You Won_t Admit You Love Me – Cap 1

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You Won_t Admit You Love Me – Cap 1
You Won't Admit You Love Me
By Elsa
Link original:
http://austeninterlude.org/elsa/YWAYLM.html
Tradução: Júlia Alves
Sinopse: Elizabeth Bennet é uma jovem jornalista de sucesso que trabalha para a revista
' Meryton '. William Darcy é o editor lá. Elizabeth e William começam um relacionamento
romântico secreto. Antes de admitir o quão feliz isso os faz, contudo, eles terão que encarar seus
medos como também alguns segredos do passado.
Capítulo 1
Elizabeth Bennet olhou para o relógio pela quinta vez naquela noite. Não pode ser apenas onze. Essa festa
não acaba nunca. E pensar que eu esperava por ela! Depois ela tornou seu olhar para sua irmã Jane.
Aparentemente ela estava muito mais satisfeita com a noite. Não a toa, ela passou a maior parte de seu
tempo com aquele lindo Charles Bingley, o amigo rico de seu chefe. Agora, não somente Elizabeth se
encontrava sozinha, mas ela também foi obrigada a suportar olhares hostis de seus colegas de trabalho. Ela
havia trazido sua irmã, uma " estranha ", para a festa da revista e aquela estranha tinha roubado o homem
que todas estavam formando projetos. E, considerando o quão bonito Charles era, ela não poderia
realmente culpar suas colegas de trabalho.
Depois ela olhou para seu chefe, o rico e poderoso William Darcy...hmmm e muito bonito também. Os
olhos dele estavam no relógio e ele parecia em exasperação também. Aquilo poderia dificilmente causar
surpresa em alguém. Todos sabiam que ele odiava essas festas. Ele fazia muito pouco para esconder isso,
sempre sentando ao lado da janela com sua bebida e nunca falando com ninguém que não fosse muito
próximo a ele. Nessa noite em particular apenas Charles, as irmãs dele Caroline e Louisa e o noivo da
última haviam ouvido a voz dele. Bem, ele não poderia ter escolhido pior companhia para a noite, eu quase tenho pena
dele! Ambas irmãs de Charles estavam muito bonitas mas como Elizabeth sabia muito bem, elas eram
igualmente desagradáveis e arrogantes e mesquinhas e...uma longa lista foi formada na mente dela. Já Tony,
o noivo de Louisa, ele parecia notavelmente estúpido.
Pela meia-noite Elizabeth pensou que já tinha cumprido seu dever para com a revista e se aproximou de
sua irmã, a fim de lhe pedir para irem embora. Darcy tinha provavelmente os mesmos planos e ele tinha
chegado a seu amigo quando ela passou perto de sua irmã. Ele realmente não tinha a intenção falar muito
alto, sua profunda voz masculina fez seu caminho para os ouvidos de Elizabeth.
" Charles, eu estou indo embora agora e você também."
" Você pode partir se assim deseja, mas você não pode possivelmente me separar de meu anjo tão
cedo!" ele respondeu sorrindo para Jane. " Por que você não pode encontrar uma distração também?"
"Bem, parece que não há outras distrações nesta sala, Charles. Suas irmãs já partiram, levando seu carro
com elas e eu o levarei em segurança para casa."
" O papel de babá não combina com você, Darcy."
"Eu não posso dizer o mesmo a você. Você carrega seu papel de menino mimado com perfeição!"
" Eu não estou indo embora, então encontre uma mulher e deixe-me retornar para minha flor."
" Não há mulheres para mim aqui." Ele afirmou.
"Ora vamos. Olhe para aquela mulher perto do meu anjo. Ela tem algo não é?
" De quem você fala?" Ele se virou e olhou para Jane e Elizabeth. "Elizabeth Bennet? Pelo amor de
Deus, Charles, não me diga que você a acha bonita?"
" Ela não é como minha deusa, mas ela é muito bonita, não é?"
"Ela não é para o meu gosto. E, ao contrário de você, é preciso muito mais do que um par de belos
olhos para me distrair."
" Cristo, Will, eu não te disse para casar com ela, eu disse para você falar com ela."
" Nós estamos indo embora?"
"Apenas uma hora. Me dê apenas uma hora. Por favor?"
" Eu irei para o terraço por um pouco de ar e quando eu voltar nós partiremos."
"Você é uma babá maravilhosa Will, obrigado. Agora, eu devo retornar para minha rosa."
A expressão de Darcy foi iluminada por um sorriso, apenas por um momento.
" Charles."
" Sim?"
" Você sabe o nome da sua rosa?"
Charles começou a tossir.
" Eu pensei que sim." Ele saiu da sala então ninguém podeira ouvi-lo rindo.
******
William andou até o terraço. Era uma noite muito fria. Parecia até que começaria a nevar apesar de ser
apenas Outubro. Ela gosta de noites frias foi seu pensamento imediato o que trouxe um sorriso ao seu rosto.
Desaparecendo quando ele ouviu passos se aproximando. Graças a Deus eu não estava pensando em voz alta. Por
que eles não podem me deixar sozinho?
Uma voz muito familiar falou:
"Não para o seu gosto? Agora, sr. Darcy aquilo foi rude."
William não respondeu, mas instantaneamente a tomou em seus braços. Ele começou a beijá-la,
gentilmente no início depois ele cresceu mais e mais apaixonado como se o anseio de toda a noite tomasse
os sentidos dele. Elizabeth tentou protestar.
" Will, eu estou tentando ficar brava com você...oh, Will, não... você certamente não está me ajudando."
Ele a soltou, embora isso trouxesse toda a sua vontade própria para fazê-lo, divertido de ver
desapontamento nos olhos dela.
"Espreitando de novo? O que eu farei com seus maus hábitos de jornalista?" ele perguntou acariciando
o queixo dela.
"Eu sinto muito em dizer que eu não estava espreitando. Você tem uma maravilhosa voz, você sabe.
Charlotte e as garotas estão tendo uma boa risada de mim lá e eu saí depois de declarar que eu o desprezo
totalmente."
" Bem, agora elas não vão suspeitar de nada."
" Não diga que planejou me humilhar na frente de minhas colegas para não estragar a sua imagem de
solteiro rico!" Elizabeth não contava com a súbita raiva que sentiu, mas ela não pôde fazer nada para
controlar sua explosão.
"É claro que não! Você me conhece bem o bastante para saber que sou incapaz disso, eu espero." Seu
tom muito sério. " E eu pensei que você quisesse segredo tanto quanto eu."
"Sem pânico! Eu não tenho a intenção de induzir você ao matrimônio. Apesar que eu não posso dizer o
mesmo sobre a sua querida Caroline."
"Agora você está com ciúmes de Caroline? Qual é o próximo?"
"Eu não quero continuar isso, William. É tarde e ambos estamos cansados. Vamos retornar para a festa."
" Não."
Elizabeth sentiu algo no estômago. Talvez eu tenha levado isso demais essa noite. Por que eu tinha que mencionar
aquela megera? Por favor, Will, não me olhe assim.
" Não?" ela perguntou hesitante.
" Não," ele afirmou. " Está é a primeira hora que passamos sozinhos essa semana e a ideia de nos
despedirmos bravos um com o outro não serve para mim." Ele sorriu. Elizabeth sorriu de volta, e fez seu
melhor para disfarçar um suspiro de alívio. Os dedos dele se moveram de seu queixo para as bochechas
dela e seus olhos se encontraram. Oh, os olhos dela! Eles eram fogo e perigo, alma e espírito, aventura a
segurança, deserto e oásis. Mas ele também tinha o estranho sentimento de que ele estava em casa quando
estava olhando para eles, o que poderia ser por horas, para sempre na verdade.
Ele a beijou de novo e de novo e ambos estavam presos na paixão e desejo. Eles se separaram apenas
quando ele começou a sentir que seu autocontrole estava desaparecendo. Quando ele se inclinou para
sussurrar algo no ouvido dela, sua voz estava rouca com desejo:
"Eu quero você. Está noite."
"Oh, Will, nós não podemos. Jane está ficando na minha casa esta noite."
" Venha para a minha casa então."
Elizabeth amaldiçoou sua sorte. Durante seu secreto relacionamento de três meses, ele nunca havia a
convidado para sua casa, sempre procurando alguma desculpa boba o que a aborrecia. E agora que seu
desejo de estar na casa dele poderia se realizar, ela tinha de declinar da oferta.
"Eu não posso deixá-la sozinha. Não esta noite." O arrependimento estava evidente nos olhos dela.
Darcy sabia que era melhor esconder sua decepção, apesar de dificilmente saber como. Se despedir de
Elizabeth se tornara mais difícil todos os dias e ele não desejava que as coisas se tornassem muito sérias.
Elizabeth não percebeu o quanto da felicidade dele dependia agora, dela passar a noite com ele. Ele fez seu
melhor para sorrir.
" Eu entendo."
"Fico feliz que você entenda. Então, nós estamos voltando?"
" Ansiosa para se livrar de mim?" Ele fingiu um olhar magoado.
" Você está tão certo de si mesmo, que você não pode nunca soar convincente." Ela riu dele.
Ela está fazendo graça de mim e eu gosto disso! Bem, isso é incomum. Darcy, cuidado: essa mulher está mudando você.
Ele ficou sério.
" Há algo errado?" ela perguntou com alguma surpresa.
"Não, nada. Devemos voltar."
" Te vejo na segunda então?"
" Continua ocupada para almoçar no domingo?"
"Sim. Eu estarei indo visitar minha mãe com Jane e Charlotte."
" Em Hertfordshire, certo?"
''Sim. Você está tão interessado no meu paradeiro?''
" Não, claro que não!" ele respondeu um pouco incisivamente.
Qual o problema com esse homem? Um momento ele é engraçado, gentil e amoroso, e no outro ele
constrói paredes entre nós. Os pensamentos conturbados de Elizabeth refletiram em seu rosto mas Darcy
escolheu não notá-los.
" Te vejo na segunda, Elizabeth."
" Tenha um bom fim de semana."
" Você também."
******
Elizabeth não conseguia dormir naquela noite. Ela se debateu e se virou mas o sentimento de
insatisfação não a deixava encontrar um pouco de descanso. Assim, depois de uma hora que mais pareceu
como um dia, ela se levantou e se dirigiu para a cozinha. Um pouco de leite seria a coisa certa para o seu
estado de espírito perturbado. Isso a fez se sentir como quando ela era uma criança e seu querido pai lhe
trazia um copo de leite todas as noites, antes dela ir para a cama. Oh, isso parecia há tanto tempo atrás ...
Mas antes que pudesse trazer a imagem de seu amado pai a sua frente, ela foi obrigada a voltar à
realidade. Jane estava sentada na cozinha e o olhar em seu rosto não era nada feliz. Elizabeth suspirou. Sua
irmã tinha estado melancólica por um período muito longo. Ela esperava que a noite delas na festa lhe faria
algum bem. Os sorrisos que foram trazidos a seu lindo rosto enquanto ela conversava com Charles foram
muito promissores. Mas agora, seus grandes olhos azuis estavam cheios de lágrimas.
" Jane, querida, qual é o problema?"
Jane se assustou. Ela não tinha visto sua irmã entrar. Ela tentou esconder as lágrimas e sorriu levemente.
"Nada, Lizzy. Só não conseguia dormir. "
" Oh, Jane, vamos lá. Eu posso ver que você está infeliz. Fale comigo. Abra-se. Nós podemos resolver
isso juntas. "
" Lizzy, você tem seus próprios problemas e ...''
" Eu não tenho, " Lizzy riu. "Eu tenho a vida perfeita. " E um namorado perfeito que tem provavelmente
vergonha de mim. E ele não é romântico. E ele nunca disse que me ama. Ele não me ama. Devo terminar isso na segunda.
Sim, na segunda. Desta vez eu vou. Eu posso. Não vou me render ao impulso. Eu sou uma mulher forte. Não vou repetir os
erros do passado. Não como na semana anterior que acabamos em minha casa e nós ...
