Em discussão: testes rápidos de diagnósticos médicos
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Em discussão: testes rápidos de diagnósticos médicos
1 2 NESTA EDIÇÃO Nota de Esclarecimento Confira a opinião dos nossos colunistas e as novidades do mercado atual Dr. Paulo Cesar Naoum Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto-SP “Em Discussão: Testes rápidos de Diagnósticos Médicos”, pág. 12 Dr. Irineu Grinberg SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas “ Legislação,Qualidade e Honorários”, pág. 20 Dr.Yussif Ali Mere Jr Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais,Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão. “O Ano do Remédio Amargo”, pág. 22 Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos Presidente do CRBM-1º Região Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP Presidente do XIV CBB e II CIB “Vamos falar de tempo” , pág. 28 Pedro Silvano Gunther Diretor da Hotsoft “Como ‘não’ cortar custos em Saúde”, pág. 30 Receba o LABORNEWS, atualize seu endereço. Para arquivo digital, encaminhe seu email para [email protected] www.labornews.com.br [email protected] 16 3629-2119 | 99793-9304 3 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-SP C onsiderando que o Hospital das Clínicas foi citado em matérias veiculadas pela imprensa, relativas à autorização judicial concedida para a realização de cirurgia no exterior da pacienteJúlia Marcheti Ferraz de 5 anos de idade, como não dispondo de condições para realizar o procedimento cirúrgico pleiteado, temos a informar: 1- Trata-se de paciente de Ribeirão Preto, acompanhada previamente em nosso Hospital e que teve aqui, em vista dos nossos recursos, indicação de procedimento cirúrgico. 2- Este procedimento cirúrgico (rizotomia dorsal seletiva, indicada para portadores de paralisia cerebral em graus 3, 4 ou 5) é realizado rotineiramente em nosso Hospital, com a mesma técnica empregada em Saint Louis, nos Estados Unidos. Inclusive, referido procedimento consta da Tabela SUS, conforme Convênio mantido entre o HCFMRP e o Ministério da Saúde. 3- Nosso Hospital conta com médicos e profissionais de apoio, habilitados e treinados para este fim, com resultados perfeitamente superponíveis aos reportados internacionalmente. 4 - Contamos com recursos técnicos, como monitorização neurofisiológica intra-operatória e para reabilitação (disponíveis no nosso Centro de Reabilitação, vinculado à Rede Luci Montoro), bem como com pessoal treinado não só para indicar o procedimento como monitorizar o paciente e reabilitá-lo no pós operatório. 5- Quando solicitadas, oferecemos prontamente todas as explicações requeridas pelas autoridades competentes. Por todo o exposto, causou-nos surpresa a liberação dessa cirurgia para ser realizada nos Estados Unidos, quando possuímos infraestrutura e pessoal altamente especializado e capacitado para esse fim. A Direção Diagnóstico bioMérieux tem o primeiro teste rápido com autorização de uso nos Estados Unidos para diagnóstico de casos de EBOLA S istema, adotado em 300 hospitais, foi criado pela subsidiária BioFire Defense e tem autorização de emergência do FDA (Food and Drug Administration) A bioMérieux, empresa francesa líder mundial em diagnóstico in vitro, acaba de protocolar na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o pedido de registro no Brasil para o FilmArray, sistema que simplifica os testes moleculares desde a preparação de diferentes tipos de amostras até a análise automática dos resultados e é capaz, em apenas uma hora, de detectar microrganismos por meio de painéis. Os painéis atualmente disponíveis são: Painel de Sepse (infecção generalizada que pode levar à morte) que detecta 24 microrganismos – fungos e bactérias, além de mecanismos de resistência a antibióticos como, por exemplo, a superbactéria presente em hospitais; Painel de Gastroenterites (inflamação aguda que compromete os órgãos do sistema gastrointestinal e que são responsáveis por grande número de internações em hospitais e, dependendo da gravidade, podem levar à morte), que detecta 22 microrganismos, entre eles vírus, parasitas e bactérias como a Salmonella; Painel Respiratório, que detecta 20 microrganismos, entre eles bactérias e vírus como o H1N1 (responsável pela gripe suína); e o Painel do EBOLA. O sistema, desenvolvido pela BioFire Defense, subsidiária da empresa, recebeu recentemente autorização de emergência do FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, como o primeiro teste disponível para diagnóstico do EBOLA em seres humanos, em virtude de seu desempenho, eficácia e facilidade de uso. Como funciona – O FilmArray é uma técnica de biologia molecular que não exige pessoas especializadas para o seu manuseio, nem ambiente de laboratório com estrutura para testes de Biologia Molecular. Ele consiste em uma estação de trabalho, na qual é inserido o painel, uma espécie de cartucho a vácuo, com diferentes reservatórios, onde ficam os reagentes. Nele é injetada a solução de hidratação com uma seringa e depois a amostra a ser analisada. O painel é colocado na máquina (cujo tamanho aproximado é o de um notebook) e tem início a análise da amostra: os ácidos nucleicos são extraídos, para que o DNA e o RNA (compostos orgânicos envolvidos na transmissão de caracteres hereditários e na produção de proteínas compostas, que são o principal constituinte dos seres vivos) sejam purificados. Finalmente, por meio da técnica chamada Multiplex PCR, em que um fragmento específico da molécula de DNA é amplificado milhares de vezes em curto espaço de tempo, os microrganismos presentes são identificadas pelo Software FilmArray e dão origem aos resultados da amostra. Todo o processo leva apenas uma hora para ser concluído. No Brasil, a bioMérieux protocolou o pedido de registro na Anvisa para o equipamento FilmArray e para o painel Respiratório, que detecta H1N1 e Influenza, entre outros vírus de grande importância médica. No início de 2015, serão protocolados os pedidos para os painéis de Sepse e Gastroenterites. Investimento – A expectativa é que, quando aprovado, o equipamento FilmArray esteja disponível no mercado brasileiro pelo valor aproximado de US$ 100 mil (cerca de R$ 250 mil) e que cada painel custe em torno de US$ 200 (cerca de R$ 500). O investimento compensa na economia gerada para hospitais, tanto na diminuição de tempo de internação, quanto no uso indevido de antibióticos e na decisão de iniciar ou não tratamentos específicos, visto que o diagnóstico rápido e preciso é de extrema importância para o tratamento correto e oportuno. ANVISA aprova primeiro teste rápido para a febre chikungunya A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro para o teste rápido para diagnóstico da febre chikungunya. O exame fabricado e comercializado pela empresa OrangeLife, única no país com responsável pela produção, faz uma análise precoce da doença. Com apenas uma gota de sangue o teste rápido detecta nas primeiras 24 horas de infecção a presença do anticorpo IgM (partícula do vírus causador da chikungunya). Marco Collovati, médico e presidente da empresa, destaca que o exame é rápido e pode ser feito na beira do leito. “Funciona colocando uma gota de sangue em um recipiente com uma fita plástica. Depois são depositadas três gotas de uma solução química. O resultado sai em dez minutos. Se aparecerem duas linhas, o diagnóstico é positivo; se houver apenas uma linha, é negativo”, explica. O último levantamento do Ministério da Saúde aponta 2.258 casos confirmados de febre chikungunya no Brasil, sendo 233 por critério laboratorial e 2.025 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 93 casos são importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. A chikungunya tem sintomas parecidos com a dengue. Assim, até a confirmação da doença, é proibido por exemplo o uso da aspirina para aliviar as dores. O medicamento faz bem a quem tem chikungunya, mas é contraindicado em caso de dengue. O tratamento consiste no alívio dos sintomas, que costumam durar de três a dez dias. É recomendado repouso, hidratação e o uso de analgésicos como o paracetamol. Conselho Federal de Medicina Serviços de saúde devem prover equipes de ensino sobre HIV e AIDS e de meios preventivos, diz recomendação do CFM U ma nova Recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada nesta no dia 29 de janeiro, preconiza que medidas preventivas devem ser adotadas – pelos estabelecimentos e instituições de saúde – em relação à infecção pelo HIV. Estas medidas englobam treinamento a toda a equipe nas precauções universais; oferecer a todos os profissionais da área acesso à equipe multidisciplinar para suporte e orientação sobre os riscos de infecção ocupacional por patógenos carreados pelo sangue; e propiciar a existência de condições de trabalho suficientes e aptas para a salvaguarda de todas as medidas já definidas. Link na integra: http://www.portal.cfm.org.br/images/Recomendacoes/7_2014.pdf O documento ressalta a importância de que a informação e o ensino em relação à infecção pelo vírus devem ser passados continuamente aos profissionais de saúde e à população em geral, visando, sobretudo, o entendimento dos mecanismos de contaminação pelo HIV e outros microorganismos. Segundo o texto, a divulgação desse conhecimento ajudará não só a limitar a possibilidade de novos casos, como a diminuir a discriminação contra os portadores do vírus. Estes são alguns dos aspectos abordados na Recomendação 7/14, que também indica procedimentos, cuidados, tratamentos e precauções aos médicos vivendo com HIV ou AIDS, assim como ressalta seus direitos. Além de abordar a conduta que deve ser observada pelos serviços de saúde e hospitais em relação ao tema, o documento trata das medidas que o profissional vivendo com HIV ou AIDS deve adotar no âmbito do cuidado ao paciente e em relação à equipe de saúde. Orientações aos médicos – Segundo a Recomendação, médicos vivendo com HIV ou AIDS devem zelar pela aplicação de todas as normas relacionadas às precauções universais, que consistem em considerar como 4 potencialmente infectantes o sangue e as secreções que contenham sangue visível, adotando proteções de barreira, como luvas, máscaras, capotes, gorros e proteção ocular, visando impedir o contato destes fluidos com pele e mucosas. O relator do documento e diretor-tesoureiro do CFM, José Hiran da Silva Gallo, ressalta que “o termo universal refere-se a todos os profissionais de saúde e pacientes, independente do conhecimento ou suspeita de infecção pelo HIV e/ou por outros patógenos carreados pelo sangue”, ou seja, o médico vivendo com HIV ou AIDS não precisa adotar medidas extras além do cumprimento rigoroso daquelas já preconizadas – imbuído do compromisso de não expor ao risco os pacientes, membros de sua equipe ou qualquer outra pessoa. Nesse sentido, outro ponto crucial é que este profissional se mantenha atualizado nas técnicas invasivas praticadas por ele e sua equipe. Sigilo – O documento ressalta ainda que deve ser garantido ao médico nesta condição o sigilo e a confidencialidade sobre a sua patologia; bem como a possibilidade de que ele decida livremente se e como serão divulgados os dados relativos ao seu estado. O médico vivendo com HIV ou com AIDS também tem garantido o direito de não ser discriminado no trabalho em razão de sua condição, e deverá ter acesso às informações necessárias ao tratamento adequado. Em 1992, o CFM emitiu uma orientação sobre HIV em um documento extenso (o Parecer 11/92, que continua válido) que aborda vários aspectos, como o direito da mulher infectada pelo HIV à gestação e a triagem sorológica de pacientes e médicos em ambiente hospitalar, entre outros pontos. A necessidade de uma abordagem mais objetiva e atualizada, especificamente sobre médicos vivendo com HIV ou com AIDS, justificou que se aprovasse a Recomendação 7/14. 