Programação/Programación

Transcrição

Programação/Programación
Programa
Oficial
Tema Oficial
A Psicoterapia no século XXI:
possibilidades, novas
perspectivas e desafios.
Índice/índice
:: Carta de Apresentação/Carta de Presentacíon ............................................................3
:: Comissões do Congresso/Comités del Congreso ........................................................4
:: Diretoria ABRAP Biênio 2013-2015/Junta ABRAP Bienio 2013-2015.............................5
:: Diretoria WCP/Junta WCP ............................................................................................6
:: Diretoria FLAPSI/Junta FLAPSI ....................................................................................7
:: Programa/Programación :: 19 agosto ...........................................................................8
:: Programa/Programación :: 20 agosto .........................................................................13
:: Programa/Programación :: 21 agosto ..........................................................................17
:: Programa/Programación :: 22 agosto ........................................................................22
:: Índice Remessivo da Programação Científica/
Índice Remessivo del Programa Científico ................................................................26
:: Pôster/Poster ..............................................................................................................28
:: Atividades Especiais/Actividades especiales .............................................................30
:: Resumo e trabalhos dia 19 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 19 agosto ...........32
:: Resumo e trabalhos dia 20 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 20 agosto ..........44
:: Resumo e trabalhos dia 21 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 21 agosto ...........68
:: Resumo e trabalhos dia 22 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 22 agosto ..........90
:: Pôster-trabalhos/Poster-Trabajos ...............................................................................96
2 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Apresentacão/Presentación
Caros colegas,
A Associação Brasileira de Psicoterapia – ABRAP e a Federação LatinoAmericana de Psicoterapia – FLAPSI realizam o XI Congresso
Latino-Americano de Psicoterapia e o II Congresso Brasileiro de Psicoterapia.
Esperamos reunir e congregar especialistas e interessados no campo
terapêutico psicológico, para compartilharmos conhecimentos e práticas na
área, visando promoção da saúde.
Esperamos que os psicoterapeutas, terapeutas e interessados em geral
possam trazer e levar conhecimentos, trocando experiências, promovendo o
melhor desenvolvimento da Psicoterapia como tratamento, ciência e profissão,
em todo âmbito da América Latina: atendendo a formação, as condições de
trabalho e as relações entre si, fomentando a interlocução e investigação para
um melhor intercâmbio científico.
Damos as boas vindas, desejando que todos tenhamos um
bom e consistente trabalho.
Emilia Afrange
Presidente da ABRAP
Sylvia Mancheno Durán
Presidente da FLAPSI
Caros colegas
La Asociación Brasileña de Psicoterapia - ABRAP y la Federación Latinoamericana
de Psicoterapia - FLAPSI realizan el XI Congreso Latinoamericano de Psicoterapia y
el II Congreso Brasileño de Psicoterapia.
Esperamos recoger y reunir expertos e interesados en el campo terapéutico, para
compartir conocimientos y prácticas en el área, dirigidos a la promoción de la salud.
Esperamos que los psicoterapeutas, terapeutas y los interesados en general
puedan traer y llevar conocimiento, intercambiar experiencias, promoviendo
el mejor desarrollo de la psicoterapia como tratamiento, ciencia y profesión,
en cualquier parte de América Latina: teniendo en cuenta la capacitación, las
condiciones de trabajo y las relaciones con los demás, fomentando el diálogo
y la investigación para un cambio mejor científico.
Bienvenidos, deseando a todos nosotros tengamos un buen y
consistente trabajo.
Emilia Afrange
Presidenta da ABRAP
Sylvia Mancheno Durán
Presidenta da FLAPSI
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 3
Comissões do Congresso/ Comités del Congreso
COMISSÃO ORGANIZADORA
Comisión organizador
COORDeNADORA/Coordinadora
Emilia Afrange
COMpONeNteS/Componentes
Rachel Zausner Skarbnik
Rôde Cardoso Soares
COMISSÃO CIeNtÍFICA NACIONAL
Comisión CientÍFiCa naCionaL
COORDeNADORA DA COMISSÃO/
Coordinador de La Comisión
Profa. Dra. Angela Hiluey
MeMbROS/miembro
Profª. Mª. Ana Patrícia de Sá Leitão Peixoto
Profa. Dra. Glaucia Mitsuko Ataka da Rocha
Prof. Dr. Henrique J. Leal F. Rodrigues
Profa. Dra. Ivonise Fernandes da Motta
Prof. Me. José Ricardo Pinto de Abreu
Prof. Dr. José Toufic Thomé
Profa. Dra. Mathilde Neder
Prof. Dr. Tales Vilela Santeiro
COMISSÃO CIeNtÍFICA INteRNACIONAL/
Comisión CientÍFiCa internaCionaL
COORDeNADORA/Coordinadora
Profa. Mg. Oriana Vilches- Álvarez (Chile)
MeMbROS/miembro
APRA- ARGENTINA: Alejandra Pérez Ps.
ABRAP- BRASIL: Emila Afrange
ACHIPSI- CHILE: Profa. Mg. Oriana Vilches- Álvarez
AMEPAC- MEXICO: Dra. Lorena Fernández Rodriguez
APPSIC - PERÚ: Luis Pérez Flores
SOPAPSI- PANAMÁ: Dr. Ramón Mon
FUPSI- URUGUAY: Lic. Julia Ojeda
AVEPSI - VENEZUELA: Jesus Miguel Martinez
4 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Diretoria ABRAP Biênio 2013-2015/ Junta ABRAP Bienio 2013-2015
DIRetORIA AbRAp bIÊNIO 2013-2015
JUnta abrap bienio 2013-2015
pReSIDÊNCIA/presidenCia
Emilia Afrange
VICe-pReSIDÊNCIA/ViCepresidenCias
Angela Hiluey
José Toufic Thomé
DIRetORIA CIeNtÍFICA/direCtor CientÍFiCo
Mathilde Neder
DIRetORIA De DIVuLGAçÃO e AFILIAçõeS/diVULgaCión de La JUnta y
aFiLiaCiones
Ana Patrícia de Sá Leitão Peixoto
DIRetORIA De pubLICAçÃO/JUnta de pUbLiCaCión
Sâmia Aguiar Brandão Simurro
DIRetORIA De eVeNtOS/JUnta de eVentos
José Ricardo Pinto de Abreu
DIRetORIA De SeCRetARIA/seCretarÍa de La JUnta
Rôde Cardoso Soares
DIRetORIA De teSOuRARIA/departamento deL tesoro
Rachel Zausner Skarbnik
CONSeLhO SupeRVISOR/ConseJo de sUperVisión
Amélia Thereza de Moura Vasconcellos
Elisa Medici Pizão Yoshida
Maria Rosa Spinelli
CONSeLhO FISCAL/ConseJo FisCaL
Norka Bonetti
Regina Gribel
Ruy de Mathis
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 5
Diretoria WCP/Junta WCP
Diretoria WCp/
JUnta WCp
pReSIDeNte/presidente
Alfred Pritz - Austria
teSOuReIRO
Nicole Aknin - France
SeCRetáRIO GeRAL/seCretário generaL
Guillermo Garrido - Venezuela
SeGuNDA SeCRetáRIA GeRAL/
segUndo seCretario generaL
Darlyne G. Nemeth - USA
VICe pReSIDeNteS DA euROpA/
ViCe presidentes da eUropa
Mony Elkaim – Belgium
Peter Schulthess - Switzerland
Victor Makarov – Russia
VICe pReSIDeNteS DA áSIA/ViCe presidentes de asia
Yuji Sasaki - Japan
Qian Mingyi – China
Xudong Zhao - China
Ganesh Shankar – India
Abbas Makke – Lebanon
VICe pReSIDeNte AMéRICA LAtINA/
ViCe presidente LatinoameriCa
Alejandra Pérez – Argentina
VICe pReSIDeNte AMéRICA DO NORte/
ViCepresidente de amériCa deL norte
Kelly Paulk Ray - USA
Gloria Mulcahy-Alvernaz – Canada
VICe pReSIDeNte AuStRALIA/NOVA ZeLâNDIA e pACÍFICO/ViCepresidente
aUstraLia/nUeVa zeLanda y eL paCÍFiCo
Anthony Korner – Australia
Roy A. Bowden – New Zealand
AuDItORA/aUditor
Regina Bader – Austria
Michelle Vinot – France
Nicole Attali – France
Volker Tschuschke – Germany
Gianpaolo Lombardi – Italy
Rony Alfandary – Israel
Eugenijus Laurinaitis - Lithuana
RepReSeNtANte NA ONu/
representante ante La onU
Judy Kuriansky - USA
VICe pReSIDeNteS DA áFRICA/
ViCe presidentes de áFriCa
Sylvester Ntomchukwu Madu – South Africa
Edward Bantu – Kenya
Kamal Raddaou – Morroco (Linguas Árabes/ Idiomas árabe)
6 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Diretoria FLAPSI/Junta FLAPSI
DIRetORIA FLApSI
JUnta FLapsi
FLApSI eStá INteGRADA AtuALMeNte pOR DeZ ASSOCIAçõeS NACIONAIS
pReSIDÊNCIA/presidenta
Sylvia Mancheno Durán (Equador)
DOS ReSpeCtIVOS pAÍSeS
e CADA ASSOCIAçÃO teM DOIS RepReSeNtANteS:
/FLapsi está integrada aCtUaLmente por diez asoCiaCiones
naCionaLes de Los respeCtiVos paÍses y Cada asoCiaCión tiene dos
representantes:
VICe-pReSIDÊNCIA/ViCepresidenta
Mariela Golberg (Uruguai)
SeCRetARIA/seCretarÍa
Profa. Mg. Oriana Vilches- Álvarez
ApRA - ASSOCIAçÃO De pSICOteRApIA DA RepúbLICA ARGeNtINA ARGeNtINA/asoCiaCión de psiCoterapia de La repúbLiCa de argentina argentina
Alejandra Pérez Ps.
Edith Vega
teSOuReIRO/tesorero
Roberto Manieri (Panamá)
VOCAL/VoCaLes
Lucio Balarezo (Equador)
Thelma Leticia García Banda (México)
Abp - ASSOCIAçÃO bOLIVIANA De pSICOteRApIA - bOLÍVIA/ asoCiaCión
boLiViana de psiCoterapia - boLÍVia
José Manuel Rojas Pradel
COMISSÃO De CeRtIFICAçÃO/Comisión de aCreditaCión
Verónica Bagladi Letelier (Chile)
Lorena Fernández (México)
María Esther Lagos (Uruguai)
COMISSÃO De étICA e FISCALIZAçÃO/Comision de
étiCa y FisCaLizaCion
Ramón Mon (Panamá)
Edith Vega (Argentina)
Gioconda Medrano (Venezuela)
AbRAp - ASSOCIAçÃO bRASILeIRA De pSICOteRApIA - bRASIL
Emilia Afrange
Angela Hiluey
AChIpSI - ASSOCIAçÃO ChILeNA De pSICOteRApIA - ChILe/asoCiaCión
ChiLena de psiCoterapia - ChiLe
Oriana Vilches- Álvarez
Verónica Bagladi Letelier
RepReSeNtANte DO WCp/representante ante eL WCp
Alejandra Pérez Ps. (Argentina)
SepS – SOCIeDADe equAtORIANA De pSICOteRApIA - equADOR/soCiedad
eCUatoriana de psiCoterapia integratiVa - eCUador
Sylvia Mancheno Durán
Lucio Balarezo
AMepAC - ASSOCIAçÃO MexICANA De pSICOteRApIA - MéxICO/asoCiaCión
mexiCana de psiCoterapia - méxiCo
Lorena Fernández Rodriguez
Thelma Leticia García Banda
SOpApSI - SOCIeDADe pANAMeNhA De pSICOteRApIA - pANAMá/soCiedad
panameña de psiCoterapia - panamá
Melva Palacios de Mon
José Eloy Hurtado
AppSIC - ASSOCIAçÃO peRuANA De pSICOteRApIA - peRu/asoCiaCión
perUana de psiCoterapia – perú
Luis Oswaldo Pérez Flores
Mario Ledesma
FupSI- FeDeRAçÃO uRuGuAIA De pSICOteRApIA - uRuGuAI/FederaCión
UrUgUaya de psiCoterapia – UrUgUay
Eliseo González Regadas
AVepSI - ASSOCIAçÃO VeNeZueLANA De pSICOteRApIA VeNeZueLA/asoCiaCión VenezoLana de psiCoterapia - VenezUeLa
Gioconda Medrano Delgado
Jesus Martínez
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 7
Programação/Programación :: 19 agosto
Horário
Local
Atividade
08h00 - 09h00
Teatro
14Credenciamento
CReDeNCIAMeNtO
09h00 - 12h00
Teatro
24Dialogando Sobre
Compartilhando o funcionamento e ações realizadas de cada associação
em seu país.
Compartiendo sobre el funcionamiento y las acciones realizadas por
cada asociácion nacional.
ABRAP - Associação Brasileira de Psicoterapia - Brasil - EMILIA AFRANGE
ACHIPSI - Associação Chilena de Psicoterapia - Chile - ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ
AMEPAC - Associação Mexicana de Psicoterapia - México - LORENA FERNÁNDEZ RODRIGUEZ
APPSIC - Associação Peruana de Psicoterapia - Peru - LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES
APRA - Associação de Psicoterapia da República Argentina - Argentina - ALEJANDRA PÉREZ
ABP - Associação Boliviana de Psicoterapia - Bolívia - JOSÉ MANUEL ROJAS PRADEL
AVEPSI - Associação Venezuelana de Psicoterapia - Venezuela - GIOCONDA MEDRANO DELGADO
FUPSI - Federação Uruguaia de Psicoterapia - Uruguai - MARGARITA DUBOURDIEU
SEPs - Sociedade Equatoriana de Psicoterapia - Equador - SYLVIA MANCHENO DURÁN
SOPASI - Sociedade Panamenha de Psicoterapia - Panamá - MELVA PALACIOS DE MON
MODeRADORA: MARIELA GOLBERG - Uruguai
12h00 - 13h00
13h30 - 15h30
34Almoço/Almuerzo
Teatro
44Dialogando Sobre
Os dilemas atuais na prática clínica.
Los dilemas actuales en la práctica clínica.
AVELINO LUIZ RODRIGUES (Brasil)
SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador)
Vivência acelerada do tempo e o vazio interior na clínica contemporânea.
acelerado experiencia del tiempo y el vacío en la clínica contemporánea.
ALMIR LINHARES DE FARIA (Brasil)
MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)
13h30 - 15h30
Sala 301
54Mesa redonda
A formação dos futuros psicoterapeutas: uma perspectiva generalista ou
de especialista?
La formación de los futuros psicoterapeutas: ¿Una perspectiva
generalista o de especialista?
:: O Campo das psicoterapias: problemáticas e competencias na formação básica generalista.
:: el campo de las psicoterapias: problemas y formación básica en habilidades generales.
LUIZ EDUARDO VALIENGO BERNI (Brasil)
JULIO SCHRUBER FILHO (Brasil)
:: Formação do psicoterapeuta.
:: Los titulos de psicoterapeuta y la especialidad a la que pertenecen.
RAMÓN ARTURO MON PINZON (Panamá)
COORDeNADORA/Coordinadora: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)
13h30 - 15h50
Sala 302
64Mesa redonda
em foco a pessoa do terapeuta: estratégias propostas na formação para a
do terapeuta.
Centrados en la persona del terapeuta: estrategias propuestas en la formación
de la persona del terapeuta.
:: O que faz de uma pessoa um psicoterapeuta?
::¿Qué hace a una persona, ser un psicoterapeuta?
RICARDO REGO (Brasil)
:: estratégias de formação em psicoterapia no âmbito universitário.
:: estrategias de formación en psicoterapia en el ambito universitario.
GUILLERMO GARRIDO (Panamá)
COORDeNADORA/COORDINADORA: MARIELA GOLBERG (Uruguai)
8 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
19 agosto :: Programação/Programación
Horário
Local
13h30 - 15h30
Atividade
74Mesa redonda
:: história da formação do campo de trabalho do psicoterapeuta moderno e sua relação
com a psicologia clínica.
:: historia de la formación en el campo del trabajo del psicoterapeuta moderno
y su relación con la psicología clínica.
MARCELO NICARETTA (Brasil)
: Desafios do exercício da psicoterapia no atual cenário de Demandas Sócio Sanitárias
na América Latina.
:: desafios del ejercicio de la psicoterapia en el actual escenario de demanda
socio sanitaria en Latinoamérica.
RICARDO WERNER SEBASTIANE (Brasil)
:: tornar-se psicoterapeuta: Demandas, dificuldades, aprendizados e leituras possíveis
em contextos de formação e transformação.
:: hacerse psicoterapeuta: demandas, dificultades, aprendizados y lecturas posibles en
contextos de formación y transformación.
FABIO SCORSOLINI (Brasil)
COORDeNADORA/Coordinadora: GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)
Sala 305
13h30 - 15h30
84Mesa redonda
94Mesa redonda
Refletindo sobre a implicação da religião na prática clínica.
reflexionando sobre las implicaciones de la religión en la práctica clínica.
:: Algumas concorrências entre a psicologia e a religião.
:: algunas concurrências entre la psicología y la religión.
ÊNIO BRITO PINTO (Brasil)
:: Os psicólogos e as demandas religiosas na clínica psicológica.
:: Los psicólogos y las demandas religiosas en la psicología clínica.
MARILIA ANCONA LOPES (Brasil)
:: A ética na prática clínica das questões religiosas.
:: La ética en la práctica clínica de las cuestiones religiosas.
MARIA LUIZA SCROSOPPI PERSICANO (Brasil)
COORDeNADOR/COORDINADOR: ÊNIO BRITO PINTO (Brasil)
Sala 308
Sala 309
Sala 310
13h30 - 15h30
Desafios terapêuticos na atualidade.
desafios terapêuticos en la atualidad.
:: psicoterapia nas situações traumáticas e catastróficas.
:: psicoterapias en situaciones traumáticas y catastróficas.
JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)
:: A psicoterapia nos serviços públicos.
:: La psicoterapia en los servicios públicos.
CINTIA BRAGHETO FERREIRA (Brasil)
:: A psicoterapia frente a violência familiar incluindo o agressor.
:: La psicoterapia frente a la violencia familiar incluyendo al agresor.
DALKA CHAVES DE ALMEIDA FERRARI (Brasil)
COORDeNADOR/Coordinador: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)
Sala 307
13h30 - 15h50
quem pode exercer a função de psicoterapeuta?
¿Quién puede ejercer la función de psicoterapeuta?
104Workshop/taller
O self do psicoterapeuta.
el self del psicoterapeuta.
MARIA VILMA CHIORLIN (Brasil)
13h30 - 15h30
TA
114Workshop/taller
O brinquedo e o espaço energético na relação terapeuta-brinquedo-criança.
el juego y el espacio energético en la relación terapeuta-juego-niño.
BRASILDA ROCHA (Brasil)
13h30 - 15h30
124Workshop/taller
Arte-psicoterapia: cores, símbolos, imagens e formas com expressão de
si e caminho de autoconhecimento.
psicoterapia de arte: colores, símbolos, imágenes y formas con expresión
de ruta de autoconocimiento.
SELMA CIORNAI (Brasil)
MARIA BETANIA PAES NORGREN (Brasil)
15h30 - 16h00
4Intervalo
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 9
Programação/Programación :: 19 agosto
Horário
Local
Atividade
16h00 - 17h30
TA
134poster
16h00 - 17h30
Sala 301
144Comunicação oral/
Comunicación oral
CO16:: Reatividade e evitação no DSM-5: uma análise dos critérios diagnósticos dos
transtornos de personalidade e seu modelo alternativo.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
TULIO R. T. PEIXOTO
CO18:: Características del self en pacientes con transtorno obsesivo compulsivo: una
aproximación desde enfoque integrativo supraparadigmatico.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
TEXIA BEJER TAJMUCH
CO65:: transferência e contra-transferência na psicoterapia de pacientes bordelines.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
ELIANA DE OLIVEIRA TEIXEIRA
CO70 :: psicoterapia basada em la mentalización.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia
GUSTAVO LANZA CASTELLI
COORDeNADORA/Coordinadora: RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)
16h00 - 17h30
Sala 302
154Comunicação oral/
Comunicación oral
CO03:: Da escuta e do silêncio: uma outra possibilidade compreensiva para a Daseinsanalyse.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
GUILHERME CONTI MARCELLO
CO04 :: A psicoterapia breve na abordagem gestáltica: discutindo preconceitos.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
ÊNIO BRITO PINTO
CO15 :: Diálogos entre Rudolf Steiner e Jacob Levy Moreno- Reflexões para a práxis
psicoterapêutica, a partir da Antroposofia e do psicodrama.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
DENISE SILVA NONOYA
CO42 :: O que é psicoterapia? uma perspectiva comportamental contemporânea.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
THIAGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIO
COORDeNADOR/Coordinador: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)
6h00 - 17h30
Sala 303
164Comunicação oral/
Comunicación oral
CO05 :: A expressão da socialização juvenil a partir do rap.
Comunicación oral área temática: 14. psicoterapia e as Artes.
CLÁUDIA YAÍSA GONÇALVES DA SILVA, IVONISE FERNANDES DA MOTTA.
CO17 :: Desastres e perdas na família: análise do filme a Indomável Sonhadora.
área temática: 14. psicoterapia e as Artes.
ELISÂNGELA DE MELO PAES LEME DE MENEZES, MARIA HELENA PEREIRA FRANCO
CO44 :: Corpos marcados: Arte e testemunho.
área temática: 14. psicoterapia e as Artes.
Ida Kublikowski, Cibele L. Barbará, Isabela G. R. Hispagnol, Maria de Lourdes T. Neves,
Sandro J. S. Leite.
CO50 :: psicoterapia, Diálogo e Arte - uma visão da Gestalt-terapia.
área temática: 14. psicoterapia e as artes.
Lara Danyla Freitas Garcia Santos
COORDeNADORA/COORDINADORA: RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)
16h00 - 17h30
Sala 305
174Comunicação oral/
Comunicación oral
CO41 :: Genograma: instrumento mediador no trabalho com idosos hIV+
área temática: 16. psicoterapia e equipe interdisciplinar.
MARIA IRENE FERREIRA LIMA NETA, EDNA MARIA SEVERINO PETERS KAHHALE
CO51 :: O amor patológico sob o enfoque da Gestalt-terapia.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
ARMINDA BRITO DE SOUSA, MS. LUIZA COLMÁN, MS. DANILO SUASSUNA, ISADORA
SAMARIDI, BÁRBARA MAGALHãES, FABIANNE OLIVEIRA, JOACYLANNY ARAÚJO.
CO60 :: planos de Saúde - o desafio das novas configurações do atendimento psicoterápico.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
HELEN C.D. SPANOPOULOS, SONIA PIRES.
CO71 :: psicoterapia em Saúde Suplementar: impasses e desafios práticos e éticos.
área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.
ALEXANDRE TRZAN ÁVILA, EDUARDO FRIEDERICHS HOFFMANN, TATIANE BAGGIO, SIMONE BAMPI.
COORDeNADOR/Coordinador: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)
10 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
19 agosto :: Programação/Programación
Horário
Local
Atividade
16h00 - 17h30
Sala 307
184Comunicação oral/
Comunicación oral
CO56 :: A psicologia econômica como contribuição às psicoterapias.
área temática: 18. Contribuições Recentes
VALÉRIA M. MEIRELLES, ADRIANA RODOPOULOS, MARCIA SOARES, SUELY ONGARO.
CO58 :: psicoterapia e Novas tecnologias: uma pesquisa de campo.
área temática: 2. psicoterapia, novas tecnologias e mídias
RIBEIRO-ANDRADE, ÉRICA HENRIQUE, PASSOS, MARCO ANTONIO VILLAR DOS; FILHO,
SÉRGIO DA SILVA MELLO.
CO61 :: A Clínica da Adolescência.
área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.
SANDRA RIBEIRO DE ALMEIDA LOPES, BERENICE CARPIGIANI.
CO68 :: uma análise do processo de acolhimento após a identificação das principais
variáveis psicodinâmicas e psicossociais identificadas em mulheres vítimas de um
episódio de estupro atendidas no hospital pérola byington – São paulo- brasil.
área temática :18. Contribuições Recentes
FLÁVIA BELLO COSTA DE SOUZA, ROBERTO GARCIA, JEFFERSON DREZZET, DENISE G. RAMOS.
COORDeNADORA/Coordinadora: ANA PATRICIA DE SÁ LEITãO PEIXOTO (Brasil)
16h00 - 17h30
Sala 308
194Comunicação oral/
Comunicación oral
CO01 :: Na fronteira entre o psicodrama e a Gestalt-terapia: as dinâmicas entre a
subjetividade do terapeuta, as comunidades científicas e a articulação teoria e prática.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
ÉRICO DOUGLAS VIEIRA, LUC VANDENBERGHE.
CO19 :: estudio preliminar sobre un modelo de intervención psicológica de emergencia
para prevenir internamiento.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
MSTR. PATRICIA AGUIRRE ESPINOZA, MSTR PILAR GUZMÁN PAREDES.
CO64 :: Avaliação de mudanças na psicoterapia psicanalítica de crianças.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
CIBELE CARVALHO, GUILHERME PACHECO FIORINI, MARINA BENTO GASTAUD, LUCIA
RECH GODINHO, VERA REGINA RöHNELT RAMIRES
CO69 :: Abandono em psicoterapia psicanalítica na Adolescência: um estudo de processo.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
MARIA CRISTINA VIEWEGER DE MATTOS, GEORGIUS CARDOSO ESSWEIN, ALINE ALVARES
BITTENCOURT, SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI.
COORDeNADORA/CoordinadorA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)
16h00 - 17h30
Sala 309
204Comunicação oral/
Comunicación oral
CO33 :: A teoria da psicoterapia psicodramática.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
ANDRÉA CLAUDIA DE SOUZA, ISABELLA DOS SANTOS TEADA CASSANE
CO34 :: estudo de processo em psicoterapia psicodinâmica: um caso bordeline.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI, SUZANA CATANIO DOS SANTOS NARDI, LISIANE
GEREMIA, ALINE ALVARES BITTENCOURT, NATHALIA BOHN DA SILVA .
CO39:: Genograma e ecomapa como ferramentas de cuidado em saúde.
área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.
EDNA MARIA S. PETERS KAHHALE, THAINÁ GRECO, MIRIAN CONCEIÇãO, BIANCA LEAL, M
CRISTINA VICENTIN, ELIZA ROSA.
CO59 :: Núcleo de Apoio à Saúde da família: Novo campo de práticas para a psicologia.
área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.
ALICE MENEZES, IMS, ANGELA MACHADO, CAROLINA MANSO, DANIELA PIMENTA, KALI
ALVES, KAREN ATHIÉ, SANDRA FORTES.
COORDeNADOR/Coordinador: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 11
Programação/Programación :: 19 agosto
Horário
Local
Atividade
16h00 - 17h30
Sala 310
214Comunicação oral/
Comunicación oral
CO.07 :: Dinâmica de Grupo Focal como estratégia de pré-testar a compreensão de casos
clínicos fictício-projetivos e perguntas de pesquisa.
área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.
FLAVIA BELLO COSTA DE SOUZA, ROBERTO GARCIA, FERNANDO LEFEVRE, ANALICE DE OLIVEIRA.
CO28 :: Integração entre pesquisa e prática clínica psicanalítica: um estudo ilustrativo.
área temática: 8. psicoterapia em diferentes instittuições.
ALINE ÁLVARES BITTENCOURT, FERNANDA BARCELLOS SERRALTA.
CO48 :: Laços e Amarras Conjugais. transformações e Mitos.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
PATRICIA CRISTINA DE CONTI BERTAGLIA
CO67 :: A respiração diafragmática como preparo para cirurgia: relato de experiência.
área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.
MôNICA APARECIDA FERNANDES
COORDeNADORA/Coordinadora: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)
18h00 - 19h00
Teatro
224Solenidade de
Abertura/apertura
solemne
Solenidade de Abertura.
apertura solemne.
19h00 - 20h30
Teatro
234Conferência
de abertura/
Conferencia
de apertura.
ALFRED PRITZ (Presidente do WCP)
ALEJANDRA PÉREZ (Vice Presidente pela América Latina WCP)
ANGELA HILUEY (Coordenadora da Comissão Científica Nacional)
EMILIA AFRANGE (Presidente da ABRAP, dos Congressos e Comissão Organizadora)
GUILLERMO GARRIDO (Secretário Geral WCP)
JOSÉ TOUFIC THOME (Membro Honorário WCP)
ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Coordenadora da Comissão Científica Internacional)
SYLVIA MANCHENO DURÁN (Presidente da FLAPSI)
A psicoterapia no século xxI: possibilidades, novas
perspectivas, desafios.
La psicoterapia en el siglo xxi: posibilidades, nuevas
perspectivas y desafíos.
GILBERTO SAFRA (Brasil)
pReSIDeNte/presidenta: EMILIA AFRANGE (Brasil)
12 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
20 agosto :: Programação/Programación
Horário
Local
Atividade
8h30 - 9h00
Teatro
Laban
Laban - Arte do Movimtento no brincar e na Arte. Como Assim?"
arte movimtento en Jugar y arte. Qué Quieres decir? "
MARIA CECÍLIA - CILô - P. LACAVA
Obs.: Em respeito aos participantes, não será permitida a entrada após às 8h40. Precisamente neste
horário, as portas serão fechadas, pois interrupções inviabilizam a concepção do trabalho. A atividade é
aberta a todos os participantes do evento e não exige inscrição prévia. Vale a pena conferir!
Obs.: En lo que respecta a los participantes, la entrada no está permitida después de la 8:40 a.m ..
Precisamente en este momento, las puertas estarán cerradas, debido a interrupciones hacen que sea
imposible diseñar el trabajo. La actividad está abierta a todos los participantes del evento y no requiere
registro previo. Vale la pena echarle!
09h00 - 12h00
Teatro
244Conferências
inaugurais/
Conferencias
inaugurales.
psicoterapia no séc xxI: possibilidades, novas perspectivas, desafios.
A psicoterapia no século xxI
psicoterapia en el siglo xxi. La psicoterapia en el siglo xxi:
posibilidades, nuevas perspectivas y desafíos.
RYAD SIMON (Brasil)
Supervisão clínica. uma atualização.
supervisión clínica: Una actualización.
HECTOR FERNANDEZ ÁLVAREZ (Argentina)
A supervisão no contexto da Formação: deslizamentos e enquadre.
supervisión en el contexto de la Formación: resbalones y marco.
BÁRBARA DE SOUZA CONTE (Brasil)
pReSIDeNte/presidenta: SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador)
12h00 - 13h30
13h30 - 15h30
254Almoço/Almuerzo
Teatro
264Conferências/
Conferencias
posmodernidade e psicoterapia.
posmodernidad y psicoterapia.
LUCIO BALAREZO (Equador)
psicoterapia e sua relação com o paradigma da complexidade.
psicoterapia y su relación con el paradigma de complejidades.
GILDO KATZ (Brasil)
pReSIDeNte: JOSÉ MANUEL ROJAS PRADEL (Bolívia)
13h30 - 15h30
Sala 301
274Mesa redonda
As pesquisas em psicoterapia.
La investigación en psicoterapia.
:: Intervenções terapêuticas em pacientes diagnosticados com depressão.
Resultdados da pesquisa.
:: interviciones terapéuticas en pacientes diagnosticados con depresión.
resultados de la investigación.
PAULA DAGNINO (Chile)
:: pesquisa em psicoterapia: uma proposta integrativa.
:: investigación en psicoterapia: Una propuesta integrativa.
VERÓNICA BAGLADI LETELIER (Chile)
:: panorama atual das pesquisas em psicoterapia com o psychotherapy process Q-set.
:: panorama actual de la investigación en psicoterapia en el psychotherapy process Q-set.
FERNANDA BARCELLOS SERRALTA (Brasil)
COORDeNADORA/Coordinadora: VERÓNICA BAGLADI LETELIER (Chile)
13h30 - 15h30
Sala 302
284Mesa redonda
As distintas abordagens psicoterapêuticas frente a psicopatologia
contemporânea.
Los diferentes abordajes psicoterapéuticos frente a la psicopatología
contemporánea.
:: Mundo moderno, compulsão e psicoterapia.
:: el mundo moderno, la coacción y la psicoterapia.
ANA MARIA LOPEZ CALVO DE FEIJOO (Brasil)
:: A psicoterapia breve como modalidade de atendimento no campo institucional.
:: La psicoterapia breve como una modalidad de atención en el campo institucional.
RYAD SIMON (Brasil)
:: O atendimento a crianças sob o enfoque da Gestalt.
:: La atención de los niños según el enfoque de la gestalt.
LORENA FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ (México)
COORDeNADORA/Coordinadora: LORENA FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ (México)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 13
Programação/Programación :: 20 agosto
Horário
Local
Atividade
13h30 - 15h30
Sala 303
294Mesa redonda
psicopatologias contemporâneas ou novos recursos psicoterapêuticos de
investigação?
psicopatología contemporánea o nuevas investigaciones y recursos
psicoterapéuticos?
:: psicoterapia nos transtornos alimentares: Desafios no tratamento da anorexia
nervosa e bulimia.
:: psicoterapia en trastornos de la alimentación: desafíos en el tratamiento de la anorexia
nerviosa y la bulimia.
MARINA MIRANDA (Brasil)
:: psicanálise somática e Orgonoterapia.
:: psicoanálisis somático y orgonoterapia.
NICOLAU MALUF JR. (Brasil)
:: psicoterapia e depedência química.
:: psicoterapia y depedencia química.
FLÁVIA SEREBRENIC JINGERMAN (Brasil)
COORDeNADORA/Coordinadora: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)
13h30 - 15h30
Sala 305
304Mesa redonda
Mudaram as intervenções psicoterapêuticas?
Cambios en las intervenciones psicoterapéuticas?
:: O perdão no casal e a forma de abordá-lo na psicoterapia.
:: el perdón en la pareja y cómo abordarlo en la terapia.
MARIELA GOLBERG (Uruguai)
:: transmissão psíquica transgeracional e violência intrafamiliar.
:: transmisión psíquica transgeneracional y violencia intrafamiliar.
MARIA LUIZA DIAS GARCIA (Brasil)
:: A modernidade da clínica psicorporal em um mundo marcado pelo fundamentalismo.
:: La modernidad de la clínica psicorporal en un mundo marcado por el fundamentalismo.
CLAUDIO MELLO WAGNER (Brasil)
COORDeNADOR/Coordinador: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)
13h30 - 15h30
Sala 307
314Mesa redonda
estratégias e táticas no planejamento em psicoterapia.
estrategias y tácticas en el planificación en psicoterapia.
:: planejamento em psicoterapia de orientação analítica.
:: planificación en psicoterapia de enfoque analítico.
JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil)
:: As políticas públicas e o atendimento psicoterapêutico.
:: Las políticas públicas y la atención psicoterapéutica
MARIA ERMÍNIA CILIBERTI (Brasil)
:: terapia Dialógica: A perspectiva construcionista social e práticas colaborativas.
:: terapia dialógica: a perspectiva construccionista social y las prácticas colaborativas.
ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile)
COORDeNADOR/Coordinador: JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil)
13h30 - 15h30
Sala 308
324Mesa redonda
Formação e prática em psicoterapia.
La formación y práctica en psicoterapia.
:: Formação em psicoterapia breve voltada ao atendimento em diferentes contextos e a
diferentes grupos de pacientes nas modalidades breve e em grupo.
:: Formación en psicoterapia breve enfocada en la atención en diferentes contextos y para
diferentes grupos de pacientes. modalidades breves y grupales.
GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)
:: processos grupais de orientação psicanalítica./
:: procesos grupales de orientación psicoanalítica.
WALDEMAR FERNANDES (Brasil)
:: A especialização em psicoterapia Cognitivo comportamental da universidade San pedro.
:: La especialización en psicoterapia Cognitivo comportamental en la Universidad san pedro.
LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru)
COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)
14 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
20 agosto :: Programação/Programación
Horário
Local
Atividade
13h30 - 15h30
Sala 309
334Mesa redonda
O psicodiagnóstico na prática clínica.
:: psicodiagnóstico interventivo e a clínica winnicottiana.
:: ntervención psicodiagnóstica en la clínica winnicottiana.
MARIA DE BETÂNIA PAES NORGREN (Brasil)
:: psicodiagnóstico na prática clínica com crianças e adolescentes.
:: psicodiagnóstico en la práctica clínica con niños y adolescentes.
AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil)
:: Diagnóstico multidimensional em psicoterapia. Fundamentos desde Neurociências a
psiconeuroinmunoendocrinología (pNIe).
:: diagnóstico multidimensional en psicoterapia. Fundamentos desde las neurociencias y la
psiconeuroinmunoendocrinología (pnie).
MARGARITA DUBOURDIEU (Uruguai)
COORDeNADOR/COORDINADORA: MARGARITA DUBOURDIEU (Uruguai)
13h30 - 15h30
Sala 310
344Mesa redonda
O atendimento terapêutico em diferentes tipos de Instituições.
La atención terapéutica en diferentes tipos de institución.
:: O atendimento terapêutico em hospitais.
:: La atención terapéutica en hospitales
MATHILDE NEDER (Brasil)
:: A psicoterapia na atenção primária.
:: La psicoterapia en la atención primaria.
ALEJANDRA PÉREZ (Argentina)
:: O atendimento terapêutico no Ambulatório de prematuros da uNIFeSp-epM.
:: La atención terapéutica en el ambulatorio de prematuros de UniFesp-epm.
EMILIA AFRANGE (Brasil)
COORDeNADORA/Coordinadora: ALEJANDRA PÉREZ (Argentina)
15h30 - 16h00
TA
4Intervalo
16h00 - 18h00
TA
4pôster
16h00 - 18h00
Teatro
354Discussão de
caso clínico anônimo.
discusión de caso
clínico anónimo.
é indicado o encaminhamento para avaliação psiquiátríca? Medicação e
psicoterapia potencializando a intervenção terapêutica?
está indicada la referencia a una evaluación psiquiátrica? La medicación
y la psicoterapia mejora la intervención terapéutica?
DebAteDOR: RICARDO WERNER SEBASTINI (Brasil)
DebAteDORA: CARMEM BEATRIZ NEUFELD (Brasil)
CO-DebAteDOR: RICARDO FRANZIN (Brasil)
MODeRADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 301
364Workshop/taller
terapia individual fenomenológico-existencial (Daseinsanalyse)
terapia individual fenomenológico-existencial (daseinsanalyse)
PAULO EDUARDO RODRIGUES ALVES EVANGELISTA (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 302
374Workshop/taller
Abordagem multidisciplinar no tratamento da Drogadição.
enfoque multidisciplinar en el tratamiento de la drogadicción.
IZABEL CRISTINA FERRAZ SUANO e equipe (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 303
384Workshop/taller
psicoterapia com pacientes e familiares candidatos a transplante de órgãos.
psicoterapia con pacientes y familiares de los candidatos a transplante
de órganos.
NICOLE CAMPAGNOLO (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 305
394Workshop/taller
Supervisor de estágio – uma identidade em construção...
supervisor de prácticas - Una identidad em construcción ...
ROSÉLIA BEZERRA PAPARELLI (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 307
404Workshop/taller
A linguagem do afeto: como o amor modela nossa vida?
el lenguaje del amor: cómo el afecto da forma a nuestra vida?
ANA PATRÍCIA PEIXOTO (Brasil)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 15
Programação/Programación :: 20 agosto
Horário
Local
Atividade
16h00 - 18h00
Sala 308
414Workshop/taller
A construção do planejamento através de casos clínicos.
La construcción de la planificación a través de los casos clínicos.
JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil)
GILDO KATZ (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 309
424Workshop/taller
transtornos alimentares, anorexia nervosa, bulimia nervosa e vigorecia:
Famílias e características.
transtornos alimentarios, anorexia nerviosa, bulimia nerviosa y vigorecia:
Características e familiares.
HELENA CENTENO HINTZ (Brasil)
IEDA ZAMEL DORFMAN (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 310
434Workshop/taller
Desenvolvimento de habilidades emocionais para adolescentes.
desarrollo de habilidades emocionales en adolescentes.
THELMA LETICIA GARCÍA BANDA (México)
18h10 - 19h40
Teatro
43A4Comunicação Oral/
Comunicación oral
CO13 :: psicoterapia psicanálita; Crianças e pais.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia
LUIZ RONALDO DE FREITAS DE OLIVEIRA, VERA REGINA RöHNELTH RAMIRES.
CO21 :: O idoso e o ciclo de violência- psicoterapia de suporte .
área temática: 12. psicoterapia e violência.
GIOVANA KREUZ, MARIA HELENA PEREIRA FRANCO.
CO25 :: estratégias de resolução de conflitos em casamentos de longa duração:
apontamentos para a clínica de casal.
área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.
FABIO SCORSOLINI-COMIN, JÚNIA DENISE ALVES-SILVA, MANOEL ANTôNIO DOS SANTOS.
CO53 :: Intervenção grupal com mulheres que tiveram sua gestação decorrente de
violência sexual.
área temática: 12. psicoterapia e violência.
SILVIA RENATA LORDELLO, LIANA FORTUNATO COSTA.
COORDeNADORA/Coordinadora: RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)
16 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
21 agosto :: Programação/Programación
Horário
Local
Atividade
09h00 - 12h00
Teatro
444Conferência
Magistral e Mesa
Redonda
Conferência Magistral
:: políticas de Saúde para a psicoterapia.
:: políticas de salud para la psicoterapia.
DAVID UIP (Brasil)
Secretário de Saúde do Estado de São Paulo
Mesa Redonda
psicoterapia para dependentes em drogas.
psicoterapia para dependientes de drogas.
:: psicoterapia para drogra-aditos: possibilidades e resultados.
:: psicoterapia para drogra-adictos: posibilidades y resultados.
GUILLERMO GARRIDO (Panamá)
:: políticas de Saúde para o tratamento do Crack.
:: políticas de salud para el tratamiento del Crack .
SERGIO SEIBEL (Brasil)
:: tratamento e suas complicações para usuários de maconha.
:: tratamiento y complicaciones para los usuarios de marijuana.
CIRILO TISSOT (Brasil)
MODeRADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)
12h00 - 13h30
13h30 -15h30
454Almoço/Almuerzo
Teatro
464Conferências/
Conferencias
Seis fatores-chave para mudanças psíquicas (e como terapeutas podem
utilizá-los na clínica).
seis factores clave para cambios mentales (y como terapeutas pueden
utilizarlos en la clínica).
LUIS ALBERTO HANNS (Brasil)
trabalho clínico em equipe multidisciplinar.
trabajo clínico en el equipo transdisciplinario
MARIA INÊS BADARÓ MOREIRA (Brasil)
pReSIDeNte/PRESIDENTA: JOSÉ MANUEL ROJAS PRADEL (Bolívia)
13h30 -15h30
Sala 301
474Mesa redonda
Contribuições recentes em psicoterapia.
Contribuciones recientes en psicoterapia.
:: O Ressentimento e o perdão na psicoterapia de casal.
:: el resentimiento y el perdón en la psicoterapia de parejas.
LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru)
:: psicoterapia breve com vitimas da violência urbana.
:: psicoterapia breve con las víctimas de la violencia urbana.
IDA ELIZABETH CARDINALLI (Brasil)
:: psicoterapia e gerontologia.
:: psicoterapia y gerontologia.
MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)
COORDeNADOR/COORDINADOR: LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru)
13h30 -15h30
Sala 302
484Mesa redonda
prática clínica e os meios de comunicação.
práctica clínica y los medios de comunicación.
:: Cinema e psicanálise: reflexões acerca das reações filmicas do espectador.
:: Cine y el psicoanálisis: reflexiones sobre las reacciones fílmicos del espectador.
MOISÉS FERNANDES LEMOS (Brasil)
:: trabalho de terapia virtual e relaxamento sistemático em estudantes com fobia social.
:: trabajo de terapia virtual y la relajación sistemática para estudiantes con fobia social.
SISSI GRYZBOWSKI GAÍNZA (Bolívia)
ROSA FLORES MORALES (Bolivia) co-autora
:: O uso do Facebook por estagiários de psicologia Clínica: estudo exploratório.
:: el uso del Facebook por estagiários de psicología Clínica: estudio exploratório.
TALES VILELA SANTEIRO, JARDEL GUIMARãES CARNEIRO (Brasil)
COORDeNADORA/Coordinadora: SISSI GRYZBOWSKI GAÍNZA (Bolívia)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 17
Programação/Programación :: 21 agosto
Horário
Local
Atividade
13h30 -15h30
Sala 303
494Mesa redonda
A família no século xxI.
La família en el siglo xxi.
:: Novas configurações familiares contribuições da psicanálise.
:: nuevas configuraciones familiares contribuciones del psicoanálisis.
SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI (Brasil)
:: As novas configurações familiares na psicoterapia de casal e de família.
:: Las nuevas configuraciones familiares en psicoterapia de parejas y familia.
THELMA LETICIA GARCIA BANDÁ (México)
:: Relacionamentos familiares na pós-modernidade.
:: Las relaciones familiares en la posmodernidad.
HELENA CENTENO HINTZ (Brasil)
COORDeNADORA/COORDINADORA: AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil)
13h30 -15h30
Sala 305
504Mesa redonda
Acolhimento, prevenção e rede social.
acogida, prevención y red social.
:: Acolhimento institucional e adoção: uma interlocução necessária.
:: adopción y acogida institucional: Una interlocución necesaria.
MARTHA FRANCO DINIZ HUEB (Brasil)
:: Narrativas familiares: famílias de idosos com Doença de Alzheimer.
:: narrativas familiares: las familias de las personas mayores con enfermedad
de alzheimer.
ANGELA HILUEY (Brasil)
:: Representações parentais de prematuridade em um hospital privado na cidade
de buenos Aires.(CAbA)
:: representaciones parentales sobre la prematuridad en un hospital privado de la
ciudad autónoma de buenos aires.(Caba)
EDITH VEGA (Argentina)
COORDeNADORA/Coordinadora: ANGELA HILUEY (Brasil)
13h30 -15h30
Sala 307
514Mesa redonda
quais os fatores que podem garantir a qualidade de uma proposta de
formação em psicoterapia?.
¿Qué factores pueden garantizar la calidad de una propuesta de
formación en psicoterapia?.
:: Formação e supervisão do psicoterapeuta: práticas dialógicas e colaborativas.
:: Formación y supervisión en psicoterapia: prácticas dialógicas y colaborativas.
ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile)
:: A auto revelação do terapeuta. Alcances e limitações.
:: La auto-develación del terapeuta: alcances y limitaciones.
HECTOR FERNANDEZ-ÁLVAREZ (Argentina)
:: A Importância da supervisão na formação de psicoterapeutas infantis com orientação Gestalt.
:: La importancia de la supervisión en la formación de los psicoterapeutas infantiles
con orientación gestalt.
LORENA FERNANDEZ RODRÍGUEZ (México)
GABRIELA GARCÍA LICEA (México) co-autora
COORDeNADORA/Coordinadora: EMILIA AFRANGE (Brasil)
13h30 -15h30
Sala 308
524Mesa redonda
A contribuição das neurociências.
La contribución de las neurociencias.
:: Jung e suas relações com a ciência moderna.
:: Jung y sus relaciones con la ciencia moderna.
TERESA MACHADO (Brasil)
AUREA AFONSO CAETANO co-autora (Brasil)
:: Neurociência e resiliência.
:: neurociencia y resiliencia.
GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)
:: Interface - psicoterapia e neurociências.
:: interfaz -psicoterapia y neurociencias.
MARIA APARECIDA MELLO (Brasil)
COORDeNADORA/Coordinadora: RôDE SOARES (Brasil)
18 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
21 agosto :: Programação/Programación
Horário
Local
Atividade
13h30 -15h30
Sala 309
534Mesa redonda
psicoterapia, diversidade sexual e processos de inclusão.
psicoterapia, diversidad sexual y procesos de inclusión.
:: entrecruzamentos políticos, psicoterapia e diversidade sexual: ética,
laicidade e promoção de direitos.
:: entrecruzamientos políticos, psicoterapia y diversidad sexual:ética,
laicicidad y promoción de derechos.
PEDRO PAULO GASTALHO DE BICALHO (Brasil)
:: papel da psicoterapia focada na sexualidade com diversidade sexuais e inclusões.
:: papel de la psicoterapia focalizada en la sexualidad considerando la diversidad
sexual y la inclusión.
OSWALDO M. RODRIGUES JR. (Brasil)
COORDeNADOR/Coordinador: LUCIO BALAREZO (Equador)
13h30 -15h30
Sala 310
544Mesa redonda
Novas tecnologias e a prática clínica.
nuevas tecnologías y la práctica clínica.
:: Reflexão sobre as práticas psicoterápicas em ambiente mediado por tecnologias.
:: reflexión sobre las prácticas psicoterapéuticas en el ambiente mediado
por tecnologías.
ALEXANDRE TRZAN ÁVILA (Brasil)
:: O enquadre terapêutico e as novas tecnologias.
:: el encuadre terapéutico y las nuevas tecnologias.
MELVA PALACIOS DE MON (Panamá)
:: A prática clinica com crianças e adolescentes na era da Internet.
:: La práctica clínica con niños y adolescentes en la era del internet.
BEATRIZ FERNANDES (Brasil)
COORDeNADORA/Coordinadora: MELVA PALACIOS DE MON (Panamá)
15h30 -16h00
TA
4Intervalo
16h00 - 18h00
TA
4pôster
16h00 - 18h00
Teatro
554Discussão de caso
clínico anônimo/
discusión anónima
caso clínico
:: qual a modalidade terapêutica a ser indicada em função dos dados do psicodiagnóstico
infantil apresentado.
:: Cual modalidad terapéutica debe ser indicada en función de la presentación de
los datos del psicodiagnóstico infantil.
DebAteDORA 1: AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil)
DebAteDORA 2: MYRIAN BOVE FERNANDES (Brasil)
MODeRADORA: MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 301
564Workshop/taller
A psicoterapia psicodramática.
La psicoterapia psicodramática.
AutORA: MôNICA R. MAURO (Brasil)
CO-AutORA: ANDREA CLÁUDIA DE SOUZA (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 302
574Comunicação oral/
Comunicación oral
CO02 :: A validação do luto na deficiência física.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
CAMILA CARRASCOZA VASCO, MARIA HELENA PEREIRA FRANCO.
CO37 :: O que é psicoterapia do ponto de vista cognitivo narrativo.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
RODRIGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIO.
CO43 :: O sofrimento psicológico e a natureza humana: um olhar behaviorista
(contextualista funcional).
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
THIAGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIO.
CO45 :: teoria e Clínica psicanalítica: correlações emergentes do registro do discurso.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
RIBEIRO ANDRADE, ÉRICA HENRIQUE.
COORDeNADORA/Coordinadora: MATHILDE NEDER (Brasil)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 19
Programação/Programación :: 21 agosto
Horário
Local
Atividade
16h00 - 18h00
Sala 303
584Comunicação oral/
Comunicación oral
CO14 :: Relato de Caso Clínico- Manejando um luto complicado.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
GABRIELLA COSTA PESSOA, GIOVANA KREUZ, MARIA HELENA PEREIRA FRANCO.
CO46 :: bioética na Reprodução humana Assistida - Os impactos éticos e emocionais na
doação de embriões: Narrativas familiares.
área temática:18. Contribuições Recentes
CYNTHIA SILVA MACHADO, HELEN RAIZ BARBOSA ENGLER.
CO49 :: empreendedorismo: um possível caminho para a ampliação da consciência.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
PATRICIA CRISTINA DE CONTI BERTAGLIA.
CO66 :: O trabalho da Díade terapeuta-paciente na AeDp-Neuropsicoterapia
área temática:18. Contribuições Recentes.
MARIA CÂNDIDA SOBRAL SOARES.
COORDeNADORA/Coordinadora: ANA PATRÍCIA DE SÁ LEITãO PEIXOTO (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 305
594Comunicação oral/
Comunicación oral
CO10 :: entre o dito e o vivido: dilemas da transição para a vida adulta na psicoterapia.
área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.
CLARISSA MAGALHãES RODRIGUES SAMPAIO, IDA KUBLIKOWSKI.
CO23 :: prática clínica autônoma: aspectos administrativos e financeiros.
área temática: 3.psicoterapia e processos de formação
VALÉRIA MARIA MEIRELLES.
CO57 :: A redesignação que não é apenas Sexual: alterações no campo familiar em e
intervenções em Gestalt-terapia.
área temática: 10. psicoterapia, diversidade sexual e processos de inclusão.
GR. GUSTAVO VINICIUS MARTINS LEAL , ESP. ARMINDA BRITTO, MS. DANILO SUASSUNA,
JANICRIS RESENDE, DRA. MARILUZA TERRA SILVEIRA, MS. LUIZA TERRA COLMA.
COORDeNADORA/Coordinadora: RôDE SOARES (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 307
604Comunicação oral/
Comunicación oral
CO20 :: Suporte ao paciente oncológico idoso hospitalizado – Reflexões sobre o manejo
psicoterápico.
área temática: 8. psicoterapia em diferentes instittuições.
GIOVANA KREUZ, MARIA HELENA PEREIRA FRANCO
CO22 :: Método tatadrama: o papel social da gestante emergindo do ato de brincar.
área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.
ELISETE LEITE GARCIA
CO26 :: Saúde e cuidado na espiritualidade: a clínica etnopsicológica em
terreiro de umbanda.
área temática: 8. psicoterapia em diferentes instituições.
FABIO SCORSOLINI-COMIN
CO27 :: práticas Clínicas e valores espirituais: relato de experiência de um serviço de
psicologia em uma faculdade confessional.
área temática: 8. psicoterapia em diferentes instituições.
JESSICA SOUSA SILVA, IDA KUBLIKOWSKI
COORDeNADOR/COORDINADOR: ELISETE LEITE GARCIA (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 308
614Comunicação oral/
Comunicación oral
CO08 :: A prática sexual de risco de homens que fazem sexo com homens vivendo com hIV.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
ROBERTO GARCIA, DENISE GIMENEZ RAMOS
CO38 :: panorama dos profissionais de psicologia nos planos de Saúde do Rio Grande do Sul.
área temática:7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas
EDUARDO FRIEDERICHS HOFFMANN.
CO47 :: Consequências emocionais de um episódio de estupro na vida de mulheres adultas.
área temática: 12. psicoterapia e violência.
FLAVIA BELLO COSTA DE SOUZA, ROBERTO GARCIA, JEFFERSON DREZZET, DENISE G. RAMOS.
CO71 :: el acompañamiento terapéutico como recurso psicoterapéutico con personas en
situación de dependencia.
área temática: 11 psicoterapia e psicopatologia.
MÓNICA MEJIA PACHECO
COORDeNADORA/COORDINADORA: GRAZIETA BOTELHO MEGALE(Brasil)
20 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
21 agosto :: Programação/Programación
Horário
Local
Atividade
16h00 - 18h00
Sala 309
624Comunicação oral/
Comunicación oral
CO06 :: terapia Daseinsanalítica de uma senhora com afasia de expressão devido a AVCs
– o resgate de uma história pelo compartilhar comunicativo.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
PAULO EDUARDO RODRIGUES ALVES EVANGELISTA.
CO55 :: efectividad de un programa terapéutico aplicado a un grupo de adolescentes
infractores albergados en un centro juvenil de atención integral.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
JOSÉ MOGROVEJO SÁNCHEZ.
CO62 :: A terapeuta Grávida no processo psicoterápico psicanalítico de Crianças.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
FERNANDA MUNHOZ DRIEMEIER SCHMIDT, VERA REGINA RöHNELT RAMIRES.
CO63 :: A relação entre processo e resultado na psicoterapia psicanalítica: Resultados
preliminares de um estudo de caso sistemático.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
PRICILLA BRAGA LASKOSKI, FERNANDA BARCELLOS SERRALTA, CLÁUDIO LAKS EIZIRIK.
COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (BRASIL)
16h00 - 18h00
Sala 310
634Comunicação oral/
Comunicación oral
CO09 :: Devolvendo os pais à criança: uma nova modalidade de consulta terapêutica.
área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.
LELIANE MARIA APARECIDA GLICOSE MOREIRA.
CO11 :: Os desafios e a potência de uma clínica psicanalítica grupal no mundo
contemporâneo.
área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.
THAÍS SELTZER GOLDSTEIN.
CO40 :: Vivência de vulnerabilidade entre idosos que vivem com hIV/Aids.
área temática:7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e politicas públicas.
MARIA IRENE FERREIRA LIMA NETA, EDNA MARIA SEVERINO PETERS KAHHALE.
CO54 :: psicoterapia de adolescentes numa perspectiva sistêmica: incluindo a família no
atendimento grupal.
área temática: 5 . psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos. ou 9. psicoterapia e
processos grupais.
SILVIA RENATA LORDELLO.
COORDeNADOR/Coordinador: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)
18h10 - 20h00
Teatro
63A4Comunicação oral/
Comunicación oral
CO12 :: A entrevista psicológica com técnica projetiva no contexto do hIV/AIDS.
área temática: 18. Contribuições Recentes.
ROBERTO GARCIA, DENISE GIMENEZ RAMOS.
CO24 :: A representação do vitiligo em intervenção psicológica grupal.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia
AUGUSTA RENATA ALMEIDA DO SACRAMENTO, IDA KUBLIKOWSKI .
CO30 :: Análise clínica e empírica de um caso de interrupção precoce em
psicoterapia psicanalítica.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia .
LÍVIA FRAÇãO SANCHEZ, CLARICE KERN RUARO, PRICILLA BRAGA LASKOSKI, RAFAEL
WELLAUSEN, SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI, FERNANDA BARCELLOS SERRALTA.
CO32 :: trauma em Crianças em Acolhimento Institucional: Avaliação e transformação por
meio do processo psicoterapêutico da terapia do Sandplay.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia .
REINALDA MELO DA MATTA,DENISE GIMENEZ RAMOS.
CO36 :: Sofrimento psicológico e a natureza humana: um olhar cognitivo narrativo.
RODRIGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIO.
COORDeNADORA/COORDINADORA: MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)
20h15 - 22h00
Teatro
teatro de Reprise
teatro de reprise
ROSANe RODRIGueS e o Grupo Improvise.(brasil)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 21
Programação/Programación :: 22 agosto
Horário
Local
Atividade
09h00 - 10h30
Teatro
644Discussão de caso
clínico anônimo/
discusión anónima
caso clínico
O atendimento terapêutico frente ao segredo: como proceder.
La atención terapéutica frente al secreto: Cómo proceder.
DebAteDORA: HELENA CENTENO HINTZ (Brasil)
DebAteDORA: EDITH VEGA (Argentina)
MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)
09h00 - 10h30
Sala 301
654pôsteres premiados
COORDeNADOReS/COORDINADORES: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil); GLAUCIA MITSUKO
ATAKA DA ROCHA (Brasil); ANGELA HILUEY (Brasil)
09h00 - 10h30
Sala 302
664Roda de Conversa/
rueda de Conversación
Modelo de educação do IAMb - Instituto Agricola de Menores de batatais.
modelo de educación do iamb - instituto agricola de menores
de batatais.
ABILIO BARBOSA DA SILVA (Brasil)
JORGE BROIDE (Brasil)
RITA SEIXAS (Brasil)
SONIA MARIA B. A. PARENTE (Brasil)
09h00 - 10h30
Sala 303
674Comunicação Oral/
Comunicación oral
CO29 :: processo de Mentalização e Contratransferência.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia
ELIANA RIBERTI NAZARETH.
CO31 :: psicoterapia psicanalítica do paciente psicossomático.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
MARIA BEATRIZ SIMõES ROUCO.
CO35 :: Corpo na psicanálise.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
YOSHIAKI OHKI.
COORDeNADOR/Coordinador: YOSHIAKI OHKI (Brasil)
09h00 -10h30
Sala 305
684Mesa Redonda
Século xxI: a imagem do pai e mãe na prática clínica.
siglo xxi: la imagen del padre y la madre en la práctica clínica.
:: Imagens do pai na clínica - funções paternas e expressões do pai no
contexto psicoterápico.
:: imágenes del padre en la clínica - funciones del padre y expresiones en el
contexto psicoterapéutico.
DURVAL LUIZ DE FARIA (Brasil)
:: A psicoterapia de questões maternas nos sonhos.
:: Questiones maternas en sueños en la psicoterapia.
MARION RAUSCHER GALLBACH (Brasil)
:: A influência das relações entre pais e filhos nas trajetórias empreendedoras:
uma visão junguiana.
:: La influencia de las relaciones entre padres y hijos en una carrera empresarial:
Una visión de Jung.
PATRICIA CRISTINA DE CONTI BERTAGLIA (Brasil)
COORDeNADORA/Coordinadora: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)
09h00 -10h30
Sala 307
694Mesa redonda
psicoterapia contemporânea.
psicoterapia contemporánea.
:: A psicoterapia de pacientes em trânsito.
:: La psicoterapia en los pacientes en tránsito.
GLEY P. COSTA (Brasil)
:: A influência da psicoterapia na flexibilização do setting na análise clássica.
:: La influencia de la psicoterapia en la flexibilización del setting, en el análisis clásico.
JOSÉ LUIZ PETRUCCI (Brasil)
:: "e Dodô tinha mesmo razão ..."
:: "y dodó tenía razón ..."
REGINA PONTES (Brasil)
COORDeNADORA/Coordinadora: SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador)
22 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
22 agosto :: Programação/Programación
Horário
Local
Atividade
09h00 -10h30
Sala 308
704Mesa redonda
Desafios psicopatológicos da atualidade.
desafíos psicopatológicos de la actualidad.
:: psicopatologia experimental
:: psicotapología experimental.
ANDRÉ BRAVIN (Brasil)
:: psicoterapia na presença da violência.
:: psicoterapia en la presencia de la violencia.
CIBELE CARVALHO (Brasil)
:: O uso da resiliência na prática clínica.
:: el uso de la resiliencia en la práctica clínica.
GEORGE BARBOSA (Brasil)
Coordenador/Coordinador: LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru))
09h00 -10h30
Sala 309
714Mesa redonda
psicoterapia e as questões teóricas-filosóficas.
psicoterapia y preguntas teórico-filosóficas.
:: A filosofia, a ciência e as artes como conexões na formação do psicoterapeuta.
:: La filosofía, la ciencia y las artes como conexiones en la formación del psicoterapeuta.
HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)
:: A questão da alteridade: Articulações entre estética, arte e clínica.
:: La cuestión de la alteridad: articulación entre la estética, la psicología social y la
clínica psicoanalítica.
JOãO FRAYSE-PEREIRA (Brasil)
:: transtorno bipolar e expressão artística.
:: trastorno bipolar y expresión artística.
GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)
COORDeNADORA/Coordinadora: GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)
09h00 - 10h30
Sala 310
724Mesa redonda
A interpretação- sua importância e seu papel nos métodos
psicoterapêuticos da atualidade.
La interpretación – su importancia y su papel en los métodos
psicoterapéuticos de la actualidad.
:: A interpretação na Análise Reichiana
:: La interpretación en el análisis reichiano .
MARCUS VINICIUS DE ARAUJO CÂMARA (Brasil)
:: Atendimento e manejo psicoterapêutico para pessoas com comportamento suicida.
:: atención y manejo psicoterapéutico para personas con comportamiento suicida.
KARINA OKAJIMA FUKUMITSU (Brasil)
:: Contratransferência e transgressões em psicoterapia.
:: Contratransferencia y transgresiones en psicoterapia.
ELISEO MIGUEL GONZÁLEZ REGADAS (Uruguai)
COORDeNADOR/Coordinador: ELISEO MIGUEL GONZÁLEZ REGADAS (Uruguai)
10h30 - 11h0
TA
4Intervalo
11h00 - 14h00
Teatro
734Solenidade
de encerramento/
Cerimonia de Clausura
Diálogo sobre as perspectivas Futuras na psicoterapia.
diálogo sobre las perspectivas futuras de la psicoterapia.
GUILLERMO GARRIDO (Panamá)
ALCEU ROBERTO CASSEB (Brasil)
pReSIDeNte/presidenta: EMILIA AFRANGE (Brasil)
: entrega de prêmios aos pôsteres, Certificados e nomeação da nova diretoria da FLApSI.
:: entrega de premios a los pôsteres, Certificados y nombramiento de la nueva
dirección de la FLapsi.
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 23
Pôster/Poster
Local: piso tA
Data
Nº
19/ago
área temática
tema trabalho
Autores
P.03 6. Pesquisa em psicoterapia
INTERVENÇõES BASEADAS
Daniel Santos Martins, Thiago P. A. Sampaio
19/ago
P.11 6. Pesquisa em psicoterapia
Depresión: Sus características
Estruturales y la Relevancia Clínica
Paula Dagnino
19/ago
P.14 6. Pesquisa em psicoterapia
A Terapia CognitivoComportamental para o Transtorno
de Compulsão Alimentar Periódica:
uma revisão sistemática
Mônica Aparecida Fernandes
19/ago
P.15 6. Pesquisa em psicoterapia
Sandra Ribeiro de Almeida Lopes, Yuri Benigno Claudino e Elizeu
Caracterização da população e do
Coutinho de Macedo
processo de psicoterapia breve de
adolescentes em uma clínica-escola.
19/ago
P.17 6. Pesquisa em psicoterapia
Adesão do processo de uma
psicoterapia ao seu protótipo ideal
Fernanda Barcellos Serralta, Carolina Palmeiro Lima, Gibson
Juliano Weydmann e Vitória Waikamp
19/ago
P.18 6. Pesquisa em psicoterapia
Avaliação de indicadores do
funcionamento vincular do casal e
critérios para indicação de
psicoterapia psicanalítica vincular –
Um projeto de pesquisa
Fernanda Munhoz Driemeier Schmidt, Camila Piva da Costa
(Coordenadora), Angela Piva, Gabriela Martins, Mariana Saldanha
da Fonseca e Maricéia Duarte Cossio
19/ago
P.19 6. Pesquisa em psicoterapia
Marciele Ana Devaliere e Vera Regina Röhnelt Ramires
A capacidade de mentalização de
mães de crianças diagnosticadas
com Transtorno do Espectro Autista.
19/ago
P.20 6. Pesquisa em psicoterapia
Estilos de vínculo de
psicoterapeutas que cuidam de
pacientes terminais
Marilia Barban e Gláucia Mitsuko A. da Rocha
19/ago
P.26 6. Pesquisa em psicoterapia
Adesão do processo de uma
psicoterapia ao seu protótipo ideal
Fernanda Barcellos Serralta, Carolina Palmeiro Lima, Gibson
Juliano Weydmann e Vitória Waikamp
19/ago
P.32 6. Pesquisa em psicoterapia
Estruturas de Interação na
Psicoterapia Psicodinâmica de
Crianças: Estudos Preliminares
Guilherme Pacheco Fiorini Bruno Matte Dutra, Maiara Castro de
Freitas, Vera Regina Röhnelt Ramires (orientadora/coordenadora
do projeto)
20/ago
P.01 3. Psicoterapia e processos de
formação.
A experiência no estágio clínico
supervisionado de psicologia no
campus campo grande da
ufms:expectativa versus realidade
na relação com o paciente
Lariane Marques Pereira, Mariana Quinziani Leonardo, Tiago
Ravanello
20/ago
P.02 5. Psicoterapia nos diferentes
estágios evolutivos.
A associação entre retraímento
social e dificuldade escolar.
Yano, Y, Freitas, L.G., Costa, S.
20/ago
P.06 5. Psicoterapia nos diferentes
estágios evolutivos.
Preparação para a aposentadoria
como convite à escuta clínica:
Aconselhamento psicológico com
servidores públicos
Fabio Scorsolini-Comin, Júnia Denise Alves-Silva, Mayara Colleti
20/ago
P.07 5. Psicoterapia nos diferentes
estágios evolutivos.
Motivos ou explicações para manter Fabio Scorsolini-Comin, Lúcio Andrade Silva, Manoel Antônio dos
Santos
um casamento de longa duração:
reflexões para a clínica de casal
20/ago
P.09 7. Psicoterapia, Saúde, Saúde
Mental, Saúde Pública e
Politicas Públicas
Psicoterapia psicanalítica para
crianças que enfrentam situação de
alienação parental
20/ago
P.12 3. Psicoterapia e processos de
formação.
Ribeiro-Andrade, Érica Henrique
Experimentos e técnicas de
expressão corporal na formação em
Psicoterapia.
20/ago
P.16 15. Acolhimento, prevenção e as Grupo de Acolhimento: Prazer em
redes sociais.
Conhecer-Se
20/ago
P.22 7. Psicoterapia, Saúde, Saúde
O Psicoterapeuta no Ambulatório de Rozane Lapolli Sanz Casseb, Emilia Aparecida Calixto Afrange
Mental, Saúde Pública e
Prematuros da UNIFESP-EPM.
Politicas Públicas 8.Psicoterapia
em diferentes instituições. 16.
Psicoterapia e equipe
interdisciplinar.
20/ago
P.27 3. Psicoterapia e processos de
formação.
Estagiários de psicologia: primeiras Rafael Alberto da Silva, Sandra Ribeiro de Almeida Lopes
experiências em atendimento clínico
20/ago
P.28 3. Psicoterapia e processos de
formação.
A representação social do psicólogo Yuri Benigno Claudino, Sandra Ribeiro de Almeida Lopes
e de seu trabalho para os pacientes
de uma clínica-escola
Luiz Ronaldo de Oliveira, Tainá Katiúcia Simor e Simor
Irma Oliveira Leite Bulcão, Rosangela Silva Freitas, Fernanda
Blanco Vidal
24 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Local: piso tA
Data
Nº
área temática
tema trabalho
Autores
20/ago
P.28 15. Acolhimento, prevenção e as Aconselhamento psicológico e sua Aline Passos, Ana Paula Karkotli
redes sociais
inserção na pastoral universitária da
A
Universidade do Vale dp Itajaí
(UNIVALI)
20/ago
P.29 3. Psicoterapia e processos de
formação.
O recurso do follow up como prática Sandra Ribeiro de Almeida Lopes (1) Jaqueline Souza Parisoto (2)
de encaminhamento implicado para
os equipamentos da rede.
21/ago
P.04 14. Psicoterapia e as Artes
Perdas e luto na família: Análise do
filme Reine Sobre Mim.
Elisangela de Melo Paes Leme Menezes, Maria Helena Pereira
Franco
21/ago
P.05 8. Psicoterapia em diferentes
instituições
Psicoterapia em uma comunidade
religiosa: Aspectos do
aconselhamento multicultural
aplicados às intervenções
etnopsicológicas
Fabio Scorsolini-Comin
21/ago
P.08 11. Psicoterapia e
psicopatologia
Modificações e o tempo: a evolução
da psicopatologia
Moema Schifino Linkiwcz, Francelise de Freitas, Aline Álvares
Bittencourt
21/ago
P.10 11. Psicoterapia e
psicopatologia
Terapia Cognitivo-Comportamental
para Crianças no Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade
Cristina Pilla Della Méa, Tainá Katiúcia Simor e Simor
21/ago
P.13 17. A vida contemporânea e as
práticas clínicas
A relação mãe e filha e suas
implicações na anorexia nervosa
Catiane Pinheiro da Rosa, Tânia Maria Cemin Wagner
21/ago
P.21 8. Psicoterapia em diferentes
instituições
Modelo Integrado no tratamento do
transtorno de personalidade
Bordelaine
Eliana de Oliveira Teixeira
21/ago
P.23 16. Psicoterapia e equipe
multidisciplinar
Grupo Terapêutico: um relato de
experiência interdisciplinar no
hospital psiquiátrico.
Marisanta Araujo Nogueira
21/ago
P.24 17. A vida contemporânea e as
práticas clínicas
O Acompanhamento Terapêutico
como técnica clínica
desinstitucionalizante
Igor Nunes Brito, Milena Lisboa
21/ago
P.25 9. Psicoterapia e processos
grupais.
Cuidando do Cuidador: Psicoterapia Paula Crivelin Cavinatto
Grupal com cuidadores de pacientes
com Doença de Alzheimer.
21/ago
P.30 17. A vida contemporânea e as
práticas clínicas
Trabalho de acolhimento aos pais,
frente à condição de prematuridade
de seus filhos – Sala de espera –
Unidade Saúde da Família e
Comunidade - USFC.
Ana Claudia Fabricio, Chaiane dos Santos, Edmir Junior, Edna
Batista, Kamila Pereira e Larissa Fernanda, Ana Paula Karkotli
21/ago
P.31 14. Psicoterapia e as Artes
Emoção, sentimento e melancolia
na vidad de Oscar Penha
Ednalva Queiroz
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 25
Índice Remessivo da Programação Científica/ Índice Remessivo del Programa Científico
Nome
Data
horário
Sala
Sessão
Abilio Barbosa da Silva
22/8
09h00 às 10h30
302
66 - Roda de Conversa/ Rueda de Conversación
Alceu Roberto Casseb
22/8
11h00 às 14h00
Teatro
73 - Solenidade de Encerramento / Cerimonia de Clausura
Alejandra Pérez
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
19/8
18h00 às 19h00
Teatro
22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solene
20/8
13h30 às 15h30
310
34 - Mesa Redonda
Alexandre Trzan Ávila
21/8
13h30 às 15h30
310
54 - Mesa Redonda
Alfred Pritz
19/8
18h00 às 19h00
Teatro
22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solemne
Almir Linhares de Faria
19/8
13h30 às 15h30
Teatro
4 - Dialogando Sobre
Amelia Thereza de Moura Vasconcellos
20/8
13h30 às 15h30
309
33 - Mesa Redonda
21/8
13h30 às 15h30
303
49 - Mesa Redonda
21/8
16h00 às 18h00
Teatro
55 - Discussão de caso clínico anônimo/Discusión anónima caso clínico
Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo
20/8
13h30 às 15h30
302
28 - Mesa Redonda
Ana Patrícia de Sá Leitão Peixoto
19/8
16h00 às 17h30
307
18 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
21/8
16h00 às 18h00
303
58 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
André Bravin
22/8
09h00 às 10h30
308
70 - Mesa Redonda
Angela Hiluey
19/8
13h30 às 15h30
Teatro
4 - Dialogando Sobre
19/8
18h00 às 19h00
Teatro
22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solemne
21/8
13h30 às 15h30
305
50 - Mesa Redonda
22/8
09h00 às 10h30
Teatro
64 - Discussão de caso clínico anônimo./Discusión anónima caso clínico
Aurea Afonso Caetano
21/8
13h30 às 15h30
308
52 - Mesa Redonda
Avelino Luiz Rodrigues
19/8
13h30 às 15h30
Teatro
4 - Dialogando Sobre
Bárbara de Souza Conte
20/8
09h00 - 12h00
Teatro
24 - Conferências inaugurais / Conferencias Inaugurales
Beatriz Fernandes
21/8
13h30 às 15h30
310
54 - Mesa Redonda
Carmem Beatriz Neufeld
20/8
16h00 às 18h00
Teatro
35 - Discussão de caso clínico anônimo / Discusión de caso clínico anónimo
Cintia Bragheto Ferreira
19/8
13h30 às 15h30
305
8 - Mesa Redonda
Cirilo Tissot
21/8
09h00 às 12h00
Teatro
44 - Conferência Magistral e Mesa Redonda
Claudio Mello Wagner
20/8
13h30 às 15h30
305
30 - Mesa Redonda
Dalka Chaves de Almeida Ferrari
19/8
13h30 às 15h30
305
8 - Mesa Redonda
David Uip
21/8
09h00 às 12h00
Teatro
44 Conferência Magistral e Mesa Redonda
Durval Luiz de Faria
22/8
09h00 às 10h30
305
68 - Mesa Redonda
Edith Vega
21/8
13h30 às 15h30
305
50 - Mesa Redonda
Eliseo Miguel González Regadas
22/8
09h00 às 10h30
310
72 - Mesa Redonda
Emilia Afrange
19/8
18h00 às 19h00
Teatro
22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solene
19/8
19h00 às 20h30
Teatro
23 - Conferência de Abertura / Conferencia de Apertura
20/8
13h30 às 15h30
310
34 - Mesa Redonda
22/8
11h00 às 14h00
Teatro
73 - Solenidade de encerramento / Cerimonia de Clausura
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
21/8
13h30 às 15h30
307
51 - Mesa Redonda
Enio Brito Pinto
19/8
13h30 às 15h30
307
9 - Mesa Redonda
Fabio Scorsolini
19/8
13h30 às 15h30
303
7 - Mesa Redonda
Fernanda Barcellos Serralta
20/8
13h30 às 15h30
301
27 - Mesa Redonda
Flávia Serebrenic Jingerman
20/8
13h30 às 15h30
303
29 - Mesa Redonda
Gabriela García Licea
21/8
13h30 às 15h30
307
51 - Mesa Redonda
George Barbosa
22/8
09h00 às 10h30
308
70 - Mesa Redonda
Gilberto Safra
19/8
19h00 às 20h30
Teatro
23 - Conferência de Abertura / Conferencia de Apertura
26 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Nome
Data
horário
Sala
Sessão
Gildo Katz
20/8
13h30 às 15h30
Teatro
26 - Conferências/Conferencias
Gioconda Medrano Delgado
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
19/8
13h30 às 15h30
303
7 - Mesa Redonda
21/8
13h30 às 15h30
308
52 - Mesa Redonda
22/8
09h00 às 10h30
309
71 - Mesa Redonda
19/8
16h00 às 17h30
308
19 - Comunicação Oral /Comunicación Oral
21/8
16h00 às 18h00
309
62 - Comunicação Oral /Comunicación Oral
22/8
09h00 às 10h30
305
68 - Mesa Redonda
20/8
13h30 às 15h30
308
32 - Mesa Redonda
Gley P. Costa
22/8
09h00 às 10h30
307
69 - Mesa Redonda
Guillermo Garrido
19/8
13h30 às 15h30
302
6 - Mesa Redonda
21/8
09h00 às 12h00
Teatro
44 - Conferência Magistral e Mesa Redonda
22/8
11h00 às 14h00
Teatro
73 - Solenidade de encerramento / Cerimonia de Clausura
20/8
09h00 as 12h00
Teatro
24 - Conferências inaugurais / Conferencias Inaugurales
21/8
13h30 às 15h30
307
51 - Mesa Redonda
21/8
13h30 às 15h30
303
49 - Mesa Redonda
22/8
09h00 às 10h30
Teatro
64 - Discussão de caso clínico anônimo./Discusión anónima caso clínico
19/8
16h00 às 17h30
305
17 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
20/8
13h30 às 15h30
305
30 - Mesa Redonda
21/8
18h10 às 19h40
310
63 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
22/8
09h00 às 10h30
309
71 - Mesa Redonda
Ida Elizabeth Cardinalli
21/8
13h30 às 15h30
301
47 - Mesa Redonda
Ivonise Fernandes da Motta
19/8
13h30 às 15h30
301
5 - Mesa Redonda
19/8
16h00 às 17h30
310
21 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
20/8
13h30 às 15h30
303
29 - Mesa Redonda
21/8
16h00 às 18h00
308
61 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
Jardel Guimarães Carneiro
21/8
13h30 às 15h30
302
48 - Mesa Redonda
João Frayse-Pereira
22/8
09h00 às 10h30
309
71 - Mesa Redonda
Jorge Broide
22/8
09h00 às 10h30
302
66 - Roda de Conversa/ Rueda de Conversación
José Luiz Petrucci
22/8
09h00 às 10h30
307
69 - Mesa Redonda
José Manuel Rojas Pradel
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
20/8
13h30 às 15h30
Teatro
26 - Conferências/Conferencias
José Ricardo Pinto de Abreu
20/8
13h30 às 15h30
307
31 - Mesa Redonda
José Toufic Thomé
19/8
13h30 às 15h30
305
8 - Mesa Redonda
19/8
16h00 às 17h30
309
20 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
19/8
18h00 às 19h00
Teatro
22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solemne
20/8
16h00 às 18h00
Teatro
35 - Discussão o de caso clínico anônimo / Discusión de caso clínico anónimo
21/8
09h00 às 12h00
Teatro
44 Conferência Magistral e Mesa Redonda
Julio Schruber Filho
19/8
13h30 às 15h30
301
5 - Mesa Redonda
Karina Okajima Fukumitsu
22/8
09h00 às 10h30
310
72 - Mesa Redonda
Lorena Fernandez Rodriguez
21/8
13h30 às 15h30
307
51 - Mesa Redonda
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
20/8
13h30 às 15h30
302
28 - Mesa Redonda
20/8
13h30 às 15h30
Teatro
26 - Conferências/Conferencias
20/8
13h30 às 15h30
309
33 - Mesa Redonda
21/8
13h30 às 15h30
309
53 - Mesa Redonda
Glaucia Mitsuko Ataka da Rocha
Hector Fernandes Álvarez
Helena Centeno Hintz
Henrique J. Leal F. Rodrigues
Lucio Balarezo
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 27
Índice Remessivo da Programação Científica/ Índice Remessivo del Programa Científico
Nome
Data
horário
Sala
Sessão
Luis Alberto Hans
21/8
13h30 às 15h30
Teatro
46 - Conferência/Conferencia
Luis Oswaldo Pérez Flores
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
20/8
13h30 às 15h30
308
32 - Mesa Redonda
21/8
13h30 às 15h30
301
47 - Mesa Redonda
22/8
09h00 às 10h30
308
70 - Mesa Redonda
Luiz Eduardo Valiengo Berni
19/8
13h30 às 15h30
301
5 - Mesa Redonda
Marcelo Nicaretta
19/8
13h30 às 15h30
303
7 - Mesa Redonda
Marcus Vinicius de Araujo Câmara
22/8
09h00 às 10h30
310
72 - Mesa Redonda
Margarita Dubourdieu
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
20/8
13h30 às 15h30
309
33 - Mesa Redonda
Maria Aparecida Mello
21/8
13h30 às 15h30
308
52 - Mesa Redonda
Maria Ermínia Ciliberti
21/8
13h30 às 15h30
307
31 - Mesa Redonda
Maria Inês Badaró Moreira
21/8
13h30 às 15h30
Teatro
46 - Conferência/Conferencia
Maria Luiza Dias Garcia
20/8
13h30 às 15h30
305
30 - Mesa Redonda
Maria Luiza Scrosoppi Persicano
19/8
13h30 às 15h30
307
9 - Mesa Redonda
Maria Rosa Spinelli
21/8
13h30 às 15h30
301
47 - Mesa Redonda
21/8
18h10 às 19h40
Teatro
63A - Comunicação Oral / Comunicación Oral
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
19/8
13h30 às 15h30
302
6 - Mesa Redonda
20/8
13h30 às 15h30
305
30 - Mesa Redonda
Marilia Ancona Lopes
19/8
13h30 às 15h30
307
9 - Mesa Redonda
Marina Miranda
20/8
13h30 às 15h30
303
29 - Mesa Redonda
Marion Rauscher Gallbach
22/8
09h00 às 10h30
305
68 - Mesa Redonda
Marluce Muniz de Souza Pedro
20/8
13h30 às 15h30
308
32 - Mesa Redonda
21/8
16h00 às 18h00
Teatro
55 - Discussão de caso clínico anônimo/Discusión anónima caso clínico
Martha Franco Diniz
21/8
13h30 às 15h30
305
50 - Mesa Redonda
Mathilde Neder
19/8
16h00 às 17h30
303
16 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
20/8
13h30 às 15h30
310
34 - Mesa Redonda
21/8
16h00 às 18h00
302
57 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
21/8
13h30 às 15h30
310
54 - Mesa Redonda
Moisés Fernandes Lemos
21/8
13h30 às 15h30
302
48 - Mesa Redonda
Myriam Bove Fernandes
21/8
16h00 às 18h00
Teatro
55 - Discussão de caso clínico anônimo/Discusión anónima caso clínico
Nicolau Maluf Jr.
