Em discussão: testes rápidos de diagnósticos médicos

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Em discussão: testes rápidos de diagnósticos médicos
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NESTA EDIÇÃO
Nota de Esclarecimento
Confira a opinião dos nossos colunistas e
as novidades do mercado atual
Dr. Paulo Cesar Naoum
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto-SP
“Em Discussão: Testes rápidos de Diagnósticos Médicos”, pág. 12
Dr. Irineu Grinberg
SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
“ Legislação,Qualidade e Honorários”, pág. 20
Dr.Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais,Clínicas e Laboratórios
do Estado de São Paulo (FEHOESP e
SINDHOSP) e do SINDRibeirão.
“O Ano do Remédio Amargo”, pág. 22
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM-1º Região
Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP
Presidente do XIV CBB e II CIB
“Vamos falar de tempo” , pág. 28
Pedro Silvano Gunther
Diretor da Hotsoft
“Como ‘não’ cortar custos em
Saúde”, pág. 30
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3
Hospital das Clínicas
da Faculdade de
Medicina de
Ribeirão Preto-SP
C
onsiderando que o Hospital das Clínicas foi
citado em matérias veiculadas pela imprensa,
relativas à autorização judicial concedida para a
realização de cirurgia no exterior da pacienteJúlia Marcheti
Ferraz de 5 anos de idade, como não dispondo de condições
para realizar o procedimento cirúrgico pleiteado, temos a
informar:
1- Trata-se de paciente de Ribeirão Preto, acompanhada
previamente em nosso Hospital e que teve aqui, em vista
dos nossos recursos, indicação de procedimento cirúrgico.
2- Este procedimento cirúrgico (rizotomia dorsal
seletiva, indicada para portadores de paralisia cerebral
em graus 3, 4 ou 5) é realizado rotineiramente em nosso
Hospital, com a mesma técnica empregada em Saint Louis,
nos Estados Unidos. Inclusive, referido procedimento
consta da Tabela SUS, conforme Convênio mantido entre
o HCFMRP e o Ministério da Saúde.
3- Nosso Hospital conta com médicos e profissionais
de apoio, habilitados e treinados para este fim, com
resultados perfeitamente superponíveis aos reportados
internacionalmente.
4 - Contamos com recursos técnicos, como
monitorização neurofisiológica intra-operatória e para
reabilitação (disponíveis no nosso Centro de Reabilitação,
vinculado à Rede Luci Montoro), bem como com pessoal
treinado não só para indicar o procedimento como
monitorizar o paciente e reabilitá-lo no pós operatório.
5- Quando solicitadas, oferecemos prontamente todas
as explicações requeridas pelas autoridades competentes.
Por todo o exposto, causou-nos surpresa a liberação
dessa cirurgia para ser realizada nos Estados Unidos,
quando possuímos infraestrutura e pessoal altamente
especializado e capacitado para esse fim.
A Direção
Diagnóstico
bioMérieux tem o primeiro teste rápido com
autorização de uso nos Estados Unidos para
diagnóstico de casos de EBOLA
S
istema, adotado em 300 hospitais, foi criado pela subsidiária BioFire
Defense e tem autorização de emergência do FDA (Food and Drug
Administration)
A bioMérieux, empresa francesa líder mundial em diagnóstico in vitro,
acaba de protocolar na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
o pedido de registro no Brasil para o FilmArray, sistema que simplifica os
testes moleculares desde a preparação de diferentes tipos de amostras até a
análise automática dos resultados e é capaz, em apenas uma hora, de detectar
microrganismos por meio de painéis.
Os painéis atualmente disponíveis são: Painel de Sepse (infecção
generalizada que pode levar à morte) que detecta 24 microrganismos – fungos e
bactérias, além de mecanismos de resistência a antibióticos como, por exemplo,
a superbactéria presente em hospitais; Painel de Gastroenterites (inflamação
aguda que compromete os órgãos do sistema gastrointestinal e que são
responsáveis por grande número de internações em hospitais e, dependendo
da gravidade, podem levar à morte), que detecta 22 microrganismos, entre eles
vírus, parasitas e bactérias como a Salmonella; Painel Respiratório, que detecta
20 microrganismos, entre eles bactérias e vírus como o H1N1 (responsável pela
gripe suína); e o Painel do EBOLA.
O sistema, desenvolvido pela BioFire Defense, subsidiária da empresa,
recebeu recentemente autorização de emergência do FDA (Food and Drug
Administration), agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados
Unidos, como o primeiro teste disponível para diagnóstico do EBOLA em seres
humanos, em virtude de seu desempenho, eficácia e facilidade de uso.
Como funciona – O FilmArray é uma técnica de biologia molecular que não
exige pessoas especializadas para o seu manuseio, nem ambiente de laboratório
com estrutura para testes de Biologia Molecular. Ele consiste em uma estação
de trabalho, na qual é inserido o painel, uma espécie de cartucho a vácuo, com
diferentes reservatórios, onde ficam os reagentes. Nele é injetada a solução de
hidratação com uma seringa e depois a amostra a ser analisada.
O painel é colocado na máquina (cujo tamanho aproximado é o de um
notebook) e tem início a análise da amostra: os ácidos nucleicos são extraídos,
para que o DNA e o RNA (compostos orgânicos envolvidos na transmissão de
caracteres hereditários e na produção de proteínas compostas, que são o principal
constituinte dos seres vivos) sejam purificados.
Finalmente, por meio da técnica chamada Multiplex PCR, em que um
fragmento específico da molécula de DNA é amplificado milhares de vezes em
curto espaço de tempo, os microrganismos presentes são identificadas pelo
Software FilmArray e dão origem aos resultados da amostra. Todo o processo
leva apenas uma hora para ser concluído.
No Brasil, a bioMérieux protocolou o pedido de registro na Anvisa para
o equipamento FilmArray e para o painel Respiratório, que detecta H1N1 e
Influenza, entre outros vírus de grande importância médica. No início de 2015,
serão protocolados os pedidos para os painéis de Sepse e Gastroenterites.
Investimento – A expectativa é que, quando aprovado, o equipamento
FilmArray esteja disponível no mercado brasileiro pelo valor aproximado de US$
100 mil (cerca de R$ 250 mil) e que cada painel custe em torno
de US$ 200 (cerca de R$ 500). O investimento compensa na
economia gerada para hospitais, tanto na diminuição de
tempo de internação, quanto no uso indevido de antibióticos
e na decisão de iniciar
ou não tratamentos
específicos, visto que
o diagnóstico rápido
e preciso é de extrema
importância para o
tratamento correto e
oportuno.
ANVISA aprova primeiro teste rápido
para a febre chikungunya
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu
registro para o teste rápido para diagnóstico da febre chikungunya.
O exame fabricado e comercializado pela empresa OrangeLife,
única no país com responsável pela produção, faz uma análise precoce da
doença. Com apenas uma gota de sangue o teste rápido detecta nas primeiras
24 horas de infecção a presença do anticorpo IgM (partícula do vírus causador
da chikungunya).
Marco Collovati, médico e presidente da empresa, destaca que o exame é
rápido e pode ser feito na beira do leito. “Funciona colocando uma gota de sangue
em um recipiente com uma fita plástica. Depois são depositadas três gotas de uma
solução química. O resultado sai em dez minutos. Se aparecerem duas linhas, o
diagnóstico é positivo; se houver apenas uma linha, é negativo”, explica.
O último levantamento do Ministério da Saúde aponta 2.258 casos
confirmados de febre chikungunya no Brasil, sendo 233 por critério laboratorial
e 2.025 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 93 casos são importados,
ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como
República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
A chikungunya tem sintomas parecidos com a dengue. Assim, até a
confirmação da doença, é proibido por exemplo o uso da aspirina para aliviar as
dores. O medicamento faz bem a quem tem chikungunya, mas é contraindicado
em caso de dengue.
O tratamento consiste no alívio dos sintomas, que costumam durar de três
a dez dias. É recomendado repouso, hidratação e o uso de analgésicos como o
paracetamol.
Conselho Federal de Medicina
Serviços de saúde devem prover equipes
de ensino sobre HIV e AIDS e de meios
preventivos, diz recomendação do CFM
U
ma nova Recomendação do Conselho Federal de Medicina
(CFM), publicada nesta no dia 29 de janeiro, preconiza que
medidas preventivas devem ser adotadas – pelos estabelecimentos
e instituições de saúde – em relação à infecção pelo HIV. Estas medidas
englobam treinamento a toda a equipe nas precauções universais; oferecer a
todos os profissionais da área acesso à equipe multidisciplinar para suporte e
orientação sobre os riscos de infecção ocupacional por patógenos carreados
pelo sangue; e propiciar a existência de condições de trabalho suficientes e
aptas para a salvaguarda de todas as medidas já definidas. Link na integra:
http://www.portal.cfm.org.br/images/Recomendacoes/7_2014.pdf
O documento ressalta a importância de que a informação e o ensino
em relação à infecção pelo vírus devem ser passados continuamente
aos profissionais de saúde e à população em geral, visando, sobretudo, o
entendimento dos mecanismos de contaminação pelo HIV e outros microorganismos. Segundo o texto, a divulgação desse conhecimento ajudará não
só a limitar a possibilidade de novos casos, como a diminuir a discriminação
contra os portadores do vírus.
Estes são alguns dos aspectos abordados na Recomendação 7/14, que
também indica procedimentos, cuidados, tratamentos e precauções aos
médicos vivendo com HIV ou AIDS, assim como ressalta seus direitos.
Além de abordar a conduta que deve ser observada pelos serviços de saúde
e hospitais em relação ao tema, o documento trata das medidas que o
profissional vivendo com HIV ou AIDS deve adotar no âmbito do cuidado
ao paciente e em relação à equipe de saúde.
Orientações aos médicos – Segundo a Recomendação, médicos
vivendo com HIV ou AIDS devem zelar pela aplicação de todas as normas
relacionadas às precauções universais, que consistem em considerar como
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potencialmente infectantes o sangue e as secreções que contenham sangue
visível, adotando proteções de barreira, como luvas, máscaras, capotes,
gorros e proteção ocular, visando impedir o contato destes fluidos com pele
e mucosas.
O relator do documento e diretor-tesoureiro do CFM, José Hiran da Silva
Gallo, ressalta que “o termo universal refere-se a todos os profissionais de
saúde e pacientes, independente do conhecimento ou suspeita de infecção
pelo HIV e/ou por outros patógenos carreados pelo sangue”, ou seja, o médico
vivendo com HIV ou AIDS não precisa adotar medidas extras além do
cumprimento rigoroso daquelas já preconizadas – imbuído do compromisso
de não expor ao risco os pacientes, membros de sua equipe ou qualquer outra
pessoa. Nesse sentido, outro ponto crucial é que este profissional se mantenha
atualizado nas técnicas invasivas praticadas por ele e sua equipe.
Sigilo – O documento ressalta ainda que deve ser garantido ao médico
nesta condição o sigilo e a confidencialidade sobre a sua patologia; bem como
a possibilidade de que ele decida livremente se e como serão divulgados os
dados relativos ao seu estado. O médico vivendo com HIV ou com AIDS
também tem garantido o direito de não ser discriminado no trabalho em
razão de sua condição, e deverá ter acesso às informações necessárias ao
tratamento adequado.
Em 1992, o CFM emitiu uma orientação sobre HIV em um documento
extenso (o Parecer 11/92, que continua válido) que aborda vários aspectos,
como o direito da mulher infectada pelo HIV à gestação e a triagem sorológica
de pacientes e médicos em ambiente hospitalar, entre outros pontos. A
necessidade de uma abordagem mais objetiva e atualizada, especificamente
sobre médicos vivendo com HIV ou com AIDS, justificou que se aprovasse a
Recomendação 7/14.
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SINDCONT-SP
o mercado atual
Marcadores de Glicemia
A
fisiopatologia do diabetes varia, mas todos os pacientes possuem um distúrbio
metabólico comum: o metabolismo dos
carboidratos que provoca a hiperglicemia. Muitos
pacientes com diabetes podem desenvolver complicações debilitantes como: retinopatias, nefropatias,
infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, dentre outras. Os estudos revelam que a redução da concentração de glicose diminui estas complicações1, 2 .
A determinação de Hemoglobina glicosilada
(Hb A1c) tem sido aceita como um critério para o
diagnóstico de diabetes3. Esta dosagem reflete a glicemia a longo prazo, ou seja, a exposição da glicemia
média durante os últimos 2-3 meses4 porque a glicose se une de forma irreversível à hemoglobina dos
eritrócitos por um processo denominado glicação.
Existem outros marcadores alternativos para
glicemia. Um desses é a frutosamina, nome genérico dado às cetoaminas originadas por um rearranjo
molecular após a glicose reagir com os grupos amino
das proteínas do soro. Como a albumina é a proteína
mais abundante no soro, a frutosamina é predominantemente uma medida de albumina glicada, a qual
também pode ser ensaiada diretamente5. A vida média da albumina no sangue é de 14-20 dias, de modo
que ambas, frutosamina e albumina glicada, indicam
a concentração de glicose sanguínea média durante
as últimas 2 semanas. A frutosamina e a albumina
glicada são extracelulares e têm vários atributos
úteis, incluindo a independência de ambas da vida
média dos eritrócitos ou o transporte da glicose através das membranas celulares. Os ensaios são rápidos,
tecnicamente fáceis e de baixo custo, no entanto, as
mudanças na concentração de proteínas e a vida média podem afetar a frutosamina.