5 6 7 SINDCONT-SP o mercado atual Marcadores de Glicemia A fisiopatologia do diabetes varia, mas todos os pacientes possuem um distúrbio metabólico comum: o metabolismo dos carboidratos que provoca a hiperglicemia. Muitos pacientes com diabetes podem desenvolver complicações debilitantes como: retinopatias, nefropatias, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, dentre outras. Os estudos revelam que a redução da concentração de glicose diminui estas complicações1, 2 . A determinação de Hemoglobina glicosilada (Hb A1c) tem sido aceita como um critério para o diagnóstico de diabetes3. Esta dosagem reflete a glicemia a longo prazo, ou seja, a exposição da glicemia média durante os últimos 2-3 meses4 porque a glicose se une de forma irreversível à hemoglobina dos eritrócitos por um processo denominado glicação. Existem outros marcadores alternativos para glicemia. Um desses é a frutosamina, nome genérico dado às cetoaminas originadas por um rearranjo molecular após a glicose reagir com os grupos amino das proteínas do soro. Como a albumina é a proteína mais abundante no soro, a frutosamina é predominantemente uma medida de albumina glicada, a qual também pode ser ensaiada diretamente5. A vida média da albumina no sangue é de 14-20 dias, de modo que ambas, frutosamina e albumina glicada, indicam a concentração de glicose sanguínea média durante as últimas 2 semanas. A frutosamina e a albumina glicada são extracelulares e têm vários atributos úteis, incluindo a independência de ambas da vida média dos eritrócitos ou o transporte da glicose através das membranas celulares. Os ensaios são rápidos, tecnicamente fáceis e de baixo custo, no entanto, as mudanças na concentração de proteínas e a vida média podem afetar a frutosamina. Outro indicador de glicemia é 1,5 anidroglucitol (1,5-AG), um monossacarídeo 6-carbono que não é metabolizado6. Como a glicose na urina concorre para a reabsorção de 1,5-AG pelos rins, as concentrações de glicose no sangue que excedam o limiar renal podem reduzir o 1,5-AG circulante. Juraschek Stephen P. et al.7 concluem que há um crescente interesse por esses marcadores sorológicos como alternativas à glicemia de jejum ou Hb A1c quando estas medidas não estão disponíveis, quando o controle glicêmico intermediário (uma semana a um mês) é de interesse e em situações que reduzem o significado das determinações da glicose de jejum (variação diurna, glicólise ou deterioração amostra) ou da Hb A1c (hemoglobinopatias, hemólise ou volume de células vermelhas alterado)8. O estudo aumenta o conhecimento sobre os marcadores alternativos de glicemia e também promove a discussão, chamando a atenção para as questões-chave que precisam ser abordadas em pesquisas futuras para que essas relações possam ser esclarecidas, para a compreensão da fisiopatologia, para avaliar o risco de complicações, para o diagnóstico do diabetes ou mesmo para entender os possíveis papéis dos três marcadores sorológicos no monitoramento da doença. A Biotécnica disponibiliza o kit Frutosamina (cat 10.017.00) com reagente líquido pronto para uso, acompanha calibrador e também o kit Hemoglobina A1c turbidimétrica (cat 20.009.00) com reagentes líquidos prontos para uso, ambos totalmente automatizáveis. 1. Diabetes Control and Complications Trial Research Group. The effect of intensive treatment of diabetes on the development and progression of long-term complications in insulin-dependent diabetes mellitus. N Engl J Med 1993;329:977–86. 2. UK Prospective Diabetes Study (UKPDS) Group. Intensive blood-glucose control with sulphonylureas or insulin compared with conventional treatment and risk of complications in patients with type 2 diabetes (UKPDS 33). Lancet 1998;352:837–53. 3. American Diabetes Association. Diagnosis and classification of diabetes mellitus.Diabetes Care 2010;33(Suppl 1):S62–9. 4. Goldstein DE, Little RR, Lorenz RA, Malone JI, Nathan DM, Peterson CM . Tests of glycemia in diabetes. Diabetes Care 2003;26 Suppl 1:S106–8. 5. Koga M, Kasayama S. Clinical impact of glycated albumin as another glycemic control marker. Endocr J 2010;57:751–62. 6. Dungan KM. 1,5-anhydroglucitol (GlycoMark) as a marker of short-term glycemic control and glycemic excursions. Expert Rev Mol Diagn 2008;8:9–19. 7. Juraschek SP, Steffes MW, Selvin E . Association of alternative markers of glycemia with hemoglobin A1c and fasting glucose. Clin Chem 2012;58:1648–55. 8. Saudek CD, Derr RL, Kalyani RR. Assessing glycemia in diabetes using self-monitoring blood glucose and hemoglobin A1c. JAMA 2006;295:1688–97. Enrique Juan Brown www.biotecnica.ind.br [email protected] +55 (35) 3214-4646 Operadores da área de saúde devem entregar Dmed O Sindicato dos Contabilistas de São Paulo – Sindcont-SP informa que os operadores de planos de saúde, hospitais, laboratórios, clínicas médicas ou odontológicas, independentemente da especialidade, deverão enviar a Declaração de Serviços Médicos e de Saúde – Dmed à Receita Federal do Brasil – RFB até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia 31 de março de 2015. O documento, que reúne informações sobre os valores recebidos pelos prestadores dos serviços de saúde de pessoas físicas durante ano-calendário de 2014, deverá ser transmitido em meio digital, pelo aplicativo que já está disponível no site da Receita Federal do Brasil. O uso de certificado digital válido é obrigatório nesta operação, exceto para os optantes do Simples Nacional. Os profissionais liberais prestadores de serviços médicos e de saúde deverão entregar a Declaração somente se estiverem equiparados a pessoa jurídica. De acordo com o presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo – SindcontSP, Jair Gomes de Araújo, a “Dmed permite à Receita Federal do Brasil obter informações sobre os gastos com saúde dos contribuintes de forma rápida, detalhada e assertiva, por meio das prestadoras de serviços de saúde e das operadoras de planos privados de assistência à saúde.” A Dmed entregue ao fisco pelos prestadores de serviços deverá trazer o número do Cadastro de Pessoa Física - CPF, o nome completo do responsável pelo pagamento e do beneficiário do serviço, bem como os valores recebidos de pessoas físicas, individualizados por responsável pelo pagamento. 8 “Já o documento transmitido pelas operadoras de plano privado de assistência à saúde deve informar o CPF e nome completo do titular e dos dependentes, os valores recebidos das pessoas físicas, individualizados por beneficiário titular e dependentes, bem como a quantia reembolsada à pessoa física beneficiária do plano, individualizados por beneficiário titular ou dependente e por prestador de serviço”, explica o dirigente da entidade, que representa mais de 80 mil profissionais da contabilidade atuantes na Região Metropolitana de São Paulo. São considerados objetos da Dmed os serviços prestados por psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, dentistas, hospitais, laboratórios, serviços radiológicos, serviços de próteses ortopédicas e dentárias, clínicas médicas de qualquer especialidade, e os prestados por estabelecimento geriátrico classificado como hospital pelo Ministério da Saúde e por entidades de ensino destinadas à instrução de deficiente físico ou mental. Os operadores que não entregarem a declaração no prazo estipulado estão sujeitos à multa de R$ 5 mil por mês-calendário ou fração. Caso o documento contenha informações inexatas, incompletas ou omitidas, a multa poderá ser de 5%, não inferior a R$ 100,00, do valor das operações comerciais, por transação. “Importante ressaltar que a prestação de informações falsas ou a omissão de dados na Dmed configura hipótese de crime contra a ordem tributária, prevista no artigo 2º da Lei nº 8.137/1990. Ou seja, além da aplicação da multa, a prática pode resultar em detenção pelo período de seis meses a dois anos”, lembra Araújo. 9 10 11 Opinião Em discussão: testes rápidos de diagnósticos médicos A s mídias do Brasil e exterior divulgaram recentemente informações sobre uma empresa americana engajada em transformar um antigo desejo médico em realidade. Trata-se do Point-of-care diagnostic testing, que no Brasil foi transformado no simplório Teste em beira de leito. A empresa americana, a despeito de algumas manifestações contrárias, entrou no mercado para tornar o teste mais que um teste em beira de leito, desejando que o POCT, sigla inglesa do point-of-care diagnostic testing, se espalhe para os consultórios médicos, emergências, ambulatórios, etc., personalizando-o, inclusive, por meio de grupos de análises para especialidades: cardiologia, pediatria, endocrinologia, imunologia, etc. Mas a mídia, como todos sabem, às vezes é afoita, notadamente quando está em disputa os pontos de audiência. Vai daí que o programa Fantástico da rede Globo fantasiou o POCT mais que o necessário, sem que profissionais de credibilidade das áreas de medicina laboratorial e de análises clínicas fossem convidados para opinarem a esse respeito. Conclusão, num país com quase 70% de analfabetos funcionais- aqueles que leem ou ouvem, sem entender o que estão lendo ou ouvindo- tiveram as mais diversas interpretações, inclusive alguns profissionais da área laboratorial. Mas, há de se considerar que quando novas tecnologias são colocadas no mercado internacional, vários testes foram realizados para garantir seus sucessos. A tecnologia em questão vai dispor, por exemplo, de análises de grupos de exames usados para check-up por menos de cinco dólares ou treze reais, na cotação média de janeiro, com a seguinte atração: “com apenas duas gotas de sangue”. Qual cliente não pagaria esse valor, sem precisar de recorrer às incríveis dificuldades criadas por planos de saúde? Qual médico teria dificuldade de puncionar o dedo do(a) cliente para retirar uma ou duas gotas de sangue, embeber num placa de gel, incubar por cinco minutos, e ter os resultados à disposição durante a consulta? A praticidade do ato é, em uma simples palavra, fenomenal. Diante do avanço dessa tecnologia ecoam gritos e, em alguns lugares, berros, com o intuito de desconstruir (esta palavra que representa nociva ação de destruição pessoal ou de ideia, foi praticada recentemente e com sucesso pela monarquia vigente do Planalto) a genial ideia da empresa americana. É importante discutir a aplicação do POCT, de avaliar as suas sensibilidade e reprodutibilidade técnicas em situações diversas e comparar com o estado atual do que nos é oferecido. Mas convenhamos, as estruturas técnicas que os laboratórios usam nos dias atuais estão embasadas em propostas apresentadas há mais de 50 anos. Com exceção dos anticorpos monoclonais, biologia molecular, citogenética de hibridização, tudo tem a mesma base cinquentenária. “Modernamente”, são equipamentos gigantescos que mais se parecem com aqueles da “linha branca” (sim, aquela mesma linha que promoveu o milagre da ascensão da classe D à classe C na nossa amada pátria) e que ao permitirem a realização de centenas a milhares de análises em pouco tempo se acabam emperrando na burocracia natural de qualquer laboratório, que faz com que o Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum Professor Titular pela UNESP Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia Acadêmico da ARLC tempo da emissão do resultado final se iguala àqueles feitos por equipamentos manuais. Uma discussão, que é óbvia num país que somente oferece cursos para que profissionais se tornam empregados, é sobre o desemprego que essa tecnologia vai desencadear. Ora, os bons continuarão a ter oportunidade de emprego pois técnicas sofisticadas de citogenética, biologia molecular e imunologia certamente não poderão ser vendidas a treze reais. Ah! mas tem mais uma outra discussão. A dos donos de laboratório. E agora, o que vai acontecer com o meu laboratório? Fique tranquilo, doutor! Nosso organismo tem mais de 20 mil proteínas, e analisamos apenas cerca de 50 delas. Veja que oportunidade para investir em 19.950 proteínas! POINT OF CARE DIAGNOSTIC TESTING Novos cargos Cresce mercado de trabalho para profissionais da saúde Se o ano parece difícil, uma coisa é certa: o setor de saúde seguirá como um dos principais empregadores do Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, hoje a área responde por 10% do emprego qualificado do brasil e quase 10% do Produto Interno Bruto. “O uso de novas tecnologias, o aumento da expectativa de vida e a preocupação da população em ter uma vida mais saudável reforçam esse cenário”, explica Vânia Alencar, gerente da Luandre, onde 25% dos mais de 55 mil contratos administrados anualmente são para o setor de saúde. Mesmo com uma perspectiva nebulosa para a economia brasileira, a consultoria, uma das maiores do país, espera uma alta de 15% no primeiro semestre em relação aos empregos gerados pela área no mesmo período do ano passado. Hoje são 2000 vagas abertas em todo o Brasil, para atuar nos mais variados postos e cargos. E, além da empregabilidade, há outras vantagens para quem escolhe o setor. Por funcionarem 24 horas, os hospitais proporcionam maiores chances de horas extras e adicionais noturnos. Trabalhando durante o final de semana ou na madrugada, por exemplo, os salários podem até dobrar. “Além do bônus pelo horário, o colaborador ainda conta muitas vezes com um acréscimo de insalubridade ou periculosidade”, explica Vânia. Apenas cerca de 35% do corpo de funcionários de um hospital é formado por médicos e enfermeiras. A grande maioria dos colaboradores é composta de técnicos e auxiliares de enfermagem, 12 área administrativa, atendimento ao cliente, farmácia e limpeza. Para quem busca uma oportunidade, há cargos que não exigem experiência anterior, como os de atendimento ao público presencial e por telefone. Algumas características, no entanto, são indispensáveis. “Além da questão técnica, o que se espera desse é que ele preste atendimento com excelência e humanização, oferecendo acolhimento para seu cliente ou paciente”, orienta Vânia. Os cargos em aberto são para os níveis de escolaridade Técnico e Superior Completo, com salários que variam