20/8
13h30 às 15h30
303
29 - Mesa Redonda
Oriana Vilches-Álvarez
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
19/8
18h00 às 19h00
Teatro
22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solemne
20/8
13h30 às 15h30
307
31 - Mesa Redonda
21/8
13h30 às 15h30
Teatro
46 - Conferência/Conferencia
21/8
13h30 às 15h30
307
51 - Mesa Redonda
Oswaldo M. Rodrigues Jr.
21/8
13h30 às 15h30
309
53 - Mesa Redonda
Patrícia Cristina de Conti Bertaglia
22/8
09h00 às 10h30
305
68 - Mesa Redonda
Paula Dagnino
20/8
13h30 às 15h30
301
27 - Mesa Redonda
Pedro Paulo Gastalho de Bicalho
21/8
13h30 às 15h30
309
53 - Mesa Redonda
Rachel Zausner Skarbinik
19/8
16h00 às 17h30
301
14 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
20/8
18h10 às 19h40
Teatro
43 A - Comunicação Oral / Comunicación Oral
Mariela Golberg
Melva Palacios de Mon
28 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Nome
Data
horário
Sala
Sessão
Ramon Arturo Mon Pinzon
19/8
13h30 às 15h30
301
5 - Mesa Redonda
Regina Pontes
22/8
09h00 às 10h30
307
69 - Mesa Redonda
Ricardo Rego
19/8
13h30 às 15h30
302
6 - Mesa Redonda
Ricardo Werner Sebastine
19/8
13h30 às 15h30
303
7 - Mesa Redonda
20/8
16h00 às 18h00
Teatro
35 - Discussão de caso clínico anônimo / Discusión de caso clínico anónimo
Rita Seixas
22/8
09h00 às 10h30
302
66 - Roda de Conversa/ Rueda de Conversación
Rôde Soares
21/8
13h30 às 15h30
308
52 - Mesa Redonda
21/8
16h00 às 18h00
305
59 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
Rosa Flores Morales
21/8
13h30 às 15h30
302
48 - Mesa Redonda
Ryad Simon
20/8
09h00 às 12h00
Teatro
24 - Conferências inaugurais / Conferencias Inaugurales
20/8
13h30 às 15h30
302
28 - Mesa Redonda
Sergio Seibel
21/8
09h00 às 12h00
Teatro
44 - Conferência Magistral e Mesa Redonda
Silvia Pereira da Cruz Benetti
21/8
13h30 às 15h30
303
49 - Mesa Redonda
Sissi Gryzbowski Gaínza
21/8
13h30 às 15h30
302
48 - Mesa Redonda
Sonia Maria B.A. Parente
22/8
09h00 às 10h30
302
66 - Roda de Conversa/ Rueda de Conversación
Sylvia Mancheno Durán
19/8
09h00 às 12h00
Teatro
2 - Dialogando Sobre
19/8
13h30 às 15h30
Teatro
4 - Dialogando Sobre
19/8
18h00 às 19h00
Teatro
22 - Solenidade de Abertura / Apertura Solene
20/8
09h00 - 12h00
Teatro
24 - Conferências inaugurais / Conferencias Inaugurales
22/8
09h00 às 10h30
307
69 - Mesa Redonda
19/8
13h30 às 15h30
302
6 - Mesa Redonda
19/8
16h00 às 17h30
302
15 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
21/8
13h30 às 15h30
302
48 - Mesa Redonda
21/8
16h00 às 18h00
307
60 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
22/8
09h00 às 10h30
301
65 - Pôsteres Premiados
Teresa Machado
21/8
13h30 às 15h30
308
52 - Mesa Redonda
Thelma Letícia Garcia Bandá
21/8
13h30 às 15h30
303
49 - Mesa Redonda
Valéria Barbieri
20/8
13h30 às 15h30
309
33 - Mesa Redonda
Vera Regina Rohnelt Ramires
22/8
09h00 às 10h30
308
70 - Mesa Redonda
Verónica Bagladi Letelier
20/8
13h30 às 15h30
301
27 - Mesa Redonda
22/8
09h00 às 10h30
Teatro
64 - Discussão de caso clínico anônimo./Discusión anónima caso clínico
Waldemar Fernandes
20/8
13h30 às 15h30
308
32 - Mesa Redonda
Yoshiaki Ohki
22/8
09h00 às 10h30
303
67 - Comunicação Oral / Comunicación Oral
Tales Vilela Santeiro
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 29
Informações Uteis/
8h as 18h - Atividades Especiais/Actividades especiales
:: exposição no espaço tA: IAMb - Instituto Agrícola de Menores de batatais: Memória em construção.
:: exposición en el espacio ta: iamb- instituto agrícola de menores de batatais: memoria en la construcción.
SONIA MARIA B. A. PARENTE E GILBERTO SAFRA (IPUSP) – BRASIL
:: exposição no espaço tA – Mamãe: Associação de Assistência a Criança Santamarense.
:: exposición en el espacio ta - mamãe: associação de assistência a Criança santamarense.
expositores
:: Instituto Gestalt de São paulo.
:: Mamãe: Associação de Assistência a Criança Santamarense
Informações Uteis/ Información Útil
Local/Localización
Certificado/Certificación
Campus Paraíso/Vergueiro - UNIP - Estação Metrô Vergueiro
Rua Vergueiro, 1211 - Aclimação - 01504-001 - São Paulo - SP
:: Participação - serão distribuídos a todos inscritos, dia
21 de agosto, sexta-feira, após as 17h.
:: Participación - serán distribuidos a todos los registrados,
21 de agosto de viernes después de las 17 tarde.
Distribuição das Atividades/ distribución de actividades
Andar/piso
TA
TA
3ª andar
Sala(s)
Teatro
Atividade/ Actividad
Programa Cientifico/ Programa Científico
Exposição e Atividades Especiais/
Exposiciones y Actividades Especiales
Café e Expositores/ Café y Expositores
Programa Científico/ Programa Científico
301, 302, Programa Científico/ Programa Científico
303, 305,
307, 308
309, 310
Crachá/tarjeta de identificación
:: Todo congressista receberá um crachá pessoal e intransferível,
codificado através de cores. Sua utilização é obrigatória para
acesso a todas atividades dos Congressos.
:: Cada congresista recibirá una tarjeta de identificación personal
y intransferible, con código de color. Su uso es obligatorio para
el acceso a todas las actividades del Congresos.
Codificação dos Crachás/ Codificación das Tarjetas
Comissão Organizadora/ Comité Organizador
Dourado/ Dorado
Comissão Cientifica/ Comité Científico
Prata/ Plata
Programação Científica/ Programa Científico
Azul/Azul
Expositor - Vermelho/Rojo
Congressista/ Congresista - Branco/Blanco
:: Programação Científica- serão entregues no momento de sua
apresentação
:: Programación Científica - serán entregados en el momento de
la presentación.
:: Comunicação Oral, Workshop e Pôsteres - será emitido um
certificado para cada trabalho apresentado/ se emitirá un
certificado para cada trabajo presentado.
Funcionamento da Secretaria/ Funcionamiento de la secretaría.
::
::
::
::
dia 19/08 das 8h às 19h
dia 20/08 das 8h às 18h
dia 21/08 das 8h30 às 18h
dia 22/08 das 8h45 às 13h
estruturas das modalidades/ estructura de las actividades
:: Dialogando com (a convite das comissões científicas)
Nessa atividade que antecede a abertura dos Congressos, três
profissionais convidados pelas comissões científicas
estabelecem um diálogo focando a prática clínica e seus
dilemas. O objetivo desse diálogo é tanto evidenciar os pontos
que veem inquietando aqueles que se ocupam da prática clínica
como vislumbrar caminhos a serem trilhados.
:: diálogos con (la invitación de los comités científicos)
En esta actividad que antecede a la apertura del Congreso, tres
profesionales invitados por los comités científicos establecerán
un diálogo centrado en la práctica clínica y sus dilemas. El
objetivo de este diálogo es poner de relieve tanto los puntos que
van inquietando a aquellos quienes se preocupan de la práctica
clínica y ver a su vez cómo se vislumbran los caminos a seguir.
Staff - Preto/ Negro
:: Conferências (a convite das comissões científicas)
As conferências tanto magistral como as conferência 01 e 02 serão
ministradas por pesquisadores e/ou profissionais com significativa
produção nacional e/ou internacional em sua área de atuação, a
convite das comissões científicas. O objetivo é fomentar uma
discussão teórica e prática com vistas a responder questões que
inquietam aqueles que se dedicam à atuação clínica.
30 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
:: Conferencias (por invitación de los comités científicos)
Las conferencias tanto la magistral como las conferencia 01 y
02 serán impartidas por investigadores y / o profesionales con
significativa producción nacional y / o internacional en su área
de trabajo. . El objetivo es fomentar una discusión teórica y la
práctica con el fin de responder a las preguntas que perturban
los que participan en esa área clínica..
:: Mesa Redonda (a convite das comissões científicas)
As mesas serão constituídas por três componentes (as) e um(a)
coordenador(a). A duração total para tais apresentações será de
02h. Cada componente (a) contará com 30min para sua
apresentação e nos 30min finais ocorrerá um debate com o
público presente. O objetivo desta modalidade de atividade é
promover uma discussão teórica e/ou prática sobre a atuação
clínica tendo como foco fundamental a atuação profissional nas
áreas temáticas dos congressos. Os expositores serão
convidados pelas comissões científicas.
:: mesa redonda (por invitación de los comités científicos)
Las mesas estarán constituidad por tres componentes (as) y un
coordinador (a). La duración total de este tipo de
presentaciones será de 2 horas. Cada expositor (a) tendrá 30
minutos para la presentación y los 30 minutos tarde finales será
un debate con el público. El objetivo de este tipo de actividad
es promover una discusión teórica y / o práctica sobre l
actividad clínic que tiene como foco fundamental la práctica
profesional en las áreas temáticas del congreso.
:: Workshop
Serão ministrados por pesquisadores e/ou profissionais
motivados a compartilhar sua experiência na área clínica por um
período de 02 horas com os participantes do workshop. O
objetivo desta atividade é mostrar como conhecimento e prática
se articulam através de uma experiência prática onde se
reconhece novas perspectivas, limitações e desafios.
:: talleres
Serán impartidos por investigadores y / o profesionales
motivados a compartir su experiencia en el área clínica por un
período de 02 horas con los participantes del taller. El propósito
de esta actividad es mostrar cómo se articulan los conocimientos
y la práctica a través de una experiencia práctica donde se
reconocen nuevas perspectivas, limitaciones y desafíos.
:: Comunicação Oral
As mesas para essa apresentação oral serão constituídas por três
expositores(as) e um(a) coordenador(a). A duração total para tais
apresentações se dará ora em 1h30 ora em 02h dependendo do
dia de apresentação. Cada expositor(a) contará, então, com 20min
ou 30min para sua apresentação. Nos minutos finais haverá um
debate com o público presente. O objetivo desta modalidade de
atividade é relatar de modo oral pesquisas e/ou experiências
práticas na atuação clínica nas áreas temáticas dos congressos.
:: Comunicación Oral
Las mesas para la presentación de comunicación oral constará
de tres oradores (as) y un ) coordinador (a). La duración total
para estas presentaciones será ya sea en 1.30 hrs o de 02
horas dependiendo del día de la presentación. Cada expositor
(a) tendrá 20 minutos o 30 minutos para su presentación. En los
minutos finales, habrá un debate con el público.El objetivo de
este tipo de actividad es dar a conocer de modo oral la
investigación y / o la experiencia práctica en el trabajo clínico
en áreas temáticas del congreso.
:: pôster
São apresentações que priorizam aspectos visuais e devem
sintetizar as investigações e/ou as experiências práticas, focadas
em quaisquer das 18 Áreas Temáticas dos congressos (acesse
aqui o modelo de poster). Há previsão de que o material fique
exposto durante todo o dia, em suportes destinados a esse fim.
O(s) autor(es) será(ão) comunicados sobre o horário e local nos
quais deverão estar presentes, para seu pôster ser examinado
por algum integrante da Comissão Examinadora dos trabalhos.
Haverá premiação para os melhores trabalhos.
:: poster
Son las presentaciones que hacen hincapié en los aspectos
visuales y debe resumir la investigación y / o la experiencia
práctica, centradas en cualquiera de las 18 Áreas temáticas del
Congreso (indique aquí el modelo del ´poster).Tenga prevención a
que el material estará expuesto durante todo el día, en soportes
destinados para este propósito. El autor (s) (s) estará (n) notificado
de la hora y el lugar que deben estar presentes, para que su
poster sea examinado por un miembro de la Comisión.
:: Discussão de caso clínico anônimo (a convite das comissões científicas)
Um caso clínico de psicoterapeuta anônimo será relatado para
que dois debatedores possam comentar e mostrar como
procederiam em tal situação. O objetivo é expandir a ótica
terapêutica diante de um dado caso clínico quando respaldada
em evidências, conceitos teóricos e investigações.
:: Discusión anónima caso clínico (por invitación de los comités científicos)
Un caso de psicoterapeuta anónima será reportado a dos
polemistas puedo opinar y mostrar la forma de proceder en tal
situación. El objetivo es ampliar la terapia óptica antes de un
caso clínico dado cuando se acompaña de pruebas, conceptos
teóricos y la investigación.
Agradecimentos especiais/ gracias especiales
patrocinadores/ Patrocinadores
Agência Oficial de Viagens e hospedagem/
agencia oficial de Viajes y alojamento.
Tel. (55-11)5561.5004
[email protected]
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Organização/organización
Tel. (55-11) 3062.1722
[email protected]
www.somaeventos.com.br
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 31
Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto
09h00 - 12h00
Teatro
24Dialogando Sobre
Compartilhando o funcionamento e ações realizadas de
cada associação em seu país.
Compartiendo sobre el funcionamiento y las acciones
realizadas por cada asociácion nacional.
ABRAP - Associação Brasileira de Psicoterapia - Brasil - EMILIA AFRANGE
ACHIPSI - Associação Chilena de Psicoterapia - Chile - ORIANA VILCHESÁLVAREZ
AMEPAC - Associação Mexicana de Psicoterapia - México - LORENA
FERNÁNDEZ RODRIGUEZ
APPSIC - Associação Peruana de Psicoterapia - Peru - LUIS OSWALDO
PÉREZ FLORES
APRA - Associação de Psicoterapia da República Argentina - Argentina ALEJANDRA PÉREZ
ABP - Associação Boliviana de Psicoterapia - Bolívia - JOSÉ MANUEL
ROJAS PRADEL
AVEPSI - Associação Venezuelana de Psicoterapia - Venezuela - GIOCONDA
MEDRANO DELGADO
FUPSI - Federação Uruguaia de Psicoterapia - Uruguai - MARGARITA
DUBOURDIEU
SEPs - Sociedade Equatoriana de Psicoterapia - Equador - SYLVIA
MANCHENO DURÁN
SOPASI - Sociedade Panamenha de Psicoterapia - Panamá - MELVA
PALACIOS DE MON
MODeRADORA MARIELA GOLBERG – Uruguai
Bom dia a todos!
Como Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia, queremos dedicar este momento para expor a atuação da nossa entidade, concernentes
aos temas do XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapia e II Congresso
Brasileiro de Psicoterapia, qual seja, as expectativas, as possibilidades e os
desafios da Psicoterapia e dos profissionais psicoterapeutas neste século 21.
A Associação Brasileira de Psicoterapia foi fundada no ano de 2004 e, desde
então, vimos pautando nossa diretiva pelo favorecimento dos pacientes, dos
profissionais e da sociedade como um todo, outorgando a cada um deles o
mesmo grau de importância.
Ao longo destes onze anos de sua história, a Abrap vem promovendo a integração e o diálogo entre os profissionais psicoterapeutas representantes
das diversas tendências existentes na atualidade, com respeito incondicional
à diversidade e aos temas pertinentes a seus específicos espaços de atuação.
O intercâmbio de práticas, de experiências clínicas, de conhecimento científico e acadêmico tem sido concretizado por meio dos eventos periodicamente promovidos pela Associação Brasileira de Psicoterapia, em diversas
regiões do Brasil e no exterior.
Estes eventos têm sido ocasiões propícias para se tratar da diversidade de
interesses teórico-práticos dos participantes, abrangendo a filosofia, a ética,
a cultura, a mídia, as artes, as políticas públicas, as redes sociais, a formação
e a investigação no âmbito da Psicoterapia.
Promovemos, também, reuniões científicas mensais com o objetivo de buscar dados relativos aos resultados positivos no contexto da experiência clínica,
para uma reflexão sobre os possíveis fatores implicados na eficácia psicoterapêutica.
Os boletins mensais da Abrap e nossa página na internet, alimentados com
informações, artigos científicos e dicas de eventos, são também ferramentas
que utilizamos para envolver todos profissionais da área e para divulgar seu
trabalho individual ou coletivo.
A Associação Brasileira de Psicoterapia tem estado sempre pronta para garantir que princípios éticos estejam presentes na prática da Psicoterapia.
Propagamos a importância de que a Psicoterapia seja exercida por pessoas
devidamente preparadas e qualificadas nos domínios teórico, técnico e experimental da Psicologia, conformados por parâmetros curriculares específicos
de uma formação acadêmica de qualidade.
No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia, por meio do Artigo primeiro
de sua Resolução número dez, datada de 20 de dezembro de 2000, afirma
que o exercício da Psicoterapia cabe ao Psicólogo “por se constituir, técnica
e conceitualmente, em um processo científico de compreensão, análise e intervenção, que se realiza através da aplicação sistematizada e controlada de
métodos e técnicas psicológicas reconhecidas pela ciência, pela prática e pela
ética profissional”.
No entanto, acreditamos que em todo o mundo, profissionais da Medicina
também praticam com igual competência esta que é, segundo Sigmund Freud
“a forma mais antiga de terapia existente”.
Para os psicólogos, a lisura da prática psicoterapêutica, cuja meta é pro-
mover a saúde mental, propiciando condições para o enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos, está alicerçada no
seu Código de Ética Profissional.
Entretanto, sentimos a necessidade de uma regulação, um direcionamento
dos diversos referenciais teóricos e das diferentes práticas clínicas, para que
estas garantias não sejam inoperantes, e para evitar que a Psicoterapia se
torne “terra de muitos e de ninguém”.
Sem pretender sermos senhores de um conhecimento que originalmente é
de todos os que se debruçam sobre ele, é imprescindível não negligenciar as
implicações éticas e sociais da prática psicoterapêutica. Uma formação embasada e contínua, baseada no tripé: conhecimento científico, autoconhecimento
e supervisão, podem garantir a eficácia da Psicoterapia na promoção do bemestar, da melhoria da qualidade e da saúde integral dos nossos semelhantes.
Deste modo, o ordenamento das práticas psicoterapêuticas vem sendo pauta
nacional de discussão nos Conselhos Regionais de Psicologia. Diversos grupos
de trabalho foram constituídos em distintas regiões do nosso País, com a tarefa
de ouvir todas as entidades vinculadas à pesquisa, ao ensino e à prática da Psicoterapia, com o objetivo de estabelecer parâmetros comuns de discussão.
Para que os panoramas presente e futuro se descortinem mais promissores, a Abrap tem igualmente propagado a importância de se constituir e instituir escolas comprometidas com a qualidade e a atualidade do saber e do
estado da arte no campo terapêutico psicológico, durante todo o processo de
informação e formação dos futuros profissionais.
Além disso, a boa prática da Psicoterapia passa “por um constante aprimoramento do profissional psicoterapeuta, dando continuidade e complementariedade à sua formação por meio de centros especializados que se pautem
pelo respeito ao campo teórico, técnico e ético da Psicologia como ciência e
profissão”, como está explicitado no primeiro parágrafo do Artigo segundo
da Resolução número 10 que anteriormente mencionamos.
Por tudo isto exposto, a Associação Brasileira de Psicoterapia tem como
meta de curto prazo aumentar os espaços de interlocução entre os envolvidos
na prática e na pesquisa da Psicoterapia, promovendo a aproximação com
instituições e ciências afins.
Pois queremos, acima de tudo, contribuir cada vez mais para o desenvolvimento da área da saúde mental, atenuando a angústia existencial, a depressão, a ansiedade epidêmica e tantos outros males que assolam a sociedade
contemporânea.
Reafirmamos, então, o empenho e o envolvimento incondicional da Associação Brasileira de Psicoterapia com os objetivos do XI Congresso LatinoAmericano de Psicoterapia e II Congresso Brasileiro de Psicoterapia:
• Promover o melhor desenvolvimento da Psicoterapia como tratamento,
ciência e profissão em todo âmbito da América Latina;
• Atender a formação, as condições de trabalho e as relações entre si dos
terapeutas de diversas nacionalidades e orientações científicas; e
• Fomentar a relação entre as associações de cada um dos países-membros, para um melhor intercâmbio de informação científica e de investigação.
Obrigada!
Emilia Afrange
!Buenos días para todos!
Como presidente de la Asociación Brasileña de Psicoterapia, queremos dedicar este momento que muestran la actuación de nuestra entidad.
Relativos a los temas del XI congreso Latino americano de Psicoterapia y
congreso Brasileño de Psicoterapia, cual lo sea ellas las expectativas las posibilidades y los desafíos de la psicoterapia e de los profesionales de la psicoterapia de este siglo 21.
La asociación Brasileña de Psicoterapia fuera fundada en lo año de 2004 y
desde entonces, seguimos pautando nuestra directiva favoreciendo de los pacientes, de los profesionales y de la sociedad de una manera general, otorgando para cada uno de ellos en lo mismo grado de importancia.
Durante los once años de su historia, ha sido la promoción de la ABRAP la
integración y el diálogo entre los profesionales de la psicoterapia representantes de las diversas tendencias existentes hoy en día, con el respeto incondicional a la diversidad y las cuestiones relacionadas con sus áreas específicas
de conocimientos.
Lo intercambio de prácticas, de experiencias clínicas, del conocimiento
científico y académicos se ha realizado a través de los eventos periódicos.
Promovidos por la asociación brasileña de Psicoterapia, en diversas regiones del Brasil y en el Exterior.
En eses eventos han sido propicias para el tratamiento de la diversidad de
intereses teórico-prácticos de los participantes, abarcando la filosofía, ética,
la cultura, los medios de comunicaciones, las políticas publicas, redes sociales, la formación y la investigación adentro de la psicoterapia.
Promovemos, también, reuniones científicas mensuales con el objetivo de
obtener datos relativos a los resultados positivos en El contexto de la expe-
32 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
riencia clínica, para una reflexión de acuerdo con los factores implicados en
la eficacia de la psicoterapia.
Los boletines mensuales de la ABRAP y nuestro sitio de la web, cargados
con las informaciones, artigo científicos y agendas de eventos, son también
herramientas que utilizamos para involucrar a todos los profesionales de la
área para dar conocimiento a su trabajo individual o colectivo.
La asociación Brasileña de Psicoterapia ha estado lista para asegurar que los
principios éticos queda se presentes en la práctica de la Psicoterapia que de
acuerdo con Sigmund Freud es “ La manera más antigua de terapia existente.”
Nosotros propagamos la importancia de que la psicoterapia sea ejercida
por profesionales con la debida preparación y calificadas en los dominios técnicos y experimentales de la Psicología, ” debido a constituir se, técnicamente
y conceptualmente, en un proceso científico de comprensión, análisis e intervención, que se lleva a cabo mediante la aplicación sistematizada y controlada
de métodos y técnicas psicológicas reconocidas por la ética profesional (Artículo primero de su resolución número diez, con la fecha de 20 de diciembre
de 2000 del Consejo Federal de Psicología).
Independientemente de su origen académica, es imperativo que cada terapeuta, en primer lugar, que se comprometan a ayudar a la recuperación de
salud mental de su paciente, comprometiendo se con la restauración del nivel
de calidad de vida cognitiva o emocional, para dar la adquisición de repertorio
para enfrentar sus conflictos y/o trastornos psicológicos.
Específicamente para los psicólogos, el comprometimiento con la práctica
psicoterapéutica que se basa en su código de Ética Profesional.
Si, embargo sentimos la necesidad de una regulación de los diversos referencias teóricas y de las diferentes practicas clínicas, para que las garantías
ya conquistadas suministran, y para evitar que la Psicoterapia se convierta“
Tierra de muchos y de nadie.”
Sin la pretender de ser dueños de los un conocimiento que en principio es
todo acurrucada sobre el, es fundamental no pasar por alto las implicaciones
éticas y sociales de la práctica en la psicoterapia. Una formación con base y de
continuidad, basada en tres pilares: Conocimiento, autoconciencia y supervisión, puede garantizar la eficacia de la psicoterapia en la promoción del bienestar, de la mejora de calidad y da salud general de nuestros semejantes.
Por lo tanto, el orden de las prácticas en la psicoterapia ha sido del orden
nacional la discusión en los consejos Regionales de Psicología. Varios grupos
de trabajo se crearon en diferentes regiones de nuestro país, con la tarea de
escuchar todas las entidades vinculadas a instituciones de investigación, para
la enseñanza y la práctica de la psicoterapia, con el objetivo de establecer parámetros comunes de una discusión.
Para que las visiones de presente y futuro para descubrir los más prometedor, la ABRAP también tiene se propagado a la importancia de establecer y
configurar escuelas comprometidas con la calidad y pertinencia de los conocimientos en el campo terapéutico psicológico a través del proceso de información y formación de los futuros profesionales.
Además, la buena práctica de la psicoterapia pasa “ por una evolución
continua y del profesional de la Psicoterapia, de manera complementaria a su
formación que son guiados por el respecto a la esfera teórica y ética da psicología como ciencia y profesión ", como se explica en el primer párrafo del
artículo dos de la Resolución número 10 se ha mencionado anteriormente.
Por todo esto, la Asociación Brasileña De Psicoterapia tiene como objetivo
de corto plazo, aumentar los espacios de diálogo entre los involucrados en la
práctica y en la busca de la Psicoterapia, la promoción de vínculos con las
instituciones y ciencias.
Como queremos, sobretodo, contribuir cada vez más al desarrollo de la
área mental, el alivio de la angustia, la depresión, la ansiedad y la epidemia de
muchos otros males que aquejan nuestra sociedad contemporánea.
Reafirmamos entonces, el compromiso y la implicación incondicional de la
Asociación Brasileña de Psicoterapia con los objetivos do XI Congreso Latino
– Americano de Psicoterapia e II Congreso Brasileño de Psicoterapia.
• Promover un mejor desarrollo de la Psicoterapia como tratamiento, ciencia y profesión en todos los sectores de la América Latina;
• Asistir la formación, las condiciones de trabajo y de las relaciones de unos
y otros terapeutas de diversas nacionalidades y orientaciones científicas;
• Fomentar la relación entre las asociaciones de cada un de los países-miembros, para un mejor intercambio de información científica y de investigación.
Gracias.
13h30 - 15h30
Teatro
44Dialogando Sobre
Os dilemas atuais na prática clínica.
Los dilemas actuales en la práctica clínica.
AVELINO LUIZ RODRIGUES (Brasil)
SYLVIA MANCHENO DURÁN ( Equador)
Vivência acelerada do tempo e o vazio interior na clínica
contemporânea.
acelerado experiencia del tiempo y el vacío en la clínica
contemporánea.
ALMIR LINHARES DE FARIA (Brasil)
MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)
Sala 301
5 4 Mesa redonda
A formação dos futuros psicoterapeutas: uma perspectiva
generalista ou de especialista?
La formación de los futuros psicoterapeutas: ¿Una
perspectiva generalista o de especialista?
:: O Campo das psicoterapias: problemáticas e competencias na
formação básica generalista.
:: el campo de las psicoterapias: problemas y formación básica en
habilidades generales.
LUIZ EDUARDO VALIENGO BERNI (Brasil)
JULIO SCHRUBER FILHO (Brasil)
:: Formação do psicoterapeuta.
:: Los titulos de psicoterapeuta y la especialidad a la que pertenecen.
RAMON ARTURO MON PINZON (Panamá)
AutOR ReSpONSAbLe: Ramón Arturo Mon
Institución de origen que representa Sociedad Panameña de PsicoterapiaSOPAPSI
Trataré de exponer en líneas generales cuales son los pilares de la formación de un psicoterapeuta según el Consejo Mundial de Psicoterapia y las recomendaciones que ha hecho FEAP (Federación Española de Asociaciones de
Psicoterapia) con la intención de resolver la controversia sobre la Titulación
General vs. Especial de los Psicoterapeutas.
pALAbRAS CLAVeS: Titulación, General, Especialidad
RequeRIMIeNtOS pARA LA pReSeNtACIóN: micrófono, data, etc
MINI CuRRICuLuM AutOR: Doctor en Psicología Clínica Universidad Nacional
Autónoma de Mexico (UNAM); Psicoanalista. Sociedad Psicoanalitica de
México (SPM-IPA). Maestría em estudios de Asia y Africa en el Colegio de
México. Miembro fundador de la Sociedad Panameña de Psicoterapia
(SOPAPSI), de la Sociedad Psicoanalítica de México (SPM), de American
Psychoanalitic Association (ApsaA) y de la American Psychological
Association (APA).
COORDeNADORA/COORDINADORA: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)
Sala 301
54 Mesa redonda
O CAMpO DAS pSICOteRApIAS: pRObLeMátICAS e
COMpetÊNCIAS NA FORMAçÃO báSICA GeNeRALIStA1
Luiz Eduardo V. Berni2
ReSuMO: Apresenta-se a psicoterapia como campo complexo, fazer que compõe a identidade do profissional da Psicologia, área de atuação multiprofissional. Problematiza-se a origem do campo psicoterápico compartilhado com a
“terapia da alma” terapêutica de origem religiosa e/ou tradicional. Analisandose a prática à luz da legislação, conclui-se que se trata de um fazer generalista
comum à todas as práticas psicológicas, sem que com isso, se exclua a possibilidade de aprofundamento por meio de formação especializada.
pALAVRAS-ChAVeS: Psicoterapia, Terapia da Alma, Psicologia, Regulamentação
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 33
Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto
Profissional, Atuação Generalista/Especializada
No Brasil, quando falamos em Psicoterapia é imediata a associação com a
Psicologia, embora não se trate de um fazer exclusivo do psicólogo. Aliás,
psicoterapia não consta do rol das práticas privativas do psicólogo segundo
a legislação vigente (Lei 4.119/62), sendo um campo de atuação multiprofissional. O termo evoca também, uma associação direta com sua forma abreviada – Terapia - sendo muitas vezes compreendida como sinônimo. No
imaginário popular a Psicoterapia, ou simplesmente
Terapia, como é abreviadamente conhecida, é uma ação Clínica individualizada, exercida pelo psicólogo, psiquiatra, psicanalista ou simplesmente terapeuta – ninguém sabe definir ao certo – mas, por um profissional liberal em
consultório particular. Não há dúvida, porém, que a psicoterapia faz parte da
identidade do profissional da Psicologia.
É com estas questões iniciais que pretendo, nessa breve apresentação, discutir o campo das psicoterapias e as problemáticas e competências envolvidas
na formação básica do psicólogo, com foco na descrição do campo e dos problemas a ele circunscritos.
É bastante comum que se encontre psicólogos, inseridos em qualquer
campo de atuação profissional, mesmo fora da Psicologia, ou da área da
Saúde, que, além de sua prática regular, de onde obtém seu sustento, atuem
também como psicoterapeutas. Isso configura essa prática como sendo majoritária em termos de atuação profissional, ainda que muitos pratiquem a psicoterapia apenas como “bico”, ou seja, uma atuação profissional que, em
termos de renda, é apenas assessória, ou complementar, quando não é apenas uma atuação de voluntariado, ligada a uma instituição religiosa, ou assistencial, portanto sem remuneração.
Quando se olha para esse campo de atuação profissional, nem sempre é
fácil divisar sua complexidade, isso torna bastante difícil definir o que seja
Psicoterapia. Tal complexidade tem raízes históricas, que se perdem na aurora
dos tempos, pois uma visão especializada, disciplinar, ou cientifica é algo bastante recente, mesmo na Cultura Ocidental.
Numa perspectiva histórica, integral ou holística a “Terapia da Alma”, forma
evocada pela etimologia do termo psicoterapia, cunhado apenas no século
XIX pelo médico Daniel Hack Tuke (ROUDINESCO, 2005, II, pág. 1), pode ser
situada entre a Religião e a Saúde, um reflexo de uma ação humana no sentido
de favorecer, facilitar, uma propensão inerente ao organismo, qual seja a autorecuperação. Aliás, a grande maioria das formas de “cura” é baseada nesse
fator constitucional aos organismos vivos.
Como todo Saber Tradicional (conhecimento prático), a Terapia da Alma
se construiu (perenizou) ao longo do tempo, em diferentes culturas tendo
como método a tentativa/erro (método tradicional) e a transmissão oral. Nos
dizeres de uma das Tradições Africana: “de boca perfumada a ouvidos dóceis3”. A Religião, qualquer uma que seja, é permeada de recursos psicológicos, para a prática da Terapia da Alma.
Evidentemente seus fundamentos residem na compreensão e aplicação dos
elementos da doutrina (dogma) às necessidades do paciente (irmão) e se pereniza socialmente, a partir de uma eficácia mito-simbólica (acordo intersubjetivo a partir da confissão de fé) cujo sentido é construído de pessoal, ao se
ajustar o comportamento individual ao sentido dado à coletividade (dever)
pela Tradição.
A estrutura terapêutica a Terapia da Alma, se dá a partir da escuta que é de
ordem simpática, do grego symphatheia4 (capacidade de sentir o mesmo que
o outro), ou do latim simphathia (comunhão de sentimentos)5. Uma escuta
qualificada que proporciona o acolhimento da demanda e o entendimento da
queixa. A simpatia é centrada exclusivamente na intuição emocional e se realiza por semelhança (ROGERS, KINGET, 1975) seu ponto fulcral é a capacidade de esquecer a si mesmo e mergulhar no universo do outro.
Além da capacidade de intuir o outro, a capacidade de influenciar o outro a
agir de determinado modo é igualmente fundamental6. Este é o fundamento
da sugestão – base tradicional no tratamento, que é o “processo pelo qual uma
pessoa, sem discutir, dar ordens ou coagir, induz diretamente outra pessoa a
atuar de certo modo ou aceitarcerta opinião.” (NICK, 1982). A sugestão7 é o
apoio da cura imediata promovida pelo terapeuta, na adaptação à ordem do
mundo (ajustamento ao fundamento da tradição) que irá ativar aquilo que hoje
é conhecido como “efeito placebo” (ou a capacidade organísmica para autorecuperação) (ROUDINESCO, 2005) é a raiz, também, para o estabelecimento
de uma relação de confiança que possibilita o vínculo. Cabe destacar que a importância social que as profissões regulamentadas têm na sociedade por si só
confere aos profissionais um lugar confiável no imaginário da população.
Algumas vezes a confiança pode ser aprofundada pelo vínculo, por meio
de recursos complementares, ou na Prescrição Terapêutica Tradicional adotada pelo terapeuta, sempre à luz da Tradição. Estas podem ser realizadas pelo
profissional, tais como a imposição de mãos (passes, bênçãos, trabalhos,
simpatias, etc.), ou ainda por práticas mediadas pelo próprio paciente (autossugestão), (orações, meditações, rituais, reflexões, etc.)
Como Prática Profissional (conhecimento técnico-teórico), a Psicoterapia
se construiu apenas muito recentemente, a partir do modelo da Terapia da
Alma, atrelada ao discurso científico (ROUDINESCO, 2005), em função da necessidade imposta à Ciência Psicológica de ocupar o lugar outrora pertencente
à Tradição Religiosa (WILBER, 1998) na produção (coletiva) de subjetividades. Sobretudo a partir do Iluminismo tendo como método “o científico”, fundamentando-se, portanto, na análise do comportamento, ao buscar os
elementos comuns às populações (sociedades) estudadas, que acabam por
encontrar sua expressão nos diferentes construtos teóricos.
A forma desse conhecimento se perenizar na sociedade é dá a partir da evidência lógico-epistêmica (acordo intersubjetivo a partir da laicidade, ou da
exclusão metodológico do transcendente), na construção pessoal da individualidade. A Psicanálise seja, talvez, seu modelo paradigmático8.
Duas coisas são importantes de serem destacadas: Primeiro - Esses dois
modelos convivem ainda hoje na sociedade ocidental;
Segundo - Os recursos utilizados para a prática de ambos são basicamente
os mesmos.
O recurso fundamental para o diagnóstico da problemática é o da Escuta
Qualificada e para o tratamento é a Sugestão.
No caso da Psicoterapia a escuta é igualmente fundamental, todavia esta é
de ordem empática, função que se assemelha à simpatia, mas difere desta
por incluir elementos racionais, analíticos, tratando-se, pois, de um conceito
próprio da Psicologia
(ROGERS, KINGET, 1975). Fundamenta-se não no reconhecimento intuitivo
das semelhanças, mas na percepção analítica das diferenças, pressupondo,
portanto a alteridade, sem que se perca a comunhão estabelecida com o outro.
O ponto fulcral da empatia é capacidade de manutenção da individualidade do
terapeuta, ou seja, a capacidade do terapeuta de manter-se ciente das diferenças entre ele a seu paciente.
A sugestão (o hipnotismo) todavia, são recursos metodológicos básicos
igualmente utilizados, todavia, o que se busca é a ativação dos processos idiossincrásicos inerentes à pessoa atendida que são, normalmente, descritos pelas
abordagens9, por meio das construções teóricas que se materializam nos Projetos Terapêuticos Singulares que delas decorrem onde devem estar garantidos
o respeito à liberdade de orientação e a capacidade de escolha do paciente.
Procurando-se o termo Psicoterapeuta na Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) encontraremos os seguintes indicadores: a) Médico Psicoterapeuta e b) Psicoterapeuta. Tanto a descrição dos médicos quanto dos
psicoterapeutas incluem todas as especialidades médicas e psicológicas. Ou
seja, à luz da CBO do Ministério do Trabalho todos os psicólogos (todas as
Psicologias) são compreendidas como formas de psicoterapia, elemento reforçado pela ANS (Agência Nacional de Saúde), por meio Resolução Normativa 167/2007 que apresenta regulamentação para a Lei 9.656/98, em seu
Artigo 14, alínea IV, reconhece que tanto o médico, quando devidamente habilitado (portanto nem todos estão), quanto o psicólogo (sem fazer distinção,
portanto todos estão) podendo atuar como psicoterapeutas.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Psicologia traz por uma de suas metas, como não poderia deixar de ser, o foco
na atuação profissional, com direcionamento para a área da Saúde em todos
os seus âmbitos (promoção, proteção e reabilitação). Essa articulação na formação se dá numa perspectiva de desenvolvimento de competências compreendidas como a capacidade para mobilizar, conhecimentos, habilidades e
atitudes adequadas frente aos problemas impostos pela realidade dos profissionais, nos diferentes contextos de atuação. O elenco de competências contempla a psicoterapia (Art.8º, XII). As competências, por sua vez, apoiam-se
em habilidades de “observação” (Art.9º, III), “entrevista” (Art.9º, IV); “descrever, analisar e interpretar manifestações verbais e não verbais como fonts primárias de acesso aos estados subjetivos (Art. 9º, VI), todos elementos que
ajudam o profissional a qualificar a Escuta.
Assim, tomando as linhas gerais aqui apresentadas, e, considerando-se o
campo compartilhado, ainda que de forma problemática; e, fugindo-se de uma
visão estereotipada e reducionista, parece ser possível afirmar que a formação
em Psicologia no Brasil, quando bem realizada, é claro, confere ao profissional
condições para que ele possa atuar como psicoterapeuta, sendo esta a função
básica prevista em sua formação.
Isso não exclui a possibilidade de que, ao término da formação generalista
os profissionais possam especializar seus conhecimentos técnicos por meio
de formações específicas, de modo a profundar seus conhecimentos uma determinada linha de atuação teórica e, neste, sentido tornem-se especialistas
numa determinada abordagem.
1 Trabalho apresentado no XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapia, II Congresso Brasileiro de Psicoterapia – Mesa Redonda “A formação dos futuros psicoterapeutas: Uma perspectiva generalista ou de especialista?” em 19/08/2015.
2 Psicólogo (CRP06-35863), Doutor em Psicologia (USP), Mestre em Ciências da Religião (PUCSP), Conselheiro Presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF)
do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRPSP) gestão 2013-2016. E-mail:
[email protected]
3 Conforme mencionado pela Profa Dra Ronilda Iyakemi Ribeiro, estudiosa da tradição
34 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Ioruba. 4 Pathos do grego (sentimento, paixão)
5 http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/simpatia/
6 Trata-se de uma capacidade inerente ao humano, quando rimos há uma tendência do
outro responder com um sorriso, o mesmo com o choro, etc.
7 Segundo Roudinesco (2005), em termos psicanalíticos, a sugestão é o fundamento
da relação transferencial.
8 Refiro-me aqui à estrutura da teoria psicanalítica, bem como ao modelo de formação
estruturado no tripe (Estudo, Supervisão, Análise).
9 Individuação (Jung); Autoatualização (Maslow); Autorealização (Rogers), entre outros.
ReFeRÊNCIAS
BRASIL, Conselho Federal de Psicologia, Resolução 10/05 – Código de
Ética
Profissional. DF: 2005.
____. Ministério da Educação, Resolução 5/2011 – Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Curso de Graduação em Psicologia. DF: 2001.
____. Ministério da Saúde, ANS, Resolução 167/07. DF: 2007.
CABRAL, A. NICK, E. Dicionário Técnico de Psicologia. SP: Cultrix, 1982.
ROGERS, C.R. KINGET G.M. Psicoterapia e Relações Humanas. Vol. 1. BH:
Interlivros, 1975.
ROUDINESCO, E. O Paciente, o Terapeuta e o Estado. RJ: J. Zahar, 2005.
(ebook).
WILBER, K. A União da Alma e dos Sentidos. SP: Cultrix, 1998.
Sala 301
54 Mesa redonda
LOS tÍtuLOS De pSICOteRApeutA Y LA eSpeCIALIDAD A
LA que peRteNeCeN.
Dr. Ramón A. Mon
Confrontados con problemas similares a los nuestros en Latinoamérica con
respecto a la práctica de la psicoterapia, La Federación Española de Psicoterapeutas, promulgó un Documento Marco de Consenso en el que abordan la
falta de regulación de la Psicoterapia y de sus diferentes modelos. Se refirieron
a la “atomización y comportamiento aislado de las organizaciones que se interesan por la promoción de la Psicoterapia científica y de calidad”. Sugerían
que la acreditación se basara en una definición de parámetros y requisitos
teórico-prácticos que los interesados deben presentar en forma rigurosa para
poder obtener dicha acreditación.
Iniciemos esta presentación con una definición de Psicoterapia, a la que
nos hemos adherido en SOPAPSI, y que bien sirve a los propósitos y fines de
los diferentes modelos de psicoterapia por ser abarcadora.
Como definir psicoterapia:
“Un tratamiento científico, de naturaleza psicológica que, a partir de manifestaciones psíquicas o físicas del malestar humano, promueve el logro de
cambios o modificaciones en el comportamiento, la adaptación al entorno, la
salud física o psíquica, la integración de la identidad psicológica y el bienestar
de las personas o grupos tales como la pareja o la familia”
E igualmente nos adherimos a la Declaración de Estrasburgo firmada en
octubre de 1990 y que ha servido para fundamentar, desde sus principios, el
modelo de acreditación que proponemos.
DeCLARACIóN De eStRASbuRGO SObRe LA pSICOteRApIA De 1990
Tomando en cuenta los fines de la Organización de la Salud (WHO) y los
acuerdos válidos de no-discriminación y al principio de movimiento libre de personas y servicios dentro del marco de la Unión Europea y dirigido a los países
del Área Económica Europea, los firmantes sostienen los siguientes puntos:
1. La Psicoterapia es una disciplina científica independiente, cuya práctica
representa una profesión libre e independiente.
2. El entrenamiento en psicoterapia tiene lugar a un nivel avanzado, calificado y científico.
3. Los multiples métodos psicoterapéuticos se garantizan y reconocen.
4. Un entrenamiento en psicoterapia involucra la teoría, la experiecia personal y la práctica bajo supervision. Se adquiere además, el conocimiento correcto de varios procesos psicoterapéuticos.
5. El acceso al entrenamiento se logra mediante varias calificaciones preliminares, en particular en ciencias sociales y humanas.
Estrasburgo, 21 de octubre de 1990.
II
Con respecto al primer principio debo aclarar que el ejercicio de la Psicoterapia en Panamá, como una profesión libre e independiente, no esta reconocida ni regulada. Sin embargo, existe un Consejo de Psicología que
reconoce la práctica de la Psicoterapia por profesionales que sean Psicólogos
Clínicos Idóneos, es decir, que hayan cursado sus estudios de Licenciatura y
Especialización en un centro educativo reconocido por el Estado y avalado por
el Consejo Técnico de Psicología. Igualmente sucede con los Psiquiatras,
quienes para poder ejercer, deben obtner la acreditación dada por el Consejo
Téctico del Ministerio de Salud.
Existen en nuestro país distintos métodos y modelos psicoterapéuticos en
funcionamiento y que son reconocidos por la Sociedad Panameña de Psicoterapia (SOPAPSI) como son la Psicoterapia Psicodinámica, la Terapia Cognitiva-Conductual, la Terapia de Familia y Pareja y las Terapias Humanisticas
dentro de las cuales se incluye a la Terapia Gestaltica y a la Transaccional. Es
decir, con respecto a los principios de la Declaración de Estrasburgo, cumplimos con el III Principio habla de reconocer multiples métodos psicoterapéuticos de bases reconocidas.
Igualmente, a Sociedad Panameña de Psicoterapia se adhiere a los tres
aspectos básicos de la formación en Psicoterapia, estipulados en la Declaración de Estrasburgo que son a) Teoría, b) Supervisión y c) Experiencia terapéutica personal.
A partir de este punto los requisitos básicos comienzan a variar porque los
distintos modelos exigen diferentes cantidades y tipos de horas de supervisión
y de cantidad de horas y tipos de experiencia terapéutica personal. Algunos de
estos requisitos son obtenidos en los claustros universitarios y otros en Institutos y Centros Privados de formación que difieren bastante en sus exigencias. Por ejemplo, los estudiantes del Doctorado en Psicología Clínica de la
Universidad Santa María la Antigua (USMA) cumplen en el claustro universitario con los requisitos de la Teoría y la Supervisión pero deben adquirir sus
horas de psicoterapia personal fuera de la universidad con profesionales que
hayan sido previamente aprobados por el Consejo de Posgrado de la USMA.
En forma similar los Terapeutas Familiares y de Pareja se forman en el ámbito
universitario y adquieren su experiencia terapéutica personal, por lo general y sin
ser un requisito indispensable en su formación, con psicoterapeutas del medio.
Tamto los Terapeutas Familiares y de Pareja, de la Maestría en Psicología Clínica
de Niños y Adolescentes como los candidatos doctorales en Psicología Clínica
pueden utilizar la Clínica Psicológica Universitaria María Eugenia de Alemán para
realizar sus prácticas. Sin embargo, no es obligatorio llevaras a cabo en esta clínica sino que lo pueden hacer en agencias privadas de carácter social o ONGs.
Los Terapeutas Cognitivo-Conductuales pueden obtener su formación teórica en la Universidad pero las horas de supervisión las realizan con un Instituto Privado como es el Albert Ellis o el Aaron Beck en los Estados Unidos.
Los estudiantes del modelo Cognitivo-Conductual tienen pocas horas de experiencia terapéutica personal, no siendo un requisito formal de su entrenamiento, y en nuestro país lo hacen mediante sesiones grupales que hasta el
momento han sido conducidas por terapeutas del exterior.
Como se puede observar, las variaciones en los requisitos de un modelo a
otro en lo concerniente a los tres pilares de la formación estipulados por Estrasburgo, son grandes y nos aboca a buscar una solución en cuanto a la acreditación de Psicoterapeuta que ofrece la Federación Latinoamericana de
Psicoterapia (FLAPSI). Me inclino a pensar que dadas estas diferencias, se
emita un certificado de Psicoterapeuta con nombre y apellido, es decir, se
puede emitir como Psicoterapeuta - modelo Psicodinámico o Psicoterapeuta
- modelo Cognitivo-Conductual etc. siempre y cuando las distintas Sociedades
que conforman la Federación sean las encargadas de presentar a los candidatos, previa revisión de sus credenciales y que estas certificaciones sean revisadas y avaladas por la Comisión de Acreditación de FLAPSI.
En Panamá, a través de la Sociedad Panameña de Psicoterapia, estamos de
acuerdo con los cinco principios de la Declaración de Estrasburgo y trataremos
de mantenernos funcionando dentro de ellos con un espíritu abierto pero al
mismo tiempo exigentes del cumplimiento de los principios que señalan.
1. Federación Española de Asociaciones de Psicoterapeutas (FEAP). 2011.
www.featf.org/guia-de-procedimiento.php
2. Sociedad Panameña de Psicoterapia. https://psicoterapia
3.wordpress.com/tag/declaracion-de-estrasburgo-sobre-la-psicoterapia/
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 35
Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto
13h30 - 15h30
Sala 302
Venezolana de Psicoterapia, la Federacion Latinoamericana de Psicoterapia
y el World Council for Psychotherapy. Profesor invitado de la Universidad
“Sigmund Freud” de Viena, Austria.
64Mesa redonda
em foco a pessoa do terapeuta: estratégias propostas na
formação para a pessoa do terapeuta.
Centrados en la persona del terapeuta: estrategias
propuestas en la formación de la persona del terapeuta.
:: O que faz de uma pessoa um psicoterapeuta?
:: ¿Qué hace a una persona, ser un psicoterapeuta?
RICARDO REGO (Brasil)
tema: O que faz de uma pessoa um psicoterapeuta?
Formação e informação.
ReSuMO: Formar um psicoterapeuta requer o desenvolvimento de diversos
tipos de habilidades. Uma parte dos requisitos necessários diz respeito à absorção de informações relevantes: teorias que propiciem um embasamento
para a compreensão das dinâmicas psíquicas, elementos para a compreensão
do manejo do setting, uma visão de psicopatologia, ética, entre outros. Mas
existe toda uma outra parte que não pode ser passada desta forma: a capacidade de empatia e de introspecção, o treinamento quanto à percepção de elementos de comunicação não-verbal, a postura de neutralidade etc.
Em muitos cursos de formação, é dada ênfase praticamente absoluta à informação, às aulas que buscam capacitar o aluno a se apoderar dos conceitos
fundamentais da abordagem ensinada. O desenvolvimento dos demais aspectos é deixado quase que inteiramente à análise didática. Em cursos de formação é muito raro encontrar-se dispositivos como os existentes em faculdades
de Psicologia, salas especiais nas quais o aluno em formação atende enquanto
a sessão é observada pelo supervisor e depois comentada.
Nos cursos de Psicologia Biodinâmica, do mesmo modo que em outras
escolas neorreichianas, há o costume de que as vivências e a experiência
com exercícios corporais sejam parte das aulas, o que cria uma forma diferente de ensino. Serão comentadas algumas das vantagens e desvantagens desta metodologia.
:: estratégias de formação em psicoterapia no âmbito universitário.
:: estrategias de formación en psicoterapia en el ambito universitario.
GUILLERMO GARRIDO (Panamá)
ESTRATEGIAS DE FORMACION EN PSICOTERAPIA EN EL AMBITO
UNIVERSITARIO
ReSuMeN: En base a la relación originaria entre el Psicoanálisis y su enseñanza en las universidades, discutida a partir del trabajo publicado por Freud
en 1919 titulado; “ Debe enseñarse psicoanálisis en las universidades?”, se
discute la importancia de que la psicoterapia psicoanalítica y otras psicoterapias diferentes, pueden y deben ser enseñadas en la universidades, a través de diferentes niveles académico, desde cursos elementales en los nivel
de pregrado, como en cursos especializados en niveles de postgrado, hasta
la formación completa de un psicoterapeuta entrenado y certificado de
acuerdo a los estándares internacionales. Se enfatizan los modelos actuales
y ofertas de formación por parte de diferentes universidades en el mundo
ahora existentes, un hecho que no habría sido imaginado hasta hace muy
pocos años y que ha hecho posible el estudio y formación de psicoterapeutas desde el pregrado y licenciaturas como resultado y consecuencia del reconocimiento y establecimiento de la psicoterapia no sólo como ciencia sino
también como profesión independiente.
Finalmente de discute la importancia de esta relación entre psicoterapia y
universidades no solo para los psicoterapeutas y las universidades mismas,
sino fundamentalmente para el desarrollo, crecimiento y validación ante la comunidad de la psicoterapia por la posibilidad de beneficiarse y enriquecerse
de programas de investigación auspiciados y desarrollados por los recursos
y metodologías que le son propios a las universidades.
pALAbRAS CLAVeS: Formación psicoterapeuta; Universidades, validación,
investigación.
CuRRICuLuM bReVe: Médico especialista en medicina interna y psiquiatria de
la Universidad Central de Venezuela. Psicoanalista de la Asociacion Venezolana de Psicoanalisis, miembro IPA y FEPAL. Psicoanalista didacta director
del Instituto de Psicoanalisis de Panamá. Secretario general, miembro fundador y representante ante ONU del World Council for Psychotherapy. Ex
presidente y miembro fundador de la Federacion Latinoamericana de Psicoterapia. Fundador y ex presidente de la Asociacion Venezolana de Psicoterapia (AVEPSI). Psicoterapeuta y Supervisor certificado por la Asociacion
:: estratégias propostas para a formação do psicoterapeuta em âmbito
universitário
:: propuesta de estrategias para la formación de los psicoterapeutas en
el ambito universitario.
TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)
Neste trabalho problematizam-se aspectos da formação de psicoterapeutas
em cursos de bacharelado em Psicologia. Para tanto se consideram: (1) as
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs); (2) a psicoterapia como desdobramento da Clínica mais reconhecido pela população como prática do psicólogo
brasileiro; (3) a carga horária mínima prevista para formação de psicólogos;
e (4) a inexistência de mecanismos que requeiram formação continuada, após
a graduação, para a prática da psicoterapia no Brasil. Nos cursos de Psicologia
a formação em psicoterapia tem ocorrido integrada ao rol de atividades que
um psicólogo pode desenvolver, porém, nem sempre ela é focalizada como
algo prioritário. Isso ocorre devido à natureza das atuais DCNs, que permitem
proposições de ênfases curriculares flexíveis o suficiente para não haver aprofundamento no campo das psicoterapias. Assim, a Psicologia brasileira concebe bacharéis habilitados de modo genérico para a prática psicoterapêutica,
ainda que: (a) não tenham tido treinamento para tal, ou (b) tenham tido experiências em estágios clínicos, mas que não necessariamente contemplem
práticas específicas e fundamentais requeridas ao trabalho do psicoterapeuta,
sendo a psicoterapia pessoal um exemplar. A partir dessas considerações, é
possível a Psicologia propor diretrizes que o graduado deve seguir para prestar serviços como psicoterapeuta, sem com isso incorrer no raciocínio da “especialização”? Esse tipo de reflexão/debate é desejável para a categoria
profissional? Defende-se o momento histórico como oportuno para instituições reguladoras e formadoras de psicólogos esclarecerem estratégias políticas e didático-pedagógicas, que objetivem consolidar o papel social da
profissão dos psicoterapeutas e a prática psicoterapêutica no país.
COORDeNADORA/COORDINADORA: MARIELA GOLBERG (Uruguai)
13h30 - 15h30
Sala 303
74Mesa redonda
quem pode exercer a função de psicoterapeuta?
¿Quién puede ejercer la función de psicoterapeuta?
:: história da formação do campo de trabalho do psicoterapeuta
moderno e sua relação com a psicologia clínica.
:: historia de la formación en el campo del trabajo del psicoterapeuta
moderno y su relación con la psicología clínica.
MARCELO NICARETTA (Brasil)
:: Desafios do exercício da psicoterapia no atual cenário de Demandas
Sócio Sanitárias na América Latina.
:: desafios del ejercicio de la psicoterapia en el actual escenario de
demanda socio sanitaria en Latinoamérica.
RICARDO WERNER SEBASTIANE (Brasil)
:: tornar-se psicoterapeuta: Demandas, dificuldades, aprendizados e
leituras possíveis em contextos de formação e transformação.
:: hacerse psicoterapeuta: demandas, dificultades, aprendizados y
lecturas posibles en contextos de formación y transformación.
FABIO SCORSOLINI (Brasil)
O objetivo desta apresentação é refletir sobre as experiências de aproximação de jovens psicoterapeutas do universo clínico, abarcando possíveis dificuldades, demandas e aprendizados decorrentes desse processo. Para tanto,
sirvo-me de duas experiências: a primeira delas refere-se ao contexto de formação, como supervisor de estágio clínico junto a estudantes de Psicologia,
em um projeto de preparação para a aposentadoria; a segunda refere-se ao
contexto de transformação e recupera minha experiência como psicoterapeuta
em uma comunidade religiosa ligada à umbanda. No estágio, foram destaca-
36 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
dos aspectos como os treinamentos para os primeiros atendimentos, as inseguranças inerentes ao processo de entrar em contato com um outro até
então desconhecido, bem como a dificuldade de tratar do tema da aposentadoria com jovens psicoterapeutas que estavam iniciando as suas atividades
profissionais. Na comunidade religiosa, o desafio foi desenvolver uma proposta clínica em um ambiente relacionado à cura e às práticas espirituais, acolhendo a espiritualidade do outro e promovendo reflexões sobre como é
situar-se como psicoterapeuta nesse cenário religioso, místico e que compartilha determinadas crenças que se atualizam no domínio clínico. Ambas as experiências relatadas revelam o processo de tornar-se psicoterapeuta como
algo relacionado não apenas ao domínio de um conjunto de técnicas e saberes, mas a uma atitude de disponibilidade de estar com o outro, conhecer sua
comunidade de referência, suas crenças e cultura, a fim de permitir uma escuta autêntica, próxima e que potencialize o crescimento pessoal.
Prof. Dr. Fabio Scorsolini-Comin é psicólogo, com mestrado, doutorado e
pós-doutorado em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Professor adjunto do
Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
(UFTM), onde é Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
Coordenador do Laboratório de Investigações sobre Práticas Dialógicas e Relacionamentos Interpessoais (PROSA-CNPq).
COORDeNADORA/COORDINADORA: GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)
13h30 - 15h30
Sala 305
84Mesa redonda
Desafios terapêuticos na atualidade.
desafios terapêuticos en la atualidad.
:: psicoterapia nas situações traumáticas e catastróficas.
:: psicoterapias en situaciones traumáticas y catastróficas.
JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)
:: A psicoterapia nos serviços públicos.
:: La psicoterapia en los servicios públicos.
CINTIA BRAGHETO FERREIRA (Brasil)
13h30 - 15h30
Sala 307
94Mesa redonda
Refletindo sobre a implicação da religião na prática clínica.
reflexionando sobre las implicaciones de la religión en la
práctica clínica.
:: Algumas concorrências entre a psicologia e a religião.
:: algunas competiciones entre la psicología y la religión.
ÊNIO BRITO PINTO (Brasil)
ReSuMO: Partindo de minha experiência clínica e de uma visão baseada na
abordagem gestáltica, apoiando-me também em observações que faço em
discussões com psicólogos sobre a religião, pretendo levantar aqui algumas
reflexões sobre uma área de encontros (e desencontros) entre a psicologia e
a religião que precisa ser mais debatida, a área delimitada pelas concorrências
entre a religião e a psicologia em nossos dias. Minha esperança é ajudar especialmente os psicólogos a adentrarem com o mínimo de preconceito possível nos estudos sobre o campo religioso em sua interface com a psicologia,
em especial com a psicoterapia.
Há uma inevitável concorrência entre esses importantes meios humanos de
compreensão da realidade. Este trabalho visa clarear um pouco mais essa concorrência, na esperança de que uma vez explicitado e compreendido esse fato,
ambas, psicologia e religião, possam cumprir seu fim último – colocar-se a serviço do homem em seu mundo – de forma ainda mais inteira, honesta e útil.
Caminharei com Eliade, para quem não dispomos de uma palavra melhor
que religião para exprimir a experiência do sagrado: “o termo religião é útil
desde que se veja que ele não implica uma crença em Deus ou deuses, mas
refere-se à experiência do sagrado, e, conseqüentemente, é ligado às idéias
de ser, de significação e de verdade.”
A discussão do tema se apoiará nas acepções da palavra “concorrer” para
refletir sobre as concorrências entre a religião e a psicologia. Seguirei a ordem
dos principais sentidos registrada no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa disponível na internet (www.houaiss.uol.com.br).
ReFeRÊNCIAS bIbLIOGRáFICAS:
ReSuMO: A Psicologia é uma profissão que tem sido convidada a construir possibilidades de cuidado cada vez mais articuladas com as demandas dos indivíduos que buscam os serviços públicos de Psicologia para atendimento, assim
como adaptadas às próprias características institucionais dos referidos serviços.
Todo esse contexto requer que o profissional de Psicologia construa adequações de referenciais teóricos capazes de responderem de forma eficaz a todas
essas demandas. Portanto, tomando como ponto de partida todas essas construções, relata-se como algumas possibilidades oferecidas pela posição construcionista social, como o engajamento relacional com a comunidade, a
curiosidade e a abertura à multiplicidade dos discursos e à mudança, podem
potencializar o cuidado em saúde articulado ao campo da clínica ampliada, possibilitando assim transformações em duas grandes frentes, a saber: no próprio
atendimento clínico, assim como na formação de futuros psicoterapeutas.
pALAVRAS-ChAVe: saúde pública, clínica ampliada, construcionismo social.
MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga. Mestre e Doutora em Enfermagem em Saúde Pública pela USP. Tem experiência na área de Psicologia com concentração em
Psicologia da Saúde e ênfase em intervenção terapêutica, atuando principalmente nos seguintes temas: psicologia da saúde, saúde pública, equipe de
saúde, família e construcionismo social. Atualmente é professora adjunta do
curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí.
Créditos que caracterizam a produção científica e experiência profissional
da autora responsável: FERREIRA, Cintia Bragheto ; ALMEIDA, Ana Maria de.
Breast cancer and marriage. 1. ed. Saarbrücken: VDM Verlag Dr. Müller, 2010.
v. 01. 10
:: A psicoterapia frente a violência familiar incluindo o agressor.
:: La psicoterapia frente a la violencia familiar incluyendo al agresor.
DALKA CHAVES DE ALMEIDA FERRARI (Brasil)
COORDeNADOR/COORDINADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)
BERNI, L. E. V. Subjetividade Transdisciplinar: A Construção de um Campo
Epistemológico Integrado. Anais I do Congresso Internacional Pessoa e Comunidade: fenomenologia, psicologia e teologia e III Colóquio Internacional
de humanidades e humanização da saúde. IPUSP, 2014.
CRPSP. – Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. Psicologia, Laicidade, Espiritualidade Religião e os Saberes Tradicionais. SP: CRPSP, 2014.
ELIADE, M. La Nostalgie des Origines – Méthodologie et Histoire des Religions. Paris: Éditions Gallimard, 1978
PARGAMENT, K. I. Spiritually Integrated Pisichotherapy: Understanding
and addressing the sacred. New York: The Guilford Press, 2007
PASSOS, J. D. e USARSKI, F. Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo:
Paulinas e Paulus, 2013
PINTO, Ê B. Espiritualidade e Religiosidade: Articulações. Disponível em
www.pucsp.br/rever/rv4_2009/t_brito.pdf, acess. em 23/03/2010. As Ciências
da Religião Aplicadas à Psicologia. em PASSOS, J D. e USARSKI, F. Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulinas e Paulus, 2013, p. 677-690.
RODRIGUES, R. L. O fim da respublica christiana: as dinâmicas confessionais e a pré-história da noção de laicidade. Revista Teologia em Questão, ano
XII, Taubaté: Faculdade Dehoniana, 2013, p. 09 - 36
:: Os psicólogos e as demandas religiosas na clínica psicológica.
:: Los psicólogos y las demandas religiosas en la psicología clínica.
MARILIA ANCONA LOPES (Brasil)
:: A ética na prática clínica das questões religiosas.
:: La ética en la práctica clínica de las cuestiones religiosas.
MARIA LUIZA SCROSOPPI PERSICANO (Brasil)
COORDeNADOR/COORDINADOR: ENIO BRITO PINTO (Brasil)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 37
Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto
3h30 - 15h30
Sala 308
104Workshop/taller
O self do psicoterapeuta.
el self del psicoterapeuta.
MARIA VILMA CHIORLIN (Brasil)
3h30 - 15h30
Sala 309
114Workshop/taller
O brinquedo e o espaço energético na relação terapeutabrinquedo-criança.
el juego y el espacio energético en la relación terapeutajuego-niño.
BRASILDA ROCHA (Brasil)
13h30 - 15h30
Sala 310
124Workshop/taller
Arte-psicoterapia: cores, símbolos, imagens e formas com
expressão de si e caminho de autoconhecimento.
psicoterapia de arte: colores, símbolos, imágenes y formas
con expresión de ruta de autoconocimiento.
SELMA CIORNAI (Brasil)
MARIA BETANIA PAES NORGREN (Brasil)
144Comunicação oral/ Comunicación Oral
CO16:: Reatividade e evitação no DSM-5: uma análise dos critérios
diagnósticos dos transtornos de personalidade e seu modelo
alternativo.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
TULIO R. T. PEIXOTO
A prática clínica demonstra que quem procura assistência em saúde mental
tem duas dificuldades básicas: estabelecer/manter relacionamentos interpessoais positivos; e sustentar um sentido de valor pessoal (autoestima). Partindo
dessa constatação, este autor analisou os critérios diagnósticos de Transtornos
de Personalidade do DSM-5, relacionados a Medo (nas relações interpessoais).
A metodologia utilizada foi de análise de conteúdo, trabalhando com categorias,
num enfoque interpretativo social-construcionista. Consistiu em três etapas:
1) Leitura intensiva dos capítulos específicos no DSM-5 (Seções II e III), concomitante à interpretação e codificação dos termos e expressões relacionadas
a Medo, utilizadas nos critérios diagnósticos e na caracterização dos transtornos de personalidade; 2) Categorização dos termos coletados; e 3) Análise dos
dados. Os resultados revelam, entre outras coisas, haver descritores explícitos
ou implícitos relacionados a medo em todos os tipos de transtornos de personalidade. Entre os tipos de medos presentes estão: medo de crítica (e/ou necessidade de reconhecimento); rejeição; abandono; inadequação; submissão;
dano; imperfeição; descontrole. Basicamente, evocando dois tipos de atitudes
por parte do indivíduo: reatividade e evitação (podendo esta última, em alguns
casos, ser considerada reatividade). Foi possível também inferir que quanto
maior a sensibilidade (medo) e a inflexibilidade, maior a reatividade, que afeta
e é afetada pela autoimagem. Essas e outras constatações ampliam a compreensão diagnóstica desses transtornos, beneficiam as respectivas estratégias
de intervenções terapêuticas e ensejam pesquisas posteriores.
pALAVRAS-ChAVe: Relações Interpessoais, Auto-imagem, Medo, Reatividade,
Evitação.
MINI-CuRRICuLO: Psicólogo, Psicoterapeuta, Especializando em Logoterapia e
Análise Existencial pela ALVEF - Curitiba/PR.
CO18:: Características del self en pacientes con transtorno obsesivo
compulsivo: una aproximación desde enfoque integrativo
supraparadigmatico.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
TEXIA BEJER TAJMUCH
En la presente investigación, se intenta comprender el trastorno Obsesivo
Compulsivo (TOC) más allá de los síntomas, como una forma de planear estrategias de intervención diferentes y que ayuden a aliviar el sufrimiento de
los pacientes. Se toma el marco referencial del Enfoque Integrativo Suprapradigmático, así el objetivo general sería describir las funciones del Self propuestas por este enfoque, en pacientes que sufre TOC. El tipo de investigación
es no experimental, descriptiva y transaccional. La muestra es de 18 pacientes
del consultorio dependiente del Instituto Chileno de Psicoterapia Integrativa
y que responden la Ficha de Evaluación Clínica Integral (FECI). El análisis se
realizó con el programa SPSS en los estadísticos Chi cuadrado y t-student.
De los resultados se obtiene que las funciones del Self se verían todas comprometidas, habiendo una “irradiación” desde los aspectos biológicos que interfieren y definen el como el sujeto se ve a sí mismo, como interpreta el
mundo. como logra armarse internamente y cuanto es capaz de plantearse
metas más allá del trastorno. Así aunque las funciones del Self aparecen alteradas, se puede observar una alteración “diferencial” en donde algunas podrían estar más determinadas desde el funcionamiento más estable del sujeto
y otras más desde los aspectos biológicos.
pALAbRAS CLAVeS: TOC, EIS, Funciones del Self.
Requerimientos para la presentacion: microfono, data
MINI CuRRICuLuM AutORA: Es psicoterapeuta y supervisora acreditado, realiza docencia en pre y post-grado en diversas universidades del país. Siendo docente
de planta en la Universidad Santo Tomas y encargada del área clínica adulta en
el Centro de atención CAPs de la Escuela de Psicología de esta casa de estudios.
Por otro lado ejerce como Psicoterapeuta clínico en forma particular y como
parte del equipo clínico de los consultorios del Instituto Chileno de Psicoterapia
Integrativa (desde 1997). Autora de varios artículos de revista ACPI
CO65:: transferência e contra-transferência na psicoterapia de pacientes
bordelines.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
ELIANA DE OLIVEIRA TEIXEIRA
Situado como um eixo mediano entre duas formas de organização distintas
- a neurose e a psicose, a patologia borderline se caracteriza por sintomas diversos, confusos e mutáveis possuindo, entretanto, uma organização específica,
coerente e estável. Esta especificidade pode ser percebida graças ao papel desempenhado pelos mecanismos de defesa no decorrer da psicoterapia. A existência de um ego dividido, de uma angústia difusa, de uma idealização primitiva,
da necessidade de controle, da identificação projetiva, da denegação, emergem
durante o tratamento, caracterizado por uma grande ambivalência transferencial.
Partindo de tais considerações teóricas nosso trabalho, metodologicamente baseado em pesquisas bibliográficas e na observação de casos clínicos, objetivou
identificar a natureza da relação transferencial e contra-transferencial em pacientes portadores desta patologia. Nossa investigação nos mostrou três elementos distintos, confirmando dados já apontados pela literatura psicanalítica.
I) Durante o tratamento psicoterápico pacientes borderlines mostram-se incapazes de conflitualizar, de criar compromissos, de acessar a ambivalência. Sustentados pela própria atividade inconsciente e pela força de seus mecanismos
de defesa, demonstram inaptidão para mediar sentimentos extremos, como o
amor e o ódio II) Tais características transferenciais não dizem respeito unicamente ao terapeuta, sendo também encontradas nos vínculos estabelecidos
pelo paciente com o quadro institucional III) Esta modalidade de transferência,
intensa e fragmentada, marcada pela labilidade afetiva, implica em uma atividade
contra-transferencial com características específicas, diferente daquela desenvolvida pelo terapeuta diante de quadros neuróticos. Nosso trabalho sugere que
o paciente borderline deve beneficiar de um tratamento psicoterápico adequado
ao seu modo de funcionamento psíquico.
pALAVRAS-ChAVe: terapia, borderline, transferência, contra-transferéncia.
MINI-CuRRÍCuLO: Psicóloga. Integrante do ambulatório Integrado dos Transtornos de Personalidade e do Impulso, no Hospital das Clinicas (São Paulo).
Doutoranda em Psicologia pela Universidade de Nantes (França), Mestre em
Psicanálise pela Universidade de Paris VIII (França), Mestre em Psicologia
Social pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais/Sorbonne (França).
38 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
CO70 :: psicoterapia basada em la mentalización.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia
GUSTAVO LANZA CASTELLI
La psicoterapia basada en la mentalización, formalizada por Peter Fonagy
y Anthony Bateman (2004, 2006), a partir de los desarrollos teóricos en torno
a la función reflexiva o mentalización (Allen, Fonagy, 2006; Allen, Fonagy, Bateman, 2008; Fonagy et al., 2002), se aplicó inicialmente al tratamiento de pacientes borderline, con muy buenos resultados evaluados en estudios de
seguimiento rigurosos.
Posteriormente su ámbito de aplicación se amplió a pacientes con trastornos de la alimentación, depresivos, adictos, traumatizados, etc. y se utilizó en
variados formatos: terapia individual, terapia de pareja, familia y grupo, terapia
de niños y adolescentes (Bateman, Fonagy, 2012).
En los últimos años se ha expandido de manera notable en Estados Unidos,
Europa, Australia y América Latina. En noviembre del 2013 tendrá lugar en
Londres el primer congreso internacional dedicado a ese tema específico.
En el presente trabajo, deseo señalar ciertos aspectos claves de esta forma
de psicoterapia. Para ello, realizo en primer término una puntuación de algunos conceptos fundamentales incluidos en el constructo mentalización. Tras
ello caracterizo una serie de aspectos del abordaje psicoterapéutico. Concluyo
ilustrando estas ideas con dos viñetas clínicas.
pALAbRAS CLAVeS: mentalización- psicoterapia- psicopatologia
MINI CuRRICuLuM AutORA ReSpONSAbLe: Lic en Psicologia
Vice Presidente de APRA.
