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ESCRITO POR ALEXSANDRO BARBOSA COSTA
PUBLICAÇÃO APENAS EM FORMATO WEB BOOK
NÃO PODE SER COMERCIALIZADO
SOBRE O AUTOR
ALEXSANDRO BARBOSA COSTA
Amante dos filmes de ficção, aventura, comédias românticas e RPG, este é
o membro fundador do Portal Geo Brasil e espinha dorsal do Núcleo de Pesquisa
Informal Zykonn. Alexsandro foi professor de softwares horizontais nível básico,
professor das disciplinas de Aplicativos, Introdução à Informática e Web Design do
curso Técnico em Informática na Objetus Escola de Educação onde também foi
responsável pelo site da escola. Além disto, desempenha a função de Professor Tutor
Online do EJA EAD e assessoria de marketing do Centro de Ensino Viamão.
Atuando diretamente na área de informática, definiu como uma de suas
metas a confecção de um site coeso e sério onde pudesse expor trabalhos e materiais
que auxiliassem seus alunos e amigos na busca pelo conhecimento. Envolvido com
informática desde 1994 e atuando como professor há mais de doze anos, percebeu ao
longo do tempo a dificuldade na veracidade e na obtenção das informações quando
um usuário a busca na complicada malha do ciberespaço.
Alexsandro é formado em Licenciatura plena em Geografia na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul e através do conhecimento absorvido principalmente na
área humana, trouxe mais "humanidade" para a informática, área onde durante anos
presenciou um tipo de relação um tanto mecânica entre desenvolvedor, tecnologia e
usuário final. Este diferencial obtido no cruzamento das duas áreas (Geografia e
Informática) possibilitou um foco novo: o ciberespaço e a sua cibercultura. Se
aproveitando deste olhar multidisciplinar, desenvolve estudos não oficiais da interação
Internet -> Geografia, estudo este, que acabou por se tornar o gatilho iniciador do
Portal Geo Brasil.
O QUE É YEROZYNDENN: THE DREAMER?
A VERDADE POR TRÁS DA CAPA
Yerozyndenn é o nome de um pequeno livreto no formato web book que
conta a verdadeira história por trás da série de RPG de mesa Cybers. Este texto tem
como objetivo explicar os buracos deixados na história da série durante todos os
episódios da campanha. Neste web book os jogadores de Cybers irão saber como a
guerra começou, como e quem foi responsável por ela, qual a verdadeira origem dos
humanos, quem é Markson, como a terra sobreviveu a primeira onda de extinção,
quem são os Solaryanos, quem são os JEDHOs, como surgiram as armaduras e de onde
a tecnologia delas floresceu, quem são os Auryanos e qual a sua participação na
viagem dos Ergos, o que existe na lua, quem é na verdade David, como as cúpulas de
proteção funcionam e muitas outras respostas. Yerozyndenn: The Dreamer é leitura
obrigatória para todos aqueles que jogaram Cybers e ainda jogam o episódio final.
O QUE É CYBERS?
CONHECENDO A SÉRIE DE RPG
Cybers é uma série de RPG de mesa baseada em tokusatsus, animes e jogos
de videogame que conta a história de um povo sofrido que teve seu planeta destruído
por si mesmo e que se lança ao espaço desconhecido em busca de um novo lar e da
vida eterna. Durante a jornada descobre mais sobre si mesmo e que uma segunda
chance não deve ser desperdiçada. Ao encontrar um planeta compatível com seu
habitat original se instala e o protege com unhas e dentes de seus inimigos antigos que
também desejam para si os recursos existentes na terra prometida. Cybers é uma
campanha futurista, heroica de ficção científica permeada por grandes doses de
filosofia e romance.
A SÉRIE CYBERS
OS CAPÍTULOS
CYBERS - EP 01 [ COMPLETO]
A terra prometida já conquistada pelos humanos é visitada em escala
global pelos rhyanders confinados na perdida Olympus. Mesmo sabendo que humanos
e rhyanders são descendentes do mesmo planeta, Charles Erickson O`Connor
(Comandante Connors) libera um ataque em massa e declara os visitantes invasores.
Uma guerra com proporções catastróficas inicia e para alertar o erro, a Trina tenta
estabelecer uma trégua e explicar a situação.
CYBERS: EVOLUTION - EP 02 [ COMPLETO ]
Após sofrerem um ataque de Solarys, o sistema de navegação e o sistema
de comunicação da Olympus são destruídos. A colônia passa a vagar sem rumo pelo
universo. Internamente uma grande disputa pelo governo inicia, a população se divide
em facções e uma guerra tecnológica revela à nova geração que seu planeta é na
verdade uma nave que voa desgovernada pelo cosmos. Quando a situação caótica se
estabiliza a Olympus entra em órbita de um planeta que fala a língua rhyander. O
projeto Ergos fracassou, mas, a população conseguiu se perpetuar se adaptando ao
sistema de vida artificial. Os humanos são minoria e a supremacia kriander faz com
que a Olympus seja vista como uma nave de invasão e não uma exploradora repleta de
seres desesperados.
CYBERS: RISE OF THE CYBERTECH - EP 03 [ INCOMPLETO ]
Quando a nave de fuga humana Zeus parte da terra prometida para o
universo em busca de abrigo para as novas gerações, os humanos se deparam com
Solarys que também deseja recursos do planeta vivo. Enquanto isso na TERRA os
humanos lutam contra um ataque JEDHO e contra a facção revolucionária Cybertech. A
Cybertech desejava clonar os humanos originais para separarem suas qualidades e
inseri-las nos Gelicons Durancybers. A princesa Revhenna Dinn escoltada por seu
marido Dante e com a ajuda do Dr. Morisatto tentam enviar um sinal de ajuda para
Neo Dzholl. Revhenna tem em seus genes habilidades híbridas, tendo qualidades
Rhyander, Humanas, Krianders e Seltars. Uma caçada sem limites pela princesa faz
com que a Cybertech cresça e desenvolva artefatos tecnológicos nunca antes vistos
pelos seres da Terra. Em apoio a princesa, levanta-se do horizonte em guerra a
Destrutech, que tem como objetivo destruir a Cybertech e tirar Revhenna Dinn do
planeta.
CYBERS: COUNTDOWN TO EXTINCTION - PROJETO SECUNDÁRIO [ INCOMPLETO ]
Em meio aos combates violentos da Cybertech contra a Destrutech um
projeto de pacificação nasce: o projeto Time Cross. O propósito do projeto era usar
toda a tecnologia restante na Terra para construir a Time Cross e impedir que os
JEDHOs ganhassem a guerra e levassem um milhão de escravos para pesquisa, além de
toneladas de recursos naturais, fauna e flora. A Biotech nasce no subsolo profundo de
Geo City 04 e utiliza condenados de guerra com aptidões fantásticas de combate como
cobaias das novas Cybers. Tudo parecia andar bem, até que a Time Cross é roubada e
eventos começam a ser modificados por alguém. Em um amanhecer a guerra tinha
acabado e com ela a humanidade também.
