Documento Resumo

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Documento Resumo
INFORMAÇÃ
INFORMAÇÃO
Nº INF/241/2014/DSICE/DGAE
Data 10-04-2014
Classificação 01.02
DESPACHO
Visto com interesse. Tendo presente a necessidade Visto. Concordo com a proposta de divulgação,
de potenciar uma articulação alargada no domínio
da Inovação, concordo com o proposto na presente
IS, sugerindo ainda a divulgação para as entidades
setoriais, como os pólos tecnológicos e clusters
relacionados com as KET.
À consideração superior,
12 de abril de 2014.
Digitally signed by [Autenticação] Artur Manuel Reis Lami
DN: c=PT, o=DIRECÇÃO-GERAL DAS ACTIVIDADES
ECONOMICAS, ou=Certificado para pessoa singular Autenticação, title=Diretor-Geral - Informação confirmada
pela Entidade de Certificação apenas na data de emissão e
que não foi confirmada posteriormente a essa data, sn=Reis
Lami, givenName=Artur Manuel, serialNumber=04733338,
cn=[Autenticação] Artur Manuel Reis Lami
Date: 2014.04.14 10:38:56 +01'00'
Luís Canha Campos
Diretor de Serviços
Assunto:
Relato da participação na Workshop “Joining Forces through Smart Specialisation:
Synergies between ESIF and Horizon 2020 for Key Enabling Technologies” - Bruxelas, 26 de
março 2014
Centro de Custo: (não preencher)
Nº total de páginas desta IS incluindo
anexos: 317(9 IS + 308 Anexos)
Objetivo da IS:
Relato da participação da signatária no Workshop “Joining Forces through Smart Specialisation:
Synergies between ESIF and Horizon 2020 for Key Enabling Technologies”, organizado pela Comissão
Europeia em cooperação com o Comité das Regiões, em Bruxelas, no dia 26 de Março 2014. O objetivo
foi sensibilizar os diversos intervenientes (stakeholders) para a importância das Tecnologias Chave
Facilitadoras (KET) nas Estratégias de Especialização Inteligente e a possibilidade de cofinanciamento de
projetos de interesse industrial através do Horizonte 2020 e dos Fundos Estruturais.
Código: 416 - 211
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1 - INTRODUÇÃO
A Workshop decorreu de acordo com a Agenda prévia (Anexo I), tendo-se iniciado com os “Discursos de
Boas Vindas” seguindo-se 3 sessões sobre os temas: “KET nas Estratégias de Especialização Inteligente”,
“Unir forças entre as regiões e o sector privado para a reindustrialização e sinergias entre o Horizonte
2020 e os Fundos Estruturais” e “Promover a cooperação entre os atores regionais da inovação e
facilitar as sinergias”, após o que se procedeu à sessão de “Conclusões e Encerramento”.
Os principais objetivos foram:
i) Sensibilizar para o papel das KET (materiais avançados, nanotecnologia, micro e nano-electrónica,
biotecnologia industrial, fotónica e sistemas de fabrico avançado) enquanto motores para a
competitividade industrial das regiões e encorajar as regiões a considerarem a relevância das KET nas
Estratégias de Especialização Inteligente;
ii) Estimular a interação entre os atores nacionais/regionais e os intervenientes industriais no âmbito da
investigação e inovação no Horizonte 2020 para aumentar as sinergias;
iii) Promover complementaridades entre as regiões (promover a cooperação inter-regional)
O evento contou com cerca de 262 participantes segundo a Listagem disponibilizada (Anexo II),
incluindo os oradores. A participação nacional foi constituída por 8 representantes, incluindo a
signatária e os dois oradores nacionais, respetivamente do COMPETE (Marco Granja) e do INESC Porto
(José Caldeira).
2 - INFORMAÇÃO
1. Discursos de Boas Vindas
Intervieram os representantes da DG Empresa e Indústria (DG ENTR), DG Investigação e Inovação e DG
Política Regional (DG REGIO) e ainda um membro do Comité das Regiões (relator sobre o Renascimento
Industrial Europeu).