Mas Jane já estava falando:
" … E mesmo se você realmente não tiver nenhum problema, por que você deveria se incomodar com
os meus? Eu sou uma mulher adulta e estou me comportando pior do que uma adolescente que foi
abandonada por seu namorado. "
"Você é uma mulher maravilhosa que desistiu de tudo para se casar com um completo ... "
"Por favor, Lizzy não fale mal dele. Passamos 12 anos juntos. Eu fui feliz ao seu lado. Injuriá-lo não
ajuda em nada. "
" Sempre ajuda quando eu levo um fora, " Elizabeth murmurou.
" Lizzy, ele não me deu o fora. Eu decidi deixá-lo. " A voz de Jane estava tremendo e Elizabeth sentiu
que ela devia tentar manter a calma. Mas ela tinha um temperamento ardente que sempre a traiu em casos
como esse. Então ela gritou:
" Jane, ele estava traindo você!!! Ele tomou os melhores anos da sua vida! Ele não te deixou ir para a
universidade, mesmo você sendo muito mais inteligente do que ele... do que qualquer um em sua classe, na
verdade. Ele se recusou a ter filhos. Agora, eu posso ver o porquê! Ele sempre foi ciumento. Você perdeu
contato com seus amigos, você perdeu a sua vida, você me entende? Não negue isso. A negação pode
mascarar a dor, mas não pode curar a ferida. " Ela parou para tomar fôlego e olhou para sua irmã. Jane
estava chorando incontrolavelmente agora, e ela continuava a murmurar: " Jason me amava. Ele realmente
me amou... " mas Elizabeth sentiu que estava finalmente falando livremente. Ela continuou:
" E agora, que ele arruinou sua vida pessoal e as perspectivas de uma carreira, ele fica entediado! Ele
quis uma amante! E ele exigiu que você se conciliasse com a situação! Ele recusou o divórcio e agora que
você conseguiu ficar livre, ele joga a culpa em você. Ele te deixou sem um tostão e desonrada e você se
recusa a falar mal dele? " Elizabeth poderia ser sangue quente às vezes, mas nunca em sua vida tinha falado
tão asperamente. Ela estava chorando junto com Jane, como se estivessem tirando o ferrão juntas, mas ela
achou a coragem para continuar, num tom cheio de dor e raiva:
"Olhe para você! Você teve uma noite agradável, você foi admirada por aquele homem encantador e
agora você volta a chorar pelo Jason! Toda sua vida está girando em torno desse monstro! "
" Charles me lembrou de... " As palavras de Jane eram pouco compreensíveis enquanto os soluços
prevaleciam.
" Jason é claro! Tudo a lembra de Jason Younge! E você sabe o pior de tudo isso? Você ainda o ama!
Depois de tudo que ele fez a você, depois de todas aquelas coisas terríveis que ele disse sobre você, você
ainda o ama! "
" Não!" Jane gritou, com uma voz tão alta que Elizabeth nunca tinha ouvido antes. " Você pode estar
certa sobre todo resto, mas eu não o amo mais. E isto é o pior de tudo! "
"O quê? " Elizabeth soava muito surpresa.
" O pior de tudo, Elizabeth, " Jane continuou em um tom muito mais calmo – enquanto Elizabeth tinha
arrepios: Jane nunca a chamou de nada a não ser Lizzy. "é que eu não posso amá-lo mais. Eu não posso
amar mais ninguém. " A voz de Jane estava muito séria e fria. Ela tinha parado de chorar. Elizabeth agora
se arrependeu de ter iniciado o que parecia ser a conversa mais dolorosa de sua vida. Jane porém não
percebeu o rosto pálido de sua irmã e continuou:
"Eu conheci Charles e tivemos um tempo muito agradável. Temos muito em comum. Ele está
interessado nas histórias que eu escrevo. Ele pediu o número do meu telefone e eu lhe dei. Se ele me
chamar para um encontro, provavelmente vou dizer que sim. Mas eu sinto, não, eu sei que eu nunca vou
ser capaz de amá-lo. Ou qualquer outra pessoa. Uma parte de mim está morta, Elizabeth. Eu não posso
amar. Eu não acredito no amor. Não mais."
Elizabeth não podia acreditar no que estava acontecendo. Ele a arruinou, pensou. Para sempre. Ela queria
abraçá-la, confortá-la, lhe dizer que tudo ficaria bem, que elas encontrariam o amor verdadeiro e eterno e
que viveriam felizes para sempre. Mas ela não o fez. Ela pensou em seus pais. Depois em Jane. Depois em
sua própria vida, em todos os seus namorados, em William. O homem que ela pensou que poderia
compartilhar seus pensamentos e sonhos. O homem que ela esperava que ela pudesse amar. Ela se
lembrou do pânico dele cada vez que pensava que alguém estava suspeitando de seu caso. Cristo, como se
houvesse uma razão! Ele não estava envolvido ou casado ou namorando ninguém. Se lembrou das palavras
dele esta noite. Decepção e amargura a encheram. As lágrimas tinham desaparecido, ou estavam em vez
disso substituídas por algo parecido com frieza. E ela não podia dizer nada. Ela não podia ajudar sua irmã
quando ela não se conteve. Finalmente, ela sussurrou:
" Nunca me chame de Elizabeth de novo. Eu odeio quando vem de seus lábios. "
Jane apenas acenou com a cabeça e Elizabeth voltou para seu quarto. Sem o leite e sem encontrar o
sono que tanto precisava.
******
No quarto de hóspedes, Jane se sentia esgotada, vazia e exausta. Ela colocou um pouco de música. Ela
se lembrou da expressão de raiva de sua irmã, e em seguida chocada. Lembrou-se da dor em nos olhos
dela. Eu não deveria ter feito isso com ela, ela pensou. Ela parece forte, mas ela não pode suportar a dor. Lizzy é tudo o
que eu tenho agora e eu tenho que protegê-la. Esse foi seu último pensamento antes de se render ao sono. O CD
Player ainda tocava:
Memory, all alone in the moonlight
(Memória, sozinha ao luar)
I can smile at the old days
(Eu posso sorrir nos velhos tempos)
I was beautiful then
(Eu era bonita então)
I remember the time I knew what happiness was
(Eu me lembro do tempo que eu sabia o que era a felicidade)
Let the memory live again*
(Deixe a memória viver novamente)
*Memory do musical “Cats.” Música: Andrew Lloyd Weber. Letra do livro Old Possum’s de Elliot e seus escritos não publicados.
Capítulo 2
Almoçar com sua mãe e padrasto era um dos deveres que Elizabeth menos gostava. Ela nunca poderia
perdoar a maneira que Fanny Lucas tratou seu pai, como ela o fez perder a confiança nas pessoas; como
ela o fez ir embora. Não fosse Jane insistir que elas deviam gratidão para com a mulher que tinha lhes dado
à luz, ela poderia muito bem continuar vivendo sem nunca ver ou sentir falta de Fanny. Mas aqui estava ela,
domingo ao meio-dia, entre sua irmã Jane e sua meia-irmã Charlotte comendo o rosbife de sua mãe e
ouvindo seus longos monólogos. Fanny tinha orgulho de não fazer distinções entre filhas e enteada, então
seus discursos eram igualmente desagradáveis para Charlotte.
"Eu não posso acreditar! O que está errado com você? Em vez de atrair os homens, você leva um fora!
Não olhe assim para mim Elizabeth Bennet! Você está com vinte e oito anos e eu não tenho conhecido um
único namorado seu.. Você é incapaz de mantê-los por mais de uma semana! Quanto tempo faz desde a
última vez que você teve um relacionamento? E você, Charlotte, você está com quase trinta e cinco! Eu já
tinha duas filhas e um divórcio aos trinta e cinco! Quanto tempo você acha que ainda será capaz de
conceber? E agora, você Jane! Você que nunca me deu nenhum problema! Bem, tirando o fato de que
você não pôde engravidar durante doze anos de casamento... Você, que havia segurado o galã mais rico e
mais bonito dos maridos aos dezoito anos! " Aqui Fanny derramou uma lágrima. " E você o deixa terminar
com você aos trinta? Quem é que vai olhar por você agora? Certo, você ainda é muito bonita mas o
charme da juventude é uma sedução melhor do que os seus olhos azuis e cabelos loiros. O que você diz,
querido? " ela perguntou ao marido quem olhou para ela cheio de admiração.
" Você está muito certa, minha querida, como sempre. "
Elizabeth se sentiu enojada mas Charlotte imediatamente mudou o tema da conversa.
"Seu rosbife está maravilhoso como sempre, Fanny. Você me dará a receita? "
" Você a perdeu de novo? Devo ter dado a você pelo menos quatro vezes! "
Charlotte sorriu e Elizabeth sussurrou para ela, divertida, " Tente ser um pouco mais inventiva, Char. Há
outras maneiras de mudar de assunto, você sabe! "
" Você prefere uma discussão sobre a desfeita de seu chefe? " Charlotte brincou.
Infelizmente Fanny ouviu Charlotte e quis saber a história toda. Elizabeth, ao contrário do que suas
irmãs esperavam, forneceu a história a ela. Ela gostava da raiva de sua mãe com qualquer pessoa – tirando
a ela própria – que falasse mal de suas filhas. William Darcy merecia ser um pouco abusado por sua mãe.
Mas, enquanto ela estava ouvindo exclamações de sua mãe e ressentimento exagerado, ela sentiu sua
própria raiva derretendo. Quanto mais Fanny Lucas falava mal do homem arrogante, menos irritada com
ele sua filha ficava. Elizabeth começou a pensar que talvez ele estivesse certo ao insistir no segredo. E ele
não disse nada muito ruim na sexta-feira, não é? Ela agiu como uma adolescente na festa. Ciúmes de
Caroline? Mas ele a tinha perdoado sem pensar duas vezes. E ele era realmente sexy. E apaixonado. Além
disso, ele sempre a tratou com o maior respeito. Por que ela deveria terminar com ele, se ela não tinha
nenhum motivo sério para reclamação? Oh, Elizabeth, não faça isso de novo. Você está perdoando-o. Você não vai lhe
pedir para terminar amanhã. Ele tem esse poder sobre você, que cresce e cresce. Você vai se machucar, Elizabeth. Realmente
machucada.
Jane, que esteve morando em Nova York durante os últimos oito anos, havia esquecido quão
embaraçoso os discursos de sua mãe eram. No momento em que sua mãe acabou de falar mal do sr. Darcy,
ela havia se recuperado o suficiente para tentar mudar a conversa. Ela escolheu o assunto favorito da sra.
Lucas e perguntou sobre os novos vizinhos de Fanny.
" Oh, os Forsters ... Eu gosto muito deles embora eles não tenham filhos homens. Graças a Deus que as
filhas deles são feias! " ela sorriu com satisfação ignorando o olhar de Jane. "Eles são muito ricos você
sabe. Bem, talvez não tanto quanto aquela abominável sr. Darcy – Charlotte, você disse que ele é dono da
revista que você trabalha? "
"Não só do ' Meryton ', Fanny. " Charlotte respondeu. " Ele é dono de outras três revistas e dois jornais.
Assim que seu tio se aposentar – e pelo que ouvi dizer será muito em breve – ele será CEO da Pemberley
Net. E ele é dono de terras e ... bem, ele é rico. Ele é, aos trinta e quatro anos, o quinto homem mais rico
da Inglaterra. "
"Os pais? " Era tudo o que Fanny pôde dizer.
"Ambos mortos. " Charlotte sorriu levemente observando o olhar de Fanny.
''Irmãos?''
" Uma irmã mais nova. Ela tem vinte e seis anos. Não interessada em empresas, apenas em matemática.