CYBERS: RED APOCALYPSE - EP 04 (FINAL) [ ANDAMENTO ]
O tempo passou e a Terra evolui se esquecendo de sua verdadeira origem.
Uma guerra sem limites destruiu o sonho da Terra Prometida, levando todos os seres
para dentro de prisões de vidro. Controlados por governantes que escondem segredos
na lua, a população fica paranoica e o desejo de liberdade se depara com um ambiente
hostil e letal. Uma guerra política e filosófica se espalha lentamente pelas cúpulas. O
novo apocalipse da rede mundial já está programado e uma possível invasão ou golpe
de estado irá acontecer. Quem é a Discovery? Qual o seu poder sobre a União
Internacional? Qual o destino da Terra?
YEROZYNDENN: THE DREAMERS
EBOOK OFICIAL DA SAGA CYBERS RPG
O SONHO DE SHARONN MOUNDAR
Um dia eu tive um sonho.
Um infinito martírio.
Sonhei que caminhava em um campo
perfumado.
Uma guerra infinita que apagou nosso
sol.
Que o vento acariciava minha face.
Uma guerra que roubou nosso ouro.
Então corri descalço.
Uma guerra que acabou queimando
nosso campo.
Corri o mais rápido que pude.
Corri com meus amigos até o grande
lago espelhado.
O lago que refletia o amarelo ouro do
nosso sol.
Juntos, saltamos e caímos rumo ao
infinito.
Uma guerra que secou nosso lago.
Uma prisão invisível que nos tirou o
direito de viver.
Um dia eu sonhei que podia sonhar.
Então acordei.
O INÍCIO REAL DE CYBERS
UM MUNDO GERA TRÊS MUNDOS
Sou um Rhyander, meu nome é Sharonn Moundar, mais um habitante de
Dzholl. Dzholl é um planeta do sistema Doraynn que por sua vez pertence a galáxia
Sess. Dzholl significa gigante, mas, o verbete não pode ser usado como uma palavra
comum do cotidiano significando gigante. Para fins comuns do dialeto usa-se Hashraf
como gigante, e assim, será usada para sempre dentro do Ruranderer (dialeto
principal). Além do Ruranderer existe o antigo Ryakerer, uma linguagem complexa e
praticamente extinta da atual sociedade. O sistema Doraynn possui setenta e cinco
planetas, mas, apenas sete deles possuem vida e apenas quatro possuem vida
inteligente ao ponto de evoluir tecnologicamente permitindo que viagem para fora de
seu planeta e se comuniquem, além de, serem capazes de construir uma sociedade
organizada. Doraynn em ruranderer significa lar e Sess abraço, nomes estes, não
utilizados pelos povos inteligentes de Auryus, Dansko e Syll. Durante centenas de
milênios nunca se preocupou com o tamanho da extensão da vida em si, pois, o ciclo
da vida chamado pelos antigos de Myraider sempre trazia de volta o seu espírito para
continuar sua obra. Porém, as novas gerações descobriram que tudo não passava de
mito, um conto antigo que foi herdado geração após geração.
Os mais novos continuavam as obras dos seus pais, avós e todos os
antepassados guiando-se por instruções específicas, estas, que garantiriam a
continuação dos projetos iniciados em algum lugar das eras ultrapassadas. Os projetos
eram terminados pelos mais jovens porque seguiam as normas, as regras deixadas e
não porque eram reencarnações dos seus antepassados. Esta ruptura brusca na crença
dos Crethos (Representantes do Templo de Transferência) e sua eventual expulsão
social por calúnia desestruturou a sociedade Rhyander. Sem a filosofia Arkenther
(espírito) a sociedade passou a ter medo da morte, os Rhyanders começaram a tentar
finalizar seus propósitos dentro da sua curta vida de 200 anos passando cada vez mais
a buscar uma forma de aumentar a expectativa de vida real. Uma espécie de praga
contaminou todos, transformando pacíficos cidadãos em criaturas agressivas que
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buscavam imortalidade a qualquer preço. A sociedade se desmembrou criando grupos
distintos com suas leis e novas crenças, porém, todos tinham o mesmo sonho: ser
imortal ou pelo menos viver mais do que se podia até agora. Os grupos começaram a
se desentender e pequenos conflitos se iniciaram. Os conflitos tomaram proporções
não imaginadas e viraram guerras. As guerras afetaram o planeta até que todas elas se
tornaram uma grande e potente guerra chamada Yserus.
Yserus acabou com bilhões de vidas, destruiu os campos, as florestas,
secou os mares, queimou o ar e trancou a todos em uma prisão eterna: o próprio
planeta. Máquinas leais à vida e a saúde do povo rhyander foram transformadas em
armas. A cada batalha entre os grupos tudo ao redor deixava de existir. Com a morte
do planeta esperava-se que a guerra acabasse, mas não foi o que aconteceu.
Os Crethos, os Cribres, os Orácykers, os Docras e os Galiphs, se uniram
formando os JEDHOS. Guiados por uma bíblia chamada Xhayma e seguindo os
princípios das sete faces do ser divino este grupo acreditou que o Multi-Iodáxido de
Hiper Cloridal (nosso ar) pudesse ser usado como combustível para gerar um campo
asfixiante contra o grupo rival, assim, os JEDHOS criaram a bomba Ghasinn de
extinção.
Contra JEDHO (JE = JENSY HARMOR = defesa e justiça, D = DERYANNE =
sabedoria e HO = HORDENJY = ordem), os Solarys, grupo formado pela união dos
Hagnnas, Phamnerons e Falls, criaram o conversor de ar da morte chamado de
Zarander. Quando os grupos lutaram e usaram suas armas letais o mundo que até
então tinha sido um lar para Rhyanders, Krianders e Seltars (raças nativas) se
transformou em um asteroide semivivo. A película bioquímica de proteção foi
destruída, Mitra e Feldhus, os sóis gêmeos, incineraram parte da vida do planeta e o
que restou ficou com sequelas tão graves que não lembravam uma população
desenvolvida.
Cerca de 80% do planeta foi consumido pela grande batalha de Zakayus e
pelos raios nocivos e dilacerantes do Ouro (nome dado aos sóis). Partes do planeta
ficaram sem ar, outras, com uma nova composição química que sufocava qualquer ser
vivo que por ela tentasse passar. O continente Seltar (porção oeste do planeta) foi
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dividido ao meio e seu resíduo oeste teve 100% da vida extinta. As Ghartys (grandes
comunidades) de Greetos, Cydhan, Aghaist, Spolaen e Halashulldrer desapareceram.
As Ghartys de Selthar, Oolosos, Titos, Verdyha e Ghardann, apesar de serem atingidas
pelos raios do Ouro e sofrer estragos pelas armas letais dos grupos em guerra,
registraram uma boa porcentagem de sobreviventes. Relatos de sobreviventes contam
que os JEDHOS que sobreviveram sofreram mutação ao longo dos anos e acabaram
por ter sua anatomia modificada. Os JEDHOs passaram a ter uma forma
completamente hedionda. Na sua maioria formado pelos Crethos, os JEDHOS foram
liderados pelo Senhor Cretho, na verdade, um Rhyander afetado pela sua própria
guerra, um nativo chamado Rickson Houg. Para sobreviverem tiveram que acoplar a
seus corpos máquinas de conversão de resíduos Anacrohinters (limpeza de impurezas)
por um tempo indeterminado. Acreditavam que após algum tempo, não precisariam
mais dos acessórios. Os Anacrohinters ao invés de ajudar os JEDHOS apenas os
condenaram. As máquinas assumiram o controle de seus corpos e evoluíram se
transformando no que eles chamam de Gelicons. Os JEDHOS se tornaram belicosos,
destrutivos, caçadores impiedosos de Rhyanders normais.
