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www.rechance.eu
RE-CHANCE:
Melhorar a empregabilidade dos jovens em
risco
Projecto no. 2009-1-AT-1-LEO05-0001188
GUIA METODOLÓGICO
Desenvolvimento das competências sociais
de jovens em risco
PARCEIROS DO PROJECTO:








BFI Oberösterreich - Project Coordinator, ÁUSTRIA
Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft, ALEMANHA
Universitá del Terzo Sektore, ITÀLIA
Academy of Humanities and Economics in Lodz, POLÓNIA
Tempo Training & Consulting, REPÚBLICA CHECA
TBB - Türkischer Bund in Berlin-Brandenburg, ALEMANHA
BGCPO - Bulgarian-German Vocational Training Centre – Pazardjik,
BULGÁRIA
Sonhos Para Sempre, CRL, PORTUGAL
Este projecto foi financiado com o apoio da União Europeia. Este documento e todos os seus
conteúdos reflectem somente o ponto de vista dos autores, não podendo a Comissão Europeia ser
tornada responsável por qualquer uso que seja feito da informação nele contida.
www.rechance.eu
RE-Chance
Guia para professors e formadores
Setembro 2011
Para mais informações ver: www.rechance.eu
Os materiais dos cursos respectivos publicados em CD estão disponíveis on line
Contacto
Berufsförderungsinsitut OÖ
Raimundstr. 3, 4020 Linz, Austria
Tel. +43 732 6922 0, [email protected]
Editores:
Berufsförderungsinstitut Oberösterreich, AUSTRIA
Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft, GERMANY
UniTS - Universitá del Terzo Settore, ITALY
Academy of Humanities and Economics in Lodz, POLAND
Tempo Training & Consulting, CZECH REPUBLIC
BGCPO - Bulgarian-German Vocational Training Centre – Pazardjik, BULGARIA
Sonhos Para Sempre, crl, PORTUGAL
Print:
FAB Pro.Work Support, Industriezeile, 4020 Linz
Licenciado por “creative commons”.
É autorizada a reprodução excepto para fins comerciais desde que seja indicada.
O re.chance é um projecto Leonardo da Vinci d eTransferência de Inovação (2009-1-AT-1LEO05-0001188).
Isenção de responsabilidade:
Esta publicação foi compilada e editada pelas organizações participantes do projeto ReChance.
Este projeto foi financiado com o apoio da União Europeia. Este documento e todo o seu
conteúdo reflecte apenas as opiniões do autor, não podendo a Comissão ser
responsabilizada por qualquer utilização que possa ser feita das informações nele contidas.
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ÍNDICE
1) INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5
2) COMPETÊNCIAS SOCIAIS ................................................................................... 8
O que são competências sociais? .......................................................................... 9
Desenvolvimento de comptências e causas da falta de competências .................. 9
Fortalecimento das competências sociais ……………………………………………10
Competências sociais e capital social a sua importância no mercado de
trabalho……………………………………………………………………………………11
3) METODOLOGIA ................................................................................................... 13
4) MÓDULO DE EDUCAÇÃO OUTDOOR ............................................................... 16
Educação outdoor- o que é? ................................................................................. 16
Quando teve início a educação oudoor? .............................................................. 16
Objectivos da educação outdoor ........................................................................... 17
Exercícios outdoor ................................................................................................ 18
Orientação ............................................................................................................ 20
Desportos.............................................................................................................. 23
5) AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 74
Métodos de observação e análise das competências sociais ............................... 74
A reflecção como método transversal…………………………………………………76
Métodos para medir as competências sociais………………………………………..77
Avaliação individual .............................................................................................. 79
Métodos de avaliação em grupo……………………………………………………….81
Portfólio ................................................................................................................. 83
7) A NOSSA EXPERIÊNCIA QUE QUEREMOS PARTILHAR ................................. 85
Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft (EBG) ALEMANHA ........ 85
BFI Oberösterreich ÁUSTRIA ............................................................................... 86
BGCPO-Bulgarian-German Vocational Training Centre-Pazardjik BULGÁRIA .... 88
Universita del Terzo Settore ITÁLIA ...................................................................... 90
Tempo Training & Consulting REPÚBLICA CHECA ............................................. 91
Academy of Humanities and Economics in Lodz POLÓNIA ................................. 93
Sonhos Para Sempre, crl PORTUGAL ................................................................. 95
8) RESUMO.............................................................................................................. 99
9) REFERÊNCIAS .................................................................................................. 104
10) ANEXO- FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO .................................................... 108
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Entrevista sobre "Competências sócio- comunicativas"- avaliação das
necessidades de formação ................................................................................. 108
FERRAMENTAS INDIVIDUAIS……………………………………………………….111
Auto-avaliação .................................................................................................... 112
Auto- avaliação da motivação ............................................................................. 116
Exemplos de alguns desafios ............................................................................. 118
Observação pelos formadores ............................................................................ 120
Ficha de observação na avaliação das compatências sociais…………..………..123
Comente as suas tarefas .................................................................................... 125
Diário do projecto ................................................................................................ 126
Relatórios do progresso alcançado ..................................................................... 127
Avaliação do desenvolvimento pessoal .............................................................. 128
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1) INTRODUÇÃO
Os jovens em risco de famílias em situação de desfavorecimento, minorias étnicas
ou de famílias com antecedente de imigração têm menores oportunidades de
integração social, cultural e no mercado de trabalho.
Essas oportunidades têm vindo ainda a reduzir-se em muitos países Europeus nos
últimos anos. Na margem da exclusão social e da pobreza há um elevado número
de jovens desempregados. Muitos desses jovens vêm de grupos, que estão já em
desvantagem no mercado de trabalho, por exemplo, aqueles que têm uma história
familiar intergeracional de desemprego, fraca educação parental, dependência do
dos apoios sociais ou com antecedente de imigração/ minorias étnicas. Estes
factores podem prejudicar significativamente a capacidade dum jovem se envolver
na comunidade, estudando e trabalhando, e portanto, vão perpetuando os
problemas sociais e económicos. Há uma significativa quantidade de evidências que
nos permitem concluir que as expectativas que os pais, os professores e a
sociedade têm á partida sobre a capacidade e o sucesso destes alunos têm impacto
nos seus resultados. A auto-confiança nas suas próprias capacidades pode ser
prejudicada.
O projecto RE-Chance destina-se a esses jovens de famílias socialmente
desfavorecidas, jovens delinquentes e jovens com antecedente de imigração, nos
países parceiros, Austria, Alemanha, Polónia, Bulgária, Portugal, Itália e República
Checa. A missão do projecto é contribuir para que se quebre o ciclo vicioso de
desmotivação, exclusão social e pobreza através da formação em competências
sociais, pessoais metodológicas da EFP dos jovens imersos em circunstâncias
difíceis, para promover e “reparar” a confiança nas suas próprias capacidades.
O aconselhamento aos pais, professores e técnicos sociais que trabalham com
estes jovens para aumentar as possibilidades de melhorar as suas competências
sociais é também um aspecto adicional do projecto.
O projecto adaptou e implementou os modulos de formação que foram
desenvolvidos no projecto Leonardo da Vinci SOCO – VET:









Gestão de Conflitos
Sucesso na Comunicação e Interacção
Motivação
Tolerância
Processos Correctos de Tomada de Decisão
Percepção
Trabalho de Grupo e Cooperação
Lidar com o Stress
DISC ou como fortalecer as próprias capacidades
O projecto SOCO-VET foi iniciado (tal como o Re-Chance é) na perspectiva de que
as pessoas adquirem competências sociais através de todos os tipos de interacção,
com os seus pais, nos jogos, em conjunto com outras pessoas ou enquanto estudam
ou trabalham. Os estudos levados a cabo no campo das teóricas educativas ou das
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práticas formativas mostram que as competências sociais, enquanto dimensão do
conhecimento e da capacidade profissional, assumem muitas svezes um
posicionamento periférico. Os formadores têm ainda conhecimentos e um controlo
diminutos relativos á aplicação de métodos que contribuam para o aperfeiçoamento
das competências sociais. Estas não têm sido promovidas através de modelos
orientados para atingir metas definidas. Através da formação em competências
sociais, tendo por base os módulos e ferramentas do SOCO- VET, os formandos
encontraram- nas situações sociais em que antes não se sintiam confortáveisformas apropriadas de lidar com os outros estudantes, colegas, chefes, formadores,
clientes, pais ou amigos, monitorizando as suas próprias observações e colocandoas em prática. Ao fazê-lo, consciencializaram-se que não somente tal envolve a
expressão adequada dos seus próprios sentimentos, pensamentos e necessidades
(através de palavras, expressão facial e gestos), mas também de que os
sentimentos, pensamentos e necessidades dos seus homólogos estavam do mesmo
modo implicados.
O projecto RE-Chance adaptou e traduziu os módulos SOCO-VET em todas as
línguas da parceria (Bulgaro, Checo, Italiano, Polaco e Português), podendo estes
ser descarregados em http://www.rechance.eu – e também em Alemão e Inglês.
Grupos alvo em cada país parceiro:
BFI, AT
Jovens
migrantes á
procura
de
formação
profissional
BGCPO, BG
EBG, DE
Jovens
socialmente
desfavorecidos
Presos.
com
antecedente de
minorias
TEMPO, CZ
UniTS, IT
AHE, PL
Estudantes
Jovens
Jovens com
com
socialmengte necessidades
problemas
excluídos
permanentes
sociais
SPS, PT
Jovens da 2º
geração de
imigrantes,
minorias
étnicas
e
religiosa
Conselheiros
Pais,
Formadores de
Pais
e
d
ejovens;
Guardas da Trabalhadore Trabalhadore
membros e
desempregado
conselheiro
Trabalhadore
prisão.
s sociais
s sociais
conselheiros
s
s
s sociais
das famílias
Professores e
Professores
formadores
cinselheiros
da FP
e
Formadore
Curadores,
s
das
conselheiros
prisões
Formadores
professors
Pais
e
consultores
professores
escolares, e
da FP, etc
Conselheiros
formadores
de EFP e
líderes das
organizaçõe
s e redes
sociais
O Guia do Re-chance destina-se a professores, formadores e conselheiros
ajudando-os a transferir o conhecimento que foi reunido e desenvolvido no âmbito
deste projecto. O Guia é para ser entendido como uma recomendação
metodológica, sendo aconselhável que aqueles o leiam antes de iniciar o curso. Está
dividido em capítulos tendo a sua elaboração sido feita pelos representantes das
instituições envolvidas.
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PARCEIROS DO PROJECTO:

BFI Oberösterreich - Project Coordinator, ÁUSTRIA

Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft, ALEMANHA

UniTS - Universitá del Terzo Settore, ITÁLIA

Academy of Humanities and Economics in Lodz, POLÓNIA

Tempo Training & Consulting, REPÚBLICA CHECA

TBB - Türkischer Bund in Berlin-Brandenburg, ALEMANHA

BGCPO - Bulgarian-German Vocational Training Centre – Pazardjik,
BULGÁRIA

Sonhos Para Sempre, CRL, PORTUGAL
O “RE-CHANCE Melhorar a Empregabilidade dos Jovens em Risco” é um projecto
Leonardo da Vinci (2009-1-AT-1-LEO05-0001188) financiado pela União Europeia
com a duração de 24 meses (Outono 2009 – Outono 2011).
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2) COMPETÊNCIAS SOCIAIS
A sociedade actual coloca aos indivíduos questões que os confrontam com desafios
complexos em muitos aspectos das suas vidas. É-lhes requerida uma grande
variedade de competências para responder a essas questões (OECD 2005). Em
especial, os requisitos face ao mercado de trabalho estão a aumentar. Além das
competências em especialidades e em metodológias, que estão sujeitas a uma
mudança constante devida ao desenvolvimento tecnológico, são cada vez mais
requeridas competências sociais (tais como capacidade para trabalhar em equipa)
(Geißler/Orthey 2002, Reißig 2007). Um estudo alemão mostrou que as empresas
dão muito relevo às competências sociais dos aprendizes. Contudo, os resultados
deste estudo sugerem que existem cada vez maiores falhas no campo das
competências sociais (capacidade para trabalhar em equipa, competências para
lidar com o conflito DIHK 2005). As exigências feitas pelo mercado de trabalho
representa um obstáculo que é difícil de ultrapassar pelos jovens (Franke 2008), um
facto também destacado pelas taxas de desemprego jovem (abaixo dos 25 anos)
nos países Europeus1 (EUROSTAT 2011). Ao entar na vida activa, esses jovens
estão cada vez mais confrontados com dificuldades, relativamente ás quais se
encontram em desvantagem, que resulta da interacção das suas características
individuais, características estruturais e das solicitações do mercado de trabalho. A
desvantagen pode resultar de várias características. Exemplos disso são as
peculiariedades sociais, tais como a exteriorização de problemas comportamentais
ou as falhas acima referidas no campo das competências sociais, dificuldades de
aprendizagem, pobreza ou problemas de linguagem (devido á imigração) (Braun et
al 1999).
A nível político europeu têm-se em conta as crescentes exigências que o mercado
de trabalho coloca aos jovens. A Recomendação do Parlamento Europeu e do
Conselho de 18 de Dezembro de 2006 relativa às competências chave da
aprendizagem ao longo da vida, apontam para que deva ser assegurado que “a
aprendizagem e os sistemas de formação profissional ofereçam a todos os jovens os
meios para desenvolver competências chave a um nível que os apetrechem para a
vida adulta, e que constituam uma basa para a formação contínua e vida laboral”
(Jornal Oficial da União Europeia, 2006). As competências sociais são
explicitamente definidas como competências chave. Além disso, a situação das
pessoas desfavorecidas é particularmente sublinhada: "Em particular, com base nas
diversas competências individuais, deve ter-se em conta as múltiplas necessidades
dos alunos, garantindo a igualdade de acesso para aqueles grupos que, devido a
situações de desfavorecimento educativo causadas por circunstâncias pessoais,
sociais, culturais ou económicas, necessitam de apoio especial para alcançar o seu
potencial educativo”. Exemplos de tais grupos incluem pessoas com baixas
competências básicas, em especial com baixa alfabetização, abandono escolar
precoce, os desempregados de longa duração e as que regressam ao trabalho
1
Em 2010, a taxa de desemprego dos abaixo dos 25 anos era de 8.8 % na Austria, 9.9 % na
Alemanha, 27.8 % em Itália, 23.7 % na Polónia, 27.7 % em Portugal, 23.2 % na Bulgária e 18,3%
na República Checa.
8
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depois de um grande período de desemprego, idosos, imigrantes e pessoas com
deficiência" (Jornal Oficial da União Europeia, 2006).
Atendendo á importância das competências sociais enquanto competências-chave
para corresponder ás solicitações trazidas pela sociedade actual, é imperativo, em
conseqüência, chegar a uma definição do que são competências sociais. Além
disso, devemos lidar com os factores que influenciam o desenvolvimento das
competências sociais, com as possibilidades de as melhorar para reforçar as
oportunidades do indivíduo no mercado de trabalho. Finalmente, teremos também
de examinar a questão de como medir as competências sociais.
O que são competências sociais?
Competência social: A totalidade dos conhecimentos dum indivíduo, aptidões e
capacidades que reforçam a qualidade do seu comportamento social – no sentido da
definição dada ao comportamento socialmente adaptado (Kanning 2003:15).
A definição de competência social mostra que é um termo de cobertura para a
totalidade do conhecimento de uma pessoa, aptidões e capacidades que lhe
permitam agir socialmente. Por conseguinte, cada capacidade e aptidão relevante
isolada e todos os conhecimentos relevantes isolados são uma competência social.
Portanto as competência sociais são uma construção multidimensional. Do ponto de
vista do conhecimento, torna-se compreensível que incluam a informação sobre
regras básicas – culturalmente determinadas - de coexistência humana. As
competências devem ser considerados como aptidões gerais ancoradas na
personalidade do indivíduo (por exemplo: extroversão). As aptidões e capacidades,
por outro lado, concentram-se em competências específicas adquiridas. Ao interagir,
são sempre várias as competências que intervêm simultaneamente (conhecimento,
aptidões, capacidades). Kanning (2003:17): ilustra isso, dando o exemplo da
saudação. Um indivíduo tem de saber como cumprimentar uma pessoa. Além disso,
deve ter adquirido a capacidade de efectuar a saudação (apertarem-se as mãos com
a mão direita, olhando nos olhos um do outro). Dependendo das competências
(extroversão), a saudação será um pouco tímida ou passiva (por exemplo, um aperto
de mão fraco) ou activa e amigável (por exemplo, um aperto de mão firme). Este
exemplo mostra ainda que as competências sociais dependem fortemente duma
determinada situação. Situações específicas exigem competências sociais
específicas.
Desenvolvimento
competências
das
competencias
e
causas
da
falta
de
De acordo com os objectivos da União Europeia, os sistemas educativos e de
formação profissional devem oferecer a todos os jovens meios para desenvolver as
competências-chave até um nível que os prepare para satisfazer as exigências da
vida profissional (Jornal Oficial da União Europeia, 2006). A questão que se coloca
é, portanto, saber quais os factores que favorecem o desenvolvimento de
competências sociais ou que o dificultam. As competências sociais são o resultado
9
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da totalidade das experiências de socialização do indivíduo 2. A origem das
competências sociais encontram-se nos primeiros anos da infância. Em psicologia
do desenvolvimento, o desenvolvimento de competências sociais básicas é
considerado uma importante etrapa de desenvolvimento na infância, considerandose que na adolescência, essas competências devem tornar-se diferenciadas
(Hurrelmann 2007). Se as etapas de desenvolvimento não forem suficientemente
atingidas, é muito provável que a diferenciação e desenvolvimento das
competências sociais falhe na adolescência também.
Fortalecimento das competências sociais
Há uma multiplicidade de abordagens com a finalidade de reforçar as competências
sociais (para uma visão geral, consulte Hinsch/Pfingsten 2002 e 2002
Jerusalém/Klein-Heßling). Algumas abordagens seguem a linha das teorias de
aprendizagem (entre outros Bandura 1997), alegando que as falhas em matéria de
competências sociais podem ser compensadas assumindo um "comportamento
socialmente adaptado". Estas teorias não engrenam explicitamente nas causas das
falhas. Outrossim intervêm na suposição que as competências se exercitam através
das práticas comportamentais.. Hinsch e Pfingsten (2002) apontam para uma boa
base empírica que parece provar a eficácia de tais abordagens. Outras abordagens,
no entanto, centram-se mais na base cognitiva da falha de competências, por
exemplo, Jugert et al (2010). Presume-se que as deficiências em matéria de
comportamento socialmente adaptado são causadas por falhas ao nível do
processamento de informações (por exemplo, problemas que têm em conta outras
perspectivas, ou seja, a intenção do parceiro da interação não é interpretada
correctamente). Estas falhas podem remediar-se por programas de formação
dirigida. Também foi possível demonstrar o efeito positivo de tais abordagens
(Hinsch/Pfingsten 2002).
Além disso, deve considerar-se o papel das expectativas sociais de auto-eficácia. A
convicção de ser capaz de dominar as exigências sociais exibindo um
comportamento próprio, mesmo em condições difíceis é uma condição importante
para se assumir um comportamento socialmente adaptado. Quando se duvida da
sua auto-eficácia social, tende-se a evitar situações que exijam um comportamento
socialmente adaptado. Por conseguinte, persistem as falhas de competência. Os
programas que visam reforçar as expectativas sociais de auto-eficácia são
particularmente bem sucedidos se derem aos indivíduos a oportunidade de se en
tenderem a si próprios como socialmente adaptados (Jerusalém/Klein-Heßling
2002).
Finalmente tem de ser abordada a questão da motivação dos participantes em
programas que visam aperfeiçoar as competências sociais. Os grupos-alvo têm
frequentemente experiências escolares extremamente negativas, que geram um
2
Á
Á parte das condições de socialização, os factores biológicas e genéticas têm também
influência no desenvolvimento das competências sociais (Eisenberg et al 2005). Como não há
intervenções para reforçar as competências sociais derivadas da influência de factores biológicos não
os tratamos aqui.
10
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efeito negativo na sua "ânsia de aprender". Para combater o baixo nível de
motivação quando se trata de participar activamente em programas de melhoria das
competências, é essencial criar um modelo de formação que não seja também ele
enviesado. (Jugert et al 2010).
As competências sociais e o capital social – a sua importância no
mercado de trabalho
A falha das competências sociais, tais como a capacidade de cooperar com outras
pessoas ou a capacidade de lidar com conflitos, constituem por si só um obstáculo
para a transição da escola para o mercado de trabalho, onde geralmente são tidas
como "capacidade para trabalhar em equipa", um termo muito estafado, do qual se
espera uma competência importante se tivermos em conta os anúncios de emprego
nos jornais (Orthey 2002). Um estudo alemão sublinha a forte procura de
competências sociais como é evidenciado nos anúncios de emprego (Dietzen 1999,
citado em Orthey 2002). Para além desta influência directa das competências sociais
do indivíduo nas suas perspectivas face ao mercado de trabalho (por exemplo, as
competências do indivíduo não correspondem às competências necessárias),
existem várias influências indirectas resultantes da deficiência das competências
sociais que condicionam as suas oportunidades no mercado de trabalho.
Estas resultam, entre outras coisas, do facto de as falhas em matéria de
competências sociais estarem ligados a outros factores que também afectam o perfil
de empregabilidade do indivíduo.
As competências sociais e o desempenho escolar
As competências sociais não são só por si mesmo um objectivo de socialização "que
valha a pena perseguir", mas servem também de suporte á aquisição de
conhecimentos e capacidades cognitivas. Um estudo, por exemplo, indica uma
relação entre o desempenho escolar e as competências sociais (1991 Wentzel,
Jerusalém/Klein-Heßling 2002). Os alunos com baixas competências sociais têm um
desempenho escolar mais fraco, que conduz subsequentemente a um nível mais
baixo de escolaridade, o que constitui um outro obstáculo para a transição para a
vida activa (Dornmayr 2006, Steiner 2009).
As competências sociais e o capital social
As competências sociais contribuem para a formação de capital social e para uma
maior coesão social (Rychen 2003). O capital social pode ser definido como aqueles
recursos3 que se enraizam na rede social do indivíduo e podem mobilizar-se e ser
usados numa acção visada (Lin 1999:35). Tal põe em evidência o factor de conexão
com a importância das competências sociais. As competências sociais são um
requisito importante para o estabelecimento de relações sociais e para a formação
de redes sociais, as quais constituem o fundamento do capital social. Indivíduos com
3
Deve chamar-se precisamente a atenção de que no campo das competências socias, nunca foi
geralmente aceite uma qualquer definição de capital social (para as diferentes definições ver Healy et al (2001)).
11
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competências sociais fracas têm
relacionamentos sociais positivos.
dificuldades
em
estabelecer
e
manter
Os estudos indicam a importância da rede social e do capital social nas formas de
arranjar um emprego. Tendo por base os níveis de baixos rendimentos na Alemanha
(1998-2002), Brandt (2006), chega-se à conclusão que cerca de um terço dos
desempregados encontrou um novo emprego devido aos seus contactos sociais.
Além disso, a oportunidade de sair do desemprego sobe com o número de contactos
sociais muito próximos e da sua "latitude". Freitag (2000) chega a resultados
semelhantes para a Suíça. A importância do capital social reaparece no contexto do
conceito de empregabilidade Fugate et al (2004). As redes sociais melhoram a
empregabilidade do indivíduo, na medida em que lhe permite utilizar os contactos
sociais informais para encontrar um emprego (por exemplo, um amigo tem um amigo
que conhece alguém que tem uma vaga).
Em resumo, os indivíduos que apresentam falhas em matéria de competências
sociais não só têm menos oportunidades no mercado de trabalho, como não
satisfizem os requisitos necessários em termos de comportamento socialmente
adaptado, mas também (1) evidenciam falhas em competências profissionais em
metodológias e académicas (fraco desempenho escolar e um baixo nível de
escolaridade ou sem conclusão da escolaridade nem formação profissional, …), (2)
apresentam características (problemas comportamentais, adições, delinquência) que
os tornam pouco atraentes para potenciais empregadores, e, (3) finalmente têm
muito poucas redes sociais de que se pudessem servir para a transição da escola
para a vida activa.
12
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3) METODOLOGIA
Implementação das actividades de formação
A inovação do projecto RE-CHANCE está numa abordagem do processo formativo
orientada para o desenvolvimento das competências sociais de jovens
desfavorecidos. As necessidades dos participantes são vitais para todas as
actividades do projeto. As actividades de formação são parte de um triângulo
composto por formação teórica (actividades “indoor”) juntamente com actividades
“outdoor”, apoiadas por um aconselhamento, avaliação e acompanhamento
individualizado. Este triângulo integra um conjunto de actividades complexas e
mutuamente interligadas. Todos esses componentes constituíram uma abordagem
única e original para o ensino e a formação em competências sociais, que ajudaram
a alcançar com eficácia e successo todos os objectivos e intenções do projecto.
Actividades
Outdoor
Formação
teórica
(seminários/ oficinas /
actividades indoor)
Aconselhamento
e
avaliação individuais
A metodologia do projeto baseia-se no desenvolvimento das competências sociais
através diversos módulos de formação e actividades “outdoor”, numa abordagem
holística para:

superar barreiras pessoais;

identificar e desenvolver os pontos fortes;

desenvolver auto-estima;

melhorar as competências sociais e interpessoais;

construir a confiança na capacidade de aprender;

fazer uma transição bem sucedida para a vida autónoma, educação,
formação ou trabalho.
A formação em competências sociais foi dividida, em seguida, em duas partes
distintas, mas estreitamente ligadas: parte teórica e outra de actividades “outdoor” –
suportadas pelo aconselhamento individual e avaliação.
13
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1) A parte teórica foi composta de aulas e oficinas destinadas à formação em
competências sociais, pessoais e metódológicas no domínio da EFP. Os
materiais
da
formação
estão
disponível
no
site
do
projeto
(http://www.rechance.eu) em todas as línguas dos parceiros.
2) Um dos valores acrescentados mais importantes do projeto RE-CHANCE foram
os exercícios “outdoor”. Á medida que os formandos foram exercitando
directamente na prática e situações da vida as competências e o conhecimento
da parte teórica em resultado do processo de formação, os exercícios “outdoor”
revelaram-se um método muito poderoso e eficaz para o desenvolvimento das
suas competências sociais, que os ajudaram a integrar-se no local de trabalho e
apoiaram a sua inclusão social, depois de terem incorporado essas capacidades
e conhecimentos nas situações da vida real.
Como os grupos-alvo variaram um pouco de país parceiro para país parceiro, no
desenvolvimento do projecto foram implementados diferentes métodos e jogos
“outdoor”. Em geral os exercícios “outdoor” incluíram jogos de construção de
equipa, actividades de orientação/corrida mas também actividades em público e
conjuntamente com instituições /políticos, como o rali na cidade, e, um desafio de
pesquisa de emprego de cidade, meditação etc.
3) A terceira parte integrante da formação do RE-CHANCE foi o trabalho
individual com os formandos e a avaliação. A abordagem avaliativa foi uma das
principais actividades realizadas no âmbito do projecto tendo permitido comunicar
directamente com os participantes e descobrir individualmente quais as possíveis
causas da sua exclusão social e ao mesmo tempo documentar o seu progresso.
A avaliação continha três níveis específicos:



Avaliação ex ante: entrevistas pessoais – identificação de necessidades
Avaliação on going: entrevistas pessoais – identificação de progresso
Avaliação ex-post: entrevistas pessoais – identificação do impacto,
desenvolvimento de soluções de continuidade.
- As entrevistas pessoais foram a pedra angular da comunicação com os
participantes. Durante este processo foram debatidos e descobriram-se os seus
interesses e expectativas particulares.
- A avaliação foi implementada por tutores com experiência no trabalho com os
grupos-alvo. Graças à abordagem avaliativa individualizada estes criaram uma
atmosfera de confiança que permitiu debater abertamente com os participantes os
seus sentimentos e opiniões, bem como sua melhoria em campos determinados. Na
maioria dos casos a avaliação individual ajudou a identificar dificuldades e
problemas com o processo de aprendizagem, bem como os da sua vida pessoal e
trabalho. As entrevistas da avaliação tiveram efeitos muito positivos na melhoria das
competências sociais dos aprendentes, sobretudo na sua autoconfiança e motivação
para a EFP, ensino superior e no processo de inclusão social.
- Todas as entrevistas foram relatadas, usando os métodos de avaliação
desenvolvidos no âmbito do projecto RE-CHANCE, adaptados pelos parceiros tendo
em conta os grupos-alvo envolvidos.
Alguns dos participantes frequentaram actividades formativas adicionais organizadas
pelos serviços de emprego locais. Os participantes tiveram a oportunidade de obter
novas qualificações, melhorar a sua capacidade profissional e competências,
14
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comunicar activamente com os empregadores e beneficiar dum aconselhamento
especial de orientação para o mercado de trabalho dado por especialistas dos
centros de emprego ou de outros serviços vinculçados com a aplicação medidas
para o emprego implementados pelos pelos prestadores de EFP.
O portfólio de avaliação, bem como as actividades “out-door”
representaram um valor adicional e inovador do projecto RE-CHANCE, sendo
explicados e descritos nas seguintes unidades.
15
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4) MÓDULO DE EDUCAÇÃO “OUTDOOR”
Este módulo é dedicado a professores e formadores no domínio da EFP e também
aos conselheiros, pais e outros que trabalham com jovens e que gostam de incluir
educação “outdoor” nas suas práticas de ensino e rotina diária. Tem três objetivos:

dar informações básicas sobre educação “outdoor”.

apresentar vários exercícios “outdoor” prontos para uso e fáceis de adaptar
pelos formadores da EFP.

dar inspiração para olhar mais de perto esta area
Educação “Outdoor” – o que é?
A educação “outdoor” pode ser entendida como uma área de conteúdo curricular,
como um grupo de actividades e como um método de ensino. As definições de
educação “outdoor” variam de acordo com a cultura, filosofia e as condições locais.
Provavelmente a explicação mais fácil é dizer que a educação “outdoor” se refere a
uma aprendizagem organizada que ocorre ao ar livre (Aureolada, 2006). Os
programas de educação “outdoor” envolvem experiências na área de residência ou
em deslocações, em que os estudantes participam numa variedade de desafios de
aventura sob a forma de actividades ao ar livre, como caminhadas, escaladas,
orientação, canoagem, slide ou jogos de grupo. A educação “outdoor” baseia-se na
filosofia, teoria e práticas de educação experiencial e de educação ambiental. A
educação “outdoor” também pode ser definida como aprendizagem experiencial em
ou para o ar livre. (Aureolada, 2006, Wikipédia, Ken Gilbertson, Timothy Bates, Terry
McLaughlin, Alan Ewert, 2006).
De acordo com Wrigley (2010) acontecendo ao ar livre é uma experiência sensitiva
onde natureza, corpo, emoções, sentidos e mente tem um desempenho “são” , muito
importante uma vez que permitem elevar a intensidade da experiência e incorporar a
aventura no processo educativo. O ar livre é um lugar onde os participantes têm a
oportunidade de actualizar e expandir os seus conhecimentos sobre os conteúdos
curriculares. Descobrem ideias para o seu crescimento pessoal e ao mesmo tempo
desenvolvem relações comunitárias positivas. Podem exercitar-se ao ar livre muitas
competências e realizar várias actividades, incluindo comunicação, cooperação,
resolução de problemas, tomada de decisão, cidadania e pensamento crítico. A
educação “outdoor” usa o ambiente natural para ajudar os participantes a aprender
experimentalmente. O espaço de aula ao ar livre é ilimitado permitindo diferentes
tipos de aprendizagem sendo ao mesmo tempo um desafio para os alunos e para os
professores.
Quando se iniciou a educação “outdoor”?
A educação “outdoor” moderna não tem "um pai" e deve seu início a diferentes
iniciativas. No final do século XIX e início do século XX na Europa, o Reino Unido, os
EUA, a Austrália e a Nova Zelândia organizavam diferentes formas de campismo.
16
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Em 1907 o movimento escuteiro foi criado por Robert Baden-Powell, empregando a
educação não-formal com ênfase na prática de actividades ao ar livre. As Escolas da
Floresta da Dinamarca são exemplos de programas europeus com objectivos
semelhantes.
Um pioneiro chave da educação “outdoor” foi Kurt Hahn, um educador alemão que
fundou escolas como a Schule Schloss Salem na Alemanha, a escola de
Gordonstoun na Escócia, o Atlantic College no país de Gales, o movimento Colégios
do Mundo Unido, e o prémio Duque de Edimburgo (que enfatiza o serviço á
comunidade, competências no artesanato, capacidade física e expedições ao ar
livre),
e
o
movimento
Outward
Bound.
(http://en.wikipedia.org/wiki/Outdoor_education).
Na segunda metade do século XX registou-se um crescimento rápido da educação
“outdoor” em todos os sectores (Estado, voluntariado e comercial) com uma gama
cada vez maior de grupos de clientes e procura.
Neste período as escolas da Outward Bound espalharam-se por mais de 40 países
em todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, na década de 1960. Isso, por sua
vez, gerou uma grande ramificação de programas, incluindo o Projecto Aventura e o
National Outdoor Leadership School e de associações profissionais, como a
Wilderness Education Association e a Association for Experiential Education.
(http://en.wikipedia.org/wiki/Outdoor_education).
Os objectivos da educação “outdoor”
Vários autores (ou seja, Adkins, c., Simmons, b., Ford, p.) distinguem diferentes
objectivos para a educação outdoor, mas, para os materiais do projecto,
consideramos alguns objectivos típicos, que são:
 Saber como superar as adversidades
 Desenvolver-se pessoal e socialmente
 Desenvolver um relacionamento mais profundo com a natureza
É por isso que educação “outdoor” é uma ferramenta muito boa para a introdução de
novos métodos experimentais no ensino profissional, bem como para leccionar
conteúdos "antigos" de uma nova maneira. Através da educação “outdoor” os
estudantes envolvem-se eles próprios física, mental e emocionalmente. Um exemplo
que explica muito bem o que é a educação “outdoor”, foi apresentado por S.Priest,
(1988) e é chamado "A escada da aprendizagem ambiental".
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The experimental learning process- O processo de aprendizagem experimental
Intrapersonal relationships- Relações intrapessoais
Ecosystemic relationships- Relações Ecosistémicas
Interpersonal relationships- Relações interpessoais
Ekistic relationships- Relações territoriais
Adventure education- Educação pela Aventura
Environmental education- Educação ambiental
Outdoor education- Educação outdoor
Interdisciplinary curriculum matter- Área de currículos interdisciplinares
Cognitive- Cognitiva
Sound- Audição
Intuition- Intuição
Touch- Tacto
Motoric- Motora
Taste- Paladar
Sight- Visão
Smell- Olfacto
Affective- Afectiva
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Exercícios “Outdoor”
Os parceiros do projecto decidiram adaptar, criar e apresentar exercícios em três
áreas técnicas: orientação, desportos e jogos. Há muitos exercícios que podem ser
implementados facilmente porque não precisam de muito equipamento
especializado, podendo realizar-se sem dificuldades no contexto da formação
profissional. Na verdade ao implementar este módulo encorajamos todos a
experimentar e modificar os exemplos dados e criar outros tendo em conta as
necessidades do seu grupo-alvo.
Cada exercício tem a mesma estrutura onde são dadas todas as informações
necessárias para a sua execução. Esse modelo é mostrado abaixo:
1.Descrição do exercício
 Título do exercício
 Objectivo – irá indicar-lhe que competências e capacidades se podem
desenvolver usando o exercício
 Para quem – irá indicar-lhe os grupo-alvo do exercício
 Técnicas – irá indicar-lhe quais as técnicas em que o exercício se
baseia.
 O que é necessário para executar o exercício – o que se precisa de ter
para executar o exercício
 Duração do exercício- tempos aconselhados de duração.
 Tamanho do grupo – número de participantes sugerido
2. Processamento de ideias
 As instruções a serem dadas aos participantes
 Realização do exercício – faz a descrição da evolução esperada,
momentos de adrenalina, instruções adicionais para os participantes,
variações do exercício.
3. Conclusões
Sugestões de perguntas e comentários para ajudar seus alunos a entender a ideia
do exercício e para reflectir sobre os resultados
Os exercícios de educação “outdoor” apresentados enfatizam um ou mais dos
seguintes objectivos específicos:

Melhorar o trabalho em equipa e cooperação

Melhorar a capacidade de comunicação

Lidar com o stress

Construção de equipas

Capacidade de sobrevivência ao ar livre

Melhorar a capacidade de resolução de problemas
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
Perceber o ambiente natural

Expandir os seus próprios limites

Lidar com conflitos no grupo

Melhorar a auto-determinação

Lidar com novas/ situações desconhecidas

Fortalecer a motivação

Criar novas perpectivas e soluções

Lidar com o falhanço

Assertividade

Paciência

Divertir-se
ORIENTAÇÃO
Adaptar a Orientação a Grupos com Necessidades Especiais
Partes básicas
A versão moderna de orientação nasceu na Suécia como
um desporto competitivo.
Há diferentes tipos de orientação. A orientação a pé no
exterior (floresta, campo, montanhas) é o mais comum,
mas também pode fazer-se em esquis, bicicletas de
montanha, cavalos ou de canoa. As pessoas com
mobilidade reduzida podem também participar nas versões
oficial
de orientação sob medida para atender às suas Símbolo
Orientação
necessidades.
da
É dado a cada participante um mapa topográfico com os vários pontos de controle
dentro de um círculo.
Cada ponto tem um marcador de bandeira e um punção distintivo que é usado para
marcar o indicador.
A orientação competitiva envolve correr de ponto de verificação em ponto de
verificação. É mais exigente do que a corrida de estrada, não só por causa do
terreno, mas porque quem está a orientar-se deve concentrar-se constantemente,
tomar decisões e controlar a distância percorrida. No entanto, a capacidade do
concorrente de pensar sob pressão e fazer decisões correctas é mais importante do
que velocidade ou resistência.
Equipamento necessário
O mapa: o mapa ideal para um curso de
orientação é um mapa topográfico a cores,
20
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preciso e em grande escala. Um mapa topográfico é uma representação gráfica de
recursos naturais e artificiais seleccionados de uma parte da superfície da terra,
desenhada numa escala definida.
Um compasso: é importante para a actividade competitiva. Nem sempre é
necessário para os exercícios não-competitivos, dependendo da dificuldade do
terreno ou do local onde está preparado o campo da actividade.
Uma bandeira de controlo: normalmente são a três dimensões e feitas de nylon
laranja e branco.
É geralmente pendurada numa base ou árvore. Junto ao controlo está um punção
codificado.
O punção: O punção pode ser manual ou electrónico; É usado para verificar que o
local do controle foi encontrado pelo participante; podem ser utilizadas outras
soluções como recolher objectos específicos perto do sinalizador de controle; tirar
fotos da bandeira de controle e muitos outros.
Para actividades de orientação adaptada será preciso
adicionar todo o material adequado a esta situação
específica; nas páginas seguintes encontram-se alguns
exemplos.
Pré- requisitos
Para os participantes: leitura de mapas, uso de bússola,
noções básicas de respeito uns pelos outros e regras de
grupo; para a orientação adaptada basta explicar os detalhes
dos exercícios, tais como a área da actividade, o caminho a
ser seguido, os objectos que devem ser recolhidos, os locais
a serem fotografados e assim por diante.
Para os monitores ou pessoas responsáveis: formação específica. experiência
anterior em actividades semelhantes, bons conhecimentos do grupo e dinâmicas de
grupo, bons conhecimentos sobre as medidas de segurança e campo do espaço da
actividade.
Segurança
Em geral, as medidas de segurança incluem:
Verificação do espaço da orientação antes de iniciar qualquer actividade.
 Informações aos participantes sobre qualquer detalhe específico que pode
ser útil saberem a fim de evitar qualquer problema de segurança.
 Um kit de primeiros socorros que deve estar disponível no início e no final,
sendo um dos monitores ou pessoas responsáveis formadas em primeiros
socorros. No caso de um número elevado de participantes pode enquadrar-se
melhor no evento um médico.. Pode ser útil um apito para os participantes em
caso de emergência.
 Vestuário de corpo inteiro apropriado.
 Pontos de controlo: têm de se localizar onde possa ser assegurada a
segurança do participante num terreno apropriado, sem qualquer riscos de
perigo.
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 Posto de segurança: preparar se necessário um local, ao longo do caminho
da actividade, aonde o participante se possa dirigir no caso de ficar ferido,
cansado ou perdido. Informar os participantes sobre a sua localização e como
reconhecê-lo no campo da actividade.
 Horário de finalização: é importante definir um tempo de retorno final. Nesse
momento, todos os participantes devem informar o ponto da sua conclusão,
mesmo que não tenham concluído todo o percurso.
 Procedimentos de busca e salvamento: se nem todos os participantes
tiverem regressado até o final da competição, os monitores ou pessoas
responsáveis devem percorrer o espaço ao longo dos limites do campo para
localizar e ajudar os participantes ausentes.
Os participantes devem ajudar os participantes feridos que encontrem no espaço da
actividade e devem observar as regras de trânsito de estradas de passagem ou
ferrovias.
Para orientação adaptada, talvez se precise treinar correctamente os operadores
sobre os procedimentos de segurança específicas de acordo com as necessidades
especiais do grupo e definir os elementos de segurança de base em conformidade.
Competências sociais e capacidades
Essa técnica encaixa nas seguintes competências sociais e capacidades a serem
desenvolvidas na adaptação que foi apresentada:

Resolução de conflitos: orientação de grupo com adaptação específica

Estar confiante, calmo e sereno ao lidar com o stress: orientação individual

Interacção e comunicação bem-sucedida: orientação de grupo com
adaptação específica

Cooperação e trabalho em equipa: orientação de grupo

Conhecer os outros e a si mesmo: orientação individual com adaptação
específica

Tomada de decisão: orientação individual com adaptação específica

Motivação: orientação individual
Entre os exercícios possíveis...
São possíveis muitas aplicações da técnica, de acordo com as necessidades do
grupo especial, com que se está a lidar. Podem encontrar-se algumas delas abaixo.
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Desportos
ORIENTAÇÃO DE GRUPO
1. Descrição do exercício
Objectivos
 Expandir os seu limites
 Lidar com conflitos dentro do grupo
 Resistência e determinação
 Lidar com situações novas / desconhecidas
 Trabalho em equipa e cooperação
Grupo-alvo:
São possíveis todos os grupos, pessoas com deficiência,
entre grupos com necessidades especiais-alvo
Técnica:
Orientação, orientação de grupo
Equipamentos - o que O que fazer:
é necessário para
 Verifique se é possível / obter permissão para usar
realizar o exercício?
a área seleccionada
O que preparar:
 Regras para a actividade
 Regras para a criação dos grupos (os participantes
podem organizar o grupo por si próprios ou os
monitores podem precisar de definir os grupos para
serem mais homogéneos)
 Papel com instruções para os participantes
 Área de inicio / fim
 Talvez máquinas fotográficas
Duração do exercício
A partir das 2 horas
Tamanho do grupo
Qualquer tamanho.
Certifique-se da presença de monitores treinados se se
estiver a executar uma actividade com participantes com
necessidades especiais
2. Processamento das ideias
Instruções para os
1. Dar aos participantes uma visão geral da área e
dizer-lhes quais as regras; se for necessário
23
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participantes
mostrar regras em painéis ou com desenhos.
2. Criar os grupos
3. Fazer algumas actividades de “construção de
equipas”, se necessário; explicar que o participante
é o "grupo" e qualquer pessoa do grupo é
necessária!
4. Dar aos participantes o mapa da área, com as
manchas de referência assinaladas com um círculo
5. Esclarecer o tempo da actividade.
6. Explicar as regras de segurança.
Realização do
exercício
Os participantes têm perfurar o papel do jogo nos
sinalizadores de controle e/ou recolher objectos ou
reconhecer os locais ou tirar fotos
De qualquer forma isso poderá ser apenas o objectivo
"oficial" do exercício, podendo também fazer-se perguntas
sobre como lidar com desafios ou como superar
obstáculos pessoais durante a execução da actividade
(cooperação com outras pessoas), sobre resolução de
problemas, actividades em ambientes desconhecidos e
assim por diante.
O grupo pode ajudar muito no caso de pessoas com
necessidades especiais.
Pedir aos participantes para tirar fotos se quiserem/
puderem, para serem usadas mais tarde na fase de
informação.
3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados):
A orientação de grupo
desenvolvimento do grupo.
pode
utilizar-se
como
uma
ferramenta
para
o
Logo que todos os grupos regressem, inicia-se uma sessão de informação; é uma
parte muito importante do exercício, pois nesse momento os participantes serão
convidados a reflectir sobre a experiência feita e para reunir conclusões importantes
para o seu quotidiano e relações com os outros. Se necessário, prepara-se um guia
com perguntas para facilitar a transferência de conhecimento.
Além disso permite obter elementos importantes para melhorar as actividades
futuras.
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ORIENTAÇÃO NOCTURNA
1. Descrição do exercício
Objectivos

Expandir os seu limites

Lidar com o stress

Resistência e determinação

Lidar com situações novas / desconhecidas

Reforçar a motivação
Grupo-alvo:
Todos os grupos possíveis, pessoas com deficiência,
entre grupos com necessidades especiais-alvo
Técnica:
Orientação, orientação de grupo
Equipamentos - o que O que fazer:
é necessário para
 Verifique se é possível / obter permissão para usar
realizar o exercício?
a área seleccionada
O que preparar:
 Regras para a actividade
 Regras para a criação dos grupos (os participantes
podem organizar o grupo por si próprios ou os
monitores podem precisar de definir os grupos para
serem mais homogéneos)
 Papel com instruções para os participantes
 Área de inicio / fim
 Talvez máquinas fotográficas
 Um apito e uma luz intermitente por participante
(para facilitar o resgate, em caso de necessidade)
Duração do exercício
A partir das 2 horas; por favor ter em mente que na
escuridão as actividades podem demorar mais tempo: dar
aos participantes tempo suficiente, mas ao mesmo tempo
dar indicações claras sobre a hora, a partir da qual os
formadores/ monitores irão começar a procurar
participantes/grupos que faltem no final.
Tamanho do grupo
A orientação individual nocturna é um desafio muito
exigente; a actividade do grupo poderá ser melhor no
caso de participante habituados a este tipo de actividades.
Para actividade de grupo: qualquer tamanho; Certifique-se
25
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ter grupos homogéneos; Certifique-se da presença de
monitores treinados se estiver a executar uma actividade
com participantes com necessidades especiais.
2. Processamento de ideias
Instruções para
participantes
os
1. Dar aos participantes uma visão geral da área e
dizer-lhes quais as regras; se for necessário mostrar
regras em painéis ou com desenhos.
2. Criar os grupos
3. Fazer algumas actividades e “construção d e
equipas”, se necessário; explicar que o participante é
o "grupo" e qualquer pessoa do grupo é necessária!
4. Dar aos participantes o mapa da área, com as
manchas de referência assinaladas com um círculo
5. Esclarecer o tempo da actividade.
6. Explicar as regras de segurança incidindo
especialmente
sobre
os
procedimentos
de
emergência: o que fazer no caso de se perder, como
usar o apito e a luz intermitente para ajudar a equipa
de resgate, como ajudar outros participantes em
caso de o precisarem e assim por diante
Realização
exercício
do Os participantes têm perfurar o papel do jogo nos
sinalizadores de controle e/ou recolher objectos ou
reconhecer os locais ou tirar fotos
De qualquer forma isso poderá ser apenas o objectivo
"oficial" do exercício, podendo também fazer-se perguntas
sobre como lidar com desafios ou como superar
obstáculos pessoais durante a execução da actividade
(cooperação com outras pessoas), sobre resolução de
problemas, actividades em ambientes desconhecidos e
assim por diante.
O grupo pode ajudar muito no caso de pessoas com
necessidades especiais.
Pedir aos participantes para tirar fotos se eles quiserem/
puderem, para serem usadas mais tarde na fase de
informação.
3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados):
A orientação de nocturna pode utilizar-se como uma ferramenta para uso pessoal e
desenvolvimento do grupo, para o reforço da motivação e aumento da auto-estima.
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Logo que todos os grupos estejam regressem, inicia-se uma sessão de informação;
é uma parte muito importante do exercício, pois nesse momento os participantes
serão convidados a reflectir sobre a experiência feita e para reunir conclusões
importantes para o seu quotidiano e relações com os outros. Se necessário,
prepara-se um guia com perguntas para facilitar a transferência de conhecimento.
Além disso permite obter elementos importantes para melhorar as actividades
futuras.
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RALLYE NA CIDADE/ PERTENÇA Á CIDADE
(Versão adaptada ao território em Portugal)
1. Descrição do exercício
Objectivos
Desenvolvimento / aperfeiçoamento de:

Capacidade de comunicação

Trabalho em equipa

Capacidades organizacionais

Desenvolver nova soluções e perspectivas

Auto-avaliação

Cooperação

Lidar com stress e competição
Grupo-alvo:
Jovens
Técnica:
Pertença á cidade
Orientação
Equipamentos - o Mapa, possivelmente bicicletas, máquinas fotográficas,
que é necessário bilhetes para transportes públicos
para
realizar
o
exercício?
Duração
exercício
do Cerca de 4 horas para realizar o exercício e 3 horas para
reflexão
Tamanho do grupo
15 – 30 (múltiplos de 3)
2. Processamento das ideias
Instruções para os Os participantes formam grupos de 3.
participantes
Têm que executar as tarefas atribuídas. Ganha a competição
o grupo que termine em primeiro dentro do prazo
estabelecido e que tenha todas as respostas correctas
O objectivo é conhecerem o lugar onde vivem.
Eis um questionário possível e um conjunto de tarefas:
1. Tira uma foto na praça principal ou Praça da Igreja. A
imagem deve ter: pelo menos 25 pessoas, incluindo 1 polícia,
1 cão e 1 criança.
2. O que é a "Cais"? (uma revista escrita por sem abrigo)
3. Que tipos diferentes de aves há na serra de Sintra?
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(pesquisa na internet…)
4. Dirige-te ao palácio da vila. e tira uma fotografia
5. O que é a "Casa Ferreira"? Onde está? Vai até lá e tira
uma foto contigo na frente dela. ! (Museu).
6. Vai para "Santa Maria" e tira uma foto de um estranho em
frente da mesma. (Igreja)
7. Aqui está a Biblioteca Municipal em Sintra? Que serviços
possui e o que se pode lá fazer?
8. Quanto tempo demora uma viagem de eléctrico até á Praia
das Maçãs?
9. Onde se encontra no centro da vila a estação de
comboios?
10. Quantos monumentos históricos há na serra de Sintra?
11. Tem Sintra um aerodromo?
Realização
exercício
do O questionário deve ser adaptado às circunstâncias locais. É
muito aconselhável experimentá-lo previamente para obter
uma sensação do tempo requerido.
3. Conclusões (maneira de usar os resultados)
A reflexão sobre o exercício é importante. Aconselha-se a articular os objectivos
definidos com o processo de reflexão:









O que é que correu bem e o que deu errado? Porquê?
O que é que era fácil e o que era difícil? Por quê?
O que foi vivenciado?
Conseguiu realizar as tarefas definidas?
Que desafios enfrentou?
Como trabalhou como o grupo?
Sentiu-se stressado com o limite de tempo?
O que é que aprendeu sobre Sintra; sobre si mesmo, sobre o grupo?
O que é que faria de forma diferente na próxima vez?
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DESAFIO DE PROCURA DE TRABALHO NA CIDADE (PERTENÇA Á CIDADE)
1. Descrição do exercício
Objectivos
Grupo-alvo:

Aperceber-se e expandir os seus limites

Lidar com o stresse em desafios e situações

Assertividade

Paciência

Comunicação

Novas perspectivas e soluções

Lidar com o falhanço
Orientação / pertença á cidade
Os participantes definem as suas próprias tarefas.
Deslocam-se na cidade com os questionários e
gravadores.
Técnica:
São possíveis todos os grupos-alvo
Equipamentos - o Gravadores, máquinas fotográficas, mapas
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Duração
exercício
do Exercício: cerca de 5 horas, cerca de 2 horas de reflexão
2. Processamento de ideias
Instruções para os Início: Os participantes formam 2 grupos. A tarefa é
participantes
entrevistar alguém duma determinada empresa ou
instituição. – Importante: A empresa ou instituição não é
"avisada" previamente. Um dos objectivos é conseguir
alguém para participar no conjunto de tarefas.
Antes dos jovens definirem a tarefa, têm que criar um
questionário adequado á mesma. Este deve incluir
questões relativas ao trabalho / instituição / empresa e
deve basear-se nos interesses dos participantes.
Os participantes fazem sua investigação por conta própria
(ou junto do parceiro que já tenham escolhido antes). O
equipamento consiste numa máquina fotográfica, num
gravador, num mapa e num bilhete de dia para transportes
públicos.
Espera-se que
os participantes regressem
com a
30
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entrevista e uma fotografia da pessoa entrevistada.
Deve fazer-se uma reflexão sobre os resultados (ver
abaixo).
Sugestão para entrevista aos parceiros:
a) gerente feminino do departamento de uma grande
empresa
b) gerente de um grande hospital público
c) entrevistar alguém que trabalhe numa indústria de
produção (por exemplo empresa siderúrgica,...)
d) entrevistar uma pessoa da limpeza
e) alguém que trabalhe num banco.
f) alguém que trabalhe numa indústria cultural (Museu,
teatro, cinema)
g) alguém que trabalhe em serviços sociais
h) o presidente da autarquia da cidade
i) alguém na prisão
Realização
exercício
do Não muita coisa para preparar.
Experiências interessantes na fase de realização:
conhecer os seus limites, talvez possam falhar não
encontrando ninguém para a entrevista conhecimento
biográfico do entrevistado, de estilos diversificados de
chefia de trabalho que sejam desconhecidos, estranhos e
até assustadores;
São em geral utilizadas nos programas de pertença á
cidade pesquisa de empresas, empregos, entrevistas,
debates em situações de um para um
(indicar site para pesquisa na internet)
3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados)
Deve-se fazer uma reflexão com enfoque nas metas do exercício.
Algumas das perguntas sobre as quais se poderá trabalhar são apontadas abaixo:









O que correu bem, e o que deu errado?
O que foi vivenciado? Conseguiu definir as tarefas?
Que desafios enfrentou?
Atingiu os seus limites pessoais? Quais?
Quais as soluções que escolheu?
Conseguiu obter a entrevista e fotografia?
Como reagiram as pessoas?
Faria o mesmo novamente? Por quê?
O que eu faria de forma diferente na próxima vez?
31
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CAÇA AO TESOURO
1. Descrição do exercício
Objectivos
Grupo-alvo:

Aperceber-se e expandir os seus limites

Resistência e determinação

Lidar com situações novas / desconhecidas

Trabalho em equipa e cooperação

Divertir-se!
Todos os grupos-alvo possíveis,
Pessoas com deficiência, entre grupos com necessidades
especiais
Técnica:
Orientação, orientação em grupo
Equipamentos - o que O que fazer:
é necessário para
 Verificar se é possível / obter permissão para usar
realizar o exercício?
a área seleccionada
O que preparar:
 As regras para a actividade
 Instruções em papel para os participantes
 Área de inicio /Fim
 Talvez máquinas fotográficas
Duração do exercício
A partir das 2 horas
Tamanho do grupo
Qualquer tamanho.
Certifique-se que tem grupos homogéneos, se se estiver a
fazer uma caça ao tesouro em grupo.
Certifique-se da participação de monitores treinados se se
estiver a fazer a actividade com participantes com
necessidades especiais
2. Processamento das ideias
Instruções para
participantes
os Dar aos participantes uma visão geral da área e indicar as
regras;
Se for necessário mostrar regras em painéis ou com
32
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desenhos
Criar os grupos de participantes
Dar o mapa da área e a lista de instruções
Esclarecer o tempo da actividade.
Esclarecer como se pode recuperar o "Tesouro": Há um
tesouro para cada grupo? Existe apenas um para o
primeiro grupo a alcançá-lo? Como se pode reconhecê-lo?
E assim por diante.
Pode-se também solicitar aos participantes que recolham
objectos ou que reconheçam lugares, ou tirar fotografias;
usem a vossa criatividade!
O que é importante é dar-lhes todos os elementos para
chegarem ao local onde o tesouro está.
Realização
exercício
do O principal objectivo do exercício é encontrar o tesouro,
claro.
De qualquer forma isso poderia ser apenas o objectivo
"oficial" do exercício, já que se pode solicitar também aos
participantes lidar com desafios ou superar os obstáculos
pessoais enquanto o procuram (cooperação com outras
pessoas),
resolver problemas, fazer actividades
desconhecidas no ambiente, e assim por diante.
O grupo pode ajudar muito no caso de pessoas com
necessidades especiais
Pode pedir-se aos participantes para tirarem fotos se
quiserem/puderem, para serem usadas mais tarde na fase
informação.
3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados):
A caça ao tesouro pode ser usada como uma ferramenta para o desenvolvimento do
grupo.
Logo que todos os grupos estejam regressem, inicia-se uma sessão de informação;
é uma parte muito importante do exercício, pois nesse momento os participantes
serão convidados a reflectir sobre a experiência feita e para reunir conclusões
importantes para o seu quotidiano e relações com os outros. Se necessário,
prepara-se um guia com perguntas para facilitar a transferência de conhecimento.
Além disso permite obter elementos importantes para melhorar as actividades
futuras.
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NATUREZA-CIDADE-RIO – PERTENÇA Á CIDADE
1. Descrição do exercício
 Desenvolver a capacidade de comunicação
Objectivos
 Aperceber-se e expandir os seus limites
 Resistência e determinação
 Desenvolver novas ideias, mostrar a criatividade
 Experimentar novos papéis e tarefas
 Lidar com situações novas / desconhecidas
 Trabalho em equipa e cooperação
Grupo-alvo:
Jovens
Técnica:
Orientação/ pertença á cidade
Incluindo subir á corda e rapel se se quiser
Equipamentos - o
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Verifique se é possível / obter permissão usar parque
público
Verifique qual edifício público que se poderá usar para
fazer rapel
Cama de rede, corda, cobertores, almofadas, lanternas
Equipamento de escalada
Canoas
Linhas de folga
Boa cooperação com um carpinteiro – para construir um
riquexó
Canto dos oradores – instruções para tal
Madeira, materiais de construção como , etc
Verifique a cooperação com um jardim de infância e lar de
idosos
Especialistas em canoagem e rapel
Duração
exercício
do 1/2– 2 dias
Tamanho do grupo
10 – max. 20 pessoas
2. Processamento de ideias
Instruções para os Aventura na cidade – usando o rio e a natureza
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participantes
Os participantes formam pequenos grupos e circulam pela
cidade que se transforma em uma área de aventura.
Exemplos do que poderiam fazer:
a) Atravessar o rio de canoa.
b) Dormir numa cama de rede num parque público ou
no jardim botânico
c) Fazer uma competição de puxar a corda encontrando
estranhos para participar.
d) Construir um riquexó e usá-lo no espaço público
(numa praça da cidade,..)
e) Trabalhar num jardim de infância ou num lar –
servindo a alimentação..
f) Construir um Canto dos Oradores num parque
público
g) Fazer rapel dum edifício público (Câmara Municipal)
Realização
exercício
do O principal objectivo do exercício é o envolver-se e lidar
com situações não comuns em lugares que os jovens
conhecem bem – na cidade em que vivem.
Os participantes lidam com vários desafios e são
incentivados a desenvolver e implementar tarefas
incomuns.
O ambiente de aprendizagem consiste na equipa e no
desafio de lidar com ideias, pensamentos e desejos.
Anteriormente terá que se obter autorização de utilização
dos espaços públicos e garantir o equipamento.
3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados):
Há muito a reflectir depois de realizar a viagem de aventura na cidade. Podemos
focar-nos nos objectivos do exercício:







Desenvolver capacidades de comunicação
Aperceber-se e expandir os seus limites
Resistência e determinação
Desenvolverem novas ideias, mostrar a criatividade
Experimentar novos papéis e tarefas
Lidar com situações novas / desconhecidas
Trabalho em equipa e cooperação
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As caminhadas como uma ferramenta para inclusão
1. Descrição do exercício
Objectivos
Objectivos do desenvolvimento das caminhadas
 autonomia
 motivação
 controlo do stress
Grupo-alvo:
São possíveis todos os grupos-alvo; os resultados com
grupos com necessidades especiais são muito positivos.
Técnica:
Caminhar é uma actividade ao ar livre, que consiste em
trilhar ambientes naturais, com roupas e equipamentos
adequados e seguindo regras específicas.
Com pequenas diferenças de técnica, é conhecida
também como Perseguição ou passeio.
Ela está relacionada também com a orientação.
Equipamentos - o que O que fazer:
é necessário para
 Verifique se
realizar o exercício?
aplicável á
parques e
minimizar o
ambiente.
existe qualquer regulamento especial
área escolhida; muitas vezes os
áreas protegidas têm regras para
impacto dos visitantes sobre o meio
 Quando a actividade envolver participantes com
necessidades especiais, verificar as distâncias e
tempo para chegar ao local mais próximo onde
estes possam ser assistidos e certificar-se que se
adapta às necessidades dos participantes.
O que levar:
 Roupas adequadas e sapatos (escolhidos em
função do ambiente específico e clima); geralmente
é recomendado usar várias camadas de vestuário,
para se ficar confortável, adicionando ou
removendo blusas, casacos e assim por diante.
Não se esqueça dum chapéu para proteger a
cabeça e de protecção contra insectos (cremes e
óculos)
 Uma mochila com equipamento básico: um mapa,
uma bússola (se o trilho não é bem conhecido),
água e comida de acordo com a duração da
actividade, roupa extra
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 Equipamentos de segurança (kit de primeiros
socorros,
fósforos,
uma
lanterna,
outros
específicos, de acordo com o ambiente específico e
o clima).
 Uma máquina fotográfica se se quiser.
Duração do exercício
De algumas horas a vários dias.
Se trabalhar com grupos com necessidades especiais,
escolha a duração de acordo com situação pessoal
destes.
Certifique-se que o trilho escolhido se encaixa nos
participantes, nunca sobrestime sua resistência.
Tamanho do grupo
Nenhum tamanho específico, depende da experiência dos
participantes; se trabalhar com grupos com necessidades
especiais,
certifique-se
de
que
há
suficientes
assistentes/operadores.
2. Processamento de ideias
Instruções para
participantes
os Dizer sempre a alguém de confiança o local onde se vai
estar ou onde o grupo vai fazer a caminhada, bem como
o calendário previsto (quando irão começar, quando
pensam terminar)
Informe-se sobre o lugar e qualquer situação particular da
área e organize o equipamento em conformidade
Tentar nunca estar sozinho, pelo menos com um amigo.
Quando no grupo da caminhada, siga as indicações do
monitor ou dum caminhante experiente.
Nunca deixe lixo ao longo dos trilhos, seja responsável
pelo ambiente! Pense que os caminhantes devem ser os
primeiros a dar o exemplo.
Realização
exercício
do Comece a andar! Aprecie os arredores do seu local de
residência ou deslocação, ocupe bem o tempo!
3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados):
Caminhar é uma boa oportunidade para trabalhar com grupos; durante a actividade,
o ambiente dá oportunidade para conhecer melhor os outros participantes, enquanto
aprecia a natureza e os momentos especiais do dia.
No final da actividade, iniciar uma sessão de informação; é uma parte muito
importante do exercício, pedindo-se aos participantes nesse momento que reflictam
sobre a experiência feita e reunir conclusões importantes para o seu quotidiano e
relações com os outros.
37
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Se necessário, preparar um guia de perguntas para facilitar a transferência de
conhecimento. Além disso permite obter elementos importantes para melhorar as
actividades futuras.
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EQUITAÇÃO...UMA FERRAMENTA PARA INCLUSÃO
1. Descrição do exercício
Objectivos
A equitação é um bom desporto para o desenvolvimento da:
 confiança e auto- confiança
 autonomia
 empatia
Grupo-alvo:
São possíveis todos os grupos-alvo; os resultados das
actividades com grupos com necessidades especiais são
muito positivos.
Técnica:
Das técnicas clássicas (disciplinas olímpicas, alta escola de
equipação Inglesa e Ocidental) até ás actividades especiais
como a Hipoterapia
Equipamentos - o
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Duração
exercício

Cavalo

Capacete de equitação

Botas de sola lisa e calcanhar

Sela

Brida

Chibata

Sela de pano

Escovas de cavalo

Vestuário apropriado para equitação

Alimentação e água para o cavalo
do A duração da actividade depende da situação dos
participantes, de algumas horas até o dia inteiro.
Tamanho do grupo
Nenhum tamanho específico, depende da experiência do
participante; se trabalhar com grupos com necessidades
especiais,
certifique-se
de
que
há
suficientes
assistentes/operadores além monitores de equitação
2. Processamento de ideias
Instruções para os É importante que os participantes sigam as instruções dos
participantes
treinadores
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Realização
exercício
do A equitação é um desporto em que se precisa treinar e
praticar. Se acha que tudo que tem de fazer é sentar-se
num cavalo e andar, eis uma suposição muito errada.
Ao trabalhar com grupos com necessidades especiais, o
exercício pode começar com acarinhar o cavalo,
alimentação e beberagem. Estes primeiros passos irão
ajudar os participantes a aproximarem-se do animal e
começar a desenvolver um bom sentimento.
Em seguida, a prática poderá ir mais longe, trazendo-o para
o celeiro, colocando a brida e o selim e assim por diante!
3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados):
A equitação é uma experiência maravilhosa e beneficia o cavaleiro fisicamente e
mentalmente. Os benefícios terapêuticos incluem melhor equilíbrio, postura,
coordenação, bem como músculos mais flexível e relaxados. Isso, por sua vez reduz
os espasmos musculares.
O recuperar da mobilidade, com o desafio de aprender algo novo, e juntamente com
um elemento de risco ligeiro fornece um verdadeiro sentimento de realização.
autonomia e confiança, que cresce ao mesmo tempo que o puro prazer da
equitação.
Grupos com necessidades especiais: pessoas com deficiência
As pessoas com deficiência podem obter resultados benéficos em actividades
associadas aos cavalos. O movimento de um cavalo fortalece os músculos de todo o
corpo do cavaleiro e promove uma saúde global melhor. Em muitos casos, a
equitação também levou ao aumento da mobilidade do cavaleiro. O contacto com os
cavalos também pode fornecer benefícios psicológicos para as pessoas, quer os
montem quer não.
A Equitação terapêutica –hipoterapia- começa com exercícios suaves realizados a
cavalo. Estes exercícios incluem manobras como inclinar-se para a frente agarrando
o pescoço do cavalo, inclinar-se para trás tocando na sua alcatra, torção de
esquerda e de direita na sela. Cada cavaleiro é assistido por “condutores” que se
certificam que ele permanece seguro na sela ao executar os exercícios. O
movimento rítmico da equitação pode estimular os nervos e estes exercícios
aumentam a mobilidade. Eis o básico da hipoterapia.
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TIRO AO ARCO...UMA FERRAMENTA PARA INCLUSÃO
1. Descrição do exercício
Objectivos
O tiro ao arco é uma boa actividade para desenvolver a:
 Concentração
 Auto-confiança
 Equilíbrio
Grupo-alvo:
São possíveis todos os grupos-alvo; os resultados das
actividades com grupos com necessidades especiais são
muito positivos.
Técnica:
O tiro ao arco é uma das artes mais antigas ainda
praticadas, com uma história que vai a par da história
humanidade
Equipamentos - o que Arcos
é necessário para Há três tipos diferentes de arcos: recurvo, composto e
realizar o exercício?
Bare bow.
 Recurvo: O único tipo de arco permitido nas
competições olímpicas. A suas asas curvam-se á
frente do arqueiro. Também é chamado arco
clássico.
 Composto: Este arco tem polias e cabos para
tornar a sua força de tensão em cerca de metade.
 Bare bow: É um arco recurvo sem uma visão
mecânica ou estabilizadores.
Setas
Nos eventos do arco clássico as setas voam a mais de
150 quilómetros por hora. São feitas de alumínio, grafite
ou carbono. As setas de alumínio são mais uniformes no
peso e forma, enquanto as setas de grafite voam mais
rápido.
Alvos
O Regulamento Oficial prevê duas dimensões diferentes,
para serem usadas de acordo com as distâncias entre o
alvo e a linha de tiro.
Campo
O Regulamento Oficial prevê também as distâncias
mínimas entre o alvo e a linha de tiro e como colocar os
alvos (distância ao chão, ângulo e assim por diante).
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Quando se pratica o tiro ao alvo em campos oficiais, é
importante garantir a segurança dos participantes, não
apontando fora das linhas e nas áreas "proibidas".
Como regra geral, é recomendado vivamente não praticar
tiro ao arco em campos e com equipamento improvisado:
Não esquecer que na história da humanidade os arcos e
flechas foram das armas mais importantes!
Duração do exercício
A duração da actividade depende da situação dos
participantes, vai de algumas horas ao dia inteiro
Tamanho do grupo
Nenhum tamanho específico, já que é principalmente um
desporto individual; se estiver a trabalhar com grupos com
necessidades especiais, certifique-se de que há
suficientes assistentes/operadores além dos treinadores,
para garantir a segurança da actividade.
2. Processamento de ideias
Instruções para os É importante os participantes seguirem as indicações dos
participantes
treinadores.
Uma vez carregado o arco, aponte para o alvo do tiro; o
principal objectivo é acertar no centro do alvo.
Realização
exercício
do O tiro ao arco requer concentração e técnica, por isso é
importante praticá-lo regularmente.
Ao trabalhar com grupos com necessidades especiais, o
exercício pode começa com alvos mais fáceis (maiores e
mais próximos da linha de tiro). De qualquer forma tente
sempre passar a ideia de que é um desporto e não apenas
um jogo.
3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados):
Os resultados do exercício podem ser muito positivos para os participantes
reflectindo-se nas suas competência sociais.
Certifique-se sempre de ter tempo suficiente para executar a transferência de
informação, que leve o participante a reflectir sobre a experiência feita e para reunir
conclusões importantes para o seu quotidiano e relações com os outros.
Se necessário, prepare um guia de perguntas para facilitar a transferência de
informação (o que eu aprendi? Como posso usá-lo na vida quotidiana?...). Além
disso permite obter elementos importantes para melhorar as actividades futuras.
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MOUNTAINBOARD
1. Descrição do exercício
Objectivos
Este desporto realizado ao ar livre induzirá nos
desportistas um melhor equilíbrio, boa condição física e
mental, coordenação de movimentos, agilidade,
destreza, criatividade e coragem para vencer os
obstáculos. Para além destes factores também permite
um contacto directo com a natureza e um compromisso
para a protecção do meio ambiente.
A estratégia pedagógica para a implementação deste
exercício aborda também a construção de equipa, a
capacidade de comunicação e a concentração, criando
condições para atingir uma gama mais ampla de
competências sociais e facilitando a sua transferência
para a vida activa.
O mountainboard irá desenvolver competências como:
 Expandir os seus limites
 Ultrapassar medos
 Confiança e auto- confiança
 Trabalho de equipa e cooperação
 Comunicação
 Pontualidade
 Auto-avaliação
 Tolerância
 Reconhecimento e valorização do ambiente
 Espiritualidade
 Liderança
 Empatia
 Compromisso de preservação da natureza
 Integração da família, comunidade, instituições e
grupos sociais
Grupo-alvo:
Grupos-alvo diversos, nomeadamente jovens a partir
dos 6 anos de idade.
Técnica:
No que diz respeito a cada passo do exercício abaixo
referido são utilizadas as seguintes
técnicas
específicas:
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
Desempenho e demonstração individual adquirindo
progressiva destreza sobre a prancha e em
manobra-la;

concentração, para flectir as pernas de modo a
baixar o centro de gravidade e facilitar o equilíbrio

Olhar em frente e relaxar-se

Reunião de grupo e discussão entre todos os
membros sobre o exercício feito; focando os
aspectos relevantes referidos pelos participantes,
reflectindo sobre as competências mobilizadas