Um gênio, eles dizem. Ela vai ter uma carreira brilhante, e certamente o sr. Darcy vai prover a ela
generosamente, mas a empresa será apenas dele. "
"Que bom partido! " Fanny exclamou. " Qualquer outra família? "
Elizabeth não estava se sentindo muito bem. Ela estava tendo um caso com esse homem por três meses,
mas Charlotte, e provavelmente todos os que leem revistas, sabiam mais sobre ele do que ela mesma. Não
ele, ela se corrigiu. A riqueza dele e suas relações, sim. Mas não ele. Charlotte continuou com um sorriso
malicioso.
" Bem, o primo dele é Richard Fitzwilliam... "
Jane e Fanny exclamaram juntas.
" O ator? O homem mais sexy do planeta? "
Elizabeth suspirou de alívio. Pelo menos eu sabia disso. Richard e Georgiana eram os únicos membros da
família que William tinha falado a ela. Ele simplesmente adorava sua pequena Georgie e ele poderia falar
das aventuras que viveu com Richard por uma noite inteira.
" Bem, bem, ele nunca estará em falta de dinheiro, eu posso garantir isso!" Fanny Lucas era uma mulher
prática. " Eu repito, que bom partido! Jane querida, você teve a chance de falar com ele? "
" Bem, Jane passou a noite falando com o oitavo homem mais rico da Inglaterra. Charles Bingley de
Edições Netherfield! " As palavras escaparam de Charlotte antes que ela pudesse se verificar
"Oh, Jane, você sua espertalhona! Você não deixou sair uma palavra sobre isto. Agora, você deve
absolutamente... "
Elizabeth Bennet era uma jornalista que escrevia sobre política. Ela ouvia todas as suas fontes e
investigava todas as informações aparentemente sem importância que tivesse, revelando muitos segredos
bem guardados. Foi assim que ela construiu sua reputação. Ela ouvia atentamente a qualquer um... exceto
sua mãe. Depois de anos de auto formação ela havia conseguido excluir a voz da mãe ao receber todos os
outros estímulos. Isso funcionava apenas de vez em quando, nem sempre, é claro. Felizmente para
Elizabeth, isso funcionou para o resto do dia.
******
William sentou-se sozinho em sua sala de estar. Ele odiava aquelas tardes de domingo em que todos
deveriam gastar alegremente com a família. Bem, ele não tinha família para passar o seu tempo. Georgiana
estava lidando com sua incompreensível equipe num oceano de distância e Richard estava filmando um
filme em... realmente, onde ele estava da última vez que ele ligou? Foi Austrália ou Nova Zelândia? Ele não
conseguia se lembrar. E Elizabeth tinha ido para Hertfordshire ver aquela mãe estranha dela. Verificou-se:
Por que eu penso em Elizabeth como a minha família? As coisas estavam ficando complicadas e isso não era do
seu agrado.
Tardes de domingo com a família... Bem, a última vez que ele teve um bom, típico domingo com a
família foi a vinte e dois anos atrás. Ele tinha doze anos e Georgie tinha apenas quatro anos. Ele sorriu
com carinho na memória. Era estranho quão claro aquilo era. Sua mãe brincando com eles, cheia de risos,
cheia de vida. Seu pai um pouco distante, mas evidentemente satisfeito. Eles comeram no jardim, em
seguida sua mãe lhes contou histórias do passado, de sua vida como estudante, e da primeira vez que ela
encontrou seu pai. Às vezes, ela olhava para o marido incisivamente, mas William era muito jovem e muito
feliz para notar. Sua mãe parecia tão despreocupada, cheia de amor por seus filhos. À noite, ela os colocou
na cama e sussurrou para ele: " Agora, para a terra dos sonhos, meu garotão. " William se sentiu seguro e
protegido e amado. Dois dias depois ela saiu da casa.
George Darcy tentou remover todos os traços dela de sua vida e das vidas de seus filhos. Isso só o
deixou mais distante do que já era e destruiu a fé de seus filhos nas pessoas. Vinte e dois anos mais tarde, a
timidez e auto consciência de Georgiana, bem como a amargura de William não foram superadas no
mínimo. Um enorme "por quê? " assombrava as vidas dos jovens Darcy enquanto seu pai se recusava a
lhes dizer o que tinha feito a sua mãe partir. Somente quando William tinha vinte anos eles souberam que
Anne Darcy tinha morrido em um acidente em algum lugar na África e seu pai lhe mostrou a breve nota
que sua esposa havia deixado antes de partir:
" É tudo sobre dinheiro e poder, não é? Eu perdoei você, por favor tente me perdoar. Cuide de nossos anjos. Diga-lhes o
quanto eu os amo. Não destrua o meu pequeno ' Meryton '. Eu também te amo, George, e eu sempre amarei. Mas eu não
posso continuar a viver ao seu lado.
Anne "
William nunca compreendeu plenamente o significado da carta mas ele tinha certeza de uma coisa: o
que poderia ter passado entre seus pais, o que Anne Darcy fez para seus filhos era imperdoável. Ela não
poderia tê-los amado. Carinho materno, a essência do amor tinha se provado uma fachada. E se fosse
assim, como poderia ele confiar nas pessoas novamente? O que tinha acontecido com sua irmã a oito anos
atrás – outra memória que ainda doía tanto – não tinha ajudado muito. Depois de todos esses golpes,
como ele poderia acreditar no amor? Ele não acreditava no amor, essa palavra tão facilmente dita e escrita
com tanta facilidade era tão facilmente traída. Ele nunca pronunciava se pudesse evitá-lo. Não tinha sido
um problema com suas numerosas conquistas do passado – ele era um homem bonito, rico e inteligente,
afinal de contas; e um passeio em seu Porsche fazia a necessidade de promessas tolas esquecidas. Mas com
Elizabeth, ele parecia construir uma barreira. Alguma coisa estava diferente o que o desagradava.
Esse era o estado de sua mente quando o telefone tocou. Um sorriso iluminou seu rosto ao ouvir o som
da voz de Elizabeth.
" Eu estava pensando em você, "ela confessou.
" Como assim? " ele perguntou muito entusiasmando e com raiva de si mesmo por que estar
entusiasmado.
"Graças à sua observação maravilhosa que todo mundo parece ter ouvido na sexta-feira, você quase
entrou lista negra da minha mãe. "
" Bem, isso deve fazer você minha aliada. " Elizabeth parecia relaxada, então ele permitiu-se ser
divertido.
"Eu disse quase. Infelizmente, antes que minha mãe pudesse planejar a vingança, Charlotte mencionou
sua conta bancária. "
"Então eu não sou mais seu aliado. "
" Pior do que isso. Você é um bom partido. "
" Eu vejo, " ele respondeu, sentindo-se desconfortável.
" Não para mim, é claro. " Elizabeth sentiu a inquietação dele. " Apenas Jane é bonita o suficiente para
tentá-lo."
"Você quer dizer que eu estou namorando a irmã menos bonita? "
" Sim, aquela que não é para gosto de seu chefe. "
" Quanto tempo você vai continuar me lembrando? "
"Bem, eu não puni você corretamente. "
" E quando você planeja que este castigo aconteça? " William de repente sentiu que ele queria um
convite.
"Se você vier para o meu apartamento, você terá isso esta noite. "
" Jane não está com você? "
" Não, ela vai ficar em Hertfordshire esta semana e em seguida ela estará a procurar a sua própria casa."
''Bom.''
" Alguma outra objeção?"
"Você não está cansada, eu espero. "
"Venha e decida por si mesmo. "
******
Mais tarde naquela noite, enquanto estavam deitados na cama, abraçados com força, toda a tensão e
raiva e amargura de seu dia magicamente desapareceram. Antes de William adormecer, ele ouviu o sussurro
de Elizabeth: "Agora para a terra dos sonhos, meu garotão... " Ela não poderia saber o que essas simples
palavras significavam para ele. De qualquer forma, ele não se lembrou delas no dia seguinte, mas naquela
noite ele dormiu como uma criança. Uma muito feliz.
******
Quando George Darcy percebeu que ele estava morrendo (isso nove anos antes do início da nossa
história), ele olhou de volta para sua vida. Lembrou-se de sua esposa. Seus anos juntos. Os anos após a
separação. Ele pensou em seus filhos. Ele percebeu que o coração de seu filho estava frio. Que ele não
podia dizer a palavra ' amor '. Que ele estava começando a se parecer com ele. Que ele estava prestes a
cometer os mesmos erros. Só então ele entendeu o que havia feito. O remorso o encheu. Ele queria falar
com ele, para lhe dizer toda a verdade, para avisá-lo. Mas já era tarde. Era tarde demais. O desespero
ameaçava ser seu sentimento final. Mas, então, o rosto sorridente de sua esposa veio a frente dele: " Todo
mundo tem que cometer seus próprios erros e aprender com eles, meu amor. Talvez com Will não seja tão
doloroso como o nosso. Agora, venha comigo para a terra dos sonhos, meu garotão! "
Um sorriso, um carinho e, oh, como foi isso, de todas as melodias que ele já tinha ouvido, venha para
ele?
Wishing you were
(Querendo você aqui)
somehow here again…
(de alguma maneira aqui novamente)
knowing we must
(sabendo que devemos)
say goodbye…
(dizer adeus)
try to forgive…
(tente perdoar)
teach me to live…
(me ensine a viver)
give me the strength
(me dê a força)
to try…*
(para tentar...)
*Do musical “O Fantasma da Ópera” (The Phantom of the Opera). Música de Andrew Lloyd Weber.
Capítulo 3
Charles Bingley estava sentado em seu escritório, muito absorvido, lendo o ' Meryton '. Will tinha feito
maravilhas com nele nos últimos quatro meses em que esteve como editor. Ele se perguntou como seu
amigo poderia encontrar tempo para tudo, cuidando de todo o negócio e sendo também o editor. Will
estava muito desgostoso, quando seu tio o enviou para o ' Meryton ' mas ele aceitou a responsabilidade
como o teste final antes de se tornar CEO de Pemberley Net. Já era hora do cargo voltar para os Darcy.
De qualquer forma Will não só tinha salvado o ' Meryton ' da falência, mas ele estava indo para torná-la
uma das revistas políticas mais respeitadas do país. Charles sorriu. Se isso era um teste, então Will estava
passando com um A+. Como sempre.
Will também tinha descoberto e contratado Elizabeth Bennet. Aquela mulher era incrivelmente boa em
seu trabalho. Ela tinha um instinto que a fazia escolher os temas que mais tarde se tornariam os mais
quentes. E ela escrevia prodigiosamente bem. Ela fazia todo mundo querer ler seus artigos, mesmo que o
assunto não fosse nada de seu interesse. As pessoas falariam sobre sua coluna em reuniões e em festas. Ela
tinha tornado discussões políticas realmente populares novamente. E embora ela fosse muito séria, ela não
tinha inimigos. Todo mundo a adorava. Exceto Will, que quase nunca olhava para ela e sempre se
comportava mais friamente do que seria educado para com ela. Charles suspirou, recordando os
acontecimentos da festa. Seu amigo tinha feito um erro de verdade lá, porque todo mundo falou sobre sua
observação a respeito de sua empregada e simpatizavam com Elizabeth Bennet. Mas conhecendo Will por
tanto tempo, Charles havia chegado aos termos de que seu amigo nunca amaria ninguém, a não ser sua
irmã e duas ou três outras pessoas que ele tinha crescido junto.
Ele voltou para o artigo de Elizabeth. Era fascinante, como sempre. A ironia sutil o encantava, e
lembrou de sua surpresa ao descobrir o quão diferente o estilo dela era do de sua irmã. Bem, eles não
poderiam ser o mesmo. Elizabeth era uma jornalista no ' Meryton ' e Jane estava escrevendo romances para
crianças. Mas eram ambos igualmente boas em suas áreas de perspectiva.
