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www.rechance.eu RE-CHANCE: Melhorar a empregabilidade dos jovens em risco Projecto no. 2009-1-AT-1-LEO05-0001188 GUIA METODOLÓGICO Desenvolvimento das competências sociais de jovens em risco PARCEIROS DO PROJECTO: BFI Oberösterreich - Project Coordinator, ÁUSTRIA Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft, ALEMANHA Universitá del Terzo Sektore, ITÀLIA Academy of Humanities and Economics in Lodz, POLÓNIA Tempo Training & Consulting, REPÚBLICA CHECA TBB - Türkischer Bund in Berlin-Brandenburg, ALEMANHA BGCPO - Bulgarian-German Vocational Training Centre – Pazardjik, BULGÁRIA Sonhos Para Sempre, CRL, PORTUGAL Este projecto foi financiado com o apoio da União Europeia. Este documento e todos os seus conteúdos reflectem somente o ponto de vista dos autores, não podendo a Comissão Europeia ser tornada responsável por qualquer uso que seja feito da informação nele contida. www.rechance.eu RE-Chance Guia para professors e formadores Setembro 2011 Para mais informações ver: www.rechance.eu Os materiais dos cursos respectivos publicados em CD estão disponíveis on line Contacto Berufsförderungsinsitut OÖ Raimundstr. 3, 4020 Linz, Austria Tel. +43 732 6922 0, [email protected] Editores: Berufsförderungsinstitut Oberösterreich, AUSTRIA Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft, GERMANY UniTS - Universitá del Terzo Settore, ITALY Academy of Humanities and Economics in Lodz, POLAND Tempo Training & Consulting, CZECH REPUBLIC BGCPO - Bulgarian-German Vocational Training Centre – Pazardjik, BULGARIA Sonhos Para Sempre, crl, PORTUGAL Print: FAB Pro.Work Support, Industriezeile, 4020 Linz Licenciado por “creative commons”. É autorizada a reprodução excepto para fins comerciais desde que seja indicada. O re.chance é um projecto Leonardo da Vinci d eTransferência de Inovação (2009-1-AT-1LEO05-0001188). Isenção de responsabilidade: Esta publicação foi compilada e editada pelas organizações participantes do projeto ReChance. Este projeto foi financiado com o apoio da União Europeia. Este documento e todo o seu conteúdo reflecte apenas as opiniões do autor, não podendo a Comissão ser responsabilizada por qualquer utilização que possa ser feita das informações nele contidas. 2 www.rechance.eu ÍNDICE 1) INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5 2) COMPETÊNCIAS SOCIAIS ................................................................................... 8 O que são competências sociais? .......................................................................... 9 Desenvolvimento de comptências e causas da falta de competências .................. 9 Fortalecimento das competências sociais ……………………………………………10 Competências sociais e capital social a sua importância no mercado de trabalho……………………………………………………………………………………11 3) METODOLOGIA ................................................................................................... 13 4) MÓDULO DE EDUCAÇÃO OUTDOOR ............................................................... 16 Educação outdoor- o que é? ................................................................................. 16 Quando teve início a educação oudoor? .............................................................. 16 Objectivos da educação outdoor ........................................................................... 17 Exercícios outdoor ................................................................................................ 18 Orientação ............................................................................................................ 20 Desportos.............................................................................................................. 23 5) AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 74 Métodos de observação e análise das competências sociais ............................... 74 A reflecção como método transversal…………………………………………………76 Métodos para medir as competências sociais………………………………………..77 Avaliação individual .............................................................................................. 79 Métodos de avaliação em grupo……………………………………………………….81 Portfólio ................................................................................................................. 83 7) A NOSSA EXPERIÊNCIA QUE QUEREMOS PARTILHAR ................................. 85 Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft (EBG) ALEMANHA ........ 85 BFI Oberösterreich ÁUSTRIA ............................................................................... 86 BGCPO-Bulgarian-German Vocational Training Centre-Pazardjik BULGÁRIA .... 88 Universita del Terzo Settore ITÁLIA ...................................................................... 90 Tempo Training & Consulting REPÚBLICA CHECA ............................................. 91 Academy of Humanities and Economics in Lodz POLÓNIA ................................. 93 Sonhos Para Sempre, crl PORTUGAL ................................................................. 95 8) RESUMO.............................................................................................................. 99 9) REFERÊNCIAS .................................................................................................. 104 10) ANEXO- FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO .................................................... 108 3 www.rechance.eu Entrevista sobre "Competências sócio- comunicativas"- avaliação das necessidades de formação ................................................................................. 108 FERRAMENTAS INDIVIDUAIS……………………………………………………….111 Auto-avaliação .................................................................................................... 112 Auto- avaliação da motivação ............................................................................. 116 Exemplos de alguns desafios ............................................................................. 118 Observação pelos formadores ............................................................................ 120 Ficha de observação na avaliação das compatências sociais…………..………..123 Comente as suas tarefas .................................................................................... 125 Diário do projecto ................................................................................................ 126 Relatórios do progresso alcançado ..................................................................... 127 Avaliação do desenvolvimento pessoal .............................................................. 128 4 www.rechance.eu 1) INTRODUÇÃO Os jovens em risco de famílias em situação de desfavorecimento, minorias étnicas ou de famílias com antecedente de imigração têm menores oportunidades de integração social, cultural e no mercado de trabalho. Essas oportunidades têm vindo ainda a reduzir-se em muitos países Europeus nos últimos anos. Na margem da exclusão social e da pobreza há um elevado número de jovens desempregados. Muitos desses jovens vêm de grupos, que estão já em desvantagem no mercado de trabalho, por exemplo, aqueles que têm uma história familiar intergeracional de desemprego, fraca educação parental, dependência do dos apoios sociais ou com antecedente de imigração/ minorias étnicas. Estes factores podem prejudicar significativamente a capacidade dum jovem se envolver na comunidade, estudando e trabalhando, e portanto, vão perpetuando os problemas sociais e económicos. Há uma significativa quantidade de evidências que nos permitem concluir que as expectativas que os pais, os professores e a sociedade têm á partida sobre a capacidade e o sucesso destes alunos têm impacto nos seus resultados. A auto-confiança nas suas próprias capacidades pode ser prejudicada. O projecto RE-Chance destina-se a esses jovens de famílias socialmente desfavorecidas, jovens delinquentes e jovens com antecedente de imigração, nos países parceiros, Austria, Alemanha, Polónia, Bulgária, Portugal, Itália e República Checa. A missão do projecto é contribuir para que se quebre o ciclo vicioso de desmotivação, exclusão social e pobreza através da formação em competências sociais, pessoais metodológicas da EFP dos jovens imersos em circunstâncias difíceis, para promover e “reparar” a confiança nas suas próprias capacidades. O aconselhamento aos pais, professores e técnicos sociais que trabalham com estes jovens para aumentar as possibilidades de melhorar as suas competências sociais é também um aspecto adicional do projecto. O projecto adaptou e implementou os modulos de formação que foram desenvolvidos no projecto Leonardo da Vinci SOCO – VET: Gestão de Conflitos Sucesso na Comunicação e Interacção Motivação Tolerância Processos Correctos de Tomada de Decisão Percepção Trabalho de Grupo e Cooperação Lidar com o Stress DISC ou como fortalecer as próprias capacidades O projecto SOCO-VET foi iniciado (tal como o Re-Chance é) na perspectiva de que as pessoas adquirem competências sociais através de todos os tipos de interacção, com os seus pais, nos jogos, em conjunto com outras pessoas ou enquanto estudam ou trabalham. Os estudos levados a cabo no campo das teóricas educativas ou das 5 www.rechance.eu práticas formativas mostram que as competências sociais, enquanto dimensão do conhecimento e da capacidade profissional, assumem muitas svezes um posicionamento periférico. Os formadores têm ainda conhecimentos e um controlo diminutos relativos á aplicação de métodos que contribuam para o aperfeiçoamento das competências sociais. Estas não têm sido promovidas através de modelos orientados para atingir metas definidas. Através da formação em competências sociais, tendo por base os módulos e ferramentas do SOCO- VET, os formandos encontraram- nas situações sociais em que antes não se sintiam confortáveisformas apropriadas de lidar com os outros estudantes, colegas, chefes, formadores, clientes, pais ou amigos, monitorizando as suas próprias observações e colocandoas em prática. Ao fazê-lo, consciencializaram-se que não somente tal envolve a expressão adequada dos seus próprios sentimentos, pensamentos e necessidades (através de palavras, expressão facial e gestos), mas também de que os sentimentos, pensamentos e necessidades dos seus homólogos estavam do mesmo modo implicados. O projecto RE-Chance adaptou e traduziu os módulos SOCO-VET em todas as línguas da parceria (Bulgaro, Checo, Italiano, Polaco e Português), podendo estes ser descarregados em http://www.rechance.eu – e também em Alemão e Inglês. Grupos alvo em cada país parceiro: BFI, AT Jovens migrantes á procura de formação profissional BGCPO, BG EBG, DE Jovens socialmente desfavorecidos Presos. com antecedente de minorias TEMPO, CZ UniTS, IT AHE, PL Estudantes Jovens Jovens com com socialmengte necessidades problemas excluídos permanentes sociais SPS, PT Jovens da 2º geração de imigrantes, minorias étnicas e religiosa Conselheiros Pais, Formadores de Pais e d ejovens; Guardas da Trabalhadore Trabalhadore membros e desempregado conselheiro Trabalhadore prisão. s sociais s sociais conselheiros s s s sociais das famílias Professores e Professores formadores cinselheiros da FP e Formadore Curadores, s das conselheiros prisões Formadores professors Pais e consultores professores escolares, e da FP, etc Conselheiros formadores de EFP e líderes das organizaçõe s e redes sociais O Guia do Re-chance destina-se a professores, formadores e conselheiros ajudando-os a transferir o conhecimento que foi reunido e desenvolvido no âmbito deste projecto. O Guia é para ser entendido como uma recomendação metodológica, sendo aconselhável que aqueles o leiam antes de iniciar o curso. Está dividido em capítulos tendo a sua elaboração sido feita pelos representantes das instituições envolvidas. 6 www.rechance.eu PARCEIROS DO PROJECTO: BFI Oberösterreich - Project Coordinator, ÁUSTRIA Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft, ALEMANHA UniTS - Universitá del Terzo Settore, ITÁLIA Academy of Humanities and Economics in Lodz, POLÓNIA Tempo Training & Consulting, REPÚBLICA CHECA TBB - Türkischer Bund in Berlin-Brandenburg, ALEMANHA BGCPO - Bulgarian-German Vocational Training Centre – Pazardjik, BULGÁRIA Sonhos Para Sempre, CRL, PORTUGAL O “RE-CHANCE Melhorar a Empregabilidade dos Jovens em Risco” é um projecto Leonardo da Vinci (2009-1-AT-1-LEO05-0001188) financiado pela União Europeia com a duração de 24 meses (Outono 2009 – Outono 2011). 7 www.rechance.eu 2) COMPETÊNCIAS SOCIAIS A sociedade actual coloca aos indivíduos questões que os confrontam com desafios complexos em muitos aspectos das suas vidas. É-lhes requerida uma grande variedade de competências para responder a essas questões (OECD 2005). Em especial, os requisitos face ao mercado de trabalho estão a aumentar. Além das competências em especialidades e em metodológias, que estão sujeitas a uma mudança constante devida ao desenvolvimento tecnológico, são cada vez mais requeridas competências sociais (tais como capacidade para trabalhar em equipa) (Geißler/Orthey 2002, Reißig 2007). Um estudo alemão mostrou que as empresas dão muito relevo às competências sociais dos aprendizes. Contudo, os resultados deste estudo sugerem que existem cada vez maiores falhas no campo das competências sociais (capacidade para trabalhar em equipa, competências para lidar com o conflito DIHK 2005). As exigências feitas pelo mercado de trabalho representa um obstáculo que é difícil de ultrapassar pelos jovens (Franke 2008), um facto também destacado pelas taxas de desemprego jovem (abaixo dos 25 anos) nos países Europeus1 (EUROSTAT 2011). Ao entar na vida activa, esses jovens estão cada vez mais confrontados com dificuldades, relativamente ás quais se encontram em desvantagem, que resulta da interacção das suas características individuais, características estruturais e das solicitações do mercado de trabalho. A desvantagen pode resultar de várias características. Exemplos disso são as peculiariedades sociais, tais como a exteriorização de problemas comportamentais ou as falhas acima referidas no campo das competências sociais, dificuldades de aprendizagem, pobreza ou problemas de linguagem (devido á imigração) (Braun et al 1999). A nível político europeu têm-se em conta as crescentes exigências que o mercado de trabalho coloca aos jovens. A Recomendação do Parlamento Europeu e do Conselho de 18 de Dezembro de 2006 relativa às competências chave da aprendizagem ao longo da vida, apontam para que deva ser assegurado que “a aprendizagem e os sistemas de formação profissional ofereçam a todos os jovens os meios para desenvolver competências chave a um nível que os apetrechem para a vida adulta, e que constituam uma basa para a formação contínua e vida laboral” (Jornal Oficial da União Europeia, 2006). As competências sociais são explicitamente definidas como competências chave. Além disso, a situação das pessoas desfavorecidas é particularmente sublinhada: "Em particular, com base nas diversas competências individuais, deve ter-se em conta as múltiplas necessidades dos alunos, garantindo a igualdade de acesso para aqueles grupos que, devido a situações de desfavorecimento educativo causadas por circunstâncias pessoais, sociais, culturais ou económicas, necessitam de apoio especial para alcançar o seu potencial educativo”. Exemplos de tais grupos incluem pessoas com baixas competências básicas, em especial com baixa alfabetização, abandono escolar precoce, os desempregados de longa duração e as que regressam ao trabalho 1 Em 2010, a taxa de desemprego dos abaixo dos 25 anos era de 8.8 % na Austria, 9.9 % na Alemanha, 27.8 % em Itália, 23.7 % na Polónia, 27.7 % em Portugal, 23.2 % na Bulgária e 18,3% na República Checa. 8 www.rechance.eu depois de um grande período de desemprego, idosos, imigrantes e pessoas com deficiência" (Jornal Oficial da União Europeia, 2006). Atendendo á importância das competências sociais enquanto competências-chave para corresponder ás solicitações trazidas pela sociedade actual, é imperativo, em conseqüência, chegar a uma definição do que são competências sociais. Além disso, devemos lidar com os factores que influenciam o desenvolvimento das competências sociais, com as possibilidades de as melhorar para reforçar as oportunidades do indivíduo no mercado de trabalho. Finalmente, teremos também de examinar a questão de como medir as competências sociais. O que são competências sociais? Competência social: A totalidade dos conhecimentos dum indivíduo, aptidões e capacidades que reforçam a qualidade do seu comportamento social – no sentido da definição dada ao comportamento socialmente adaptado (Kanning 2003:15). A definição de competência social mostra que é um termo de cobertura para a totalidade do conhecimento de uma pessoa, aptidões e capacidades que lhe permitam agir socialmente. Por conseguinte, cada capacidade e aptidão relevante isolada e todos os conhecimentos relevantes isolados são uma competência social. Portanto as competência sociais são uma construção multidimensional. Do ponto de vista do conhecimento, torna-se compreensível que incluam a informação sobre regras básicas – culturalmente determinadas - de coexistência humana. As competências devem ser considerados como aptidões gerais ancoradas na personalidade do indivíduo (por exemplo: extroversão). As aptidões e capacidades, por outro lado, concentram-se em competências específicas adquiridas. Ao interagir, são sempre várias as competências que intervêm simultaneamente (conhecimento, aptidões, capacidades). Kanning (2003:17): ilustra isso, dando o exemplo da saudação. Um indivíduo tem de saber como cumprimentar uma pessoa. Além disso, deve ter adquirido a capacidade de efectuar a saudação (apertarem-se as mãos com a mão direita, olhando nos olhos um do outro). Dependendo das competências (extroversão), a saudação será um pouco tímida ou passiva (por exemplo, um aperto de mão fraco) ou activa e amigável (por exemplo, um aperto de mão firme). Este exemplo mostra ainda que as competências sociais dependem fortemente duma determinada situação. Situações específicas exigem competências sociais específicas. Desenvolvimento competências das competencias e causas da falta de De acordo com os objectivos da União Europeia, os sistemas educativos e de formação profissional devem oferecer a todos os jovens meios para desenvolver as competências-chave até um nível que os prepare para satisfazer as exigências da vida profissional (Jornal Oficial da União Europeia, 2006). A questão que se coloca é, portanto, saber quais os factores que favorecem o desenvolvimento de competências sociais ou que o dificultam. As competências sociais são o resultado 9 www.rechance.eu da totalidade das experiências de socialização do indivíduo 2. A origem das competências sociais encontram-se nos primeiros anos da infância. Em psicologia do desenvolvimento, o desenvolvimento de competências sociais básicas é considerado uma importante etrapa de desenvolvimento na infância, considerandose que na adolescência, essas competências devem tornar-se diferenciadas (Hurrelmann 2007). Se as etapas de desenvolvimento não forem suficientemente atingidas, é muito provável que a diferenciação e desenvolvimento das competências sociais falhe na adolescência também. Fortalecimento das competências sociais Há uma multiplicidade de abordagens com a finalidade de reforçar as competências sociais (para uma visão geral, consulte Hinsch/Pfingsten 2002 e 2002 Jerusalém/Klein-Heßling). Algumas abordagens seguem a linha das teorias de aprendizagem (entre outros Bandura 1997), alegando que as falhas em matéria de competências sociais podem ser compensadas assumindo um "comportamento socialmente adaptado". Estas teorias não engrenam explicitamente nas causas das falhas. Outrossim intervêm na suposição que as competências se exercitam através das práticas comportamentais.. Hinsch e Pfingsten (2002) apontam para uma boa base empírica que parece provar a eficácia de tais abordagens. Outras abordagens, no entanto, centram-se mais na base cognitiva da falha de competências, por exemplo, Jugert et al (2010). Presume-se que as deficiências em matéria de comportamento socialmente adaptado são causadas por falhas ao nível do processamento de informações (por exemplo, problemas que têm em conta outras perspectivas, ou seja, a intenção do parceiro da interação não é interpretada correctamente). Estas falhas podem remediar-se por programas de formação dirigida. Também foi possível demonstrar o efeito positivo de tais abordagens (Hinsch/Pfingsten 2002). Além disso, deve considerar-se o papel das expectativas sociais de auto-eficácia. A convicção de ser capaz de dominar as exigências sociais exibindo um comportamento próprio, mesmo em condições difíceis é uma condição importante para se assumir um comportamento socialmente adaptado. Quando se duvida da sua auto-eficácia social, tende-se a evitar situações que exijam um comportamento socialmente adaptado. Por conseguinte, persistem as falhas de competência. Os programas que visam reforçar as expectativas sociais de auto-eficácia são particularmente bem sucedidos se derem aos indivíduos a oportunidade de se en tenderem a si próprios como socialmente adaptados (Jerusalém/Klein-Heßling 2002). Finalmente tem de ser abordada a questão da motivação dos participantes em programas que visam aperfeiçoar as competências sociais. Os grupos-alvo têm frequentemente experiências escolares extremamente negativas, que geram um 2 Á Á parte das condições de socialização, os factores biológicas e genéticas têm também influência no desenvolvimento das competências sociais (Eisenberg et al 2005). Como não há intervenções para reforçar as competências sociais derivadas da influência de factores biológicos não os tratamos aqui. 10 www.rechance.eu efeito negativo na sua "ânsia de aprender". Para combater o baixo nível de motivação quando se trata de participar activamente em programas de melhoria das competências, é essencial criar um modelo de formação que não seja também ele enviesado. (Jugert et al 2010). As competências sociais e o capital social – a sua importância no mercado de trabalho A falha das competências sociais, tais como a capacidade de cooperar com outras pessoas ou a capacidade de lidar com conflitos, constituem por si só um obstáculo para a transição da escola para o mercado de trabalho, onde geralmente são tidas como "capacidade para trabalhar em equipa", um termo muito estafado, do qual se espera uma competência importante se tivermos em conta os anúncios de emprego nos jornais (Orthey 2002). Um estudo alemão sublinha a forte procura de competências sociais como é evidenciado nos anúncios de emprego (Dietzen 1999, citado em Orthey 2002). Para além desta influência directa das competências sociais do indivíduo nas suas perspectivas face ao mercado de trabalho (por exemplo, as competências do indivíduo não correspondem às competências necessárias), existem várias influências indirectas resultantes da deficiência das competências sociais que condicionam as suas oportunidades no mercado de trabalho. Estas resultam, entre outras coisas, do facto de as falhas em matéria de competências sociais estarem ligados a outros factores que também afectam o perfil de empregabilidade do indivíduo. As competências sociais e o desempenho escolar As competências sociais não são só por si mesmo um objectivo de socialização "que valha a pena perseguir", mas servem também de suporte á aquisição de conhecimentos e capacidades cognitivas. Um estudo, por exemplo, indica uma relação entre o desempenho escolar e as competências sociais (1991 Wentzel, Jerusalém/Klein-Heßling 2002). Os alunos com baixas competências sociais têm um desempenho escolar mais fraco, que conduz subsequentemente a um nível mais baixo de escolaridade, o que constitui um outro obstáculo para a transição para a vida activa (Dornmayr 2006, Steiner 2009). As competências sociais e o capital social As competências sociais contribuem para a formação de capital social e para uma maior coesão social (Rychen 2003). O capital social pode ser definido como aqueles recursos3 que se enraizam na rede social do indivíduo e podem mobilizar-se e ser usados numa acção visada (Lin 1999:35). Tal põe em evidência o factor de conexão com a importância das competências sociais. As competências sociais são um requisito importante para o estabelecimento de relações sociais e para a formação de redes sociais, as quais constituem o fundamento do capital social. Indivíduos com 3 Deve chamar-se precisamente a atenção de que no campo das competências socias, nunca foi geralmente aceite uma qualquer definição de capital social (para as diferentes definições ver Healy et al (2001)). 11 www.rechance.eu competências sociais fracas têm relacionamentos sociais positivos. dificuldades em estabelecer e manter Os estudos indicam a importância da rede social e do capital social nas formas de arranjar um emprego. Tendo por base os níveis de baixos rendimentos na Alemanha (1998-2002), Brandt (2006), chega-se à conclusão que cerca de um terço dos desempregados encontrou um novo emprego devido aos seus contactos sociais. Além disso, a oportunidade de sair do desemprego sobe com o número de contactos sociais muito próximos e da sua "latitude". Freitag (2000) chega a resultados semelhantes para a Suíça. A importância do capital social reaparece no contexto do conceito de empregabilidade Fugate et al (2004). As redes sociais melhoram a empregabilidade do indivíduo, na medida em que lhe permite utilizar os contactos sociais informais para encontrar um emprego (por exemplo, um amigo tem um amigo que conhece alguém que tem uma vaga). Em resumo, os indivíduos que apresentam falhas em matéria de competências sociais não só têm menos oportunidades no mercado de trabalho, como não satisfizem os requisitos necessários em termos de comportamento socialmente adaptado, mas também (1) evidenciam falhas em competências profissionais em metodológias e académicas (fraco desempenho escolar e um baixo nível de escolaridade ou sem conclusão da escolaridade nem formação profissional, …), (2) apresentam características (problemas comportamentais, adições, delinquência) que os tornam pouco atraentes para potenciais empregadores, e, (3) finalmente têm muito poucas redes sociais de que se pudessem servir para a transição da escola para a vida activa. 