A DG Empresa e Indústria começou por relembrar os objetivos deste evento, sublinhando a
oportunidade de cofinanciamento H2020 e Fundos Estruturais; relevou a ênfase dada às KET e ao maior
aproveitamento de resultados no âmbito do tema competitividade e política industrial das Conclusões
do Conselho Europeu de 21 de Março; anunciou a próxima publicação de um Guia Prático da CE para o
cofinanciamento de projetos e a importância da modernização das regras dos Auxílios de Estado,
referindo que estão a trabalhar em cooperação com a DG Concorrência.
A DG Investigação e Inovação sublinhou a necessidade de uma abordagem mais sistémica entre os
gestores dos apoios à investigação e inovação, a indústria e os gestores dos fundos regionais; referiu
sumariamente a estrutura do H2020 e as KET no 2º Pilar Liderança Industrial.
A DG Política Regional começou por informar que já recebeu 12 Acordos de Parceria de 12 países e
referiu a novidade das condicionalidades ex-ante, sendo a relativa à “Especialização Inteligente” uma
das mais importantes, a qual ajuda a definir o que as regiões devem desenvolver no âmbito da inovação,
baseado nas suas forças; o próximo período de programação financeira irá promover o desenvolvimento
de linhas piloto, projetos tendo em vista a primeira produção e as KET pelo que a procura de sinergias é
essencial, referindo neste ponto os novos regulamentos.
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O representante do Comité das Regiões (CoR) fez uma apresentação em powerpoint (Anexo III) onde
começou pela definição de KET, referindo que as Estratégias de Especialização Inteligente para a
Investigação e Inovação (RIS3) devem ter um foco especial no desenvolvimento e implementação das
KET. No âmbito da Política de Coesão as KET têm o potencial para modernizar a base industrial e
melhorar a competitividade mesmo nas regiões menos desenvolvidas, pelo que a Comissão identificou
as KET como uma das prioridades de investimento para o financiamento da inovação regional na sua
proposta de revisão do FEDER. Neste contexto, assume particular importância o apoio às atividades de
formação para a aquisição de competências no âmbito dos projetos de demonstração de produtos
baseados em KET do H2020.
O representante do CoR propôs o desenvolvimento de várias ações conjuntas com a Comissão Europeia,
de que se destacam: o maior foco dado às KET no H2020 e uma maior interligação entre este Programa
e os Fundos Estruturais, o que deverá estar adequadamente refletido nos Programas Operacionais e nas
Estratégias de Especialização Inteligente.
2. Sessão: “KET nas Estratégias de Especialização Inteligente” – 4 apresentações
Apresentação dos princípios gerais a adotar na procura de sinergias entre os Fundos Estruturais e de
Investimento Europeus (ESIF) e o Horizonte 2020, as atividades da Plataforma S3 e apresentação de
exemplos concretos de regiões que consideraram as KET como prioridades; Sessão presidida pelo
Diretor do Centro Comum de Investigação (CCI) – Instituto de Estudos de Prospetiva Tecnológica.
2.1 Estabelecer sinergias entre fundos do ESIF e do H2020 (DG Política Regional) (Anexo IV)
Resumo: O foco é dado à interação entre a política de coesão e a inovação, nomeadamente através da
implementação das Estratégias de Especialização Inteligente para a investigação e Inovação (RIS3), que
constituem uma condicionalidade ex-ante para a atribuição dos Fundos Estruturais 2014 – 2020. Neste
âmbito foi relevada a diversidade do desempenho das regiões e o papel da política de coesão e da
inovação e dos respetivos pilares financeiros (Programas Operacionais e o Horizonte 2020). Foi referido
também o “peso” da inovação na Política de Coesão no período 2007 – 2013 e as principais lições que se
podem retirar que, por sua vez, deverão ser tidas em conta na definição das RIS3. Quanto à
possibilidade de combinar financiamentos dos Fundos estruturais e do H2020 salientam-se os dois
princípios básicos:
1. Não substituição do cofinanciamento nacional ou regional.
2. Não duplicação de financiamento: dois apoios da UE (ex. H2020 e Fundos Estruturais) não podem
servir para apoiar o mesmo custo
3. Sinergias representam mais do que combinar Fundos Estruturais e outros apoios comunitários no
mesmo projeto
Foram também apresentadas sugestões a ter em conta na preparação de um projeto susceptível de
obter apoios no âmbito dos Fundos Estruturais e do H2020.