Meditação utilizando técnicas correntes.
Equipamentos - o que Uma prancha de montanha (truck) com diversos
é necessário para componentes- prancha flexível com aproximadamente
realizar o exercício?
120 cm, pegas ajustáveis para fixar os pés do praticante
á prancha, quatro rodas com pneus pneumáticos com
cerca de 25cm de diâmetro e dois dispositivos de
condução fazendo oscilar a prancha sobre as rodas.
Os acessórios de segurança são cotoveleiras, joelheiras,
luvas, caneleiras e capacete.
Utilizam-se campos com percursos instalados e campos
livres com declives acentuados, trilhos de montanha
ruas, parques de skate, por exemplo.
Duração do exercício
A partir de 2 horas
Tamanho do grupo
Na fase de aprendizagem o nº ideal são 6 praticantes.
Com praticantes experientes pode ser qualquer número
2. Processamento de ideias
Instruções para
participantes
os Os participantes devem seguir as instruções específicas
dadas pelo monitor relativas à sua segurança e para
executar as etapas de cada exercício, repetindo-os até
alcançar as competências esperadas.
Realização
exercício
do A iniciação ao mountainboard compreende as seguintes
etapas:
1 – O que é o mountainboard?
Faz-se uma explicação geral sobre o mountainboard; o
monitor apresentará uma explicação teórica sobre os
conceitos básicos deste desporto (história, associações,
grupos, desafios, competições e perspectivas de
desenvolvimento no mundo e em Portugal) e também
sobre as regras e equipamentos de segurança. Os
praticantes são convidados a fazer perguntas de modo a
esclarecer quaisquer dúvidas e revelar ao grupo as suas
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próprias motivações, medos e expectativas;
2 – Posicionamento correcto sobre a prancha
Ajudado pelo treinador, cada praticante colocar-se-á
sobre a prancha, experimentando qual dos pés será o
Orientador da corrida, o qual se posicionará á frente,
correspondente a um "goofi" ou "regular". Em seguida, o
posicionamento será testado numa posição de início de
corrida;
3. Primeira descida
Praticar a primeira descida numa pista com baixo declive
para verificar e praticar o posicionamento sobre a
prancha, sempre seguido pelo monitor;
4. Como fazer as viragens com a prancha
Praticar como montar a prancha e na corrida virar
alternadamente para os lados direito e esquerdo e
também executar a primeira técnica de travagem, por
forma a para no final do percurso.
5. Como travar a prancha
O "J-Turn" é outra técnica de travagem. Ele/ ela deve
executar uma viragem larga apenas para a esquerda ou
a direita, para que a prancha vá terminar escalando o
declive através do lado escolhido. O "J-turn" é uma
manobra fácil, mas muito importante para desenvolver
outras etapas dos exercícios, garantir uma condução
segura e uma evolução consistente da aprendizagem.
6. “Power slide”
Usando o pé esquerdo na frente da prancha de acordo
com as regras de posicionamento, ele/ela executará
uma viragem para a esquerda, flectindo as pernas e
agarrando a prancha com a mão, forçando o corpo para
trás, para que a prancha deslize lateralmente fazendo-a
parar. Ao usar o pé direito na frente executará também o
mesmo processo, mas no final virando para o lado
direito. Esta manobra é chamada "Power slider".
7- Construção da equipa e comunicação
O grupo senta-se no ambiente natural e todos os
participantes comentam e partilham as suas práticas,
fazendo uma reflexão de auto-avaliação de toda a
actividade.
8- Meditação
O grupo senta-se no ambiente natural fazendo uma
sessão de meditação.
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3. Conclusões (mode de usar os resultados)
Depois de alguma prática de mountainboard feita com os exercícios de iniciação, os
participantes tornar-se-ão capazes de fazer corridas com a prancha em percursos na
natureza ou instalados, realizando as diferentes técnicas aprendidas, condução à
esquerda e à direita, travagem e “power slide”Este desporto permite um grande contacto com a natureza, trazendo benefícios para
um modo mais saudável de vida, se praticado regularmente. Permite momentos de
adrenalina e determinação para superar os desafios que coloca.
Em consequência, melhora as competências referidas tornando possível produzir
um notável impacto no comportamento dos jovens, dada a variedade de influências
nos factores determinantes para o progresso do seu processo de socialização e
inclusão.
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A MINHA EQUIPA
1. Descrição do exercício
 capacidade de comunicação,
Objectivos

trabalho em equipa e cooperação
 Construção de equipa
 lidar com o conflict
Grupo-alvo:
Para jovens
Técnica:
jogo
Equipamentos - o Exercício pode ser realizado em “indoor” e “outdoor”.
que é necessário Deve dar-se aos participantes canetas e papel.
para
realizar
o
exercício?
Duração
exercício
do Duração 30-45 minutos (dependendo do tamanho do
grupo)
Tamanho do grupo
Para grupos de 5 a 20 pessoas.
2. Processamento das ideas
Instrucções aos
participantes
Formar “n” grupos (cada grupo deve ter pelo menos de 5
pessoas). Todos os participantes são treinadores dum
clube de futebol. Têm que estabelecer regras de
cooperação para as suas equipas.
Realização do
exercício
Após a realização do exercício os participantes descrevem
as regras que foram escolhidas e explicam porque é que
esses princípios específicos foram incorporados.
3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados)
Graças a este exercício os jovens apercebem-se que para pessoas diferentes as
regras tem significados diferentes e que as regras são necessárias na vida social.
Fonte: projecto “Golden Goal Plus”, http://www.golden-goal-plus.eu
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PAINTBALL
1. Descrição do exercício
 Quebra de gelo,
Objectivos
 Construção de equipas
 Trabalho em equipa e cooperação
Um exercício muito bom activando toda o grupo e
proporcionando muita alegria e risos.
Grupo-alvo:
Exercício bom para jovens, pais, tutores, etc.
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o 2 sacos de plástico de cor grandes,
que é necessário Seringas grandes, um para cada participante
para
realizar
o
2 latas de tinta atóxica de cores diferentes diluída com
exercício?
água.
Para maior segurança, também se pode dar aos
participantes copos de plásticos e tampas de chuveiro.
O exercício deve ser realizado ao ar livre.
Duração
exercício
do Não há nenhum limite de tempo – o exercício termina
quando todos os jogadores de um grupo forem eliminados
do jogo.
Tamanho do grupo
O exercício é projectado para grandes grupos. Todos os
participantes devem ser do mesmo nível. O seu número
deve ser de pelo menos 20 pessoas.
2. Processamento das ideas
Instruções para os Usar bonés, óculos de sol e sacos de plástico de
participantes
protecção.
Dividir os participantes em dois grupos, com igual número.
Cada grupo enche uma seringa com água e tinta da cor
da sua equipa.
As regras são as mesmas como no caso do paintball,
eliminam-se os adversários ao atingi-los com a tinta de
cor.
O vencedor é a equipa que primeiro derrota todos os
adversários
Realização
do Exercício pode tornar-se mais difícil por exemplo
indicando um local específico do corpo em que o
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exercício
adversário deva ser atingido com a tinta, organizando os
participantes em pares no seio de cada equipa e pedindo
para realizarem o exercícios juntos, ou proibindo a fala por
exemplo.
3. Conclusões (modo de usar os resultados)
Depois de concluir o exercício deve iniciar-se uma discussão com os participantes.
Exemplos de perguntas:








O exercício foi difícil de implementar, se sim / não, porquê?
O que o ajudou e com que se preocupou ao fazer o exercício?
O que decidiu poder/ não poder fazer durante o exercício?
Qual das suas orientações foram ou não foram úteis para o desempenho do
grupo durante o exercício, quais?
Qual dos dois grupos desenvolveu uma estratégia?
Foi uma estratégia de equipa ou cada um tinha a sua própria?
Como decorreu a colaboração no seio das equipas?
Houve um líder?
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COMPETIÇÃO
1. Descrição do exercício
 Capacidade de comunicação
Objectivos
 Construção de equipa
Grupo-alvo:
Para jovens
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o Exercício pode ser realizado em “indoor” e “outdoor”.
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Duração
exercício
do Deve dar-se aos participantes canetas e papel
Tamanho do grupo
Duração 30-60 minutos (dependendo do tamanho do
grupo)
Objectivos
Para grupos entre 5 e 20 pessoas
2. Processamento de ideias
Instruções para os Formar grupos de cinco. Um grupo será a direcção e os
participantes
outros quatro grupos serão os departamentos.
Propõe-se aos participantes fazerem um “role play”:
A direcção do clube desportivo anunciou estar disposta a
investir este ano 10.000 € num dos departamentos do
clube. O clube tem quatro departamentos: ginásio, ténis,
futebol e atletismo. Os representantes respectivos são
convidados a explicar na próxima reunião de direcção se
os seus departamentos pretendem receber este
investimento e para que lhes servirá o mesmo.
Realização
exercício
do Os grupos de cada departamento partilham ideias para
estabelecer argumentos convincentes e uma estratégia
para a próxima discussão com a direcção do clube.
O grupo da direcção cria uma lista de "critérios de
sucesso"
para
avaliação
das
propostas
dos
departamentos.
Os participantes servem-se dos seus conhecimentos e
experiências pessoais para desenvolver os conceitos de
cada grupo. Além disso pede-se aos grupos dos
departamentos para elegerem o seu "representante".
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Depois disso, tem lugar o “role play”.
Os alunos não directamente envolvidos na discussão
participam como observadores.
Todo o grupo reflectirá mais tarde sobre a discussão e
analisará a lista de critérios. Dará um feedback sobre os
pontos fortes e fracos dos argumentos, atitudes etc. dos
representantes e da direcção.
Antecipadamente deram-se aos grupo as "regras de
feedback" seguintes.
3. Conclusões (modo de usar os resultados)
Regras de “feedback”:
 Apenas dar “feedback”, quando a pessoa está pronta para o receber.
 Os comentários devem ser tão detalhadas e concretos quanto possível.
 Comunicar as percepções sendo as suas próprias percepções, as suas
suposições sendo as suas próprias suposições e os sentimentos sendo
os seus próprios sentimentos
 Comentar não é analisar a pessoa, mas expressar uma impressão
pessoal. Por conseguinte, devem-se usar expressões na primeira
pessoa do singular.
 Os comentários devem exprimir impressões subjectivas, percepções e
sugestões construtivas.
 Estas não são nem correctas nem erradas e, portanto, não devem ser
comentadas.
 Os comentários devem também incluir percepções positivas.
 Os comentários só podem referir-se a comportamentos específicos e
concretos- pessoas e percepções que mudam permanentemente!
Estão fora de questão generalizações!
 Só deve pedir-se “feedback quando se estiver pronto para o receber.
 Deve somente ouvir quando recebe “feedback”. Não interrompa a outra
pessoa.
 Ter em conta o “feedback” recebido e ver quais os aspectos que se
podem aceitar e aplicar, que o ajudem a desenvolver- se. Não precisa
justificar-se, uma vez que o “feedback” é a percepção subjectiva da
outra pessoa.
Fonte: Projecto Golden Goal Plus http://www.golden-goal-plus.eu/
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AS MINHAS ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA
1. Descrição do exercício
 Capacidade de comunicação,
Objectivos
 Construção de equipa
Grupo-alvo:
Para jovens
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Exercício deve ser realizado “indoor”.
Duração
exercício
Materiais necessários: tintas, papéis, lápis de cor, revistas,
tesoura, cola, etc. Tudo o que é necessário para preparar
desenhos, pintura ou colagens.
do Duração de 60-90 minutos.
Tamanho do grupo
4 pessoas
2. Processamento das ideias
Instruções para os Por favor, regresse á sua infância, quando começou a
participantes
desenvolver o interesse pelo desporto. Lembre-se de
vivências desportivas nas quais você não teve ou teve
êxito.
Pense por momentos nelas e responda para si próprio às
perguntas:
 Como lidou com os pontos fracos?
 Quais foram as suas estratégias para enfrentar a
essa situação?
 Que estratégia utilizou para de evitar situações
problemáticas?
 O que entende quando se refere a "sucesso"?
 Que tipo de sucesso é importante para si?
 Que tipo de benefícios tira das falhas e dos
sucessos?
Seguidamente prepare um desenho, pintura, colagem ou
qualquer outra coisa que irá mostrar os seus
pensamentos.
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Realização
exercício
do Este exercício (também) é utilizado para ajudar os
participantes a melhorar seu autoconhecimento. Os jovens
em risco não estão acostumados nem preparados para
que se lhes pergunte ou que sentem e aspiram, ou como
lidam com o falhanço. Assim uma função importante é
dar-lhes a confiança necessária para assumir esses
sentimentos.
3. Conclusões (modo como usar os resultados)
Após reflectirem sobre o assunto para si próprios os participantes devem mostrar os
trabalhos e trocar experiências entre todo o grupo.
Fonte: projecto Golden Goal Plus, http://www.golden-goal-plus.eu/
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ENCONTRAR ALGUÉM QUE…
1. Descrição do exercício
 Capacidade de comunicação,
Objectivos
 Construção de equipa
Grupo-alvo:
Para jovens
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o Exercício pode ser realizado “indoor” ou “outdoor”.
que é necessário Deve dar-se aos participantes canetas e papel.
para
realizar
o
exercício?
Duração
exercício
do Duração de 30 minutos (dependendo do tamanho do
grupo)
Tamanho do grupo
Para grupos de 5 a 20 pessoas
2. Processamento de ideias
Instruções para os A tarefa é inquirir todos os membros do grupo e encontrar
participantes
as pessoas que sejam capazes de:
Jogar ténis, jogar futebol, dançar, fazer escalada, rafting, ,
esqui, jogar basquete, jogar vólei, nadar, etc. saltando 10
minutos numa perna
Realização
exercício
do Este exercício é muito útil como quebra- gelo deve ser
realizado no início da oficina
3. Conclusões (modo de usar os resultados)
Deve dar-se aos jovens a oportunidade de partilhar com outros participantes o que
descobriram durante a realização do exercício.
Fonte: projecto Golden Goal Plus, http://www.golden-goal-plus.eu/
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FOLHA DE ALUMÍNIO
1. Descrição do exercício
 Quebra- gelo,
Objectivos
 Construção de equipa,
 Solução de propblemas,
 Capacidade de comunicação, etc..
Exercício muito bom, devido ao sentimento de sucesso
gerado. Muitos participantes terão a oportunidade de
descobrir talentos ocultos.
Também é um óptimo exercício para facilitar a
compreensão de ideias abstractas, como cultura,
diversidade, conflitos, cooperação, etc.
Grupo-alvo:
Exercício bom para todos: crianças, adolescentes, pais,
tutores, etc.
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Folha de alumínio para cozinhar - por trás deste nome
este material tem possibilidades de se adaptar a vários
fins inclusivamente para a formação.
A ideia é criar formas / modelos com estas folha de
alumínio.
É suficiente um rolo por pessoa mas seria bom distribuir
um rolo extra se a figura a criar for grande e complexa.
O exercício pode ser realizado “indoor” e “outdoor”.
Duração
exercício
do O tempo necessário para realizar exercícios depende do
formador. Quanto menos tempo, mais difícil se torna o
exercício. O tempo mínimo necessário é de
aproximadamente 30 minutos dependendo da eficiência
do grupo / participantes e figuras / modelo a executar.
Tamanho do grupo
A partir de 5 pessoas
2. Processamento das ideais
Instruções para os Por favor, crie um modelo que represente o seu grupo
participantes
usando a folha de alumínio. Tem “x” minutos para isso.
Realização
exercício
do Há uma oportunidade ilimitada de inventar modelos /
figuras, que possam ser criadas a partir do papel de
alumínio.
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O modelo que nos propusermos fazer deve depender da
finalidade do exercício. Por exemplo, para efeitos de
construção de equipa e solução de problemas o formador
pode pedir aos participantes para criarem uma ponte, um
edifício conhecido, uma árvore, um modelo que
represente o grupo, etc.
3. Conclusões (modo de utilizar os resultados)
Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e ser objecto de
reflecção com os participantes.
Sugestões para as perguntas:

O exercício foi difícil de implementar, diga se sim/não e porquê?

Fale-nos sobre o seu modelo/figura.

O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer este exercício?
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A REDE
1. Descrição do exercício
 Quebra- gelo,
Objectivos
 Construção de equipa
 Trabalho em equipa e cooperação
Grupo-alvo:
Bom para os alunos, formandos, pais, etc.
Não deve ser executado no início das oficinas pois exige
confiança entre os participantes
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o O exercício pode ser realizado “indoor” e “outdoor”
que é necessário Para a sua execução é necessária uma corda grande e
para
realizar
o dois pilares/ árvores.
exercício?
O exercício exige uma certa aptidão física e resistência.
No quadro abaixo indica-se um exemplo do padrão a
seguir na fixação da corda nos pilares/árvores.
Duração
exercício
do O tempo para concluir este exercício não deve ser
limitado.
No entanto quanto menor for o tempo, mais difícil o
exercício se torna
Tamanho do grupo
O número de pessoas envolvidas no exercício deve ser o
mesmo que o número de aberturas da rede criada pelo
padrão de fixação da corda nos pilares/ árvores, no caso
do modelo apresentado é de 8.
O exercício pode ser realizado com um grupo. No entanto,
torna-se mais envolvente quando há uma rivalidade entre
dois grupos.
2. Processamento da ideia
Instruções para os Os participantes colocam-se todos dum lado da malha
participantes
criada pela fixação da corda entre os pilares/ árvores.
A tarefa é passar para o outro lado atravessando cada
pessoa por um buraco diferente.
Ao executar o exercício, não se pode nunca tocar na
corda.
Se alguém tocar na corda ao atravessar, todo o grupo
deve voltar ao primeiro lado e começar tudo de novo.
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Realização
exercício
do O exercício é difícil e pode acontecer que durante a sua
execução, o grupo ou um membro do grupo se recuse a
continuar a participar. O formador deve estar preparado
para essa eventualidade e criar uma solução para esta
situação.
Pode facilitar-se o exercício, por exemplo, ao cancelar a
proibição de tocar na corda, ou torná-lo mais difícil sendo
executado com os participantes tapando um dos olhos.
3. Conclusões (modo de utilizar os resultados)
Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e ser objecto de
reflecção com os participantes.
Sugestões para as perguntas:
 Foi difícil implementar o exercício, diga se sim/não, e porquê?
 O que o ajudou e o com que se preocupou ao fazer o exercício?

O que o levou a decidir se não poderia, ou poderia fazer o exercício?

Onde ocorreram momentos críticos de desempenho?

O que ajudou na resolução desses momentos críticos?

Como foi a colaboração entre os membros das equipas?
Amostra da fixação da corda entre os pilares/ árvores:
Os números indicam os espaços vazios na malha criada pela fixação das cordas.
1
5
3
7
8
4
6
2
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A CALHA
1. Descrição do exercício
 Quebra- gelo,
Objectivos
 Construção de equipa,
 Trabalho em equipa e cooperação,
 Resolução de problemas,
 Capacidade de comunicação, etc...
É um exercício muito bom activando todo o grupo e
proporcionando muita alegria e risos.
Grupo-alvo:
Exercício bom para jovens, pais, tutores, etc.
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Folhas iguais largas e compridas de papel de alumínio
(com aproximadamente 1m x 0, 5m no caso de adultos, e
menos para as crianças, respectivamente); uma folha para
cada 2 pessoas,
4 baldes ou outros recipientes (2 cheios de água) - 2 para
cada equipa,
2 chávenas pequenas - 1 para cada equipa.
O exercício deve ser realizado “outdoor”
Duração
exercício
do O tempo necessário para realizar exercício depende do
formador.
Quanto menor for o tempo mais difícil se torna o exercício.
A tempo mínimo necessário para executar este exercício é
aproximadamente de 30 minutos dependendo da
quantidade de água dos baldes (com mais água o
exercício demora mais tempo).
Tamanho do grupo
O exercício foi projectado para grandes grupos.
O número total de participantes deve ser par. Pelo menos
22 pessoas devem tomar parte.
2. Processamento das ideias
Instruções para os Dividir os participantes em dois grupos com igual número
participantes
de membros.
Cada grupo pode nomear uma pessoa que terá um papel
diferente dos outros membros da equipa.
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Seguidamente os participantes de cada grupo juntam-se
aos pares. Cada par devem erguer em conjunto uma das
folhas de alumínio distribuídas.
Seguidamente os membros de cada grupo devem
posicionar-se em duas filas erguendo as folhas de
alumínio de modo a criarem uma “calha” (canal).
Nas duas extremidades da calha colocam-se os baldes.
Nas extremidades com os baldes cheios ficam as pessoas
com as chávenas.
A tarefa é transferir água de um balde para outro balde tão
rapidamente quanto possível de modo a que seja
desperdiçada a menor quantidade possível.
O balde para o qual a água é derramada é marcado com
um nível que tem de ser atingido ou ultrapassado.
Se a equipa não conseguir chegar a esse nível está fora
da competição.
Realização
exercício
do O exercício pode impedir movimentos indevidos, ao proibir
mexer os pés, ou, por exemplo, proibindo a fala.
Tudo depende das competências sociais que queremos
enfatizar.
3. Conclusões (modo de utilizar os resultados)
Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e objecto de
reflecção com os participantes.
Sugestões para as perguntas:

O exercício foi difícil de executar, diga se sim/não, e porquê?

O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer o exercício?

O que o levou a decidir que não poderia, ou poderia participar no exercício?

Das instruções recebidas quais as que foram úteis para o desempenho, e
quais as que não foram?

Algum deste dois grupos desenvolveu uma estratégia?

Houve uma estratégia de equipa?

Como foi a colaboração nas equipas?

Como se sentiu nos papéis que assumiu?
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CABRA CEGA
1. Descrição do exercício
 Quebra-gelo,
Objectivos
 Construção de equipa,
 Trabalho de equipa e cooperação,
 Capacidade de comunicação
Grupo-alvo:
Exercício bom para jovens, pais, tutores, etc.
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o que O exercício pode realizar-se “indoor” e “outdoor”
é necessário para
Para a sua execução são necessários vendas para tapar
realizar o exercício?
os olhos e obstáculos móveis tais como cadeiras,
mesas, bancadas para a sala.
No exterior realizar-se-á num um espaço natural tendo
como obstáculos árvores, arbustos, lanternas, etc.
Duração do exercício
O tempo para concluir este exercício não deve ser
limitado.
No entanto quanto menos tempo, mais difícil se tornará.
Tamanho do grupo
De 4 a 20 pessoas
2. Processamento de ideias
Instruções para
participantes
os Escolher entre as pessoas do grupo uma á qual se
venda os olhos durante a realização do jogo.
A tarefa do grupo é guiá-la como a um "cego" através
dos obstáculos e apenas com palavras. Não de deve
ajudar de qualquer outra forma. Deve conduzir-se o
"cego" o mais rápido possível do inicio ao fim do
percurso, mas de tal forma que não lhe seja causado
qualquer prejuízo embatendo com os obstáculos.
Realização
exercício
do É fácil modificar o exercício.
Por exemplo, pedir ao grupo para escolher o local, onde
irá começar com a rota do "cego" ou configurar a linha
de partida. Pode também pedir-se ao grupo para alterar
as funções e por exemplo, cada pessoa vir a ser á vez
também o "cego".
3. Conclusões (modo de utilizar os resultados)
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Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e objecto de
reflecção com os participantes. Sugestões para as perguntas:




O exercício foi difícil de implementar, diga se sim/não, e porquê?
O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer o exercício?
O que o levou a decidir-se se poderia ou não fazer o exercício?
Das instruções recebidas quais foram e não foram úteis para o desempenho?

Como se sentiu “o cego?

Como se sentiram as pessoas que lhe deram instruções?
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O HULA-HOOP
1. Descrição do exercício
 Quebra- gelo,
Objectivos
 Construção de equipa,
 Trabalho em equipa e cooperação,
 Resolução de problemas
É um exercício muito bom para iniciar as sessões relativas
á “Construção de Equipa” e “Gestão de Conflitos”.
Requer dos participantes uma base de confiança e
cooperação.
Ao mesmo tempo é bastante fácil de implementar e dá
uma sensação de sucesso.
Grupo-alvo:
Exercício bom para todos: crianças, adolescentes, pais,
tutores, etc.
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Para executar o exercício é necessário pelo menos 1 hulahoop, mas podem ser mais.
Quanto maior o número de pessoas tanto mais o número
de hula-hoops necessários.
Do mesmo modo quanto mais hulha-hoops houver mais
difícil se torna o exercício.
Exercício pode ser realizado “indoor” e “outdoor”.
Duração
exercício
do O tempo necessário para realizar os exercícios depende
do formador.
Quanto menos tempo mais difícil o exercício fica.
O tempo mínimo necessário para realizar o exercício é de
cerca de 10-15 minutos dependendo da eficiência do
grupo. Mas não é necessário introduzir um limite de
tempo.
Tamanho do grupo
Deve haver pelo menos 10 pessoas para jogar.
Com mais pessoas envolvidas no exercício, o grupo pode
ser subdividido em dois subgrupos.
Isso também
competição.
adiciona factores de
concorrência e
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2. Processamento de ideias
Instruções para os Os participantes ficam em círculo e de mãos dadas. O
participantes
formador coloca o hula-hoop nas mãos dum dos
participantes enquanto se certificar que não há nenhuma
ruptura no círculo.
A missão do grupo é mover o voltear do hula-hoop no
círculo constituído pelos participantes.
O exercício termina quando o Hula-hoop completa todo
círculo. Se o círculo foi interrompido recomeça-se a jogar
desde o início.
Realização
exercício
do O exercício torna-se mais interessante se os participantes
tiverem mais hula-hoops com que jogar.
Pode-se também tapar um dos olhos dos participantes,
proibi-los de falar ou accionar um factor de concorrência,
introduzindo um segundo grupo.
3. Conclusões (modo de utilizar os resultados)
Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e ser objecto de
reflecção com os participantes.
Sugestões para as perguntas:
 O exercício foi difícil de implementar, diga se sim/não, e porquê?
 O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer o exercício?
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FOLHA DE PAPEL
1. Descrição do exercício
 Quebra- gelo,
Objectivos
 Construção de equipa,
 Solução de problemas,
 Pensamento criativo
Grupo-alvo:
Exercício bom para todos: crianças, adolescentes, pais,
tutores, etc.
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o Folhas de papel (formato A4)- uma folha para cada
que é necessário participante.
para
realizar
o O exercício pode ser realizada “indoor e “outdoor”
exercício?
Duração
exercício
do O tempo para concluir este exercício não deve ser limitado
No entanto, quanto menos tempo se tiver, mais difícil será
o exercício.
Tamanho do grupo
Sem limite
2. Processamento das ideias
Instruções para os Cada participante recebe uma folha de papel. A tarefa é
participantes
passar através dessa folha de papel. Não pode
atravessá-la passando por cima ou por baixo dela. Nem
cortá-la em duas partes. Tem que atravessa-la ao meio.
Tem que passar através da folha de papel.
Realização
exercício
do Os participantes devem tentar resolver o problema
individualmente.
Quando muitos deles encontrarem uma solução poderão
partilhar as ideias.
Solução:
A folha de papel deve ser dobrada. Seguidamente deve
cortar-se as bordas alternadamente. (uma vez dum lado e
uma vez por outro). É muito importante não cortar a folha
totalmente, mas deixar 1-2 cm sem corte. Então a banda
da folha deve ser cortada, tendo em conta que o primeiro
e o último corte feito nas bordas da folha deve ser omitido.
Depois de decompor obtemos um grande círculo de papel
e até mesmo uma pessoa adulta pode atravessar a folha
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de papel.
Ver a figura abaixo.
3. Conclusões (modo de utilizar os resultados)
Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e objecto de
reflecção com os participantes.
Sugestões para as perguntas:

O que o surpreendeu neste exercício?

Aprendeu alguma coisa ao executar este exercício?

O exercício alterou a forma como entendeu a situação?

