ 2, é uma das atuais lutas do Sindiloterias. “Estamos negociando reajuste junto à Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. Queremos que a Mega, que teve o último reajuste em 2009, possa ser vendida por R$ 2,50”, defende Benac. Apesar das considerações da Caixa, o presidente do SindiloteriasDF sustenta que a expansão das lotéricas não é interessante economicamente para os atuais empresários do setor – eles inclusive pedem, no PL 4.280/2008, que a autorização de novas permissões seja comprovada por estudos técnicos. Além disso, a expansão dos serviços já teria trazido mudanças estruturais nas casas lotéricas que envolvem custos. Uma delas seria o aumento da segurança. “Quando as lotéricas começaram a fazer muitas transações, tivemos problemas de assaltos. Isso exigiu um investimento em segurança que é feito pelo próprio empresário”, diz. O representante afirma que os custos trazidos pelas novas atividades ainda não foram totalmente absorvidos no valor das tarifas que a Caixa repassa para a execução dos serviços como correspondentes. Para saques, o repasse é de R$ 0,56 por operação. No entanto, esse serviço custa às lotéricas R$ 0,71. A oferta de novos serviços não é tão simples para os empresários, afirma o presidente do Sindiloterias-DF. Ele explica que os produtos exigem capacitação específica dos empresários e dos funcionários, alterando o foco da atividade principal das casas lotéricas. “Antes, o lotérico tinha uma postura mais passiva no atendimento dos clientes. Agora, não basta vender as apostas que o jogador deseja, temos a responsabilidade de vender produtos, de estimular a aquisição de seguros. É uma mudança de perfil que exige formação”, cita Benac. Para o empresário, essa é uma mudança brusca no foco dos sindicatos, que surgiram principalmente a partir da década de 1970, com o advento da loteria esportiva. “Antigamente, a maioria dos credenciados era ambulante. Em seguida, surgiram os jogos que exigiam a utilização de máquinas e houve a necessidade de haver um espaço físico para a venda das loterias”, conta. Uma das principais conquistas da categoria no ano passado foi a criação do Bolão Caixa, a possibilidade de realizar apostas e dividi-las em várias cotas com o mesmo valor e a mesma probabilidade de acerto. Com o bolão, a tendência é que as lotéricas movimentem ainda mais dinheiro em apostas – até dezembro de 2012, R$ 257 milhões foram apostados em bolões. Mas as comemorações são pontuais. Isso porque os sindicatos do setor já começam a se articular para novos desafios anunciados para 2013: a venda de loterias pela internet, a criação de nova modalidade de jogo e a mudança em produtos que já existem. Uma das principais conquistas do setor em 2012 foi a criação do Bolão Caixa. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 23 24 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 instituto fecomércio De olho na Copa //Por Daniel Alcântara Entidade promove, neste mês, palestra de preparação para as competições internacionais de futebol que Brasília sediará P ara o comércio, os grandes eventos esportivos são excelentes oportunidades para estimular os investimentos em diversas áreas e, consequentemente, trazer benefícios para as condições de vida da sociedade em médio e longo prazo. O impacto socioeconômico, direto ou indireto, sobre a cidade é algo a ser considerado na movimentação da economia. Inúmeras oportunidades surgirão para o governo e para a iniciativa privada. Os eventos da Fifa marcam um momento histórico, além de ser uma excelente oportunidade de criação de receita para diferentes setores da economia, especialmente para a solidificação do turismo. Com o propósito de contribuir para a qualificação e a motivação da força de trabalho para essas oportunidades, o Instituto Fecomércio, em parceria com o Sebrae-DF, promoverá a palestra Seleção Brasiliense de Empreendedores em 23 de abril, no auditório do Parlamundi, na Legião da Boa Vontade. O objetivo da palestra é fortalecer o conhecimento aplicável ao segmento de micro e pequenas empresas do comércio varejista do Distrito Federal, bem como potenciais empreendedores, por meio da qualificação profissional, contribuindo para a melhoria dos produtos e dos serviços locais. De acordo com a coordenadora do Instituto Fecomércio, Regina Malheiros, são esperados mais de 500 empreendedores e empresários do DF. “Vamos proporcionar às empresas o conhecimento para competir de forma bem-sucedida em um mercado global que sempre exige inovação”, explica Regina. Ela diz ainda que abordagens desse tipo consolidam os resultados dos negócios e a excelência da gestão por meio da educação corporativa. “Nosso principal foco é que os grandes eventos esportivos se tornem uma oportunidade efetiva de crescimento e de desenvolvimento dos trabalhadores e de seus negócios”, diz a coordenadora do IF. O evento terá a presença do palestrante professor Gretz, conferencista no Brasil e no exterior, com mais de 4 mil palestras ministradas nos últimos 30 anos. Gretz é tetracampeão do prêmio Top Of Mind Estadão, na categoria Palestrante do Ano, em 2004, 2010, 2011 e 2012. O convidado é autor de 13 livros, produziu cinco DVDs e tem como cliente mais de duas mil empresas. //Seleção Brasiliense de Empreendedores 23 de abril, às 19h30 Auditório Parlamundi, LBV SGAS, 915 Sul, lotes 75/76 @if_df revista FECOMÉRCIO | abril 2013 25 //vitrine Luana Lleras Tudo diet Inaugurada em janeiro de 2013, a HiperDiet é uma farmácia especializada em produtos dietéticos e medicamentos. Mas o que a diferencia das outras é o programa de acompanhamento do paciente. Lá, o cliente tem orientações, medicamentos, insulinas, insumos, tiras e lancetas, alimentos dietéticos, sem glúten e sem lactose, além de medicamentos encontrados em drogarias comuns. A HiperDiet funciona de segunda a sexta, das 8h às 20h, aos sábados, das 8h às 18h, e tem telefone de plantão para entregas em domicílio. Fica na Rua das Carnaúbas, quadra 301, loja 11, Plaza Mall, Águas Claras. Telefone: (61) 3546.7000. Por uma Noivas boa causa A Montblanc lança em Brasília nova coleção das canetas Classique e LeGrand, carteiras, porta-cartões, estojo e bloco de notas. Toda a linha Signature For Good segue o desenho do tijolo, que simboliza a “construção de um futuro melhor para as crianças e suas comunidades”. As peças já estão à venda na Montblanc Boutique Brasília. Essa é uma edição especial e exclusiva, e parte da venda das peças (até 31 de março de 2014) será doada para programas educacionais do Unicef. A expectativa é arrecadar US$ 1,5 milhão! A loja da marca fica no ParkShopping. Telefone: (61) 3361.3051. em forma Já pensando no mês delas, a DuoHaus preparou para abril o Duo Slim Especial, com tratamentos estéticos e nutricionais personalizados com duração de cinco semanas. A primeira é de desintoxicação nutricional e as outras quatro são concentradas em ingestão de alimentos antioxidantes. Na parte de tratamentos estéticos, as noivas são massageadas com o auxílio de aparelhos que garantem a perda de peso, a modelagem corporal e o tratamento contra a celulite. O programa especial de abril inclui seis sessões de power shape, dez de manthus, dez de massagem, dez de termoterapia corporal e dez de carboxiterapia. A clínica fica na 303 Norte, bloco B, loja 10. Telefone: (61) 3033.1535. Luana Lleras Luana Lleras 26 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 //empresário do mês Moda funcional //Por Larissa Leite Enfermeira descobriu na confecção de uniformes a sua vocação empreendedora. Em 2013, a empresa completa 21 anos “ Temos que colocar alegria em tudo na vida. Por que não colocar nos uniformes?”, provoca a paraibana Maria de Fátima Valadares de Sousa, de 59 anos. A pergunta não deixa o consumidor sem resposta. Quem passeia os olhos pelas prateleiras das lojas da Cia. do Uniforme enxerga as mais variadas cores e estampas, além de irreverentes bordados e formatos. São opções para incrementar os uniformes de profissionais que atuam em áreas como o trabalho doméstico, os serviços gerais, a construção civil, a gastronomia, a saúde e a educação. Se o profissional é beneficiado com a diversidade oferecida, a satisfação de Maria de Fátima é revelada em um atendimento acolhedor. Seja atrás do balcão, em feiras ou viagens, a proprietária do negócio conta que está sempre em busca de inovações. “Quem pensa na roupa das empregadas domésticas? Eu penso!” Mas o interesse de Maria de Fátima em oferecer uniformes vai além das possibilidades de corte e cor. Segundo a proprietária da Cia. do Uniforme, a utilização da peça envolve a conscientização de empresários e patrões de inúmeros ramos profissionais. “A utilização de uniforme não está relacionada com alguém que quer ser chique. Uniforme é uma questão de higiene e saúde, um item necessário na prevenção de doenças. Não é um luxo, é uma peça de primeira necessidade”, diz. A preocupação com a saúde foi herdada da primeira profissão exercida por Maria de Fátima, a de enfermeira. Foi para atuar na rede pública de saúde do DF que a empresária desembarcou na capital, em 1979, após a graduação de enfermagem concluída na Universidade Federal de Pernambuco. Aliado ao trabalho na área, Maria de Fátima cativou e alimentou o interesse pelo ramo empresarial, desde a sua chegada. A atuação no vestuário começou com a administração de uma pequena butique seguida de uma fábrica de “modinha”, na qual gerenciava costuras de modelos de roupas que estavam na moda, seguindo tendências exibidas em passarelas. Um pedido de uma grande quantidade de camisetas para um evento despertou o interesse da empresária pela confecção de uniformes, que resultou na inauguração da Cia. do Uniforme, em 1992. Atualmente, o negócio familiar conta com duas unidades, na 316 Norte e na 313 Sul, e tem 30 funcionários distribuídos nas áreas de costura, passadoria, moda, atendimento e administração. O investimento nos produtos envolve a utilização de um sistema de modelagem computadorizado e a constante pesquisa dos avanços na tecnologia têxtil. “A minha prioridade é a qualidade. Eu pesquiso os melhores tecidos para as diferentes atuações e é isso o que ofereço nos uniformes. Acredito que nossa empresa só cresceu em função do comprometimento da equipe e do respeito ao consumidor”, avalia Maria de Fátima. Além de expandir dentro do Distrito Federal, a Cia. do Uniforme já oferece produtos para empresas de São Paulo, do Rio Grande do Norte e do Maranhão. Luana Lleras Maria de Fátima hoje emprega 30 funcionários e administra duas lojas em Brasília. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 27 evento Encontro produtivo Representantes de sindicatos patronais de todo o País se reunirão em Curitiba, em maio. Comitiva do DF terá 80 empresários O setor produtivo brasileiro se prepara para mais uma importante rodada de discussões. Cerca de 900 representantes de entidades empresariais se reunirão em Curitiba, Paraná, de 15 a 17 de maio, para a 29ª edição do Encontro Nacional de Sindicatos Patronais. Estão previstas palestras sobre substituição tributária, sustentabilidade dos negócios, cooperativismo de crédito, reserva financeira, contribuição sindical, além de apresentação de painéis, entrevistas e mesas de discussão. O Distrito Federal terá uma bancada bastante reforçada na capital paranaense. Os presidentes dos 24 sindicatos filiados e dos dois associados à Fecomércio-DF, diretores do Sistema Fecomércio e o presidente da entidade, Adelmir Santana, participarão do encontro. Ao todo, serão 80 empresários representando o setor produtivo local. “Em um congraçamento nacional dos presidentes dos sindicatos de todo o País”, resume João Vicente Feijão, superintendente da Fecomércio-DF. O objetivo principal do encontro é a troca de experiências entre as entidades de todas as unidades da Federação. Como representantes legais dos empresários em negociações das relações de trabalho, tudo o que será partilhado em maio se refletirá no setor como um todo. O pensamento comum é de que o sindicalismo não se restringe à relação capital/trabalho, ele se estende 28 para uma atuação em busca de melhorias. A 29ª edição do Encontro Nacional de Sindicatos Patronais está sendo promovida pelo Sindicato dos Representantes Comerciais do Paraná e pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas, Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Curitiba e Região Metropolitana. A Confederação Nacional do Comércio e a Federação do Comércio do Paraná estão apoiando o evento que ocorrerá no Expo Unimed Curitiba. Durante o encontro, os sindicatos que se inscreverem poderão apresentar cases de comunicação sindical que renderam resultados positivos para as entidades. O objetivo é a troca de experiências. Além disso, serão lançadas duas premiações durante o evento: Prêmio Lair Montenegro (que contempla o melhor trabalho apresentado nas reuniões de executivos de sindicatos patronais) e Prêmio Paulo Braga (para trabalhos técnicos feitos pelos advogados dos sindicatos e apresentados durante o encontro). As inscrições devem ser feitas até 15 de maio, pelo site www.sindicatospatronais.com.br/29encontro. Os participantes serão divididos em três categorias – congressistas (R$ 500), assessores jurídicos/executivos (R$ 400) e acompanhantes (R$ 400). O pagamento pode ser feito por boleto ou cartão de crédito. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Quarta-feira, 15 de maio 8h 9h-17h 14h-17h 19h30-21h 21h Abertura Reunião de executivos e assessores jurídicos Apresentação de cases de sucesso na comunicação sindical Reuniões setoriais Abertura oficial do Encontro Nacional de Sindicatos Patronais Jantar de abertura //Programação Quinta-feira, 16 de maio revista FECOMÉRCIO | abril 2013 9h-10h 10h1-11h45 Palestra: Substituição Tributária Coordenador: Nadim Nonato (Minas Gerais) Painel: Como trazer sustentabilidade ao seu negócio Coordenador: Roberto Peron (Mato Grosso) Temática: Coorperativismo de Crédito Coordenador: Sicoob - Willton Malta (Sindilojas Arapiraca) Temática: Logística Reversa Coordenador: Paulo Nauiack (Sirecom-PR) Temática: Contribuição Sindical Coordenador: Jorge Colares (Sindilojas Belém) 14h-18h Temática: Shopping Centers Coordenador: Ronaldo Sielichow (Sindilojas Porto Alegre) Temática: Comércio de Rua Coordenador: Zildo Costa (Sinditiba) Temática: Sustentabilidade Financeira dos Sindicatos Coordenador: Aldo Gonçalves (Sindilojas Rio de Janeiro) Temática: Negociação Coletiva Coordenadores: Carlos Nascimento (Sindilojas Foz do Iguaçu) e Alberto Farias (Sindilojas Fortaleza) Sexta-feira, 17 de maio 9h-10h Palestra Magna Coordenadores: Ari Bittencourt (Sindilojas Curitiba) e Paulo Nauiack (Sirecom - PR) 10h1511h45 Painel: Súmulas do TST Coordenador: Antonio Augusto de Moraes (Sindivarejista-DF) Relatório da reunião dos executivos Relatório da reunião dos assessores de comunicação 14h-16h Relatório dos assessores jurídicos Relatório das comissões temáticas 16h1517h45 Pinga-fogo Coordenador: Ricardo Klein (Sindilojas Pelotas) 21h30 Jantar de encerramento 29 fórum Fotos: Luana Lleras Reunião ocorreu no auditório da Fecomércio-DF, em março. O centro do Brasil no centro das atenções //Por Noelle Oliveira 7º Encontro do Fórum das Entidades do Setor Produtivo do Centro-Oeste levanta desde problemas de tributos até soluções de transporte para o desenvolvimento da região U mas das metas do governo da presidente Dilma Rousseff é reduzir gradativamente o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) até alcançar a alíquota única de 4% – o que ocorreria em até oito anos. Para tanto, um dos trabalhos do governo federal é, ainda no primeiro semestre de 2013, articular, junto ao Congresso Nacional, a avaliação da Medida Provisória 599/2012, que trata das formas de auxílio para compensar as unidades da federa30 ção que perderem arrecadação com a mudança. A proposta é criar dois fundos de apoio financeiro em troca da redução gradual do tributo. A MP 599 ainda está em análise em comissão mista no Congresso, mas já é pauta em discussão no setor produtivo. Durante o 7º Encontro do Fórum das Entidades do Setor Produtivo do Centro-Oeste, que ocorreu em 5 de março, na sede da Fecomércio-DF, representantes das federações de comércio, indústria e agricultura e pecuária do Distrito Federal e de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás analisaram pela primeira vez os impactos que a revista FECOMÉRCIO | abril 2013 unificação da alíquota pode trazer à região central do País. Atualmente, em todo o País, existem duas alíquotas interestaduais, uma de 7%, que serve às UFs mais ricas, e outra de 12%, utilizada pelas mais pobres. Com as diferenças, cada uma adota políticas de incentivos baseadas no ICMS para atrair grandes empresas. Trata-se da conhecida guerra fiscal. De acordo com Seneri Paludo, diretor-executivo da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), um estudo feito pela Secretaria de Fazenda de Mato Grosso mostra que, com a concretização do novo cenário proposto pelo governo, o estado que representa poderá perder, no próximo ano, cerca de R$ 800 mi- lhões. “Todas as unidades da Federação precisam estudar esse texto e avaliar qual o real impacto que a mudança trará para a arrecadação do setor produtivo”, alertou. Durante o fórum, estados exportadores como Mato Grosso do Sul e Goiás também se mostraram preocupados com as alterações. Análise preliminar do segmento produtivo do DF, por sua vez, indica que a unidade da Federação não lucrará, mas também não terá prejuízos. “O ICMS é um assunto recorrente, além de ser tema de extrema importância para os setores produtivos”, ponderou o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. De acordo com o governo, o tributo unificado refletirá em um sis- tema tributário menos oneroso para o setor produtivo. A comissão mista que fará a avaliação dos critérios legais e de mérito da MP 599/2012 – antes que ela seja levada à apreciação do plenário da Câmara dos Deputados e, posteriormente, do Senado – foi instalada em fevereiro deste ano no Congresso. O grupo é presidido pelo líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ). Na relatoria está o ex-líder do PT no Senado Walter Pinheiro (PT-BA) e o deputado Josias Gomes (PT-BA) como relator-revisor. Enquanto isso, os representantes da região Centro-Oeste firmaram o compromisso de estudar detalhadamente a medida provisória e apresentar os impactos previstos //Fundos da MP 599/2012 A medida provisória estabelece que um fundo exclusivamente de compensação de perdas às unidades da Federaçõ totalize R$ 222 bilhões até 2033. A proposta é que, de início, em 2014, o aporte seja de R$ 3 bilhões. Em 2015 seriam R$ 6 bilhões e, em 2016, R$ 9 bilhões. A partir de 2017, seriam R$ 12 bilhões a cada ano. Outro fundo previsto é dedicado ao desenvolvimento regional. A ideia do governo é que ele seja utilizado para atração de investimentos, em substituição à atual guerra fiscal. Seus recursos apoiariam projetos de desenvolvimento por meio de empréstimos a taxas favorecidas. O fundo começaria com R$ 1 bilhão em 2014, o dobro de recursos em 2015 e o triplo em 2016. De 2017 a 2033, chegaria a R$ 4 bilhões por ano. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 31 em suas respectivas áreas no próximo encontro do segmento produtivo, que ocorre em 30 de abril, em Goiânia. “A MP deixa muito em aberto como funcionará esse fundo para eventuais perdas. Precisamos estudar o assunto com calma e ele será novamente tema de nosso próximo encontro”, avisou Paludo. //Frutos para o futuro A integração entre o setor produtivo da região Centro-Oeste por meio do fórum das entidades já trouxe resultados. Ainda durante o último encontro, foi apresentada a primeira fase do Projeto Centro-Oeste Competitivo. O estudo, cuja ideia nasceu em uma das reuniões dos representantes da região, tem como objetivo traçar um planejamento estratégico de infraestrutura de transporte e lo- Seneri Paludo, diretorexecutivo da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso, alertou para possíveis impactos negativos do estabelecimento de alíquotas diferenciadas do ICMS para as unidades da Federação. 32 gística de cargas no DF e estados do centro do País. A previsão é que o planejamento seja finalizado em maio. Até o momento, já foram mapeadas as 15 cadeias produtivas mais relevantes para a região Centro-Oeste – em termos de volume e valor – bem como as estradas, os rios, os portos e os aeroportos. As cadeias representam 52 produtos diferentes cujo estudo foi projetado, também, para os próximos 20 anos. O mesmo foi feito com relação ao consumo, à exportação e à importação. “Em cima disso, foi possível criar uma matriz levando em conta a origem e o destino de todas as vias utilizadas para o escoamento da produção de todas essas cadeias”, explicou Oliver Girard, diretor da Macrologística, empresa responsável pelo estudo. Com o levantamento, será pos- Adelmir Santana, presidente da Fecomércio-DF, chamou a atenção para o fato de que as ações que visam desenvolver a economia da região se refletem na criação de vagas de empregos e no combate às desigualdades sociais. sível listar os principais gargalos de movimentação de carga, bem como os futuros problemas de rodovias, ferrovias, hidrovias e dos terminais – portuários e aeroportuários – da região. “Todas as deliberações para desenvolver a economia do Centro -Oeste são importantes, pois resultam em criação de vagas de emprego e combatem as desigualdades sociais”, concluiu Adelmir Santana. Além dos representantes dos setores produtivos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e do DF, estiveram presentes no fórum o secretário de Fazenda do DF, Adonias dos Reis Santiago; o coordenador da bancada brasiliense no Congresso Nacional, deputado federal Luiz Pitiman (PMDB); o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado. Oliver Girard, diretor da Macrologística, empresa responsável pelo Projeto Centro-Oeste Competitivo, que tem o objetivo de traçar um planejamento estratégico de infraestrutura de transporte e logística de cargas. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 //caso de sucesso Sem estudo, sem emprego //Por Sílvia Melo Jovem encontra no Senac-DF oportunidade de voltar ao mercado de trabalho A brasiliense Kamila Rodrigues de Lima, de 23 anos, começou a trabalhar cedo. Aos 15, a jovem moradora do Recanto das Emas conseguiu um estágio de assistente administrativa na Câmara dos Deputados e logo passou a atuar na área hospitalar, com a qual se identificou. Mas ela não escapou do desemprego e passou um tempo sem conseguir posicionamento no mercado de trabalho. A solução era se qualificar e Kamila escolheu os cursos do Senac-DF para ter mais chances de conquistar um emprego. Kamila sempre recebeu apoio do pai para estudar e soube, desde cedo, que para ter um bom emprego é preciso se dedicar e se qualificar. “Estava desempregada, procurando algo na área de faturamento em hospitais, mas para isso precisava do curso, que foi o primeiro que eu fiz, de faturamento médico-hospitalar”, conta a jovem, que estudou na unidade do Gama. Durante esse curso, ela conheceu o Programa Senac de Gratuidade, por meio do qual conseguiu uma bolsa de estudo para fazer o curso de administração de serviços hospitalares. O atual emprego de Kamila foi conquistado graças aos cursos do Senac. Ela foi indicada pela instrutora Uelintânia Lopes para participar de um processo seletivo em uma clínica. Com a vaga conquistada de secretária/faturista, ela atende clientes, preenche guias, faz faturamentos, serviços administrativos e marca consultas. Além disso, é responsável pela documentação e pela agenda do médico. “Todo o meu trabalho é baseado nos cursos que fiz, já que um complementa o outro. Sempre que necessário, recorro aos meus cadernos”, destaca. O conteúdo das aulas foi além das expectativas de Kamila. Ela esperava encontrar algo mais superficial. Porém, a professora levou para dentro da sala de aula a realidade das empresas, o que facilitou o regresso da jovem ao mercado. Kamila gostou tanto que passou a indicar o Senac para os amigos. “É uma grande oportunidade para quem quer uma requalificação, um reposicionamento no mercado de trabalho, ou mesmo quem quer uma profissão, já que o Serevista FECOMÉRCIO | abril 2013 Joel Rodrigues Kamila Lima foi indicada a uma vaga de emprego pela instrutora do Senac-DF. nac tem vários cursos em diferentes áreas, com qualidade e reconhecidos profissionalmente. Além disso, se o estudante não for inscrito pelo PSG, os cursos não são caros, e há as facilidades para o pagamento”, destaca a jovem. //Sobre os cursos O curso administração de serviços hospitalares tem carga de 60 horas e é ministrado na unidade do Gama. As próximas turmas estão previstas para o período de 6 de abril a 13 de junho, com aulas somente aos sábados, das 8h às 12h. A outra turma será de 3 a 21 de junho, de segunda a sexta-feira, das 18h às 22h. O investimento é de R$ 195. O curso de faturamento médico-hospitalar, com carga horária de 100 horas, é oferecido em duas unidades do Senac. No Gama estão previstas duas turmas: de 8 de abril a 13 de maio, das 8h às 12h, e de 3 de junho a 5 de julho, das 14h às 18h. Em Ceilândia serão três turmas: de 22 de abril a 11 de junho, das 19h às 