Assim, passaram a caçar Rhyanders para trabalharem para eles no subsolo
e nas bases de pesquisa. Os JEDHOs buscavam a cura, mas se tornaram arrogantes.
Apesar de sua condição, se achavam superiores. A crença na sua superioridade
despertou algo curioso nesta nova raça. Eles acreditavam em algo chamado Faces da
Vida, uma crença tão forte que realmente os tornou especiais. Eles tinham certas
habilidades que nunca foram vistas antes. Além de serem caçadores e possuírem
habilidades geradas por suas modificações, as criaturas cresciam a cada geração. Já
havia sido registrado JEDHOs de quatro metros de altura. A cada nova prole, as novas
criaturas alcançavam maior estatura.
Espremidos no meio do seco oceano de Mimos e na periferia de Ringh
Bheib, uma Ghartys muito afetada e que apenas habitantes crianças sobreviveram na
sua maioria (antes chamada de Ringh Marys), estão os Rhyanders, Krianders e Seltars
normais que sobreviveram ao caos. Na porção leste do planeta estão os sobreviventes
de Solarys ocupando as Ghartys de Ryczony, Aczony, Bhelvys, Mythoss, Vonn, Krostery
e Arasth. Os Solaryanos saiam pelo seco oceano Vhesther e pelo quase morto oceano
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Dolaryus para cercarem e caçarem os JEDHOS. Caçando os JEDHOs e arrancando seus
Gelicons, os Solarys transformaram parte do planeta em um emaranhado de rochas
modificadas. O continente Bhells (porção leste do planeta) se desprendeu da sua fina
ligação com Seltar. Seltar se tornou um complexo grupo de túneis "vivos" que vieram a
se unir em uma massa de rocha robótica autômata. Os Gelicons inseridos na rocha
continental tornaram-se apenas um e muito massivo corpo. Após séculos de trabalhos,
o Grande Gelicon (formado por cerca de oitenta milhões de pequenos Gelicons) cuja
função era a de sugar impurezas do planeta se alimentando das mesmas, produziu
uma energia violenta rachando o planeta ao meio. A fissura era incrivelmente pequena
no início, mas foi sendo percebida quando a física dos movimentos do planeta
começou a mudar. A fissura cresceu e o planeta havia se tornado gomos. Vendo o
poder do Gelicon, os Solarys começaram a intensificar as caçadas. Os JEDHOS
entraram em colapso quando suas proles herdaram suas características e habilidades.
Os Gelicons conseguiram fazer alteração na genética das criaturas, assim, encontrando
um meio de se perpetuar. Durante séculos os JEDHOS caçaram Rhyanders e os Solarys
caçaram os JEDHOS.
Os Solarys juntaram tantos Gelicons que a forma massiva resultante
devorou a metade do planeta se desprendendo dele formando um novo planeta,
deixando de ser apenas um gomo de rocha desforme. Felizes com a conquista os
Solarys deixaram as caçadas de lado e resolveram viver dentro do novo planeta se
unindo ao Grande Gelicon. O novo planeta que lentamente se afastava levando parte
de Dzholl também levava a esperança de vida. A outra metade restante mudou sua
rotação e se desgarrou da translação natural do sistema.
Dentro do pedaço de rocha mecanizada flutuante, os Solarys foram
vítimas de sua própria criação. Todos foram atacados pelos Gelicons soldados e
transformados em criaturas de metal líquido. Enquanto o planeta se desgarra podia-se
ouvir os gritos de pavor e dor. Havia Solarys por todos os lados da órbita do planeta e
alguns até mesmo voltaram e se chocaram com Dzholl. Em alguns anos o planeta
Solarys saiu do campo de visão para nunca mais ser visto.
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Devido a todas as mudanças sofridas pelo desmembramento de Dzholl,
fragmentos do planeta ainda se desprendiam e um deles em especial era formado por
uma gigantesca área que podia ser habitada. Tratava-se de uma parte da porção oeste
onde havia ainda um oceano vivo. Uma corrida de seres se iniciou, fato este que
facilitou a caçada dos JEDHOs. Assim os JEDHOs caçaram o máximo de Rhyanders que
puderam e ocuparam a porção do Oceano Argos com suas máquinas e seus
laboratórios. Lentamente este gigantesco bloco se desprendeu e durante muito tempo
ficou em nossa órbita, mas, foi se afastando lentamente. Partes da porção foram
destruídas, mas parece que resistiram. Os JEDHOs chamaram seu novo lar de
Soulbreyguer. Os que não foram capturados se refugiaram na borda do mar Hajirus ou
na distante ilha Vincent no extremo norte.
O que se podia fazer era sobreviver da melhor forma possível com o que
restou. Mas, os JEDHOs voltaram, voltaram diferentes. Impressionante, mas eles
acharam a cura. Chegaram em uma grande nave, pois Soulbreyguer havia sido
controlada por um líder revolucionário que não admitia a cura, pois, ser um JEDHO era
uma dádiva. Este JEDHO que foi curado contra sua vontade se tornou o lendário Barão
Ricks. Sem muitas opções aceitamos a ajuda dos refugiados que trouxeram inovações
para nossa sobrevivência. Os curados apesar de estarem curados das doenças
causadas pela guerra estavam completamente diferentes dos Rhyanders, Krianders ou
Seltars. Seus corpos ganharam volume, suas cabeças tinham partes novas
pronunciadas, nasceram pêlos em diversos lugares, perderam as antenas, os olhos
diminuíram, e, em comparação aos nossos sentidos, esta nova forma era quase cega e
surda. Por terem mais dedos nas mãos podiam fazer coisas incríveis e juntos se
adaptaram ao novo planeta.
Séculos mais tarde, relatos de novos JEDHOs que chegaram, contavam que
os JEDHOs haviam partido para o planeta Chynn, deixando os curados para trás. Chynn
era um planeta com vida, porém não inteligente e, portanto sem problemas para uma
invasão. As criaturas ficaram ainda maiores que em Dzholl e agora possuem de sete a
oito metros de altura. O Barão Ricks e sua família foram acusados de traição por
facilitar a saída de curados do planeta e por isso, foi caçado por JEDHO. Alguns
contatos dizem que ajudado por sete membros da elite militar ele conseguiu uma nave
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com buraco de minhoca e encontrou Solarys, local onde se esconde até os dias atuais.