Presidente de la Asociación Internacional para el Estudio y Desarrollo de la
Mentalización
Director de Mentalización: Revista de Psicoanálisis y Psicoterapia
Director de la Revista de la Asociación de Psicoterapia de la República
Argentina
Ha diseñado y publicado dos instrumentos para la evaluación de la
mentalización
COORDeNADORA/COORDINADORA : RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)
CO04 :: A psicoterapia breve na abordagem gestáltica: discutindo
preconceitos.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
ÊNIO BRITO PINTO
Há uma ideia corrente, apenas em parte correta, de que uma psicoterapia
é um processo longo. Em muitas situações um processo psicoterapêutico
pode acontecer de maneira relativamente rápida e ser tão eficaz quanto os
processos longos. É a psicoterapia breve. Mesmo que essa modalidade de
psicoterapia, quando praticada com boa fundamentação teórica e ética, seja
suficientemente útil para a maioria das pessoas que procuram ajuda psicológica, há ainda no meio dos profissionais da área da psicologia e das profissões
afins algumas restrições mal fundamentadas com relação a ela, gerando uma
visão distorcida, num posicionamento que se baseia mais em preconceitos
que em estudos, mais em olhares de longe e superficiais que em experiências
clínicas, mais em ouvir dizer que em verificações. Pretendo discutir alguns
desses preconceitos, com a expectativa de esclarecer as possibilidades e as
potencialidades dos trabalhos breves em psicoterapia. Abordarei,a partir da
Gestalt-terapia, algumas das peculiaridades e limites dessa forma de se trabalhar em psicologia, para então apresentar alguns preconceitos sobre esse
tipo de trabalho que tenho ouvido em cursos que ministro sobre o tema. Dentre outros preconceitos, discutirei os seguintes: é superficial, não se alcançam
as motivações e conflitos profundos; o sintoma voltará de outra forma; não é
de fato uma psicoterapia, mas uma pedagogia; termina sem lidar com questões importantes para o cliente; só serve para resolver situações específicas.
Espero provocar em quem participar do debate um desejo de estudar e compreender melhor essa modalidade de trabalho psicoterapêutico.
pALAVRAS-ChAVe: psicoterapia breve; Gestalt-terapia; Gestalt-terapia de Curta
Duração; preconceitos teóricos
MINI CuRRÍCuLO: psicólogo e psicopedagogo; mestre e doutor em Ciências da
Religião pela PUC/SP, onde fez seu pós-doutorado em Psicologia Clínica. Gestalt-terapeuta, é professor e coordenador do Instituto Gestalt de São Paulo e
professor convidado de diversos cursos de formação e especialização em
Gestalt-terapia no Brasil. Possui livros, artigos e capítulos de livros publicados
nas áreas de psicoterapia, sexualidade e de psicologia da religião. http://lattes.cnpq.br/5004533171970373
6h00 - 17h30
Sala 302
154Comunicação oral/Comunicación Oral
CO03:: Da escuta e do silêncio: uma outra possibilidade compreensiva
para a Daseinsanalyse.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
GUILHERME CONTI MARCELLO
CO15 :: Diálogos entre Rudolf Steiner e Jacob Levy Moreno- Reflexões
para a práxis psicoterapêutica, a partir da Antroposofia e do
psicodrama.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
DENISE SILVA NONOYA
Este trabalho propõe um retorno à segunda fase da filosofia de Martin Heidegger em busca de um ponto específico: a linguagem. Ainda, o que se intenciona é pensar quais as contribuições do pensamento tardio do autor acerca
da linguagem para a psicoterapia. Nessa perspectiva e em traços gerais será
apresentada uma possibilidade de fundamentação da prática daseinsanalítica
a partir de dois dos conceitos heideggerianos ligados à linguagem, escuta e
silêncio. É importante ressaltar que não se pretende confrontar a visão de
mundo e de homem adotadas pela Daseinsanalyse, mas agregar contribuição
à prática de tal corrente psicológica. Se a proposta da Daseinsanalyse se estrutura a partir do ser-no-mundo do Dasein, fundamental em Ser e Tempo,
pensar a linguagem como a possibilidade que integra existência, finitude e
compreensão se faz coerente, no horizonte da segunda fase heideggeriana. Ao
adotar a ideia de que o ser do Dasein está permanentemente em jogo e, portanto, a angústia se mostra como a possibilidade afetiva que o conduziria à
apropriação de sua finitude como uma questão fundamental, silenciar e escutar
a voz do Ser que chama é prudente. Portanto, a psicoterapia, baseada nas considerações que enlaçam o Dasein e o sentido de Ser (Seyn), sugere que a demora sobre algo não diga respeito ao passar das horas, e sim ao modo de ser
pelo qual algo seja compreendido, principalmente, em sua possibilidade de
abertura que, ao mesmo tempo, é destino e envio do próprio Ser.
pALAVRAS-ChAVe: Psicoterapia, Daseinsanalyse, escuta, silêncio, linguagem.
MINI CuRRÍCuLO: Psicólogo graduado pela PUC-SP e mestre em filosofia pela
PUC-SP com ênfase no pensamento de Martin Heidegger. É professor das
disciplinas de Psicologia Fenomenológica, História da Psicologia, História da
Filosofia, Ética e Cidadania e Ética Profissional na UNIP - Universidade Paulista. Atualmente atua em consultório particular como psicoterapeuta adolescentes, adultos, casais e grupos. É professor colaborador do projeto Jovem
Aprendiz do SENAC, ministrando aulas sobre diversos temas complementares
à formação profissional. Atua, também, como acompanhante terapêutico no
trabalho com adultos. Se dedica à pesquisa das relações entre a fenomenologia heideggeriana, a psicologia e a Daseinsanalyse clínica.
ReSuMO: A proposta deste trabalho é a promoção de um diálogo entre as
concepções de Rudolf Steiner e de Jacob Levy Moreno, a fim de estabelecer
analogias e considerações que direcionem a práxis psicoterapêutica. A contemporaneidade tem apontado aumento da complexidade das demandas na
clínica psicoterápica, exigindo aprimoramento e sensibilidade no atendimento.
Por conseguinte, reforça a necessidade de refletir sobre o panorama das psicoterapias, bem como a busca de uma visão integradora que dê continência
às angústias do homem atual. Neste aspecto, analisa qual o lugar da Psicoterapia Antroposófica neste panorama e examina a contribuição sistematizada
das Técnicas Psicodramáticas, como um recurso no manejo da aproximação
antroposófica. Conclui que o Movimento de Integração de Psicoterapias associado aos estudos Transdisciplinares trazem perspectivas para o aprofundamento do presente diálogo e enriquecimento de novos olhares.
pALAVRAS-ChAVe: Psicologia, Práxis Psicoterapêutica, Psicoterapia Antroposófica, Psicodrama.
MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga. Psicodramatista. Especialista em Psicologia Social
e do Trabalho, Análise Transacional e em Psicologia Clinica. Professora Supervisora (em formação) pela Sociedade de Psicodrama de São Paulo –
SOPSP. Coordenadora Pedagógica do Curso de Educação Continuada em Psicodrama da SOPSP. Atua nos contextos Sócio-Organizacional (UNESP - Gestão Universitária, Desenvolvimento de Pessoas, Fatores Humanos no
Trabalho) e no contexto Psicoterápico (Consultório Particular - atendimento:
adolescentes, adultos, psicoterapia em grupo).
CO42 :: O que é psicoterapia? uma perspectiva comportamental
contemporânea.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
THIAGO PACHECO DE ALMEIDA SAMPAIO
A concepção do que é psicoterapia varia de acordo com a abordagem teórica que a sustenta. Uma definição genérica poderia concebê-la como um
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 39
Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto
atendimento clínico psicológico com objetivo de tratar condições psicopatológicas, dirimindo o sofrimento psíquico e reestabelecendo o padrão de funcionamento saudável do indivíduo. Entretanto, ao utilizarmos noções como,
“psicológico”, “psicopatologia”, “psiquismo”, “sofrimento” e “funcionamento
saudável”, faz-se necessário um exame crítico das diferentes perspectivas de
entendimento a cerca destas. Os diferentes entendimentos derivam de teorias
com bases ontológicas e epistemológicas distintas e culminam em projetos
terapêuticos bastante particulares, mais ou menos diretivos, mais ou menos
técnicos, mais ou menos estruturados; e com objetivos que enfatizam diferentes aspectos do processo de mudança: aceitação, autoconhecimento, elaboração, ressignificação, modificação do comportamento, entre outros.
Dentre as muitas nuances dignas de reflexão a cerca dessa questão, este trabalho busca, a partir da perspectiva teórica comportamental, contribuir para
a proposição de um entendimento que explicite e descreva os processos que
constituem o processo psicoterapêutico, a partir da designação clara e precisa
de seus elementos e objetivos.
pALAVRAS-ChAVe: sofrimento emocional, processos clínicos, behaviorismo
MINI CuRRÍCuLO: Thiago Pacheco de Almeida Sampaio. Psicólogo; mestre em
ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP); Professor supervisor do curso de especialização em terapias comportamentais e cognitivas aplicadas à saúde mental e coordenador da equipe
de psicologia do Programa Ansiedade (AMBAN) do IPq-HC-FMUSP.
COORDeNADOR/COORDINADOR: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)
6h00 - 17h30
Sala 303
164Comunicação oral/Comunicación Oral
CO05 :: A expressão da socialização juvenil a partir do rap.
área temática: 14. psicoterapia e as Artes.
CLÁUDIA YAÍSA GONÇALVES DA SILVA, IVONISE FERNANDES DA MOTTA.
A socialização é um processo que se destaca nos grupos juvenis, pois é a
partir dela que os jovens se associam a padrões norteadores e estruturantes,
que os conduzem a um modo de ser. Buscamos investigar como o conceito
de socialização pode ser experienciado pelos jovens apreciadores do estilo
musical rap, por meio da análise psicanalítica de excertos musicais do cenário
paulistano. Verificamos que os rappers adotam a função de difusores do cotidiano das periferias. Por outro lado, também se tornam modelos de identificação, postura pessoal e profissional para a juventude que segue esse
movimento musical. A associação aos demais jovens que dividem as mesmas
inquietudes e experiências, sustenta entre eles uma relação de irmandade, a
ponto de se intitularem de "manos". Essa relação fraterna contribui para a
construção do sentimento de pertencimento a um contexto que oferece acolhimento e sustentação, favorecendo a organização da identidade pessoal de
uma juventude que muitas vezes carece de figuras norteadoras. Concluímos
que a socialização, pelo viés da música, é um aspecto estruturante para os jovens do entorno do estilo musical. Assim, nos trabalhos psicoterápicos realizados com essa população, propõe-se levar em consideração que o rap pode
ser um instrumento mediador apropriado para uma intervenção contextualizada e permeada de sentido para essa juventude.
pALAVRAS-ChAVe: socialização, juventude, rap, psicanálise.
MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga. Mestranda em Psicologia Clínica pelo Instituto de
Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). Bolsista CAPES. Especialista em Psicanálise pelo Núcleo de Educação Continuada do Paraná (Necpar/Unicesumar).
CO17 :: Desastres e perdas na família: análise do filme a Indomável
Sonhadora.
área temática: 14. psicoterapia e as Artes.
ELISÂNGELA DE MELO PAES LEME DE MENEZES, MARIA HELENA
PEREIRA FRANCO
As cenas dos desastres, sejam elas por fenômeno da natureza ou pela imprudência do homem estão presentes no cotidiano como quase naturais, visto
que são frequentes. As autoridades, apesar de tantas reproduções de tragédias, nem sempre apropriam-se da experiência para pensar em prevenção.
Pode-se pensar em três procedimentos para amenizar o sofrimento de pessoas que vivenciam esta situação de tragédia e até mesmo evitar. Alguns desastres acontecem por negligência das autoridades. No Brasil, por exemplo,
muitas áreas são de risco e as comunidades não recebem informação adequada sobre a situação do espaço em risco. Outras comunidades sabem dos
riscos, são informadas, mas não compreendem o perigo. O filme Indomável
Sonhadora (2012), título na tradução brasileira que gera discórdia entre os
críticos do cinema (Beasts of the Southern Wild) envolve os interessados em
cinema numa trama de sobrevivência. O filme é a história do relacionamento
entre pai e filha, (Wink e Hushpuppy) numa comunidade pobre do sul dos Estados Unidos, Louisiana, local em que aconteceu a tragédia do furacão Katrina, (2005) e o furacão Isaac (2012). O objetivo deste trabalho é analisar o
filme a partir da realidade que acontece no cotidiano em relação as perdas
pelos desastres considerados “naturais”. O filme, assim como a realidade social, demonstra o quanto ainda precisa ser feito para evitar os desastres e melhorar os atendimentos em situações de perda.
pALAVRAS-ChAVe: família, luto, desastres naturais, apego ao lugar, cinema
MINI CuRRÍCuLO: (1).Doutoranda em psicologia clínica PUC- SP. Especializando
em Casal e família pelo Núcleo de Estudos e Reciclagem da Família - Laços.
Mestre em Educação: Culturas escolares e linguagens UFMT. (2). É professora
titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no Programa de Estudos
Pós-Graduados em Psicologia Clinica, fundadora (1996), fundadora e coordenadora do Laboratório de Estudos e Intervenções sobre o Luto - LELu, da PUCSP. Coordenadora do GT Formação e Rompimento de Vínculos na ANPEPP.
CO44 :: Corpos marcados: Arte e testemunho.
área temática: 14. psicoterapia e as Artes.
Ida Kublikowski, Cibele L. Barbará, Isabela G. R. Hispagnol, Maria de
Lourdes T. Neves, Sandro J. S. Leite.
NOMe DO AutOR/AutORA ReSpONSáVeL: Ida Kublikowski
CO-AutOReS: Cibele L. Barbará; Isabela G. R. Hispagnol; Maria de Lourdes T.
Neves, Sandro J. S. Leite.
O presente ensaio foi elaborado visando abordar o discurso de Frida Khalo
e Nazareth Pacheco em relação às suas obras e a possibilidade destas serem
testemunhos das suas experiências vividas. As duas artistas foram selecionadas em função de as obras revelarem o caráter autobiográfico (a possibilidade de representação plástica da experiência vivida) e que remonta à
problemática de contar sobre experiências relacionadas ao adoecimento físico
e às marcas do corpo. Em uma análise, quando o testemunho do artista é levado em consideração, insights podem ocorrer acerca da elucidação do processo criativo, vinculando-se a fala à obra. Fazendo isso, passa a adentrar o
campo da experiência artística e revelação do humano. Esse exercício pode
ser aplicado no estudo dessas duas artistas, cujas experiências de vida marcantes revelam a conexão íntima entre o testemunho e a obra de arte, e apontam para o psicoterapeuta o caminho da escuta, representação e
ressignificação do sofrimento gerado por corpos marcados.
pALAVRAS-ChAVe: corpos marcados; arte; testemunho.
MINI CuRRÍCuLO: Ida Kublikowski – Profa. Dra. do Depto. de Psicologia do Desenvolvimento da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde, Curso de Psicologia e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da
PUC-SP; Cibele L. Barbará – Mestranda no Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP; Isabela G. R. Hispagnol, Maria de
Lourdes T. Neves e Sandro J. S. Leite – Doutorandos no Programa de Estudos
Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP.
CO50 :: psicoterapia, Diálogo e Arte - uma visão da Gestalt-terapia.
área temática: 14. psicoterapia e as Artes.
Lara Danyla Freitas Garcia Santos
A arte sempre esteve presente no universo humano desde os primórdios
dos tempos. Tomemos como exemplo as pinturas nas paredes das cavernas
do Homem primitivo até os dias de hoje, nas suas mais diferentes manifestações plásticas, promovendo formas de expressão e comunicação. A arte
pode ser compreendida como o constante esforço do homem em criar para
si mesmo um espaço de realidade diferente daquela que lhe é dada, abrindo
uma nova possibilidade no manejo de sua existência a partir de si mesmo.
Assim, a pessoa ao desenvolver uma atividade artística, nesse intervir na realidade, estará estruturando-se de forma mais adequada, isto é, saudável e eficiente. A Gestalt-terapia, abordagem humanista-existencial-fenomenológica,
dá essa possibilidade ao indivíduo; ele se realiza como um projeto integrado
e harmonioso. O terapeuta, por meio do diálogo, em uma postura acolhedora,
compreensiva e amorosa, convida o cliente a perceber-se, aceitar-se e atualizar-se para que assim desperte nele um desejo ontológico de se perceber,
de se definir e ser como um todo. Essa reconfiguração interna acontece no
contexto terapêutico, em que o indivíduo toma posse de suas resistências e
possibilidades favorecendo sua genuinidade. Logo, o Ser se descobre e se
descobre um Ser de possibilidades.
pALAVRAS-ChAVe: Arte, diáologo, Gestalt-terapia
MINI CuRRÍCuLO: Graduada e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (2003). Formação em Gestalt-terapia pelo Instituto de Trei-
40 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
namento e Pesquisa em Gestalt-Terapia de Goiânia. Professora e supervisora
clínica em Gestalt-terapia das Faculdades ALFA-GO. Professora do ITGT-GO.
Tem experiência na área de Psicologia Clínica com ênfase nos seguintes
temas: Gestalt-terapia, Fenomenologia e Relação Dialógica. Psicoterapeuta de
adolescentes, adultos e casal.
COORDeNADORA/COORDINADORA: MATHILDE NEDER (Brasil)
pALAVRAS-ChAVe: Arte, diáologo, Gestalt-terapia
MINI CuRRÍCuLO: Graduada e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (2003). Formação em Gestalt-terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-Terapia de Goiânia. Professora e supervisora
clínica em Gestalt-terapia das Faculdades ALFA-GO. Professora do ITGT-GO.
Tem experiência na área de Psicologia Clínica com ênfase nos seguintes
temas: Gestalt-terapia, Fenomenologia e Relação Dialógica. Psicoterapeuta de
adolescentes, adultos e casal.
COORDeNADORA/COORDINADORA: MATHILDE NEDER (Brasil)
6h00 - 17h30
Sala 305
174Comunicação oral/Comunicación Oral
CO41 :: Genograma: instrumento mediador no trabalho com idosos hIV+
área temática: 16. psicoterapia e equipe interdisciplinar.
Maria Irene Ferreira Lima Neta, Edna Maria Severino Peters Kahhale
Autora responsável: Maria Irene Ferreira Lima Neta
CO-AutOReS: Edna Maria Severino Peters Kahhale
O genograma é um importante instrumento de coleta de dados no estudo
da família, pois proporciona uma visualização estrutural e dinâmica da família.
Todas as vivências, vínculos, desligamentos e funcionamento da família incorporam no genograma. A construção deste é contínuo ao longo dos atendimentos no serviço de atenção básica e por isso este instrumento pode ser
um grande diferencial se for trabalhado em conjunto com a equipe de saúde.
Este vínculo entre a equipe multidisciplinar e os instrumentos de coleta de
dados do indivíduo pode ser uma ferramenta para modificações no atendimento ao usuário das unidades básicas de saúde, bem como auxiliar a família
na apropriação de sua história e aos profissionais pensar possibilidades de
enfrentamento das dificuldades e potencias de cada familiar. Assim, objetivamos analisar e discutir diretrizes para um trabalho multiprofissional a partir
do genograma, sendo este instrumento uma possibilidade para facilitar as comunicações entre os profissionais da saúde com informações de cada indivíduo. Esta discussão partirá de um trabalho de mestrado realizado com idoso
HIV+ a respeito de suas relações familiares após o diagnóstico de HIV+. Participaram 37 idosos que fizeram seus genogramas com no mínimo 3 gerações. Neste estudo percebemos como ficaram as relações afetiva-sexuais
entre os membros bem como afastamentos de familiares. Pensamos que ampliar estes dados com os demais profissionais que acompanham estes idosos
podem proporcionar o protagonismo deste usuário, bem como melhores formas de ações da equipe com o usuário e familiares do mesmo.
pALAVRAS-ChAVe: Genograma, HIV, Equipe Multiprofissional.
MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga Clínica e Hospitalar, formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e pós-graduada pela Faculdade Franssinetti
do Recife (FAFIRE). Mestra em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC/SP). Atualmente doutoranda em Psicologia Clínica
no núcleo de Psicossomática e Psicologia Hospitalar pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).
CO51 :: O amor patológico sob o enfoque da Gestalt-terapia.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
Arminda Brito de Sousa, Ms. Luiza Colmán, Ms. Danilo Suassuna, Isadora
Samaridi, Bárbara Magalhães, Fabianne Oliveira, Joacylanny Araújo.
AutORA ReSpONSáVeL: Arminda Brito de Sousa
CO-AutOReS: Ms. Luiza Colmán, Ms. Danilo Suassuna, Isadora Samaridi,
Bárbara Magalhães, Fabianne Oliveira, Joacylanny Araújo
A arte sempre esteve presente no universo humano desde os primórdios
dos tempos. Tomemos como exemplo as pinturas nas paredes das cavernas
do Homem primitivo até os dias de hoje, nas suas mais diferentes manifestações plásticas, promovendo formas de expressão e comunicação. A arte
pode ser compreendida como o constante esforço do homem em criar para
si mesmo um espaço de realidade diferente daquela que lhe é dada, abrindo
uma nova possibilidade no manejo de sua existência a partir de si mesmo.
Assim, a pessoa ao desenvolver uma atividade artística, nesse intervir na realidade, estará estruturando-se de forma mais adequada, isto é, saudável e eficiente. A Gestalt-terapia, abordagem humanista-existencial-fenomenológica,
dá essa possibilidade ao indivíduo; ele se realiza como um projeto integrado
e harmonioso. O terapeuta, por meio do diálogo, em uma postura acolhedora,
compreensiva e amorosa, convida o cliente a perceber-se, aceitar-se e atualizar-se para que assim desperte nele um desejo ontológico de se perceber,
de se definir e ser como um todo. Essa reconfiguração interna acontece no
contexto terapêutico, em que o indivíduo toma posse de suas resistências e
possibilidades favorecendo sua genuinidade. Logo, o Ser se descobre e se
descobre um Ser de possibilidades.
CO60 :: planos de Saúde - o desafio das novas configurações do
atendimento psicoterápico.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
Helen C.D. Spanopoulos, Sonia Pires.
As regulamentações brasileiras da Agencia Nacional de Saúde que determinam e orquestram a exigência de oferecimento de atendimento psicológico
pelos planos de saúde ocasionaram abalos nos pilares fundamentais da relação terapêutica. A pressão para que o atendimento psicológico viesse a fazer
parte do rol de atendimentos cobertos pelos planos de saúde, iniciou-se a
mais de vinte anos, quando alguns planos considerados diferenciados ofereciam esse tipo de atendimento como forma de tornar o plano mais atraente.
Objetivos: Propomos-nos a acolher, problematizar e encontrar caminhos para
o momento enquanto parte das transformações contemporâneas a que estamos inevitavelmente sujeitos. Discussão: Questões como o tempo de atendimento da sessão, a duração dos tratamentos inauguram-se com a
equiparação dos atendimentos psicológicos aos médicos. Um impasse insolúvel, visto que estas áreas de atuação tem como objeto de trabalho o sujeito,
a doença e a saúde a partir de óticas totalmente diferentes. Discussão: Como
a demanda de atendimento é grande e a necessidade de responder a essa demanda pelos planos de saúde está sob os olhos das “leis” da ANS, não existem parâmetros balizadores do que vem sendo oferecido. Conclusão: O
atendimento psicológico virou terra de ninguém, muito mais sujeito às leis do
consumo do que ao conhecimento, ao estudo e à construção de saberes, fundamentais para a prática psicológica.
Sonia Pires: Psicóloga, psicanalista membro do departamento de formação
em psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, responsável pela implantação
do projeto Espaço de Construção em clínica psicológica visando a formação
através do atendimento aos pacientes oriundos de Planos de Saúde. Coordenadora do Ciclo: Psicanálise e Planos de Saúde no Instituto Sedes Sapientiae
em 2014, Supervisora e coordenadora de grupos de atendimento em consultório desde 1981. Autora livros: Desamparo na Infância (2013) e Psicanálise
e Planos de Saúde (2014).
Helen C. D. Spanopoulos: Psicóloga, com especialização em atendimento
de adolescentes e adultos em psicanálise, NEEP, pós-graduada em Administração Hospitalar pela UNAERP e especializanda em Psicossomática Psicanalítica pelo Sedes Sapientiae. Idealizadora e diretora do CEAAP, supervisora e
representante da direção de todos seus projetos e iniciativas. Experiência de
mais de 30 anos em atendimentos clínicos, coordenação e orientação profissional para psicólogos recém-formados.
CO71 :: psicoterapia em Saúde Suplementar: impasses e desafios
práticos e éticos.
área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e
politicas públicas.
Alexandre Trzan Ávila, Eduardo Friederichs Hoffmann, Tatiane Baggio,
Simone Bampi.
MINI CuRRÍCuLO: Psicólogo. Doutorando e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social (PPGPS) da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ). Professor da graduação em Psicologia da Universidade Estácio de Sá (UNESA) e da Universidade Santa Úrsula (USU). Professor da Especialização em Saúde Mental da UNESA. Conselheiro Efetivo da XIII e XIV
Plenária do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), gestões 2010-2013 e 2013-2016.
CO-AutOReS: Eduardo Friederichs Hoffmann, Psicólogo graduado pela Universidade de Caxias do Sul, CRP 07/19366, Especialista em Gestalt-Terapia,
Conselheiro do Conselho regional de Psicologia do RS gestão 2013-2016,
Membro da Comissão de Psicoterapia.
Tatiane Baggio, CRP 07/19487 Psicóloga graduada pela Universidade de Caxias do Sul, Especialista em psicossomática pela Universidade do Vale dos Sinos,
Conselheira do Conselho de Psicologia do RS gestão 2013-2016, membro da
Comissão de Psicoterapia, Conselheira Municipal de saúde/ Caxias do Sul.
Simone Bampi, psicóloga CRP 07/11809, Mestre em Inclusão Social e
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 41
Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto
Acessibilidade. Especialista em Educação Inclusiva. Especialista em Clínica
Interdisciplinar em Estimulação Precoce. Conselheira do CRP 07, gestão 2013
- 2016. Membro da comissão de psicoterapia. Membro do núcleo de educação. Presidente em exercício do CRP 07.
A atuação dos(as) psicólogos(as) no campo da Psicoterapia privada se encontra fortemente relacionada a serviços prestados a Operadoras de Saúde
(Planos de Saúde). Esta área de atuação denomina-se Saúde Suplementar,
que como o nome diz deveria complementar a Saúde, notadamente a Saúde
Pública. A Saúde Suplementar ganha um papel de destaque para os brasileiros, pois há mais de 63 milhões de brasileiros beneficiários (clientes) de Planos de Saúde em todo o país e mais de 1.400 operadoras de planos privados.
Neste cenário ocorre a atuação de centenas de psicólogos pelo Brasil que muitas vezes serão o primeiro contato de muitos cidadãos com a prática profissional do Psicólogo, tornando a perspectiva da atuação do(a) psicólogo(a) na
Saúde Suplementar uma pauta para debate e reflexão no campo da Psicologia.
Portanto este trabalho visa oferecer uma panorama geral dos principais questionamentos e insatisfações dos(as) psicólogos(as), tais como: os valores
dos honorários pagos pelas operadoras de saúde, o número limitado de sessões por ano liberados pelo plano (a revelia das regulamentações do setor),
a ausência de contrato formal entre profissional e a prestadora de saúde, a
necessidade do encaminhamento médico e/ou diagnósticos do Código Internacional de doenças (CID-10). E relatar a experiência do Conselho Regional
de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-RS) que, realizou em abril de 2015
uma pesquisa sobre atuação da Psicologia junto aos Planos de Saúde no Rio
Grande do Sul
pALAVRAS-ChAVe: psicoterapia, saúde suplementar; ética profissional.
COORDeNADOR/COORDINADOR: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)
184Comunicação oral/Comunicación Oral
CO56 :: A psicologia econômica como contribuição às psicoterapias.
área temática: 18. Contribuições Recentes
Valéria M. Meirelles, Adriana Rodopoulos, Marcia Soares, Suely Ongaro.
AutORA ReSpONSáVeL: Valéria M. Meirelles
CO-AutOReS: Adriana Rodopoulos, Marcia Soares, Suely Ongaro.
Embora exista há mais de 100 anos, com direito a três prêmios Nobel,
como reconhecimento dos trabalhos publicados na área, a Psicologia Econômica no Brasil ainda é pouco conhecida. Esta importante abordagem teórica
foi introduzida em nosso país pela Dra. Vera Rita de Mello Ferreira, que em
2007 solidificou-a com a defesa da tese “Psicologia Econômica: origens, modelos e propostas”, junto ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, abrindo novas
perspectivas de pensar o comportamento econômico dos indivíduos, associada à grande vantagem de ser multidisciplinar, possibilitando maior compreensão do comportamento dos indivíduos e da sociedade em relação à
alocação de recursos escassos e finitos, como por exemplo, tempo, saúde e
dinheiro.Sendo o comportamento pautado tanto pela emoção como pela
razão, a irracionalidade está presente no comportamento econômico dos indivíduos, determinando limitações nos processos de tomadas de decisão. Nos
dias atuais, os conflitos gerados nas relações familiares e no trabalho são
também influenciados por decisões quanto ao consumo e ao uso do dinheiro,
uma realidade para a qual a PE oferece um conhecimento agregador.Além de
ser uma importante ferramenta na prática clínica, a Psicologia Econômica tem
um campo de aplicação mais amplo, passando pelas políticas públicas e por
programas de educação financeira em diversos contextos. O propósito deste
nosso trabalho é difundi-la e estimular seu conhecimento na Psicologia, e no
caso específico, como sólida e útil abordagem para a compreensão do comportamento humano, inclusive nas psicoterapias.
pALAVRAS ChAVe: Prática clínica, decisões, Psicologia Econômica.
MINI CV: Adriana Spacca Olivares Rodopoulos: Economista (PUCSP), com
extensão em Psicologia Econômica (COGEAE – PUCSP), mestranda em Educação: História, Política, Sociedade (PUCSP), membro da IAREP (International
Association for Research in Economic Psychology) e do GET-PE (Grupo de
Estudos e Trabalho em Psicologia Econômica). Atua como palestrante e facilitadora na Oficina de Escolhas.
Marcia de Oliveira Soares – Formação em Psicologia desde 1977, supervisora clínica, colaboradora em educação empresarial no Banco do Brasil SA
desde 1990, cursos de Semiótica e Psicanalise, Políticas Públicas, Clinica Lacaniana e Psicologia Econômica no COGEAE-PUC. Participação em grupo de
Estudos em Psicologia Econômica desde 2009. Integrante do GET-PE.
Suely Ongaro-Psicóloga, docente aposentada da UNESP, doutorado em
Psicologia Social, curso de Psicologia Economica da FIPECAFI, integrante do
Grupo de Estudos em Psicologia Economica GET-PE.
Valéria M. Meirelles- Psicóloga(USP), Mestre e Doutora em Psicologia Clí-
nica (PUC-SP) Especialização em Terapia Familiar e de Casal e extensão universitária em Psicologia Econômica (PUc-SP). Psicoterapeuta , professora em
cursos de pós-graduação.
CO58 :: psicoterapia e Novas tecnologias: uma pesquisa de campo.
área temática: 2. psicoterapia, novas tecnologias e mídias
RIBEIRO-ANDRADE, Érica Henrique, PASSOS, Marco Antonio Villar dos;
FILHO, Sérgio da Silva Mello.
AutORA ReSpONSáVeL: RIBEIRO-ANDRADE, Érica Henrique.
CO-AutOReS: PASSOS, Marco Antonio Villar dos; FILHO, Sérgio da Silva Mello.
Este trabalho focou o estudo sobre o uso de novas tecnologias em atendimentos psicológicos. Conjugou-se uma inicial metodologia bibliográfica com
a realização de uma pesquisa de campo na cidade de Campos dos Goytacazes/RJ. Na coleta de dados utilizou-se um questionário fechado contendo dez
questões do tipo Escala Likert com 280 sujeitos que atendessem aos seguintes critérios de inclusão: ter nível superior completo, ser residente na referida
cidade e que consentisse em participar da pesquisa. Os questionários foram
aplicados em locais públicos, onde os sujeitos eram abordados. Os resultados
revelaram que 90% da amostra ainda não tinha tido nenhum contato com tal
realidade virtual, remetendo-nos ao caráter inovador do serviço e à pouca divulgação do mesmo. Aferindo se a possibilidade de haver uma psicoterapia
on line parecia positiva ou negativa aos sujeitos, observou-se que a referida
questão divide bastante as opiniões, não tendo sido possível uma tendência
homogênea das respostas. Sobre a confidenciabilidade como um aspecto de
comparação entre a Psicoterapia presencial e a psicoterapia on line, 24% dos
entrevistados não vêem uma diferença entre estes tipos de terapia. No entanto, 63% dos sujeitos acredita que a psicoterapia presencial confere uma
maior segurança quanto ao sigilo. Conclui-se que a psicoterapia on line ainda
constitui-se em uma modalidade pouco conhecida, que o histórico preconceito quanto a área da Psicologia ainda é um desafio a ser administrado, e
que a representatividade da pesquisa será maior quando de sua associação
ao cálculo amostral da cidade em questão.
pALAVRAS-ChAVe: Psicoterapia, Novas Tecnologias, Pesquisa de Campo.
MINI CuRRÍCuLO: * Psicóloga. Mestre em Cognição e Linguagem pela Universidade Estadual Norte Fluminense. Especialista em Psicopedagogia. Especialista
em Psicanálise Clínica. Graduada em Teologia. Professora Universitária ISECENSA/RJ e FAMESC, cursos: Psicologia, Pedagogia, Enfermagem e Direito.
** Graduandos em Psicologia, sétimo período. ISECENSA.
CO61 :: A Clínica da Adolescência.
área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.
Sandra Ribeiro de Almeida Lopes, Berenice Carpigiani.
A adolescência é conhecida como a etapa da vida que mais promove descobertas, transformações, inquietações, alegrias e angustias. O adolescente
é mobilizado por processos psicológicos profundos, que podem provocar sofrimento emocional com consequências importantes para o seu desenvolvimento global. Pretende-se apresentar um modelo de clínica direcionada às
especificidades desta população. A modalidade de atendimento em psicoterapia breve do adolescente funciona há 16 anos na Clínica-escola da UPM propiciando aos graduandos em psicologia a experiência no atendimento clínico,
além de oferecer um serviço de qualidade aos jovens e a seus responsáveis.
O atendimento se inicia com uma entrevista de triagem, que pode resultar,
dependendo da demanda, em encaminhamento externo ou interno (psicodiagnóstico ou psicoterapia). Na etapa da avaliação 03 eixos são considerados: a
etapa evolutiva, os sintomas apresentados e a dinâmica familiar. A inserção
dos pais no processo é de fundamental importância, e a forma de participação
destes dependerá da idade, queixa e nível de maturidade do jovem. Em geral
as queixas se referem a dificuldades escolares, problemas de relacionamento,
problemas de comportamento e estados de ansiedade e depressão. O processo de psicoterapia pode ocorrer no prazo de até 02 anos, porém o tempo
médio de permanência é de 01 ano. Embora haja um número de desistências
e desligamentos expressivo, compatível com os outros serviços, descritos na
literatura, os resultados podem ser considerados bastante satisfatórios.
Palavras chaves: adolescência, psicoterapia breve, clínica-escola
MINI CuRRÍCuLO: (1) Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica, Doutora em
Ciências da Saúde. Professora e Supervisora das áreas clínica e da saúde.
Coordenadora da Clínica Psicológica “Alvino Augusto de Sá” da Universidade
Presbiteriana Mackenzie.
(2) Psicóloga; Especialista em Psicologia Clínica e Didática do ensino superior, Doutora em Comunicação e Saúde. Professora, Supervisora Clínica.
Diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
42 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
CO68 :: uma análise do processo de acolhimento após a identificação
das principais variáveis psicodinâmicas e psicossociais identificadas em
mulheres vítimas de um episódio de estupro atendidas no hospital
pérola byington – São paulo- brasil.
área temática :18. Contribuições Recentes
Flávia Bello Costa de Souza, Roberto Garcia, Jefferson Drezzet, Denise G.
Ramos .
AutORA ReSpONSáVeL: Flávia Bello Costa de Souza
CO-AutOReS: Roberto Garcia, Jefferson Drezzet, Denise G. Ramos
ReSuMO: O atendimento às mulheres vitimas de estupro tem demandado dos
profissionais de saúde, em suas diversas especificidades, conhecimento, habilidade e sensibilidade. O objetivo deste trabalho quaquantitativo foi identificar
as principais variáveis psicodinâmicas e psicossociais de mulheres vítimas de
um episódio de estupro; e analisar a influência desta no processo de acolhimento. Foram entrevistadas 37 mulheres vítimas de estupro sob tratamento
médico no Serviço de Saúde Pública do Hospital Pérola Byington, na cidade
de São Paulo, Brasil. Os instrumentos utilizados foram: roteiro de entrevista
semiestruturada, escala Post-Traumatic Stress Disorder Checklist – Civilian
Version – PCL-C (BERGER et al., 2004), Inventário de Depressão Beck – BDI
(CUNHA, 2011) e a Escala de Autoestima de Rosenberg (DINI et al., 2004).
Entre as principais variáveis psicodinâmicas encontradas destacamos elevados
índices de depressão associado ao TEPT, constante estado de alerta, impacto
negativo na qualidade da vida sexual, vergonha, culpa e descomiseração. No
que se refere às variáveis psicossociais, o estudo apontou para altos índices
de sentimentos de exclusão social, distanciamento das relações, e isolamento;
em oposição a uma minoria que apresentou relatou o apoio e o acolhimento
familiar, social e religioso. Assim, o acolhimento de pacientes que se dispuseram a contar com uma rede social demonstrou-se colaborar diretamente para
os comportamentos resilientes e protetores, contrastado pela grande maioria
que se apresentou em isolamento e fragilizada. Assim sendo, a análise da identificação destes elementos psicodinâmicos e psicossociais poderão ajudar os
profissionais envolvidos a qualificar cada vez mais seus protocolos de acolhimentos nas unidades de serviço especializadas.
MINI-CuRRICuLuM: Mestre em Psicologia Clínica pela PUC - SP - Núcleo de Psicossomática e Estudos Junguianos. Professora do Curso de Graduação em
Psicologia da Universidade São Judas Tadeu. Psicóloga Clínica em consultório
particular. Pós-Graduada em Psicanálise e Psicologia Analítica. Formação em
Ludoterapia, Avaliação Diagnóstica/Psicopedagógica e Psicologia Analítica.
COORDeNADORA/COORDINADORA: ANA PATRICIA DE SÁ LEITãO PEIXOTO (Brasil)
194Comunicação oral/Comunicación Oral
CO01 :: Na fronteira entre o psicodrama e a Gestalt-terapia: as
dinâmicas entre a subjetividade do terapeuta, as comunidades
científicas e a articulação teoria e prática.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
Érico Douglas Vieira, Luc Vandenberghe.
Autor responsável: Érico Douglas Vieira
Co-autor: Luc Vandenberghe
O campo das psicoterapias oferece uma profusão de saberes e práticas que
inclui diversos pressupostos epistemológicos e ontológicos sobre o ser humano e a natureza da mudança. A partir desta diversidade,o objetivo da presente pesquisa foi investigar como gestalt-terapeutas e psicodramatistas
percebem e vivenciam, na prática, as possibilidades de integração entre suas
abordagens. Através de entrevistas individuais narrativas de 22 profissionais
foram colhidas, 11 de cada abordagem. A Teoria Fundamentada nos Dados
foi adotada como método para construir um modelo teórico que explana como
os terapeutas percebem e vivenciam as possibilidades de integração. Foram
mapeadas forças que aproximam e afastam as duas abordagens. Três eixos
dominam a dinâmica dessas forças: a articulação entre teoria e prática, as comunidades científicas e a subjetividade do psicoterapeuta. A interface entre
abordagens é governada pelas dinâmicas entre as comunidades e as instituições profissionais envolvidas. A competição por recursos simbólicos e materiais é uma força importante que afasta o diálogo e a integração. Por outro
lado, a constituição e evolução das abordagens são viabilizadas pela circulação e incorporação de conceitos. A prática de trocas entre as abordagens é
eclipsada pela desqualificação da “outra” abordagem no discurso acadêmico
e institucional. Um processo de fusão da identidade profissional com conceitos e ideias da comunidade à qual o profissional pertence enseja forte laço de
lealdade com a abordagem. Os estudos sobre diálogos entre abordagens deveriam levar em consideração não somente as implicações clínicas e epistemológicas, mas também questões subjetivas, sociais e institucionais.
pALAVRAS-ChAVe: Psicodrama; Gestalt-terapia; Integração; Epistemologia; Subjetividade do terapeuta.
O presente trabalho teve apoio recebido da FAPEG – Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de Goiás
Mini-currículos: Érico Douglas Vieira – Possui graduação em Psicologia
pela Universidade Federal de Minas Gerais, Especialização em Psicodrama
pelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno, Mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Doutorado em
Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, exercendo a Docência como Professor Adjunto do curso de Psicologia da Universidade Federal
de Goiás – Regional Jataí.
Luc Vandenberghe - Possui Graduação e Mestrado em Psicologia Clínica
da RijksUniversiteit Gent, Bélgica e Doutorado em Psicologia pela Université
de l’Etat à Liège, Bélgica. É Professor Adjunto da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e orientador dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu
em Psicologia e em Ciências Ambientais e de Saúde.
CO19 :: estudio preliminar sobre un modelo de intervención psicológica
de emergencia para prevenir internamiento.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
Mstr. Patricia Aguirre Espinoza, Mstr Pilar Guzmán Paredes.
Autora responsable: *Mstr. Patricia Aguirre Espinoza.
Co-autores: **Mstr. Pilar Guzmán Paredes.
El modelo de intervención psicológica de emergencia es desarrollado y ejecutado durante 5 años por el CEPSI en Quito - Ecuador. El objetivo de este
trabajo es dar a conocer los resultados de 80 casos tratados entre hombres
y mujeres de 18 a 65 años. Mediante este modelo de intervención se há buscado restablecer y recuperar la salud mental del paciente, promoviendo su
reinserción familiar, social y académica, en personas con psicopatologías graves, agudas y crónicas que eventualmente podrían ser internadas. El modelo
de intervención supone cuatro etapas:
1. Evaluación psicopatológica para situar la problemática individual del paciente y evaluación familiar, para la integración del entorno familiar y la detección de dificultades relacionales.
2. Articulación multidisciplinaria con contención farmacológica, permitiéndo la estabilización química del paciente, posibilitando óptimos resultados
en tiempos cortos.
3. Uso de técnicas de intervención cognitivas - conductuales, sistémicas y
proyectivas.
4. Atención 24/7; el trabajo familiar desde la perspectiva de la cronicidad
hace que las personas y sus familias se sientan sostenidas permanentemente
desde la concepción del apego seguro.
el proyecto posterior de investigación tiene como propósito final realizar
un grupo focal para valorar el cambio del estilo de vida del individuo.
pALAbRAS CLAVeS: reinserción, intervención, evaluación familiar, emergência,
salud mental.
MINI CuRRICuLA: **Máster en Psicoanálisis de la UBA-Argentina, Psicóloga
Clínica de la PUCE-Ecuador. Ha trabajado con niños/as y jóvenes en situación
de calle y también dentro de programas de protección especial en lo referente
a adopciones y reinserción familiar. Ha publicado una Guía de Prevención de
Abuso Sexual Infantil desde la comunidad Educativa y ha colaborado en el diseño y armado conceptual de una aula virtual de Violencia de Género para el
Ministerio de Salud Pública – Ecuador.
*Máster en Intervención, Asesoría y Terapia Familiar Sistémica de la UPS
Quito – Ecuador. Acreditación como Psicoterapeuta por la Sociedad Ecuatoriana de Psicoterapia Filial the World Council for Psychoterapy y Federación
Latinoamericana de Psicoterapia. Doctorado sobre Problemas de Lenguaje en
UAM Madrid-España. Propietaria y Directora del Centro Especializado de Psicología Integral “CEPSI”. Quito – Ecuador.
CO64 :: Avaliação de mudanças na psicoterapia psicanalítica de crianças.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
AutORA ReSpONSáVeL: Cibele Carvalho
CO-AutOReS: Guilherme Pacheco Fiorini, Marina Bento Gastaud, Lucia Rech
Godinho e Vera Regina Röhnelt Ramires
A avaliação sistemática de mudanças na psicoterapia psicanalítica com
crianças ainda é um desafio para os pesquisadores, devido a sua complexidade e a escassez de instrumentos que possam ser utilizados nos tratamentos
com essa população. Tendo isso em visto, o objetivo deste estudo foi analisar
possíveis mudanças na organização psíquica de crianças em psicoterapia psi-
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 43
Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto
canalítica, no decorrer do primeiro ano desses tratamentos, de acordo com o
Método de Rorschach (Sistema Exner). Trata-se de um estudo de caso sistemático. Participaram quatro crianças, em idade escolar. A prova de Rorschach
foi aplicada no início dos tratamentos e após, a cada seis meses. Os resultados foram analisados na esfera das relações interpessoais e do afeto. Análises
preliminares mostraram que os pacientes evidenciavam déficits relacionais
importantes, exibindo atitudes imaturas e regressivas, associadas a uma tendência para manter relacionamentos superficiais. Na esfera afetiva, demonstravam controle acentuado das emoções, negação dos afetos e evitação da
estimulação emocional. No decorrer do primeiro ano, houve melhora nas habilidades de relacionamento interpessoal e diminuição da evitação da estimulação emocional, na maioria dos casos. As mudanças numa psicoterapia não
constituem um movimento linear, mas sim são caracterizadas por avanços e
retrocessos. O Rorschach mostrou-se como um instrumento capaz de capturar mudanças no decorrer do primeiro ano dos tratamentos analisados.
pALAVRAS-ChAVe: Psicoterapia com crianças; pesquisa de resultado; psicoterapia psicanalítica.
MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga; Doutoranda em Psicologia Clínica pela Universidade do Rio dos Sinos (UNISINOS) – Bolsista PROSUP/CAPES; Mestre em
Psicologia Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
CO69 :: Abandono em psicoterapia psicanalítica na Adolescência: um
estudo de processo.
Maria Cristina Vieweger de Mattos, Georgius Cardoso Esswein, Aline
Alvares Bittencourt, Silvia Pereira da Cruz Benetti.
AutORA ReSpONSáVeL: Maria Cristina Vieweger de Mattos
Co-autores: Georgius Cardoso Esswein, Aline Alvares Bittencourt, Silvia
Pereira da Cruz Benetti
ObJetIVO: As taxas de abandono em Psicoterapia são elevadas. No que concerne
à adolescência, algumas vicissitudes devem ser consideradas ao analisar este
fenômeno, visto que um dos marcos dessa fase, a busca de autonomia, pode
constituir um obstáculo para a aderência em um processo psicoterápico. O objetivo deste estudo é apresentar uma análise qualitativa do processo de psicoterapia psicanalítica de uma adolescente que abandonou o tratamento na 12ª
sessão. Método: As 12 sessões foram codificadas com o Adolescent Psychotherapy Q-Set (APQ), um instrumento concebido para avaliar sessões de psicoterapia. O instrumento de 100 itens descreve o terapeuta, as atitudes e os
comportamentos do paciente, bem como interações terapeuta-paciente. Foram
selecionados para descrever o processo, os 10 itens de cada sessão com as médias de maior e menor relevância. Resultados: As sessões iniciais demonstram
engajamento da paciente no processo, com assiduidade e colaboração, relata
conteúdos significativos relevantes ao seu funcionamento dinâmico. A terapeuta
mostra-se atenta aos estados emocionais da jovem, entretanto, a medida em que
a psicoterapia evolui e a terapeuta encoraja a reflexão de seus conflitos internos,
a paciente resiste e inicia sucessão de faltas. Discussão: No caso em análise, evidencia-se o estabelecimento de uma aliança terapêutica positiva, entretanto a
aderência na psicoterapia fica prejudicada pelo uso de defesas imaturas da paciente e por sua incapacidade na aquisição de insight. Palavras-chave: abandono
em psicoterapia psicanalítica, adolescência, pesquisa de processo
MINI CuRRÍCuLO: Maria Cristina Vieweger de Mattos. Psicóloga; Mestranda em
Psicologia Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS),
especialista em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica pelo ICPT (Instituto
Contemporâneo de Psicanálise e Transdisciplinaridade)
Georgius Cardoso Esswein. Acadêmico em psicologia pela Universidade do
Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Bolsista de Iniciação Cientifica
PIBIC/CNPq.
Aline Alvares Bittencourt. Psicóloga; Mestranda em Psicologia Clínica pela
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), especialista em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica pelo ESIPP (Estudos Integrados de Psicoterapia Psicanalítica).
Silvia Pereira da Cruz Benetti. Psicóloga; PHD.
COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)
204Comunicação oral/Comunicación Oral
CO33 :: A teoria da psicoterapia psicodramática.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
Andréa Claudia de Souza, Isabella dos Santos Teada Cassane
AutORA ReSpONSáVeL: Andréa Claudia de Souza
CO-AutOReS: Isabella dos Santos Teada Cassane
O nome Psicodrama é tanto para a teoria que o fundamenta como uma metodologia psicoterápica. Jacob Levy Moreno, criador do Psicodrama, denomina a teoria como Socionômia, a ciência que estuda as relações. Seus
principais fundamentos teóricos estão na Sociodinâmica - forma como as relações acontecem, na Sociometria, que por meio de medidas mostra estas relações e suas intensidades, e a Sociatria que propõe a metodologia de trabalho
psicoterápico. A visão de Homem e Mundo do Psicodramatista permeia seu
trabalho. A teoria de Papéis, a teoria do Encontro, o fator Tele, o conceito de
Espontaneidade e de Conserva cultural são algumas das referências que não
podem ser retiradas do contexto metodológico. O vínculo estabelecido entre
terapeuta e paciente é fonte de ação e intervenção para a saúde de todos. Partindo do pressuposto que somos seres bio-psico-sociais e atualmente também considerados espirituais, o paciente é trabalhado individualmente ou em
grupo, mas sempre em função de seu papel na família, na sociedade, no trabalho, e nunca isolado como indivíduo. São inúmeros os trabalhos nacionais
e estrangeiros que discutem o Psicodrama e seus ganhos para as mais diversas formas de adoecimento. Temos como exemplo, Dillen, et al (2009) e Costa
e Vanin (2005), que relatam os resultados positivos com Psicodrama infantil.
Gonçalves e Gomes (2013), Chiantaretto e Pinel (2011) com adolescentes,
Tomasulo e Raza (2006), com pacientes psiquiátricos, Palermo (2012) com
inabilidades intelectuais, entre muitos outros. Este trabalho propõe apresentar
um pouco mais da teoria por trás do método.
pALAVRAS-ChAVe: psicodrama; biopsicossocial; relacional.
MINI CuRRÍCuLO: Doutoranda em Psicologia pela Universidade Autônoma de Lisboa. Mestre em Psicologia da Saúde na Universidade Metodista de São Paulo.
Graduada em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo (1987). Especialista em Psicodrama e Sexualidade Humana. Diretora de Eventos da Febrap. Psicóloga e professora de Psicodrama em São Paulo, São Caetano, São
José do Rio Preto, Aracajú e Porto Alegre. Autora do livro Sociodrama nas Organizações da Ed. Ágora; capítulos de livros e artigos em revistas especializadas
com trabalhos em Congressos Nacionais e Internacionais..
CO34 :: estudo de processo em psicoterapia psicodinâmica: um caso
bordeline.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
Silvia Pereira da Cruz Benetti, Suzana Catanio dos Santos Nardi , Lisiane
Geremia, Aline Alvares Bittencourt , Nathalia Bohn da Silva .
AutORA ReSpONSáVeL: Silvia Pereira da Cruz Benetti1
CO-AutOReS: Suzana Catanio dos Santos Nardi 2, Lisiane Geremia3, Aline
alvares Bittencourt 4, Nathalia Bohn da Silva 5 .
O objetivo deste estudo e descrever o processo psicoterápico de uma psicoterapia psicanalítica de uma jovem com diagnostico de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Estudar o processo psicoterápico em
delineamentos de caso único contribui para a compreensão dos aspectos envolvidos em relação ao paciente, ao terapeuta e a interação entre a dupla no
decorrer do tratamento. Sobretudo, essa abordagem se torna indispensável
quando se leva em consideração os desafios da psicoterapia do paciente borderline. Método: O Psychotherapy Process Q-Set (Jones, 1985) é um instrumento que avalia o processo da psicoterapia através de cada sessão individual
de psicoterapia. Composto por 100 itens, o instrumento descreve as atitudes
e os comportamentos do terapeuta, do paciente e a interação entre ambos.
Duplas de juízes treinados assistiram uma a cada três sessões do total de 34
sessões, resultando assim em 12 sessões que representam os primeiros seis
meses da psicoterapia psicodinâmica, de uma jovem paciente diagnosticada
com o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Resultados: Análises
das sessões apontam para atitude colaborativa entre o paciente e o terapeuta
através das intervenções direcionadas para a reconstrução de experiências
passadas até a 7ª sessão. Depois, a paciente se engaja em uma interação mais
conflituosa com a terapeuta, a qual responde com atitude de apoio e tecnicamente menos interpretativa. Discussão: Os resultados demostram um padrão
de interação próprio do paciente limítrofe quando enfrenta conflitos. Assim,
é exigido do terapeuta adaptação à capacidade do paciente para elaborar as
intervenções interpretativas.
pALAVRAS-ChAVe: Transtorno de personalidade borderline, psicoterapia psicanalítica, Padrão de interação.
Professora do Pós Graduação em Psicologia da Unisinos. São Leopoldo,
44 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
RS,Doutoranda do Pós Graduação em Psicologia da Unisinos. São Leopoldo,
RS, Mestranda do Pós Graduação em Psicologia da Unisinos. São Leopoldo,
RS, Mestranda do Pós Graduação em Psicologia da Unisinos. São Leopoldo,
RS ,Bolsista de Iniciação Cientifica FAPERGS. Unisinos. São Leopoldo, RS
CO39:: Genograma e ecomapa como ferramentas de cuidado em saúde.
área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e
politicas públicas.
AutORA ReSpONSáVeL: Edna Maria S. Peters Kahhale
CO-AutOReS: Thainá Greco;Mirian Conceição,Bianca Leal; M Cristina Vicentin;
Eliza Rosa
Este trabalho insere-se na experiência do Programa de Reorientação Profissional e Educação pelo Trabalho (PRO/PET/Saúde) do Ministério da Saúde
do Brasil em parceria com a PUCSP e a Subprefeitura da Freguesia do Ó/Brasilândia do Município de São Paulo. Neste trabalho destacamos a construção
de metodologias de escuta que qualifiquem a atuação da Estratégia Saúde da
Família no diagnóstico de demandas em saúde mental e no desenvolvimento
de estratégias de cuidado. O objetivo é analisar a potência do ecomapa como
ferramenta de diagnóstico e de cuidado em saúde mental, como facilitador da
construção e acompanhamento de projetos terapêuticos singulares e como
potencializador da autonomia de usuários e/ou equipes de saúde. Esta análise
foi construída a partir de estudos de casos, que relatam a história de vida e
os itinerários de cuidado vividos por doze usuários vinculados aos serviços
de saúde do território. Para a construção da ‘história de vida’ foram utilizadas
anotações contidas em prontuário multiprofissional, conversas realizadas
pelos bolsistas e preceptores do PET/Saúde, com usuários, parentes, trabalhadores e/ou equipes de saúde. Pode-se identificar neste processo três potências no uso do ecomapa: “a equipe apropria-se de sua potência: nós temos
a força!”; “a reflexão mediada pelo ecomapa amplia a autonomia: posso mais
e ser saudável!” e “o ecomapa e os itinerários de vida são meus!”. A análise
das potências indica que sua efetividade supõe espaços coletivos de cuidado;
também, aponta as dificuldades próprias dos serviços, que extrapolam a governabilidade das equipes.
pALAVRAS-ChAVe: itinerários (comportamento de procura de cuidados de
saúde), genograma, ecomapa, cuidado, protagonismo (acesso aos serviços
de saúde)
DeSCRItOReS: atenção a saúde, desenvolvimento tecnológico, assistência à
saúde, resolução de problemas, saúde da família, atenção básica, saúde mental
CO59 :: Núcleo de Apoio à Saúde da família: Novo campo de práticas
para a psicologia.
área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e
politicas públicas.
Alice Menezes, IMS, Angela Machado, Carolina Manso, Daniela Pimenta,
Kali Alves, Karen Athié, Sandra Fortes.
DADOS DA AUTORA: ALICE MENEZES, IMS / UERJ, PSICÓLOGA,
DOUTORANDA EM SAÚDE COLETIVA, MEMBRO DO LIPAPS/UERJ.
CO-AutORAS: Angela Machado, Carolina Manso, Daniela Pimenta, Kali Alves,
Karen Athié, Sandra Fortes.
Psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde Pública. e Políticas Públicas
Seguindo tendências mundiais, o Brasil implantou a Estratégia de Saúde
da Família (ESF). Para aumentar a resolutividade, foi criado o Núcleo de Apoio
à Saúde da Família (NASF). Atualmente, 38.151 equipes ESF e 3.695 NASFs
atendem 118 milhões de brasileiros, 61,01% de cobertura populacional. Em
cada NASF deve haver pelo menos um profissional de saúde mental, geralmente psicólogo. Através de método de análise documental e da literatura,
objetiva-se discutir o papel do psicólogo no NASF pois, tradicionalmente, o
psicólogo não é formado para a saúde pública. Na atenção primária, os psicólogos trabalham via sistemática de Apoio Matricial às equipes ESF, atuação
que difere da prática de psicoterapia individual feita em consultório particular
ou nos ambulatórios especializados de saúde mental. Dentre outros, utilizamse conhecimentos de saúde pública, epidemiologia, território, trabalho colaborativo e as ferramentas mais utilizadas são: consulta conjunta, visita
domiciliar conjunta, discussão de caso, construção de projeto terapêutico singular, grupos. Perfil da atuação: sensibilizar profissionais da ESF para lidar
com questões de saúde mental e vulnerabilidades psicossociais; avaliar e tratar pacientes com problemas emocionais, transtornos mentais comuns, transtornos mentais graves e persistentes, álcool ou abuso de drogas, famílias em
crise, doenças crônicas ou outras condições médicas; intervenções multidisciplinares; promoção de saúde mental e prevenção de transtornos mentais.
Na escassez de ambulatórios, o psicólogo faz "ambulatório de retaguarda"
atendendo individualmente casos que exigem atenção especializada. Conclui-
se que o NASF surge como importante campo de prática para Psicologia.
CuRRÍCuLO LAtteS: http://lattes.cnpq.br/1317713403009122
Doutoranda em Saúde Coletiva com bolsa CNPq e Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (IMS-UERJ), com tema de pesquisa voltado para as práticas da Psicologia no campo da Atenção Primária à Saúde e
da Estratégia de Saúde da Família. Leciona no Curso de Graduação em Psicologia da (IP-UFRJ), na Unidade Docente Assistencial de Saúde Mental e Psicologia Médica do Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ/FCM/HUPE),
e em cursos FIOCRUZ. Membro do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa
em Atenção Primária à Saúde (LIPAPS - UERJ) e do grupo de pesquisa CNPq
de Saúde Mental e Atenção Primária.
COORDeNADOR/COORDINADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)
214Comunicação oral/Comunicación Oral
CO.07 :: Dinâmica de Grupo Focal como estratégia de pré-testar a
compreensão de casos clínicos fictício-projetivos e perguntas de
pesquisa.
área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.
Flavia Bello Costa de Souza, Roberto Garcia, Fernando Lefevre, Analice de
Oliveira.
AutOR ReSpONSáVeL: Flávia Bello de Souza.
CO-AutOReS: Roberto Garcia, Fernando Lefevre, Analice de Oliveira.
O grupo focal tem entre seus diversos objetivos avaliar dinamicamente opiniões sobre determinado assunto, oferecendo aos participantes um espaço
de discussão e entendimento em grupo das questões propostas. Dada tais
circunstâncias, este trabalho teve como objetivo pré-testar a compreensão de
casos clínicos fictício-projetivos e perguntas de pesquisa relacionadas às dificuldades na negociação do uso do preservativo, pertencentes à pesquisa
"Prevenção secundária em pessoas vivendo com HIV (PVHIV): perspectivas,
dilemas e estratégias de enfrentamento no Brasil e na Espanha". Foram realizadas duas sessões de grupo focal, de 180 minutos cada, com PVHIV do Centro de Referência e Tratamento CRT/DST/HIV/AIDS Vila Mariana - São Paulo,
Brasil. A condução do grupo focal foi composta por dois psicólogos e uma
assistente social. Foram selecionadas pela equipe da instituição 10 PVHIV
com os seguintes perfis: mulher heterossexual, casada, com relacionamento
estável; homem ou mulher profissional do sexo; homem ou mulher usuário
de droga; bissexual, homem homossexual não usuário de droga; homem ou
mulher heterossexual não usuário de droga, homem ou mulher homossexual
usuário de droga; homem ou mulher heterossexual usuário de droga; travesti;
e transexual. Dentre os principais resultados destacamos interatividade e imediata identificação entre os participantes e o material proposto. Como conclusão, esta técnica demonstrou-se funcional para o objetivo deste trabalho, e
uma dinâmica indicada para futuras ações de prevenção e intervenção psicoterapêutica no CRT/DST/HIV/AIDS investigado.
pALAVRAS-ChAVe: Grupo Focal, HIV/AIDS, PVHIV.
MINI CuRRÍCuLO: Psicólogo, Mestre e Doutorando em Psicologia Clínica: Núcleo de Psicossomática e Psicologia Hospitalar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUCSP.
CO28 :: Integração entre pesquisa e prática clínica psicanalítica: um
estudo ilustrativo.
área temática: 8. psicoterapia em diferentes instittuições.
Aline Álvares Bittencourt, Fernanda Barcellos Serralta.
AutORA ReSpONSáVeL: Aline Álvares Bittencourt
COAutORA: Fernanda Barcellos Serralta
Entre as alterativas para superar a dissociação entre investigação científica
e prática psicanalítica, encontram-se a utilização de procedimentos empíricos
que avaliem questões clinicamente importantes, a inclusão da perspectiva do
psicoterapeuta no estudo, e a publicação de resultados de pesquisa em linguagem acessível ao psicoterapeuta. O presente trabalho ilustra, através de
um estudo sistemático de um caso único de psicoterapia psicanalítica com
uma paciente borderline, como dados clínicos e empíricos podem ser conjugados para ampliar a compreensão da paciente e das mudanças observadas
no seu funcionamento ao longo do 1º ano do tratamento. A sistematização do
caso foi baseada nas anotações clínicas da psicoterapeuta, que também é uma
das pesquisadoras, e na aplicação de diferentes instrumentos psicométricos
que avaliam personalidade (SWAP-200), funcionamento defensivo (DSQ-40)
e sintomatologia (SCL-90-R). O SWAP-200 foi preenchido por dois avaliadores independentes, considerando a análise dos vídeos das sessões do início
e do final do 1º ano de tratamento. O DSQ-40 e o SCL-90-R foram preenchidos
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 45
Resumos e Trabalhos dia 19 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 18 agosto
pela paciente no início, aos 6 meses e aos 12 meses de tratamento. Esses
dados foram integrados para formular uma hipótese compreensiva de base
clínico-empírica sobre o processo psicoterápico e as mudanças no funcionamento da paciente no 1º ano de tratamento. A conclusão indica que embora
não seja uma tarefa simples, a integração entre pesquisa e prática psicanalítica
é possível e potencialmente útil para ambos os campos. A superação dessa
histórica separação depende do esforço conjunto de psicoterapeutas e pesquisadores.
pALAVRAS-ChAVe: pesquisa em psicoterapia psicanalítica, estudo de caso sistemático, processo psicoterápico.
MINI CuRRÍCuLO: Aline Álvares Bittencourt: Psicóloga; Mestranda em Psicologia
Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e Especialista
em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica pelo ESIPP (Estudos Integrados
de Psicoterapia Psicanalítica).
Fernanda Barcellos Serralta: Doutora em Ciências Médicas: Psiquiatria
(UFRGS), professora do programa de pós-graduação em psicologia da
UNISINOS.
CO48 :: Laços e Amarras Conjugais. transformações e Mitos.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
Patricia Cristina De Conti Bertaglia
tos e sentimentos; sensação imediata de bem estar após o exercício da respiração; feedback positivo do atendimento; possibilidade de associação com
outras técnicas; e mudança positiva observada na verificação de humor. Espera-se que a divulgação deste trabalho possa estimular a produção de novas
pesquisas científicas sobre a temática, enriquecendo os dados da literatura
relacionados à prática profissional.
pALAVRAS-ChAVe: Terapia Cognitivo-Comportamental; respiração diafragmática; psicologia hospitalar.
MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga pela PUC-Minas; Pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas pela Faculdade Pitágoras; Residente em Psicologia pelo
programa Saúde da Mulher, da residência multiprofissional da PUC-Campinas; Membro da SBPH – Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar; possui
trabalhos publicados pela abordagem da TCC – Terapia Cognitivo-Comportamental.
COORDeNADORA/COORDINADORA: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)
16h00 - 17h30
TA
pôsteres:
224Solenidade de Abertura/Apertura Solemne.
Diante das grandes transformações sócias e mudanças de paradigmas, os
antigos modelos de conjugalidade se tornam inadequados. Os cônjuges buscam maneiras de lidar com a trama formada pelo enlace de desejos, fantasias
e expectativas de cada um dos parceiros. Na pratica da psicoterapia, frequentemente encontramos pessoas envolvidas por uma trama complexa, na qual,
no transcorrer do tempo, os laços afetivos se transformaram em amarras. O
presente trabalho teve por objetivo compreender os conteúdos psíquicos envolvidos na excessiva dependência afetiva dos vínculos conjugais, analisar as
fantasias sobre esses vínculos e buscar os fundamentos arquetípicos, considerando o ponto de vista da psicologia analítica e de seus seguidores. Para o
desenvolvimento da pesquisa foi utilizado o método qualitativo, com entrevistas individuais semi dirigidas e desenhos. Foram entrevistadas três mulheres casadas, com idade entre 30 e 45 anos e que apresentaram conflitos entre
o desejo de permanência e o desejo de separação conjugal, caracterizado por
sofrimento emocional e excessiva dependência afetiva de seus vínculos conjugais. Os resultados da pesquisa sugerem que a excessiva dependência feminina dos vínculos conjugais pode estar apoiada em problemas com a
autoimagem e dificuldades em lidar com limites, assim como em complexos
parentais, em fantasias românticas e idealizações conjugais, que negligenciam
a subjetividade mais profunda das pessoas. Na análise e discussão foi utilizada
a amplificação pelos mitos de Hera, Narciso e Eco.
pALAVRAS-ChAVe: autoimagem, conjugalidade, dependência, limites, transformação.
MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga, Especialista em Psicologia Analítica pelo COGEAE/PUC-SP, Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP e Doutoranda em
Psicologia Clínica pela PUC-SP. Atua há 22 anos como psicóloga clínica, psicoterapeuta, docente, supervisora clínica e coordenadora de grupos de estudo. Ministrou cursos voltados a ampliação da consciência e
desenvolvimento pessoal. Desenvolveu pesquisas sobre mitologia e relacionamentos interpessoais.
CO67 :: A respiração diafragmática como preparo para cirurgia: relato de
experiência.
área temática: 7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e
politicas públicas.
Mônica Aparecida Fernandes
A respiração diafragmática é uma técnica de relaxamento eficaz para o controle da ansiedade (ARAÚJO, 2011; KING et al., 2011), mas necessita ser associada à Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para garantir a efetividade
dos resultados (KING et al., 2007). Dadas tais circunstâncias, esta autora analisou uma experiência profissional, a qual propõe aqui relatar. Investigou ela,
a técnica da respiração diafragmática como principal recurso de intervenção
diante a ansiedade de alguns pacientes que possuíam uma cirurgia programa
no plano terapêutico hospitalar. Tal investigação objetivou avaliar a eficácia
da respiração diafragmática em associação a outras técnicas da TCC, além de
analisar a efetividade das técnicas propostas como recurso de preparo à cirurgia. Os atendimentos individuais ocorreram em dias alternados para 14 pacientes mulheres, tendo duração total variada de acordo com o tempo de
internação. Assim, a intervenção ocorreu através da TCC (BECK, 2013), sendo
também a perspectiva de análise dos dados. Alguns dos resultados encontrados foram: melhor percepção das pacientes sobre a ligação entre pensamen-
Solenidade de Abertura.
apertura solemne.
ALFRED PRITZ (Presidente do WCP)
ALEJANDRA PÉREZ (Vice Presidente pela América Latina WCP)
ANGELA HILUEY (Coordenadora da Comissão Científica Internacional)
EMILIA AFRANGE (Presidente da ABRAP, dos Congressos e Comissão
Organizadora)
JOSÉ TOUFIC THOME (Membro Honorário WCP)
ORIANA VILCHES-ÀLVAREZ (Coordenadora da Comissão Científica
Internacional)
SYLVIA MANCHENO DURÁN (Presidente da FLAPSI)
Boa noite!
Sejam todos muito bem-vindos ao XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapia e II Congresso Brasileiro de Psicoterapia que inauguramos hoje, dia
19 de agosto de 2015, aqui na cidade de São Paulo.
Estaremos juntos até o próximo dia 22, dialogando em torno de um tema
que nos apaixona – a PSICOTERAPIA –, analisando e elencando suas possibilidades neste século 21, pensando e propondo pontos de vista, técnicas e
abordagens para o enfrentamento dos desafios que o mundo contemporâneo
nos lança em relação à saúde mental e ao melhoramento da qualidade de vida
do indivíduo e da coletividade.
Como Presidente do XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapia e II
Congresso Brasileiro de Psicoterapia, da Comissão Organizadora destes eventos e como Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia, a Abrap, queremos registrar nossa gratidão e reconhecimento
• Aos coordenadores das Comissões Científicas Nacional e Internacional,
Professora Doutora Angela Hiluey e Professora Mestre Oriana Vilches-Alvarez,
e aos seus membros, que estiveram ao nosso lado durante todo o processo
de elaboração do programa que vamos apresentar;
• Aos dirigentes, aos representantes e aos integrantes das associações que
compõem a Federação Latino-Americana de Psicoterapia por terem aceitado
prontamente nosso convite. A presença de vocês engrandece sobremaneira
nossos Congressos;
• Igualmente, queremos agradecer a participação dos ilustres convidados
palestrantes, que nos apresentarão suas práticas, suas pesquisas, experiências e seu conhecimento no campo da Psicoterapia;
• Também somos gratos às entidades que nos deram sua colaboração e
apoio durante o preparo e a efetivação destes dois importantes Congressos:
o Conselho Federal de Psicologia, o Conselho Regional de Psicologia de São
Paulo, o Instituto Sedes Sapientiae por meio do Departamento de Formação
em Psicanálise e do Departamento de Arteterapia, a Federação Brasileira de
Terapias Cognitivas, a Federação Brasileira de Psicodrama, a Universidade
Paulista (Unip), a Associação de Assistência à Criança Santamarense, a São
Paulo Convention Visitors Bureau, o Instituto Zero a Seis, o Instituto de Psicologia Somática, a Associação Brasileira de Terapia Familiar, a ONG Viver e
Sorrir, o Centro de Estudos da Família, a Associação Brasileira de Ensino em
Psicologia e o Instituto Paulista de Sexualidade.
• E, por fim, mas com idêntico reconhecimento, queremos registrar nosso
muito obrigado aos psicólogos, médicos, assistentes sociais, profissionais e
estudantes da área de saúde e educação que nos prestigiam com sua presença e acolhimento.
46 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Como Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia, a Abrap, uma
das associações participantes XI Congresso Latino-Americano de Psicoterapia
e II Congresso Brasileiro de Psicoterapia, nos sentimos honrados por integrar
a Federação Latino-Americana de Psicoterapia, juntamente com as associações da Argentina, da Bolívia, do Chile, do Equador, do México, do Panamá,
o Peru, do Uruguai e da Venezuela, países aqui representados.
Sentimo-nos também orgulhosos por estar trabalhando para o fortalecimento da Psicoterapia como instrumento eficaz de melhoria da qualidade de
vida da coletividade humana através da realização destes dois Congressos.
Esperamos que a programação proposta para desenvolvermos estes três
dias atenda as expectativas, as necessidades e os interesses de todos, enriquecendo as atividades que cada um oferece em seu respectivo país, dentro
dos múltiplos campos de ação da Psicoterapia, em benefício da saúde mental
de seus compatriotas.
Abordaremos, através de atividades múltiplas, como palestras, mesas-redondas, painéis, espaços abertos de discussão, as seguintes áreas temáticas:
• a Psicoterapia e questões teórico-filosóficas;
• a Psicoterapia, novas tecnologias e mídias;
• processos de formação;
• a identidade do psicoterapeuta;
• a Psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos;
• pesquisas em Psicoterapia;
• a Psicoterapia, saúde, saúde mental, saúde pública e políticas públicas;
• a Psicoterapia em diferentes instituições;
• a Psicoterapia e processos grupais;
• a Psicoterapia, diversidade sexual e processos de inclusão;
• a Psicoterapia e a psicopatologia;
• a Psicoterapia e a violência;
• a Psicoterapia, a psicofarmacologia e as neurociências;
• a Psicoterapia e as Artes;
• Acolhimento, prevenção e as redes sociais;
• a Psicoterapia e a equipe interdisciplinar;
• a vida contemporânea e as práticas clínicas; e
• contribuições recentes.
Desejamos, igualmente, que sua estadia em nossa cidade seja prazerosa e
memorável. São Paulo é uma das maiores metrópoles do mundo, rica de atrativos, aconchegante e acolhedora.
É uma cidade de todas as nacionalidades. Podemos admirar isto na arquitetura de seus prédios, nos seus bairros típicos, nas inúmeras opções e espaços de lazer, nos trajes e trejeitos de sua gente e, principalmente, no seu
universo gastronômico. É possível viajar pelo Brasil e pelo mundo nas mesas
dos mais de dez mil restaurantes e bares que existem em São Paulo.
Desfrutem!
Obrigada!
Buenas noches!
Sean todos bienvenidos al XI Congreso Latino - Americano de Psicoterapia y II Congreso Brasileño de Psicoterapia que se inauguró hoy,
día 19 de agosto de 2015, acá en la ciudad de São Paulo.
Quedaremos juntos hasta el próximo día 22, hablando sobre el tema que
nos encanta – La Psicoterapia –, nosotros analizaremos y nos poner en una
discusión de sus posibilidades en ese siglo 21, pensando y proponiendo puntos de vista, técnicas y enfoques para afrontamiento de los desafíos que el
mundo contemporáneo nos lanza en relación a la salud mental y el mejoramiento de la calidad de vida del individuo y da colectividad.
Como presidente do XI Congreso Latino – Americano de Psicoterapia e
II Congreso Brasileño de Psicoterapia, el comité organizador de estos eventos
y como presidente de la Asociación Brasileña de Psicoterapia, la ABRAP, queremos dejar constancia de nuestro agradecimiento y reconocimiento
• Los Coordinadores Científicos nacional e internacional, Profesora Doctora
Angela Hiluey e Profesora maestro Oriana Vilches-Alvarez, y sus miembros,
que estaban al nuestro lado durante todo el proceso de elaboración del programa que vamos a presentar;
• Los directores, los representantes y miembros de las asociaciones que
integran la Federación Latino-Americana de Psicoterapia por haber aceptado
nuestra invitación. La presencia de todos ustedes aumenta en gran medida
nuestro congreso.
• También quiero dar gracias la participación de oradores invitados, altavoces, que presentarán sus practicas, sus investigaciones, experiencias y su
conocimiento en el campo de la Psicoterapia;
• También damos gracias a las organizaciones que nos han dado su cooperación durante la preparación y la ejecución de estos dos importantes congresos: el consejo federal de Psicología, el Consejo Regional de Psicología de
São Paulo, el Instituto Sedes Sapientiae a través del Departamento de Forma-
ción en psicoanálisis y el Departamento de Arte Terapia, la Federación Brasileña de Terapias Cognitivas, la Federación Brasileña de Psicodrama, la Universidad Paulista (UNIP), la Asociación de Ayuda a los Niños Santamarense,
a la São Paulo Convention Visitors Bureau, el Zero a Seis, el instituto de Psicología Somática, la asociación Brasileña de Terapia Familiar, la ONG Viver e
Sorrir, el centro de Estudios de la Familia, la asociación Brasileña de la Educación en Psicología y el Instituto Paulista de la Sexualidad.
• Y por ultimo, mas con el mismo reconocimiento, queremos grabar nuestro agradecimiento, gracias a los psicólogos, médicos, trabajadores sociales,
profesionales estudiantes de la Salud y educación en prestigio con su prestigio
y acogimiento .
Como Presidente de la Asociación Brasileña de Psicoterapia, la ABRAP,una
de las asociaciones participantes XI Congreso Latino-Americano de Psicoterapia y II Congreso Brasileño de Psicoterapia,
Nos sentimos honrados de hacer parte de la Federación Latina-Americano
de Psicoterapia junto con las Asociaciones de la Argentina, de la Bolivia, del
Chile, ecuador, México, Panamá, Perú, Uruguay e de la Venezuela, países aquí
presentados.
También estamos orgullosos de trabajar para el fortalecimiento de la Psicoterapia como un instrumento eficaz para mejorar la calidad de la comunidad
humana mediante la realización de estos dos congresos.
Esperamos que la programación propuesta para el desarrollo de estos tres
días cumple las expectativas, las necesidades y los intereses de todos, enriqueciendo las actividades que cada uno ofrece en sus respectivos Países, dentro de los múltiplos campos de acción de la Psicoterapia, en beneficio de la
saludad mental y se sus compatriotas.
Iremos discutir a través de actividades múltiplas como conferencias, mesas
redondas, tableros, espacios abiertos de discusión, las siguientes áreas temáticas:
• La psicoterapia y cuestiones teórico-filosóficas;
• La psicoterapia, nuevas tecnologías y medios de comunicación;
• Proceso de formación;
• La identidad del sicoterapeutico;
• La psicoterapia en los diferentes estadios evolutivos;
• Investigación en Psicoterapia;
• La psicoterapia en diferentes institucionales;
• La psicoterapia y procesos de grupo;
• La psicoterapia y la psicopatología;
• La psicoterapia y la violencia;
• La psicoterapia, la psicofarmacología y las neurociencias;
• La psicoterapia y las artes;
• Acogimiento, prevención y las redes sociales;
• La psicoterapia y la equipe indisciplinar
• La vida contemporánea y las practicas clínicas; y
• Contribuciones recientes
Deseamos también, que su estadía en nuestra ciudad sea agradable y memorable. São Paulo es una de las metrópolis más grandes del mundo, rica en
atractivos, cálido y acogedor.