12 www.rechance.eu 3) METODOLOGIA Implementação das actividades de formação A inovação do projecto RE-CHANCE está numa abordagem do processo formativo orientada para o desenvolvimento das competências sociais de jovens desfavorecidos. As necessidades dos participantes são vitais para todas as actividades do projeto. As actividades de formação são parte de um triângulo composto por formação teórica (actividades “indoor”) juntamente com actividades “outdoor”, apoiadas por um aconselhamento, avaliação e acompanhamento individualizado. Este triângulo integra um conjunto de actividades complexas e mutuamente interligadas. Todos esses componentes constituíram uma abordagem única e original para o ensino e a formação em competências sociais, que ajudaram a alcançar com eficácia e successo todos os objectivos e intenções do projecto. Actividades Outdoor Formação teórica (seminários/ oficinas / actividades indoor) Aconselhamento e avaliação individuais A metodologia do projeto baseia-se no desenvolvimento das competências sociais através diversos módulos de formação e actividades “outdoor”, numa abordagem holística para: superar barreiras pessoais; identificar e desenvolver os pontos fortes; desenvolver auto-estima; melhorar as competências sociais e interpessoais; construir a confiança na capacidade de aprender; fazer uma transição bem sucedida para a vida autónoma, educação, formação ou trabalho. A formação em competências sociais foi dividida, em seguida, em duas partes distintas, mas estreitamente ligadas: parte teórica e outra de actividades “outdoor” – suportadas pelo aconselhamento individual e avaliação. 13 www.rechance.eu 1) A parte teórica foi composta de aulas e oficinas destinadas à formação em competências sociais, pessoais e metódológicas no domínio da EFP. Os materiais da formação estão disponível no site do projeto (http://www.rechance.eu) em todas as línguas dos parceiros. 2) Um dos valores acrescentados mais importantes do projeto RE-CHANCE foram os exercícios “outdoor”. Á medida que os formandos foram exercitando directamente na prática e situações da vida as competências e o conhecimento da parte teórica em resultado do processo de formação, os exercícios “outdoor” revelaram-se um método muito poderoso e eficaz para o desenvolvimento das suas competências sociais, que os ajudaram a integrar-se no local de trabalho e apoiaram a sua inclusão social, depois de terem incorporado essas capacidades e conhecimentos nas situações da vida real. Como os grupos-alvo variaram um pouco de país parceiro para país parceiro, no desenvolvimento do projecto foram implementados diferentes métodos e jogos “outdoor”. Em geral os exercícios “outdoor” incluíram jogos de construção de equipa, actividades de orientação/corrida mas também actividades em público e conjuntamente com instituições /políticos, como o rali na cidade, e, um desafio de pesquisa de emprego de cidade, meditação etc. 3) A terceira parte integrante da formação do RE-CHANCE foi o trabalho individual com os formandos e a avaliação. A abordagem avaliativa foi uma das principais actividades realizadas no âmbito do projecto tendo permitido comunicar directamente com os participantes e descobrir individualmente quais as possíveis causas da sua exclusão social e ao mesmo tempo documentar o seu progresso. A avaliação continha três níveis específicos: Avaliação ex ante: entrevistas pessoais – identificação de necessidades Avaliação on going: entrevistas pessoais – identificação de progresso Avaliação ex-post: entrevistas pessoais – identificação do impacto, desenvolvimento de soluções de continuidade. - As entrevistas pessoais foram a pedra angular da comunicação com os participantes. Durante este processo foram debatidos e descobriram-se os seus interesses e expectativas particulares. - A avaliação foi implementada por tutores com experiência no trabalho com os grupos-alvo. Graças à abordagem avaliativa individualizada estes criaram uma atmosfera de confiança que permitiu debater abertamente com os participantes os seus sentimentos e opiniões, bem como sua melhoria em campos determinados. Na maioria dos casos a avaliação individual ajudou a identificar dificuldades e problemas com o processo de aprendizagem, bem como os da sua vida pessoal e trabalho. As entrevistas da avaliação tiveram efeitos muito positivos na melhoria das competências sociais dos aprendentes, sobretudo na sua autoconfiança e motivação para a EFP, ensino superior e no processo de inclusão social. - Todas as entrevistas foram relatadas, usando os métodos de avaliação desenvolvidos no âmbito do projecto RE-CHANCE, adaptados pelos parceiros tendo em conta os grupos-alvo envolvidos. Alguns dos participantes frequentaram actividades formativas adicionais organizadas pelos serviços de emprego locais. Os participantes tiveram a oportunidade de obter novas qualificações, melhorar a sua capacidade profissional e competências, 14 www.rechance.eu comunicar activamente com os empregadores e beneficiar dum aconselhamento especial de orientação para o mercado de trabalho dado por especialistas dos centros de emprego ou de outros serviços vinculçados com a aplicação medidas para o emprego implementados pelos pelos prestadores de EFP. O portfólio de avaliação, bem como as actividades “out-door” representaram um valor adicional e inovador do projecto RE-CHANCE, sendo explicados e descritos nas seguintes unidades. 15 www.rechance.eu 4) MÓDULO DE EDUCAÇÃO “OUTDOOR” Este módulo é dedicado a professores e formadores no domínio da EFP e também aos conselheiros, pais e outros que trabalham com jovens e que gostam de incluir educação “outdoor” nas suas práticas de ensino e rotina diária. Tem três objetivos: dar informações básicas sobre educação “outdoor”. apresentar vários exercícios “outdoor” prontos para uso e fáceis de adaptar pelos formadores da EFP. dar inspiração para olhar mais de perto esta area Educação “Outdoor” – o que é? A educação “outdoor” pode ser entendida como uma área de conteúdo curricular, como um grupo de actividades e como um método de ensino. As definições de educação “outdoor” variam de acordo com a cultura, filosofia e as condições locais. Provavelmente a explicação mais fácil é dizer que a educação “outdoor” se refere a uma aprendizagem organizada que ocorre ao ar livre (Aureolada, 2006). Os programas de educação “outdoor” envolvem experiências na área de residência ou em deslocações, em que os estudantes participam numa variedade de desafios de aventura sob a forma de actividades ao ar livre, como caminhadas, escaladas, orientação, canoagem, slide ou jogos de grupo. A educação “outdoor” baseia-se na filosofia, teoria e práticas de educação experiencial e de educação ambiental. A educação “outdoor” também pode ser definida como aprendizagem experiencial em ou para o ar livre. (Aureolada, 2006, Wikipédia, Ken Gilbertson, Timothy Bates, Terry McLaughlin, Alan Ewert, 2006). De acordo com Wrigley (2010) acontecendo ao ar livre é uma experiência sensitiva onde natureza, corpo, emoções, sentidos e mente tem um desempenho “são” , muito importante uma vez que permitem elevar a intensidade da experiência e incorporar a aventura no processo educativo. O ar livre é um lugar onde os participantes têm a oportunidade de actualizar e expandir os seus conhecimentos sobre os conteúdos curriculares. Descobrem ideias para o seu crescimento pessoal e ao mesmo tempo desenvolvem relações comunitárias positivas. Podem exercitar-se ao ar livre muitas competências e realizar várias actividades, incluindo comunicação, cooperação, resolução de problemas, tomada de decisão, cidadania e pensamento crítico. A educação “outdoor” usa o ambiente natural para ajudar os participantes a aprender experimentalmente. O espaço de aula ao ar livre é ilimitado permitindo diferentes tipos de aprendizagem sendo ao mesmo tempo um desafio para os alunos e para os professores. Quando se iniciou a educação “outdoor”? A educação “outdoor” moderna não tem "um pai" e deve seu início a diferentes iniciativas. No final do século XIX e início do século XX na Europa, o Reino Unido, os EUA, a Austrália e a Nova Zelândia organizavam diferentes formas de campismo. 16 www.rechance.eu Em 1907 o movimento escuteiro foi criado por Robert Baden-Powell, empregando a educação não-formal com ênfase na prática de actividades ao ar livre. As Escolas da Floresta da Dinamarca são exemplos de programas europeus com objectivos semelhantes. Um pioneiro chave da educação “outdoor” foi Kurt Hahn, um educador alemão que fundou escolas como a Schule Schloss Salem na Alemanha, a escola de Gordonstoun na Escócia, o Atlantic College no país de Gales, o movimento Colégios do Mundo Unido, e o prémio Duque de Edimburgo (que enfatiza o serviço á comunidade, competências no artesanato, capacidade física e expedições ao ar livre), e o movimento Outward Bound. (http://en.wikipedia.org/wiki/Outdoor_education). Na segunda metade do século XX registou-se um crescimento rápido da educação “outdoor” em todos os sectores (Estado, voluntariado e comercial) com uma gama cada vez maior de grupos de clientes e procura. Neste período as escolas da Outward Bound espalharam-se por mais de 40 países em todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, na década de 1960. Isso, por sua vez, gerou uma grande ramificação de programas, incluindo o Projecto Aventura e o National Outdoor Leadership School e de associações profissionais, como a Wilderness Education Association e a Association for Experiential Education. (http://en.wikipedia.org/wiki/Outdoor_education). Os objectivos da educação “outdoor” Vários autores (ou seja, Adkins, c., Simmons, b., Ford, p.) distinguem diferentes objectivos para a educação outdoor, mas, para os materiais do projecto, consideramos alguns objectivos típicos, que são: Saber como superar as adversidades Desenvolver-se pessoal e socialmente Desenvolver um relacionamento mais profundo com a natureza É por isso que educação “outdoor” é uma ferramenta muito boa para a introdução de novos métodos experimentais no ensino profissional, bem como para leccionar conteúdos "antigos" de uma nova maneira. Através da educação “outdoor” os estudantes envolvem-se eles próprios física, mental e emocionalmente. Um exemplo que explica muito bem o que é a educação “outdoor”, foi apresentado por S.Priest, (1988) e é chamado "A escada da aprendizagem ambiental". 17 www.rechance.eu The experimental learning process- O processo de aprendizagem experimental Intrapersonal relationships- Relações intrapessoais Ecosystemic relationships- Relações Ecosistémicas Interpersonal relationships- Relações interpessoais Ekistic relationships- Relações territoriais Adventure education- Educação pela Aventura Environmental education- Educação ambiental Outdoor education- Educação outdoor Interdisciplinary curriculum matter- Área de currículos interdisciplinares Cognitive- Cognitiva Sound- Audição Intuition- Intuição Touch- Tacto Motoric- Motora Taste- Paladar Sight- Visão Smell- Olfacto Affective- Afectiva 18 www.rechance.eu Exercícios “Outdoor” Os parceiros do projecto decidiram adaptar, criar e apresentar exercícios em três áreas técnicas: orientação, desportos e jogos. Há muitos exercícios que podem ser implementados facilmente porque não precisam de muito equipamento especializado, podendo realizar-se sem dificuldades no contexto da formação profissional. Na verdade ao implementar este módulo encorajamos todos a experimentar e modificar os exemplos dados e criar outros tendo em conta as necessidades do seu grupo-alvo. Cada exercício tem a mesma estrutura onde são dadas todas as informações necessárias para a sua execução. Esse modelo é mostrado abaixo: 1.Descrição do exercício Título do exercício Objectivo – irá indicar-lhe que competências e capacidades se podem desenvolver usando o exercício Para quem – irá indicar-lhe os grupo-alvo do exercício Técnicas – irá indicar-lhe quais as técnicas em que o exercício se baseia. O que é necessário para executar o exercício – o que se precisa de ter para executar o exercício Duração do exercício- tempos aconselhados de duração. Tamanho do grupo – número de participantes sugerido 2. Processamento de ideias As instruções a serem dadas aos participantes Realização do exercício – faz a descrição da evolução esperada, momentos de adrenalina, instruções adicionais para os participantes, variações do exercício. 3. Conclusões Sugestões de perguntas e comentários para ajudar seus alunos a entender a ideia do exercício e para reflectir sobre os resultados Os exercícios de educação “outdoor” apresentados enfatizam um ou mais dos seguintes objectivos específicos: Melhorar o trabalho em equipa e cooperação Melhorar a capacidade de comunicação Lidar com o stress Construção de equipas Capacidade de sobrevivência ao ar livre Melhorar a capacidade de resolução de problemas 19 www.rechance.eu Perceber o ambiente natural Expandir os seus próprios limites Lidar com conflitos no grupo Melhorar a auto-determinação Lidar com novas/ situações desconhecidas Fortalecer a motivação Criar novas perpectivas e soluções Lidar com o falhanço Assertividade Paciência Divertir-se ORIENTAÇÃO Adaptar a Orientação a Grupos com Necessidades Especiais Partes básicas A versão moderna de orientação nasceu na Suécia como um desporto competitivo. Há diferentes tipos de orientação. A orientação a pé no exterior (floresta, campo, montanhas) é o mais comum, mas também pode fazer-se em esquis, bicicletas de montanha, cavalos ou de canoa. As pessoas com mobilidade reduzida podem também participar nas versões oficial de orientação sob medida para atender às suas Símbolo Orientação necessidades. da É dado a cada participante um mapa topográfico com os vários pontos de controle dentro de um círculo. Cada ponto tem um marcador de bandeira e um punção distintivo que é usado para marcar o indicador. A orientação competitiva envolve correr de ponto de verificação em ponto de verificação. É mais exigente do que a corrida de estrada, não só por causa do terreno, mas porque quem está a orientar-se deve concentrar-se constantemente, tomar decisões e controlar a distância percorrida. No entanto, a capacidade do concorrente de pensar sob pressão e fazer decisões correctas é mais importante do que velocidade ou resistência. Equipamento necessário O mapa: o mapa ideal para um curso de orientação é um mapa topográfico a cores, 20 www.rechance.eu preciso e em grande escala. Um mapa topográfico é uma representação gráfica de recursos naturais e artificiais seleccionados de uma parte da superfície da terra, desenhada numa escala definida. Um compasso: é importante para a actividade competitiva. Nem sempre é necessário para os exercícios não-competitivos, dependendo da dificuldade do terreno ou do local onde está preparado o campo da actividade. Uma bandeira de controlo: normalmente são a três dimensões e feitas de nylon laranja e branco. É geralmente pendurada numa base ou árvore. Junto ao controlo está um punção codificado. O punção: O punção pode ser manual ou electrónico; É usado para verificar que o local do controle foi encontrado pelo participante; podem ser utilizadas outras soluções como recolher objectos específicos perto do sinalizador de controle; tirar fotos da bandeira de controle e muitos outros. Para actividades de orientação adaptada será preciso adicionar todo o material adequado a esta situação específica; nas páginas seguintes encontram-se alguns exemplos. Pré- requisitos Para os participantes: leitura de mapas, uso de bússola, noções básicas de respeito uns pelos outros e regras de grupo; para a orientação adaptada basta explicar os detalhes dos exercícios, tais como a área da actividade, o caminho a ser seguido, os objectos que devem ser recolhidos, os locais a serem fotografados e assim por diante. Para os monitores ou pessoas responsáveis: formação específica. experiência anterior em actividades semelhantes, bons conhecimentos do grupo e dinâmicas de grupo, bons conhecimentos sobre as medidas de segurança e campo do espaço da actividade. Segurança Em geral, as medidas de segurança incluem: Verificação do espaço da orientação antes de iniciar qualquer actividade. Informações aos participantes sobre qualquer detalhe específico que pode ser útil saberem a fim de evitar qualquer problema de segurança. Um kit de primeiros socorros que deve estar disponível no início e no final, sendo um dos monitores ou pessoas responsáveis formadas em primeiros socorros. No caso de um número elevado de participantes pode enquadrar-se melhor no evento um médico.. Pode ser útil um apito para os participantes em caso de emergência. Vestuário de corpo inteiro apropriado. Pontos de controlo: têm de se localizar onde possa ser assegurada a segurança do participante num terreno apropriado, sem qualquer riscos de perigo. 21 www.rechance.eu Posto de segurança: preparar se necessário um local, ao longo do caminho da actividade, aonde o participante se possa dirigir no caso de ficar ferido, cansado ou perdido. Informar os participantes sobre a sua localização e como reconhecê-lo no campo da actividade. Horário de finalização: é importante definir um tempo de retorno final. Nesse momento, todos os participantes devem informar o ponto da sua conclusão, mesmo que não tenham concluído todo o percurso. Procedimentos de busca e salvamento: se nem todos os participantes tiverem regressado até o final da competição, os monitores ou pessoas responsáveis devem percorrer o espaço ao longo dos limites do campo para localizar e ajudar os participantes ausentes. Os participantes devem ajudar os participantes feridos que encontrem no espaço da actividade e devem observar as regras de trânsito de estradas de passagem ou ferrovias. Para orientação adaptada, talvez se precise treinar correctamente os operadores sobre os procedimentos de segurança específicas de acordo com as necessidades especiais do grupo e definir os elementos de segurança de base em conformidade. Competências sociais e capacidades Essa técnica encaixa nas seguintes competências sociais e capacidades a serem desenvolvidas na adaptação que foi apresentada: Resolução de conflitos: orientação de grupo com adaptação específica Estar confiante, calmo e sereno ao lidar com o stress: orientação individual Interacção e comunicação bem-sucedida: orientação de grupo com adaptação específica Cooperação e trabalho em equipa: orientação de grupo Conhecer os outros e a si mesmo: orientação individual com adaptação específica Tomada de decisão: orientação individual com adaptação específica Motivação: orientação individual Entre os exercícios possíveis... São possíveis muitas aplicações da técnica, de acordo com as necessidades do grupo especial, com que se está a lidar. Podem encontrar-se algumas delas abaixo. 22 www.rechance.eu Desportos ORIENTAÇÃO DE GRUPO 1. Descrição do exercício Objectivos Expandir os seu limites Lidar com conflitos dentro do grupo Resistência e determinação Lidar com situações novas / desconhecidas Trabalho em equipa e cooperação Grupo-alvo: São possíveis todos os grupos, pessoas com deficiência, entre grupos com necessidades especiais-alvo Técnica: Orientação, orientação de grupo Equipamentos - o que O que fazer: é necessário para Verifique se é possível / obter permissão para usar realizar o exercício? a área seleccionada O que preparar: Regras para a actividade Regras para a criação dos grupos (os participantes podem organizar o grupo por si próprios ou os monitores podem precisar de definir os grupos para serem mais homogéneos) Papel com instruções para os participantes Área de inicio / fim Talvez máquinas fotográficas Duração do exercício A partir das 2 horas Tamanho do grupo Qualquer tamanho. Certifique-se da presença de monitores treinados se se estiver a executar uma actividade com participantes com necessidades especiais 2. Processamento das ideias Instruções para os 1. Dar aos participantes uma visão geral da área e dizer-lhes quais as regras; se for necessário 23 www.rechance.eu participantes mostrar regras em painéis ou com desenhos. 2. Criar os grupos 3. Fazer algumas actividades de “construção de equipas”, se necessário; explicar que o participante é o "grupo" e qualquer pessoa do grupo é necessária! 4. Dar aos participantes o mapa da área, com as manchas de referência assinaladas com um círculo 5. Esclarecer o tempo da actividade. 6. Explicar as regras de segurança. Realização do exercício Os participantes têm perfurar o papel do jogo nos sinalizadores de controle e/ou recolher objectos ou reconhecer os locais ou tirar fotos De qualquer forma isso poderá ser apenas o objectivo "oficial" do exercício, podendo também fazer-se perguntas sobre como lidar com desafios ou como superar obstáculos pessoais durante a execução da actividade (cooperação com outras pessoas), sobre resolução de problemas, actividades em ambientes desconhecidos e assim por diante. O grupo pode ajudar muito no caso de pessoas com necessidades especiais. Pedir aos participantes para tirar fotos se quiserem/ puderem, para serem usadas mais tarde na fase de informação. 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados): A orientação de grupo desenvolvimento do grupo. pode utilizar-se como uma ferramenta para o Logo que todos os grupos regressem, inicia-se uma sessão de informação; é uma parte muito importante do exercício, pois nesse momento os participantes serão convidados a reflectir sobre a experiência feita e para reunir conclusões importantes para o seu quotidiano e relações com os outros. Se necessário, prepara-se um guia com perguntas para facilitar a transferência de conhecimento. Além disso permite obter elementos importantes para melhorar as actividades futuras. 24 www.rechance.eu ORIENTAÇÃO NOCTURNA 1. Descrição do exercício Objectivos Expandir os seu limites Lidar com o stress Resistência e determinação Lidar com situações novas / desconhecidas Reforçar a motivação Grupo-alvo: Todos os grupos possíveis, pessoas com deficiência, entre grupos com necessidades especiais-alvo Técnica: Orientação, orientação de grupo Equipamentos - o que O que fazer: é necessário para Verifique se é possível / obter permissão para usar realizar o exercício? a área seleccionada O que preparar: Regras para a actividade Regras para a criação dos grupos (os participantes podem organizar o grupo por si próprios ou os monitores podem precisar de definir os grupos para serem mais homogéneos) Papel com instruções para os participantes Área de inicio / fim Talvez máquinas fotográficas Um apito e uma luz intermitente por participante (para facilitar o resgate, em caso de necessidade) Duração do exercício A partir das 2 horas; por favor ter em mente que na escuridão as actividades podem demorar mais tempo: dar aos participantes tempo suficiente, mas ao mesmo tempo dar indicações claras sobre a hora, a partir da qual os formadores/ monitores irão começar a procurar participantes/grupos que faltem no final. Tamanho do grupo A orientação individual nocturna é um desafio muito exigente; a actividade do grupo poderá ser melhor no caso de participante habituados a este tipo de actividades. Para actividade de grupo: qualquer tamanho; Certifique-se 25 www.rechance.eu ter grupos homogéneos; Certifique-se da presença de monitores treinados se estiver a executar uma actividade com participantes com necessidades especiais. 2. Processamento de ideias Instruções para participantes os 1. Dar aos participantes uma visão geral da área e dizer-lhes quais as regras; se for necessário mostrar regras em painéis ou com desenhos. 2. Criar os grupos 3. Fazer algumas actividades e “construção d e equipas”, se necessário; explicar que o participante é o "grupo" e qualquer pessoa do grupo é necessária! 4. Dar aos participantes o mapa da área, com as manchas de referência assinaladas com um círculo 5. Esclarecer o tempo da actividade. 6. Explicar as regras de segurança incidindo especialmente sobre os procedimentos de emergência: o que fazer no caso de se perder, como usar o apito e a luz intermitente para ajudar a equipa de resgate, como ajudar outros participantes em caso de o precisarem e assim por diante Realização exercício do Os participantes têm perfurar o papel do jogo nos sinalizadores de controle e/ou recolher objectos ou reconhecer os locais ou tirar fotos De qualquer forma isso poderá ser apenas o objectivo "oficial" do exercício, podendo também fazer-se perguntas sobre como lidar com desafios ou como superar obstáculos pessoais durante a execução da actividade (cooperação com outras pessoas), sobre resolução de problemas, actividades em ambientes desconhecidos e assim por diante. O grupo pode ajudar muito no caso de pessoas com necessidades especiais. Pedir aos participantes para tirar fotos se eles quiserem/ puderem, para serem usadas mais tarde na fase de informação. 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados): A orientação de nocturna pode utilizar-se como uma ferramenta para uso pessoal e desenvolvimento do grupo, para o reforço da motivação e aumento da auto-estima. 26 www.rechance.eu Logo que todos os grupos estejam regressem, inicia-se uma sessão de informação; é uma parte muito importante do exercício, pois nesse momento os participantes serão convidados a reflectir sobre a experiência feita e para reunir conclusões importantes para o seu quotidiano e relações com os outros. Se necessário, prepara-se um guia com perguntas para facilitar a transferência de conhecimento. Além disso permite obter elementos importantes para melhorar as actividades futuras. 27 www.rechance.eu RALLYE NA CIDADE/ PERTENÇA Á CIDADE (Versão adaptada ao território em Portugal) 1. Descrição do exercício Objectivos Desenvolvimento / aperfeiçoamento de: Capacidade de comunicação Trabalho em equipa Capacidades organizacionais Desenvolver nova soluções e perspectivas Auto-avaliação Cooperação Lidar com stress e competição Grupo-alvo: Jovens Técnica: Pertença á cidade Orientação Equipamentos - o Mapa, possivelmente bicicletas, máquinas fotográficas, que é necessário bilhetes para transportes públicos para realizar o exercício? Duração exercício do Cerca de 4 horas para realizar o exercício e 3 horas para reflexão Tamanho do grupo 15 – 30 (múltiplos de 3) 2. Processamento das ideias Instruções para os Os participantes formam grupos de 3. participantes Têm que executar as tarefas atribuídas. Ganha a competição o grupo que termine em primeiro dentro do prazo estabelecido e que tenha todas as respostas correctas O objectivo é conhecerem o lugar onde vivem. Eis um questionário possível e um conjunto de tarefas: 1. Tira uma foto na praça principal ou Praça da Igreja. A imagem deve ter: pelo menos 25 pessoas, incluindo 1 polícia, 1 cão e 1 criança. 