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2.2 O papel das KET nas RIS3 1(Anexo V)
Resumo: Definição de RIS3 como uma agenda de transformação económica local e integrada,
multianual, definindo um mix de políticas e de instrumentos financeiros, centrada num número limitado
de prioridades para estimular o crescimento inteligente; referência à criação de uma Plataforma para a
Especialização Inteligente (S3) que em março de 2014 contava com 147 regiões europeias (provenientes
de 14 EM e duas regiões não pertencentes à EU). Seguiu-se um conjunto de considerações sobre a
inclusão das KT nas RIS3. O principal desafio para as regiões é o de identificar os respectivos nichos
económicos e vantagens competitivas no desenvolvimento de KET e as atividades de implementação. As
regiões devem estar cientes dos princípios orientadores fundamentais: as necessidades industriais no
que diz respeito às tecnologias, os atores principais e potenciais clientes dessas atividades e se há um
caso de exploração de mercado. Para responder a estas questões são necessários dados económicos
sólidos que podem ser obtidos através do Observatório das KET (disponibiliza informações sobre o
desempenho do EM e das economias concorrentes em relação à utilização das KET). O Observatório vai
medir, comparar e analisar o desempenho do EM para cada KET. Para complementar essas fontes, a
Plataforma S3 criou um instrumento para monitorizar as prioridades: Eye@ RIS3.
2.3 Caso Regional e Caso Nacional (Anexo VI e Anexo VII)
Resumo: No primeiro caso apresenta-se a definição da RIS3 na Região Norte da Holanda (agenda de
inovação) que começa com o diagnóstico da região e com a identificação das “novidades” da política
regional, nacional e europeia e o que deve ser a RIS3 (definição do ecossistema da inovação e quais as
inovações necessárias), seguindo-se o papel transversal das KET e exemplos de uma estratégia
enquadrada na RIS3 (lançamento de uma Plataforma para o desenvolvimento das PME) e de um projeto
sobre a KET Materiais Avançados. O desenvolvimento da RIS3 no Norte da Holanda baseia-se num
modelo de hélice quadrupla (Governo, Empresas Privadas, Sociedade Civil e Instituições do
Conhecimento)
No segundo caso foi abordado o tema das KET na definição da Estratégia de Especialização Inteligente
na Eslovénia (processo de preparação, baseado nas competências e capacidades existentes nos Centros
de Excelência e nos Centros de Competência, bem como através de audições públicas; foi definida uma
matriz de prioridades e elaborada uma relação com as KET.
3. Sessão “Unir força entre as regiões e o sector privado para a reindustrialização e sinergias entre o
Horizonte 2020 e os Fundos Estruturais” – 7 apresentações
Apresentação da interpretação prática dos princípios para combinar financiamentos do Horizonte 2020
e dos Fundos Estruturais e de casos concretos de financiamento sequencial/combinado para KET e
projetos LEIT (Leadership in Enabling and Industrial Technologies); sessão presidida pela DG
Comunicações, Redes, Conteúdos e Tecnologia (DG CONNECT) e DG ENTR
3.1 Casos práticos de combinação de financiamentos do Horizonte 2020 e dos Fundos Estruturais para
projetos de I&I (Anexo VIII)
Resumo: apresentação do orçamento e estrutura do H2020 (3 pilares); projetos de Liderança nas
Tecnologias Facilitadoras e Industriais (LEIT) do pilar 2 Liderança industrial; KET no Pilar Liderança
1
Plataforma S3: http://s3platform.jrc.ec.europa.eu/home
Atividades relacionadas com as KET na plataforma S3: http://s3platform.jrc.ec.europa.eu/kets
EYE@RIS3: http://s3platform.jrc.ec.europa.eu/eye-ris3
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Industrial; critérios para o financiamento no H2020; combinação de diferentes fontes de financiamento
público de projetos industriais.