Es una ciudad de todas las nacionalidades.
Podemos admirarlas en la arquitectura de sus edificios, en sus barrios típicos, en las numerosas opciones de ocio, en los trajes y gestos de su pueblo
y, sobre todo en su universo gastronómico. Es posible viajar por el Brasil y
por el mundo y por el mundo de las mesas de los más de diez mil restaurantes
y bares que existen en São Paulo.
¡Disfruten!
¡Gracias!
234Conferência de Abertura
Conferencia de apertura.
A psicoterapia no século xxI: possibilidades, novas perspectivas,
desafios.
La psicoterapia en el siglo xxi: posibilidades, nuevas perspectivas y
desafíos.
GILBERTO SAFRA (Brasil)
Presidente/Presidenta: EMILIA AFRANGE (Brasil)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 47
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
08h30 - 09h00
Teatro
Laban
"Laban - Arte do Movimtento no brincar e na Arte. Como
Assim?"
arte movimtento en Jugar y arte. Qué Quieres decir? "
MARIA CECÍLIA - CILô - P. LACAVA
Obs.: Em respeito aos participantes, não será permitida a entrada após às 8h40.
Precisamente neste horário, as portas serão fechadas, pois interrupções inviabilizam
a concepção do trabalho. A atividade é aberta a todos os participantes do evento e
não exige inscrição prévia. Vale a pena conferir!
Obs.: En lo que respecta a los participantes, la entrada no está permitida después de
la 8:40 a.m .. Precisamente en este momento, las puertas estarán cerradas, debido a
interrupciones hacen que sea imposible diseñar el trabajo. La actividad está abierta a
todos los participantes del evento y no requiere registro previo. Vale la pena echarle!
09h00 - 12h00
Teatro
244Conferencias Inaugurales.
psicoterapia no séc xxI: possibilidades, novas
perspectivas, desafios.
a psicoterapia no século xxi. psicoterapia en el siglo xxi.
RYAD SIMON (Brasil)
O tema que estaremos examinando lembrou-me algo semelhante abordado
por Freud ao final da Primeira Grande Guerra no texto de 1919: Linhas de progresso na terapia psicanalítica, momento em que confrontava a prática da Psicanálise – restrita a poucos pacientes – com a necessidade de estender seus
benefícios a maior parcela da população, concluindo: "É muito provável, também, que a aplicação em larga escala de nossa terapia nos compelirá a fundir
livremente o ouro puro da análise com o cobre da sugestão" (...). Hoje, com
quase 90 anos de distância do texto citado, deparamo-nos com dificuldades
não muito diferentes. Dada a extensão de minha prática clínica e didática em
Psicoterapia Psicanalítica, me aterei a seguir mormente a essa modalidade.
Creio que uma boa maneira de pensar o presente e formular uma perspectiva futura é começar pelo passado. Iniciei minha Especialização em Psicologia
Clínica em 1960 – (com os mestres Durval Marcondes e Aníbal Silveira) pela
Universidade de São Paulo – após concluir minha formação em Filosofia pela
mesma Universidade. Nesses 55 últimos anos de atividade pude acompanhar
pessoalmente – e através de meus colegas – no Departamento de Psicologia
Clínica do Instituto de Psicologia da USP, no Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina (atual UNIFESP onde militei 25 anos)
e na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo os desdobramentos da
evolução e "das modas" em Psicoterapia.
Qual a razão da existência da Psicoterapia? Toda vez que uma pessoa não
consegue por si encontrar uma solução adequada para uma dificuldade adaptativa, busca alguma coisa, ou alguém, que a auxilie a descobrir uma solução
mais adequada. À medida que o homem foi se distanciando do funcionamento
selvagem pela necessidade direta de alimento e sexo e precisando viver em
grupos mais amplos para melhor atender seus interesses, foi precisando criar
regras de convivência e de propriedade, acarretando relações interpessoais
mais complexas, resultando dificuldades de adaptação amplas. As perplexidades geradas pela participação em grupos; as dificuldades emocionais e de
interesses que a vida comunitária foi colocando criaram conflitos que o
homem não conseguia sozinho resolver satisfatoriamente. Foi sendo procurado alguém para ajudar na resolução dos problemas: o homem mais idoso
e mais sábio; ou o mais sensitivo e em contato com o sobrenatural. No passado – mas também no presente (e provavelmente até o fim dos tempos) –
as pessoas procuraram a magia, a religião ou algo semelhante. Em fins do
século XIX os médicos recorriam aos tratamentos termais, à sugestão, à hipnose. Freud começou aplicando a hipnose e, graças a sua excepcional capacidade de observação, reflexão científica e inventividade, desenvolveu a
Psicanálise. E esta, naturalmente, foi se transformando através dos tempos:
quer na teoria, quer na técnica de sua aplicação.
Um dado singelo que utilizo como esboço para sintetizar as mudanças que
a Psicoterapia Psicanalítica tem sofrido desde a segunda metade do século
passado pode ser apreciado através de minhas análises pessoais e minha prática psicoterápica. Na década de 60 por necessidade de formação em Psicoterapia Psicanalítica submeti-me a análise cinco vezes por semana durante
oito anos seguidos. Terminei essa análise dita "terapêutica" para iniciar minha
análise "didática" por outros oito anos, comparecendo quatro vezes por semana ao consultório de minha analista. Na década de 60 a 70 eu atendia pacientes com três a quatro sessões semanais. Da década de 90 a 2005 trabalhei
com os pacientes três vezes por semana. Nos anos recentes os pacientes
comparecem duas vezes por semana; mas a maioria só consegue vir uma sessão semanal – seja por dificuldade de tráfego ou de pagamento; ou ambos.
Era inevitável que essa variação na frequência semanal às sessões tivesse repercussões no modo de praticar a Psicoterapia Psicanalítica bem como em
seus resultados.
Qual o significado da redução paulatina da frequência semanal às sessões?
A principal delas, a meu ver, é a variação naquilo que Freud (1914) denominou
"neurose transferencial". Esta, dificilmente acontece com intensidade no trabalho psicoterápico de apenas uma sessão por semana. Assim, pacientes considerados "quadros graves" em minha classificação adaptativa (vide Simon, R.
1989, 2005 e 2010), ou seja, sofrem de neuroses e psicoses bem caracterizadas – e que necessitariam de mudanças estruturais da personalidade – não
obteriam alteração mais ampla e permanente do quadro clínico com psicoterapia psicanalítica tão sumária; e estariam mais sujeitos a recaídas. Para alterações na estrutura da personalidade é necessário refazer as formações
caracterológicas estabelecidas na infância. Estas construções intrapsíquicas,
resultado das interações entre impulsos (instintos e consequentes fantasias
inconscientes); angústias despertadas por esses impulsos e fantasias; defesas
contra essas angústias e impulsos, vão se cristalizando em várias formas de
adequações para lidar com as exigências da realidade psíquica e da realidade
objetiva. O conjunto dessas formas inadequadas de funcionamento constituem
tipos de Adaptação menos eficazes que acima denominei de "quadros graves".
Para modificar essas estruturas arcaicas é necessário favorecer a regressão
do paciente, o que geralmente se consegue com o manejo da neurose transferencial dentro da situação analítica. Com apenas uma sessão semanal de psicoterapia psicanalítica dificilmente se chegaria à neurose de transferência. Pior:
se chegasse, com apenas um atendimento semanal, pouco se conseguiria fazer
terapeuticamente para atender às angústias e impulsos revividos por essa regressão. Seria como fundir um objeto metálico no cadinho da transferência e,
devido à falta de condições para refazê-lo, retorná-lo à forma anterior. Com o
aumento das angústias e impulsos resultantes da evolução psicoterápica, mas
sem elaboração suficiente dos conflitos inconscientes – por escassez de tempo
de trabalho – as atuações (acting out) seriam mais frequentes.
Outra consequência importante da redução do número de sessões por semana é dificultar o aprofundamento da análise do inconsciente. O nível de penetração da psicoterapia psicanalítica vai se tornando mais superficial quanto
menos o paciente comparece, com o efeito de que os conflitos inconscientes
ficam menos acessíveis à observação e elaboração. Os assuntos trazidos à
psicoterapia psicanalítica vão sendo as situações problemáticas externas com
que o paciente vai se deparando no dia a dia. Muitas vezes a intensidade da
angústia do paciente com problemas urgentes leva o psicoterapeuta a enveredar por uma via suportiva, amparando e aconselhando o paciente, abandonando a postura de neutralidade que favorece a emergência e investigação do
inconsciente. Essa postura benigna do psicoterapeuta bloqueia a emergência
da transferência negativa e limita o aprofundamento da análise para níveis
mais profundos (Klein: The origins of transference, 1952). Para atender a essa
demanda de dificuldades atuais que o paciente vai trazendo a atenção do psicoterapeuta focaliza-se na evolução das angústias contemporâneas fazendo
com que a Psicoterapia Psicanalítica acabe se tornando uma "psicoterapia
breve de longo prazo" destituída de investigação do inconsciente no aqui-eagora da sessão. No modelo de Psicoterapia Breve Operacionalizada que desenvolvi ao longo de 45 anos (Simon, R. 2005) o psicoterapeuta se utiliza do
que denominei "interpretação teorizada".Esta, consiste numa "construção" (baseada na contribuição de Freud, 1937: Construções em análise) efetuada pela
combinação do histórico do paciente e sua repetição nas escolhas que realiza
na vida atual ("cotransferência" ). Nada a objetar se a finalidade do trabalho é
a psicoterapia breve; mas se o intuito é praticar psicoterapia psicanalítica, o
propósito do trabalho não é atingido. A Psicoterapia Breve Operacionalizada
que desenvolvi ajuda o paciente a encontrar soluções atuais mais adequadas
para os problemas vividos no presente, mas não proporciona reestruturação
da personalidade (Wolberg, 1967). Pelo envolvimento com as emergências
quotidianas do paciente vai se exacerbando o desejo do psicoterapeuta de
ajudá-lo em seu apelo atual. E, para compreender as complexidades do presente trazidas pelo paciente o psicoterapeuta vai recorrendo à memória do
que conseguiu captar nas entrevistas e nas sessões anteriores – além da memória das teorias psicanalíticas – para ajudar o entendimento do relatado na
sessão. Essa ocorrência da utilização de memória e desejo é a que Bion (1957)
recomenda que o psicanalista deva evitar para poder se colocar em condições
de descobrir o desconhecido, o novo, possível de ser alcançado em cada sessão; mas, principalmente, para favorecer o estado de atenção flutuante que
permite a intuição do inconsciente. . Com isso, o psicoterapeuta que trabalha
com uma sessão semanal oferece ao paciente uma compreensão momentâ-
48 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
nea das complicações vividas. Mas a "descoberta" do inconsciente do paciente
vai ficando mais longínqua.
Lembro-me que há muitos anos atrás, ainda no Departamento de Medicina
Preventiva da Escola Paulista de Medicina, resolvi formar um pequeno grupo
com quatro médicos que atendiam pacientes adultos no Centro de Saúde da
instituição. Um dos achados que me deixou espantado (e essa concepção
deve perdurar nos médicos ainda hoje) é que, numa certa reunião com esse
grupinho, um dos médicos mais expansivos assim manifestou sua indignação
com os pacientes que acorriam ao Centro de Saúde: "Porra! A gente gasta um
tempo enorme com um bando de gente que vem aqui e não tem nada! Oitenta
e cinco por cento dos pacientes que vem aqui ocupar o tempo da gente não
precisam de médico!" O aumento da população que já sabe que "não precisa
de médico", em consequência de maior divulgação das formas de ajuda (ou
mesmo por indicação dos próprios médicos mais esclarecidos) incrementa a
busca por atendimento psicoterápico. Todavia, a maioria destes buscadores
de psicoterapia não tem recursos para custear uma psicoterapia psicanalítica
tradicional; utiliza-se de Convênios que só podem arcar com reduzido número
de sessões: atualmente de 12 (e até 60 sessões os mais refinados). E, quando
cessa o custeio do Convênio têm de tirar do próprio bolso o pagamento dos
honorários, o que limita inevitavelmente o número de sessões semanais.
Do lado dos psicoterapeutas psicanalistas a redução do número de sessões
vai abrindo "janelas" em sua agenda. Por necessidade de subsistência ele
preenche essas janelas com novos pacientes. Desse modo duplica ou triplica
o número de pessoas atendidas diariamente. Com tantas pessoas e tantos
problemas angustiantes exigindo sua participação ocorre uma sobrecarga de
fadiga e diminuição natural do interesse no acompanhamento de cada caso;
até mesmo pela limitação mental de abarcar tantas situações individuais. A
empolgação pelo trabalho psicoterápico arrefece; a tarefa de aprofundar o entendimento é dificultada pela menor frequência às sessões; a atividade psicoterápica psicanalítica acaba se assemelhando a um trabalho braçal no qual a
quantidade se sobrepõe à qualidade.
Recapitulando ligeiramente o que foi visto acima: a redução do número de
sessões semanais dificulta o envolvimento transferencial do paciente, resultando na diminuição de elementos para observação no aqui-e-agora, induzindo o terapeuta a se concentrar no "lá-e-então" dos problemas externos do
paciente, o que superficializa a observação e produz distanciamento do foco
da Psicoterapia Psicanalítica que é a investigação do inconsciente. Isto é, vai
se tornando mais difícil intuir o inconsciente no momento em que o paciente
vai fazendo suas comunicações. Assim, de tanto desviar sua atenção para os
problemas externos do paciente, de tanto ter de refletir sobre as soluções para
suas agruras quotidianas, de tanto ter que lidar com emergências, o psicoterapeuta psicanalista deixa de atentar para a relação transferencial, de intuir o
inconsciente, resultando que seu próprio funcionamento mental vai se deteriorando, com embotamento da capacidade analítica. Uma exceção a essa
regra é quando o paciente já foi analisado durante tempo suficiente com várias
sessões semanais e procura reanálise com apenas uma sessão por semana.
Nesse caso, como a familiaridade com a percepção dos conflitos inconscientes já é mais ampla, o próprio paciente se dá conta, ou capta mais facilmente,
o significado inconsciente das associações e até participa das interpretações.
Ou, quando o psicoterapeuta envereda por uma senda menos clara, o ajuda
a separar os descaminhos e calibrar as interpretações.
A perspectiva é a de que a Psicoterapia Psicanalítica trabalhada cada vez
com menos sessões vá criando para os psicoterapeutas psicanalistas obstáculos cada vez mais difíceis de superar. Estes desafios me levam a pensar em
soluções para tentar deter essa deterioração da capacidade analítica nos terapeutas mais experientes, bem como incrementar essa capacidade nos
recém-formados. Em minha experiência: primeiro como participante, depois
como coordenador de grupos de estudos, notei ser esta uma prática que ajuda
a incrementar o conhecimento da teoria e também desenvolver a técnica psicoterápica. Os grupos de estudos que coordeno são repartidos em dois tempos: na primeira parte usamos um texto para breve leitura como pretexto para
desenvolver uma discussão que envolve raciocínio e prática dos participantes.
Contudo, ainda que o texto lido seja um pretexto para animar uma discussão,
não deixo de ressaltar as complexidades, consequências, profundidades e alcance dos conceitos envolvidos na leitura. Essa prática nos ajuda a nos elevar
na compreensão mais ampla dos conceitos sem perder o pé da base onde se
originam. É como empinar uma pipa: quanto mais ela sobe, mais necessita
de uma linha consistente para suportar o esforço. Se a linha for frágil, o terapeuta se dispersa em divagações; a linha se rompe e a pipa se perde. A linha
sólida que nos mantém suspensos sem perder o chão são leituras de Freud,
Klein e Bion . No segundo tempo dos grupos de estudos um colega de cada
vez faz a apresentação de uma sessão de psicoterapia psicanalítica por ele
atendida, a qual é acompanhada por comentários dos colegas e finalizada por
mim. Essa prática é útil principalmente para auxiliar o terapeuta experiente –
tão ocupado em resolver os problemas atuais do paciente – que desatende às
interações da transferência. Quando se dá conta, percebe simultaneamente
as implicações da contratransferência, recuperando a percepção das manifestações inconscientes e recuperando sua capacidade analítica. Para os psicoterapeutas psicanalistas iniciantes essa segunda parte do grupo de estudos,
na qual apresenta uma sessão de seu atendimento, reconhece que por angústia tenta aliviar logo as dores do paciente realizando terapia suportiva; e deixa
de ver as implicações inconscientes das comunicações. Ou, angustiado com
o silêncio do paciente, intervém com indagações sobre a vida atual e passada
deste, transformando a sessão numa entrevista psicológica.
É bem de ver que apesar da participação em grupos de estudos ser benéfica
para evitar a deterioração da capacidade analítica, se o psicoterapeuta sentir
que sua compreensão do material dos pacientes em nível profundo vai ficando
opaca; e até a captação do próprio inconsciente vai se tornando difícil, a busca
de mais supervisão e de reanálise deve ser cogitada.
Uma solução mais recente para tentar superar os inconvenientes da distância entre o consultório do psicoterapeuta e a residência do paciente é o uso do
Skype (ou equivalente), principalmente quando a residência fica em outra cidade ou mesmo outro país. Para o psicoterapeuta psicanalista habituado a trabalhar com o paciente no divã essa forma de atendimento face a face com
pacientes através de uma tela – em vez de pessoalmente – gera uma estranheza
e um constrangimento inegáveis. Talvez para o terapeuta formado há pouco e
que se utiliza dessa prática logo após o início de sua atividade essa estranheza
seja menor. Algo que contribui para esse desconforto é certamente o fato de
que o paciente está "em outro lugar"; em um ambiente que não é o consultório
do terapeuta; e o paciente "vê" o terapeuta num consultório ao qual não tem
acesso. Esse constrangimento pode ser menor se o paciente já esteve sendo
atendido pelo terapeuta anteriormente e ambos tiveram uma familiaridade. Parece paradoxal: o trabalho psicanalítico deve ser feito com a anonimidade do
psicoterapeuta para facilitar as projeções do mundo interno do analisando; mas
no skype, a anonimidade – provocada pela falta de contato pessoal entre
ambos – e mediada por um artefato, produza uma transferência dificilmente
modificável, dado que o "distanciamento" do contato pouco favoreceria uma
modificação dessa transferência. Explicando melhor: é provável que aquilo que
Strachey denominou "interpretação mutativa" em seu magistral artigo "A natureza da ação terapêutica da psicanálise" (1934) dificilmente ocorra com uso do
skype (ou outro equipamento análogo que procure substituir o contato face a
face ). Portanto, se pelo skype o paciente consegue a superação do tempo –
consegue "chegar à sessão" na hora certa – não evita a "distância pessoal"; isto
é, fica faltando a proximidade concreta entre ambos, que cria a sintonia afetiva
necessária para a elaboração do trabalho psicanalítico em profundidade. Essa
constatação é palpável nos momentos em que ocorre silêncio. Com o paciente
no divã o silêncio é bem mais suportável; este pode se deter minutos ou até
mesmo a sessão inteira sem pronunciar uma palavra, sem provocar sobressalto em ambos. Intuitivamente o psicoterapeuta capta a comunicação, sentindo se o paciente se cala por angústia, vergonha, culpa (caso em que formula
uma interpretação), ou por estar vivendo uma situação de calma bemaventurada que deve ser respeitada. No contato frente a frente pelo skype o silêncio
prolongado desperta constrangimento de parte a parte.
Vale mencionar ainda as interrupções da comunicação por problemas técnicos: ora a fala de um ou de outro se perde, e se tornaria incômodo ficar pedindo para repetir o que não foi ouvido; ora a interrupção técnica se intromete
num momento crucial, prejudicando a compreensão afetiva. De modo que me
parece demasiado esperar que a psicoterapia psicanalítica feita por instrumentos à distância substitua adequadamente a relação pessoal que se estabelece nos encontros na sala de consulta. Ademais, se a duração do
atendimento excede alguns meses (segundo o relato de colegas que trabalham mais amiúde com essa modalidade) o relacionamento se esgarça, vai
se desfigurando, o paciente sente necessidade de contato pessoal com o terapeuta para revitalizar o relacionamento. Penso que, até demonstração em
contrário, a prática da psicoterapia psicanalítica por instrumentos não vai além
da superfície e seus benefícios não parecem diferentes dos resultados obtidos
por psicoterapias mais suportivas.
Nenhuma atividade humana pode ser efetuada sem a influência do ambiente
cultural. Em tempos recentes a conectividade interpessoal tem se expandido
enormemente, graças a dispositivos que utilizam a fala ou a escrita, sem que
isso implique em ampliação do entendimento além da superfície entre as pessoas. Pelo contrário, a superficialização parece ser a norma. Dada a pressa
em transmitir uma mensagem por computador ou por celular, a escrita é truncada, as palavras são reduzidas a alguns grunhidos ou rabiscos, vogais e consoantes sem nexo, sem pontuação, só inteligíveis pelos iniciados. Não há
cuidado com a clareza, o estilo, a profundidade; só a rapidez comanda os contatos, como se cada comunicação fosse urgentíssima! É comum passar por
uma mesa num restaurante e encontrar cinco pessoas cada qual ocupada com
seu celular, interagindo não se sabe com quem, mas certamente sem comunicação entre si. Os celulares estão invadindo até a sala de atendimento em
psicoterapia psicanalítica. Frequentemente se ouve um celular tocando durante a sessão e geralmente o paciente o ignora ou desliga. No entanto, tenho
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 49
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
um paciente que vem com dois celulares ligados durante a sessão, às vezes
os consulta para saber de novas mensagens e os atende quando supõe uma
comunicação importante. Interpreto esse comportamento de ânsia de comunicação como expressão de uma voracidade dominadora cuja falta de controle
impele para a exterioridade, o distanciamento de si mesmo, da reflexão profunda para discriminar o que é importante do que é aleatório, e do recolhimento narcísico que é necessário para se cuidar física e mentalmente. E
também, do isolamento para pensar detidamente no relacionamento com as
pessoas significativas de seu universo pessoal, apurar sua gratidão, reconhecer seus equívocos e fazer reparações. Essa alienação compartilhada e dominante em nossos costumes atuais repele o interesse pelo subjetivo, pelo
âmbito da Psicanálise, conduzindo ao distanciamento da procura pela psicoterapia psicanalítica. Se algo o incomoda, se um sintoma o martiriza, recorre
às drogas – lícitas ou ilícitas. E se nem assim obtém alívio, procura alguma
forma de terapia que faça cessar o distúrbio.
A pressa em obter resultados impulsiona a busca por outras modalidades
de terapias que atualmente têm tido procura crescente. Essas são consequências da mesma avidez comunicacional, da mesma busca por rapidez de resultados que prevalece na cultura atual. É de se indagar se a busca de alívio dos
efeitos sem conhecimento das causas é uma prática preventiva inteligente
para um ser humano. Permanecendo as causas os efeitos vão se manifestar
em outras áreas do comportamento porque os dinamismos inconscientes em
conflito vão procurar outra saída. Mas, se o sujeito tem alívio imediato, já está
bem:quando outro distúrbio surgir no futuro se pensará em como afastá-lo...
E assim por diante.
Como resultado da postura atual de nossa cultura imediatista a busca de
psicoterapia psicanalítica pode diminuir. Mas a perseverança e a paciência inerente ao praticante da psicoterapia psicanalítica preservará a esperança em sua
permanência. Quando tudo tiver sido feito e vivido os achados verdadeiros da
Psicanálise prevalecerão. A roda da vida dá uma volta e outra atitude cultural
mais reflexiva colocará novamente a Psicoterapia Psicanalítica em evidência.
ReSuMO: Mudanças sociais e econômicas sofridas nos últimos 50 anos –
trânsito emperrado, aumento da procura de ajuda psicológica por pacientes
com menores recursos econômicos – só conseguindo custear uma sessão
semanal de Psicoterapia Psicanalítica – impuseram necessidades de adaptação que Freud sugeriu após a Primeira Grande Guerra: fundir o ouro da análise
ao cobre da sugestão. Apenas uma sessão por semana leva o paciente a trazer
problemas atuais (bloqueando a livre associação), forçando o terapeuta a
deles se ocupar (bloqueando sua atenção livremente flutuante) distanciandose do manejo da transferência e da captação dos conflitos inconscientes. A
Psicoterapia Psicanalítica acaba se transformando numa Psicoterapia Breve
prolongada. Progressos recentes na indústria da informática (computadores,
celulares) facilitam as comunicações, mas superficializam o contato exacerbando um exibicionismo pueril e escrita truncada, acarretando capacidade de
pensar empobrecida. Tal atitude imediatista que permeia a Cultura impele à
busca de resultados rápidos, dispensando o conhecimento das causas: o sujeito quer se livrar dos sintomas. Essa urgência de resultados aumenta a
busca por outras formas de terapias em detrimento das psicoterapias psicanalíticas. Uso de artefatos para superar distâncias (skype) também dificultam
captação do inconsciente. Esperemos que outra reviravolta cultural recrudesça o interesse pela Psicoterapia Psicanalítica.
pALAVRAS ChAVe: Psicoterapia Psicanalítica –Fatores Socioculturais – Mudanças Técnicas
ReFeRÊNCIAS bIbLIOGRáFICAS
Bion, W. R. (1967) – Notes on memory and desire. In The Psychoanalytic
Forum, 2: 272-3, 279-80
Freud, S. (1914) – On narcissism: an introduction. Standard Edition (S.E.)
trad. James Strachey – London: Hogarth Press vol. XIV., 1974
(1919) – Lines of advance in Psycho-analytic therapy. S. E. vol. XVII
(1937) – Constructions in analysis. S. E. vol. XXIII
Klein, M. (1952) – The origins of transference. In The Writings of Melanie
Klein London: Hogarth Press, vol. III – 1975.
Simon, R. (1989) – Psicologia Clínica Preventiva. S. Paulo: Editora
Pedagógica e Universitária. (2ª edição 2010).
(2005) – Psicoterapia Breve Operacionalizada S. Paulo: Casa do Psicólogo.
(2010) – Psicoterapia Psicanalítica – Concepção Original. S. Paulo: Casa do
Psicólogo
Strachey, J. (1934) – The nature of the therapeutic action of PsychoAnalysis. In The International Journal of Psycho-Analysis, 15 (2/3):
127-159, 1934.
Wolberg, L. R. (1967) – The Technique of Psychotherapy. N. York: Grune &
Straton
Supervisão clínica. uma atualização.
supervisión clínica: Una actualización.
HECTOR FERNANDEZ ÁLVAREZ (Argentina)
Institución de origen que representa: Fundación AIGLE
LA AUTO-DEVELACION DEL TERAPEUTA: ALCANCES Y LIMITACIONES
La formación de psicoterapeutas es un proceso donde intervienen diferentes elementos y no se limita a la mera adquisición de habilidades terapéuticas
sino que se va configurando una actitud y un estilo personal como terapeuta
así como un marco teórico que sirve de referencia para la toma de decisiones
del psicoterapeuta. Se presentarán evidencias del peso que tienen las características personales de los terapeutas en la optimización de los recursos de
ayuda de los programas de formación. De aquí se desprende la importancia
de trabajar aspectos de autoobservación y autorreflexión del terapeuta en los
cursos de formación de psicoterapeutas para conseguir convertir la experiencia en aprendizaje. Al mismo tiempo, en los últimos años se han incrementado
las investigaciones que tienen como objetivo estudiar la contribución del terapeuta al proceso y al resultado psicoterapéutico (Hill, 2006, (Wampold &
Brown, 2005). Las características del estilo comunicativo del terapeuta van
estructurando su perfil personal de operar en la terapia, incluyendo su manera
de relacionarse con el paciente. El conjunto de estas características constituye
el estilo personal del terapeuta (Fernández-Álvarez, 1998; Corbella et al, 2009).
En este marco se presentará el concepto de la autodevelación del terapeuta
como una herramienta esencial, no sólo en la construcción del vínculo, sino
en la mantención del mismo y en la recuperación de las rupturas. El terapeuta
puede auto-revelar aspectos de su persona.dentro del proceso y al servicio
de este, lo que lo hace más real.
Se presentarán lmodalidades y tipos de la auto-revelación que indican claramente cuál es el camino correcto y cuáles las alternativas que merecen ser
descartadas o evitadas por su negatividad.
pALAbRAS CLAVeS: auto develación, dimensiones, relación real, limitaciones
MINI CuRRICuLuM. AutOR: Doctor en Psicología y Psicoterapeuta. Fundador de
la Fundación AIGLE Director Revista Argentina de Clínica Psicológica, Director
de las Carreras de Especialización en Psicoterapia, en covenio Universidades:
Nacional de Mar del Plata y Maimonides; y el Ackerman Institute for the Family
of New York, Estados Unidos. Director y Profesor Maestría en Clínica Psicológica Cognitiva, Universidad de Belgrano y Codirector y en Maestría en Intervención Multidisciplinaria para trastornos de la conducta alimentaria,
trastornos de la personalidad y trastornos emocionales, de la Universidad de
Valencia (ADEIT) Docente de Posgrado en diversas Universidades Latinoamericanas y Europeas.Coordinador del “Training and Education Committee” de
la Society for the Exploration of Psychotherapy Integration ( S.E.P.I) Miembro
de “Interest Section on Therapist Training and Development” (SPRISTAD), de
la Society for Psychotherapy Research (SPR) Delegado Internacional de la International Association of Cognitive Psychotherapy (IACP) “Premio Internacional Sigmund Freud Award for Psychotherapy otorgado por el World Council
for Psychotherapy (WCP), 2002. Premio:“Trayectoria como Investigador-Senior Research Career Award,” otorgado por la Society for Psychotherapy Research (SPR), 2013
A supervisão no contexto da Formação:
deslizamentos e enquadre.
supervisión en el contexto de la Formación:
resbalones y marco.
BÁRBARA DE SOUZA CONTE (Brasil)
Supervisão no contexto da formação: deslizamentos e enquadre
ReSuMO: O trabalho propõe percorrer, a partir do campo psicanalítico, a
construção do modelo de formação a partir dos deslizamentos ocorridos
quanto ao tema da transmissão do método no que diz respeito à analise pessoal e à supervisão. A supervisão será discutida a partir da prática terapêutica
e dos interrogantes teórico-clínicos que dela decorrem, analisando o deslizamento de um modelo de pesquisa para um modelo de supervisão como controle no campo da formação. Tece considerações sobre o lugar de
legitimidade da prática da supervisão a partir de um enquadre que considera
o supervisor enquanto alteridade e o efeito do encontro supervisor /supervisionando como uma ressignificação do fazer ético.
pALAVRAS ChAVeS: supervisão, formação, alteridade.
INtRODuçÃO: Trabalhar como foi se instaurando, na psicanálise, a supervisão
no contexto da formação é o objetivo deste trabalho. Foi uma escolha motivada pela filiação ao pensamento psicanalítico e sua prática que nortearam as
ideias que aqui serão expostas. No entanto, penso que este percurso e as
questões que daí decorrem são possíveis de ser pensadas para correntes teóricas no campo das psicoterapias.
50 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Esta afirmativa parte da premissa que uma prática é sustentada por um
método e que este método precisa ser aprendido mediante conceitos
teóricos, supervisão e experiência terapêutica do terapeuta. Estas condições
fundamentam o fazer ético.
1. histórico: as origens da formação
Freud (1905/1990) reunido com seus colegas no Colégio de Médicos de
Viena fala dos fundamentos do procedimento terapêutico por ele denominado
de “método analítico de psicoterapia”, que se distinguia do método catártico
e da sugestão. Assegura frente aos colegas que sua terapia “(...) é a de mais
penetrantes efeitos, a que permite avançar mais longe, aquela pela qual se
consegue a modificação mais ampla do doente” (p.249).
Ao descrever um dos fundamentos da psicoterapia analítica remarca o descobrimento e a tradução do inconsciente que se realiza sob uma permanente
resistência por parte do doente e que o tratamento seria uma pós-educação
para vencer as resistências interiores.
Assim, a partir das palavras de Freud, podemos pensar que psicoterapia e
psicanálise, naquela época, eram entendidas como sinônimas, uma vez que
se referiam a um método capaz de lidar com as resistências inconscientes,
fruto da sexualidade infantil. A análise da transferência se opunha à sugestão
consciente, do então método catártico.
Um século se passou e, hoje em dia, se faz necessário diferenciar a psicanálise (enquanto terapia analítica) da psicoterapia (dita de orientação analítica), uma vez que se armou uma confusão conceitual no campo do
tratamento psíquico, que tem como resultado um abandono de recomendações sobre o fazer psicoterápico e um descuido ético da posição do terapeuta,
que nos leva a discutir quais os parâmetros para pensar as psicoterapias. Falamos do que é o fazer e de quem faz, tornando indissociável a reciprocidade
entre o terapeuta e o método que baliza o campo da prática. Apesar da necessária diferenciação entre a psicanálise e a psicoterapia, marcamos que o tema
da formação se mantém pertinente a ambos os campos.
Sabemos que a psicoterapia, enquanto teoria que passa a sustentar um
modo de fazer é uma prática anterior ao surgimento da psicanálise, e teve sua
origem em 1872, pelo médico inglês Daniel Tuke (1827-1895) e foi popularizada por Hippolyte Bernheim (1840-1919), neurologista, como um método
de tratamento das doenças ditas psíquicas, através da hipnose.
Freud trabalhou a diferença de abordagem em relação a seus mestres e ensinou que um Método de tratamento pressupõe uma teoria que o sustente,
que os procedimentos estejam em consonância com essa teoria e afirmou a
necessidade de treinamento para quem aplica o método, que supõe a supervisão. Esse conjunto é chamado de formação. O profissional assim habilitado
se distingue do charlatão, uma vez que sua prática é ética.
Entendemos que a diversidade das psicoterapias da mente surgidas ao
longo deste tempo e o afrouxamento dos critérios relativos à formação, conforme marcamos acima, se inter-relacionam e produzem extravios e desvios
no campo da prática psicoterápica. Esta, por vezes, é exercida à margem de
qualquer critério ético e técnico ou, se guarnece com normatizações.
Roudinesco (2005) aponta que as escolas psicoterápicas agrupam-se estruturalmente em três categorias e, historicamente, em três gerações sucessivas. A primeira – e mais antiga – é a das práticas oriundas da hipnose e da
sugestão de onde derivou a psicanálise. A segunda, surgida a partir dos anos
1930, provém das correntes dissidentes da psicanálise implantadas nas grandes clínicas norte-americanas voltadas para o tratamento das psicoses ou das
patologias ditas “culturais”. A terceira teve origem nas demandas místicas,
de higiene psíquica, corporais dos anos 1960 - essa última incluindo correntes
psicoterápicas como a Terapia Familiar, a Análise Transacional, a Gestalt-Terapia, o Psicodrama e, atualmente a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental.
Cada uma das inúmeras formas de psicoterapia se inscreve nestas linhas
de origem e têm métodos específicos, a partir dos pressupostos que sustentam essa inscrição, a saber: a transferência, a sugestão ou a medicação.
Porém, o descuido na formação frente a essa diversidade introduz o tema do
charlatanismo, dito o outro da ciência e da razão, ou seja, “aquele que empreende um tratamento sem possuir conhecimentos e capacidades requeridas” (Roudinesco, 2005, p.30). Esse parece ser o ponto da questão que hoje
se apresenta uma vez que a diversidade de práticas vai dispensando ou afrouxando o conhecimento das capacidades necessárias para seu exercício, das
teorias que as sustentam e do conhecimento auferido no meio acadêmico.
Não por acaso, este ponto também foi objeto de discussão nos primórdios
da psicanálise, ou seja, de que forma seria feita a transmissão dos princípios
técnicos e éticos e quem estaria apto para o exercício da psicanálise? A história do movimento psicanalítico ensina que inicialmente a um “Comitê Secreto” (Grosskurth, 1992) estava destinado pensar o futuro da psicanálise.
Posteriormente, a função soberana do poder foi entregue por Freud à International Psychoanalysis Association (IPA), instituição criada em 1910, e considerada instância legítima de transmissão e controle de seus membros. No
entanto, múltiplas cisões ocorreram desde lá até nossos dias, até não mais
se sustentar uma legitimidade única. Inúmeras associações buscam transmitir
e assegurar o adequado exercício da prática entre seus membros, reassegurando um pressuposto freudiano que é da ciência moderna, o descentramento
do sujeito, ou seja, o homem, em sua razão, não detém o domínio do conhecimento. O inconsciente existe e as pulsões sofrem seus embates com a cultura para serem transformadas e dominadas.
Está marcado, desta forma, o lugar de alteridade que a psicanálise perseguiu
quanto à formação marcando o inconsciente, o desejo e as pulsões como conceitos desde onde o sujeito emerge de seu universo estranho e familiar ao
mesmo tempo. Da mesma forma, as práticas psicoterápicas se legitimam na
transmissão de seus paradigmas a partir da alteridade de outro. Justifico este
ponto à partir da crítica ao sujeito da modernidade que considera o eu como autônomo, racional e auto–suficiente. Se o sujeito é sempre um sujeito histórico,
que se constitui na relação com o outro, nesta mesma linha e na intersubjetividade da prática que a transmissão ocorre . Não há uma prática sustentada um
sujeito auto-suficiente e único, senão corre-se o risco de que a transmissão e
prática psicoterápica tornem-se dogmáticas e centradas em um crença não passível de questionada e reformulada de acordo os achados da clínica. Cada associação psicoterápica que se proponha a discutir os fundamentos de seu fazer
necessita que seus pressupostos sejam expostos ao exercício do debate clínico.
Outro ponto não menos importante, além da legitimação da transmissão
através das sociedades formadoras, é o de quem está habilitado a exercer a
prática terapêutica das doenças psíquicas. Freud (1926/1990), no início do
século passado, escreveu sobre a questão da análise leiga, uma vez que havia
uma denúncia de exercício ilegal da profissão contra Theodor Reik. Freud o
defendeu neste artigo, em um debate com um suposto interlocutor com o
qual vai descrevendo o que entende por análise leiga.
Refere-se a três significados: o leigo (não médico), o profano (não religioso) e o amador (não competente). Verificamos assim que desses três possíveis sentidos de leigo, como sinônimo de charlatão, Freud deu precisão ao
termo leigo, descrevendo-o como aquele que: 1) não estava familiarizado com
a ciência da vida sexual, com seu inconsciente, através da sua própria análise
e, 2) com a delicadeza da técnica da psicanálise, através da arte da interpretação, do combate às resistências e do lidar com a transferência. “Qualquer
um que tenha realizado tudo isso não é mais leigo no campo da psicanálise,
(...) ninguém deve praticar a análise se não tiver adquirido o direito de fazêlo através de uma formação específica. Se essa pessoa é ou não um médico,
a mim me parece sem importância” (Freud, 1926/1990,p.214). Desta forma,
tornou claros os princípios que habilitavam o analista para seu ofício.
Freud ensinou que a formação é o que capacita o analista em sua prática, e
que a transmissão da psicanálise se processa com rigor e independência, podendo seus analistas/membros ser de várias origens do campo do conhecimento (médicos, psicólogos, educadores). Instituiu um debate sobre a questão
da análise leiga e gerou um embate entre seus pares uma vez que havia posições como a de Ernst Jones (Kohon, 1994) de que “a Sociedade Britânica é,
de modo praticamente unânime, da opinião de que, na maioria, os analistas
deveriam ser médicos, mas que uma proporção de analistas leigos deveria ser
livremente admitida, desde que certas condições sejam preenchidas” (p.26).
A questão da análise leiga e os impasses de quem poderia fazer formação
foram armando as determinações da formação, até que em 1925 foi padronizada a análise didática. As “Diretivas” de 1929 (Tardits,2011, p.39) especificam as condições de formação dos não médicos na prática psicanalítica e
marcam a cisão entre a análise pessoal terapêutica, que até então tinha como
objetivo a cura das neuroses e a análise didática, conduzida por analistas-didatas autorizados, e que passa a ser instrumento da formação, ou seja, do
saber psicanalítico.
Esta cisão apontada do monopólio dos analistas didatas marca a brecha,
na atualidade, onde a regulamentação se inscreve justamente na ambiguidade
ou ambivalência frente à legitimidade para o exercício de uma prática. O deslizamento a que me refiro na questão da análise ocorre da legitimidade da formação para a regulamentação do ofício, como prática. Houve o momento que
se perdeu a especificidade da análise pessoal como forma de conhecimento
do inconsciente – objeto da análise – para o controle de quem poderia ou não
ser analista, e aí aparecer a figura do didata. Este deslizamento deu lugar ao
tema da regulamentação ou regulação do exercício da prática. Quando se instala a ruptura, abre-se o caminho da cisão que cria um novo dispositivo de
controle, neste caso a regulamentação.
2.Supervisão como um dos eixos da legitimidade da prática
O ponto desde onde se inscreve o tema da supervisão na formação é o de uma
função de transmitir o fazer prático e ampliar o conhecimento desta prática a partir de um lugar de alteridade sobre o material clínico, gerando um novo saber,
um saber ampliado sobre o que foi realizado em um enquadre terapêutico.
Na mesma direção do dogmatismo e controle que apontamos quanto à importância da análise pessoal caminha a questão da supervisão. Na história da
psicanálise as análises passaram de condições de reconhecimento da ferra-
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 51
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
menta de trabalho que é o inconsciente, para serem utilizadas como controle
dos candidatos para a formação, conforme apontei anteriormente. As supervisões ou controles (como eram chamadas e ainda são em alguns casos) tomaram rumo semelhante no sentido de um deslizamento de sua função
primeira, que é legitimar a prática.
Em 1947, a Sociedade britânica de psicanálise discute o sistema de formação e Michel Balint, como voz dissidente, aponta a constatação de que por
vários anos havia a ausência de publicação, inibição do pensamento e “ausência de discussão científica sobre os objetivos e métodos da formação”
(Tardits,2011,p.70). Desde a dissidência entre Ana Freud e Melanie Klein havia
a querela entre autoridade analítica, autoridade doutrinal e poder institucional,
sugerindo uma ruptura entre a produção de conhecimento e autoridade institucional marcando exatamente a ausência da alteridade uma vez que ao invés
da troca de ideias e do debate clínico o que havia era a briga pelo poder que
encastela o grupo, ao modelo de funcionamento eclesial.
Ao longo do tempo a supervisão também sofreu uma cisão uma vez que
passa a “validar a passagem de uma posição de analisante a um estatuto de
analista”(Tardis,2011,p.134). A supervisão cumpriu inicialmente no grupo de
analistas que se reunia com Freud, como Sandor Ferenczi, Paul Federn,
Edoardo Weiss, a função de discutir a técnica, escrever as experiências em
publicações, e trocas de correspondências sobre a condução e entraves dos
casos atendidos. Esta forma encontrada no relato da condução dos casos
criou uma forma de conhecimento que foi, no meu ponto de vista, precursora
da pesquisa em psicanálise, ou seja, a apresentação do caso clínico com seus
interrogantes e a interpretação da experiência clínica. Este é o ponto importante da supervisão enquanto dispositivo para uma pensar a prática e que funciona como produção, como pesquisa, que sofre um deslizamento e passa a
ter a função de controle, de autorização do supervisor sobre a prática do analista em formação. Esse deslizamento acaba tendo como consequência uma
proteção frente ao trabalho realizado, um retraimento na prática de apresentar
e discutir o que é realizado na privacidade da sessão.
Destaco com este recorte histórico um ponto que me parece fundamental
sobre o tema da supervisão que é seu lugar de produção de conhecimento
dos interrogantes da clínica e também como forma de transmissão e filiação.
As supervisões ou discussões de casos são realizadas para aprofundar, comprovar, questionar os achados do processo e do fazer analítico e psicoterápico
com um colega mais experiente. Apontamos que cumprem o papel de pesquisa, uma vez que os novos achados teóricos são discutidos e reformulados
a partir do desafio da clínica e com o olhar deste terceiro – o supervisor, que
se coloca entre o terapeuta e o paciente, para discutir o fazer clínico.
A alteridade é uma condição da supervisão em qualquer forma de exercício
da psicoterapia. Diferença do sujeito e no sujeito em seu lugar de construção do
saber. Supervisão supõe, portanto, a presença de um terceiro entre o terapeuta
e o paciente. O campo da supervisão abarca esta abertura do par paciente/terapeuta para um terceiro que pode privar, elucidar, pontuar, o que está ocorrendo
como repetição ou endereçamento na dupla. Isto é bem diferente de controlar.
A diversidade que caracteriza as práticas psicoterápicas deve ser discutida
mais além de enquadramentos, títulos, listas e regulamentações. O diálogo
entre os diversos fóruns, como os institutos de formação, os órgãos de fiscalização e as relações éticas entre os psicoterapeutas e suas práticas é que
entendemos que poderá direcionar os rumos da psicoterapia, resguardando
a autonomia necessária para que a laicidade tome o rumo a que se referiu
Freud. Mais do que o regulado por uma instituição, que arbitre o direito de legislar, é preciso reconhecer a necessidade de etapas, instâncias, auto e heteroreguladoras, evadindo-se do pressuposto de que a transmissão de
conhecimento possa estar restrita a um grupo” (Hausen & Conte, 2008, p.65).
Desta forma está proposto o lugar da supervisão como uma forma de pesquisa e lugar de filiação que supõe a legitimação do fazer e a troca de experiência com ética.
Retomo a questão da legitimidade. Legitimar-se é ter a outorgação de outro
ou outros pela prática que é exercida. Essa legitimação requer que se enderece
ao outro o trabalho realizado pelo sujeito. É necessário dar conhecimento a
outro do que é produzido. Primeiro passo para que o trabalho no campo das
psicoterapias (utilizada em todo o texto em sua acepção ampla como forma
de tratamento do sujeito) seja legitimado é que seu método, sua cientificidade
e seu rigor incluam a questão da alteridade. Alteridade que quer dizer diferença, uma vez que o outro vai instaurar a marca de sua presença e interroga
para que se produza algo novo. Diferente de prescrição ou sugestão do que
fazer. Isto é possível entre pares e entre fóruns distintos. Exemplo disto foi o
caso Anna O discutido entre Freud e Breuer, quando da mudança de terapeuta
e os efeitos de sua paixão; as reuniões das quartas feiras, onde estudavam os
achados clínicos e teóricos, buscando afirmação do método; e o caso Hans
onde o pai levava o relato dos diálogos entre ele e seu filho para que Freud o
orientasse quanto ao “procedimentos interpretativos”.
Alteridade é o olhar do outro em mim; o endereçamento a alguém que vai ser
tocado pelo que é endereçado e responde desde aí como a transferência. Alteri-
dade também o efeito desta passagem do outro por e em mim – as identificações.
Alteridade é a possibilidade de encontro entre o que é de um e de outro que produz
algo novo. Esse é o efeito da alteridade e a criação possível do novo pela introdução da diferença. Se quisermos, onde a repetição dá lugar ao inédito.
As resistências que verificamos nesta prática da supervisão são evidentes,
pois é justamente nesta situação de demonstrar um fazer é que é colocado
em cena o privado, confidencial, da dupla terapeuta/paciente. Aí aparece o que
faz sentido em um tratamento, o fazer ético que produz conhecimento.
A partir da alteridade do supervisor, tomo outro dispositivo para pensar a
supervisão, o efeito por posterioridade do encontro do terapeuta com o supervisor que coloca em cena o encontro terapêutico. Après coup, só depois,
posterioridade, é o trauma que diz respeito tanto à sexualidade quanto à destrutividade. É uma palavra que vem do alemão Nachtraglick(keit), onde o sufixo keit substantiva a palavra, transformando-a em o efeito do trauma e
introduz a ideia de um tempo em espiral. (Laplanche, 2012,p.71) A supervisão
não opera como para adjetivar um fazer: se é bom ou ruim, mas para ressignificar a partir da intromissão de outro em um outro tempo a relação de trabalho clínico entre o analista / terapeuta e seu paciente / cliente.
Sabemos que o conflito não é fruto dos acontecimentos, mas sim do efeito
de novos acontecimentos em outro tempo, onde o sujeito pode produzir algo
diferente ou continuar a repetir. Assim também podemos pensar que a supervisão se inscreve como uma “nova volta”, “outro olhar” no processo terapêutico para produzir novo efeito. A supervisão encontra sentido à medida que
abre vias de pensamento às interrogações como qual o conflito escutado?
Qual a fonte do sofrimento narrado? Onde houve a interrupção da escuta e a
sugestão se inscreve para obturar a fala? Onde o terapeuta foi tocado ou perturbado pela fala do paciente? Perguntas que recolocam o pensar sobre o
efeito do encontro dito terapêutico.
Assim, os dispositivos do enquadre levam em conta a alteridade do supervisor, no material que abarca o material do paciente e o que suscita no terapeuta o material do cliente/analisando. A supervisão supõe uma combinação
de tempo e valor que garantam um espaço de escuta e de circulação do pulsional, da sexualidade, do transferencial (independente de ser utilizado ou levado em conta) que se produz no registro da posterioridade, do efeito
produzido no terapeuta a partir do material produzido em supervisão e do
efeito da supervisão no encontro terapêutico.
Esta é a pesquisa incessante que supõe que a teoria se evidencie na prática
e que a prática interrogue a teoria, quando o que é sabido não alcança os impasses da clínica. Esse permear entre teoria e prática e o que produz novos
conhecimentos.
Para concluir, marcar que no decorrer do tempo de exercício das práticas
psicanalítica e psicoterápicas os rumos da transmissão dos fundamentos e
os deslizamentos ocorridos desviaram em muitas situações o foco do chamado tripé de uma formação – a análise pessoal, os seminários teóricos e a
supervisão para formas de controle e de poder nas instituições e grupos formadores. Defendo a criação de instâncias de participação e discussões entre
pares ao modelo do enfocado como uma filiação na alteridade, em uma temporalidade por après coup, ou seja, em uma temporalidade em espiral que
leva em conta o efeito do acontecimento , neste caso o encontro entre paciente e terapeuta e a função da supervisão como uma forma de pesquisa da
prática que está sendo realizada e como parâmetro ético da clínica.
ReFeRÊNCIAS bIbLIOGRáFICAS: Freud, S. (1990). Sobre Psicoterapia. Sigmund
Freud Obras Completas (vol.7)[pp. 243-258]. Buenos Aires: Amorrortu (Original publicado em 1905).
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imparcial. Sigmund Freud Obras Completas (vol. 20) [165-245 ] Buenos Aires:
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Presidente/Presidenta: SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador)
52 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
3h30 - 15h30
Teatro
264Conferências/Conferencias
:: posmodernidade e psicoterapia.
:: posmodernidad y psicoterapia.
LUCIO BALAREZO (Equador)
En el ejercicio psicoterapéutico de hoy, es una condición básica plantearse
las características que posee el mundo actual en los diferentes terrenos.
Así, los cambios económicos permiten una tendencia marcada al consumismo con injerencia en el desarrollo social competitivo y devorador para
mantener primacía y poder sobre opositores y rivales. En el campo tecnológico el avance logrado en estos últimos treinta años supera, en mucho, lo logrado en toda la historia pasada de la humanidad. En el campo mediático, el
desarrollo asombroso logrado, nos comunicamos al instante con cualquier
parte del mundo y probablemente del universo. En lo social se observan radicales cambios reflejados en la equidad de género, las perspectivas nuevas
sobre la sexualidad y las drogas. En lo psicológico las transformaciones son
evidentes apareciendo características de pragmatismo, utilitarismo, individualismo, culto a la belleza del cuerpo, a la liberación personal y sexual, pérdida
del idealismo y trastocación de los valores tradicionales. En el presente trabajo
se pretende reorientar la psicoterapia hacia la comprensión y manejo de la
psicopatologia social que asoma como um campo demasiado importante si
se quiere contribuir al desarrollo de la salud mental de los habitantes..
pALAbRAS CLAVeS:Postmodernidad, psicoterapia, psicopatologia social.
MINI CuRRICuLuM AutOR: Magíster en Desarrollo del Talento Humano. Psicoterapeuta Acreditado por La Federación Latinoamericana de Psicoterapia, con
Aval del WCP. Gestor del Modelo Integrativo del Modelo Integrativo Focalizado
en la Personalidad. Primer Presidente de la Federación Latinoamericana de
Psicoterapia, FLAPSI. Autor de 10 libros sobre Consejería y Psicoterapia. Reconocimiento al “Mérito en el Quehacer Psicoterapéutico otorgado por la Federación Latinoamericana de Psicoterapia
:: psicoterapia e sua relação com o paradigma da complexidade.
:: psicoterapia y su relación con el paradigma de complejidades.
GILDO KATZ (Brasil)
OS NOVOS pARADIGMAS e O FutuRO DA pSICOteRApIA: O
peNSAMeNtO COMpLexO
Gildo Katz
ReSuMO: O autor examina o futuro da psicoterapia de orientação analítica e sua
relação com o paradigma criado a partir do pensamento complexo. Parte de uma
breve revisão histórica da psicoterapia, sustentando que existe uma nítida diferença com a psicanálise. Acredita que o futuro da psicoterapia passe pela modificação do modelo empírico, de cunho determinista porque, na atualidade, o
indivíduo é menos influenciado pelas pulsões e mais motivado pela necessidade
de relação e de adaptação em um mundo complexo. Além disso, precisamos encontrar novas formas de atender as patologias que “extrapolam os limites do
simbólico” e caracterizam-se pela ausência do afeto e de subjetividade. Salienta
que o paradigma da simplicidade é baseado em um conceito central e reducionista. O pensamento complexo não considera um conceito mestre, valoriza redes
de objetos, atividade multidisciplinar, noção de limite, e toma o observador como
parte ativa da experiência, o que aumenta a interação da dupla. (intersubjetividade). O conceito de limite consiste na criação de um espaço no qual se agrupam, divergem e se interpenetram diferentes objetos para produzir pensamento
novo. Acredita que o futuro das psicoterapias reside em não esquecermos que
a realidade é mutante, que o novo pode surgir, e de todo o modo, vai surgir. Através de um exemplo clínico, ilustra a articulação destes conceitos com a clínica.
Finaliza, enfatizando que o intercâmbio entre a visão clássica determinista e o
pensamento complexo é parte indissolúvel da experiência.
pubLICAçõeS CIeNtÍFICAS
1-O adulto jovem e o adulto intermediário. In. Cataldo Nebo, A et alli. Psiquiatria para Estudantes de Medicina. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2013. Cap.
26. p 234-241.
2-A vida muito próxima da morte. In A Clínica Psicanalítica das Psicopatologias Contemporâneas. Costa G. P. e cols. 2ª Ed. P. 113-39-125. Porto Alegre: Artmed. Cap. 6. 2015
3-Um corpo que cai. In. A Clínica Psicanalítica das Psicopatologias Contemporâneas, Costa G.P. e cols. 2ª Ed P. 194-202. Porto Alegre: Artmed. Cap.
10. 2015
4-Um corpo estranho na mente. In. A Clínica Psicanalítica das Psicopatologias Contemporâneas, Costa G.P. e cols. 2ª Ed P. 312-21. Porto Alegre: Artmed. Cap. 11.2015
5-Sofrimento referido, mas não sentido In. A Clínica Psicanalítica das Psi-
copatologias Contemporâneas, Costa G.P. e cols. 2ª Ed P. 322-31. Porto Alegre: Artmed. Cap. 12. 2015
Médico, psiquiatra formado pela Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Psicanalista Didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio Grande
do Sul, professor e supervisor do Curso Pro. David Zimmermann e do Curso
de Psicoterapia de Porto Alegre da Fundação Universitária Mario Martins de
Porto Alegre, doutorando em psicologia do desvalimento da UCES, Buenos
Aires, Argentina
pReSIDeNte: JOSÉ MANUEL ROJAS PRADEL (Bolívia)
13h30 - 15h30
Sala 301
274Mesa redonda
As pesquisas em psicoterapia.
La investigación en psicoterapia.
:: Intervenções terapêuticas em pacientes diagnosticados com depressão.
Resultdados da pesquisa.
:: interviciones terapéuticas en pacientes diagnosticados con depresión.
resultados de la investigación.
PAULA DAGNINO (Chile)
:: pesquisa em psicoterapia: uma proposta integrativa.
:: investigación en psicoterapia: Una propuesta integrativa.
VERÓNICA BAGLADI LETELIER (Chile)
INVESTIGACIÓN Y PSICOTERAPIA: UNA PROPUESTA INTEGRATIVA
A través de varias décadas la investigación en psicoterapia guiada por el
criterio de cientificidad ha puesto de manifiesto la “eficacia” de la psicoterapia;
sin embargo, aún nos vemos afectados por la “paradoja de la equivalencia” y
la contradicción entre validez interna vs. validez externa. Son estos los dos
grandes problemas de la investigación en psicoterapia: la tendencia de los investigadores de encontrar evidencias consistentes con su propio enfoque (allegiance effect), y la limitación que muchas de nuestras teorías imponen al
momento de la metodología de investigación.
Así las cosas, enfrentamos grandes demandas en el terreno de la psicoterapia y su investigación, siendo además un desafío para los clínicos el tender
adecuados puentes entre investigación y práctica clínica.
En esta conferencia se propone un nuevo marco integrativo para la metodología y la investigación en psicoterapia; buscando y seleccionando el conocimiento “válido”, esto es el que aporte a nuestras predicciones y a nuestras
fuerzas de cambio en psicoterapia. En este contexto, la práctica clínica nos
proporciona hipótesis y la investigación nos aporta pruebas, que a su vez permiten enriquecer la práctica clínica.
Finalmente, se presenta una actualización de distintas formas de aplicación
de la investigación en contextos y problemáticas clínicas.
pALAbRAS CLAVeS: investigación, psicoterapia, enfoque integrativo.
RequeRIMIeNtOS pARA LA pReSeNtACION: microfono y data.
MINI CuRRICuLuM: Psicóloga de la Universidad Católica de Chile y Doctora en
Psicología Clínica de la Universidad Nacional de San Luis. Certificada como
Psicoterapeuta y Supervisora por FLAPSI y como Psicoterapeuta Integrativa
por la ALAPSI. Sub-Directora del Instituto Chileno de Psicoterapia Integrativa
(ICPSI). Miembro Fundador de La Federación Latinoamericana de Psicoterapia
y actualmente Delegada de Chile ante esta Federación. Miembro fundadora de
Asociación Chilena de Psicoterapeutas (ACHIPSI) Distinguida como socio de
Honor por la Sociedad Chilena de Psicología Clínica.
:: panorama atual das pesquisas em psicoterapia com o psychotherapy
process q-set.
:: panorama actual de la investigación en psicoterapia en el
psychotherapy process Q-set.
FERNANDA BARCELLOS SERRALTA (Brasil)
COORDeNADORA/COORDINADORA: VERÓNICA BAGLADI LETELIER (Chile)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 53
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
13h30 - 15h30
Sala 302
284Mesa redonda
As distintas abordagens psicoterapêuticas frente a
psicopatologia contemporânea.
Los diferentes abordajes psicoterapéuticos frente a la
psicopatología contemporánea.
:: Mundo moderno, compulsão e psicoterapia.
:: el mundo moderno, la coacción y la psicoterapia.
ANA MARIA LOPEZ CALVO DE FEIJOO (Brasil)
:: A psicoterapia breve como modalidade de atendimento no campo
institucional.
:: La psicoterapia breve como una modalidad de atención en el campo
institucional.
RYAD SIMON (Brasil)
PSICOTERAPIA BREVE EM INSTITUIÇõES
Ryad Simon – Professor Titular pelo IP- USP; Coordenador dos Cursos de
Pós-Graduação –Especialização em Psicoterapia Psicanalítica e Especialização
em Psicoterapia Breve Operacionalizada - UNIP
Desenvolvi de 1970 até 1985 no Departamento de Medicina Preventiva da
Escola Paulista de Medicina (atual UNIFESP) um Setor de Saúde Mental dos
Alunos. Meu intuito foi desenvolver atendimento preventivo na população universitária. Minha equipe constitui-se de residentes R-2 em Psiquiatria e psicólogos pós-graduandos de meu Curso Prevenção de Distúrbios Mentais em
Universitários no IP-USP. Utilizamos minha Escala Diagnóstica Adaptativa
Operacionalizada (EDAO) que permite separar rapidamente quem precisa
ajuda psicológica e iniciamos o desenvolvimento de um método que hoje já
tem 45 anos de aperfeiçoamento, designado como Psicoterapia Breve Operacionalizada (PBO). Essa experiência preventiva pode ser estendida a várias
modalidades de instituições adequando-a às características próprias. Sendo
a PBO um instrumento terapêutico sua aplicação enquadra-se no estágio de
"Prevenção Secundária" (diagnóstico precoce e tratamento imediato e eficaz).
O procedimento consiste em iniciar pelo "diagnóstico precoce" da população
institucional aplicando a EDAO. Os indivíduos diagnosticados com"Adaptação
Ineficaz" seriam convidados para atendimento em PBO. Aplicando-lhes a
EDAO minuciosamente serão detectadas "situações-problema", bem como
construídas "conjecturas psicodinâmicas" que permitirão formular "interpretações teorizadas" as quais darão ao paciente possibilidade de integrar conhecimento sobre seus dados significativos do passado que são "cotransferidos"
para o presente, favorecendo encontro de soluções mais adequadas.
:: O atendimento a crianças sob o enfoque da Gestalt.
:: La atención de los niños según el enfoque de la gestalt.
LORENA FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ (México)
COORDeNADORA/COORDINADORA: LORENA FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ (México)
Sala 302
284Mesa redonda
Mundo Moderno, Compulsão e psicoterapia
Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo
ReSuMO: Para poder falar de uma psicoterapia existencial que resiste às determinações próprias ao mundo moderno temos que, primeiramente, situar o modo
como essa atividade prática da psicologia, encontra-se posicionada, no mundo
atual. Ao traçarmos o modo como o mundo moderno se constitui tomaremos o
texto de Heidegger em que ele desenvolve as orientações sedimentadas na Era
da técnica. A Era da técnina ou mundo moderno com suas determinações massificantes obscurece outras possibilidades de ser. Assim, o homem esquece-se
de seu caráter de poder ser e coloca-se no mundo de modo autônomo. A psicoterapia, nas perspectivas modernas, é tomada quase que de modo hegemônico
em Psicologia como uma atividade tecnocrata. Pretendemos pensar a psicologia
e consequente a psicoterapia como resistindo às determinações hegemônicas
que valorizam a soberania do querer em detrimento ao poder ser. Para falar de
mundo atual e de tecnocracia vamos tomar o pensamento de Heidegger, principalmente, aquele que se denomina Heidegger tardio. E, assim, poderemos pensar
como seria uma clínica psicológica de bases fenomenológico-existenciais em
um mundo cuja cadência é a da compulsão.
pALAVRAS-ChAVeS: Psicoterapia Fenomenológico-Existencial; Heidegger; compulsões.
INtRODuçÃO:A psicoterapia é tomada, quase que de modo hegemônico, pela
Psicologia como uma atividade tecnocrata. Para falar de mundo atual e de tecnocracia vamos tomar o pensamento de Heidegger, principalmente, aquele
que se denomina Heidegger tardio. Em Ser e tempo (Heidegger, 1927/2013)
o filósofo descreve mundo (existencial) como significatividade, ou seja, certas
disposições afetivas que foram legadas historicamente. Mais tarde, Heidegger
(1954/1958) passará a pensar o mundo como unidade epocal, medida de um
tempo historicamente constituído, que na modernidade aparece com o sentido
dominante da produtividade cujo aspecto marcante é a compulsão. Com essas
considerações é que podemos pensar em uma clínica psicológica com bases
fenomenológico-existenciais em um mundo cuja cadência é a da compulsão.
A unidade é o acontecimento-apropriativo que sustenta todas as mobilidades existenciais. Trata-se, então, de desdobramentos existenciários de concreções existenciais dentro de um mundo epocal. O mundo epocal onde nós
nos encontramos, Heidegger (1958) denominou de Era da técnica no qual imperam o funcionalismo e o instrumentalismo. Trata-se de, a partir desses envios epocais do ser, pensar em duas questões que dizem respeito à clínica
psicológica: 1- Como a psicologia passa a funcionar em um mundo em que
a determinação de sentido acontece por meio ao funcionalismo e ao instrumentalismo? Parece que a clínica psicológica nasce dessa condição de possibilidade em nosso mundo epocal, ou seja, a clínica aparece como gestell com a ideia de funcionalidade e instrumentalização.
bases existencial e hermenêutica da Clínica psicológica
Para pensar em uma clínica psicológica com bases existenciais e hermenêuticas teremos que trabalhar com campos intencionais historicamente
constituídos. Daí surge um embate, por meio as seguintes questões: 1- Faz
sentido falar em uma clínica existencial, ou seja, que resiste às determinações
de sentido pela funcionalidade e pela instrumentalização? 2- Como em um
mundo que opera sentidos por meio a funcionalidade, podemos falar de uma
clínica psicológica que não atua pela ideia de algo que tem uma função previamente definida? 3- Como saber-fazer uma clínica psicológica que não tem
instrumentos para modificação da realidade?
A grande cegueira em que nos encontramos, no nosso tempo, é a de acreditar que essa ótica unidimensional da técnica é a única e absoluta verdade.
Para poder começar a abrir um horizonte de possibilidades para a clínica, cabe
perguntar: funciona para quê e instrumentaliza-se para quê? Vamos buscar
nas palavras de Fogel (1999) a resposta que nos é dada pelas determinações
de sentido na era da técnica: “Sem dúvida, uma opção filosófica pelos pobres,
oprimidos e desvalidos” (p.20). E, conclui Fogel “No entanto, nós, homens
do século XX, homens-massa, somos, por isso mesmo, mestres em dissimular ou escamotear cinismo e hipocrisia com palavras douradas e altissonantes” (p. 20). Assim, o homem da técnica responderá que a psicoterapia é uma
máquina capaz de transformar os homens e a humanidade. Essa prática em
psicologia nos fornecerá modelos que tornam possível fazer com que funcionemos para que possamos tornar os homens mais autênticos, mais verdadeiros, mais assertivos, mais equilibrados, sensatos, mais funcionais em seus
relacionamentos.
Mas como responder a questão do “para que” e “do que é” uma clínica psicológica que não se quer funcionalista e instrumentalista, ou seja, que quer
resistir à consolidação da medida que se instaura pela função (para quê serve)
e pelo instrumento (como intervir). Primeiramente, renunciando a dar essas
respostas e apenas sustentando a possibilidade da experiência do poder fazer
- se nessa própria experiência. Fogel (1999) nos diz como isso pode se dar
por meio a um exemplo do aprendizado do “canto” como experiência em uma
tribo de Angola:
Há uma espécie de couro infantil, do qual participam todas ou quase todas
as crianças da tribo por ocasião das festividades. Em tais ocasiões, os mais velhos dentre os que, também, cantam, vão percebendo nesse coro, aqui e ali,
uma ou outra criança que notoriamente “tem chispa para a coisa”. Esta (ou
estas) criança é destacada do grupo e como que “adotada” por um adulto, considerado o mestre do canto. E esta criança passa a cantar junto com este mestre, fazendo “coro” com ele. Assim, cantando junto, toda a sua atividade
resume-se em “copiar”, em “imitar” o mestre. Durante o período de aprendizado
- que pode ser longo ou curto, porém jamais definido o quão longo ou o quão
curto, pois isso dependerá do desenvolver-se do aprendizado – dão se naturalmente muitos e muitos exercícios de canto e que são quase sempre em público.
Os erros, os ‘“desafinos”, são inevitáveis por parte do discípulo e a comunidade
exerce uma crítica, sua correção ao discípulo, sempre que este erra, isto é, “destoa”, “desafina”, “vacila”: a assistência então, também composta por crianças,
ri. É o riso que é a crítica, a advertência e, daí, o mecanismo de correção e adestramento do cantor-discípulo. O sentido possivelmente é este: diante do riso o
aprendiz “se envergonha”, isto é, se retrai, dá um passo atrás e, assim, retoma
o caminho do qual se desviara, isto é, o canto, o “embalo” e prossegue na cadência ditada pelo canto do mestre que com ele faz coro e o qual imita. Este regime de ensino e de aprendizagem dura até que o mestre e o discípulo
54 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
reconheçam que o discípulo não precisa mais da tutela do mestre, pois ele já é
capaz não só de cantar o já conhecido, mas é até de, indo além do mestre, musicar e enriquecer o repertório de cantos do grupo (p.70).
O exemplo acima ilustra uma situação de ensinar e aprender que compreende uma relação, uma adoção (escolha) mútua e a própria coisa é decisiva na mutua adoção, no caso acima, o canto. E, então, eles se põem a
caminho, diz Fogel (1999): “O ensinar do mestre é ensinar este caminhar e o
aprender do discípulo é aprender desse caminhar. E esse caminho, este caminhar que designamos acima como experiência” (p.71).
Vamos, então, tomados pelo relato de Fogel, prosseguir nestas reflexões,
para pensarmos o saber-fazer na clínica psicológica, como um mover-se na
experiência, em que mover-se é um fazer. A atuação clínica é uma experiência
que se determina por ser tocado para entrar na cadência daquilo que toca. A
aprendizagem do saber-fazer na clínica também se daria assim em um processo de afinação (supervisão).
Caracterizarmos a clínica como existencial podendo, dessa forma, subtrair
totalmente a necessidade de operarmos com um objeto próprio à Psicologia.
Ou melhor, tomar seu objeto como totalmente destituído de realidade, ou seja,
aquilo que aparece no campo hermenêutico: a existência. Consideramos que
é preciso, para articular uma proposta em Psicologia nessas bases, descrever
as concreções existenciais condicionadas pelos envios historiais. Nesse sentido, a Psicologia que queremos pensar não parte de objetividades categoriais,
mas sim como propõe Heidegger (1920/ 2010) de indicativos formais: "Na
metodologia chamamos de indício formal (Formale Anzeige) o emprego de
um sentido que guia a explicação fenomenológica. Aquilo que o sentido formalmente indicado traz constitui o horizonte no qual os fenômenos que se
pretende distinguir serão vistos." (p.52). Isso, no entanto, sem emitir opiniões,
nem nada que traga pressuposições ou preconceitos acerca daquilo que se
pretende analisar.
Seguir os indicativos formais quer dizer partir de indícios, forma, que só
ganha materialidade na existência ou na história. O acontecimento-apropriativo constitui a identidade–forma que vai conquistar a diferença com a materialidade historicamente constituída, para assim preencher o sentido, que será
sempre epocal, ou seja, conquistado na existência. Para pensar o mundo que
é o nosso ao qual Heidegger denomina Era da técnica, entendemos que é por
meio da materialidade, ou seja, das determinações desse mundo, que acontece a cadência daquilo que conduz nosso modo de ser. Logo, são as determinações da técnica tais como: efetivação, funcionalidade, correção, que
preenchem existencialmente o acontecimento-apropriativo que é o nosso.
A era da técnica e Suas Determinações de Sentido
A era da técnica, época em que nos encontramos, guarda em seu cerne uma
total autonomia com relação ao homem. Época marcada pela causalidade eficiente, tal como esclarecida por Aristóteles, com o total abandono de todas as
outras causalidades: formal, material e teleológica (citado por Heidegger, 1958)
no ato de produzir. Assim uma ação que desconhece a medida (forma) e o para
que de cada ação (teológica) nunca cessa, na medida em que nunca se realiza,
tornando-se a marca de uma época compulsiva. Mas como nos diz Heidegger
(1958), parafraseando Hördelin: “Mas onde há perigo, cresce também a salvação” (p.47). Como poderíamos nos salvar? O título Angústia culpa e libertação, de Boss (1988) sugere uma resposta. Seriam nessas condições próprias
de nosso horizonte histórico que estaria o caminho da salvação? Estaria na
mobilização da cadência do mundo pela angústia e pela culpa a possibilidade
de quebra da dinâmica da era da técnica? Boss vai referir-se as neuroses de
nosso tempo como neuroses do tédio. Parece, então, que esse estudioso
aponta para a relação entre uma era compulsiva e o tédio que nos abarca.
Heidegger (1958) nos diz que o mundo, horizonte de sentido em que nos encontramos é aquele que ele mesmo denominou de Era da Técnica. O filósofo
(Heidegger, 2013) insiste em destacar o caráter de esquecimento da essencialidade da existência como herança da metafísica, da qual a ciência é debitária.
Na tentativa de despertar o homem desse total esquecimento, o filósofo vai escrever um texto denominado a Era da Técnica (1958) em que afirma que o
nosso tempo é “em sua essência um destino ontológico-historial da verdade
do ser que reside no esquecimento” (p.11). Esquecer, então, consiste em encurtar sentidos. A Psicologia ao abandonar a tradição (limite que, ao mesmo
tempo, aponta para uma restrição, abre também novas possibilidades) e considerar que tudo tem seu inicio na ciência moderna, vai se encontrar, totalmente,
inserida nas determinações da era da técnica quais seja: provocação (exploração), fundo de reserva (acumulação), maquinação, funcionalidade (serventia)
e a produtividade; não estaria, assim a psicologia clínica apoiando o seu fazer
na técnica oriunda dos avanços científicos? Desse modo, a psicologia estaria
restringindo o seu fazer a uma produtividade que se mede pela qualidade de
vida, pela felicidade e o bem estar, encurtando assim sentidos possíveis?
Vamos tomar as quatro causas aristotélicas que podem ser traduzidas por
quatro formas de ocasionar para ilustrar os comportamentos que ocorrem na
cadência do mundo da técnica. Os quatro modos de ocasionamentos (causas)
das coisas são: eficiente, material, formal e final. E, no mundo da técnica,
mundo em que nós nos encontramos, todas as causas ficam obscurecidas e
atuamos apenas com a causalidade eficiente, que diz respeito, justamente, a
ação do homem. Aristóteles (citado por Heidegger, 1958) exemplifica a atuação das quatro causas pela realização de uma taça. Para fazer uma taça esses
quatro elementos devem estar presentes, quais sejam: a matéria da qual a
taça é feita; a forma, que é justamente a medida (os limites); a ação humana,
ou seja, causa eficiente, e uma realização, isto é, uma finalização.
No mundo moderno, na medida em que todas as causas se obscurecem,
e atuamos apenas pela causa eficiente, o quê acontece? Orientar-nos-emos
por esse modo de ocasionamento das coisas, abandonando os outros três.
Então, movimentarmo-nos, por meio dessa cadência, ou seja, nesse fazer que
ao desconhecer limites, nunca cessa. Por outro lado, o homem se constitui
em sua indeterminação originária. Quando chega ao mundo, alcança uma
compreensão prévia, uma atitude prévia, ou seja, as coisas já estão estabelecidas, e ele vai se movimentando por meio a esse mundo previamente estabelecido, previamente compreendido. Assim, o homem tende a tomar para si
as orientações que se encontram no seu mundo, ou melhor, no nosso mundo,
com o total obscurecimento de outras medidas possíveis.
Heidegger (1958), referindo-se as determinações do mundo em que nós
nos encontramos, diz que o Gestell é o acontecimento-apropriativo do horizonte histórico em que nos encontramos. Gestell é, portanto, pensado por
Heidegger como Ereignis, ou seja, o acontecimento apropriativo no qual acontecem as concreções existenciais na cadência de uma produção que nunca
cessa, pois, desconhece limites. Nesse total obscurecimento daquilo que lhe
é próprio, a existência se automatiza seguindo as determinações de seu horizonte histórico, de modo a tornar-se totalmente absorvido pelo mundo. E,
em um homem que se automatiza e age na absoluta ausência de limites, a
marca de sua ação é a compulsão. Compreendemos, assim, o como e o porquê da insistência e da desistência aparecerem frequentemente como queixa
na clínica psicológica.
As queixas Na Clínica psicológica
Para esclarecer como as determinações da era da técnica em seu acontecimento-apropriativo estão presentes no mundo atual e, ainda, como elas se
apresentam na clínica psicológica, é que iremos mostrar como essas questões aparecem nos motivos pelos quais as pessoas buscam um acompanhamento psicológico.
A procura de psicoterapia em crianças, frequentemente, ocorre a pedido
dos pais. As preocupações por parte dos responsáveis pela criança, aliás,
muito frequentes na atualidade, são do tipo: medo que a criança não responda
às solicitações do mundo moderno, preocupação da mãe em agir conforme
recomendam os manuais de psicologia, modos diferentes com que os pais
entendem a educação dos filhos. Essa procura, às vezes, se dá por solicitação
da escola, às vezes por solicitação do pediatra e algumas vezes são os próprios pais que concluem da necessidade que ou filhos se submetam à psicoterapia infantil. Na maioria das vezes, no entanto, o pedido de psicoterapia
vem da escola e a queixa diz respeito ao fraco desempenho escolar. No entanto, mais frequentemente, a questão refere-se à improdutividade da criança
e a pretensão com a psicoterapia é de que a criança possa entrar na cadência
das determinações do mundo moderno. Espera-se que a criança seja estudiosa, alegre, comunicativa, esperta, ou seja, tenha as características necessárias para se tornar um adulto produtivo. Aquelas que não se mostram como
recurso, potencial para a produtividade, são alvos da preocupação da escola
e dos pais. E por não corresponderem ao potencial requerido no mundo da
técnica, recebem o rótulo de criança-problema. E os pais, consequentemente,
também são rotulados como incapazes e culpados por não terem tratado de
modo suficiente um manancial energético.
A família neste contexto acaba por buscar na psicoterapia respostas, critérios, referenciais de como lidar com os filhos para que eles sejam adultos bem
sucedidos. Coimbra (1995) refere-se a esta tendência da psicologia no Brasil
com o seguinte subtítulo A psicologização e os especialistas PSI. A autora
afirma que se rejeitam os movimentos políticos e sociais para assumir um
projeto individual de ascensão social, sucesso profissional, equilíbrio familiar.
Nesta perspectiva, o filho que não quer estudar ou que não se insere neste
modelo de ascensão, o casal que não se insere no modelo de casal 20 deve
recorrer aos conselheiros psicólogos que dispõe de técnicas eficientes para
tornar estas famílias adaptadas ao sistema de perfeição, que, aliás, constituise na promessa da modernidade.
Outra questão que vem aparecendo com muita frequência nos consultórios
de psicologia é aquilo que no cotidiano denominamos preguiça, que apressadamente remete a uma interpretação psicológica como depressão, desinteresse ou ainda como tentativa de chamar a atenção. A preocupação que
aparece, seja por parte dos pais ou de adolescentes ou adultos, é de que ele
não consegue estudar, trabalhar ou ocupar-se das coisas de forma a se tornar
produtivo. Assim a preocupação é com o futuro, perguntam: o que será de
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 55
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
seu futuro? Como ganhará a vida? Ainda temos a interpretação reducionista
de que esse desinteresse é um sintoma de depressão.