2. O que é a "Cais"? (uma revista escrita por sem abrigo) 3. Que tipos diferentes de aves há na serra de Sintra? 28 www.rechance.eu (pesquisa na internet…) 4. Dirige-te ao palácio da vila. e tira uma fotografia 5. O que é a "Casa Ferreira"? Onde está? Vai até lá e tira uma foto contigo na frente dela. ! (Museu). 6. Vai para "Santa Maria" e tira uma foto de um estranho em frente da mesma. (Igreja) 7. Aqui está a Biblioteca Municipal em Sintra? Que serviços possui e o que se pode lá fazer? 8. Quanto tempo demora uma viagem de eléctrico até á Praia das Maçãs? 9. Onde se encontra no centro da vila a estação de comboios? 10. Quantos monumentos históricos há na serra de Sintra? 11. Tem Sintra um aerodromo? Realização exercício do O questionário deve ser adaptado às circunstâncias locais. É muito aconselhável experimentá-lo previamente para obter uma sensação do tempo requerido. 3. Conclusões (maneira de usar os resultados) A reflexão sobre o exercício é importante. Aconselha-se a articular os objectivos definidos com o processo de reflexão: O que é que correu bem e o que deu errado? Porquê? O que é que era fácil e o que era difícil? Por quê? O que foi vivenciado? Conseguiu realizar as tarefas definidas? Que desafios enfrentou? Como trabalhou como o grupo? Sentiu-se stressado com o limite de tempo? O que é que aprendeu sobre Sintra; sobre si mesmo, sobre o grupo? O que é que faria de forma diferente na próxima vez? 29 www.rechance.eu DESAFIO DE PROCURA DE TRABALHO NA CIDADE (PERTENÇA Á CIDADE) 1. Descrição do exercício Objectivos Grupo-alvo: Aperceber-se e expandir os seus limites Lidar com o stresse em desafios e situações Assertividade Paciência Comunicação Novas perspectivas e soluções Lidar com o falhanço Orientação / pertença á cidade Os participantes definem as suas próprias tarefas. Deslocam-se na cidade com os questionários e gravadores. Técnica: São possíveis todos os grupos-alvo Equipamentos - o Gravadores, máquinas fotográficas, mapas que é necessário para realizar o exercício? Duração exercício do Exercício: cerca de 5 horas, cerca de 2 horas de reflexão 2. Processamento de ideias Instruções para os Início: Os participantes formam 2 grupos. A tarefa é participantes entrevistar alguém duma determinada empresa ou instituição. – Importante: A empresa ou instituição não é "avisada" previamente. Um dos objectivos é conseguir alguém para participar no conjunto de tarefas. Antes dos jovens definirem a tarefa, têm que criar um questionário adequado á mesma. Este deve incluir questões relativas ao trabalho / instituição / empresa e deve basear-se nos interesses dos participantes. Os participantes fazem sua investigação por conta própria (ou junto do parceiro que já tenham escolhido antes). O equipamento consiste numa máquina fotográfica, num gravador, num mapa e num bilhete de dia para transportes públicos. Espera-se que os participantes regressem com a 30 www.rechance.eu entrevista e uma fotografia da pessoa entrevistada. Deve fazer-se uma reflexão sobre os resultados (ver abaixo). Sugestão para entrevista aos parceiros: a) gerente feminino do departamento de uma grande empresa b) gerente de um grande hospital público c) entrevistar alguém que trabalhe numa indústria de produção (por exemplo empresa siderúrgica,...) d) entrevistar uma pessoa da limpeza e) alguém que trabalhe num banco. f) alguém que trabalhe numa indústria cultural (Museu, teatro, cinema) g) alguém que trabalhe em serviços sociais h) o presidente da autarquia da cidade i) alguém na prisão Realização exercício do Não muita coisa para preparar. Experiências interessantes na fase de realização: conhecer os seus limites, talvez possam falhar não encontrando ninguém para a entrevista conhecimento biográfico do entrevistado, de estilos diversificados de chefia de trabalho que sejam desconhecidos, estranhos e até assustadores; São em geral utilizadas nos programas de pertença á cidade pesquisa de empresas, empregos, entrevistas, debates em situações de um para um (indicar site para pesquisa na internet) 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados) Deve-se fazer uma reflexão com enfoque nas metas do exercício. Algumas das perguntas sobre as quais se poderá trabalhar são apontadas abaixo: O que correu bem, e o que deu errado? O que foi vivenciado? Conseguiu definir as tarefas? Que desafios enfrentou? Atingiu os seus limites pessoais? Quais? Quais as soluções que escolheu? Conseguiu obter a entrevista e fotografia? Como reagiram as pessoas? Faria o mesmo novamente? Por quê? O que eu faria de forma diferente na próxima vez? 31 www.rechance.eu CAÇA AO TESOURO 1. Descrição do exercício Objectivos Grupo-alvo: Aperceber-se e expandir os seus limites Resistência e determinação Lidar com situações novas / desconhecidas Trabalho em equipa e cooperação Divertir-se! Todos os grupos-alvo possíveis, Pessoas com deficiência, entre grupos com necessidades especiais Técnica: Orientação, orientação em grupo Equipamentos - o que O que fazer: é necessário para Verificar se é possível / obter permissão para usar realizar o exercício? a área seleccionada O que preparar: As regras para a actividade Instruções em papel para os participantes Área de inicio /Fim Talvez máquinas fotográficas Duração do exercício A partir das 2 horas Tamanho do grupo Qualquer tamanho. Certifique-se que tem grupos homogéneos, se se estiver a fazer uma caça ao tesouro em grupo. Certifique-se da participação de monitores treinados se se estiver a fazer a actividade com participantes com necessidades especiais 2. Processamento das ideias Instruções para participantes os Dar aos participantes uma visão geral da área e indicar as regras; Se for necessário mostrar regras em painéis ou com 32 www.rechance.eu desenhos Criar os grupos de participantes Dar o mapa da área e a lista de instruções Esclarecer o tempo da actividade. Esclarecer como se pode recuperar o "Tesouro": Há um tesouro para cada grupo? Existe apenas um para o primeiro grupo a alcançá-lo? Como se pode reconhecê-lo? E assim por diante. Pode-se também solicitar aos participantes que recolham objectos ou que reconheçam lugares, ou tirar fotografias; usem a vossa criatividade! O que é importante é dar-lhes todos os elementos para chegarem ao local onde o tesouro está. Realização exercício do O principal objectivo do exercício é encontrar o tesouro, claro. De qualquer forma isso poderia ser apenas o objectivo "oficial" do exercício, já que se pode solicitar também aos participantes lidar com desafios ou superar os obstáculos pessoais enquanto o procuram (cooperação com outras pessoas), resolver problemas, fazer actividades desconhecidas no ambiente, e assim por diante. O grupo pode ajudar muito no caso de pessoas com necessidades especiais Pode pedir-se aos participantes para tirarem fotos se quiserem/puderem, para serem usadas mais tarde na fase informação. 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados): A caça ao tesouro pode ser usada como uma ferramenta para o desenvolvimento do grupo. Logo que todos os grupos estejam regressem, inicia-se uma sessão de informação; é uma parte muito importante do exercício, pois nesse momento os participantes serão convidados a reflectir sobre a experiência feita e para reunir conclusões importantes para o seu quotidiano e relações com os outros. Se necessário, prepara-se um guia com perguntas para facilitar a transferência de conhecimento. Além disso permite obter elementos importantes para melhorar as actividades futuras. 33 www.rechance.eu NATUREZA-CIDADE-RIO – PERTENÇA Á CIDADE 1. Descrição do exercício Desenvolver a capacidade de comunicação Objectivos Aperceber-se e expandir os seus limites Resistência e determinação Desenvolver novas ideias, mostrar a criatividade Experimentar novos papéis e tarefas Lidar com situações novas / desconhecidas Trabalho em equipa e cooperação Grupo-alvo: Jovens Técnica: Orientação/ pertença á cidade Incluindo subir á corda e rapel se se quiser Equipamentos - o que é necessário para realizar o exercício? Verifique se é possível / obter permissão usar parque público Verifique qual edifício público que se poderá usar para fazer rapel Cama de rede, corda, cobertores, almofadas, lanternas Equipamento de escalada Canoas Linhas de folga Boa cooperação com um carpinteiro – para construir um riquexó Canto dos oradores – instruções para tal Madeira, materiais de construção como , etc Verifique a cooperação com um jardim de infância e lar de idosos Especialistas em canoagem e rapel Duração exercício do 1/2– 2 dias Tamanho do grupo 10 – max. 20 pessoas 2. Processamento de ideias Instruções para os Aventura na cidade – usando o rio e a natureza 34 www.rechance.eu participantes Os participantes formam pequenos grupos e circulam pela cidade que se transforma em uma área de aventura. Exemplos do que poderiam fazer: a) Atravessar o rio de canoa. b) Dormir numa cama de rede num parque público ou no jardim botânico c) Fazer uma competição de puxar a corda encontrando estranhos para participar. d) Construir um riquexó e usá-lo no espaço público (numa praça da cidade,..) e) Trabalhar num jardim de infância ou num lar – servindo a alimentação.. f) Construir um Canto dos Oradores num parque público g) Fazer rapel dum edifício público (Câmara Municipal) Realização exercício do O principal objectivo do exercício é o envolver-se e lidar com situações não comuns em lugares que os jovens conhecem bem – na cidade em que vivem. Os participantes lidam com vários desafios e são incentivados a desenvolver e implementar tarefas incomuns. O ambiente de aprendizagem consiste na equipa e no desafio de lidar com ideias, pensamentos e desejos. Anteriormente terá que se obter autorização de utilização dos espaços públicos e garantir o equipamento. 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados): Há muito a reflectir depois de realizar a viagem de aventura na cidade. Podemos focar-nos nos objectivos do exercício: Desenvolver capacidades de comunicação Aperceber-se e expandir os seus limites Resistência e determinação Desenvolverem novas ideias, mostrar a criatividade Experimentar novos papéis e tarefas Lidar com situações novas / desconhecidas Trabalho em equipa e cooperação 35 www.rechance.eu As caminhadas como uma ferramenta para inclusão 1. Descrição do exercício Objectivos Objectivos do desenvolvimento das caminhadas autonomia motivação controlo do stress Grupo-alvo: São possíveis todos os grupos-alvo; os resultados com grupos com necessidades especiais são muito positivos. Técnica: Caminhar é uma actividade ao ar livre, que consiste em trilhar ambientes naturais, com roupas e equipamentos adequados e seguindo regras específicas. Com pequenas diferenças de técnica, é conhecida também como Perseguição ou passeio. Ela está relacionada também com a orientação. Equipamentos - o que O que fazer: é necessário para Verifique se realizar o exercício? aplicável á parques e minimizar o ambiente. existe qualquer regulamento especial área escolhida; muitas vezes os áreas protegidas têm regras para impacto dos visitantes sobre o meio Quando a actividade envolver participantes com necessidades especiais, verificar as distâncias e tempo para chegar ao local mais próximo onde estes possam ser assistidos e certificar-se que se adapta às necessidades dos participantes. O que levar: Roupas adequadas e sapatos (escolhidos em função do ambiente específico e clima); geralmente é recomendado usar várias camadas de vestuário, para se ficar confortável, adicionando ou removendo blusas, casacos e assim por diante. Não se esqueça dum chapéu para proteger a cabeça e de protecção contra insectos (cremes e óculos) Uma mochila com equipamento básico: um mapa, uma bússola (se o trilho não é bem conhecido), água e comida de acordo com a duração da actividade, roupa extra 36 www.rechance.eu Equipamentos de segurança (kit de primeiros socorros, fósforos, uma lanterna, outros específicos, de acordo com o ambiente específico e o clima). Uma máquina fotográfica se se quiser. Duração do exercício De algumas horas a vários dias. Se trabalhar com grupos com necessidades especiais, escolha a duração de acordo com situação pessoal destes. Certifique-se que o trilho escolhido se encaixa nos participantes, nunca sobrestime sua resistência. Tamanho do grupo Nenhum tamanho específico, depende da experiência dos participantes; se trabalhar com grupos com necessidades especiais, certifique-se de que há suficientes assistentes/operadores. 2. Processamento de ideias Instruções para participantes os Dizer sempre a alguém de confiança o local onde se vai estar ou onde o grupo vai fazer a caminhada, bem como o calendário previsto (quando irão começar, quando pensam terminar) Informe-se sobre o lugar e qualquer situação particular da área e organize o equipamento em conformidade Tentar nunca estar sozinho, pelo menos com um amigo. Quando no grupo da caminhada, siga as indicações do monitor ou dum caminhante experiente. Nunca deixe lixo ao longo dos trilhos, seja responsável pelo ambiente! Pense que os caminhantes devem ser os primeiros a dar o exemplo. Realização exercício do Comece a andar! Aprecie os arredores do seu local de residência ou deslocação, ocupe bem o tempo! 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados): Caminhar é uma boa oportunidade para trabalhar com grupos; durante a actividade, o ambiente dá oportunidade para conhecer melhor os outros participantes, enquanto aprecia a natureza e os momentos especiais do dia. No final da actividade, iniciar uma sessão de informação; é uma parte muito importante do exercício, pedindo-se aos participantes nesse momento que reflictam sobre a experiência feita e reunir conclusões importantes para o seu quotidiano e relações com os outros. 37 www.rechance.eu Se necessário, preparar um guia de perguntas para facilitar a transferência de conhecimento. Além disso permite obter elementos importantes para melhorar as actividades futuras. 38 www.rechance.eu EQUITAÇÃO...UMA FERRAMENTA PARA INCLUSÃO 1. Descrição do exercício Objectivos A equitação é um bom desporto para o desenvolvimento da: confiança e auto- confiança autonomia empatia Grupo-alvo: São possíveis todos os grupos-alvo; os resultados das actividades com grupos com necessidades especiais são muito positivos. Técnica: Das técnicas clássicas (disciplinas olímpicas, alta escola de equipação Inglesa e Ocidental) até ás actividades especiais como a Hipoterapia Equipamentos - o que é necessário para realizar o exercício? Duração exercício Cavalo Capacete de equitação Botas de sola lisa e calcanhar Sela Brida Chibata Sela de pano Escovas de cavalo Vestuário apropriado para equitação Alimentação e água para o cavalo do A duração da actividade depende da situação dos participantes, de algumas horas até o dia inteiro. Tamanho do grupo Nenhum tamanho específico, depende da experiência do participante; se trabalhar com grupos com necessidades especiais, certifique-se de que há suficientes assistentes/operadores além monitores de equitação 2. Processamento de ideias Instruções para os É importante que os participantes sigam as instruções dos participantes treinadores 39 www.rechance.eu Realização exercício do A equitação é um desporto em que se precisa treinar e praticar. Se acha que tudo que tem de fazer é sentar-se num cavalo e andar, eis uma suposição muito errada. Ao trabalhar com grupos com necessidades especiais, o exercício pode começar com acarinhar o cavalo, alimentação e beberagem. Estes primeiros passos irão ajudar os participantes a aproximarem-se do animal e começar a desenvolver um bom sentimento. Em seguida, a prática poderá ir mais longe, trazendo-o para o celeiro, colocando a brida e o selim e assim por diante! 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados): A equitação é uma experiência maravilhosa e beneficia o cavaleiro fisicamente e mentalmente. Os benefícios terapêuticos incluem melhor equilíbrio, postura, coordenação, bem como músculos mais flexível e relaxados. Isso, por sua vez reduz os espasmos musculares. O recuperar da mobilidade, com o desafio de aprender algo novo, e juntamente com um elemento de risco ligeiro fornece um verdadeiro sentimento de realização. autonomia e confiança, que cresce ao mesmo tempo que o puro prazer da equitação. Grupos com necessidades especiais: pessoas com deficiência As pessoas com deficiência podem obter resultados benéficos em actividades associadas aos cavalos. O movimento de um cavalo fortalece os músculos de todo o corpo do cavaleiro e promove uma saúde global melhor. Em muitos casos, a equitação também levou ao aumento da mobilidade do cavaleiro. O contacto com os cavalos também pode fornecer benefícios psicológicos para as pessoas, quer os montem quer não. A Equitação terapêutica –hipoterapia- começa com exercícios suaves realizados a cavalo. Estes exercícios incluem manobras como inclinar-se para a frente agarrando o pescoço do cavalo, inclinar-se para trás tocando na sua alcatra, torção de esquerda e de direita na sela. Cada cavaleiro é assistido por “condutores” que se certificam que ele permanece seguro na sela ao executar os exercícios. O movimento rítmico da equitação pode estimular os nervos e estes exercícios aumentam a mobilidade. Eis o básico da hipoterapia. 40 www.rechance.eu TIRO AO ARCO...UMA FERRAMENTA PARA INCLUSÃO 1. Descrição do exercício Objectivos O tiro ao arco é uma boa actividade para desenvolver a: Concentração Auto-confiança Equilíbrio Grupo-alvo: São possíveis todos os grupos-alvo; os resultados das actividades com grupos com necessidades especiais são muito positivos. Técnica: O tiro ao arco é uma das artes mais antigas ainda praticadas, com uma história que vai a par da história humanidade Equipamentos - o que Arcos é necessário para Há três tipos diferentes de arcos: recurvo, composto e realizar o exercício? Bare bow. Recurvo: O único tipo de arco permitido nas competições olímpicas. A suas asas curvam-se á frente do arqueiro. Também é chamado arco clássico. Composto: Este arco tem polias e cabos para tornar a sua força de tensão em cerca de metade. Bare bow: É um arco recurvo sem uma visão mecânica ou estabilizadores. Setas Nos eventos do arco clássico as setas voam a mais de 150 quilómetros por hora. São feitas de alumínio, grafite ou carbono. As setas de alumínio são mais uniformes no peso e forma, enquanto as setas de grafite voam mais rápido. Alvos O Regulamento Oficial prevê duas dimensões diferentes, para serem usadas de acordo com as distâncias entre o alvo e a linha de tiro. Campo O Regulamento Oficial prevê também as distâncias mínimas entre o alvo e a linha de tiro e como colocar os alvos (distância ao chão, ângulo e assim por diante). 41 www.rechance.eu Quando se pratica o tiro ao alvo em campos oficiais, é importante garantir a segurança dos participantes, não apontando fora das linhas e nas áreas "proibidas". Como regra geral, é recomendado vivamente não praticar tiro ao arco em campos e com equipamento improvisado: Não esquecer que na história da humanidade os arcos e flechas foram das armas mais importantes! Duração do exercício A duração da actividade depende da situação dos participantes, vai de algumas horas ao dia inteiro Tamanho do grupo Nenhum tamanho específico, já que é principalmente um desporto individual; se estiver a trabalhar com grupos com necessidades especiais, certifique-se de que há suficientes assistentes/operadores além dos treinadores, para garantir a segurança da actividade. 2. Processamento de ideias Instruções para os É importante os participantes seguirem as indicações dos participantes treinadores. Uma vez carregado o arco, aponte para o alvo do tiro; o principal objectivo é acertar no centro do alvo. Realização exercício do O tiro ao arco requer concentração e técnica, por isso é importante praticá-lo regularmente. Ao trabalhar com grupos com necessidades especiais, o exercício pode começa com alvos mais fáceis (maiores e mais próximos da linha de tiro). De qualquer forma tente sempre passar a ideia de que é um desporto e não apenas um jogo. 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados): Os resultados do exercício podem ser muito positivos para os participantes reflectindo-se nas suas competência sociais. Certifique-se sempre de ter tempo suficiente para executar a transferência de informação, que leve o participante a reflectir sobre a experiência feita e para reunir conclusões importantes para o seu quotidiano e relações com os outros. Se necessário, prepare um guia de perguntas para facilitar a transferência de informação (o que eu aprendi? Como posso usá-lo na vida quotidiana?...). Além disso permite obter elementos importantes para melhorar as actividades futuras. 42 www.rechance.eu MOUNTAINBOARD 1. Descrição do exercício Objectivos Este desporto realizado ao ar livre induzirá nos desportistas um melhor equilíbrio, boa condição física e mental, coordenação de movimentos, agilidade, destreza, criatividade e coragem para vencer os obstáculos. Para além destes factores também permite um contacto directo com a natureza e um compromisso para a protecção do meio ambiente. A estratégia pedagógica para a implementação deste exercício aborda também a construção de equipa, a capacidade de comunicação e a concentração, criando condições para atingir uma gama mais ampla de competências sociais e facilitando a sua transferência para a vida activa. O mountainboard irá desenvolver competências como: Expandir os seus limites Ultrapassar medos Confiança e auto- confiança Trabalho de equipa e cooperação Comunicação Pontualidade Auto-avaliação Tolerância Reconhecimento e valorização do ambiente Espiritualidade Liderança Empatia Compromisso de preservação da natureza Integração da família, comunidade, instituições e grupos sociais Grupo-alvo: Grupos-alvo diversos, nomeadamente jovens a partir dos 6 anos de idade. Técnica: No que diz respeito a cada passo do exercício abaixo referido são utilizadas as seguintes técnicas específicas: 43 www.rechance.eu Desempenho e demonstração individual adquirindo progressiva destreza sobre a prancha e em manobra-la; concentração, para flectir as pernas de modo a baixar o centro de gravidade e facilitar o equilíbrio Olhar em frente e relaxar-se Reunião de grupo e discussão entre todos os membros sobre o exercício feito; focando os aspectos relevantes referidos pelos participantes, reflectindo sobre as competências mobilizadas Meditação utilizando técnicas correntes. Equipamentos - o que Uma prancha de montanha (truck) com diversos é necessário para componentes- prancha flexível com aproximadamente realizar o exercício? 120 cm, pegas ajustáveis para fixar os pés do praticante á prancha, quatro rodas com pneus pneumáticos com cerca de 25cm de diâmetro e dois dispositivos de condução fazendo oscilar a prancha sobre as rodas. Os acessórios de segurança são cotoveleiras, joelheiras, luvas, caneleiras e capacete. Utilizam-se campos com percursos instalados e campos livres com declives acentuados, trilhos de montanha ruas, parques de skate, por exemplo. Duração do exercício A partir de 2 horas Tamanho do grupo Na fase de aprendizagem o nº ideal são 6 praticantes. Com praticantes experientes pode ser qualquer número 2. Processamento de ideias Instruções para participantes os Os participantes devem seguir as instruções específicas dadas pelo monitor relativas à sua segurança e para executar as etapas de cada exercício, repetindo-os até alcançar as competências esperadas. Realização exercício do A iniciação ao mountainboard compreende as seguintes etapas: 1 – O que é o mountainboard? Faz-se uma explicação geral sobre o mountainboard; o monitor apresentará uma explicação teórica sobre os conceitos básicos deste desporto (história, associações, grupos, desafios, competições e perspectivas de desenvolvimento no mundo e em Portugal) e também sobre as regras e equipamentos de segurança. Os praticantes são convidados a fazer perguntas de modo a esclarecer quaisquer dúvidas e revelar ao grupo as suas 44 www.rechance.eu próprias motivações, medos e expectativas; 2 – Posicionamento correcto sobre a prancha Ajudado pelo treinador, cada praticante colocar-se-á sobre a prancha, experimentando qual dos pés será o Orientador da corrida, o qual se posicionará á frente, correspondente a um "goofi" ou "regular". Em seguida, o posicionamento será testado numa posição de início de corrida; 3. Primeira descida Praticar a primeira descida numa pista com baixo declive para verificar e praticar o posicionamento sobre a prancha, sempre seguido pelo monitor; 4. Como fazer as viragens com a prancha Praticar como montar a prancha e na corrida virar alternadamente para os lados direito e esquerdo e também executar a primeira técnica de travagem, por forma a para no final do percurso. 5. Como travar a prancha O "J-Turn" é outra técnica de travagem. Ele/ ela deve executar uma viragem larga apenas para a esquerda ou a direita, para que a prancha vá terminar escalando o declive através do lado escolhido. O "J-turn" é uma manobra fácil, mas muito importante para desenvolver outras etapas dos exercícios, garantir uma condução segura e uma evolução consistente da aprendizagem. 6. “Power slide” Usando o pé esquerdo na frente da prancha de acordo com as regras de posicionamento, ele/ela executará uma viragem para a esquerda, flectindo as pernas e agarrando a prancha com a mão, forçando o corpo para trás, para que a prancha deslize lateralmente fazendo-a parar. Ao usar o pé direito na frente executará também o mesmo processo, mas no final virando para o lado direito. Esta manobra é chamada "Power slider". 7- Construção da equipa e comunicação O grupo senta-se no ambiente natural e todos os participantes comentam e partilham as suas práticas, fazendo uma reflexão de auto-avaliação de toda a actividade. 8- Meditação O grupo senta-se no ambiente natural fazendo uma sessão de meditação. 