3.2 Alinhamento de instrumentos de financiamento para cobrir todo o ciclo de inovação e
financiamentos do Horizonte 2020 e dos Fundos Estruturais para projetos de I&I (Anexo IX)
Resumo: Apresentação do Dr. Marco Granja (COMPETE) estruturada em duas partes. Primeiramente, fez
uma breve referência à estrutura do Programa COMPETE (3 tipos de Programas Operacionais –
Temáticos, Regionais e cooperação territorial); O COMPETE (Programa Temático Factores de
Competitividade) apoia as diversas fases da vida de um projeto: Ideia (start-up; capital de risco, apoio
aos Business Angels)  Desenvolvimento (subsídios à I&D, apoios a projetos individuais e projetos em
colaboração)  Colocação no mercado (Sistema de Incentivos à Inovação – SII e Sistema de Incentivos à
Qualificação de PME). Os diversos casos foram ilustrados com dados sobre os resultados (nº de projetos
apoiados e montantes financeiros envolvidos). A segunda parte da apresentação centrou-se na
interligação entre os apoios do 7º Programa-Quando de I&DT, EUREKA e COMPETE. Perspetivas no
âmbito do PORTUGAL 2020: i) Reforçar a integração entre os Fundos Estruturais e o horizonte 2020, em
linha com a Estratégia Nacional de Especialização Inteligente; ii) Melhorar a coordenação entre as
Estruturas organizacionais com responsabilidades em ambas as áreas; iii) Alavancar os Fundos
Estruturais para aumentar a participação portuguesa no Horizonte 2020, particularmente das PME.
3.3 Caso de combinação de financiamentos: apresentação de uma iniciativa sobre linhas piloto no
contexto da Micro e Nanoeletrónica (Anexo X)
Resumo: apresentação sobre um conjunto de projetos de linhas piloto relativas a KET (Micro e
Nanoeletrónica), no âmbito da Empresa Comum (Joint Undertaking) ENIAC. Salienta-se que Portugal
participa nesta iniciativa, em que já foram selecionadas 14 linhas piloto ou demonstradores para
financiamento. No âmbito do Horizonte 2020 a iniciativa ENIAC irá fundir-se com a Empresa Comum
ARTEMIS (na área dos sistemas de computação incorporados).
3.4 O Papel das KET para a Competitividade Industrial (Anexo XI)
Resumo: apresentação da DG ENTR abordando a definição ads KET, critérios de seleção, criação do
Observatório das KET, atividades do Grupo de alto Nível das KET (última reunião de 29 de janeiro, em
Bruxelas). Sublinhou ainda a referencia explícita às KET nas Conclusões do Conselho Europeu de 20 e 21
de março e as KET no Pilar Liderança Industrial do Horizonte 2020. Referiu ainda o lançamento de mais
de 20 linhas piloto multi-KET em 4 áreas industriais estratégicas: estruturas inteligentes, produção de
alto desempenho, baterias e bioprocessos industriais utilizando recursos renováveis, financiadas através
da combinação de diferentes fontes de financiamento. Foi também referido o papel das KET nas Cadeias
de Valor, o seu interesse para todas as regiões da UE e da sua relação com a Especialização Inteligente.
3.5 Estratégias para a combinação de diversas fontes para o financiamento de projetos industriais
(Anexo XII, Anexo XIII e Anexo XIV)
Resumo: Foram feitas três apresentações exemplificando casos com potencialidades para a combinação
de diferentes fontes de financiamento. O primeiro foi da responsabilidade da EUnited – Associação
Europeia das Indústrias de engenharia) que salientou o papel desta Associação na defesa a favor de
colocar a reindustrialização na Agenda Europeia passando pela cooperação com as regiões para alcançar
aquele objetivo. Atualmente estas preocupações estão refletidas ao mais alto nível (Conselho Europeu),
mas ainda persistem várias falhas.