22h; de 17 de junho a 19 de julho, das 14h às 18h; e de 24 de junho a 7 de agosto, das 19h às 22h. O investimento é de R$ 310. @senacdf /senacdistritofederal 33 Fotos: Luana Lleras Gustavo Ninomiya já está em sua segunda contratação e, com o dinheiro do fundo, ampliou o café da família. capa Valeu a pena //Por Marina Marquez Conseguir recurso público para financiamento pode até ser burocrático, mas não é impossível. Conheça a história de empresários que cumpriram as exigências do FCO e hoje desfrutam os resultados L uta antiga dos empresários do Distrito Federal, as mudanças na distribuição dos recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) conquistadas no último ano vão beneficiar e incrementar a área de comércio e de serviços da região. Em 2013, pelo menos metade do R$ 1,2 bilhão disponível para empréstimos no DF será para esses setores. O fim da limitação de 20% dos recursos do fundo para comércio e serviços vai acabar com um problema antigo na capital. Até o ano passado, o DF não conseguia utilizar todo o recurso 34 disponível porque não havia projetos suficientes nas áreas de indústria e agricultura para contratar financiamentos e o recurso restante era transferido para as outras unidades da Federação da região. Atrativo porque tem a menor taxa do mercado, carência para começar a pagar o empréstimo e até 20 anos para quitar a dívida, o FCO vem sendo disputado por empresários e ajudado a abrir, reformar ou ampliar o negócio. Os contratos do FCO vão desde o capital de giro para pagamento de folha de funcionários até construção e ampliação de uma empresa, passando por compra de equipamentos. Hoje, um empresário que contratar o financiamento até o meio do ano, revista FECOMÉRCIO | abril 2013 independentemente da finalidade, paga taxa de 3% ao ano. Em financiamentos feitos diretamente com bancos privados, por exemplo, um empréstimo semelhante tem taxa média de 1,9% ao mês, um acumulado de mais de 20% ao ano. A contratação é burocrática, mas compensatória. Quem se prepara garante que aproveitar o crédito é bom negócio. O empresário Gustavo Ninomiya acaba de contratar o seu segundo FCO para ampliar o negócio familiar, a empresa Cozinha e Sabor Gourmet. Com as condições do financiamento, eles tiveram a ideia de integrar o restaurante ao Café do Ponto. O projeto piloto foi feito com o FCO, no Sudoeste, há dois anos. O financiamento será pago em cinco anos. “O primeiro foi muito rápido. Em quatro meses apresentamos o projeto e tivemos a liberação do dinheiro com taxas de 3% ao ano. Ficou como queríamos e resolvemos pegar um novo empréstimo para ampliar a rede”, conta Ninomiya. O segundo financiamento saiu em dezembro de 2012 para a construção de uma nova loja, na Asa Sul, com taxas ainda menores, de 2,5% ao ano, prazo de cinco anos para pagar e carência de um ano. “A taxa é muito boa e a carência dá fôlego para o negócio começar a faturar.” O gerente-executivo de governo do Banco do Brasil, Vasco Farinello Junior, explica que o primeiro passo do empresário que decidir fazer um revista FECOMÉRCIO | abril 2013 mais”, avisa. financiamento pelo FCO é procurar uma agência do banco e conversar sobre o que pretende, o valor e o porquê do financiamento. “A primeira coisa é apresentar o pleito”, afirma. No banco, conversando com um gerente, o empresário pode ter noção dos limites, dos recursos disponíveis, das garantias e dos prazos. Empresários que já são correntistas do BB ganham agilidade no processo, mas quem não é também pode conseguir financiamento. A documentação exigida pelo BB é entregue em diferentes etapas. O primeiro documento é uma carta-proposta, com o objetivo do financiamento e o valor necessário. Depois, o empresário apresenta o projeto do financiamento e o plano de negócios para o dinheiro. No projeto deve constar o objetivo do financiamento mais detalhado, o valor a ser financiado, as garantias que serão oferecidas, o faturamento anual e de quanto será a contrapartida. Algumas empresas precisam contratar consultorias para apresentar o projeto. No DF, elas cobram, em média, 2% do valor financiado e podem ser indicadas pelo próprio banco. Depois que for aprovado, o tempo médio de liberação dos recursos é de 34 dias, segundo Farinello. “Mas cada caso é um caso, pode demorar //Ajuda para o negócio O empresário Mario Habka, da rede de supermercados Big Box, contratou a Kapital Projetos, consultoria para financiamentos, e já conseguiu o financiamento algumas vezes. Para ele, a quantia paga à consultoria vale a pena porque facilita a organização dos documentos e criação do projeto. “Meus financiamentos sempre foram de valores altos e a consultoria me ajudou a entender melhor os prazos, a documentação, a criação do projeto em si”, explica. Das 11 lojas no DF, mais da metade teve recursos do fundo para a construção, reforma e compra de equipamentos. Nos primeiros financiamentos, Habka sofreu com a burocracia para a liberação do dinheiro. Segundo ele, a preparação do gerente nas agências para conversar e “fazer o negócio andar” faz a diferença na hora da contratação. “O FCO é ótimo tanto pelas taxas como pelas condições de pagamento, é um custo de captação menor. Mas eu já tive financiamento que demorou dois, seis meses e até um ano, dependendo do gerente que encontrei.” Alvo de críticas de empresários por anos, a burocracia para conseguir o financiamento vem diminuindo, segundo o superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado. Um dos motivos foi a criação do Cartão FCO Empresarial, em 2012. O cartão permite que o empresário compre dos fornece35 Thaian e Carlos Magno conseguiram verba para construir a própria casa de festas, no Lago Norte. 36 dores diretamente e de forma mais simples, como um cartão de débito. A facilidade vale para fornecedores cadastrados, cerca de 5 mil no banco de dados do BB. A burocracia também diminuiu para pequenos empresários. A lei determina que no mínimo 51% dos recursos sejam liberados para micro e pequenas empresas, mas no ano passado esse percentual foi superado e 68% dos financiamentos foram para tomadores de menor porte, atingindo valor superior a R$ 4 bilhões. Para ter o financiamento, o empresário precisa apresentar ao banco garantias de que o dinheiro será pago. Valem imóveis, veículos e até equipamentos que serão comprados com o recurso do FCO. Um empréstimo para equipar uma cozinha industrial ou um restaurante, por exemplo, pode ter os móveis e as máquinas compradas como garantia. No caso de pequenos empresários, as exigências são menores. Não é preciso apresentar, por exemplo, faturamento bruto anual para empréstimos inferiores a R$ 16 mil. A lei determina que no mínimo 51% dos recursos sejam liberados para micro e pequenas empresas. No ano passado, esse percentual foi superado e 68% dos financiamentos foram para tomadores de menor porte, atingindo um valor superior a R$ 4 bilhões. Não existe valor mínimo para a contratação do FCO. O Banco do Brasil financia de R$ 1 a R$ 200 milhões. //Taxas As taxas sempre variaram conforme as operações, o valor contratado e a finalidade do empréstimo. “Se a operação estiver adimplente, se o tomador pagar dentro do prazo, ele vai pagar taxa de 3% ao ano, independentemente de quanto pegou emprestado ou a finalidade. Até junho, a taxa é igual para todo mundo”, reforça o gerente executivo do BB. A partir de julho, a taxa será de 3,5% ao ano para todas as contratações. Foram essas condições que atraíram Thaian e Carlos Magno Franci, empresários da Franci Festas e Eventos, que existe há 11 anos. A empresa presta serviço para eventos sociais e corporativos e os proprietários sempre quiseram construir o próprio espaço. A construção do prédio, no Lago Norte, começou com recurso próprio, mas, para concluir a obra, que tem 2 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 mil metros quadrados, foi contratado o FCO em 2012. “O financiamento que fizemos foi principalmente para comprar equipamentos. Conseguimos carência de três anos e o dinheiro saiu em 45 dias, muito rápido”, conta Franci. Era o recurso que faltava para comprar móveis e equipamentos. Pai e filho contrataram um FCO no valor de R$ 800 mil e deram como garantia um imóvel. O financiamento será pago em dez anos. “Queríamos fazer algo diferente, com automação, tecnologia de ponta. Era um sonho do meu pai que está tomando forma”, explica Thaian. //Recursos Os financiamentos do FCO são feitos a partir de recursos do Tesouro Nacional provenientes do Imposto sobre Produtos Industrializados e do Imposto de Renda – 3% do dinheiro arrecadado com esses impostos. O FCO atende as unidades da Federação que compõem o Centro-Oeste – Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A procura pelos financiamentos é tão grande que anualmente são contratados mais projetos que o previsto, de acordo com o superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado. Isso só é possível, segundo ele, porque a previsão inicial do orçamento para o FCO é feita com base na expectativa de receita dos impostos, que é sempre superada. “Em 2012, partimos de um orçamento de R$ 5,2 bilhões e contratamos R$ 5,9 bilhões. Em 2011, eram R$ 4,8 bilhões e contratamos R$ 5,5 bilhões. Em 2013, não deve ser diferente”, afirma. O orçamento de 2013 para o FCO é de R$ 5,4 bilhões, mas a expectativa da Sudeco e do Banco do Brasil é chegar próximo a R$ 7 bilhões em financiamentos contratados. No ano passado, o FCO bateu todos os recordes de contratações desde que foi criado, em 1989. Nos últimos dois anos, as contratações cresceram 37%. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Mario Habka contratou uma empresa de consultoria para auxiliá-lo na elaboração do plano de negócios, que deve ser apresentado ao pleitear o financiamento. //Vitória Mudar as regras do FCO é uma batalha antiga dos empresários no DF e vai render bons resultados, avalia o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. Neste ano, enquanto as outras três unidades da Federação do Centro-Oeste terão disponíveis cerca de 30% dos recursos na área de comércio e de serviços, o DF já começa o ano com previsão de metade das contratações no setor. “A nova distribuição e o novo formato do FCO vieram para beneficiar o empresário do DF, contribuir para o crescimento. Nossa luta sempre foi para que não nos tratasse de forma igual porque o DF é diferente e isso precisa ser considerado”, argumenta Santana. A previsão inicial é de que o DF tenha disponível para contratar pelo menos R$ 1,2 bilhão em financiamentos. Deste total, R$ 524 milhões são para a área de comércio e de serviços. Para o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), as mudanças são importantes. “A economia do DF é de comércio e serviços. A maioria dos projetos de FCO era para essa área, mas tínhamos limitação e acabávamos contratando apenas 8% do total de recursos”, explica. 37 //direito no trabalho Desoneração da folha de pagamento A desoneração da folha de pagamento é um pleito antigo dos empresários brasileiros. A alta carga tributária que o Brasil impõe às empresas impede há muito tempo o crescimento dos investimentos produtivos, o aumento da criação de empregos e da renda. O governo federal, diante da necessidade de promover o crescimento tanto do setor produtivo quanto dos empregos e considerando que há muito se conclamava por medidas nesse sentido, implementou uma política de desoneração tributária da folha de pagamento para alguns setores importantes para o crescimento da economia do País. E foi com a edição da Medida Provisória nº 601/2012 que as seguintes atividades de comércio varejista foram beneficiadas: lojas de departamentos ou magazines, enquadradas na subclasse CNAE 4713-0/01; comércio varejista de materiais de construção, enquadrado na subclasse CNAE 4744-0/05; comércio varejista de materiais de construção em geral, enquadrado na subclasse CNAE 47440/99; comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática, enquadrado na classe CNAE 4751-2; comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação, enquadrado na classe CNAE 4752-1; comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo, enquadrado na classe CNAE 4753-9; comércio varejista de móveis, enquadrado na subclasse CNAE 4754-7/01; comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama, mesa e banho, enquadrado na classe CNAE 38 4755-5; comércio varejista de outros artigos de uso doméstico, enquadrado na classe CNAE 4759-8; comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria, enquadrado na classe CNAE 4761-0; comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas, enquadrado na classe CNAE 4762-8; comércio varejista de brinquedos e artigos recreativos, enquadrado na subclasse CNAE 4763-6/01; comércio varejista de artigos esportivos, enquadrado na subclasse CNAE 4763-6/02; comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas, enquadrado na subclasse CNAE 47717/01; comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, enquadrado na classe CNAE 4772-5; comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, enquadrado na classe CNAE 4781-4; comércio varejista de calçados e artigos de viagem, enquadrado na classe CNAE 4782-2; comércio varejista de produtos saneantes, enquadrado na subclasse CNAE 4789-0/05; comércio varejista de artigos fotográficos e para filmagem, enquadrado na subclasse CNAE 4789-0/08. Segundo disposto na referida MP, a partir de 1º de abril de 2013, todas essas atividades contribuirão até 31 de dezembro de 2014 sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1% (um por cento), em substituição à contribuição previdenciária patronal de 20% sobre os salários. Essa é uma medida há muito tempo desejada pelo setor produtivo que trará benefícios à economia como um todo. Joel Rodrigues Cely Sousa Soares Consultora empresarial da Fecomércio-DF revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Extra! Extra! Agora, você encontra a Revista Fecomércio de graça no seu iPad. O Jornaleiro é um aplicativo para iPad que funciona como uma banca de revistas. E agora, nele, você pode acessar a sua Revista Fecomércio com praticidade, onde quiser e sem nenhum custo. Mais uma ótima maneira de encontrar a informação de que você precisa. Revista Fecomércio. Onde o comércio se encontra. Baixe grátis na Apple app Store. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 39 GASTRONOMIX Por Rodrigo Caetano Oliver convida... Brasília tem a fama de reunir muitos “estrangeiros” de outras unidades da Federação. Para matar a saudade da terrinha natal, o empresário Rodrigo Freire pensou e criou o projeto O Sabor de Todos os Lugares no Oliver. Em abril, desembarca na cidade o chef César Santos (foto) que comanda o restaurante Oficina do Sabor, em Pernambuco. O jantar degustação custa R$ 140 por pessoa e terá entrada, dois pratos e sobremesa. A primeira edição, em março, teve a presença da chef paraense Angela Sicilia, do Famiglia Sicília. // Oliver Setor de Clubes Sul, trecho 2 Clube de Golf (61) 3323.5961 Babel de novidades O restaurante Babel completa 10 anos. Para marcar a cy ra Ju o década, o chef Diego Koppe l mu Rô fez seis alterações no cardápio, que ganhou cara de revista gastronômica. A nova entrada é uma espécie de brusqueta, torradas de pão baguete com queijo cremoso e tomates cereja confitados em azeite (R$ 33). Outras novidades são os risotos ai vino, com vinho tinto seco com lâminas de peras, e o parmigiana, com manteiga e parmesão. Nas sobremesas, o pudim de cumaru (uma espécie de baunilha amazônica) e licor de jambu (R$ 15), a panna cotta com geleia de frutas vermelhas (R$ 19) e tiramisú (R$ 19). //Babel 215 Sul, bloco A, loja 37 – (61) 3345.6042 40 Viagens gastronômicas A novela Salve Jorge está quase no fim, mas o Gastronomix dá dicas de alguns lugares para boa comida em Istambul. 360 – Instalado no último andar de um prédio na rua mais movimentada da área moderna, o 360 é imperdível. Comida internacional de qualidade, drinques refrescantes e uma linda vista. Istiklal Caddesi - Misir Apartament, 311, Beyoglu www.360istanbul.com/flash.html Otto – Misto de restaurante, bar, café e night club, abriga público jovem e comida com pegada italiana. Há quatro unidades na cidade. A recomendada fica em Sofyali. Asmali Mescit Mah, Sofyali Sokak, Tunel-Beyoglu revista FECOMÉRCIO | abril 2013 http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – www.facebook.com/rodrigo.caetano.1840 Uma nova ideia //Os hambúrgueres são oferecidos em sete versões Rodízio de pizza, de crepe, de massa... Esses, todos já viram. O Johnnie Special Burgers resolveu inventar moda e acaba de lançar rodízio de hambúrgueres e petiscos nas noites de quinta. A promoção segue por tempo indeterminado. Além dos sanduíches, o cardápio do rodízio conta com três petiscos tex-mex, três opções de batata frita e duas de cachorro-quente, ao preço único de R$ 32,90 por pessoa. - Cheeseburger tradicional - Frango bacana (frango com bacon, queijo cheddar, tomate, alho poró e cream mustard, no pão francês ) - Orlando (carne, queijo, bacon, tomate, alho crocante, picles e cream mustard, no pão com gergelim) - College (carne, queijo cheddar, alface americana e molho especial, no pão francês) - American classic (carne, queijo, bacon, tomate, alho crocante, picles e cream mustard, no pão com gergelim) - Mix onions (carne, queijo, cebola especial, cebola roxa e onion rings, no pão com gergelim - Tex mex (carne, queijo cheddar, chili e nachos, pão com gergelim). //Johnnie Special Burger 210 Sul, bloco B, loja 18. (61) 3242.9117 – CLSW 101, bloco A, lojas 26 e 28. (61) 3797.5007 Avenida Araucárias, lote 1.325, loja 6, Edifício Real Quality. (61) 3383.3900 Sabor em livro Nilson Carvalho/WHD A mineira Rita Medeiros, proprietária da Sorbê, acaba de lançar o livro Sorbê e Sorvetes: uma festa de frutas brasileiras. A casa virou hit em Brasília com mais de 200 sabores já produzidos. Há oito anos, a jornalista mudou de rumo para se dedicar à fabricação de sorvetes com sabores do cerrado como jatobá, araticum, gabiroba e mangada. Na publicação, Rita explica a diferença entre sorvete (leite, açúcar e gordura) e sorbet (água, açúcar e fruta), conta como preservar os sabores e relata histórias, além, é claro, de ensinar algumas receitas. O livro pode ser comprado na loja na Asa Norte. //Sorbê 405 Norte, bloco C, lojas 31 e 41 (61) 3447.4158 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Em pílulas... Na seção Receitas, do Gastronomix (http:// bloggastronomix.blogspot. com), você encontra um passo a passo para fazer pratos de maneira descomplicada, como os camarões com purê de couve-flor e farofa de caju e peperoni. São mais de cem receitas de entradas, pratos principais e sobremesas. Para acompanhar, drinques sugeridos pela colunista Juliana Raimo. 41 social Mais tempo para agir //Por Ana Carolina Freitas Sesc-DF modifica, a partir de abril, a estratégia de atendimento à população. As regiões do lado norte do DF terão prioridade A s ações comunitárias do Sesc-DF, uma parceria da instituição com a Rede Globo Brasília, terão novo formato a partir deste ano. A diretora de Orientação Social do Sesc-DF, Lúcia Percy, reformulou o roteiro dos eventos, que passaram a ter três dias de duração, em vez de um, como nos anos anteriores. A intenção, segundo Lúcia, é “atender com mais eficiência a comunidade e prolongar o tempo dos serviços de saúde, como os odontológicos”. A diretora acrescenta ainda que o foco do Sesc-DF em 2013 é a parte norte do Distrito Federal, em que não há unidades da instituição. “Em junho já está programada, inclusive, a inauguração de uma quadra poliesportiva em Brazlândia, que será um ponto de encontro da comunidade para a prática de esporte e de atividades voltadas para a saúde da população”. O objetivo é atender a demanda da população de baixa renda e levar os serviços de saúde, educação, lazer e cultura para aqueles que não têm acesso à estrutura do Sesc-DF. Elas transferem bens e serviços sem custos e a prioridade é prestar atendimentos que eduquem e promovam melhorias na qualidade de vida do público. Para cada evento, é escolhido um local estratégico onde, durante os três dias, devem funcionar barracas com serviços de odontologia, nutrição, recreação, artesanato, educação em saúde, Joel Rodrigues jogos e inclusão digital. A novidade deste ano será a sala de ciência itinerante, que ficará em uma escola da região contemplada pela ação durante os dias do evento. A ideia é auxiliar as crianças no complemento educacional. Também será oferecido aos alunos o exame de acuidade visual, que permite detectar dificuldades na visão. Além disso, as ações levarão às cidades serviço odontológico, com atendimentos individuais por senha; orientação nutricional, realizada pelos próprios nutricionistas e estagiários do Sesc-DF; palestras e workshops sobre educação e saúde, que vão abordar temas como doenças sexualmente transmissíveis, tabagismo, câncer e disfunções coronárias; oficinas de artesanato; shows; mesas de jogos e oficinas circenses; computadores com jogos e programas básicos que visam à inclusão digital. //Cronograma • Planaltina – 6, 7 e 8 de junho • Itapoã – 8, 9 e 10 de agosto • Brazlândia – 26, 27 e 28 de setembro • São Sebastião – 24, 25 e 26 de outubro @sescdf Os serviços ficarão disponíveis por três dias nas cidades que serão visitadas pelo Sesc-DF. 42 /sescdistritofederal revista FECOMÉRCIO | abril 2013 //agenda fiscal Substituição tributária do ICMS N os últimos anos observamos que o Fisco, em todas as esferas, vem adotando essa opção como instrumento de arrecadação e mitigação dos custos de fiscalização. Trata-se de um regime no qual o tributo devido tem como responsável pelo recolhimento outro contribuinte que não aquele que efetivamente realizou a operação. Assim, quem recolhe o ICMS, por exemplo, não é o comerciante que vendeu o produto ao consumidor, mas aquele que vendeu ao comerciante, pressupondo margem de lucro, valor agregado ou adicionado. Em 1º de março foi a vez da cerveja, do chope e das bebidas hidroeletrolíticas ou isotônicas e energéticas. Desde 1º de abril, diversos produtos também passaram a ser tributados com base nesse regime e estão indicados no Decreto nº 34.171/2013, mais precisamente, nos itens 38, 39 e 40 do C aderno I do Anexo IV do Regulamento do ICMS do DF. O documento traz ainda outras novidades que devem ser objeto de estudo dos empresários. A substituição tributária dá a falsa impressão de estar pagando menos imposto e, por isso, não ser tema relevante, e a definição do preço de venda e eventuais promoções ou liquidações podem afetar o caixa, pois o imposto devido na venda já foi pago quando o comerciante adquiriu o produto. Enfim, gestão de tributos é um assunto que deve ser objeto de discussão entre o empresário e seu contabilista. Joel Rodrigues Adriano Marrocos Contador da Fecomércio e do IFPD e presidente do CRC/DF Calendário – de 19 a 30/4/2013 O QUE e QUANDO pagar? 19/4 • Contribuição Previdenciária (Simples e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 3/2013. • Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 3/2013. 22/4 • Simples Nacional referente a 3/2013. • ISS e ICMS referente a 3/2013 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações). 25/4 • Pis e Cofins referente a 3/2013. 30/4 • Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 3/2013. • 1ª quota do IRPJ e da CSLL referente ao 1º trimestre/2013 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado. • Carnê Leão referente a 3/2013. • IRPJ e CSLL referente a 3/2013, por estimativa. • Cofins/CSLL/Pis retenção na fonte, de 1º a 15/4/2013. • Parcela do Refis, do Paes, do Paex, do Parcelamento do Simples Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado). O QUE e QUANDO entregar? 22/4 • Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 2/2013. 25/4 • Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o Pis/Pasep e Cofins (DCIDE – Combustíveis) a SRF/MF referente a 3/2013. 30/4 • Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 3/2013. Várias • Livro Fiscal Eletrônico a SEF/DF referente a 3/2013: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009). Nota: O Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon Mensal) referente aos meses1/2013 e 2/2013 deverãoserem enviados a SRF/MF até o 5º dia útil de 5/2013 (IN SRF/MF nº 1.331, 1/2/2013). revista FECOMÉRCIO | abril 2013 43 gestão //Por Sílvia Barros Ele é o gerente ou o rei do pedaço? 