entre R$1.900,00 e R$4.900,00. Para conhecer as oportunidades e candidatar-se, acesse www.luandre.com.br. A pós trabalhar durante cerca de 30 anos contratado pela concorrência. desenvolver e ampliar habilidades para otimizar as em laboratórios clínicos do Brasil e na O que nos motiva e indica que estamos no caminho rotinas de administração de processos, pessoas, França, a Drª Beatriz Nogaroli constatou que, apesar de pessoas capacitadas e dos modernos equipamentos, algumas lacunas ainda eram muito profundas em se tratando de gerenciamento de processos e indivíduos. Observando essas necessidades, há 15 anos, foi criada a BMN Consultoria em Patologia certo é a satisfação dos nossos clientes que pode ser comprovada nos gráficos que publicamos em nosso site. troca de experiência com profissionais da área. O percentual eleva-se a cada ano e fechamos 2014 com Elaboramos o curso em conjunto com profissionais quase 89% de “muito satisfeitos”. renomados da área e com sugestões de diversos Na opinião da BMN, o que o laboratório clínico Clinica, empresa especializada em Análises Clínicas mais necessita hoje? que, além de assessorar laboratórios a desenvolverem Com certeza ter seus serviços mais valorizados é uma mudanças em suas metodologias, adequando-os para prioridade. No entanto, por experiência própria, posso enfrentar os desafios da competitividade empresarial dizer que a gestão, na grande maioria dos laboratórios, e profissional, elabora treinamentos de capacitação é muito amadora. Perde-se recursos financeiros por durante todo o ano. desperdício, descaso e falta de administração. Os Para 2015, a BMN Consultoria preparou, neste início de proprietários e diretores precisam se conscientizar da ano, o primeiro curso que irá incorporar a visão global e sistêmica do funcionamento de um laboratório clínico. materiais e custos financeiros, além da oportunidade de necessidade de se profissionalizar, se capacitar para o cargo que exercem, deixando de ser apenas biomédicos, bioquímicos e patologistas clínicos e focar na visão gestores de laboratórios clínicos. O conteúdo foi inserido em seis áreas de conhecimento: condições para o funcionamento, processos, pessoas, gestão da qualidade, economia e sustentabilidade e visão de futuro. Nestas áreas estão distribuídos os 16 módulos do curso. Nossa intenção é que o participante possa aplicar o conhecimento adquirido ao final de cada módulo, que possa ter a oportunidade de discutir suas dúvidas, expor suas dificuldades e levar propostas de soluções. GESTÃO ESTRATÉGICA DO sua trajetória como consultora e especialista na área, sistêmica da qualidade. LABORATÓRIO CLÍNICO bem como comenta sobre a idealização do novo curso Simultaneamente, os colaboradores precisam ser melhor Data: de março a junho (aos sábados) de GESTÃO ESTRATÉGIA DO LABORATÓRIO CLÍNICO. preparados. Ilude-se quem imagina que as instituições Carga horária: 68h Na entrevista a seguir, a Drª Beatriz Nogaroli descreve Quando foi que você percebeu a necessidade de criar a BMN Consultoria? Na metade da década de 90 ocupava o cargo de Gerente Técnica e encontrava dificuldade quando necessitava contratar profissionais para o atendimento e setores analíticos que atendessem aos requisitos de conhecimento, postura para o cargo e habilidades pessoais. Observei que essa mesma dificuldade era educacionais formam profissionais capacitados. A formação básica está defasada em conteúdo, qualidade e sem sincronia com as necessidades do mercado. Caberá, cada vez mais, aos laboratórios formar seus profissionais, investindo na sua formação técnica e comportamental. Depois de trabalhar com diferentes indivíduos em diversos laboratórios, o que considera que hoje vivenciada por outros laboratórios, independente do faz falta na capacitação de um ótimo profissional? porte ou região onde estavam. Diante desse cenário, Eu diria que ainda falta interesse dos profissionais vislumbrei a oportunidade de prestação de serviços em aprender e aprimorar-se, isso afeta muito o assessorando laboratórios para a melhoria da qualidade conhecimento profundo do trabalho, de suas rotias. O e a seus profissionais, suprindo suas deficiências. A partir não saber ouvir (clientes, colegas, diretores,etc), assim de 1995 comecei a me capacitar para a nova etapa, como o compromisso com a qualidade e ética, são falhas criar a empresa e me tornar empresária. Um desafio presentes. Assim como esses “defeitos”, encontrei por sem limites que se tornou realidade e que em março de onde passei a falta de compromisso com a qualidade 2015 completa 15 anos. Um aprendizado continuo. e ética. Para os que atuam como gestores, além dos Quantos alunos já participaram dos treinamentos da BMN? Cerca de três mil pessoas, mas sinto que poderia ser muito mais pela importância de investir no conhecimento e na melhoria do desempenho dos profissionais. O segmento laboratorial, ainda vê como “despesa” um já citados, acrescento ainda: visão global e sistêmica do funcionamento do laboratório, relacionamento interpessoal e planejamento e criatividade para buscar novos negócios. O primeiro curso de GESTÃO ESTRATÉGICA DO LABORATÓRIO CLÍNICO irá tratar de todas essas treinamento e não como investimento. Um argumento habilidades? bastante frequente é o fato do laboratório pagar pelo Sim, com certeza. O curso vai oferecer um leque de treinamento e passado algum tempo o colaborador é conhecimento que permite ao gestor ou futuro gestor 13 Áreas de conhecimento: Condições para funcionamento (legislação, segurança ocupacional, ambiental e do paciente) Processos (pré-analiticos, analíticos manuais, automatizados e pósanaliticos) Pessoas (recursos humanos, legislação trabalhista e atendimento ao cliente) Gestão da qualidade (evolução e conceitos e qualidade analítica) Economia e sustentabilidade (finanças, TI, marketing e otimização de recursos) Visão de futuro (certificações e novos negócios) Investimento: R$ 4.000,00 (curso completo) R$ 500,00 (módulo de 8h) R$ 300,00 (módulo de 4h) Informações: [email protected] +55 19 3234 5122 www.bmnconsultoria.com.br Artigo o mercado atual Laborline – centrífugas 100% nacionais, qualidade reconhecida pelos maoires laboratórios do país A década de 90 foi marcante no meio laboratorial. O mercado Nacional de centrífugas estava sucateado, com produtos barulhentos, ultrapassados e de qualidade duvidosa. Em contrapartida, as centrífugas importadas sofriam com a alta variação cambial e com a demora na reposição de peças. Com olhos voltados para estas situações, em 1999 foi inaugurada a LABORLINE! A LABORLINE junta o melhor dos mundos; qualidade e robustez das máquinas europeias com a agilidade de manutenção de um equipamento com fabricação 100% nacional. Possui vários modelos diferentes de centrífugas para as mais diversas necessidades do laboratório. Todas elas fabricadas dentro dos mais rígidos controles de qualidade (RDC 16/2013), certificadas (IEC 61010) e com registro no Ministério da Saúde. A marca LABORLINE está hoje instalada em todo o território nacional incluindo os lugares mais afastados e de difícil acesso onde os serviços de saúde justamente, escolhem a marca pela sua robustez e durabilidade. Além destes, a LABORLINE é encontrada nos maiores laboratórios de todo o Brasil. Em mais de 15 anos de marcado, nunca houve uma ocorrência de acidentes em seus equipamentos. Recentemente, a LABORLINE lançou um novo modelo de centrífuga; a OMEGA ROTOR SPIN, que possui o novo motor com sistema de inversor vetorial. Com isso, a garantia ainda maior de durabilidade do equipamento. www.laborline.com.br (11) 3699-0960 [email protected] Órteses e próteses: responsáveis devem responder por suas ações A Associação Paulista de Medicina apoia integralmente as investigações sobre as irregularidades na comercialização de órteses e próteses. É nossa expectativa que sejam identificados todos os setores envolvidos nessas práticas ilícitas apontadas em diversas reportagens e que sejam aplicadas as punições pertinentes. Consideramos inadmissível o envolvimento de alguns colegas com tais atos e queremos tranquilizar a sociedade, esclarecendo que os médicos do Estado de São Paulo têm pautado sua atividade no estrito respeito aos princípios éticos que caracterizam o exercício de nossa profissão, respeitando integralmente o código de ética, que proíbe qualquer interação com setores da indústria de medicamentos e de insumos para a saúde, como, aliás, preconiza o próprio CEM. Nos últimos anos a classe médica, por meio de suas entidades representativas, tem demonstrado preocupação com as irregularidades existentes no setor de prescrição e vendas de órteses e próteses, que envolve toda a cadeia de comercialização, incluindo, infelizmente alguns médicos. Os conselhos de medicina, órgãos normatizadores e fiscalizadores da atividade médica, têm emitido resoluções disciplinando a prescrição destes produtos, bem como aplicado as punições cabíveis, inclusive cassação do exercício profissional aos médicos denunciados por esta prática ilícita. A Associação Paulista de Medicina sempre incentivou a boa prática da medicina, oferecendo inúmeros cursos de atualização profissional visando à boa qualidade na assistência a saúde da população. Além disso, organizou e participou de diversos fóruns de discussão sobre este assunto, desenvolveu negociações junto as secretarias de saúde, tribunal de justiça do Estado, operadoras planos de saúde, com o intuito de encontrar solução que garantisse, ao mesmo tempo, que o paciente tivesse suas necessidades plenamente atendidas e as práticas ilícitas ou antiéticas fossem abolidas. Desta forma reiteramos nossa expectativa de que os fatos relatados nas reportagens sejam devidamente apurados e que todos envolvidos sejam punidos. Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina 14 15 Terceirização Terceirização da logística aparece como solução para evitar fraudes, perdas e gastos com insumos e medicamentos R ecentemente, a consultoria global McKinsey divulgou o relatório “Strength in Unity: The promise of global standards in the healthcare industry” (Força na Unidade: A promessa de padrões globais na indústria de saúde, em tradução livre). Nele, são apontados que, em todo o mundo, as perdas apenas com obsolescência causada por expiração da validade, perdas ou danos aos medicamentos atingem US$ 51 bilhões por ano. Esse montante revela o altíssimo custo da má gestão da logística e, ainda assim, poucas instituições têm a cultura de tratar o gerenciamento de suprimentos de forma estratégica, mesmo diante de um impacto financeiro muito grande como o apontado pela McKinsey. “Em geral, não se dedica uma equipe especializada para essa operação. As compras são feitas sem muito planejamento e o estoque, por vezes, se separa entre diversos setores, sem que haja uma visão da instituição como um todo. Como já divulgamos outras vezes, isso gera cerca de 30% de perdas nos estoques de serviços de saúde pública e privada”, diz Domingos Fonseca, Presidente da UniHealth Logística Hospitalar. Nesse cenário, a terceirização da logística aparece como solução: uma empresa externa especializada fica responsável por todo o processo, do recebimento dos materiais e medicamentos até o ponto de uso. A terceirização pode ser benéfica tanto para instituições públicas quanto privadas. Em órgãos públicos, os ganhos mais perceptíveis são os de redução de custos e racionalização de recursos. É comum vermos notícias sobre descartes de toneladas de medicamentos vencidos, enquanto, de outro lado, faltam remédios essenciais ao atendimento da população. Uma empresa especializada consegue fazer a programação adequada de compras, garantir que os insumos serão recebidos com datas de validade, acondicionamento e quantidades apropriadas, e se responsabiliza também pela distribuição, em quantidades corretas e exatamente para as unidades que precisam de cada produto específico. Nas instituições privadas, mais acostumadas ao uso de indicadores e à gestão financeira, além do impacto na redução de custos, ficam mais perceptíveis os ganhos em qualidade e segurança do paciente. O atendimento se torna mais eficiente e o rastreamento garante que o paciente certo está recebendo o medicamento correto e na dose exata prescrita pelo médico, o que reduz o risco de eventos adversos. Com um controle maior dos suprimentos, é possível aumentar as receitas com procedimentos, ter menos intercorrências e redução na taxa de permanência hospitalar. Além do foco em faturamento, a instituição consegue realizar mais cirurgias e se dedicar a sua atividade fim: o cuidado com o paciente. O impacto positivo da gestão da logística é inquestionável. Se no dia a dia se torna mais importante dedicar tempo e mão de obra à área assistencial, é urgente a adoção de alternativas para gerir os suprimentos, como a contratação de uma empresa especializada. Para saber mais, acesse:www.unihealth.com.br Por que investir em logística: http://unihealth.web659.uni5.net