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A apresentação seguinte foi dedicada às sinergias entre os Fundos Estruturais e o Horizonte 2020 para o
apoio às KET, no âmbito da Estratégia de Especialização Inteligente do País Basco. Como resultados de
um primeiro exercício de discussão e de acordo com os processos de seleção prévia, escolheram-se 3
prioridades principais: Fabrico avançado, Energia e Biociências.
A última apresentação desta sessão foi da responsabilidade do CEFIC (European Chemical Industry
Council) que começou por elencar os principais desafios societais e o papel das indústrias de processo na
cadeia de valor, referindo sucintamente os diversos tipos de financiamento disponíveis, desde a fase do
conhecimento até ao mercado. Referiu sucintamente as atividades da Plataforma Tecnológica Europeia
para a Química Sustentável (SusChem, a iniciativa SPIRE – “Sustainable Process Industry through
Resouce and Energy Efficiency” e a iniciativa BRIDGE 20/20 (Biobased and Renewable Industries for
Development and Growth in Europe) e a iniciativa R4R (Chemical Regions for Resource Efficiency). O
representante do CEFIC conclui a sua apresentação com um conjunto de conclusões que passam, entre
outras, pela necessidade de adotar formas inovadoras de trabalhar em conjunto, criar massa crítica na
Europa para fazer face à concorrência global, complementar investigação com inovação (planos de
negócio funcionais), criar alavancas de mercado ao longo das cadeias de valor (grandes e pequenas
empresas), combinar desde o início dos projetos, apoios ao nível da UE, Nacional e Regional.
4.Sessão “Promover a cooperação entre os atores regionais da inovação e facilitar as sinergias” – 4
apresentações
Apresentação de exemplos de cooperação inter-regional na área das KET; sessão presidida pela DG
Investigação e Inovação.
4.1 Oportunidades dos Regulamentos Comunitários para a Cooperação Inter-regional (Anexo XV)
Resumo: apresentação da DG REGIO que começou por referir o Artigo 174º do TFUE que estabelece
como objetivo da UE reduzir as disparidades entre os níveis de desenvolvimento das várias regiões. O
FEDER apoia a cooperação transfronteiriça, transnacional e inter-regional. Para efeitos de financiamento
no período 20014 – 2020 são definidos três tipos de regiões: menos desenvolvidas, transição e mais
desenvolvidas). Foi também apresentada a calendarização prevista para a assinatura dos Acordos de
Parceria, dos Programas Operacionais e dos Programas INTERREG (Cooperação Territorial Europeia).
Existe um incentivo para as ações transnacionais nos Programas Operacionais (não obrigatório),
incluindo a implementação de medidas na área da investigação e da inovação relevantes que emanem
das suas Estratégias de Especialização Inteligente (RIS3) – ex: referência explícita á promoção da
cooperação entre clusters intensivos em investigação e inovação.
No âmbito das RIS3, a cooperação inter-regional assume particular relevância, não se limitando ao
comércio e ao FDI, mas também à I&D&I, serviços de apoio, acesso ao financiamento, etc. Foram
também apresentadas as áreas/domínios que emergem das RIS3 regionais (as mais frequentes são:
Energia, Ciências da Vida, TIC, Ambiente, Agroalimentar, Turismo e Novos Materiais). Por último, foram
abordadas as designadas “Platform Initiatives”, nomeadamente a Iniciativa vanguarda que envolve 15
regiões industriais e que foi posteriormente objeto de uma apresentação neste Workshop e a iniciativa
da CE sobre a criação de Plataformas de Especialização Inteligente para a ajudar as regiões a
desenvolverem os seus programas de especialização inteligente, facilitando os contatos entre empresas
e clusters, facilitando o acesso a tecnologias inovadoras e às oportunidades de mercado.