45 www.rechance.eu 3. Conclusões (mode de usar os resultados) Depois de alguma prática de mountainboard feita com os exercícios de iniciação, os participantes tornar-se-ão capazes de fazer corridas com a prancha em percursos na natureza ou instalados, realizando as diferentes técnicas aprendidas, condução à esquerda e à direita, travagem e “power slide”Este desporto permite um grande contacto com a natureza, trazendo benefícios para um modo mais saudável de vida, se praticado regularmente. Permite momentos de adrenalina e determinação para superar os desafios que coloca. Em consequência, melhora as competências referidas tornando possível produzir um notável impacto no comportamento dos jovens, dada a variedade de influências nos factores determinantes para o progresso do seu processo de socialização e inclusão. 46 www.rechance.eu A MINHA EQUIPA 1. Descrição do exercício capacidade de comunicação, Objectivos trabalho em equipa e cooperação Construção de equipa lidar com o conflict Grupo-alvo: Para jovens Técnica: jogo Equipamentos - o Exercício pode ser realizado em “indoor” e “outdoor”. que é necessário Deve dar-se aos participantes canetas e papel. para realizar o exercício? Duração exercício do Duração 30-45 minutos (dependendo do tamanho do grupo) Tamanho do grupo Para grupos de 5 a 20 pessoas. 2. Processamento das ideas Instrucções aos participantes Formar “n” grupos (cada grupo deve ter pelo menos de 5 pessoas). Todos os participantes são treinadores dum clube de futebol. Têm que estabelecer regras de cooperação para as suas equipas. Realização do exercício Após a realização do exercício os participantes descrevem as regras que foram escolhidas e explicam porque é que esses princípios específicos foram incorporados. 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados) Graças a este exercício os jovens apercebem-se que para pessoas diferentes as regras tem significados diferentes e que as regras são necessárias na vida social. Fonte: projecto “Golden Goal Plus”, http://www.golden-goal-plus.eu 47 www.rechance.eu PAINTBALL 1. Descrição do exercício Quebra de gelo, Objectivos Construção de equipas Trabalho em equipa e cooperação Um exercício muito bom activando toda o grupo e proporcionando muita alegria e risos. Grupo-alvo: Exercício bom para jovens, pais, tutores, etc. Técnica: Jogo Equipamentos - o 2 sacos de plástico de cor grandes, que é necessário Seringas grandes, um para cada participante para realizar o 2 latas de tinta atóxica de cores diferentes diluída com exercício? água. Para maior segurança, também se pode dar aos participantes copos de plásticos e tampas de chuveiro. O exercício deve ser realizado ao ar livre. Duração exercício do Não há nenhum limite de tempo – o exercício termina quando todos os jogadores de um grupo forem eliminados do jogo. Tamanho do grupo O exercício é projectado para grandes grupos. Todos os participantes devem ser do mesmo nível. O seu número deve ser de pelo menos 20 pessoas. 2. Processamento das ideas Instruções para os Usar bonés, óculos de sol e sacos de plástico de participantes protecção. Dividir os participantes em dois grupos, com igual número. Cada grupo enche uma seringa com água e tinta da cor da sua equipa. As regras são as mesmas como no caso do paintball, eliminam-se os adversários ao atingi-los com a tinta de cor. O vencedor é a equipa que primeiro derrota todos os adversários Realização do Exercício pode tornar-se mais difícil por exemplo indicando um local específico do corpo em que o 48 www.rechance.eu exercício adversário deva ser atingido com a tinta, organizando os participantes em pares no seio de cada equipa e pedindo para realizarem o exercícios juntos, ou proibindo a fala por exemplo. 3. Conclusões (modo de usar os resultados) Depois de concluir o exercício deve iniciar-se uma discussão com os participantes. Exemplos de perguntas: O exercício foi difícil de implementar, se sim / não, porquê? O que o ajudou e com que se preocupou ao fazer o exercício? O que decidiu poder/ não poder fazer durante o exercício? Qual das suas orientações foram ou não foram úteis para o desempenho do grupo durante o exercício, quais? Qual dos dois grupos desenvolveu uma estratégia? Foi uma estratégia de equipa ou cada um tinha a sua própria? Como decorreu a colaboração no seio das equipas? Houve um líder? 49 www.rechance.eu COMPETIÇÃO 1. Descrição do exercício Capacidade de comunicação Objectivos Construção de equipa Grupo-alvo: Para jovens Técnica: Jogo Equipamentos - o Exercício pode ser realizado em “indoor” e “outdoor”. que é necessário para realizar o exercício? Duração exercício do Deve dar-se aos participantes canetas e papel Tamanho do grupo Duração 30-60 minutos (dependendo do tamanho do grupo) Objectivos Para grupos entre 5 e 20 pessoas 2. Processamento de ideias Instruções para os Formar grupos de cinco. Um grupo será a direcção e os participantes outros quatro grupos serão os departamentos. Propõe-se aos participantes fazerem um “role play”: A direcção do clube desportivo anunciou estar disposta a investir este ano 10.000 € num dos departamentos do clube. O clube tem quatro departamentos: ginásio, ténis, futebol e atletismo. Os representantes respectivos são convidados a explicar na próxima reunião de direcção se os seus departamentos pretendem receber este investimento e para que lhes servirá o mesmo. Realização exercício do Os grupos de cada departamento partilham ideias para estabelecer argumentos convincentes e uma estratégia para a próxima discussão com a direcção do clube. O grupo da direcção cria uma lista de "critérios de sucesso" para avaliação das propostas dos departamentos. Os participantes servem-se dos seus conhecimentos e experiências pessoais para desenvolver os conceitos de cada grupo. Além disso pede-se aos grupos dos departamentos para elegerem o seu "representante". 50 www.rechance.eu Depois disso, tem lugar o “role play”. Os alunos não directamente envolvidos na discussão participam como observadores. Todo o grupo reflectirá mais tarde sobre a discussão e analisará a lista de critérios. Dará um feedback sobre os pontos fortes e fracos dos argumentos, atitudes etc. dos representantes e da direcção. Antecipadamente deram-se aos grupo as "regras de feedback" seguintes. 3. Conclusões (modo de usar os resultados) Regras de “feedback”: Apenas dar “feedback”, quando a pessoa está pronta para o receber. Os comentários devem ser tão detalhadas e concretos quanto possível. Comunicar as percepções sendo as suas próprias percepções, as suas suposições sendo as suas próprias suposições e os sentimentos sendo os seus próprios sentimentos Comentar não é analisar a pessoa, mas expressar uma impressão pessoal. Por conseguinte, devem-se usar expressões na primeira pessoa do singular. Os comentários devem exprimir impressões subjectivas, percepções e sugestões construtivas. Estas não são nem correctas nem erradas e, portanto, não devem ser comentadas. Os comentários devem também incluir percepções positivas. Os comentários só podem referir-se a comportamentos específicos e concretos- pessoas e percepções que mudam permanentemente! Estão fora de questão generalizações! Só deve pedir-se “feedback quando se estiver pronto para o receber. Deve somente ouvir quando recebe “feedback”. Não interrompa a outra pessoa. Ter em conta o “feedback” recebido e ver quais os aspectos que se podem aceitar e aplicar, que o ajudem a desenvolver- se. Não precisa justificar-se, uma vez que o “feedback” é a percepção subjectiva da outra pessoa. Fonte: Projecto Golden Goal Plus http://www.golden-goal-plus.eu/ 51 www.rechance.eu AS MINHAS ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA 1. Descrição do exercício Capacidade de comunicação, Objectivos Construção de equipa Grupo-alvo: Para jovens Técnica: Jogo Equipamentos - o que é necessário para realizar o exercício? Exercício deve ser realizado “indoor”. Duração exercício Materiais necessários: tintas, papéis, lápis de cor, revistas, tesoura, cola, etc. Tudo o que é necessário para preparar desenhos, pintura ou colagens. do Duração de 60-90 minutos. Tamanho do grupo 4 pessoas 2. Processamento das ideias Instruções para os Por favor, regresse á sua infância, quando começou a participantes desenvolver o interesse pelo desporto. Lembre-se de vivências desportivas nas quais você não teve ou teve êxito. Pense por momentos nelas e responda para si próprio às perguntas: Como lidou com os pontos fracos? Quais foram as suas estratégias para enfrentar a essa situação? Que estratégia utilizou para de evitar situações problemáticas? O que entende quando se refere a "sucesso"? Que tipo de sucesso é importante para si? Que tipo de benefícios tira das falhas e dos sucessos? Seguidamente prepare um desenho, pintura, colagem ou qualquer outra coisa que irá mostrar os seus pensamentos. 52 www.rechance.eu Realização exercício do Este exercício (também) é utilizado para ajudar os participantes a melhorar seu autoconhecimento. Os jovens em risco não estão acostumados nem preparados para que se lhes pergunte ou que sentem e aspiram, ou como lidam com o falhanço. Assim uma função importante é dar-lhes a confiança necessária para assumir esses sentimentos. 3. Conclusões (modo como usar os resultados) Após reflectirem sobre o assunto para si próprios os participantes devem mostrar os trabalhos e trocar experiências entre todo o grupo. Fonte: projecto Golden Goal Plus, http://www.golden-goal-plus.eu/ 53 www.rechance.eu ENCONTRAR ALGUÉM QUE… 1. Descrição do exercício Capacidade de comunicação, Objectivos Construção de equipa Grupo-alvo: Para jovens Técnica: Jogo Equipamentos - o Exercício pode ser realizado “indoor” ou “outdoor”. que é necessário Deve dar-se aos participantes canetas e papel. para realizar o exercício? Duração exercício do Duração de 30 minutos (dependendo do tamanho do grupo) Tamanho do grupo Para grupos de 5 a 20 pessoas 2. Processamento de ideias Instruções para os A tarefa é inquirir todos os membros do grupo e encontrar participantes as pessoas que sejam capazes de: Jogar ténis, jogar futebol, dançar, fazer escalada, rafting, , esqui, jogar basquete, jogar vólei, nadar, etc. saltando 10 minutos numa perna Realização exercício do Este exercício é muito útil como quebra- gelo deve ser realizado no início da oficina 3. Conclusões (modo de usar os resultados) Deve dar-se aos jovens a oportunidade de partilhar com outros participantes o que descobriram durante a realização do exercício. Fonte: projecto Golden Goal Plus, http://www.golden-goal-plus.eu/ 54 www.rechance.eu FOLHA DE ALUMÍNIO 1. Descrição do exercício Quebra- gelo, Objectivos Construção de equipa, Solução de propblemas, Capacidade de comunicação, etc.. Exercício muito bom, devido ao sentimento de sucesso gerado. Muitos participantes terão a oportunidade de descobrir talentos ocultos. Também é um óptimo exercício para facilitar a compreensão de ideias abstractas, como cultura, diversidade, conflitos, cooperação, etc. Grupo-alvo: Exercício bom para todos: crianças, adolescentes, pais, tutores, etc. Técnica: Jogo Equipamentos - o que é necessário para realizar o exercício? Folha de alumínio para cozinhar - por trás deste nome este material tem possibilidades de se adaptar a vários fins inclusivamente para a formação. A ideia é criar formas / modelos com estas folha de alumínio. É suficiente um rolo por pessoa mas seria bom distribuir um rolo extra se a figura a criar for grande e complexa. O exercício pode ser realizado “indoor” e “outdoor”. Duração exercício do O tempo necessário para realizar exercícios depende do formador. Quanto menos tempo, mais difícil se torna o exercício. O tempo mínimo necessário é de aproximadamente 30 minutos dependendo da eficiência do grupo / participantes e figuras / modelo a executar. Tamanho do grupo A partir de 5 pessoas 2. Processamento das ideais Instruções para os Por favor, crie um modelo que represente o seu grupo participantes usando a folha de alumínio. Tem “x” minutos para isso. Realização exercício do Há uma oportunidade ilimitada de inventar modelos / figuras, que possam ser criadas a partir do papel de alumínio. 55 www.rechance.eu O modelo que nos propusermos fazer deve depender da finalidade do exercício. Por exemplo, para efeitos de construção de equipa e solução de problemas o formador pode pedir aos participantes para criarem uma ponte, um edifício conhecido, uma árvore, um modelo que represente o grupo, etc. 3. Conclusões (modo de utilizar os resultados) Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e ser objecto de reflecção com os participantes. Sugestões para as perguntas: O exercício foi difícil de implementar, diga se sim/não e porquê? Fale-nos sobre o seu modelo/figura. O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer este exercício? 56 www.rechance.eu A REDE 1. Descrição do exercício Quebra- gelo, Objectivos Construção de equipa Trabalho em equipa e cooperação Grupo-alvo: Bom para os alunos, formandos, pais, etc. Não deve ser executado no início das oficinas pois exige confiança entre os participantes Técnica: Jogo Equipamentos - o O exercício pode ser realizado “indoor” e “outdoor” que é necessário Para a sua execução é necessária uma corda grande e para realizar o dois pilares/ árvores. exercício? O exercício exige uma certa aptidão física e resistência. No quadro abaixo indica-se um exemplo do padrão a seguir na fixação da corda nos pilares/árvores. Duração exercício do O tempo para concluir este exercício não deve ser limitado. No entanto quanto menor for o tempo, mais difícil o exercício se torna Tamanho do grupo O número de pessoas envolvidas no exercício deve ser o mesmo que o número de aberturas da rede criada pelo padrão de fixação da corda nos pilares/ árvores, no caso do modelo apresentado é de 8. O exercício pode ser realizado com um grupo. No entanto, torna-se mais envolvente quando há uma rivalidade entre dois grupos. 2. Processamento da ideia Instruções para os Os participantes colocam-se todos dum lado da malha participantes criada pela fixação da corda entre os pilares/ árvores. A tarefa é passar para o outro lado atravessando cada pessoa por um buraco diferente. Ao executar o exercício, não se pode nunca tocar na corda. Se alguém tocar na corda ao atravessar, todo o grupo deve voltar ao primeiro lado e começar tudo de novo. 57 www.rechance.eu Realização exercício do O exercício é difícil e pode acontecer que durante a sua execução, o grupo ou um membro do grupo se recuse a continuar a participar. O formador deve estar preparado para essa eventualidade e criar uma solução para esta situação. Pode facilitar-se o exercício, por exemplo, ao cancelar a proibição de tocar na corda, ou torná-lo mais difícil sendo executado com os participantes tapando um dos olhos. 3. Conclusões (modo de utilizar os resultados) Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e ser objecto de reflecção com os participantes. Sugestões para as perguntas: Foi difícil implementar o exercício, diga se sim/não, e porquê? O que o ajudou e o com que se preocupou ao fazer o exercício? O que o levou a decidir se não poderia, ou poderia fazer o exercício? Onde ocorreram momentos críticos de desempenho? O que ajudou na resolução desses momentos críticos? Como foi a colaboração entre os membros das equipas? Amostra da fixação da corda entre os pilares/ árvores: Os números indicam os espaços vazios na malha criada pela fixação das cordas. 1 5 3 7 8 4 6 2 58 www.rechance.eu A CALHA 1. Descrição do exercício Quebra- gelo, Objectivos Construção de equipa, Trabalho em equipa e cooperação, Resolução de problemas, Capacidade de comunicação, etc... É um exercício muito bom activando todo o grupo e proporcionando muita alegria e risos. Grupo-alvo: Exercício bom para jovens, pais, tutores, etc. Técnica: Jogo Equipamentos - o que é necessário para realizar o exercício? Folhas iguais largas e compridas de papel de alumínio (com aproximadamente 1m x 0, 5m no caso de adultos, e menos para as crianças, respectivamente); uma folha para cada 2 pessoas, 4 baldes ou outros recipientes (2 cheios de água) - 2 para cada equipa, 2 chávenas pequenas - 1 para cada equipa. O exercício deve ser realizado “outdoor” Duração exercício do O tempo necessário para realizar exercício depende do formador. Quanto menor for o tempo mais difícil se torna o exercício. A tempo mínimo necessário para executar este exercício é aproximadamente de 30 minutos dependendo da quantidade de água dos baldes (com mais água o exercício demora mais tempo). Tamanho do grupo O exercício foi projectado para grandes grupos. O número total de participantes deve ser par. Pelo menos 22 pessoas devem tomar parte. 2. Processamento das ideias Instruções para os Dividir os participantes em dois grupos com igual número participantes de membros. Cada grupo pode nomear uma pessoa que terá um papel diferente dos outros membros da equipa. 59 www.rechance.eu Seguidamente os participantes de cada grupo juntam-se aos pares. Cada par devem erguer em conjunto uma das folhas de alumínio distribuídas. Seguidamente os membros de cada grupo devem posicionar-se em duas filas erguendo as folhas de alumínio de modo a criarem uma “calha” (canal). Nas duas extremidades da calha colocam-se os baldes. Nas extremidades com os baldes cheios ficam as pessoas com as chávenas. A tarefa é transferir água de um balde para outro balde tão rapidamente quanto possível de modo a que seja desperdiçada a menor quantidade possível. O balde para o qual a água é derramada é marcado com um nível que tem de ser atingido ou ultrapassado. Se a equipa não conseguir chegar a esse nível está fora da competição. Realização exercício do O exercício pode impedir movimentos indevidos, ao proibir mexer os pés, ou, por exemplo, proibindo a fala. Tudo depende das competências sociais que queremos enfatizar. 3. Conclusões (modo de utilizar os resultados) Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e objecto de reflecção com os participantes. Sugestões para as perguntas: O exercício foi difícil de executar, diga se sim/não, e porquê? O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer o exercício? O que o levou a decidir que não poderia, ou poderia participar no exercício? Das instruções recebidas quais as que foram úteis para o desempenho, e quais as que não foram? Algum deste dois grupos desenvolveu uma estratégia? Houve uma estratégia de equipa? Como foi a colaboração nas equipas? Como se sentiu nos papéis que assumiu? 60 www.rechance.eu CABRA CEGA 1. Descrição do exercício Quebra-gelo, Objectivos Construção de equipa, Trabalho de equipa e cooperação, Capacidade de comunicação Grupo-alvo: Exercício bom para jovens, pais, tutores, etc. Técnica: Jogo Equipamentos - o que O exercício pode realizar-se “indoor” e “outdoor” é necessário para Para a sua execução são necessários vendas para tapar realizar o exercício? os olhos e obstáculos móveis tais como cadeiras, mesas, bancadas para a sala. No exterior realizar-se-á num um espaço natural tendo como obstáculos árvores, arbustos, lanternas, etc. Duração do exercício O tempo para concluir este exercício não deve ser limitado. No entanto quanto menos tempo, mais difícil se tornará. Tamanho do grupo De 4 a 20 pessoas 2. Processamento de ideias Instruções para participantes os Escolher entre as pessoas do grupo uma á qual se venda os olhos durante a realização do jogo. A tarefa do grupo é guiá-la como a um "cego" através dos obstáculos e apenas com palavras. Não de deve ajudar de qualquer outra forma. Deve conduzir-se o "cego" o mais rápido possível do inicio ao fim do percurso, mas de tal forma que não lhe seja causado qualquer prejuízo embatendo com os obstáculos. Realização exercício do É fácil modificar o exercício. Por exemplo, pedir ao grupo para escolher o local, onde irá começar com a rota do "cego" ou configurar a linha de partida. Pode também pedir-se ao grupo para alterar as funções e por exemplo, cada pessoa vir a ser á vez também o "cego". 3. Conclusões (modo de utilizar os resultados) 61 www.rechance.eu Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e objecto de reflecção com os participantes. Sugestões para as perguntas: O exercício foi difícil de implementar, diga se sim/não, e porquê? O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer o exercício? O que o levou a decidir-se se poderia ou não fazer o exercício? Das instruções recebidas quais foram e não foram úteis para o desempenho? Como se sentiu “o cego? Como se sentiram as pessoas que lhe deram instruções? 62 www.rechance.eu O HULA-HOOP 1. Descrição do exercício Quebra- gelo, Objectivos Construção de equipa, Trabalho em equipa e cooperação, Resolução de problemas É um exercício muito bom para iniciar as sessões relativas á “Construção de Equipa” e “Gestão de Conflitos”. Requer dos participantes uma base de confiança e cooperação. Ao mesmo tempo é bastante fácil de implementar e dá uma sensação de sucesso. Grupo-alvo: Exercício bom para todos: crianças, adolescentes, pais, tutores, etc. Técnica: Jogo Equipamentos - o que é necessário para realizar o exercício? Para executar o exercício é necessário pelo menos 1 hulahoop, mas podem ser mais. Quanto maior o número de pessoas tanto mais o número de hula-hoops necessários. Do mesmo modo quanto mais hulha-hoops houver mais difícil se torna o exercício. Exercício pode ser realizado “indoor” e “outdoor”. Duração exercício do O tempo necessário para realizar os exercícios depende do formador. Quanto menos tempo mais difícil o exercício fica. O tempo mínimo necessário para realizar o exercício é de cerca de 10-15 minutos dependendo da eficiência do grupo. Mas não é necessário introduzir um limite de tempo. Tamanho do grupo Deve haver pelo menos 10 pessoas para jogar. Com mais pessoas envolvidas no exercício, o grupo pode ser subdividido em dois subgrupos. Isso também competição. adiciona factores de concorrência e 63 www.rechance.eu 2. Processamento de ideias Instruções para os Os participantes ficam em círculo e de mãos dadas. O participantes formador coloca o hula-hoop nas mãos dum dos participantes enquanto se certificar que não há nenhuma ruptura no círculo. A missão do grupo é mover o voltear do hula-hoop no círculo constituído pelos participantes. O exercício termina quando o Hula-hoop completa todo círculo. Se o círculo foi interrompido recomeça-se a jogar desde o início. Realização exercício do O exercício torna-se mais interessante se os participantes tiverem mais hula-hoops com que jogar. Pode-se também tapar um dos olhos dos participantes, proibi-los de falar ou accionar um factor de concorrência, introduzindo um segundo grupo. 3. Conclusões (modo de utilizar os resultados) Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e ser objecto de reflecção com os participantes. Sugestões para as perguntas: O exercício foi difícil de implementar, diga se sim/não, e porquê? O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer o exercício? 64 www.rechance.eu FOLHA DE PAPEL 1. Descrição do exercício Quebra- gelo, Objectivos Construção de equipa, Solução de problemas, Pensamento criativo Grupo-alvo: Exercício bom para todos: crianças, adolescentes, pais, tutores, etc. Técnica: Jogo Equipamentos - o Folhas de papel (formato A4)- uma folha para cada que é necessário participante. para realizar o O exercício pode ser realizada “indoor e “outdoor” exercício? Duração exercício do O tempo para concluir este exercício não deve ser limitado No entanto, quanto menos tempo se tiver, mais difícil será o exercício. Tamanho do grupo Sem limite 2. Processamento das ideias Instruções para os Cada participante recebe uma folha de papel. A tarefa é participantes passar através dessa folha de papel. Não pode atravessá-la passando por cima ou por baixo dela. Nem cortá-la em duas partes. Tem que atravessa-la ao meio. Tem que passar através da folha de papel. Realização exercício do Os participantes devem tentar resolver o problema individualmente. Quando muitos deles encontrarem uma solução poderão partilhar as ideias. Solução: A folha de papel deve ser dobrada. Seguidamente deve cortar-se as bordas alternadamente. (uma vez dum lado e uma vez por outro). É muito importante não cortar a folha totalmente, mas deixar 1-2 cm sem corte. Então a banda da folha deve ser cortada, tendo em conta que o primeiro e o último corte feito nas bordas da folha deve ser omitido. Depois de decompor obtemos um grande círculo de papel e até mesmo uma pessoa adulta pode atravessar a folha 65 www.rechance.eu de papel. Ver a figura abaixo. 3. Conclusões (modo de utilizar os resultados) Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e objecto de reflecção com os participantes. Sugestões para as perguntas: O que o surpreendeu neste exercício? Aprendeu alguma coisa ao executar este exercício? O exercício alterou a forma como entendeu a situação? O que o ajudou e o que o preocupou ao fazer o exercício? 66 www.rechance.eu DO LADO ERRADO 1. Descrição do exercício cooperação Objectivos trabalho de equipa comunicação dar resposta a novos problemas usar a criatividade para resolver problemas divertimento Grupo-alvo: São possíveis todos os grupos-alvo Técnica: Jogo Equipamentos - o material: toalha de mesa, cobertor ou lençol que é necessário para realizar o exercício? Duração exercício do 5 – 10 minutos Tamanho do grupo Possível fazer com grupos pequenos e grandes 2. Processamento das ideias Instruções para os Os participantes colocam-se todos sobre o cobertor ou participantes outro. Permanecendo sobre o cobertor vão seguidamente procurar virar o cobertor para a outra face. Não é permitido ninguém tocar no chão. Realização exercício do Todo o grupo fica de pé sobre o cobertor ou outro. Cada membro do grupo deve poder apoiar-se em ambos os pés. Objectivo: O cobertor deve ser virado para a outra face sem que qualquer dos participantes toque no chão. Variações: Com 2 ou mais grupos a resolverem o problema ao mesmo tempo 67 www.rechance.eu 3. Conclusões (maneira de utilizar os resultados) Depois de concluir o exercício os resultados devem ser discutidos e objecto de reflecção com os participantes. Sugestões para as perguntas: Quem assumiu a liderança? Quando é que as ideias começaram a fluir? Como agiram os membros do grupo para resolver o problema? Havia um sentimento de estar prisioneiro? Como é que o grupo encontrou a solução? Foi fácil ou difícil? Por quê? 68 www.rechance.eu CIRURGIA Á BANANA 1. Descrição do exercício cooperação Objectivos trabalho de equipa comunicação dar resposta a novos problemas usar a criatividade para resolver problemas a experiência de que as coisas podem falhar, por exemplo amizades ou a auto-estima; por vezes estas coisas já não se podem remediar completamente; iniciar uma discussão Grupo-alvo: Todos os possíveis grupos-alvo Técnica: jogo Equipamentos - o Bananas, agulha, linha, fita adesiva, faca e uma placa que é necessário sobre a qual cortar a banana para realizar o exercício? Duração exercício do 10 – 20 minutos Tamanho do grupo Possível fazer com grupos pequenos e grandes, no máximo de 4 pessoas por banana 2. Processamento das ideias Instruções para os Cada grupo fica com uma banana. Vai cortá-la em 2 participantes pedaços e, em seguida, tenta emendar o corte com o equipamento disponível, conforme for humanamente possível. Realização exercício do Cada grupo de jogadores recebe uma banana (máximo de 4 jogadores em cada equipa). A tarefa é cortar a banana em dois pedaços. Depois disso, cada grupo utiliza uma agulha e remenda-a sendo possível também usar fita adesiva. O objectivo é realizar uma cirurgia para corrigir o corte da banana tão bem como possível. 