Sim, Jane foi uma descoberta também. Ele sabia que Will duvidaria de seus motivos, mas eles já haviam
assinado um contrato. Era verdade é claro que ele ficou impressionado com sua beleza excepcional, mas
seu trabalho era tão perfeito quanto sua aparência era. Ela escrevia dessa forma sensível, com respeito para
com a inteligência das crianças. Ela não parecia apenas capaz de adivinhar seus desejos, mas estava disposta
a se dar ao trabalho de cumprir todos de cada um deles. Ela era dedicada ao seu trabalho, mais do que o
escritor na média. E apesar de Charles ter que admitir que sua beleza era o que o tinha atraído em primeiro
lugar, agora ele queria descobrir o que estava escondido por trás dos grandes olhos azuis e pele de
porcelana.
O único problema era que Jane não estava disposta a se abrir. Ela era educada, simpática, sempre
sorridente e pronta para uma conversa agradável, mas ela não parecia inclinada a dar mais. Ele sabia que ela
havia se casado com o namorado do colegial aos dezoito anos, que eles tinham se mudado para Nova York
aos vinte e dois anos e que tinham assinado os papéis do divórcio há apenas um mês, no dia em que ele
mesmo a conhecera. Foi isso uma experiência dolorosa? Foi culpa dele, ou talvez dela? O último era difícil
de acreditar, mas nunca se podia saber com certeza. Ele não tinha absolutamente nenhuma ideia e Jane não
deu uma pista. Charles não era um homem paciente, mas desta vez ele decidiu fazer uma exceção. Essa
mulher incrível, sorrindo ainda que melancólica, falante mas misteriosa, certamente merecia uma exceção.
Ele só precisava de uma pista de como prosseguir. E foi Caroline – de todas as pessoas – quem ofereceu
essa pista. Ela o chamou quando ele estava se preparando para sair de seu escritório.
" Charlie, eu acabei de ter uma ideia maravilhosa! "
Charles conhecia o suficiente das ideias maravilhosas de sua irmã para se sentir desconfortável.
" O que é, mais uma vez, Caroline? "
''Tente parecer um pouco mais entusiasmado, querido. "
" Gostaria de lembrá-la que sua última ' ideia maravilhosa ' acabou com a pior briga que eu já tive com
Will?"
" Você exagera, irmão. "
"Não, eu não estou exagerando! Ele não falou comigo por uma quinzena inteira depois disso! E sabe de
uma coisa, Caro? Ele tinha todo o direito de ficar com tanta raiva! "
"Primeiro de tudo, eu lhe disse para nunca mais me chamar de Caro! Em segundo lugar, não grite
comigo. E em terceiro lugar, Charlie, pessoas normais gostam de festas de aniversário surpresa! "
" Talvez, mas só quando elas ocorrem em seu aniversário, e não no aniversário de casamento de seus
pais! Especialmente quando seus pais estão mortos! "
"Não é minha culpa que ele fale tão pouco de si mesmo e sua família. Como eu ia saber que ... "
Charles não queria que a conversa durasse para sempre.
" Tudo bem, Caroline, você está certa e o resto de nós estamos cegos, como de costume. Agora você
pode chegar ao ponto, por favor? "
"Bem, eu estou quase tentada a não lhe dizer depois da maneira que você acabou de falar comigo,
Charlie ... "
" Isso não será um problema. Adeu- ... "
" Mas desde que eu sou uma pessoa muito agradável e cuido tanto de você, eu vou te dizer o meu plano.
Eu pensei que nós poderíamos comemorar seu aniversário no próximo fim de semana em nossa casa na
Escócia. Não vai ser uma coisa? Ah, e não se preocupe com nada! Vou organizar tudo sozinha e eu juro
que vai ser inesquecível! "
"Eu não tenho nenhum desejo de grandes festas, Caroline. Elas me fazem lembrar de ... "
"De? " Havia uma pitada de ironia na voz de Caroline.
"De Jessica. " Charles estava mentindo. Ele estava muito feliz que ele tinha se livrado daquela modelo
que o constrangia a cada vez que saiam para jantar. Ele tinha saído com outras mulheres que se
preocupavam com a sua forma, mas o caso dela era desesperador! Jessica seria a última pessoa no mundo
que ele pensaria enquanto devorava seu bolo de aniversário. Mas ele tinha pensado em convidar Jane para
jantar, mostrando-lhe que preferia sua companhia a de todos os outros. Ele já teria perguntado se ela estava
livre, mas ele estava com medo de assustá-la.
Caroline não era estúpida, pelo menos não tanto a ponto de acreditar em seu irmão. E ela tinha notado
sua parcialidade para essa nova escritora. Então ela jogou seu cartão de final.
"Não vai ser nada como uma grande festa, Charlie. Apenas Tony, Louisa, Will, eu, você e aquela
adorável Jane Bennet. Você pode convidá-la também, Charles? Eu realmente quero conhecê-la melhor.
Vamos passar todo o fim de semana explorando as belezas da Escócia e nós teremos nada mais do que um
bolo para nos lembrar de seu aniversário. Simplicidade é a palavra-chave, mano. "
A resistência de Charles tinha começado a derreter no momento em que ouviu o nome de Jane. Mas ele
não podia deixar de estar surpreso com as últimas palavras de sua irmã.
" Simplicidade? Esse não é o seu estilo, Caroline. "
" É o de Will, no entanto. "
" Ah, de novo não! Will nunca vai se apaixonar por você, o que quer que você faça! Mesmo que você
diga apenas o que ele gosta, você não ganhará o coração dele! Dezenas de mulheres tentaram antes de você
e tudo em vão! Você tem tentado há anos, Caro. Quando é que você vai desistir? Duvido que ele vá um dia
amar, de qualquer forma. "
" Eu não quero fazer com que ele me ame, querido; Eu quero fazer com que ele se case comigo. "
" Qual é a diferença? "
" Will e eu temos algo em comum, Charlie. Nós não acreditamos no amor. Eu acredito em um
casamento bem-sucedido, no entanto. Ele tem dinheiro e um nome muito respeitado e pode me oferecer a
vida que tenho sonhado desde que eu tinha dez anos. E se você acha que eu vou desistir antes de nós dois
dizermos as palavras ' eu aceito ', você está redondamente enganado. "
"Eu não vou deixar o meu amigo cometer tal erro! " Charles gritou, sua voz cheia de indignação.
A voz de Caroline estava estranhamente calma quando ela respondeu.
" Erro, Charlie? Eu sou muito boa, até mesmo para ele. Vou me colocar com a sua disposição insociável.
Eu não exigirei tolas promessas românticas. Comigo, ele será capaz de ser o seu verdadeiro eu. E eu
construirei um melhor perfil social para ele, recebendo seus colegas e carregando seus filhos. Eu sou a
melhor escolha que ele pode fazer. Estou apenas esperando que ele perceba isso. E eu vou continuar
esperando, Charlie."
"Ele não é assim, e você sabe disso! " A confiança de Caroline tinha sacudido Charles um pouco.
" Acredite no que quiser. Fique fora disso, como você sempre fez. Você vai convidar Jane, não vai? "
" Sim. Sim, eu vou. "
"Será perfeito! Tchau! "
Charles se esqueceu de que havia planejado deixar o seu escritório antes de sua conversa com Caroline.
Estremeceu quando ele percebeu que sua irmã quase o fez acreditar que seu amigo era outra pessoa da que
ele tinha conhecido há anos. Que ele só queria uma esposa, uma casa grande com piscina, festas e filhos
para continuar a tradição da família. Não, ele praticamente gritou para si mesmo. Will não é nada disso. Ele é
sensível e generoso e tem o melhor coração! E ele não vai se casar a menos que ele encontre o verdadeiro amor. Charles sorriu
com tristeza quando percebeu que Caroline estava certa em uma observação. Will não parecia acreditar no
amor. Mas, isso só significa que ele nunca vai se casar. Isso podia ser uma conclusão triste, mas ele preferia isso a
imagem de Caroline de felicidade ' artificial '. Ele decidiu ligar para Will e convidá-lo para a Escócia,
informando-o de quem mais estava indo. Ele estava certo de que teria de usar todas as suas habilidades de
persuasão para fazê-lo se juntar a eles. William optou por surpreendê-lo.
"Eu ficarei muito feliz em ir, Charles. "
"O quê? " Charles exclamou. "Você realmente quer ir? "
" Você esperava que eu não quisesse? " Will soou divertido.
" Não, claro que não! Mas eu tinha certeza de que você diria que não na primeira e em seguida, iria se
submeter à minha súplica. "
" Bem, já que você decidiu que eu irei, eu estou feliz por não perder tempo discutindo. "
"Oh, você aceitou o plano, para evitar falar muito comigo? " Charles fingiu estar ofendido.
"Não, eu aceitei a ideia geral, a fim de fazer algumas sugestões para o seu aperfeiçoamento. "
"Eu sabia que você encontraria falhas no plano de Caroline! " Charles não conseguiu esconder o alívio
de sua voz.
" Bem, está tudo bem para mim. Eu gosto de pequenas festas. Mas, se eu fosse Jane Bennet, eu me
sentiria um pouco desconfortável. "
Charles de repente sentiu-se mal, mas ele permaneceu em silêncio, enquanto William continuava:
" Na prática, vocês não estão nem mesmo saindo juntos. E você está convidando-a para sua casa. Quem
mais estará lá? Tony e Louisa: um casal. Eu e Caroline: nunca seremos um casal, mas Jane não sabe disso.
Além disso, temo o que Caroline disse a ela na festa sobre o quão próximos ela acha que nós somos. Você
me disse que não quer assustá-la. Você não pode encontrar uma maneira melhor de assustá-la do que esse
convite, Charles."
" Oh, Deus! O que devo fazer? " Achar boas ideias quando sua vida amorosa estava ficando complicada
nunca foi a especialidade de Charles. William ignorou seus murmúrios incoerentes e prosseguiu.
" Por outro lado, este fim de semana, se melhor planejado, poderia finalmente aproximar vocês dois.
Escócia, aniversário, longas caminhadas, romance. É a oportunidade ideal. "
" Sim, sim, isso é certo. O que você está sugerindo? Will, por favor, ajude um homem que está tão
profundamente apaixonado! "
William sorriu. ' Como facilmente ele pode dizer uma coisa dessas! E então ele não consegue se lembrar dos nomes delas.'
" Se ela conhecer muito bem alguém que está na festa, ela se sentiria mais à vontade, " ele respondeu
com cuidado.
" Oh, você acha que nós temos tempo para torná-la mais familiarizada com Caroline? "
"Você conhece muitas pessoas que se sentem à vontade com Caroline por aí? " William estava ficando
impaciente.
" E quanto a você?
"Não é a fácil, Charles. É resignação. "
Charles estava feliz que seu amigo não estava sob o feitiço de Caroline, mas o problema de Jane
permaneceu sem solução.
" Pena que vocês não tem conhecidos em comum. " Will ofereceu.
"Sim, muito ruim... "
"Ninguém. Você não conhece nenhum dos amigos dela... "
" Sim. "
"Ninguém da família dela... "
"Sim, ninguém... Espere, espere! Não! Eu conheço. Eu conheço! Eu conheço a irmã dela! Elizabeth! "
" Você conhece? " William perguntou, tentando esconder seu alívio que seu amigo tinha finalmente
pego a dica.
" Sim. Ah, como eu não pensei nisso antes? Nós nos conhecemos na festa e em seguida ela veio junto
com Jane quando ela assinou o contrato. E todos nós comemoramos juntos. E então eu a vi no ... "
William sabia claro tudo sobre as poucas vezes que Charles e Elizabeth tinham se encontrado, mas ele
não podia dizer isso a ele. Assim, ele o deixou continuar, até que Charles anunciou que ele sentiu que ele e
Elizabeth compartilharam uma grande amizade e ele não podia deixar de convidá-la para a Escócia.
William prontamente concordou e encerrou a conversa o mais rápido possível.