Os ingleses denominam esse modo de se relacionar com o trabalho ou estudo de Oblomovismo. Oblómov (1859/ 2012) é um romance russo, escrito
por Ivan Gontcharóv (1812-1891). Por meio deste ensaio ou ficção, Gontcharóv tentava esclarecer as transformações decorrentes da acelerada introdução
das relações capitalistas numa sociedade agrária (avaliadas então como arcaicas). A introdução de outra atmosfera, ritmo ao qual a maioria rapidamente
se insere, é refletida pelo comportamento do dinâmico empreendedor Stolz.
Por outro lado, não é acompanhada por Oblomóv, senhor de terras que não
acompanhando o ritmo que se impõe, apresenta um modo peculiar de comportar-se que recebeu a denominação de oblomovismo. A forma como Gontcharóv aborda esse tipo de comportamento se aproxima com o que Heidegger
(1929/2006) vai denominar de tédio. Assim, nessa tonalidade afetiva, parece
desaparecer a causalidade teleológica, aquela que fala da ação não como
causa para se chegar a um resultado, mas alcançar a plenitude daquilo que
se realiza. Oblómov poderia receber vários diagnósticos, no entanto, o desinteresse pelo modo que o mundo solicitava que se deveria produzir, não era
aquele que o protagonista conduzia sua vida. Nesse momento de transição
da sociedade agrária para a capitalista, o não querer fazer nada se apresentava
como possibilidade de modo muito claro para Oblómov.
Na Idade Moderna, não há espaço para o querer não fazer. Quando essa situação aparece, ela recebe logo uma explicação psicológica passível de ser
curada. E tudo que há na natureza deve se dispor como um recurso a ser explorado. Tudo tem que ser uma potencialidade, um fundo energético que precisa ser explorado para fins de produção. Trata-se de um requerer que não
cessa de requisitar. Heidegger (1958) conclui:
Entretanto, também a preparação do campo entrou numa esteira de um tipo
de preparação diferente, um tipo que põe a natureza. O ‘pôr’ desafia as energias naturais, é um extrair de duplo sentido, é um extrair na medida em que
explora e destaca. Esse extrair, contudo, permanece previamente disposto a
exigir outra coisa (p.14).
Com os esclarecimentos acima, somamos elementos para compreender
como vamos pensar a clínica existencial com as noções de mundo. Mais especificamente, na atualidade, o mundo se articula como horizonte de constituição de sentido na era da técnica. Vamos mostrar como a marca da
compulsividade, que caracteriza o nosso mundo, faz-se presente nas queixas
que aqui apresentaremos. Trataremos de duas situações criadas a partir de
fragmentos reais de atendimentos clínicos. A primeira refere-se a um homem
de 38 anos e a segunda trata-se de uma mulher de 32 anos. Ambos chamam
muita atenção pelo motivo com o qual a psicoterapia se tornara urgente. Os
dois, muito bem posicionados profissionalmente e financeiramente, trazem
os seus problemas.
O rapaz, que chamaremos aqui de Manoel, dizia que desde muito novo tinha
como objetivo enriquecer, ainda enquanto jovem, assim poderia desfrutar de
tudo que o dinheiro proporcionar. E foi o que aconteceu, agora aos 38 anos
de idade já possuía um capital que cresce por si só e, ele pode viajar, fazer
grandes festas, morar onde desejar, etc. Diz ele que conquistou o que projetara, no entanto, está sofrendo muito, pois não consegue parar de pensar e
de planejar. Com isso, nunca está bem onde se encontra. Por exemplo, estava
em Paris com a família e amigos, no entanto, só pensava nos países que ainda
não conhecera e precisava conhecer. Tinha sempre a preocupação de que não
daria tempo, caso perdesse muito tempo em Paris. Olhava o mapa e todas as
possibilidades de viagens, fazia as contas e concluía que se não se apressasse
não daria tempo ou porque estaria muito velho ou estaria morto. Esses cálculos foram dominando-o de tal forma que, agora, não conseguia sequer ter
uma noite de sono. Com isso estava emagrecendo e os familiares vinham se
preocupando com a sua saúde. Primeiramente, ele procurou um clínico geral,
fez todos os exames e nada foi constatado. Esse médico, então, encaminhouo ao psiquiatra que o aconselhou a procurar um psicólogo. E como Manoel
prefere não utilizar remédios por muito tempo, prefere ser acompanhado por
um psicoterapeuta.
A moça de 32 anos, que chamaremos aqui de Marisa, apresenta-se com
uma aparência muito bem cuidada sentando, falando e gesticulando de uma
forma muito refinada. Ela diz que anda muito preocupada com o fato de seu
noivo querer casar-se. Não que ela não queira o casamento, mas tem medo
de que esse não seja o rapaz certo para se casar. O noivo, segundo ela, tem
todas as qualidades que a maioria das mulheres gostaria em um homem: bem
sucedido, bonito, sarado, equilibrado, gentil, extremamente apaixonado, assume a família da moça da mesma forma que assume a sua. Enfim, um príncipe, no entanto, ela fica totalmente mobilizada, pois uma vez tendo se
comprometido com o casamento, ela não poderá encontrar um rapaz que
tenha todas essas qualidades e ainda outras, como por exemplo, falar vários
idiomas e conhecer arte e literatura, etc. Essa dúvida quanto ao fato de casarse e a pressão do rapaz para o casamento a vêm atormentando. O rapaz ainda
não percebeu a sua indecisão, mas ela sabe que em pouco tempo, isso irá
acontecer e isso poderá fazer com que haja arranhões na relação.
Podemos observar nas duas situações a dificuldade de cessar, para ambos
tornou-se necessário adquirir sempre mais. Trata-se da perda dos limites e
do elemento realizador, assim, é preciso não perder nada e ter para si todos
os possíveis, sob pena, de desperdiçar a vida. Como nos diz Kierkegaard
(1846/2001), no mundo atual, aquilo que é da ordem das possibilidades foi
convertido em necessidade, daí o desespero. Mas cabe perguntar o que fazer
para sustentar um espaço no qual aquele que se encontra na desmesura
possa encontrar a sua medida? Essa só pode ser encontrada na própria experiência, como no exemplo acima do canto, logo ao psicólogo clínico cabe
acompanhar aquele que se encontra em situação híbrida de modo a permitir
que a medida venha ao encontro daquele que a perdeu.
Assim, a clínica psicológica aparece como uma modalidade de atuação institucionalizada no mundo da técnica: Gestell. Nesta a atuação clínica nasce
com a ideia de interioridade, verdade, correção, poder pastoral, funcionalidade, superação. Em síntese, a clínica psicológica surge na Gestell – provocação - caráter histórico epocal que propicia seu aparecimento.
Considerando os esclarecimentos acima e, com base no saber que se instaura por meio da fenomenologia hermenêutica, cabe agora perguntar sobre
o fazer clínico: como passar a fazer uma clínica em que, hegemonicamente,
somos interpelados a lidar com esse outro em uma ordem provocativa tomada como natural? Como essa experiência para a qual somos provocados
pode se modificar para, nessa tarefa, podermos conquistar uma condição de
liberdade? Como corresponder a outro apelo? Como manter-se na experiência
fenomenológica (dar um passo atrás) na medida em que somos provocados
pelo mundo que é o nosso, onde impera a Gestell?
Vale aqui acompanhar o caminho seguido por Heidegger quando desafiado
a pensar sobre o caráter de duplicidade, que se encontra naquilo do qual a
técnica se origina. Diz Heidegger (1958), ao citar Hördelin: “Mas onde há perigo, cresce também a salvação” (p.91). Podemos, lado a lado, ao percurso
de pensamento de Heidegger sobre a técnica, pensar que no lugar onde nasce
a psicologia clínica tecnocrata, também medra a possibilidade de pensar o
que resiste, ou seja, uma psicologia do cuidado de si. Assim, abre-se a oportunidade de pensar a clínica em sua duplicidade: a tecnocrata e a que resiste
ao domínio da técnica, ou seja, que escuta a diferença. Clínica esta que resguarda o espaço do pensamento que medita e que não tem pretensões de
chegar a um lugar determinado, apenas resiste, sabendo que a resistência é
uma tarefa contínua.
Não pretendemos, com este trabalho denegrir ou encontrar um caminho de
superação da técnica, mas sim saber que esse é o nosso horizonte de constituição de sentidos e determinações. Trata-se de deixar estar no horizonte da
técnica, deixar aparecer o caráter epocal que é o nosso, para ao mesmo tempo,
poder estar nele, sem ser dele, sem deixar subtrair-se por ele, ou seja, para
não estar nele ao modo do autômato. Frente a essa afirmativa surge imediatamente outra questão: como esse saber-fazer se apresenta em sua concretude
ôntica no espaço destinado a clínica psicológica, propriamente dita?
Todas essas questões, acima descritas, só se tornam problemas quando
não se pode contar com uma teoria que sustente uma prática, no sentido de
que possamos saber de antemão como vamos conduzir aquele que nos pede
orientação. Obviamente, não iremos saber como conduzir o outro, pois isso
implicaria em ter uma verdade previamente estabelecida, para assim tomar o
lugar do outro em suas decisões e decidir por ele. Mas essa resposta mesma
já nos indica um caminho a seguir, ou seja, de que uma vez assumindo que
não se tem respostas, saber que não há como responder. Por outro lado, a
pergunta que nos foi encaminhada já nos implica no processo. Não tenho
como respondê-la, mas tenho como sustentá-la, de modo que aquele que pede
respostas possa alcançar o seu próprio caminho na condução de sua tensão.
Isso significa que o encaminhamento do clínico, em uma perspectiva existencial, não se orienta em um sentido que aponta para uma positividade, ao contrário, ele pretende, uma vez mantendo o espaço de negatividade, que o outro
assuma e tome para si o seu caráter de liberdade e, portanto, de possibilidades.
Pensamos poder mostrar que, para um saber-fazer clínico prescindimos
da necessidade da constituição de um objeto bem como de uma teoria que
sustente uma prática. Mattar e Sá (2008) compartilham com a proposta deste
estudo quando afirmam que para sustentar um espaço para a realização de
uma clínica existencial devemos atentar-nos em que:
Uma vez que as demandas do sofrimento existencial, endereçadas à clínica
psicoterápica, cada vez mais estão relacionadas ao nivelamento histórico de
sentido que pode ser computado no cálculo global de exploração e consumo,
é imprescindível, para que a psicoterapia possa se constituir em um espaço de
reflexão propiciador de outros modos de existir, que ela própria não permaneça
subordinada a esse mesmo horizonte histórico de redução de sentido (p.191).
Feijoo (2012) acrescenta:
Na clínica existencial, o psicólogo analista apenas participa, mas não comanda, nem determina, nem posiciona. No entanto, a sua participação é de-
56 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
cisiva para que aconteça um jogo em que o analista e o analisando abram
um espaço de abertura às possibilidades que se encontram obscurecidas,
para que essas possam transparecer. Para tanto, esse analista precisa ao
menos, como diz Kierkegaard (1987), da adição. Isso quer dizer que já tenha
questionado as imposições, orientações sedimentadas ou retóricas hegemônicas presentes em nosso horizonte histórico. Só assim o psicólogo clínico
poderá no mínimo não sedimentar ainda mais a retórica, que, no final das
contas, nos mantém totalmente aprisionados às determinações hegemônicas
desse horizonte (p. 982).
Considerações Finais
O cuidado como a estrutura relacional que abre a possibilidade de diferentes modos de relação, tanto substitutiva como por anteposição, vai
sempre nos remeter as nossas possibilidades de relação. O que nós, psicólogos, como técnicos totalmente absorvidos pelo mundo da técnica,
somos desafiados a fazer, é nos relacionarmos ao modo da substituição,
orientando o outro no sentido do que é mais certo e favorável fazer. Nós,
psicólogos tecnocratas teremos que provocar a natureza, seja das crianças,
seja do adulto, para que todo o seu potencial energético possa vir à tona.
E, assim, cada homem poderá participar com a sua cota na demanda global
de produção. Cabe agora perguntar como é possível fazer uma clínica que
resista a essas provocações do mundo que é o nosso, já que hegemonicamente somos interpelados a lidar com esse outro em uma ordem provocativa tomada como natural?
Para conduzir uma resposta a questão acima proposta, vamos tomar uma
passagem de Heidegger (1958): “O fazer do camponês não desafia o solo do
campo. Ao semear a semente, ele entrega a semeadura às forças do crescimento e protege o seu desenvolvimento” (p. 17). Essa não é uma atitude de
passividade nem mesmo de indiferença. O camponês joga as sementes e
cuida ao modo da anteposição, ou seja, ele se relaciona, de modo a estar com
o que lhe cabe, mas deixando que o que lhe cabe se dê por si próprio.
Podemos, lado a lado, acompanhando o percurso do pensamento de Heidegger sobre a técnica, pensar que a Psicologia clínica que queremos aparece na possibilidade de pensar o cuidado ao modo da anteposição
(Heidegger, 2013), ou seja, uma psicologia que resguarda o espaço do pensamento que medita.
ReFeRÊNCIAS
Boss, M. (1988). Angústia, culpa e libertação. São Paulo: Livraria Duas Cidades.
de Psicologia – UFF, 7(3), 70-74.
Coimbra, C. (1995). Guardiães da ordem. Rio de Janeiro: Oficina do Autor.
Feijoo, A.M. (2012). A clínica psicológica em uma inspiração fenomenológica – hermenêutica. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 12(3), pp 973-986
Gilvan. F.( 1999). Da solidão perfeita. Rio de Janeiro, Petrópolis: Vozes.
Gontcharóv, I. (2012). Oblomóv. (Rubens Figueiredo, Trad.) São Paulo:
Cosac Naify. (Original publicado em 1859).
Heidegger, M. (2010). A fenomenologia da vida religiosa. ( Enio Paulo Giachini, Jairo Ferradin & Renato Kirchner, Trad.). Petrópolis: Vozes; Bragança
paulista: Editora Universitária São Francisco. ( Original publicado em 1920).
Heidegger, M. (2013). Ser e tempo. ( Fausto Castilho, Trad.). Campinas,
Editora da Unicamp; Petrópolis, RJ: Editora Vozes. (Original publicado em
1927).
Heidegger. M. (1958). La question de la technique. In: Essais et conférences. Paris: Gallimard, pp. 9-49. ( Original publicado em 1954).
Kierkegaard, S. (2001). La época presente. Santiago do Chile: Editorial Universitária. (Original publicado em 1846)
Mattar, C. M. & Sá, R.N(2008). Os sentidos da “análise” e “analítica” no
pensamento de Heidegger e suas implicações para a psicoterapia. Estudos e
Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, 8 (2), 191-203.
Autora: Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo - Universidade do Estado do Rio
de Janeiro - Professora Adjunta do Instituto de Psicologia e do Programa de
Pós-graduação em Psicologia Social. Autora de vários livros e artigos, publicados em revistas nacionais e internacionais A1, A2, B1, que também versam
sobre Psicoterapia. Rua Barão de Piracinunga, 62 –Tijuca, Rio de Janeiro. Email: [email protected]
13h30 - 15h30
Sala 303
294Mesa redonda
psicopatologias contemporâneas ou novos recursos
psicoterapêuticos de investigação?
psicopatología contemporánea o nuevas investigaciones y
recursos psicoterapéuticos?
:: psicoterapia nos transtornos alimentares: Desafios no tratamento da
anorexia nervosa e bulimia.
:: psicoterapia en trastornos de la alimentación: desafíos en el
tratamiento de la anorexia nerviosa y la bulimia.
MARINA MIRANDA (Brasil)
ANOREXIA E BULIMIA: DESAFIOS NO TRATAMENTO
Neste trabalho, apresento reflexões e inquietações sobre os fenômenos anoréxicos e bulímicos, que acometem especialmente adolescentes e jovens na
sua maioria do sexo feminino, e discuto aspectos desafiadores do tratamento
em psicoterapia psicanalítica. Questões sobre a especificidade da técnica são
abordadas como evidências da intensa singularidade dessas perturbações, que
requerem dos profissionais que delas cuidam uma sensibilidade clínica para
ser continente da duplicidade incongruente que faz parte da dinâmica emocional desses quadros e a coragem para acompanhá-las por caminhos sombrios,
de fios fronteiriços entre a vida e a morte. Enfim, perturbações antigas, de
novas vestes, que compõem a clínica da atualidade e que nos remetem a pensar e investigar ampliando as frentes de pesquisa em Psicanálise.
MINI-CuRRÍCuLO: Profª Drª Marina Ramalho Miranda
Psicóloga e Psicanalista, membro efetivo e Docente na Sociedade Brasileira de
Psicanálise de SP. Mestre e Doutora em Psicologia Clínica pela PUCSP. Especialista em Saúde Mental pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Profª convidada
no curso de especialização em transtornos alimentares do CEPSIC - Centro de
Estudos em Psicologia da Saúde da Divisão de Psicologia do Instituto Central do
HC-FMUSP. Supervisora pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paul o.
:: psicanálise somática e Orgonoterapia.
:: psicoanálisis somático y orgonoterapia.
NICOLAU MALUF JR. (Brasil)
RESUMO: A Psicanálise Somática e a Orgonomia de W.Reich
Nicolau José Maluf Jr. – IFP-REICH
A Psicanálise Somática de base Orgonômica surge da conjugação das propostas clínicas reichianas da Análise do Caráter e da Orgonoterapia. Em especial, a Orgonomia, como consequência das investigações reichianas em
biologia e física, oferece um rico cabedal de possibilidades de atravessamentos teóricos e clínico-teóricos que fazem da proposta reichiana algo ainda
mais complexo e valioso que a corporeidade e seus princípios e dinâmicas na
situação da clínica psicológica – psicorporal. Esta corporeidade, já acessada
e teorizada por Reich, torna-se passível de instrumentalização mesmo quando
o corpo não é o objeto central da atenção na situação clínica, e quando é a
psicodinâmica e a transferência que estão em foco. A descoberta das propriedades sintética e holística da função do orgasmo, e da dialógica corpo-mente
nas correntes vegetativas permite como desdobramento conceitual a inclusão
do analista e sua sensorialidade na situação clínica. Fornece ainda meios para
estender e conceituar de forma sólida as observações da assim chamada “psicanálise de campo” e com isso retirar o psiquismo do seu isolamento hermenêutico, ao permitir o contato com outros saberes, inclusive o científico, sem
no entanto perder sua identidade.
MINI CuRRÍCuLO: Nicolau Maluf Jr. é Psicólogo, Analista Reichiano, um dos pioneiros no estabelecimento do pensamento reichiano no Brasil, Doutor em “História das Ciências, Técnicas e Epistemologia” pelo HCTE-UFRJ. Membro
fundador e Coordenador do IFP-REICH. Organizador e co-autor dos livros “Reich
Contemporâneo, Perspectivas Clínicas e Sociais” e “Reich: O Corpo e a Clínica”.
:: psicoterapia e depedência química.
:: psicoterapia y depedencia química.
FLÁVIA SEREBRENIC JINGERMAN (Brasil)
COORDeNADORA/COORDINADORA: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 57
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
13h30 - 15h30
Sala 305
304 Mesa redonda
Mudaram as intervenções psicoterapêuticas?
Cambios en las intervenciones psicoterapéuticas?
:: O perdão no casal e a forma de abordá-lo na psicoterapia.
:: el perdón en la pareja y cómo abordarlo en la terapia.
MARIELA GOLBERG (Uruguai)
:: transmissão psíquica transgeracional e violência intrafamiliar.
:: transmisión psíquica transgeneracional y violencia intrafamiliar.
MARIA LUIZA DIAS GARCIA (Brasil)
A violência encontrada em unidades familiares, presente nas relações conjugais e, por decorrência, irradiando para todos os vínculos domésticos, é fenômeno de consideração de terapeutas. Nestas unidades, o conteúdo psíquico
partilhado assume fisionomia violenta e se expressa por meio de condutas
hostis e afrontosas. Este trabalho pretende discutir o fenômeno da violência
doméstica (física, sexual, psicológica) e de sua transmissão geracional. Tem
por objetivo pensar algumas questões relacionadas à transmissão psíquica
transgeracional de padrões de identificação com conduta violenta, via socialização de crianças. Para facilitar a compreensão destes aspectos será apresentado um caso de atendimento em psicoterapia. A ideia de que as crianças
internalizam o que vêem nos padrões adultos e que se ressentem de aprendizados importantes não realizados, em determinadas etapas evolutivas de
seu desenvolvimento, é foco de atenção, na discussão da temática. Como conclusão dessa reflexão, encontra-se o fato de que a dificuldade de vivenciar,
manejar e solucionar tensões e conflitos na família promove a necessidade
de simbolizar por outras gerações o que não foi elaborado por seus ascendentes, contexto no qual a criança funciona como o elo geracional, conduzindo o fenômeno de uma esfera intrapsíquica para outra inter-relacional e
transpsíquica. O fenômeno da violência intrafamiliar compreendido nesta ótica
traz novas implicações ao enquadre terapêutico.
pALAVRAS ChAVe: Transmissão transgeracional, violência doméstica, psicoterapia.
NOtA CuRRICuLAR: Psicóloga, Terapeuta de Casal e Família, Orientadora Profissional, Docente Universitária, Mestre pela PUC/SP, Doutora em Antropologia
pela USP, Autora de livros e artigos, membro da APTF, ABRATEF, AIPCF.
:: A modernidade da clínica psicorporal em um mundo marcado pelo
fundamentalismo.
:: La modernidad de la clínica psicorporal en un mundo marcado por el
fundamentalismo.
CLAUDIO MELLO WAGNER (Brasil)
COORDeNADOR/COORDINADOR: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)
13h30 - 15h30
Sala 307
314Mesa redonda
estratégias e táticas no planejamento em psicoterapia.
estrategias y tácticas en el planificación en psicoterapia.
:: planejamento em psicoterapia de orientação analítica.
:: planificación en psicoterapia de enfoque analítico.
JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil)
planejamento em psicoterapia de Orientação psicanalítica: um ou muitos
planejamentos?
Apesar da sua reconhecida importância o tema do planejamento em psicoterapia não tem o devido destaque. Planejamento deve ser entendido como
um procedimento que precede o inicio da psicoterapia, sendo indispensável
ser delineado antes de fazer o contrato psicoterapêutico. No planejamento em
psicoterapia de orientação analítica é indispensável, o estabelecimento de um
diagnóstico psicodinâmico, de objetivos claros a serem alcançados, escolha
um foco e da melhor tática. Os progressos na compreensão da psicopatologia
e da técnica psicoterapêutica teve reflexo no planejamento das psicoterapias
com a percepção de que os quadros clínicos não tinham uma psicopatologia
única e purificada; foram identificados em cada paciente aspectos de déficit
e de conflito que precisavam ser abordados dentro do mesmo tratamento. Os
psicoterapeutas tanto podiam ser objetos do self como objetos reais e separados na vida dos pacientes. Ao lado das intervenções habituais com relevo
para a interpretação passou a ser valorizado o contexto empático no tratamento dos aspectos mais regressivos do todos os pacientes em especial aos
portadores de transtornos de déficit. O conceito de correntes psíquicas estudado e aprofundado por Maldavsky é utilizado para compreensão dos casos
sendo muito útil para o planejamento. Este deve ser apresentado através de
um diálogo interativo de modo que o paciente compreenda o que vai tratar,
como e aonde se pretende chegar. Destaca as vantagens para o paciente e
para o terapeuta quando o planejamento inicial é realizado.
MINI CuRRÍCuLO: Médico, psiquiatra e mestre formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre, professor e supervisor dos cursos de Psiquiatria e de
Psicoterapia da FUMM. Publicações em livros e revistas. Últimas publicações:
O ensino e os fundamentos do tratamento psicoterápico de orientação dinâmica: a experiência de 24 anos da Fundação Universitária Mário Martins Parte
I e II nas Revista Debates em Psiquiatria n. 2 Março/ abril ; n. 3 mai/jun ; Associação Brasileira de Psiquiatria, Rio de Janeiro,2011. Interrupção em Psicoterapia Psicodinâmica : Uma atualização Revista Debates em Psiquiatria, n.
3 Mai/jun 2013, Associação Brasileira de Psiquiatria, Rio de Janeiro, 2013.
:: As políticas públicas e o atendimento psicoterapêutico.
:: Las políticas públicas y la atención psicoterapéutica
MARIA ERMÍNIA CILIBERTI (Brasil)
:: terapia Dialógica: A perspectiva construcionista social e práticas
colaborativas.
:: terapia dialógica: a perspectiva construccionista social y las prácticas
colaborativas.
ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile)
FORMACIóN Y SupeRVISIóN DeL pSICOteRApeutA: pRáCtICAS
DIALóGICAS Y COLAbORAtIVAS
El desarrollo actual de la psicoterapia hace evidente y necesario, considerar
a la Supervisión Clínica como una especialidad en sí misma, que requiere formación y no sólo experiencia clínica, así como trabajo personal sobre las fortalezas y debilidades para el ejercicio de tal rol. En la formación del terapeuta
desde el modelo de terapia dialógica y colaborativa, el foco es el uso del lenguaje en la reflexión y el diálogo que favorezca la resignificación de los dilemas
que presenta el terapeuta en formación al relacionarse con el consultante
como también con el-supervisor. Se establece una relación simétrica y se focaliza en los recursos y habilidades personales del terapeuta para escuchar al
consultante en la narración de sus experiencias de vida, a través del uso de
preguntas que abren el diálogo y la reflexión que de sentido y nuevos significados a las interacciones personales. Se desarrolla una postura ética de honestidad, respeto, curiosidad y humildad, para fortalecer las competencias y
habilidades del supervisado, y aumentar la eficacia en su rol de terapeuta, favoreciendo la autoexploración de sus experiencias de vida. Es un trabajo de
indagación compartida y apreciativa..
pALAbRAS CLAVeS: Formación-supervisión terapeutas. Prácticas dialógicas- colaborativas
MINI CuRRICuLuM: Magister en Psicología Clínica. Pontificia Universidad Católica de Chile; Magister en Psicología © y Especialista en Terapia del comportamiento. U. Simón Bolivar; Especialista en psicoterapia y Supervisora
acreditada –CONAPC, FLAPSI y WCP; Directora Centro Construccionismo Social Anairova Terapia dialógica; Docente pre y postgrado en diferentes Universidades. Investigadora en área psicoterapia. Miembro Asamblea,
representante Programas Tutoriales y Comisión Internacional CONAPC, Sociedad Chilena de Psicología Clínica (SCPC), Society for Psychotherapy Research (SPR), TAOS Institute; Consejo Latinoamericano Taos –TILAC y . Red
de diálogos Productivos. Fundadora Asociación Chilena de Psicoterapeutas
(ACHIPSI). Secretaria Junta directiva Federación Latinoamericana de Psicoterapia (FLAPSI) Coordinadora Comisión Científica Internacional XI Congreso
Latinoamericano de Psicoterapia y II Congreso Brasilero de Psicoterapia
COORDeNADOR/COORDINADOR: JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil)
58 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Sala 307
314Mesa redonda
terapia dialógica y prácticas colaborativas. una
perspectiva Construccionista Sociales.
terapia dialógica e práticas colaborativas. Uma
perspectiva construcionista social.
estrategias y tácticas en el planificación en psicoterapia.
estratégias e táticas no planejamento de psicoterapia.
1.-Como marco teórico deseo plantear los conceptos básicos de la epistemología posmoderna que enmarca la terapia dialógica.
1.-Como referencial teórico desejo levantar os conceitos básicos da epistemologia pós-moderna que enquadra a terapia dialógica.
Ellos son Eles são
-
El conocimiento Conhecimento
La realidad Realidade
La importancia del uso del lenguaje. A importância do uso da linguagem
La posición y postura del terapeuta A posição e postura do terapeuta
___________________________________________
- 2.-El conocimiento está sustentado por los procesos sociales
- 2.- Conhecimento é sustentado por processos sociais
- Las comunidades científicas y sociales no sólo construyen el conocimiento sino que lo legitiman como algo verdadero
As comunidades científicas e sociais não só constroem o conhecimento,
mas legitimam como a única verdadeira
- Las formas de conocimiento que prevalecen dependerá del discurso dominante del momento
As formas de conhecimento que prevalecem, dependerá do discurso dominante do momento
Establecemos conceptos y categorías los cuales son producto de las relaciones e interacciones en el mundo y en la época en que vivimos
Estabelecemos conceitos e categorias que são o resultado das relações e
interações do mundo e do tempo em que vivemos
- El conocimiento es resultado de la acción colaborativa de personas en relación
O conhecimento é o resultado da ação colaborativa das pessoas em relação
- ____________________________________________
3.-La realidad Realidade
- Cuestiona la idea de una realidad observable, medible por una mente individual.
- Questiona a idéia de uma realidade observável, mensurável por uma
mente individual.
- La realidad no está fuera de nosotros y no la puedo conocer por la
razón…no es objetiva
A realidade não está fora de nós, e eu não posso conhecer pela razão ...
não é objetiva
- La realidad la construimos a través del lenguaje al relacionarnos y comunicarnos con otro. Es diversa, cambiante y transformadora, producto de la interacción
Construímos a realidade através da linguagem para se relacionar e se comunicar com o outro. É diversificada, mudando e transformando, produto da
interação
- Lo que consideramos “la realidad” y “la verdad” es co- construida en una
época determinada (período histórico) y en una cultura definida
- O que nós consideramos "realidade" e "verdade" é co-construída em um
determinado momento (período histórico) e em uma cultura definida
_____________________________________________
4.-Uso del lenguaje Uso de linguagem
- Construimos esa realidad, nuestro mundo, a través del lenguaje. Asi se
genera el significado entre los participantes, construyendo la historia del “yo”,
la del “otro” y del mundo en que vivimos
Nós construímos esta realidade, o nosso mundo, através da linguagem.
Assim, o significado é gerado entre os participantes, construindo a história
de "eu", o "outro" e o mundo em que vivemos
- La realidad, la vida es construida por cada quien que la vive como propia.
en los diferentes contextos que se habitan. Es resultado de la acción colaborativa de personas en relación
A realidade, a vida é construída por todos os que vivem como seus próprios
em diferentes contextos em que habitam. É o resultado da ação colaborativa
de pessoas em relação
- Los procesos sociales, comunicacionales, conversacionales modifican la
comprensión de los fenómenos.
Os processos sociais, comunicacionais, de conversação modificam a compreensão dos fenômenos.
- Todo fluye… todo cambia… todo se transforma… nosotros nos transformamos en el diálogo.
Tudo flui ... tudo muda ... tudo se transforma ... nós nos transformamos no
diálogo.
_________________________________________________
5.-Proceso terapéutico Processo terapêutico
En el proceso terapéutico dialógico se privilegia la conversación y la reconstrucción de significados que den nuevos sentido a los participantes
No processo terapêutico dialógico se privilegia a conversação e a reconstrução de significados que dão novos sentidos aos participantes.
¿Qué sucede durante la terapia?
O que acontece durante a terapia?
Cuando trabajamos desde las prácticas colaborativas y dialógicas
Quando trabalhamos a partir de práticas colaborativas e dialógicas?
El dilema narrado por el cliente es un tema a tratar en el discurso, en su
narrativa.
O problema narrado pelo cliente é uma questão a ser abordada no discurso,
em sua narrativa.
Escuchamos el motivo que lo perturba, lo preocupa, lo alarma…lo que el
cliente define y describe a través de su lenguaje
Escutamos o motivo que o perturba, o preocupa, o aflige... o que o cliente
define e descreve através da linguagem
• El o la cliente desea cambiar ‘algo’ en la interacción con otro y han fracasado aunque lo han intentado innumerables veces.
• O cliente quer mudar "algo" na interação com o outro e podem ter falhado,
ainda que tentaram inúmeras vezes.
______________________________________________
• 6.- “… hay un informe de la psiquiatra y hay otro de la psicóloga del colegio…que mi hijo presenta déficit atencional…yo la verdad no se, lo único
que en realidad busco es tratar de ayudarlo ,,, independiente de los problemas
que uno tenga... entonces hoy por hoy yo siento que él no está bien y no se
siente feliz la mayoría del tiempo… siento que está constantemente enojado ,
irritado … será por presentar deficit atencional o sera por nuestras relaciones
• "... há um relatório da psiquiatra e outro da psicóloga da escola ... que o
meu filho tem déficit de atenção ... Eu honestamente não sei, realmente a
única coisa que eu procuro é tentar ajuda-lo ,,, independente dos problemas
que ele tenha ...então, hoje eu sinto que ele não está bem e na maioria das
vezes não se sente feliz, sinto que ele está constantemente com raiva, irritado
... será apresentar déficit de atenção ou será por nossas relações
• _____________________________________
7.- Cada problema es específico de las interacciones comunicacionales de
la madre con su hijo y hay que estar atento a su uso del lenguaje --- como ella
transmite lo que vive en esa relacion .
Cada problema é específico das interações de comunicação de mãe com
seu filho e deve prestar atenção ao seu uso da linguagem. Como ela transmite
o que vive nessa relação
• Le da un significado, como que el hijo es poseedor de una identidad “es
un hijo difícil” . “tiene déficit atencional Esa identidad no le explica todo su
comportamiento el cual ha sido diagnosticado como poseedor de un déficit
atencional ´por el profesional que lo ha evaluado
• Dá um significado, como que o filho é possuidor de uma identidade "é
uma criança difícil." Tem déficit de atenção. Essa identidade não explica todo
o comportamento que foi diagnosticado como tendo deficit de atenção pelo
profissional que avaliou
__________________________________________
8.-¿Cómo es nuestro (qué)hacer en la terapia?
Como é nosso (o que) fazer na terapia?
Nos interesamos en escuchar atentamente al consultante
Estamos interessados em ouvir atentamente o consultor
• Quién está hablando Quem está falando
• Qué está diciendo O que você está dizendo
• Cómo lo está diciendo Como ele está dizendo
• A quién se lo está diciendo Para quem está dizendo
• Clarificamos las palabras que son usadas en su lenguaje Esclarecemos
as palavras que são usadas em sua linguagem
__________________________________________
9.• ¿Cómo es nuestro (que)hacer en la terapia? Como é que o nosso (que)
fazer na terapia?
• Nos preocupamos de ir adecuando nuestro lenguaje a su lenguaje cotidiano. Nós nos preocupamos em ir adequando nossa linguagem a sua linguagem cotidiana.
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 59
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
• Usamos las mismas palabras del cliente o algunas muy cercanas a ellas,
las cuales pueden y deben hacerle sentido al cliente.
Nós usamos as mesmas palavras do cliente ou algumas muito próximo a
elas, as quais podem e devem fazer sentido ao cliente.
• Promovemos el diálogo para que se discutan opiniones, creencias y valores. Pueden ser divergentes pero en la interacción y reflexión conjunta varían
.su significado.
• Promovemos o diálogo para que se discutam opiniões, crenças e valores.
Eles podem ser divergentes, mas a interação e reflexão conjunta variam seu
significado.
• No se desechan ni se abandonan los valores tradicionales que el consultante manifiesta y que pueden ser diferente a los nuestros. Se conversa y dialoga sobre ello
Não se descarta nem se abandonam os valores tradicionais que o consultor
manifesto e que podem ser diferente aos nossos. Conversa-se e dialoga-se
sobre isso.
• Ello Implica ampliar y complejizar el rango de valores, considerados en
el momento preciso que el cliente desea conversar
Isto implica expandir e complexificar a gama de valores considerados no
momento preciso que o cliente deseja conversar
__________________________________________
• 10.-¿Cómo es nuestro (que)hacer en la terapia?
Como é nosso (que) fazer na terapia?
• Nunca descartar los valores tradicionales que son transmitidos socialmente
Nunca descartar os valores tradicionais que são transmitidos socialmente.
• Cada cliente y cada terapeuta tiene un lenguaje construido y compartido
en la familia, pero también un lenguaje particular producto de su contexto relacional mas amplio
Cada cliente e cada terapeuta tem uma linguagem construída e compartilhada na família, mas também uma linguagem particular produto de seu contexto relacional mais amplo.
• Con ese lenguaje nos narramos a nosotros mismos y a los otros, originando las historias que contamos a través del tiempo y la visión personal del
problema, su problema.
Com essa linguagem nós narramos a nós mesmos e aos outros, originando
as histórias que contamos através do tempo e a visão pessoal do problema,
seu problema.
• Las historias, son formas de ordenar los acontecimientos y no son una
realidad en sí misma
As histórias são maneiras de classificar eventos e não são uma realidade
em si
• Son construcciones reflexivas de la realidad, que se van modificando en
las nuevas interacciones
São construções reflexivas da realidade, que vão se modificando nas novas
interações
• Incluirán las ideas, opiniones, explicaciones y significados que cada uno
da a la situación o historia dialogada.
Incluirão idéias, opiniões, explicações e significados que cada um dá a situação ou história dialogada
_______________________________________________
11.-Postura y posición del terapeuta
Postura e posição do terapeuta
Nos focalizamos en reflexionar y dialogar sobre sus experiencias cotidianas
Podemos concentrar-se na reflexão e diálogo sobre suas experiências cotidianas
T: oye Gabriela qué ha pasado desde la última vez que conversamos?
T: Gabriela, o que aconteceu desde a última vez que conversamos?
C: buuu…hartos cambios
C: buuu ... mudanças
T: y me podrías contar algunos de esos cambios?
T: e você poderia me dizer algumas dessas mudanças?
C: uuuhmm… bueno mi mamá ya no sube a la pieza a regañarme por el
desorden… y además he estado subiendo todas mis notas…
C: uuuhmm ... bem minha mãe já não sobe até o quarto para repreender a
bagunça ... e também aumentado todas as minhas notas...
T: a que atribuyes ese cambio de tu mamá que no sube a regañarte?
T: a que você atribui essa mudança de sua mãe não subir para te repreender?
C: quizás porque se ve contenta…he subido mis notas
C: talvez porque está feliz ... pelas minhas notas
T: ah!! Mira ese es una novedad… me dices que mamá ha hecho cambios
de no revisar tu pieza y al mismo tiempo tu has hecho cambios al subir tus
notas ¿ y crees que el subir tus notas en el colegio ha influido en el compor-
tamiento de tu mamá? de no subir a tu pieza a regañarte porque la pieza está
ordenada o porque está contenta porque subiste las notas?.
T: ah !! Olha isto é uma novidade ... você me diz que a mamãe mudou de
não olhar seu quarto e, ao mesmo tempo que você melhorou as notas. Você
acredita que melhorar suas notas no colégio influenciou o comportamento de
sua mãe? De não subir ate o quarto para repreender porque a peça está ordenada ou porque está feliz, porque você melhorou as notas?.
C: Yo creo que si porque está contenta con mis resultados en el colegio …
tengo notas que me salvan…
C: Eu acho que sim, porque você está feliz com os meus resultados na escola ... Tenho boas notas e elas me salvam ...
____________________________________________
12.- ¿INDAGAMOS SOBRES SUS SIGNIFICADOS?
Perguntamos sobre seus significados?
• Debemos estar atentos al hecho que no entendemos todo lo que la otra
persona nos dice con su uso de lenguaje
Devemos estar atentos ao fato de que nós não entendemos tudo o que a
outra pessoa nos diz com seu uso da linguagem
• “T: explícame más cómo es eso, de qué manera ¿las notas te salvan?
"T: me explica melhor como é que isso, de que maneira as notas te salvam?
• C: Que puedo pasar al otro curso
C: Posso passar para outro curso
• No podemos captar plenamente las ideas que otro expresa con sus palabras
Nós não podemos captar plenamente as idéias que o outro expressa com
suas palavras
• T: eso significaría que te estás preocupando de tus estudios?
T: isso significaria que você está se preocupando com seus estudos?
• C: Si mi mamá también me dijo…que bueno que ahora te veo estudiar
C: Sim, a minha mãe também me disse ... que bom que agora eu te vejo
estudar
____________________________________________
13.- Preguntamos al cliente para clarificar si hemos entendido lo que nos
quiso decir
Nós perguntamos ao cliente para esclarecer se compreendemos o que queria nos dizer
• Sometemos a verificación nuestra comprensión de lo que otro dice y aún
lo que nosotros decimos permitiendo la fluidez en el lenguaje.
Nós nos submetemos a verificaão de nossa compreensão do que outro diz
e ainda o que dizemos permitindo fluência na linguagem.
T: ¿ y que crees que te ha ayudado a tu cambio el que tu estés estudiando?
T: E você acha que te ajudou a sua mudança no que você está estudando?
C: ando con mas ganas de hacerlo quizás porque no peleo con ella
C: Eu ando com mais vontade de faze-lo porque não brigo com ela
____________________________________________
14- ¿Cómo favorecemos el diálogo?
Como podemos favorecer o diálogo?
Utilizamos preguntas Usamos perguntas
• A veces y quizás muchas veces preguntamos una y otra vez … son preguntas en forma secuencial.
Às vezes, e talvez muitas vezes perguntamos de novo e de novo ... são perguntas em forma sequencial.
• En la medida que nos complementamos en el discurso nos va ‘asaltando’
la curiosidad por lo nuevo por construir
À medida em que nos complementamos no discurso, vai aumentando a curiosidade pelo novo a construir
• Eso nos permitirá no sólo clarificarnos a nosotros mismos sino también
clarificarse al propio consultante
Isto irá permitir-nos não só esclarecer nós mesmos, mas também clarificar-se ao próprio consultante.
• Otras veces las menos utilizamos aseveraciones, asentimientos, negaciones …. aún a veces guardamos silencio
Às vezes, as menos que usamos afirmações, acenos, negações .... às vezes
ainda ficamos em silêncio
_________________________________________________
15- ¿Qué hacemos ante la dificultad de compresión u opiniones muy diversas?
O que vamos fazer com a dificuldade de compressão ou opiniões muito diferentes?
• Cuando nos damos cuenta que no comprendemos el significado de lo que
nos expresan y … estamos confundimos expresamos nuestra propia confusión
Quando percebemos que não compreendemos o significado do que nos
dizem ... e estamos confusos, nós expressamos a nossa própria confusão
• La relación que se establece con esta mirada es de profundo respeto a la
visión personal y aceptación de la existencia de multiples alternativas ante una
60 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
misma situación.
A relação estabelecida com esta visão é de profundo respeito pela visão
pessoal e aceitação da existência de várias alternativas para a mesma situação.
• Son las diversas ideas y opiniones de las diferentes personas que participan en el diálogo conversacional las que construirán otros posibles caminos
de solución ante un problema.
São as várias idéias e opiniões das diferentes pessoas que participam no
diálogo de conversação que vão construir as outras formas possíveis de solução para um problema.
___________________________________________
16.- ¿Cómo es la conversacion con varios miembros de una familia?
Como é a conversa com vários membros de uma família?
• Veamos lo que sucede en este diálogo cuando se conversa con varias personas de una familia
• Vamos ver o que acontece neste diálogo quando se conversa com várias
pessoas de uma família
• T: Aquí esta presente su hija…ella nos puede dar su opinion..le parece?
No se trata de juzgar a nadie sino conversar y reflexionar acerca de las diferentes visiones?
T: Aqui está presente a sua filha ... ela pode nos dar o sua opinião...o que
acha? Isto não é para julgar ninguém, mas falar e pensar sobre os diferentes
pontos de vista?
• Diálogo de una hija sobre su madre
Diálogo de uma filha sobre sua mãe
• C2: Si en realidad cuando la escucho aquí… porque en la casa ni la escucho ya que anda siempre peleando con todos… quizas tiene demasiadas
cosas que hacer… los demas estamos todo el dia afuera… ella lava… cocina… ordena… limpia y ademas tiene que cuidar a mi hija … que es como
ella dice super inquieta… quizas debieramos entre todos aliviarla un poco …
y yo hacerme cargo de la niña y no desautorizarla cuando ella la corrige…
ademas ninguna de las dos debemos pegarle y gritarle… mas inquieta y rebelde se pone ”
C2: Se de fato quando ouço aqui ... porque em casa e eu ouço e que está
sempre brigando com todo mundo ... talvez tem muito o que fazer ... os outros
estão o dia todo fora ... ela lava ... cozinha ... arruma ... limpa, também tem
que cuidar da minha filha ... que é como ela diz Super inquieta ... Talvez devêssemos entre todos aliviar um pouco ... e eu cuidar da criança e não desaprová-la quando ela corrige ... além de que nenhuma das duas deve bater e
gritar ... mais inquieta e rebelde ela fica"
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17.-Logros de esta perspectiva dialógica y colaborativa
Realizações desta perspectiva dialógica e colaborativa
Esta perspectiva, mirada, postura del terapeuta permitirá
Esta perspectiva, olhar, postura do terapeuta irá permitir
• Facilitar la conversación
Facilitar a conversa
• Establecer una relación terapéutica más cercana
• Estabelecer uma relação terapêutica mais perto
• Conocerse , comprenderse pero a su vez reconocer los valores y creencias de quienes participan,
Conhecer-se, compreender-se, mas, por sua vez reconhecer os valores e
crenças das pessoas envolvidas,
• Co-construir nuevos significados personales y relacionales. entre y en el
cliente y el terapeuta
Co-construir novos significados pessoais e relacionais entre o cliente e o
terapeuta
____________________________________________
18.-La terapia dialógica, centrada en el lenguaje facilita la narración en la
cual se ha integrado ese problema.
Terapia Dialógica, com foco na linguagem facilita a narrativa na qual foi integrado esse problema.
• El motivo de perturbación… será motivo de diálogo y de disolución del
problema.
A razão para perturbação ... será motivo para o diálogo e a dissolução do
problema.
• El lenguaje utilizado en estas nuevas interacciones durante la terapia generará nuevas conversaciones y nuevos usos de lenguaje, pero a su vez generará una transformación en las personas que participan en esa relación.
A linguagem usada nestas novas interações durante a terapia gerará novas
conversas e novos usos da linguagem, mas por sua vez, gerará uma transformação nas pessoas envolvidas nessa relação.
• “Fluye la conversación, la utilización y la interpretación de las palabras,
y sólo en su transcurso éstas tienen significados”
“Flui a conversação, a utilização e a interpretação das palavras, e somente
durante estas tem significados
19 Las construcciones lingüísticas de las relaciones … ellas crean su significado
As construções lingüísticas das relações criam o seu significado
T: Ud me dice que ahora no se llevan bien… que cree que pasó en su relación?
T: Você me diz agora que não estão bem ... o que acha que aconteceu no
seu relacionamento?
C: “ no puedo entender… no nos llevábamos bien … hace tiempo que yo
andaba enojona … casi no hablábamos … el llegaba … se ponía a leer el diario o a ver televisión … pero por el bien de los niños yo no decía nada … yo
no lo quiero … pero … después que él me dijo - hace tres días atrás… ‘quiero
separarme …yo ya no te quiero’ … no he parado de llorar … no sé qué pensar
ni qué hacer … ¿cómo se lo digo a los niños? … el me quiere abandonar …
si antes era yo que queria que se fuera ..y ahora que me dice que no me quiere
…como que todo cambió”
C: "Eu não consigo entender ... não estávamos bem há algum tempo ... Faz
um tempo que eu estava com raiva ... quase não falávamos... ele chegava....
lia o jornal ou ia ver televisão...... mas pelo bem das crianças eu não dizia
nada.... eu não o quero mais .... mas ....depois ele me disse – faz três dias
atrás...... quero me separar.... eu já não te quero..... não paro de chorar.....
não sei o que pensar nem o que fazer... como que eu digo as crianças? Ele
quer me abandonar... antes era eu que queria que ele fosse embora.... e agora
me dizque não me quer....... como que tudo mudou
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20.-La importancia del uso del lenguaje en la terapia
A importância do uso da linguagem em terapia
En las conversaciones entre los diferentes participantes de la terapia se lograrán nuevos … nuevos significados … sólo y cuando exista complementariedad en el diálogo.
Nas conversas entre os diferentes participantes da nova terapia vão conseguir novos significados ... ... apenas quando há complementaridade no diálogo.
Las palabras no tienen un significado en sí mismas, adquieren su significación a través de los sentidos con que se usan en las pautas de intercambio
conversacional
As palavras não têm um significado em si mesmas, adquirem o seu significado através dos sentidos usados nos padrões de troca de conversação
“Yo quería que se fuera …pero es él quien me dice que quiere separarse y
que no me quiere…cómo no me di cuenta que el queria irse antes que yo se
lo dijera? …esto no tiene sentido para mi “
"Eu queria que ele fosse embora ... mas é ele quem me diz que quer separar-se e que não me quer ... como eu não me dei conta de que ele queria ir
antes que eu lhe dissesse? ... Isso não faz sentido para mim
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21.- La importancia de las construcciones lingüísticas y de significados de
las relaciones
A importância das construções linguísticas e de significados das relações
Te amo …
Eu amo você ...
Yo también te amo …
Eu também te amo ...
Te amo …
Eu amo você ...
Yo no te amo… yo ya dejé de amarte
Eu não te amo ... Eu já deixei de te amar
Las declaraciones crean una relación totalmente diferente, se pone de manifiesto una nueva realidad.
As demonstrações criam uma relação totalmente diferente, revela uma nova
realidade.
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22.- La importancia de las construcciones lingüísticas de las relaciones
A importância das construções linguísticas das relações
T: Ud dice que está enojona… aparte que se siente asi con su esposo… se
siente asi con alguien mas en su familia?
T: Você diz que está com raiva... distante de modo que seu marido se sente
... ele se sente assim com alguém na sua família?
C:“ si, con mi nieta, pero paso yo sola con ella… es terrible… inquieta…
tiene rabietas… lanza cosas … da portazos … yo no le pego … sólo la mechoneo… tiene sólo seis años… la mamá trabaja todo el día y cuando ella
está en casa y la niña se porta mal ella la grita y la castiga muy fuerte … la
golpea … yo no estoy de acuerdo … y me enojo con ella
C: "Sim, com minha neta, mas só passou com ela ... é terrível ... inquieta
... ... faz birras atira coisas ... bate portas.... Eu não bato nela ... só mechoneo
... tem apenas seis anos ... mãe trabalha o dia todo e quando ela está em casa
e a criança se comporta mal ela grita e a castiga muito forte ... golpeia ... eu
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 61
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
não estou de acordo ... e fico bravo com ela
y me tengo que meter… otras veces yo la tengo castigada y se mete mi
otra hija y le quita el castigo… creo que ando enojada con todos en la casa…
pero nadie me comprende …. y ahora el se quiere ir de la casa
eu tenho que me meter..... outras vezes eu castigo e ela se mete com a
minha outra filha e a tira do castigo Eu acho que estou com raiva de todos na
casa ... mas ninguém me entende .... e agora ela quer ir-se de casa
Seré yo la que soy difícil en la casa y hago que todos peleen”
Será que sou eu a difícil na casa e faço com que todos briguem "
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23..- ¿Qué acciones comunicacionales se observan en el proceso terapéutico?
Quais ações de comunicação são observadas no processo terapêutico?
• Consultante y terapeuta reflexionan y dialogan en conjunto, escuchando
al otro y a sí mismo. …pero a su vez traen otras voces a la sesión …las voces
de aquellos con quienes comparte
Cliente e Terapeuta refletem e conversam juntos, ouvindo o outro e a si
mesmo. ... Mas, por sua vez trazem outras vozes para a sessão ... as vozes
daqueles com quem compartilham
• “…el diálogo es una conversación dinámica y creativa con espacio para
todas las voces, con cada persona incondicionalmente presente y con un amplio sentido de pertenencia (Anderson)
"... o diálogo é uma conversa dinâmica e criativa com espaço para todas as
vozes, com cada pessoa incondicionalmente presente e com um amplo sentido de pertencimento (Anderson)
• El consultante expresa sus ideas, necesidades, deseos, sentimientos, prejuicios diferenciando los diversos contextos de interacción.
O cliente expressa suas idéias, necessidades, desejos, sentimentos, preconceitos distinguindo os diversos contextos de interação.
• Durante el diálogo y la reflexión conjunta cambia el uso del lenguaje, la
narración y los significados personales, los significados respecto a los otros
y la relación, lo que lleva después y habitualmente a un cambio en la acción.
Durante o diálogo e reflexão conjunta muda o uso da linguagem, a narrativa
e significados pessoais, os significados a respeito dos outros e a relação e
geralmente depois leva a uma mudança na ação.
____________________________________________
24.-¿Cuál es la postura del terapeuta centrado en el uso del lenguaje y en
el diálogo?
Qual é a posição do terapeuta centrado no uso da linguagem e diálogo?
• El terapeuta es experto en el preguntar, lo que les permite reflexionar e
indagar en forma conjunta y colaborativa acerca de las experiencias del consultante.
• O terapeuta é hábil em perguntar, o que lhes permite refletir e investigar
de forma conjunta e colaborativamente sobre as experiências do cliente
• El consultante es experto en su dilema, en su experiencia.
O consultor é um especialista em seu dilema, em sua experiência.
• Ambos son actores participante en el escenario terapéutico.
Ambos são atores que participam do ambiente terapêutico.
• La responsabilidad en el desarrollo del proceso terapéutico es compartida.
A responsabilidade pelo desenvolvimento do processo terapêutico é compartilhada.
• Es una postura ética, de profundo respeto, humildad, transparencia y honestidad entre ambos.
É uma postura ética, de profundo respeito, humildade, transparência e honestidade entre eles.
____________________________________________
• 25.- ¿Qué acciones comunicacionales se observan en el proceso terapéutico?
• Quais ações de comunicação são observadas no processo terapêutico?
• Las preguntas nos permiten obtener información y clarificar o verificar
información.
As perguntas permitem-nos para obter informações e esclarecer ou verificar as informações.
• Hemos utilizado diferentes intenciones comunicacionales para lograr sintonía en el diálogo, poder ofrecer nuevas alternativas de visión, comprensión
y de resignificación, tanto de lo dicho como lo aún no verbalizado.
Usamos diferentes intenções de comunicação para alcançar a harmonia no
diálogo, para oferecer novas alternativas de visão, compreensão e de ressignificação tanto do que é dito como ainda não verbalizado
• Hemos utilizado diferentes técnicas como medio de incentivar no sólo el
diálogo sino aumentar la reflexión en el consultante.
Foram utilizadas técnicas diferentes como meio para estimular não só diálogo mas aumentar a reflexão no cliente.
• _________
26.- ¿Cuál es la postura del terapeuta centrado en el uso del lenguaje?
Qual é a postura do terapeuta centrado no uso da linguagem
Se focaliza en el proceso relacional más que en el contenido.
Ele se concentra no processo relacional mais do que do conteúdo.
No juzga ni se enmarca en el deber ser o patrón de normalidad.
• Não julga nem se é parte do padrão de normalidade.
Acepta la incertidumbre, la duda, la confusión en el otro y en sí mismo.
Aceita a incerteza, dúvida, confusão no outro e em si mesmo
El terapeuta y el supervisor desarrolla la creatividad y la curiosidad para
que en una actividad conjunta y colaborativa se desarrolle la reflexión y el diálogo, escuchando las diferentes voces de cada uno y de aquellas que constituyen sus experiencias y sus historias que le hacen y dan sentido a su vida
O terapeuta e supervisor desenvolvem a criatividade e curiosidade para que
em uma atividade conjunta e colaborativa se desenvolva a reflexão e o diálogo,
escutando as diferentes vozes de cada um e daqueles que constituem suas
experiências e suas histórias que fazem você e dão sentido à sua vida.
13h30 - 15h30
Sala 308
324Mesa redonda
Formação e prática em psicoterapia.
La formación y práctica en psicoterapia.
:: Formação em psicoterapia breve voltada ao atendimento em diferentes
contextos e a diferentes grupos de pacientes nas modalidades breve e
em grupo.
:: Formación en psicoterapia breve enfocada en la atención en diferentes
contextos y para diferentes grupos de pacientes. modalidades breves y
grupales.
GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)
AutORA: Glaucia Mitsuko A. da Rocha – Pós-doutoranda no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Instituição: Instituto de Psicologia – Universidade de São Paulo
A formação do psicoterapeuta necessita fazer o trânsito entre a teoria e seus
modelos de homem e conflito e a realidade, especialmente a nossa, carente
de recursos e com alta demanda por atendimento psicológico. O atendimento
de pacientes na rede pública e em clínicas particulares que atendem por convênio têm desafiado a nossa capacidade de oferecer psicoterapia com compromisso ético e técnico. Assim sendo, o objetivo geral desta proposta é
apresentar nossa experiência com a formação em psicoterapias breves de
orientação psicanalítica. Esta modalidade de atendimento permite esse trânsito entre teoria e prática de maneira satisfatória pois possibilita: 1) a articulação das teorias do desenvolvimento na compreensão e etiologia das
psicopatologias com a prática; 2) uma visão clara do processo psicoterapêutico completo (começo, meio e fim); 3) articulação entre a teoria e a técnica;
4) visão dos limites e potencial da psicoterapia em função do contexto em
que é oferecida, das condições do paciente/cliente e das condições do psicoterapeuta. Assim sendo, as diversas modalidades de psicoterapia breve
podem ser aplicadas flexivelmente em diferentes contextos e a fim de atender
a diferentes demandas; logo, 5) mantêm a qualidade técnica do atendimento
e garantem a prática dentro dos limites éticos necessários.
pALAVRAS-ChAVe: Psicoterapia Focal; Psicoterapia de Tempo Limitado; Psicoterapia psicanalítica.
MINI- CuRRICuLuM: Pós-doutoranda no Departamento de Psicologia Clínica da
Universidade de São Paulo, Doutora em Psicologia e Mestre em Psicologia
Clínica pela PUC Campinas. Membro da Society for Psychotherapy Research
e Society for Exploration on Psychotherapy Integration. Foi responsável pelos
Estágios Supervisionados do Curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie assim como supervisora em Psicoterapia Breve de Adulto e
professora da disciplina de Psicoterapia Breve.
:: processos grupais de orientação psicanalítica.
:: procesos grupales de orientación psicoanalítica.
WALDEMAR FERNANDES (Brasil)
:: A especialização em psicoterapia Cognitivo comportamental da
universidade San pedro.
:: La especialización en psicoterapia Cognitivo comportamental en la
Universidad san pedro.
LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru)
COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)
62 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
13h30 - 15h30
Sala 309
Lidando com o psíquico na prematuridade: Relato de uma experiência no
Ambulatório de prematuros da uNIFeSp-epM
Casseb R, Afrange E
334Mesa redonda
O psicodiagnóstico na prática clínica.
el psicodiagnóstico en la práctica clínica
:: psicodiagnóstico interventivo e a clínica winnicottiana.
:: intervención psicodiagnóstica en la clínica winnicottiana.
MARIA DE BETÂNIA PAES NORGREN (Brasil)
:: psicodiagnóstico na prática clínica com crianças e adolescentes.
:: psicodiagnóstico en la práctica clínica con niños y adolescentes.
AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil)
:: Diagnóstico multidimensional em psicoterapia. Fundamentos desde
Neurociências a psiconeuroinmunoendocrinología. (pNIe).
:: diagnóstico multidimensional en psicoterapia. Fundamentos desde las
neurociencias y la psiconeuroinmunoendocrinología. (pnie).
MARGARITA DUBOURDIEU (Uruguai)
Las Neurociencias y la Psiconeruoinmunoendocrinología han demostrado
la intermodulaciòn de los distintos sistemas y dimensiones que constituyen
al ser humano. Será necesario al realizar una evaluación diagnóstica y abordaje terapeútico el considerar distintos factores que desde las dimensiones
biológica, cognitiva, psicoemocional vincular, socioecológica y espiritual puedan estar contribuyendo en el malestar presente en el motivo de consulta.
La neuro y PNIE plasticidad otorgan sustento a la psicoterapia siendo necesaria la evaluación multidimensional a fin de potenciar una mayor eficácia
terapêutica aL considerar: la convergencia de la historia , la actualidad y expectativas futuras , los vínculos: cuerpo –mente- entorno, afectos , cogniciones , personalidad y regulaciòn emocional, y factores socioecológicos y
espirituales .
pALAbRAS CLAVeS: Evaluaciòn diagnóstica, Multidimensionalidad . Convergência
temporal Consiliencia. Psicoterapia. Neuro y Pnie plasticidade
CuRRICuLuM AutORA: Miembro Fundadora de Fupsi y Honorífico Asociación Latinoamericana Psicoterapias Integrativas . Miembro SEPI. Member International Society of PNIE
Presidente Honorífico Federación latinoamericana y Uruguaya PNIE y Psicoterapia Integrativa. Coordinadora Postgrado Salud Universidad Católica y
Área Psicoterapia Integrativa Hospital Universitario y Hospital de Niños Uruguay. Docente Universidades exterior. Libro Psicoterapia Integrativa PNIE y
otras publicaciones
COORDeNADOR/COORDINADOR: LUCIO BALAREZO (Equador)
13h30 - 15h30
Sala 310
344Mesa redonda
O atendimento terapêutico em diferentes tipos de Instituições.
La atención terapéutica en diferentes tipos de institución.
:: O atendimento terapêutico em hospitais.
:: La atención terapéutica en hospitales
MATHILDE NEDER (Brasil)
:: A psicoterapia na atenção primária.
:: La psicoterapia en la atención primaria.
ALEJANDRA PÉREZ (Argentina)
:: O atendimento terapêutico no Ambulatório de
prematuros da uNIFeSp-epM.
:: La atención terapéutica en el ambulatorio de prematuros de UniFespepm.
EMILIA AFRANGE (Brasil)
COORDeNADORA/COORDINADORA: ALEJANDRA PÉREZ (Argentina)
ReSuMO -
Este trabalho apresenta uma experiência realizada no Ambulatório de Prematuros do Departamento de Pediatria da UNIFESP-EPM. Discutiremos algumas vicissitudes que ocorrem na relação da mãe com seu filho prematuro.
Nosso trabalho visa facilitar a construção de uma mente capaz de dar conta
dos processos de elaboração das frustrações e assim poder modificar o Ego
que se organiza sobre defesas projetivas. Estas aquisições no plano de funções do Ego podem trazer a mãe uma melhor concepção da situação adversa,
ela pode inclusive vir a perceber que o bebê é um vencedor, mais do que apenas um sobrevivente.
Constituindo um lugar psíquico que componha o mal estar da mãe e as necessidades neonatais do prematuro.
A fim de ilustrar as colocações teóricas, descreveremos um fragmento de
atendimento.
Lidando com o psíquico na prematuridade: Relato de uma experiência no
Ambulatório de prematuros da uNIFeSp-epM
Casseb R, Afrange E
“De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que é preciso continuar, e a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar. Portanto, devemos fazer da interrupção um
caminho novo, da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho
uma ponte, da procura um encontro.”
Fernando Pessoa
Trata-se de uma experiência de trabalho realizado no Ambulatório de Prematuros do Departamento de Pediatria da UNIFESP-EPM. Este trabalho focaliza algumas vicissitudes que ocorrem especificamente na relação mãe-filho
prematuro.
O tipo de intervenção que desenvolvemos apoia-se no atendimento em
grupo. Inicialmente juntamos as crianças de zero a três anos com suas mães
e cuidadores. Depois que as crianças completam quatro anos é que se forma
o grupo de mães separado das crianças.
No grupo de mães e cuidadores a proposta é oferecer um campo que possibilite a construção de um espaço para troca de experiências relativas às angústias específicas desta condição. Cria-se a oportunidade das mães e
cuidadores buscarem respostas e instrumentação, muitas vezes atenuando
culpas e estados acusatórios.
Com as crianças, o trabalho está ancorado nas técnicas lúdicas, associado
ao brincar em grupo. Perspectiva interessante para buscar desenvolver sociabilização e melhor manejo com as potenciais sequelas oriundas da prematuridade.
Na técnica lúdica oferece-se às crianças a “Caixa Lúdica” com materiais
que são utilizados como ferramentas para expressar seus conflitos e anseios
que em geral são comunicados como traumáticos. Frequentemente essas experiências não contém linguagem verbal, sendo desta forma pouco acessível
para o entendimento das mães e cuidadores. A composição desta “Caixa Lúdica” varia conforme a idade da criança e pode conter materiais diversos como
bonecos, animais, carros, material gráfico, massa de modelar, tesoura, cola,
jogos de encaixe e sucata em geral.
Não há dúvida que a melhor instrumentação do Ego é fundamental para
estas pessoas que sofrem com precariedades humanas originadas pela precocidade. Ao desenvolver o aparelho para vir a utilizar os pensamentos e
assim criar uma tendência para a reflexão. Observamos que é possível criar
um espaço mental onde antes predominava a confusão. Trabalhar o mundo
afetivo ajuda a conter as emoções e a processar a ansiedade, a angustia e a
aflição que são tão presentes nas vidas dessas pessoas.
Inquestionavelmente a chegada de um filho é um momento de imensas demandas biológicas, psíquicas e sociais. Constituir um lugar psíquico para a
experiência desta realização implica em revisar a si mesmo como genitor, gerador da nova situação. Darwin chamou de “Instinto de Preservação da Espécie” e Freud assinalou que a transmissão dos genes para outras gerações,
é a única experiência possível de imortalidade que o homem pode realizar.
Tendo este plano de importância simbólica podemos inferir que qualquer alteração no andamento deste processo atinge profundamente “o grande projeto humano de preservação e imortalidade”. Vista por este ângulo a
prematuridade frequentemente é um fator complicador deste processo.
Entendemos que a Intervenção Psicoterápica começa com pequenas atitudes daqueles que se propõem a atender esta complexa situação humana. A
equipe precisa estar coesa, e no que tange as ações, o posicionamento ideológico da equipe precisa ser constantemente revisto. Um fator importante que
nos auxilia a posicionarmo-nos é buscar atitudes que funcionem como agen-
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 63
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
tes facilitadores, como produtores de uma peça que proporciona o cenário, e
assim os pacientes trazendo seus relatos acabam por adquirir alguma ajuda.
Em geral lidamos com solicitações relacionadas à subjetividade não verbalizada da dupla mãe-filho, ou seja, suas fantasias pouco conscientes. O mundo
objetivo, pragmático dos cuidados médicos não é nosso foco, da mesma
forma que atender a pedidos de amparos sociais.
As mães diante de seus bebês que nasceram prematuros podem experimentar sensações de culpa, fracasso e incompetência que dificultam o processo de Vínculação Primária . Aspectos das diferenciações entre o psico e o
soma tornam a sobrevivência uma tarefa muito mais árdua quando este Vínculo Primário se constitui com reservas.
Brazelton (1994), afirma que “o nascimento de uma criança prematura é um
choque”. A gravidez é cessada bruscamente e toda a preparação para o parto e
para a chegada do novo bebê é interrompida. Não há tempo para ocorrer as
transformações necessárias das representações maternas para o bebê. Essas
primeiras relações são essenciais para proteger o bebê e a mãe de possíveis conflitos intersubjetivos que se processam com ou sem percepção dos cuidados.
Outro aspecto importante que notamos ao acompanhar essas duplas diz
respeito aos processos depressivos que acompanham as experiências de separação. A separação é por si só um processo complexo que frequentemente
deixa significativas marcas.
Considerando a prematuridade, observamos muitas vezes registros confusionais de uma experiência de quase morte, a vivência de uma tênue linha
entre vida e morte. Todo o curso de desenvolvimento da relação materno-filial
pode vir a ter este marcante emblema.
Como é a atitude (intuitiva) da mãe? Como ela dirige o desenvolvimento
somato-psíquico do bebê? Como ela lida com a intensidade dos fatos que
aterrizaram em seu despreparado aeroporto psíquico?
Muitas mães de bebês prematuros tendem a viver a maternidade de forma
culpada e ambivalente. Frequentemente tentam compensar suas culpas com
reparações maníacas, se entregando não ao bebê, mas a seu próprio psiquismo machucado. Estas iniciativas geram uma espécie de calmante de curta
duração. O resultado desse remédio precário é o incremento da ansiedade e
culpa com intensificação do desejo por mais reparação, gerando um ciclo vicioso altamente prejudicial para o desenvolvimento tanto da maternidade
como do próprio bebê. Uma das manifestações desta repetição pode ser vista
através de uma espécie de “rejeição” de ter que assumir cuidados extras que
ela nada fez para merecer. Seu mal estar, pode aparentemente ser dirigido ao
bebê ou a equipe que cuida do prematuro. De qualquer forma está relacionado
à situação de dor e punição. Nosso trabalho visa facilitar a construção de uma
mente capaz de dar conta dos processos de elaboração das frustrações e
assim poder modificar o Ego que se organiza sobre defesas projetivas.
Quando conseguimos constituir um lugar psíquico que componha o mal estar
da mãe e as necessidades neonatais do prematuro, o desenvolvimento do
bebê se assemelha ao de um bebê a têrmo. Estas aquisições no plano de funções do Ego podem trazer a mãe uma melhor concepção da situação adversa,
ela pode inclusive vir a perceber que o bebê é um vencedor, mais que apenas
um sobrevivente.
Mazet e Stoleru (1990) observaram a mesma perspectiva que estamos discutindo, ou seja, que o trabalho psicoprofilático nestas condições deve priorizar a elaboração das angústias, medos e ambivalência da mãe antes que
estas se organizem em estruturas psicopatológicas e ou que venham a criar
adversidades durante a estabilização da condição de prematuro.
Spitz (1988) publicou diversos artigos sobre a observação direta de crianças em instituições de saúde, considerava esta situação como uma espécie
de privação emocional, da mesma forma que se poderia proceder a lavagem
cerebral. Com o auxílio dos métodos da Psicologia Experimental, destacou o
papel vital da relação mãe-filho, descrevendo como a privação do contato materno poderia causar debilitação física e um enorme empobrecimento psíquico
dos bebês que chamou de hospitalismo.
Também trabalhando com a observação direta de bebês, Mahler (1982) descreveu como os problemas de crianças muito pequenas estavam enraizados
na relação com a mãe. Para ela, a principal tarefa no desenvolvimento humano
seria a aquisição de um equilíbrio entre a dependência materna e a necessidade
de maior autonomia, em um movimento de individuação da criança. Percebeu,
também, que a mãe poderia contribuir ativamente no tratamento, quando fornecia suas interpretações sobre o comportamento da criança.
Stern (1997) estudou alguns elementos sensoriais que transitam na díade
mãe-bebê. Observou que as trocas de olhar, de voz, de proximidade e de suas
características de ritmo, sincronia, contingência e não contingência criavam
um código de comunicação para a relação. Esta linha de pesquisa mostrou a
importância das atitudes receptivas precoces e, com isso, passou-se a estudar
os componentes interativos como elementos consistentes para lidarmos com
as demandas do desenvolvimento emocional. Sem dúvida, os prematuros requerem estudos em maiores detalhes.
Para a mãe, este nascimento prematuro pode confirmar suas fantasias de
castração, pois ela foi "forçada" a dar à luz a um bebê “não acabado”, “incompleto”, assim como sua experiência de maternidade, que desabrocha próximo
ao parto, ficou mutilada.
Como constituir atitude materna em tais condições de "violência e castração"? Instala-se um sentimento ambivalente diante do nascimento prematuro
que coloca em primeiro plano a sensação de que ela, mãe, é um ser perigoso
para seu bebê.
Como sentir-se mãe desse bebê que nasce fora de sua concepção? Considerando Winnicott, a separação precoce empresta para a mãe uma sensação
de não ser suficientemente boa para proteger seu bebê.
Diante desta situação as mães sentem-se desorganizadas e ansiosas sendo
incapazes de compreender o que está acontecendo e de responder adequadamente as solicitações mais complexas que estas condições exigem.
Deste quadro de prematuridade pode surgir sequelas emocionais, dificultando a relação da mãe com o bebê. Winnicott chamou de preocupação materna primária ao estado de empatia da mãe com seu bebê, tornando-se capaz
de colocar-se no lugar dele, possibilitando uma sintonia com as necessidades
básicas do recém-nascido.
A fim de ilustrar as colocações teóricas descrevemos abaixo algumas vinhetas de situações clínicas:
M, na época do atendimento contava com 5 anos de idade, nasceu prematura de 30 1/7 semanas com o diagnóstico de um teratoma sacrococcígeno
(TSC), que requereu cirurgia neonatal para correção. Houveram sequelas que
não puderam ser corrigidas com a cirurgia, acarretando perdas funcionais.
Não houve perda da função locomotora, porém apresentou perda do funcionamento do esfíncter anal e vesical.
Em nosso ambulatório os pediatras haviam solicitado à esta paciente um
Enema Opaco para avaliar novos procedimentos corretivos. Porém, M não
permitia a realização do exame. Houveram duas tentativas frustradas que evidentemente impossibilitaram qualquer planejamento cirúrgico. A família mostrava-se pouco esperançosa e quase nada colaboradora com a instituição. Sua
mãe alegava não poder trazê-la para as consultas em função do seu trabalho.
O pai (separado da mãe) alegava não ter tempo. A avó paterna que as vezes
acompanhava a menina, deixava claro que não queria se comprometer. Por
ter incontinência fecal, M tinha que usar fraldas o que acarretava problemas
extras. Por exemplo na escola, a professora se sentia constrangida por não
saber lidar com M, ela defecava e não pedia para se limpar, exalando odor de
fezes, causando inquietação no grupo.
O estado de mente de M não permite que ela se aproxime de suas dificuldades, o que pode explicar sua ausência de colaboração em qualquer assunto
que inclua suas limitações neonatais, que a distinguem negativamente de sentir-se comum.
Foi nesta condição que iniciamos um trabalho com M e seus cuidadores,
depois do pedido da pediatria por um acompanhamento psicológico para a
paciente.
Parecia que M vivia incontinências diversas, biológicas que a pediatria buscava corrigir, familiar e escolar onde suas necessidades pareciam ser evacuadas. A condição de prematuridade se estendia, e as fraldas deveriam substituir
em parte a sua deficiência orgânica. Mas como isso se processa com o incremento da complexidade da vida em M, a necessidade de sociabilização e autonomia frente as suas excretas? Quais repercussões destes fatos se
processaram no psiquismo desta menina? Poderíamos ainda indagar que outras perdas ocorreram? Como operam desesperança, adaptação e incompatibilidade social?
Nosso olhar com M foi de forma que ela pudesse trabalhar suas dificuldades inatas. Com os cuidadores, seguiu na direção de restituir a crença em dias
melhores. Com a escola tentando ajudá-los a perceber que quanto mais M for
tratada como diferente das demais crianças, mais seu quadro será agravado.
Além disso, se sua diferença for colocada em evidência, corre-se o risco de
comprometer gravemente a capacidade de sociabilização da menina.
Atualmente M está em aceitando fazer seus exames, com isto seu tratamento está em andamento. Aprendeu a identificar o momento que necessita
se trocar, facilitando sua relação com a escola. A família se uniu, apesar das
diferenças, para se ajudarem e ajudar M. Se interessam pela situação de M e
aceitam buscar ajuda e estabelecer parceria com a equipe do ambulatório.
Temos buscado psicoterapeuticamente ajudá-la a reconhecer sua condição
limitada e integrar em sua personalidade outra atitude, em que sua colaboração possa ajudá-la sofrer menos com esta fatalidade.
ReFeRÊNCIAS:
• BOWBY, J. Apego. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
• BRAZELTON, T. B. Momentos decisivos do desenvolvimento infantil. São
Paulo: Martins Fontes, 1994.
• MAZET, P. e STOLERU, S. Manual de psicopatologia do recém-nascido.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
• SPTIZ, R. A. O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
64 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
• MAHLER, M. O Processo de separação e individuação, Porto Alegre: Artes
Médicas, 1982.
• WINNICOTT, D.W. Tudo começa em casa. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
• WINNICOTT, D. W. A família e o desenvolvimento individual. São Paulo:
Martins Fontes, 2001.
STERN, D.N. A constelação da maternidade: o panorama da psicoterapia
pais/bebê. Porto Alegre: Artes M
trabajando con el psíquico em la precocidad: relato de una experiencia
en el dispensario de prematuros da UniFesp_epm
Casseb R. Afrange E
RESUMEN -
Ese trabajo presenta una experiencia retenida en el Dispensario de Prematuros del Departamento de Pediatría de la UNIFESP-EPM. Vamos a discutir algunos eventos que se producen me la relación de la Madre con su hijo
prematuro.
Nuestro trabajo tiene como objetivo de facilitar la construcción de una
mente capaz de dar cuenta de los procesos de elaboración de las frustraciones
y así puedo modificar el ego que organiza en las defensas proyectivas. Esas
Adquisiciones en el plan de las funciones del ego puede llevar la madre una
mejor concepción de la situación adversa, incluso puede darse cuenta que el
bebé es un ganador, algo más que un sobreviviente.
Constituyendo un lugar psíquico que compone el malestar de la madre y
de las necesidades neonatal del prematuro.
Con el fin de ilustrar las ubicaciones teóricas, describiremos un fragmento
de comprensión.
trabajando con el psíquico en la precocidad: relato de una experiencia en
el dispensario de prematuros da UniFesp_epm
Casseb R. Afrange E
“En todo fueron tres cosas: La certeza de que siempre estamos empezando,
la certeza de que es necesario seguir y la certera que seremos interrumpidos
antes del final. Por lo tanto, debemos hacer la interrupción de un camino,
caerá un paso de danza, del miedo de una escalera, el sueño de un puente, en
busca de una cita.'' Fernando Pessoa.
Se trata de una experiencia de trabajo en el Dispensario de Prematuros del
Departamento de Pediatría de la UNIFESP-EPM. Ese trabajo se centra en algunos eventos que se producen específicamente en la relación de madre-hijo
prematuro.
El tipo de intervención que hemos desarrollado se basa en el grupo de asistentes. Inicialmente se unió a los niños de cero a tres años con sus madres y
cuidadores. Después de que los niños completan cuatro años es que está formado el grupo separado de las madres de niños.
En el grupo de las madres y cuidadores de la propuesta es proporcionar un
campo que permite la construcción de un espacio de intercambio de experiencias relativas a las angustias específicas de esta condición. Se crea la
oportunidad para que las madres y los cuidadores que buscan respuestas y
la instrumentación, a menudo aliviar la culpa y estado acusatório.
Con los niños, el trabajo está anclado en las técnicas de reproducción asociados con el grupo de juego. Interesante perspectiva de buscar y desarrollar
mejor la gestión social con las consecuencias que pudieran derivarse de la
precocidad.
En la técnica lúdica ofrece a los niños '' Caja Lúdica'' con los materiales
que se utilizan como herramientas para expresar sus conflictos y ansiedades
que en general se reportan como postraumático. A menudo, estas experiencias no contiene lenguaje verbal, y esta pequeña manera práctica de la comprensión de las madres y los cuidadores. La composición de este '' Caja
Lúdica'' varía según la edad del niño y puede contener diversos materiales
tales como muñecas, animales, coches, gráficos, plastilina, tijeras, pegamento, juegos y residuos en general.
