Aula 12 e 13 Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa
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Aula 12 e 13 Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa
Prof. Dr. Franciscleudo B Costa UATA/CCTA/UFCG Aula 12 e 13 Universidade Federal de Campina Grande Ciclo do Ácido Cítrico e Fosforilação Oxidativa Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos Reações anfibólicas Visão Geral do Ciclo do Ácido Cítrico BIOQUÍMICA GERAL Função Cadeia de Transporte de Elétrons Campus Pombal Fosforilação oxidadiva REAÇÕES ANFIBÓLICAS Ciclo do Ácido Cítrico O ciclo do ácido cítrico ou de Krebs é uma rota anfibólica, ou seja, possui reações catabólicas e anabólicas, com a finalidade de oxidar a acetil-CoA (acetil coenzima A), que se obtém da degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2. 2º Estágio da respiração, oxidação de ácidos carboxílicos 1. CO2 NADH 2. O piruvato derivado da glicose será convertido em uma molécula de 2 C, o acetil-CoA + CO2. 3. O ciclo de Krebs é uma rota central para a recuperação de energia a partir de vários combustíveis metabólicos, incluindo carboidratos, NADH Piruvato, 3C O ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs ou ciclo do ácido tricarboxílico – TCA), oxida biomoléculas metabólicos. NAD+ MITOCÔNDRIA Enzima málica Visão geral do ciclo do ácido cítrico Acetil CoA, 2C CO2 NAD+ NADH desidrogenases NAD+ NAD+ Oxaloacetato, 4C NADH Malato, 4C Fumarato, 4C FADH2 desidrogenases FAD Ciclo do Ácido Carboxílico CO2 2-Oxaloglutarato 5C ácidos graxos e aminoácidos, que são convertidos a acetil-CoA para Sucinato, 4C a oxidação. GTP 4. desidrogenases Citrato, 6C Isocitrato , 6C Fornece reagentes para várias rotas biossintéticas. desidrogenases ADP ADP NAD+ ATP NADH Succinil CoA , 4C CO2 1 Prof. Dr. Franciscleudo B Costa UATA/CCTA/UFCG CATABOLISMO DE MOLÉCULAS ORGÂNICAS Degradação de macromoléculas Monômeros PROTEÍNAS AMINOÁCIDOS CARBOIDRATOS GLICOSE LIPÍDIOS ÀC. GRAXOS PIRUVATO Acetil-CoA Respiração Aeróbia CICLO DE KREBS CADEIA RESPIRATÓRIA Respiração aeróbia: a célula obtém energia da molécula de glicose em uma seqüência de quatro vias principais: glicólise, oxidação do piruvato, o ciclo de Krebs e a cadeia de transporte de elétrons. O oxigênio é o receptor final do oxigênio. Na respiração anaeróbia os elétrons são transferidos para outros compostos orgânicos. Visão geral do ciclo do ácido cítrico 5. Sob condições aeróbicas, o piruvato entra na mitocôndria juntamente Produtos metabólicos finais NH3 CO2 H2O Flavina adenina dinucleotídeo (FAD) FAD com H+, através de uma proteína de transporte simporte, para ser adicionalmente oxidado. Riboflavina (Vitamina B2) 6. O piruvato é convertido a acetil-CoA pela piruvato desidrogenase na FADH2 presença de NAD+. 7. Os grupos acetil entram no ciclo como parte do composto de alta energia acetil-CoA (tioésteres possuem alta energia livre de 2 eo + 2H+ hidrólise). FMN Considerações Importantes Considerações Importantes 1. 2 átomos de C deixam o ciclo na forma de CO2. Estes 2 átomos que deixam o ciclo são diferentes dos que entraram na mesma volta (ou seja, não vieram do Acetil-CoA). 6. O NADH e o FADH2 produzidos no ciclo são oxidados pela 2. Uma ligação de alta energia é formada - GTP (fosforilação ao nível do substrato). 