Desde o primeiro momento que Charles tinha mencionado a Escócia, William tinha pensado em
Elizabeth. Elizabeth na Escócia com ele. Nada mais importava. Ninguém mais importava. Eles passariam
um fim de semana na mesma casa e ele encontraria uma maneira de torná-lo inesquecível para ela. Sim, ele
tinha esse desejo de agradá-la nos últimos tempos. Ele queria fazê-la feliz. Ele sentia uma pontada no
estômago cada vez que ele a via sorrindo. Especialmente quando ele tinha algo a ver com o motivo que a
fizesse sorrir. Ele estava feliz quando ela estava feliz. Uma palavra, um olhar ou uma provocação eram
suficientes para fazer a amargura dentro de si mais suportável. Ela podia fazê-lo rir: Não seus sorrisos
reservados ou seu sorriso habitual, mas uma risada profunda e saudável. Ele tentou negar a importância
que ela tinha obtido em sua vida, mas tudo o que conseguiu foi nomear a situação como ' uma crise
temporária ' que acabaria algum dia. Então, ele decidiu parar de se verificar cada vez que sua afeição por
Elizabeth levava a melhor sobre ele. A única resistência que manteve foi o desejo de não deixar ninguém
saber sobre seus sentimentos. Nem mesmo Elizabeth.
Por sua própria parte, Elizabeth tinha parado de planejar pedir William para terminar. Ela sabia que isso
era um erro, ela sabia que estava dando o seu coração para um homem que poderia nunca ser
verdadeiramente dela, mas ela não podia evitar isso. Ela estava se apaixonando por ele. Era verdade é claro
que ele não falava sobre si mesmo; ele nunca sussurrou palavras de carinho ou elogios feitos a ela. Mas ele
podia provocar arrepios em sua espinha só de olhar para ela ou lhe tocar a mão. Ela estava perdida em seus
olhos; ela estava perdida em sua voz. Ele era afetuoso mas ainda um amante apaixonado. Ele era sensível e
romântico – embora ele odiasse o termo. Ele a tinha levado para um passeio uma noite e mostrou-lhe as
estrelas. Ele narrou todas as fábulas relacionadas com os deuses e heróis com que foram nomeadas. Sua
voz profunda hipnotizava ela, e no final ela não podia lutar contra o desejo de beijá-lo. Ele a fez se sentir
bonita e desejada, como ela nunca havia sentido antes. As conversas com ele eram sempre um desafio e
uma fonte de conhecimento. Ela o admirava, e estava grata pelas maravilhosas sensações que ele
despertava nela. Então, ela decidiu ficar com ele o maior tempo possível. Ela temia o momento que ele
decidisse terminar seu relacionamento, mas ela tinha certeza de que isso viria mais cedo ou mais tarde.
A notícia sobre a Escócia foi muito bem-vinda. O único problema que ela tinha era como esconder seu
entusiasmo. Não era apenas a perspectiva de passar um tempo perto de William que a encheu de alegria.
Ela também estava muito feliz por sua irmã. Era evidente que Charles Bingley estava muito atraído por ela
e ele estava flertando com ela muito charmosamente. Elizabeth pensou que isso era uma bênção de fato.
Ela não tinha falado com Jane sobre seus sentimentos, mas ela podia ver que o humor de sua irmã estava
se tornando mais leve. Ela acreditava que sua irmã não estava apaixonada, e não de todo provável que se
apaixonasse. Mas ela também conhecia Charles por sua reputação. Ela considerou-o inofensivo, incapaz de
excitar sentimentos fortes ou se apaixonar ele mesmo. Ela estava certa de que ele daria um pouco de força
ao ego abatido de Jane, sem querer ou pedir muito mais. Depois de todos esses anos horríveis perto de
Jason Younge, Jane poderia viver sua vida novamente. Ela poderia paquerar e agir um pouco com
irresponsabilidade. Ela tinha o direito de fazê-lo, depois de ter sacrificado sua juventude em um casamento
infeliz. Elizabeth compartilhou esses pensamentos com Charlotte, com quem tinha estado próxima mesmo
antes do casamento de seus pais. Charlotte porém expressou algumas objeções.
"Eu acho, Liz, que Jane deve ter muito, muito cuidado com sua reputação.''
" A reputação dela? Não seja ridícula Charlotte! Você sabe em qual século vivemos? "
" Você sabe em que tipo de sociedade vivemos, Liz? As pessoas são cruéis. Se ela agir como uma
colegial as pessoas vão dizer que Jason estava certo, afinal... "
" Jason é um monstro! Todo mundo sabe que os rumores que ele espalhou sobre ele Jane eram falsos! "
Elizabeth gritou indignada. Charlotte permaneceu calma.
" Jason é um egoísta insensível, Liz, mas eu temo que as pessoas tendem a acreditar na versão dele da
história. " Antes que a raivosa Elizabeth tivesse tempo de interrompê-la, ela continuou: " Jane já cometeu
um enorme erro por não tornar totalmente conhecido o que aconteceu. Até eu não sei nenhum detalhe. Na
verdade eu só sei o que você me disse. Jane não fala sobre isso. "
" Jane estava realmente machucada. E ela não é o tipo de mulher que espalharia relatos horríveis sobre
seu ex, apesar de no caso deles isso seria suficientemente justo. "
"Eu sei, Liz, mas você tem que admitir que Jane é talvez a única mulher a reagir assim, depois do que
aconteceu. Eu acredito em você, e na história dela, só porque eu conheço vocês desde a infância. Os
conhecidos em comum deles não serão tão perspicazes. "
"A história de Jason é uma grande mentira, que... " Elizabeth estava pronta para explodir.
" ... que é muito mais fácil de acreditar. " Charlotte completou a frase e continuou: " Ela combina com
as ideias deles sobre mulheres pobres sem instrução que seguram maridos ricos com a idade de dezoito
anos. E antes que você comece a gritar, eu estou bem ciente de que não é esse o caso. Mas estou
igualmente convencida de que isso é o que todos pensam em sua sociedade. As mentiras de Jason,
apresentando Jane sob essa luz faz com que eles se sintam mais inteligentes e digam para si mesmos Eu
sabia!. Você sabe a magia desta frase, Liz, não é? "
" Eles, eles, sua sociedade ... de quem você está falando, Char? " Elizabeth perguntou, um pouco
desdenhosamente. Ela sabia a resposta.
"Os conhecidos deles em comum, que são pessoas ricas e muito importantes, Liz. Eles pertencem ao
mesmo círculo que Bingley e Darcy. Você acha que eles não vão dizer a ele? "
"Vivemos na Inglaterra e Jason está em Nova York, Char. " Elizabeth tinha pensado em muitos outros
argumentos lógicos mas ela se tornou algo abstrato quando o nome de Darcy apareceu na conversa.
"Não, ele não está. Lamento que você saiba isso por mim Liz, mas ele nunca voltou para casa depois de
terem assinado os papéis. Os pais dele ficaram bastante chateados com o divórcio, culpando-o por
completo. Você sabe que eles precisavam do casamento com Jane para controlá-lo, é claro. Eles ameaçaram
deserdá-lo e ele ficou aqui para persuadi-los, bem como todos os seus velhos amigos, que Jane foi
responsável pela dissolução do seu casamento. Jane tem que ser cuidadosa. "
" Jane teve o suficiente de responsabilidades, regras e restrições para os últimos 12 anos." Charlotte
ficou impressionada com o quão calma a amiga, geralmente em fogo, soou. Elizabeth continuou: " Se seus
conhecidos escolherem acreditar no canalha, é muito ruim para eles. Jane não deve nada a Jason e sua
consciência limpa é suficiente para ela. É o suficiente para mim, e isso deve ser suficiente para todos que a
amam. Ela nunca vai espalhar a verdade. Mesmo que eu não concorde com todas as suas ações, eu as
respeito e eu até as admiro. E, Charlotte, eu vou te dizer isso uma vez e nunca mais repeti-lo: Jane não tem
nada a perder."
" Mas as fofocas ... " As ideias de Charlotte não conseguiam se conciliar com tal declaração.
" Você me ouviu Charlotte? Absolutamente nada. "
Pelo menos, eu tentei era tudo o que Charlotte pôde se contentar quando a conversa terminou.
******
A conversa com Charlotte nublou a lua de Elizabeth, uma vez que a lembrou do julgamento que a irmã
tinha passado. E lembrou-se que Jane tinha sofrido sozinha, longe de sua casa e sua família verdadeira.
Jason Younge, o marido dela, nunca tinha sido família para ela.
Jane e Jason se conheceram no colegial. Eles tinham temperamentos e personalidades opostas, mas
imediatamente se apaixonaram um pelo outro. Jane era doce, terna e sensível; havia calma e serenidade
sobre ela. Jason, por outro lado era um " rapaz agitado. " Vindo de uma família muito rica ele foi estragado.
Ele sempre teve problemas mas seu charme inegável o ajudou a sair deles. Nenhuma de suas ações ou suas
decisões foram tomadas após muita reflexão. Jane costumava trazê-lo para a terra e ele costumava levá-la
para o céu. É por isso que eles se tornaram inseparáveis.
Os pais dele adoravam Jane. Eles admitiram que além de ser a pessoa mais gentil que nunca tinham
conhecido, ela também foi a única que tinha conseguido acalmar Jason um pouco. Ela tinha conseguido
fazer o que eles não conseguiram alcançar. Eles sabiam que ele estava muito mais seguro com ela ao seu
lado. E, sabendo quão pouco ela se importava com a fortuna deles, eles ficaram quase felizes quando seu
filho anunciou que havia fugido com a idade de dezoito anos. Congratularam-se com ela em sua família e
trataram-na como sua própria filha. Eles ainda disseram a Jason que ele tinha que provar a si mesmo ser
um marido bem-sucedido para herdar sua fortuna.
Agora, Elizabeth se perguntou por que sua irmã, que nunca foi apressada com as coisas, decidiu fugir.
Na época, ela tinha apenas dezesseis anos e ela se juntou a sua mãe em considerar isso totalmente
romântico. Mas agora ela lamentava a falta de bons conselhos de sua família. Ela gostaria de poder voltar no
tempo e mudar tudo. Mas era tarde demais. Jane tinha feito sua decisão – por um imenso amor ou por falta
de experiência. A decisão foi errada ela tinha pago por isso – muito caro. Foi tão simples quanto isso.
No início, eles eram quase felizes. Jason continuou com seus estudos e Jane estava restrita em casa, já as
ideias dele sobre os deveres de uma esposa eram claras e imutáveis. Os pais dele pagaram todas as suas
contas e fizeram isso muito discretamente. Os velhos Younges tiveram de admitir que a fuga com Jane foi
a mais sábia escolha de seu filho. Ela ajudou-o com os seus estudos e o dissuadiu cada vez que ele declarou
que queria deixar universidade. Jane ainda estava apaixonada e acreditava que estava feliz. No entanto, tão
logo Jason terminou seus estudos e começou a trabalhar, as coisas mudaram para pior.
Jane queria um filho mas Jason temia a responsabilidade. No passado, ele estava convencido mas apesar
de seus esforços o bebê não vinha. Os médicos finalmente disseram que Jason não podia ter filhos a
menos que ele fizesse alguma terapia, o que ele recusou. Jane sugeriu a adoção, mas Jason não quis ouvir
sobre isso. Ele jurou Jane segredo e tornou-se cínico e hostil. Ele não voltava para casa à noite e ele ia
embora para um fim de semana inteiro sem aviso prévio. Jane suspeitava que ele tinha um caso. Logo, ela
recebeu algumas fotos que confirmaram suas suspeitas. Ela estava perdida sobre o que fazer e ela se
culpava por ter empurrado tanto Jason.
Uma noite, Jason voltou para casa e anunciou que eles estavam indo para Nova York. Ele parecia muito
assustado e ansioso por estar longe da Inglaterra, o mais rapidamente possível. Jane não questionou sua
decisão. Ela suspeitava que ele tinha tido uma conversa com seus pais e ele tinha decidido dar ao seu
casamento outra chance. Assim, há oito anos, ela tinha deixado toda a sua família e amigos para reiniciar a
sua vida com o marido.