Sem o Barão no poder, assumiu o controle Lord Holl. O Xhayma se tornou mais
poderoso e dizem que enfrentar um JEDHO é como enfrentar um Deus. As novas
gerações de Soulbreyguer não se lembram da forma de JEDHO e nem das formas de
Dzholl, por isso viajam entre os planetas para estudarem sua história e compartilharem
tecnologia. Apesar do militarismo a nova geração JEDHO admite trocas e visitas, mas
não admite serem chamados de criaturas ou aberrações, eles exigem serem chamados
de povo. Um grupo militar altamente evoluído usando a mesma sigla JEDHO faz a
patrulha do sistema Doraynn e recentemente fez contato com Auryus. Infelizmente
entraram em guerra.
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O PROJETO ERGOS
QUEM DESEJA SER IMORTAL?
Inevitavelmente os curados e os nativos se misturam e uma nova raça
nasceu: os Ruranders. Esteticamente curados, mas com características dos nativos.
Não eram mais cegos e surdos, apesar dos olhos pequenos e de não terem antenas. Os
Ruranders conseguiam viver duzentos e cinquenta anos com tranquilidade e isto fez
com que a sociedade ficasse agitada, assim, aumentado os cruzamentos. O medo era
de que a raça original desaparecesse totalmente de Dzholl, desta forma, campanhas
sobre a perpetuação da espécie foram lançadas e tiveram êxito. Ao contrário do que se
pensava, não se criou uma hostilidade, mas um maior conhecimento de ambas as
raças aumentou. Surgiram ainda os Selranders e os Kryvanders, outros cruzamentos,
mas com predominância da estética nativa. Para os Ruranders os nativos tinham um
apelido: Insects. A palavra foi sendo modificada ao longo dos séculos e os nativos
passaram a ser apelidados de insetos. Os Rhyanders foram rebatizados de Raiders, os
Krianders de Krius e os Seltars de Selts. Apesar de ser o mesmo povo uma nova língua
nasceu: o Rumer. Por causa do nome da língua os Ruranders passaram a ser chamados
de Ryumens e séculos depois de Humanos.
Os cientistas Raiders queriam alcançar a longevidade dos Humanos para
sua raça e para isto um projeto chamado Ergos foi iniciado. A chamada nas
propagandas era: Quem deseja ser imortal? Imagine você poder cruzar o tempo!
O projeto teve cento e vinte tentativas frustradas e durante todas as
tentativas o povo raider acompanhava cada procedimento dia a dia até sentir o gosto
amargo do fracasso mais uma vez. Um acordo com os Auryanos trouxe novas
esperanças e o projeto foi levado para uma nave colônia que alçou voo rumo ao
desconhecido. O projeto em acordo com Dzholl e Auryus objetivava manter os
exploradores vivos por mais tempo do que o programa da viagem estabelecia. Para os
Auryanos eram comum as viagens de exploração sem retorno. Enquanto vivos eles
navegavam e enviavam informações. As viagens duravam sessenta anos e sabendo que
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os Raiders duravam duzentos e os Humanos duzentos e cinquenta seria lucrativo em
troca de espaço para a pesquisa de longevidade de vida dos Dzhollianos. Assim a
Olympus parte rumo ao desejo dos habitantes de Dzholl: viver mais.
A Olympus nunca retornou, suas comunicações foram encerradas depois
de cento e cinquenta anos. Um sucesso para os Auryanos que tiveram informações
sobre novos sistemas e planetas. Um fracasso para os Dzhollianos que sabiam que sua
vida seria a mesma de sempre após mais de cem anos de esperança frustrada. A nave
colônia Olympus levava cem mil Raiders e cinquenta mil humanos que deveriam
habitar a grande nave como sendo o seu planeta natal. O projeto Ergos consistia em
usar cobaias que teriam seus genes alterados para que sua prole trouxesse mais
longevidade. Em Dzholl uma frustração coletiva iniciou uma rivalidade entre as quatro
raças existentes. Surgem as Grandes Dinastias de Controle e com elas o fim da paz do
planeta.
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AS DINASTIAS
A SUPREMACIA FALL
Visando um melhor controle entre as raças, a fim de, evitar uma guerra
que pudesse colocar a população em risco mais uma vez, um acordo foi feito. Cada
raça teria um representante supremo para que a única rivalidade que houvesse fosse
discussões calorosas entre eles. Algo apenas seria criado ou executado no planeta se
todas as dinastias estivessem de acordo. Os Rhyanders elegeram Ashys Yatzull, os
Ruranders elegeram Markson Fall, os Krianders elegeram Ipksus Horug e os Seltars
elegeram Almeryus Fall. As demais raças cruzadas não eram consideradas, assim, não
tinham direito a um representante. Visando uma próspera sociedade organizada,
Almeryus se ofereceu para representar os híbridos. O sistema funcionou durante
setenta anos até Markson e Almeryus juntarem forças para vencerem as demais
dinastias. Ludibriando os humanos, Markson conseguiu popularizar a supremacia da
raça, promovendo uma revolução pelo poder total. Uma era de tecnologia bélica se
iniciou, o planeta se fechou para o sistema, ninguém saia ou entrava em Dzholl. O
golpe final foi quando Markson revelou ser parte do projeto Ergos e que sua vida havia
sido estendida. Segundo ele, poderia viver oitocentos anos. Simpatizantes de todas as
dinastias rivais passaram para o lado dos Fall, ação que culminou na fusão das casas e
formação da Trina Suprema.
As dinastias foram extintas e uma única e centralizadora trina de pulso
firme foi formada. Para muitos a dinastia Yatzull era a mais bem sucedida entra todas,
por isto, Markson chamou seu irmão Yamall que havia sido aluno de Ashys na ciência
política. Assim, a Trina era formada pelos Fall: Markson, Almeryus e Yamall. Durante o
governo Fall, Almeryus ao investigar uma área próxima ao abismo de Mimos foi
atacado por um Gelicon agarrado a uma rocha. Antes um Humano de pele escura,
cabelos vermelhos e grandes olhos verdes se tornou um ser pálido de cabelos brancos
e olhos negros vazios. A cada década o estado parecia piorar e sua saúde preocupava o
irmão mais velho. Usando a saúde do irmão do meio como desculpa, Markson derruba
o irmão Yamall e se torna Imperador Supremo do planeta. Um golpe desonesto que
desagradou não somente o povo, como também os irmãos.
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A LIGA SQUARTZ
UMA LUTA ENTRE IRMÃOS
Markson sabia que as antigas dinastias haviam se juntado nos bastidores
do governo e que iriam fazer muito barulho em breve. Markson temia por uma nova
guerra e como já sabia da simpatia de seu irmão Yamall pela casa Yatzull resolveu não
arriscar a vida ideal que o planeta havia alcançado. Os Fall tinham conseguido um
acordo com Auryus e com Dansko para buscarem água, flora e fauna exterior. Um mar
artificial foi feito e mais tarde com tecnologia de Dansko, um rio subterrâneo foi
encontrado e desviado artificialmente para cima. Os animais e plantas modificados se
adaptaram bem e o terreno hora apenas rochoso e repleto de metais contorcidos
havia ganhado cor. Antes da ruptura, diversos membros das casas Yatzull e Horug se
manifestaram contra a introdução de técnicas e matérias externas em Dzholl. Para
estes
pensadores,
a
intervenção
de
planetas
tecnologicamente modificariam ainda mais Dzholl.
altamente
desenvolvidos
O planeta já estava muito
modificado e mais alterações poderiam trazer o final da cultura do povo Rhyander.