http://emkt.ipfacil.com.br/open.php?M=112714&L=66&N=282&F=H&image=.jpg Má Digestão Como diferenciar, tratar e prevenir problemas no fígado, estômago e intestino Quando um indivíduo está com má digestão frequente ou dores na região abdominal é sinal de que está na hora de procurar ajuda médica. Como orientação para quem passa por esse tipo de problema, o fitoterápico Eparema®, produzido pelo laboratório Takeda, reuniu o tratamento para os principais sintomas e causas de problemas dos três órgãos (fígado, estômago e intestino) auxiliando em casos de um desses distúrbios. “O indivíduo pode apresentar desde problemas mais sérios a mais amenos em diferentes órgãos. Embora o tratamento seja bem distinto em cada caso, é preciso atenção redobrada, pois os primeiros sintomas são bem parecidos não só entre eles, mas no limite entre o que é considerado grave e ‘comum’”, explica a nutricionista especialista em fitoterapia e consultora da Takeda, Vanderlí Marchiori. De acordo com a nutricionista, as principais causas para problemas no fígado são má alimentação e consumo inadequado de bebidas alcoólicas e medicamentos. “Quando há um desses fatores, os primeiros sintomas são boca amarga, gases, náusea e, posteriormente, dores abdominais do lado direito, barriga inchada e cor amarelada na pele e nos olhos”, diz Vanderlí. Quando se fala de alimentação inadequada, falta de mastigação e excessos no consumo de frituras e refrigerantes, logo se remete ao estômago. Nesses casos, o indivíduo que apresenta enjoos, má digestão, dores abdominais e refluxo deve estar atento e fazer algumas prevenções. “O primeiro passo é mudar a alimentação, optando por não consumir refrigerantes, bebidas alcoólicas, frituras e alimentos muito doces ou ácidos. Também é importante mastigar bem devagar. Em fortes crises, um purê de batata, carne moída e verduras cozidas podem ser boas opções”, afirma a nutricionista. Os problemas no intestino podem surgir por alterações fisiológicas, falta de fibras ou falta de água na alimentação. Segundo Vanderlí, quem tem fortes dores abdominais, prisão de ventre ou diarreia, provavelmente poderá apresentar alguma falha no intestino. “Nesses casos, além do acompanhamento médico, é importante fazer exercícios físicos, evitar o consumo de frituras e optar por verduras e frutas cruas e com cascas. Ingerir mais farelo de aveia ou de trigo e, em casos de intestino preso, beber muita água e usar fitoterápicos à base de erva doce, funcho, ruibarbo, sene ou cáscara sagrada”, finaliza. PING-PONG SOBRE O FÍGADO, INTESTINO E ESTÔMAGO Nutricionista especialista em fitoterapia Vanderlí Marchiori. Quais são as principais funções de cada órgão no processo digestivo? Fígado: Filtrar e armazenar nutrientes. É um dos órgãos do sistema digestório mais importantes porque tem a função de metabolizar e armazenar os nutrientes que precisam ser absorvidos na próxima etapa da digestão. Estômago: Responsável pela quebra química de nutrientes. O órgão separa o que não foi mastigado e prepara o bolo alimentar para ser absorvido pelo intestino. Intestino: Absorve nutrientes necessários que estão presentes no bolo alimentar. Quais são os principais sintomas de possíveis problemas em cada órgão? Fígado: Dor abdominal do lado direito, barriga inchada e cor amarelada na pele e nos olhos. Boca amarga, má digestão, gases superiores (como arrotos), náusea e vômitos. Estômago: Enjoo, má digestão, dores abdominais e arrotos com refluxo. Intestino: Enjoo, fortes dores abdominais, prisão de ventre com distensão ou diarreia. Quais são as principais causas para os problemas de cada órgão? Fígado: Má alimentação e consumo inadequado de bebidas alcoólicas e medicamentos. Estômago: Alimentação e mastigação inadequadas, excesso de refrigerante etc. Intestino: Alterações fisiológicas ou falta de fibras e água na alimentação. Quais são as primeiras medidas em casos de sintomas nos órgãos? Fígado: Evitar o consumo de gorduras, bebidas alcoólicas e alimentos industrializados. Optar por caldos e sopas, verduras, frutas e legumes cozidos. Muito descanso. Estômago: Evitar o consumo de refrigerantes, bebidas alcoólicas, doces e alimentos ácidos. Comer a cada três horas e mastigar muito bem e devagar. Intestino: Prática de exercícios físicos, consumo de verduras, frutas cruas e com cascas, farelo de aveia ou de trigo. Tomar muita água. Evitar frituras e gorduras. 16 17 o mercado atual USA DIAGNÓSTICA: QUIMIOLUMINESCÊNCIA PARA TODOS A USA Diagnóstica tem uma linha completa de kits com a metodologia Quimioluninescência (CLIA) e é a única empresa no mercado nacional com a exclusividade da marca MONOBIND. A quimioluminescência é uma metodologia de alta sensibilidade e especificidade. Ideal para rotinas de pequeno e médio porte, pois permite testes manuais, de curto tempo de incubação. Além dos kits, a USA Diagnóstica possui um equipamento específico para CLIA, com a marca Monobind, que além da excelente qualidade, possui baixo custo. Para maior confiabilidade nos resultados, a USA Diagnóstica oferece o MULTI-LIGAND, um soro controle específico para as metodologias de quimioluminescência e ELISA. - Anti-TPO - Anti-TG - TG - T3 Livre - T3 Total - T4 Livre - T4 Total - PSA Livre - PSA Total - TSH - CEA - AFP - FSH - LH - PRL - HCG - CKMB - Troponina I - Ferritina - IgE Total Entre em contato conosco para melhor conhecer nossa linha de produtos e equipamentos. www.usadiagnostica.com.br [email protected] TELEFONE: +55 31 3226 3330 Implantes Nacional Ossos lança produto no CIOSP 2015 que auxiliará na venda segura de implantes A Nacional Ossos lançará durante o CIOSP 2015 um produto que auxiliará odontologistas a vender com mais segurança seus tratamentos de implantes dentários: a mesa clínica/estojo de Implantes. Com a mesa clínica e o Estojo Demonstrativo de Implantes o paciente poderá visualizar de forma simples e rápida o que as vezes fica difícil explicar. O profissional conseguirá mostrar na prática o tratamento que será feito, qual tipo de prótese e o resultado desejado, de uma forma clara e segura, já que o paciente pode manipular o produto. Um exemplo é o uso da mandíbula edêntula, que o profissional demonstra o estado atual do paciente e pode demonstrar com o kit quais dos procedimentos será o mais indicado para aquele caso clínico. O Kit acompanha chave para retirada/ colocação dos implantes. As peças são em acrílico, leves e higiênicas seguindo padrões de qualidade internacionais. www.nacionalossos.com.br Projeto Mais 30 Unifesp realiza capacitação gratuita para profissionais da saúde no atendimento de mulheres vítimas de violência sexual A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Ministério da Saúde, promove capacitação gratuita para profissionais da saúde no atendimento de mulheres vítimas de violência sexual. O Projeto Mais 30 tem como objetivo capacitar as equipes multidisciplinares dos hospitais no atendimento destas mulheres e disseminar os procedimentos necessários para o aborto legal. “A Unifesp e o Ministério da Saúde estão muito empenhados para que as mulheres possam ter um atendimento digno em um momento delicado da vida delas”, comenta o coordenador do projeto, Osmar Colás. O projeto, iniciado em setembro de 2014, terá duração entre 18 e 24 meses. Ao todo, a meta é capacitar 750 profissionais da saúde em 30 hospitais pelo Brasil. As informações adicionais sobre a iniciativa podem ser conferidas através do link http:// www2.unifesp.br/proex/novo/eventos/eventos14/ maistrinta/ Dicas Nutricionista dá dicas para acabar com a retenção de líquidos * A retenção de líquidos, também conhecida como inchaço, é o resultado de um acúmulo de fluidos que afeta principalmente as pernas, mãos, pés, tornozelos e barriga, causando grande desconforto. Para esclarecer e dar dicas a quem deseja evitar o inchaço, a nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Cintya Bassi, fala sobre o tema. * Para identificar a retenção de líquidos, a nutricionista Cintya ensina, “É preciso prestar atenção nos sinais do seu corpo. Em geral os membros inferiores, principalmente os tornozelos são os que demonstram primeiro esta condição, e as consequências são cansaço e fraqueza nas pernas, além das câimbras. Outra maneira simples de notar a retenção é quando percebemos a pressão das meias ou sapatos, e ao retira-los deixam marcas na pele”. * A nutricionista explica que existem alimentos que podem causar ou agravar o problema, “Principalmente os que são fontes de sódio. Quando o nível desse mineral no organismo está elevado, alguns mecanismos são ativados com o objetivo de aumentar a quantidade de água e normalizar a situação. Nesse caso, evite alimentos enlatados, congelados, queijos amarelos, embutidos como presuntos, salsichas e demais alimentos industrializados. Até o sal de cozinha deve ser diminuído. Lembrando que bebidas alcoólicas também devem ser evitadas, pois contém teor de sódio considerável, favorecendo a desidratação e inchaço”. * Existem frutas com poder diurético e possuem em comum uma boa quantidade de nutrientes que facilitam a eliminação de líquidos, “Melancia, Melão, Abacaxi e a Pera são exemplos. Seus nutrientes, potássio, magnésio, vitaminas do complexo B e água, juntos aumentam o fluxo de urina e ajudam a eliminar toxinas com a renovação de líquidos corporais”, diz a nutricionista. * Para quem deseja eliminar o inchaço à nutricionista ensina uma receita incrível de suco diurético: 18 INGREDIENTES ¼ prato de sobremesa de couve manteiga, higienizada e picada 1 fatia grossa de melão 250 ml de água de coco 1 colher de sopa de hortelã, higienizado e picado ¼ de colher de sopa de suco de limão ¼ de maçã Cubos de gelo Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, até que a mistura fique homogênea. Acrescente adoçante a gosto e beba em seguida. 19 Opinião Legislação, qualidade e honorários O nosso país sempre careceu de mecanismos que regulassem suas atividades sanitárias. Ocorreram sempre diferenças flagrantes na conduta dos serviços sanitários estaduais no licenciamento e fiscalização dos estabelecimentos de saúde em todo o país. Alguns Estados nem expediam Alvarás Sanitários. Em verdade estas repartições públicas eram habilitadas apenas para a verificação de focos de proliferação de mosquitos e similares. Os mais vividos devem perfeitamente lembrar dos agentes sanitários, também conhecidos por “mata mosquitos” que, ao atuarem em residências e estabelecimentos comerciais colocavam na porta a sua bandeira, como indicativo que aquele local estava sendo fiscalizado. Não existiam normas que determinavam a forma de construção, montagem e funcionamento de estabelecimentos de saúde, a não ser regras locais, quase sempre retiradas de um ou outro imaginário. O setor sanitário do país era totalmente desregulado, e a ausência de normas técnicas e legais atrapalhava toda a existência do setor saúde, quer seja humano, veterinário, de alimentos e importação e exportação de equipamentos, medicamentos, alimentos, insumos para o setor de diagnósticos e outros. Em 26 de janeiro de 1999 através da lei 9782 foi criada a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, que, da mesma forma que as demais Agências Reguladoras estabeleceria regras para todos os setores onde ocorressem atividades onde assistência sanitária estivesse envolvida. As atribuições da ANVISA podem variar, como exemplos desde “autorizações de funcionamento de empresas que prestam serviços alternativos de abastecimento de água potável para consumo humano a bordo de aeronaves, embarcações e veículos terrestres que operam transporte coletivo internacional de passageiros”, até “licenciamento e renovação de licenças de funcionamento para estabelecimentos de saúde”, passando por “anuência em processo de importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária”. Em função da complexidade de todas estas ações e atribuições a ANVISA cresceu vertiginosamente em tamanho e em número de servidores. Todos os portos e aeroportos do país possuem pessoal qualificado da ANVISA durante as 24 horas do dia. É só mais um exemplo. Para se resumir o que significa a importância deste organismo pode se afirmar, sem nenhum erro que o setor sanitário do Brasil pode ser qualificado e classificado como antes e depois da criação da ANVISA. Se efetuarmos uma retrospectiva da atuação da ANVISA no campo laboratorial poderemos constatar que existe uma ação intensa para a regulação do setor e uma gerência extremamente interessada no incremento da qualidade laboratorial com base nas BPLC e critérios importantes em segurança do paciente. Desde quando a RDC 302 foi colocada em consulta pública todas as entidades científicas e sindicais do segmento laboratorial foram chamadas a opinar, e foram estabelecidas parcerias inestimáveis que resultaram em uma legislação moderna, de certa forma aplicável e pode-se afirmar que, desde a sua publicação em outubro de 2005, em cerca de 50 por cento dos municípios do país os Laboratórios de Análises Clínicas já são fiscalizados pelas VISAS estaduais e municipais com base nesta resolução da Diretoria Colegiada. É fácil chegar a estes dados, pois a participação obrigatória em programas externos de controle de qualidade não chega a atingir 50 por cento do número de laboratórios legalmente registrados. Certamente ainda há mais a ser feito. Entretanto pode ser observado de modo palpável que aos poucos o nível de qualidade dos nossos Laboratórios de Análises Clínicas tem crescido, tanto nos grandes centros como nos mais longínquos lugares. Isto pode ser mensurado pelos níveis de acertos nas avaliações mensais do PNCQ, bem como no número de laboratórios que tem se habilitado às auditorias para a Acreditação. 