Durante os primeiros anos as coisas melhoraram. Jason era um pouco possessivo mas Jane preferiu seu
ciúme ao seu antigo comportamento. Mas o novo período de felicidade de Jane não durou muito; não
muito tempo passou antes que Jason começasse a excluí-la de sua vida social novamente. Era óbvio que ele
tinha uma amante, ou várias amantes, se Jane fosse acreditar nas fofocas. Quando ela dominou a força para
falar com ele sobre isso, ele não se preocupou em negar. No entanto, quando ela pediu o divórcio, ele
enlouqueceu. Ele se recusou, ameaçou, suplicou e voltou a ameaçar. Mas Jane tinha tomado sua decisão e
desta vez foi a mais acertada.
Jason queria vingança. Seu ego não podia ser rejeitado. Além disso, seus pais estavam muito
descontentes e ameaçaram deixá-lo sem nenhum dinheiro. Então, ele seguiu Jane de volta para a Inglaterra,
assinou o divórcio e começou a contar a todos a história que ele tinha inventado em Nova York: que Jane
tinha lhe dito que ela estava grávida e o fez se casar com ela em primeiro lugar. E depois que ela se recusou
a ter filhos. Que ela o usou e a seu dinheiro para ganhar status. Que ela sempre foi fria e distante, nunca
verdadeiramente respondia ao seu amor e sempre brincava com seu afeto. Que ela o tinha traído. E que ela
o havia deixado, porque ela tinha encontrado alguém mais rico do que ele. Ele havia escolhido suas
palavras com muito cuidado. Qualquer um que foi usado pelas formas de conspirações femininas e não
conhecia muito bem Jane acreditaria nele. A falsa gravidez não foi surpreendente e alguns conhecidos de
Jane interpretaram sua calma como frieza ou indiferença. Sim, muitas pessoas em ambos os países
acreditavam no encantador, vulnerável, novo solteiro desapontado. E, apesar dos apelos de Elizabeth e
conselhos de Charlotte, Jane não tentou detê-lo. Ela queria apenas esquecer. E, ela não tinha nada a perder.
Isso é o que ela pensava de qualquer maneira.
Capítulo 4
Charles Bingley não era da Escócia. Sua casa lá não era uma mansão antiga de família. Ele havia visitado
a área uma vez e tinha caído de amores com a sua beleza natural. Ele comprou a primeira casa disponível
sem pensar muito. Caroline tinha reprovado a sua escolha no início, declarando que ela nunca chegaria
perto daquela ' casa '. Depois ela viu isso como uma oportunidade para grandes festas e para se mostrar.
Ela decidiu redecorar a casa e adicionar algumas facilidades, como uma grande piscina. Quando ela
terminou, a casa tinha perdido a sua antiga magia e sua capacidade de fazer Charles relaxar. A casa se
tornou o ' filho querido ' de Caroline.
O grupo todo chegou a Escócia na sexta-feira à noite. Elizabeth, bem como Darcy, tinha tido uma
semana muito ocupada devido às eleições que se aproximavam. Quando finalmente entraram na casa eles
não queriam nada mais do que ir para a cama e ter um sono longo e saudável. No entanto, Caroline tinha
outros planos. Ela agarrou o braço de Darcy e insistiu a todo eles para fazerem um tour pela casa. Charles
agarrou o braço de Jane e juntou-se ao pedido de sua irmã. Tony e Louisa tinham desaparecido com a
menção disso. Elizabeth desejou que ela soubesse como desaparecer também, mas foi obrigada a seguir os
dois ' casais '. Ela cerrou os dentes.
O interior da casa mostrou que Caroline tinha um monte de dinheiro mas não muito senso de
harmonia. Ela tinha tentado combinar elementos supermodernos e tradicionais, mas tal esforço exigia um
gosto superior ao que ela possuía. Elizabeth teria achado muito divertido se ela não estivesse pronta para
cair de sono. Finalmente, eles terminaram a sua exploração e Elizabeth pensou que as provações do dia
tinham acabado. Mas, quando ela começou a sonhar com seu pijama, Caroline disse: " Vocês estão prontos
para o jantar? "
' Jantar? Deus, eu tinha esquecido sobre isso! ' Elizabeth se desesperou. Darcy olhou para ela e leu seus
pensamentos.
" Caroline, nós estamos muito cansados agora. Talvez possamos pegar alguma coisa da cozinha e em
seguida ir para a cama. "
" O jantar que eu preparei para vocês, vai atirar todo o seu cansaço fora! "
" O jantar que você preparou para nós?" William pensou que tinha ouvido mal. Caroline nunca cozinhou.
Ou fez nada de útil.
" O jantar que eu disse a minha cozinheira para preparar para vocês. "
" Isso faz sentido. " William sussurrou para Elizabeth. Ele tinha de alguma forma conseguido ficar do
lado dela durante o tour. Elizabeth se esforçou para não rir de toda a permuta. Caroline retomou, " Será
adorável! Eu não vou lhes pedir para se trocarem em um traje mais formal. Simplicidade é a palavra-chave,
você não concorda Elizabeth? "
"Desde que nós somos negados ao luxo de descansar, a simplicidade no jantar é a próxima melhor coisa. "
Elizabeth disse e lhe deu o mais doce dos seus sorrisos. Foi a vez de William suprimir sua risada.
Caroline pensou que tivesse visto os dois trocando olhares divertidos. ' Talvez eu me cansei também ', ela
pensou e os levou da sala que estavam para jantarem.
******
O jantar ' simples ' consistiu de pratos não tão simples e durou mais de uma hora. No momento em que
terminou Caroline se sentia muito cansada e propôs que se retirassem. Todos concordaram. Antes de
deixar a sala, William sussurrou para Elizabeth, "Eu suprimi meu cansaço por tantas horas que eu não me
sinto mais cansado. "
Elizabeth sorriu.
" Eu também não. "
" Quer se juntar a mim junto à lareira em dez minutos? "
" Qual delas? Porque, devo dizer, Lady Caroline tem muitas lareiras. "
William riu e deu-lhe instruções muito detalhadas, para que ela não se perdesse em seu caminho no
palácio de Lady Caroline.
Elizabeth voltou para a lareira dez minutos depois, vestindo seu pijama rosa e tendo um sorriso adorável
no rosto. Ela parecia muito animada, como uma garotinha que tinha acabado de desobedecer as ordens de
seus pais para fazer algo que ela realmente queria. William sorriu ao vê-la. Ele estava sentado no chão,
junto à lareira, e a convidou para seu colo. Elizabeth sentou confortavelmente e apenas olhou para ele. Eles
permaneceram em silêncio por um tempo, seus olhos presos um no do outro. Eles perderam a noção do
tempo, apreciando o calor e a segurança do contato oferecido a ambos. Depois de um tempo os olhos de
William escureceram e Elizabeth sussurrou instantaneamente, "Fale comigo, William. "
Ela não tinha ideia do por que tinha dito isso; ela não sabia se havia algo que ele queria compartilhar
com ela. Ela só pediu porque que parecia a coisa mais natural a fazer.
"É estranho, " ele respondeu com uma voz que se assemelhava a nada do seu eu habitual. " Por que em
uma noite como esta eu me lembro dela? São mais de vinte anos agora... "
"Sua mãe? " Elizabeth perguntou suavemente. Foi a primeira vez que William mencionou seus pais.
"Eu não quero falar sobre isso – eu não quero pensar nela. Eu só quero esquecê-la – como se ela nunca
tivesse existido. "
"Por quê? "
"Eu era apenas um menino e eu precisava dela – tanto. E ela nos deixou, sem uma palavra, sem pensar
duas vezes, sem nunca olhar para trás. Apenas uma nota para o meu pai. Quatro linhas para uma vida, para
um marido, para dois filhos – Georgie não tinha se quer quatro anos, pelo amor de Deus! "
"Por quê? "
" Eu não sei por quê! Eu não me importo em saber o porquê! Não há desculpa para o que ela fez para
nós! Ela destruiu nossa infância; ela destruiu nossas vidas! É culpa dela e de ninguém mais. "A voz de
William estava interrompida.
"Meu pai nos deixou também. Mas não foi culpa dele. Minha mãe praticamente o fez ir embora. Ela o
traiu. Ela disse a ele que preferia outro homem. O amigo dele, o vizinho dele! Só porque ele era mais rico e
mais fácil de entender e lidar! Eu sei que meu pai não podia fazer nada a não ser ir embora. Ele teve que
reiniciar sua vida, em algum lugar longe das memórias dolorosas. "
" Você está errada. O que quer que sua mãe tenha feito, ela ficou com você. Seu pai partiu. Como ele pôde
trair você? Como pôde minha mãe me abandonar? "
" Meu pai nunca deixou de me amar! " Elizabeth protestou.
"Certo, amar de longe. A promessa tão facilmente feita; o caminho mais covarde! " ele cuspiu as
palavras.
Elizabeth levantou a cabeça para olhar para ele.
" Ele entrou em contato com você, Elizabeth? Responda-me! "
" Ele me envia algumas cartas... esporadicamente, " ela finalmente admitiu e quebrou o contato visual
com ele.
" Por que você está tão pronta para perdoá-lo? " ele perguntou, tentando fazê-la olhar para ele, com um
tom muito mais suave agora.
" Por que você está tão pronto para odiá-la? "
" Ela não se importou com seus próprios filhos, " William declarou simplesmente.
Elizabeth sorriu tristemente e citou: "O amor não acaba só porque você para de ver uns aos outros. "
William sorriu com a lembrança do filme que tinham visto recentemente e repetidamente no
apartamento dela. A conversa tornou-se mais leve:
"Eu definitivamente não vou deixar você assistir a The End of the Affair (Fim de Caso) de novo. "
"Eu pensei que você tivesse gostado assim como eu. "
" Talvez eu gostei sim," William admitiu. " Não tanto quanto você, é claro. Isso seria impossível. Mas
parece que Sarah é uma má influência."
" Ela estava certa apesar de tudo. " Elizabeth disse fracamente quando sentiu que estava caindo no sono.
William não respondeu de imediato. Ele apenas olhou para ela. Ela sorriu e fechou os olhos. Logo ela
estava dormindo. O cavalheiro que William escondia dentro dele acordou e ele a levou em seus braços. Ele
a levou em ao quarto e a deixou gentilmente na cama dela. Ele a cobriu com as cobertas e quando ele
estava certo de que ela estava aquecida e confortável, ele deu um beijo na testa dela e sussurrou:
" Talvez ela esteja certa. Mas eu não quero parar de ver você, Elizabeth. " Com isso, ele saiu do quarto.
******
Sábado de manhã estava muito frio. Elizabeth achou isso muito refrescante e decidiu que ela exploraria
os arredores mesmo que ninguém quisesse acompanhá-la. Ela foi para a sala de estar e perguntou se
alguém gostaria de se juntar a ela. Tony e Louisa estavam tão absorvidos assistindo desenhos animados na
televisão que eles nem sequer se incomodaram em responder. Caroline estava discutindo com sua
desesperada cozinheira, dando ordens que possivelmente não poderiam ser executadas. Charles, em uma
tentativa de inspiração para conquistar a admiração de Jane, estava mostrando a ela cada coleção que ele
tinha feito desde a idade de oito anos. Elizabeth se perguntou como os seus tesouros de infância tinham
terminado em uma casa que ele havia comprado quando adulto. Então ela olhou para Caroline que estava
gritando: "Eu quero morangos! Encontre-os agora. " Sua cozinheira estava repetindo: " Mas, srta. Bingley, é
final de novembro " " Eu não me importo!"