Outro indicador de glicemia é 1,5 anidroglucitol
(1,5-AG), um monossacarídeo 6-carbono que não é
metabolizado6. Como a glicose na urina concorre
para a reabsorção de 1,5-AG pelos rins, as concentrações de glicose no sangue que excedam o limiar
renal podem reduzir o 1,5-AG circulante.
Juraschek Stephen P. et al.7 concluem que há um
crescente interesse por esses marcadores sorológicos
como alternativas à glicemia de jejum ou Hb A1c
quando estas medidas não estão disponíveis, quando
o controle glicêmico intermediário (uma semana a
um mês) é de interesse e em situações que reduzem
o significado das determinações da glicose de jejum
(variação diurna, glicólise ou deterioração amostra)
ou da Hb A1c (hemoglobinopatias, hemólise ou volume de células vermelhas alterado)8. O estudo aumenta o conhecimento sobre os marcadores alternativos
de glicemia e também promove a discussão, chamando a atenção para as questões-chave que precisam ser
abordadas em pesquisas futuras para que essas relações possam ser esclarecidas, para a compreensão da
fisiopatologia, para avaliar o risco de complicações,
para o diagnóstico do diabetes ou mesmo para entender os possíveis papéis dos três marcadores sorológicos no monitoramento da doença.
A Biotécnica disponibiliza o kit Frutosamina
(cat 10.017.00) com reagente líquido pronto para
uso, acompanha calibrador e também o kit Hemoglobina A1c turbidimétrica (cat 20.009.00) com reagentes líquidos prontos para uso, ambos totalmente
automatizáveis.
1. Diabetes Control and Complications Trial Research Group.
The effect of intensive treatment of diabetes on the development and
progression of long-term complications in insulin-dependent diabetes mellitus. N Engl J Med 1993;329:977–86.
2. UK Prospective Diabetes Study (UKPDS) Group. Intensive
blood-glucose control with sulphonylureas or insulin
compared
with conventional treatment and risk of complications in patients
with type 2 diabetes (UKPDS 33). Lancet 1998;352:837–53.
3. American Diabetes Association. Diagnosis and classification
of diabetes mellitus.Diabetes Care 2010;33(Suppl 1):S62–9.
4. Goldstein DE, Little RR, Lorenz RA, Malone JI, Nathan DM,
Peterson CM . Tests of glycemia in diabetes. Diabetes Care 2003;26
Suppl 1:S106–8.
5. Koga M, Kasayama S. Clinical impact of glycated albumin as
another glycemic control marker. Endocr J 2010;57:751–62.
6. Dungan KM. 1,5-anhydroglucitol (GlycoMark) as a marker
of short-term glycemic control and glycemic excursions. Expert Rev
Mol Diagn 2008;8:9–19.
7. Juraschek SP, Steffes MW, Selvin E . Association of alternative markers of glycemia with hemoglobin A1c and fasting glucose.
Clin Chem 2012;58:1648–55.
8. Saudek CD, Derr RL, Kalyani RR. Assessing glycemia in
diabetes using self-monitoring blood glucose and hemoglobin A1c.
JAMA 2006;295:1688–97.
Enrique Juan Brown
www.biotecnica.ind.br
[email protected]
+55 (35) 3214-4646
Operadores da área de
saúde devem entregar
Dmed
O
Sindicato dos Contabilistas de
São Paulo – Sindcont-SP informa
que os operadores de planos de
saúde, hospitais, laboratórios, clínicas médicas
ou odontológicas, independentemente da
especialidade, deverão enviar a Declaração de
Serviços Médicos e de Saúde – Dmed à Receita
Federal do Brasil – RFB até as 23h59min59s
(vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e
cinquenta e nove segundos), horário de Brasília,
do dia 31 de março de 2015.
O documento, que reúne informações
sobre os valores recebidos pelos prestadores
dos serviços de saúde de pessoas físicas durante
ano-calendário de 2014, deverá ser transmitido
em meio digital, pelo aplicativo que já está
disponível no site da Receita Federal do Brasil.
O uso de certificado digital válido é obrigatório
nesta operação, exceto para os optantes do
Simples Nacional. Os profissionais liberais
prestadores de serviços médicos e de saúde
deverão entregar a Declaração somente se
estiverem equiparados a pessoa jurídica.
De acordo com o presidente do Sindicato
dos Contabilistas de São Paulo – SindcontSP, Jair Gomes de Araújo, a “Dmed permite à
Receita Federal do Brasil obter informações
sobre os gastos com saúde dos contribuintes
de forma rápida, detalhada e assertiva, por
meio das prestadoras de serviços de saúde e das
operadoras de planos privados de assistência à
saúde.”
A Dmed entregue ao fisco pelos prestadores
de serviços deverá trazer o número do Cadastro
de Pessoa Física - CPF, o nome completo do
responsável pelo pagamento e do beneficiário
do serviço, bem como os valores recebidos
de pessoas físicas, individualizados por
responsável pelo pagamento.
8
“Já o documento transmitido pelas
operadoras de plano privado de assistência à
saúde deve informar o CPF e nome completo do
titular e dos dependentes, os valores recebidos
das pessoas físicas, individualizados por
beneficiário titular e dependentes, bem como a
quantia reembolsada à pessoa física beneficiária
do plano, individualizados por beneficiário
titular ou dependente e por prestador de
serviço”, explica o dirigente da entidade, que
representa mais de 80 mil profissionais da
contabilidade atuantes na Região Metropolitana
de São Paulo.
São considerados objetos da Dmed
os serviços prestados por psicólogos,
fisioterapeutas,
terapeutas
ocupacionais,
fonoaudiólogos,
dentistas,
hospitais,
laboratórios, serviços radiológicos, serviços
de próteses ortopédicas e dentárias, clínicas
médicas de qualquer especialidade, e os
prestados por estabelecimento geriátrico
classificado como hospital pelo Ministério da
Saúde e por entidades de ensino destinadas à
instrução de deficiente físico ou mental.
Os operadores que não entregarem a
declaração no prazo estipulado estão sujeitos
à multa de R$ 5 mil por mês-calendário
ou fração. Caso o documento contenha
informações inexatas, incompletas ou omitidas,
a multa poderá ser de 5%, não inferior a R$
100,00, do valor das operações comerciais,
por transação. “Importante ressaltar que a
prestação de informações falsas ou a omissão
de dados na Dmed configura hipótese de crime
contra a ordem tributária, prevista no artigo 2º
da Lei nº 8.137/1990. Ou seja, além da aplicação
da multa, a prática pode resultar em detenção
pelo período de seis meses a dois anos”, lembra
Araújo.
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Opinião
Em discussão: testes rápidos de diagnósticos médicos
A
s mídias do Brasil e exterior divulgaram recentemente
informações sobre uma empresa americana engajada
em transformar um antigo desejo médico em realidade. Trata-se do Point-of-care diagnostic testing, que no Brasil
foi transformado no simplório Teste em beira de leito. A empresa
americana, a despeito de algumas manifestações contrárias, entrou
no mercado para tornar o teste mais que um teste em beira de leito,
desejando que o POCT, sigla inglesa do point-of-care diagnostic
testing, se espalhe para os consultórios médicos, emergências, ambulatórios, etc., personalizando-o, inclusive, por meio de grupos de
análises para especialidades: cardiologia, pediatria, endocrinologia,
imunologia, etc. Mas a mídia, como todos sabem, às vezes é afoita,
notadamente quando está em disputa os pontos de audiência. Vai
daí que o programa Fantástico da rede Globo fantasiou o POCT
mais que o necessário, sem que profissionais de credibilidade das
áreas de medicina laboratorial e de análises clínicas fossem convidados para opinarem a esse respeito. Conclusão, num país com
quase 70% de analfabetos funcionais- aqueles que leem ou ouvem,
sem entender o que estão lendo ou ouvindo- tiveram as mais diversas interpretações, inclusive alguns profissionais da área laboratorial. Mas, há de se considerar que quando novas tecnologias são
colocadas no mercado internacional, vários testes foram realizados
para garantir seus sucessos.
A tecnologia em questão vai dispor, por exemplo, de análises
de grupos de exames usados para check-up por menos de cinco
dólares ou treze reais, na cotação média de janeiro, com a seguinte
atração: “com apenas duas gotas de sangue”. Qual cliente não pagaria esse valor, sem precisar de recorrer às incríveis dificuldades
criadas por planos de saúde? Qual médico teria dificuldade de
puncionar o dedo do(a) cliente para retirar uma ou duas gotas de
sangue, embeber num placa de gel, incubar por cinco minutos, e ter
os resultados à disposição durante a consulta? A praticidade do ato
é, em uma simples palavra, fenomenal. Diante do avanço dessa tecnologia ecoam gritos e, em alguns lugares, berros, com o intuito de
desconstruir (esta palavra que representa nociva ação de destruição
pessoal ou de ideia, foi praticada recentemente e com sucesso pela
monarquia vigente do Planalto) a genial ideia da empresa americana. É importante discutir a aplicação do POCT, de avaliar as suas
sensibilidade e reprodutibilidade técnicas em situações diversas e
comparar com o estado atual do que nos é oferecido. Mas convenhamos, as estruturas técnicas que os laboratórios usam nos dias
atuais estão embasadas em propostas apresentadas há mais de 50
anos. Com exceção dos anticorpos monoclonais, biologia molecular, citogenética de hibridização, tudo tem a mesma base cinquentenária. “Modernamente”, são equipamentos gigantescos que mais
se parecem com aqueles da “linha branca” (sim, aquela mesma linha que promoveu o milagre da ascensão da classe D à classe C na
nossa amada pátria) e que ao permitirem a realização de centenas
a milhares de análises em pouco tempo se acabam emperrando
na burocracia natural de qualquer laboratório, que faz com que o
Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum
Professor Titular pela UNESP
Diretor da Academia de
Ciência e Tecnologia
Acadêmico da ARLC
tempo da emissão do resultado final se iguala àqueles feitos por
equipamentos manuais. Uma discussão, que é óbvia num país que
somente oferece cursos para que profissionais se tornam empregados, é sobre o desemprego que essa tecnologia vai desencadear.
Ora, os bons continuarão a ter oportunidade de emprego pois técnicas sofisticadas de citogenética, biologia molecular e imunologia
certamente não poderão ser vendidas a treze reais. Ah! mas tem
mais uma outra discussão. A dos donos de laboratório. E agora, o
que vai acontecer com o meu laboratório? Fique tranquilo, doutor! Nosso organismo tem mais de 20 mil proteínas, e analisamos
apenas cerca de 50 delas. Veja que oportunidade para investir em
19.950 proteínas!
POINT OF CARE DIAGNOSTIC TESTING
Novos cargos
Cresce mercado de trabalho para profissionais da saúde
Se o ano parece difícil, uma coisa é certa: o setor de saúde
seguirá como um dos principais empregadores do Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, hoje a área responde por 10%
do emprego qualificado do brasil e quase 10% do Produto
Interno Bruto. “O uso de novas tecnologias, o aumento da
expectativa de vida e a preocupação da população em ter uma
vida mais saudável reforçam esse cenário”, explica Vânia Alencar,
gerente da Luandre, onde 25% dos mais de 55 mil contratos
administrados anualmente são para o setor de saúde. Mesmo
com uma perspectiva nebulosa para a economia brasileira, a
consultoria, uma das maiores do país, espera uma alta de 15%
no primeiro semestre em relação aos empregos gerados pela área
no mesmo período do ano passado.
Hoje são 2000 vagas abertas em todo o Brasil, para atuar nos
mais variados postos e cargos. E, além da empregabilidade, há
outras vantagens para quem escolhe o setor. Por funcionarem 24
horas, os hospitais proporcionam maiores chances de horas extras
e adicionais noturnos. Trabalhando durante o final de semana ou
na madrugada, por exemplo, os salários podem até dobrar. “Além
do bônus pelo horário, o colaborador ainda conta muitas vezes com
um acréscimo de insalubridade ou periculosidade”, explica Vânia.
Apenas cerca de 35% do corpo de funcionários de um hospital
é formado por médicos e enfermeiras. A grande maioria dos
colaboradores é composta de técnicos e auxiliares de enfermagem,
12
área administrativa, atendimento ao cliente, farmácia e
limpeza. Para quem busca uma oportunidade, há cargos que
não exigem experiência anterior, como os de atendimento ao
público presencial e por telefone. Algumas características, no
entanto, são indispensáveis. “Além da questão técnica, o que
se espera desse é que ele preste atendimento com excelência
e humanização, oferecendo acolhimento para seu cliente ou
paciente”, orienta Vânia.
Os cargos em aberto são para os níveis de escolaridade
Técnico e Superior Completo, com salários que variam entre
R$1.900,00 e R$4.900,00. Para conhecer as oportunidades e
candidatar-se, acesse www.luandre.com.br.