20 IRINEU GRINBERG, Sociedade Brasileira de Análises Clínicas O que mais se pode esperar? Os Laboratórios de Análises Clínicas estão numa situação em que o limite de capacidade de sobrevivência esgotou-se totalmente. O que tem sido visto é o fato de que a ANVISA tem acompanhado os demais organismos públicos na total insensibilidade em relação aos valores pagos aos estabelecimentos laboratoriais pelos serviços prestados. Já ouvimos respostas de profissionais da mais alta competência e que ocupam cargo de destaque na ANVISA de que esta não é a função da agência reguladora. Concordamos que não seja esta a função, entretanto, elevação dos padrões técnicos, científicos e estruturais dos Laboratórios de Análises Clínicas no país tem que ser, obrigatoriamente, acompanhada de honorários que permitam e justifiquem todas estas ações de melhorias prementes e justas. De outra maneira, nada pode acontecer. Não existem laboratórios de primeiro mundo com honorários de terceiro. De todas as formas, o que se pode ainda desejar são os votos de um 2015 melhor. 21 Opinião P O ano do remédio amargo or mais que seja importante tentar manter uma visão positiva do futuro, é difícil crer que 2015 será um ano fácil, tanto para os trabalhadores como para os empresários. Se 2014 foi um ano ruim para a economia, com crescimento abaixo de 1% do Produto Interno Bruto, 2015 deve ser ainda mais raquítico. Mas o amargo remédio é necessário, já que nos últimos anos o Governo Federal não tomou as atitudes que eram esperadas e necessárias. Embora tenha negado durante a campanha eleitoral a necessidade de tomar medidas impopulares contra a palpável crise que assola o Brasil, a presidente Dilma Rousseff escolheu para o ministério da Fazenda o engenheiro e economista Joaquim Levy, que tem experiência tanto no setor privado quanto no público, e é chamado por seus colegas de “cortador de gastos” ou, de forma mais divertida, de “mãos de tesoura”. O carioca de 53 anos é reconhecido por seu perfil ortodoxo, e suas falas revelam que seu pensamento é alinhado com a tradição não intervencionista. Sua nada fácil missão é equilibrar as contas públicas, recuperar a credibilidade do governo, segurar a inflação e retomar o crescimento. Levy, quando secretário da Fazenda no Rio de Janeiro (2007-2010), fez o Estado ser o primeiro do Brasil a ter o selo de grau de investimento da agência Standard and Poor’s. Agora, manter esse status para o país – que está sob risco de ser perdido, por conta das muitas denúncias de corrupção – é um dos desafios da nova equipe econômica. Apesar de a presidente afirmar em seu discurso de posse que a educação é prioridade em seu governo, Dilma já anunciou cortes da ordem de R$ 7 bi na área. Se ela seguir a mesma “linha de raciocínio”, não tardará para que o Sistema Único de Saúde (SUS), que já é subfinanciado, sofra ainda mais com cortes orçamentários. Por conta da precariedade em grande parte do SUS, a população tem o desejo de contar com a Saúde Suplementar – e essa pode ser a válvula de escape para que o ano não seja negativo. A nós, resta cumprir nosso papel: acompanhar e fiscalizar todas as esferas de governo e, quando necessário, denunciar e confrontar atitudes contraproducentes. Só assim podemos esperar por um futuro mais positivo para o setor e para a sociedade. Yussif Ali Mere Jr Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão Pesquisa Mosquitos transmissores da malária têm genoma sequenciado P esquisadores da Universidade de Cornell, nos EUA, anunciaram o sequenciamento do genoma de 16 espécies de mosquitos Anopheles, insetos que podem transmitir malária para os humanos. O objetivo do estudo é verificar porque algumas espécies de mosquitos têm mais capacidade de disseminar a doença do que outras. O trabalho foi publicado na edição de janeiro da revista científica Science. A malária é uma doença típica de países com clima tropical, como o Brasil, e é transmitida por mosquitos que, ao picar os seres humanos, os contaminam com um parasita chamado plasmódio, responsável pelo desenvolvimento da enfermidade. Diferentes espécies de insetos do gênero Anopheles são vetores da doença, mas nem todas elas têm a mesma capacidade e eficiência na transmissão. Essa variação chamou a atenção dos pesquisadores e os levou a mapear o genoma de diferentes espécies de mosquitos da África, América, Ásia e Europa. AnophelesPor meio da comparação do DNA desses animais, foi possível identificar como uma das espécies se especializou em viver entre os humanos e se alimentar de seu sangue. Além disso, os resultados também revelaram outros aspectos evolutivos desses insetos, a exemplo de características de imunidade ao parasita plasmódio e resistência metabólica a inseticidas. A conclusão do trabalho é que as variações nos genomas das várias espécies de Anopheles trazem informações sobre sua interação com o homem e sua capacidade de transmissão de doenças. Uma vez que controlar as populações de insetos é uma maneira eficiente de reduzir o contágio da malária, essa Artigo UNAN Planos de saúde separados para aposentados Q descoberta pode ser útil para o desenvolvimento de métodos de controle por meio da biotecnologia. Sicence, janeiro de 2015/ CIB uando um funcionário se aposenta após trabalhar 10 anos na empresa, ele deve assegurar a manutenção do plano de saúde nas mesmas condições de quando ele estava na ativa, segundo a lei 9656/98, desde que o aposentado assuma seu pagamento integral. No entanto, a empresa também pode optar por inserir os aposentados em um plano separado específico. Mas quais as diferenças para os aposentados? No primeiro caso o cálculo do valor aplicado de reajuste serão os mesmos, ao passo que no segundo caso, os índices aplicados tomarão como base todos os planos de aposentados da carteira da operadora. A vantagem de permanecer com o mesmo plano de saúde é o de não necessitar do cumprimento de carências, nem arcar com os altos preços dos poucos planos individuais que ainda existem no mercado, ainda mais quando se trata de uma faixa etária mais avançada. No que se refere ao segundo caso, ou seja, no caso da empresa fazer um plano de saúde específico para os aposentados, o objetivo é diluir o risco e obter reajus- tes menores. Entretanto, os aposentados vêm sofrendo com os altíssimos índices de reajustes, pois estes são calculados com base na sinistralidade, a mudança de faixa etária, e, muitas vezes, atingem valores altíssimos em decorrência de reajustes abusivos. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP) já entendem que referidos reajustes colocam o consumidor em exagerada desvantagem, motivo pelo qual os planos deveriam levar em conta somente os índices permitidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) no momento de calcular o reajuste. No artigo 15, § 3º, do Estatuto do Idoso, está especificamente impedido o reajuste das mensalidades dos planos de saúde sob alegação de alta sinistralidade do grupo, decorrente da maior concentração dos segurados nas faixas etárias mais avançadas. Assim, se você sofreu um aumento abusivo em seu plano, procure um advogado e defenda seus direitos. Joanna Porto é advogada especialista em Direito à Saúde. Bebê com DNA de três pais Foi aprovada no dia 3 de fevereiro, pelo parlamento inglês, a reprodução assistida com o DNA de três pessoas. O país poderá ser o primeiro do mundo a criar leis que permitem esse tipo de fertilização. 22 Heparina para o controle de metástases cancerígenas P esquisadores da Unesp de Botucatu e de Araraquara desenvolveram droga que auxilia o processo de inibição celular. A heparina é um anticoagulante, medicamento que de maneira geral é utilizado no tratamento de doenças como embolia pulmonar, infarto do miocárdio e AVC. Seu uso normalmente não é associado ao controle do câncer. O Professor Dr. Matheus Bertanha, da Unesp de Botucatu, e sua equipe perceberam que a partir de algumas alterações nas moléculas de heparina ela poderia ser associada ao tratamento de metástases cancerígenas. Apesar do uso de heparina não ser comum nesses casos, o Professor Bertanha explica: “Na literatura científica, há descrição de melhora no prognóstico para o tempo de vida dos pacientes portadores de câncer terminal que apresentam trombose venosa profunda e são tratados com heparina”. Todos os estudos realizados até o momento foram experimentos in vitro, ou seja, realizados fora de sistemas vivos, e apontaram resultados satisfatórios. Esta pesquisa foi desenvolvida apenas em laboratório, por docentes da Unesp e está vinculada à disciplina de Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina (FM) da Unesp, ao Hemocentro da Faculdade de Medicina (FM) da Unesp de Botucatu , ao Instituto de Biociências (IB) de Botucatu - Unesp e à Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) de Araraquara - Unesp. Além do professor Dr. Matheus Bertanha, estão envolvidos na pesquisa os professores Dr. Marcone Lima Sobreira da Disciplina de Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina (FM) – Câmpus Botucatu; a professora Dra. Elenice Deffune, do departamento de Urologia e Hemocentro da FM da Unesp – Câmpus Botucatu; o professor Dr. Sérgio Luis Felisbino do Instituto de Biociências (IB) da Unesp – Câmpus Botucatu e o professor Dr. Andrei Moroz do Departamento de Bioprocessos e Biotecnologia da FCF. “Inúmeros outros testes devem ser realizados para sabermos qual será o potencial de uso clínico desse medicamento”, explica o Professor Bertanha. A pesquisa ainda está em fase inicial e o pedido de patente foi realizado pela Agência Unesp de Inovação. “Precisamos conseguir recursos e/ou parcerias para realizarmos todas as padronizações necessárias e assim, obtermos mais respostas quanto ao seu uso futuro”, completa Bertanha a respeito de suas expectativas e de sua equipe para o invento. Para mais informações: [email protected] 23 Genética Diferenças genéticas tornam os ruivos mais suscetíveis a algumas doenças graves A variação que dá a cor avermelhada ao fio traz outras características curiosas, como DNA da pele mais exposto aos danos causados pelo sol Raridades em qualquer lugar do mundo, não só pela cor do cabelo, os ruivos naturais representam apenas entre 1% e 2% da população mundial. Mas, além da aparência, quem carrega essa diferença genética também sofre com algumas desvantagens, como suscetibilidade maior a algumas doenças de pele. Para que uma pessoa seja ruiva é necessário que os genes de seus pais, responsáveis pela expressão de determinadas características, contenham as variações nos dois alelos, ou seja, no gene paterno e materno. Essas variantes que ocorrem na sequência do DNA fazem com que seja produzida uma quantidade semelhante de eumelanina – que define a cor preta a marrom – e de feomelanina - que determina a cor vermelha a amarela dos fios, resultando na pele clara e cabelo vermelho, características denominadas de rutilismo. Por conta disso, é preciso redobrar alguns cuidados, pois mesmo que sem exposição constante e direta ao sol, os indivíduos que possuem a alteração nesse gene - MC1R (Melanocortina -1), um dos elementos determinantes da cor do cabelo - têm mais chances de desenvolverem melanoma - o tipo mais perigoso de câncer de pele. Segundo a dra. Mirlene Cernach, médica geneticista do Hospital e Maternidade Santa Joana, essa diferença genética traz maior susceptibilidade a algumas doenças. “Os ruivos tem menor proteção da pele às radiações e, portanto, são mais suscetíveis às neoplasias, que são tumores que crescem na pele. Algumas mutações genéticas em outros genes que determinam doenças podem apresentar como sinal os cabelos vermelhos, mas constituem doenças raras”, explica a médica. Isso ocorre por conta da alteração da feomelanina - a variação de melanina vermelha em pessoas ruivas - que pode estar associada à mutações de genes que atuam evitando o crescimento de células cancerígenas. Essas mutações podem ser causadas pela radiação solar. Dra. Mirlene ainda conta que, por muito tempo, acreditou- se que os ruivos possuíam, além da aparência, características diferentes dos outros, como maior sensibilidade a dor; mas, isso não é algo que pode ser afirmado nos dias atuais. “Alguns relatos iniciais sugeriam que os ruivos teriam maior sensibilidade à dor e necessidade de maior quantidade