' Eu acho que sei quem teve a ideia das coleções, ' Elizabeth pensou. ' Eu só espero que a minha pobre irmã pule os
velhos álbuns de fotos de família. ' William Darcy tinha recebido uma chamada urgente sobre negócios às sete
horas da manhã. Ele subiu as escadas com seu laptop e não parou de trabalhar desde então. Elizabeth
partiu sozinha e não muito infeliz com isso.
A casa de Charles foi construída sobre uma colina perto do mar, mas não oferecia qualquer vista dele.
Elizabeth caminhou até ela ter alcançado o topo da colina. De lá, ela podia ver as ondas quebrando nas
rochas abaixo. O vento era forte e frio. O mar cinzento prateado parecia pronto para devorar as margens.
' Uma antiga batalha ', pensou. É assim há anos e anos. Os seres humanos não são necessários aqui. De alguma forma
isto lhe trouxe paz. Ela fechou os olhos, apenas sentindo. Harmonia, serenidade... Felicidade talvez? ' Eu
poderia ser feliz aqui. '
Ela ouviu passos se aproximarem mas ela não se moveu nem abriu os olhos. Alguém tocou seus
ombros. Ela conhecia aquele toque. Ela precisava dele. Seus olhos ainda fechados, ela sussurrou, " Não me
leve de volta à realidade, Will. "
" Eu só quero ter você em meus braços. Posso? " Ele sussurrou de volta.
Ela estava perdida em seu abraço e calor. O momento era mágico. Nada importava. Nem o passado nem
o futuro. Eles estavam juntos naquele momento e eles estavam felizes. Ambos. Eles não podiam explicar mas
não podiam negar a alegria súbita que os esmagou. Elizabeth abriu os olhos e eles olharam um para o
outro, sorrindo.
" Não existe nada melhor, não é, Will? "
" Oh, sim existe. "
Com isso, ele pegou o rosto dela entre as mãos. Ele olhou para ela por um longo momento e depois
roçou os lábios nos dela. Ela suspirou com expectativa de mais. Ele começou a beijá-la. Ele foi muito
gentil no começo, mas depois a sua paixão foi lançada e o beijo tornou-se uma confissão de amor e
necessidade. Uma vez que eles não conseguiam pronunciar as palavras, eles escolheram uma outra maneira
de mostrar seus sentimentos. As mãos dele estavam indo para cima e para baixo nas costas dela, enviando
arrepios a sua espinha. As dela foram acariciando os cabelos dele de uma forma que o enlouqueceu; suas
bocas nunca se separando, mas continuando a explorar e a oferecer. Aquele beijo era sobre conceder, não
tomar; fazendo o outro feliz, sem pensar em si mesmo. Foi a primeira vez que ambos experimentaram o
que realmente significava estar unidos, de fazer parte um do outro. Eles não podiam quebrar isso porque
não podiam suportar a perda que isso traria. Quando os lábios deles finalmente se separaram, eles
permaneceram abraçados por um longo tempo, confortando um ao outro. Eles foram incapazes de falar
ou pensar. Eles eram capazes apenas de sentir.
******
Happy Birthday to you
(Parabéns a você)
Happy Birthday to you
(Parabéns a você)
Happy Birthday dear Charlie
(Parabéns querido Charlie)
Happy Birthday to you!
(Parabéns a você!)
" Oh, isso estava tão fora de sintonia! " Caroline riu.
" Eu preferi mais no ano passado, quando você trouxe a cantora de ópera, Caroline, " sua irmã sorriu
com a lembrança.
"Realmente Louisa? " Tony perguntou. "Você disse que tinha entediado você até a morte. "
Felizmente, Charles tinha olhos e ouvidos apenas para Jane e ele foi poupado das conversas ridículas de
suas irmãs. Elizabeth achou toda a situação muito divertida e se perguntou como diabos ela já sentiu
ciúmes de Caroline. William tinha uma expressão muito estranha no rosto, que resultou de seus esforços
para não mostrar sua alegria muito abertamente. Caroline estava tentando novamente trazer a conversa
para sua vantagem.
" Somente William conseguiu cantá-la fielmente! " ela disse com os olhos cheios de admiração.
" Caroline, você exagera. Nós estamos falando sobre a música ' Feliz Aniversário ' ", Darcy declarou
simplesmente.
" Ah, mas o seu talento não pode ser escondido. Você tem uma voz sem falhas, " ela continuou,
enquanto Darcy começou a se sentir desconfortável com este louvor constante. Elizabeth veio em seu
socorro no entanto, respondendo muito gravemente,
"Isso é absolutamente correto, Caroline. E eu estou contente que apenas a voz do sr. Darcy é celestial.
Caso contrário, as canções ' Feliz Aniversário ' seriam tão impecáveis que inevitavelmente se tornariam
chatas. Em casos como este, você sabe, a perfeição pode ser uma falha de fato! "
Caroline abriu e fechou a boca sem ser capaz de articular qualquer palavra. Ela não gostava dessa
Elizabeth Bennet, nem um pouquinho. De alguma forma, ela tornou todos os seus esforços para seduzir
Darcy para ela. Ela não estava com ciúmes dela, é claro. Ela nunca discerniu qualquer coisa da parte de
Darcy para dar o alarme. Mas, quanto a ela... Ela realmente não poderia fazer o que ela estava pensando ou
sentindo. Um momento ela estava provocando ele e outro momento ela estava olhando para ele, e havia
algo incomum em seus olhos. Caroline não poderia reconhecer o que exatamente era, mas não gostou
disso. Decidiu se colocar com ela, embora, já que Darcy claramente respeitava seu trabalho. E, desde que
Darcy a admirava, então assim ela admiraria.
Ela voltou sua atenção para a festa e percebeu que William não estava comendo o pedaço de bolo que
ela lhe entregara, ela exclamou:
"Nossa cozinheira realmente se superou com esta sobremesa absolutamente de bom gosto. Ela até
tentou encontrar alguns morangos, como a receita sugeria, mas eu lhe falei para deixá-los de fora. É final
de novembro depois de tudo! "
Elizabeth pensou ter ouvido um barulho vindo da cozinha, mas ela não podia saber ao certo já que ela
estava se concentrando em manter um olhar neutro. Caroline estava alheia à reação de Elizabeth e
anunciou que estava na hora de tirar uma foto para lembrar daquele final de semana. Tanto Elizabeth e
William pensaram que nunca poderiam esquecer aqueles dias, mas adorariam ter uma foto para guardar
como tesouro também. Assim, embora geralmente não muito interessados em serem fotografados, não
demonstraram resistência desta vez.
A pobre cozinheira foi chamada para ajudá-los. Charles e Jane ficaram no meio, enquanto Darcy e
Elizabeth se viram tão longe quanto Caroline conseguiu deixá-los. Ela agarrou o braço de Darcy e enviou
Elizabeth para o lado de Tony e Louisa. No entanto, ela não poderia fazê-los não se olharem. Elizabeth,
feliz e tranquila e muito apaixonada estava brilhando de forma positiva. No momento em que a cozinheira
foi tirar a foto William olhou para ela. Seu olhar era suave e um leve sorriso curvou seus lábios. Seu olhar
falava de amor e paixão, mas ninguém conseguia decifrar. A foto foi esquecida por algum tempo.
******
Após a ' festa de negócios ' acabar, Charles levou Jane para o quarto dela. Na porta, ele hesitou. Ele não
queria dizer boa noite; não ainda. Ele havia passado um dia maravilhoso ao lado dela e queria fazer isso
durar para sempre se possível.
" Jane, que gostaria de ver..." Ele estava prestes a dizer " os velhos álbuns de família ", mas de repente
ele entendeu a atitude de Jane. Ela não estava plácida; ela estava entediada mas era muito gentil para deixar
que ele soubesse.
" Oh, meu Deus, Jane, eu sinto muito. "
Jane se assustou. Ela se perguntou se havia expressado seus pensamentos e se sentiu momentaneamente
embaraçada. Mas Charles tomou a mão dela e a súbita, inesperada eletricidade do contato a fez esquecer o
seu mal-estar.
" Eu sou o homem mais egoísta do mundo, Jane. Eu estava tendo um tempo tão bom na sua
companhia, que o pensamento de que eu poderia a ter entediado até a morte nunca passou pela minha
cabeça... Coleções e fotos! Ninguém teria lidado com isso assim como você fez. Eu juro que nunca vou
ouvir os conselhos de Caroline de novo. "
Jane riu suavemente do olhar dele de desespero puro. " Não foi tão ruim, Charles. " Como o olhar dele
só se tornou mais triste, acrescentou em um tom conspiratório: "Eu estava feliz por estar em sua
companhia, mesmo que eu nunca estive interessada em carros em miniatura. "
Charles ganhou coragem com isso. Seu coração batia mais rápido e ele olhou para ela intensamente.
"Eu vou fazer isso direito, Jane. Eu quero e eu vou. Venha. " Ele deu a ela sua mão.
Jane o seguiu sem saber para onde estavam indo. Ela não estava se sentindo como ela mesma naquela
noite. Alguma coisa estava acontecendo com ela; algo que não acontecia há anos. Sua boca estava seca. Ela
pensou que estava perdendo o controle sobre seu corpo. Ele reagia de forma estranha na presença de
Charles. Seu coração não podia voltar a uma batida normal; sua mão, oh ela tentou tanto, mas sua mão
simplesmente se recusou a deixar a de Charles; ela não tinha ideia de onde suas pernas estavam levando-a;
sua respiração tornou-se tensa; ela estava sob um feitiço.
Charles levou-a para fora, o que Jane ficou grata. Ela realmente precisava de ar frio no rosto. O que ela
realmente precisava era de um banho de água fria, mas não havia nenhuma maneira que ela admitiria uma
coisa dessas para o homem que estava de pé ao lado dela e tinha despertado sentimentos antigos. Fazia
tanto tempo desde que um homem havia tido tal efeito sobre ela que ela não reconheceu os sintomas. Ela
ainda estava sob a impressão de que o amor não existia. Tivesse ela tentado nomear o que estava
acontecendo com ela, no entanto, apenas uma expressão teria sido adequada: se apaixonar.
Eles andaram por algum tempo, com as mãos entrelaçadas. Eles chegaram a um belo local, debaixo de
uma árvore alta. Foi Charles quem quebrou o silêncio.
"Foi aqui que eu me apaixonei por esta casa. Todo mundo diz que eu comprei a primeira que estava
disponível. Talvez isso seja verdade, mas sem este ponto, não teria sido tão especial para mim. Sabe, parece
que eu sou o único que pode encontrar o meu caminho aqui. Eu nunca sou perturbado. Eu sempre estou
sozinho e em paz. Agora você veio comigo. " Ele sorriu. " E isso é bom. "
Jane foi incapaz de dizer qualquer coisa, mas não tinha importância. Ela não saberia o que dizer a ele,
mesmo se ela pudesse falar. Charles continuou. Ele estava acostumado a fazer declarações e promessas,
mas agora era diferente. Isso era sincero. Sentir como se ele estivesse se abrindo e derramando seu coração
no dela. E, pela primeira vez, o medo absoluto da rejeição se apoderou dele. Ele estava revelando seus
pensamentos, seu verdadeiro eu com alguém, e ele temia que Jane não gostasse do que ela veria nele.
" Jane, isto não é um jogo. Isso não é um capricho insignificante meu. Eu não posso dar essa impressão,
mas eu me conheço muito bem. E eu sei que tudo mudou no dia em que te conheci. Eu não vou fazer
promessas; eu não vou dizer que eu te amo, se você não está pronta para ouvir isso. Mas eu vou esperar.
Eu não era um homem paciente, mas a paciência não parece difícil quando você está preocupada. Você
merece tanto, Jane. "
Jane já tinha lágrimas nos olhos. Quando Charles lhe disse que ela merecia sua paciência e muito mais
ela sabia que não poderia segurá-las por mais tempo. Tinha esquecido como era ter um homem lutando
por seu afeto. Tinha esquecido como explorar seus próprios sentimentos, como expressá-los. Ela queria
proteger a si mesma, ela não poderia enfrentar mais um golpe. Ao mesmo tempo, ela queria proteger e
tranquilizar Charles. Ele parecia tão vulnerável, tão sincero e sensível que ela queria fazer tudo em seu
poder para fazê-lo feliz.