69 www.rechance.eu 3. Conclusões (modo de utilizar os resultados) Este exercício é uma abordagem interessante para lidar com o tópico "as coisas quebram-se – eu posso quebrar coisas". Os tópicos de destruir a auto-estima de alguém ou uma amizade são introduzidos duma nova maneira. A experiência de não ser capaz de consertar completamente de novo as coisas é simbolizada pela banana destruída. Este jogo foi realizado como preparação para o exercício de “Pertença á Cidade”, no qual os participantes terão de se comportar de forma respeitosa para que as pessoas possam interagir com eles. Também foi introduzida a ideia de "não deixar nenhum vestígio" no espaço público. 70 www.rechance.eu O NINJA 1. Descrição do exercício Objectivos cooperação trabalho de equipa comunicação não verbal criar soluções para um novo problema usar a criatividade para resolver problemas uma percepção nova e diferente do corpo conhecer os próprios limites Grupo-alvo: Todos os grupos-alvo são possíveis Técnica: Jogo Equipamentos - o 5 pedaços de pano, um laço, uma venda que é necessário para realizar o exercício? Duração exercício do 10 – 20 minutos Tamanho do grupo Possível fazer-se com grupos pequenos ou grandes 2. Processamento das ideias Instruções para os O Ninja fica de olhos vendados. Tem de proteger os participantes pedaços de pano fixados na sua roupa com o laço. Os outros têm de retirar todas as pregadeiras sem serem atingidos. Realização exercício do O grupo fica num grande círculo. O "Ninja" de olhos vendados fica no meio, empunhando o laço. Na roupa do Ninjas estão fixados 5 pedaços de tecido que o Ninja tem que proteger .agitando o laço. O líder do grupo aponta para a pessoa do círculo á qual é 71 www.rechance.eu permitido tentar roubar um dos pedaços de tecido sem ser atingido pelo laço do Ninja. O objectivo é conseguir retirar todos os pedaços de tecido do Ninja. O Ninja deve ser libertado após 5 minutos, pois pode ser muito cansativo estar no centro. 3. Conclusões (modo de utilizar os resultados) Possíveis perguntas para os participantes: Comunicação não-verbal num grupo – como se sentiu? Como se sentiu o Ninja? Como foi para si proteger-se sem ser capaz de ver? Como é que funcionou a comunicação no grupo? Em que se focou? O seu corpo sente-se de forma diferente se não puder ver ou comunicar verbalmente? Este jogo foi usado como uma preparação do exercício “Pertença á Cidade”. Os participantes deve perceber quão importante é num grupo a comunicação não-verbal Directrizes e recomendações para futuros utilizadores 1. Familiarizar-se com os participantes. Ver e reconhecer quem são e do que precisam. 2. Focar-se nas competências, e não nas falhas. 3. “Pegar” os participantes na situação em que estão e utilizar os seus recursos, ideias, problemas e interesses. 4. Certificar-se que suas qualificações, capacidades e valores estão em conformidade com os métodos escolhidos. 5. Fazer um plano – escolher os exercícios correctos para o grupo e prestar atenção aos processos em curso, tendo em mente as suas necessidades e dos limites da ferramenta. 6. Preparar-se para se surpreender com os resultados e para aprender algo novo 7. Dar instruções claras. 8. Deixar os participantes executar as tarefas por si próprios. 9. Pensar na segurança de todos os participantes. 10. O processo deve ser orientado combinando as partes teórica e prática. Não é recomendável fazer primeiro a parte teórica antes de avançar com a formação “outdoor”. 11. Usar métodos de reflexão, incentivar todos os participantes a juntarem-se á discussão e dar “feedback”. 72 www.rechance.eu 73 www.rechance.eu 5) AVALIAÇÃO Métodos de observação e análise das competências sociais Para desenvolver as competências sociais de forma sistemática e para observar e avaliar a progressão dos participantes nas acções específicas de formação e nos aspectos metódológicos, devem utilizar-se vários métodos. A par da formação e do desenvolvimento é vital o recurso a métodos de observação e avaliação desses processos de desenvolvimento. O objectivo do projecto foi desenvolver e implementar um número de diferentes abordagens na avaliação e acompanhamento do processo de melhoria das competências sociais e para explorar essa área. Com base na elaboração científica e a vasta experiência dos parceiros do projecto com os seus grupos-alvo respectivos, determinaram-se os seguintes critérios para a selecção de métodos dum processo de avaliação: Utilização de métodos de activadores e motivadores para assegurar o desenvolvimento das competências Escolha e utilização de vários métodos que sejam praticáveis, abertos e fáceis de estabelecer Garantia que os produtos desenvolvidos são utilizáveis para várias configurações na formação profissional e na formação contínua Utilização de métodos que monitorizem o desenvolvimento pessoal e social dos participantes Escolha de métodos adequados para a documentação do processo Porque o método de monitorização do comportamento é um procedimento bem estabelecido para medir as competências sociais, foram escolhidos e implementados vários métodos com base nesta abordagem. A monitorização do comportamento baseia-se na observação do comportamento (social) em diferentes situações (sociais), o que significa observações repetidas combinadas com diferentes configurações (grupo de discussões, jogos de papéis etc.). Inicialmente as competências a que dizem respeito devem ser claras, juntamente com uma definição de como e de que forma se deverá observar e descrever o comportamento dos participantes. Tal também é necessário para interpretar os factos observados. Os questionários para (auto) avaliação são ferramentas muito úteis nesta matéria. Uma base importante para o uso dos métodos na formação é o estabelecimento de indicadores de avaliação. Os diferentes métodos de teste baseiam-se em indicadores padronizados, desenvolvidos pela parceria de projeto. O seu objectivo é adequar-se a um conceito de competências sociais para os participantes e ser capazes de monitorizar e interpretar o seu comportamento ligado 74 www.rechance.eu a várias competências sociais para cada um e no conjunto dos grupos-alvo respectivos. Indicadores de avaliação O terreno comum escolhido pela parceria Re-Chance para o portofolio de avaliação das diferentes actividades, são indicadores normalizados que serão avaliados em quatro níveis diferentes. Os nív eis são estes: muito bom bom suficiente mau Estes são os indicadores desenvolvidos para as competências sociais de comunicação, gestão de conflictos, percepção, motivação, lidar com o stress e trabalho em equipa e cooperação Comunicação 1. Ter consciência da comunicação verbal e não verbal processada e capacidade de usá-la de forma adequada 2. Ter capacidade de expressar emoções e sentimentos sem ofender a outra pessoa (assertividade) 3. Ter capacidade de transmitir as informações dum modo a fazer com que estas sejam compreensíveis por diferentes pessoas (capacidade de adaptar a forma de comunicar relativamente ao receptor) 4. Ter capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação à situação (informações unidirecionais– comunicação bidirecional, mensagem eu – mensagem você, etc.) 5. Ter capacidade de escuta activa 6. Ter capacidade de reconhecer diferentes emoções e capacidade de autocontrole Gestão de conflitos 1. Ser capaz de reconhecer e expressar as suas necessidades, interesses e problemas, para poder definir as expectativas e pesar os diferentes interesses 2. Ser capaz de lidar de forma construtiva com os preconceitos e os estereótipos 3. Ser capaz de se aperceber e expressar os seus próprios limites, para ser capaz de definir e esclarecer as violações destes 4. Ser capaz de reconhecer e identificar as áreas de conflito 5. Ser capaz de olhar através de perspectivas diferentes e diferentes pontos de vista usando a (auto) reflexão Lidar com o stress 1. Perceber que os problemas são uma parte da vida de todos nós e ser capaz de lidar com eles 2. Identificar, exprimir e partilham valores, crenças e expectativas 75 www.rechance.eu 3. Compreender o valor da auto percepção e da percepção social. 4. Identificar e ter em conta os problemas pesados e ser capaz de reflectir sobre as suas acções 5. Ser capaz de lidar activamente com os problemas pesados Percepção 1. Ter capacidade de perceber e interpretar correctamente sinais de comunicação não verbal /gestos, expressão facial, postura corporal / 2. Ter capacidade de expressar uma mensagem através de gestos, expressão faciais e postura corporal. 3. Ter capacidade de controlar a linguagem corporal de acordo com a intenção comunicativa. 4. Ter capacidade de reconhecer especificidades culturais no uso da expressão facial, gestos. 5. Ter capacidade de escuta activa Motivação 1. Entender o termo motivação, e ter capacidade de explicar aos outros o que significa, exemplos práticos de "motores da motivação". 2. Compreender e ser capaz de trabalhar com auto-motivação e motivação da equipa / outros formandos/ pessoas á sua volta, etc. Sentir a diferença entre a auto-motivação e a motivação dos outros 3. Entender a posição “outro lado” – para não assumir uma posição defensiva quando alguém tentar motivá-lo. Ser aberto e estar disposto a motivar alguém. 4. Entender a diferença entre as estratégias de motivação directa e indirecta. 5. Compreender a importância de outros factores que possam influenciar positivamente os aspectos relacionados com a motivação. Trabalho em equipa e cooperação 1. Assumir uim compromisso com o trabalho de equipa 2. Ter capacidade de partilhar efectivamente o tempo 3. Ter flexibilidade para trabalhar em equipa 4. Ter capacidade de mediação 5. Ter capacidade de escuta activa A reflexão como método transversal. A reflexão é uma maneira metódica de pensar, com enfoque no objectivo de obter conhecimento sobre um processo ou uma necessidade própria de tomada de decisão ou para a realização de acções. Portanto a reflexão é uma parte central e necessária de todo o trabalho educativo, de qualquer acção singular. Algumas das perguntas que podem ser feitas para induzir a reflexão são listadas seguidamente: 76 www.rechance.eu Quem sou eu? O que é que sou capaz de fazer? O que é que eu espero? Onde estou neste momento? Como agi? Comportei-me correctamente? Tive cuidado com os outros? Estava pronto para assumir um compromisso? O que é que aprendi disso? A reflexão como método é basicamente uma maneira de pensar, de monotorizar metas, planear, executar e comparar os planos com os resultados, tendo em conta também o próprio processo. A questão central é o desenvolvimento de novos olhares, capacidades ou atitudes através da reflexão. O método de auto- reflexão é entender isso como um processo constante. A auto-reflexão é um processo constante de aprendizagem que está na base de qualquer desenvolvimento pessoal. Porque se alguém não sabe o que ela ou ele próprios podem fazer ou não fazer bem ou porquê, ela ou ele são bons em algo – ela ou ele não poderão construir-se a partir das suas potencialidades A auto-reflexão envolve o questionamento dos próprios pontos de vista e acções; é a única possibilidade de desenvolver uma auto-percepção fundamentada e de exercer e avaliar os pontos fortes. Pode estabelecer-se a auto-reflexão durante a formação através de questionários referindo-se a tarefas específicas. (Anexo: página 40: Comente sua tarefa). Com o método de portfólio é possível documentar o processo relativamente a vários resultados, para mostrar as capacidades individuais e os pontos fortes de uma pessoa. (Anexo: página 41: Portofólio). Métodos para medir as competências sociais Medição das competências sociais Há várias maneiras de identificar as competências sociais. Kanning (2003:26) sistematiza as diferentes abordagens tendo por base a distinção entre as competências sociais e comportamento socialmente adaptado. (1) Uma abordagem consiste na tentativa de medir directamente as competências sociais usando testes de desempenho cognitivo. Esta abordagem é demasiado simplista, porque só podem medir-se competências sociais cognitivas. Outras abordagens tentam tirar conclusões sobre as competências sociais através do comportamento social. (2), Observando o comportamento social visível, é feita uma tentativa para tirar conclusões sobre as competências sociais subjacentes. (3) Do mesmo modo, pela forma da descrição do comportamento, as competências sociais tornar-se –ão mensuráveis na base da sua descrição em retrospectiva, auto- descrição ou por outros. Testes de desempenho cognitivo 77 www.rechance.eu Usando testes de desempenho cognitivo, só podem ser identificados aqueles aspectos das competências sociais que constituem uma base cognitiva de comportamento socialmente adaptado. De acordo com os aspectos fundamentais da ideia dos testes de desempenho, é necessário dar uma resposta "objectivamente" correcta a uma pergunta. Presume-se que o grau de comportamento socialmente adaptado dum indivíduo depende dos seus resultados no teste (Kanning 2003). Quando se mede a inteligência social, um outro problema é ser difícil estabelecer uma fronteira entre a inteligência social e inteligência académica, sendo claro que não é possível ou não pode ser eficazmente demonstrada a relação entre inteligência social e comportamento socialmente adaptado (observado) (Kihlstrom/Cantor 2002, Kanning 2003). Como conseqüência, afigura-se que os testes para determinar a inteligência social serão apenas parcialmente eficazes para medir as competênciaa sociais. Monitorização do comportamento Através da monitorização do comportamento nas interacções sociais, é feita uma tentativa para indirectamente tirar conclusões sobre as competências sociais do indivíduo. Neste contexto, é de extrema importância monitorizar o comportamento de um indivíduo em várias situações diferentes, já que a qualidade do comportamento social depende não apenas das competências sociais, mas também de factores situacionais. Apenas a monitorização repetida permite tirar conclusões sobre as competências sociais como uma disposição comportamental. O termo monitorização de comportamento engloba uma variedade de métodos. Basicamente pode-se distinguir entre auto-monitorização e acompanhamento por outros. A automonitorização é frequentemente utilizada no trabalho psicológico clínico para aumentar a auto-reflexão do indivíduo. A monitorização por outros é efectuada em contextos artificiais (role-plays, tarefas de apresentação, discursos de improviso, discussões em grupo, exercícios de grupo). Têm de ser determinadas previamente as competências que se planeia monitorizar. Para se garantir o maior grau possível de objectividade, tem que ser escolhido um esquema de codificação (ou seja, deve ser definido de que forma terá de ser interpretado o comportamento exibido). (Kanning 2002:41-46) O chamado centro de avaliação é uma forma específica de monitorização do comportamento através da qual são feitas observações de diferentes competências em diferentes contextos (por exemplo, tarefas de grupo, discussão em grupo, tarefas de apresentação). Freqüentemente, no âmbito dum centro de avaliação são usados outros procedimentos também, tais como testes de desempenho cognitivo. Tudo isto torna o centro de avaliação o processo mais caro, mas também mais abrangente de medição das competências sociais. (Kanning 2002:55-64) Descrições do comportamento A descrição do comportamento é um procedimento para a medição indirecta das competências sociais. É uma tentativa de chegar a conclusões sobre as competências sociais de uma pessoa através do comportamento mostrado no passado. Nela pode ser feita uma distinção entre auto-monitorização ou acompanhamento por outros (por exemplo, pais, professores,). São usados com freqüência questionários padronizados (por exemplo, questionários que visam determinar traços de personalidade). 78 www.rechance.eu Entre os procedimentos apresentados, a monitorização do comportamento afigurase ser o procedimento mais adequado para medir as competências sociais (Kanning 2003, Keating 1978), já que as competências sociais estão patentes no omportamento socialmente adaptado (Rychen/Salganik 2003). Considerando que a validade da medição é questionável nos testes de desempenho cognitivo, que pretendem determinar directamente as competências sociais (ou seja, a relação entre os resultados do teste e comportamento social é limitada ou inexistente, cf. Kihlstrom/Cantor 2002, Kanning 2003), as descrições do comportamento colocam o problema desse comportamento descrito pertencer ao passado, o que requer em parte um enorme desempenho de memória dos entrevistados. Isto implica a ocorrência de retenção selectiva, bem como erros de medição devido a um enviesar para o que é socialmente desejável. Da mesma forma que para o centro de avaliação, uma combinação de métodos de recolha de dados diferentes conduz aos resultados desejados. Para dar um exemplo, no decurso de cursos de formação comportamental, a fim de determinar o sucesso de formação, são usados não apenas procedimentos de monitorização do comportamento diferentes, mas também questionários sobre comportamento social para auto- descrição ou descrição por outros (Kanning 2003). Também Jugert et Al (2007:16) afirmam que uma abordagem de desenho multimodal variada dos procedimentos de recolha de dados é especialmente adequada para medir as competências sociais. Avaliação individual Numa avaliação individual é importante descobrir como os participantes julgam e avaliam a sua situação de vida no momento e também o seu potencial. Tendo por base esta pesquisa é também vital lidar com o campo de interesses dos participantes, podendo-se assim acomodá-los no processo de formação. 1. Entrevista guiada O método de entrevista guiada destina-se a conhecer as necessidades dos participantes, e, em seguida, usar esses resultados como uma base para o desenvolvimento e implementação do processo de formação. A pista é saber exactamente quais necessidades que a pessoa tem nesse momento – ou seja fazer algo como um diagnóstico de necessidades. (Anexo: página 23 f.: Ferramentas de avaliação) A entrevista guiada deve realizar-se, se possível, numa situação de cara a cara e num ambiente descontraído. A fim de assegurar uma concentração respeitosa na situação de entrevista, as perguntas são feitas aos participantes através dum questionário preparado e são documentadas de forma escrita. As perguntas que são usadas numa entrevista guiada são baseadas nas seguintes considerações: Quais as necessidades do indivíduo? Qual é a posição que a pessoa ocupa no momento? Que tipo de competências sociais é que o indivíduo possui? Qual a focagem para esta pessoa trabalhar? Em que profissão gostaria de trabalhar? 79 www.rechance.eu Por exemplo, qual é o meu trabalho “de sonho”? Os resultados desta pesquisa são a base para a concepção de projectos, tais como definir a seqüências de módulos, as unidades de formação etc Uma entrevista de cara a cara usando um questionário preparado é um método que é comumente usado em educação e formação profissional. Além disso, é um método interessante para todas as instituições que estão interessados no desenvolvimento de produtos para grupos-alvo específicos com enfoque nos prérequisitos individuais e nas necessidades dos participantes. O entrevistador deve preparar um questionário para cada participante em que as suas respostas são documentadas. Usando esse método o curso de formação pode ser estruturado conjuntamente com os participantes e com base nas suas necessidades individuais. Se bem estruturadas, as entrevistas guiadas são uma boa base e uma orientação para a (auto) reflexão, com enfoque nos pré-requisitos e no desenvolvimento dos participantes, documentando o progresso individual de desenvolvimento de competências Questionário de auto-avaliação Um questionário de auto-avaliação é uma forma de caracterização. Os participantes devem descrever-se a si próprios de forma sucinta, perceber e avaliar as suas capacidades- constitui uma auto- avaliação através de auto- reflecção. Para preencher o questionário é importante ter uma atmosfera tranquila e relaxante. Além disso é vital ter em atenção dar tempo suficiente para responder às perguntas, porque haverá algumas, em que se terá que pensar por um longo período de tempo, o que deve ser comunicado aos participantes. Deve haver sempre alguém para responder a perguntas que surjam. As perguntas do questionário tem que ser escolhidas para os grupos-alvo específicos. As perguntas seguintes são ajustadas às necessidades de um participante de quinze anos de idade, ao qual se pede uma auto-avaliação da própria apreciação sobre comunicação e trabalho em equipa. "Eu convenci meus pais com bons argumentos para aumentarem o meu dinheiro de bolso"! "Trabalhando em equipa para um projeto um dos meus colegas trouxe novas sugestões e idéias, que originalmente não foram de minhas. Eu fiquei convencido com argumentos apresentados e abandonei as minhas sugestões. “ Para o desenvolvimento dos questionários são muito importantes os critérios a utilizar para que as perguntas se tornem compreensíveis ou relevantes para os participantes, A variedade de questionários e a possibilidade de focar as perguntas nas necessidades individuais são a principal razão porque são amplamente utilizados em situações de auto-avaliação. O desenvolvimento, a concepção e a aplicação de questionários de auto-avaliação torna possível que as perguntas usadas se relacionem com as tarefas planeadas, ou com a formação profissional, ou com os indicadores de avaliação ou ainda com actividades outdoor para crianças e adolescentes. 80 www.rechance.eu Por exemplo pode combinar-se facilmente a auto-avaliação da orientação espacial com um projeto outdoor chamado "Rali na Cidade". "Eu estou numa cidade estrangeira e tenho que usar o mapa da cidade para encontrar o caminho certo". (Anexo: página 27f.: Ferramentas de avaliação: Auto-avaliação) Este questionário desenvolvido para auto-avaliação sobre as competências sociais para os jovens usa uma escala onde os participantes têm de avaliar as suas capacidades. Esta auto-avaliação deve ser usada pelos formadores para falar pormenorizadamente sobre isso. Pode ser tida como um ponto de partida do processo de desenvolvimento. Nunca deve reduzir-se a si própria sem a reflexão com um formador / conselheiro. Os questionários de auto-avaliação também podem ser usados na avaliação da motivação. Em anexo podem-se encontrar alguns questionários nos quais o formador e os formandos integraram os seus pontos de vista. Desta forma a auto-avaliação e a avaliação por outros pode ser documentada lado a lado e serem facilmente comparadas. Métodos de avaliação em grupo É melhor usar uma variedade de métodos para as tarefas de avaliação em grupo, nas actividades em grupo, em exercícios, para assumir desafios e em diferentes módulos de formação, onde seja possível a aprendizagem aberta orientada para acção. Observação pelos formadores Observação por outros é um método que incide sobre a descrição de uma situação e do comportamento das pessoas nesta situação específica. Este processo baseia-se em exercícios especialmente concebidos para a observação por formadores. (Anexo: página 35 f.:Ferramentas de Avaliação: Observação pelos Formadores) Na avaliação do grupo, determinam-se para este alguns desafios, como "A Hora do Autógrafo" ou "Construção duma Torre de Papel" ou muitos outros desafios diferentes. (Anexo: f. página 33: Ferramentas de Avaliação: Exemplos de alguns Desafios) Os desafios são baseados em diferentes estruturas. Usa-se uma configuração fixa ou a tarefa foi projectada conjuntamente com o grupo. Dependendo da tarefa, o grupo é dividido em subgrupos mais pequenos, mas também é possível enfrentar os desafios individualmente. Antes de iniciar os exercícios é importante para os formadores estarem familiarizados com os estes e terem todas as ferramentas de que os participantes precisam para resolver o exercício. Antes de cada desafio também é muito importante perguntar aos participantes se compreenderam a tarefa e verificar isso. Durante os diferentes exercícios com o grupo em avaliação os observadores devem incentivar a interação entre os participantes. Para compreender e comparar os resultados de forma correta, terá que fazer o relatório de cada participante singular do grupo em avaliação através dum questionário de observador concebido com 81 www.rechance.eu critérios fixos. O número de observadores tem de estar em relação com o número de participantes. Os critérios dum questionário de observação pode englobar aspectos muito diferentes, mas têm de ser adaptados individualmente para grupos-alvo específicos e os principais alvos da observação. Critérios de observação no respeitante às competências sociais: O participante aceita seu papel? O participante mostra um comportamento cooperativo? Ela/ele deseja ser o líder na gestão dos desafios? Ela/ele entra em interação com os outros membros do grupo? Ela/ele tem o seu próprio caminho nos processos de grupo? Ela/ele é capaz de imaginar ser membro doutro grupo? Ela/ele mostra um comportamento empático? Como se pode avaliar-se o comportamento comunicativo? Como ela/ele lida com a pressão do tempo? Ela/ele é capaz de convencer com argumentos? Auto-observação A auto-observação é um método básico e respectivamente um procedimento normal da vida diária, mas que também é usado na prática pedagógica (comparar Kleber, E., 1992, S.199). A base da auto-observação ou introspecção é o autoconhecimento. Isso significa que uma pessoa observa o seu comportamento, os seus sentimentos e pensamentos em determinadas situações durante um certo período de tempo, percebe-os e assume-os. (Compare Kleber, E., 1992, S.199ff). Os questionários preparados, para serem usados em tarefas especiais são uma ferramenta perfeita de auto-observação. (Anexo: página 40: Ferramentas de Avaliação: Comentar sua tarefa Para o processo actual, gostaríamos de mencionar as várias possibilidades no quadro do uso de portfólios. Eles são uma possibilidade para os participantes documentarem suas experiências através da auto-observação durante um longo período de tempo. (Compare: Portofólio). Implementar o processo de auto-observação na formação significa organizar uma atmosfera tranquila apropriada para a documentação, na qual a atenção se centra na própria pessoa.