de anestésicos para procedimentos cirúrgicos e odontológicos. No entanto, publicações recentes, resultantes de estudos científicos, mostraram que essas afirmações não foram confirmadas”. A médica ainda alerta que, apesar de tudo isso, eles não podem ser considerados mutações genéticas, mas sim produtos de variações. Por toda essa predisposição para problemas com a pele, os ruivos precisam evitar o excesso de exposição ao sol e nunca se esquecerem dos cuidados com a cútis como passar o protetor solar de fator no mínimo 30, e reaplicar quando necessário. Além disso, é preciso consultar um dermatologista com frequência, principalmente se for identificado alterações na textura e coloração da pele, como pintas ou manchas. Evento Tecnologia e novos desenvolvimentos do setor de impressão 3D A impressão 3D tem ganho diversos mercados em função da variedade de soluções que apresenta para setores como a medicina e veterinária, arquitetura e construção, automotivo, indústria aeroespacial, brinquedos, agricultura, entre outros. Toda essa tecnologia será apresentada no Brasil, durante a INSIDE 3D PRINTING, feira e congresso internacional, que será realizada nos dias 9 e 10 de março, no World Trade Center, em São Paulo. Já realizado em Cingapura, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Coreia do Sul e China, o evento reunirá pesquisadores, a indústria, investidores e os maiores especialistas e fornecedores mundiais de soluções para impressão 3D. O congresso, que contará com a presença de especialistas mundiais do setor, abordará temas como a manufatura aditiva e inovação, o desenvolvimento de próteses customizadas em liga de titânio e os avanços da bioimpressão (órgãos e pele). Vai discutir também o impacto da impressão 3D no instituto da propriedade intelectual, assim como o impacto em diversos segmentos da economia. Além do congresso, a INSIDE 3D PRINTING contará com uma área aberta de exposição, onde serão demonstradas as diversas tecnologias de impressão, os novos equipamentos do mercado e sua funcionalidade. Os organizadores do evento esperam a presença de empresários, investidores, pesquisadores, engenheiros, arquitetos, projetistas, profissionais da área médica, fabricantes entre outros. As inscrições para o congresso podem ser feitas antecipadamente por meio do site: http://www. inside3dprintingbrasil.com.br/credenciamento. html Ou diretamente no local do evento. OMS Câncer: diagnóstico precoce facilita tratamento Detecção ágil aumenta chances de remissão e melhora prognóstico A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o número crescente dos casos da doença, ressaltando que cada vez mais o foco da comunidade médica e da população deve estar na prevenção e no diagnóstico precoce. Com o slogan “Câncer: não está além de nós”, a campanha mundial tem como áreas chaves: Adotar hábitos de vida saudáveis, Qualidade de vida, Detecção precoce e Acesso universal ao tratamento. Segundo dados do último relatório Câncer no Mundo, publicado em 2014, espera-se que o número de novos casos aumente em 70% nas próximas décadas, chegando a 22 milhões. Em um cenário com tantos novos pacientes, a detecção precoce da doença é cada vez mais importante para a diminuição da mortalidade. É o que explica o médico patologista Venâncio Avancini Alves, da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). “A detecção rápida do tumor, em especial se descoberto no estágio inicial, é uma das principais estratégias para o melhor prognóstico. Os avanços das novas técnicas e o acompanhamento precoce do médico também ajudam na indicação do tratamento mais adequado, pois, cada vez mais, os resultados de exames são essenciais para que o oncologista selecione a medicação mais eficiente para cada caso”, conta. Ferramentas de diagnóstico Segundo o especialista, um trabalho integrado dos médicos radiologistas e patologistas abre o caminho para diagnósticos e tratamentos cada vez mais promissores, com aumento da precisão e ganhos em termos de custo-benefício. 24 “Esse conjunto de procedimentos diagnósticos integrados tem aproximado as duas especialidades médicas, sendo um avanço recente a proposta de laudos conjuntos. A resolução cada vez maior das imagens obtidas por ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética torna possível a seleção de áreas com características de tumores que permitem a introdução de agulhas, fornecendo material celular ou tecidual para biópsias em que o médico patologista pode firmar o diagnóstico de cada tipo de doença”, ressalta o médico. 25 Estudo O Paciente com câncer deve buscar qualidade de vida durante tratamento ao invés de culpar-se pela doença sentimento de culpa comum quando o paciente recebe o diagnóstico de câncer não deve se sobrepor à tentativa de se buscar qualidade de vida durante o tratamento. Para a psicóloga da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Sandra Vieira Cardoso, sentir-se culpado por não ter cultivado hábitos saudáveis e agora estar com câncer deve ser uma situação tratada de forma secundária. No começo deste mês a divulgação de uma pesquisa feita pelo oncologista Bert Vogelstein e o biomatemático Cristian Tomasetti, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, apontou que 65% dos tumores estudados surgem em razão de mutações aleatórias na divisão celular natural do organismo, o que foi classificado de “má sorte” do paciente. Esse processo estaria na origem de 22 dos 31 tumores analisados na pesquisa. “O adoecimento para o ser humano, seja por câncer ou por qualquer outro diagnóstico, não está relacionado a uma questão de azar ou destino. Há uma condição que as pessoas invariavelmente esquecem: somos mortais. Mas vivemos como se não fôssemos. Portanto, quando estamos diante de um diagnóstico sombrio, partimos de um estado de onipotência a um estado de desamparo, pois a sensação de eternidade é dissolvida”, explicou a psicóloga. O suporte dado pela psicóloga se volta para o acolhimento do paciente e de seus familiares frente à angústia que o diagnóstico provoca, buscando o equilíbrio biológico, psicológico, social e espiritual. Sandra reforça ainda que o entendimento dos conflitos psíquicos provocados pela presença do câncer podem ser desencadeadores de outros, porém também podem ser norteadores na busca por uma melhor qualidade de vida durante o tratamento, amenizando o sofrimento e a dor. Certificado Hemonúcleo Regional de Jaú tem excelente desempenho em análise do PNCQ M ais uma vez a Fundação Amaral Carvalho (FAC), por meio do Hemonúcleo Regional de Jaú, recebeu certificado de qualidade com excelente desempenho em avaliação anual do Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ). A certificação é patrocinada pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e tem como objetivo analisar características dos exames sorológicos que garantem a segurança do sangue para a transfusão. Essa qualificação, de acordo com o hematologista Marcos Augusto Mauad, coordenador do Hemonúcleo, é uma garantia da confiabilidade de receber transfusão de sangue proveniente da FAC. “A análise periódica do serviço de hemoterapia da instituição, por entidades de suma importância como a SBAC e sua aprovação de excelência, trazem a certeza de estarmos atendendo a população com êxito”, comenta. O médico afirma ser uma honra receber o reconhecimento pelo esforço e alta qualificação técnica da equipe. Com 20 anos de atuação, o Hemonúcleo Regional de Jaú distribui hemocomponentes para 11 hospitais, entre eles o Hospital Amaral Carvalho, que é referência em tratamento de câncer e mantém o serviço de Transplantes de Medula Óssea que está entre os principais do Brasil, realizando em média 200 procedimentos por ano. Mauad ressalta que a manutenção de hemocomponentes de qualidade e em quantidade para o atendimento da população inicia-se no comparecimento do doador de sangue. www.amaralcarvalho.org.br 26 27 Opinião H Vamos falar de tempo á 30 anos a formação de um profissional da saúde era feita na base de muitas horas de banco de escola, os cursos eram praticamente integrais e havia um misto entre horas teóricas e práticas. Muito embora o conteúdo didático fosse dos melhores a educação nos cursos de graduação teve tempo e custos reduzidos e hoje a maioria dos cursos voltados a área da saúde possuem 3.200 horas, cerca de 200 dias letivos em aulas de 60 minutos no mínimo. As críticas são frequentes para que a carga horaria dos cursos seja aumentada, mas estas críticas vão na contramão do que o mercado busca em um profissional. Há que prevalecer uma carga horária de curso de graduação condizente com o bom aprendizado e transmissão do conhecimento, isso é fato, mas a graduação não oferece o Plus que o mercado busca, a prática. O panorama atual é graduação com praticamente todo o curso teórico e profissionais que ao se depararem com um mercado de trabalho exigente para o primeiro emprego, procuram então a educação continuada buscando se inserir no mercado. Nesta ótica a educação continuada é um dos trunfos para o sucesso. O profissional tem na graduação sua formação básica e esta já deveria ser suficiente para buscar colocação no mercado e vai se aprimorar conforme seu desejo pessoal e vontade do mercado. Aquele profissional de 30 anos atrás que saia pronto para o mercado de trabalho perdeu para a versatilidade da educação continuada formadora de especialistas, tamanha foi a implementação de novas tecnologias e o desenvolvimento na área da saúde. Diante deste panorama temos duas situações impactantes, uma é a continua exigência do mercado por profissionais cada vez mais qualificados e os cursos de educação continuada dão conta disso. Outra é a grande massa de profissionais recém formados que buscando a primeira oportunidade de emprego e, tendo dificuldades em encontrar colocação nas grandes cidades, recorre a educação continuada como opção de um futuro melhor. A segunda situação é hoje a mais crítica. Os cursos de educação continuada formam aos montes profissionais sem experiência prática e com titulação, sendo que a experiência prática é fundamental para o aproveitamento destes cursos. A oferta destes cursos passa à um plano formador e não aprimora tecnicamente o profissional pois geralmente a oferta é de 80% do conteúdo na forma teórica e 20% na forma prática. Entendendo esta situação começam agora a aparecer os cursos de educação continuada com oferta de aulas práticas muito maiores que as teóricas e isso é um ótimo sinal. Na área da saúde o educar, transmitir conhecimento, formar e disponibilizar o profissional para o mercado é muito complexo, diferente dos cursos das ciências Descoberta Por que pão é ruim para você: uma verdade surpreendente V ocê já deve ter ouvido falar que o pão branco e os grãos refinados não são exatamente os alimentos mais nutritivos para quem busca uma dieta equilibrada. Por isso, os nutricionistas costumam sugerir a substituição desses itens por cereais integrais. Entretanto, há um detalhe: os grãos, principalmente os que contêm glúten, como o trigo, estão sendo objeto de muitos estudos nos últimos anos. Agora, vários profissionais da saúde dizem que o pão e outros grãos fontes de glúten são prejudiciais. Mas por que pão é ruim? Como será que ele se tornou o vilão da história? Excesso de carboidratos e altos níveis de açúcar no sangue Algumas pessoas não sabem, mas o pão integral nem sempre é feito com grãos integrais, que não foram processados. A verdade é que esses grãos são pulverizados numa farinha muito fina. Embora esse processo preserve os nutrientes, faz com que os produtos possam ser digeridos mais rapidamente. Quando chegam ao aparelho digestivo, os amidos presentes no pão são rapidamente quebrados e entram na corrente sanguínea como glicose. O resultado disso? Um rápido aumento nos níveis de açúcar e insulina. E até mesmo o pão de trigo integral aumenta os picos de açúcar no sangue mais rápido do que muitas barras de chocolate. É por isso que estudos sobre dietas com restrição de carboidratos, que eliminam ou reduzem os aminoácidos e açúcares, indicam que pessoas com diabetes ou que precisam perder peso devem evitar todos os grãos. O pão contém muito glúten O trigo é riquíssimo em uma proteína chamada glúten, que é responsável pelas propriedades viscoelásticas da massa. Você provavelmente conhece alguém que tem sensibilidade a essa proteína. Quando ingerimos um pão que contém glúten (trigo, espelta, centeio e cevada), o sistema imunológico em nosso trato digestivo “ataca” as proteínas do glúten. Estudos realizados em indivíduos que não possuíam doença celíaca revelaram que o glúten danifica a parede digestiva, provocando inchaço, dor e cansaço. A sensibilidade ao glúten também foi associada a alguns casos de duas * Por Vinícius Possebon doenças graves do cérebro: esquizofrenia e ataxia cerebelar. No final das contas, descobriu-se que o glúten é provavelmente prejudicial para a maioria das pessoas, independentemente de terem ou não doença celíaca ou sensibilidade ao glúten. Quer saber se você está incluído nesse grupo? Experimente eliminar o glúten da sua alimentação durante 30 dias e, em seguida, reintroduzi-lo. O pão contém outras substâncias perigosas Assim como outros alimentos processados, a maioria dos tipos comerciais de pão contém açúcar ou xarope de milho. O açúcar, por exemplo, pode provocar muitos danos e, comer alimentos processados que contenham essa substância, é uma das maneiras mais rápidas de prejudicar sua saúde. Muitos grãos também contém uma substância “anti nutriente” chamada ácido fítico. Trata-se de uma molécula que se “agarra” a minerais essenciais como ferro, zinco e cálcio, impedindo-os de serem absorvidos. O pão é pobre em nutrientes essenciais Sejamos honestos: não existe nenhum nutriente no pão que você não possa obter em outros alimentos em quantidades ainda maiores. Como já comentamos antes, nem mesmo o pão integral é tão nutritivo assim: além de ser pobre em nutrientes em comparação com outros alimentos, ele literalmente diminui a absorção de nutrientes de outros alimentos. O trigo integral é só “menos ruim” do que o trigo refinado. Ninguém duvida que pão integral é melhor do que o pão feito com grãos refinados, já que contêm mais fibras e nutrientes. Apesar disso, ele é apenas o menor de dois males, o que não o torna necessariamente saudável. Mas não se preocupe: se você realmente quer ou precisa incluir pão na sua dieta, existem algumas opções mais saudáveis. Uma boa dica é procurar um pão feito com grãos germinados encharcados. Quando é preparado dessa forma, a quantidade de ácido fítico é reduzida. Outra opção é consumir pães sem glúten, que são mais saudáveis do que aqueles preparados com grãos que contêm glúten, como o trigo, espelta, centeio e cevada. Para concluir, se você precisa perder peso ou tem problemas digestivos, é melhor pensar duas vezes se vale a pena manter o pão na sua dieta. 