" Charles, eu não sei o que dizer. "
Ele esperava a reação dela, mas não podia deixar de se sentir desapontado.
"Eu só preciso de algum tempo para ... para ... oh, eu não sei. É só que eu não estou pronta. Por favor,
entenda-me, Charles. "
Ela parecia uma menina que tenta fazer as pazes por ter feito algo errado. Charles sorriu e sussurrou a
ela: " Eu entendo. Eu estarei bem aqui Jane, esperando. "
Eles estavam perto e os lábios dele tocaram a orelha dela e o rosto enquanto ele falava com ela. Ela
começou a tremer. Charles percebeu que ela precisava se sentir segura, então ele a abraçou e a manteve em
seus braços por um longo tempo, repetindo:
"Não se preocupe minha doce Jane. Eu posso e vou fazê-la feliz. "
******
Enquanto isso, William e Elizabeth estavam silenciosamente rezando para que o resto do grupo fosse se
retirar em breve. Tony e Louisa estavam sentados na frente da televisão assistindo ao programa mais chato
que puderam encontrar, mas Caroline estava dando toda sua atenção para Darcy, não se importando com o
pouco que ele estava disposto a recebê-la. Ele trocou olhares desesperados com Elizabeth e pela quinta vez
que Caroline começou a falar sobre sua boa propriedade em Derbyshire, ele piscou para Elizabeth e
anunciou que estava muito cansado. Caroline estava um pouco decepcionada por não ter tido a chance de
elogiar a irmã dele também, como ela tinha planejado originalmente, mas ela escondeu isso de forma
admirável. Ela ofereceu a ele boa noite com um sorriso que era para ser charmoso e sincero, mas
infelizmente ela não era tão boa atriz. Depois disso ela foi para a cama também.
Elizabeth se perguntou o que deveria fazer. Obviamente William tinha alguns planos para a noite e ela
não estava contrária à ideia. Muito pelo contrário... Mas o quarto de Caroline era – a propósito – ao lado
do dele e ela suspeitava que a mulher tornaria as coisas difíceis para eles. Antes de sair da sala que eles tinha
passado sua noite, ela lançou um olhar para Tony e Louisa. Eles haviam caído no sono com a televisão
ligada. Ela a desligou sem acordá-los e caminhou até o corredor. Ela passou em frente do quarto de
William e hesitou. De repente, a porta ao lado se abriu e Caroline apareceu vestindo uma camisola muito
reveladora. Ao ver Elizabeth ela riu nervosamente:
" Oh, eu ouvi a ... errrr .... trovões e estava tão assustada! Você está bem, minha querida? Eu me
pergunto como William querido está se saindo. " Elizabeth não achou isso divertido. Tudo bem, ela era
uma das pessoas mais irritantes de seu conhecimento e sua conversa era insuportável, mas a camisola era
muito reveladora; e Will era apenas humano. Então, ela respondeu muito friamente,
"Não está realmente chovendo, Caroline. "
" Oh, não houve um trovão? Que estranho! Tenho certeza que ouvi alguma coisa. "
A outra porta se abriu.
" Talvez tenha sido o meu ronco, Caroline. " William sorriu para Elizabeth e olhou para Caroline com
desprezo. " Peço desculpas, Caroline. Parece que eu te causei grande angústia. Eu vou para um outro
quarto. Afinal, você tem muitos no próximo andar. Não é verdade, Elizabeth? "
" Perfeitamente, senhor. " Ela sorriu para ele, agora altamente divertida com Caroline quem estava à
beira de um desmaio. "Na verdade, meu quarto é o único ocupado e há três quartos no andar. "
"Esta é uma notícia muito boa, Elizabeth. Caroline, estou aliviado que você dormirá sem ser perturbada.
Boa noite! " E voltando-se para Elizabeth, ele disse com a mais séria expressão, " Você me mostrará o
caminho? "
Caroline não pôde se mover por dez minutos completos depois isso. Quando ela se recuperou, ela
começou a xingar Elizabeth.
******
Assim que eles estavam fora de vista de Caroline, Elizabeth apertou a mão de William e eles começaram
a rir fazendo o mínimo de barulho possível. Darcy ficou encantado ao ver o brilho familiar nos olhos de
Elizabeth que os faziam ainda mais bonitos. O sorriso dela se tornou provocador, quando ela falou.
" Mentiroso! Você nunca ronca! "
" Caroline não sabe disso, e posso com segurança lhe prometer que ela nunca saberá disso. " Ele
respondeu sorrindo também.
" Mesmo que ela entrasse em seu quarto nua? " ela perguntou sem mais temer a resposta. Ela não tinha
confiado nele no início, mas ela estava errada. William parecia totalmente imune aos encantos de Lady
Caroline, e Elizabeth estava determinada a não deixar que a sua atitude ridícula envenenasse seu
relacionamento novamente.
"Nua? " Ele parecia momentaneamente enojado. " Então ela tem mais chances de ouvir meus gritos do
que qualquer som que eu faça ao dormir. "
Eles pararam de andar na frente da porta dela.
"Então, qual o quarto mais adequado para você, senhor? " Ela perguntou.
William não respondeu de imediato. Ele tocou o rosto dela com seu dedo; em seguida acariciou o rosto
e o pescoço dela com movimentos suaves. Elizabeth sentiu os joelhos tremendo. ' Esse efeito de novo! ' ela
pensou. ' Eu estou totalmente a mercê dele. ' Quando ele falou sua voz estava quase irreconhecível.
" Há apenas um quarto que é adequado para mim, Elizabeth. O seu. "
" Seja meu convidado. " Foi tudo o que conseguiu murmurar antes que os lábios dele encontrassem os
seus em um longo beijo apaixonado.
******
" Eu te quero tanto, " William disse em um sussurro enquanto ele a segurava contra a parede, beijando-a
lentamente. Ela mal o ouviu, as palavras não registrando na mente dela. Tudo o que ela estava ciente eram
as mãos dele, a despi-la com movimentos lentos, tocando sua pele, acariciando cada parte dela que ele
estava revelando. Os lábios dele seguiram a carícia aveludada de seus dedos, e ela gemeu. " Eu não tenho
sido capaz de ter qualquer pensamento coerente desde a manhã," ele continuou seu discurso sedutor.
A respiração de Elizabeth estava tensa. Seu corpo estava desejando o dele, hoje à noite mais ainda do
que nunca. O beijo deles naquela manhã tinha despertado uma nova necessidade que eles mal sabiam
como saciar. Ela tinha pouco controle sobre suas ações, tentando admirar o corpo dele inteiro de uma vez,
enquanto ele estava provocando cada molécula dela com seu toque e beijos. Ela olhou profundamente nos
olhos dele e ficou quase assustada com o que viu lá. Ela não se lembrava de ter alguma vez encontrado tal
desejo. Mal ela sabia que seus olhos estavam refletindo exatamente o mesmo grau de paixão.
William estava tentando manter seu autocontrole, mas ele quase temia que seu corpo explodisse em
milhares de pedaços. Os gemidos de satisfação de Elizabeth teriam sido suficientes para deixá-lo louco,
mas não era só isso. A sensação de sua pele macia pressionado contra a dele, o corpo dela tremendo sob
suas carícias, e acima de tudo, o brilho em seu rosto e o olhar escuro em seus olhos o deixou à mercê dela.
Ele queria oferecer a ela prazer, um prazer imenso, e deixá-la louca por ele como ele estava por ela.
Ele continuou a sua exploração do corpo dela, redescobrindo as partes favoritas, enquanto Elizabeth
estava testemunhando novas sensações despertando nela. Ela decidiu que ela tinha que retribui-lo de volta,
mas ela mal sabia mais o que fazer. Isso não era nada como suas vezes anteriores juntos. Embora ela nunca
tenha encontrado nada faltando na vida amorosa deles, esta era diferente. Era muito mais; esta experiência
física pediu mais e deu mais. Ela decidiu deixar seu instinto guiá-la; não havia nenhuma maneira que ela
pudesse controlar sua resposta. Era tão poderoso; além da medida ou da lógica.
Era como se eles estivessem brincando com fogo; ninguém poderia suportar por muito mais tempo.
"Eu quero você, Will. Eu preciso de você, " Elizabeth disse com uma voz que nem ela mesma poderia
reconhecer como sua. Ele não podia deixar de obedecer; e logo eles estavam unidos, viajando juntos para
uma terra que pertencia apenas a eles; que era tão bonita como o amor deles era; em algum lugar que era
ensolarado, quente e seguro; onde não haviam preocupações ou ciúmes ou traições do passado que
poderiam prejudicá-los. Eles gritaram o nome um do outro quase ao mesmo tempo e em seguida seus
lábios se uniram para o mais longo beijo. Naquele momento, eles estavam juntos, eles eram um; e eles não
queriam mais nada.
Eles fizeram amor várias vezes naquela noite, cada uma delas cheia de pequenas surpresas, preciosas e
novos sinais de ternura e paixão. Depois eles se renderam ao sono mais tranquilo, não saindo de seu abraço
apertado. Eles tinham o mesmo sorriso de satisfação e felicidade em seus rostos; mas eles não sabiam
disso.
******
Elizabeth tinha apenas saído de seu banheiro quando ouviu seu telefone tocando. Isso a trouxe de volta
à realidade. Desde seu retorno para sua casa duas horas antes, ela não conseguia parar de pensar na
Escócia. ' Voltando para a vida real ', ela pensou enquanto atendia o telefone. Mas ela ficou agradavelmente
surpresa. Era Jane quem se recusou a voltar à realidade e queria falar sobre a Escócia. Ambas as irmãs
conversaram alegremente por um tempo, mas nenhuma delas disse a outra o que realmente as tinha feito
felizes durante a viagem. Elizabeth descobriu que não podia abrir seu coração nem mesmo para Jane,
embora soubesse que sua irmã nunca desaprovaria a escolha dela. Todos os outros poderiam dizer, ' Ela
está fazendo tudo em seu poder para ser a futura editora... ou a futura sra. Muito Rica Darcy, ' mas Jane nunca poderia
acreditar tal comportamento possível para qualquer um, muito menos para sua própria irmã. Ainda assim
Elizabeth não abria seu coração para ela. Quanto a Jane, ela estava tão confusa, que ela não se atreveu a
tentar explicar o que se passava em seu coração. Ela não pôde se abster de dar a sua irmã uma dica, no
entanto.
" Lizzy, você se lembra daquela conversa que tivemos depois de encontrarmos Charles pela primeira
vez? ''
" Eu gostaria de poder esquecê-la, Jane. " Elizabeth ainda não tinha superado a experiência dolorosa.
" Bem," disse Jane baixinho: " Aquela parte... onde eu disse que nunca poderia amar alguém
novamente... que uma parte de mim está morta? "
Elizabeth suspirou. " Sim? "
"Eu acho que talvez eu tenha exagerado um pouco. "
Elizabeth sorriu com alívio. " Claro que você exagerou, querida. Você apenas tem que ser um pouco
cuidadosa, isso é tudo. "
"Eu vou, Lizzy. "
" Janie, eu tenho que ir agora. Eu tenho uma entrevista amanhã com uma pessoa muito interessante. "
" Eu o conheço? "
"Você deve conhecê-lo pela reputação ... Ele é rico, ele é lindo, ele tem a população feminina de Londres
a seus pés e ele é um filantropo também. Ele é o maior amparo dos projetos do Ministério da Educação.
Você consegue adivinhar agora? "
Jane entendeu a dica. " Sorte sua! Eu não posso acreditar que amanhã você estará falando com ... "
" George Wickham. " Elizabeth terminou a frase para ela.