A
pós trabalhar durante cerca de 30 anos
contratado pela concorrência.
desenvolver e ampliar habilidades para otimizar as
em laboratórios clínicos do Brasil e na
O que nos motiva e indica que estamos no caminho
rotinas de administração de processos, pessoas,
França, a Drª Beatriz Nogaroli constatou
que, apesar de pessoas capacitadas e dos
modernos equipamentos, algumas lacunas ainda eram
muito profundas em se tratando de gerenciamento de
processos e indivíduos. Observando essas necessidades,
há 15 anos, foi criada a BMN Consultoria em Patologia
certo é a satisfação dos nossos clientes que pode ser
comprovada nos gráficos que publicamos em nosso site.
troca de experiência com profissionais da área.
O percentual eleva-se a cada ano e fechamos 2014 com
Elaboramos o curso em conjunto com profissionais
quase 89% de “muito satisfeitos”.
renomados da área e com sugestões de diversos
Na opinião da BMN, o que o laboratório clínico
Clinica, empresa especializada em Análises Clínicas
mais necessita hoje?
que, além de assessorar laboratórios a desenvolverem
Com certeza ter seus serviços mais valorizados é uma
mudanças em suas metodologias, adequando-os para
prioridade. No entanto, por experiência própria, posso
enfrentar os desafios da competitividade empresarial
dizer que a gestão, na grande maioria dos laboratórios,
e profissional, elabora treinamentos de capacitação
é muito amadora. Perde-se recursos financeiros por
durante todo o ano.
desperdício, descaso e falta de administração. Os
Para 2015, a BMN Consultoria preparou, neste início de
proprietários e diretores precisam se conscientizar da
ano, o primeiro curso que irá incorporar a visão global
e sistêmica do funcionamento de um laboratório clínico.
materiais e custos financeiros, além da oportunidade de
necessidade de se profissionalizar, se capacitar para o
cargo que exercem, deixando de ser apenas biomédicos,
bioquímicos e patologistas clínicos e focar na visão
gestores de laboratórios clínicos. O conteúdo foi
inserido em seis áreas de conhecimento: condições
para o funcionamento, processos, pessoas, gestão
da qualidade, economia e sustentabilidade e visão de
futuro. Nestas áreas estão distribuídos os 16 módulos do
curso. Nossa intenção é que o participante possa aplicar
o conhecimento adquirido ao final de cada módulo, que
possa ter a oportunidade de discutir suas dúvidas, expor
suas dificuldades e levar propostas de soluções.
GESTÃO ESTRATÉGICA DO
sua trajetória como consultora e especialista na área,
sistêmica da qualidade.
LABORATÓRIO CLÍNICO
bem como comenta sobre a idealização do novo curso
Simultaneamente, os colaboradores precisam ser melhor
Data: de março a junho (aos sábados)
de GESTÃO ESTRATÉGIA DO LABORATÓRIO CLÍNICO.
preparados. Ilude-se quem imagina que as instituições
Carga horária: 68h
Na entrevista a seguir, a Drª Beatriz Nogaroli descreve
Quando foi que você percebeu a necessidade de
criar a BMN Consultoria?
Na metade da década de 90 ocupava o cargo de
Gerente Técnica e encontrava dificuldade quando
necessitava contratar profissionais para o atendimento
e setores analíticos que atendessem aos requisitos
de conhecimento, postura para o cargo e habilidades
pessoais. Observei que essa mesma dificuldade era
educacionais
formam
profissionais
capacitados.
A
formação básica está defasada em conteúdo, qualidade
e sem sincronia com as necessidades do mercado.
Caberá, cada vez mais, aos laboratórios formar seus
profissionais, investindo na sua formação técnica e
comportamental.
Depois de trabalhar com diferentes indivíduos em
diversos laboratórios, o que considera que hoje
vivenciada por outros laboratórios, independente do
faz falta na capacitação de um ótimo profissional?
porte ou região onde estavam. Diante desse cenário,
Eu diria que ainda falta interesse dos profissionais
vislumbrei a oportunidade de prestação de serviços
em aprender e aprimorar-se, isso afeta muito o
assessorando laboratórios para a melhoria da qualidade
conhecimento profundo do trabalho, de suas rotias. O
e a seus profissionais, suprindo suas deficiências. A partir
não saber ouvir (clientes, colegas, diretores,etc), assim
de 1995 comecei a me capacitar para a nova etapa,
como o compromisso com a qualidade e ética, são falhas
criar a empresa e me tornar empresária. Um desafio
presentes. Assim como esses “defeitos”, encontrei por
sem limites que se tornou realidade e que em março de
onde passei a falta de compromisso com a qualidade
2015 completa 15 anos. Um aprendizado continuo.
e ética. Para os que atuam como gestores, além dos
Quantos alunos já participaram dos treinamentos
da BMN?
Cerca de três mil pessoas, mas sinto que poderia ser
muito mais pela importância de investir no conhecimento
e na melhoria do desempenho dos profissionais.
O
segmento laboratorial, ainda vê como “despesa” um
já citados, acrescento ainda: visão global e sistêmica
do
funcionamento
do
laboratório,
relacionamento
interpessoal e planejamento e criatividade para buscar
novos negócios.
O primeiro curso de GESTÃO ESTRATÉGICA DO
LABORATÓRIO CLÍNICO irá tratar de todas essas
treinamento e não como investimento. Um argumento
habilidades?
bastante frequente é o fato do laboratório pagar pelo
Sim, com certeza. O curso vai oferecer um leque de
treinamento e passado algum tempo o colaborador é
conhecimento que permite ao gestor ou futuro gestor
13
Áreas de conhecimento:
Condições para funcionamento
(legislação, segurança ocupacional,
ambiental e do paciente)
Processos (pré-analiticos, analíticos
manuais, automatizados e pósanaliticos)
Pessoas (recursos humanos, legislação
trabalhista e atendimento ao cliente)
Gestão da qualidade (evolução e
conceitos e qualidade analítica)
Economia e sustentabilidade (finanças,
TI, marketing e otimização de recursos)
Visão de futuro (certificações e novos
negócios)
Investimento:
R$ 4.000,00 (curso completo)
R$ 500,00 (módulo de 8h)
R$ 300,00 (módulo de 4h)
Informações:
[email protected]
+55 19 3234 5122
www.bmnconsultoria.com.br
Artigo
o mercado atual
Laborline – centrífugas
100% nacionais, qualidade
reconhecida pelos maoires
laboratórios do país
A
década de 90 foi marcante no meio laboratorial. O mercado Nacional
de centrífugas estava sucateado, com produtos barulhentos,
ultrapassados e de qualidade duvidosa. Em contrapartida, as
centrífugas importadas sofriam com a alta variação cambial e com a demora
na reposição de peças.
Com olhos voltados para estas situações, em 1999 foi inaugurada a
LABORLINE!
A LABORLINE junta o melhor dos mundos; qualidade e robustez das
máquinas europeias com a agilidade de manutenção de um equipamento com
fabricação 100% nacional.
Possui vários modelos diferentes de centrífugas para as mais diversas
necessidades do laboratório. Todas elas fabricadas dentro dos mais rígidos
controles de qualidade (RDC 16/2013), certificadas (IEC 61010) e com
registro no Ministério da Saúde.
A marca LABORLINE está hoje instalada em todo o território nacional
incluindo os lugares mais afastados e de difícil acesso onde os serviços de
saúde justamente, escolhem a marca pela sua robustez e durabilidade.
Além destes, a LABORLINE é encontrada nos maiores laboratórios de
todo o Brasil. Em mais de 15 anos de marcado, nunca houve uma ocorrência
de acidentes em seus equipamentos.
Recentemente, a LABORLINE lançou um novo modelo de centrífuga; a
OMEGA ROTOR SPIN, que possui o novo motor com sistema de inversor
vetorial. Com isso, a garantia ainda maior de durabilidade do equipamento.
www.laborline.com.br
(11) 3699-0960
[email protected]
Órteses e próteses:
responsáveis devem
responder por suas ações
A
Associação Paulista de Medicina apoia integralmente as
investigações sobre as irregularidades na comercialização de órteses
e próteses. É nossa expectativa que sejam identificados todos os
setores envolvidos nessas práticas ilícitas apontadas em diversas reportagens e
que sejam aplicadas as punições pertinentes.
Consideramos inadmissível o envolvimento de alguns colegas com tais atos
e queremos tranquilizar a sociedade, esclarecendo que os médicos do Estado de
São Paulo têm pautado sua atividade no estrito respeito aos princípios éticos
que caracterizam o exercício de nossa profissão, respeitando integralmente
o código de ética, que proíbe qualquer interação com setores da indústria de
medicamentos e de insumos para a saúde, como, aliás, preconiza o próprio CEM.
Nos últimos anos a classe médica, por meio de suas entidades representativas,
tem demonstrado preocupação com as irregularidades existentes no setor
de prescrição e vendas de órteses e próteses, que envolve toda a cadeia de
comercialização, incluindo, infelizmente alguns médicos.
Os conselhos de medicina, órgãos normatizadores e fiscalizadores da
atividade médica, têm emitido resoluções disciplinando a prescrição destes
produtos, bem como aplicado as punições cabíveis, inclusive cassação do
exercício profissional aos médicos denunciados por esta prática ilícita.
A Associação Paulista de Medicina sempre incentivou a boa prática da
medicina, oferecendo inúmeros cursos de atualização profissional visando à
boa qualidade na assistência a saúde da população. Além disso, organizou e
participou de diversos fóruns de discussão sobre este assunto, desenvolveu
negociações junto as secretarias de saúde, tribunal de justiça do Estado,
operadoras planos de saúde, com o intuito de encontrar solução que garantisse,
ao mesmo tempo, que o paciente tivesse suas necessidades plenamente atendidas
e as práticas ilícitas ou antiéticas fossem abolidas.
Desta forma reiteramos nossa expectativa de que os fatos relatados nas
reportagens sejam devidamente apurados e que todos envolvidos sejam punidos.
Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina
14
15
Terceirização
Terceirização da logística aparece como solução
para evitar fraudes, perdas e gastos com
insumos e medicamentos
R
ecentemente, a consultoria global McKinsey
divulgou o relatório “Strength in Unity: The
promise of global standards in the healthcare
industry” (Força na Unidade: A promessa de padrões
globais na indústria de saúde, em tradução livre). Nele, são
apontados que, em todo o mundo, as perdas apenas com
obsolescência causada por expiração da validade, perdas ou
danos aos medicamentos atingem US$ 51 bilhões por ano.
Esse montante revela o altíssimo custo da má gestão
da logística e, ainda assim, poucas instituições têm a
cultura de tratar o gerenciamento de suprimentos de forma
estratégica, mesmo diante de um impacto financeiro muito
grande como o apontado pela McKinsey. “Em geral, não
se dedica uma equipe especializada para essa operação. As
compras são feitas sem muito planejamento e o estoque, por
vezes, se separa entre diversos setores, sem que haja uma
visão da instituição como um todo. Como já divulgamos
outras vezes, isso gera cerca de 30% de perdas nos estoques
de serviços de saúde pública e privada”, diz Domingos
Fonseca, Presidente da UniHealth Logística Hospitalar.
Nesse cenário, a terceirização da logística aparece como
solução: uma empresa externa especializada fica responsável
por todo o processo, do recebimento dos materiais e
medicamentos até o ponto de uso. A terceirização pode ser
benéfica tanto para instituições públicas quanto privadas.
Em órgãos públicos, os ganhos mais perceptíveis são
os de redução de custos e racionalização de recursos. É
comum vermos notícias sobre descartes de toneladas de
medicamentos vencidos, enquanto, de outro lado, faltam
remédios essenciais ao atendimento da população. Uma
empresa especializada consegue fazer a programação
adequada de compras, garantir que os insumos serão
recebidos com datas de validade, acondicionamento e
quantidades apropriadas, e se responsabiliza também pela
distribuição, em quantidades corretas e exatamente para as
unidades que precisam de cada produto específico.
Nas instituições privadas, mais acostumadas ao uso
de indicadores e à gestão financeira, além do impacto na
redução de custos, ficam mais perceptíveis os ganhos em
qualidade e segurança do paciente. O atendimento se torna
mais eficiente e o rastreamento garante que o paciente
certo está recebendo o medicamento correto e na dose
exata prescrita pelo médico, o que reduz o risco de eventos
adversos.
Com um controle maior dos suprimentos, é possível
aumentar as receitas com procedimentos, ter menos
intercorrências e redução na taxa de permanência
hospitalar. Além do foco em faturamento, a instituição
consegue realizar mais cirurgias e se dedicar a sua atividade
fim: o cuidado com o paciente.
O impacto positivo da gestão da logística é
inquestionável. Se no dia a dia se torna mais importante
dedicar tempo e mão de obra à área assistencial, é urgente
a adoção de alternativas para gerir os suprimentos, como a
contratação de uma empresa especializada.