Tentando evitar uma tomada de poder repentina que destruiria todo o
novo mundo criado até então, Markson decidiu tirar seus irmãos do poder e assumir
sozinho uma nova ordem deixando sua família longe de problemas e retaliações. A
partir deste grande evento, Markson tornou-se um tirano, o mau em pessoa, a escória
do mundo. Mesmo trazendo progresso e significativas melhorias para Dzholl, Markson
nunca mais foi bem visto pelos cidadãos. Até mesmo os irmãos de sangue se voltaram
contra ele, não entendendo seu ponto de vista, lideraram revoltas e para não permitir
que os mesmos fossem feridos ou até mortos nos conflitos, Markson sentenciou os
irmãos ao Êxodo Espacial. Arquitetando uma ação fajuta de ataque aos sistemas de
suporte de vida, Markson conseguiu incriminar os irmãos. Quando o imperador
condenou seus irmãos, certa calma se alastrou pelos cantos do mundo, tornando
Markson um pouco menos hostil e tendo sua popularidade aumentada. Mas, as
antigas casas não engoliram o golpe e iniciaram uma revolta e tomada de poder. As
características genéticas dos irmãos foram expostas e o mundo soube que a Trina era
Ergos imortais, assim, governando para sempre Dzholl a sua vontade.
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Usando uma porção fiel do exército, a Trina tentou fugir do planeta, mas
não foi bem sucedida. Markson queria evitar uma nova guerra. Mas não conseguiu.
Yamall e Almeryus decidiram ser punidos pelos seus crimes, algo que não era aceito
pelo irmão mais velho. Markson não queria ver os irmãos mortos por algo que nunca
fizeram, não havia crime, havia apenas, uma tentativa de tornar Dzholl melhor. Os três
irmãos acabaram por se separar e cada um lutou com todas as suas forças para não
serem pegos. Eles fizeram um acordo que proibia qualquer um deles de se entregar
antes que Markson conseguisse provas do golpe de estado das casas. Ao invés de
assumirem o controle do planeta, as casas ficaram lutando entre si dentro de
intermináveis guerras. Cansados de esperar por Markson e de fugir, Yamall e Almeryus
foram atrás de tal verdade e uniram-se contra as dinastias. Os irmãos encontraram
uma força densa e muito poderosa, fazendo com quem recuassem diversas vezes.
Ajudados por aliados e simpatizantes da casa Fall, eles se uniram ao GAST um grupo
rebelde que detinha um conhecimento totalmente novo: a energia Ergon. Produzida a
partir de fragmentos atritados da borda do Oceano Mimos, a energia produzida podia
destruir coisas. Os cristais de Ergon foram produzidos quando Solarys (O Grande
Gelicon) fez um fissura no planeta. Toda a área fragmentada a partir de calor e pressão
do descolamento de Solarys se cristalizou. Os Gelicons agressivos ainda vivos nesta
área foram capturados ou destruídos. Analisando os capturados, conseguiu-se curar
Almeryus, porém sua aparência não mudou. Durante anos não tiveram mais notícias
de Markson, talvez tivesse morrido nos combates. As mudanças nos genes dos irmãos
Ergos finalmente começaram, os tornaram mais rápidos e com sentidos aguçados.
Suas mentes também mudaram e novas ideias brotavam segundo a
segundo. Em pouco menos de vinte anos os Fall conseguiram criar uma tecnologia
capaz de gerar a energia Ergon, eles chamaram de Gerador Kynguistouver. Os GKS
(Geradores Kynguis Stouvers) foram encolhidos até o tamanho da palma de uma mão.
Presos a cintos os GKS foram testados como combustível para flutuadores. Anos mais
tarde como energia para as primeiras armaduras de combate da rebelião contra a
Nova Dinastia. Os grandiosos exoesqueletos assustaram o novo imperador que
imediatamente deu alerta vermelho de guerra. Os irmãos Fall descobrem que seu
irmão Markson tinha toda a razão, por trás do falso discurso de bem comum estava os
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interesses das dinastias. A Nova Dinastia pretendia negociar com os JEDHOs,
entregando alguns segredos dos Auryanos em troca de conhecimento do Grande
Xhayma, assim, adquirindo poder para conquistar a Terra Prometida. Desde então os
Fall lutaram contra as forças do imperador (os Sibaratecs) com seus Vraisers supridos
de energia quase infinita.
Se unindo a causa, cientistas de grande inteligência e sabedoria
desenvolveram uma nova liga metálica que facilitava a transmissão da energia,
aumentando as capacidades dos novos equipamentos. A partir desta liga novos tipos
de transmissores foram criados até a invenção do Elastano Duplo. Este material
maleável e elástico de grande espessura permitiu que os Vraisers se tornassem
armaduras quase que do tamanho do usuário. Os rebeldes criaram desta forma os
lendários equipamentos de combate chamados de Cybers. Se tornando uma força que
fez frente a Nova Dinastia, os rebeldes passam a se chamar Liga Squartz.
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O PODER DE SHABILY
DE MINETYS À SHARIGA
A Nova Dinastia controlada pelo Imperador Shabily declarou guerra aos
Squartzs e através de um acordo com Syll, colaborou na guerra contra Auryus, Dansko
e fez um pacto com os JEDHOs para ajudarem na limpeza de Dzholl. Sendo a investida
bem sucedida, os JEDHOS poderiam levar toda a Liga Squartz sobrevivente e sua
tecnologia rebelde. Em troca de apoio na guerra de Syll contra Auryus e Dansko,
Shabily teria a matriz tecnológica dos Vhesvelys para usar como quisesse. As unidades
artificiais de combate Vhesvelys foram construídas em séries gigantescas e a guerra
tomou proporções fora do controle do imperador que viu seus soldados se tornarem
Ergos artificiais que passaram a dominar Dzholl copiando sua tecnologia, sua cultura e
sua vida. Um plano de Solanno Rhavhell de Syll para conquistar todos os planetas do
sistema. Sem saída, Shabily contemplou a Liga lutar contra os artificiais, abandonando
assim suas diferenças. Unindo forças das Cybers e dos Sibaratecs, Dzholl luta
bravamente e consegue retardar a invasão. Com relações cortadas com Auryus e
Dansko e, ainda por cima, devendo os JEDHOs que ainda não haviam chegado, o
Imperador se viu sem saída.