É benéfico utilizar um período de tempo adequado para auto atenção, no processamento de exercícios, jogos e sequências de acções de formação. Objectivos de auto-observação: Reconhecimento, integração e avaliação do próprio comportamento e experiências Conclusões extraídas dos comportamentos e da experiência Comparação com outros 82 www.rechance.eu Possível mudança do próprio comportamento Aprender a transpor as emoções para palavras. Portfólio O portfólio é útil para o planeamento, descrição, documentação e auto / reflexão das experiências individuais. Os principais aspectos na aplicabilidade do portofólio são o reporte da auto-reflexão combinado com um feedback externo através dos formadores ou pares. As experiências e competências adquiridas são documentadas individualmente pelos participantes. Avaliar as suas próprias experiências e assumir a responsabilidade pelas suas acções são passos importantes para alargar a autodeterminação, os quais estão intimamente ligados ao objectivo de alargar as competências sociais. O método do portfólio de acordo com Elsholz (Elsholz 2010, s. 9) é definido como uma ferramenta para desenvolver a aprendizagem auto-determinada. Além disso este método é identificado pela sua abertura e por não ser exclusivo dum objectivo específico, e, por conseguinte, ser ideal para a orientação do processo. (Elsholz 2010, 9f). Para um longo período de tempo – por exemplo, no quadro de um projecto – os participantes são encorajados a relatar suas experiências de aprendizagem individual guiadas por critérios didáticos e para reportar o desenvolvimento do processo. (Anexo: página 41: Ferramentas de Avaliação: Portfólio: Diário do Projecto). Possíveis perguntas para organizar num portfólio: Porque é que foi fácil/difícil para mim realizar esta tarefa? O que aprendi trabalhando nessa tarefa? O que foi útil para minha vida diária, por exemplo, do que é que poderei precisar fora a situação da formação? O que é que o resultado me diz sobre minhas aptidões e pontos fortes? Que possibilidades me oferecem para melhorar aptidões específicas? Metas para utilização do método do "Portfólio": 1. Para tornar claras e observáveis as capacidades e pontos fortes e também as suas possibilidades de desenvolvimento: 2. Para avaliar, ajuizar e intepretar o próprio desempenho e sucesso. 3. Para estabelecer uma conexão entre capacidades próprias e as que são requeridas nas áreas individuais da vida (orientação profissional, educação e formação, actividades ao ar livre etc.). 4. Objectivação da autodeterminação baseada nos resultados e no feedback dos formadores. 5. Para incentivar os participantes a aperceberem-se das suas capacidades, para as desenvolver, e, se necessário, para colmatar as lacunas. 6. Sugestão para lidar com mais informações. 83 www.rechance.eu 7. Para desenvolver novos interesses. O método do "Portfólio" é aplicável de muitas maneiras diferentes. Um exemplo é a recolha das folhas de trabalho numa pasta. Outra possibilidade é o "Diário do Porjecto”, no qual os participantes podem relatar suas experiências actuais. Além disso podem-se usar "Diários de aventura" para actividades outdoor; Estes são também simples relatórios de interesses. Os portfólios são métodos bem sucedidos aplicados durante o processo de orientação profissional e aconselhamento, para documentar o processo num determinado campo de acção, para projetos especiais, mas também para ser aplicado nas semanas de projecto nas escolas 84 www.rechance.eu 6) A EXPERIÊNCIA QUE QUEREMOS PARTILHAR Esta parte do documento contém detalhes das actividades desenvolvidas pelas organizações parceiras durante o período de implementação do projecto ReChance. Relativamente a cada um dos países participantes destacámos os elementos principais para dar de relance uma idéia das suas actividades, para se ter a oportunidade de comparar as suas metodologias, ferramentas e grupos-alvo. Europäisches Bildungswerk für Beruf und Gesellschaft (EBG) ALEMANHA Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Jovens presos; Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: Assistentes sociais, guardas prisionais e pessoal administrativo das prisões; Porque escolhemos estes grupos-alvo: Os presos foram visados devido principalmente às suas difíceis circunstâncias de vida, tais como o histórico familiar de desemprego entre gerações, a baixa educação parental e a subsidiodependência. Por conseguinte, não só não tiveram qualquer educação familiar ou social durante a infância, mas também lhes faltou grupos de referência positiva e pessoas que no seu círculo de jovens pudessem abordar, melhorando a sua capacidade de envolvimento com a comunidade; tal colocou em risco a sua aprendizagem e trabalho, perpetuando assim também os seus problemas penais: o círculo vicioso de desmotivação, meter-se em apuros e o seu registo criminal. O segundo grupo é o círculo próximo de pessoas que os guardam, aconselham e ensinam; portanto foi esta a nossa abordagem. Quais módulos SOCO-VET implementados: Foram implementados os módulos Motivação, Gestão de Conflitos e Percepção; a importância destas competências, foi explicada, praticada e analisada em vários seminários e exercícios e posta em relação com as experiências que já traziam da sua própria vida. Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: Para se adquirirem essas competências sociais as actividades outdoor realçaram e acompanharam os exercícios, usando jogos, tornando mais fácil entendê-las e reflectir, ao invés de serem apenas expostas teoricamente. Uma vez que não é permitida qualquer actividade outdoor na prisão, escolhemos jogos como "Acção", "Ludo", "Tabu", jogos para treinar a paciência ("Mikado", "Garrafa") e futebol de mesa e dardos. As actividades desportivas indoor adicionais, como futebol, hóquei e badminton também foram boas oportunidades para treinar as competências sociais. Que impacto tivemos: Nesses jogos treinou-se como agir e tratar respeitosamente os companheiros de prisão, o que é um dos principais problemas durante o dia a dia da prisão. Aprenderam a superar a falta de motivação, com que na sua maioria teriam de se confrontar na vida. Percebeu-se também que não teríamos de continuar a lidar com situações de conflito entre prisioneiros dominantes e fracos, pois eles próprios passaram a gerir os conflitos evitando a sua escalada. 85 www.rechance.eu Avaliação: A avaliação mostrou que os presos tomaram consciência das suas competências pessoais e dos recursos proporcionados pelas actividades do projecto. Também o aconselhamento individual e orientação por parte das assistentes sociais os ajudaram a superar as barreiras pessoais; identificar e desenvolver seus pontos fortes e desenvolver a sua auto-estima; melhoram as suas competências sociais e interpessoais. O círculo próximo dos presos também foi sensibilizado e familiarizou-se com a abordagem e métodos implementados. Nossa contribuição para o projeto: Melhoria da consciência e sensibilidade para com os preconceitos e o seu impacto cruel sobre grupos desfavorecidos. Desenvolvimento pelos presos duma relação de pertença e identificação positiva com a sociedade, ultrapassando barreiras pessoais; identificando e desenvolvendo os seus pontos fortes e auto-estima; melhoria das suas competências sociais; construção da confiança na sua capacidade de aprender a fazer uma transição bem sucedida para uma vida autónoma posterior, formação ou trabalho. As assistentes sociais, guardas prisionais e conselheiros familiarizaram-se com os materiais e o método/ abordagem do projecto, particularmente com a necessidade duma identificação positiva e da sua importância para os presos, um grupo altamente marginalizado e estigmatizado. Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: Podem-se usar os materiais do SOCO-VET sem qualquer adaptação ou alterá-los para o nosso grupo-alvo. Uma vez que as actividades outdoor na sua maior parte são restringidas nas prisões poderão usar-se jogos ou actividades desportivas para atingir os objectivos dos projectos. BFI Oberösterreich ÁUSTRIA Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: O grupo-alvo na Áustria foram jovens imigrantes (das 1ª e 2ª gerações) com dificuldades de entrar no mercado de trabalho e que estavam portanto, ou em busca de formação profissional numa empresa ou em formação profissional "protegida" (adaptação ao mercado de trabalho), ou ainda que participaram em cursos de formação para refazerem os exames do ensino secundário. Qual foi o nosso segundo grupo-alvo: Formadores e professores no ensino profissional. Porque escolhemos estes grupos-alvo: Ao se identificar o estatuto de imigrante com um baixo estatuto social e educacional, ficam consideravelmente diminuídas as oportunidades dos jovens entrarem com êxito no mercado de trabalho. Impulsionar a auto-estima desses jovens através do empoderamento da "formação" em competências sociais pode ajudá-los a concentrarem-se novamente nos seus pontos fortes, aumentar a sua auto-eficácia e ajudá-los focalizando-se na procura de emprego ou educação / formação profissional. Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos SOCO-VET escolhidos foram Comunicação, Lidar com o Stresse e Gestão de Conflitos, porque estas são questões vitais no mercado de trabalho – especialmente quando se lida 86 www.rechance.eu com uma tripla desvantagem – baixo estatuto social, baixo nível educativo e o background de imigração. Os módulos foram adaptados de acordo com as necessidades dos participantes Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: As actividades outdoor são métodos muito poderosos para o desenvolvimento de competências sociais já que os participantes têm que ser muito activos e comunicativos para atingir as metas definidas. São também ideais para se interligarem com a aprendizagem no contexto da vida real, em que os participantes podem experimentar os conhecimentos recentemente adquiridos, e assim, ir além dos conhecimentos teóricos sobre as competências sociais; passarem portanto do saber “conhecimento” ao saber “executar”. Também têm áreas que podem ser melhoradas. As actividades outdoor facilitam experiências que incidem na mudança de perspectivas. Oferecem uma quantidade de oportunidades de auto-reflexão e de estabelecimento de metas. Focámo-nos em actividades outdoor no espaço público e junto de instituições / políticos como o “rali de cidade” e o “desafio de pesquisa de trabalho de cidade”. Que impacto tivemos: Os participantes desenvolveram e reforçaram ainda mais as suas competências pessoais, sociais e metódológicas. A sua confiança nas próprias competências sociais e auto-eficácia cresceu significativamente. Partilhamos as abordagens desenvolvidas e métodos com outros formadores e professores de EFP, divulgando assim os resultados. Avaliação: A avaliação foi realizada através de questionários de feedback e de dois questionários internos (um para jovens, um para formadores). Todos os jovens participantes gostaram de aprender novas competências e atitudes através dos jogos desenvolvidos, especialmente nos módulos outdoor. Através do programa, todos eles melhoraram as suas competências sociais e sentiram-se mais confiantes sobre si mesmos e relativamente às suas competências. Os formadores e professores gostaram do seminário, especialmente em experimentar muitos exercícios e refletir sobre a sua utilização com outros profissionais. A nossa contribuição para o projecto: Os jovens participantes tiveram a oportunidade de desenvolver uma relação de pertença e uma identificação positiva com a sociedade, superar barreiras pessoais; identificar e desenvolver seus pontos fortes, desenvolver autoestima; melhorar as suas competências sociais; construiram maior confiança na sua capacidade de aprender por forma a fazerem uma transição bem sucedida para a vida autónoma e posterior formação ou trabalho. Os professores e formadores da EFP familiarizaram-se com os materiais desenvolvidos e a metodologia/ abordagem do projecto, particularmente da necessidade duma identificação positiva e da sua importância para os grupos marginalizados e estigmatizadas. Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: O aconselhamento individual e a auto-avaliação inicial foram ferramentas importantes para conhecer os interesses e a motivação dos jovens participantes Foram definidas desta forma as suas expectativas sobre o projecto Re-Chance. As entrevistas durante a avaliação tiveram um efeito muito positivo sobre como melhorar as competências sociais dos participantes, em especial na sua auto-confiança e motivação para a formação contínua e também para a integração social. 87 www.rechance.eu Ter recursos de tempo suficientes para a investigação e preparação de projectos são um factor importante - especialmente nos processos em que os fluxos de trabalho e aprendizagem dependem da execução temporal. Também na implementação o tempo foi um recurso importante – a reflexão leva tempo. É essencial para trabalhar com grupos mistos que a selecção de formadores, professores e conselheiros seja feita de acordo com critérios de género específicos, mas também de acordo com critérios como o multilinguismo e as competências interculturais. Como o nosso grupo de participantes era constituído por jovens imigrantes (1ª e 2ª geração) tentou-se manter a barreira da língua tão baixo quanto possível, usando linguagem simples e descritiva e as situações da vida quotidiana dos jovens em que estes se pudessem rever. BGCPO-Bulgarian-German Vocational Training Centre-Pazardjik BULGÁRIA Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Jovens com antecedentes de etnia cigana, de famílias com pais desempregados em situação financeira difícil, alunos com nível de educação básica e com idades de 16 a 19 anos. Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: O grupo-alvo secundário foram os professores e formadores que trabalhavam com alunos com background de minoria étnica e com pessoas desfavorecidas. Porque escolhemos estes grupos-alvo: Os jovens com background de minoria étnica provêm de famílias com histórico de desemprego entre gerações e baixa educação parental. O baixo nível de formação combinado com a falta de hábitos de trabalho coloca-os numa situação de desvantagem no mercado de trabalho e em risco de isolamento social. Para apoiar os jovens a superar o isolamento social e integrarem-se com êxito, foram necessárias actividades que compensassem as lacunas educacionais através da formação em competências sociais e motivação para assistir às aulas e continuar na escola; e também actividades para preencher o seu tempo fora da escola e aumentar seus conhecimentos gerais. O segundo grupo-alvo é o círculo próximo de pessoas - professores e educadoresdos jovens, pessoas que os respeitam e têm a possibilidade de ter impacto neles. O objectivo para os incluir nas actividades do projecto foi apoiá-los e incentivá-los a implementar as competências sociais na educação. Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos implementados com o nosso primeiro grupo-alvo foram a "Percepção" e a "Motivação". A formação em "Percepção" reforçou a capacidade de auto-conhecimento e o desenvolvimento da inteligência emocional dos jovens. Os exercícios e jogos outdoor permitiam-lhes observar e reflectir sobre os seus próprios sentimentos e emoções, bem como os dos outros, e, usar eficazmente este meio de comunicação, para desenvolver as competências emocionais necessárias para alcançar sucesso. Dominar a linguagem corporal é uma parte da inteligência emocional e é um pré-requisito para uma inclusão social bem sucedida. A formação em "Motivação" destinou-se a desenvolver a vontade individual para empreender, apoiando os jovens a desenvolver uma auto-motivação através da realização de exercícios adequados. 88 www.rechance.eu Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: As actividades outdoor testadas foram os exercícios efectuados com os jogos como "encontrar alguém que..."; "Cabra Cega"; "Rede"; "Competição"; Orientação e "Folha de alumíniol", e, o "Rali na Cidade" - para conhecer o lugar onde vivem, a sua história e cultura. As actividades outdoor foram importantes porque criaram condições para melhorar a socialização dos participantes. Cada jovem teve oportunidade de assumir um lugar digno no seu ambiente social e mostrar o seu melhor lado e as suas melhores competências. As falhas na escola são compensadas pelo sucesso noutros campos nas actividades extracurriculares, para que todos ganhassem o respeito dos seus amigos e auto-confiança. Através destas actividades fáceis de executar e fascinantes, os jovens ganharam conhecimentos em diferentes áreas, expandiram os seus horizontes e aumentaram os seus interesses sociais. Ao realizarem as actividades conjuntamente com os professores e formadores, os participantes tiveram a oportunidade de experimentar uma atmosfera de criatividade, descobrir problemas, soluções e moralizarem-se. Isso ajudou a promover o desenvolvimento da curiosidade, coragem e imaginação, pensamento lateral, vontade de assumir riscos, capacidade de tomar decisões em situações difíceis – competências importantes para sua vida futura. Que impacto tivemos: Os participantes do primeiro grupo-alvo tiveram apoio para desenvolver a sua confiança e auto-confiança e motivação para superar os obstáculos na comunicação; ganharam auto-confiança, acreditando que a educação e a formação poderiam melhorar as suas oportunidades de emprego e de desenvolvimento pessoal bem sucedido. Avaliação: Aplicamos métodos de avaliação e auto-avaliação das competências sociais dos jovens, envolvendo os seus professores no processo de avaliação, os quais realizaram uma ficha de avaliação extra. A auto-avaliação foi realizada através de registos nos quais os participantes descreveram o que tinham alcançado e assinalaram a sua atitude emocional em relação às actividades. Na nossa opinião a avaliação deve dar informações suficientes sobre os progressos dos jovens sem ser demasiado intrusiva e sem tomar muito do tempo da formação, e portanto, optámos por esta abordagem. Foi importante a reflexão realizada sobre cada actividade na qual os jovens partilharam aberta e livremente as suas impressões e sentimentos. A nossa contribuição para o projecto: Os jovens com background de minoria étnica melhoraram as suas competências sociais, compreenderam os factores da motivação, melhoraram as suas competências de comunicação e capacidade de cooperar e trabalhar em equipa. Aumentou a consciência e sensibilização dos professores, formadores e especialistas no domínio dos serviços educativos e do mercado de trabalho sobre a importância das competências sociais para a integração bem sucedida na sociedade e no mercado de trabalho. Os professores, formadores e especialistas no domínio dos serviços educativos e do mercado de trabalho familiarizaram-se com os materiais, métodos e abordagens do projecto. Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: Podem-se alterar alguns exercícios e jogos outdoor de acordo com as necessidades do grupo. É 89 www.rechance.eu aconselhável prestar muita atenção ao ambiente de trabalho. Tente organizá-lo de forma interessante com elementos de surpresa ou desafio. Assim os jovens terão desde o início uma atitude emocionalmente positiva, olhando em frente para os novos desafios e surpresas. Universita del Terzo Settore ITÁLIA Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: O nosso grupo-alvo primário (GA1) foi representado por jovens com deficiência, principalmente com deficiências mentais, entre 20 e 35 anos de idade. É necessário sublinhar que a idade biológica não corresponde à idade de desenvolvimento psicológico, e por isso, geralmente, os grupos de jovens com deficiência mental incluem também jovens adultos. Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: Assistentes sociais e profissionais de gestão dos centros de dia onde as pessoas com deficiência passam o tempo durante o dia e ao longo do ano. Porque escolhemos estes grupos-alvo: Selecionamos estes GAs devido à experiência anterior em projetos de inclusão e actividades outdoor que foram muito úteis para melhorarem a sua autonomia e motivação, para adquirirem ou melhorarem competências no trabalho em equipa - com especial atenção para com os grupos com necessidades especiais – e para aumentar as oportunidades de inclusão social - com especial atenção para as oportunidades de trabalho – e ainda para contribuir para a formação profissional contínua e aumentar a conscientização sobre temas de inclusão social a nível europeu nos GAs selecionados. Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos SOCO-VET que escolhemos foram Cooperação e Trabalho em Equipa, Gestão de Conflitos e Motivação, porque estas são questões importantes para os jovens com deficiência na via da inclusão e não apenas no mercado de trabalho, Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: Escolhemos actividades outdoor tendo em conta a sua boa adaptabilidade às necessidades dos grupos e porque precisávamos de actividades que pudessem ser readaptadas rapidamente em caso de crise dos jovens. Executamos as atividades num ambiente natural, num Parque Regional no sul da Itália, que permitiu que aos participantes sentirem-se parte da natureza e por ser, só por si, um local calmo e sereno; Este foi um ponto de partida importante para impulsionar os participantes com vista a um melhor trabalho de grupo, ás actividade autónomas quando necessário e a uma maior motivação. O grupo de jovens participantes foi envolvido numa caça ao tesouro em grupo e a pé no Monte Croccia, enquanto o grupo de assistentes sociais fazia as mesmas actividades de maneira mais técnica; algumas semanas antes este grupo fez um exercício de orientação a pé na mesma montanha. Que impacto tivemos: Os jovens tiveram uma oportunidade de participar activamente nos jogos outdoor, cooperar com os outros participantes e assistentes sociais, que integraram os grupos para permitir que os jovens se sentissem mais confortáveis e seguros. As assistentes sociais experimentaram quão importante foi para as pessoas com deficiência mental entrar em contacto com novos elementos fora de seu mundo e apreciaram realmente o humor positivo do grupo. Avaliação: As actividades com os jovens foram avaliadas de uma maneira muito informal, pedindo-lhes aplausos, relembrando as coisas feitas ou desenhando 90 www.rechance.eu sorrisos em conformidade num cartaz. Os assistentes sociais avaliaram toda a experiência através dum questionário interno e com uma avaliação de grupo, durante a qual também tiveram a oportunidade de confrontar as suas opiniões. Como resultado da avaliação, conclui-se que ambos os grupos tiveram uma experiência muito positiva; apreciaram em especial as actividades realizadas na natureza e o ambiente informal criado. Ambos os grupos desejam desfrutar novamente de experiências semelhantes. A nossa contribuição para o projecto: Difusão dos valores da educação outdoor entre os assistentes sociais. Apoio para o desenvolvimento de competências sociais das pessoas com deficiência mental e assistentes sociais. Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: É um importante ponto de partida a adaptação das actividades previstas para as necessidades do grupo; Experimentar sempre e praticar a actividade antes de a utilizar como ferramenta educativa com pessoas com deficiência; O resultado propriamente dito não é o objectivo principal: nunca nos centrarmos nele no caso de pessoas com deficiência, sendo melhor destacar cada pequeno passo que leva ao resultado e certificar-se que que os participantes estão a disfrutar do momento; Verificar se o ambiente é seguro e que se poderá enfrentar e superar qualquer evento crítico. Tempo Training & Consulting Républica Checa Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Os participantes na formação do ReChance na República Checa foram jovens desfavorecidos entre 15 e 23 anos, especificamente: Pessoas com problemas de aprendizagem – baixa literarcia; Pessoas com problemas socio-económicos – famílias com baixos rendimentos e dependentes de benefícios sociais. Pessoas com baixo nível educativo – ensino básico e profisisonal, sem motivação para educação superior. Pessoas excluídas da sociedade devido aos factores acima mencionados; Pessoas com necessidade de obter capacidades e competências sociais para concluir ou iniciar um processo de integração bem sucedida Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: O 2º grupo-alvo do projecto foi identificado como segue: Assistentes sociais/ professores/ formadores. Conselheiros, curadores. Por que escolhemos estes grupos-alvo: Tendo em mente que para os graves problemas destas pessoas (antecedentes criminais, minorias étnicas) são geralmente apontados programas especiais que obtém resultados incertos, o nosso 91 www.rechance.eu projecto foi estritamente recomendado pelos assistentes sociais e conselheiros para este grupo de pessoas, que estão (devido a algumas condições específicas) excluídos da sociedade, sendo-lhes difícil superar essa barreira, visando a sua (re) integração social e no mercado de trabalho. Tendo em conta os objectivos do projecto, a dimensão do grupo alvo e o montante total das fontes de financiamento para esta acção, decidiu-se seleccionar um grupo de pessoas, que estivessem realmente motivados para mudar a sua vida. Ainda mais, foi tida em conta a probabilidade de frequentarem todo o ciclo do curso, bem como as sua abordagens e outras actividades conexas. Quais os módulos SOCO-VET implementados: Nesta base e após uma pesquisa preliminar, foram escolhidos implementação os seguintes módulos de formação: MODULO 2: Gestão de Conflitos MODULO 3: Tomada de Decisão MODULO 5: Motivação Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: Durante a execução do programa de formação descobriu-se e confirmou-se ser muito importante e até exigido pelos educandos a experiênciação directa dos conhecimentos e competências adquiridas durante a parte teórica. Era muito mais eficaz e útil se pudessem testá-los nas situações da sua prática e realidade de vida. Após a formação do primeiro grupo-alvo em Gestão de Conflitos, Motivação e Tomada de Decisão escolheram-se jogos de trabalho de equipa e cooperação e de orientação como actividades outdoor. Que impacto tivemos: Os principais resultados e impacto sobre os aprendentes identificados durante a avaliação individual e formação, foram reconhecidas como segue: Atitude de reserva no início Atitude de abertura no final Dureza na exteriorização Esforço interior Evitar as pessoas e actividades Esforço para ajudar os outros na mesma situação Avaliação: Os formadores apresentaram ao parceiro líder do Plano de Trabalho os documentos comprovativos e resultados da formação, bem como a abordagem avaliativa. Os formadores prepararam observações e sugestões úteis que foram utilizadas na elaboração dos relatórios. Os participantes do programa de formação preencheram os questionários de avaliação que também estão disponíveis na versão inglesa. Tendo em conta os comentários e as reacções do grupo-alvo, podemos considerar o programa de formação como muito bem sucedido. Também a abordagem da avaliação individual foi considerada muito útil. No início, os participantes mostraram-se muito reservados sem uma auto-confiança apropriada. Durante a realização da formação houve uma melhoria evidente nestes domínios, sendo reconhecido e comprovado que esse tipo de ferramenta é muito importante para o incentivo e a motivação dos participantes. 