44 Ter cargo de chefia não significa ficar sentado olhando se todos estão fazendo o serviço. Pelo contrário, a posição exige humildade, atenção e, principalmente, disposição para assumir tarefas e manter o bom funcionamento da empresa revista FECOMÉRCIO | abril 2013 O consultor na área de gestão e desenvolvimento humano Renato Sampaio enumerou alguns perfis inadequados de gerentes. Enrolado – é aquele que promete resolver o problema do cliente, mas não resolve. Pede um prazo e não cumpre. Nunca está disponível A o decidir trocar de carro, a servidora pública Fausta Maria Silva teve uma surpresa. “Entrei na loja e não tinha nenhum funcionário disponível para atender. O gerente estava visivelmente desocupado. Ele me olhou e fez cara de paisagem, fingiu que não era com ele. Ainda tentei me aproximar, mas ele disse sem muita cortesia que era para esperar até um vendedor desocupar, pois ele era gerente e não vendia. Fiquei revoltada. Dei as costas e fui comprar na concorrência”, conta. Essa situação é real e corriqueira. O gerente, em seu papel de gestor, deve prezar, antes de tudo, o bom funcionamento. Não importa se ele precisa cumprir o papel de vendedor, de conciliador, de caixa... Ele precisa estar preparado para tudo. O status vem acompanhado pela responsabilidade. E o que importa mesmo é a qualidade do atendimento e do que é oferecido ao consumidor. “Diante do cenário dinâmico do mundo globalizado, as empresas precisam ser competitivas, economicamente viáveis, estar atualizadas e não só conquistar clientes, mas acima de tudo saber mantê-los e respeitá-los”, destaca o consultor organizacional Felipe Santana. Esse tipo de atitude descrita por Fausta, segundo Santana, é absurda e demonstra falta de comprometi- revista FECOMÉRCIO | abril 2013 mento por parte do gestor. “Isso traz prejuízos incalculáveis e ainda compromete a imagem da empresa”, afirma. O erro nunca é bem-vindo, mas precisa ser considerado como possibilidade real. O gerente que dá poder ao time tem consciência de que o seu sucesso está nos resultados, no comprometimento e na criatividade da equipe. “Liderar é fazer escolhas e ter disposição para assumir a responsabilidade por elas, é ter o dom de juntar a alma ao corpo das pessoas”, ensina. O desafio, segundo ele, não é apenas sobreviver, mas também progredir. “Esse progresso passa por um bom atendimento. Não adianta o cliente receber o melhor tratamento na hora da venda se depois, diante de um problema, ele volta ao estabelecimento para reclamar e é simplesmente maltratado”, diz. //Atendimento ruim Ao decidir reformar o apartamento, a designer Cíntia Ribeiro percebeu que precisaria sair de lá por alguns dias. Fez pesquisas, negociou preços e decidiu se mudar temporariamente para um hotel no centro de Brasília. No terceiro dia de hospedagem, ao voltar no fim do dia, percebeu que estava faltando dinheiro da sua carteira. “Procurei a gerente do hotel e relatei o fato a ela, que ficou de verificar as câmeras de segurança e me dar Mal-humorado – ele tem cara de poucos amigos e costuma agir com descortesia. Diante de uma situação de conflito, aumenta o tom de voz e, muitas vezes, não soluciona o problema. Bonzinho – esse tipo se comove facilmente com as queixas alheias. Tenta resolver o problema, mesmo que isso implique prejuízo para a empresa. Mágico – tem o dom de desaparecer nos momentos mais inoportunos, deixando subordinados numa situação crítica, já que dificilmente coloca um substituto em seu lugar. Despreparado – ele não sabe proceder diante de uma situação de conflito, se enrola ao passar informações e transmite insegurança e desconhecimento. Muito importante – neste caso, o gerente se recusa a atender o cliente simplesmente por não ser atendente ou vendedor. Esse comportamento mata qualquer possibilidade de haver uma conversa efetiva. 45 retorno”, conta. Três dias se passaram e nada de notícias. Irritada, a designer voltou a procurar a funcionária. “Na primeira vez me disseram que ela tinha ido almoçar. Depois, inventaram outra desculpa. Ela nunca estava.” Cansada de tanto desencontro, Cíntia decidiu esperar na porta do hotel. Dessa vez, a insistência deu certo. “Encontrei a gerente e ela teve a coragem de dizer que não se lembrava do meu caso. Contei tudo novamente e ela disse que não poderia fazer nada”, recorda-se. Revoltada, a hóspede procurou a polícia e registrou ocorrência. Dias depois foi informada pelo delegado de que as imagens do dia do furto haviam sido apagadas. Na tentativa de resolver o problema, procurou mais uma vez um responsável pelo hotel. “Mas quando falei que tinham sumido R$ 500, a gerente disse que eu estava mentindo. Não falei mais nada. Saí de lá e fui direto ao juizado de pequenas causas”. Resultado: a designer recebeu indenização e espalhou a história nas redes sociais. “Muitos gerentes se esquecem de que companhias existem por uma única razão: conquistar, manter e apoiar clientes. Negócios têm a ver com negócios e, quando você faz com que ele tenha a ver com você, com seus problemas, com seus medos, com seu império, com seus melindres, você deixa de ser um gerente eficaz”, sinaliza Santana. De acordo com o especialista, os clientes de hoje são mais difíceis de satisfazer, pois são mais inteligentes, mais conscientes dos preços praticados pelo mercado e são mais abordados pela concorrência com ofertas iguais ou melhores. “O consumidor satisfeito permanece fiel, compra mais na medida em que a empresa lança novos produtos ou serviços, fala favoravelmente dela e dá menos atenção aos produtos dos concorrentes.” //Formação e talento Segundo o consultor na área de gestão e desenvolvimento humano Renato Sampaio, no mundo corporativo, a função de gerente não é considerada uma profissão. No entanto, é preciso que algumas habilidades estejam presentes na personalidade de quem ocupa o cargo. “O que não pode ocorrer de forma alguma, mesmo sendo inexperiente, é tratar o cliente com descaso ou desrespeito. Os melhores avanços do atendimento ao cliente resultam em ouvir o que ele tem a dizer e suprir, sempre que possível, suas necessidades”, orienta. Assumir a função gerencial requer formação. Além das competências técnicas e de negócio, é preciso saber ouvir, se comunicar e formar pessoas para eventuais O que um gerente nunca deve fazer? Fotos: Luana Lleras “Não tem nada pior do que desmotivação e desinteresse. Você reconhece de longe: não te dá atenção, mal ouve o que você diz. É terrível.” “O gerente não pode ser grosseiro e tratar a reclamação dos outros com descaso e desatenção. Acredito que a função dele é tratar bem o cliente.” “Não tem nada mais deselegante do que o gerente comentar o seu problema em voz alta e na frente de todo mundo.” Sâmea Sousa da Silva Massoterapeuta Enéas Moreira de Oliveria Júnior Vendedor Iara Matias Cavalcante Atendente substituições. O aprendizado e a capacitação são fundamentais antes de colocar alguém em atividade de supervisão. “Os consumidores de hoje não têm mais tempo para perder com atendentes e gerentes despreparados. Ganha a batalha quem mobiliza primeiro, e a grande mobilização é a capacitação de toda equipe.” //Olho do dono O organizador de eventos Marcos Prado precisava de um gerente para assumir os negócios. Depois de várias tentativas sem sucesso decidiu assumir ele mesmo o posto de gestor de qualidade. Além de coordenar os mais variados tipos de festas, ele é responsável por medir a satisfação dos clientes. “Lidar com muita gente e comida é complicado. Por isso, faço sempre um controle de qualidade. Após cada evento, ligo para o cliente e escuto desde elogios até críticas. Quando isso acontece, apresento soluções como a devolução de parte do pagamento pelo serviço ou desconto nas próximas contratações”, conta Prado, que acompanha de perto o trabalho realizado por seus garçons e cozinheiros. “De nada adianta eu me matar de trabalhar se os meus funcionários não souberem conquistar as pessoas. Comigo não tem choro nem reza. Tem que trabalhar muito, ser educado, cortês e eficiente”, dispara. O segredo da empresa de eventos de Prado, segundo ele, é ter paciência e perseverança com tudo e com todos. “Nem sempre as coisas saem como a gente deseja, mas sempre há solução”, diz. A eficiência e a agilidade do empresário fizeram com que ele ganhasse fama e conquistasse novos fregueses. “A propaganda boca a boca é algo impressionante. Pode ajudar ou matar um negócio”, observa. //Por dentro do Sistema O Núcleo de Relações Empresariais do Senac-DF oferece cursos customizados para empresas. São mais de 150 opções nas áreas de gestão e negócios, hospitalidade e lazer, gastronomia, informática e imagem pessoal. Uma equipe de especialistas faz o diagnóstico e prepara aulas de acordo com o perfil e a necessidade do empreendimento. Mais informações pelo telefone (61) 3313.8714 ou pelo site www.senacdf.com.br. “Cortesia, simpatia e honestidade não custam nada e até conquistam e desarmam o cliente que está com algum problema.” “Uma qualidade essencial é saber ouvir. Às vezes a pessoa quer apenas falar e ser ouvida. O fato de você não interrompê-la já demonstra respeito.” “Não adianta se vestir bem e ser todo engomadinho se não tiver elegância e trato com o cliente. Isso é fundamental.” Gabriel Almeida da Silva Estudante Carolina Castro Psicóloga Moisés Ferreira Auxiliar de serviços aconteceu senac Mais um restaurante Terceira unidade-escola do Senac-DF já está em funcionamento e atende servidores do Ministério Público e do Tribunal de Justiça do DF // Por Sílvia Melo Joel Rodrigues O s servidores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios contam com uma nova alternativa para almoço e lanches. Em parceria com o órgão, o Senac-DF inaugurou, em março, o seu terceiro restaurante e lanchonete -escola no mezanino do edifício sede do órgão (Eixo Monumental, Praça do Buriti, lote 2). O empreendimento tem capacidade para servir 700 refeições diárias. E está aberto para o público externo. Instalado em um salão, com área externa, o restaurante funcionará de segunda a sexta-feira para almoço, das 11h30 às 14h30. A lanchonete abrirá nos mesmos dias, das 7h30 às 19h. Aluno do curso de garçom, Jefferson Pereira de Morais, de 21 anos, trabalhou pela primeira vez na função durante o coquetel de inauguração do restaurante-escola do MPDFT, em 20 de março. Para ele foi importante o contato com o público. “Isso me deu mais segurança”, disse. No restaurante do Senac-DF, os clientes poderão degustar um sortido bufê a quilo (R$ 24,90 o quilo), com variedade de saladas preparadas com frutas, folhas, verduras e legumes. Serão servidos também os tradicionais arroz e feijão, além de carnes e massas. Às sextas-feiras haverá feijoada. Se o cliente não quiser se servir no bufê, terá a opção do prato do dia. “A pedido do Ministério Público, incluímos essa opção, em que haverá um prato pronto com salada, acompanhamento e carne ao 48 Os funcionários são alunos dos cursos de gastronomia da instituição e fazem treinamentos profissionais supervisionados. preço de R$ 29,90”, destaca a gerente do restaurante, lembrando que, a cada dia, haverá pelo menos três opções de sobremesa. Na lanchonete, são servidas em versão mini salada de folhas e quiche e salada de folhas com quibe assado e coalhada, além de canelone de ricota e espinafre ao molho de queijo, sanduíche de filé de frango na baguete, sanduíche natural de ricota com pasta de ameixa, pão de queijo e pastéis assados. Há, ainda, opções de bebidas quentes e geladas, como sucos de frutas, polpas e vitaminas. Além do atendimento aos servidores do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, os espaços, também denominados empresas pedagógicas, têm o objetivo de propiciar aos alunos dos cursos de gastronomia do Senac-DF períodos de prática profissional supervisionada, complementando a formação. Entre os cursos que oferecem estágios nas empresas pedagógicas destacam-se os de garçom, atendente de lanchonete, copeiro, cozinheiro e padeiro. Além do restaurante e lanchonete-escola em parceria com o MPDFT, o Senac-DF tem outro empreendimento em parceria com a Controladoria Geral da União e um restaurante próprio, o Senac Gastronomia, no Setor Comercial Sul. A instituição tem também duas lanchonetes, na unidade da 903 Sul e em Taguatinga Norte. @senacdf /senacdistritofederal revista FECOMÉRCIO | abril 2013 //economia É preciso turbinar as concessões A causa básica da desabada concessões rodoviárias tem deixado das taxas de crescimento muito a desejar. do PIB desde 2010 é a queO governo tem feito reconheda dos investimentos. Incapazes cidos esforços para deslanchar as de reverter essa complicada siconcessões de transportes. Mas tuação, teremos em breve efeitos na raiz do fraco desempenho das desfavoráveis sobre o emprego. concessões situa-se a imposição, Pelo modelo em vigor, existe pelas autoridades, de uma taxa de uma engrenagem constitucional desconto muito baixa – 5,5% ao ano e legal que concentra os gastos – a ser utilizada nos cálculos dos públicos cada vez mais em poucos tetos de tarifas estipulados para os itens da pauta corrente: previdência, leilões, o que inibe os investimenpessoal, saúde e assistência social, tos. Essa é a Taxa Interna de Retorno pela ordem. que tanto tem sido citada em matéNo passado, havia recursos púrias sobre o assunto. blicos suficientes para investir na Mais recentemente, o governo infraestrutura de transportes. Era a anunciou condições de financiaépoca dos imposmento mais favotos únicos, destina- É muito difícil imaginar ráveis do BNDES dos exclusivamente e um esforço para um deslanche da à infraestrutura. ampliar o volume economia brasileira de financiamenCom o tempo, o setor público desa- sem o concurso de um tos. Só que o que prendeu e parou programa relevante de interessa fundade investir. Atualconcessões privadas mentalmente aos mente, o peso dos investidores é exade infraestrutura. investimentos no minar o retorno gasto total da União básico do projeto, é de apenas algo ao redor de 6%. que está imposto em 5,5%, sujeito No início dos setenta, a União às chuvas e trovoadas típicas de investia 1,8% do PIB em transporprojetos desse tipo. Financiamento tes. Em 2003, esses investimentos é só um item a ser considerado nos haviam praticamente zerado. Houve cálculos de viabilidade. E, mesmo alguma recuperação até 2010, mas assim, cabe indagar: o que fazer de lá para cá têm caído de novo, e se o dinheiro do BNDES não se em 2012 registraram-se gastos de viabilizar? E os riscos ambientais apenas 0,23% do PIB. e outros do tipo, além dos de frusÉ muito difícil imaginar um destração de demanda? Só uma taxa lanche da economia brasileira sem que adicione os riscos específicos o concurso de um programa reledo negócio, que pode chegar a vante de concessões privadas de algo acima de 10%, será capaz de infraestrutura. De 2003 para cá, colocar a concessão em causa em apesar do lançamento de progracondições de competir com as almas, o desempenho das novas ternativas disponíveis. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Joel Rodrigues Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente, é consultor econômico em Brasília. 49 50 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 51 //gente Fotos: Luana Lleras Programada para desenvolver capacidades //Por Larissa Leite Carla Mattos Empresária Sócia-proprietária da Celta Treinamento, a empresária Carla Mattos, de 46 anos, tem graduação em Ciências Contábeis (UnB) e certificações internacionais em Eneagrama e Coaching, como o Enneagram Professional Training Program (EPTP), de David Daniels e Helen Palmer; e a Consultoria em Eneagrama (Train-the-Trainer Program), de Ginger Lapid-Bogda. Além disso, acumula conhecimentos em áreas como psicodrama, análise transacional e programação neurolinguística. Por meio de palestras, treinamentos, workshops e coaching, a empresária aplica os conhecimentos adquiridos na ampla e diversa formação. Segundo Carla Mattos, as ferramentas se complementam para capacitá-la a atuar em um apaixonado projeto profissional: a facilitação no processo de desenvolvimento de pessoas. Por mais de 20 anos, a mineira de Belo Horizonte atuou em empresas nacionais e multinacionais, de médio e grande porte, nas áreas de auditoria, inteligência de mercado, planejamento e finanças. E por onde andou, Carla percebeu que os principais problemas das organizações se concentram nos relacionamentos interpessoais. “Descobri que não existe nada mais satisfatório do que colaborar para que um indivíduo tenha mais conhecimento a respeito de si mesmo e, a partir daí, fique mais apto a lidar com a realidade que o rodeia”, diz. Pai, filho e neto O que hoje é um negócio de gigantes já foi um playground para o arquiteto paulista Eduardo de Castro Mello, de 67 anos. Durante a infância, desenhava nas pranchetas do pai, o atleta olímpico e arquiteto Ícaro de Castro Mello, morto em 1986. Dentro de um escritório de arquitetura esportiva, cresceu e viu o pai se tornar um dos maiores especialistas da área. “Ele nunca me influenciou diretamente, mas não teve jeito. Comecei a observar o seu trabalho e quando percebi já estava completamente envolvido”, diz. A história de Ícaro ocupa um lugar de destaque e respeito na apresentação do escritório Castro Mello Arquitetura Esportiva. Pai e filho trabalharam juntos no projeto do antigo Estádio Mané 52 Garrincha, inaugurado em 1974, inicialmente batizado de Estádio Governador Hélio Prates da Silveira. A encomenda era de um estádio olímpico com capacidade para 110 mil lugares. “Por motivos de força maior, foram construídos apenas três blocos com capacidade para 45 mil pessoas”, revela. Sintonizado à história pessoal e à agenda esportiva nacional, Eduardo é o responsável pelo projeto de transformação do Mané em uma arena multiuso, o novo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. “Sinto pelo meu pai não ter tido a oportunidade de trabalhar em um projeto dessa envergadura”, lamenta o arquiteto. O negócio da família continua em muito boas mãos. O sócio de Eduardo, seu filho Vicente de Castro Mello, que o diga. Eduardo de Castro Mello Arquiteto do Estádio Nacional de Brasília revista FECOMÉRCIO | abril 2013 A serviço da cultura Tânia Primo Gerente do Memorial dos Povos Indígenas A gerente do Memorial dos Povos Indígenas, Tânia Primo, de 48 anos, não se acomoda com o que considera ser um grande privilégio: o acesso constante à rica cultura indígena. “Cada dia eu conheço mais aspectos da cultura dos povos indígenas e fortaleço um aprendizado inesgotável”, diz. Antes de trabalhar no memorial, há quatro anos, a cearense pouco sabia dos primeiros habitantes do País. A oportunidade de assumir a gerência, no início do atual governo, a tornou não apenas uma das responsáveis pela promoção e pela difusão da cultura indígena na capital, como também uma entusiasta no estudo da temática. “Os indígenas acumulam um conhecimento que se volta para o real desenvolvimento da sua comunidade”, diz. Para Tânia, o cotidiano na “maloca moderna” projetada por Oscar Niemeyer é permeado pelo desafio de ampliar o acesso à cultura indígena. A gerente recebe a média mensal de 2,4 mil visitantes e trabalha pelo aumento desse público. Pedagoga e pós-graduada em Gestão do Orçamento Público, ingressou no serviço público em 1993. A diretora saiu do município de Crato, Ceará, para estudar em Brasília, em 1970. Agarrou oportunidades e ficou de vez. //Sua excelência, o gerente Há seis anos como superintendente do Shopping ID, Zoroastro Vasconcelos Neto ganhou prêmios e planeja novidades na área gastronômica. Aos 38 anos, Neto é graduado em Publicidade e Propaganda, pós-graduado em Marketing and Business Management e cursa pós-graduação em Shopping Center Management Program. Qual conquista o senhor destaca? Em 2010, fomos laureados com o Top Marketing e Vendas 2010, realizado anualmente pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, com o case Lançamento do Shopping ID. O que é preciso para se destacar como administrador? Estar focado em resultados, além de sempre envolver e motivar a equipe. Também ter um excelente senso de direção administrativa e saber onde investir, quem contratar, que posicio- Como atrair o público para o Shopping ID? O primeiro passo é estar sempre bem alinhado com as tendências da indústria de shopping, no Brasil e no mundo. Temos excelente localização e infraestrutura para atender melhor. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 namento adotar no mercado, como promover a organização e escolher os parceiros ideais. Zoroastro Vasconcelos Neto Superintendente do Shopping ID 53 esporte Fotos: Luana Lleras Três em um //Por Luciene Cruz O Circuito Sesc Triathlon Brasília será em maio e as inscrições começam em 15 de abril. Atletas profissionais e amadores já estão em ritmo intensivo de treinamento para a competição E m busca de novos desafios e de qualidade de vida, atletas brasilienses, profissionais e amadores, encontraram no triatlo a paixão pela prática de um esporte. Se aventurar em três diferentes atividades físicas pode parecer humanamente impossível no primeiro momento, mas os adeptos garantem que unir natação, ciclismo e corrida, de forma sequencial e ininterrupta, é bem prazeroso. O triatlo pode ser considerado um esporte jovem. No Brasil, a primeira prova ocorreu em 1983, no Rio de Janeiro. Desde então, tem evoluído e vem sendo cada vez mais procurado. Pistas planas, largas, aliadas ao Lago Paranoá, tornam Brasília o cenário perfeito para a prática esportiva. 54 Com tantas condições favoráveis, os adeptos da modalidade vão ter mais uma oportunidade de colocar os treinos à prova. Em 19 de maio, ocorrerá a 9ª edição da etapa brasiliense do Circuito Sesc Triathlon. As inscrições podem ser feitas até 16 de maio. Ao todo, serão 550 vagas para atletas amadores e profissionais. As inscrições variam de R$ 20 a R$ 120. Segundo Carlos Augusto Carvalho, coordenador de Esporte e Lazer do Sesc-DF, as condições da cidade favorecem a quantidade de atletas. O número de inscritos aumenta em 15% a cada ano. “Brasília tem muitos atletas, tanto profissionais quanto amadores”, comenta. Os profissionais podem enfrentar com facilidade os 1,5 mil metros revista FECOMÉRCIO | abril 2013 de natação, os 40 quilômetros de bicicleta e os 10 quilômetros de corrida. Para os amadores, existe a opção de se inscrever na versão short da prova, na qual as distâncias são reduzidas pela metade. De qualquer maneira, é preciso o mínimo de preparo físico e afinidade nas três modalidades. Na opinião de João Carlos Almeida, treinador de triatlo da assessoria esportiva Zeromeiaum, a natação pode ser considerada a modalidade mais difícil entre as três exigidas. Essa variedade de modalidades dentro da mesma competição exige dedicação e planejamento por parte dos adeptos do esporte. Os treinos ocorrem durante seis dias da semana. Apenas um dia é livre para descanso. “Descanso também é treino”, destaca Almeida. E como todos os outros dias exigem treinamento, é preciso bastante disposição dos atletas. A preparação pode unir até duas modalidades por dia, que ocupam de duas a três horas. A rotina varia de acordo com a disponibilidade de tempo e a meta de treino. Nos três esportes, a rotina de treinos intercala treinamento de explosão (tiros), em que é exigido o máximo de esforço do atleta em curto período de tempo. Há ainda os treinamentos longos, nos quais não é preciso usar todo o fôlego, mas é exigida resistência física para suportar períodos grandes de esforço. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Cada esporte tem de ser realizado, no mínimo, duas vezes por semana para garantir resistência durante as provas. Além disso, a cada 15 dias, os atletas participam de simulados para verificar e aprimorar o desempenho, além de corrigir técnicas. Para os envolvidos no triatlo, a rotina puxada pode ser definida como “sacrificante e gratificante” ao mesmo tempo. //Alto nível técnico Há oito anos atuando como técnico, Almeida já foi atleta profissional e participou de quatro edições do Circuito Sesc Triathlon Brasília. O empresário Diego Maciel aderiu à modalidade há seis meses e já se sente preparado para competir. 55 Fabiana Braga treina há um ano e meio e vai disputar, neste ano, sua primeria prova esportiva. Conseguiu o primeiro lugar duas vezes na categoria de 30 a 34 anos. “É uma prova de alto nível técnico, que exige muita habilidade na execução do percurso. E, por ser circuito nacional, atrai atletas profissionais de vários lugares, o que torna a prova bastante competitiva”, comenta. Após um ano e meio de preparação, com treinos seis vezes por semana, a administradora Fabiana Braga, de 33 anos, vai encarar sua primeira prova profissional. “É preciso muita disciplina e vontade para treinar com dedicação, mas agora me sinto preparada. Quero completar a prova tranquila.” Em busca da mesma superação pessoal, o empresário Diego Maciel, de 31 anos, também vai participar da etapa brasiliense para avaliar seu desempenho. “É superação mesmo, quando comecei tinha ritmo e resistência diferente. Hoje noto visível melhora no meu desempenho”, comenta. Praticante da modalidade há seis meses, ele garante que está preparado. Com determinação e dedicação ao esporte, o também empresário Claudio Garbi, de 39 anos, eliminou 65 quilos e mudou o estilo de vida. Depois de participar de várias provas de corrida, buscou no triatlo um novo desafio. “Só a corrida não estava dando mais 56 O treinador Gustavo Guedes acredita que o triatlo deixou de ser apenas competitivo para ser instrumento de qualidade de vida. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 prazer, quis diversificar agregando mais modalidades”, explica. O Circuito Sesc Triatlhon vai ser a primeira prova com o “peso novo”. Mantendo o caráter profissional e amador, a etapa brasiliense premia os vencedores de todas as categorias em dinheiro. Ao todo, R$ 37 mil serão pagos aos ganhadores, segundo Carlos Augusto Carvalho, coordenador de Esporte e Lazer do Sesc-DF. O professor da modalidade da assessoria esportiva Evolua Multisportes, Gustavo Guedes, de 31 anos, acredita que o triatlo deixou de ser apenas competitivo para ser praticado por quem busca qualidade de vida. “Tem gente que quer apenas variar a prática esportiva e manter a saúde”, observa. //Investimento Na avaliação dos atletas e técnicos, a diferença do triatlo para os outros esportes é que o triatlo exige um grande investimento financeiro. Como se trata de três modalidades diferentes, a prática se torna cara. Além dos equipamentos, como bicicleta, capacete, tênis, roupas especializadas, também é aconselhável acompanhamento nutricional e esportivo, para garantir o bom desempenho nas provas. //Circuito Sesc Triathlon Inscrições De 15 de abril a 16 de maio, até as 18 horas Taxa de inscrição Comerciário/dependente: R$ 20 Amador/amador olímpico: R$ 60 Revezamento comerciário/ dependente: R$ 40 Revezamento aberto: R$ 80 Elite: R$ 120 @sescdf /sescdistritofederal Equipamentos para o triatlo Quem está disposto a começar a treinar deve investir em alguns equipamentos e acessórios Natação Ciclismo Óculos: compre um modelo confortável e que ao mesmo tempo tenha bom campo de visão. Vale a pena experimentar antes de comprar. Pressione os óculos sobre os olhos (o ideal é que vede sozinho, sem colocar o elástico ao redor da cabeça). Existem modelos que não embaçam. São mais caros, mas valem o investimento. Touca: a touca de natação normalmente é fornecida nas provas com número do atleta e o uso é obrigatório. Roupa: o uso não é obrigatório, mas ajuda em provas de longas distâncias. A roupa ajuda a flutuar. Existem modelos sem manga e de manga comprida. Experimente antes de comprar e teste na piscina antes de fazer uma prova com a roupa. Bicicleta: é o item que mais exige investimento por parte do atleta. Os preços são bem variados. Existem opções de bicicletas para quem está começando e quer saber se realmente vai gostar do esporte antes de um investimento mais alto. As bicicletas de ciclismo de estrada se dividem em duas categorias Speed Road ou TT (Time Trial, Contra Relógio). Bermuda: use modelos bem confortáveis e que tenham um enchimento muito bom no meio das pernas. A peça deve ser impermeável, para também ser usada durante a natação. Sapatilha: o uso da sapatilha garante a pedalada eficiente e redonda, para um movimento mais funcional. A sapatilha será encaixada no pedal, mas deve ser usada somente quando sentir confiança. Óculos: no ciclismo, os óculos garantem a proteção dos olhos contra o vento e a sujeira. O ideal são os modelos com boa ventilação para evitar que embacem facilmente. Capacete: Um dos itens mais importantes do ciclismo. O capacete tem diversos tamanhos. O modelo ideal é o que fica bem preso à cabeça, não pode ser largo. Corrida Tênis: O modelo deve ser confortável e de acordo com a pisada do atleta. Os preços são bem variados. Roupas: Não há troca de roupa na transição, por isso a bermuda de triatlo é feita para as três modalidades. A camiseta também pode ser de triatlo desde a natação até a corrida. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 57 competição Juventude ativa //Por Mariana Fernandes As inscrições para a 35ª edição do JiSesc ficam abertas até 2 de maio. São 14 modalidades esportivas para serem disputadas em duas categorias O s Jogos de Integração Crianças e Adolescentes (JiSesc), edição de 2013, ocorrerão no primeiro semestre do ano, de 11 de maio a 6 de julho. O evento, que hoje é considerado a maior competição da categoria no Distrito Federal, destina-se a estudantes e sócios de clubes ou associações desportivas. Com o projeto, o Sesc-DF pretende estimular a prática de atividades físico-desportivas em crianças e adolescentes e incentivá-las a competir de forma saudável e consciente, contribuindo para a educação integral dos jovens. Os jogos serão disputados nas unidades do Sesc de Taguatinga Sul e Norte e no Centro de Atividades Sesc Ceilândia, nas modalidades basquetebol, caratê, futebol society, futsal, handebol, jiu-jítsu, judô, kung fu, natação, queimada, taekwondo, tênis de mesa, voleibol e xadrez. As disputas serão divididas em duas categorias (masculino e feminino): infantil, para nascidos em 1998 e 1999; e mirim, para nascidos em 2000 e 2001. As equipes classificadas do primeiro ao terceiro lugar serão premiadas com troféus e medalhas. Em 2012, o JiSesc reuniu 2,5 mil atletas de 67 instituições. Nessa edição, o Sesc-DF ficou em Joel Rodrigues 1º lugar, com 88 pontos, seguido do Cid Ceilândia, com 57, e do Colégio Ideal, que ficou em 3º, com 57 pontos. Para participar da edição 2013, as inscrições ficam abertas até 2 de maio e devem ser feitas nas unidades do Sesc-DF. Para isso, o atleta interessado deve pagar a taxa de inscrição e preencher a ficha padrão com a assinatura de um responsável maior de 18 anos. “Cada ano que passa o JiSesc supera nossas expectativas. A procura é muito grande, gerações e gerações passam pelos jogos, inclusive atletas olímpicos. Isso para a gente é um grande incentivo. Quem sabe no futuro não teremos um grande campeão olímpico que saiu daqui do JiSesc?”, diz o coordenador de esporte Carlos Augusto Silva. //35º JiSesc De 11 de maio a 6 de julho As inscrições devem ser feitas nas unidades do Sesc @sescdf Em 2012, o JiSesc reuniu 2,5 mil atletas. As equipes classificadas do primeiro ao terceiro lugar serão premiadas com troféus e medalhas. 58 /sescdistritofederal revista FECOMÉRCIO | abril 2013 //segredos do marketing digital Um desafio enorme que sempre encontramos na criação de um novo site é o que podemos chamar de cegueira do desenvolvedor. O que é isso? Simples, o desenvolvedor sabe exatamente as informações contidas no site que está criando. Ele também sabe todos os seus caminhos e suas funcionalidades. Para ele, todas essas informações são óbvias e estão à vista de todos. Mas será que o usuário final do site achará a mesma coisa? Como uma agência que desenvolve sites para grandes empresas, temos que nos preocupar com essa questão desde o início do projeto. O que é claro para nós também deverá estar claro para quem é leigo. Para nos assegurarmos disso, buscamos desde cedo o retorno do cliente final. Esse feedback pode ser conseguido tanto de forma passiva quanto ativa. A forma passiva seria por meio do contato do cliente por algum canal específico da empresa – e-mail, SAC, 0800, caixa de reclamações. Com certeza a análise desses canais vai levantar pontos interessantes para o seu projeto. Contudo, a maior força de nossa estratégia se encontra na forma ativa. Procure sempre fazer perguntas aos usuários: O que você procura em determinado site? O que você achou da experiência de navegação? Por que você desistiu da compra? Quais informações você considera imprescindíveis? Você recomendaria revista FECOMÉRCIO | abril 2013 este site para um amigo? Além desses questionamentos,você também deve pedir que usuários realizem determinada ação: tente reservar um quarto; compre um sapato preto tamanho 37; descubra o endereço da filial da empresa em Piracicaba. Observar o usuário realizar tais tarefas pode revelar perfeitamente os pontos do site em que existem gargalos e o que deve ser modificado. Perceba que esse é um processo contínuo. Mesmo que o site ainda não exista, você pode conversar com futuros usuários em potencial e perguntar o que esperam dele. Enquanto o site é desenvolvido, realize testes de usabilidade, pedindo que usuários façam tarefas específicas, que vão apontar problemas. E mesmo depois que for lançado, pergunte aos usuários o que eles acharam de determinada funcionalidade, como foi a experiência geral e até a nota que eles dão para o site. Lembre-se: você pode achar que sua página tem todas as informações e que ela é fácil de ser entendida. Tenha cuidado para não cair nas armadilhas da cegueira de desenvolvedor! Quase todos os websites têm algum problema de usabilidade e isso afeta o retorno que ele dá para a empresa. Busque mais interação com o usuário de seu site (ou futuro site), ouça o que ele tem a dizer e veja seu negócio melhorar continuamente. Boas vendas! Giovanna Leal A importância do feedback Jens Schriver Sócio da ClickLab Maximo Migliari Sócio da ClickLab //Envie perguntas para [email protected] ou facebook.com/agencia.clicklab 20% percentual gasto com propagandas em celulares no Facebook Fonte: http://techcrunch.com/2013/01/07/ facebook-mobile-ad-spend/ 2 vezes média de aumento de vendas após testes de usabilidade Fonte: http://www.nngroup.com/articles/returnon-investment-for-usability/ 59 //pesquisa conjuntural Nem tudo é festa Desempenho do comércio brasiliense registra queda em fevereiro Comércio Serviços Desempenho de vendas Setor Segmento Set12 x Out12 x Nov12 x Dez12 x Jan13 x Fev13 x Ago12 Set12 Out12 Nov12 Dez12 Jan13 Autopeças e Acessórios -2,14% 0,40% 3,81% -0,68% -1,10% -10,27% Bares, Restaurantes e Lanchonetes 2,00% -0,02% 9,17% 1,22% -1,96% 1,08% Calçados 4,32% -9,69% 9,06% 26,13% -19,21% -0,69% Farmácia e Perfumaria 3,27% -1,82% -3,51% 5,70% -9,23% -2,39% Floricultura -2,85% 14,93% -13,75% 33,30% -18,39% -11,50% Informática 1,09% 1,77% 0,38% 13,70% -1,87% 2,48% Livraria e Papelaria -0,95% 1,50% 0,86% 3,11% 33,45% 42,70% Lojas de utilidades domésticas 3,29% 9,89% 2,85% 17,26% -19,79% -4,80% Material de construção -6,72% -0,14% -0,03% 1,73% -9,25% -2,11% Mercado e Mercearia 3,20% -1,82% 2,49% 2,66% -8,56% -0,48% Móveis e Decoração -6,15% 20,57% 16,21% -13,77% 0,39% 10,52% Óticas -3,97% 16,04% 4,28% -4,05% 12,33% -1,48% Tecidos -2,84% 1,05% 10,45% -0,57% -13,55% -5,11% Vestuário 0,07% 0,02% 0,24% 29,34% -13,42% -14,32% Total 0,81% 0,30% 3,73% 6,39% -6,68% -1,10% Agências de viagem 12,22% 1,38% 13,19% 8,83% -5,93% -19,10% Autoescola 4,74% 19,11% -9,01% 1,59% 27,21% -36,94% Pet shop 0,10% 0,26% -0,10% 1,31% -17,36% -15,48% Salão de beleza -6,56% -7,39% 13,08% 11,27% -20,51% -0,43% Total 3,23% 0,14% 9,61% 8,34% -8,50% -16,29% 1,05% 0,28% 4,35% 6,61% -6,88% -2,48% Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. 60 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Comércio Região Fev13 x Jan13 Brasília, Lago Sul e Lago Norte 0,15% Cruzeiro, Setor de Indústria e Sudoeste -1,15% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -2,32% Ceilândia e Taguatinga 4,58% Paranoá, Sobradinho, Planaltina e São Sebastião -6,97% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -8,31% Total Serviços Desempenho de vendas Setor -1,10% Brasília, Lago Sul e Lago Norte -20,05% Cruzeiro, Setor de Indústria e Sudoeste -12,42% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante Ceilândia e Taguatinga 0,35% -23,25% Paranoá, Sobradinho, Planaltina e São Sebastião 0,64% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 57,64% Total -16,29% Total -2,48% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. A s vendas do comércio brasiliense registraram queda de 1,10% em fevereiro na comparação com janeiro, e as vendas do setor de serviços tiveram declínio de 16,29%. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio. Segundo os especialistas, esse resultado já era esperado devido ao efeito sazonal. “Fevereiro é o mês mais curto do ano. Além disso, o recesso do carnaval resultou em queda no faturamento de algumas empresas”, explica o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. As quedas mais significativas nas vendas do comércio em fevereiro, na comparação com janeiro, revista FECOMÉRCIO | abril 2013 foram observadas nos segmentos de Vestuário (-14,32%); Floricultura (-11,50%); Autopeças e Acessórios (-10,27%); e Tecidos (-5,11%). Apresentaram aumento nas vendas os segmentos de Livraria e Papelaria (42,70%); Móveis e Decorações (10,52%); Informática (2,48%); e Bares, Restaurantes e Lanchonetes (1,08%). No setor de serviços, todos os segmentos pesquisados apresentaram queda em fevereiro na comparação com o mês anterior: Autoescola (-36,94%), Pet shop (-15,48%), Agências de viagem (-19,10%), Salão de beleza (-0,43%). É necessário ressaltar, contudo, que o Instituto Fecomércio pesquisa apenas esses quatro segmentos de serviços. Quanto ao pessoal empregado, o comércio apresentou retração de 1,62% no contingente em comparação com janeiro. O setor de serviços também apresentou queda de 5,70% no número de postos de trabalho. Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito se destacou em ambos os setores. No comércio, a modalidade respondeu por 43,24% das vendas. No setor de serviços, o cartão de crédito foi responsável por 50,60% das compras. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do Sebrae. Foram consultadas 629 empresas, sendo 535 do comércio e 94 de serviços. A coleta de dados foi feita do dia 5 ao dia 10 de março. 