28 Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos Presidente do CRBM - 1ª Região Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP Presidente do XIV CBB e II CIB exatas e humanas que de uma maneira ou outra aplica a pratica dentro da aula teórica através da simulação de casos e situações. Resta agora apenas comentar um item: O planejamento da carreira. Hoje não se pode mais nem ser acadêmico sem planejar a carreira e o futuro, onde estou e o que quer para o futuro. Esta é a pergunta que o acadêmico e o profissional devem fazer com frequência. Para terminar, lembramos que a revisão da resolução que diminuiu a carga horaria mínima dos cursos está definida para este ano no Conselho Nacional de Educação. Estamos trabalhando para retomar as 4.000 horas no mínimo. Saudações biomédicas Resolução Novas regras incentivam o parto normal A Resolução Normativa nº 368 do Ministério da Saúde, publicada em 07 de janeiro de 2015, estabelece novas regras aos planos de saúde particulares, a fim de incentivar a realização de partos normais. Com a entrada em vigor desta Resolução, as operadoras de saúde não serão mais obrigadas a pagar pelas cesarianas previamente agendadas. De acordo com as novas regras, a mulher deverá ser informada sobre os índices de partos normais e cesarianas feitos pelo profissional, hospital ou plano de saúde, bem como será fornecido o Cartão da Gestante, com a descrição do período do pré-natal. Ainda, caberá ao médico elaborar um relatório com todos os passos do trabalho de parto, justificando, ao final, a necessidade da realização da cesariana. Caso não fique demonstrado, por meio das análises médicas, a imprescindibilidade da cesariana, esse procedimento cirúrgico não será pago pelo plano de saúde. A Agência Nacional de Saúde (ANS) visa diminuir o número de partos cirúrgicos realizados no Brasil. Agora, as cesarianas somente poderão ser realizadas com indicação clínica do médico da gestante, sendo que, nos casos em que não houver justificativa para o procedimento, a operadora de plano de saúde não estará obrigada a custear a cirurgia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o índice de cesarianas não ultrapassem 15% dos partos realizados no ano. Porém, atualmente no Brasil, o percentual de partos cirúrgicos nos hospitais privados é de 84%. Embora se reconheça que o objetivo da ANS é o incentivo à realização de partos normais, os profissionais da saúde e os defensores dos direitos das mulheres se mostram contrários a essas medidas. Isto porque, afirmam que as mudanças ferem a autonomia da mulher, limitando seu poder de escolha no momento do parto. Para o Conselho de Medicina, a melhor solução para a redução das cesarianas é a melhora dos serviços de pré-natal e na estrutura dos hospitais e maternidades para a realização de parto normal, não devendo ficar a crivo dos médicos a modalidade de parto a ser realizada. Em contrapartida, a ANS entende que, a Resolução nº 368 não restringe os direitos da mulher, mas relativiza o direito à escolha frente ao direito à saúde, já que uma cesariana sem indicação médica poderá resultar em riscos desnecessários à mulher e ao recém-nascido, diante do aumento de 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o bebê e três vezes o risco de morte da mãe. Ainda sustenta a ANS que na rede pública de saúde já há medidas neste sentido, que incentivam e esclarecem dúvidas das gestantes, por meio de palestras e informativos, quanto aos benefícios do parto normal. Por isso, as novas regras são de suma importância para a redução das cesarianas também entre as mulheres que possuem plano de saúde particular. Monica Alves Bräunert é advogada da área de Direito da Saúde do escritório do escritório A. Augusto Grellert Advogados Associados 29 Opinião O Como “não” cortar custos em saúde s provedores de serviços de saúde estão tentando responder à grande pressão para redução de custos. Muitas tentativas, contudo, são contraproducentes, ensejando até custos mais altos e menor qualidade dos serviços. Essa constatação está num artigo da edição de Novembro/14 da Harvard Business Review. O que está acontecendo? Segundo os autores Robert Kaplan e Derek Haas, os administradores em saúde buscam no balanço financeiro os itens a serem “enxugados”. Pessoal, espaço, equipamento e suprimentos são focos atrativos. Diminuir essas despesas geram resultados imediatos. Mas as reduções são feitas normalmente sem considerar o melhor mix de recursos necessários para cuidar da saúde dos pacientes de uma maneira eficiente. Kaplan e Haas arrolam, então, os cinco erros mais comuns cometidos no afã de cortar custos. O erro número 1 é “cortar pessoal de suporte”. A primeira parada num exercício de corte de custos é a folha de pagamentos, que representa cerca de 2/3 dos custos de um provedor de saúde típico. A maioria dos administradores começam por congelar salários e novas contratações. Depois reduzem o pessoal administrativo e de apoio. A razão para demitir funcionários que não sejam da área clínica é a de não impactar nos cuidados aos pacientes. Mas cortes desproporcionais no staff de apoio podem diminuir a produtividade dos médicos a aumentar o custo de tratamento. É o caso, por exemplo, de quando se demite uma secretária e o médico tem que passar a lidar com a burocracia. Pelo contrário, contratando mais assistentes e enfermeiras, os médicos mais graduados ficam livres para executarem seu trabalho com presteza e assim conduzir a um serviço de maior qualidade a um custo menor. O erro número 2 é “investir menos em espaço e equipamento”. Um cirurgião ortopedista, por exemplo, pode operar mais pacientes se dispuser de duas salas de cirurgia. O Pedro Silvano Gunther [email protected] custo de uma segunda sala é muito menor que o tempo ocioso de um cirurgião experiente e sua equipe clínica. Num prontosocorro, em outro exemplo, uma medida que pode resultar em menor custo e maior qualidade no atendimento é a compra de mais um equipamento de RX. A espera de pacientes e do pessoal de apoio pela disponibilidade de um equipamento vai na contramão da economia que se deseja fazer. É preciso fazer uma análise dos benefícios e não só dos custos. O terceiro erro é “focar somente nos preços das compras”. Negociar descontos por volume com os fornecedores é quase um mantra dos administradores. Mas é necessário examinar como diferentes médicos usam os suprimentos. Em grupos de compras, especialmente, pode-se estar comprando barato itens que não serão efetivamente usados. “Diminuir o tempo de atendimento ao paciente” é “desprezar benchmark e padronização” são os dois outros erros. Sem espaço para digredir mais sobre o assunto vamos à solução apresentada pelos autores: “a única maneira sustentável de reduzir custos é iniciar uma profunda análise dos processos atuais”. Descobrir os verdadeiros vetores de custos para o ciclo completo do atendimento, do diagnóstico ao tratamento e recuperação dos pacientes. Não ficar na superfície. 30 Mieloma Múltiplo Dores nos ossos, anemia e fraqueza podem indicar câncer de sangue P essoas com mais de 60 anos que sentem fortes dores nos ossos, anemia e fraqueza, podem estar sofrendo de um tipo de câncer de sangue chamado mieloma múltiplo. Ainda não tem cura e pode ser diagnosticado, entre outros exames, pela eletroforese de proteína, que detecta a proteína monoclonal no sangue e urina. Como os sintomas são parecidos com os da osteoporose, devido a dores nos ossos, além de anemia e fraqueza, muitos diagnósticos são tardios e o mieloma é detectado em estágio avançado. A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), representada pelo diretor Angelo Maiolino, ressalta que esse tipo de câncer de sangue que atinge 30 mil pessoas no Brasil e 700 mil no mundo. O tratamento consiste em quimioterapia e a associação de medicamentos orais. São utilizadas três substâncias que retardam os efeitos da doença: bortezomibe, talidomida e lenalidomida. Além desses fármacos, o transplante de células-tronco hematopoéticas autólogo é uma alternativa eficaz. O procedimento, associado ao uso da lenalidomida, substância aprovada em 80 países, mas negada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, é o tratamento ideal para inibição do avanço da doença, além de aumentar a sobrevida de três para 10 anos e diminuir os sintomas debilitantes. “A falta de registro da lenalidomida prejudica incomensuravelmente os pacientes e o desenvolvimento da pesquisa científica no País”, esclarece Maiolino, que também é professor adjunto da disciplina de Hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 31 32 33 2015 MARÇO 11ª Abradilan Farma Realização: Abradilan Organização: Dinâmica Eventos Data: 18 a 20 de março – 14h às 21h Palestras: 18/3 – Maestro João Carlos Martins 20/3 – Paulo Storani 21/3 – Waldez Ludwig Local: Expo Center Norte (Pavilhão Vermelho 1 e 2) Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme – São Paulo (www.abradilan.com.br) MAIO XI Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia Data: 14 a 16 Local: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo/SP Informações: www.copem2015.com.br Hospitalar 2015 6 eventos simultâneos apresentam as principais tendências e inovações da cadeia produtiva do setor A HOSPITALAR Feira + Fórum congrega em 82.000m2 de exposição os lançamentos, novidades e tendências da cadeia produtiva do setor da saúde de forma planejada e setorizada. A mostra apresenta em seis eventos simultâneos: Hospitais Lounge, Hospfarma Espaço Farmacêutico, Expo Enfermagem, Diagnóstica, Digital Health e Compo Health o que há de melhor na vitrine mundial de cada segmento. Data: 19 a 22 Local: Pavilhões do Expo Center Norte - São Paulo/SP Informações: tel. (11) 3897.6199 | Fax: 3897.6191 [email protected] www.hospitalar.com.br JUNHO 42º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas Data: 21 a 24 Local: Pavilhão 5 - Riocentro Rio de Janeiro/RJ Informações: www.sbac.org.br SBMN / Prova de Título de Especialista em Medicina Nuclear 2015 A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, com anuência da Associação Médica Brasileira (AMB), entidade a qual é filiada, torna pública a abertura das inscrições para o Exame de Suficiência para Concessão do Título de Especialista em Medicina Nuclear. De 15 de janeiro a 15 de fevereiro os interessados em participar do concurso podem efetivar as inscrições. Dividida em três etapas eliminatórias realizadas nos dias 11 e 12 de abril, em São Paulo, a avaliação tem como base os resultados alcançados em provas teóricas e teórico-práticas. Entre os temas aos quais os candidatos terão seus conhecimentos submetidos estão cintilografia; PET e SPECT/CT; física aplicada à MN; bem como aspectos diagnósticos da medicina nuclear e todos os procedimentos in vivo e in vitro incluindo terapias com radionuclídeos. Os aspectos referentes à proteção radiológica ficarão a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Acesse o edital : http://twixar.me/Kmg o 13º Congresso de Farmácia e Bioquímica de Minas Gerais (CFBMG), que será em Belo Horizonte, de 