Enquanto as frentes organizadas se arrebentavam na guerra dos artificiais,
o grupo secreto de pesquisa do império criava a mais injusta arma de Dzholl: a
Minetys. Quando os JEDHOs chegaram e viram a confusão, aceitaram ficar com os
Vhesvelys e com as Cybers em caso de vitória absoluta. Durante anos o combate
destruiu a nova Dzholl e as patrulhas de Auryus e Dansko estavam dificultando os
novos reforços de JEDHOs de Chynn. Milhões de vidas foram perdidas e assim como os
Fall, os Dinn também se mostraram diferentes. Na verdade, os Dinn eram Ergos que
esconderam seu segredo até então. Não havia como esconder uma juventude durante
séculos de guerras. As tropas mudavam, mas o Fall e os Dinn da Nova Dinastia seguiam
firmes, como se para eles o tempo não passasse. Quando Dzholl era praticamente uma
rocha plana sem vida ergue-se a fortaleza Minetys da borda do seco Mimos e desfere
seu invisível raio desfragmentador. Uma guerra secular foi decidida em pouco menos
YEROZYNDENN: THE DREAMERS
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de cinco minutos. Os restos de guerra foram recolhidos e levados para a fortaleza. Um
gigantesco cemitério, isto foi o que Minetys se transformou. Como combinado, os
JEDHOs levaram parte dos Vhesvelys ainda funcionais, cerca de seis mil unidades e
trezentas unidades Cybers ainda em bom estado. Mais tarde soube-se que os JEDHOs
criaram novos exércitos com armaduras. Tornaram-se mais poderosos, conquistaram
Dansko e destruíram Auryus definitivamente. Uma trégua foi feita e duzentos anos de
reconstrução foram necessários para que Dzholl pudesse viver novamente, ainda
assim, precariamente.
Shabily havia perdido sua esposa na guerra a Imperatriz Adha Dinn e o
gosto amargo de derrota fez com que o imperador traísse seus irmãos. Toda a Liga
Squartz foi convidada para uma celebração na fortaleza, celebração esta que foi um
engodo para prender principalmente os Ergos Fall na fortaleza. Durante cem anos
Minetys foi modificada e assim transformada em uma nave colônia penal chamada de
Shariga. Pelo bem proporcionado ao povo a Liga não seria sacrificada, mas foi
condenada a vagar pelo espaço eternamente ou até que o suporte de vida não fosse
mais suficiente para todos. Shariga tinha três módulos, um deles retornaria deixando
os outros dois ao sabor das estrelas.
Para executar a missão a própria princesa Revhenna se ofereceu com mais
outros seis da guarda Sibaratec de confiança. Dez anos depois a missão estava para
começar e a tripulação condenada tinha aumentado para dez mil seres. Descontente
com atitude do pai, Revhenna queria desistir, mas foi forçada sob a ordem do
imperador a cumprir sua promessa. Assim Revhenna, Dante, Hashjyrus, Halex, Ynatha,
Farwell, Uzonne e o almirante Davhyd assumiram seus postos para ambientação
básica. Shariga decolou cinco dias depois e nunca mais voltou para Dzholl. Shabily
havia mentido sobre os módulos, o combustível não era suficiente para um retorno e o
módulo principal de controle não tinha a opção de desacoplagem. Revhenna foi
condenada por seu pai porque conspirava com Dante a tomada de poder ajudados por
Markson que ainda estava vivo disfarçado de Sibaratec.
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O VÍRUS SHARONN MOUNDAR
DZHOLL MORRE
Uma das novas habilidades de Markson era a de se transformar em
qualquer ser que tivesse em sua memória, ao menos, esteticamente. Mesmo sendo
alguém imperceptível para normais, Markson não conseguiu enganar Shabily que
durante meses arquitetou um plano para banir os Falls de Dzholl. Ajudando Revhenna
e Dante que almejavam o poder para trazerem paz ao povo, Markson se infiltrou no
grupo de preparação da Shariga para se aproximar de Shabily. O plano original era
contaminar Shabily com um vírus potente criado no subterrâneo de Dzholl por
cientistas que antes estavam do lado da Casa Dinn. O principal responsável pelas
pesquisas Dzhollianas era o Dr. Sharonn Moundar ou simplesmente Dr. SM como
gostava de ser tratado.
Além de descobrir como matar um Ergos, SM também descobriu uma
variante da energia Ergon: a Argon. Usando um ampliador de força, ele conseguiu
desenvolver um aparelho capaz de dobrar a energia cristalina em 200%. Os geradores
Kynguis Stouvers Ramadninmax Xerovaxy ou KS-RX foram produzidos em pequena
escala e adaptados em armamentos, ferramentas e em novas unidades Cybers
rebeldes. O grande trunfo da nova energia é que era alérgica para os rhyanders,
provocando convulsões, cegueira e se expostos por muitas horas, a morte. A
tecnologia dos rebeldes era única e não podia ser usada contra eles, a não ser, por
outro rebelde traidor. Quando os rebeldes souberam que Shabily iria condenar a
própria filha na Shariga, a contaminação de Shabily se transformou em algo maior, em
algo do tipo mundial. Uma vez sabendo que Shabily estava a par dos planos de
conquista, sabendo que o povo se voltava contra os verdadeiros libertadores e ainda,
sabendo que a Casa Dinn iria partir em uma viagem rumo a Terra Prometida deixando
a população morrer, o plano fatal foi executado. O Imperador conhecia a situação
atual do planeta, ele já sabia que após as guerras os recursos estavam escassos e que
não durariam mais do que cinco anos.
Com o rompimento da liga e com a destruição de Auryus, não havia
escapatória para o povo. Mas Shabily conhecia o segredo de Auryus, ele conhecia o
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relatório Terra Prometida. Neste relatório a nave exploratória Ulysses avisava que um
planeta repleto de vida tinha sido encontrado e que lá estabeleceram colônia. A
Ulysses era um módulo de exploração SUB01 da Olympus que havia deixado a nave
mãe. A SUB01 tinha como missão comprovar a existência deste planeta e enviar os
dados diretamente para Casa Dormany de Auryus e para a Casa Dinn de Dzholl. Os
dzhollianos e os auryanos precisavam ficar fora do foco desta exploração. Quando
Auryus foi destruído pelos JEDHOs uma nave de fuga chamada Kassyus 10 enviou um
sinal para a Casa Dinn. Uma vez que os rebeldes fossem despachados para o espaço
infinito, outra nave partiria alegando problemas com Revhenna. Nesta nave estaria
toda a Casa Dinn e nenhum cidadão de Dzholl. Quando a Shariga partiu, levando os
Fall, os Dinn e toda a liga de cientistas rebeldes, a morte de Dzholl foi plantada.
O vírus SM foi ativado e toda a vida existente no planeta seria extinta em
cinco dias ou menos. Um vírus letal que iria inibir a fabricação natural de MultiIodáxido de Hiper Cloridal dos raros e poucos vegetais foi ativado remotamente, além
disto, houve sabotagem nas usinas artificiais de MiHC e foi derramado um composto
químico em todas as nascentes limpas. Na Shariga foram levados diversos rhyanders,
seltars e krianders para que a raça e a cultura não se perdessem. Amostras de tudo
que foi possível coletar estavam nos laboratórios portáteis dos cientistas que aderiram
a causa. Shariga decolou e após quatro dias de viagem, os espiões robóticos em Dzholl
detectaram 0% de vida. Dzholl havia morrido.