Para saber mais, acesse:www.unihealth.com.br
Por que investir em logística: http://unihealth.web659.uni5.net
http://emkt.ipfacil.com.br/open.php?M=112714&L=66&N=282&F=H&image=.jpg
Má Digestão
Como diferenciar, tratar e prevenir problemas no
fígado, estômago e intestino
Quando um indivíduo está com má digestão frequente ou
dores na região abdominal é sinal de que está na hora de procurar
ajuda médica. Como orientação para quem passa por esse tipo
de problema, o fitoterápico Eparema®, produzido pelo laboratório
Takeda, reuniu o tratamento para os principais sintomas e causas
de problemas dos três órgãos (fígado, estômago e intestino)
auxiliando em casos de um desses distúrbios.
“O indivíduo pode apresentar desde problemas mais sérios
a mais amenos em diferentes órgãos. Embora o tratamento seja
bem distinto em cada caso, é preciso atenção redobrada, pois os
primeiros sintomas são bem parecidos não só entre eles, mas
no limite entre o que é considerado grave e ‘comum’”, explica a
nutricionista especialista em fitoterapia e consultora da Takeda,
Vanderlí Marchiori.
De acordo com a nutricionista, as principais causas
para problemas no fígado são má alimentação e consumo
inadequado de bebidas alcoólicas e medicamentos. “Quando
há um desses fatores, os primeiros sintomas são boca amarga,
gases, náusea e, posteriormente, dores abdominais do lado
direito, barriga inchada e cor amarelada na pele e nos olhos”,
diz Vanderlí.
Quando se fala de alimentação inadequada, falta de
mastigação e excessos no consumo de frituras e refrigerantes,
logo se remete ao estômago. Nesses casos, o indivíduo que
apresenta enjoos, má digestão, dores abdominais e refluxo deve
estar atento e fazer algumas prevenções.
“O primeiro passo é mudar a alimentação, optando por não
consumir refrigerantes, bebidas alcoólicas, frituras e alimentos
muito doces ou ácidos. Também é importante mastigar bem
devagar. Em fortes crises, um purê de batata, carne moída e
verduras cozidas podem ser boas opções”, afirma a nutricionista.
Os problemas no intestino podem surgir por alterações
fisiológicas, falta de fibras ou falta de água na alimentação.
Segundo Vanderlí, quem tem fortes dores abdominais, prisão
de ventre ou diarreia, provavelmente poderá apresentar alguma
falha no intestino.
“Nesses casos, além do acompanhamento médico, é
importante fazer exercícios físicos, evitar o consumo de
frituras e optar por verduras e frutas cruas e com cascas.
Ingerir mais farelo de aveia ou de trigo e, em casos de
intestino preso, beber muita água e usar fitoterápicos à base
de erva doce, funcho, ruibarbo, sene ou cáscara sagrada”,
finaliza.
PING-PONG SOBRE O FÍGADO, INTESTINO E
ESTÔMAGO
Nutricionista especialista em fitoterapia Vanderlí Marchiori.
Quais são as principais funções de cada órgão no processo
digestivo?
Fígado: Filtrar e armazenar nutrientes. É um dos órgãos
do sistema digestório mais importantes porque tem a função de
metabolizar e armazenar os nutrientes que precisam ser absorvidos
na próxima etapa da digestão.
Estômago: Responsável pela quebra química de nutrientes. O
órgão separa o que não foi mastigado e prepara o bolo alimentar
para ser absorvido pelo intestino.
Intestino: Absorve nutrientes necessários que estão presentes
no bolo alimentar.
Quais são os principais sintomas de possíveis problemas
em cada órgão?
Fígado: Dor abdominal do lado direito, barriga inchada e cor
amarelada na pele e nos olhos. Boca amarga, má digestão, gases
superiores (como arrotos), náusea e vômitos.
Estômago: Enjoo, má digestão, dores abdominais e arrotos
com refluxo.
Intestino: Enjoo, fortes dores abdominais, prisão de ventre
com distensão ou diarreia.
Quais são as principais causas para os problemas de cada
órgão?
Fígado: Má alimentação e consumo inadequado de bebidas
alcoólicas e medicamentos.
Estômago: Alimentação e mastigação inadequadas, excesso de
refrigerante etc.
Intestino: Alterações fisiológicas ou falta de fibras e água na
alimentação.
Quais são as primeiras medidas em casos de sintomas nos
órgãos?
Fígado: Evitar o consumo de gorduras, bebidas alcoólicas e
alimentos industrializados. Optar por caldos e sopas, verduras,
frutas e legumes cozidos. Muito descanso.
Estômago: Evitar o consumo de refrigerantes, bebidas
alcoólicas, doces e alimentos ácidos. Comer a cada três horas e
mastigar muito bem e devagar.
Intestino: Prática de exercícios físicos, consumo de verduras,
frutas cruas e com cascas, farelo de aveia ou de trigo. Tomar muita
água. Evitar frituras e gorduras.
16
17
o mercado atual
USA DIAGNÓSTICA:
QUIMIOLUMINESCÊNCIA
PARA TODOS
A
USA Diagnóstica tem uma linha completa de kits com
a metodologia Quimioluninescência (CLIA) e é a única
empresa no mercado nacional com a exclusividade da
marca MONOBIND.
A quimioluminescência é uma metodologia de alta sensibilidade e especificidade. Ideal para rotinas de pequeno e médio porte,
pois permite testes manuais, de curto tempo de incubação.
Além dos kits, a USA Diagnóstica possui um equipamento específico para CLIA, com a marca Monobind, que além da excelente
qualidade, possui baixo custo.
Para maior confiabilidade nos resultados, a USA Diagnóstica
oferece o MULTI-LIGAND, um soro controle específico para as
metodologias de quimioluminescência e ELISA.
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- CEA
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produtos e equipamentos.
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Implantes
Nacional Ossos lança
produto no CIOSP
2015 que auxiliará
na venda segura de
implantes
A
Nacional Ossos lançará durante o CIOSP 2015
um produto que auxiliará odontologistas a
vender com mais segurança seus tratamentos de
implantes dentários: a mesa clínica/estojo de Implantes. Com
a mesa clínica e o
Estojo Demonstrativo
de
Implantes
o
paciente
poderá
visualizar de forma
simples e rápida o que
as vezes fica difícil
explicar. O profissional
conseguirá mostrar na
prática o tratamento
que será feito, qual
tipo de prótese e o
resultado
desejado,
de uma forma clara
e segura, já que o paciente pode manipular o produto. Um
exemplo é o uso da mandíbula edêntula, que o profissional
demonstra o estado atual do paciente e pode demonstrar
com o kit quais dos procedimentos será o mais indicado para
aquele caso clínico. O Kit acompanha chave para retirada/
colocação dos implantes.
As peças são em acrílico, leves e higiênicas seguindo
padrões de qualidade internacionais.
www.nacionalossos.com.br
Projeto Mais 30
Unifesp realiza capacitação gratuita
para profissionais da saúde no
atendimento de mulheres vítimas de
violência sexual
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),
em parceria com o Ministério da Saúde, promove
capacitação gratuita para profissionais da saúde
no atendimento de mulheres vítimas de violência
sexual. O Projeto Mais 30 tem como objetivo
capacitar as equipes multidisciplinares dos hospitais
no atendimento destas mulheres e disseminar os
procedimentos necessários para o aborto legal.
“A Unifesp e o Ministério da Saúde estão muito
empenhados para que as mulheres possam ter um
atendimento digno em um momento delicado da vida
delas”, comenta o coordenador do projeto, Osmar
Colás.
O projeto, iniciado em setembro de 2014, terá
duração entre 18 e 24 meses. Ao todo, a meta é
capacitar 750 profissionais da saúde em 30 hospitais
pelo Brasil. As informações adicionais sobre a
iniciativa podem ser conferidas através do link http://
www2.unifesp.br/proex/novo/eventos/eventos14/
maistrinta/
Dicas
Nutricionista dá dicas para
acabar com a retenção de
líquidos
* A retenção de líquidos, também conhecida como
inchaço, é o resultado de um acúmulo de fluidos que
afeta principalmente as pernas, mãos, pés, tornozelos e
barriga, causando grande desconforto. Para esclarecer e
dar dicas a quem deseja evitar o inchaço, a nutricionista
do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Cintya Bassi,
fala sobre o tema.
* Para identificar a retenção de líquidos, a nutricionista
Cintya ensina, “É preciso prestar atenção nos sinais do seu
corpo. Em geral os membros inferiores, principalmente
os tornozelos são os que demonstram primeiro esta
condição, e as consequências são cansaço e fraqueza
nas pernas, além das câimbras. Outra maneira simples
de notar a retenção é quando percebemos a pressão das
meias ou sapatos, e ao retira-los deixam marcas na pele”.
* A nutricionista explica que existem alimentos que
podem causar ou agravar o problema, “Principalmente os
que são fontes de sódio. Quando o nível desse mineral no
organismo está elevado, alguns mecanismos são ativados
com o objetivo de aumentar a quantidade de água e
normalizar a situação. Nesse caso, evite alimentos enlatados,
congelados, queijos amarelos, embutidos como presuntos,
salsichas e demais alimentos industrializados. Até o sal
de cozinha deve ser diminuído. Lembrando que bebidas
alcoólicas também devem ser evitadas, pois contém teor de
sódio considerável, favorecendo a desidratação e inchaço”.
* Existem frutas com poder diurético e possuem em
comum uma boa quantidade de nutrientes que facilitam
a eliminação de líquidos, “Melancia, Melão, Abacaxi e a
Pera são exemplos. Seus nutrientes, potássio, magnésio,
vitaminas do complexo B e água, juntos aumentam o fluxo
de urina e ajudam a eliminar toxinas com a renovação de
líquidos corporais”, diz a nutricionista.
* Para quem deseja eliminar o inchaço à nutricionista
ensina uma receita incrível de suco diurético:
18
INGREDIENTES
¼ prato de sobremesa de couve manteiga, higienizada
e picada
1 fatia grossa de melão
250 ml de água de coco
1 colher de sopa de hortelã, higienizado e picado
¼ de colher de sopa de suco de limão
¼ de maçã
Cubos de gelo
Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador,
até que a mistura fique homogênea. Acrescente adoçante
a gosto e beba em seguida.
19
Opinião
Legislação, qualidade e honorários
O
nosso país sempre careceu de mecanismos que
regulassem suas atividades sanitárias. Ocorreram
sempre diferenças flagrantes na conduta dos
serviços sanitários estaduais no licenciamento e fiscalização dos
estabelecimentos de saúde em todo o país.
Alguns Estados nem expediam Alvarás Sanitários. Em
verdade estas repartições públicas eram habilitadas apenas para
a verificação de focos de proliferação de mosquitos e similares.
Os mais vividos devem perfeitamente lembrar dos agentes
sanitários, também conhecidos por “mata mosquitos” que,
ao atuarem em residências e estabelecimentos comerciais
colocavam na porta a sua bandeira, como indicativo que aquele
local estava sendo fiscalizado.
Não existiam normas que determinavam a forma de
construção, montagem e funcionamento de estabelecimentos
de saúde, a não ser regras locais, quase sempre retiradas de um
ou outro imaginário.
O setor sanitário do país era totalmente desregulado,
e a ausência de normas técnicas e legais atrapalhava toda
a existência do setor saúde, quer seja humano, veterinário,
de alimentos e importação e exportação de equipamentos,
medicamentos, alimentos, insumos para o setor de diagnósticos
e outros.
Em 26 de janeiro de 1999 através da lei 9782 foi criada a
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, que, da
mesma forma que as demais Agências Reguladoras estabeleceria
regras para todos os setores onde ocorressem atividades onde
assistência sanitária estivesse envolvida.
As atribuições da ANVISA podem variar, como exemplos
desde “autorizações de funcionamento de empresas que
prestam serviços alternativos de abastecimento de água potável
para consumo humano a bordo de aeronaves, embarcações e
veículos terrestres que operam transporte coletivo internacional
de passageiros”, até “licenciamento e renovação de licenças de
funcionamento para estabelecimentos de saúde”, passando por
“anuência em processo de importação de produtos sujeitos à
vigilância sanitária”.
Em função da complexidade de todas estas ações e
atribuições a ANVISA cresceu vertiginosamente em tamanho e
em número de servidores. Todos os portos e aeroportos do país
possuem pessoal qualificado da ANVISA durante as 24 horas
do dia. É só mais um exemplo.
Para se resumir o que significa a importância deste
organismo pode se afirmar, sem nenhum erro que o setor
sanitário do Brasil pode ser qualificado e classificado como
antes e depois da criação da ANVISA.
Se efetuarmos uma retrospectiva da atuação da ANVISA
no campo laboratorial poderemos constatar que existe
uma ação intensa para a regulação do setor e uma gerência
extremamente interessada no incremento da qualidade
laboratorial com base nas BPLC e critérios importantes
em segurança do paciente. Desde quando a RDC 302 foi
colocada em consulta pública todas as entidades científicas e
sindicais do segmento laboratorial foram chamadas a opinar,
e foram estabelecidas parcerias inestimáveis que resultaram
em uma legislação moderna, de certa forma aplicável e
pode-se afirmar que, desde a sua publicação em outubro de
2005, em cerca de 50 por cento dos municípios do país os
Laboratórios de Análises Clínicas já são fiscalizados pelas
VISAS estaduais e municipais com base nesta resolução da
Diretoria Colegiada.