27 a 29 de agosto de 2015. Trata-se de um dos maiores eventos farmacêuticos do País, com a abordagem de diversas áreas de atuação da Farmácia de forma multiprofissional. O 13º CFBMG contará com divulgação nacional e terá participantes de vários estados do Brasil, além de palestrantes renomados nacional e internacionalmente. Inf: 55 31 3218-1026 XIX Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto 2015) Data: 26 a 29 Local: Serra Park - Gramado/RS Informações: tel. (51) 3086.9100 / Fax: (51) 3086.9101 www.ccmew.com www.infecto2015.com.br SETEMBRO Analítica Latin America - Feira Internacional de Tecnologia para Laboratórios, Análises, Biotecnologia e Controle de Qualidade Data: 22 a 24 Local: Transamérica Expo Center - São Paulo/SP Informações: tel. (11) 3205.5000 www.analiticanet.com.br XXII Congreso Latinoamericano de Bioquímica Clínica Data: 24 a 26 Local: Quito - Equador Informações: [email protected] www.sebiocli-ec.org 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial Data: 29/09 a 2/10 Local: Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza/CE Informações: tels. (21) 3077.1400 mailto:[email protected] www.cbpcml.org.br OUTUBRO 28º Congresso Brasileiro de Microbiologia - 2015 Data: 18 a 22 Local: Centro Sul- Centro de Convenções de Florianópolis - Florianópolis/SC Informações: tels. (11) 3037.7095 / 3813.9647 [email protected] www.sbmicrobiologia.org.br XXX Congresso Brasileiro de Patologia Data: 29/10 a 1º/11 Local: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo/SP Informações: tel. (11) 5080.5298 www.sbp.org.br NOVEMBRO HEMO 2015 O Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (Hemo), promovido pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), terá a edição de 2015 em São Paulo, entre os dias 19 e 22 de novembro, no Transamérica Expo Center, Avenida Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro. Hemo 2015 Realização: ABHH - Organização: ABHH Eventos Data: 19 a 22 de novembro Local: Transamérica Expo Center – São Paulo – SP Site oficial: www.hemo.org.br AGOSTO Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia - CBAEM 2015 Data: 11 a 14 Local: Centro de Convenções Vitória - Vitória/ES Informações: www.cbaem2015.com.br Público-alvo - multiprofissional, além dos hematologistas e hemoterapeutas, o Hemo 2015 reunirá durante quatro dias odontólogos, farmacêuticos, psicólogos, enfermeiros, biomédicos, gestores de hemocentros, entre outros profissionais de áreas correlatas e representantes de esferas governamentais da saúde. 13º CFBMG O Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais realiza 34 35 Pesquisa Nacional Obesidade no Brasil cresce 6,4% em sete anos A pesar de uma população que afirma ser mais informada e orientada para a saúde, a obesidade continua a crescer no Brasil, atingindo o número alarmante de 18,5% da população e aumentando muito os riscos de problemas circulatórios, ortopédicos e sociais, de acordo com uma nova pesquisa conduzida pelo Dr. Luiz Vicente Berti, chefe do conselho fiscal da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, e patrocinada pela Covidien. Achados gerais da pesquisa no Brasil incluem: • O nível de obesidade no Brasil atingiu 18,5%, um aumento alarmante de 6,4% em comparação com o mesmo estudo feito em 2007, quando atingia 12,1%. A estimativa é que o Brasil tem agora 24.876.142 pessoas obesas. • As mulheres são ligeiramente mais afetadas pela obesidade do que os homens (19% para 18%) • Os adultos com idade entre 56-65 anos tiveram o nível de obesidade mais elevado (24%), ao passo que os jovens (18-25 anos) têm o nível mais baixo (9%). • As pessoas casadas têm mais tendência para se tornarem obesas (21%) e os solteiros representam apenas 13% da população obesa. • Quanto mais baixo o nível educacional, maiores os níveis de obesidade. • A obesidade tem crescido em todas as classes sociais, especialmente entre as mais baixas – C, D e E tiveram, cada um, um crescimento de 5% no nível de obesidade. A Classe C (classe média baixa) teve a maior parcela da população obesa, com 23%. A Classe A cresceu apenas 2% e representa 16% do total. “Os problemas com a obesidade vão muito além da hipertensão arterial e do diabetes. A obesidade é também um fator de risco para diversas doenças – tais como AVC e insuficiência venosa crônica –, podendo causar uma série de danos ortopédicos e ósseos, e todos os problemas emocionais, sociais e psicológicos que estão associados a estar extremamente acima do peso” diz Dr. Berti. “Quanto mais cedo as pessoas entenderem que a obesidade é uma doença, e não uma escolha, mais rápido elas podem iniciar tratamentos que são mais seguros e mais eficientes.” A pesquisa também inclui informações sobre comportamento, como ou quanto eles se consideram felizes, hábitos alimentares, estado emocional, hábitos relacionados à prática de atividades físicas, vida sexual, quando e por quê eles comem, onde eles gostam de sair e seus problemas de saúde, entre outras informações: • 72% dos obesos mórbidos se consideram felizes (contra 85% das pessoas com peso normal). • Somente 16% dos obesos mórbidos afirmam levar uma vida saudável; no entanto, as pessoas obesas frequentam restaurantes do tipo ‘fast food’ em média de 5 vezes por mês e metade dos obesos mórbidos confessam fazer lanches entre as refeições. • 28% dos brasileiros obesos declaram praticar exercícios físicos. Caminhada está entre os exercícios mais comuns. • 30% das pessoas obesas afirmam não ter uma vida sexual ativa (em comparação com 18% da média nacional) • Quando perguntados sobre por que comem muito, os principais motivos são: fome, ansiedade, comer muito rápido, preocupação e tristeza. • Sair para comer (restaurantes, bares, shoppings e padarias) é a atividade favorita de lazer para as pessoas obesas. • 85% dos obesos mórbidos têm problemas de saúde, como pressão alta, problemas nas articulações dos joelhos ou tornozelos, colesterol alto, doenças vasculares, etc. A pesquisa teve o objetivo de fornecer um perfil preciso do brasileiro obeso, por meio do levantamento, medição e análise com uma amostra da população (adultos com idade entre 18-65 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais e regiões geográficas no país), a ocorrência, hábitos e atitudes referentes à obesidade e à obesidade mórbida no Brasil. Os resultados foram então comparados com uma pesquisa semelhante feita em 2007, trazendo à tona alguns números bastante preocupantes, como o aumento de 6,4% nos níveis de obesidade e a concentração de obesidade nas classes média baixa. “As pessoas estão mais informadas sobre o que é a obesidade e o que é a cirurgia bariátrica, mas não bastam somente informações,” fala o Dr. Berti. “A pesquisa mostra que algumas pessoas obesas nem sequer sabem que são obesas, e como a sua qualidade de vida poderia melhorar se submetidas a um procedimento que é comprovadamente seguro, eficiente e com altas taxas de sucesso.” Diálogos da ultra modernidade Ontem, hoje e amanhã! Estou pensando na situação de meu país. Vou refletir em apenas alguns pontos. Corrupção é norma, parece que é uma prerrogativa dos inteligentes, todos ficam ricos de maneira rápida e inexplicável. Governos, empresas, políticos, pessoas jurídicas ou pessoas físicas cultivam essa inteligência, e nós, os outros, a imensa maioria, somos o quê? O programa Mais Médicos é um acinte ao bom senso, não há estrutura nos locais para onde tais médicos são enviados. Outra questão é a forma de contratação, com valores para intermediários e governo, nesse caso o cubano e segue-se a política de contratos obscuros ou em segredo. Na prática, o programa começa a produzir fumaça, desistências, abandonos, insatisfação de um trabalho escravo. Que o Brasil precisa de mais médicos é indiscutível, médicos bem formados, com experiência adquirida em Hospitais qualificados, em que a formação exige a técnica, mas também cultura profissional de verdadeiros cidadãos que trabalharão com o mais precioso dos dons do ser humano, a sua própria saúde. Analisem a situação dos hospitais públicos neste país, os próprios, as santas casas, os filantrópicos, em sua grande maioria. Lamentavelmente a televisão está a nos mostrar, dia sim dia não, a situação lamentável em que se encontram. Falta tudo: gestão, capacitação, manutenção, atualização, entre outros. Construir hospitais em épocas de eleição é chave de sucesso eleitoral, mas, em seguida, o seu mau funcionamento, a sua manutenção inexistente, sucateiam os locais, mas a qualificação da assistência médica não depende de construir hospitais. Há o tempo para construir e o tempo do abandono. Alguns estados, como São Paulo, têm política para ensinar, constroem hospitais e entregam a sua administração para agentes filantrópicos, sendo assim sucesso absoluto. Não há como comparar a administração por nomeações políticas com administração privada e com metas a cumprir. O ensino sucateado, as escolas abandonadas sem reparos, algumas públicas sequer com merendas, os professores não valorizados, a falta de estímulo à progressão de conhecimentocada vez maior, a fuga de cérebros para a iniciativa privada ou o abandono do país. É profundamente lamentável, é triste vermos o caminho que se segue. A educação é a base sobre a qual se constrói um grande país, os países mais adiantados têm a melhor educação, que edifica a cultura de um povo e lhe dá o direito de ascensão profissional. Todos estão em busca de realização pessoal, ou seja, em busca da felicidade. Acaba de acontecer a posse da eleita na Presidência da República e, agora, o foco é a educação, como se uma varinha mágica alterasse a situação caótica do ensino no Brasil. Longe disso. Serão anos e anos para modificar o que aí está e, no seu segundo mandato, a 36 presidente entende que a situação do ensino precisa mudar. Agora vamos torcer para que isso seja uma realidade e não outra fantasia apregoada na campanha política, sobretudo na questão da política financeira, sem dúvida necessária e que desejamos seja realista para recuperar o país. As dificuldades para o país serão enormes no ano em curso, e nos próximos anos, mas não há outra solução. *Dr. Marcial Carlos Ribeiro é Instituidor da Fundação de Estudos das Doenças do Fígado, Comendador da Ordem do Mérito Médico Nacional pela Presidência da República e Diretor Superintendente dos Hospitais São Vicente – FUNEF (Curitiba). 37 Livros A Uma maneira de reverter o diabetes? qui está uma notícia importante para qualquer pessoa com diabetes. O livro de sucesso internacional está agora disponível que revela princípios cientificamente testados que podem ajudar a desencadear o seu corpo a produzir mais insulina naturalmente, revertendo os sintomas de diabetes sem a necessidade de medicação. Diabetes é uma doença que atinge proporções epidêmicas em todo o mundo ocidental ... Você sabia que todos os dias, só nos Estados Unidos, mais de 2.000 novos casos de diabetes são diagnosticados ? Com a atenção voltada para o açúcar no sangue e os níveis de insulina, no entanto, a causa subjacente de toda a devastação tem sido negligenciada. De acordo com o especialista em saúde e autor best-seller Matt Traverso, muitos médicos estão deixando de tratar a causa subjacente real do diabetes. Em vez disso, eles estão tratando os sintomas com produtos químicos e medicamentos farmacêuticos que muitas vezes deixam as pessoas que sofrem com os efeitos colaterais e uma dependência de longo prazo sobre essas drogas. O que alguns médicos podem estar falhando a entender é que o diabetes não é uma doença, é uma reação para fora vindo diretamente do pâncreas que resulta no corpo ser capaz de produzir quantidades normais de insulina, devido ao mal funcionamento do pâncreas. O livro de Matt Traverso diz que se o dano que está sendo feito a o pâncreas pode ser revertido, o órgão terá a possibilidade de curar a si mesmo e então, gradualmente, é possível para aqueles que são dependentes de injeções de insulina conseguir reverter o problema. Isso significa que quem sofre de diabetes pode já não ter que ser dependente das drogas e medicamentos que normalmente são tomadas para tratar a doença. “O pior médico do mundo” “ O pior médico do mundo” do médico Gerson Salvador, retrata as relações humanas no cotidiano médico, ao longo de sua formação e vida profissional. Em contos, o livro mostra como o médico lida com perdas, diferentes personalidades de pessoas, e os desafios diários da profissão no âmbito interpessoal. O conteúdo passa ao leitor o sentimento de quem perde um paciente, atende casos de abuso sexual, não consegue oferecer o melhor tratamento a seus pacientes por limitações impostas por planos de saúde, além disso, de quem cria vínculos e vê em si a responsabilidade pela vida dessas pessoas. O livro pode ser adquirido na livraria Martins Fontes por R$29 ou em sua versão digital (e-book) no site Amazon por aproximadamente R$20. Anuncie www.labornews.com.br [email protected] 16 3629-2119 | 99793-9304 E X P E D I E N T E 38 39 40