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4.2 Desenvolver sinergias com a ERA (Anexo XVI)
Resumo: apresentação do IDEPA – Instituto do Desenvolvimento Económico do Principado das Astúrias,
que começou por fazer uma breve caraterização da Região das Astúrias (informação geográfica) e uma
referência às atividades do IDEPA. Seguiu-se uma caraterização sectorial da região, detalhando a
composição do sector industrial e apresentando os instrumentos disponíveis no IDEPA para promover a
inovação. Seguidamente foram apresentadas as atividades de participação do Instituto no âmbito dos
Programas Europeus (7º Programa-Quadro de I&DT e EUREKA). A título de exemplo, o IDEPA participa
como parceiro associado na ERANET – ManuNET, cujo objetivo estratégico é promover a
competitividade da Indústria Transformadora Europeia. Esta participação nas ERANET tem vindo a
crescer e em 2012 a IDEPA associou-se como parceiro pleno da M-era.NET, que é uma rede criada para
apoiar e aumentar a coordenação de Programas Europeus de investigação e respetivos financiamentos
na área da ciência dos materiais e da engenharia. Em 2013 a IDEPA associa-se também à ERA-NET
Oceanera-NET como pleno parceiro, cujo objetivo é coordenar atividades entre os Países e Regiões
Europeias I&I no sector da energia dos oceanos. Em conclusão, foram destacadas as 3 áreas/domínios
prioritários constantes na Estratégia de Especialização Inteligente da Investigação e Inovação da região
das Astúrias: materiais avançados, novos modelos de fabrico e utilidades e tecnologias de rede.
4.3 Maior Exploração dos Conhecimentos e Resultados dos Projetos Europeus de Investigação
(Anexo XVII)
Resumo: apresentação do Eng. José Caldeira (INESC Porto), coordenador do Projeto EXPLORE (Extended
Exploitation of European Research Projects Knowledge and Results”, que se iniciou em setembro de
2013 e terá uma duração de 2 anos. O objetivo do projeto Europeu EXPLORE é desenvolver um
enquadramento susceptível de promover e apoiar a exploração industrial de resultados de projetos
europeus e testá-los e demonstrá-los recorrendo a um grupo selecionado de 10 sectores e 10 regiões.
Um dos principais resultados expectáveis é o “casamento” entre a oferta tecnológica e as necessidades
das empresas e a criação de uma situação “win-win-win”, para os detentores de resultados de
investigação, para os novos candidatos para a exploração de resultados e para as autoridades públicas
(Plataforma de Inovação e Exploração). Outro resultado também muito importante é o desenvolvimento
de redes e alianças para o desenvolvimento de I&D&I industrial. Outputs do projeto EXPLORE além da
referida Plataforma de Inovação e Exploração, Portal EXPLORE; Manual de Exploração de Resultados
EXPLORE e Programas de Educação e Formação EXPLORE. Releva-se que o consórcio EXPLORE entre
parceiros estratégicos e associados, reúne 17 regiões, 11 sectores, 20 empresas industriais líderes e
outras 21 organizações nacionais/regionais (Associações, Clusters, etc).
4.4 A iniciativa VANGUARD: caso piloto na área do fabrico avançado (Anexo XVIII)
Resumo: A Iniciativa VANGUARD é uma iniciativa política das regiões Europeias que pretendem “liderar
pelo exemplo” na aplicação da especialização inteligente, enquanto princípio estratégico de
coordenação no âmbito da política Europeia de inovação e industrial, para promover o novo
crescimento baseado em dinâmicas “bottom-up” das regiões. Pretende igualmente alavancar dinâmicas
regionais de parcerias e clusters existentes através da combinação de instrumentos de apoio a todos os
níveis políticos.
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Esta iniciativa nasceu em 8 de novembro 2013 através de um convite da região da Flandres, reunindo
àquela data 10 parceiros (regiões). Em 30 de janeiro a iniciativa VANGUARD já contava com 15 parceiros
(incluindo a Região Norte de Portugal) tendo nesta data assinado uma “Carta de Compromisso para o
Renascimento Industrial Europeu” endereçada ao Conselho Europeu.
Foi ainda referida uma ação piloto relativa à criação de uma Plataforma de Especialização Inteligente
para o Fabrico Avançado, em que foram identificados os peritos chave nas respetivas regiões para
discutir a possibilidade de constituir esta Plataforma.