O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer o exercício?
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DO LADO ERRADO
1. Descrição do exercício
 cooperação
Objectivos
 trabalho de equipa
 comunicação
 dar resposta a novos problemas
 usar a criatividade para resolver problemas
 divertimento
Grupo-alvo:
São possíveis todos os grupos-alvo
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o material: toalha de mesa, cobertor ou lençol
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Duração
exercício
do 5 – 10 minutos
Tamanho do grupo
Possível fazer com grupos pequenos e grandes
2. Processamento das ideias
Instruções para os Os participantes colocam-se todos sobre o cobertor ou
participantes
outro.
Permanecendo sobre o cobertor vão seguidamente
procurar virar o cobertor para a outra face.
Não é permitido ninguém tocar no chão.
Realização
exercício
do Todo o grupo fica de pé sobre o cobertor ou outro.
Cada membro do grupo deve poder apoiar-se em ambos
os pés.
Objectivo:
O cobertor deve ser virado para a outra face sem que
qualquer dos participantes toque no chão.
Variações:
Com 2 ou mais grupos a resolverem o problema ao
mesmo tempo
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3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados)
Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e objecto de
reflecção com os participantes.
Sugestões para as perguntas:
 Quem assumiu a liderança? Quando é que as ideias começaram a fluir?
 Como agiram os membros do grupo para resolver o problema?
 Havia um sentimento de estar prisioneiro?
 Como é que o grupo encontrou a solução? Foi fácil ou difícil? Por quê?
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CIRURGIA Á BANANA
1. Descrição do exercício
 cooperação
Objectivos
 trabalho de equipa
 comunicação
 dar resposta a novos problemas
 usar a criatividade para resolver problemas
 a experiência de que as coisas podem falhar, por
exemplo amizades ou a auto-estima; por vezes
estas coisas já não se podem remediar
completamente;
 iniciar uma discussão
Grupo-alvo:
Todos os possíveis grupos-alvo
Técnica:
jogo
Equipamentos - o Bananas, agulha, linha, fita adesiva, faca e uma placa
que é necessário sobre a qual cortar a banana
para
realizar
o
exercício?
Duração
exercício
do 10 – 20 minutos
Tamanho do grupo
Possível fazer com grupos pequenos e grandes, no
máximo de 4 pessoas por banana
2. Processamento das ideias
Instruções para os Cada grupo fica com uma banana. Vai cortá-la em 2
participantes
pedaços e, em seguida, tenta emendar o corte com o
equipamento disponível, conforme for humanamente
possível.
Realização
exercício
do Cada grupo de jogadores recebe uma banana (máximo de
4 jogadores em cada equipa).
A tarefa é cortar a banana em dois pedaços. Depois disso,
cada grupo utiliza uma agulha e remenda-a sendo
possível também usar fita adesiva.
O objectivo é realizar uma cirurgia para corrigir o corte da
banana tão bem como possível.
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3. Conclusões (modo de utilizar os resultados)
Este exercício é uma abordagem interessante para lidar com o tópico "as coisas
quebram-se – eu posso quebrar coisas". Os tópicos de destruir a auto-estima de
alguém ou uma amizade são introduzidos duma nova maneira. A experiência de não
ser capaz de consertar completamente de novo as coisas é simbolizada pela banana
destruída.
Este jogo foi realizado como preparação para o exercício de “Pertença á Cidade”, no
qual os participantes terão de se comportar de forma respeitosa para que as
pessoas possam interagir com eles.
Também foi introduzida a ideia de "não deixar nenhum vestígio" no espaço público.
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O NINJA
1. Descrição do exercício
Objectivos

cooperação

trabalho de equipa

comunicação não verbal

criar soluções para um novo problema

usar a criatividade para resolver problemas

uma percepção nova e diferente do corpo

conhecer os próprios limites
Grupo-alvo:
Todos os grupos-alvo são possíveis
Técnica:
Jogo
Equipamentos - o 5 pedaços de pano, um laço, uma venda
que é necessário
para
realizar
o
exercício?
Duração
exercício
do 10 – 20 minutos
Tamanho do grupo
Possível fazer-se com grupos pequenos ou grandes
2. Processamento das ideias
Instruções para os O Ninja fica de olhos vendados. Tem de proteger os
participantes
pedaços de pano fixados na sua roupa com o laço.
Os outros têm de retirar todas as pregadeiras sem serem
atingidos.
Realização
exercício
do O grupo fica num grande círculo.
O "Ninja" de olhos vendados fica no meio, empunhando o
laço. Na roupa do Ninjas estão fixados 5 pedaços de tecido
que o Ninja tem que proteger .agitando o laço.
O líder do grupo aponta para a pessoa do círculo á qual é
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permitido tentar roubar um dos pedaços de tecido sem ser
atingido pelo laço do Ninja. O objectivo é conseguir retirar
todos os pedaços de tecido do Ninja.
O Ninja deve ser libertado após 5 minutos, pois pode ser
muito cansativo estar no centro.
3. Conclusões (modo de utilizar os resultados)
Possíveis perguntas para os participantes:
 Comunicação não-verbal num grupo – como se sentiu?
 Como se sentiu o Ninja?
 Como foi para si proteger-se sem ser capaz de ver?
 Como é que funcionou a comunicação no grupo? Em que se focou?
 O seu corpo sente-se de forma diferente se não puder ver ou comunicar
verbalmente?
Este jogo foi usado como uma preparação do exercício “Pertença á Cidade”. Os
participantes deve perceber quão importante é num grupo a comunicação não-verbal
Directrizes e recomendações para futuros utilizadores
1. Familiarizar-se com os participantes. Ver e reconhecer quem são e do que
precisam.
2. Focar-se nas competências, e não nas falhas.
3. “Pegar” os participantes na situação em que estão e utilizar os seus recursos,
ideias, problemas e interesses.
4. Certificar-se que suas qualificações, capacidades e valores estão em
conformidade com os métodos escolhidos.
5. Fazer um plano – escolher os exercícios correctos para o grupo e prestar
atenção aos processos em curso, tendo em mente as suas necessidades e
dos limites da ferramenta.
6. Preparar-se para se surpreender com os resultados e para aprender algo
novo
7. Dar instruções claras.
8. Deixar os participantes executar as tarefas por si próprios.
9. Pensar na segurança de todos os participantes.
10. O processo deve ser orientado combinando as partes teórica e prática. Não é
recomendável fazer primeiro a parte teórica antes de avançar com a
formação “outdoor”.
11. Usar métodos de reflexão,
incentivar todos os participantes
a juntarem-se á discussão e dar
“feedback”.
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5) AVALIAÇÃO
Métodos de observação e análise das competências sociais
Para desenvolver as competências sociais de forma sistemática e para observar e
avaliar a progressão dos participantes nas acções específicas de formação e nos
aspectos metódológicos, devem utilizar-se vários métodos. A par da formação e do
desenvolvimento é vital o recurso a métodos de observação e avaliação desses
processos de desenvolvimento.
O objectivo do projecto foi desenvolver e implementar um número de diferentes
abordagens na avaliação e acompanhamento do processo de melhoria das
competências sociais e para explorar essa área.
Com base na elaboração científica e a vasta experiência dos parceiros do projecto
com os seus grupos-alvo respectivos, determinaram-se os seguintes critérios para a
selecção de métodos dum processo de avaliação:
 Utilização de métodos de activadores e motivadores para assegurar o
desenvolvimento das competências
 Escolha e utilização de vários métodos que sejam praticáveis, abertos e
fáceis de estabelecer
 Garantia que os produtos desenvolvidos são utilizáveis para várias
configurações na formação profissional e na formação contínua
 Utilização de métodos que monitorizem o desenvolvimento pessoal e social
dos participantes
 Escolha de métodos adequados para a documentação do processo
Porque o método de monitorização do comportamento é um procedimento bem
estabelecido para medir as competências sociais, foram escolhidos e
implementados vários métodos com base nesta abordagem.
A monitorização do comportamento baseia-se na observação do comportamento
(social) em diferentes situações (sociais), o que significa observações repetidas
combinadas com diferentes configurações (grupo de discussões, jogos de papéis
etc.).
Inicialmente as competências a que dizem respeito devem ser claras, juntamente
com uma definição de como e de que forma se deverá observar e descrever o
comportamento dos participantes. Tal também é necessário para interpretar os
factos observados. Os questionários para (auto) avaliação são ferramentas muito
úteis nesta matéria. Uma base importante para o uso dos métodos na formação é o
estabelecimento de indicadores de avaliação. Os diferentes métodos de teste
baseiam-se em indicadores padronizados, desenvolvidos pela parceria de projeto. O
seu objectivo é adequar-se a um conceito de competências sociais para os
participantes e ser capazes de monitorizar e interpretar o seu comportamento ligado
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a várias competências sociais para cada um e no conjunto dos grupos-alvo
respectivos.
Indicadores de avaliação
O terreno comum escolhido pela parceria Re-Chance para o portofolio de avaliação
das diferentes actividades, são indicadores normalizados que serão avaliados em
quatro níveis diferentes.
Os nív eis são estes:
muito bom
bom
suficiente
mau
Estes são os indicadores desenvolvidos para as competências sociais de
comunicação, gestão de conflictos, percepção, motivação, lidar com o stress e
trabalho em equipa e cooperação
Comunicação
1.
Ter consciência da comunicação verbal e não verbal processada e capacidade
de usá-la de forma adequada
2.
Ter capacidade de expressar emoções e sentimentos sem ofender a outra
pessoa (assertividade)
3.
Ter capacidade de transmitir as informações dum modo a fazer com que estas
sejam compreensíveis por diferentes pessoas (capacidade de adaptar a forma
de comunicar relativamente ao receptor)
4.
Ter capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação à situação
(informações unidirecionais– comunicação bidirecional, mensagem eu –
mensagem você, etc.)
5.
Ter capacidade de escuta activa
6.
Ter capacidade de reconhecer diferentes emoções e capacidade de
autocontrole
Gestão de conflitos
1.
Ser capaz de reconhecer e expressar as suas necessidades, interesses e
problemas, para poder definir as expectativas e pesar os diferentes interesses
2.
Ser capaz de lidar de forma construtiva com os preconceitos e os estereótipos
3.
Ser capaz de se aperceber e expressar os seus próprios limites, para ser capaz
de definir e esclarecer as violações destes
4.
Ser capaz de reconhecer e identificar as áreas de conflito
5.
Ser capaz de olhar através de perspectivas diferentes e diferentes pontos de
vista usando a (auto) reflexão
Lidar com o stress
1.
Perceber que os problemas são uma parte da vida de todos nós e ser capaz de
lidar com eles
2.
Identificar, exprimir e partilham valores, crenças e expectativas
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3.
Compreender o valor da auto percepção e da percepção social.
4.
Identificar e ter em conta os problemas pesados e ser capaz de reflectir sobre
as suas acções
5.
Ser capaz de lidar activamente com os problemas pesados
Percepção
1.
Ter capacidade de perceber e interpretar correctamente sinais de comunicação
não verbal /gestos, expressão facial, postura corporal /
2.
Ter capacidade de expressar uma mensagem através de gestos, expressão
faciais e postura corporal.
3.
Ter capacidade de controlar a linguagem corporal de acordo com a intenção
comunicativa.
4.
Ter capacidade de reconhecer especificidades culturais no uso da expressão
facial, gestos.
5.
Ter capacidade de escuta activa
Motivação
1.
Entender o termo motivação, e ter capacidade de explicar aos outros o que
significa, exemplos práticos de "motores da motivação".
2.
Compreender e ser capaz de trabalhar com auto-motivação e motivação da
equipa / outros formandos/ pessoas á sua volta, etc. Sentir a diferença entre a
auto-motivação e a motivação dos outros
3.
Entender a posição “outro lado” – para não assumir uma posição defensiva
quando alguém tentar motivá-lo. Ser aberto e estar disposto a motivar alguém.
4.
Entender a diferença entre as estratégias de motivação directa e indirecta.
5.
Compreender a importância de outros factores que possam influenciar
positivamente os aspectos relacionados com a motivação.
Trabalho em equipa e cooperação
1.
Assumir uim compromisso com o trabalho de equipa
2.
Ter capacidade de partilhar efectivamente o tempo
3.
Ter flexibilidade para trabalhar em equipa
4.
Ter capacidade de mediação
5.
Ter capacidade de escuta activa
A reflexão como método transversal.
A reflexão é uma maneira metódica de pensar, com enfoque no objectivo de obter
conhecimento sobre um processo ou uma necessidade própria de tomada de
decisão ou para a realização de acções. Portanto a reflexão é uma parte central e
necessária de todo o trabalho educativo, de qualquer acção singular.
Algumas das perguntas que podem ser feitas para induzir a reflexão são listadas
seguidamente:
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 Quem sou eu?
 O que é que sou capaz de fazer?
 O que é que eu espero?
 Onde estou neste momento?
 Como agi?
 Comportei-me correctamente?
 Tive cuidado com os outros?
 Estava pronto para assumir um compromisso?
 O que é que aprendi disso?
A reflexão como método é basicamente uma maneira de pensar, de monotorizar
metas, planear, executar e comparar os planos com os resultados, tendo em conta
também o próprio processo. A questão central é o desenvolvimento de novos
olhares, capacidades ou atitudes através da reflexão. O método de auto- reflexão é
entender isso como um processo constante.
A auto-reflexão é um processo constante de aprendizagem que está na base de
qualquer desenvolvimento pessoal. Porque se alguém não sabe o que ela ou ele
próprios podem fazer ou não fazer bem ou porquê, ela ou ele são bons em algo –
ela ou ele não poderão construir-se a partir das suas potencialidades
A auto-reflexão envolve o questionamento dos próprios pontos de vista e acções; é a
única possibilidade de desenvolver uma auto-percepção fundamentada e de exercer
e avaliar os pontos fortes.
Pode estabelecer-se a auto-reflexão durante a formação através de questionários
referindo-se a tarefas específicas. (Anexo: página 40: Comente sua tarefa). Com o
método de portfólio é possível documentar o processo relativamente a vários
resultados, para mostrar as capacidades individuais e os pontos fortes de uma
pessoa. (Anexo: página 41: Portofólio).
Métodos para medir as competências sociais
Medição das competências sociais
Há várias maneiras de identificar as competências sociais. Kanning (2003:26)
sistematiza as diferentes abordagens tendo por base a distinção entre as
competências sociais e comportamento socialmente adaptado. (1) Uma abordagem
consiste na tentativa de medir directamente as competências sociais usando testes
de desempenho cognitivo. Esta abordagem é demasiado simplista, porque só
podem medir-se competências sociais cognitivas. Outras abordagens tentam tirar
conclusões sobre as competências sociais através do comportamento social. (2),
Observando o comportamento social visível, é feita uma tentativa para tirar
conclusões sobre as competências sociais subjacentes. (3) Do mesmo modo, pela
forma da descrição do comportamento, as competências sociais tornar-se –ão
mensuráveis na base da sua descrição em retrospectiva, auto- descrição ou por
outros.
Testes de desempenho cognitivo
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Usando testes de desempenho cognitivo, só podem ser identificados aqueles
aspectos das competências sociais que constituem uma base cognitiva de
comportamento socialmente adaptado. De acordo com os aspectos fundamentais da
ideia dos testes de desempenho, é necessário dar uma resposta "objectivamente"
correcta a uma pergunta. Presume-se que o grau de comportamento socialmente
adaptado dum indivíduo depende dos seus resultados no teste (Kanning 2003).
Quando se mede a inteligência social, um outro problema é ser difícil estabelecer
uma fronteira entre a inteligência social e inteligência académica, sendo claro que
não é possível ou não pode ser eficazmente demonstrada a relação entre
inteligência social e comportamento socialmente adaptado (observado)
(Kihlstrom/Cantor 2002, Kanning 2003). Como conseqüência, afigura-se que os
testes para determinar a inteligência social serão apenas parcialmente eficazes para
medir as competênciaa sociais.
Monitorização do comportamento
Através da monitorização do comportamento nas interacções sociais, é feita uma
tentativa para indirectamente tirar conclusões sobre as competências sociais do
indivíduo. Neste contexto, é de extrema importância monitorizar o comportamento de
um indivíduo em várias situações diferentes, já que a qualidade do comportamento
social depende não apenas das competências sociais, mas também de factores
situacionais. Apenas a monitorização repetida permite tirar conclusões sobre as
competências sociais como uma disposição comportamental. O termo monitorização
de comportamento engloba uma variedade de métodos. Basicamente pode-se
distinguir entre auto-monitorização e acompanhamento por outros. A automonitorização é frequentemente utilizada no trabalho psicológico clínico para
aumentar a auto-reflexão do indivíduo. A monitorização por outros é efectuada em
contextos artificiais (role-plays, tarefas de apresentação, discursos de improviso,
discussões em grupo, exercícios de grupo). Têm de ser determinadas previamente
as competências que se planeia monitorizar. Para se garantir o maior grau possível
de objectividade, tem que ser escolhido um esquema de codificação (ou seja, deve
ser definido de que forma terá de ser interpretado o comportamento exibido).
(Kanning 2002:41-46)
O chamado centro de avaliação é uma forma específica de monitorização do
comportamento através da qual são feitas observações de diferentes competências
em diferentes contextos (por exemplo, tarefas de grupo, discussão em grupo, tarefas
de apresentação). Freqüentemente, no âmbito dum centro de avaliação são usados
outros procedimentos também, tais como testes de desempenho cognitivo. Tudo isto
torna o centro de avaliação o processo mais caro, mas também mais abrangente de
medição das competências sociais. (Kanning 2002:55-64)
Descrições do comportamento
A descrição do comportamento é um procedimento para a medição indirecta das
competências sociais. É uma tentativa de chegar a conclusões sobre as
competências sociais de uma pessoa através do comportamento mostrado no
passado. Nela pode ser feita uma distinção entre auto-monitorização ou
acompanhamento por outros (por exemplo, pais, professores,). São usados com
freqüência questionários padronizados (por exemplo, questionários que visam
determinar traços de personalidade).
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Entre os procedimentos apresentados, a monitorização do comportamento afigurase ser o procedimento mais adequado para medir as competências sociais (Kanning
2003, Keating 1978), já que as competências sociais estão patentes no
omportamento socialmente adaptado (Rychen/Salganik 2003). Considerando que a
validade da medição é questionável nos testes de desempenho cognitivo, que
pretendem determinar directamente as competências sociais (ou seja, a relação
entre os resultados do teste e comportamento social é limitada ou inexistente, cf.
Kihlstrom/Cantor 2002, Kanning 2003), as descrições do comportamento colocam o
problema desse comportamento descrito pertencer ao passado, o que requer em
parte um enorme desempenho de memória dos entrevistados. Isto implica a
ocorrência de retenção selectiva, bem como erros de medição devido a um enviesar
para o que é socialmente desejável. Da mesma forma que para o centro de
avaliação, uma combinação de métodos de recolha de dados diferentes conduz aos
resultados desejados. Para dar um exemplo, no decurso de cursos de formação
comportamental, a fim de determinar o sucesso de formação, são usados não
apenas procedimentos de monitorização do comportamento diferentes, mas também
questionários sobre comportamento social para auto- descrição ou descrição por
outros (Kanning 2003). Também Jugert et Al (2007:16) afirmam que uma abordagem
de desenho multimodal variada dos procedimentos de recolha de dados é
especialmente adequada para medir as competências sociais.
Avaliação individual
Numa avaliação individual é importante descobrir como os participantes julgam e
avaliam a sua situação de vida no momento e também o seu potencial. Tendo por
base esta pesquisa é também vital lidar com o campo de interesses dos
participantes, podendo-se assim acomodá-los no processo de formação.
1. Entrevista guiada
O método de entrevista guiada destina-se a conhecer as necessidades dos
participantes, e, em seguida, usar esses resultados como uma base para o
desenvolvimento e implementação do processo de formação. A pista é saber
exactamente quais necessidades que a pessoa tem nesse momento – ou seja fazer
algo como um diagnóstico de necessidades. (Anexo: página 23 f.: Ferramentas de
avaliação)
A entrevista guiada deve realizar-se, se possível, numa situação de cara a cara e
num ambiente descontraído. A fim de assegurar uma concentração respeitosa na
situação de entrevista, as perguntas são feitas aos participantes através dum
questionário preparado e são documentadas de forma escrita.
As perguntas que são usadas numa entrevista guiada são baseadas nas seguintes
considerações:
 Quais as necessidades do indivíduo?
 Qual é a posição que a pessoa ocupa no momento?
 Que tipo de competências sociais é que o indivíduo possui?
 Qual a focagem para esta pessoa trabalhar?
 Em que profissão gostaria de trabalhar?
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Por exemplo, qual é o meu trabalho “de sonho”?
Os resultados desta pesquisa são a base para a concepção de projectos, tais como
definir a seqüências de módulos, as unidades de formação etc
Uma entrevista de cara a cara usando um questionário preparado é um método que
é comumente usado em educação e formação profissional. Além disso, é um
método interessante para todas as instituições que estão interessados no
desenvolvimento de produtos para grupos-alvo específicos com enfoque nos prérequisitos individuais e nas necessidades dos participantes.
O entrevistador deve preparar um questionário para cada participante em que as
suas respostas são documentadas. Usando esse método o curso de formação pode
ser estruturado conjuntamente com os participantes e com base nas suas
necessidades individuais. Se bem estruturadas, as entrevistas guiadas são uma boa
base e uma orientação para a (auto) reflexão, com enfoque nos pré-requisitos e no
desenvolvimento dos participantes, documentando o progresso individual de
desenvolvimento de competências
Questionário de auto-avaliação
Um questionário de auto-avaliação é uma forma de caracterização. Os participantes
devem descrever-se a si próprios de forma sucinta, perceber e avaliar as suas
capacidades- constitui uma auto- avaliação através de auto- reflecção.
Para preencher o questionário é importante ter uma atmosfera tranquila e relaxante.
Além disso é vital ter em atenção dar tempo suficiente para responder às perguntas,
porque haverá algumas, em que se terá que pensar por um longo período de tempo,
o que deve ser comunicado aos participantes. Deve haver sempre alguém para
responder a perguntas que surjam.
As perguntas do questionário tem que ser escolhidas para os grupos-alvo
específicos. As perguntas seguintes são ajustadas às necessidades de um
participante de quinze anos de idade, ao qual se pede uma auto-avaliação da
própria apreciação sobre comunicação e trabalho em equipa.
"Eu convenci meus pais com bons argumentos para aumentarem o meu dinheiro de
bolso"!
"Trabalhando em equipa para um projeto um dos meus colegas trouxe novas
sugestões e idéias, que originalmente não foram de minhas. Eu fiquei convencido
com argumentos apresentados e abandonei as minhas sugestões. “
Para o desenvolvimento dos questionários são muito importantes os critérios a
utilizar para que as perguntas se tornem compreensíveis ou relevantes para os
participantes,
A variedade de questionários e a possibilidade de focar as perguntas nas
necessidades individuais são a principal razão porque são amplamente utilizados em
situações de auto-avaliação.
O desenvolvimento, a concepção e a aplicação de questionários de auto-avaliação
torna possível que as perguntas usadas se relacionem com as tarefas planeadas, ou
com a formação profissional, ou com os indicadores de avaliação ou ainda com
actividades outdoor para crianças e adolescentes.
80
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Por exemplo pode combinar-se facilmente a auto-avaliação da orientação espacial
com um projeto outdoor chamado "Rali na Cidade".
"Eu estou numa cidade estrangeira e tenho que usar o mapa da cidade para
encontrar o caminho certo".
(Anexo: página 27f.: Ferramentas de avaliação: Auto-avaliação)
Este questionário desenvolvido para auto-avaliação sobre as competências sociais
para os jovens usa uma escala onde os participantes têm de avaliar as suas
capacidades. Esta auto-avaliação deve ser usada pelos formadores para falar
pormenorizadamente sobre isso. Pode ser tida como um ponto de partida do
processo de desenvolvimento. Nunca deve reduzir-se a si própria sem a reflexão
com um formador / conselheiro. Os questionários de auto-avaliação também podem
ser usados na avaliação da motivação.
Em anexo podem-se encontrar alguns questionários nos quais o formador e os
formandos integraram os seus pontos de vista. Desta forma a auto-avaliação e a
avaliação por outros pode ser documentada lado a lado e serem facilmente
comparadas.
Métodos de avaliação em grupo
É melhor usar uma variedade de métodos para as tarefas de avaliação em grupo,
nas actividades em grupo, em exercícios, para assumir desafios e em diferentes
módulos de formação, onde seja possível a aprendizagem aberta orientada para
acção.
Observação pelos formadores
Observação por outros é um método que incide sobre a descrição de uma situação e
do comportamento das pessoas nesta situação específica. Este processo baseia-se
em exercícios especialmente concebidos para a observação por formadores.
(Anexo: página 35 f.:Ferramentas de Avaliação: Observação pelos Formadores)
Na avaliação do grupo, determinam-se para este alguns desafios, como "A Hora do
Autógrafo" ou "Construção duma Torre de Papel" ou muitos outros desafios
diferentes. (Anexo: f. página 33: Ferramentas de Avaliação: Exemplos de alguns
Desafios)
Os desafios são baseados em diferentes estruturas. Usa-se uma configuração fixa
ou a tarefa foi projectada conjuntamente com o grupo. Dependendo da tarefa, o
grupo é dividido em subgrupos mais pequenos, mas também é possível enfrentar os
desafios individualmente. Antes de iniciar os exercícios é importante para os
formadores estarem familiarizados com os estes e terem todas as ferramentas de
que os participantes precisam para resolver o exercício. Antes de cada desafio
também é muito importante perguntar aos participantes se compreenderam a tarefa
e verificar isso.
Durante os diferentes exercícios com o grupo em avaliação os observadores devem
incentivar a interação entre os participantes. Para compreender e comparar os
resultados de forma correta, terá que fazer o relatório de cada participante singular
do grupo em avaliação através dum questionário de observador concebido com
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critérios fixos. O número de observadores tem de estar em relação com o número de
participantes.
Os critérios dum questionário de observação pode englobar aspectos muito
diferentes, mas têm de ser adaptados individualmente para grupos-alvo específicos
e os principais alvos da observação.
Critérios de observação no respeitante às competências sociais:
 O participante aceita seu papel?
 O participante mostra um comportamento cooperativo?
 Ela/ele deseja ser o líder na gestão dos desafios?
 Ela/ele entra em interação com os outros membros do grupo?
 Ela/ele tem o seu próprio caminho nos processos de grupo?
 Ela/ele é capaz de imaginar ser membro doutro grupo?
 Ela/ele mostra um comportamento empático?
 Como se pode avaliar-se o comportamento comunicativo?
 Como ela/ele lida com a pressão do tempo?
 Ela/ele é capaz de convencer com argumentos?
Auto-observação
A auto-observação é um método básico e respectivamente um procedimento normal
da vida diária, mas que também é usado na prática pedagógica (comparar Kleber,
E., 1992, S.199). A base da auto-observação ou introspecção é o autoconhecimento. Isso significa que uma pessoa observa o seu comportamento, os
seus sentimentos e pensamentos em determinadas situações durante um certo
período de tempo, percebe-os e assume-os. (Compare Kleber, E., 1992, S.199ff). Os
questionários preparados, para serem usados em tarefas especiais são uma
ferramenta perfeita de auto-observação. (Anexo: página 40: Ferramentas de
Avaliação: Comentar sua tarefa
Para o processo actual, gostaríamos de mencionar as várias possibilidades no
quadro do uso de portfólios. Eles são uma possibilidade para os participantes
documentarem suas experiências através da auto-observação durante um longo
período de tempo. (Compare: Portofólio).
Implementar o processo de auto-observação na formação significa organizar uma
atmosfera tranquila apropriada para a documentação, na qual a atenção se centra
na própria pessoa.É benéfico utilizar um período de tempo adequado para auto
atenção, no processamento de exercícios, jogos e sequências de acções de
formação.
Objectivos de auto-observação:
 Reconhecimento, integração e avaliação do próprio comportamento e
experiências
 Conclusões extraídas dos comportamentos e da experiência
 Comparação com outros
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 Possível mudança do próprio comportamento
 Aprender a transpor as emoções para palavras.
Portfólio
O portfólio é útil para o planeamento, descrição, documentação e auto / reflexão das
experiências individuais. Os principais aspectos na aplicabilidade do portofólio são o
reporte da auto-reflexão combinado com um feedback externo através dos
formadores ou pares. As experiências e competências adquiridas são documentadas
individualmente pelos participantes. Avaliar as suas próprias experiências e assumir
a responsabilidade pelas suas acções são passos importantes para alargar a autodeterminação, os quais estão intimamente ligados ao objectivo de alargar as
competências sociais.
O método do portfólio de acordo com Elsholz (Elsholz 2010, s. 9) é definido como
uma ferramenta para desenvolver a aprendizagem auto-determinada. Além disso
este método é identificado pela sua abertura e por não ser exclusivo dum objectivo
específico, e, por conseguinte, ser ideal para a orientação do processo. (Elsholz
2010, 9f).
Para um longo período de tempo – por exemplo, no quadro de um projecto – os
participantes são encorajados a relatar suas experiências de aprendizagem
individual guiadas por critérios didáticos e para reportar o desenvolvimento do
processo. (Anexo: página 41: Ferramentas de Avaliação: Portfólio: Diário do
Projecto).
Possíveis perguntas para organizar num portfólio:
 Porque é que foi fácil/difícil para mim realizar esta tarefa?
 O que aprendi trabalhando nessa tarefa?
 O que foi útil para minha vida diária, por exemplo, do que é que poderei
precisar fora a situação da formação?
 O que é que o resultado me diz sobre minhas aptidões e pontos fortes?
 Que possibilidades me oferecem para melhorar aptidões específicas?
Metas para utilização do método do "Portfólio":
1. Para tornar claras e observáveis as capacidades e pontos fortes e também as
suas possibilidades de desenvolvimento:
2. Para avaliar, ajuizar e intepretar o próprio desempenho e sucesso.
3. Para estabelecer uma conexão entre capacidades próprias e as que são
requeridas nas áreas individuais da vida (orientação profissional, educação e
formação, actividades ao ar livre etc.).
4. Objectivação da autodeterminação baseada nos resultados e no feedback
dos formadores.
5. Para incentivar os participantes a aperceberem-se das suas capacidades,
para as desenvolver, e, se necessário, para colmatar as lacunas.
6. Sugestão para lidar com mais informações.
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7. Para desenvolver novos interesses.
O método do "Portfólio" é aplicável de muitas maneiras diferentes. Um exemplo é a
recolha das folhas de trabalho numa pasta. Outra possibilidade é o "Diário do
Porjecto”, no qual os participantes podem relatar suas experiências actuais. Além
disso podem-se usar "Diários de aventura" para actividades outdoor; Estes são
também simples relatórios de interesses.
Os portfólios são métodos bem sucedidos aplicados durante o processo de
orientação profissional e aconselhamento, para documentar o processo num
determinado campo de acção, para projetos especiais, mas também para ser
aplicado nas semanas de projecto nas escolas
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6) A EXPERIÊNCIA QUE QUEREMOS PARTILHAR
Esta parte do documento contém detalhes das actividades desenvolvidas pelas
organizações parceiras durante o período de implementação do projecto ReChance.
Relativamente a cada um dos países participantes destacámos os elementos
principais para dar de relance uma idéia das suas actividades, para se ter a
oportunidade de comparar as suas metodologias, ferramentas e grupos-alvo.
Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft (EBG)
ALEMANHA
Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Jovens presos;
Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: Assistentes sociais, guardas prisionais e
pessoal administrativo das prisões;
Porque escolhemos estes grupos-alvo: Os presos foram visados devido
principalmente às suas difíceis circunstâncias de vida, tais como o histórico familiar
de desemprego entre gerações, a baixa educação parental e a
subsidiodependência. Por conseguinte, não só não tiveram qualquer educação
familiar ou social durante a infância, mas também lhes faltou grupos de referência
positiva e pessoas que no seu círculo de jovens pudessem abordar, melhorando a
sua capacidade de envolvimento com a comunidade; tal colocou em risco a sua
aprendizagem e trabalho, perpetuando assim também os seus problemas penais: o
círculo vicioso de desmotivação, meter-se em apuros e o seu registo criminal. O
segundo grupo é o círculo próximo de pessoas que os guardam, aconselham e
ensinam; portanto foi esta a nossa abordagem.
Quais módulos SOCO-VET implementados: Foram implementados os módulos
Motivação, Gestão de Conflitos e Percepção; a importância destas competências,
foi explicada, praticada e analisada em vários seminários e exercícios e posta em
relação com as experiências que já traziam da sua própria vida.
Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: Para se adquirirem essas
competências sociais as actividades outdoor realçaram e acompanharam os
exercícios, usando jogos, tornando mais fácil entendê-las e reflectir, ao invés de
serem apenas expostas teoricamente. Uma vez que não é permitida qualquer
actividade outdoor na prisão, escolhemos jogos como "Acção", "Ludo", "Tabu",
jogos para treinar a paciência ("Mikado", "Garrafa") e futebol de mesa e dardos. As
actividades desportivas indoor adicionais, como futebol, hóquei e badminton
também foram boas oportunidades para treinar as competências sociais.
Que impacto tivemos: Nesses jogos treinou-se como agir e tratar respeitosamente
os companheiros de prisão, o que é um dos principais problemas durante o dia a dia
da prisão. Aprenderam a superar a falta de motivação, com que na sua maioria
teriam de se confrontar na vida. Percebeu-se também que não teríamos de continuar
a lidar com situações de conflito entre prisioneiros dominantes e fracos, pois eles
próprios passaram a gerir os conflitos evitando a sua escalada.
85
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Avaliação: A avaliação mostrou que os presos tomaram consciência das suas
competências pessoais e dos recursos proporcionados pelas actividades do
projecto. Também o aconselhamento individual e orientação por parte das
assistentes sociais os ajudaram a superar as barreiras pessoais; identificar e
desenvolver seus pontos fortes e desenvolver a sua auto-estima; melhoram as suas
competências sociais e interpessoais. O círculo próximo dos presos também foi
sensibilizado e familiarizou-se com a abordagem e métodos implementados.
Nossa contribuição para o projeto:

Melhoria da consciência e sensibilidade para com os preconceitos e o seu
impacto cruel sobre grupos desfavorecidos.

Desenvolvimento pelos presos duma relação de pertença e identificação
positiva com a sociedade, ultrapassando barreiras pessoais; identificando e
desenvolvendo os seus pontos fortes e auto-estima; melhoria das suas
competências sociais; construção da confiança na sua capacidade de
aprender a fazer uma transição bem sucedida para uma vida autónoma
posterior, formação ou trabalho.

As assistentes sociais, guardas prisionais e conselheiros familiarizaram-se
com os materiais e o método/ abordagem do projecto, particularmente com a
necessidade duma identificação positiva e da sua importância para os presos,
um grupo altamente marginalizado e estigmatizado.
Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: Podem-se usar os materiais do
SOCO-VET sem qualquer adaptação ou alterá-los para o nosso grupo-alvo. Uma
vez que as actividades outdoor na sua maior parte são restringidas nas prisões
poderão usar-se jogos ou actividades desportivas para atingir os objectivos dos
projectos.
BFI Oberösterreich ÁUSTRIA
Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: O grupo-alvo na Áustria foram jovens
imigrantes (das 1ª e 2ª gerações) com dificuldades de entrar no mercado de trabalho
e que estavam portanto, ou em busca de formação profissional numa empresa ou
em formação profissional "protegida" (adaptação ao mercado de trabalho), ou ainda
que participaram em cursos de formação para refazerem os exames do ensino
secundário.
Qual foi o nosso segundo grupo-alvo: Formadores e professores no ensino
profissional.
Porque escolhemos estes grupos-alvo: Ao se identificar o estatuto de imigrante
com um baixo estatuto social e educacional, ficam consideravelmente diminuídas as
oportunidades dos jovens entrarem com êxito no mercado de trabalho. Impulsionar a
auto-estima desses jovens através do empoderamento da "formação" em
competências sociais pode ajudá-los a concentrarem-se novamente nos seus pontos
fortes, aumentar a sua auto-eficácia e ajudá-los focalizando-se na procura de
emprego ou educação / formação profissional.
Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos SOCO-VET
escolhidos foram Comunicação, Lidar com o Stresse e Gestão de Conflitos, porque
estas são questões vitais no mercado de trabalho – especialmente quando se lida
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com uma tripla desvantagem – baixo estatuto social, baixo nível educativo e o
background de imigração. Os módulos foram adaptados de acordo com as
necessidades dos participantes
Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: As actividades outdoor são
métodos muito poderosos para o desenvolvimento de competências sociais já que
os participantes têm que ser muito activos e comunicativos para atingir as metas
definidas. São também ideais para se interligarem com a aprendizagem no contexto
da vida real, em que os participantes podem experimentar os conhecimentos
recentemente adquiridos, e assim, ir além dos conhecimentos teóricos sobre as
competências sociais; passarem portanto do saber “conhecimento” ao saber
“executar”. Também têm áreas que podem ser melhoradas. As actividades outdoor
facilitam experiências que incidem na mudança de perspectivas. Oferecem uma
quantidade de oportunidades de auto-reflexão e de estabelecimento de metas.
Focámo-nos em actividades outdoor no espaço público e junto de instituições /
políticos como o “rali de cidade” e o “desafio de pesquisa de trabalho de cidade”.
Que impacto tivemos: Os participantes desenvolveram e reforçaram ainda mais as
suas competências pessoais, sociais e metódológicas. A sua confiança nas próprias
competências sociais e auto-eficácia cresceu significativamente. Partilhamos as
abordagens desenvolvidas e métodos com outros formadores e professores de EFP,
divulgando assim os resultados.
Avaliação: A avaliação foi realizada através de questionários de feedback e de dois
questionários internos (um para jovens, um para formadores). Todos os jovens
participantes gostaram de aprender novas competências e atitudes através dos
jogos desenvolvidos, especialmente nos módulos outdoor. Através do programa,
todos eles melhoraram as suas competências sociais e sentiram-se mais confiantes
sobre si mesmos e relativamente às suas competências. Os formadores e
professores gostaram do seminário, especialmente em experimentar muitos
exercícios e refletir sobre a sua utilização com outros profissionais.
A nossa contribuição para o projecto:
 Os jovens participantes tiveram a oportunidade de desenvolver uma relação
de pertença e uma identificação positiva com a sociedade, superar barreiras
pessoais; identificar e desenvolver seus pontos fortes, desenvolver autoestima; melhorar as suas competências sociais; construiram maior confiança
na sua capacidade de aprender por forma a fazerem uma transição bem
sucedida para a vida autónoma e posterior formação ou trabalho.
 Os professores e formadores da EFP familiarizaram-se com os materiais
desenvolvidos e a metodologia/ abordagem do projecto, particularmente da
necessidade duma identificação positiva e da sua importância para os grupos
marginalizados e estigmatizadas.
Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: O aconselhamento individual e a
auto-avaliação inicial foram ferramentas importantes para conhecer os interesses e a
motivação dos jovens participantes Foram definidas desta forma as suas
expectativas sobre o projecto Re-Chance. As entrevistas durante a avaliação tiveram
um efeito muito positivo sobre como melhorar as competências sociais dos
participantes, em especial na sua auto-confiança e motivação para a formação
contínua e também para a integração social.
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Ter recursos de tempo suficientes para a investigação e preparação de projectos
são um factor importante - especialmente nos processos em que os fluxos de
trabalho e aprendizagem dependem da execução temporal. Também na
implementação o tempo foi um recurso importante – a reflexão leva tempo.
É essencial para trabalhar com grupos mistos que a selecção de formadores,
professores e conselheiros seja feita de acordo com critérios de género específicos,
mas também de acordo com critérios como o multilinguismo e as competências
interculturais. Como o nosso grupo de participantes era constituído por jovens
imigrantes (1ª e 2ª geração) tentou-se manter a barreira da língua tão baixo quanto
possível, usando linguagem simples e descritiva e as situações da vida quotidiana
dos jovens em que estes se pudessem rever.
BGCPO-Bulgarian-German Vocational Training Centre-Pazardjik
BULGÁRIA
Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Jovens com antecedentes de etnia
cigana, de famílias com pais desempregados em situação financeira difícil, alunos
com nível de educação básica e com idades de 16 a 19 anos.
Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: O grupo-alvo secundário foram os
professores e formadores que trabalhavam com alunos com background de minoria
étnica e com pessoas desfavorecidas.
Porque escolhemos estes grupos-alvo: Os jovens com background de minoria
étnica provêm de famílias com histórico de desemprego entre gerações e baixa
educação parental. O baixo nível de formação combinado com a falta de hábitos de
trabalho coloca-os numa situação de desvantagem no mercado de trabalho e em
risco de isolamento social. Para apoiar os jovens a superar o isolamento social e
integrarem-se com êxito, foram necessárias actividades que compensassem as
lacunas educacionais através da formação em competências sociais e motivação
para assistir às aulas e continuar na escola; e também actividades para preencher o
seu tempo fora da escola e aumentar seus conhecimentos gerais.
O segundo grupo-alvo é o círculo próximo de pessoas - professores e educadoresdos jovens, pessoas que os respeitam e têm a possibilidade de ter impacto neles. O
objectivo para os incluir nas actividades do projecto foi apoiá-los e incentivá-los a
implementar as competências sociais na educação.
Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos implementados com
o nosso primeiro grupo-alvo foram a "Percepção" e a "Motivação". A formação em
"Percepção" reforçou a capacidade de auto-conhecimento e o desenvolvimento da
inteligência emocional dos jovens. Os exercícios e jogos outdoor permitiam-lhes
observar e reflectir sobre os seus próprios sentimentos e emoções, bem como os
dos outros, e, usar eficazmente este meio de comunicação, para desenvolver as
competências emocionais necessárias para alcançar sucesso. Dominar a linguagem
corporal é uma parte da inteligência emocional e é um pré-requisito para uma
inclusão social bem sucedida. A formação em "Motivação" destinou-se a
desenvolver a vontade individual para empreender, apoiando os jovens a
desenvolver uma auto-motivação através da realização de exercícios adequados.
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Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: As actividades outdoor
testadas foram os exercícios efectuados com os jogos como "encontrar alguém
que..."; "Cabra Cega"; "Rede"; "Competição"; Orientação e "Folha de alumíniol", e, o
"Rali na Cidade" - para conhecer o lugar onde vivem, a sua história e cultura.
As actividades outdoor foram importantes porque criaram condições para melhorar a
socialização dos participantes. Cada jovem teve oportunidade de assumir um lugar
digno no seu ambiente social e mostrar o seu melhor lado e as suas melhores
competências. As falhas na escola são compensadas pelo sucesso noutros campos
nas actividades extracurriculares, para que todos ganhassem o respeito dos seus
amigos e auto-confiança. Através destas actividades fáceis de executar e
fascinantes, os jovens ganharam conhecimentos em diferentes áreas, expandiram
os seus horizontes e aumentaram os seus interesses sociais. Ao realizarem as
actividades conjuntamente com os professores e formadores, os participantes
tiveram a oportunidade de experimentar uma atmosfera de criatividade, descobrir
problemas, soluções e moralizarem-se. Isso ajudou a promover o desenvolvimento
da curiosidade, coragem e imaginação, pensamento lateral, vontade de assumir
riscos, capacidade de tomar decisões em situações difíceis – competências
importantes para sua vida futura.
Que impacto tivemos: Os participantes do primeiro grupo-alvo tiveram apoio para
desenvolver a sua confiança e auto-confiança e motivação para superar os
obstáculos na comunicação; ganharam auto-confiança, acreditando que a educação
e a formação poderiam melhorar as suas oportunidades de emprego e de
desenvolvimento pessoal bem sucedido.
Avaliação: Aplicamos métodos de avaliação e auto-avaliação das competências
sociais dos jovens, envolvendo os seus professores no processo de avaliação, os
quais realizaram uma ficha de avaliação extra. A auto-avaliação foi realizada através
de registos nos quais os participantes descreveram o que tinham alcançado e
assinalaram a sua atitude emocional em relação às actividades. Na nossa opinião a
avaliação deve dar informações suficientes sobre os progressos dos jovens sem ser
demasiado intrusiva e sem tomar muito do tempo da formação, e portanto, optámos
por esta abordagem. Foi importante a reflexão realizada sobre cada actividade na
qual os jovens partilharam aberta e livremente as suas impressões e sentimentos.
A nossa contribuição para o projecto:
 Os jovens com background de minoria étnica melhoraram as suas
competências sociais, compreenderam os factores da motivação, melhoraram
as suas competências de comunicação e capacidade de cooperar e trabalhar
em equipa.
 Aumentou a consciência e sensibilização dos professores, formadores e
especialistas no domínio dos serviços educativos e do mercado de trabalho
sobre a importância das competências sociais para a integração bem
sucedida na sociedade e no mercado de trabalho.
 Os professores, formadores e especialistas no domínio dos serviços
educativos e do mercado de trabalho familiarizaram-se com os materiais,
métodos e abordagens do projecto.
Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: Podem-se alterar alguns
exercícios e jogos outdoor de acordo com as necessidades do grupo. É
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aconselhável prestar muita atenção ao ambiente de trabalho. Tente organizá-lo de
forma interessante com elementos de surpresa ou desafio. Assim os jovens terão
desde o início uma atitude emocionalmente positiva, olhando em frente para os
novos desafios e surpresas.
Universita del Terzo Settore ITÁLIA
Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: O nosso grupo-alvo primário (GA1) foi
representado por jovens com deficiência, principalmente com deficiências mentais,
entre 20 e 35 anos de idade. É necessário sublinhar que a idade biológica não
corresponde à idade de desenvolvimento psicológico, e por isso, geralmente, os
grupos de jovens com deficiência mental incluem também jovens adultos.
Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: Assistentes sociais e profissionais de
gestão dos centros de dia onde as pessoas com deficiência passam o tempo
durante o dia e ao longo do ano.
Porque escolhemos estes grupos-alvo: Selecionamos estes GAs devido à
experiência anterior em projetos de inclusão e actividades outdoor que foram muito
úteis para melhorarem a sua autonomia e motivação, para adquirirem ou
melhorarem competências no trabalho em equipa - com especial atenção para com
os grupos com necessidades especiais – e para aumentar as oportunidades de
inclusão social - com especial atenção para as oportunidades de trabalho – e ainda
para contribuir para a formação profissional contínua e aumentar a conscientização
sobre temas de inclusão social a nível europeu nos GAs selecionados.
Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos SOCO-VET que
escolhemos foram Cooperação e Trabalho em Equipa, Gestão de Conflitos e
Motivação, porque estas são questões importantes para os jovens com deficiência
na via da inclusão e não apenas no mercado de trabalho,
Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: Escolhemos actividades
outdoor tendo em conta a sua boa adaptabilidade às necessidades dos grupos e
porque precisávamos de actividades que pudessem ser readaptadas rapidamente
em caso de crise dos jovens. Executamos as atividades num ambiente natural, num
Parque Regional no sul da Itália, que permitiu que aos participantes sentirem-se
parte da natureza e por ser, só por si, um local calmo e sereno; Este foi um ponto
de partida importante para impulsionar os participantes com vista a um melhor
trabalho de grupo, ás actividade autónomas quando necessário e a uma maior
motivação. O grupo de jovens participantes foi envolvido numa caça ao tesouro em
grupo e a pé no Monte Croccia, enquanto o grupo de assistentes sociais fazia as
mesmas actividades de maneira mais técnica; algumas semanas antes este grupo
fez um exercício de orientação a pé na mesma montanha.
Que impacto tivemos: Os jovens tiveram uma oportunidade de participar
activamente nos jogos outdoor, cooperar com os outros participantes e assistentes
sociais, que integraram os grupos para permitir que os jovens se sentissem mais
confortáveis e seguros. As assistentes sociais experimentaram quão importante foi
para as pessoas com deficiência mental entrar em contacto com novos elementos
fora de seu mundo e apreciaram realmente o humor positivo do grupo.
Avaliação: As actividades com os jovens foram avaliadas de uma maneira muito
informal, pedindo-lhes aplausos, relembrando as coisas feitas ou desenhando
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sorrisos em conformidade num cartaz. Os assistentes sociais avaliaram toda a
experiência através dum questionário interno e com uma avaliação de grupo,
durante a qual também tiveram a oportunidade de confrontar as suas opiniões.
Como resultado da avaliação, conclui-se que ambos os grupos tiveram uma
experiência muito positiva; apreciaram em especial as actividades realizadas na
natureza e o ambiente informal criado. Ambos os grupos desejam desfrutar
novamente de experiências semelhantes.
A nossa contribuição para o projecto:
 Difusão dos valores da educação outdoor entre os assistentes sociais.
 Apoio para o desenvolvimento de competências sociais das pessoas com
deficiência mental e assistentes sociais.
Conselhos a dar aos agentes de multiplicação:

É um importante ponto de partida a adaptação das actividades previstas para
as necessidades do grupo;

Experimentar sempre e praticar a actividade antes de a utilizar como
ferramenta educativa com pessoas com deficiência;

O resultado propriamente dito não é o objectivo principal: nunca nos
centrarmos nele no caso de pessoas com deficiência, sendo melhor destacar
cada pequeno passo que leva ao resultado e certificar-se que que os
participantes estão a disfrutar do momento;

Verificar se o ambiente é seguro e que se poderá enfrentar e superar
qualquer evento crítico.
Tempo Training & Consulting Républica Checa
Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Os participantes na formação do ReChance na República Checa foram jovens desfavorecidos entre 15 e 23 anos,
especificamente:


Pessoas com problemas de aprendizagem – baixa literarcia;
Pessoas com problemas socio-económicos – famílias com baixos
rendimentos e dependentes de benefícios sociais.
 Pessoas com baixo nível educativo – ensino básico e profisisonal, sem
motivação para educação superior.
 Pessoas excluídas da sociedade devido aos factores acima mencionados;
 Pessoas com necessidade de obter capacidades e competências sociais para
concluir ou iniciar um processo de integração bem sucedida
Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: O 2º grupo-alvo do projecto foi
identificado como segue:

Assistentes sociais/ professores/ formadores.