No hay duda de que la mejor instrumentación del Ego instrumentación es
crítico para estas personas que sufren de la precariedad humana causada por
la precocidad. En el desarrollo del aparato usaría pensamientos y crear así
una tendencia a la reflexión. Tomamos nota de que se puede crear un espacio
mental donde antes la confusión reinante. Trabajar el mundo afectivo ayuda
a contener las emociones y la ansiedad del proceso, la angustia y la angustia
que están tan presentes en la vida de estas personas.
Sin lugar a dudas la llegada de un hijo es un momento de enormes demandas biológicas, psicológicas y sociales. Constituir un lugar psíquico para experimentar esta realización requiere repensar como padres, generador de la
nueva situación. Darwin llamó " La Preservación de la especie" y Freud señaló
que la transferencia de genes a otras generaciones, es la única experiencia
posible de la inmortalidad que el hombre puede lograr. Con este plan de importancia simbólica.
Podemos inferir que cualquier cambio en la evolución de este proceso alcanza profundamente en "el gran proyecto humano de la preservación y la inmortalidad." Visto desde este ángulo la precocidad es a menudo un factor de
complicación en este proceso.
Entendemos que la intervención Psicoterapia comienza con pequeñas acciones de aquellos que pretenden hacer frente a esta compleja situación humana. El equipo tiene que ser coherente, y con respecto a las acciones, el
posicionamiento ideológico del equipo debe ser revisado constantemente. Un
factor importante que nos ayuda a posicionarnos está buscando actitudes que
funcionan como agentes que facilitan, como productores de una obra de teatro que ofrece el escenario, y lo que los pacientes traen sus historias terminan adquiriendo un poco de ayuda.
Generalmente nos ocupamos de las solicitudes relacionadas con la subjetividad implícita “ No Hablada” de la madre-hijo, o sus pequeñas fantasías
conscientes. El mundo objetivo, pragmático de la atención de los médicos no
es nuestro foco, como llenamos los pedidos de protección social.
Las madres antes de que sus bebés nacieron prematuramente pueden experimentar sentimientos de culpa, fracaso e incompetencia que dificultan el
proceso de vinculación primaria. Aspectos de las diferencias entre lo psicológico y la suma hace que la supervivencia en una tarea mucho más difícil
cuando el enlace primario está constituido con reservas.
Brazelton (1994), afirma que "el nacimiento de un niño prematuro es un
choque". El embarazo se termina abruptamente y toda la preparación para el
parto y para la llegada del nuevo bebé se interrumpe. No hay tiempo para realizar las transformaciones necesarias de las representaciones maternas para
el bebé. Estas primeras relaciones son esenciales para proteger al bebé y la
madre de los posibles conflictos interjectivos que se llevan a cabo con o sin
la percepción de los cuidados.
La teoría del Vinculo Afectivo o vinculación primaria entienden el crecimiento de un niño como resultado de la relación de precocidad el mantiene
con sus padres. Para John Bowlby (1907-1990), esta relación que el bebé
tiene con la madre es fundamental para su desarrollo tanto físico como psíquico.
Otro aspecto importante que llevamos en cuenta de acompañar eses dúo,
Cuando hablamos de los procesos depresivos que acompañan a los experimentos de separación. La separación en sí es un proceso complejo que a menudo deja marcas importantes.
Teniendo en cuenta la precocidad, se observa a menudo confusión en registros de una experiencia casi muerte, la vivencia de una delgada línea entre
la vida y la muerte. Todo el curso del desarrollo de la relación materno-filial,
es probable que tenga este llamativo emblema.
¿Cómo es la actitud (intuitivo) de la madre? Como ella se dirige el desarrollo psíquico-somática del bebé? ¿Cómo ella acepta la intensidad de los eventos que aterrizaron en su aeropuerto psíquico sin preparación?
Muchas madres de bebés prematuros tienden a vivir la maternidad culpable
y ambivalente. A menudo tratan de compensar su culpabilidad con las reparaciones maníacas, si no entregar el bebé, pero su propia psique magullado.
Estas iniciativas generan una especie de calmante a corto plazo.
El resultado de este remedio precario es el aumento de la ansiedad y la
culpa con la intensificación
del deseo de más reparaciones, generando un círculo vicioso muy perjudicial para el desarrollo tanto de la maternidad y el propio bebé. Una manifestación de esta repetición se puede ver a través de una especie de "rechazo" de
tener que tener un cuidado especial que ella no hizo nada para merecer. Su
malestar, aparentemente puede ser dirigida a la bebé o el equipo que se encarga de la prematura. De cualquier manera está relacionado con la situación
de dolor y el castigo. Nuestro trabajo tiene como objetivo facilitar la construcción de una mente capaz de dar cuenta en la elaboración de las frustraciones
y así puede modificar el Ego que se organiza en las defensas proyectivas.
Cuando somos capaces constituir un lugar psíquico que componen el malestar de la madre y las necesidades nacidos prematuros, el desarrollo de su bebé
se parece al de un bebé a térmo. Estas adquisiciones no plan de funciones del
Ego puede llevar a la madre una mejor concepción de la situación adversa, incluso puede llegar a darse cuenta de que el bebé es un ganador, algo más que
un sobreviviente.
Mazet y Stoleru (1990) observaron la misma perspectiva que estamos discutiendo, o sea que el trabajo psicoprofiláctico en estas condiciones debe priorizar la elaboración de las angustias miedos y ambivalencia de la madre antes
de que estos se organizan en estructuras de la psicopatologías, o que puedan
crear dificultades para la estabilización de la condición prematura.
Spitz (1988) Ha publicado varios artículos sobre la observación directa de
los niños en las instituciones de salud, consideraba esa situación como una
especie de privación emocional de la misma manera que uno puede llevar a
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 65
Resumos e Trabalhos dia 20 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 20 agosto
cabo el lavado de cerebro. Con la ayuda de los métodos de la psicología experimental, destacó el papel vital de la relación madre-hijo, que describe la
privación de contacto materno podría causar debilitamiento físico y un enorme
empobrecimiento psíquico de los bebés llamados Hospitalismo.
También trabajando con la observación directa de los bebés, Mahler (1982)
describió cómo estaban arraigados los problemas de los niños de muy corta
edad en la relación con la madre. Para ella, la tarea principal en el desarrollo
humano estaría adquiriendo un equilibrio entre la dependencia materna y la necesidad de una mayor autonomía, en el movimiento de individualidad del niño.
Se dio cuenta, también, que la madre podría contribuir activamente al tratamiento, cuando se proporciona a sus interpretaciones de la conducta del niño.
Stern (1997) estudió algunos elementos sensoriales que transitan no día a
día de madre-hijo. Señaló que el intercambio de mirada, la voz, la proximidad
y sus características de ritmo, sincronía, la contingencia y no contingencia
creado un código de comunicación a la relación. Esta línea de investigación
que ha demostrado la importancia de las actitudes receptivas precoces y, con
eso, hemos comenzado a estudiar los componentes interactivos como elementos coherentes para hacer frente a las exigencias del desarrollo emocional. Sin lugar a dudas prematuro requieren estudios en más detalle.
Para la madre, este nacimiento prematuro puede confirmar sus fantasías
de castración porque estaba "obligado" para dar a luz a un bebé "inacabado",
"incompleto", así como su experiencia de maternidad que se desarrolla cerca
del parto, fue mutilado.
Cómo construir una actitud maternal en esas condiciones "violencia y castración"? Se instala una sensación ambivalente ante el nacimiento prematuro
que pone en primer plano la sensación de que su madre es un ser peligroso
para su bebé.
Como sentir se mamá de ese bebé que nació nace de su sueño Considerando Winnicott, La separación de manera prematura e presta para la madre
un sentimiento de no ser lo suficientemente bueno para proteger a su bebé.
En esta situación, las madres se sienten desorganizadas y ansiosas e incapaz de entender lo que está pasando y de responder adecuadamente a las solicitudes más complejas que estas condiciones requieren.
Este marco en el cuadro de la precocidad puede surgir secuelas emocionales, dejando com dificultad la relación de la madre con el bebé. Winnicott ha
llamado la preocupación maternal primaria al estado empatía de la madre con
su bebé, convirtiéndose capaz de ponerse en su lugar, lo que permite a las necesidades básicas del recién nacido.
Con el fin de ilustrar las colocaciones teóricas descritos a continuación viñetas de algunas situaciones clínicas:
M, En temporada de la comprensión contaba con 5 años de edad, nació
prematura de 30 1/7 semanas con el diagnóstico de un sacrococcígeno (TSC),
que requirió cirugía neonatal para la corrección. Había consecuencias que no
podían ser corregidas con cirugía, causando la pérdida funcional. No hubo
pérdida de la función locomotora, pero había perdido el funcionamiento del
esfíncter anal y vesical.
En nuestras clínicas pediátricas que habían pedido para este un paciente
Enema Opaco para evaluar nuevos procedimientos correctivos. Pero, M no
permitió el examen. Hubo dos intentos fallidos que, obviamente, impidieron
cualquier planificación quirúrgica. La familia presentó poco esperanzada y casi
nada colaboradora con la institución. Su madre afirmó que no podría llevarlo
a consultas de acuerdo con su trabajo. El padre (separado de su madre)
afirmó no tener tiempo. La abuela paterna que a veces acompaña a la niña,
dejó claro que no quería comprometerse. Al tener incontinencia fecal, M tuvo
que usar pañales que causó problemas adicionales. Por ejemplo en la escuela,
la maestra se sintió avergonzada por no saber cómo tratar M, se defecó y no
pidió que limpiar, exhalando olor de los excrementos, causando malestar en
el grupo.
Estado de la mente del M no lo permite acercarse a sus dificultades, lo que
puede explicar su falta de cooperación sobre cualquier tema, incluyendo sus
limitaciones neonatales que distinguían negativamente a sentir común.
Fue en esta condición que se inició un trabajo con M y sus cuidadores, después de la aplicación de Pediatría para el asesoramiento psicológico para el
paciente.
Parecía que M vivió incontinencia diversa biológico que trató de corregir
pediátrica, la familia y la escuela donde sus necesidades parecían ser evacuados.
Condición Prematuridad estiró, y los pañales deben sustituir parte de su
disfunción.
Pero ¿cómo funciona este proceso con el aumento de la complejidad de la
vida en M, la necesidad de socialización y de autonomía en sus excrementos?
¿Qué repercusiones de estos hechos fueron procesados en la psique de esta
chica?
También podríamos pedirle otras pérdidas ocurrido? Operan desesperanza,
la adaptación y la incompatibilidad social?
Nuestra mirada con M era para que pudiera trabajar sus dificultades inna-
tas. Con cuidadores, seguido en la dirección de la restauración de la creencia
en días mejores. Con la escuela tratando de ayudarles a darse cuenta de que
cuanto más M es tratado como diferente de los otros niños, se agravará aún
más su marco. Además, si su diferencia se pone en evidencia, se corre el
riesgo de comprometer seriamente habilidades de socialización de la niña.
M está en aceptar hacer sus exámenes, con este tratamiento está en curso.
Aprendió a identificar el momento en que tiene que cambiar, lo que facilita su
relación con la escuela. La familia estaba unida, a pesar de sus diferencias,
para ayudarse a sí mismos y ayudar a M. Si está interesado en situación de
M y acepta buscar ayuda y colaborar con el personal de la clínica.
Hemos buscado psicoterapeuticamente ayuda a reconocer su condición limitada e integrar en su actitud personalidad diferente en su colaboración
puede ayudar a usted sufre menos de esta fatalidad.
LAS REFERENCIAS:
• BOWBY, J. Apego. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
• BRAZELTON, T. B. Momentos decisivos do desenvolvimento infantil. São
Paulo: Martins Fontes, 1994.
• MAZET, P. e STOLERU, S. Manual de psicopatologia do recém-nascido.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
• SPTIZ, R. A. O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
• MAHLER, M. O Processo de separação e individuação, Porto Alegre: Artes
Médicas, 1982.
• WINNICOTT, D.W. Tudo começa em casa. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
• WINNICOTT, D. W. A família e o desenvolvimento individual. São Paulo:
Martins Fontes, 2001.
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pais/bebê. Porto Alegre: Artes M.
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344Mesa redonda
LA pSICOteRApIA eN LA AteNCION pRIMARIA
AutORA ReSpONSAbLe: ALEJANDRA PÉREZ
INStItuCIóN De ORIGeN que RepReSeNtA: Fundación AIGLE
La paradoja de la Salud Mental puede sintetizarse diciendo que en los últimos 50 años mejoramos nuestras tecnologías terapéuticas pero no logramos
reducir el flagelo de los trastornos mentales. Re pensar el aporte de la Psicoterapia al campo de la Salud Mental exige varias determinaciones fuertes.
Se presentará una reseña de la evolución de la Psicoterapia y se analizará
la situación de la Salud Mental y su incidência en la Psicoterapia. Los grandes
temas de debate: controversias sobre la realación costo-beneficio, factores
comunes/terapia basada en la evidencia/terapia basada en principios; crisis
del sistema diagnóstico y de clasificación, relación entre programas de investigación y práctica de la Psicoterapia.
Se ofrecerán recomendaciones para la atención primaria: dictaminar sobre
la calidad de las intervenciones, utilizar dispositivos n mayor a 1, desarrollar
modelos vinculados a la ciencia básica, redefinir el papel de la prevención,
agilizar las técnicas como el empleo de recursos a distancia y propuestas para
cuidar a los agentes y equipos de salud
pALAbRAS CLAVeS: atencion primaria, prevención, nuevas tecnologias, abordajes
transdiagnosticos
MINI CuRRICuLuM: Licenciada en Psicología. Psicoterapeuta. Docente de Posgrado de las Carreras de Especialización en Psicoterapia y Maestrías Fundación Aigle en convenio con la Universidad Nacional de Mar del Plata,
Universidad Nacional de San Luis, Universidad de Belgrano, Universidad Maimonides, Universidad de Valencia-España. Integrante de la Comisión Directiva,
Fundación Aigle. Presidenta de la Asociación Argentina de Terapia Cognitiva
Presidenta de la Asociación Latinoamericana de Psicoterapias Integrativas
(ALAPSI).Miembro Fundadora de la Federación Latinoamericana de Psicoterapia.(FLAPSI)Vice-Presidenta para Latinoamérica del World Council for Psychotherapy (WCP).
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4pôsteres
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A linguagem do afeto: como o amor modela nossa vida?
el lenguaje del amor: cómo el afecto da forma a nuestra
vida?
354Discussão de caso clínico anônimo. /Discusión de caso clínico
anónimo.
ANA PATRÍCIA PEIXOTO (Brasil)
é indicado o encaminhamento para avaliação psiquiátríca?
Medicação e psicoterapia potencializando a intervenção
terapêutica?
está indicada la referencia a una evaluación psiquiátrica?
La medicación y la psicoterapia mejora la intervención
terapéutica?
16h00 - 18h00
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DebAteDOR RICARDO WERNER SEBASTINI (Brasil)
DebAteDORA CARMEM BEATRIZ NEUFELD (Brasil)
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A construção do planejamento através de casos clínicos.
La construcción de la planificación a través de los casos clínicos.
JOSÉ RICARDO PINTO DE ABREU (Brasil)
GILDO KATZ (Brasil)
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434Workshop/taller
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364Workshop/taller
Desenvolvimento de habilidades emocionais para adolescentes.
desarrollo de habilidades emocionales en adolescentes.
terapia individual fenomenológico-existencial
(Daseinsanalyse)
terapia individual fenomenológico-existencial
(daseinsanalyse)
THELMA LETICIA GARCÍA BANDA (México)
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Teatro
PAULO EDUARDO RODRIGUES ALVES EVANGELISTA (Brasil)
434A Comunicação Oral/Comunicación Oral
CO13 :: psicoterapia psicanálita; Crianças e pais.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia
Luiz Ronaldo de Freitas de Oliveira, Vera Regina Röhnelth Ramires.
16h00 - 18h00
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374Workshop/taller
Abordagem multidisciplinar no tratamento da Drogadição.
enfoque multidisciplinar en el tratamiento de la
drogadicción.
IZABEL CRISTINA FERRAZ SUANO e equipe (Brasil)
16h00 - 18h00
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384Workshop/taller
psicoterapia com pacientes e familiares candidatos a
transplante de órgãos.
psicoterapia con pacientes y familiares de los candidatos a
transplante de órganos.
CO21 :: O idoso e o ciclo de violência- psicoterapia de suporte .
área temática: 12. psicoterapia e violência.
Giovana Kreuz, Maria Helena Pereira Franco
CO25 :: estratégias de resolução de conflitos em casamentos de longa
duração: apontamentos para a clínica de casal.
área temática: 5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.
Fabio Scorsolini-Comin, Júnia Denise Alves-Silva, Manoel Antônio dos Santos.
CO53 :: Intervenção grupal com mulheres que tiveram sua gestação
decorrente de violência sexual.
área temática: 12. psicoterapia e violência.
Silvia Renata Lordello, Liana Fortunato Costa
Coordenadora/Coordinadora :RACHEL ZAUSNER SKARBNIK (Brasil)
NICOLE CAMPAGNOLO (Brasil)
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394Workshop/taller
Supervisor de estágio – uma identidade em construção...
supervisor de prácticas - Una identidad en construcción ...
ROSÉLIA BEZERRA PAPARELLI (Brasil)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 67
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
09h00 - 12h00
Teatro
444Conferência Magistral e Mesa Redonda
Conferência Magistral
:: políticas de Saúde para a psicoterapia.
:: políticas de salud para la psicoterapia.
DAVID UIP (Brasil)
Secretário de Saúde do Estado de São Paulo
OS DILEMAS ATUAIS NA PRÁTICA CLÍNICA
VIVÊNCIA ACELERADA DO TEMPO E VAZIO INTERIOR
Almir Linhares de Faria
Este trabalho consiste numa reflexão sobre os desafios com os quais a clínica
psicológica se encontra diante das subjetividades atuais, marcadas pela
vivência acelerada do tempo que implica em uma busca imediata de realização
e satisfação, de eficiência e novidades, juntamente com a evitação sistemática
dos riscos, sofrimento e conflitos inerentes ao viver. Discute-se a instalação
de uma subjetividade esvazida, empobrecida e considera-se a diferença entre
o vazio vivo e o vazio morto e também entre o tempo medido apenas cronologicamente e o tempo oportuno, significativo. Finaliza-se o trabalho
apontando importantes mudanças na técnica psicoterápica na busca de
melhor lidar com as subjetividades contemporâneas. Trabalhos das
psicanalistas Maria Rita Kehl e Alicia Lisondo sobre o tema em questão são
as referências guias no percurso aqui traçado.
Mesa Redonda
Psicoterapia para dependentes em drogas.
Psicoterapia para dependientes de drogas.
:: Psicoterapia para drogra-aditos: possibilidades e resultados.
:: Psicoterapia para drogra-adictos: posibilidades y resultados.
GUILLERMO GARRIDO ( Panamá)
:: Políticas de Saúde para o tratamento do Crack.
:: Políticas de salud para el tratamiento del Crack .
SERGIO SEIBEL (Brasil)
:: Tratamento e suas complicações para usuários de maconha.
:: Tratamiento y complicaciones para los usuarios de marijuana.
CIRILO LIBERATORI TISSOT (Brasil)
MODERADOR: JOSÉ TOUFIC THOMÉ (Brasil)
13h30 -15h30
Teatro
464Conferência/Conferencia
Seis fatores-chave para mudanças psíquicas (e como
terapeutas podem utilizá-los na clínica).
Seis factores clave para cambios mentales (y como
terapeutas pueden utilizarlos en la clínica).
LUIS ALBERTO HANNS (Brasil)
Trabalho clínico em equipe multidisciplinar.
Trabajo clínico en el equipo transdisciplinario
MARIA INÊS BADARÓ MOREIRA (Brasil)
PRESIDENTE/PRESIDENTA: ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile)
13h30 -15h30
Sala 301
474Mesa redonda
Contribuições recentes em psicoterapia.
Contribuciones recientes en psicoterapia.
:: O Ressentimento e o perdão na psicoterapia de casal.
:: El resentimiento y el perdón en la psicoterapia de parejas.
LUIS OSWALDO PEREZ FLORES (Peru)
:: Psicoterapia breve com vitimas da violência urbana.
:: Psicoterapia breve con las víctimas de la violencia urbana.
IDA ELIZABETH CARDINALLI (Brasil)
RESUMO: O aumento da violência urbana nas cidades brasileiras e o seu impacto
em suas vítimas tem sido objeto de preocupação dos profissionais de saúde e
dos organismos nacionais e internacionais de saúde. Considerando esta problemática, a autora realizou a pesquisa de doutorado intitulada "Transtorno de Estresse Pós-Traumático: um estudo fenomenológico-existencial da violência
urbana", defendida no Programa de Pós-Graduação de Psicologia Clínica da
PUC/SP em 2011 e se propõe apresentar alguns aspectos importantes relativos
a psicoterapia breve baseada na fenomenologia existencial com vítimas de violência urbana. A metodologia da pesquisa e da psicoterapia breve foram pensadas segundo a explicitação fenomenológico-existencial de Martin Heidegger, que
considera a existência humana como ser-aí, ser-nomundo e a temporalidade, visando à compreensão da experiência da vítima de violência em sua totalidade. A
psicoterapia breve foi o instrumento escolhido para o levantamento de dados
que permitiram o esclarecimento da experiência da vítima de violência urbana
como assalto e sequestro relâmpago. Neste trabalho observamos ainda que a
psicoterapia breve se mostrou um instrumento efetivo para a superação do sofrimento decorrente de violência. No decorrer do processo terapêutico, conforme
as vítimas puderam aceitar e compreender como foram afetadas pela violência
paulatinamente deu início à superação do sofrimento.
PALAVRAS CHAVE: violência urbana, psicoterapia breve, fenomenologia existencial.
INTRODUÇÃO: A presente apresentação sobre a psicoterapia breve fenomenológico-existencial com vítimas de violência urbana foi baseada na minha pesquisa da tese de doutorado "Transtorno de Estresse Pós-Traumático: um
estudo fenomenológico-existencial da violência urbana", defendida no Programa de Pós-Graduação de Psicologia Clínica da PUC/SP em 2011, sob
orientação da Profa. Dra. Marlise Aparecida Bassani.
A tese focalizou o estudo do impacto da violência urbana na saúde e adoecimento em suas vítimas, visando o esclarecimento do sentido e dos significados da experiência de quem sofreu violência urbana como assalto e/ou
sequestro de curta duração. Inicialmente, para contextualizar a problemática
da violência na atualidade, foram apresentados os resultados de pesquisas
colhidos em um extenso levantamento bibliográfico sobre a violência, as consequências da violência no existir humano e também sobre os impactos da
violência urbana em suas vítimas nos eventos como assalto e sequestro.
Percebemos, inicialmente, que apesar da existência de grande quantidade de
artigos sobre a violência e o adoecimento, há a escassez de publicações que tratassem especificamente de assalto e sequestro de curta duração, uma vez que
encontramos apenas sete pesquisas que tratam diretamente destas temáticas.
Destacamos também que há o predomínio do modelo médico, que prioriza
a investigação da relação dos diversos eventos violentos com os critérios
diagnósticos estabelecidos pelo DSM (Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais) e CID (Classificação Internacional das Doenças). Assim,
a maioria das pesquisas tem entre seus objetivos verificar a relação destes
eventos com o desenvolvimento de Transtorno de Estresse Pós-Traumático
(TEPT) . Nesta perspectiva Vieira Neto (2004); Carbonell e Carvajal (2004);
Ferreira-Santos (2006) e Richards (2000) mostram que as vítimas de violência
como assalto e sequestro apresentam sintomas compatíveis com TEPT como
ideações intrusivas, medo, ansiedade, isolamento, irritação, evitação de pessoas e lugares que lembrem o evento de violência, prejuízo na vida social e
ocupacional. Carbonell e Carvajal (2004) acrescentam ainda insônia, pesadelos, hipervigilância e sentimentos bloqueados.
Posteriormente, buscamos investigar a experiência das vítimas de violência
urbana por meio de intervenção psicoterápica breve fenomenológica existencial. Como o estudo do impacto da violência urbana em suas vítimas priorizou
o esclarecimento da experiência destas pessoas e não discussão da descrição
do quadro psicopatológico, optamos em nos basearmos na perspectiva fenomenológico-existencial, ao considerarmos que ela propiciaria o esclarecimento e a compreensão da vivencia decorrente da violência.
Esta perspectiva teórica permitiu que a caracterização do abalo decorrente da
violência urbana não ficasse circunscrita aos critérios diagnósticos descritos na
psiquiatria atual como Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Pudemos, deste
modo, perceber as contribuições da abordagem fenomenológico-existencial para
o estabelecimento da psicoterapia breve e para o esclarecimento e compreensão
do sofrimento vivenciado por quem viveu uma situação de violência.
Para o desenvolvimento da pesquisa foi organizado um serviço de
atendimento às vítimas de violência na Clínica Psicológica "Ana Maria
Poppovic" do Curso de Psicologia da PUC/SP entre 2006 a 2010, que acolheu
pacientes vítimas de diversas formas de violência através de entrevistas
clínicas e psicoterapia breve.
Pensando na população-alvo da tese, desde o primeiro semestre de 2006,
foi providenciado, com a direção da Clínica Psicológica “Ana Maria Poppovic”
um fluxo de encaminhamento da triagem de pacientes vítimas de violência para
o Setor de Atendimento denominado Transtorno de Estresse Pós-Traumático,
para serem acompanhados sob a responsabilidade da pesquisadora.
Salientamos que este procedimento inserido no fluxo de atendimento da clínica
visava facilitar o encaminhamento dos pacientes, com queixas decorrentes de
68 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
situações violentas, por parte dos profissionais responsáveis pelo setor de
triagem e o acompanhamento destes pacientes pela pesquisadora.
A pesquisadora propôs também o Aprimoramento Clínico-Institucional
“Atendimento de Transtorno de Estresse Pós-Traumático e outras modalidades
patológicas complexas na abordagem fenomenológico-existencial” na Clínica
Psicológica “Ana Maria Poppovic”, com o objetivo de garantir um espaço de
atendimento psicoterápico aos pacientes que não contemplassem os critérios
para participação na pesquisa da tese. Assim, a pesquisadora poderia selecionar as pessoas que apresentavam os critérios estabelecidos, isto é, pessoas
que sofreram violência urbana como assalto e sequestro relâmpago ou de curta
duração e apresentavam sofrimento significativo. Este procedimento permitia
convidar aqueles que apresentavam os critérios estabelecido a participar da
psicoterapia breve e da pesquisa e garantir que as pessoas que procuraram a
clínica e que mostraram sofrimento decorrente de outros eventos violentos
fossem atendidas pelos estagiários do Aprimoramento Clínico-Institucional.
Assim, entre 2006 a 2007, os pacientes encaminhados pelo Setor de Triagem
foram atendidos em psicoterapia pelos estagiários do Aprimoramento ClínicoInstitucional coordenado pela pesquisadora. Neste período, seis pacientes foram
atendidos pelos estagiários, uma vez que eles haviam sofrido violência urbana,
mas não especificamente assalto e/ou sequestro. Esses pacientes viveram situações violentas como agressão física; atropelamento de dois pedestres, com
a morte de um deles; acidente grave de carro, em que sua mãe faleceu. Um
deles presenciou um ato suicida e, finalmente, uma paciente, vítima de assalto
no qual assistiu à morte da sua filha, e que foi acompanhada por um estagiário,
uma vez que ela já estava em psicoterapia quando ocorreu o evento violento.
Entre 2008 a 2009, a pesquisadora agendou sete pessoas para entrevista inicial, mas apenas quatro compareceram. Destas quatro pessoas, três foram selecionadas para participar da pesquisa, uma vez que apresentavam os critérios
estabelecidos pela pesquisa, ou seja, demonstravam muito sofrimento após sofrer assalto/sequestro e, inicialmente, aceitaram a proposta de psicoterapia
breve. A quarta pessoa foi encaminhada ao setor de psicoterapia de adultos,
pois não correspondia aos critérios da pesquisa, uma vez que constatamos que
as suas dificuldades não estavam vinculadas ao evento de violência. Outras três
pessoas não compareceram a nenhuma das entrevistas agendadas, embora tenham sido remarcadas diversas vezes, por telefone, em função das justificativas
das faltas e a insistência quanto à necessidade de ajuda.
Assim, inicialmente, foram selecionados três participantes para a realização
da pesquisa, no entanto, duas abandonaram a psicoterapia logo no início do
trabalho. Deste modo, a pesquisadora atendeu apenas um paciente em psicoterapia breve, pois foi o único que seguiu o trabalho psicoterápico entre
aqueles que apresentavam os critérios estabelecidos para a seleção dos pacientes. Portanto, a pesquisa foi baseada nas entrevistas e sessões de psicoterapia focal de um participante, e nas entrevistas iniciais de duas pessoas
que sofreram violência urbana.
A metodologia da pesquisa, as entrevistas e a psicoterapia breve foram pensadas segundo a explicitação fenomenológico-existencial de Martin Heidegger, que considera a existência humana como ser-aí, ser-no-mundo e a
temporalidade, visando à compreensão da experiência da vítima de violência
em sua totalidade.
Os resultados da pesquisa permitiram explicitar uma nova compreensão
da experiência da vítima de violência urbana em comparação aos descritos
nos manuais psiquiátricos como DSM-IV e CID-10, elaborar proposições de
intervenções às vítimas de violência e também observar que a psicoterapia
breve se mostrou um instrumento efetivo para a superação do sofrimento decorrente de violência.
Caracterização da psicoterapia breve fenomenológico-existencial: A psicoterapia breve é a modalidade psicoterápica que foi utilizada como instrumento
desta pesquisa, pois consideramos que apenas algumas entrevistas não seriam suficientes para contemplar o nosso objetivo - descrever e caracterizar
os significados da experiência de quem sofreu violência urbana, buscando
compreender o sentido desta experiência na totalidade do existir do participante. Habitualmente, o significado e o sentido deste tipo de experiência não
se mostram explícitos de imediato ao ser humano.
Na abordagem fenomenológico-existencial, consideramos que a metodologia da psicoterapia breve pode ser caracterizada como intervenção focal e,
assim, a denominação terapia focal esclareceria mais precisamente sua proposição, pois é possível delimitar um foco, ou um campo de trabalho, de
acordo com a problemática e as questões trazidas pelo paciente em suas queixas, suas dificuldades, seus sintomas e como está se relacionando consig
mesmo e com o mundo.
Na psicoterapia fenomenológico-existencial orientada pela explicitação heideggeriana do existir humano como ser-aí, o paciente, no contexto terapêutico, é compreendido como sendo no mundo. O mundo do paciente se revela
como um contexto significativo, que se apresenta através da aproximação e
distanciamento, assim como da solicitação e retração daquilo que apresenta
para alguém específico, tanto de coisas, como de pessoas, que podem ser,
por sua vez, concretas, imaginadas, desejadas etc.
No atendimento psicoterápico, o paciente é compreendido com base em
seus modos de existir no mundo, isto é, como ele se relaciona consigo
mesmo, com os outros e com tudo o que se apresenta em seu mundo que se
mostra sempre em um contexto significativo e temporal. Assim, o objetivo
principal do trabalho psicoterápico é favorecer a aproximação e a compreensão do paciente de sua própria experiência. Para isto, muitas vezes, é necessário ajudar o paciente, inicialmente, a aceitar o modo como está podendo
viver neste momento de sua vida, dado que a compreensão de si mesmo se
apresenta, com muita frequência, de modo confuso e encoberto.
O objetivo do trabalho psicoterápico não pode ficar atrelado às queixas, dificuldades ou sintomas explicitados pelo paciente com a preocupação de eliminá-los. Deste modo, é importante também que o terapeuta auxilie o paciente
no esclarecimento dos motivos pelos quais ele procurou ajuda, assim como
do significado e do sentido da sua queixa, dificuldade ou sintomas, procurando a compreensão destes na totalidade do seu existir. A relação terapêutica
está apoiada na explicitação heideggeriana dos modos de ser-com-o-outro,
que Boss (1963) denomina como um cuidar antecipativo em oposição ao
modo substitutivo, quando diz que “o analista não deve substituir o paciente
em seus encargos, mas procurar devolver-lhe o que tem que ser cuidado. (...)
Esse modo de cuidar ajuda o outro a se tornar, em seu cuidar, transparente
para si mesmo e livre para sua existência.” (p. 73)
A psicoterapia tradicional tem entre seus objetivos principais o favorecimento
da aproximação do paciente de si mesmo, possibilitando seu autoconhecimento. Assim, considerando este objetivo, não é possível saber antecipadamente o tempo necessário para o desenvolvimento do paciente e, portanto, não
se pode estabelecer previamente o prazo do trabalho. Deste modo, destacamos
que a psicoterapia breve é assim denominada em oposição à psicoterapia tradicional, que além de não apresentar uma delimitação prévia de duração do trabalho terapêutico, habitualmente, é bem prolongada nas diversas proposições
teóricas, como da psicanálise, junguiana, existencial ou daseinsanalítica.
Portanto, a psicoterapia breve é caracterizada, habitualmente, como um
processo de curta duração em comparação ao da psicoterapia tradicional, que
costuma ser longo. No entanto, de acordo com Fiorini (1978), Lemgruber
(1995), Ribeiro (1999), Hegenberg (2004), a psicoterapia breve não deve ser
definida apenas em função de um critério temporal estabelecido previamente
acerca da duração do trabalho ou do número de sessões, mas, sim, por um
método específico, que é definido pelo foco do trabalho.
Percebemos, desta maneira, que a diferença principal entre a psicoterapia
breve e a psicoterapia tradicional não se mostra na maneira como o terapeuta
acolhe e compreende as dificuldades do paciente. A diferença entre elas aparece, sobretudo, na priorização de algum(s) âmbito(s) da vida do paciente
dentre os seus diversos modos de ser no mundo.
Nesta pesquisa, focalizamos os âmbitos da vida do participante, no qual
ele encontrava maiores dificuldades em decorrência do evento de violência.
Ao mesmo tempo, foi necessário que estes âmbitos fossem considerados na
totalidade do seu existir, no decorrer do processo terapêutico, para permitir
melhor compreensão das suas dificuldades, e assim, poder esclarecer o significado e o sentido da sua experiência.
Deste modo, na psicoterapia focal com vítimas de violência como assalto e
sequestro, consideramos como foco inicial as decorrências da violência na experiência do participante. No esclarecimento do que o paciente buscava (demanda), quando procurava ajuda, foi possível definir com o paciente a proposta
de trabalho. No entanto, percebemos que é importante combinar com o paciente
apenas um horizonte do prazo da terapia, em vez de já ter um prazo prévio que
é usado para qualquer paciente, pois foi importante considerar as especificidades da experiência do paciente, suas necessidades e suas dificuldades.
A pesquisadora realizou a psicoterapia focal com duração das sessões de 50
minutos, que ocorreram uma vez por semana em horário previamente combinado. Com o participante que deu seguimento ao trabalho psicoterápico foram
realizadas 23 sessões. A definição do número de sessões na etapa final da psicoterapia se deu em função das necessidades do participante, uma vez que decidimos definir o número em função da problemática e da necessidade do
participante, a fim de que o método proposto não limitasse a sua necessidade.
No decorrer das sessões terapêuticas, buscamos auxiliar o participante a se
aproximar da sua experiência para ajudá-lo a esclarecer como ele a vivenciava,
focalizando como ele sentia, reagia e compreendia o que estava vivendo, tendo
em vista o esclarecimento dos significados e o sentido desta experiência na totalidade da sua vida. Percebemos também a importância de que a pesquisadora/terapeuta ajudasse o participante a perceber, em cada momento, o que o
estava mantendo aprisionado em suas dificuldades, o que o mantinha em um
modo mais restrito de viver e o impedia de corresponder a novas possibilidades
de seu existir. Portanto, a psicoterapia focal buscou que o participante compreendesse como a situação de violência estava repercutindo em sua maneira
de viver, para esclarecer o sentido e os significados desta experiência na totalidade de seu existir, para que, assim, pudesse resignificá- la e transformá-la.
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 69
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A compreensão heideggeriana do existir humano possibilitou perceber que o impacto da violência pode abalar a compreensão de si
mesmo, do outro e do mundo. As vítimas têm uma sensação de estranheza em
relação a elas mesmas e o mundo em que viviam, pois não conseguem se reconhecer quando percebem que sentiam e agiam de modo diferente. Elas não encontram mais o mundo seguro e conhecido em que viviam anteriormente ao se
aproximarem das dimensões de imprevisibilidade, precariedade e vulnerabilidade
que são desdobramentos da angustia fundamental abertas pela situação de violência. Assim, as vítimas de violência mostram sofrimento significativo, mantendo-se aprisionadas ao sentido de risco, ameaça e perigo da vida e do mundo.
Elas procuram ajuda psicológica, mas a sua vontade é de esquecer e de se
afastar o mais rapidamente do que foi vivido, e de não querer entrar em contato
com o sofrimento para não "sofrer novamente". Esta constatação nos permitiu
destacar algumas considerações e também sugerir proposições para o atendimento de vítimas de violência.
Se, de um lado, observamos que a psicoterapia breve se mostrou um instrumento efetivo para a superação do sofrimento decorrente de violência, por
outro, destacamos que no início da psicoterapia foi necessário ajudar os pacientes a se aproximarem de seus sentimentos, de suas reações e de seu sofrimento. No decorrer do processo terapêutico, conforme as vítimas de violência
puderam aceitar e compreender como foram afetadas pela violência, pois viveram uma ruptura de sua percepção de si mesmo e do mundo, deu início à superação de seu sofrimento. Paulatinamente, puderam encontrar soluções para
suas dificuldades pessoais e materiais em função do assalto ou sequestro. A
psicoterapia breve permitiu também a ampliação da compreensão que elas tinham de si mesmo e de sua vida, ao incluírem as dimensões de finitude, precariedade e vulnerabilidade em seu existir.
Ao mesmo tempo, considerando a dificuldades das vítimas de violência urbana
em procurar e aderir à psicoterapia, percebemos a importância do desenvolvimento de projetos no campo da saúde que visem à sensibilização dos profissionais para o reconhecimento do sofrimento das vítimas de violência, tendo o
cuidado de não banalizá-lo ou transformá-lo em apenas sintomas patológicos.
Assim, tendo em vista o âmbito de nosso estudo, sugerimos proposições
voltadas ao cuidado com as pessoas que sofreram violência, no sentido de acolher a vítima e, assim, contribuir para a diminuição de seu sofrimento e evitar
que este se torne um problema mais grave e crônico. Salientamos que o ponto
central de nossa proposta é a sensibilização dos profissionais de saúde para o
reconhecimento do sofrimento das vítimas de violência no sentido de considerá-lo seriamente, sem transformá-lo em sintomas patológicos.
Em relação ao Serviço Público de Saúde, seria importante sensibilizar os profissionais das equipes do Programa de Saúde da Família para observar como as
vítimas e suas famílias reagem às diferentes situações de violência e esclarecer a
importância de compartilhar o sofrimento para a sua superação. Indicamos a formação de grupos de acolhimento abertos, a fim de que as pessoas participem conforme sua necessidade e disponibilidade e que os possíveis encaminhamentos de
vítimas que necessitem atendimento especializado ocorram com estes cuidados.
Em relação ao serviço de saúde em geral, seria interessante também sensibilizar
os profissionais de saúde na identificação do sofrimento das vítimas de violência
e esclarecê-los da importância do compartilhamento do sofrimento e da indicação
de ajuda psicológica, quando necessário. Inicialmente, esta capacitação poderia
ocorrer nas Clínicas Escolas de Psicologia e, mesmo, nos ambulatórios dos hospitais gerais, pois, assim, é possível desenvolver um trabalho multiplicador.
Finalmente, salientamos que as consequências da violência são graves e afetam a saúde individual e coletiva, exigindo a formulação de políticas específicas
e organização de práticas de intervenção e de serviços específicos para a prevenção e o tratamento de suas vítimas.
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MINI-CURRÍCULO: Doutora em Psicologia Clínica pela PUC/SP; professora e supervisora do Curso de Psicologia da PUC/SP e do Aprimoramento Clínico- Institucional da Clínica Psicológica da PUC/SP; professora do Curso de Pós- Graduação
em Psicologia Clínica - PUC/SP; Vice Diretora da Clínica Psicológica “Ana Maria
Poppovic” da PUC/SP, Membro fundador, professora e supervisora da As.
:: Psicoterapia e gerontologia.
:: Psicoterapia y gerontologia.
MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)
O aumento na expectativa de vida da população é um fenômeno observado
no mundo todo.
A maneira de viver esta etapa de existência tem levado a varias considerações
e descobertas na vida prática de cada pessoa com mais de 65 anos.
Faz-se necessário uma nova leitura e uma descoberta de como considerar não
só os problemas relacionados a saúde física, mas também como ancorar as
questões psicológicas deste período de vida: perdas , mudanças de papeis, novas
convivências e a capacidade de novos relacionamentos, morte.
Existe uma diferença entre o corpo envelhecer e a cabeça (sugerindo a
mente) permanecer ativa em contato com o mundo dentro de uma estagnação
de evolução.
O idoso sabe de sua própria limitação, ou sua limitação lhe é imposta ?
PALAVRAS-CHAVE: idosos, famílias, novos amores, finitude
MINI-CURRÍCULO: Psicóloga clinica, Doutora e Mestre pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, Conselheira da Associação Brasileira de Psicoterapia, e
da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática; Membro Honorário da Associação brasileira de Medicina Psicossomática-SP; Professora e Orientadora de
Teses de Pós Graduação Profissional das Faculdades Educatie; Organizadora de
dois livros sobre Psicossomática; Parecerista de Revistas Cientificas; Pesquisadora no IPSC.
COORDENADOR/COORDINADOR: LUIS OSWALDO PEREZ FLORES (Peru)
70 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
13h30 -15h30
Sala 302
484Mesa redonda
prática clínica e os meios de comunicação.
práctica clínica y los medios de comunicación.
:: Cinema e psicanálise: reflexões acerca das reações filmicas do
espectador.
:: Cine y el psicoanálisis: reflexiones sobre las reacciones fílmicos del
espectador.
MOISÉS FERNANDES LEMOS (Brasil)
CINeMA e pSICANáLISe: ReFLexõeS ACeRCA DAS
ReAçõeS FÍLMICAS DO eSpeCtADOR
(Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão – UFG/RC)
Resumo: Considerando a desafiadora relação entre o cinema e a psicanálise, produtos da mesma época, mas constituídos como áreas de estudo distintas, o presente estudo objetiva refletir sobre a inter-relação psicanálise e
cinema, visando compreender as reações fílmicas do espectador. Trata-se de
um estudo teórico que recorre a conceitos fundamentais da área da psicanálise e busca articulá-los a processos transcorridos fora da situação analítica,
notadamente, o cinema. No seu desenvolvimento recorre-se à obra freudiana,
aos textos de seus comentadores, bem como à elaboração de Lacan, pesquisando os conceitos de identificação e sublimação, pensando-os como pontos
de articulação entre as áreas em discussão. A pesquisa implicou na retomada
de uma parte complexa da teoria freudiana, nos possibilitando refletir problemas caros às duas áreas. Ela implicou também na retomada lacaniana da teoria de Freud, levantando uma série de indagações que ampliaram a
compreensão do tema. Enfim, embora o estudo não seja conclusivo, ele permitiu-nos conhecer como se deu o desenvolvimento conceitual da interface
psicanálise e cinema, bem como situar algumas lacunas na compreensão das
reações fílmicas do espectador.
pALAVRAS-ChAVe: cinema, psicologia, psicanálise
MINI-CuRRICuLO: Possui graduação em Psicologia (1987), especialização em
Filosofia (1990), especialização em Psicologia Clínica (2001), mestrado em
Psicologia (2006) e doutorado em Educação (2014). Atualmente é professor
adjunto da Universidade Federal de Goiás (Regional Catalão). Tem experiência
na área de Psicologia, com ênfase em intervenção terapêutica, atuando principalmente em nos temas: psicologia clínica, psicanálise, filosofia da psicanálise e processos de formação em psicologia.
:: trabalho de terapia virtual e relaxamento sistemático em estudantes
com fobia social.
:: trabajo de terapia virtual y la relajación sistemática para estudiantes
con fobia social.
SISSI GRYZBOWSKI GAÍNZA (Bolívia)
ROSA FLORES MORALES (Bolivia) co-autora
:: O uso do Facebook por estagiários de psicologia Clínica: estudo
exploratório.
:: el uso del Facebook por estagiários de psicología Clínica: estudio
exploratório.
TALES VILELA SANTEIRO, JARDEL GUIMARãES CARNEIRO (Brasil)
COORDeNADORA/COORDINADORA: SISSI GRYZBOWSKI GAÍNZA (Bolívia)
13h30 -15h30
Sala 302
484Mesa redonda
CINeMA e pSICANáLISe: ReFLexõeS ACeRCA DAS
ReAçõeS FÍLMICAS DO eSpeCtADOR
Moisés Fernandes Lemos
(Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão – UFG/RC)
ReSuMO: Considerando a desafiadora relação entre o cinema e a psicanálise,
produtos da mesma época, mas constituídos como áreas de estudo distintas,
o presente estudo objetiva refletir sobre a inter-relação psicanálise e cinema,
visando compreender as reações fílmicas do espectador. Trata-se de um estudo teórico que recorre a conceitos fundamentais da área da psicanálise e
busca articulá-los a processos transcorridos fora da situação analítica, notadamente, o cinema. No seu desenvolvimento recorre-se à obra freudiana, aos
textos de seus comentadores, bem como à elaboração de Lacan, pesquisando
os conceitos de identificação e sublimação, pensando-os como pontos de articulação entre as áreas em discussão. A pesquisa implicou na retomada de
uma parte complexa da teoria freudiana, nos possibilitando refletir problemas
caros às duas áreas. Ela implicou também na retomada lacaniana da teoria de
Freud, levantando uma série de indagações que ampliaram a compreensão
do tema. Enfim, embora o estudo não seja conclusivo, ele permitiu-nos conhecer como se deu o desenvolvimento conceitual da interface psicanálise e
cinema, bem como situar algumas lacunas na compreensão das reações fílmicas do espectador.
pALAVRAS-ChAVe: cinema, psicologia, psicanálise.
INtRODuçÃO: Considerando que em conformidade com os ditames da cultura,
ou não, o sujeito é convocado, no jogo das pulsões, a se haver com a impossibilidade de uma satisfação total, nosso estudo tem por objetivo refletir sobre
a inter-relação psicanálise e cinema, visando compreender as reações fílmicas
do espectador. Trata-se de um estudo teórico que recorre a conceitos fundamentais da área da psicanálise e busca articulá-los a processos transcorridos
fora da situação analítica, notadamente, o cinema.
Uma abordagem conhecida é que esses processos facultam a passagem
do princípio de desprazer-prazer ao princípio de realidade, sem grandes transtornos. Quanto a isso, por exemplo, todos nós sabemos bastante sobre a
identificação entre os fãs e seus ídolos do cinema. No entanto nos interessa
investigar o conceito psicanalítico de identificação, dentro do referencial teórico aqui estabelecido, inclusive, no tocante às diferenças com relação à leitura
que temos da linguagem popular. O mesmo tratamento se dará com a sublimação, cuja abordagem pretende caminhar desde o entendimento que ela seja
um dos destinos da pulsão, presente, por exemplo, na relação do espectador
com os filmes, até os principais impasses situados por Freud e Lacan com
relação a esse conceito.
Discutiremos também as reações dos espectadores frente ao texto fílmico,
destacando a similaridade dos pressupostos implícitos na criação e as técnicas de projeção de um filme com os sonhos. Assim procedendo, pensamos
estabelecer a base conceitual de nosso estudo, podendo interrogar o que a
teoria psicanalítica, como método de análise fílmica, depreende de sua relação
com o cinema.
Sobre a Identificação
No quotidiano é comum ouvir alguém dizer que fulano se identificou com
beltrano, ao ponto de imitar seu comportamento e reproduzir seus hábitos e
estilo de vida, tornando-se quase uma cópia fiel da outra pessoa. Há filhos
que se identificam com os pais, no modo de vestir, de andar, de cortar o cabelo, nos valores e nas escolhas profissionais; muitos desejam ser iguais aos
pais quando adultos. É comum observarmos as atitudes de fás que se identificam com seus ídolos, extrapolando os limites do razoável. Alguns fazem
cirurgias plásticas, alterando seus traços físicos para ficar mais parecidos
com a figura idolatrada. Esses fãs podem associar entre si, formando fãs clubes e verdadeiras comunidades constituídas em torno de um objetivo comum:
a existência de outra pessoa. Esse comportamento imitativo, meio irracional,
quase mimético, é bastante encontrado no mundo das artes, seja na música,
na poesia ou no cinema.
No meio cinematográfico, ídolos são produzidos e reproduzidos pela indústria cultural de massa a cada grande lançamento, espalhando-se rapidamente pelos diversos “cantos do mundo”. Mas como entender esse fenômeno
de crítica e público que se tornou o cinema? Pensamos que uma das maneiras
de compreendê-lo seja investigando-o à luz das contribuições psicanalíticas,
como estamos tentando proceder agora ao analisar em nosso trabalho o processo de identificação.
Numa concepção geral, segundo Laplanche e Pontalis (1986), o substantivo identificação pode ser tomado num sentido transitivo, relacionado ao
verbo identificar ou num sentido reflexo, correspondendo ao verbo identificar-se, cabendo-nos, portanto, diferenciar suas duas acepções:
a) A ação de identificar-se, reconhecer como idêntico; por exemplo, a identificação de uma pessoa na multidão ou ainda a identificação de uma pintura,
por um perito (sentido transitivo).
b) O ato pelo qual uma pessoa se torna idêntica à outra, ou pelo qual dois
seres se tornam idênticos, por assimilarem-se (sentido reflexivo).
Embora, Freud tenha usado o termo nas duas acepções, a identificação para
a psicanálise corresponde à segunda delas, sendo que o processo de identificação pode dar-se tanto por meio de um movimento ativo e consciente de
um sujeito que deseja tornar-se idêntico a outro, quanto por meio de um movimento ativo de assimilação do outro, na totalidade ou em parte, mas sem
que a pessoa tenha consciência de seus atos. Para Laplanche e Pontalis
(1986, p. 295), a identificação pode ser entendida como um “processo psicológico pelo qual um indivíduo assimila um aspecto, uma propriedade, um
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 71
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, segundo o modelo
dessa pessoa. A personalidade constitui-se e diferencia-se por uma série de
identificações.”
Encontramos, em Freud, diferentes modalidades de identificação, todas inconscientes, mas em função dos limites de nossa apresentação, faremos
menção aqui a apenas duas delas, a saber:
a) Identificação primária: forma originária de laço afetivo imediato, situado
anteriormente a qualquer busca do objeto, pois o sujeito, o eu e o outro ainda
não são independentes. Esse tipo de identificação é marcado pela oralidade
primitiva, pelo processo de incorporação, no qual a criança coloca o objeto
como um outro autônomo e desejável, correspondendo ao narcisismo primário (fase do espelho). Lacan (2008a, p.182), ao discorrer sobre essa fase, nos
afirma que “o primeiro efeito que aparece da imago no ser humano é um efeito
de alienação do sujeito. É no outro que o sujeito se identifica e até se experimenta a princípio”. Sendo assim, essa modalidade de identificação pode nos
fornecer elementos para entender as reações do espectador fílmico, comparando-as às reações das crianças.
b) Identificação secundária: em que há uma regressão à fase edípica. Portanto, ela pode ser tomada como a regressão a uma escolha de objeto abandonada, cuja solução ocorre por meio da identificação com as figuras
parentais. Para Lacan, nesse processo, o Édipo assinala uma transformação
radical do ser humano, passando da relação dual do imaginário para o registro
simbólico, como condição para instaurar sua singularidade.
Não obstante, às distinções entre os tipos de identificação, nós observamos
que a identificação implica um movimento ativo, mas a pessoa tem sempre
consciência disso? Ela tem noção das transformações que ocorrem em seu psiquismo em decorrência da identificação com o outro? O processo de identificação admite duas modalidades, ambas ativas, no entanto, uma se dá de
maneira voluntária e consciente, enquanto a outra se dá de forma espontânea
e irrefletida, ou seja, o sujeito não tem consciência dos efeitos que ela causa em
seu psiquismo. Esse é o tipo de identificação, imaginária, que particularmente
nos interessa; quando se dá a alienação de um sujeito à imagem do outro.
Segundo Násio (1997, p. 101), embora, a identificação seja um conceito
central em Freud, sua definição encontra-se permeada de problemas. “Freud
propõe o nome de identificação para qualificar a relação de intricação entre
duas instâncias inconscientes – o eu e o objeto”. Assim, ele modifica o esquema tradicional da identificação em que A se identifica com B, tomando-o
como modelo e modificando-se em função do outro. Por conseguinte, Freud
promove uma mudança radical na compreensão do processo de identificação,
quando “transplanta o esquema tradicional, deslocando-o do espaço psicológico e tridimensional para o espaço inconsciente”. Dessa forma, ele apresenta uma inovação no entendimento da identificação e ao diferenciá-la do
senso comum abre novas perspectivas para a compreensão desse processo.
Talvez aqui o grande problema seja conceituar objeto, pois com Freud ele
passa a designar não uma pessoa exterior que se percebe conscientemente,
mas a representação psíquica inconsciente desse outro.
Freud começa a usar o termo identificação na análise de sonhos das histéricas, fazendo sua distinção com relação ao que seria imitação. O autor ressalta que “a identificação não é, portanto, simples imitação, mas a apropriação
por causa de uma etiologia idêntica; exprime um ‘exatamente como se’ e está
afeita a uma comunhão que persiste no inconsciente” (Freud, 1987a, p. 75).
Todavia, o conceito de identificação está diretamente associado à questão do
complexo de Édipo, noção central em Freud, mais especificamente ao processo de identificação com as figuras parentais, quando os investimentos nos
pais são abandonados e substituídos por identificações. Esse processo, resumidamente, ocorre da seguinte maneira: em um primeiro momento o menino rivaliza-se com o pai pelo amor da mãe, mas, frente à impossibilidade
de possuí-la, ele se identifica com o opositor, assimilando suas características. Com a menina, o processo é um pouco mais complexo, pois primeiro ela
toma a mãe como objeto de amor, mas ao se perceber desprovida de pênis,
responsabiliza a mãe pela suposta castração, passando a odiá-la e a desejar
o pai. Todavia, ameaçada de perdê-lo na disputa com a mãe, em um segundo
momento, a menina se identifica com a oponente na busca do amor do pai;
sendo interditada ela volta a identificar-se com a mãe e, simbolicamente,
passa a fazer jus ao amor do pai, do qual deseja um bebê. Sendo assim, no
caso da menina, há identificação em dois momentos específicos de sua vida.
No ensaio À Guisa de Introdução ao Narcisismo (2004a), Freud associa a
escolha objetal à própria pessoa, ou seja, ela se identificaria consigo mesma
e investiria a pulsão em seu próprio corpo. Dessa maneira, o autor amplia sua
teoria pulsional, acrescentando a ela novos e prováveis destinos das pulsões,
dentre os quais a possibilidade de autorrealização da pulsão. Esse tipo de
identificação pressupõe um estado de carência similar às reações do espectador fílmico, implicando a possibilidade de restauração do objeto ausente ou
perdido no eu. O sujeito nesse estado tenderia a valorizar a solidão e a relação
fantasmática, evitando uma relação com o objeto. Em condições similares o
espectador fílmico encontraria refúgio na identificação com os personagens,
sublimando suas pulsões nas produções culturais.
Para que ocorra a identificação não há necessidade de incidência total com
a pessoa tomada como modelo; em certos casos a identificação dá-se por
meio da assimilação de um ou mais de seus traços. Sendo assim, o termo
identificação deve ser diferenciado dos termos incorporação, introjeção ou
interiorização, os quais, segundo Laplanche e Pontalis (1986), são protótipos
da identificação, ou ainda, algumas modalidades desse processo psíquico, vividas e simbolizadas como uma operação corporal (referência à fase oral, devorar, incorporar, etc.).
Na releitura que Lacan faz da noção de identificação em Freud, ele promove
uma reviravolta no conceito, contribuindo para diminuir os problemas nele
encontrados. Segundo Lacan (2008c), a identificação designa o nascimento
de uma nova instância psíquica, a produção de um novo sujeito, em que seu
agente é o objeto, e não mais o eu. Portanto, a função preponderante da identificação, que, com Freud, era dedicada ao eu (ego), com Lacan passa a ser
destinada ao objeto. Essa posição representa uma reviravolta de grandes proporções na discussão do tema, exigindo a ampliação do arcabouço teórico
psicanalítico, como forma de enfrentar seus desdobramentos.
Para Násio (1997), nós temos três modalidades de identificação, em Lacan:
a identificação simbólica do sujeito com um significante, que estaria na origem
do sujeito do inconsciente; a identificação imaginária do eu, com a imagem
do outro; e a identificação fantasística do sujeito com o objeto enquanto emoção, diretamente relacionada à produção de uma fantasia.
A identificação simbólica: para compreendermos essa modalidade de identificação, antes de qualquer coisa, nos cabe perguntar: o que é o significante?
“[...] o significante representa na ordem formal e abstrata o fato concreto de
um equívoco que surpreende e confunde o ser falante” (Násio, 1997, p. 112).
Pode ser uma palavra, um gesto, um tropeço, um sonho, um silêncio ou qualquer manifestação humana. Todavia, ele só produz sentido na presença de
outro significante, nunca se apresentando sozinho. Conforme Lacan (1988,
p. 854), “o registro do significante institui-se pelo fato de um significante representar um sujeito para outro significante. Essa é a estrutura do sonho,
lapso e chiste, de todas as formações do inconsciente”.
Não existe uma personificação para o sujeito do inconsciente; ele não designa a parte consciente do falante, tampouco é a sua inconsciência. Conforme Lacan, o sujeito do inconsciente é uma função, advinda de uma
experiência concreta de um equívoco, que produz um efeito formal na repetição. Ele é um traço ausente de minha história, que, no entanto, a marca de
forma indelével, consistindo-se em algo para além da relação de significantes.
Sendo assim, a identificação simbólica designaria a produção do sujeito do
inconsciente, de um sujeito a menos na vida de alguém, em que o traço ausente a marcaria para sempre.
A identificação imaginária: o momento inaugural dessa modalidade de identificação estaria no estágio do espelho, a que nos referimos anteriormente,
no qual de um arcabouço vazio a criança seria captado por uma visão global,
estabelecendo o contorno de uma imagem única de si, a qual dá origem ao
eu-imaginário. Para a psicanálise lacaniana, o mundo não se compõe de seres,
mas é composto, essencialmente, por imagens. Portanto, a relação entre interno e externo é abolida, e o eu situaria aparentemente na imagem externa.
Todavia, não se trata de qualquer imagem, o eu se identifica com as imagens
nas quais ele se reconhece; imagens que evocam a figura humana do outro,
seu semelhante. E ainda: “a única coisa que prende, atrai e aliena o eu na imagem do outro é justamente aquilo que não se percebe na imagem, a saber, a
parte sexual desse outro” (Násio, 1997, p. 117). Dessa conotação sexual, relativa à possibilidade do prazer, adviria o eu, que “só se forma nas imagens
pregnantes que lhe permitem, de perto ou de longe, voltar-se sobre si mesmo
e confirmar sua natureza imaginária de ser sexual”, só admitindo o prazer
como advindo de si mesmo.
A identificação fantasística: essa forma de identificação é representada pela
fórmula s◊a, em que o losango indica a própria operação da identificação com
o objeto. Nesse caso, a fantasia inconsciente pode manifestar-se por palavras
ou mais diretamente sob a forma de uma ação, cabendo distinguir o afeto e
a tensão dominante na origem de cada fantasia. O objeto a (noção a que Laca
dedica muitas elaborações) coincidiria com o excesso de energia constante,
não conversível em fantasia, mas que se constituiria como causa de outras
fantasias. Por conseguinte, a fantasia é uma formação psíquica, cuja função
seria responsável por entreter sem permitir a consumação total da pulsão, ou
seja, sua função seria impedir o gozo hipotético intolerável, que significa a
descarga total da pulsão. Para Násio (1997, p. 119), “a fantasia é uma defesa,
uma proteção do eu da criança contra o medo do aniquilamento representado
pela descarga total de suas pulsões”. Então, no momento da identificação fantasística, há uma identificação do sujeito com o objeto, de maneira que toda
a tensão da descarga da pulsão não chega a se realizar, ou seja, no momento
crítico a pulsão, não é consumada, ficando parte da energia sexual investida
na fantasia e disponível para outras fantasias futuras.
Como o processo de identificação pode afetar o espectador fílmico? Como
72 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
entender a identificação dos fãs com o ídolo do cinema? Considerando que,
para Freud, a identificação seja um processo relativo aos primeiros anos de
vida, regidos pelo processo primário de funcionamento psíquico, uma provável explicação para a identificação, enquanto fenômeno social de massa seria
o estado regredido do psiquismo que o cinema mobiliza. A atmosfera criada
nas salas de cinema, em que as luzes são apagadas, o som e a temperatura
ambiente são controlados, as poltronas, geralmente, são confortáveis, contribuem para a regressão a um estado alterado do psiquismo, induzindo a regressão à primeira infância. Então, a voracidade dos fãs é perfeitamente
explicável pela referida regressão pulsional.
Se tomadas pela lógica do significante, as experiências fílmicas podem
muito bem contribuir para que o espectador entre em contato com registros
de sua história inacessíveis de outra forma, haja vista que um significante só
faz sentido numa cadeia de significantes. Ainda que o traço ausente jamais
seja encontrado, essas situações podem contribuir para a manutenção do estado psíquico do público assistente. No que tange à identificação imaginária,
o espectador pode muito bem identificar-se com um traço do ator e vivenciar
uma fantasia, na qual ele seja o personagem principal a contracenar com seu
ídolo, haja vista que para a psicanálise lacaniana esse tipo de identificação
prioriza as imagens, imagens essas bastantes pertinentes ao se referir à sétima arte. Retornando às imagens pregnantes do eu-narcísico, o espectador
daria vazão aos seus conteúdos pulsionais, sem, contudo, ver-se ameaçado
pela consumação total da pulsão, sem que o gozo pleno e intolerável, represente um risco para os padrões culturais.
A Sublimação em Freud e Lacan
Os filósofos, dos gregos até Kant, fazem uso do termo sublimação como
um conceito do campo das belas-artes, para designar uma produção que sugere grandeza, elevação, ou seja, tudo aquilo que pertence a uma ordem superior e em determinadas situações. O conceito pode ser associado ao belo.
Entretanto, há diferença entre o belo e o sublime: ambos os termos pertencem
à ordem estética, mas a beleza pressupõe a materialização, sendo o belo observável, tocável, tangível, aplicável às coisas finitas; enquanto que o sublime
não se encontra em lugar nenhum, transcende à materialidade, é intangível.
Ademais, anteriormente às contribuições freudianas, a sublimação tinha
ainda um segundo significado, advindo da química, que designava um processo de passagem de um corpo diretamente do estado sólido ao estado gasoso, do gelo ao vapor. Sendo assim, o termo é usado por Freud de maneira
metafórica, indicando o caráter incorpóreo da operação sublimatória, ou seja,
quando a pulsão sexual é realizada por meio de fins mais elevados, sem sua
efetivação nas atividades sexuais primitivas (Laplanche & Pontalis, 1986;
Kaufmann, 1996).
No ensaio Fragmentos da Análise de um Caso de Histeria, mais conhecido
como Caso Dora (1987b, p. 53), o autor faz menção ao conceito de sublimação, ao descrever as perversões sexuais em diferentes estágios do desenvolvimento. Nesse texto, Freud defende que as perversões não são bestialidades
nem degenerações, mas estão previstas no desenvolvimento da sexualidade
da criança “cuja supressão ou redirecionamento para objetivos mais elevados
– sua ‘sublimação’ – destina-se a fornecer energia para um grande número
de nossas realizações culturais”. Conforme Guimarães (2010), nesse momento, nós observamos uma estreita relação entre a sublimação, o seu caráter
assexual e a cultura. O fato de ela ser apontada como fornecedora de energia
para as realizações culturais contrasta com a capacidade da libido de fixar-se
em qualquer objeto, inutilizando seus efeitos.
Desde o início, Freud já admitia a possibilidade da sublimação das pulsões
sexuais, principalmente por meio do olhar (pulsão escopofílica), não implicando a realização pulsional conforme o esperado para os primeiros estágios
de vida, em que ela só podia ser realizada de uma forma padrão, prevista no
desenvolvimento humano. Da maneira agora concebida, por meio dos processos sublimatórios, a pulsão seria desviada para outro objeto que não o original, prioritariamente aqueles relacionados às atividades culturais. Para
Freud, o processo sublimatório envolveria “as forças utilizáveis para o trabalho
cultural provindas, em grande parte, da repressão daquilo a que se chamam
elementos perversos da excitação sexual” (Freud, 1987c, p.141). Há aqui, portanto, um salto em relação à concepção de corpo, pois o que antes era visto
como uma função essencialmente biológica passa a ser tomado como uma
função psíquica, admitindo-se, inclusive, a troca de objeto e objetivos da pulsão, distinguindo assim o homem dos outros animais. O homem troca o objetivo e a meta sexual, podendo, inclusive, postergar sua realização, coisa que
outros animais jamais poderão fazer.
No belo ensaio Leonardo da Vinci e uma Lembrança de sua Infância
(1987d), Freud relaciona a criação artística à sublimação das pulsões sexuais
infantis. Ele reconstitui importantes momentos da constituição psíquica de
Da Vinci ao associá-los à sua história psicossexual, destacando a contundência da privação sexual do artista em sua produção. Nessa obra Freud confirma
seu entendimento referente à noção de sublimação. Diz ele:
A observação da vida cotidiana das pessoas mostra-nos que a maioria conseguiu orientar uma boa parte das forças resultantes do instinto sexual para
sua atividade profissional. O instinto sexual presta-se bem a isso, já que é dotado de uma capacidade de sublimação: isto é, tem a capacidade de substituir
seu objetivo imediato por outros desprovidos de caráter sexual e que possam
ser mais altamente valorizados. (Freud, 1987d, p. 72)
Portanto, nessa fase do desenvolvimento de sua teoria, Freud concebe a
sublimação como um desvio da pulsão sexual para fins mais elevados, como
condição para o desenvolvimento intelectual e cultural, implicando, para tanto,
uma restrição da atividade sexual, conforme já aparecia nas primeiras referências ao termo, ou seja, seu pensamento pouco mudou desde sua apresentação, ainda que a noção seja agora importante à sua teorização. Nesse texto
de 1910, ele associa a capacidade de sublimação, diretamente, à atividade
profissional, à criação, tomando-a como uma atividade mais elevada que a
realização das pulsões sexuais. Há a troca do sensível por algo da ordem do
inteligível, implicando nesse processo que se converte em ganho civilizatório
para a humanidade. Se pensarmos em sua origem, a natureza da energia sublimada continua sexual, mas, se tomarmos como referência o tipo de satisfação obtida e o objeto que a proporciona, ela é transformada em uma energia
não sexual (Cf. Cruxên, 2004).
No artigo À Guisa de Introdução ao Narcisismo (Freud, 2004a) ele apresenta inovações importantes no tocante ao nosso conceito, pois nele se inicia
a revisão da teoria pulsional adotada até então, haja vista que a referida teoria
mostrou-se insuficiente para explicar o autoerotismo e o narcisismo, ou seja,
o fato de a pulsão ser direcionada e realizar-se no próprio corpo. Nesse texto
Freud assim conceituava o termo em discussão: “a sublimação é um processo
que ocorre na libido objectal e consiste no fato de a pulsão se lançar em direção à outra meta, situada em um ponto distante da satisfação sexual; a ênfase diferente e afastada da finalidade sexual” (Freud, 1987e, p. 112). Aqui se
destacam não mais as trocas de metas e objetos pertinentes à sublimação,
mas a pulsão em si e seus prováveis destinos, verificáveis no próximo texto,
Pulsões e Destinos da Pulsão, tendendo a uma visão mais consolidada da pulsão, conforme brevemente comentada neste trabalho, quando da discussão
do método em Freud.
Foi no texto Pulsões e Destinos da Pulsão (2004c) que Freud nos apresentou
os possíveis destinos das forças pulsionais sexuais, quais sejam: 1) a transformação em seu contrário; 2) o redirecionamento contra a própria pessoa (processos que geralmente convergem ou coincidem); 3) o recalque; e 4) a
sublimação. Há nesse texto uma mudança importante no enfoque freudiano; ele
prioriza as pulsões sexuais em detrimento das pulsões do eu ou de autoconservação. Embora Freud fale apenas das pulsões sexuais, evitando a descrição
do embate entre as pulsões de vida (eros) e as pulsões de morte (thanatos),
como são vários os destinos da pulsão, ainda pode haver aqui um conflito, contrapondo o avanço das pulsões ao modo de defesa contra elas mesmas.
Ao tratar da transformação em seu contrário como um dos destinos da pulsão, ele admite duas possibilidades de manifestações: a) por meio do redirecionamento da atividade para a passividade, por exemplo, os pares de opostos
sadismo/masoquismo e voyerismo/exibicionismo; b) por meio da inversão
do conteúdo, como, por exemplo, pode ser encontrada no caso de transformação do amor em ódio. Quanto às primeiras oposições, Freud (2004b, p.
156) diz que elas são “as mais conhecidas entre as pulsões sexuais que se
manifestam de forma ambivalente”; nesses pares, a transformação em contrários só se refere às metas da pulsão (a meta ativa. torturar, ficar olhando,
é substituída pela passiva, ser torturado, ser olhado). Já quanto às segundas,
ele diz que “o amar admite não apenas um par de opostos, mas três. Além da
oposição amar ─ odiar, existe outra, amar ─ ser amado, e, ademais, se tomarmos o amor e o ódio em conjunto, poderemos opô-lo ao estado de indiferença.” Então, para compreendermos melhor os diversos pares de
oposições do amar, é oportuno nos lembrarmos de que toda vida psíquica é
dominada por três polaridades: sujeito (Eu) ─ objeto (mundo exterior); prazer
─ desprazer; ativo ─ passivo.
Com relação ao redirecionamento contra a própria pessoa, Freud nos convoca a pensar, mais uma vez, no par sadismo/masoquismo nós observamos,
nesse caso, que o processo de redirecionamento da pulsão contra a própria
pessoa se dá no par de opostos, que, segundo Freud, ocorre da seguinte
forma: a) o sadismo consiste em violência, em exercício de poder contra outra
pessoa tomada como objeto (exemplo de voz ativa); b) nesse caso o objeto é
deixado de lado e substituído agora pela própria pessoa (esse direcionamento
transforma, ao mesmo tempo, a meta pulsional ativa em passiva – voz reflexiva média – por exemplo, neurose obsessivo-compulsiva, em que encontramos o redirecionamento contra a própria pessoa, sem fazer-se acompanhar
da passividade perante outra pessoa); c) novamente outra (fremde) pessoa é
procurada como objeto, a qual, devido à transformação ocorrida na meta, tem
então de assumir o papel de sujeito (voz passiva), masoquismo, cuja satisfação ocorre pela via do sadismo original (o Eu passivo se transporta, fantasisticamente, ao seu lugar anterior, o qual havia sido deixado ao encargo de outro
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 73
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
(fremd) sujeito que agora o ocupa). (Cf. Freud, 2004b, p. 153.)
Nessa situação a pulsão sádica parece perseguir em paralelo à sua meta
genérica (ou até mesmo no interior dessa meta), a qual visa a uma ação dirigida bastante específica além de humilhar e subjugar: infligir dores. Em síntese, o processo se dá assim: primeiro infligir dor do sadismo original; depois,
sentir dor como meta masoquista (importância da fantasia); e, por fim, retroativamente a meta sádica de infligir dores, sendo que “nós mesmos, em nossa
identificação com o objeto que sofre, poderemos fruí-las (geniesst), de modo
masoquista” (Freud, 2004b, p. 154).
Quanto ao processo que se dá no par de opostos voyerismo–exibicionismo,
ele nos diz que podem ser consideradas as mesmas etapas que foram encontradas no caso anterior: a) o ato de ficar olhando como atividade voltada para
um objeto estranho (fremd); b) a renúncia ao objeto, a reorientação da pulsão
de olhar agora voltada em direção a uma parte do corpo e, com isso, a transformação da atividade em passividade e a escolha de uma nova meta, a de
ser olhado; c) a introdução de um novo sujeito, ao qual nos mostramos, e a
possibilidade de sermos contemplados por ele. No entanto, há uma importante diferença com relação ao caso do sadismo: trata-se do fato de que a pulsão de olhar contém uma fase ainda anterior àquela apresentada no item “a”.
No início de sua atividade, a pulsão de olhar é autoerótica, isto é, tem um objeto, mas o encontra no próprio corpo. Somente mais tarde há a troca desse
objeto por outro, com características análogas, situado em outro corpo, conforme previsto na referida fase. (Freud, 2004b)
Para Freud (2004b, p. 156), existe uma relação entre o narcisismo e os destinos da pulsão. Na fase inicial de desenvolvimento do Eu, durante a qual as
pulsões sexuais se satisfazem de maneira autoerótica, a etapa preliminar da
pulsão de olhar “pertence ao narcisismo, ou seja, é uma formação narcísica,
ao passo que a pulsão de olhar passiva manterá o objeto narcísico aprisionado”. De maneira similar, pode-se dizer que “a transformação do sadismo
em masoquismo significaria um retorno ao objeto narcísico”. “Em ambos os
casos, por meio da identificação, o sujeito narcísico sofre uma troca por outro
Eu estranho (fremd).” Contudo, “os destinos pulsionais de redirecionamento
contra o próprio Eu e de transformação de atividade em passividade são dependentes da organização narcísica do Eu e carregam a marca dessa fase”.
Considerando, portanto, a relação entre os dois últimos textos freudianos
aqui referenciados e buscando concluir essa síntese relativa aos destinos da
pulsão, recorremos, novamente, ao momento em que Freud (2004b, p. 159)
deduz: “[...] os destinos da pulsão consistem essencialmente em que as moções pulsionais estão submetidas às influências das três grandes polaridades
que dominam a vida psíquica: atividade ─ passividade (biológica); Eu ─
mundo exterior (real); prazer ─ desprazer (econômica)”.
O recalque, que se constitui em um dos pilares da construção do edifício
da psicanálise, recebeu um artigo específico onde Freud trabalha detalhadamente os aspectos teóricos e técnicos a ele concernentes. Podemos dizer, resumidamente, que sua função seja impedir a realização da pulsão, mantendo
no inconsciente suas representações, tais como imagens, pensamentos, recordações. Nesse sentido, o recalque se opõe à sublimação, haja vista que o
primeiro se contrapõe ao movimento das pulsões, barra sua realização, enquanto que o segundo se constitui, em consonância com os ditames da cultura, na consumação de um destino possível da pulsão, facultando, ainda que
parcialmente, sua realização, ou seja, ele se transforma num mecanismo de
defesa contra a possibilidade de a pulsão ser recalcada.
Em Além do Princípio do Prazer (2006), Freud não se refere diretamente à
sublimação nem menciona tal conceito. Contudo, esse artigo modifica nossa
compreensão quanto a ela, pois traz importantes alterações na teoria das pulsões. Nesse momento, Freud revisa três destacados aspectos de sua teoria:
a) detalha o uso da palavra angst (geralmente traduzida como medo, mas no
Brasil foi traduzida também como ansiedade e angústia, em conformidade
com a tradução francesa e inglesa; schrek (susto), angst (medo) e furcht (receio/temor)); b) retoma o fenômeno da compulsão à repetição como derivado
da natureza das pulsões, considerando-o suficientemente poderoso ao ponto
de desprezar o princípio de prazer; e c) introduz a noção de pulsão de morte,
como forma de enfrentar o problema da destrutividade. Ele contrapõe a pulsão
de morte às pulsões de vida, concebendo-a como tendência à completa redução das tensões, ou seja, reconduzindo o ser vivo ao estado inorgânico,
estágio entendido como anterior à vida na evolução dos organismos vivos.
(Cf. Freud, 1920/2006).
Foi com o texto O Ego e o Id (1987e) que Freud “completou sua revisão
teórica”, apresentando-nos sua segunda teoria do aparelho psíquico (isso, eu
e supereu). A passagem da primeira teoria do aparelho psíquico (inconsciente,
pré-consciente, consciente) para a segunda ocorre por meio da retomada de
alguns conceitos e da alteração e introdução de outros, sendo fundamental
para tais mudanças a noção do narcisismo, haja vista que a ideia de investimento do eu pela libido, não permite mais a manutenção de um suposto conflito pulsional entre as pulsões sexuais e as pulsões do ego, conforme antes
comentado. Embora o objetivo da propositura da segunda tópica não tenha
sido suplantar a primeira, mas sim ampliá-la, sanando as possíveis falhas na
explicação do funcionamento psíquico, há, com a nova teoria, um deslocamento temático: sua ênfase não recai mais sobre o material recalcado, mas
sim sobre o recalcador. Noutras palavras, enquanto a primeira tópica era voltada para a economia da libido, a segunda está voltada para um confronto da
libido com algo que lhe é externo: a exigência de renúncia imposta pela cultura
e executada pelo superego.
Sabemos que das estruturas da segunda tópica a única que o indivíduo
nasce com ela é o Isso, reservatório de pulsão, entendida como energia, cheio
de desejos e pulsões, as quais estão sempre ativas. Assim sendo, ele não é
influenciado pela realidade, nem a ela se conforma. Seguindo nessa linha argumentativa, movido pelo princípio do desprazer-prazer, ele exige a satisfação
imediata das pulsões sexuais. Para complicar ainda mais a situação do Isso,
é também dele que derivam as outras duas estruturas psicológicas (Eu e Supereu). Então, há aqui na teoria um problema a ser solucionado: como explicar
os mecanismos defensivos e dentre eles a sublimação?