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A FARÇA DE AURYUS
A TERRA PROMETIDA É FINALMENTE ENCONTRADA
A vida se normalizou no interior da Shariga, as populações se adaptaram ao
falso planeta e as novas gerações foram enganadas em relação a sua localização no
universo. Um relatório forjado foi transformado em conteúdo dos livros de nossa
história e por gerações Shariga se tornou Dzholl. Lendo arquivos roubados da Casa
Dinn descobrimos que a informação sobre a Terra Prometida era falsa, havia com
certeza um golpe de Auryus para assumir o controle de Dzholl. Porém foram pegos de
surpresa. O último relatório dos espiões de Dzholl mostraram formas de vidas
diferentes das nossas visitando o planeta. Várias morreram e outras saíram da linha de
rastreio dos espiões. Detectamos algo espantoso, uma gigantesca unidade de energia
se acumulando e explodindo no planeta. Uma espécie de portal havia sido aberto e
dele formas líquidas se espalharam pelo planeta. Tais unidades de vida destruíram os
espiões, mas sabemos agora que eram os Solaryanos. A relação de Solarys com Auryus
não pode ser estudada, mas, depois disto, temos que tentar não cruzar o caminho
daquelas coisas.
Quando sua longevidade é grande demais, uma incrível sensação de
tristeza invade seu coração de tal forma que tudo parece um sonho. Era isto que
queríamos? Era esta a vida eterna com que tanto sonhamos? Como é triste ver seus
amigos, amores, envelhecerem e partirem.
Assim durante séculos movidos a toneladas de Argon, e raios solares e de
coletas de minerais de planetas mortos espalhados pelo universo viajamos sem rumo
em busca de um sonho que possivelmente nunca seria realizado. Um dia durante uma
checagem rotineira de sistemas um alerta geral foi dado pela Shariga. Estávamos
entrando lateralmente em algo espiral como se fosse uma galáxia. Mais tarde a
confirmação de que a estrutura era uma galáxia foi positiva. Shariga havia estimado
valores e criou modelos de como seria esta galáxia nos mostrando o que
encontraríamos. Em alerta de salto controlado, a tripulação e todas as populações
YEROZYNDENN: THE DREAMERS
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foram colocadas em COD 01 de preparação para salto. Após duas horas de preparação
o protocolo estava em 100% de afirmação. Saltamos e ao recobrarmos a consciência
estávamos chegando próximo da órbita de um pequeno planetoide que orbitava um
planeta pequeno. Quando Shariga fazia análise dos corpos à frente um alerta rápido e
ameaçador foi dado. Apesar do alerta antecipado não conseguimos nos esquivar da
rota de um corpo em altíssima velocidade. Shariga conseguiu mover-se muito rápido,
mas fomos atingidos desde os propulsores até o bico frontal. Shariga foi dividida em
dois hemisférios, ficando a colônia caída no planetoide após horas de queda lenta. A
parte superior foi levada juntamente com o potente cometa até entrarmos na órbita
do planeta maior. Antes disso, conseguimos entrar nos módulos de hibernação e
proteção para acidentes. A Shariga perdeu o controle e ficou à deriva (o relatório da
avariada Shariga marcou duzentos e cinquenta anos, mas sabemos que isso não é
correto) sendo aproximada e afastada da órbita do planeta devido a choques com
outros corpos menores. Esta região era muito instável. Ficamos sem rumo até shariga
(parte dela) ser capturada pela órbita do planeta. O alerta de captura acionou o
sistema de fim de suporte de vida (um erro), acordando os tripulantes que atônitos
deslumbraram o imenso planeta azul se aproximando. O atrito com a atmosfera quase
destruiu a nave instantaneamente, mas graças a engenharia do Dr. Hashjyrus ficamos à
salvo no complexo Kalys 01. Em queda livre com altíssima temperatura e velocidade,
contemplamos em nossos monitores, uma raça fantástica de formas e proporções
nunca imaginadas (muito maiores que os JEDHOs). Eles corriam, voavam e nadavam.
Nossa intrusão em seu ambiente não pareceu afetar-lhes, talvez não fossem
inteligentes ou coisas assim seriam fatos rotineiros neste planeta. Passou-nos pela
mente que eles poderiam ser extremamente poderosos e, portanto, um meteorito não
seria algo que merecesse sua atenção. Ao colidirmos com o chão maciço de uma
região desértica, perdemos noventa e quatro por cento da Shariga, cujas partes, foram
lançadas a mais de cinquenta quilômetros de distância.
O Impacto rompeu o tanque de energia Argon (restante), causando uma
explosão que lançou nossa Kalys 01 contra a superfície. Os medidores marcaram uma
profundidade de sete mil metros negativos. Durante aproximadamente trezentos
anos, fizemos reformas e melhorias na Kalys 01, transformando-a em um kraidha.
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Somente depois de 500 anos de pesquisa e reformas, conseguimos construir um duto
de conexão com a superfície e para nossa surpresa, quase morremos sufocados. O ar
era irrespirável e intensamente carregado de partículas macroscópicas derivadas de
algum tipo de explosão. Passado trinta anos, descobrimos através de sondas que o
local não era mais o mesmo desde nosso impacto e talvez a explosão dos tanques e
dos reatores da nave tenham sido os responsáveis pela colossal destruição mostrada
nas imagens. A Shariga era uma fabulosa construção da engenharia rhyander/humana,
media de leste à oeste oito quilômetros e vinte e dois quilômetros de norte a sul.
Através de nossos estudos, com a explosão do reator B9A, partes da colônia/nave
subiram novamente até a atmosfera e caíram em diversos lugares provocando a morte
absoluta de algumas espécies animais e vegetais. A gigantesca onde de impacto abriu
uma cratera de vinte e três quilômetros, deslocou ilhas, removeu vegetação e
aniquilou milhares de ecossistemas. Apenas com as sondas não teríamos mais
informações do planeta azul, desta forma, projetamos o Dellys Shault e com ele,
iniciamos uma exploração pela superfície durante quatrocentos anos. Auxiliados por
este veículo coletamos amostras de solo, de líquidos e de restos mortais de várias
espécies de animais e vegetais. Descobrimos que a força do impacto fez com que uma
espessa camada de poeira alcançasse a atmosfera, isto impediu a passagem da luz
baixando a temperatura do planeta. Por diversos mecanismos climáticos, químicos,
biológicos e físicos, as águas (parte líquida) tornaram-se ácidas provocando graves
problemas neste ambiente. Tentamos nos comunicar durante todos estes anos com a
outra parte da Shariga, nunca obtivemos resposta.