61 Comércio Nível de emprego Setor Segmento Fev13 x Jan13 Autopeças e Acessórios 2,26% 4,41% -4,93% 3,70% -1,34% 0,00% Bares, Restaurantes e Lanchonetes 0,24% 1,32% -3,89% -0,12% 0,70% 0,72% Calçados 9,57% 7,77% 6,31% -2,54% -6,19% -8,57% Farmácia e Perfumaria 5,00% -0,88% -0,88% 0,89% -1,30% 2,47% Floricultura 0,00% 6,67% 6,25% 0,00% 17,65% 7,14% Informática 3,08% -4,48% -1,56% 1,59% -8,82% 0,00% Livraria e Papelaria 4,62% -1,47% -9,09% 8,62% 1,59% -5,36% Lojas de utilidades domésticas 15,00% -8,16% 0,00% 4,44% -4,26% -6,52% Material de construção 0,80% -7,94% 1,72% 1,69% 3,76% -3,85% Mercado e Mercearia 1,79% 0,00% -0,29% -1,47% 0,00% -8,52% Móveis e Decoração 1,79% -3,03% 4,69% -1,49% -7,58% 21,62% Óticas 9,09% -8,33% 4,55% -8,70% 14,29% -3,57% Tecidos 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 9,52% Vestuário -2,10% -0,44% 4,87% -1,27% -2,61% -2,59% Total 1,81% 0,04% -1,08% 0,09% 5,56% -2,63% 0,00% 0,00% 6,67% -7,94% Autoescola -10,71% 8,00% -3,70% 1,92% 11,32% -3,95% Pet shop -2,44% 4,76% 0,00% -4,55% -7,50% 10,34% Salão de beleza 2,91% 0,00% -2,83% 0,00% 6,19% -10,53% 0,00% 1,46% -1,80% -0,37% 5,28% -5,70% 1,62% 0,19% -1,16% 0,04% 0,04% -2,02% Agências de viagem Serviços Set12 x Out12 x Nov12 Dez12 x Jan13 x Ago12 Set12 x Out12 Nov12 Dez12 Total Total -0,54% -1,62% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. 62 revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Comércio Fev13 x Jan13 Região Brasília, Lago Sul e Lago Norte 1,01% Cruzeiro, Setor de Indústria e Sudoeste -5,76% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -5,88% Ceilândia e Taguatinga -5,23% Paranoá, Sobradinho, Planaltina e São Sebastião 5,17% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -4,24% Total Serviços Nível de emprego Setor -1,62% Brasília, Lago Sul e Lago Norte -1,95% Cruzeiro, Setor de Indústria e Sudoeste -10,81% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 0,00% Ceilândia e Taguatinga -22,22% Paranoá, Sobradinho, Planaltina e São Sebastião 0,00% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 0,00% Total -5,70% Total -2,02% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Setor À vista Cheque set/12 30,02% 3,02% Cartão de Crédito Débito A prazo Boleto 42,08% 18,71% 4,03% 2,15% Formas de pagamento Comércio out/12 29,63% 2,75% 42,98% 18,04% 4,34% 2,26% nov/12 29,75% 2,94% 42,09% 18,14% 4,91% 2,17% dez/12 30,23% 2,89% 41,60% 17,90% 5,38% 2,01% jan/13 29,94% 3,19% 41,49% 18,24% 5,28% 1,86% fev/13 29,17% 1,34% 43,24% 18,38% 3,99% 3,88% set/12 21,90% 3,55% 55,81% 12,65% 5,47% 0,63% Serviços out/12 25,94% 7,13% 50,41% 11,54% 4,31% 0,67% nov/12 23,41% 6,72% 51,57% 13,69% 4,00% 0,61% dez/12 27,92% 2,60% 47,76% 17,07% 4,17% 0,49% jan/13 20,64% 5,47% 48,54% 15,33% 9,32% 0,70% fev/13 21,04% 4,10% 50,60% 14,64% 2,80% 6,83% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 63 mercado de trabalho Joel Rodrigues Aprovados em concurso público //Por Sílvia Melo Qualificação oferecida pelo Senac-DF leva alunos a boa classificação em seleções do Estado O itenta alunos do Senac-DF foram aprovados no último concurso para a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal para os cargos de técnico em enfermagem e técnico de laboratório na especialidade de hematologia e hemoterapia. As provas foram em dezembro de 2012 e início de 2013. Alguns dos aprovados já estão nomeados e trabalhando em hospitais públicos do DF. A quantidade significativa de alunos aprovados demonstra a capacidade da instituição de suprir as demandas do mercado de trabalho com profissionais bem capacitados. De acordo com Eva Maria Alves de Souza Lima, supervisora pedagógica do Senac 903 Sul, os alunos são bem preparados pois têm noções não apenas das competências trabalhadas em sala de aula, mas da prática por meio de visitas técnicas e atendimento ao público externo. “Além disso, o Senac conta com professores capacitados que trabalham na área”, destaca. Dos cursos técnicos em hemoterapia e em análises clínicas, foram aprovados 49 alunos, enquanto do curso técnico em enfermagem, 64 foram 41 aprovados. Os de enfermagem passaram por duas etapas no concurso, com provas teóricas e práticas. Para Eva Lima, o sucesso na aprovação deve-se à preocupação que o Senac tem com a formação do profissional, que necessita de qualificação adequada. Aprovada em primeiro lugar no concurso para técnico em hemoterapia, Ângela Marina Lopes da Silva, de 32 anos, aguarda para assumir o cargo em junho. Ela fez a prova com tranquilidade, pois sabia que estava preparada. Em 2009 foi aprovada em outro concurso da Secretaria de Saúde, para o cargo de técnico em análises clínicas, e atualmente trabalha no hospital do Gama. Ela pretende ficar com os dois empregos públicos. //Cursos O Senac-DF oferece diversos cursos na área de saúde. Além dos técnicos, que duram mais de um ano, a instituição tem cursos de formação inicial e continuada, como recepção em serviços de saúde, e cursos de especialização, para quem já tem a formação de técnico, como especialização técnica em enfermagem do Ângela Marina Lopes da Silva será empossada em junho. trabalho e especialização técnica em instrumentação cirúrgica. Na programação de abril, de maio e de junho, está disponível o curso recepção em serviços de saúde, com carga horária de 60 horas. As aulas ocorrerão nas unidades de Ceilândia (de 20 a 11 de maio, das 14h às 18h) e do Gama (de 6 a 24 de maio, das 8h às 12h). O curso técnico em enfermagem tem carga horária de 1,8 mil horas e é oferecido na unidade da 903 Sul. A próxima turma iniciará as aulas em 6 de maio, das 13h50 às 18h. Para participar, é preciso ter 18 anos e ensino médio completo. O investimento é de 30 parcelas de R$ 330. Também oferecido pelo Senac 903 Sul, o curso técnico em hemoterapia tem carga horária de 1.445 horas e está previsto para iniciar em 13 de maio, das 7h50 às 12h. O investimento é de 18 parcelas de R$ 300. @senacdf /senacdistritofederal revista FECOMÉRCIO | abril 2013 cultura Tenda do Conhecimento //Por Andrea Ventura Projeto lançado em 2006 ganha força e pretende levar ao público instalações, mostras e exposições B Joel Rodrigues uscando aproximar a população da arte, o Sesc-DF traz o projeto Tenda do Conhecimento. Lançado pela primeira vez em 2006 com a exposição A Evolução da Escrita, o projeto apresenta, por meio de instalações, material de acervo próprio do Sesc-DF que abrange a arte e a informação em cunho educativo. Neste ano, o projeto ganha mais força. “A Tenda do Conhecimento difere de outras exposições pelo cunho educativo e pelo acervo que pertence ao Sesc-DF”, explica Juliana Valadares, coordenadora de Cultura do Sesc-DF. As mostras podem ser montadas em qualquer local, seja Em 8 de março foi inaugurada a exposição com obras de museus nas unidades do Sesc, seja em espaços franceses. Alunos do EduSesc foram os primeiros visitantes. comunitários. Atualmente, o Sesc está com a instalação Obras Pripectativa do Sesc é alcançar o maior número de visitantes mas dos Museus da França – Reproduções, no Sesc Estapossível”, diz Juliana. O material das impressões das obras ção 504 Sul. Estudantes do segundo e terceiro ano da Edué especial e pode ser exposto em áreas externas. Sesc estiveram na abertura da exposição, em 8 de março, Entre as próximas exposições do projeto estão fotos e apreciaram as obras antes vistas somente por meio dos 10 anos do SescFestclown – Festival Internacional de de livros de história. A aluna do 3º ano Fernanda Martins Palhaços e Fazendas Paulistas, com fotos de propriedades de Souza, de 18 anos, vivenciou o que costuma estudar que compõem o ciclo do café em São Paulo. nos livros. “Aqui pude ver detalhes, a história das obras e dos autores. Acho importante porque assim aprendemos mais”, contou. A obra de que mais gostou foi o Retrato de uma Nobre Saxã, de Lucas Cranach. //Obras dos Museus da França – Reproduções A instalação é composta por 68 telas com reproduções Até 6 de maio fotográficas feitas em Paris. Especialistas dos museus Sesc Estação 504 Sul participantes se certificaram sobre a manutenção das Das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira cores e luminosidade de cada objeto.Todas as obras exEntrada gratuita postas estão acompanhadas por biografia dos autores. A instalação permanece na unidade até 6 de maio e já passou pelo Centro de Atividades Sesc Ceilândia. A ideia é @sescdf que percorra outras unidades e espaços da cidade.“A ex/sescdistritofederal revista FECOMÉRCIO | abril 2013 65 pesquisa relâmpago Fotos: Luana Lleras Ademar Júnior Empresário Padre Emerson Cabral Arquidiocese de Brasília Kátia Derilene Macedo Comerciária Leomar Silva Santos Empresário Marina Figueiredo Jornalista 66Untitled-4 1 Legado das competições mundiais Violência nos estádios Fantasma da inflação REGULAR O trabalho que ele vai ter não é brincadeira. Aprovei por ser um jesuíta, mas ainda acho que está muito velho para assumir tanta responsabilidade. RUIM A solução é aumentar a vigilância e proibir a entrada de torcidas organizadas. Mas é preciso ter vontade para colocar tudo em prática. RUIM Assusta demais essa possibilidade. O governo maquia a realidade e acredito que a situação pode estar pior do que a que é divulgada. RUIM Vão sobrar pesos imensos. Os estádios ficarão obsoletos. Se não for em São Paulo ou no Rio de Janeiro, não tem como reunir 60 mil pessoas em um estádio. BOM Que continue respondendo aos desafios do nosso tempo e que nos motive a buscar caminhos para uma evangelização mais eficaz. RUIM Certamente, uma conscientização a respeito do esporte, que deve ser visto como diversão e não como competição custe o que custar. REGULAR Os governos devem procurar medidas que impeçam esse aumento, mas o nosso povo sabe conviver com a inflação renunciando aos excessos. BOM Além de promover o turismo em nossa cidade, é uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre nossa história. REGULAR Para os católicos, é uma oportunidade de promover uma reforma moral, ética. É preciso haver uma mudança de postura da igreja para agregar os fiéis. RUIM É um problema terrível e a única solução que visualizo é proibir que as torcidas assistam aos jogos juntas. Infelizmente. BOM É só especulação. O governo federal tem sido fantástico. Sou da geração da remarcação de preços e não acredito que essa situação volte a fazer parte do nosso dia a dia. RUIM Vai trazer tumulto. Brasília não comporta muita gente. Os benefícios que esses eventos trazem não compensam porque são temporários. BOM Como católico, acredito que precisamos de mais rigidez e de alguém com voz ativa. Os fiéis estão se dispersando e o papa precisa conquistá-los de volta. RUIM É preciso mais rigor na revista dos torcedores na entrada dos estádios. É uma guerra. Por isso prefiro assistir aos jogos em casa, com traquilidade. BOM A nossa economia nunca esteve tão bem. REGULAR Se a gente ganhar algo com isso, será em transporte, acredito. Precisamos ter esperança de que a cidade vai melhorar em alguma coisa. BOM O catolicismo está enfraquecido. Com um novo papa, pode ser que haja renovação e os católicos voltem a se reunir. RUIM É uma situação complicada porque alguns torcedores levam tudo a ferro e fogo. O governo precisa fazer campanhas para incentivar a paz, além de garantir o policiamento. RUIM É impressionante como tem assustado. Na teoria dizem que não existe, mas os preços aumentam a cada dia. O preço do tomate está um absurdo! REGULAR A cidade vai ficar mais conhecida, mas, na prática, para a população pouca coisa muda. Teremos um estádio novo, que não muda em nada a minha vida. Papa Francisco revista FECOMÉRCIO18/11/10 | abril 11:29 2013 Para sua empresa ir mais longe, a gente tá aqui do lado. Agora o Sebrae tem mais um endereço: 515 Norte. Mais um Ponto de Atendimento para sua empresa, com cursos e orientações empresariais. Aproveite que é pertinho e venha fazer uma visita. revista FECOMÉRCIO | abril 2013 Como vai? Somos o Sebrae. Especialistas em pequenos negócios. 0800 570 0800 | www.df.sebrae.com.br 0800 570 0800 | www.df.sebrae.com.br 67 Família, vizinhos, agente de saúde e você: a parceria perfeita para vencer a dengue. O número de casos de dengue vem aumentando em diversos estados do Brasil. Mais do que nunca, precisamos da sua participação para vencer essa doença que pode matar. Não deixe nada que possa acumular água exposto ao tempo. Mantenha sacos de lixo fechados; caixas d’água tampadas; calhas limpas e vasinhos de plantas com areia. Mobilize seus amigos e vizinhos. E, em caso de febre, dor de cabeça, no corpo e nas juntas e manchas vermelhas pelo corpo, beba muito líquido e procure uma unidade de saúde. 68 Melhorar sua vida, nosso compromisso. revista FECOMÉRCIO | abril 2013