É fácil chegar a estes dados, pois a participação obrigatória
em programas externos de controle de qualidade não chega
a atingir 50 por cento do número de laboratórios legalmente
registrados.
Certamente ainda há mais a ser feito. Entretanto pode ser
observado de modo palpável que aos poucos o nível de qualidade
dos nossos Laboratórios de Análises Clínicas tem crescido,
tanto nos grandes centros como nos mais longínquos lugares.
Isto pode ser mensurado pelos níveis de acertos nas avaliações
mensais do PNCQ, bem como no número de laboratórios que
tem se habilitado às auditorias para a Acreditação.
20
IRINEU GRINBERG,
Sociedade Brasileira de
Análises Clínicas
O que mais se pode esperar?
Os Laboratórios de Análises Clínicas estão numa
situação em que o limite de capacidade de sobrevivência
esgotou-se totalmente. O que tem sido visto é o fato de
que a ANVISA tem acompanhado os demais organismos
públicos na total insensibilidade em relação aos valores
pagos aos estabelecimentos laboratoriais pelos serviços
prestados.
Já ouvimos respostas de profissionais da mais alta
competência e que ocupam cargo de destaque na ANVISA
de que esta não é a função da agência reguladora.
Concordamos que não seja esta a função, entretanto,
elevação dos padrões técnicos, científicos e estruturais
dos Laboratórios de Análises Clínicas no país tem que
ser, obrigatoriamente, acompanhada de honorários que
permitam e justifiquem todas estas ações de melhorias
prementes e justas.
De outra maneira, nada pode acontecer.
Não existem laboratórios de primeiro mundo com
honorários de terceiro.
De todas as formas, o que se pode ainda desejar são os votos
de um 2015 melhor.
21
Opinião
P
O ano do remédio amargo
or mais que seja importante tentar manter uma
visão positiva do futuro, é difícil crer que 2015
será um ano fácil, tanto para os trabalhadores
como para os empresários. Se 2014 foi um ano ruim para
a economia, com crescimento abaixo de 1% do Produto
Interno Bruto, 2015 deve ser ainda mais raquítico. Mas o
amargo remédio é necessário, já que nos últimos anos o
Governo Federal não tomou as atitudes que eram esperadas e necessárias.
Embora tenha negado durante a campanha eleitoral a
necessidade de tomar medidas impopulares contra a palpável crise que assola o Brasil, a presidente Dilma Rousseff
escolheu para o ministério da Fazenda o engenheiro e economista Joaquim Levy, que tem experiência tanto no setor
privado quanto no público, e é chamado por seus colegas de
“cortador de gastos” ou, de forma mais divertida, de “mãos
de tesoura”.
O carioca de 53 anos é reconhecido por seu perfil ortodoxo, e suas falas revelam que seu pensamento é alinhado
com a tradição não intervencionista. Sua nada fácil missão
é equilibrar as contas públicas, recuperar a credibilidade do
governo, segurar a inflação e retomar o crescimento. Levy,
quando secretário da Fazenda no Rio de Janeiro (2007-2010),
fez o Estado ser o primeiro do Brasil a ter o selo de grau de
investimento da agência Standard and Poor’s. Agora, manter
esse status para o país – que está sob risco de ser perdido, por
conta das muitas denúncias de corrupção – é um dos desafios
da nova equipe econômica.
Apesar de a presidente afirmar em seu discurso de posse que a educação é prioridade em seu governo, Dilma já
anunciou cortes da ordem de R$ 7 bi na área. Se ela seguir a
mesma “linha de raciocínio”, não tardará para que o Sistema
Único de Saúde (SUS), que já é subfinanciado, sofra ainda
mais com cortes orçamentários. Por conta da precariedade
em grande parte do SUS, a população tem o desejo de contar
com a Saúde Suplementar – e essa pode ser a válvula de escape para que o ano não seja negativo.
A nós, resta cumprir nosso papel: acompanhar e fiscalizar todas as esferas de governo e, quando necessário, denunciar e confrontar atitudes contraproducentes. Só assim
podemos esperar por um futuro mais positivo para o setor e
para a sociedade.
Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios
do Estado de São Paulo (FEHOESP e
SINDHOSP) e do SINDRibeirão
Pesquisa
Mosquitos transmissores da malária têm genoma sequenciado
P
esquisadores da Universidade de Cornell, nos EUA,
anunciaram o sequenciamento do genoma de 16
espécies de mosquitos Anopheles, insetos que podem
transmitir malária para os humanos. O objetivo do estudo é
verificar porque algumas espécies de mosquitos têm mais
capacidade de disseminar a doença do que outras. O trabalho
foi publicado na edição de janeiro da revista científica Science.
A malária é uma doença típica de países com clima
tropical, como o Brasil, e é transmitida por mosquitos que,
ao picar os seres humanos, os contaminam com um parasita
chamado plasmódio, responsável pelo desenvolvimento
da enfermidade. Diferentes espécies de insetos do gênero
Anopheles são vetores da doença, mas nem todas elas
têm a mesma capacidade e eficiência na transmissão. Essa
variação chamou a atenção dos pesquisadores e os levou a
mapear o genoma de diferentes espécies de mosquitos da
África, América, Ásia e Europa.
AnophelesPor meio da comparação do DNA desses animais,
foi possível identificar como uma das espécies se especializou
em viver entre os humanos e se alimentar de seu sangue. Além
disso, os resultados também revelaram outros aspectos evolutivos
desses insetos, a exemplo de características de imunidade ao
parasita plasmódio e resistência metabólica a inseticidas.
A conclusão do trabalho é que as variações nos genomas
das várias espécies de Anopheles trazem informações sobre
sua interação com o homem e sua capacidade de transmissão
de doenças. Uma vez que controlar as populações de insetos é
uma maneira eficiente de reduzir o contágio da malária, essa
Artigo
UNAN
Planos de saúde separados
para aposentados
Q
descoberta pode ser útil para o desenvolvimento de métodos
de controle por meio da biotecnologia.
Sicence, janeiro de 2015/ CIB
uando um funcionário se aposenta após
trabalhar 10 anos na empresa, ele deve assegurar a manutenção do plano de saúde
nas mesmas condições de quando ele estava na ativa,
segundo a lei 9656/98, desde que o aposentado assuma
seu pagamento integral. No entanto, a empresa também pode optar por inserir os aposentados em um plano separado específico. Mas quais as diferenças para
os aposentados?
No primeiro caso o cálculo do valor aplicado de reajuste serão os mesmos, ao passo que no segundo caso,
os índices aplicados tomarão como base todos os planos de aposentados da carteira da operadora.
A vantagem de permanecer com o mesmo plano de
saúde é o de não necessitar do cumprimento de carências, nem arcar com os altos preços dos poucos planos
individuais que ainda existem no mercado, ainda mais
quando se trata de uma faixa etária mais avançada.
No que se refere ao segundo caso, ou seja, no caso
da empresa fazer um plano de saúde específico para os
aposentados, o objetivo é diluir o risco e obter reajus-
tes menores. Entretanto, os aposentados vêm sofrendo
com os altíssimos índices de reajustes, pois estes são
calculados com base na sinistralidade, a mudança de
faixa etária, e, muitas vezes, atingem valores altíssimos
em decorrência de reajustes abusivos.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP) já entendem
que referidos reajustes colocam o consumidor em exagerada desvantagem, motivo pelo qual os planos deveriam levar em conta somente os índices permitidos
pela Agência Nacional de Saúde (ANS) no momento de
calcular o reajuste.
No artigo 15, § 3º, do Estatuto do Idoso, está especificamente impedido o reajuste das mensalidades dos
planos de saúde sob alegação de alta sinistralidade do
grupo, decorrente da maior concentração dos segurados nas faixas etárias mais avançadas. Assim, se você
sofreu um aumento abusivo em seu plano, procure um
advogado e defenda seus direitos.
Joanna Porto é advogada
especialista em Direito à Saúde.
Bebê com DNA de três pais
Foi aprovada no dia 3 de fevereiro, pelo parlamento inglês,
a reprodução assistida com o DNA de três pessoas.
O país poderá ser o primeiro do mundo a criar leis que
permitem esse tipo de fertilização.
22
Heparina para
o controle de
metástases
cancerígenas
P
esquisadores da Unesp de Botucatu e de Araraquara desenvolveram droga que auxilia o processo de inibição celular. A heparina é um anticoagulante, medicamento que
de maneira geral é utilizado no tratamento de doenças como embolia
pulmonar, infarto do miocárdio e AVC. Seu uso normalmente não é
associado ao controle do câncer. O Professor Dr. Matheus Bertanha,
da Unesp de Botucatu, e sua equipe perceberam que a partir de algumas alterações nas moléculas de heparina ela poderia ser associada
ao tratamento de metástases cancerígenas.
Apesar do uso de heparina não ser comum nesses casos, o Professor Bertanha explica: “Na literatura científica, há descrição de melhora no prognóstico para o tempo de vida dos pacientes portadores
de câncer terminal que apresentam trombose venosa profunda e são
tratados com heparina”.
Todos os estudos realizados até o momento foram experimentos
in vitro, ou seja, realizados fora de sistemas vivos, e apontaram resultados satisfatórios. Esta pesquisa foi desenvolvida apenas em laboratório, por docentes da Unesp e está vinculada à disciplina de Cirurgia
Vascular da Faculdade de Medicina (FM) da Unesp, ao Hemocentro
da Faculdade de Medicina (FM) da Unesp de Botucatu , ao Instituto
de Biociências (IB) de Botucatu - Unesp e à Faculdade de Ciências
Farmacêuticas (FCF) de Araraquara - Unesp.
Além do professor Dr. Matheus Bertanha, estão envolvidos na
pesquisa os professores Dr. Marcone Lima Sobreira da Disciplina de
Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina (FM) – Câmpus Botucatu; a professora Dra. Elenice Deffune, do departamento de Urologia e Hemocentro da FM da Unesp – Câmpus Botucatu; o professor
Dr. Sérgio Luis Felisbino do Instituto de Biociências (IB) da Unesp –
Câmpus Botucatu e o professor Dr. Andrei Moroz do Departamento
de Bioprocessos e Biotecnologia da FCF.
“Inúmeros outros testes devem ser realizados para sabermos
qual será o potencial de uso clínico desse medicamento”, explica o
Professor Bertanha. A pesquisa ainda está em fase inicial e o pedido
de patente foi realizado pela Agência Unesp de Inovação. “Precisamos conseguir recursos e/ou parcerias para realizarmos todas as padronizações necessárias e assim, obtermos mais respostas quanto ao
seu uso futuro”, completa Bertanha a respeito de suas expectativas e
de sua equipe para o invento. Para mais informações: [email protected]
23
Genética
Diferenças genéticas tornam os
ruivos mais suscetíveis a algumas
doenças graves
A variação que dá a cor avermelhada ao fio traz outras características
curiosas, como DNA da pele mais exposto aos danos causados pelo sol
Raridades em qualquer lugar do mundo, não só pela cor do
cabelo, os ruivos naturais representam apenas entre 1% e 2%
da população mundial. Mas, além da aparência, quem carrega
essa diferença genética também sofre com algumas desvantagens, como suscetibilidade maior a algumas doenças de pele.
Para que uma pessoa seja ruiva é necessário que os genes de
seus pais, responsáveis pela expressão de determinadas características, contenham as variações nos dois alelos, ou seja, no
gene paterno e materno. Essas variantes que ocorrem na sequência do DNA fazem com que seja produzida uma quantidade
semelhante de eumelanina – que define a cor preta a marrom –
e de feomelanina - que determina a cor vermelha a amarela dos
fios, resultando na pele clara e cabelo vermelho, características
denominadas de rutilismo.
Por conta disso, é preciso redobrar alguns cuidados, pois
mesmo que sem exposição constante e direta ao sol, os indivíduos que possuem a alteração nesse gene - MC1R (Melanocortina -1), um dos elementos determinantes da cor do cabelo
- têm mais chances de desenvolverem melanoma - o tipo mais
perigoso de câncer de pele.
Segundo a dra. Mirlene Cernach, médica geneticista do
Hospital e Maternidade Santa Joana, essa diferença genética traz maior susceptibilidade a algumas doenças. “Os ruivos
tem menor proteção da pele às radiações e, portanto, são mais
suscetíveis às neoplasias, que são tumores que crescem na pele.
Algumas mutações genéticas em outros genes que determinam
doenças podem apresentar como sinal os cabelos vermelhos,
mas constituem doenças raras”, explica a médica.
Isso ocorre por conta da alteração da feomelanina - a variação de melanina vermelha em pessoas ruivas - que pode estar
associada à mutações de genes que atuam evitando o crescimento de células cancerígenas. Essas mutações podem ser causadas pela radiação solar.