3. 5 átomos de H deixam o ciclo por volta, 3 como NADH e 2 como FADH2. 4. Duas moléculas de H2O são consumidas, uma na síntese do citrato e a outra na hidratação do fumarato. 5. 4 dos 8 passos do processo são oxidações e a energia nelas liberada é conservada, com alta eficiência, na formação dos cofatores reduzidos (NADH e FADH2). CTE na membrana mitocondrial interna. Para cada NADH oxidado formam-se ≈ 3 ATP e para cada FADH2, formam-se ≈ 2 ATP. Quando os 3 NADH e o FADH2 são oxidados na CTE, formam-se 11 ATP, mais um GTP formado diretamente. Ou seja, 12 ligações fosfato de alta energia são formadas para cada acetil-CoA. 7. O oxigênio não participa diretamente do ciclo do ácido cítrico, porém o ciclo só funciona em aerobiose, porque o NAD+ e FAD só podem ser regenerados na mitocôndria pela transferência de e- ao O. Portanto, o ciclo do ácido cítrico é estritamente aeróbico. 2 Prof. Dr. Franciscleudo B Costa UATA/CCTA/UFCG Glicólise + Ciclo de Krebs Rendimento energético da respiração 1° parte ADP+ Pi Via metabólica Substratos Produtos ATP Glicólise 1 Sucrose 4 ADP + 4 Pi 4 NAD+c 4 Piruvato 4 ATP 4 NADHc 4 Ciclo de Krebs 4 Piruvato 4 ADP + 4 Pi 16 NAD+m 4 FAD 12 CO2 4 ATP 16 NADHm 4 FADH2 ATP 12CO2 + 48H+ + 48e- C12H24O11 + 12H2O NADH Transporte de elétrons e Fosforilação oxidativa 4 2° parte ATP 12O2 + 48H+ + 48eNADH - 0,4 NADH NAD+ Complexo I - 0,2 produto Ex.: Fotossíntese t ENDOTÉRMICA 6CO2 + 12H2O + LUZ C6H12O6 +6O2 + H2O 0 Em (volts) ENERGIA energia ENERGIA 24H2O FADH2 Cadeia Transporte de Elétrons Energia nas reações químicas reagentes 2 eo Succinato Fumarato Complexo II 2 eo Citc 2 eo + 0,4 Complexo IV energia + 0,6 produtos t 2 eo Ex.: Respiração celular EXOTÉRMICA + 0,8 2 H+ + 1/2 O2 C6H12O6 + CO2 +6CO2 + 6H2O + Energia Transferência de Elétrons Alto nível de energia H2 O Complexos Cadeia Transporte Elétrons NAD+ Espaço entre Membranas 2e FMN 2e Q 2e - Matriz Cyt b I 2e 2H2O 2H+ + ½ O2 Baixo nível de energia UQ 2 eo Complexo III + 0,2 reagente NADH FADH2 II Complexo I- NADH desidrogenase Complexo II- Succinato desidrogenase III IV V Complexo IV- Citocromo C oxidase Complexo V- ATP sintase Complexo III- Citocromo bc1 3 Prof. Dr. Franciscleudo B Costa UATA/CCTA/UFCG Cadeia transporte de elétrons mitocondrial Complexo I Matriz Complexo III Complexo II Espaço intermembrana Complexo IV ADP + Pi ATP Fosforilação Oxidativa A fosforilação oxidativa é uma via metabólica que utiliza energia libertada pela oxidação de nutrientes de forma a produzir trifosfato de adenosina (ATP). O processo refere-se à fosforilação do ADP em ATP, utilizando para isso a energia libertada nas reações de oxidação-redução. A fosforilação oxidativa é necessária no metabolismo, no entanto, produz espécies reativas de oxigênio como o superóxido e o peróxido de hidrogênio, que induzem a propagação de radicais livres, danificando componentes celulares (oxidando proteínas e lipídios de membrana) e contribuindo para processos de envelhecimento celular e patologias. Mecanismos Alternativos Redução de ATP Espaço intermembrana Inibidores da CTE mitocondrial I II Rotenona Matriz Oxidase alternativa ADP + Pi ATP III Malonato Antimicina A COO Mixotiazol CH2 IV V Cianeto Oligomicina B Azida CO COO Termogênese (Aráceas) Sauromatum guttatum Funções fisiológicas da OXalt e da PUMP Espádice superior Produção de intermediários metabólicos quando a [ATP] Bráctea Regeneração de NAD+ quando a CTE estiver “saturada” Produção de calor - rompimento da camada de gelo Flores masculinas - volatilização de compostos atrativos para polinização Espádice inferior Mecanismo antioxidativo (evitar producão radicais livres) Flores femininas 4 Prof. Dr. Franciscleudo B Costa UATA/CCTA/UFCG Rendimento energético da respiração Respiração Aeróbica / Sacarose CITOSOL MATRIZ MITOCÔNDRIAS MEMBRANA INTERNA Glicólise Ciclo de Krebs Fosforilação Oxidativa 4 ATP + 4 ATP 4 NADH + 16 NADH Via metabólica Substratos Produtos ATP Glicólise 1 Sucrose 4 ADP + 4 Pi 4 NAD+c 4 Piruvato 4 ATP 4 NADHc 4 Ciclo de Krebs 4 Piruvato 4 ADP + 4 Pi 16 NAD+m 4 FAD 12 CO2 4 ATP 16 NADHm 4 FADH2 12 O2 4 NADHc 16 NADHm 4 FADH2 24 H2O 4 NAD+c/m 16 NAD+m 4 FAD 8 ATP = 52 ATP = 4 FADH2 60 ATP Fosforilação oxidativa 3.010kJ mol-1 52% energia livre + 4 6 - 10 40 6 Calor Respiração Glicólise Ciclo de Krebs (Citosol) (Mitocôndria) Fase de ingresso ao ciclo de Krebs Cadeia transportadora de elétrons NADH Acetil CoA ATP ADP piruvato Ca2+ + - PDH cinase ATP Piruvato ADP NAD+ CoA ▬ CO2 PDH inativo P PDH ativo NADH Acetil CoA ATP ▬ PDH fosfatase P + Insulina Ca2+ Ciclo do Glioxalato Importante: Um alto valor da relação [ATP] / [ADP] ou da relação [NADH] / [NAD+] INIBE o ciclo de Krebs (-) ATP (-) NADH (-) Succinil CoA Oxalo-acetato Citrato Malato Isocitrato (-) ATP Fumarato (-) NADH -ceto-glutarato (+) ADP Succinato (+) Ca2+ Succinil-CoA (-) ATP (-) NADH (-) Succinil CoA (+) Ca2+ 5 Prof. Dr. Franciscleudo B Costa UATA/CCTA/UFCG Tecidos diferentes respiram com taxas diferentes Função O ciclo de Krebs é responsável por cerca de 2/3 do total da Apical do caule oxidação de C na maioria das células. Os produtos dessa via são CO2 e Folha Nó Entrenó Gema e- na forma de NADH. O CO2 é descartado do ciclo, enquanto os e - de alto energia do NADH passam por uma CTE ligada à membrana e combina-se com o O2, produzindo H2O. Fitômero Embora o ciclo de Krebs, em si, não use O2, mas ele é necessário, pois não há outra forma eficiente do NADH livrar-se dos e-, e assim, regenerar o NAD+ necessário para manter o ciclo funcionando. Apical da raíz Estádios do desenvolvimento de frutos 100 3 crescimento do fruto 2 50 Início do florescimento climatérica respiração 1 respiração 80 Tempo Divisão Dias após a germinação 100 Climatério em banana 60 2 0 Climatérico Senescência Alongamento Maturação 3 ,0 CO2 50 2 ,5 2 ,0 40 C2H4 30 1 ,5 1 ,0 20 0 ,5 10 0 ,0 0 5 10 15 20 25 (mL /kg/h) kg-1 h-1 60 (ml/kg/h) mL kg-1 h-1 0 40 Produção de etileno Produção de C2H4 20 não climatérica 0 Produção de CO Produção de CO2 CO2 liberado (mg g-1 MS h-1) Respiração de plantas de girassol em desenvolvimento 30 D iArmazenamento, a s a p ó s a c o ldias h e it a 6 Prof. Dr. Franciscleudo B Costa UATA/CCTA/UFCG Fatores ambientais Atividade metabólica com controle de O2 e CO2 Ar O2 anaerobiose CO2 O2 Composição da atmosfera, CO2 e O2 O2< 1 - 2% CO 2 CO2 > 20% Temperatura Estresses Fatores de natureza biótica e abiótica O2 CO2 3-8% O2/ 3-10% CO2 / N2 Atmosfera Modificada Otimizada 7
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