92 www.rechance.eu Descobriu-se a sua influência positiva sobre a motivação para não abandonarem a escola bem como na sua integração social A nossa contribuição para o projecto: • • Transferência e adaptação dos módulos SOCO-VET para os novos gruposalvo compostos por diferentes tipos de jovens desfavorecidos Familiarização com os métodos de formação, dos jovens (primeiro grupoalvo), bem como das pessoas que trabalham com pessoas desfavorecidas tais como professores, assistentes sociais, pais, etc. (segundo grupo-alvo), Suporte e ajuda às pessoas em desvantagem no domínio da integração social e na sua (re) integração no mercado de trabalho – esse processo foi acompanhado pelo aumento da motivação e da auto-confiança dos aprendentes, que foi um sucesso crucial da implementação da formação. Processo de avaliação individual que foi considerado como uma pedra fundamental para a comunicação com o primeiro grupo-alvo,tendo em muitos casos ajudado como apoio para o alcançar das competências sociais pelo grupo-alvo Organização de seminários para o segundo grupo-alvo – apoio ao primeiro grupo-alvo. Organização de dois 2º grupos alvo diferentes – elevado interesse dos participantes Apenas 2 dos 15 participantes não concluíu o processo de formação o que é (no que diz respeito aos dados dos estudos da formação profissional) um grande sucesso, já que geralmente aproximadamente 40% dos jovens desfavorecidos deixa os cursos antes do final. Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: Do feedback que recebemos, consideramos a formação outdoor e especialmente a consultoria individual e a avaliação como aspectos cruciais para a melhoria das competências sociais. A abordagem individual dá suporte á abertura e comunicação com o primeiro grupo alvo. Academy of Humanities and Economics in Lodz POLÓNIA Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Estudantes da AHE com problemas sociais Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: professores, formadores, trabalhando com os alunos e adultos, gestores educativosr, pais; Por que escolhemos estes grupos-alvo: No primeiro grupo-alvo foram os alunos com problemas sociais tais como: dificuldades de adaptação, problemas com a comunicação, baixa consciência emocional, dificuldades de lidar com situações de conflito, problemas com a cooperação com o grupo. Foram escolhidos porque os seus problemas e dificuldades eram adequados às metas no projeto. No segundo grupo integraram-se os professores, formadores, trabalhando com os alunos e adultos (que podem ter problemas sociais), gestores educacionais, pais, uma vez que estes estão envolvidos e lidam com esses estudantes, adultos e jovens com problemas sociais. 93 www.rechance.eu Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos de SOCO-VET: implementados foram Comunicação com Sucesso e Interação, Trabalho em equipa e Cooperação, Gestão de Conflitos. Em nossa opinião, essas competências estão pouco desenvolvidas entre os jovens. E achamo-las muito importantes no desenvolvimento dos jovens nas áreas social e de inserção no mercado de trabalho. Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: Tal como foi acordado para o período de vida do projecto, na Polónia os jovens com problemas sociais tiveram a oportunidade de melhorar as suas competências de comunicação, gestão de conflitos e trabalho em equipa e cooperação. As competências sociais foram complementadas através da implementação das actividades outdoor. De acordo com a necessidade do grupo os exercícios utilizados foram: Rallye na cidade – relação d epertença á cidade (versão curta, descrição abaixo), A minha equipa, Competição, As minhas estratégias de sobrevivência, Encontrar alguém que..., Folha de alumínio, a Cabra Gega, O Hula-Hoop e a Folha de Papel. O Rally na Cidade– Pertença á Cidade foi modificado de acordo com as necessidades do grupo polaco. Que impacto tivemos: Depois de executar estes exercícios, os participantes disseram que foi muito interessante para eles preparar algo para os outros e isto também estimulou seu pensamento criativo. Estes exercícios deram-lhes uma oportunidade de melhorar sua autoconfiança – “eu pude preparar algo para os outros, e eu confiaram em mim em como o poderia fazer correctamente”. Para os participantes polacos isso foi muito valioso. Para alguns deles foi a primeira oportunidade de fazer algo para os outros. De acordo com o feedback recebido os participantes sentiram-se satisfeitos depois de executar o ciclo de oficinas. Além dum grande divertimento, ganharam um sentimento de mudança, disseram que suas competências sociais relacionadas com a comunicação, gestão de conflitos, trabalho em equipa e cooperação tinha melhorado e tornaram-se mais autoconfiantes. Avaliação: A avaliação mostra que os participantes estão cientes das suas competências pessoais e recursos graças às actividades do projecto. Também o aconselhamento e orientação individual foi muito útil para superarem as suas barreiras pessoais: melhorar a auto-confiança, melhorar suas competências sociais e interpessoais. Depois de realizar todo o ciclo de oficinas para o primeiro grupo alvo podemos dizer, que as competências sociais dos participantes melhoraram. A escala dessa melhoria difere de pessoa para pessoa, mas todos os participantes reforçaram as suas competências sociais. Às vezes, apenas foram melhoradas uma ou duas competências, no entanto, mesmo essa pequena mudança nesta área tornou os participantes mais autoconfiantes. A nossa contribuição para o projecto: Aumento da consciência e sensibilidade relativamente aos alunos com problemas sociais. Desenvolvimento de competências sociais entre os alunos com problemas sociais: Puderam definir o seu comportamento ou explicar as razões do seu comportamento; tornaram-se conscientes das suas próprias emoções e sentimento;, tornaram-se membros do grupo e aprenderamm a cooperar com os outros de forma adequada; tornaram-se mais autoconfiantes e ganharam consciência da sua comunicação não-verbal. 94 www.rechance.eu Os professores, formadores e gestores educacionais familiarizaram-se com os materiais e o método/abordagem do projeto. Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: Podem-se usar os materiais do SOCO-VET sem qualquer adaptação ou alterá-los para o nosso grupo-alvo. Os conselhos restantes foram incluídos no guia. Sonhos Para Sempre,crl PORTUGAL Quem foi o nosso primeiro grupo-alvo: Jovens de famílias de imigrantes da comunidade da Igreja Evangelica; 2ª geração de imigrantes; Quem foi o nosso segundo grupo-alvo: Líderes de ONG’s envolvidas nos processos de inclusão e desenvolvimento social; pais de jovens com antecedentes de imigração da 2ª geração; Educadores sociais, formadores e assistentes sociais das ONG’s e das redes sociais locais; Porque escolhemos estes grupos-alvo: Na nossa região em Portugal- Área Metropolitana de Lisboa - e especialmente no Concelho de Sintra - as famílias em situação de exclusão apresentam múltiplos factores tais como - pobreza, desemprego, habitação precária, pertença a grupos de imigrantes e minorias étnicas,baixo nível de formação e qualificação, abandono escolar, delinquência, adições, violência doméstica - tendo uma incidência porporcialmente elevada em relação no país, particularmente nos bairros sociais que são getos altamente problemáticos. No âmbito do projecto Rechance o primeiro grupo alvo foi a 2ª geração de crianças e famílias de imigrantes, que no concelho, representam cerca de 37% da taxa de imigrantes de toda a região de Lisboa, e, também pertencendo a um minoria religiosa – Igreja Evangélica- que em Portugal agrupa na sua maioria imigrantes do Brasil. O diagnóstico social do concelho de Sintra aponta a necessidade de incrementar a educação não formal e informal, contribuindo para desenvolver a coesão social e comunitária, evitando segregação e conflitos raciais, gerando o diálogo intercultural, e, uma melhoria das competências dos grupos desfavorecidos facilitadoras da sua autodeterminação, consistência dos projectos de vida e progresso dos processos de inclusão; e ainda tendo também efeitos positivos no aprofundamento da sua consciência, auto-confiança e motivação para aderir e participar nas oportunidades de educação e formação, com vista á melhoria dos seus níveis de educação e qualificação e em última análise na sua empregabilidade. Na abordagem ao 1º grupo alvo consideram-se as expectativas individuais e o diagnóstico de situação dos jovens em 3 áreas- educativa, emprego e inclusão – pretendendo-se iniciar um processo facilitador de criação de grupos informais, autodeterminação, motivação e consciencialização para o auto-desenvolvimento dos seus projectos de vida; isto contrariando as suas lacunas sócio- educativas, marginalização, medos e falta de informação no acesso aos apoios sociais e oferta formativa a que estão sujeitos. Para tal a melhoria das competências sociais através da formação e em complementaridade com a educação outdoor poderiam obter e obtiveram resultados positivos. Na abordagem ao 2º grupo-alvo (famílias) atendeu-se à necessidades de melhorar a sua inclusão, competências parentais e capacidades para viver em condições 95 www.rechance.eu regulares e fornecer cuidados e educação adequadas aos jovens. Como a maioria dos pais trabalha fazendo regularmente horas extraordinárias e fins-de-semana, são os membros idosos das famílias a dar apoio a jovens na maioria das vezes. Na verdade foi bastante difícil mobilizar o grupo dos pais, ficando a sugestão de no futuro criar acções flexíveis, trabalhando novos métodos/ abordagens focados nas suas necessidades individuais - auto-emprego, empreendedorismo, grupos informais de auto-ajuda. A abordagem ao 2º grupo-alvo (líderes de ONGs e trabalhadores da acção social) atendeu às suas necessidades de reforçar e dar continuidade aos apoios ao processo de inclusão do 1º grupo alvo, nomeadamente no domínio do auto-emprego e empreendedorismo. O processo inciado com o projecto Re-Chance é uma oportunidade para reforçar a cooperação entre os diversos actores no território “tomando nas suas mãos” o fortalecimento dos impactos já alcançados, alargando-os, em favor dos jovens desfavorecidos e das suas famílias no território. Quais os módulos SOCO-VET implementados: Os módulos SOCOVET implementados foram a Gestão d econflitos, Motivação e Tolerância. Porquê e quais as actividades outdoor escolhidas: As actividades outdoor foram o Mountainboard e o Paintball. Estas actividades exigem um desempenho físico, bem como tomada de decisão e geram uma grande motivação dos jovens; acresce que os equipamentos requeridos ou o acesso á sua prática estão fora das possibilidades económicas do grupo-alvo, sendo portanto uma maneira de quebrar essa barreira de exclusão. Que impacto tivemos: Os impactos foram: Reunir os jovens e as famílias envolvidos, gerando grupos comunitários informais, representativos da Igreja Evangélica local, motivados e comprometidos para desenvolver acções permanentes que possam vir a reforçar os resultados do projecto, desenvolvendo soluções de continuidade na educação, formação, emprego e desenvolvimento social, bem como implementar a através da criação duma nova associação, serviços de aconselhamento ou outras estruturas integradas na rede social local. Criação da única associação de mountainboard em Portugal– ANPM, Associação Nacional de Praticantes de Mountain Board – para reforçar a divulgação deste desporto na região e o país e integrar uma equipa específica – Rechance MB – constituída pelos participantes do projecto e outros jovens envolvidos nas actividades de disseminação. Criação de uma nova ONG representada pelo grupo de famílias específicas – Missão Comunitária Kadesh, Cooperativa de Solidariedade Social e Serviços, CRL, cujos objectivos sociais são melhorar a inclusão de membros da Igreja Evangélica e da comunidade envolvente, melhorando a oferta de serviços nas áreas da educação, formação, emprego, empreendedorismo, solidariedade e actividades de animação sócio-cultural servindo de ponte para a sua participação no processo de desenvolvimento social da comunidade e na rede social local. Criação duma plataforma inter ONG’s empenhada em incrementar, planear e implementar uma intervenção sócio-comunitária integrada aos níveis local / regional / europeu – a "Incubadora de Empreendedorismo Social da Área Metropolitana de Lisboa" - começando com as seguintes ONG envolvidos no projecto nas actividades de formação / outdoor e na sua fase de 96 www.rechance.eu disseminação- - Sonhos para Sempre-Rede de Animação Social e Comunitária, crl, Earth Leader, Cooperativa de Solidariedade Social e Serviços, crl, Alvo d'Aventura Associação, Ecolution Associação e Fórum Europeu para a Sustentabilidade da Terra (grupo informal). Esta platafoprma destina-se a desenvolver novas acções locais, regionais e europeias ou projectos, transferir os produtos Rechance e focar temas complementares e actividades, dando amplo suporte aos grupos alvo desenvolvendo soluções de continuidade, ampliando e consolidando os processos de inclusão social dos grupos de famílias e jovens, bem como para reforçar a comunicação e a intercooperation entre os seus líderes. Avaliação: A avaliação das actividades locais baseou-se em: Inquérito à inclusão social, educação / formação e emprego e metas dos projectos de vida dos participantes do 1º grupo alvo; Fichas de observação no ínicio e no final da formação; Portofolio dos módulos implementados; Inquérito aos participantes2º grupo alvo; Registo das novas estruturas comunitárias e ONG’s geradas e das inciciativas de intercooperação entre estas; Registo da agenda futura de iniciativas para soluções de continuidade e projectos de transferência dos resultados. A nossa contribuição para o projecto: Tradução dos módulos do SOCOVET para língua portuguesa; Participação nas reuniões transnacionais; Implementação doPlanos de Trabalho nacional/ local; Criar condições e apoiar soluções de continuidade transferindo os resultados do projecto; Conselhos a dar aos agentes de multiplicação: Na abordagem aos jovens e suas famílias, tratando-se de grupos de elevado risco, evidencia-se a existência de factores de exclusão múltiplos e interdependentes, o que se, por um lado, pode facilmente anular quaisquer resultados/ impactos de acções específicas – mesmo que estas sejam singularmente positivas- pode, por outro lado, se implementadas integradamente, reforçar o processo de inclusão social em curso para as mesmas pessoas ou grupos. Em consequência a nossa abordagem provou que os resultados positivos alcançados pelo procjeto Rechance deram sustentabilidade á auto organização dos participantes individuais envolvendoos em soluções de continuidade, e também, para a criação de estruturas comunitárias de proximidade ou mesmo ONGs, para apoiar novas acções e projectos respondendo ás suas múltiplas necessidades permanentes e melhorando o desenvolvimento social da comunidade como um todo; também reforçaram a intercooperação e trabalho em rede entre todos os agentes em presença. A inclusão social e odesenvolvimento comunitário são percursos longos sendo necessário estratégias de empoderamento dos participantes e de trabalho em rede das ONG para ver um progresso real… O benefício dos resultados do projecto 97 www.rechance.eu Rechance tornaram-se mais relevantes pela disseminação centrada no empoderamento e pro-actividade dos grupos alvo, para que fosse assegurado que os mesmos se tornassem uma fonte de novas iniciativas e projectos aos níveis local e Europeu, dos quais alguns estão já em curso: Integração e participação activa nas estruturas locais / organizações, acções e redes sociais do concelho em benefício dos grupos alvo; Agenda de actividades para 2012: Campos de Competências & Outdoor ( em cada período de férias escolares); Mesas – redondas sobre inclusão social e desenvolvimento de competências (cada 3 meses); gabinete de empreendedorismo inclusivo (aconselhamento para criação de microempresas e empresas sociais); reuniões de auto-ajuda das famílias (sempre que necessário); intercâmbios de Eco- cidadania, Competências e Outdoor; candidaturas a programas de aprendizagem ao longo da vida (mobilidades Leonardo da Vinci, parcerias Leonardo da Vinci e parcerias Grundtvig para líderes das ONG, trabalhadores da intervençãosocial idosos e jovens. 98 www.rechance.eu 8) RESUMO Após a realização das sessões os formadores que intervieram na formação, acompanhamento, avaliação e seminários dos grupos alvo nos países parceiros foram convidados a partilhar as suas opiniões sobre as seguintes questões: a) Qual é o valor adicional do módulo outdoor para a EFP? b) Quais as novas abordagens metodológicas encontradas pelo projecto? c) O que há de novo? O que é especial? d) Como é que o projecto ajuda os professores e formadores no domínio da de EFP? e) 15 linhas mestras e recomendações para os futuros utilizadores Reuniram-se e reelaboraram-se todas as respostas para proporcionar aos futuros utilizadores informações adicionais que pudessem ser úteis, integrando nas prácticas formativas correntes o módulo de educação outdoor, inserido no triângulo metodológico (seminários / actividades outdoor/ aconselhamento e avaliação) em prática diária. a) Qual é o valor adicional do módulo outdoor para a EFP? A aquisição de competências sociais é um processo de longo prazo que não se baseia só no conhecimento teórico. A implementação e desempenho deste tipo de competências resulta da experiência prática e da verificação de que se estão a exercê-las. Daí que o principal valor adicional deste módulo é permitir ao grupo-alvo participar não só nas sessões teóricas, mas reforçar e melhorar as competências sociais também em cenários reais e prácticos. Geralmente as pessoas adquirem e melhoram as competências sociais continuamente durante seu tempo de vida (na família, na escola, no trabalho, etc.). Os jovens desfavorecidos, por vezes não obtêm o apoio de que necessitam para adquirir as competências sociais nas configurações mencionadas e, portanto, não estão preparados para uma integração bem sucedida no mercado de trabalho. Para iniciar o processo, é vital uma intensa interacção com os jovens, e como mencionado anteriormente, a parte prática é muito importante para permitir aos participantes entender e compreender a necessidade das competências sociais. Colocá-los em situações da vida real (a educação outdoor baseia-se na aprendizagem activa, aprendizagem através da aventura e experimental), em interacção com outras pessoas participantes e mostrar-lhes como as competências sociais os podem ajudar na sua integração no mercado de trabalho, é uma forma de aumentar a sua motivação. Além disso, a finalidade é um desenvolvimento pessoal no contexto da futura inclusão no mercado de trabalho, através duma variedade de actividades que são desafiadoras e divertidas para os jovens. Também vale a pena mencionar que os participantes adquirem a oportunidade de cooperar uns com os outros em situações da vida real onde não há nenhuma orientação adicional. Graças a isso os jovens têm uma oportunidade de confrontar o resto da equipa com os seus próprios comportamentos e hábitos, numa situação em que a reacção do grupo lhes permite alterá-los. Por outras palavras a 99 www.rechance.eu possibilidade de receber um feedback do grupo pode ser uma razão para adoptar novas maneiras de actuar na vida quotidiana. Juntamente com as ricas possibilidades deste tipo de formação para o desenvolvimento pessoal, introduz-se na vida diária dos alunos uma sensação de sucesso, aventura e perspectivas positivas A implementação desta formação traz aos jovens experiências emocionais positivas e diversas oportunidades para aperfeiçoar os seus interesses com vista a uma efectiva e plena educação e desenvolvimento pessoal. b) Quais as novas abordagens metodológicas encontradas pelo projecto? As actividades outdoor são utilizadas geralmente no âmbito das actividades de trabalho de equipa e cooperação, não sendo um elemento complementar regular dos cursos de formação de desenvolvimento de competências e capacidades, mas sim fazendo parte das acções orientadas para o reforço da cooperação, equipas, etc. Esta nova abordagem metodológica foca-se na interacção entre estes dois níveis diferentes. Melhorar e reforçar os conhecimentos e competências no domínio das competências sociais através do outdoor são uma boa combinação que está em conformidade com o método chamado de "aprender fazendo". O "aprender fazendo" é usado geralmente em relação ao trabalho técnico e manual, onde os saberes são integradas principalmente através de formação prática. Não é tão habitual que esta abordagem seja usada no campo das competência não-técnicas. Assim, o projecto apoiou a transferência duma boa abordagem metodológica (aprender fazendo) dum campo para o outro, promovendo a aprendizagem de competências sociais através da criação de cenários práticos/reais relacionadas com as diferentes situações de vida. Através da combinação de aulas teóricas e práticas, os participantes comprovam que as palavras ditas em sala de aula não são apenas um "cliché", mas que têm também utilização prática no quotidiano. Tanto mais que a orientação do módulo outdoor centra-se no grupo-alvo, jovens com circunstâncias difíceis, e, foi especialmente adaptado para suas necessidades – foca-se na sua integração no mercado de trabalho. Além disso, o módulo oferece uma ampla gama de métodos que podem ser parcialmente implementados por professores e formadores sem necessidade dma formação especial em outdoor. Por outro lado, a educação outdoor torna-se uma parte adicional dos exercícios e cria possibilidades mais amplas para a introdução e promoção das competências sociais, quebrando barreiras internas, lidando com as emoções e sentimentos. Cada formando tem a oportunidade de evoluir no seu meio social, de mostrar o seu melhor lado e melhores capacidades. As falhas na escola são compensadas pela contribuição noutros campos existentes nas actividades extracurriculares, para que todos possam ser merecedores de respeito e gamhar auto-confiança. Através destas actividades fáceis de executar e fascinantes os alunos adquirem conhecimentos em diferentes áreas, expandindo os seus horizontes e aumentando os seus interesses sociais. A reflexão contínua sobre as suas próprias capacidades e a implementação da avaliação e métodos de aconselhamento ajuda os alunos a ganhar confiança nas suas capacidades e a monitorizar o seu próprio processo de aprendizagem e desenvolvimento. O projecto dá a cada participante uma perspectiva para se aperceber e valorizar o seu potencial, estimulando o desenvolvimento de estratégias 100 www.rechance.eu pessoais de sucesso, cooperação e prosperidade. Os alunos adquirem valiosas competências e capacidades sendo esta uma ferramenta fiável para a sua autorealização e desenvolvimento pleno dos seus talentos, e para ganharem forças para os concretizar. c) O que há de novo? O que é especial? O principal aspecto inovador/ especial da formação é a combinação da educação outdoor com as actividades em sala apoiadas pelas fases de reflexão e nos procedimentos de avaliação e aconselhamento. Não é usual na generalidade dos sistemas de ensino/ aprendizagem europeus que a práctica lectiva combine eficazmente os fundamentos teóricos e práticos, o que tem por consequência o facto dos alunos/estudantes não adquirirem uma consciência da importância da informação que lhes é dada pelo professor/ formador. Dando-lhes (aos alunos/estudantes) a oportunidade de verificar que o conteúdo ensinado na parte teórica pode contribuir para melhorar a sua vida e bem-estar, possibilita-se também, até aos grupos-alvo provenientes de condições sociais difíceis, o iniciar duma mudança de mentalidade compreendendo melhor o seu papel na sociedade. O novo elemento da formação encontra-se principalmente nos recursos para a abordagem ao grupo-alvo, que não são necessariamente apenas os conhecimentos teóricos, mas que se centram muito mais na verificação desses conhecimentos na práctica. Os jogos e exercícios do módulo outdoor focam-se na construção de competências e na auto-estima. Incentivam-se os jovens a sensibilizarem-se com o ambiente circundante e com as suas próprias necessidades e a aperceberem-se dos seus pontos fortes e fracos e em como lidar com estes. O módulo outdoor centra-se na reflexão e na influência dos diferentes papéis e funções que as pessoas assumem na sua vida adulta e profissional. Por outras palavras a vantagem do módulo outdoor encontra-se na sua base de jogo e divertimento, ao lidar com questões como a responsabilidade pela sua própria vida e projecção, a capacidade de “estar na pele do outro”, de expressar opiniões e juizos próprios acerca do comportamento das outras pessoas. Com os métodos convencionais, estes objectivos não se podem alcançar. Especialmente o Rali na Cidade centra-se na coragem, auto-estima, assertividade e no assumir de riscos. E por último, mas não menos importante, a metodologia utilizada abre-se a uma mudança real e efectiva orientada para a participação e progresso continuado da juventude, para melhorar os seus níveis de escolaridade, competências de formação e inclusão social. A educação outdoor cria em cada participante uma perspectiva de realização e melhoraria do seu potencial, e, estimula a criação de estratégias pessoais de sucesso, cooperação e prosperidade. Os participantes adquirem competências e capacidades valiosas que constituem uma ferramenta fiável para a sua auto-realização e desenvolvimento pleno dos seus talentos. Os participantes têm um relacionamento mais rico e complexo com pessoas da sua idade, no ambiente social fora da sala de aula. Isso aumenta a sua confiança enquanto indivíduos livres e responsáveis. Esta formação outdoor estimula o seu desejo de auto-aperfeiçoamento. d) Como é que o projecto ajuda os professores e formadores no domínio da de EFP? 101 www.rechance.eu Os professores e formadores da EFP concordam, em geral, que a parte teórica da formação não é suficiente, atraindo e mantendo dificilmente a atenção dos alunos/estudantes. Mesmo considerando-se a transferência de conhecimento teórico muito importante como base para o desenvolvimento, é necessário também oferecer-lhe um suporte, a parte prática. Daí que, para os professores/ formadores, o principal suporte /ajuda deste módulo seja o de também mostrar o conhecimento teórico através da prática, deixando que os participantes /alunos tentem com o seu comportamento verificar os conhecimentos teóricos adquiridos, nas situações concretas que se geram nas interacções do quotidiano, na escola, trabalho, etc. Com isto, é possível desenvolver o respeito, atrair a atenção dos estudantes e principalmente motivá-los para a continuação do trabalho e melhor envolvimento nas actividades. Ao mesmo tempo que demonstra métodos práticos para reforçar os recursos e competências dos alunos, o módulo outdoor também dá idéias sobre como implementar métodos de reflexão e participação nos cursos de formação. Como o módulo tem um claro enfoque no definir pelos alunos das próprias metas e em serem responsáveis por elas, na motivação e resolução de problemas, acaba por ser para estes uma grande prioridade. Assim osformadores podem usar este módulo também para esses fins. Todos os métodos foram desenvolvidos, testados e avaliados e podem ser usados em todos os tipos de configurações. Por exemplo podem ser considerados uma fonte de conhecimento para o conselheiro profissional. Depois de executar o módulo outdoor ficamos a conhecer as competências do participante. Então é mais fácil de apontar correctamente para o seu desenvolvimento futuro e as suas possibilidades de carreira. e) 15 linhas mestras e recomendações para os futuros utilizadores 1. Familiarizar-se com os participantes. Ver e reconhecer o que se passa, ver o que os alunos precisam. Usar procedimentos de avaliação adequados. 