os reis da noite
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os reis da noite
DJs Meme Enquanto todos os vizinhos da mesma idade jogavam bola, Meme preferiu procurar outra forma de socializar no prédio, resolveu organizar as festas do playground do edifício, levando discos, gravações e equipamento. As festinhas começaram a fazer sucesso e, aos 11 anos, já nascia um DJ. Com o passar do tempo veio o reconhecimento profissional e hoje Meme é um dos DJs mais requisitados do País, isso sem falar nas festas que comandou da cabine em muitos lugares ao redor do mundo . “A Ásia em geral é cativante. Itália também. Gostei muito da Geórgia, parte da antiga União Soviética. No Brasil, Búzios é imbatível, como também o Conesul”, conta ele. Michel Saad Desde os 13 anos Michel frequentava casas noturnas, sempre antenado no DJ e nas músicas tocadas. Mas foi somente dez anos mais tarde, quando voltou de uma temporada de estudos em Londres, que finalmente decidiu trabalhar com música de alguma maneira. Como todo DJ, Michel começou tocando em festinhas de amigos, bares, para então cair de vez nos melhores clubs do mundo. Hoje Michel compõe o line up das melhores festas e baladas nacionais e internacionais. O DJ já tocou em dois réveillons em Angra dos Reis; outro em Punta Del Este; no navio House Ship; na Posh em Florianópolis; no Wall em Miami; na Lavo em Nova Iorque; no Dragon-i em Hong Kong, além de ser residente na sua própria casa noturna, a Disco, em São Paulo. os reis da noite Hoje, mais do que nunca, os DJs alcançaram grande importância no Brasil. Até mesmo no tradicional carnaval de Salvador, onde apenas bandas e cantores de axé marcavam presença, nos últimos anos contaram com nomes como Fat Boy Slim e David Guetta nos trios elétricos. 136 revistalounge.com.br Os clubs de Santa Catarina já se tornaram parada obrigatória dos melhores DJs do mundo, como Tiesto, Armin Van Buuren e Paul Van Dyk. Já a capital paulista ganhou filiais das principais casas noturnas de Miami, New York e até Ibiza, recebendo todos os anos a visita de badalados DJs internacionais. Mas não são somente os gringos que fazem sucesso aqui. Nosso país também oferece um leque variado de grandes nomes da música eletrônica, com vasta experiência no mercado, e até mesmo verdadeiras revelações, que trazem inovações de todo tipo. djmeme.com Para compor seus sets, Michel faz pesquisas o tempo todo, de diversas maneiras: “Procuro ouvir outros DJs tocando dentro e fora do Brasil, uso muito a internet para me atualizar, ouvir e comprar música. Além disso, coleciono música há mais de 20 anos e uso a minha própria discoteca para resgatar coisas antigas e incorporar aos meus sets”. Apesar da paixão pela profissão, Michel explica que não é fácil trabalhar na noite. “Além de ter que abrir mão de muitas manhãs, é preciso disciplina para cuidar da própria saúde. Saber lidar com pessoas à noite também é um grande desafio. O DJ precisa de inteligência emocional para administrar seu próprio ego e as relações com o público, agência, dono de clube e colegas, além do sucesso e fama, caso os alcance”. twitter.com/michelsaadneto soundcloud.com/dj-michel-saad/sets/house-setmarch-2011-by-michel Magui texto_vivian tesser fotos_divulgação São eles quem comandam as festas e animam o público na pista durante horas. Os DJs são a atração principal das baladas, afinal, quem nunca saiu de casa só para ouvir o DJ preferido? Sobre os desafios da profissão, Meme explica que a rotina de um DJ é puxada. “Costumo dizer que não cobro cachê para tocar, e sim para levantar cedo e correr para o aeroporto; fazer check-in; salas de embarque; pegar 2 a 3 voos de conexão; comida de avião; desembarque em lugares ainda desconhecidos; muitas vezes rodar 2 horas de carro até a cidade próxima ao aeroporto; check-in em hotel; dormir pouco; check-out cedinho no dia seguinte; de novo aeroporto, e mais voos e sonos mal dormidos. Tocar...é sempre de graça!”. A revista lounge* elegeu três nomes que estão se destacando nas pick-ups por aqui e ao redor do globo. Aqui eles contam como começaram a carreira, lembram os desafios da profissão e explicam como funciona a escolha de cada set. Apaixonado por música desde pequeno, Magui começou a gravar coletâneas para levar em festas e viagens. Pouco depois, comprou os equipamentos para tocar profissionalmente e começou a ser chamado para embalar a pista de diversas casas noturnas, transformando o hobby em coisa séria. Atual residente do Sirena, no litoral norte de São Paulo, e do navio de música eletrônica MOB, Magui divide seu tempo entre o escritório em que trabalha durante o dia e as pick-ups à noite. Mas já avisa: “tenho planos para me dedicar 100% à carreira de DJ e produção musical em breve”. Magui passa noites e noites na internet, pesquisando, escutando e baixando músicas para montar seus sets. “Sempre procuro adequar as músicas ao tipo de balada e horário. Mas, muitas vezes, o som que você imaginava que seria adequado não cabe naquela hora, aí é preciso mudar tudo. Hoje posso dizer que sou um DJ mais completo, toco vários estilos com influências diferentes em cada um deles”, explica. myspace.com/djmagui 137