Dra. Mirlene ainda conta que, por muito tempo, acreditou-
se que os ruivos possuíam, além da aparência, características
diferentes dos outros, como maior sensibilidade a dor; mas, isso
não é algo que pode ser afirmado nos dias atuais. “Alguns relatos iniciais sugeriam que os ruivos teriam maior sensibilidade
à dor e necessidade de maior quantidade de anestésicos para
procedimentos cirúrgicos e odontológicos. No entanto, publicações recentes, resultantes de estudos científicos, mostraram
que essas afirmações não foram confirmadas”. A médica ainda
alerta que, apesar de tudo isso, eles não podem ser considerados
mutações genéticas, mas sim produtos de variações.
Por toda essa predisposição para problemas com a pele, os
ruivos precisam evitar o excesso de exposição ao sol e nunca
se esquecerem dos cuidados com a cútis como passar o protetor solar de fator no mínimo 30, e reaplicar quando necessário.
Além disso, é preciso consultar um dermatologista com frequência, principalmente se for identificado alterações na textura e
coloração da pele, como pintas ou manchas.
Evento
Tecnologia e novos
desenvolvimentos
do setor de impressão 3D
A
impressão 3D tem ganho diversos
mercados em função da variedade de
soluções que apresenta para setores como
a medicina e veterinária, arquitetura e construção,
automotivo, indústria aeroespacial, brinquedos,
agricultura, entre outros. Toda essa tecnologia
será apresentada no Brasil, durante a INSIDE 3D
PRINTING, feira e congresso internacional, que
será realizada nos dias 9 e 10 de março, no World
Trade Center, em São Paulo.
Já realizado em Cingapura, Inglaterra, Estados
Unidos, Alemanha, Austrália, Coreia do Sul e
China, o evento reunirá pesquisadores, a indústria,
investidores e os maiores especialistas e fornecedores
mundiais de soluções para impressão 3D.
O congresso, que contará com a presença de
especialistas mundiais do setor, abordará temas como
a manufatura aditiva e inovação, o desenvolvimento
de próteses customizadas em liga de titânio e os
avanços da bioimpressão (órgãos e pele). Vai discutir
também o impacto da impressão 3D no instituto da
propriedade intelectual, assim como o impacto em
diversos segmentos da economia.
Além do congresso, a INSIDE 3D PRINTING
contará com uma área aberta de exposição, onde
serão demonstradas as diversas tecnologias de
impressão, os novos equipamentos do mercado e sua
funcionalidade.
Os organizadores do evento esperam a presença
de empresários, investidores, pesquisadores,
engenheiros, arquitetos, projetistas, profissionais da
área médica, fabricantes entre outros.
As inscrições para o congresso podem ser feitas
antecipadamente por meio do site: http://www.
inside3dprintingbrasil.com.br/credenciamento.
html
Ou diretamente no local do evento.
OMS
Câncer: diagnóstico precoce facilita
tratamento
Detecção ágil aumenta chances de remissão e melhora prognóstico
A
Organização Mundial da Saúde (OMS)
alerta para o número crescente dos casos
da doença, ressaltando que cada vez mais
o foco da comunidade médica e da população deve
estar na prevenção e no diagnóstico precoce. Com o
slogan “Câncer: não está além de nós”, a campanha
mundial tem como áreas chaves: Adotar hábitos de
vida saudáveis, Qualidade de vida, Detecção precoce
e Acesso universal ao tratamento.
Segundo dados do último relatório Câncer no Mundo, publicado em 2014, espera-se que o número de novos casos aumente em 70% nas próximas décadas, chegando a 22 milhões. Em um cenário com tantos novos
pacientes, a detecção precoce da doença é cada vez mais
importante para a diminuição da mortalidade. É o que
explica o médico patologista Venâncio Avancini Alves,
da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).
“A detecção rápida do tumor, em especial se
descoberto no estágio inicial, é uma das principais
estratégias para o melhor prognóstico. Os avanços
das novas técnicas e o acompanhamento precoce do
médico também ajudam na indicação do tratamento
mais adequado, pois, cada vez mais, os resultados de
exames são essenciais para que o oncologista selecione a medicação mais eficiente para cada caso”, conta.
Ferramentas de diagnóstico
Segundo o especialista, um trabalho integrado dos médicos radiologistas e patologistas abre o
caminho para diagnósticos e tratamentos cada vez
mais promissores, com aumento da precisão e ganhos em termos de custo-benefício.
24
“Esse conjunto de procedimentos diagnósticos
integrados tem aproximado as duas especialidades
médicas, sendo um avanço recente a proposta de
laudos conjuntos. A resolução cada vez maior das
imagens obtidas por ultrassonografia, tomografia e
ressonância magnética torna possível a seleção de
áreas com características de tumores que permitem
a introdução de agulhas, fornecendo material celular ou tecidual para biópsias em que o médico patologista pode firmar o diagnóstico de cada tipo de
doença”, ressalta o médico.
25
Estudo
O
Paciente com câncer deve buscar qualidade
de vida durante tratamento ao invés de
culpar-se pela doença
sentimento de culpa comum quando o paciente recebe o diagnóstico de câncer não
deve se sobrepor à tentativa de se buscar
qualidade de vida durante o tratamento. Para a psicóloga
da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Sandra Vieira
Cardoso, sentir-se culpado por não ter cultivado hábitos
saudáveis e agora estar com câncer deve ser uma situação
tratada de forma secundária.
No começo deste mês a divulgação de uma pesquisa
feita pelo oncologista Bert Vogelstein e o biomatemático
Cristian Tomasetti, da Universidade Johns Hopkins, nos
Estados Unidos, apontou que 65% dos tumores estudados
surgem em razão de mutações aleatórias na divisão celular natural do organismo, o que foi classificado de “má
sorte” do paciente. Esse processo estaria na origem de 22
dos 31 tumores analisados na pesquisa.
“O adoecimento para o ser humano, seja por câncer
ou por qualquer outro diagnóstico, não está relacionado a
uma questão de azar ou destino. Há uma condição que as
pessoas invariavelmente esquecem: somos mortais. Mas
vivemos como se não fôssemos. Portanto, quando estamos diante de um diagnóstico sombrio, partimos de um
estado de onipotência a um estado de desamparo, pois a
sensação de eternidade é dissolvida”, explicou a psicóloga.
O suporte dado pela psicóloga se volta para o acolhimento do paciente e de seus familiares frente à angústia
que o diagnóstico provoca, buscando o equilíbrio biológico, psicológico, social e espiritual. Sandra reforça ainda
que o entendimento dos conflitos psíquicos provocados
pela presença do câncer podem ser desencadeadores de
outros, porém também podem ser norteadores na busca
por uma melhor qualidade de vida durante o tratamento,
amenizando o sofrimento e a dor.
Certificado
Hemonúcleo
Regional de Jaú
tem excelente
desempenho
em análise do
PNCQ
M
ais uma vez a Fundação Amaral
Carvalho (FAC), por meio do
Hemonúcleo Regional de Jaú,
recebeu certificado de qualidade com excelente
desempenho em avaliação anual do Programa
Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ).
A certificação é patrocinada pela Sociedade
Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e tem
como objetivo analisar características dos
exames sorológicos que garantem a segurança
do sangue para a transfusão.
Essa qualificação, de acordo com o
hematologista
Marcos
Augusto
Mauad,
coordenador do Hemonúcleo, é uma garantia da
confiabilidade de receber transfusão de sangue
proveniente da FAC. “A análise periódica do
serviço de hemoterapia da instituição, por
entidades de suma importância como a SBAC
e sua aprovação de excelência, trazem a certeza
de estarmos atendendo a população com êxito”,
comenta.
O médico afirma ser uma honra receber o
reconhecimento pelo esforço e alta qualificação
técnica da equipe.
Com 20 anos de atuação, o Hemonúcleo
Regional de Jaú distribui hemocomponentes
para 11 hospitais, entre eles o Hospital Amaral
Carvalho, que é referência em tratamento de
câncer e mantém o serviço de Transplantes de
Medula Óssea que está entre os principais do
Brasil, realizando em média 200 procedimentos
por ano.
Mauad ressalta que a manutenção de
hemocomponentes de qualidade e em
quantidade para o atendimento da população
inicia-se no comparecimento do doador de
sangue.
www.amaralcarvalho.org.br
26
27
Opinião
H
Vamos falar de tempo
á 30 anos a formação de um profissional da
saúde era feita na base de muitas horas de
banco de escola, os cursos eram praticamente integrais e havia um misto entre horas teóricas e práticas. Muito embora o conteúdo didático fosse dos melhores a educação nos cursos de graduação teve tempo
e custos reduzidos e hoje a maioria dos cursos voltados
a área da saúde possuem 3.200 horas, cerca de 200 dias
letivos em aulas de 60 minutos no mínimo. As críticas
são frequentes para que a carga horaria dos cursos seja
aumentada, mas estas críticas vão na contramão do que
o mercado busca em um profissional. Há que prevalecer
uma carga horária de curso de graduação condizente com
o bom aprendizado e transmissão do conhecimento, isso
é fato, mas a graduação não oferece o Plus que o mercado
busca, a prática.
O panorama atual é graduação com praticamente
todo o curso teórico e profissionais que ao se depararem
com um mercado de trabalho exigente para o primeiro
emprego, procuram então a educação continuada buscando se inserir no mercado. Nesta ótica a educação continuada é um dos trunfos para o sucesso. O profissional
tem na graduação sua formação básica e esta já deveria
ser suficiente para buscar colocação no mercado e vai
se aprimorar conforme seu desejo pessoal e vontade do
mercado.
Aquele profissional de 30 anos atrás que saia pronto
para o mercado de trabalho perdeu para a versatilidade da educação continuada formadora de especialistas,
tamanha foi a implementação de novas tecnologias e o
desenvolvimento na área da saúde. Diante deste panorama temos duas situações impactantes, uma é a continua
exigência do mercado por profissionais cada vez mais
qualificados e os cursos de educação continuada dão conta disso. Outra é a grande massa de profissionais recém
formados que buscando a primeira oportunidade de emprego e, tendo dificuldades em encontrar colocação nas
grandes cidades, recorre a educação continuada como
opção de um futuro melhor. A segunda situação é hoje a
mais crítica. Os cursos de educação continuada formam
aos montes profissionais sem experiência prática e com
titulação, sendo que a experiência prática é fundamental
para o aproveitamento destes cursos. A oferta destes cursos passa à um plano formador e não aprimora tecnicamente o profissional pois geralmente a oferta é de 80% do
conteúdo na forma teórica e 20% na forma prática.
Entendendo esta situação começam agora a aparecer
os cursos de educação continuada com oferta de aulas
práticas muito maiores que as teóricas e isso é um ótimo
sinal. Na área da saúde o educar, transmitir conhecimento, formar e disponibilizar o profissional para o mercado é muito complexo, diferente dos cursos das ciências
Descoberta
Por que pão é ruim para você:
uma verdade surpreendente
V
ocê já deve ter ouvido falar que o pão branco e
os grãos refinados não são exatamente os alimentos mais nutritivos para quem busca uma
dieta equilibrada. Por isso, os nutricionistas costumam sugerir a substituição desses itens por cereais integrais.
Entretanto, há um detalhe: os grãos, principalmente
os que contêm glúten, como o trigo, estão sendo objeto
de muitos estudos nos últimos anos. Agora, vários profissionais da saúde dizem que o pão e outros grãos fontes de
glúten são prejudiciais.
Mas por que pão é ruim? Como será que ele se tornou
o vilão da história?
Excesso de carboidratos e altos níveis de açúcar no
sangue
Algumas pessoas não sabem, mas o pão integral nem
sempre é feito com grãos integrais, que não foram processados. A verdade é que esses grãos são pulverizados
numa farinha muito fina. Embora esse processo preserve
os nutrientes, faz com que os produtos possam ser digeridos mais rapidamente.
Quando chegam ao aparelho digestivo, os amidos presentes no pão são rapidamente quebrados e entram na corrente sanguínea como glicose. O resultado disso? Um rápido aumento nos níveis de açúcar e insulina. E até mesmo o
pão de trigo integral aumenta os picos de açúcar no sangue
mais rápido do que muitas barras de chocolate.
É por isso que estudos sobre dietas com restrição de
carboidratos, que eliminam ou reduzem os aminoácidos e
açúcares, indicam que pessoas com diabetes ou que precisam perder peso devem evitar todos os grãos.
O pão contém muito glúten
O trigo é riquíssimo em uma proteína chamada glúten, que é responsável pelas propriedades viscoelásticas da
massa. Você provavelmente conhece alguém que tem sensibilidade a essa proteína. Quando ingerimos um pão que
contém glúten (trigo, espelta, centeio e cevada), o sistema
imunológico em nosso trato digestivo “ataca” as proteínas
do glúten.
Estudos realizados em indivíduos que não possuíam
doença celíaca revelaram que o glúten danifica a parede digestiva, provocando inchaço, dor e cansaço. A sensibilidade ao glúten também foi associada a alguns casos de duas
* Por Vinícius Possebon
doenças graves do cérebro: esquizofrenia e ataxia cerebelar.
No final das contas, descobriu-se que o glúten é provavelmente prejudicial para a maioria das pessoas, independentemente de terem ou não doença celíaca ou sensibilidade ao glúten. Quer saber se você está incluído nesse grupo?