Estruturas naturais que mais pareciam válvulas de escape do planeta
lançavam a todo o momento, água, enxofre e uma massa incandescente de incrível
destruição e posterior geração de vida. Tudo aquilo que não morreu pelo impacto,
morreu pela falta de alimento ou falta de energia luminosa, assim como a degradação
por parte das chuvas ácidas devido ao enxofre no ar. Felizmente para nossa raça,
encontramos uma célula de energia intacta, ela estava dentro de um lago a quase
trezentos quilômetros do ponto de impacto (o tamanho absurdo da nave permitiu a
instalação de geradores de energia independentes e com assimilação inteligente de
fonte local por meio de agentes digitais, além disso, um número estúpido de cápsulas
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alimentícias e uma fábrica de pasta nutritiva básica estavam a bordo, assim como,
matérias primas). Com o passar dos anos, desenvolvemos trajes para que pudéssemos
sair do veículo, estes trajes se pareciam muito com nossa forma física, porém, um
pouco robotizada. Finalmente nosso suprimento alimentar estava acabando e nada na
superfície deste planeta podia substituir nossa dieta (apesar de avançados
assimiladores). Em comum acordo, fizemos um backup unindo todos os dados
coletados com nosso banco de dados original e acionamos o sistema híbrido
Crionjedho (conseguido na guerra na aliança com os JEDHOs). Após todos estes anos,
tivemos perdas e apenas sete de nós sobreviveram. Os sintéticos foram desmontados
e utilizados para aperfeiçoar nossas ferramentas, veículos e trajes. Um a um fomos
sendo conduzidos ao sistema de hibernação congelada, até o próprio Dr. Halex lacrar a
kraidha e também hibernar.
Yntha Whyat e seu filho Farwell Whyat foram os primeiros a ouvir o alerta
do sistema de segurança e descongelar os demais. Aproximadamente em três horas,
todos estavam de pé e muito confusos, além de uma irritante chamada de emergência.
Alguma coisa estava se aproximando da kraidha e com grande velocidade. Tratava-se
de uma broca que rapidamente tocou na estrutura superior sem sucesso na
perfuração a partir deste ponto. A kraidha estava enterrada na antiga Cidade do
México e ao buscar lençóis freáticos e depósitos de petróleo, a humanidade
encontrava uma “raça pré-histórica”. Confinados em nossa base subterrânea e com
grande dificuldade em dialogar, fomos considerados patrimônio vivo do planeta e
submetidos a diversos projetos de “restauração” do nosso habitat (leia-se laboratórios
com jaulas). A grande resistência do nosso povo em sair e sufocar foi encarado como
rebeldia e apesar de nos mostrarmos pacíficos, passamos a ser molestados e nossos
pertences roubados e estudados. Todos os tripulantes restantes (Revhenna, Hajyrus,
Halex, Ynatha, Farwell, Uzonne e Davhyd) foram levados para algum lugar dentro de
um mundo muito parecido com o Dzholl, mas, muito mais agressivo. A tecnologia foi
estudada e através da ajuda dos próprios tripulantes (ou tirariam os tubos de ar) foram
replicadas e coisas humanas começaram a nascer. A tradução da raça foi catalogada
como Rider e derivados da cultura foram se espalhando e sendo descaracterizados. O
mundo em que viviam era instável e guerras e mais guerras semearam o caos. Algo
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muito parecido com este planeta azul. Um grupo de rebeldes invadiu a base
subterrânea se apropriaram das tecnologias restantes. Este grupo fez a maior idiotice
de suas vidas: usaram o MiHC na superfície. Apenas dois anos depois de toda esta
bagunça eles entenderam a situação. Os habitantes do planeta não eram nativos, mas,
a tripulação da colônia que havia sido deixada para trás. Todos estavam na Terra
Prometida.
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UM MUNDO RHYANDER FALSO
DZHOLL RENASCE NA TERRA
Como poderiam conseguir entender a língua?
Como sabiam do MiHC para os manterem vivos?
Como conseguiram compilar os dados tão facilmente?
A resposta é simples, este povo é o povo da Shariga que havia caído no
planetoide que orbitava este planeta. De alguma forma eles conseguiram sobreviver e
chegaram até aqui. Porém a única forma de explicar isto ou entender toda a situação
seria sair desta prisão. Pelo pouco que sabiam, uma grande empresa científica
chamada Cybertech dominava absolutamente todos os setores sociais da Terra. O
cativeiro era uma das instalações desta empresa. Ficaram surpresos quando foram
visitados pela minha pessoa (pelo Dr. SM). Realmente eu não acreditava na
sobrevivência deles. Durante todos estes séculos nunca houve qualquer comunicação.
Expliquei que após a queda e estabilização da parte de baixo da Shariga no solo do
planetoide, a primeira atitude tecnológica foi construir um melhor suporte de vida.
Após isto, um novo comunicador. Todas as nossas transmissões da Terra foram
ouvidas, mas não podiam ser respondidas. Assim, o novo projeto seria algo que
pudesse voar novamente. Uma estação foi criada e decolou 300 anos depois. A partir
da Evoly conseguimos fazer análises no planeta azul. A Evoly cresceu e se transformou
na Reltza uma cidade artificial. Anos depois Reltza foi batizada de Neo Dzholl. Com a
ajuda dos mais novos e dos Fall conseguimos desenvolver a Shariga II. Finalmente
conseguimos pousar no planeta e detectar o estrago que a Shariga fez ao ambiente.
Construímos moradas adaptadas, pois o ar é irrespirável e assim fomos aumentando a
população. As novas gerações passaram a ter sua longevidade reduzida, porém
conseguiram respirar o ar letal da Terra. Os não adaptados ficaram em Neo Dzholl e os
adaptados se fixaram definitivamente no planeta. Lentamente conseguimos superar a
natureza local, tornando este mundo a Terra Prometida de Auryus. Por ordem de
Markson, as novas gerações não deveriam ser informadas da origem, eles deveriam
crer que este é seu mundo de origem. As línguas se diversificaram e os Terrestres
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esqueceram o Ruranderer. A estética humana prevaleceu e nenhum traço inseto dos
Rhyanders permaneceu. Isto ajudou a formação de uma consciência puramente crente
no que diz respeito a sua origem.
Deveríamos voltar para a Neo Dzholl antes que a Cybertech pegasse apreço
pelos Aliens (os tripulantes). Para todos eu sou um ciborgue em forma de inseto, não
suspeitavam da forma real por baixo da Cyber que uso. A relação entre Neo Dzholl e a
Terra era estreita, mas, possível graças a rhyanders infiltrados que faziam as coisas
acontecerem. Para os humanos, a estação espacial é habitada por ciborgues e não por
Aliens que na verdade são seus irmãos de sangue. Ao longo do tempo, os novos
humanos da terra se diferenciaram tanto dos antigos humanos de Dzholl que uma
ruptura entre as raças condenaria a Terra a eternas guerras até seus últimos dias.
Assim, Dzholl e suas imperfeições repetia seu ciclo de destruição na terra, um mundo
dos rhyanders. Tudo foi esquecido, o projeto dos Falls havia dado certo, mas esta
ignorância transformou os Dzhollianos em Terrestres Reais, tão reais que passaram a
caçar rhyanders e mais tarde atacaram a desgarrada Olympus que pedia ajuda.
Ao longo dos anos que se passaram desde a hibernação na Shariga I, a
humanidade criou maravilhas, se desenvolveram supremamente e um mundo lindo e
avançado cresceu nesta terra castigada com nossa chegada. Em todos os momentos da
história da humanidade a presença de Neo Dzholl foi decisiva, sendo introduzidos
como deuses, entidades celestes, visões ou visionários. Grandes nomes da história
foram agentes de Neo Dzholl infiltrados, garantindo que a técnica e os rumores aliens
fossem passados sempre adiante, de geração em geração.
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