3 – CONCLUSÃO
Entre outras, a participação da signatária neste evento permitiu:
- Adquirir conhecimentos sobre os princípios gerais relativamente às sinergias entre Fundos
Estruturais e o Programa Horizonte 2020, bem como, uma maior percepção do papel das
Tecnologias Chave Facilitadoras (KET) nas Estratégias de Especialização Inteligente para a
Investigação e Inovação (RIS3).
- Compreender melhor as oportunidades da combinação de financiamentos provenientes dos
Fundos Estruturais e do Programa Horizonte 2020 no cofinanciamento de projetos industriais, em
particular, na área das KET.
Ao longo da Workshop evidenciaram-se os seguintes aspetos:
i) A necessidade de uma coordenação estreita entre as várias Direções Gerais da CE (DG Empresa
e Industria, DG Investigação e Inovação, DG Política Regional, DG Comunicações, Redes,
Conteúdos e Tecnologia).
ii) A referência das KET ao mais alto nível político, nomeadamente no âmbito das Conclusões do
Conselho Europeu de 21 de março de 2014 sobre política industrial.
iii) A importância das KET nos desafios societais (transição para uma indústria de baixo carbono,
mitigação das alterações climáticas, transportes verdes e inteligentes, envelhecimento
saudável).
iv) A importância da especialização Inteligente enquanto processo dinâmico e a necessidade de
integrar as KET nesse processo (salienta-se que 2/3 das regiões da UE já integraram nas suas
Estratégias de Especialização Inteligente prioridades relacionadas com as KET).
Sublinha-se ainda, a participação dos dois oradores nacionais que partilharam experiências muito
interessantes, respetivamente, sobre a combinação de financiamentos via Fundos Estruturais e via
7º Programa-Quadro de IDT (QREN/COMPETE) e sobre a Exploração de resultados de Projetos
Europeus de I&DT (Projeto EXPLORE, apresentado pelo INESC Porto, coordenador deste projeto).
Por último, uma referência à participação da Região Norte na iniciativa VANGUARD, que visa
“liderar pelo exemplo” na aplicação da especialização inteligente, enquanto princípio estratégico de
coordenação no âmbito da política Europeia de inovação e industrial, para promover o novo
crescimento baseado em dinâmicas “bottom-up” das regiões.
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4 -PROPOSTA
i) Prosseguir e aprofundar o acompanhamento destas matérias, nomeadamente, tendo presente a
necessidade de articular com a participação da DGAE nas reuniões do Grupo de Diretores Gerais
da Empresa (EPG) e do seu Subgrupo EPG Inovação, bem como, potenciando o interface com a
Ciência (FCT /MEC), por via da participação no ERAC (Comité do Espaço Europeu da Investigação e
Inovação).
ii) Divulgar o presente relatório, ao nível do ME, remeter este relatório às entidades com
competências na área da inovação: IAPMEI, COMPETE, AdI, assim como aos Serviços da DGAE e à
Tutela. No universo extra-ME, propõe-se remeter este relatório à FCT/MEC (Delegado nacional
efetivo no ERAC), assim como à DGAE/MNE.
A Chefe de Divisão
Cristina Guedes
ANEXOS:
ANEXO I - Agenda
ANEXO II - Lista participantes
ANEXO III – KET_ CoR
ANEXO IV - ESIF_H2020 DG REGIO
ANEXO V – KET_RIS3
ANEXO VI – RIS3 Norte Holanda
ANEXO VII – KET_RIS3_ Eslovénia
ANEXO VIII – RIS3 DG CNET
ANEXO IX - COMPETE
ANEXO X - KET & ENIAC
ANEXO XI – KET DG ENTR
ANEXO XII – EUnited
ANEXO XIII – KET País Basco
ANEXO XIV - CEFIC
ANEXO XV – Coop Interregional DG REGIO
ANEXO XVI – IDEPA & ERA_NET
ANEXO XVII – EXPLORE INESC Porto
ANEXO XVIII – Iniciativa VANGUARD

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