Frente à necessidade de responder a esse e a outros questionamentos, deixando mais clara a relação entre as instâncias da segunda tópica e as duas
categorias pulsionais, observando-se que elas não coincidem com o dualismo
pulsional, Freud foi instigado a se posicionar sobre o assunto. Nesse sentido,
ele argumenta que não se pode limitar uma ou outra das pulsões fundamentais às instâncias psíquicas, atribuindo ao Eu (ego) um papel mediador, conforme observado nas afirmações abaixo relatadas:
A transformação da libido do objeto em libido narcísica, que assim se efetua, obviamente implica um abandono de objetivos sexuais, uma dessexualização - uma espécie de sublimação, portanto. Em verdade, surge a questão,
que merece consideração cuidadosa, de saber se este não será o caminho
universal à sublimação, se toda sublimação não se efetua através da mediação
do ego, que começa por transformar a libido objetal sexual em narcísica e,
depois, talvez, passa a fornecer-lhe outro objetivo. (Freud, 1987e, p. 44)
Ademais, há em Freud uma teoria do sublime? Encontramos em Freud os
fundamentos para subverter a teoria do sublime, conforme pensada até Kant,
o que seria o mesmo que dizer que há uma teoria do sublime a ser depreendida
nos textos freudianos. Por um lado, Freud utiliza o termo ao longo de toda sua
obra na tentativa de explicar atividades alimentadas pelo desejo, do ponto de
vista econômico e dinâmico, que não visam, manifestadamente, a alvos sexuais;
por outro, é certo depreender, também do conjunto de sua obra, que esse desejo é sexual, pois insistentemente ele leva suas dicotomias aos extremos e
prioriza, no caso desse estudo, as pulsões sexuais e a pulsão de morte, permitindo-nos pensar como fundamento a predominância do Isso, do qual dependem os desejos inconscientes. Não é possível, portanto, atrelar o conceito de
sublimação à dimensão estritamente intelectual das atividades cinema, escultura, literatura, poesia, pintura, teatro, etc.; ao contrário, essa dimensão somente
poderá ser tomada como um dos efeitos de uma dimensão mais ampla.
Considerando que a discussão sobre a sublimação seja polêmica e carente
de mais pesquisas, alguns dos sucessores de Freud esforçaram-se na busca
de solução da celeuma relativa ao conceito, e dentre os mencionados esforços
cabe destaque o trabalho de Jacques Lacan, que, direta ou indiretamente, influenciou os estudos de pensadores no mundo todo. Conforme Safatle (2006,
p. 269), um dos pontos privilegiados na teoria lacaniana é que “uma reflexão
sobre o pensamento psicanalítico da arte se impõe, na medida em que a formalização estética pode nos fornecer protocolos para um pensamento do que
se apresenta como resistência à apreensão conceitual e à repetição fantasmática”.
Nessa discussão, Safatle diz que há em Lacan dois regimes de recurso psicanalítico à arte. O primeiro nos remete à interpretação do material estético
como desvelamento da gramática do desejo, pensada a partir dos conceitos
de falo e nome-do-pai, principalmente, tomando a arte como campo legitimador da metapsicologia, em que caberia ao psicanalista mostrar a distinção
entre os campos do imaginário e do simbólico. Comenta que, para Lacan, o
destaque não recai sobre o papel criativo do psicanalista, mas isso não o impede de servir-se da literatura para “mostrar a amplitude dos conceitos metapsicológicos” (p. 273), deixando em aberto a contribuição desses recursos
para a compreensão da obra como acontecimento singular. Já segundo gira
em torno do problema do estatuto próprio ao objeto estético em sua irredutibilidade. Conforme Safatle (2006, p 273), Lacan se põe à procura de “coordenadas que lhe permitam compreender a especificidade da formalização
estética e seus modos de subjetivação”, e por meio das mencionadas reflexões torna-se possível encontrar um verdadeiro programa de definição de fenômenos estéticos em Lacan, o qual nos traz reflexões mais amplas sobre a
sublimação, como, por exemplo, suas reflexões encontradas nO seminário,
livro 7: a ética da psicanálise (1988).
Nesse seminário, Lacan chama a atenção para a contradição de Freud ao
estabelecer o conceito de sublimação. Para ele, os postulados da sublimação
não poderiam implicar a satisfação direta e, ao mesmo tempo, necessitar do
selo internalizado da aprovação social. Aprofundando-se em sua análise,
74 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Lacan recorre ao termo Das Ding, a Coisa, ou seja, o objeto perdido de uma
satisfação mítica. Para ele, a Coisa está presente na cultura sob a forma de
um mal radical, exterior e íntimo. Comenta que, na obra kleiniana, simbolicamente, ela é representada pelo corpo materno em relação ao qual a criança
dirige sua destrutividade, buscando a reparação do mal causado. Por um lado,
ele não concorda com a redução da noção de sublimação a um esforço restitutivo do sujeito em relação à fantasia lesada do corpo materno, carecendo
o conceito de melhor explanação. Por outro lado, não discorda radicalmente
da posição de Klein, mas explora o tema apresentando outras facetas.
Lacan (1988, p. 135) toma a sublimação como uma modalidade discursiva
situada historicamente, pois “não há avaliação correta possível da sublimação
na arte se não pensamos nisto – que toda a produção da arte, especialmente
das belas-artes, é historicamente datada”. A arte não é única, e os valores
agregados aos objetos de arte dependem do contexto e da época nos quais
eles foram criados, aproximando a situação de um dilema ético: “julgar essa
sublimação enquanto criadora de tais valores, socialmente reconhecidos”. De
acordo com Safatle (2006, p. 281), podemos dizer que a sublimação é “um
movimento que transforma o impossível a escrever em uma espécie de escritura do impossível”, permitindo a apresentação do que há de real no objeto.
Considerando que o alvo da pulsão seja a negação do desejo, para Safatle
(2006, p. 283), “a pulsão pode se satisfazer no gozo de um objeto que traga
em si sua própria negação”, pois ela pode ser tomada como uma contradição
das condições objetivas. Nessa direção, Lacan afirma que “a pulsão de morte
é uma sublimação criacionista” (1988, p. 251), já que a sublimação se vincula,
necessariamente, à negação do objeto da pulsão de morte. Safatle comenta
ainda que “a sublimação [...] necessita de uma figura da negação que possa
suportar a irredutibilidade da negação ontológica no interior do pensamento”,
e a relação da sublimação com o negativo “marca exatamente um retorno ao
primado do objeto na clínica” (2006, p. 284), dando forma ao objeto imaginário na contradição entre a fantasia e o vazio da Coisa.
Enquanto que para Freud a sublimação é um mecanismo de defesa vinculado ao princípio do desprazer-prazer, ou seja, ela é regida pelo processo primário de funcionamento psíquico, Lacan a situa como um destino pulsional
que pode trazer sofrimento psíquico, pois a sublimação nos remete à insistência do real, ou seja, no processo criativo, o sujeito seria forçado a se confrontar com o para-além do princípio do prazer. Nesse contexto, a obra de
arte teria uma função organizadora capaz de se desfazer, podendo o temor do
artista advir de sua destruição. Ele a coloca no lugar de uma báscula, que oscila do confortável ao profundamente desconfortável. Assim, a sublimação
estaria mais diretamente relacionada à pulsão de morte.
Lacan (2008b) analisa também a plasticidade das pulsões, lembrando que
nem toda sublimação é possível no indivíduo, ou seja, sempre há alguma
coisa que não pode ser sublimada. Haveria, portanto, uma exigência libidinal
de certa dose de satisfação direta, sem a qual resultaria em danos e perturbações graves ao psiquismo. Ele argumenta que, no caso de sua vinculação
à aceitação social, caberia melhor determinar o que seja a referida aceitação,
haja vista que a cultura está diretamente relacionada aos hábitos de um povo
e circunstancialmente delimitada. Então, a sublimação não poderia ser tomada
somente como algo positivo e esperado no processo analítico, equivalente a
uma satisfação direta, em que a própria pulsão se saturaria de maneira que
só teria por característica receber a estampilha da aprovação coletiva. Sendo
assim, a definição de sublimação em Lacan pressupõe a vinculação da pulsão
ao objeto, permitindo a apresentação do que há de real nesse objeto. Não pode
ser pensada sem levar em consideração o vazio da Coisa, das Ding.
No melhor estilo lacaniano, ele se refere ao conceito assim: “[...] a fórmula
mais geral que lhes dou da sublimação é esta, ela eleva um objeto [...] à dignidade da Coisa” (Lacan, 1988, p. 140-141). Conforme comenta Safatle (2006,
p. 289), podemos observar que “o tempo da estética lacaniana é o momento
histórico no qual a arte aparece como maneira sensível de sustentar o que
não pode encontrar determinação para se afirmar positivamente em uma realidade totalmente fetichizada”, pois a arte se organiza em torno do vazio. Segundo ele, a sublimação é apresentada por Lacan em conformidade com três
protocolos: a subtração, o deslocamento no interior da aparência e a literalização. Cada um desses protocolos incide sobre um problema específico: “o
estatuto da presença e da ausência no objeto estético (a Coisa), a relação da
arte com a irredutibilidade da aparência (semblante) e a resistência do material
na formalização estética (a letra)”, sendo que essas questões convergem na
produção lacaniana de um pensamento estético e, consequentemente, na
constituição da noção de sublimação.
Como exemplo da primeira situação, temos a mulher no amor cortês, esvaziada de todo traço imaginário da individuação. Portanto, conforme Safatle
(2006, p. 290), dessa mulher “resta uma imagem infinitamente reprodutível,
impessoal, inexpressível, indiferente ao ponto de ser fria e cruel; imagem dessensibilizada [...]”. Ele ainda comenta: “[...] para que a coisidade que marca
a singularidade do objeto possa aparecer, faz-se necessário, primeiramente
dessensibilizar a imagem e liberar o objeto das amarras do imaginário”. Pela
dessensibilização do material o sujeito se libera do aprisionamento do material
natural, “é pela destruição da imagem que a negatividade da Coisa pode vir à
luz sob a forma de objeto”. Essa é uma condição necessária, visto que “sem
a destruição da imagem idealizada, não há sublimação, mas apenas fetichismo” (p. 293).
No segundo protocolo – o deslocamento no interior da aparência – Lacan
retorna ao problema da visibilidade da imagem estética, conforme já proposto
a respeito do lugar da mulher no amor cortês. Ao afirmar que o mimetismo e
o trompe l’oeil são equivalentes da função exercida pela pintura, Lacan indica
que o reconhecimento da irredutibilidade da aparência, na lógica do imaginário, é tomado como momento de formalização estética, ressaltando a importância da aparência (Cf. Safatle, 2006). Não obstante, a arte pode ser
absorvida pela dimensão do simulacro e dos jogos de aparência que se reenviam, pois, para Lacan (1988, p. 163), “o que procuramos na ilusão é algo
através do qual a própria ilusão se transcende, se destrói, mostrando que está
lá apenas como significante”.
Segundo Safatle (2006, p. 297), foi no terceiro protocolo da sublimação, a
literalização, que Lacan pôde organizar os problemas vinculados à resistência
do material através da letra. O autor pergunta: mas por que a letra? E nos responde que em Lacan “a essência do significante consiste em articular-se com
o imaginário a fim de produzir um sistema estruturado, fechado e totalizante”,
em que um conjunto de elementos múltiplos tem relações como parte de um
sistema, chegando a uma escritura serial (grifo do autor). Em Lacan o material
utilizado pela linguagem pode produzir relações próprias à instância sistêmica
do significante. O escrito, que se mostra como um limite à simbolização e resistência à interpretação, “também é literalização do que inicialmente apareceu
como o ponto vazio da coisa. Essa rasura é modo de presença, maneira de
formalizar a negação que vem da não-identidade do material.” (Safatle, 2006,
p. 297) Ainda conforme Safatle (2006, p. 298), podemos afirmar que “uma
obra de arte parece ser sempre obra da perda da crença na força comunicacional da língua. Perda que se inscreve nos dispositivos de sua produção.
Nesse sentido, a escritura da letra só pode se realizar como escritura de ruínas”, sendo esse o destino de toda formalização estética, pois toda subjetividade reconhece sua certeza a partir da existência das ruínas.
Tentemos agora uma síntese, na tentativa de concluir este item. Com Freud,
podemos, para pensar a questão da sublimação, recorrer à sua elaboração
sobre a constituição do psiquismo, em que o processo primário, regido pelo
impositivo princípio do desprazer-prazer, evolui com a aquisição do processo
secundário, desenvolvido sob a batuta do princípio de realidade e seus condicionantes sociais, concorrendo, portanto, ambos na busca do difícil equilíbrio entre as inegociáveis demandas do Isso e os imperativos do Supereu. Já
com Lacan essa questão ganha novos contornos, devido, sobretudo, ao estatuto que Lacan atribui ao objeto, modificando radicalmente o conceito de
pulsão. A sublimação, então, para ele, não diz respeito a uma energia deslocada, e sim à relação com o objeto, isto é, tem a ver com a dimensão de não
ser do sujeito. Pensar o cinema, portanto, como indústria do entretenimento,
como função social, ou ainda como arte, requer articulações diferentes com
o conceito de sublimação aqui discutido.
As Reações do espectador Fílmico
A interação entre o público e a evolução da estética dos filmes é fato inconteste, assim como as evidências de que o filme promove variadas reações em
seus espectadores. Interessa-nos, particularmente. refletir nesse tópico, a relação do espectador com o filme e para tal nos propomos a pensá-la como
uma atividade que pode ser discutida a partir das contribuições dos conceitos
psicanalíticos. Mas como influenciar e impressionar o espectador fílmico? É
claro que, por inúmeras razões, todo cineasta se interessa pelos efeitos que
seus filmes causam no público espectador.
Ademais, se por um lado nos faltam elementos para calcular os efeitos reais
da ação exercida por um filme sobre o espectador, por outro não temos como
negar uma série de estímulos elementares que provocam efeitos previsíveis
no público, por exemplo, quando coincide o movimento com as bordas do
quadro, manipulando o tempo e o ritmo de exibição de cada plano, dosando
a tensão de cada cena, de forma a torná-los mais perceptíveis, ao mesmo
tempo em que causam uma pressão emocional sobre o espectador e confundem fantasia e realidade.
Aumont e outros (2011) constatam que essa reflexão não foi conclusiva,
pois as teorias psicológicas subjacentes, na busca racional de uma verdade,
apresentavam um caráter mecânico, principalmente em sua versão norteamericana, reduzindo a amplitude das reações ao condicionamento dos espectadores. Outro fator que precipitou o fim dessa forma de abordagem,
ocorrido na década de 1930, foi o surgimento do cinema falado, que proporcionou a passagem para a linguagem verbal, introduzindo nessas discussões
variáveis linguísticas, sociológicas, ideológicas e psicológicas, próprias de
uma teoria do sujeito.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o interesse pelo espectador volta
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 75
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
à tona, tendo em vista, principalmente, o poder do impacto emocional das
imagens, usadas na prática do cinema de propaganda, seja ela da iniciativa
pública ou privada. Sendo assim, o interesse por esse fenômeno aumentou e
vários periódicos associados à análise fílmica passaram a ser publicados,
principalmente na França. Os esforços desses estudiosos da análise fílmica
estavam voltados pelas condições psicofisiológicas da percepção das imagens dos filmes, aplicando sobre elas métodos que permitissem observar as
reações de um espectador nas mais variadas condições, notadamente, naquelas que tangem à qualidade e fidedignidade da fotografia, condição essencial para sua perfeita percepção das imagens. “Essas observações levaram a
concluir que a percepção visual não é um simples registro passivo de uma
excitação externa, mas que consiste em uma atividade do sujeito que a percebe”. (Aumont e outros, 2011, p. 233) Dessa constatação originaram inúmeros estudos com várias categorias de espectadores, por exemplo, crianças,
adolescentes, povos primitivos, etc. Um deles demonstrou que a influência
do filme no espectador prolonga sua duração para além da projeção da película, exercendo influência profunda no público, por uma espécie de impregnação de modelos de comportamento. Um exemplo dessa reação é a
expectativa criada na veiculação de um cartaz ou na projeção do trailer de um
filme antes da exibição dos filmes a que escolhemos assistir. Esse tipo de estratégia antecipa o interesse do espectador pelo lançamento do filme, garantindo o retorno da indústria cinematográfica.
Para Metz (1980a, p. 141), “face ao sonho que é engajado pelo lado do princípio do prazer, o estado fílmico repousa mais sobre o princípio de realidade
[...]”, ou seja, “[...] o processo alucinatório só pode estabelecer, em regime
normal, mas nas condições econômicas do sonho”. Então, guardadas as devidas proporções e considerando as condições técnicas projetivas das salas
de cinema, a ausência ou atrofia das atividades motoras, o filme promove a
passividade do espectador colocando-o numa situação regressiva, similar à
infantilização, ou seja – conforme sustentam alguns autores – no centro de
uma neurose artificialmente criada, promovendo e aumentando os efeitos de
projeção-identificação. Dessa maneira, frente à ausência-presença da imagem,
“a percepção do mundo pela mentalidade arcaica e pela mentalidade infantil,
cuja característica comum é de, a princípio, não estarem conscientes da ausência do objeto e de acreditarem na realidade de seus sonhos tanto quanto
na de suas vigílias” (Aumont e outros, 2011, p. 236).
Já avançando com seus comentários para outra perspectiva histórica, Aumont e outros (1994/2011) nos diz que a década de 1950 é dominada pelo
modelo da linguística, em que a atenção estava, primeiramente, voltada para
a leitura de seus códigos, quase excluindo a figura do sujeito. Todavia, num
segundo momento dessa perspectiva, inicia-se um movimento de redescoberta do sujeito, ainda que seja por meio do vazio no próprio texto, desembocando em trabalhos que tratam a questão do espectador fílmico, de um
ponto de vista metapsicológico, como os trabalhos dos autores como JeanLouis Baudry e Christian Metz.
Conforme Lacan (2008a) nos propõe a fase do espelho como etapa crucial
à constituição do sujeito. Essa fase é caracterizada pela indistinção entre o
sujeito e o objeto, e ocorre, aproximadamente, entre os 6 e os 18 meses de
vida, conforme mencionado numa nota de rodapé da página 91. Frente às limitações motoras, a criança coordena o mundo à sua volta pelo olhar, descobrindo a si e aos semelhantes numa relação de espelho. Segundo Lacan
(2008a, p.187): “é em função desse atraso do desenvolvimento que a maturação precoce da percepção visual adquire seu valor de antecipação funcional.
Daí resulta, por um lado, a acentuada prevalência da estrutura visual no reconhecimento muito precoce [...] da forma humana”.
Embora Lacan já se preocupasse com esse tema em 1946, para Aumont e
outros (2011), foi J. L Baudry que constatou que haveria uma analogia dupla
entre a situação da criança na fase do espelho e do espectador fílmico. A primeira diz respeito ao espelho e à tela, estruturados como uma espécie de moldura, limitando e isolando o objeto do mundo ao mesmo tempo em que o
toma como objeto total. Conforme Metz (1980b) a tela é equivalente, de certa
maneira, a um espelho primordial, embora, ela não reflita o próprio espectador, o que a diferencia da fase do espelho e consequentemente a criança e o
espectador. Fundamentando-se no texto lacaniano, acima referenciado, Baudry nos propõe a segunda analogia. Ela diz respeito ao estado de impotência
motora da criança e a postura do espectador, determinada pelas condições
técnicas de exibição do filme. A prematuridade biológica da criança é que determina a constituição imaginária do eu. Sua imaturidade neurológica e sua
desorientação motora e espaço-temporal levam-na a criar uma imagem corporal, na fase do espelho, maturando, precocemente, a organização visual.
Também, no cinema, com a inibição da motricidade, o papel preponderante
passa a ser da função visual, característica essencial ao espectador fílmico.
Como se o dispositivo colocado pela instituição cinematográfica (a tela que
nos remete à imagem de outros corpos, a posição sentada e imóvel, o investimento exagerado da atividade visual centra na tela em virtude da escuridão
ambiente) imitasse ou reproduzisse, parcialmente, as condições que presidi-
ram, na primeira infância, a constituição imaginária do eu quando da fase do
espelho. (Aumont e outros, 2011, p. 246-247)
Outro conceito com que os realizadores fílmicos, constantemente, se põem
a haver é o de Complexo de Édipo, que se encontra relacionado com o que já
discutimos, paginas anteriores, sobre a identificação. A identificação secundária implica o resgate da identificação com o pai ou com a mãe, ou seja, com a
fase triangular edipiana do desenvolvimento da sexualidade. Conforme proposta por Freud, a ambivalência dessa fase é carregada de medos, frustrações
e sentimentos hostis incontroláveis, os quais são abundantemente explorados
no cinema, possibilitando a identificação do espectador, de alguma maneira,
com as reminiscências de sua infância. Pelo dispositivo cinematográfico, esse
sujeito reencontra algumas características e condições vividas no imaginário,
relativas à cena primitiva, ocorridas na primeira infância. Sendo assim, o espectador vivencia o mesmo sentimento de exclusão diante da tela de cinema
e dos vários planos e cortes, identificando-se com os personagens que participam da cena da qual ele fora excluído. Dessa forma se reproduz a mesma
pulsão de voyeur; a impotência motora, em que predomina a visão e a audição.
Para os teóricos do cinema está em questão o fato de as experiências culturais, como o teatro e o cinema, desempenharem um papel importante no
processo das identificações secundárias, levando o espectador a se implicar
com a superação de suas dificuldades emocionais, ou seja, dessas identificações poderá advir o ideal do eu, justapondo sentimentos e ideais diversos na
constituição de um sujeito.
No começo, admitiam a existência dos fenômenos da identificação primária
e secundária, no entanto, tinham desses fenômenos uma compreensão bastante
diferente da compreensão psicanalítica, dedicando-lhes pouca ou quase nenhuma atenção. O termo identificação era muito vago, servindo para justificar
a existência do espectador, o qual durante a projeção compartilhava seus sentimentos, esperanças, desejos e angústias com o este ou aquele personagem,
tomando-se momentamente por ele. A identificação primária era vista como a
identificação com o sujeito da visão, como condição para que se estabelecesse
a identificação secundária, ou seja, a identificação com o personagem.
Com as confusões surgidas quanto ao emprego do conceito e os avanços
observados no estudo desse fenômeno, Christian Metz (1980b) propôs
chamá-lo de o fenômeno fílmico de identificação cinematográfica primária,
para definir a identificação do espectador com seu próprio olhar. Conforme
Aumont e outros. (2011), a identificação primária no cinema é
[...] aquela pela qual o espectador se identifica com seu próprio olhar e se
sente como foco da representação, como sujeito privilegiado, central e transcendental da visão. É ele que vê essa paisagem a partir desse ponto de vista
único, seria possível dizer também que a representação dessa paisagem se
organiza por inteiro para um lugar preciso e único que é precisamente o de
seu olho. (Aumont e outros, 2011, p. 260)
Esses autores se referem à identificação secundária como a identificação
com o representado, enquanto que a identificação primária seria a identificação com o representante, consigo mesmo. Então, a capacidade do espectador
de identificar-se com sua visão, com o olho da câmera que viu a cena antes
que ele, sem a qual o filme não faria o menor sentido, “não seria senão uma
sucessão de sombras, de formas, de cores, literalmente, ‘não identificáveis’
em uma tela” (Aumont e outros, 2011, p. 259). Dessa primeira modalidade
de identificação adviria a concepção de que “a identificação secundária no cinema seja fundamentalmente uma identificação com o personagem, com o
representado, como figura semelhante na ficção, como foco dos investimentos afetivos do espectador”, constituindo-se como um mero efeito da simpatia
entre espectador e personagem. Sendo assim, essa modalidade de identificação é extremamente ambivalente e permutável, haja vista que as reações do
espectador podem mudar durante a projeção de um filme.
Considerações Finais
Considerando o conteúdo e o alcance de uma pesquisa que se propõe a
trabalhar, ao mesmo tempo, com a teoria psicanalítica e a teoria do cinema,
é impossível dizer tudo, como também é impossível chegar a uma resposta
conclusiva. No entanto, podemos afirmar que o presente estudo nos possibilitou discutir questões caras a essas duas teorias, abrindo espaços para novas
elaborações. Nesse sentido, a teoria pulsional, em Freud e Lacan, representa
um enorme desafio, principalmente no que tange aos desdobramentos das
especulações decorrentes da hipótese da pulsão de morte. Outro aspecto que
nos instiga é o conceito de inconsciente. Embora, Lacan tenha retornado a
Freud, ampliando a compreensão que temos desse conceito, pelo lugar que
ocupa no edifício psicanalítico, o tema merece novos estudos.
Enfim, embora a pesquisa não seja conclusiva, ela permitiu-nos conhecer
melhor como se deu o desenvolvimento conceitual da interface psicanálise e
cinema. Nosso estudo transitou por um percurso árduo, implicando a retomada de uma parte complexa da teoria freudiana, que gerou várias reformulações no decorrer de sua trajetória. Sabemos que ainda existem lacunas na
nossa elaboração e pontos conceituais em aberto, carecendo de investigação
76 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
e reformulações. Este percurso abriu, portanto, várias perspectivas e sinalizou
para a necessidade de novos estudos. Uma análise aprofundada dos processos sublimatórios talvez seja nossa próxima empreitada.
13h30 -15h30
Sala 302
484Mesa redonda
ReFeRÊNCIAS bIbLIOGRáFICAS
Aumont, J., Bergala, A., Marie, M. & Vernet, M. [2011]. A estética do filme.
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Freud, S. [2004a]. À guisa de introdução ao narcisismo. (Escritos sobre a
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Freud, S. (2006). Além do princípio do prazer. In: Escritos sobre a psicologia do inconsciente, vol. 2. Rio de Janeiro: Imago (originalmente escrito em
1919 e publicado em 1920).
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Lacan, J. (2008b). Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
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Rio de Janeiro: Jorge Zahar (originalmente publicado no período de 1960 a
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J. Guatari, F. & Barthes, R. Psicanálise e cinema (pp. 127-167). São Paulo:
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Livros Horizonte.
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MINI-CuRRICuLO: Possui graduação em Psicologia (1987), especialização em
Filosofia (1990), especialização em Psicologia Clínica (2001), mestrado em
Psicologia (2006) e doutorado em Educação (2014). Atualmente é professor
adjunto da Universidade Federal de Goiás (Regional Catalão). E.mail: [email protected]
pSICOteRApIA De DeSeNSIbILIZACIóN CON expOSICIóN A
SItuACIONeS VIRtuALeS eN CASOS De FObIA SOCIAL.
Autora responsable: Dra.Sissi Gryzbowski Gaínza
Co-autora: Mg. Rosa Flores Morales
Institución de origen que representa: Universidad Mayor de San Andrés
UMSA, ABP
La innovación tecnológica en el mundo de la psicoterapia se incrementa día
a día. Experiencias clínicas reportan la eficacia de la terapia de exposición a
situaciones virtuales en el tratamiento de fobias. En Bolivia no se conocen investigaciones que utilicen esta tecnología. Por ello la importancia de la presente investigación que tiene como objetivo la implementación de un gabinete
de psicología clínica con tecnología de realidad virtual (RV) en la Universidad
Mayor de San Andrés. Objetivo: Realizar psicoterapia de desensibilización sistemática mediante la exposición a situaciones de realidad virtual y técnicas de
relajación, a fin de brindar tratamiento a estudiantes con diagnóstico de fobia
social, que interfiere su rendimiento académico y social. Metodología: El diseño de investigación es preexperimental: pretest y postest de grupo único.
En el primer año de trabajo se logró implementar el gabinete virtual, adquiriendo y calibrando los equipos, y adaptando las situaciones virtuales. Resultados: Los sujetos en estudio demostraron la efectividad de este programa en
nuestro medio y un alto grado de tolerância a la exposición debido a que la
inmersión en los ambientes virtuales es parcial permitiendo una relación directa con el terapeuta. Conclusión: La RV constituye una herramienta que
aporta a la psicología facilitando el abordaje clínico utilizando escenarios virtuales como alternativa a la exposición en vivo o imaginaria. Otra ventaja es
el control por parte de los terapeutas en los ambientes simulados, adecuando
los escenarios al medio y al sujeto.
pALAbRAS-CLAVe: Realidad Virtual, fobia social, desensibilización
MINI CuRRÍCuLuM AutOR ReSpONSAbLe: Sissi Ana Miroslava Gryzbowski Gaínza
Doctorado en Psicología Clínica (U.A.N.L. Monterrey, Nuevo León - México). Psicoterapeuta. Publicaciones en Psicología en Psicología Clínica y Neuropsicología. Miembro Fundador de la Asociación Boliviana de Psicoterapia y
presidenta 2005-2010. Docente e Investigadora de la Universidad Mayor de
San Andrés. La Paz – Bolivia.
13h30 -15h30
Sala 303
494Mesa redonda
A família no século xxI.
La família en el siglo xxi.
:: Novas configurações familiares contribuições da psicanálise.
:: nuevas configuraciones familiares contribuciones del psicoanálisis.
SILVIA PEREIRA DA CRUZ BENETTI (Brasil)
:: As novas configurações familiares na psicoterapia de casal e de família.
:: Las nuevas configuraciones familiares en psicoterapia de parejas y
familia.
THELMA LETICIA GARCIA BANDÁ (México)
La familia fue y sigue siendo un modelo que puede estimular o no el desarrollo sano de sus hijos. La mayoría de los adultos alguna vez siendo niños jugamos los roles de papá o mamá y siendo padres pocas veces nos
imaginamos actuando como niños. El rol materno y paterno requiere actualizar sus funciones en cada época ya que las necesidades de los integrantes de
la familia son diferentes de la generación que la antecede. La propuesta con
los padres es que aprendan nuevas habilidades socioemocionales con una visión holística. La psicoterapia Gestalt permite vivir la experiencia de convertirse en su propio hijo y actuar como él o ella, dándose cuenta de las
necesidades reales de cada miembro y descubrir nuevas formas de comunicación, afecto y límites, que permitan acciones congruentes para impulsar y
promover la formación de nuevas generaciones de niños y adolescentes con
un fuerte sentido de sí mismos, guiándolos en el camino adecuado para el
logro de su autonomía y felicidad. Sólo en el interior de la familia se logra el
aprendizaje de experiencias cognitivas y emocionales que permiten el sano
crecimiento de los hijos y/o hijas, en un ambiente de respeto, cuidado y amor.
Palabras claves: habilidades socioemocionales, necesidades reales, roles
parentales, amor.
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 77
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
MINI CuRRICuLuM AutORA: Maestría en Psicoterapia Gestalt Infantil, Doctorado
en Psicoterapia, estudios realizados en Centro de Investigación y Entrenamiento en Psicoterapia Gestalt "Fritz Perls", S.C., 30 años de servicio en atención a niños, jóvenes, padres de familia, Secretaria Asociación Mexicana de
Psicoterapia-AMEPAC, Docente en posgrados
:: Relacionamentos familiares na pós-modernidade.
:: Las relaciones familiares en la posmodernidad.
HELENA CENTENO HINTZ (Brasil)
THEREZA
COORDeNADORA/COORDINADORA:
AMELIA
VASCONCELLOS (Brasil)
DE
MOURA
13h30 -15h30
Sala 303
494Mesa redonda
transtornos Alimentares, Anorexia Nervosa, bulimia
Nervosa e Vigorexia: Famílias e Características
Psicóloga, Psicoterapeuta especialista em Psicoterapia Individual, de Casal
e Família. Fundadora, docente e supervisora do DOMUS – Centro de Terapia
de Casal e Família. Editora da Revista Pensando Famílias. Presidente da Associação Brasileira de Terapia Familiar – 2014/2016. Presidente da Associação
Gaúcha de Terapia Familiar – 2002/2004; 2006/2008. Membro do Conselho
Deliberativo e Científico da Associação Brasileira de Terapia Familiar – ABRATEF. Editora da Revista da ABRATEF – 2008/2014. Membro do Comité Asesor
Internacional da Revista Sistemas Familiares – ASIBA. Autora e co-autora de
capítulos e artigos sobre casal e família.
Ieda Zamel Dorfman
Psicóloga, Especialista em Psicologia Clínica; Psicoterapeuta de Casal e Família; Presidente da Associação Gaúcha de Terapia Familiar-2014/2016 (AGATEF); Pesquisadora Visitante do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Supervisora Colaboradora do Programa de Transtornos Alimentares CAPSi do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA); Coordenadora da Comissão de
Pesquisa da ABRATEF (2014-2016); Membro de Clínica AGATEF; Professora
da Clínica de Atendimento Psicológico da Área de Terapia de Casal e Família UFRGS; Fundadora do Atendimento Multidisciplinar de Anorexia e Bulimia Nervosa (AMAB-RS); coautora de vários artigos de Transtornos Alimentares.
AutORAS: Helena Centeno Hintz – Domus – Centro de Terapia de Casal e Família,
Porto Alegre, RS.
Ieda Zamel Dorfman - Programa de Transtornos Alimentares CAPSi do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA); Atendimento Multidisciplinar de Anorexia e Bulimia Nervosa (AMAB-RS)
textO: Atualmente os padrões de beleza impulsionam um número considerável de indivíduos em busca de maior aceitação junto aos seus pares através
do culto da beleza física. O ideal de beleza está ligado a fatores socioculturais
que contribuem para o surgimento de transtornos de alimentação, uma vez
que a busca pela beleza corporal torna-se uma busca obsessiva, causando à
pessoa prejuízos físicos e psicológicos frequentemente graves. O objetivo
deste workshop é apresentar as características da anorexia nervosa, bulimia
nervosa e vigorexia, transtornos estes que têm aumentado entre os jovens e
as características das famílias com um membro que apresente um destes
transtornos alimentares. A insatisfação corporal afeta ambos os sexos, as mulheres buscam a magreza como ideal e os homens desejam adquirir músculos
a fim de se sentirem mais fortes e atraentes. Desta forma, tanto a anorexia
nervosa, como a bulimia nervosa e também a vigorexia apresentam distorções
da imagem corporal, levando a um ideal corporal fora do parâmetro de saúde
real. As causas destes transtornos são multifatoriais, envolvendo aspectos
biológicos, psicológicos, socioculturais e familiares, necessitando de tratamentos de cunho multidisciplinar. Como conclusão, esperamos oferecer aos
profissionais alguns elementos que possam ser utilizados em sua prática ao
trabalharem com as famílias de portadores de transtornos alimentares.
pALAVRAS-ChAVe: Transtornos alimentares, família, dinâmica relacional.
ReFeRÊNCIAS:
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tratamento da anorexia e bulimia nervosa. Rev. Psiquiatr. Clín., 31(4), 184-187.
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transtornos alimentares. Revista de Psiquiatria Clínica, 31(4), 158-160.
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In E. Imber-Black et al. Os segredos na família e na terapia familiar (p. 166182). (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
MINI CuRRÍCuLO: Helena Centeno Hintz
13h30 -15h30
Sala 305
504Mesa redonda
Narrativas familiares: famílias de idosos com Doença de
Alzheimer.
Autora responsável: Angela Gonçalves da Silva Hiluey
Nome da Instituição de origem: CEF, ABRAP, LIDE-USP.
O aumento na expectativa de vida da população é um fenômeno observado
no mundo todo. Junto à ele, novas doenças e novos desafios são enfrentados
pelos profissionais encarregados destes doentes e de suas famílias. Dadas
tais circunstâncias, esta autora realizou uma investigação de pós-doutorado,
a qual propõe aqui relatar. Investigou ela, famílias onde houvesse um idoso
com Doença de Alzheimer (DA). Tal investigação objetivou conhecer como viviam 10 famílias e, também, determinar os fatores no contexto familiar, que
favoreciam ou bloqueavam a nutrição relacional, conforme definida por Linares. A análise incidiu sobre a sistematização dos dados do sentir, pensar e
agir encontrados nas 10 narrativas familiares sobre como viviam com este
idoso. Os dados foram analisados numa perspectiva fenomenológica para a
Análise em Etapas nas diretrizes de Amedeo Giorgi. Alguns dos resultados
encontrados foram: a família se contradiz quanto ao estado emocional do paciente e ignora seu estado orgânico; a família experimenta a agonia diante do
incompreensível e inadmissível que representa este idoso; o idoso é o mal da
família; a admiração é um fator que favorece a presença da nutrição relacional
e o medo bloqueia. Espera-se que o relato desta investigação ofereça elementos a serem considerados pelos diferentes profissionais para sua prática bem
como possa influir no trabalho das equipes interdisciplinares.
pALAVRAS-ChAVe: idosos, famílias, Doença de Alzheimer, nutrição relacional
MINI CuRRÍCuLO: Psicóloga; Pós-Doutora em Terapia Familiar pela Escola de
Terapia Familiar da Universidade Autônoma de Barcelona – Espanha; Doutora
em Educação pela Universidade de São Paulo – USP; Membro Efetivo da EFTA
– European Family Therapy Association; Vice-presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia; Pesquisadora do LIDE – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – USP; Fundadora e Diretora do CEF Itupeva SP,
escola associada à RELATES. Coordenadora, Professora e Supervisora da especialização em Terapia de Casal e Família no CEF.
13h30 -15h30
Sala 305
504Mesa redonda
Acolhimento, prevenção e rede social.
acogida, prevención y red social.
:: Acolhimento institucional e adoção: uma interlocução necessária.
:: adopción y acogida institucional: Una interlocución necesaria.
Martha Franco Diniz Hueb
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a
medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube, pertencer é viver
(Clarice Lispector, 2009).
ReSuMO: A Lei 12.010/09 determina que o acolhimento institucional de crian-
78 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
ças/adolescentes, medida provisória e excepcional, privilegie a reinserção na
família de origem sem ultrapassar o período de dois anos, tornando-se uma
transição para o processo de adoção, quando não há mais possibilidades da
reinserção. Objetiva-se problematizar a importância do preparo da
criança/adolescente e da interlocução entre equipes da Instituição e do Judiciário para efetivar uma adoção com menor risco de devolução. A despeito de
o ECA indicar a necessidade de “preparação gradativa para o desligamento”,
nem sempre tal medida tem sido realizada a contento. Aponta-se que tanto o
desligamento da família biológica, quanto à espera pela família adotante, vem
acompanhada de ansiedade inerente à construção de novos vínculos, fato que
sinaliza para importantes aspectos psicossociais carentes de intervenções.
Conclui-se que a criança/adolescente a ser adotado necessita saber de imediato, que esta medida lhe foi aplicada, sendo-lhe oportunizada a participação
do seu Projeto de Vida. Técnicos do contexto institucional devem criar um espaço seguro para que a criança possa ser ouvida e compreendida ao viver tal
processo, além de comunicar hábitos, gostos e preferências para a equipe
psicossocial do Judiciário com finalidade de facilitar a transferência de valores
e de afeto para família substituta.
pALAVRAS-ChAVe: Acolhimento institucional; Adoção; Crianças/adolescentes.
Da Família ao acolhimento institucional: uma dor inevitável
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado em 1990, através da
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, dispõe proteção integral e cuidados especiais a todas as crianças e adolescentes. Todavia, é importante ressaltar,
que tal proteção, trata-se de um verdadeiro consórcio de responsabilidades
entre Família, Estado, e Sociedade, os quais devem garantir prioridade absoluta ao direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à convivência familiar e comunitária, além de proteção a crianças
e adolescentes de toda forma de negligência, discriminação, exploração e violência (Brasil, 2009)
Destaca-se que a dita proteção a ser oferecida pelo Estado e pela Sociedade,
é secundária à proteção familiar. Cabe a esta, primordialmente, a assistência
material, moral e educacional, de forma a prover o desenvolvimento natural e
o bem-estar de crianças e adolescentes. É na família, fenômeno universal e
unidade social complexa, que se estabelece um espaço destinado à aprendizagem de respeito para com o outro, à constituição de vínculos, à vivência de
emoções e afetos em contínua relação com o contexto socio-cultural em que
se insere (Gomes & Pereira, 2005; Nunes, 2008). Unidade social complexa, a
família deve prezar pela provisão da satisfação de necessidades básicas entre
seus membros, pelo desenvolvimento da personalidade e da socialização de
valores ( Salomé, Espósito & Moraes, 2007). Entretanto, algumas famílias por
questões diversas, não conseguem ser provedoras de fatores de proteção, e
passam a ser geradoras de risco à vida de seus integrantes.
Sempre que os direitos dos vulneráveis forem violados ou ameaçados, cabe
à autoridade judiciária utilizar de medidas protetoras, e, dependendo da situação, a melhor proteção é retirá-los da família de origem e inserí-los em programa de acolhimento familiar ou institucional. Contudo, reconhece-se que no
Brasil, país com tradição na institucionalização de crianças e de adolescentes
em situação de vulnerabilidade, a retirada do ambiente familiar que deveria ser
realizada apenas quando se colocasse verdadeiramente em risco o bem estar
de seus membros, pode se dar de maneira atropelada. Muitas vezes, o Estado
e a Sociedade, não conseguem prestar atendimento adequado à família de origem de tais crianças e adolescentes para que possam se reorganizar o que lhes
dá a conotação de desqualificada aos olhos de muitos, levando a institucionalização de seus filhos de forma precipitada (Moreira & Miranda, 2014). Na
maioria das vezes, trata-se de genitores com reduzida capacidade de provisão
de sustento e educação de suas proles, desencadeando a privação da convivência familiar e comunitária, devido em especial a escassez de recursos socioeconômicos de seus responsáveis (Rizzini, Rizzini, Naifi & Batista,2006;
Cavalcante, Silva & Magalhães, 2010; Moreira & Miranda, 2014).
Ademais, é importante destacar que relatórios das instituições de acolhimento em geral são falhos, ao apontar que os motivos da perda do poder familiar são descritos em termos genéricos como sendo em função da
“pobreza”, “drogadição”, “negligência” e “doença mental” de seus genitores,
pouco revelando sobre as reais condições dessas famílias, que quando não
desqualificadas, se tornam invisíveis e frágeis diante de todo o processo. Em
geral, faltam informações sobre a família de origem, dificultando a visão do
cenário histórico-social e econômico que envolve o contexto familiar a fim de
compreender a realidade dessas crianças (Rossetti-Ferreira, Almeida, Costa,
Guimarães & Mariano, 2012).
Por outro lado, em algumas regiões já se vislumbram estudos que lançam
luz sobre esta realidade. Pesquisa realizada na Comarca de Uberaba-MG retratou o perfil dessas crianças e/ou adolescentes acolhidos no ano de 2012.
Eram, em sua maioria meninas, na faixa etária entre quatro a seis anos e entre
treze a quinze anos de idade que não frequentavam a escola regularmente
antes de serem acolhidas. Quando não residiam na família extensa, o contexto
familiar geralmente monoparental, era chefiado por mulheres com alto índice
de desemprego, uso de bebidas alcoólicas, drogas e criminalidade. O estudo
identificou que o principal motivo de acolhimento institucional, decorria de
situações de negligência, seguido da precariedade das condições socioeconômicas e de abuso de álcool e drogas pelos responsáveis (Gontijo, Buiati,
Santos & Ferreira, 2012). Informações de estudos como este, poderão sustentar e direcionar formas de atuação das equipes institucionais e do Judiciário, a fim de reduzir danos.
Neste contexto, destaca-se que são necessários incentivos para que sejam
fortalecidos laços familiares e comunitários, que visem à manutenção ou reinserção da criança/adolescente em sua família natural ou extensa, e caso não
seja possível, que sejam direcionados para família substituta (Brasil, 2009).
O encaminhamento para uma instituição de acolhimento somente deve se dar
quando esgotadas todas as possibilidades de permanecerem em seu núcleo
de origem, pois por mais rápido que possa ser retirar uma criança de sua família, o seu retorno é bastante longo (Silva, 2012; Silva & Arpini, 2013), principalmente do ponto de vista da criança ou adolescente, para os quais o tempo
neste período de desenvolvimento vital é muito significativo. Schettini ( 2015)
afirma que o tempo da criança é outro, pois são como sementes no envelope,
possuem prazo de validade, e precisam de encontrar um solo fértil para se
desenvolver. A instituição de acolhimento por melhor que seja não é um lar,
ressalta Schettini. Nesse sentido, estudo recente realizado com crianças de
seis a 12 anos de uma Casa de Proteção, identificou ansiedades e angústias
intensas nos participantes, e observou independente do tempo de institucionalização, ser comum o desejo de retornarem o quanto antes para suas famílias, a despeito de serem bem tratadas na instituição e da negligência ou
maus-tratos lhes dispensado pela família (Arduini & Hueb, 2013). Reforça-se
que condições socioeconômicas desfavoráveis, não deve ser motivo de acolhimento institucional. Deve-se avaliar os vínculos entre seus membros e se
estes forem satisfatórios, tanto a criança quanto o adolescente devem ser
mantidos no contexto familiar, promovendo a inclusão da família em programas de apoio do governo. Estudos apontam que a família neste contexto, deve
ser vista tanto como origem, quanto como fonte de recursos para a solução
da situação envolvendo seus membros (Lopes & Arpini, 2009; Rizzini et
al.,2006; Moreira & Miranda, 2014).
Segundo a Nova Lei da Adoção, o acolhimento em instituições é considerado
uma medida provisória e excepcional, não devendo ultrapassar o período de
dois anos. De seis em seis meses é preciso que a instituição emita um relatório,
visando à reavaliação da situação da criança e de sua família, fato que facilita
o acompanhamento dos menores pelas equipes psicossociais, e permita que
a reintegração se dê no menor tempo possivel, para que as referências familiares não sejam perdidas, ou que se processe a adoção (Lei 12.010/09).
Bowlby (2006) enfatizou que é essencial à saúde mental e ao desenvolvimento da personalidade do bebê e da criança pequena a vivência de uma relação calorosa, íntima e contínua com a mãe biológica ou substituta
permanente. Winnicott (2005) apontou o quão prejudicial é os maus-tratos na
infância, fato que pode acarretar sentimentos de insegurança e atraso no desenvolvimento. No entanto as instituições de acolhimento, com suas práticas
prioritariamente disciplinadoras, nem sempre apresentam estrutura capaz de
promover um real acolhimento, como preconizado pelos ultimos autores citados, fato que pode dificultar a reinserção familiar ou a transição para a adoção,
como será discutido a seguir. Mister destacar que, embora os avanços científicos tenham realçado a importância da família para o desenvolvimento humano, também revelam a necessidade de se empreenderem esforços no
sentido de adequar suas contribuições às práticas institucionais, quando essa
é a alternativa mais viável (Azôr & Vectore 2008). A aplicabilidade dessas contribuições, em nosso entendimento, poderia ser redutora da dor inevitável
quando se dá a separação da família de origem para a maioria dos envolvidos.
Do Acolhimento institucional à adoção: dor ou travessia compartilhada?
Compreendendo o acolhimento institucional como uma forma de espera
pela reestruturação familiar e de preparo para o retorno à família biológica daquela criança ou adolescente que se encontra em situação de risco social ou
pessoal, assinala-se que este também pode ser visto, como uma transição
para o processo de adoção, quando não há mais possibilidades de reinserção
na família de origem ou substituta. Se por um lado a institucionalização acolhe
e contém, por outro pode provocar ansiedade devido a mudanças no ambiente, na rotina, nas pessoas com quem a criança passa a conviver, levandoa, a ter de se adaptar às novas situações. Neste sentido, a equipe técnica da
instituição de acolhimento deve ser preparada para atuar em uma ou outra situação, ou seja, para a reinserção, ou para a adoção. Para tanto, é de extrema
importância, que esta equipe composta por psicólogos e assitentes sociais,
elabore o Plano Individual de Atendimento (PIA), assim que a criança ou adolescente chegue a instituição (Brasil, 2009). É o PIA que traçará o caminho
para o atendimento demandado por cada criança ou adolescente em suas particularidades e necessidades, constituindo-se em um instrumento de signifi-
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 79
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
cativa importância, uma vez que ao olhar individualmente para cada acolhido
poderá fornecer-lhe uma melhor provisão ambiental dentro de uma concepção
winnicottiana (2005).
Enquanto meninos e meninas estiverem acolhidos, serão os monitores, sob
a supervisão da equipe técnica, que servirão de modelos identificatórios, protegendo-os e orientando-os, cumprindo, assim, um papel central na vida destes. Igualmente, a convivência com pares, em situação de vida semelhante,
pode ser considerada como um apoio afetivo e social, agindo como fator de
proteção. Ao compartilhar experiências, que foram parecidas, conseguem amparar-se mutuamente (Oliveira & Pereira, 2011). É fundamental que, ao lidar
com a criança institucionalizada, considerada carente do ponto de vista afetivo, saiba-se respeitar os objetos e fenômenos transicionais já existentes, o
que pode ser um brinquedo, uma música, um paninho trazido de casa ou até
mesmo uma atividade autoerótica. Nesse sentido uma criança, que é retirada
da família de origem, e inserida na instituição, à espera angustiante do retorno
ao lar ou de uma adoção restauradora, pode suportar melhor a invasão ambiental, decorrente das várias mudanças em sua rotina, se houver a possibilidade de ter em sua companhia um objeto que lhe seja significativo,
representativo de alguém. Também conseguirá suportar melhor as invasões
ambientais se tiver suas atividades autoeroticas - uma vez apresentadas - suportadas, toleradas e compreendidas pelos cuidadores como meio de viabilizar a adaptação (Winnicott, 1950/1993).
Importante apontar que a adoção é uma medida excepcional e irrevogável
que deve ocorrer apenas quando estiverem esgotados todos os recursos de
manutenção da criança ou adolescente em sua família natural ou extensa (Lei
12.010/09). Pode ser definida como o estabelecimento de relações parentais
entre pessoas que não estão ligadas pelo vínculo biológico direto, mas que
podem vir a se vincular afetivamente através de uma construção conjunta de
ligações materno-paterno-filial, ao se compartilhar desejos, sonhos, afetos e
medos (Hueb, 2002).
Todavia, é importante ressaltar que, quase sempre o processo adotivo é
um remexer nas entranhas dos envolvidos. Intrincados nela, encontram-se
pais que desejam gerar um filho e não conseguem; pais que não desejam o
filho e o procriam e rejeitam; pais, que apesar de amarem seus filhos não conseguem mantê-los, precisam doá-los em decorrência da ausência de políticas
públicas de emprego, moradia, saúde e educação. Porém ainda há pais, que
se dispõe a acolher este filho ora rejeitado, ora doado, e que uma vez desligado de sua família de origem, necessita de um meio familiar afetivo, que promova o estabelecimento de laços e lhe possibilitem crescer e desenvolver-se
( Hueb, 2002; Hueb, 2012; Rocha, Arpini & Savegnago, 2015)
Neste sentido a adoção vista como outra possibilidade de constituição familiar, que pode trazer resultados tão satisfatórios quanto a filiação biológica,
também pode ser vista na atualidade, como uma das alternativas apresentadas
para encaminhar crianças e adolescentes a uma resolução da situação de desamparo familiar ( Amazonas, Dias & Schettini, 2006). Para uma criança privada da família, a adoção é o meio mais completo de recriar vínculos afetivos,
sendo também um movimento humano ao encontro do outro, um gesto de
amor e solidariedade (Trindade, 2010). Entretanto, a adoção não deixa de ser
um fenômeno social complexo, pois tanto o desligamento da família biológica,
com suas implicações, tais como, tristeza, luto, quanto a espera pela família
adotante, quando não mais se faz possível a reinserção familiar, vem acompanhada de ansiedade inerente à construção de um novo vínculo filial, envolvendo esperança, desafios, possibilidades e impossibilidades, fato que aponta
importantes aspectos psicossociais que necessitam de acompanhamento, estudo e uma profunda sensibilidade no trato desse fenômeno.
Entre os pesquisadores que se destacam no trato científico dessa questão,
existe relativo consenso em torno da ideia de que, nos primeiros anos de vida,
são graves as sequelas físicas, cognitivas, afe¬tivas e sociais derivadas do
tempo passado em instituições de acolhimento, uma vez que a criança afastada do seu ambiente familiar passa a con¬viver com pessoas e situações estranhas, o que pode acarretar intensas manifestações emocionais como
angústia e medo. Se o tempo passado longe de casa for demasiadamente
longo, a possibili¬dade das sequelas decorrentes dessa experiên¬cia serem
mais graves e persistentes tende a ser ainda maior, como mostram observações clínicas e pesquisas longitudinais que acompanharam a colocação de
crianças em instituições, e depois, a sua convivência em lares adotivos ( Cavalcante & Magalhães, 2012).
Se por um lado a Lei n º 12.010/09, visando aperfeiçoar as relações entre
adotantes e adotandos, em especial na construção de laços familiares duradouros, determina através de seu artigo 50, que os candidatos à adoção obrigatoriamente participem de um curso preparatório, por conseguinte há de
preparar também o indivíduo que virá a ser adotado. É no curso preparatório
que se podem esclarecer aos pretendentes à adoção, os meandros da adoção,
seu procedimento e dificuldades de forma a minimizar a possibilidade de devolução da criança ou do adolescente, que quando ocorre, faz aumentar ainda
mais a vivência de abandono, e é na instituição de acolhimento que tem que
se dar a preparação para o adotando. Os postulantes precisam ser lembrados,
que as crianças a serem adotadas, não passaram diretamente da maternidade
para a família adotiva, mas tiveram progenitores e uma história de vida, história que geralmente consta do processo da criança (Palacios, 2010). Essa
história não pode ser perdida, não pode ser negada.
A confecção de um álbum de fotografias, ou em formato de scrapbook com
recordações da instituição de acolhimento muito tem beneficiado esta transição para a adoção, pois se trata da historia viva daquele tempo em que vínculos afetivos e sociais foram estabelecidos. Estudo recente (Contente,
Cavalcante & Silva, 2013) observou que a preparação de crianças que vivem
em instituições de acolhimento pode contribuir sob vários aspectos para que
a adoção tenha êxito, particularmente ao prevenir ou minimizar o sentimento
de medo diante da necessidade de se adaptar a um novo contexto familiar. A
partir do momento em que a equipe técnica tiver certeza de que esse ou aquele
virá a ser adotado, independente da idade em que se encontra, a criança ou
adolescente deve receber informações acerca de sua futura família. Tal medida
é uma forma de dotá-los de conhecimentos que poderão prepará-los emocionalmente para as novas exigências de adaptação que certamente encontrarão
pela frente e para o reconhecimento dos vínculos que estabelecerão a ligação
entre os envolvidos nesse processo transitório.
Vale lembrar que os adotados ao serem inseridos em uma nova família, trazem consigo como bagagem inúmeros padrões de comportamentos e funcionamentos estabelecidos além de história de relacionamentos vivenciados,
como ressaltado anteriormente. A integração numa nova família requer várias
tarefas pelas quais a criança/adolescente tem que passar, sendo que esta tem
que se adaptar a uma nova realidade, muito distinta da sua. Músicas, cheiros,
alimentos, vocabulário utilizado, hábitos diferentes daqueles da familia de origem e da instituição, serão percebidos e recebidos de forma impactante. Não
há como negar que a adaptação a uma nova família é marcada por um “choque cultural”, onde o adotado é confrontado com exigências de uma família
que tem diferentes padrões de comportamento que os seus, tendo que necessáriamente ajustar suas expectativas às daquela (Palacios, 2010). De
forma romanceada, diferentemente do real, costuma possuir uma ideia estabelecida de como será a sua nova casa, seu novo estilo de vida e como se
dará o relacionamento com os novos pais. Nesta fase de integração e adaptação, a criança necessita, portanto, aprender todo um conjunto de regras,
rotinas e hábitos da nova família e adequar-se a estas, o que não é uma tarefa
fácil, nem para ela e nem para os novos pais. Muitas vezes tem de vivenciar
o luto da idealização de uma familia novelesca, ou semelhante a de um comercial midiático, a fim de que o real se sobreponha ao ideal, ao possível.
Para que tal tarefa seja bem-sucedida, ressalta-se que a família adotiva por
sua vez, deve dar tempo à criança e respeitar as suas dificuldades em se comportar dentro do que é esperado, uma vez que esta provém de um meio com
diferentes regras e padrões de comportamento. Além disso, os pais adotivos
devem respeitar a sua história de vida para criarem um sistema familiar que
incorpore aspetos das experiências de vida de todos em separado (Cruz,
2013). Ao se adotar alguém, para além da história de vida adotam-se também
as marcas de contínuas exposições a situações de risco em contextos anteriores (Contente, Cavalcante & Silva, 2013).
A fim de que se evitem devoluções de crianças e que este processo seja
tendência ao crescimento tanto dos pais quanto dos filhos envolvidos, faz-se
necessário, tanto a preparação de postulantes a adoção, quanto a preparação
da criança/adolescente para travessia de um caminho até então desconhecido,
que pode desencadear conflitos, ansiedades, medos, mas que pode promover
alegrias no estabelecimento de um novo encontro. A Lei 12.010/09 é clara
quanto à obrigatoriedade legal da preparação de ambos os extremos: pais e
filhos. Todavia, compreende-se que entre a criança desejante de uma família
e uma familia desejante de filhos, exite outra unidade intermediária, não
menos relevante que não pode ser esquecida e que se torna de fundamental
importância: a instituição de acolhimento. Esta se bem sustentada, pode vir
a funcionar como um espaço potencial na concepção Winnicottiana (1975),
viabilizando o compartilhamento de angústias, redução do estresse e enfrentamento das novas condições que então serão submetidos.
É preciso que tanto os Grupos de Apoio a Adoção (GAAs) quanto as universidades com seus Serviços-Escola de Psicologia e de Assitencia Social,
possam aliar-se a equipe do Judiciário e estabelecer parceiras com equipes
de instituições de acolhimento para ajudá-los a se prepararem para o fornecimento de suporte à criança ou adolescente no que diz respeito a convivência
na instituição assim como no desligamento dessa. Destaca-se que, para a
equipe técnica, o suporte adequado torna-se uma tarefa delicada e difícil, pois,
requer sensibilidade, habilidade e conhecimento a fim de que consigam ajudálos a lidar com a quase sempre dolorosa situação. Entende-se que, a atuação
e o manejo adequados poderão permitir aos acolhidos uma condição mais
tranquila e segura (Winnicott, 1958/2000), que refletirá também no trabalho
da equipe, tornando-se uma via de mão dupla.
Além do preparo da equipe da instituição os Serviços-Escola podem ser
80 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
mediadores de intervenções durante o processo institucional, adotivo e pósadoção. Tal manejo favorece aos institucionalizados a expressão de sentimentos, o sanar de dúvidas e o ressignificar de acontecimentos, tornando-se,
portanto, sujeitos ativos diante do processo de separação da família original
e transição para a adotiva, quando se é possivel.
Exemplifica-se com o recorte de um caso, atendido em psicoterapia de fundamentação psicanalítica por uma estagiária. Trata-se de um garotinho de seis
anos, institucionalizado desde os dois anos de idade, portanto, por quatro
anos, para além do que permite a lei. Entretanto, a institucionalização de quatro anos se deu em decorrência de duas tentativas de recoloção infrutíferas e
intempestiva. Destaca-se que a primeira, totalmente inadequada, tentou a reinserção na família de origem, a qual naquele momento não possuía nenhuma
condição da prática do cuidado, e que inclusive colocou a vida da citada
criança em risco ocasionando-lhe o retorno a casa de acolhimento. A segunda,
também precipitada encaminhou, uma criança cheia de energia, para um casal
quase septuagenário, que não conseguiu fornecer-lhe o manejo e sustentação
física e psíquica de que necessitava (Winnicott, 1958/2000).
Este garoto, aqui designado como Antônio , pode expressar seus sentimentos, após a contação de uma história infantil com personagens adotivos.
A psicoterapia fornecida logo após a adoção, pelo Serviço-Escola, o mesmo
que, em parceria com o Judiciário também prepara os postulantes à adoção
através de oficinas interventivas, permitiu que Antônio pudesse ressignificar
e nomear seus sentimentos antes, durante e pós a adoção. Ao término da leitura do livro (Weber, 2004), criou espontaneamente o que nomeou de “uma
novela” intitulando-a de Guerra de Amor. Em voz alta, pôs-se a dizer:
Já faz amor. Em um dia, no coração, quando não se é adotado o coração é todo preto, mas quando vem uma família..., no primeiro dia que a família chega prá adotá... Ainda nois não somo adotado, quando nois ainda tá
no abrigo (fala bem baixinho). Quando, eu fui adotado no abrigo, aí quando
as pessoa da família chegou meu coração ficou vermelhinho e branco. E essa
parte aqui, desses peito aqui, uma parte ficou um pouco preta. Então... ai ficou
de outro jeito, ficou com cor de ouro.
Com expressão oral aparentemente confusa, e sem muita estruturação lógica de começo, meio e fim, Antônio conseguiu poeticamente expressar a inquietude de sua vida em uma novela, que foi resignificada pela estagiária
psicoterapeuta. Compreendeu-se que através do simbolismo expresso pela
citação de um coração antes preto, vivendo em um mundo de sombras, e que
vem a se tornar vermelhinho, aquele que é cheio de amor, para em seguida
transmutar para cor de ouro, pode reviver e expressar sua história, com muita
ansiedade pela chegada dos novos pais, marcado pelos acontecimentos e vínculos desfeitos, porém, esperançoso para ser verdadeiramente precioso para
alguém: cor de ouro!(Andrade, Alves & Hueb, 2013)
Considerações finais
Há de se destacar que embora a Nova Lei de Adoção apresente medidas
que muito tem beneficiado as crianças e adolescentes, inclusive assegurando
àqueles em condições de serem adotados, que antes da inserção na família
substituta ou adotiva, passem por período gradativo de preparação e por
acompanhamento posterior realizado pelos profissionais da Justiça da Infância e Juventude, muito ainda tem de ser feito em nosso país. A precariedade
da equipe técnica em grande parte de instituições de acolhimento no Brasil
tem sido uma triste realidade. Não são todos os municípios que possuem profissionais suficientes para atendimento da demanda institucional, e quando
há, geralmente não se sentem totalmente seguros. Analistas do judiciário, participantes de estudo recente (Contente, Cavalcante & Silva, 2013), declararam
que não se sentiam capacitados para atuar no preparo de crianças como rege
a Lei 12.010/09. Alegaram que a exigência legal da preparação das crianças
para a travessia para a adoção gerou uma demanda nova em termos profissionais, o que poderia estar dificultando a elaboração de estratégias metodológicas adequadas a um trabalho interdisciplinar com a atuação integrada de
órgãos do Judiciário e instituições de acolhimento. Reconheceram que a preparação tanto de postulantes como de adotandos, devem visar um conjugado
de estratégias interventivas de forma a permitir à criança visualizar por que e
como seria seguro viver em outra família, que não a de origem.
Portanto, resalta-se que o trabalho de preparação e integração numa nova
família deve ser composto por uma equipe interdisciplinar que vise uma preparação concomitante de pais e filhos, envolvendo relato de histórias de vida,
preferencialmente de forma lúdica e pictórica para com as crianças e adolescentes, como tem sido a experiência na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Dentro desta ótica, destaca-se a importância social das universidades
e dos GAAs nesta travessia, de forma a dar continuidade para além do que
sustenta a Lei 12.010/09. O cuidado ainda precisa ser mantido, e cabe em especial as universidades o envolvimento ético e responsável para auxiliar no
processo que envolve a adoção: antes, durante e depois. Na medida do pos-
sível devem promover projetos de extensão que preparem postulantes à adoção, fornecer psicoterapia para pais e filhos intrincados neste processo, e também capacitar, em parceria com técnicos do Judiciário e GAAs as equipes das
instituições de acolhimento. Sobretudo cabe às universidades e aos GAAs, o
desenvolvimento da atitude adotiva, aquela, que segundo Schettini (2015) é
baseada no afeto, é uma escolha de viver.
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1 - Mestre em Psicologia Clinica (Psicanálise) e Doutora em Ciências Médicas (Saúde
Mental) é Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal
do Triângulo Mineiro e Coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisa em Psicologia
Aplicada da UFTM. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicanálise (GEPPSE).
Membro Fundadora do Grupo Interinstitucional Pró-Adoção ( GIPA) de Uberaba- MG.
2 - Nome fictício, como medida para preservar o anonimato.
:: Narrativas familiares: famílias de idosos com Doença de Alzheimer.
:: narrativas familiares: las familias de las personas mayores con
enfermedad de alzheimer.
ANGELA HILUEY (Brasil)
:: Representações parentais de prematuridade em um hospital privado na
cidade de buenos Aires.(CAbA)
:: representaciones parentales sobre la prematuridad en un hospital
privado de la ciudad autónoma de buenos aires.(Caba)
EDITH VEGA (Argentina)
COORDeNADOR/COORDINADOR: ANGELA HILUEY (Brasil)
13h30 -15h30
Sala 305
504Mesa redonda
RepReSeNtACIONeS pAReNtALeS SObRe LA
pReMAtuRIDAD eN uN hOSpItAL pRIVADO De LA CIuDAD
AutóNOMA De bueNOS AIReS (CAbA)
AutORA ReSpONSAbLe: Edith Vega
CO-AutOReS: Chardon Estela, Gomez, F, Gomez, C., Guiragossian S
Institución de origen que representa APRA, Fundacion Aigle, UBA, UAI
La prematuridad es un serio problema a nivel nacional y mundial, es la primera causa de muerte neonatal y la segunda en niños menores a cinco años
según el Ministerio de Salud. UNICEF ha impulsado una campaña “Semana
del prematuro”; para concientizar sobre esta problemática y divulgar los derechos del niño prematuro y su familia. A partir de este evento se ha elaborado
una Encuesta a padres para obtener información acerca de las creencias de
los padres de niños prematuros en Fundación Hospitalaria. La recolección de
datos se ha realizado en los años 2011, 2012 y 2013, con un total de 40 casos.
Los resultados arrojan, en el año 2013, un incremento en las respuestas correcta en los padres acerca de la edad gestacional considerada para que un
niño sea incluido dentro del grupo de prematuros. A su vez, a lo largo de los
tres años, los padres hacen referencia al stress como una de las causas más
importantes que producirían partos prematuros, además de considerar a las
visitas de abuelos y hermanos un factor positivo de sostén. Destacamos que
entre los años 2011 a 2013 los padres le dan gran importancia al seguimiento
tras el alta.
pALAbRAS CLAVeS: Prematuridad, UCIN (Unidad de Cuidados Intensivos Neonatales), Padres, Encuesta, Semana del prematuro
MINI CuRRICuLuM: Licenciada en Psicología y Dra en Psicología, Universidad
de Buenos Aires. Psicoterapeuta. Supervisora. Investigadora. Coord. Docente
de la Carrera de Especialidad. en Psicoterapia individual y grupal de la U. Maimónides- Fundadora de Aiglé. Psicoterapeuta de familias con niños. Evaluadora de Carreras de Psicología - Consultora CONEAU. Directora de Proyecto
UBACyT. Docente en Diplomado. Universidad de Valencia. Tutora del Posgrado en Psic. Perinatal- Ciipme – Conicet. Titular de Clínica de Niños y Adolescentes. de la UAI. Public. Nac. e internacionales. Acreditada como
Psicoterapeuta Integrativa, cognitivo por FLAPSI y WCP. Presidente de APRA.
3h30 -15h30
Sala 307
514Mesa redonda
quais os fatores que podem garantir a qualidade de uma
proposta de formação em psicoterapia?
¿Qué factores pueden garantizar la calidad de una
propuesta de formación en psicoterapia?
:: Formação e supervisão do psicoterapeuta: práticas dialógicas e
colaborativas.
:: Formación y supervisión en psicoterapia: prácticas dialógicas y
colaborativas.
ORIANA VILCHES-ÁLVAREZ (Chile)
FORMACIÓN Y SUPERVISIÓN DEL PSICOTERAPEUTA: PRÁCTICAS DIALÓGICAS Y COLABORATIVAS
El desarrollo actual de la psicoterapia hace evidente y necesario, considerar
a la Supervisión Clínica como una especialidad en sí misma, que requiere formación y no sólo experiencia clínica, así como trabajo personal sobre las fortalezas y debilidades para el ejercicio de tal rol. En la formación del terapeuta
desde el modelo de terapia dialógica y colaborativa, el foco es el uso del lenguaje en la reflexión y el diálogo que favorezca la resignificación de los dilemas
que presenta el terapeuta en formación al relacionarse con el consultante
como también con el-supervisor. Se establece una relación simétrica y se focaliza en los recursos y habilidades personales del terapeuta para escuchar al
consultante en la narración de sus experiencias de vida, a través del uso de
preguntas que abren el diálogo y la reflexión que de sentido y nuevos significados a las interacciones personales. Se desarrolla una postura ética de honestidad, respeto, curiosidad y humildad, para fortalecer las competencias y
habilidades del supervisado, y aumentar la eficacia en su rol de terapeuta, favoreciendo la autoexploración de sus experiencias de vida. Es un trabajo de
indagación compartida y apreciativa..
82 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
pALAbRAS CLAVeS: Formación-supervisión terapeutas. Prácticas dialógicas- co-
laborativas
MINI CuRRICuLuM: Magister en Psicología Clínica. Pontificia Universidad Católica de Chile; Magister en Psicología © y Especialista en Terapia del comportamiento. U. Simón Bolivar; Especialista en psicoterapia y Supervisora
acreditada –CONAPC, FLAPSI y WCP; Directora Centro Construccionismo Social Anairova Terapia dialógica; Docente pre y postgrado en diferentes Universidades. Investigadora en área psicoterapia. Miembro Asamblea,
representante Programas Tutoriales y Comisión Internacional CONAPC, Sociedad Chilena de Psicología Clínica (SCPC), Society for Psychotherapy Research (SPR), TAOS Institute; Consejo Latinoamericano Taos –TILAC y . Red
de diálogos Productivos. Fundadora Asociación Chilena de Psicoterapeutas
(ACHIPSI). Secretaria Junta directiva Federación Latinoamericana de Psicoterapia (FLAPSI) Coordinadora Comisión Científica Internacional XI Congreso
Latinoamericano de Psicoterapia y II Congreso Brasilero de Psicoterapia
:: A auto revelação do terapeuta. Alcances e limitações.
:: La auto-develación del terapeuta: alcances y limitaciones.
HECTOR FERNANDEZ-ÁLVAREZ (Argentina)
La formación de psicoterapeutas es un proceso donde intervienen diferentes elementos y no se limita a la mera adquisición de habilidades terapéuticas
sino que se va configurando una actitud y un estilo personal como terapeuta
así como un marco teórico que sirve de referencia para la toma de decisiones
del psicoterapeuta. Se presentarán evidencias del peso que tienen las características personales de los terapeutas en la optimización de los recursos de
ayuda de los programas de formación. De aquí se desprende la importancia
de trabajar aspectos de autoobservación y autorreflexión del terapeuta en los
cursos de formación de psicoterapeutas para conseguir convertir la experiencia en aprendizaje. Al mismo tiempo, en los últimos años se han incrementado
las investigaciones que tienen como objetivo estudiar la contribución del terapeuta al proceso y al resultado psicoterapéutico (Hill, 2006, (Wampold &
Brown, 2005). Las características del estilo comunicativo del terapeuta van
estructurando su perfil personal de operar en la terapia, incluyendo su manera
de relacionarse con el paciente. El conjunto de estas características constituye
el estilo personal del terapeuta (Fernández-Álvarez, 1998; Corbella et al, 2009).
En este marco se presentará el concepto de la autodevelación del terapeuta
como una herramienta esencial, no sólo en la construcción del vínculo, sino
en la mantención del mismo y en la recuperación de las rupturas. El terapeuta
puede auto-revelar aspectos de su persona.dentro del proceso y al servicio
de este, lo que lo hace más real.
Se presentarán lmodalidades y tipos de la auto-revelación que indican claramente cuál es el camino correcto y cuáles las alternativas que merecen ser
descartadas o evitadas por su negatividad.
pALAbRAS CLAVeS: auto develación, dimensiones, relación real, limitaciones
MINI CuRRICuLuM. autor: Doctor en Psicología y Psicoterapeuta. Fundador de
la Fundación AIGLE Director Revista Argentina de Clínica Psicológica, Director
de las Carreras de Especialización en Psicoterapia, en covenio Universidades:
Nacional de Mar del Plata y Maimonides; y el Ackerman Institute for the Family
of New York, Estados Unidos. Director y Profesor Maestría en Clínica Psicológica Cognitiva, Universidad de Belgrano y Codirector y en Maestría en Intervención Multidisciplinaria para trastornos de la conducta alimentaria,
trastornos de la personalidad y trastornos emocionales, de la Universidad de
Valencia (ADEIT) Docente de Posgrado en diversas Universidades Latinoamericanas y Europeas.Coordinador del “Training and Education Committee” de
la Society for the Exploration of Psychotherapy Integration ( S.E.P.I) Miembro
de “Interest Section on Therapist Training and Development” (SPRISTAD), de
la Society for Psychotherapy Research (SPR) Delegado Internacional de la International Association of Cognitive Psychotherapy (IACP) “Premio Internacional Sigmund Freud Award for Psychotherapy otorgado por el World Council
for Psychotherapy (WCP), 2002. Premio:“Trayectoria como Investigador-Senior Research Career Award,” otorgado por la Society for Psychotherapy Research (SPR), 2013
:: A Importância da supervisão na formação de psicoterapeutas infantis
com orientação Gestalt.
:: La importancia de la supervisión en la formación de los psicoterapeutas
infantiles con orientación gestalt.
LORENA FERNANDEZ RODRÍGUEZ (México)
GABRIELA GARCÍA LICEA (México) co-autora
COORDeNADORA/COORDINADORA: EMÍLIA AFRANGE (Brasil)
13h30 -15h30
Sala 308
524Mesa redonda
A contribuição das neurociências.
La contribución de las neurociencias.
:: Jung e suas relações com a ciência moderna.
:: Jung y sus relaciones con la ciencia moderna.
TERESA MACHADO (Brasil)
AUREA AFONSO CAETANO co-autora (Brasil)
ReSuMO DO tRAbALhO: As apresentadoras desta mesa se propõe a abordar as
interfaces entre a Psicologia Analítica, a neurociência e a psiquiatria moderna.
No final do século 20 paradigmas do funcionamento do sistema Nervoso
Central são revisados, trazendo o conceito da plasticidade neural, que permite
encontrar no âmbito do funcionamento fisiológico, arcabouço para conceitos
até então abarcados pela psicologia do inconsciente.
Diante destes novos conhecimentos da neurociência se faz possível uma
nova aproximação destes campos: Psiquiatria, Psicologia Analítica e Neurociência.
A mesa fala das pontes que os conceitos propostos por Jung permitem
criar com os novos conhecimentos que a ciência nos proporciona, assim
como a sua repercussão na prática clinica.
As autoras discutem as inter-relações entre: arquétipo/epigenética, e complexo/memoria, ancorando-as no conhecimento atual das neurociências.
Assim como Jung propõe que o funcionamento saudável está no transito
entre os vários campos psíquicos, esta mesa convida a uma dialética entre as
áreas da psicologia analítica e neurociência.
MINI-CuRRÍCuLO: Aurea Afonso M. Caetano, psicóloga, trabalha em consultório
com atendimento de adolescentes, adultos e casais. Analista Junguiana formada pela SBPA- IAAP (Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica).Coordenadora do Núcleo de Integração Neurociências, Psiquiatria e Psicologia
Analítica da SBPA.
MINI-CuRRÍCuLO:Teresa Cristina Machado é medica psiquiatra e analista Junguina. Membro da SBPA (Sociedade Brasileira de Psicologia Analitica)e coordenadora do Núcleo Integração, Psicologia Analítica e Psiquiatria, da Clinica
da SBPA.
:: Neurociência e resiliência.
:: neurociencia y resiliencia.
GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)
Entendiendo la Resiliencia como la capacidad del ser humano para hacer
frente a la adversidad de la vida, adaptarse, recuperarse, superarla e inclusive
ser transformado por ella y resultar fortalecido, nos preguntamos: ¿ Qué subyace en la base de este fenómeno? ¿ qué hace posible que unos sujetos sometidos a altos niveles de estrés , logren adaptarse y salir fortalecidos? Desde
los estudios de la personalidad , de la família y más recientemente desde la
neuroquímica se intenta comprender la configuración de la resiliencia .
Cambios plásticos y funcionales, mecanismos neuroquímicos , estudios
sobre el neuropéptido Y, parecen brindar luces sobre este fenómeno que nos
obliga a integrar la química cerebral y su íntima relación con el ambiente.
pALAbRAS CLAVeS: Resiliencia, neuroquímica
MINI CuRRICuLuM AutORA: Médico Psiquiatra. Universidad Central de Venezuela
Docente de la cátedra de Neuropsiquiatría en curso de Especialización en
Psicología Clínica. Universidad Central de Venezuela.
Psicoterapeuta Estratégico
Psicoterapeuta Certificado por FLAPSI
Coordinadora de la sección de psicoterapia del capítulo Venezolano de la
Sociedad Internacional de Trastorno Bipolar (ISBD)
Presidente Asociación Venezolana de Psicoterapia
:: Interface - psicoterapia e neurociências.
:: interfaz -psicoterapia y neurociencias.
MARIA APARECIDA MELLO (Brasil)
COORDeNADORA/COORDINADORA: RôDE SOARES (Brasil)
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 83
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
13h30 -15h30
Sala 309
534Mesa redonda
psicoterapia, diversidade sexual e processos de inclusão.
psicoterapia, diversidad sexual y procesos de inclusión.
:: entrecruzamentos políticos, psicoterapia e diversidade sexual: ética,
laicidade e promoção de direitos.
:: entrecruzamientos políticos, psicoterapia y diversidad sexual:ética,
laicicidad y promoción de derechos.
PEDRO PAULO GASTALHO DE BICALHO (Brasil)
:: papel da psicoterapia focada na sexualidade com diversidade sexuais e
inclusões.
:: papel de la psicoterapia focalizada en la sexualidad considerando la
diversidad sexual y la inclusión.
OSWALDO M. RODRIGUES JR. (Brasil)
A psicoterapia focada na sexualidade se desenvolve a partir das abordagens
comportamentais desde a década de 1950 dedicando-se ao tratamento de disfunções sexuais em indivíduos e casais com estas queixas. Técnicas básicas específicas foram desenvolvidas para facilitar o desempenho fisiológico sexual em cada
disfunção. O reconhecimento da condição interpessoal na qual a atividade sexual
existe também passou a ser considerado desde a década de 1960 e reforçado no
final do século XX associando a psicoterapia sexual à psicoterapia de casal.
Atualmente existe um leque maior de considerações sobre as diversidades sexuais: variações de orientação sexual (homossexualidade, bissexualidade, assexualidade, celibato, Poliamor), variações de objeto sexual
(parafilias) e diversidades funcionais (paralisia cerebral, síndromes genéticas, paraplegias). Uma circunstância especial que deve ser acrescida é a da
população de HIV positivos.
A compressão conceitual da psicoterapia em produzir o estabelecimento
de bem estar emocional quando existe a percepção de um mal estar deve ser
aplicada nas diversas condições considerando as limitações inerentes ou variações de possibilidades, da mesma forma que se procede com casais percebidos como “normais” numa cultura.