Experimente eliminar o glúten da sua alimentação durante
30 dias e, em seguida, reintroduzi-lo.
O pão contém outras substâncias perigosas
Assim como outros alimentos processados, a maioria
dos tipos comerciais de pão contém açúcar ou xarope de
milho. O açúcar, por exemplo, pode provocar muitos danos e, comer alimentos processados que contenham essa
substância, é uma das maneiras mais rápidas de prejudicar
sua saúde.
Muitos grãos também contém uma substância “anti
nutriente” chamada ácido fítico. Trata-se de uma molécula
que se “agarra” a minerais essenciais como ferro, zinco e
cálcio, impedindo-os de serem absorvidos.
O pão é pobre em nutrientes essenciais
Sejamos honestos: não existe nenhum nutriente no pão
que você não possa obter em outros alimentos em quantidades ainda maiores. Como já comentamos antes, nem
mesmo o pão integral é tão nutritivo assim: além de ser
pobre em nutrientes em comparação com outros alimentos, ele literalmente diminui a absorção de nutrientes de
outros alimentos. O trigo integral é só “menos ruim” do
que o trigo refinado.
Ninguém duvida que pão integral é melhor do que o
pão feito com grãos refinados, já que contêm mais fibras e
nutrientes. Apesar disso, ele é apenas o menor de dois males, o que não o torna necessariamente saudável.
Mas não se preocupe: se você realmente quer ou precisa
incluir pão na sua dieta, existem algumas opções mais saudáveis. Uma boa dica é procurar um pão feito com grãos
germinados encharcados. Quando é preparado dessa forma, a quantidade de ácido fítico é reduzida. Outra opção é
consumir pães sem glúten, que são mais saudáveis do que
aqueles preparados com grãos que contêm glúten, como o
trigo, espelta, centeio e cevada.
Para concluir, se você precisa perder peso ou tem problemas digestivos, é melhor pensar duas vezes se vale a
pena manter o pão na sua dieta.
28
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM - 1ª Região
Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP
Presidente do XIV CBB e II CIB
exatas e humanas que de uma maneira ou outra aplica a
pratica dentro da aula teórica através da simulação de casos e situações. Resta agora apenas comentar um item: O
planejamento da carreira. Hoje não se pode mais nem ser
acadêmico sem planejar a carreira e o futuro, onde estou
e o que quer para o futuro. Esta é a pergunta que o acadêmico e o profissional devem fazer com frequência.
Para terminar, lembramos que a revisão da resolução
que diminuiu a carga horaria mínima dos cursos está definida para este ano no Conselho Nacional de Educação.
Estamos trabalhando para retomar as 4.000 horas no mínimo.
Saudações biomédicas
Resolução
Novas regras
incentivam o
parto normal
A
Resolução Normativa nº 368 do Ministério da Saúde,
publicada em 07 de janeiro de 2015, estabelece novas
regras aos planos de saúde particulares, a fim de
incentivar a realização de partos normais.
Com a entrada em vigor desta Resolução, as operadoras de
saúde não serão mais obrigadas a pagar pelas cesarianas previamente
agendadas. De acordo com as novas regras, a mulher deverá ser
informada sobre os índices de partos normais e cesarianas feitos pelo
profissional, hospital ou plano de saúde, bem como será fornecido o
Cartão da Gestante, com a descrição do período do pré-natal.
Ainda, caberá ao médico elaborar um relatório com todos os
passos do trabalho de parto, justificando, ao final, a necessidade
da realização da cesariana. Caso não fique demonstrado, por meio
das análises médicas, a imprescindibilidade da cesariana, esse
procedimento cirúrgico não será pago pelo plano de saúde.
A Agência Nacional de Saúde (ANS) visa diminuir o número
de partos cirúrgicos realizados no Brasil. Agora, as cesarianas
somente poderão ser realizadas com indicação clínica do médico da
gestante, sendo que, nos casos em que não houver justificativa para
o procedimento, a operadora de plano de saúde não estará obrigada
a custear a cirurgia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o
índice de cesarianas não ultrapassem 15% dos partos realizados no
ano. Porém, atualmente no Brasil, o percentual de partos cirúrgicos
nos hospitais privados é de 84%.
Embora se reconheça que o objetivo da ANS é o incentivo
à realização de partos normais, os profissionais da saúde e os
defensores dos direitos das mulheres se mostram contrários a essas
medidas. Isto porque, afirmam que as mudanças ferem a autonomia
da mulher, limitando seu poder de escolha no momento do parto.
Para o Conselho de Medicina, a melhor solução para a redução
das cesarianas é a melhora dos serviços de pré-natal e na estrutura
dos hospitais e maternidades para a realização de parto normal,
não devendo ficar a crivo dos médicos a modalidade de parto a ser
realizada.
Em contrapartida, a ANS entende que, a Resolução nº 368 não
restringe os direitos da mulher, mas relativiza o direito à escolha
frente ao direito à saúde, já que uma cesariana sem indicação
médica poderá resultar em riscos desnecessários à mulher e ao
recém-nascido, diante do aumento de 120 vezes a probabilidade de
problemas respiratórios para o bebê e três vezes o risco de morte
da mãe.
Ainda sustenta a ANS que na rede pública de saúde já há medidas
neste sentido, que incentivam e esclarecem dúvidas das gestantes,
por meio de palestras e informativos, quanto aos benefícios do parto
normal. Por isso, as novas regras são de suma importância para a
redução das cesarianas também entre as mulheres que possuem
plano de saúde particular.
Monica Alves Bräunert é advogada da área de
Direito da Saúde do escritório do escritório
A. Augusto Grellert Advogados Associados
29
Opinião
O
Como “não” cortar custos
em saúde
s provedores de serviços de saúde estão tentando
responder à grande pressão para redução de custos.
Muitas tentativas, contudo, são contraproducentes,
ensejando até custos mais altos e menor qualidade dos serviços.
Essa constatação está num artigo da edição de Novembro/14 da
Harvard Business Review.
O que está acontecendo? Segundo os autores Robert Kaplan
e Derek Haas, os administradores em saúde buscam no balanço
financeiro os itens a serem “enxugados”. Pessoal, espaço,
equipamento e suprimentos são focos atrativos. Diminuir essas
despesas geram resultados imediatos. Mas as reduções são
feitas normalmente sem considerar o melhor mix de recursos
necessários para cuidar da saúde dos pacientes de uma maneira
eficiente. Kaplan e Haas arrolam, então, os cinco erros mais
comuns cometidos no afã de cortar custos.
O erro número 1 é “cortar pessoal de suporte”. A primeira
parada num exercício de corte de custos é a folha de pagamentos,
que representa cerca de 2/3 dos custos de um provedor de saúde
típico. A maioria dos administradores começam por congelar
salários e novas contratações. Depois reduzem o pessoal
administrativo e de apoio. A razão para demitir funcionários
que não sejam da área clínica é a de não impactar nos cuidados
aos pacientes. Mas cortes desproporcionais no staff de apoio
podem diminuir a produtividade dos médicos a aumentar
o custo de tratamento. É o caso, por exemplo, de quando se
demite uma secretária e o médico tem que passar a lidar com
a burocracia. Pelo contrário, contratando mais assistentes e
enfermeiras, os médicos mais graduados ficam livres para
executarem seu trabalho com presteza e assim conduzir a um
serviço de maior qualidade a um custo menor.
O erro número 2 é “investir menos em espaço e
equipamento”. Um cirurgião ortopedista, por exemplo, pode
operar mais pacientes se dispuser de duas salas de cirurgia. O
Pedro Silvano Gunther
[email protected]
custo de uma segunda sala é muito menor que o tempo ocioso
de um cirurgião experiente e sua equipe clínica. Num prontosocorro, em outro exemplo, uma medida que pode resultar em
menor custo e maior qualidade no atendimento é a compra
de mais um equipamento de RX. A espera de pacientes e do
pessoal de apoio pela disponibilidade de um equipamento vai
na contramão da economia que se deseja fazer. É preciso fazer
uma análise dos benefícios e não só dos custos.
O terceiro erro é “focar somente nos preços das compras”.
Negociar descontos por volume com os fornecedores é quase
um mantra dos administradores. Mas é necessário examinar
como diferentes médicos usam os suprimentos. Em grupos de
compras, especialmente, pode-se estar comprando barato itens
que não serão efetivamente usados.
“Diminuir o tempo de atendimento ao paciente” é
“desprezar benchmark e padronização” são os dois outros
erros. Sem espaço para digredir mais sobre o assunto vamos à
solução apresentada pelos autores: “a única maneira sustentável
de reduzir custos é iniciar uma profunda análise dos processos
atuais”. Descobrir os verdadeiros vetores de custos para o ciclo
completo do atendimento, do diagnóstico ao tratamento e
recuperação dos pacientes. Não ficar na superfície.
30
Mieloma Múltiplo
Dores nos ossos,
anemia e fraqueza
podem indicar
câncer de sangue
P
essoas com mais de 60 anos que sentem fortes dores
nos ossos, anemia e fraqueza, podem estar sofrendo
de um tipo de câncer de sangue chamado mieloma
múltiplo. Ainda não tem cura e pode ser diagnosticado, entre
outros exames, pela eletroforese de proteína, que detecta a
proteína monoclonal no sangue e urina. Como os sintomas
são parecidos com os da osteoporose, devido a dores nos
ossos, além de anemia e fraqueza, muitos diagnósticos são
tardios e o mieloma é detectado em estágio avançado.
A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e
Terapia Celular (ABHH), representada pelo diretor Angelo
Maiolino, ressalta que esse tipo de câncer de sangue que
atinge 30 mil pessoas no Brasil e 700 mil no mundo.
O tratamento consiste em quimioterapia e a associação
de medicamentos orais. São utilizadas três substâncias que
retardam os efeitos da doença: bortezomibe, talidomida
e lenalidomida. Além desses fármacos, o transplante de
células-tronco hematopoéticas autólogo é uma alternativa
eficaz. O procedimento, associado ao uso da lenalidomida,
substância aprovada em 80 países, mas negada pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, é o
tratamento ideal para inibição do avanço da doença, além
de aumentar a sobrevida de três para 10 anos e diminuir os
sintomas debilitantes.
“A falta de registro da lenalidomida prejudica
incomensuravelmente os pacientes e o desenvolvimento
da pesquisa científica no País”, esclarece Maiolino, que
também é professor adjunto da disciplina de Hematologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
31
32
33
2015
MARÇO
11ª Abradilan Farma
Realização: Abradilan
Organização: Dinâmica Eventos
Data: 18 a 20 de março – 14h às 21h
Palestras:
18/3 – Maestro João Carlos Martins
20/3 – Paulo Storani
21/3 – Waldez Ludwig
Local: Expo Center Norte (Pavilhão Vermelho 1 e 2) Rua
José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme – São Paulo
(www.abradilan.com.br)
MAIO
XI Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia
Data: 14 a 16
Local: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo/SP
Informações: www.copem2015.com.br
Hospitalar 2015
6 eventos simultâneos apresentam as principais
tendências e inovações da cadeia produtiva do setor
A HOSPITALAR Feira + Fórum congrega em
82.000m2 de exposição os lançamentos, novidades
e tendências da cadeia produtiva do setor da saúde
de forma planejada e setorizada. A mostra apresenta em seis eventos simultâneos: Hospitais Lounge,
Hospfarma Espaço Farmacêutico, Expo Enfermagem, Diagnóstica, Digital Health e Compo Health
o que há de melhor na vitrine mundial de cada segmento.
Data: 19 a 22
Local: Pavilhões do Expo Center Norte - São Paulo/SP
Informações: tel. (11) 3897.6199 | Fax: 3897.6191
[email protected]
www.hospitalar.com.br
JUNHO
42º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas
Data: 21 a 24
Local: Pavilhão 5 - Riocentro Rio de Janeiro/RJ
Informações: www.sbac.org.br
SBMN / Prova de Título de Especialista em Medicina Nuclear 2015
A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, com anuência da Associação Médica Brasileira
(AMB), entidade a qual é filiada, torna pública a abertura das inscrições para o Exame de Suficiência para Concessão do Título de Especialista em Medicina Nuclear. De 15 de janeiro a 15 de
fevereiro os interessados em participar do concurso podem efetivar as inscrições.
Dividida em três etapas eliminatórias realizadas nos dias 11 e 12 de abril, em São Paulo, a
avaliação tem como base os resultados alcançados em provas teóricas e teórico-práticas. Entre
os temas aos quais os candidatos terão seus conhecimentos submetidos estão cintilografia; PET e
SPECT/CT; física aplicada à MN; bem como aspectos diagnósticos da medicina nuclear e todos os
procedimentos in vivo e in vitro incluindo terapias com radionuclídeos. Os aspectos referentes à
proteção radiológica ficarão a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Acesse o edital : http://twixar.me/Kmg
o 13º Congresso de Farmácia e Bioquímica de Minas Gerais (CFBMG), que será em Belo Horizonte, de 27 a 29 de
agosto de 2015.