2. Focar-se nas competências, não nas lacunas. 3. Pegar nos participantes onde eles se encontram e utilizar os seus recursos, idéias, problemas e interesses. 4. Reflectir sobre a sua própria posição: quais são as suas competências sociais? Como as reconhece você? 5. Certificar-se que as suas qualificações, capacidades e valores estão em conformidade com os métodos escolhidos. 6. Diversão, alegria e acção são factores-chave do triângulo didáctico (seminários, educação outdoor, orientação e reflexão). 7. Fazer um plano de formação – escolher os exercícios adequados ao grupo e prestar atenção á dinâmica de grupo tendo em mente as suas necessidades e estando consciente dos limites da ferramenta. 8. Preparar-se para se surpreender com os resultados e em vir a aprender algo novo. 9. Dar instruções claras. 10. Deixar que os participantes executem as tarefas por si próprios. 11. Pensar na segurança de todos os participantes. 102 www.rechance.eu 12. Compor o conteúdo da parte teórica, em consonância com as actividades outdoor planeadas – apoiadas pela reflexão, orientação e avaliação. 13. Orientar o processo combinando as partes teórica e prática. Não é recomendável fazer primeiro a parte teórica antes de se focar na educação outdoor. 14. Fazer uma avaliação ex post que não seja composta apenas por uma avaliação global, mas que também dê contributos para novas etapas e um desenvolvimento que assegure o progresso continuado dos participantes mesmo após o final do programa de formação 15. Usar os métodos de reflexão, incentivando todos os participantes a juntaremse á discussão e dar feed back. 103 www.rechance.eu 9) REFERÊNCIAS Adkins, C., & Simmons, B. (2002) “Outdoor, experiential, & environmental education: Converging or diverging approaches? Bacher, J., Beham, M. & Lachmayr, N. (2008): Geschlechterunterschiede in der Bildungswahl. Wiesbaden: VS-Verlag. Bacher, J., Winklhofer, U. & Teubner, M. (2007): Partizipation von Kindern in der Grundschule. In C. Alt (Hg.), Kinderleben - Start in die Grundschule. Band 3: Ergebnisse aus der zweiten Welle (271-299). Wiesbaden: VS-Verlag. Bandura, A. (1997): Self-efficacy. The exercise of control. New York: Freeman. Barber, B. & Harmon, E. 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Competências Indicadores 1 2 3 4 Ter consciência da comunicação verbal e não verbal existente e capacidade de usála de forma adequada Ter capacidade de expressar emoções e sentimentos sem ofender a outra pessoa (assertividade) Comunicação Ter capacidade de transmitir informações de forma a que sejam compreensíveis por diferentes pessoas (capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação à receptor) Ter capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação à situação (informações unidirecionais – comunicação bidirecional, mensagem eu– mensagem você, etc.) Ter capacidade de reconhecer diferentes emoções ede autocontrolo Ter capacidade de perceber e interpretar correctamente sinais de comunicação não verbal /gestos, expressão facial, postura corporal / Percepção Ter capacidade de expressar uma mensagem através de gestos, expressão faciais e postura corporal. Ter capacidade de controlar a linguagem corporal de acordo com a intenção comunicativa. 108 www.rechance.eu Ter capacidade de reconhecer especificidades culturais no uso da expressão facial, gestos. Ter capacidade de escuta activa Gestão de conflitos Ser capaz de reconhecer e expressar as suas necessidades, interesses e problemas, para poder definir as expectativas e pesar os diferentes interesses Ser capaz de lidar de forma construtiva com os preconceitos e estereótipos Ser capaz de reconhecer e identificar asáreas de conflito Ser capaz de olhar segundo diferentes perspectivas e pontos de vista usando a (auto)reflexão Ser capaz de se aperceber e expressar os seus próprios limites, para ser capaz de definir e esclarecer as violações dos mesmos Lidar com o stress Perceber que os problemas são uma parte da vida de todos nóse ser capaz de lidar com eles Identificar, expressar e partilhar os seus próprios valores, crenças e expectativas Compreender o valor da auto percepção e percepção social. Identificar e nomear problemas e responsabilidades e ser capaz de refletir sobre as suas acções Ser capaz de lidar activamente com problemas de peso Trabalho em cooperação equipa e Assumir uim compromisso com o trabalho de equipa Ter capacidade de partilhar efectivamente o tempo Ter flexibilidade para trabalhar em equipa Ter capacidade de mediação 109 www.rechance.eu Ter capacidade de escuta activa Motivação Entender o termo motivação e ter capacidade de explicar aos outros o que significa; exemplos práticos “ motores d emotivação” Compreender e ser capaz de trabalhar com auto-motivação e motivação da equipa / outros formandos/ pessoas á sua volta, etc. Sentir a diferença entre a automotivação e a motivação dos outros. Entender a posição “do outro lado”, para não assumir uma posição defensiva quando alguém tentar motivá-lo; Ser aberto e estar disposto a motivar alguém Entender a diferença entre estratégias de motivação directas e indirectas Compreender a importância de outros factores que positivamente os aspectos relacionados com a motivação. possam influenciar Escala: 1. Muito bom 2. Bom 3. Mau 4.Muito mau Entrevistador: : 110 www.rechance.eu FERRAMENTAS INDIVIDUAIS Qual é o meu emprego de sonho? Sou capaz de me comprometer para conseguir um emprego? Sou capaz de me integrar no processo de trabalho? Pre- avaliação das minhas actuais competências sociais; Quais aquelas de que já disponho Formação e educação anterior: Experiência de trabalho anterior (tanto paga como voluntária): Disponibilidade para Seg______Ter______Qua_____Qui______Sex______ frequentar os cursos: 111 www.rechance.eu Auto avaliação Por favor, indique as respostas que o descrevem melhor. Se ainda não experimentou todas estas actividades, basta imaginar como se sentiria ao realizá- É muito difícil para mim. É difícil para mim. Isso é mais ou menos fácil para mim. Nome:_______________________ Isso é muito para mim. fácil las: Sentido espacial Estou numa cidade em que nunca estive antes. Tenho seguir um mapa. Vou desenhar um croquis do apartamento / casa onde vivo. Vou montar o mobiliário seguindo instruções de montagem. Criatividade Vou coleccionar vários artefactos diferentes e criar com eles novas coisas. 112 É muito difícil para mim. É difícil para mim. Isso é mais ou menos fácil para mim. Nome:_______________________ Isso é muito para mim. fácil www.rechance.eu Descubro novas soluções para os problemas. Um amigo celebra seu aniversário dos 18 anos. Vou decorar a sala para a festa. Retenção Lembro-me dos aniversários de todos os meus amigos. Lembro-me dos trabalhos de casa sem tomar nota deles. Quando vou fazer compras alimentos não preciso duma lista de compras. Mesmo assim não me esqueço de nada. Trabalho em equipa & cooperação Quando entro num novo grupo estabeleço contacto com seus membros imediatamente. 113 É muito difícil para mim. É difícil para mim. Isso é mais ou menos fácil para mim. Nome:_______________________ Isso é muito para mim. fácil www.rechance.eu Ao fazer um exercício de grupo, um membro do grupo faz sugestões que não estão em conformidade das minhas idéias. Eu aceito os seus argumentos e não insisto nas minhas sugestões. Ao trabalhar numa equipa eu assumo tarefas de que não gosto de fazer mas que são importantes para o cumprimento dos objectivos. Comunicação Gostava de comprar um novo mp3 e pedir á vendedora da loja que me informasse sobre os artigos em exposição e os seus preços Sinto-me perdido numa cidade desconhecida. Portanto vou perguntar a alguém o caminho para a estação de comboio. Convenci os meus pais a aumentar o meu dinheiro de bolso semanal utilizando razões. 114 É muito difícil para mim. É difícil para mim. Isso é mais ou menos fácil para mim. Nome:_______________________ Isso é muito para mim. fácil www.rechance.eu Resolução de problemas Recebi uma nova secretária. Penso que se perderam algumas peças soltas. Tento de imediato resolver o problema de alguma maneira. Estou a sair do centro de formação. De repente vejo que a minha moto desapareceu. Começo a pensar o que vou fazer agora. O meu computador está sempre a ir abaixo. Gostava de resolver eu próprio o problema e já tem algumas idéias para isso. 115 www.rechance.eu Auto-avaliação da motivação Responda às perguntas com "Sim" e "Não". Assim vai descobrir como avaliar sua própria motivação. 1. Leio cuidadosamente tudo o que é interessante para me... Sim Não oo 2. Não hesito quando tenho que ajudar alguém em apuros. Sim Não 3. Escolho cuidadosamente o que vestir quando saio. Sim Não 4. Quando janto em casa comporto-me á mesa do mesmo modo como o faço num restaurante. Sim Não 5. Nunca senti antipatia por ninguém. Sim Não 6. Muitas vezes, recuso-me a fazer qualquer coisa, porque não confio nas minhas aptidões Sim Não 7. Gosto de falar negativamente de pessoas que não estão á volta. Sim Não 8. Ouço sempre atentamente a pessoa com quem estou a falar não importa quem ele/ela é. Sim Não 9. Acho muitas uma razão “muito boa” para justificar os meus erros. Sim Não 10. Já me aconteceu tirar vantagem dos erros ou da ignorância das outra spessoas Sim Não 11. Admito voluntariamente os meus erros. Sim Não 12. Às vezes tento “pagar com a mesma moeda” em vez de perdoar. Sim Não 13. Insisto sempre em obter as coisas da maneira como eu gosto Sim Não 14. Estou disposto a ajudar quando alguém pede um favor. Sim Não 116 www.rechance.eu 15. Irrita-se quando as pessoas têm opiniões diferentes das suas? Sim Não 16. Penso sempre cuidadosamente o que levar quando vou de viagem. Sim Não 17. Acontece por vezes invejar o sucesso de outra pessoa. Sim Não 18. Por vezes fico chateado quando alguém me pede um favor. Sim Não 19. Penso por vezes que quando as pessoas têm problemas recebem o que merecem. Sim Não Sim Não 20. Nunca falo de coisas desagradáveis com um sorriso na face. Escala de pontuação: Se respondeu com "Sim" às perguntas 1, 2, 3, 4, 5, 8, 11, 14, 15, 16, 20, tem um por cada resposta. Se respondeu com "Não" às perguntas, 6, 7, 9, 10, 12, 13, 17, 18, 19, tem um ponto por cada resposta. Conte os pontos!! Quanto mais pontos tiver, tanto mais está motivado. Se você tiver 20 pontos sua motivação é a mais elevada. 0 10 20 117 www.rechance.eu Exemplos de alguns desafios "Collecionar autógrafos" Objectivo: Entrar em contato, conhecer os outros Material: Folha de papel Duração: 10 – 20 minutos "Coleccionar autógrafos" é um jogo para conhecer outras pessoas. Os participantes percorrem a sala olhando para as pessoas que coincidem com uma certa discricção na sua folha de tarefas. Ou seja "procure alguém que fale, pelo menos, duas línguas" (ver anexo). Quando encontrar alguém deve-se recolher o autógrafo da pessoa. Este exercício mostra como se entra em contato com as outras pessoas e como estas comunicam entre si. Também é muito benéfico para o desenvolvimento da cooperação e comunicação revelando o seu potencial (ou seja, as competências linguísticas). "Construir uma torre de papel" Objectivo: cooperação. Lidar com o stress (quando jogado com mais que um grupo e com um limite de tempo) Material : papel, tsouras, fita adesiva Duração: : 20 – 40 minutos O grupo de participantes é dividido em subgrupos de 2-3 pessoas. A tarefa é construir uma torre de papel tão alta quanto possível mas que se mantenha estável. Do "lado errado" Objectivo: cooperação Material: uma toalha de mesa/ cobertor velhos Duração: 5 – 15 minutes O grupo coloca-se sobre a tolha de mesa/ cobertor. Têm de o revirar para a outra face sem que qualquer parte do corpo dos participantes toque no chão. Cooperação; são aspectos vitais deste exercício encontrar soluções e assumir a liderança. 118 www.rechance.eu „Discussão Pro e Contra“ Objectivos: para lidar com argumentos e opiniões de outrém. para discutir e reflectir pontos de vista; lidar com conflitos. Material: esferográficas e papel Duração: 20 – 40 minutos Este exercício é estruturado através duma discussão controlada entre duas partes. É um método para partilhar uma ampla gama de pontos de vista. O tema deve ser muito específico e contraditório para induzir a expressão de opiniões pro ou contra. O grupo é devidido em dois subgrupos, pro e contra. Os dois grupos juntam argumentos para seu “lado”. Os dois grupos enfrentam-se. Um lado inicia uma argumentação, o outro responde. Cada grupo tem um tempo de palavra limitado. O debate prossegue até estar concluída a lista de argumentos preparada. Critérios de Observação: Quais as capacidades comunicativas no grupo? Quem fala com ou pelos grupos? Quem pontua na persuasão? Quais os argumentos que o grupo escolheu? Por quê? Uso de linguagem corporal? 119 www.rechance.eu Observação pelos formadores Nome: Muito bom Bom Suficien te Insuficie nte Observações É capaz de reconhecer e expressar necessidades, interesses e problemas, é capaz de definir as expectativas e pesar diferentes interesses É capaz de lidar de forma construtiva com os preconceitos e estereótipos É capaz se aperceber e expressar os seus limites, é capaz de definir e esclarecer as violações destes É capaz de reconhecer as áreas de conflito e de as nomear 120 www.rechance.eu É capaz de identificar e nomear problemas e obrigações para poder refletir sobre as suas próprias acções Percebe que problemas são uma parte da vida de todos nós e é capaz de lidar com eles Á capaz de identificar, exprimir e partilhar os seus próprios valores, crenças e expectativas Percebe o valor de auto percepção e percepção social É capaz de lidar activamente com problemas pesados Está ciente da comunicação verbal e não verbal existente e é capaz de usá-las de forma adequada 121 www.rechance.eu É capaz de expressar emoções e sentimentos sem ofender a outra pessoa (assertividade) É capaz de transmitir as informações por forma a que sejam compreensíveis parar diferentes pessoas (capacidade de se adaptar a forma de comunicação em relação à receptor) É capaz se adaptar a forma de comunicação em relação à situação (informações unidirecionais – comunicação bidirecional, mensagem eu – mensagem você, etc.) É capaz de fazer uma escuta activa É capaz reconhecer diferentes emoções e mantém o autocontrolo 122 www.rechance.eu Ficha de observação da avaliação das competências sociais Competências sociais: Trabalho em equipa e cooperação Motivação Gestão de conflito Nome Antes Depois das atividades do projecto das atividades do projecto ____________________ ++ + o - Observações ++ + o - Observações Trabalho em equipa e cooperação Compromisso com trabalho da equipa o Capacidade de partilhar efectivamente o tempo Flexibilidade para trabalhar em equipa Capacidade de mediação Capacidade active de escuta Gestão de conflitos Ser capaz de reconhecer e expressar as suas necessidades, interesses e problemas, para poder definir as expectativas e pesar os diferentes interesses Ser capaz de lidar de forma construtiva com os preconceitos e estereótipos Ser capaz de se aperceberr e expressar os seus próprios limites, para definir e esclarecer as violações destes 123 www.rechance.eu Nome Antes Depois das atividades do projecto das atividades do projecto ____________________ ++ + o - Observações ++ + o - Observações Ser capaz de reconhecer e nomear as áreas de conflito Ser capaz de olhar através de diferentes perspectivas e pontos de vista usando a (auto)reflexão Motivação Entender o termo motivação, ter capacidade de explicar aos outros o que significa, exemplos práticos de "motores de motivação". Compreensão e ser capaz de trabalhar com automotivação e motivação da equipa / outros formandos/ pessoas á volta, etc. Sentir a diferença entre a automotivação e a motivação dos outros Entender a posição do “outro lado”, para não assumir uma posição defensiva quando alguém tentar motivá-loEstar aberto e disposto a motivar alguém Entender a diferença entre as estratégias directas e indirectas de motivação. Compreender a importância de outros factores que possam influenciar positivamente os aspectos relacionados com a motivação. 124 www.rechance.eu Comente as suas tarefas Comente as suas tarefas Data: ____________________________ Nome: _____________________________ Tarefa (Descreva a tarefa pelas suas próprias palavras) _____________________________________________________ _____________________________________________________ ____________________________________________________ Os meus primeiros pensamentos sobre a tarefa: ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ _______________________________________________________ Do que é que eu gosto nesta tarefa: ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ O que é que é dificil para me: ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Eu gosto de realizar esta tarefa porque ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ _ 125 www.rechance.eu Diário do projecto Nome: __________________________________ Data Tópico Divertimento? O que é que eu aprendi Aptidões e competências que eu utilizei 126 www.rechance.eu Relatórios do progresso alcançado O quadro seguinte resume a avaliação do progresso que foi alcançado pelo formando. Neste documento será apontada a pontuação da avaliação dos 3 cursos implementados e frequentados pelos formandos. Usar a seguinte notação para a avaliação: 1- 4: 1 = Excelente 2 = Bom 3 = Suficiente 4 = Insuficiente Avaliação do curso nº. Áreas avaliadas 1 2 3 Global Notações da avaliação Formando Progresso, desenvolvimento pessoal Formador Frequência e Formando cumprimento de horários Formador Cooperação na equipa Comunicação Opiniões, comportamento falado Formando Formador Formando Formador Formando Formador Comprensão do Formando conteúdo das sessões Formador Capacidade de Formando implementar os novos conhecimentos na prática Formador 127 www.rechance.eu Atingir asmetas fixadas Capacidade reflexão de Formando Formador auto- Formando Formador Contribuição global para Formando o modulo/ formação Formador Avaliação do desenvolvimento pessoal Seguidamente, encontra uma listagem de serviços/ benefícios que lhe foram proporcionados. Por favor, assinale com um círculo a gama de conhecimentos/competências, de que se apropriou durante a execução de cada serviço/ benefício AS COMPETÊNCIAS DE QUE ME APROPRIEI DURANTE A EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO: COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO 1. Ter consciência da comunicação verbal e não verbal existente e capacidade de usá-las de forma adequada: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 2. Ter capacidade de expressar emoções e sentimentos sem ofender a outra pessoa (assertividade): Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 3. Ter capacidade de transmitir as informações de forma a que sejam compreensíveis por diferentes pessoas (capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação ao receptor): Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 128 www.rechance.eu 4. Ter capacidade de adaptar a forma de comunicação em relação à situação (informações unidirecionais– comunicação bidirecional, mensagem eu –mensagem você, etc.) Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau Bom Mau Muito mau 5. Ter capacidade de escuta activa: Excelente Muito bom 6. Ter capacidade de reconhecer diferentes emoções e de autocontrolo Excelente Muito bom Bom PARTES DE QUE EU GOSTEI: Mau Muito mau PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI: JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ? GESTÃO DE CONFLITOS 1. Ser capaz de reconhecer e expressar as próprias necessidades, interesses e problemas, para poder definir expectativas e pensar sobre os diferentes interesses: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 2. Ser capaz de lidar de forma construtiva com os preconceitos e estereótipos: 129 www.rechance.eu Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 3. Ser capaz de ver e expressar os seus próprio limites, para poder definir e esclarecer as violações destes: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 4. Ser capaz de reconhecer e nomear as áreas de conflito: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 5. Ser capaz de olhar segundo diferentes perspectivas e pontos de vista usando a (auto):reflexão: Excelente Muito bom PARTES DE QUE EU GOSTEI: Bom Mau Muito mau PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI: JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ? LIDAR COM O STRESS 1. Perceber que os problemas são uma parte da vida de todos nós e ser capaz de lidar com eles: 130 www.rechance.eu Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 2. Identificar, expressar e partilhar os seus próprios valores, crenças e expectativas. Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 3. Compreender o valor do auto- percepção e da percepção social: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 4. Identificar e nomear os problemas e responsabilidades e ser capaz de refletir sobre as suas próprias acções: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 5. Ser capaz de lidar activamente com problemas de peso: Excelente Muito bom PARTES DE QUE EU GOSTEI: Bom Mau Muito mau PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI: JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ? EXPRESSÃO FACIAL, GESTOS E PERCEPÇÃO 131 www.rechance.eu 1. Ter capacidade de percepcionar e interpretar correctamente os sinais da comunicação não-verbal (gestos, expressão facial, postura corporal): Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 2. Ter capacidade de expressar uma mensagem através de gestos, expressão facial e postura: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 3. Ter capacidade de controlar a linguagem corporal de acordo com a intenção comunicativa: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 4. Ter capacidade de reconhecer a especificidade cultural no uso da expressão facial, gestos e postura corporal: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau Mau Muito mau 5. Ter capacidade para a escuta activa: Excelente Muito bom PARTES DE QUE EU GOSTEI: Bom PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI: JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ? MOTIVAÇÃO 132 www.rechance.eu 1. Entender o termo motivação e ter capacidade de explicar aos outros o que significa, exemplos práticos de "motores da motivação": Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 2. Compreender e ser capaz de trabalhar com auto-motivação e motivação da equipa/ outros formandos/ pessoas á sua volta, etc. Sentir a diferença entre a automotivação e a motivação dos outros: Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 3. Entender a posição do “outro lado” – para não assumir uma posição defensiva quando algém tentar motivar-lo. Ser aberto e estar disposto a motivar alguém Excelente Muito bom Bom Mau Muito mau 4. Entender a diferença entre as estratégias de motivação directas e indirectas. Excelente Muito bom Bom Mau 5. Compreender a importância de outros factores que positivamente os aspectos relacionados com a motivação: Excelente Muito bom PARTES DE QUE EU GOSTEI: Bom Mau Muito mau possam influenciar Muito mau PARTES DE QUE EU NÃO GOSTEI: JOGOS OUTDOOR/ PARTES INTERATIVAS, O QUE EU MAIS GOSTEI E POR QUÊ? 133