Conselheiros, curadores.
Por que escolhemos estes grupos-alvo: Tendo em mente que para os graves
problemas destas pessoas (antecedentes criminais, minorias étnicas) são
geralmente apontados programas especiais que obtém resultados incertos, o nosso
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projecto foi estritamente recomendado pelos assistentes sociais e conselheiros para
este grupo de pessoas, que estão (devido a algumas condições específicas)
excluídos da sociedade, sendo-lhes difícil superar essa barreira, visando a sua (re)
integração social e no mercado de trabalho. Tendo em conta os objectivos do
projecto, a dimensão do grupo alvo e o montante total das fontes de financiamento
para esta acção, decidiu-se seleccionar um grupo de pessoas, que estivessem
realmente motivados para mudar a sua vida. Ainda mais, foi tida em conta a
probabilidade de frequentarem todo o ciclo do curso, bem como as sua abordagens
e outras actividades conexas.
Quais os módulos SOCO-VET implementados: Nesta base e após uma pesquisa
preliminar, foram escolhidos implementação os seguintes módulos de formação:
 MODULO 2: Gestão de Conflitos
 MODULO 3: Tomada de Decisão
 MODULO 5: Motivação
Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: Durante a execução do
programa de formação descobriu-se e confirmou-se ser muito importante e até
exigido pelos educandos a experiênciação directa dos conhecimentos e
competências adquiridas durante a parte teórica. Era muito mais eficaz e útil se
pudessem testá-los nas situações da sua prática e realidade de vida. Após a
formação do primeiro grupo-alvo em Gestão de Conflitos, Motivação e Tomada de
Decisão escolheram-se jogos de trabalho de equipa e cooperação e de orientação
como actividades outdoor.
Que impacto tivemos: Os principais resultados e impacto sobre os aprendentes
identificados durante a avaliação individual e formação, foram reconhecidas como
segue:
 Atitude de reserva no início
 Atitude de abertura no final
 Dureza na exteriorização
 Esforço interior
 Evitar as pessoas e actividades
 Esforço para ajudar os outros na mesma situação
Avaliação: Os formadores apresentaram ao parceiro líder do Plano de Trabalho os
documentos comprovativos e resultados da formação, bem como a abordagem
avaliativa. Os formadores prepararam observações e sugestões úteis que foram
utilizadas na elaboração dos relatórios.
Os participantes do programa de formação preencheram os questionários de
avaliação que também estão disponíveis na versão inglesa. Tendo em conta os
comentários e as reacções do grupo-alvo, podemos considerar o programa de
formação como muito bem sucedido. Também a abordagem da avaliação individual
foi considerada muito útil. No início, os participantes mostraram-se muito reservados
sem uma auto-confiança apropriada. Durante a realização da formação houve uma
melhoria evidente nestes domínios, sendo reconhecido e comprovado que esse tipo
de ferramenta é muito importante para o incentivo e a motivação dos participantes.
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Descobriu-se a sua influência positiva sobre a motivação para não abandonarem a
escola bem como na sua integração social
A nossa contribuição para o projecto:





•
•
Transferência e adaptação dos módulos SOCO-VET para os novos gruposalvo compostos por diferentes tipos de jovens desfavorecidos
Familiarização com os métodos de formação, dos jovens (primeiro grupoalvo), bem como das pessoas que trabalham com pessoas desfavorecidas
tais como professores, assistentes sociais, pais, etc. (segundo grupo-alvo),
Suporte e ajuda às pessoas em desvantagem no domínio da integração social
e na sua (re) integração no mercado de trabalho – esse processo foi
acompanhado pelo aumento da motivação e da auto-confiança dos
aprendentes, que foi um sucesso crucial da implementação da formação.
Processo de avaliação individual que foi considerado como uma pedra
fundamental para a comunicação com o primeiro grupo-alvo,tendo em muitos
casos ajudado como apoio para o alcançar das competências sociais pelo
grupo-alvo
Organização de seminários para o segundo grupo-alvo – apoio ao primeiro
grupo-alvo.
Organização de dois 2º grupos alvo diferentes – elevado interesse dos
participantes
Apenas 2 dos 15 participantes não concluíu o processo de formação o que é
(no que diz respeito aos dados dos estudos da formação profissional) um
grande sucesso, já que geralmente aproximadamente 40% dos jovens
desfavorecidos deixa os cursos antes do final.
Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: Do feedback que recebemos,
consideramos a formação outdoor e especialmente a consultoria individual e a
avaliação como aspectos cruciais para a melhoria das competências sociais. A
abordagem individual dá suporte á abertura e comunicação com o primeiro grupo
alvo.
Academy of Humanities and Economics in Lodz POLÓNIA
Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Estudantes da AHE com problemas
sociais
Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: professores, formadores, trabalhando com
os alunos e adultos, gestores educativosr, pais;
Por que escolhemos estes grupos-alvo: No primeiro grupo-alvo foram os alunos
com problemas sociais tais como: dificuldades de adaptação, problemas com a
comunicação, baixa consciência emocional, dificuldades de lidar com situações de
conflito, problemas com a cooperação com o grupo. Foram escolhidos porque os
seus problemas e dificuldades eram adequados às metas no projeto.
No segundo grupo integraram-se os professores, formadores, trabalhando com os
alunos e adultos (que podem ter problemas sociais), gestores educacionais, pais,
uma vez que estes estão envolvidos e lidam com esses estudantes, adultos e jovens
com problemas sociais.
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Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos de SOCO-VET:
implementados foram Comunicação com Sucesso e Interação, Trabalho em equipa
e Cooperação, Gestão de Conflitos. Em nossa opinião, essas competências estão
pouco desenvolvidas entre os jovens. E achamo-las muito importantes no
desenvolvimento dos jovens nas áreas social e de inserção no mercado de trabalho.
Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: Tal como foi acordado para o
período de vida do projecto, na Polónia os jovens com problemas sociais tiveram a
oportunidade de melhorar as suas competências de comunicação, gestão de
conflitos e trabalho em equipa e cooperação. As competências sociais foram
complementadas através da implementação das actividades outdoor. De acordo
com a necessidade do grupo os exercícios utilizados foram: Rallye na cidade –
relação d epertença á cidade (versão curta, descrição abaixo), A minha equipa,
Competição, As minhas estratégias de sobrevivência, Encontrar alguém que...,
Folha de alumínio, a Cabra Gega, O Hula-Hoop e a Folha de Papel. O Rally na
Cidade– Pertença á Cidade foi modificado de acordo com as necessidades do grupo
polaco.
Que impacto tivemos: Depois de executar estes exercícios, os participantes
disseram que foi muito interessante para eles preparar algo para os outros e isto
também estimulou seu pensamento criativo. Estes exercícios deram-lhes uma
oportunidade de melhorar sua autoconfiança – “eu pude preparar algo para os
outros, e eu confiaram em mim em como o poderia fazer correctamente”. Para os
participantes polacos isso foi muito valioso. Para alguns deles foi a primeira
oportunidade de fazer algo para os outros. De acordo com o feedback recebido os
participantes sentiram-se satisfeitos depois de executar o ciclo de oficinas. Além
dum grande divertimento, ganharam um sentimento de mudança, disseram que suas
competências sociais relacionadas com a comunicação, gestão de conflitos, trabalho
em equipa e cooperação tinha melhorado e tornaram-se mais autoconfiantes.
Avaliação: A avaliação mostra que os participantes estão cientes das suas
competências pessoais e recursos graças às actividades do projecto. Também o
aconselhamento e orientação individual foi muito útil para superarem as suas
barreiras pessoais: melhorar a auto-confiança, melhorar suas competências sociais
e interpessoais. Depois de realizar todo o ciclo de oficinas para o primeiro grupo alvo
podemos dizer, que as competências sociais dos participantes melhoraram. A escala
dessa melhoria difere de pessoa para pessoa, mas todos os participantes
reforçaram as suas competências sociais. Às vezes, apenas foram melhoradas uma
ou duas competências, no entanto, mesmo essa pequena mudança nesta área
tornou os participantes mais autoconfiantes.
A nossa contribuição para o projecto:
 Aumento da consciência e sensibilidade relativamente aos alunos com
problemas sociais.
 Desenvolvimento de competências sociais entre os alunos com problemas
sociais: Puderam definir o seu comportamento ou explicar as razões do seu
comportamento; tornaram-se conscientes das suas próprias emoções e
sentimento;, tornaram-se membros do grupo e aprenderamm a cooperar com
os outros de forma adequada; tornaram-se mais autoconfiantes e ganharam
consciência da sua comunicação não-verbal.
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 Os professores, formadores e gestores educacionais familiarizaram-se com
os materiais e o método/abordagem do projeto.
Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: Podem-se usar os materiais do
SOCO-VET sem qualquer adaptação ou alterá-los para o nosso grupo-alvo. Os
conselhos restantes foram incluídos no guia.
Sonhos Para Sempre,crl PORTUGAL
Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Jovens de famílias de imigrantes da
comunidade da Igreja Evangelica; 2ª geração de imigrantes;
Quem foi o nosso segundo grupo-alvo:

Líderes de ONG’s envolvidas nos processos de inclusão e desenvolvimento
social; pais de jovens com antecedentes de imigração da 2ª geração;

Educadores sociais, formadores e assistentes sociais das ONG’s e das redes
sociais locais;
Porque escolhemos estes grupos-alvo: Na nossa região em Portugal- Área
Metropolitana de Lisboa - e especialmente no Concelho de Sintra - as famílias em
situação de exclusão apresentam múltiplos factores tais como - pobreza,
desemprego, habitação precária, pertença a grupos de imigrantes e minorias
étnicas,baixo nível de formação e qualificação, abandono escolar, delinquência,
adições, violência doméstica - tendo uma incidência porporcialmente elevada em
relação no país, particularmente nos bairros sociais que são getos altamente
problemáticos. No âmbito do projecto Rechance o primeiro grupo alvo foi a 2ª
geração de crianças e famílias de imigrantes, que no concelho, representam cerca
de 37% da taxa de imigrantes de toda a região de Lisboa, e, também pertencendo a
um minoria religiosa – Igreja Evangélica- que em Portugal agrupa na sua maioria
imigrantes do Brasil. O diagnóstico social do concelho de Sintra aponta a
necessidade de incrementar a educação não formal e informal, contribuindo para
desenvolver a coesão social e comunitária, evitando segregação e conflitos raciais,
gerando o diálogo intercultural, e, uma melhoria das competências dos grupos
desfavorecidos facilitadoras da sua autodeterminação, consistência dos projectos de
vida e progresso dos processos de inclusão; e ainda tendo também efeitos positivos
no aprofundamento da sua consciência, auto-confiança e motivação para aderir e
participar nas oportunidades de educação e formação, com vista á melhoria dos
seus níveis de educação e qualificação e em última análise na sua empregabilidade.
Na abordagem ao 1º grupo alvo consideram-se as expectativas individuais e o
diagnóstico de situação dos jovens em 3 áreas- educativa, emprego e inclusão –
pretendendo-se iniciar um processo facilitador de criação de grupos informais, autodeterminação, motivação e consciencialização para o auto-desenvolvimento dos
seus projectos de vida; isto contrariando as suas lacunas sócio- educativas,
marginalização, medos e falta de informação no acesso aos apoios sociais e oferta
formativa a que estão sujeitos. Para tal a melhoria das competências sociais através
da formação e em complementaridade com a educação outdoor poderiam obter e
obtiveram resultados positivos.
Na abordagem ao 2º grupo-alvo (famílias) atendeu-se à necessidades de melhorar a
sua inclusão, competências parentais e capacidades para viver em condições
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regulares e fornecer cuidados e educação adequadas aos jovens. Como a maioria
dos pais trabalha fazendo regularmente horas extraordinárias e fins-de-semana, são
os membros idosos das famílias a dar apoio a jovens na maioria das vezes. Na
verdade foi bastante difícil mobilizar o grupo dos pais, ficando a sugestão de no
futuro criar acções flexíveis, trabalhando novos métodos/ abordagens focados nas
suas necessidades individuais - auto-emprego, empreendedorismo, grupos informais
de auto-ajuda. A abordagem ao 2º grupo-alvo (líderes de ONGs e trabalhadores da
acção social) atendeu às suas necessidades de reforçar e dar continuidade aos
apoios ao processo de inclusão do 1º grupo alvo, nomeadamente no domínio do
auto-emprego e empreendedorismo. O processo inciado com o projecto Re-Chance
é uma oportunidade para reforçar a cooperação entre os diversos actores no
território “tomando nas suas mãos” o fortalecimento dos impactos já alcançados,
alargando-os, em favor dos jovens desfavorecidos e das suas famílias no território.
Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos SOCOVET
implementados foram a Gestão d econflitos, Motivação e Tolerância.
Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: As actividades outdoor foram
o Mountainboard e o Paintball. Estas actividades exigem um desempenho físico,
bem como tomada de decisão e geram uma grande motivação dos jovens; acresce
que os equipamentos requeridos ou o acesso á sua prática estão fora das
possibilidades económicas do grupo-alvo, sendo portanto uma maneira de quebrar
essa barreira de exclusão.
Que impacto tivemos: Os impactos foram:

Reunir os jovens e as famílias envolvidos, gerando grupos comunitários
informais, representativos da Igreja Evangélica local, motivados e
comprometidos para desenvolver acções permanentes que possam vir a
reforçar os resultados do projecto, desenvolvendo soluções de continuidade
na educação, formação, emprego e desenvolvimento social, bem como
implementar a através da criação duma nova associação, serviços de
aconselhamento ou outras estruturas integradas na rede social local.

Criação da única associação de mountainboard em Portugal– ANPM,
Associação Nacional de Praticantes de Mountain Board – para reforçar a
divulgação deste desporto na região e o país e integrar uma equipa específica
– Rechance MB – constituída pelos participantes do projecto e outros jovens
envolvidos nas actividades de disseminação.

Criação de uma nova ONG representada pelo grupo de famílias específicas –
Missão Comunitária Kadesh, Cooperativa de Solidariedade Social e Serviços,
CRL, cujos objectivos sociais são melhorar a inclusão de membros da Igreja
Evangélica e da comunidade envolvente, melhorando a oferta de serviços nas
áreas da educação, formação, emprego, empreendedorismo, solidariedade e
actividades de animação sócio-cultural servindo de ponte para a sua
participação no processo de desenvolvimento social da comunidade e na rede
social local.

Criação duma plataforma inter ONG’s empenhada em incrementar, planear e
implementar uma intervenção sócio-comunitária integrada aos níveis local /
regional / europeu – a "Incubadora de Empreendedorismo Social da Área
Metropolitana de Lisboa" - começando com as seguintes ONG envolvidos no
projecto nas actividades de formação / outdoor e na sua fase de
96
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disseminação- - Sonhos para Sempre-Rede de Animação Social e
Comunitária, crl, Earth Leader, Cooperativa de Solidariedade Social e
Serviços, crl, Alvo d'Aventura Associação, Ecolution Associação e Fórum
Europeu para a Sustentabilidade da Terra (grupo informal). Esta platafoprma
destina-se a desenvolver novas acções locais, regionais e europeias ou
projectos, transferir os produtos Rechance e focar temas complementares e
actividades, dando amplo suporte aos grupos alvo desenvolvendo soluções
de continuidade, ampliando e consolidando os processos de inclusão social
dos grupos de famílias e jovens, bem como para reforçar a comunicação e a
intercooperation entre os seus líderes.
Avaliação: A avaliação das actividades locais baseou-se em:
 Inquérito à inclusão social, educação / formação e emprego e metas dos
projectos de vida dos participantes do 1º grupo alvo;
 Fichas de observação no ínicio e no final da formação;
 Portofolio dos módulos implementados;
 Inquérito aos participantes2º grupo alvo;
 Registo das novas estruturas comunitárias e ONG’s geradas e das inciciativas
de intercooperação entre estas;
 Registo da agenda futura de iniciativas para soluções de continuidade e
projectos de transferência dos resultados.
A nossa contribuição para o projecto:

Tradução dos módulos do SOCOVET para língua portuguesa;

Participação nas reuniões transnacionais;

Implementação doPlanos de Trabalho nacional/ local;

Criar condições e apoiar soluções de continuidade transferindo os resultados
do projecto;
Conselhos a dar aos agentes de multiplicação:
Na abordagem aos jovens e suas famílias, tratando-se de grupos de elevado risco,
evidencia-se a existência de factores de exclusão múltiplos e interdependentes, o
que se, por um lado, pode facilmente anular quaisquer resultados/ impactos de
acções específicas – mesmo que estas sejam singularmente positivas- pode, por
outro lado, se implementadas integradamente, reforçar o processo de inclusão social
em curso para as mesmas pessoas ou grupos. Em consequência a nossa
abordagem provou que os resultados positivos alcançados pelo procjeto Rechance
deram sustentabilidade á auto organização dos participantes individuais envolvendoos em soluções de continuidade, e também, para a criação de estruturas
comunitárias de proximidade ou mesmo ONGs, para apoiar novas acções e
projectos respondendo ás suas múltiplas necessidades permanentes e melhorando
o desenvolvimento social da comunidade como um todo; também reforçaram a
intercooperação e trabalho em rede entre todos os agentes em presença.
A inclusão social e odesenvolvimento comunitário são percursos longos sendo
necessário estratégias de empoderamento dos participantes e de trabalho em rede
das ONG para ver um progresso real… O benefício dos resultados do projecto
97
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Rechance tornaram-se mais relevantes pela disseminação centrada no
empoderamento e pro-actividade dos grupos alvo, para que fosse assegurado que
os mesmos se tornassem uma fonte de novas iniciativas e projectos aos níveis local
e Europeu, dos quais alguns estão já em curso:


Integração e participação activa nas estruturas locais / organizações, acções
e redes sociais do concelho em benefício dos grupos alvo;
Agenda de actividades para 2012: Campos de Competências & Outdoor ( em
cada período de férias escolares); Mesas – redondas sobre inclusão social e
desenvolvimento de competências (cada 3 meses); gabinete de
empreendedorismo inclusivo (aconselhamento para criação de microempresas e empresas sociais); reuniões de auto-ajuda das famílias (sempre
que necessário); intercâmbios de Eco- cidadania, Competências e Outdoor;
candidaturas a programas de aprendizagem ao longo da vida (mobilidades
Leonardo da Vinci, parcerias Leonardo da Vinci e parcerias Grundtvig para
líderes das ONG, trabalhadores da intervençãosocial idosos e jovens.
98
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8) RESUMO
Após a realização das sessões os formadores que intervieram na formação,
acompanhamento, avaliação e seminários dos grupos alvo nos países parceiros
foram convidados a partilhar as suas opiniões sobre as seguintes questões:
a) Qual é o valor adicional do módulo outdoor para a EFP?
b) Quais as novas abordagens metodológicas encontradas pelo projecto?
c) O que há de novo? O que é especial?
d) Como é que o projecto ajuda os professores e formadores no domínio da de
EFP?
e) 15 linhas mestras e recomendações para os futuros utilizadores
Reuniram-se e reelaboraram-se todas as respostas para proporcionar aos futuros
utilizadores informações adicionais que pudessem ser úteis, integrando nas
prácticas formativas correntes o módulo de educação outdoor, inserido no triângulo
metodológico (seminários / actividades outdoor/ aconselhamento e avaliação) em
prática diária.
a) Qual é o valor adicional do módulo outdoor para a EFP?
A aquisição de competências sociais é um processo de longo prazo que não se
baseia só no conhecimento teórico. A implementação e desempenho deste tipo de
competências resulta da experiência prática e da verificação de que se estão a
exercê-las. Daí que o principal valor adicional deste módulo é permitir ao grupo-alvo
participar não só nas sessões teóricas, mas reforçar e melhorar as competências
sociais também em cenários reais e prácticos. Geralmente as pessoas adquirem e
melhoram as competências sociais continuamente durante seu tempo de vida (na
família, na escola, no trabalho, etc.). Os jovens desfavorecidos, por vezes não obtêm
o apoio de que necessitam para adquirir as competências sociais nas configurações
mencionadas e, portanto, não estão preparados para uma integração bem sucedida
no mercado de trabalho. Para iniciar o processo, é vital uma intensa interacção com
os jovens, e como mencionado anteriormente, a parte prática é muito importante
para permitir aos participantes entender e compreender a necessidade das
competências sociais. Colocá-los em situações da vida real (a educação outdoor
baseia-se na aprendizagem activa, aprendizagem através da aventura e
experimental), em interacção com outras pessoas participantes e mostrar-lhes como
as competências sociais os podem ajudar na sua integração no mercado de
trabalho, é uma forma de aumentar a sua motivação. Além disso, a finalidade é um
desenvolvimento pessoal no contexto da futura inclusão no mercado de trabalho,
através duma variedade de actividades que são desafiadoras e divertidas para os
jovens. Também vale a pena mencionar que os participantes adquirem a
oportunidade de cooperar uns com os outros em situações da vida real onde não há
nenhuma orientação adicional. Graças a isso os jovens têm uma oportunidade de
confrontar o resto da equipa com os seus próprios comportamentos e hábitos, numa
situação em que a reacção do grupo lhes permite alterá-los. Por outras palavras a
99
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possibilidade de receber um feedback do grupo pode ser uma razão para adoptar
novas maneiras de actuar na vida quotidiana.
Juntamente com as ricas possibilidades deste tipo de formação para o
desenvolvimento pessoal, introduz-se na vida diária dos alunos uma sensação de
sucesso, aventura e perspectivas positivas A implementação desta formação traz
aos jovens experiências emocionais positivas e diversas oportunidades para
aperfeiçoar os seus interesses com vista a uma efectiva e plena educação e
desenvolvimento pessoal.
b) Quais as novas abordagens metodológicas encontradas pelo
projecto?
As actividades outdoor são utilizadas geralmente no âmbito das actividades de
trabalho de equipa e cooperação, não sendo um elemento complementar regular
dos cursos de formação de desenvolvimento de competências e capacidades, mas
sim fazendo parte das acções orientadas para o reforço da cooperação, equipas,
etc. Esta nova abordagem metodológica foca-se na interacção entre estes dois
níveis diferentes. Melhorar e reforçar os conhecimentos e competências no domínio
das competências sociais através do outdoor são uma boa combinação que está em
conformidade com o método chamado de "aprender fazendo". O "aprender fazendo"
é usado geralmente em relação ao trabalho técnico e manual, onde os saberes são
integradas principalmente através de formação prática. Não é tão habitual que esta
abordagem seja usada no campo das competência não-técnicas. Assim, o projecto
apoiou a transferência duma boa abordagem metodológica (aprender fazendo) dum
campo para o outro, promovendo a aprendizagem de competências sociais através
da criação de cenários práticos/reais relacionadas com as diferentes situações de
vida. Através da combinação de aulas teóricas e práticas, os participantes
comprovam que as palavras ditas em sala de aula não são apenas um "cliché", mas
que têm também utilização prática no quotidiano. Tanto mais que a orientação do
módulo outdoor centra-se no grupo-alvo, jovens com circunstâncias difíceis, e, foi
especialmente adaptado para suas necessidades – foca-se na sua integração no
mercado de trabalho. Além disso, o módulo oferece uma ampla gama de métodos
que podem ser parcialmente implementados por professores e formadores sem
necessidade dma formação especial em outdoor.
Por outro lado, a educação outdoor torna-se uma parte adicional dos exercícios e
cria possibilidades mais amplas para a introdução e promoção das competências
sociais, quebrando barreiras internas, lidando com as emoções e sentimentos. Cada
formando tem a oportunidade de evoluir no seu meio social, de mostrar o seu melhor
lado e melhores capacidades. As falhas na escola são compensadas pela
contribuição noutros campos existentes nas actividades extracurriculares, para que
todos possam ser merecedores de respeito e gamhar auto-confiança. Através destas
actividades fáceis de executar e fascinantes os alunos adquirem conhecimentos em
diferentes áreas, expandindo os seus horizontes e aumentando os seus interesses
sociais. A reflexão contínua sobre as suas próprias capacidades e a implementação
da avaliação e métodos de aconselhamento ajuda os alunos a ganhar confiança nas
suas capacidades e a monitorizar o seu próprio processo de aprendizagem e
desenvolvimento. O projecto dá a cada participante uma perspectiva para se
aperceber e valorizar o seu potencial, estimulando o desenvolvimento de estratégias
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pessoais de sucesso, cooperação e prosperidade. Os alunos adquirem valiosas
competências e capacidades sendo esta uma ferramenta fiável para a sua autorealização e desenvolvimento pleno dos seus talentos, e para ganharem forças para
os concretizar.
c) O que há de novo? O que é especial?
O principal aspecto inovador/ especial da formação é a combinação da educação
outdoor com as actividades em sala apoiadas pelas fases de reflexão e nos
procedimentos de avaliação e aconselhamento. Não é usual na generalidade dos
sistemas de ensino/ aprendizagem europeus que a práctica lectiva combine
eficazmente os fundamentos teóricos e práticos, o que tem por consequência o facto
dos alunos/estudantes não adquirirem uma consciência da importância da
informação que lhes é dada pelo professor/ formador. Dando-lhes (aos
alunos/estudantes) a oportunidade de verificar que o conteúdo ensinado na parte
teórica pode contribuir para melhorar a sua vida e bem-estar, possibilita-se também,
até aos grupos-alvo provenientes de condições sociais difíceis, o iniciar duma
mudança de mentalidade compreendendo melhor o seu papel na sociedade. O novo
elemento da formação encontra-se principalmente nos recursos para a abordagem
ao grupo-alvo, que não são necessariamente apenas os conhecimentos teóricos,
mas que se centram muito mais na verificação desses conhecimentos na práctica.
Os jogos e exercícios do módulo outdoor focam-se na construção de competências
e na auto-estima. Incentivam-se os jovens a sensibilizarem-se com o ambiente
circundante e com as suas próprias necessidades e a aperceberem-se dos seus
pontos fortes e fracos e em como lidar com estes. O módulo outdoor centra-se na
reflexão e na influência dos diferentes papéis e funções que as pessoas assumem
na sua vida adulta e profissional. Por outras palavras a vantagem do módulo outdoor
encontra-se na sua base de jogo e divertimento, ao lidar com questões como a
responsabilidade pela sua própria vida e projecção, a capacidade de “estar na pele
do outro”, de expressar opiniões e juizos próprios acerca do comportamento das
outras pessoas. Com os métodos convencionais, estes objectivos não se podem
alcançar. Especialmente o Rali na Cidade centra-se na coragem, auto-estima,
assertividade e no assumir de riscos. E por último, mas não menos importante, a
metodologia utilizada abre-se a uma mudança real e efectiva orientada para a
participação e progresso continuado da juventude, para melhorar os seus níveis de
escolaridade, competências de formação e inclusão social. A educação outdoor cria
em cada participante uma perspectiva de realização e melhoraria do seu potencial,
e, estimula a criação de estratégias pessoais de sucesso, cooperação e
prosperidade. Os participantes adquirem competências e capacidades valiosas que
constituem uma ferramenta fiável para a sua auto-realização e desenvolvimento
pleno dos seus talentos. Os participantes têm um relacionamento mais rico e
complexo com pessoas da sua idade, no ambiente social fora da sala de aula. Isso
aumenta a sua confiança enquanto indivíduos livres e responsáveis. Esta formação
outdoor estimula o seu desejo de auto-aperfeiçoamento.
d) Como é que o projecto ajuda os professores e formadores no
domínio da de EFP?
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Os professores e formadores da EFP concordam, em geral, que a parte teórica da
formação não é suficiente, atraindo e mantendo dificilmente a atenção dos
alunos/estudantes. Mesmo considerando-se a transferência de conhecimento teórico
muito importante como base para o desenvolvimento, é necessário também
oferecer-lhe um suporte, a parte prática. Daí que, para os professores/ formadores, o
principal suporte /ajuda deste módulo seja o de também mostrar o conhecimento
teórico através da prática, deixando que os participantes /alunos tentem com o seu
comportamento verificar os conhecimentos teóricos adquiridos, nas situações
concretas que se geram nas interacções do quotidiano, na escola, trabalho, etc.
Com isto, é possível desenvolver o respeito, atrair a atenção dos estudantes e
principalmente motivá-los para a continuação do trabalho e melhor envolvimento nas
actividades. Ao mesmo tempo que demonstra métodos práticos para reforçar os
recursos e competências dos alunos, o módulo outdoor também dá idéias sobre
como implementar métodos de reflexão e participação nos cursos de formação.
Como o módulo tem um claro enfoque no definir pelos alunos das próprias metas e
em serem responsáveis por elas, na motivação e resolução de problemas, acaba por
ser para estes uma grande prioridade. Assim osformadores podem usar este módulo
também para esses fins. Todos os métodos foram desenvolvidos, testados e
avaliados e podem ser usados em todos os tipos de configurações. Por exemplo
podem ser considerados uma fonte de conhecimento para o conselheiro profissional.
Depois de executar o módulo outdoor ficamos a conhecer as competências do
participante. Então é mais fácil de apontar correctamente para o seu
desenvolvimento futuro e as suas possibilidades de carreira.
e) 15 linhas mestras e recomendações para os futuros utilizadores
1.
Familiarizar-se com os participantes. Ver e reconhecer o que se passa, ver o
que os alunos precisam. Usar procedimentos de avaliação adequados.
2.
Focar-se nas competências, não nas lacunas.
3.
Pegar nos participantes onde eles se encontram e utilizar os seus recursos,
idéias, problemas e interesses.
4.
Reflectir sobre a sua própria posição: quais são as suas competências
sociais? Como as reconhece você?
5.
Certificar-se que as suas qualificações, capacidades e valores estão em
conformidade com os métodos escolhidos.
6.
Diversão, alegria e acção são factores-chave do triângulo didáctico
(seminários, educação outdoor, orientação e reflexão).
7.
Fazer um plano de formação – escolher os exercícios adequados ao grupo e
prestar atenção á dinâmica de grupo tendo em mente as suas necessidades e
estando consciente dos limites da ferramenta.
8.
Preparar-se para se surpreender com os resultados e em vir a aprender algo
novo.
9.
Dar instruções claras.
10.
Deixar que os participantes executem as tarefas por si próprios.
11.
Pensar na segurança de todos os participantes.
102
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12.
Compor o conteúdo da parte teórica, em consonância com as actividades
outdoor planeadas – apoiadas pela reflexão, orientação e avaliação.
13.
Orientar o processo combinando as partes teórica e prática. Não é
recomendável fazer primeiro a parte teórica antes de se focar na educação
outdoor.
14.
Fazer uma avaliação ex post que não seja composta apenas por uma
avaliação global, mas que também dê contributos para novas etapas e um
desenvolvimento que assegure o progresso continuado dos participantes
mesmo após o final do programa de formação
15.
Usar os métodos de reflexão, incentivando todos os participantes a juntaremse á discussão e dar feed back.
103
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http://www.slackline.at
107
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10) ANEXO – FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO
Entrevista “Competências sócio- comunicativas” – avaliação das necessidades de formação
Entidade: ......................................................................................................................................
Nome do formando: ..............................................................................................................................
Curso............................., Idade..................., Género..................
Competências
Indicadores
1
2
3
4
Ter consciência da comunicação verbal e não verbal existente e capacidade de usála de forma adequada
Ter capacidade de expressar emoções e sentimentos sem ofender a outra pessoa
(assertividade)
Comunicação
Ter capacidade de transmitir informações de forma a que sejam compreensíveis por
diferentes pessoas (capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação à
receptor)
Ter capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação à situação
(informações unidirecionais – comunicação bidirecional, mensagem eu– mensagem
você, etc.)
Ter capacidade de reconhecer diferentes emoções ede autocontrolo
Ter capacidade de perceber e interpretar correctamente sinais de comunicação não
verbal /gestos, expressão facial, postura corporal /
Percepção
Ter capacidade de expressar uma mensagem através de gestos, expressão faciais
e postura corporal.
Ter capacidade de controlar a linguagem corporal de acordo com a intenção
comunicativa.
108
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Ter capacidade de reconhecer especificidades culturais no uso da expressão facial,
gestos.
Ter capacidade de escuta activa
Gestão de conflitos
Ser capaz de reconhecer e expressar as suas necessidades, interesses e
problemas, para poder definir as expectativas e pesar os diferentes interesses
Ser capaz de lidar de forma construtiva com os preconceitos e estereótipos
Ser capaz de reconhecer e identificar asáreas de conflito
Ser capaz de olhar segundo diferentes perspectivas e pontos de vista usando a
(auto)reflexão
Ser capaz de se aperceber e expressar os seus próprios limites, para ser capaz de
definir e esclarecer as violações dos mesmos
Lidar com o stress
Perceber que os problemas são uma parte da vida de todos nóse ser capaz de lidar
com eles
Identificar, expressar e partilhar os seus próprios valores, crenças e expectativas
Compreender o valor da auto percepção e percepção social.
Identificar e nomear problemas e responsabilidades e ser capaz de refletir sobre as
suas acções
Ser capaz de lidar activamente com problemas de peso
Trabalho em
cooperação
equipa
e Assumir uim compromisso com o trabalho de equipa
Ter capacidade de partilhar efectivamente o tempo
Ter flexibilidade para trabalhar em equipa
Ter capacidade de mediação
109
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Ter capacidade de escuta activa
Motivação
Entender o termo motivação e ter capacidade de explicar aos outros o que significa;
exemplos práticos “ motores d emotivação”
Compreender e ser capaz de trabalhar com auto-motivação e motivação da equipa /
outros formandos/ pessoas á sua volta, etc. Sentir a diferença entre a automotivação e a motivação dos outros.
Entender a posição “do outro lado”, para não assumir uma posição defensiva
quando alguém tentar motivá-lo; Ser aberto e estar disposto a motivar alguém
Entender a diferença entre estratégias de motivação directas e indirectas
Compreender a importância de outros factores que
positivamente os aspectos relacionados com a motivação.
possam
influenciar
Escala:
1. Muito bom
2. Bom
3. Mau
4.Muito mau
Entrevistador:
:
110
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FERRAMENTAS INDIVIDUAIS
Qual
é
o
meu
emprego de sonho?
Sou capaz de me
comprometer
para
conseguir
um
emprego?
Sou capaz de me
integrar no processo
de trabalho?
Pre- avaliação das
minhas
actuais
competências sociais;
Quais aquelas de que
já disponho
Formação e educação
anterior:
Experiência
de
trabalho anterior (tanto
paga como voluntária):
Disponibilidade para
Seg______Ter______Qua_____Qui______Sex______
frequentar os cursos:
111
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Auto avaliação
Por favor, indique as respostas que o descrevem melhor. Se ainda não
experimentou todas estas actividades, basta imaginar como se sentiria ao realizá-
É muito difícil para
mim.
É difícil para mim.
Isso é mais ou menos
fácil para mim.
Nome:_______________________
Isso é muito
para mim.
fácil
las:
Sentido espacial
Estou numa cidade em que nunca estive antes.
Tenho seguir um mapa.
Vou desenhar um croquis do apartamento /
casa onde vivo.
Vou montar o mobiliário seguindo instruções de
montagem.
Criatividade
Vou coleccionar vários artefactos diferentes e
criar com eles novas coisas.
112
É muito difícil para
mim.
É difícil para mim.
Isso é mais ou menos
fácil para mim.
Nome:_______________________
Isso é muito
para mim.
fácil
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Descubro novas soluções para os problemas.
Um amigo celebra seu aniversário dos 18 anos.
Vou decorar a sala para a festa.
Retenção
Lembro-me dos aniversários de todos os meus
amigos.
Lembro-me dos trabalhos de casa sem tomar
nota deles.
Quando vou fazer compras alimentos não
preciso duma lista de compras. Mesmo assim
não me esqueço de nada.
Trabalho em equipa & cooperação
Quando entro num novo grupo estabeleço
contacto com seus membros imediatamente.
113
É muito difícil para
mim.
É difícil para mim.
Isso é mais ou menos
fácil para mim.
Nome:_______________________
Isso é muito
para mim.
fácil
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Ao fazer um exercício de grupo, um membro do
grupo faz sugestões que não estão em
conformidade das minhas idéias. Eu aceito os
seus argumentos e não insisto nas minhas
sugestões.
Ao trabalhar numa equipa eu assumo tarefas de
que não gosto de fazer mas que são
importantes para o cumprimento dos objectivos.
Comunicação
Gostava de comprar um novo mp3 e pedir á
vendedora da loja que me informasse sobre os
artigos em exposição e os seus preços
Sinto-me perdido numa cidade desconhecida.
Portanto vou perguntar a alguém o caminho
para a estação de comboio.
Convenci os meus pais a aumentar o meu
dinheiro de bolso semanal utilizando razões.
114
É muito difícil para
mim.
É difícil para mim.
Isso é mais ou menos
fácil para mim.
Nome:_______________________
Isso é muito
para mim.
fácil
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Resolução de problemas
Recebi uma nova secretária. Penso que se
perderam algumas peças soltas. Tento de
imediato resolver o problema de alguma
maneira.
Estou a sair do centro de formação. De repente
vejo que a minha moto desapareceu. Começo a
pensar o que vou fazer agora.
O meu computador está sempre a ir abaixo.
Gostava de resolver eu próprio o problema e já
tem algumas idéias para isso.
115
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Auto-avaliação da motivação
Responda às perguntas com "Sim" e "Não".
Assim vai descobrir como avaliar sua própria motivação.
1. Leio cuidadosamente tudo o que é interessante para me...
Sim
Não
oo
2. Não hesito quando tenho que ajudar alguém em apuros.
Sim
Não
3. Escolho cuidadosamente o que vestir quando saio.
Sim
Não
4. Quando janto em casa comporto-me á mesa
do mesmo modo como o faço num restaurante.
Sim
Não
5. Nunca senti antipatia por ninguém.
Sim
Não
6. Muitas vezes, recuso-me a fazer qualquer coisa,
porque não confio nas minhas aptidões
Sim
Não
7. Gosto de falar negativamente de pessoas que não estão á volta.
Sim
Não
8. Ouço sempre atentamente a pessoa com quem estou a falar
não importa quem ele/ela é.
Sim
Não
9. Acho muitas uma razão “muito boa” para justificar os meus erros.
Sim
Não
10. Já me aconteceu tirar vantagem dos erros
ou da ignorância das outra spessoas
Sim
Não
11. Admito voluntariamente os meus erros.
Sim
Não
12. Às vezes tento “pagar com a mesma moeda” em vez de perdoar.
Sim
Não
13. Insisto sempre em obter as coisas da maneira como eu gosto
Sim
Não
14. Estou disposto a ajudar quando alguém pede um favor.
Sim
Não
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15. Irrita-se quando as pessoas
têm opiniões diferentes das suas?
Sim
Não
16. Penso sempre cuidadosamente o que levar quando vou de viagem.
Sim
Não
17. Acontece por vezes invejar o sucesso de outra pessoa.
Sim
Não
18. Por vezes fico chateado quando alguém me pede um favor.
Sim
Não
19. Penso por vezes que quando
as pessoas têm problemas recebem o que merecem.
Sim
Não
Sim
Não
20. Nunca falo de coisas desagradáveis com um sorriso na face.
Escala de pontuação:
Se respondeu com "Sim" às perguntas 1, 2, 3, 4, 5, 8, 11, 14, 15, 16, 20, tem um por cada
resposta.
Se respondeu com "Não" às perguntas, 6, 7, 9, 10, 12, 13, 17, 18, 19, tem um ponto por
cada resposta.
Conte os pontos!!
Quanto mais pontos tiver, tanto mais está motivado.
Se você tiver 20 pontos sua motivação é a mais elevada.
0
10
20
117
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Exemplos de alguns desafios
"Collecionar autógrafos"
Objectivo:
Entrar em contato, conhecer os outros
Material:
Folha de papel
Duração:
10 – 20 minutos
"Coleccionar autógrafos" é um jogo para conhecer outras pessoas. Os participantes
percorrem a sala olhando para as pessoas que coincidem com uma certa discricção
na sua folha de tarefas. Ou seja "procure alguém que fale, pelo menos, duas
línguas" (ver anexo). Quando encontrar alguém deve-se recolher o autógrafo da
pessoa. Este exercício mostra como se entra em contato com as outras pessoas e
como estas comunicam entre si. Também é muito benéfico para o desenvolvimento
da cooperação e comunicação revelando o seu potencial (ou seja, as competências
linguísticas).
"Construir uma torre de papel"
Objectivo:
cooperação.
Lidar com o stress (quando jogado com mais que um grupo e com um
limite de tempo)
Material :
papel, tsouras, fita adesiva
Duração: :
20 – 40 minutos
O grupo de participantes é dividido em subgrupos de 2-3 pessoas. A tarefa é
construir uma torre de papel tão alta quanto possível mas que se mantenha estável.
Do "lado errado"
Objectivo:
cooperação
Material:
uma toalha de mesa/ cobertor velhos
Duração:
5 – 15 minutes
O grupo coloca-se sobre a tolha de mesa/ cobertor. Têm de o revirar para a outra
face sem que qualquer parte do corpo dos participantes toque no chão. Cooperação;
são aspectos vitais deste exercício encontrar soluções e assumir a liderança.
118
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„Discussão Pro e Contra“
Objectivos: para lidar com argumentos e opiniões de outrém.
para discutir e reflectir pontos de vista; lidar com conflitos.
Material:
esferográficas e papel
Duração:
20 – 40 minutos
Este exercício é estruturado através duma discussão controlada entre duas partes. É
um método para partilhar uma ampla gama de pontos de vista. O tema deve ser
muito específico e contraditório para induzir a expressão de opiniões pro ou contra.
O grupo é devidido em dois subgrupos, pro e contra. Os dois grupos juntam
argumentos para seu “lado”.
Os dois grupos enfrentam-se. Um lado inicia uma argumentação, o outro responde.
Cada grupo tem um tempo de palavra limitado. O debate prossegue até estar
concluída a lista de argumentos preparada.
Critérios de Observação:
 Quais as capacidades comunicativas no grupo?
 Quem fala com ou pelos grupos?
 Quem pontua na persuasão?
 Quais os argumentos que o grupo escolheu? Por quê?
 Uso de linguagem corporal?
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Observação pelos formadores
Nome:
Muito
bom
Bom
Suficien
te
Insuficie
nte
Observações
É capaz de reconhecer
e
expressar
necessidades,
interesses
e
problemas, é capaz de
definir as expectativas
e
pesar diferentes
interesses
É capaz de lidar de
forma construtiva com
os
preconceitos
e
estereótipos
É capaz se aperceber
e expressar os seus
limites, é capaz de
definir e esclarecer as
violações destes
É capaz de reconhecer
as áreas de conflito e
de as nomear
120
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É capaz de identificar e
nomear problemas e
obrigações para poder
refletir sobre as suas
próprias acções
Percebe que problemas
são uma parte da vida
de todos nós e é capaz
de lidar com eles
Á capaz de identificar,
exprimir e partilhar os
seus próprios valores,
crenças e expectativas
Percebe o valor de auto
percepção e percepção
social
É capaz de lidar
activamente
com
problemas pesados
Está
ciente
da
comunicação verbal e
não verbal existente e é
capaz de usá-las de
forma adequada
121
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É capaz de expressar
emoções e sentimentos
sem ofender a outra
pessoa (assertividade)
É capaz de transmitir as
informações por forma
a
que
sejam
compreensíveis parar
diferentes
pessoas
(capacidade
de
se
adaptar a forma de
comunicação
em
relação à receptor)
É capaz se adaptar a
forma de comunicação
em relação à situação
(informações
unidirecionais
–
comunicação
bidirecional, mensagem
eu – mensagem você,
etc.)
É capaz de fazer uma
escuta activa
É capaz reconhecer
diferentes emoções e
mantém o autocontrolo
122
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Ficha de observação da avaliação das competências sociais
Competências sociais:

Trabalho em equipa e cooperação

Motivação

Gestão de conflito
Nome
Antes
Depois
das atividades do projecto
das atividades do projecto
____________________ ++ +
o
-
Observações ++
+
o
-
Observações
Trabalho em equipa e cooperação
Compromisso
com
trabalho da equipa
o
Capacidade de partilhar
efectivamente o tempo
Flexibilidade para trabalhar
em equipa
Capacidade de mediação
Capacidade
active
de
escuta
Gestão de conflitos
Ser capaz de reconhecer e
expressar
as
suas
necessidades, interesses e
problemas,
para
poder
definir as expectativas e
pesar
os
diferentes
interesses
Ser capaz de lidar de forma
construtiva
com
os
preconceitos e estereótipos
Ser capaz de se aperceberr
e expressar
os seus
próprios limites, para definir
e esclarecer as violações
destes
123
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Nome
Antes
Depois
das atividades do projecto
das atividades do projecto
____________________ ++ +
o
-
Observações ++
+
o
-
Observações
Ser capaz de reconhecer e
nomear as áreas de conflito
Ser capaz de olhar através
de diferentes perspectivas e
pontos de vista usando a
(auto)reflexão
Motivação
Entender
o
termo
motivação, ter capacidade
de explicar aos outros o
que significa, exemplos
práticos de "motores de
motivação".
Compreensão e ser capaz
de trabalhar com automotivação e motivação da
equipa / outros formandos/
pessoas á volta, etc. Sentir
a diferença entre a automotivação e a motivação
dos outros
Entender a posição do
“outro lado”, para não
assumir
uma
posição
defensiva quando alguém
tentar
motivá-loEstar
aberto e disposto a motivar
alguém
Entender a diferença entre
as estratégias directas e
indirectas de motivação.
Compreender a importância
de outros factores que
possam
influenciar
positivamente os aspectos
relacionados
com
a
motivação.
124
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Comente as suas tarefas
Comente as suas tarefas
Data: ____________________________
Nome: _____________________________
Tarefa (Descreva a tarefa pelas suas próprias palavras)
_____________________________________________________
_____________________________________________________
____________________________________________________
Os meus primeiros pensamentos sobre a tarefa:
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
_______________________________________________________
Do que é que eu gosto nesta tarefa:
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
O que é que é dificil para me:
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Eu gosto de realizar esta tarefa porque
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_
125
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Diário do projecto
Nome: __________________________________
Data
Tópico
Divertimento?

O que é que eu aprendi
Aptidões e competências
que eu utilizei
126
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Relatórios do progresso alcançado
O quadro seguinte resume a avaliação do progresso que foi alcançado pelo
formando. Neste documento será apontada a pontuação da avaliação dos 3 cursos
implementados e frequentados pelos formandos.
Usar a seguinte notação para a avaliação: 1- 4:

1 = Excelente

2 = Bom

3 = Suficiente

4 = Insuficiente
Avaliação do curso nº.
Áreas avaliadas
1
2
3
Global
Notações da avaliação
Formando
Progresso,
desenvolvimento pessoal Formador
Frequência
e Formando
cumprimento de horários Formador
Cooperação na equipa
Comunicação
Opiniões,
comportamento falado
Formando
Formador
Formando
Formador
Formando
Formador
Comprensão
do Formando
conteúdo das sessões
Formador
Capacidade
de Formando
implementar os novos
conhecimentos na prática Formador
127
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Atingir asmetas fixadas
Capacidade
reflexão
de
Formando
Formador
auto- Formando
Formador
Contribuição global para Formando
o modulo/ formação
Formador
Avaliação do desenvolvimento pessoal
Seguidamente, encontra uma listagem de serviços/ benefícios que lhe foram
proporcionados. Por favor, assinale com um círculo a gama de
conhecimentos/competências, de que se apropriou durante a execução de cada
serviço/ benefício
AS COMPETÊNCIAS DE QUE ME APROPRIEI DURANTE
A EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO:
COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO
1. Ter consciência da comunicação verbal e não verbal existente e capacidade
de usá-las de forma adequada:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
2. Ter capacidade de expressar emoções e sentimentos sem ofender a outra pessoa
(assertividade):
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
3. Ter capacidade de transmitir as informações de forma a que sejam compreensíveis
por diferentes pessoas (capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação
ao receptor):
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
128
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4. Ter capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação à situação
(informações unidirecionais– comunicação bidirecional, mensagem eu –mensagem
você, etc.)
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
Bom
Mau
Muito mau
5. Ter capacidade de escuta activa:
Excelente
Muito bom
6. Ter capacidade de reconhecer diferentes emoções e de autocontrolo
Excelente
Muito bom
Bom
PARTES DE QUE EU GOSTEI:
Mau
Muito mau
PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI:
JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ?
GESTÃO DE CONFLITOS
1. Ser capaz de reconhecer e expressar as próprias necessidades, interesses e
problemas, para poder definir expectativas e pensar sobre os diferentes interesses:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
2. Ser capaz de lidar de forma construtiva com os preconceitos e estereótipos:
129
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Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
3. Ser capaz de ver e expressar os seus próprio limites, para poder definir e esclarecer
as violações destes:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
4. Ser capaz de reconhecer e nomear as áreas de conflito:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
5. Ser capaz de olhar segundo diferentes perspectivas e pontos de vista usando a
(auto):reflexão:
Excelente
Muito bom
PARTES DE QUE EU GOSTEI:
Bom
Mau
Muito mau
PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI:
JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ?
LIDAR COM O STRESS
1. Perceber que os problemas são uma parte da vida de todos nós e ser capaz de lidar
com eles:
130
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Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
2. Identificar, expressar e partilhar os seus próprios valores, crenças e expectativas.
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
3. Compreender o valor do auto- percepção e da percepção social:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
4. Identificar e nomear os problemas e responsabilidades e ser capaz de refletir sobre
as suas próprias acções:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
5. Ser capaz de lidar activamente com problemas de peso:
Excelente
Muito bom
PARTES DE QUE EU GOSTEI:
Bom
Mau
Muito mau
PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI:
JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ?
EXPRESSÃO FACIAL, GESTOS E PERCEPÇÃO
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1. Ter capacidade de percepcionar e interpretar correctamente os sinais da
comunicação não-verbal (gestos, expressão facial, postura corporal):
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
2. Ter capacidade de expressar uma mensagem através de gestos, expressão facial e
postura:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
3. Ter capacidade de controlar a linguagem corporal de acordo com a intenção
comunicativa:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
4. Ter capacidade de reconhecer a especificidade cultural no uso da expressão facial,
gestos e postura corporal:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
Mau
Muito mau
5. Ter capacidade para a escuta activa:
Excelente
Muito bom
PARTES DE QUE EU GOSTEI:
Bom
PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI:
JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ?
MOTIVAÇÃO
132
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1. Entender o termo motivação e ter
capacidade de explicar aos outros o que significa, exemplos práticos de "motores
da motivação":
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
2. Compreender e ser capaz de trabalhar com auto-motivação e motivação da equipa/
outros formandos/ pessoas á sua volta, etc. Sentir a diferença entre a automotivação e a motivação dos outros:
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
3. Entender a posição do “outro lado” – para não assumir uma posição defensiva
quando algém tentar motivar-lo. Ser aberto e estar disposto a motivar alguém
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
Muito mau
4. Entender a diferença entre as estratégias de motivação directas e indirectas.
Excelente
Muito bom
Bom
Mau
5. Compreender a importância de outros factores que
positivamente os aspectos relacionados com a motivação:
Excelente
Muito bom
PARTES DE QUE EU GOSTEI:
Bom
Mau
Muito mau
possam
influenciar
Muito mau
PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI:
JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ?
133

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