Trata-se de um dos maiores eventos farmacêuticos do País, com a abordagem de diversas áreas de
atuação da Farmácia de forma multiprofissional. O
13º CFBMG contará com divulgação nacional e terá
participantes de vários estados do Brasil, além de
palestrantes renomados nacional e internacionalmente.
Inf: 55 31 3218-1026
XIX Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto
2015)
Data: 26 a 29
Local: Serra Park - Gramado/RS
Informações: tel. (51) 3086.9100 / Fax: (51) 3086.9101
www.ccmew.com
www.infecto2015.com.br
SETEMBRO
Analítica Latin America - Feira Internacional de Tecnologia para Laboratórios, Análises, Biotecnologia e
Controle de Qualidade
Data: 22 a 24
Local: Transamérica Expo Center - São Paulo/SP
Informações: tel. (11) 3205.5000
www.analiticanet.com.br
XXII Congreso Latinoamericano de Bioquímica Clínica
Data: 24 a 26
Local: Quito - Equador
Informações: [email protected]
www.sebiocli-ec.org
49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial
Data: 29/09 a 2/10
Local: Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza/CE
Informações: tels. (21) 3077.1400
mailto:[email protected]
www.cbpcml.org.br
OUTUBRO
28º Congresso Brasileiro de Microbiologia - 2015
Data: 18 a 22
Local: Centro Sul- Centro de Convenções de Florianópolis - Florianópolis/SC
Informações: tels. (11) 3037.7095 / 3813.9647
[email protected]
www.sbmicrobiologia.org.br
XXX Congresso Brasileiro de Patologia
Data: 29/10 a 1º/11
Local: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo/SP
Informações: tel. (11) 5080.5298
www.sbp.org.br
NOVEMBRO
HEMO 2015
O Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia
e Terapia Celular (Hemo), promovido pela Associação
Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), terá a edição de 2015 em São Paulo, entre os
dias 19 e 22 de novembro, no Transamérica Expo Center,
Avenida Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo
Amaro.
Hemo 2015
Realização: ABHH - Organização: ABHH Eventos
Data: 19 a 22 de novembro
Local: Transamérica Expo Center – São Paulo – SP
Site oficial: www.hemo.org.br
AGOSTO
Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia - CBAEM 2015
Data: 11 a 14
Local: Centro de Convenções Vitória - Vitória/ES
Informações: www.cbaem2015.com.br
Público-alvo - multiprofissional, além dos hematologistas e hemoterapeutas, o Hemo 2015 reunirá
durante quatro dias odontólogos, farmacêuticos,
psicólogos, enfermeiros, biomédicos, gestores de hemocentros, entre outros profissionais de áreas correlatas e representantes de esferas governamentais da
saúde.
13º CFBMG
O Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais realiza
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Pesquisa Nacional
Obesidade no Brasil cresce 6,4% em sete anos
A
pesar de uma população que afirma ser
mais informada e orientada para a saúde, a obesidade continua a crescer no
Brasil, atingindo o número alarmante de 18,5%
da população e aumentando muito os riscos de
problemas circulatórios, ortopédicos e sociais, de
acordo com uma nova pesquisa conduzida pelo
Dr. Luiz Vicente Berti, chefe do conselho fiscal da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, e patrocinada pela Covidien.
Achados gerais da pesquisa no Brasil incluem:
• O nível de obesidade no Brasil atingiu 18,5%,
um aumento alarmante de 6,4% em comparação
com o mesmo estudo feito em 2007, quando atingia 12,1%. A estimativa é que o Brasil tem agora
24.876.142 pessoas obesas.
• As mulheres são ligeiramente mais afetadas
pela obesidade do que os homens (19% para 18%)
• Os adultos com idade entre 56-65 anos tiveram o nível de obesidade mais elevado (24%), ao
passo que os jovens (18-25 anos) têm o nível mais
baixo (9%).
• As pessoas casadas têm mais tendência para
se tornarem obesas (21%) e os solteiros representam apenas 13% da população obesa.
• Quanto mais baixo o nível educacional,
maiores os níveis de obesidade.
• A obesidade tem crescido em todas as classes
sociais, especialmente entre as mais baixas – C, D
e E tiveram, cada um, um crescimento de 5% no
nível de obesidade. A Classe C (classe média baixa) teve a maior parcela da população obesa, com
23%. A Classe A cresceu apenas 2% e representa
16% do total.
“Os problemas com a obesidade vão muito
além da hipertensão arterial e do diabetes. A obesidade é também um fator de risco para diversas
doenças – tais como AVC e insuficiência venosa
crônica –, podendo causar uma série de danos ortopédicos e ósseos, e todos os problemas emocionais, sociais e psicológicos que estão associados a
estar extremamente acima do peso” diz Dr. Berti.
“Quanto mais cedo as pessoas entenderem que a
obesidade é uma doença, e não uma escolha, mais
rápido elas podem iniciar tratamentos que são
mais seguros e mais eficientes.”
A pesquisa também inclui informações sobre
comportamento, como ou quanto eles se consideram felizes, hábitos alimentares, estado emocional, hábitos relacionados à prática de atividades
físicas, vida sexual, quando e por quê eles comem,
onde eles gostam de sair e seus problemas de saúde, entre outras informações:
• 72% dos obesos mórbidos se consideram felizes (contra 85% das pessoas com peso normal).
• Somente 16% dos obesos mórbidos afirmam
levar uma vida saudável; no entanto, as pessoas
obesas frequentam restaurantes do tipo ‘fast food’
em média de 5 vezes por mês e metade dos obesos
mórbidos confessam fazer lanches entre as refeições.
• 28% dos brasileiros obesos declaram praticar
exercícios físicos. Caminhada está entre os exercícios mais comuns.
• 30% das pessoas obesas afirmam não ter uma
vida sexual ativa (em comparação com 18% da
média nacional)
• Quando perguntados sobre por que comem
muito, os principais motivos são: fome, ansiedade, comer muito rápido, preocupação e tristeza.
• Sair para comer (restaurantes, bares, shoppings e padarias) é a atividade favorita de lazer
para as pessoas obesas.
• 85% dos obesos mórbidos têm problemas de
saúde, como pressão alta, problemas nas articulações dos joelhos ou tornozelos, colesterol alto,
doenças vasculares, etc.
A pesquisa teve o objetivo de fornecer um perfil preciso do brasileiro obeso, por meio do levantamento, medição e análise com uma amostra da
população (adultos com idade entre 18-65 anos,
de ambos os gêneros e de todas as classes sociais
e regiões geográficas no país), a ocorrência, hábitos e atitudes referentes à obesidade e à obesidade mórbida no Brasil. Os resultados foram então
comparados com uma pesquisa semelhante feita
em 2007, trazendo à tona alguns números bastante preocupantes, como o aumento de 6,4% nos níveis de obesidade e a concentração de obesidade
nas classes média baixa.
“As pessoas estão mais informadas sobre o que
é a obesidade e o que é a cirurgia bariátrica, mas
não bastam somente informações,” fala o Dr. Berti. “A pesquisa mostra que algumas pessoas obesas
nem sequer sabem que são obesas, e como a sua
qualidade de vida poderia melhorar se submetidas a um procedimento que é comprovadamente
seguro, eficiente e com altas taxas de sucesso.”
Diálogos da ultra modernidade
Ontem, hoje e amanhã!
Estou pensando na situação de meu país. Vou
refletir em apenas alguns pontos. Corrupção é norma, parece que é uma prerrogativa dos inteligentes,
todos ficam ricos de maneira rápida e inexplicável.
Governos, empresas, políticos, pessoas jurídicas ou
pessoas físicas cultivam essa inteligência, e nós, os
outros, a imensa maioria, somos o quê?
O programa Mais Médicos é um acinte ao bom
senso, não há estrutura nos locais para onde tais
médicos são enviados. Outra questão é a forma de
contratação, com valores para intermediários e governo, nesse caso o cubano e segue-se a política de
contratos obscuros ou em segredo. Na prática, o
programa começa a produzir fumaça, desistências,
abandonos, insatisfação de um trabalho escravo.
Que o Brasil precisa de mais médicos é indiscutível,
médicos bem formados, com experiência adquirida
em Hospitais qualificados, em que a formação exige
a técnica, mas também cultura profissional de verdadeiros cidadãos que trabalharão com o mais precioso dos dons do ser humano, a sua própria saúde.
Analisem a situação dos hospitais públicos neste país, os próprios, as santas casas, os filantrópicos,
em sua grande maioria. Lamentavelmente a televisão está a nos mostrar, dia sim dia não, a situação
lamentável em que se encontram. Falta tudo: gestão,
capacitação, manutenção, atualização, entre outros.
Construir hospitais em épocas de eleição é chave de
sucesso eleitoral, mas, em seguida, o seu mau funcionamento, a sua manutenção inexistente, sucateiam
os locais, mas a qualificação da assistência médica
não depende de construir hospitais. Há o tempo para
construir e o tempo do abandono. Alguns estados,
como São Paulo, têm política para ensinar, constroem hospitais e entregam a sua administração
para agentes filantrópicos, sendo assim sucesso
absoluto. Não há como
comparar a administração por nomeações políticas com administração
privada e com metas a
cumprir.
O ensino sucateado,
as escolas abandonadas
sem reparos, algumas
públicas sequer com
merendas, os professores não valorizados, a
falta de estímulo à progressão de conhecimentocada vez maior, a fuga de cérebros para a iniciativa
privada ou o abandono do país. É profundamente lamentável, é triste vermos o caminho que se segue. A
educação é a base sobre a qual se constrói um grande
país, os países mais adiantados têm a melhor educação, que edifica a cultura de um povo e lhe dá o direito de ascensão profissional. Todos estão em busca
de realização pessoal, ou seja, em busca da felicidade.
Acaba de acontecer a posse da eleita na Presidência da República e, agora, o foco é a educação, como
se uma varinha mágica alterasse a situação caótica do
ensino no Brasil. Longe disso. Serão anos e anos para
modificar o que aí está e, no seu segundo mandato, a
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presidente entende que a situação do ensino precisa
mudar. Agora vamos torcer para que isso seja uma
realidade e não outra fantasia apregoada na campanha política, sobretudo na questão da política
financeira, sem dúvida necessária e que desejamos
seja realista para recuperar o país. As dificuldades
para o país serão enormes no ano em curso, e nos
próximos anos, mas não há outra solução.
*Dr. Marcial Carlos Ribeiro é Instituidor da Fundação de Estudos das Doenças do Fígado, Comendador
da Ordem do Mérito Médico Nacional pela Presidência
da República e Diretor Superintendente dos Hospitais
São Vicente – FUNEF (Curitiba).
37
Livros
A
Uma maneira de reverter o diabetes?
qui está uma notícia importante para qualquer
pessoa com diabetes. O livro de sucesso
internacional está agora disponível que revela
princípios cientificamente testados que podem ajudar
a desencadear o seu corpo a produzir mais insulina
naturalmente, revertendo os sintomas de diabetes sem a
necessidade de medicação.
Diabetes é uma doença que atinge proporções
epidêmicas em todo o mundo ocidental ... Você sabia que
todos os dias, só nos Estados Unidos, mais de 2.000 novos
casos de diabetes são diagnosticados ? Com a atenção
voltada para o açúcar no sangue e os níveis de insulina,
no entanto, a causa subjacente de toda a devastação tem
sido negligenciada. De acordo com o especialista em
saúde e autor best-seller Matt Traverso, muitos médicos
estão deixando de tratar a causa subjacente real do
diabetes. Em vez disso, eles estão tratando os sintomas
com produtos químicos e medicamentos farmacêuticos
que muitas vezes deixam as pessoas que sofrem com os
efeitos colaterais e uma dependência de longo prazo sobre
essas drogas.
O que alguns médicos podem estar falhando a
entender é que o diabetes não é uma doença, é uma reação
para fora vindo diretamente do pâncreas que resulta no
corpo ser capaz de produzir quantidades normais de
insulina, devido ao mal funcionamento do pâncreas.
O livro de Matt Traverso diz que se o dano que está
sendo feito a o pâncreas pode ser revertido, o órgão terá a
possibilidade de curar a si mesmo e então, gradualmente,
é possível para aqueles que são dependentes de injeções
de insulina conseguir reverter o
problema. Isso significa que quem
sofre de diabetes pode já não ter
que ser dependente das drogas e
medicamentos que normalmente
são tomadas para tratar a doença.
“O pior médico do mundo”
“
O pior médico do mundo” do médico
Gerson Salvador,
retrata as relações
humanas no cotidiano médico, ao longo
de sua formação e vida profissional. Em contos,
o livro mostra como o médico lida com perdas,
diferentes personalidades de pessoas, e os desafios
diários da profissão no âmbito interpessoal.
O conteúdo passa ao leitor o sentimento de
quem perde um paciente, atende casos de abuso
sexual, não consegue oferecer o melhor tratamento
a seus pacientes por limitações impostas por
planos de saúde, além disso, de quem cria vínculos
e vê em si a responsabilidade pela vida dessas
pessoas.
O livro pode ser adquirido na livraria Martins
Fontes por R$29 ou em sua versão digital (e-book)
no site Amazon por aproximadamente R$20.
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16 3629-2119 | 99793-9304
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