Auxiliar as pessoas percebidas como diversidades sexuais a desenvolver as
capacidades sexuais e administrar as ansiedades relacionadas à expressão da
sexualidade, a obtenção de prazer e aquelas associadas à diversidade em si.
A psicoterapia deve reconhecer as variáveis envolvidas em cada situação e
como se associam as emoções contrárias e favoráveis ao desempenho sexual
objetivado pelo cliente, compreendendo as limitações físicas e possibilidades
inter-relacionais permitindo inclusão a despeito das limitações pelas quais
estas populações são conhecidas.
Psic. Oswaldo M. Rodrigues Jr. CRP 06/20610
Instituto Paulista de Sexualidade - Clinica de Psicologia em Sexualidade
http://www.oswrod.psc.br - www.inpasex.com.br
COORDeNADOR/COORDINADOR: LUCIO BALAREZO (Equador)
13h30 -15h30
Sala 310
544Mesa redonda
Novas tecnologias e a prática clínica.
nuevas tecnologías y la práctica clínica.
:: Reflexão sobre as práticas psicoterápicas em ambiente mediado por
tecnologias.
:: reflexión sobre las prácticas psicoterapéuticas en el ambiente mediado
por tecnologías.
ALEXANDRE TRZAN ÁVILA (Brasil)
Muitos foram os impactos da difusão da Internet sobre as relações interpessoais e os processos de subjetivação de homens e mulheres na atualidade,
um destes impactos diz respeito ao modo como as Psicoterapias podem ser
realizadas, não mais de forma exclusivamente presencial, mas sim a distância
em ambiente mediado por tecnologias. Esta possibilidade de psicoterapia tem
a cada dia mais se tornado realidade e fomentado o debate sobre seu exercício
e revisão de sua regulamentação pelo Conselho Federal de Psicologia para os
profissionais psicólogos, entre os questionamentos destacam-se: o profissional psicólogo esta realmente familiarizado com as ferramentas de comunicação tecnológicas, podendo assim garantir a disponibilidade do serviço e
a segurança das informações trafegadas? Como se dará e quais devem ser
os procedimentos de manejo das situações de crise? E principalmente o
quanto a não presença física do cliente e psicoterapeuta no mesmo espaço
poderá afetar a relação e o processo psicoterápico? E como nossas teorias
psicológicas podem dar conta desta questão? E acima de tudo devemos refletir e não naturalizarmos que no mundo atual a falta de tempo, o trânsito
lento, e a comodidade de realizar atividades via internet torne a psicoterapia,
espaço privilegiado de reflexão e cuidado pessoal, mais uma prática realizada
a distancia e mediada por algum meio tecnológico sem o devido comprometimento que muitas vezes marcam as relações e ações no ciberespaço.
pALAVRAS-ChAVe: psicoterapia, atendimento mediado por computador; ética
profissional.
textO: Refletir sobre a prática da Psicoterapia realizada em ambiente mediado
por tecnologias é uma questão urgente e importante na atualidade, pois esta modalidade de psicoterapia tem crescido a cada dia, seja pela procura por este tipo
de atendimento ou pelos questionamentos dos psicoterapeutas. Alguns fatores
fomentam a emergência desta modalidade de psicoterapia em nossa sociedade,
tais como o crescente uso de computadores e acesso a internet, a dificuldade de
locomoção nas grandes cidades, a familiaridade com o uso de redes sociais onde
a exposição e compartilhamento de experiências pessoas boas ou dolorosas se
tornam cada dia mais comum, estes fatores e possivelmente outros tem tornado
a prática da psicoterapia e/ou orientação psicológica mediada por tecnologias
uma realidade. Esta prática começou a ser debatida e posteriormente legitimada
no Brasil para os profissionais psicólogos a partir do interesse de alguns psicólogos, em sua maioria paulistas, que desejavam expandir suas possibilidades de
atendimento e prática profissional ao oferecer atendimento psicoterápico mediado por computador, expressão inicialmente utilizada, hoje também referida
como “serviços psicológicos realizados por meios tecnológicos de comunicação
a distância”. Partindo destas discussões alguns Conselhos Regionais de Psicologia e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizaram debates e eventos que
culminaram com a aprovação da resolução 12/2005 do CFP, já em 2011 foi
criado um grupo de trabalho composto por alguns conselheiros de alguns regionais, entre eles eu, para rever esta resolução, e em 21 de junho de 2012 foi
publicada a resolução 11/2012. Portanto hoje esta prática se encontra disseminada por todo o país e legitimada no campo da psicologia. Vale destacar que a
referida resolução 11/2012, define: “...os meios tecnológicos de comunicação e
informação são entendidos por todas as mediações computacionais com acesso
à internet, por meio de televisão a cabo, aparelhos telefônicos, aparelhos conjugados ou híbridos, ou qualquer outro modo de interação que possa vir a ser implementado”, ou seja, qualquer meio tecnológico de comunicação a distancia,
independente da nomenclatura utilizada para se referir ao serviço. Ao longo de
todo este tempo, e até os dias de hoje, muitas dúvidas e polêmicas surgiram
sobre esta prática, pois é necessário refletir sobre os possíveis impactos da difusão da Internet sobre a subjetividade do homem na era da revolução digital ou
da informação. Acredito que a compreensão deste momento histórico é fundamental para a psicologia, pois esta revolução digital introduz alterações nos espaços físicos, nas relações estabelecidas com os próprios corpos e a geração
de espaços alternativos, devemos assim nos aventurar em novos olhares sobre
os novos fenômenos humanos, entre eles a prática da psicoterapia e dos demais
serviços de viés psicológico. Entre os questionamentos e pontos de reflexão
temos, por exemplo: o profissional psicólogo esta realmente familiarizado com
as ferramentas de comunicação tecnológicas, podendo assim garantir a disponibilidade do serviço e a segurança das informações? Dependendo do meio tecnológico utilizado, como é possível garantir que estão realmente “conectados”
cliente e profissional? Como se dará e quais devem ser os procedimentos de
manejo das situações de crise? No caso de ocorrer problemas de conexão, tais
como queda ou lentidão na comunicação, como isso afeta o atendimento? E principalmente o quanto a não presença física do cliente e terapeuta no mesmo espaço poderá afetar a relação e o processo psicoterápico? E como nossas teorias
psicológicas podem dar conta desta questão? Sejam as teorias psicanalíticas
com os conceitos de transferência e contratransferência, humanistas como a de
Carl Rogers e a atitude de empatia ou Jung e o conceito de sincronicidade entre
tantas outras teorias e práticas no campo da psicoterapia. Vale esclarecer que
ainda não é permitido ao psicólogo, conforme resolução 11/2012, prestar o serviço de psicoterapia em caráter comercial, a principal razão é de que esta atividade ainda não foi suficientemente pesquisada pela comunidade científica e então
não existe ainda conhecimento acumulado suficiente para que isto seja oferecido
em forma de serviços remunerados e fora da perspectiva de uma pesquisa.
Porem a mesma resolução normatiza a prática da Orientação Psicológica que
deve tratar de algum problema especifico, limitada a 20 sessões. Entretanto, isso
em si já não é uma psicoterapia em si? Atualmente temos a prática do “Plantão
Psicológico” que por si só é uma prática que pode ser realizada em poucos encontros, às vezes somente um, e muitas vezes se configura como uma psicoterapia, portanto 20 atendimentos podem ser facilmente vivenciados pelo cliente
e psicólogo como psicoterapia, mesmo a resolução apontando isso de forma diversa. Defendo que deva ser constantemente estimulado o aprofundamento de
84 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
observações reflexivas sobre as implicações psicológicas do surgimento da Cibercultura nos diversos campos do existir humano, tais como: as novas formas
de estruturação da subjetividade, de interação e relacionamento humano, além
das novas vias de construção do saber, características da era das comunicações,
de modo a podermos abordar de modo consistente os limites e possibilidades
da utilização das novas tecnologias informatizadas em diferentes formas de intervenção e atendimento psicológico. Ou seja, o debate em torno da psicoterapia
a distância deve levar em conta as implicações psicológicas da interação homemmáquina na atualidade, assim como os reflexos do uso da rede mundial de computadores e suas ferramentas de relacionamento na clínica presencial, a
emergência de novos modos de relação com a tecnologia o que muitas vezes
poderão ser entendidos como novos diagnósticos, a postura do psicólogo frente
à utilização das novas tecnologias: questões éticas e técnicas, impactos da informatização na saúde do trabalhador, a possível inserção de disciplinas que discutam a relação homem-máquina no currículo da formação profissional dos
psicólogos, ensino e supervisão à distância na formação do psicólogo. E não
menos importante é necessário o avanço no desenvolvimento de softwares que
atenda as exigências éticas e técnicas requeridas pelos serviços psicológicos
mediados por computadores, com a garantia do registro, sigilo e segurança dos
dados coletados nos serviços psicológicos informatizados. E todas estas questões tornam urgente a promoção do diálogo e colaboração com profissionais da
área do Direito, visando a reflexão conjunta sobre os critérios éticos e legais envolvidos na prestação dos diversos serviços psicológicos informatizados, tais
como: o “cliente” como “consumidor de serviços psicológicos” e o profissional
de Psicologia como “prestador de serviços”, ambos mediados por tecnologias.
Por fim, entendo que cabe a sociedade, aos profissionais, e aos seus respectivos
conselhos de classe e as associações que pesquisam e estudam a prática da Psicoterapia em suas muitas modalidades estarem atentas ao uso e principalmente
aos abusos desta prática, tendo sempre em vista uma perspectiva ética e que
resguarde a sociedade e sempre apoiar que mais pesquisas sejam realizadas
sobre esta prática de modo a validar sua eficiência e eficácia. E acima de tudo
devemos refletir e não naturalizarmos que no mundo atual a falta de tempo, o
trânsito lento, e a comodidade de realizar atividades via internet torne a psicoterapia, espaço privilegiado de reflexão e cuidado pessoal, mais uma prática realizada a distancia e mediada por algum meio tecnológico sem o devido
comprometimento que muitas vezes marcam as relações e ações no ciberespaço.
MINI CuRRÍCuLO: Psicólogo. Doutorando e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social (PPGPS) da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ). Professor da graduação em Psicologia da Universidade Estácio de Sá (UNESA) e da Universidade Santa Úrsula (USU). Professor da Especialização em Saúde Mental da UNESA. Conselheiro Efetivo da XIII e XIV
Plenária do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), gestões 2010-2013 e 2013-2016.
:: O enquadre terapêutico e as novas tecnologias.
:: el encuadre terapéutico y las nuevas tecnologias.
MELVA PALACIOS DE MON (Panamá)
INTRODUCCION
Los avances tecnológicos al día de hoy son tales, que a veces pareciera que
las llamadas “redes sociales” manejaran al mundo. El ser humano funge en
ocasiones como una especie de “prisionero” de la tecnología; por más que
nos resistimos, en algún momento u otro parece que se necesitará de la tecnología que tenemos disponible, y me refiero a cualquier tecnología, desde
los teléfonos móviles, que pareciera “imposible ya vivir sin ellos”, hasta las
tablets, ordenadores, sistemas de GPS, etc. Hablamos de las denominadas:
TICS (Tecnologías de la información y la comunicación), hasta los avances
robóticos en cada campo, y/o avances tecnológicos de cualquier índole. Pero
está claro que no todo tiene un matiz negativo; los avances tecnológicos son
también los que nos permiten cosas inimaginables hace tan solo 50 años, por
ejemplo, los avances en los tratamientos médicos que salvan vidas, la información de interés mundial al instante, y que sin ir más lejos, nos permiten la
educación a distancia, por medio de los estudios en línea o cursos virtuales.
Las nuevas tecnologías han cambiado a generaciones enteras. Lo que se
conocemos como la era digital tiene ahora como protagonistas a los nombrados: “Generación Net”. Para estos últimos, se ha transformado la manera de
comunicarnos entre nosotros, de relacionarnos, de jugar, de leer, de estudiar,
de la vida en sí. (Lamas, 2009)
En el campo de las relaciones terapéuticas, no se han hecho excepciones
en ese sentido; es decir, hoy se dan con bastante frecuencia las sesiones de
psicoterapia, psicoanálisis o counselling (entre muchas otras técnicas), por
video-conferencia, existen también por teléfono, por medio de correos electrónicos, apartados de chat, en fin, en cuantas disposiciones tecnológicas se
nos ofrezcan, las relaciones terapéuticas van buscado cabida en ellas.
Por lo que resulta interesante y casi imperativo, detenernos a considerar
cómo en las relaciones terapéuticas también hemos tenido que “modernizarnos o ir al paso de los avances tecnológicos del mundo de hoy sin manuales
o mayores estudios/textos al respecto”. ¿Qué se iban a imaginar los padres
de la psicoterapia, el psicoanálisis y/o counselling las herramientas a las cuales tendríamos acceso? Y aunque estas prácticas no fueron tan comunes
hasta hace relativamente poco (no más de una década), eso no quiere decir
que no se presentaron de cierto modo desde el siglo pasado. Hay documentación que señala cómo desde 1961, algunos grupos de psicólogos incorporaron la videoconferencia a sus terapias.
No obstante, el uso de internet como vehículo para una terapia integral es
bastante innovador. Se podría decir, que estamos ante el nacimiento de una
forma de tratamiento: “la intervención mediante internet”. (Extraído el 08 de
febrero del 2015 de: http://www.psicoglobal.com) Y es que a pesar del escepticismo que se pueda tener de su efectividad, la realidad es que brinda una
cantidad bastante grande de beneficios, y se ha convertido en una alternativa
magnífica a la terapia tradicional.
Es importante mencionar el hecho de que, se ha ido creando de una brecha
entre terapeutas de la “generación net”, y terapeutas de “la vieja escuela”, por
llamarlo de alguna manera. Estos últimos, evidentemente muestran muchas
más resistencias a la utilización de las TICS para desarrollar su labor aunque
no son todos, un buen número de ellos van integrándose estudiando, considerando y probando, cada vez más la utilización de nuevas tecnologías de comunicación para trabajar. (Estrada, 2009).
Claro que también incluimos en la utilización de “nuevas tecnologías” métodos como correos electrónicos o foros, por ejemplo, y aunque estos casos
se trataría de encuentros asincrónicos, los mismos también pueden resultar
de gran ayuda para promover la reflexión, por ejemplo, el alivio emocional (a
través de la escritura), y/o la agilización de la psico-educación del usuario.
Por lo que dependiendo del objetivo terapéutico, se debe entonces buscar la
utilización de unas u otras metodologías de la información.
beneficios y posibilidades que brinda la internet para el trabajo del
terapeuta.
El Internet permite que alguna sesión se pueda guardar y analizarla más
tarde, se pueden utilizar los mensajes de correo electrónico para dar seguimiento a algún paciente, se pueden accesar emergencias psiquiátricas, prevenir suicidios (líneas de auxilio), accesar a pacientes con ubicaciones
restringidas, como es a veces el caso de pacientes aislados por enfermedades
infectocontagiosas u otras órdenes médicas. La psico-oncología por ejemplo,
necesitaría de estos recursos para poder trabajar con pacientes oncológicos
en estados críticos.
Pero no solo ofrecen beneficios para los terapeutas, ya que las personas
que deciden utilizar el Internet para consultar a un terapeuta, también se pueden beneficiar mucho de esa decisión. Según el artículo de Psicología Online:
Uso y Beneficios de la Terapia Online (Extraído el 08 de febrero del 2015 de:
http://www.psicoglobal.com), entre las ventajas se encuentran:
- Se potencia la espontaneidad que cuesta inicialmente, facilitando la sinceridad y desinhibición en una relación terapéutica online. Incluso puede potenciarse el logro de la intimidad.
- Se aumenta la cobertura y el acceso a personas que por diferentes motivos no pueden trasladarse hasta donde atiende su terapeuta, y seguir una terapia tradicional, véase: personas con discapacidades de movilidad, personas
que tienen que recorrer grandes distancias para encontrar una terapia ajustada
a sus necesidades, personas con determinados trastornos psicológicos o físicos que no les permiten salir de casa, hasta personas que por su problemática se sienten estigmatizadas y nunca irían a una consulta tradicional.
- En algunos casos, se disminuyen los costos, ya que la consulta podría
ser menos costosa al no haber costes derivados de mantenimiento de local
por ejemplo, que repercuten en el precio de las sesiones, de la misma manera
que el usuario evita costes derivados de desplazamientos.
- Permite dar seguimiento a la terapia entre sesiones, ya que se puede motivar a la persona a que siga los “ejercicios indicados para la casa”, y le posibilita al paciente resolver cualquier duda que tuviese.
- Permite realizar las sesiones sin tener que dejar de hacer otras actividades por
mucho tiempo, por efectos de la demora en los desplazamientos en la ciudad.
- Se mantiene la discreción, en el trabajo o centro de estudios, ya que no
hay necesidad de pedir permiso y explicar las razones del mismo.
- Es muy adecuada para jóvenes, ya que están muy en contacto con estas
herramientas, las manejan bien, y les resultan atractivas y fáciles
- Sería también adecuada para personas con trastornos alimenticios por ejemplo, ya que no tienen que asumir la ansiedad de mostrar su cuerpo (completo).
- Los estudios que se han hecho hasta el momento revelan también, que a
través de una terapia sincrónica hecha por video-conferencia, el chat o el teléfono, se beneficiaron con bastante éxito pacientes con trastornos de ansiedad, fobias de distintos tipos, ataques de pánico, agorafobia, estrés
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 85
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
post-traumático, trastornos obsesivo-compulsivos, y hasta en algunos casos
de trastornos depresivos se vieron mejoras positivas.
el encuadre y el Contrato terapéutico
En una terapia “online” se posibilitan, de igual manera, la mayoría de las
acciones de una consulta psicológica tradicional, ya que la “sesión / reunión”
se da bajo un mismo momento temporal, lo que hace la hace sincrónica, básicamente en el caso de las video-conferencias o chats.
Podemos estudiar y profundizar sobre los distintos fenómenos clínicos que
se dan en una relación terapéutica, desde el Encuadre, tema principal de esta
ponencia, el contrato terapéutico, la alianza de trabajo, la transferencia con
todos los fenómenos que ella implica, la dependencia en la relación terapéutica
y el propio uso de las herramientas tecnológicas en el desarrollo del proceso
terapéutico.
Por lo reciente de esta práctica todavía no hay mucha teoría sobre escrita
sobre el tema, por lo que hay más preguntas que respuestas. Algunas de ellas
serían:
- ¿Cómo han modificado las tecnologías la forma en que nos relacionamos
hoy?
- ¿Existe menos riesgo de dependencia en una relación terapéutica que se
da en su mayoría a través del Skype o Internet, o existe el mismo riesgo? Si
la dependencia en la relación terapéutica se pueda considerar un riesgo o no.
- ¿Qué es en sí la Dependencia en la Relación Terapéutica?
- ¿Se considera beneficiosa o perjudicial para la relación terapéutica?
- ¿En qué puntos se considera beneficiosa y en cuáles perjudicial para la
alianza de trabajo?
- ¿Por qué son importantes estas preguntas al involucrar las TICS?
- ¿ Cuál es la opinión personal de los “involucrados en el tema” y de los expertos en la materia?
- ¿ Qué nos dicen las investigaciones que existen sobre el tema además de
algunos textos y artículos encontrados?
¿Cómo se construye la alianza terapéutica o el vínculo en la relación terapéutica?
Es imprescindible hablar de la relación terapéutica en sí para poder hablar
de la dependencia en la misma; es decir, el vínculo que se crea entre el terapeuta y su paciente, y es que al solicitar una terapia, ya sea psicoterapia, psicoanálisis, counselling o cualquier trabajo de esta índole, una de las cosas
más importantes a tomar en cuenta sería el vínculo que se va a formar entre
: el profesional psicoterapeuta y el cliente/solicitante o paciente. El éxito del
trabajo va a depender en gran medida, de que se haya formado un vínculo
fuerte y sano entre los involucrados, y por tanto sería contraproducente (hasta
cierto punto) que alguna de las dos partes se sintiese dependiente de la otra
para poder desarrollarse y continuar con su vida. Puede ocurrir por cualquiera
de las dos partes, inclusive al mismo tiempo; es decir, que tanto paciente
como terapeuta pueden crear una dependencia del otro.
En la literatura pertinente, se mencionan cuatro (4) etapas en la relación terapeuta-paciente/cliente, y éstas resultan una buena guía para recorrer y entender el camino que conduce a una alianza de trabajo; nos sirven también como
guía de identificación de las fases “normales” dentro de la relación terapéutica;
estas distintas etapas, no deben confundirse con el fenómeno de la dependencia
y codependencia, que también se presentan dentro de un proceso terapéutico.
esas cuatro etapas son:
1. Indiferenciación: la parte en la que ambos, terapeuta y paciente, están
en cierto estado de ansiedad o nervios, ya que apenas se van a conocer y hay
algo de incertidumbre. No se ha dado un contacto pleno.
2. Identidad: ambos se empiezan a conocer más; se encuentran semejanzas
en ideas, por ejemplo, y se empieza a utilizar un lenguaje en común que permite estar “en la misma sintonía”.
3. Influencia: empieza a haber una competencia o deseos de control sobre
el otro, y esto generalmente ocurre con quien necesita “asegurarse”, y entonces paradójicamente lo que procura es la “fusión” con el otro.
4. Intimidad o Colaboración: se dice que esta última es la etapa en la que
“se hace terapia” realmente. Aquí ya ambos se conocen bien y de cierto modo
han llegado a aceptarse como son.
La Dependencia en el desarrollo de la Psicoterapia. ¿Facilita o dificultan las
nuevas tecnologías este fenómeno?
En el caso del paciente, la dependencia se podría formar por muchas razones; muchas veces el terapeuta es la única persona con la cual el paciente
puede hablar (de forma íntima), es el único “amigo” que tiene, y/o está influenciado por una “deformación social” que ha llevado a entender al terapeuta
como un depositario de problemas, o también de que consultar con un terapeuta es la única forma de vivir una vida sana y plena, por lo que se le hace
indispensable. Después de una larga soledad, o una larga lista de problemas,
llegar con alguien que realmente te escuche, con empatía y atención absoluta,
que muestre interés sincero por ti, puede ser muy aliviador y des-estresante,
por lo que un mal manejo dentro del Encuadre, podría llevar al paciente a “desembocar”, a “engancharse” en una dependencia perjudicial con su terapeuta.
Esta dependencia podría limitar el trabajo de integración, y por tanto condenar cualquier posibilidad de crecimiento, lo que obviamente lleva a un fracaso en el trabajo terapéutico. (Extraído el 26 de abril del 2015 de:
http://www.apol.fundacionmapfre.org)
Por parte del terapeuta o counselor observamos que se puede dar la dependencia, también por muchas razones:
La económica que es obvia y triste a la vez, ya que se puede llegar a obstruir el crecimiento del paciente por simple avaricia; el terapeuta se llega a
“acostumbrar” a recibir cierta cantidad de dinero al mes por ejemplo, y no
desea perderlo o adaptarse a otra cifra, por lo que termina, aunque sea en
forma inconsciente “cortando las alas” a su paciente.
Otras veces se ha fallado en establecer bien los límites al principio de una
relación terapéutica, se falla en esclarecer bien el Contrato y se genera confusión; es cierto que en muchas ocasiones el terapeuta debe fungir como figura protectora, padre o madre, o simplemente como red de apoyo
incondicional, pero esto es delicado,
se pudiese salir de contexto, y sobrepasar los límites necesarios para trabajar con la transferencia “normal” requerida por el paciente, lo que puede
malograr el tratamiento.
El paciente también podría estar esforzándose por encontrar respuestas
que complazcan a ambos (paciente y terapeuta), y al hacerlo provoca que el
terapeuta de cierta forma “siempre esté escuchando lo que desea”, lo que
puede hacerle sentir muy bueno/eficiente, y entonces desear más de eso.
El Encuadre terapéutico tiene que procurar desmitificar la falsa concepción
social de que el terapeuta es indispensable o superior. Tanto el terapeuta como
el paciente deben entender y tener claro, que un terapeuta no es un “elegido
de Dios”, ni lo sabe todo, ni lo puede resolver todo, o no tiene problema alguno en su vida. Es cierto que al querer ser consciente y honesto, debe intentar y desear por qué no, una vida más “resuelta”; debe buscar el conocimiento
de sí mismo (terapia personal, trabajos emocionales, etc.) y que esto lo ayude
a su estabilidad emocional antes de querer acompañar a otro en su camino,
pero eso no quiere decir que sea superior, ni que se tenga que convertir en el
responsable de la paz interior de nadie.
Una relación terapéutica libre de dependencias o codependencias perjudiciales, puede ser algo complicado, sobretodo si se tiene en cuenta que existe
una complicidad intrínseca entre terapeuta-paciente, de intimidad y confianza
suficiente entre ambos, dadora de la posibilidad de ayuda. Para un acompañamiento exitoso, es tan importante que se de esa confianza, como lo es la constancia del paciente, su disposición, la capacidad de trabajar hacia objetivos (por
parte de ambos) entre otras muchas cosas. Lo anterior se torna muy natural,
si tomamos en cuenta que el paciente deposita sentimientos muy íntimos como
emociones y secretos, como parte de la transferencia; Por otro lado sabemos
que también se da una contra-transferencia en las relaciones terapéuticas y
que ambos fenómenos podrían confundirse con la denominada dependencia
y codependencia, aunque estrictamente hablando no son lo mismo. (Extraído
el 26 de abril del 2015 de: http://www.mundogestalt.com )
Richard G. Erskine (del Instituto Galene de Psicoterapia [IGP], Apuntes
2013/2015) define la transferencia como: “cualquier medio, que el paciente utilice para demostrar su pasado, las necesidades evolutivas que se vieron frustradas y las defensas que se erigieron para compensarlo”, en este caso
digamos que utiliza al terapeuta. Agrega que: “la psicoterapia de la transferencia
se da, en parte, cuando el psicoterapeuta no se conforma simplemente con el
valor aparente de las palabras o de la conducta de un paciente, sino que busca
el significado inconsciente de lo que dicen o no dicen los pacientes, de lo que
hacen o no hacen, en su comunicación afectiva y en los gestos de su cuerpo”.
Un ejemplo sencillo sería cuando un paciente menciona al terapeuta algo como:
“mi padre solía decir lo mismo que usted acaba de decir, todo el tiempo”.
La Contratransferencia según Florenzano (1984) ( del Instituto Galene de
Psicoterapia [IGP], Apuntes 2013/2015), simple y sencillamente es: “el conjunto de actitudes, sentimientos y pensamientos que experimente el terapeuta
en relación con el paciente”. Un ejemplo claro sería: “cuando el terapeuta
siente que hace propios los asuntos de sus pacientes”
Es importante saber manejar bien los límites, límites como los del “amor”
con que se debe acoger al paciente, la empatía, la protección, etc. No es posible que al paciente nunca se le pueda decir que No por ejemplo; hoy en día
muchos terapeutas pudiesen tener la sensación de que si se le dice que No
en algo a un paciente,
es como si se le estuviese “truncando”, por decirlo de alguna manera. No
se debe llegar a extremos porque los terapeutas son personas que tienen su
propia vida real y deben tener su privacidad también.
Donald Winnicott (Fromm & Smith 1989), encontraba la dependencia en la
relación terapéutica como absolutamente necesaria para el éxito o fracaso de sus
“acompañamientos”. “La dependencia genuina por parte del terapeuta, es necesaria para poder lograr la regresión de las experiencias traumáticas fijadas de la
86 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
infancia”. Según Winnicott, tuvimos “fijaciones” cuando niños (antes de los 7
años); es decir, experiencias puntuales en las cuales sufrimos algún trauma, y
que quedaron “guardadas” en el inconsciente; de manera que inconscientemente
es que el paciente de adulto, recrea aquellos escenarios en el consultorio del terapeuta, este último siendo simplemente parte de todo el escenario.
Este mismo autor definía la Dependencia como un estado real entre la
madre y su bebé y consideraba la Madurez como el movimiento que va desde
la Dependencia a la Independencia. (Lacruz Navas, 2011). Así, en los bebés
hay un período de Dependencia Absoluta que evoluciona hacia una Dependencia Relativa hasta llegar a la Independencia y señala que este proceso se
puede ver repetido en la relación terapéutica.
Obviamente es una situación de “alto riesgo”, ya que si las condiciones, que
procura el terapeuta, se repiten como malas (igual que cuando se fijaron), y no
hacen el cambio de protección, situación y valía, en ese preciso momento, el
terapeuta habrá fallado garrafalmente; no olvidemos que un paciente es alguien
que se encuentra en un estado de vulnerabilidad, lo que reduce totalmente la
posibilidad de que esté en condiciones de defenderse de nada ni de nadie”.
Destacados psicoterapeutas afirman que dentro de una relación, de psicoanálisis al menos, la dependencia no sólo debe darse sino que debe fomentarse; “es necesaria para que el paciente pueda generar un cambio positivo”.
“Es necesario entonces propiciar la dependencia del paciente, para que eventualmente se pueda dar la mejoría de la fijación o trauma”.
También se afirma que el paciente llega a un punto en su terapia, en el cual
es necesario poder depender de su terapeuta para poder “recrear” y así revivir
(de cierta forma) situaciones del pasado, dolorosas que no se pudieran manejar
en aquel entonces, y que quedaron “interrumpidas” o marcaron una “fijación”
de vida en el mismo. Pero es importante recalcar, lo cuidadosos que deben ser,
tanto el paciente como el terapeuta, en no cruzar estos muy “delgados límites”
entre la dependencia generada y propicia para la acción terapéutica, y la perjudicial, que más allá de servir para el proceso, lo retrasan o truncan. Precisamente, un buen manejo del Encuadre Terapéutico hará posible lo anterior.
Luego de esclarecer el significado que puede tener las dependencia en una
relación terapéutica, ¿Qué opinión tendrían “expertos” (en el tema) sobre si
existe una diferencia entre generarla en un espacio terapéutico tradicional (oficina o consultorio) o generarla a través de Skype o una video-conferencia?
¿Podría ser distinto, más fácil o más difícil por ejemplo, generar una dependencia dentro de una relación que no es presencial, que no se desarrolla en
un espacio real sino virtual? ¿Se dan de manera distinta la Transferencia y la
Contra-transferencia, al usar estos nuevos medios?
La psicoanalista mexicana Susana Velasco considera que NO y cito: “no me
parece que exista ninguna diferencia, pero sÍ considero necesario que al menos
hayan algunos encuentros presenciales a lo largo del tratamiento, (concentrados presenciales). El encuadre dentro de cualquier relación terapéutica es necesario, y hasta hoy, las técnicas para desarrollarlo no han cambiado mucho
desde sus inicios. (Comunicación Personal, 14 de enero del 2015)
Para la psicoanalista Tania Estrada, los fenómenos transferenciales, y la
formación de una dependencia en la relación terapéutica tampoco tienen nada
que ver con que si se lleva a cabo de forma presencial o virtual, sino más bien
con el tipo de relación/vínculo que el paciente establezca con su terapeuta.
“En el caso de las TICS, hablamos solo de una herramienta la cual se utiliza
como medio para llevar a cabo un encuentro terapéutico”. Y hace énfasis en
que el paciente que es incapaz de relacionarse, tendrá la misma dificultad en
un consultorio, que por el Skype o video-conferencia, y viceversa; es decir, que
de la misma forma pasaría con la formación de la dependencia, y dependería
de las capacidades de relación que tenga el paciente, y no de los medios que
se utilicen para promover los encuentros. En cuanto a la formación de la dependencia en sí, Estrada sostiene que más que debatir entre si es beneficiosa
o perjudicial, es importante estar al tanto de las etapas en las que ésta se puede,
debe o no debe dar. (Comunicación Personal, 21 de mayo del 2015).
Para la Generación Net, como la llama la autora argentina Ana María Lamas,
(2009), los niños, los jóvenes y los adultos jóvenes que cuentan entre 30 y
45 años, seguramente que cualquier proceso que se desarrolle de manera virtual o en línea, es algo cotidiano, aceptado e incluso preferido. Y el proceso
terapéutico podría incluirse entre éstos.
No parece que se que se comprometa el Encuadre terapéutico, lo que ocurre
es que se introducen otros elementos en el mismo que se deben “trabajar”. La
herramienta utilizada para el encuentro en las sesiones, podría o no modificar
la forma en que se “contacta” al terapeuta. Como ya se ha señalado es importante y un buen complemento, hacer “concentrados presenciales” cada cierta
cantidad de meses, También tenemos que considerar la experiencia y capacidad
profesional de los terapeutas y su familiarización con las nuevas tecnologías.
Algunos beneficios de los tratamientos vía Skype
- No hay que trasladarse hasta un consultorio. En casi todas las grandes
ciudades el tráfico es fuerte. Y se puede tener una sesión con el terapeuta casi
que desde cualquier lugar donde haya conexión inalámbrica de internet.
- Si el paciente o el terapeuta están de viaje por ejemplo, no tendrían que
re-agendarse las sesiones, simplemente se toman en cuenta los cambios de
horario, si los hay.
- No hay que guardar “formalidades o reglas sociales” relativas a la vestimenta por ejemplo.
- Se puede escoger un sitio cómo y donde se esté a gusto mientras se desarrolla la sesión.
- Permite que se pueda escoger al terapeuta que se desee independientemente que viva en la misma ciudad .
Pero tampoco es una modalidad perfecta. Entre las desventajas que presentan se pueden mencionar:
- Habrá que incurrir en gastos de viajes adicionales al tratamiento, para
poder cumplir con los “concentrados presenciales”, lo que pudiera encarecer
significativamente la terapia.
- Aparte está el hecho de la observación del lenguaje gestual y corporal por
parte del terapeuta, ya que se obstruye un poco la observación completa del
cuerpo, de los gestos no-verbales del paciente. Esta observación es muy importante, aunque, no indispensable, y en la pantalla de una Laptop o de un
iPad, las expresiones de la cara y torso sí se pueden apreciar.
- Y otro punto muy importante dentro del Encuadre Terapéutico y en la valoración de los fenómenos transferenciales, es lo que se pacta inicialmente
en cuanto al manejo del dinero; cómo paga el paciente, quien paga su tratamiento, etc. También se ve afectado este aspecto por las nuevas tecnologías
aplicadas al sector bancario, porque cada día es menos frecuente que se
pague con dinero en efectivo o con cheques personales, sino que casi todo
tipo de pago se hace con tarjetas de crédito o débito y los pacientes optan
también por hacer transferencias bancarias a la cuenta del terapeuta, lo que
hace todo el manejo del dinero menos personal.
- Un aspecto muy importante de considerar entre las desventajas es lo relativo a la “confidencialidad de la información” que debe existir entre el terapeuta y su paciente y que al estar la misma en una modalidad virtual (Skype,
Chats, etc.), se torna vulnerable a la ingerencias de personas ajenas a este
proceso con los conocimientos técnicos para poder accesar a la misma y
hacer un uso indebido de esta información.
Finalmente, tomando en cuenta que éste es un tema relativamente de actualidad, es difícil encontrar suficiente información en los textos. Por lo que este
trabajo se ha elaborado básicamente con artículos de Internet y de publicaciones no-académicas, como Revistas, Periódicos, Apuntes, etc. Se le pidió también opinión a dos psicoterapeutas mexicanas, ya mencionadas, que hacen
uso de estas tecnologías en su práctica clínica y en el caso de la psicoanalista
Estrada ha investigado con mayor profundidad el tema que nos ocupa.
CONCLuSIONeS: Dado que las herramientas tecnológicas por sí mismas propician
una relación especial de dependencia hacia ellas, incluso en los últimos años se
habla de “adicción” a la tecnología y en ciertos países como en China o Japón
tienen programas de “desintoxicación informática, es válido preguntarse:
¿Existe menos riesgo de dependencia transferencial en una relación terapéutica que se da en su mayoría a través del Skype o Internet, o existe el
mismo riesgo que en un proceso presencial?
Podría decir que el riesgo es el mismo, sin considerar que sería menor o
mayor, que en una consulta tradicional. Pero la respuesta en realidad podría
ser un poco más compleja que eso, si se toma en cuenta que el desarrollo de
la dependencia en la relación terapéutica es algo controversial.
Para ciertas escuelas y tendencias de la Psicología, como para ciertos terapeutas que trabajan con los conceptos de éstas, la dependencia que se desarrolle en un proceso de terapia, es algo natural, que además debe ser
fomentado según la etapa del proceso en el que se encuentren.
Pero lo cierto es que, independientemente de si un proceso terapéutico se
da por Skype o en un contexto tradicional, debe poner se el mismo empeño
en trabajar el Encuadre Terapéutico, en Construir la Alianza de Trabajo, en establecer los límites y otras reglas iniciales y se debe estar pendiente de las
etapas que se van dando en este proceso.
Un profesional competente debe saber manejarse ante estas nuevas modalidades que nos impone el desarrollo de la tecnología en el mundo contemporáneo. Las TICS como se les dice coloquialmente, llegaron para quedarse
y la Psicoterapia también tiene que adaptarse a los retos de la modernidad.
ReFeReNCIAS bIbLIOGRáFICAS
- Apoyo Online. Fundación Punset, 2012. Recuperado de: http://www.apol.fundacionmapfre.org
- Estrada, T. 2009. El Psicoanálisis Contemporáneo Frente a la Tecnología de
Telecomunicaciones. Incorporación o Resistencia en la Práctica Analítica. Semejanzas y Diferencias. Conferencia 77 en: 46th Congress Psychoanalytic Practice:
Convergence and Divengences. Chicago, Estados Unidos de Norteamérica.
- Fromm, M.G. & Smith, B.L. 1989. El Entorno Facilitador (The Facilitating
Environment). Madison, Connecticut, Estados Unidos de Norteamérica: International Universities Press, Inc.
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 87
Resumos e Trabalhos dia 21 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 21 agosto
- Lacruz Navas, J. (2011) Donald Winnicott: vocabulario esencial. España:
Mira Editores.
- Lamas, A.M. 2009. Generación Net. Buenos Aires, Argentina: Editorial
Atlántida S.A.
- Montejano, S. 2010. Psicología Online: Uso y Beneficios de la Terapia
Online. Psicoglobal. Recuperado de: http://www.psicoglobal.com
- Téllez Sánchez, N.P. 2002. Dependencia y Codependencia Entre el Paciente y el Terapeuta. Universidad Gestalt. Recuperado de: http://mundogestalt.com
- Winnicott, D. W. (1963) “De la dependencia a la independencia en el desarrollo del individuo”. El Proceso de Maduración en el Niño. Barcelona: Laia
16h00 - 18h00
TA
4pôsteres
16h00 - 18h00
Teatro
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
Gabriella Costa Pessoa, Giovana Kreuz; Maria Helena Pereira Franco.
CO46 :: bioética na Reprodução humana Assistida - Os impactos éticos e
emocionais na doação de embriões: Narrativas familiares.
área temática:18. Contribuições Recentes
Cynthia Silva Machado, Helen Raiz Barbosa Engler.
CO49 :: empreendedorismo: um possível caminho para a ampliação da
consciência.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
Patricia Cristina De Conti Bertaglia.
CO66:: O trabalho da Díade terapeuta-paciente na AeDpNeuropsicoterapia
área temática:18. Contribuições Recentes.
Maria Cândida Sobral Soares
COORDeNADORA/COORDINADORA: ANA PATRÍCIA DE SÁ LEITãO PEIXOTO (Brasil)
554Discussão de caso clínico anônimo/Discusión anónima caso clínico
:: qual a modalidade terapêutica a ser indicada em função dos dados do
psicodiagnóstico infantil apresentado.
:: Cual modalidad terapéutica debe ser indicada en función de la
presentación de los datos del psicodiagnóstico infantil.
DebAteDORA 1: AMELIA THEREZA DE MOURA VASCONCELLOS (Brasil)
DebAteDORA 2: MYRIAN BOVE FERNANDES (Brasil)
MODeRADORA: MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 301
16h00 - 18h00
Sala 305
594Comunicação oral/Comunicación oral
CO10 :: entre o dito e o vivido: dilemas da transição para a vida adulta
na psicoterapia.
área temática:5. psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.
Clarissa Magalhães Rodrigues Sampaio, Ida Kublikowski.
CO23 :: prática clínica autônoma: aspectos administrativos e financeiros.
área temática: 3.psicoterapia e processos de formação
Valéria Maria Meirelles.
564Workshop/taller
A psicoterapia psicodramática.
La psicoterapia psicodramática.
AutORA : MôNICA R. MAURO (Brasil)
CO-AutORA : ANDREA CLÁUDIA DE SOUZA (Brasil)
CO57 :: A redesignação que não é apenas Sexual: alterações no campo
familiar em e intervenções em Gestalt-terapia.
área temática: 10. psicoterapia, diversidade sexual e processos de
inclusão.
Gr. Gustavo Vinicius Martins Leal , Esp. Arminda Britto, Ms. Danilo Suassuna,
Janicris Resende, Dra. Mariluza Terra Silveira, Ms. Luiza Terra Colma.
COORDeNADORA/COORDINADORA: RôDE SOARES (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 302
574 Comunicação oral/Comunicación oral
CO02:: A validação do luto na deficiência física.
área temática: 17. A vida contemporânea e as práticas clínicas.
Camila Carrascoza Vasco, Maria Helena Pereira Franco.
CO37 :: O que é psicoterapia do ponto de vista cognitivo narrativo.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
Rodrigo Pacheco de Almeida Sampaio.
CO43 :: O sofrimento psicológico e a natureza humana: um olhar
behaviorista (contextualista funcional).
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
Thiago Pacheco de Almeida Sampaio.
CO45 :: teoria e Clínica psicanalítica: correlações emergentes do
registro do discurso.
área temática: 1. psicoterapia e questões teórico-filosóficas.
Ribeiro Andrade, Érica Henrique.
COORDeNADORA/COORDINADORA: MATHILDE NEDER (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 303
584Comunicação oral/Comunicación oral
CO14 :: Relato de Caso Clínico- Manejando um luto complicado.
16h00 - 18h00
Sala 307
604Comunicação oral/Comunicación oral
CO20 :: Suporte ao paciente oncológico idoso hospitalizado – Reflexões
sobre o manejo psicoterápico.
área temática: 8. psicoterapia em diferentes instittuições.
Giovana Kreuz, Maria Helena Pereira Franco
CO22 :: Método tatadrama: o papel social da gestante emergindo do ato
de brincar.
área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.
Elisete Leite Garcia
CO26 :: Saúde e cuidado na espiritualidade: a clínica etnopsicológica em
terreiro de umbanda.
área temática: 8. psicoterapia em diferentes instituições.
Fabio Scorsolini-Comin
CO27 :: práticas Clínicas e valores espirituais: relato de experiência de
um serviço de psicologia em uma faculdade confessional.
área temática: 8. psicoterapia em diferentes instituições.
Jessica Sousa Silva, Ida Kublikowski
COORDeNADOR/COORDINADOR: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)
88 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
terapêutica.
área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.
Leliane Maria Aparecida Glicose Moreira
16h00 - 18h00
Sala 308
614Comunicação oral/Comunicación oral
CO08 :: A prática sexual de risco de homens que fazem sexo com
homens vivendo com hIV.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
Roberto Garcia, Denise Gimenez Ramos
CO38 :: panorama dos profissionais de psicologia nos planos de Saúde
do Rio Grande do Sul.
área temática:7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e
politicas públicas
Eduardo Friederichs Hoffmann.
CO47 :: Consequências emocionais de um episódio de estupro na vida de
mulheres adultas.
área temática: 12. psicoterapia e violência.
Flavia Bello Costa de Souza, Roberto Garcia, Jefferson Drezzet, Denise G.
Ramos.
CO71 :: el acompañamiento terapéutico como recurso psicoterapéutico
con personas en situación de dependencia.
área temática: 11 psicoterapia e psicopatologia.
MÓNICA MEJIA PACHECO
COORDeNADORA/COORDINADORA: IVONISE FERNANDES DA MOTTA (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 309
CO11 :: Os desafios e a potência de uma clínica psicanalítica grupal no
mundo contemporâneo.
área temática: 9. psicoterapia e processos grupais.
Thaís Seltzer Goldstein .
CO40 :: Vivência de vulnerabilidade entre idosos que vivem com hIV/Aids.
área temática:7. psicoterapia, Saúde, Saúde Mental, Saúde pública e
politicas públicas.
Maria Irene Ferreira Lima Neta, Edna Maria Severino Peters Kahhale.
CO54 :: psicoterapia de adolescentes numa perspectiva sistêmica:
incluindo a família no atendimento grupal.
área temática: 5 . psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos.
ou 9. psicoterapia e processos grupais.
Silvia Renata Lordello.
COORDeNADOR/COORDINADOR: HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)
8h10 - 20h00
Teatro
634AComunicação oral/Comunicación oral
CO12 :: A entrevista psicológica com técnica projetiva no contexto do
hIV/AIDS.
área temática: 18. Contribuições Recentes.
Roberto Garcia, Denise Gimenez Ramos.
CO24 :: A representação do vitiligo em intervenção psicológica grupal.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia
Augusta Renata Almeida do Sacramento, Ida Kublikowski .
624Comunicação oral/Comunicación oral
CO06 :: terapia Daseinsanalítica de uma senhora com afasia de
expressão devido a AVCs – o resgate de uma história pelo compartilhar
comunicativo.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
Paulo Eduardo Rodrigues Alves Evangelista.
CO55 :: efectividad de un programa terapéutico aplicado a un grupo de
adolescentes infractores albergados en un centro juvenil de atención
integral.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
José Mogrovejo Sánchez
CO62 :: A terapeuta Grávida no processo psicoterápico psicanalítico de
Crianças.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
Fernanda Munhoz Driemeier Schmidt, Vera Regina Röhnelt Ramires.
CO63 :: A relação entre processo e resultado na psicoterapia
psicanalítica: Resultados preliminares de um estudo de caso
sistemático.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia.
Pricilla Braga Laskoski, Fernanda Barcellos Serralta, Cláudio Laks Eizirik.
COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)
CO30 :: Análise clínica e empírica de um caso de interrupção precoce em
psicoterapia psicanalítica.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia .
Lívia Fração Sanchez, Clarice Kern Ruaro, Pricilla Braga Laskoski, Rafael
Wellausen, Silvia Pereira da Cruz Benetti, Fernanda Barcellos Serralta.
CO32 :: trauma em Crianças em Acolhimento Institucional: Avaliação e
transformação por meio do processo psicoterapêutico da terapia do Sandplay.
área temática: 6. pesquisas em psicoterapia .
Reinalda Melo da Matta,Denise Gimenez Ramos.
CO36 :: Sofrimento psicológico e a natureza humana: um olhar cognitivo
narrativo.
Rodrigo Pacheco de Almeida Sampaio.
COORDeNADORA/COORDINADORA: MARIA ROSA SPINELLI (Brasil)
20h15 - 22h00
Teatro
teatro de Reprise4Teatro de Reprise
ROSANE RODRIGUES e o Grupo Improvise.(Brasil)22 de agosto
09h00 - 10h30
Teatro
644Discussão de caso clínico anônimo.
/Discusión anónima caso clínico
:: O atendimento terapêutico frente ao segredo: como proceder.
:: La atención terapéutica frente al secreto: Cómo proceder.
DebAteDORA: HELENA CENTENO HINTZ (Brasil)
DebAteDORA: EDITH VEGA (Argentina)
MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)
16h00 - 18h00
Sala 310
634Comunicação oral/Comunicación oral
CO09 :: Devolvendo os pais à criança: uma nova modalidade de consulta
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 89
Resumos e Trabalhos dia 22 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 22 agosto
09h00 - 10h30
Teatro
09h00 -10h30
Sala 305
644Discussão de caso clínico anônimo.
/Discusión anónima caso clínico
684Mesa Redonda
:: O atendimento terapêutico frente ao segredo: como proceder.
:: La atención terapéutica frente al secreto: Cómo proceder.
DebAteDORA: HELENA CENTENO HINTZ (Brasil)
DebAteDORA: EDITH VEGA (Argentina)
MODeRADORA: ANGELA HILUEY (Brasil)
09h00 - 10h30
Sala 301
654pôsteres premiados
COORDeNADOR/COORDINADOR: TALES VILELA SANTEIRO (Brasil)
09h00 - 10h30
Sala 302
664Roda de Conversa/ Rueda de Conversación
Modelo de educação do IAMb - Instituto Agricola de
Menores de batatais.
modelo de educación do iamb - instituto agricola de
menores de batatais.
ABILIO BARBOSA DA SILVA (Brasil)
JORGE BROIDE (Brasil)
RITA SEIXAS (Brasil)
SONIA MARIA B. A. PARENTE (Brasil)
09h00 - 10h30
Sala 303
674Comunicação Oral/ Comunicación Oral
CO29 :: processo de Mentalização e Contratransferência.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia
Eliana Riberti Nazareth.
CO31 :: psicoterapia psicanalítica do paciente psicossomático.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
Maria Beatriz Simões Rouco.
CO35 :: Corpo na psicanálise.
área temática: 11. psicoterapia e psicopatologia.
Yoshiaki Ohki.
COORDeNADOR/COORDINADOR: YOSHIAKI OHKI (Brasil)
Podemos citar alguns quadros clínicos que apresentam sintomas físicos –
histeria, hipocondria, delírio somático, somatização e doença psicossomática.
Mas meu enfoque será nos quadros que estão situados no nível pré-simbólico
como a somatização e doença psicossomática. As demais tem sua capacidade
simbólica preservada. A somatização, como o próprio nome diz, é um processo
regressivo em direção ao soma, ao ego corporal; enquanto a doença psicossomática é uma parada no desenvolvimento ao nível de ego corporal. O processo regressivo da somatização nos mostra um quadro de desintegração,
com angústia de aniquilamento, de despedaçamento e sintoma físico de muita
dor. Na doença psicossomática onde ocorre uma parada no desenvolvimento
ao nível de ego corporal, temos um estado de não-integração, no sentido winnicottiano e seu quadro clínico “puro” é silencioso, onde detectamos apenas
sinais e sem sintomas. Mas na prática clínica, temos a superposição de ambas.
Será nosso trabalho separar e discriminar ambos quadros, pois a abordagem
terapêutica será distinta e para isto precisamos usar da nossa contratransferência somática para alcançar a “preocupação materna primária” de Winnicott.
*Membro Efetivo da ABP (Ass. Bras. Psiquiatria), da SBPSP (Soc. Bras.
Psicanálise de S.Paulo), da IPA (Int. Psychoanalytical Ass.), ICPM (Int. College
of Psychosomatic Medicine), NPsa (Int. Neuropsychoanalysis Soc.), Coordenador do Grupo de Estudos CorpoMente da SBPS, Professor do Instituto de
Psicanálise da SBPSP. Conferencista em Psicanálise e Neurociências.
Século xxI: a imagem do pai e mãe na prática clínica.
siglo xxi: la imagen del padre y la madre en la práctica
clínica.
:: Imagens do pai na clínica - funções paternas e expressões do pai no
contexto psicoterápico.
:: imágenes del padre en la clínica - funciones del padre y expresiones en
el contexto psicoterapéutico.
DURVAL LUIZ DE FARIA (Brasil)
:: A psicoterapia de questões maternas nos sonhos.
:: Questiones maternas en sueños en la psicoterapia.
MARION RAUSCHER GALLBACH (Brasil)
:: A influência das relações entre pais e filhos nas trajetórias
empreendedoras: uma visão junguiana.
:: La influencia de las relaciones entre padres y hijos en una carrera
empresarial: Una visión de Jung.
PATRICIA CRISTINA DE CONTI BERTAGLIA (Brasil)
ReSuMO: Na pratica da psicoterapia, frequentemente encontramos pessoas
que têm nas suas relações familiares referencias de comportamento e motivação para vencerem suas dificuldades. Um movimento na atualidade representante dessa dinâmica psíquica que transita intensamente entre as antigas
referencias e as novas influências é o empreendedorismo. Os empreendedores identificam oportunidades, assumem riscos, iniciam e levam adiante o seu
próprio negócio.O presente trabalho tem por objetivo ampliar a visão sobre a
influência das relações entre pais e filhos nas trajetórias empreendedoras,
considerando os aspectos psicológicos e as motivações de empreendedores,
assim como fornecer informações que possam apoiar trabalhos de psicoterapia com essas pessoas. Ele apresenta dados colhidos em uma pesquisa realizada com o método qualitativo de base junguiana. Os resultados indicam que
a dinâmica psíquica dos empreendedores tende a ser pauta pela busca do
amor e da auto realização; sobretudo nas relações entre pais e filhos; nela
destacam-se a força transformadora dos símbolos; o consumo e o comércio
como elementos de relação e expressão da alma; o conflitos entre desejos e
possibilidades; a ampliação da consciência através do movimento reflexivo.
Considerando os aspectos simbólicos presentes na dinâmica de empreendedores foi feita uma ampliação do tema pelo mito do herói.
pALAVRAS ChAVe: amor, empreendedor, pais.
tRAbALhO: O presente trabalho tem por objetivo ampliar a visão sobre a influência das relações entre pais e filhos nas trajetórias empreendedoras, considerando os aspectos psicológicos e as motivações de empreendedores,
assim como fornecer informações que possam apoiar trabalhos de psicoterapia com essas pessoas. Ele apresenta dados colhidos em um estudo teórico
sobre o tema e em uma pesquisa qualitativa de base junguiana, na qual foram
realizadas entrevistas individuais semi dirigidas com uma mulher empreendedora de 33 anos e com um homem empreendedor de 38 anos.
Com o advento da globalização as comunicações se intensificaram e as
pessoas recebem cada vez mais influência de inúmeras culturas. Ocorrem
grandes transformações sociais e mudanças de paradigmas. Ainda assim, parece que as relações entre pais e filhos representam uma das referências mais
significativas no modo de ser e de viver, sobretudo quando surgem grandes
desafios. Na pratica da psicoterapia, frequentemente encontramos pessoas
que têm nas suas relações familiares referencias de comportamento e motivação para vencerem suas dificuldades. Um movimento na atualidade representante dessa dinâmica psíquica que transita intensamente entre as antigas
referencias e as novas influências é o empreendedorismo.
O empreendedorismo é um fenômeno complexo que se baseia essencialmente no comportamento de certas pessoas que abrem e gerenciam seus
próprios negócios, tendo características inovadoras para o contexto social,
econômico e cultural. Ele está relacionado a um processo que envolve realizações de ideias; harmonização de interesses; aproximação de sonhos e realidades, desejos e possibilidades. Essa forma de atuação profissional é muito
frequente no Brasil, ela tem apresentado grande destaque na contemporaneidade, inclusive sendo bastante apoiada por políticas públicas e ações governamentais. Os empreendedores são pessoas que identificam oportunidades,
assumem riscos, iniciam e levam adiante o seu próprio negócio e, além disso,
exercem considerável influência no contexto social, econômico e cultural. Para
obterem sucesso precisam vencer inúmeras dificuldades e limitações devido
90 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
a habilidades ainda não desenvolvidas, ou questões políticas, econômicas,
sociais e até culturais.
Considerando os aspectos psicológicos, em geral os empreendedores são
vistos como pessoas egocêntricas, focadas em aumentar seu patrimônio pessoal. Possivelmente isso se deva ao fato de muitos deles procurarem manter
uma persona que transmita autoconfiança, astúcia, sucesso e prosperidade;
acreditando que assim estarão expressando posturas socialmente aceitas e
facilitando a convivência interpessoal. A aparente ênfase no consumo, na comunicação e no comércio parece ser apenas uma faceta parcial dos empreendedores que, de maneira arrojada, conseguem levar adiante suas aspirações
pessoais. O verdadeiro foco parece estar em alcançar, por meio do empreendedorismo, respeito, prestígio e amor de uma pessoa específica.
O amor é considerado por Jung (2007) um dos principais responsáveis
pela movimentação das forças e da energia nos seres humanos. Jaffe (2002)
considera que o amor faz o que nenhuma outra coisa pode fazer, ele compromete totalmente o ser humano. Segundo Carotenuto (2005), a vivência
de um relacionamento amoroso permite ao ser humano penetrar mais fundo
na sua psicologia.
Analisando os dados obtidos nessa pesquisa foi possível notar que os entrevistados acreditam que através de suas ações empreendedoras poderão se
aproximar mais daquilo que amam. Uma das entrevistadas é proprietária de
uma loja de roupas para meninas, ela acredita que o empreendedorismo lhe
propicia, grande liberdade de ação, aproximação com o mundo infantil feminino,
flexibilidade de horários para poder conciliar e maternidade e uma atividade remunerada, além disso acredita que através dele poderá conquistar o amor e admiração de sua filha. O outro entrevistado é dono de uma indústria de médio
porte, para ele o empreendedorismo possibilita aproximar-se do modelo de
homem que ele vê em seu pai, ser amado e admirado por sua família da mesma
maneira que ama seu pai, e ao mesmo tempo, poder viajar e passear de maneira
mais livre. Assim, eles se sentem fascinados por seus empreendimentos, inclusive porque através deles conseguem unir diferentes pontos de interesse
pessoal e coletivo, que a princípio seriam divergentes e inconciliáveis.
Esse fascínio denota a existência de conteúdos inconscientes projetados
nos empreendimentos. Esse fenômeno não é algo volitivo, ele surge do inconsciente e se impõe à consciência compulsivamente. (JUNG, 2008). Nesses
casos, possivelmente trata-se de uma projeção prospectiva que atua de forma
criativa e a serviço do desenvolvimento, pois os conteúdos inconscientes projetados atraem o indivíduo para uma vivência mais dinâmica e iluminada. (JACOBI, 1991). Deduz-se, então, que a dinâmica psíquica desses
empreendedores usa tais mecanismos para transcenderem limitações.
Os depoimentos dos entrevistados foram carregados de emoção e evidenciaram que, em suas trajetórias empreendedoras, enfrentam com enorme entusiasmo inúmeras dificuldades, emocionais, financeiras ou tecnológicas. Um
dos entrevistados coloca explicitamente que, em seus momentos de maior
dificuldade, seu principal ponto de apoio foi a observação do modelo de conduta de seu pai, assim como a reflexão sobre os valores estabelecidos e sobre
a repercussão de suas ações.
O grande impulsionador dessas atitudes empreendedoras é o Self que, por
precisar do ego para se expressar no mundo material, desperta nele um forte
desejo de realização, identificação e valorização. Nessas situações, o ser humano parece ouvir um chamado interior para buscar uma maneira de dar suporte e expressão à sua alma, em outras palavras, atender a uma designação.
Nesse processo identificamos a força transformadora dos símbolos associados a atividade profissional; o consumo e o comércio como elementos de relação e expressão da alma; o conflito entre desejos e possibilidades; e a
ampliação da consciência através do movimento reflexivo. Além disso, é possível notar que esse processo canaliza a energia vital excedente para outros
fins diferentes da satisfação dos instintos; com isso ocorrem mudanças significativas no mundo interno e no mundo externo, produção de trabalho, criação de leis, de moral e cultura. (JUNG, 1997).
Considerando os aspectos simbólicos, podemos aproximar a dinâmica de
empreendedores do mito do herói. Assim como ocorre nesse mito, os empreendedores enfrentam uma jornada de autodescoberta, transformação e
criação, mobilizada pelo amor a uma pessoa específica. Ela pressupõe um
movimento entre dois eixos de uma condição para outra. Nessa trajetória
eles constroem sua identidade, ampliam seus conhecimentos, propiciam
transformações no contexto em que estiverem inseridos, criando comunidades e tecnologias.
ReFeRÊNCIAS:
CAROTENUTO, A. (2005) Eros e Pathos: amor e sofrimento. 2. ed. São
Paulo: Paulus.
JACOBI, J. (1991) Complexo, arquétipo, símbolo na Psicologia de C. G.
Jung. Cultrix: São Paulo.
JAFFE, L. W. (2002) A alma celebra: preparação para a nova religião. São
Paulo: Paulus.
JUNG, C. G. (1997) O desenvolvimento da personalidade. In: O. C., Vol.
XVII. São Paulo: Vozes.
___________ Psicologia do Inconsciente. (2008) In: O. C., Vol. VII/1. Petrópolis: Vozes.
__________ A natureza da psique. (2007) In: O. C., Vol. VIII/2. Petrópolis:
Vozes.
MÍNI CuRRÍCuLO: Psicóloga, Especialista em Psicologia Analítica pelo COGEAE/PUC-SP, Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP e Doutoranda em
Psicologia Clínica pela PUC-SP.
e-mail: [email protected]
COORDeNADORA/COORDINADORA: GLAUCIA MITSUKO ATAKA DA ROCHA (Brasil)
09h00 -10h30
Sala 307
694Mesa redonda
psicoterapia contemporânea.
psicoterapia contemporánea.
:: A psicoterapia de pacientes em trânsito .
:: La psicoterapia en los pacientes en tránsito.
GLEY P. COSTA (Brasil)
PSICOTERAPIA DE PACIENTES EM TRÂNSITO
GLEY P. COSTA
FUNDAÇãO UNIVERSITÁRIA MÁRIO MARTINS
ReSuMO: Psicanalista e psicoterapeuta há quatro décadas, o autor registra
neste trabalho uma mudança observada em sua prática nos últimos 15 anos,
que consiste em um número crescente de pacientes que apresentam em
comum falta de uma definição clara dos seus sintomas e pouca ou nenhuma
reflexão subjetiva sobre o seu sofrimento. Na sua maioria, são profissionais
que auferem elevados ganhos e que, em função dos seus negócios, passam
a maior parte do seu tempo em trânsito, exigindo adaptações técnicas para
que seus tratamentos possam ser mantidos. Além de caracterizar o grupo de
pacientes enfocados neste estudo, o autor descreve o quadro clínico, tece
considerações sobre os aspectos técnicos, apresenta um caso clínico típico
e finaliza o trabalho com questionamentos sobre a(s) causa(s) dessa mudança
que desafia a psicoterapia do século 21.
MINI CuRRICuLO: Médico, psiquiatra e psicanalista; membro titular da Federação Brasileira de Psicanálise e da Associação Psicanalítica Internacional;
analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto alegre e professor dos cursos de psiquiatria e psicoterapia da Fundação Universitária
Mário Martins; autor de livros, sendo o mais recente A Clínica Psicanalítica
das Psicopatologias Contemporâneas (Artmed, 2015).
:: A influência da psicoterapia na flexibilização do setting na análise
clássica.
:: La influencia de la psicoterapia en la flexibilización del setting, en el
análisis clásico.
JOSÉ LUIZ PETRUCCI (Brasil)
:: "e Dodô tinha mesmo razão ..."
:: "y dodó tenía razón ..."
REGINA PONTES (Brasil)
COORDeNADORA/COORDINADORA: SYLVIA MANCHENO DURÁN (Equador)
09h00 -10h30
Sala 308
704Mesa redonda
Desafios psicopatológicos da atualidade.
desafíos psicopatológicos de la actualidad.
:: psicopatologia experimental
:: psicotapología experimental.
ANDRÉ BRAVIN (Brasil)
:: psicoterapia na presença da violência.
:: psicoterapia en la presencia de la violencia.
Profª. Drª. Vera Regina Röhnelt Ramires
Instituição: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de
Pós-Graduação em Psicologia Clínica
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 91
Resumos e Trabalhos dia 22 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 22 agosto
Muitas crianças e adolescentes sofrem com a violência praticada no âmbito
da família, justamente o contexto que deveria garantir sua proteção e cuidados, sua educação, seu desenvolvimento. A violência doméstica tem um
grande impacto em todas as esferas desse desenvolvimento, podendo atingir
a dimensão afetiva, cognitiva, social, física e neurológica. Atinge grande quantidade de casos e implica em sequelas de significativa magnitude. As crises,
dificuldades e os traumas resultantes da violência intrafamiliar requerem alguma forma de elaboração psíquica. O objetivo desta apresentação será discutir uma abordagem psicoterápica nas situações de violência, no espectro
da psicoterapia psicodinâmica, baseada nos conceitos de função reflexiva e
capacidade de mentalização. A função reflexiva e a aquisição da capacidade
de mentalizar são parte de um processo intersubjetivo entre a criança e o(a)
cuidador(a), que facilita a criação de modelos mentalizantes através de modelos linguísticos e quase linguísticos, facultando o alcance da regulação e
controle das próprias emoções, desenvolvendo segurança interna, autoestima
e autonomia. A psicoterapia, qualquer que seja sua forma, trata da reativação
da mentalização, uma vez que busca estabelecer uma relação de apego seguro
com o paciente, tenta utilizar essa relação para criar um contexto interpessoal
onde a compreensão dos estados mentais se converta em um foco e tenta recriar uma situação onde se reconhece o self. Diante dos danos e prejuízos
causados na organização do self pelas vivências de maus-tratos, e da necessidade de intervir sobre os mesmos, é importante buscar estratégias de prevenção e de intervenção para abordagem do problema.
Vera Regina Röhnelt Ramires, psicóloga, Especialista em Psicoterapia Psicanalítica, Doutora em Psicologia Clínica pela PUCSP, professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da UNISINOS, RS.
Desenvolve pesquisas sobre processo e resultados de psicoterapia; abordagem baseada na função reflexiva e capacidade de mentalização na psicoterapia
de crianças e adolescentes vítimas de traumas.
:: O uso da resiliência na prática clínica.
:: el uso de la resiliencia en la práctica clínica.
GEORGE BARBOSA (Brasil)
COORDeNADOR/COORDINADOR: LUIS OSWALDO PÉREZ FLORES (Peru)
09h00 -10h30
Sala 309
714Mesa redonda
psicoterapia e as questões teóricas-filosóficas.
psicoterapia y preguntas teórico-filosóficas.
:: A filosofia, a ciência e as artes como conexões na formação do
psicoterapeuta.
:: La filosofía, la ciencia y las artes como conexiones en la formación del
psicoterapeuta.
HENRIQUE J. LEAL F. RODRIGUES (Brasil)
:: A questão da alteridade: Articulações entre estética, arte e clínica.
:: La cuestión de la alteridad: articulación entre la estética, la psicología
social y la clínica psicoanalítica.
JOãO FRAYSE-PEREIRA (Brasil)
ReSuMO: Na experiência clínica, a relação com o outro é básica. Mas, como
se define o outro e a experiência que temos com ele? Quando se pensa em
definir a alteridade, imediatamente costuma-se pensar na “questão da diferença”. E é na diferença existente entre o eu e o outro que se afirma a identidade. No entanto, na relação entre identidade e diferença, quando o outro vem
a ser uma questão? Os autores que trataram dessa temática são muitos,
desde a filosofia até a antropologia, à psicanálise, à psicologia e à literatura,
por exemplo. Mas, é na filosofia contemporânea que encontramos modos de
reflexão que radicalizaram o exame dessa problemática. Ou seja, a redução
do outro a um objeto, seja este objetivo ou subjetivo, um fato material ou uma
representação, se constitui num impasse para o aparecimento da intersubjetividade. E, segundo o filósofo Maurice Merleau-Ponty, só é possível sair dele
se renunciarmos à dicotomia sujeito-objeto. Assim, não é no plano da relação
de uma consciência com outra ou no da interação de um corpo físico-fisiológico com outro que esse impasse será ultrapassado. O campo que permite a
ultrapassagem dessa dicotomia e dos impasses derivados dele é o campo
atravessado pela dimensão estética no qual se encontra o corpo não como
coisa objetiva, nem como ideia, mas o corpo como um ser sensível que é
capaz de sentir. É nesse campo, simultaneamente estético e reflexivo, que se
poderá fundar do ponto de vista ontológico o advento da intersubjetividade
como intercorporeidade, dimensão essencial para a experiência clínica, entendida como experiência psico-estética, análoga à que acontece no campo
das artes.
Professor Livre Docente do Instituto de Psicologia-USP e do Programa de
PósGraduação em Estética e História da Arte-USP. Psicanalista – membro efetivo-docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Autor de
vários artigos e livros entre os quais “Arte, Dor. Inquietudes entre Estética e
Psicanálise” ( Ed. Ateliê, 2010, 2ª edição) , “Olho d’Água. Arte e Loucura em
Exposição” ( Ed. Escuta-Fapesp, 1995).
:: transtorno bipolar e expressão artística.
:: trastorno bipolar y expresión artística.
GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)
COORDeNADORA/COORDINADORA: GIOCONDA MEDRANO (Venezuela)
09h00 - 10h30
Sala 310
724Mesa redonda
A interpretação- sua importância e seu papel nos métodos
psicoterapêuticos da atualidade.
La interpretación – su importancia y su papel en los
métodos psicoterapéuticos de la actualidad.
:: A interpretação na Análise Reichiana
:: La interpretación en el análisis reichiano .
MARCUS VINICIUS DE ARAUJO CÂMARA (Brasil)
:: Atendimento e manejo psicoterapêutico para pessoas com
comportamento suicida.
:: atención y manejo psicoterapéutico para personas con comportamiento
suicida.
KARINA OKAJIMA FUKUMITSU (Brasil)
1. Anais com trabalho completo (Segundo as Normas da APA-American
Psychological Association)
Fukumitsu, Karina Okajima (2015). Atendimento e manejo psicoterapêutico
para pessoas com comportamento suicida. In XI Congresso Latino-americano
de Psicoterapia e no II Congresso Brasileiro de Psicoterapia São Paulo. Brasil.
Desde a graduação em psicologia (1989 a 1993), a autora deste trabalho
nunca teve alguma aula na qual pudesse aprender a lidar com um cliente com
potencial suicida ou uma orientação que oferecesse subsídios para a instrumentalização quando pessoas tentavam suicídio. Motivada pelas vivências infantis
de ter uma mãe que tentou várias vezes se matar, a pesquisadora direcionou seu
desenvolvimento profissional em busca da compreensão desta situação-limite,
que confronta o senso de preservação da vida humana. No presente estudo, o
suicídio é compreendido como morte escancarada e interdita (Kovács, 1992;
Ariès, 1977), definida por Kovács (2003) como “[...] o nome que atribuo à morte
que invade, ocupa espaço, penetra na vida das pessoas a qualquer hora. Pela
sua característica de penetração, dificulta a proteção e o controle de suas consequências: as pessoas ficam expostas e sem defesas” (p. 141).
O psicoterapeuta recebe orientações e ensinamentos para lidar com os assuntos da vida. Nesse sentido, todo manejo do comportamento suicida depende da definição que se atribui ao fenômeno multifatorial a ser discutido na
apresentação da mesa redonda. A definição da autora é a de que o suicídio
pode ser definido como a confirmação concreta da descontinuidade do sentido de vida (Fukumitsu, 2012).
Todo e qualquer ser humano pode enfrentar um suicídio de uma pessoa,
seja ele paciente, cliente ou até um ente querido, principalmente porque o suicídio é um ato do humano que deflagra desespero, desamparo e desesperança
do ser. Dessa maneira, a palestrante norteará sua apresentação tecendo considerações sobre uma questão fundamental: “Como acolher a pessoa que percebe a morte como alívio de seu sofrimento?”.
A resposta se desnuda respaldada pela crença de que é por meio do contato
“horizontal”. Acolher, escutar e ter compaixão para com outro não é tarefa
fácil. No entanto, essa é arte que deve ser foco para quem assume a responsabilidade da prevenção do suicídio. Lembrando que “[...] a prevenção não
oferece garantias de que a pessoa não tentará novamente se matar, mas a previsão, no sentido de investigar e explorar ao máximo as ideias que a pessoa
tem sobre sua morte, pode ser facilitador, tanto na lida com a pessoa que comete o suicídio, quanto na compreensão do processo do enlutado por suicídio” (Fukumitsu, 2013, p. 59). Sendo assim, a linguagem a que se propõe
92 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
este trabalho é a linguagem do ser humano. Independentemente de credo,
raça, condição financeira e social, nós, os seres humanos, deveríamos nos
portar como seres que vivem em comunidade e que dependemos uns dos outros. Na condição de humanos, temos o mesmo nível existencial e, portanto,
podemos utilizar e nos disponibilizar genuína e afetivamente para que o outro
se sinta acolhido quando em sofrimento existencial.
Palavras-chave: Suicídio. Prevenção do suicídio. Intervenção na crise. Manejo do comportamento suicida. Suicidologia.
Referências Bibliográficas ARIÈS, P. (1977). O homem diante da morte. Rio
de Janeiro: Francisco Alves. FUKUMITSU, K.O. (2013). Suicídio e Luto: Histórias de Filhos sobreviventes. São Paulo: Digital Publish & Print. KOVÁCS,
M.J. (1992) Morte, separação, perdas e o processo de luto. In: ______ (Org.).
Morte e desenvolvimento humano. (pp. 153-169). São Paulo: Casa do Psicólogo. ______. (2003). Educação para a morte: temas e reflexões. São Paulo:
Casa do Psicólogo.
:: Contratransferência e transgressões em psicoterapia.
:: Contratransferencia y transgresiones en psicoterapia.
ELISEO MIGUEL GONZÁLEZ REGADAS (Uruguai)
COORDeNADOR/COORDINADOR: ELISEO MIGUEL GONZÁLEZ REGADAS (Uruguai)
Se plantea por parte del autor del trabajo, la relación existente entre un aspecto de la así llamada contra-transferencia en psicoanálisis (la vertiente trasgresora de la contra-transferencia), cuáles son aquéllos aspectos de la misma
que conllevan el riesgo potencial de una trasgresión. Luego, se traen ejemplos
de lo que podemos considerar zonas grises, que deben ayudarnos a reflexionar sobre estos aspectos de nuestra profesión.
pALAbRAS-CLAVe: contra-transferencia, psicoterapia, trasgresiones.
MINI CuRRÍCuLuM AutOR: Profesor universitario de posgrado en la Universidad
Católica del Uruguay y en dos Institutos Universitarios de Posgrado (IUPA y
Castalia). Escribió más de cincuenta artículos en diversas revistas especializadas y tiene tres libros publicados. Está especializado en psicoterapia en los
servicios de salud y posee el certificado uruguayo (FUPSI) y latinoamericano
(FLAPSI) de psicoterapia. Es psicoterapeuta supervisor de las mencionadas
instituciones universitarias.
11h00 - 14h00
Teatro
734Solenidade de encerramento. Cerimonia de Clausura.
Diálogo sobre as perspectivas Futuras na psicoterapia.
diálogo sobre las perspectivas futuras de la psicoterapia.
GUILLERMO GARRIDO (Panamá)
ALCEU ROBERTO CASSEB (Brasil)
pReSIDeNte/pReSIDeNtA: EMÍLIA AFRANGE (Brasil)
:: entrega de prêmios aos pôsteres, Certificados e nomeação da nova
diretoria da FLApSI.
:: entrega de premios a los pôsteres, Certificados y nombramiento de la
nueva dirección de la FLapsi.
O FutuRO DA pSICOteRApIA
Agradeço o convite para está difícil tarefa. O tema me é complicado porque
não estou em condições de profetizar coisa alguma. Não sou dado a “achismos” nem a especulação sobre impressões. Prefiro tratar as impressões apenas como impressões. Resta-me procurar delinear algumas reflexões sobre
o possível futuro do oficio e o provável futuro da demanda por psicoterapia.
Para isso terei que apelar para a paciência e compreensão de vocês de forma
a viabilizar minha exposição.
Rei Ricardo: Desperdicei o tempo,
agora o tempo perdido me desperdiça.
W. Shakespeare
(Richard II 1595)
O que será depende obviamente do que é, e o que é depende do que foi, do
que tem sido para um possível e desejado vir a ser. Em síntese como anda a
ética em terapia. Entendo Ética como todo o nosso fazer, e espero que não a
confundamos com a noção de Código de Moral, como deveria chamar-se o
Código de Ética Médica. Nós nos encontramos presentemente com alguns fatores pró e outros nem tão prós para a clinica psicoterápica no futuro.
Fala-se muito do mundo instantâneo, do performance, da cibernética onde
Sr. Google é um ser onisciente, da pós-modernidade e seu vale tudo, do fim
das utopias, da falência dos sistemas religiosos, da implosão progressiva da
micro-sociedade conhecida como família, da perda e ou substituição de valores, da confusão entre ser e ter, da necessidade de se estabelecer quotas
para tudo, do domínio do non sense nas artes, da exploração comercial através do marketing em todas as formas de comunicação que resulta em questionamentos críticos onde quase tudo é tratado como mentira ou
manipulação, ufa!!! Seriam estes alguns dos fatores anti-humanos, anti-civilização ou anti-terapias? Vejamos um deles apenas, o uso do tempo nas terapias:
A disputa de mercado para assistência ao emocional torna o tempo um parâmetro complexo, e ao mesmo tempo o tempo é um ícone nas discussões
dos leigos no assunto.
Será que a rapidez de resultados é a garantia do sucesso terapêutico? Nos
postes das grandes cidades encontramos cartazes garantindo a união entre
duas pessoas, não sabemos com que método, mas sabemos que essa prática
se prolifera, garante-se a devolução do dinheiro em caso de frustração. Por
outro lado muito se fala do tempo e dinheiro desperdiçado em terapias do
profundo, das teorias superadas. Tenho visto as pessoas elegerem como
muito melhor a “shopping terapia”, ou mesmo uma viagem. Certa feita um
paciente me disse que seu cardiologista lhe havia sugerido uma namorada
como alternativa à sua frustrante esposa, para variar e apimentar sua insólita
vida sexual. O paciente então pediu que o medico oficializasse a orientação
através de uma receita para ele poder levar a frente o tratamento, foi a última
vez que viu “seu médico”. A variável eficiência à luz do tempo, ou seja, obterse resultado rápido pode induzir erros irreparáveis. Onde promessas não lograram êxito, onde expectativas não foram tratadas de modo cientifico e sem
que “tivéssemos a intenção” acabamos por alimentar as raposas com os ovos
de nosso único galinheiro, depois começa a sumir as próprias galinhas. Um
paciente que foi frustrado pelo tratamento psicoterápico pode contribuir para
um futuro sombrio das psicoterapias, a dele e as de quem ele exerce influência. O boca a boca, ou tecla a tecla, tem funcionado mais rapidamente que a
difusão de um vírus.
A disputa não cientifica entre as diferentes escolas e correntes funciona
como um péssimo referencial para o futuro da prática clínica psicoterápica,
cria impasses onde deveria existir debate científico, acirra rivalidades que por
vezes são originadas em escolhas emocionais mais que utilização cientifica
de um método, de um pensamento, indicam endeusamentos mais que compromisso com o paciente e com o ofício. Mas isso está presente na formação
da civilização humana, vejamos:
Os sistemas que vão a falência são aqueles que
se apóiam na sustentação da natureza humana e
não no seu crescimento e desenvolvimento.
Oscar Wilde
(The soul of man under socialism 1891)
Em um tempo impreciso o homem precisou se agrupar. Dividindo tarefas
e co-operações percebeu que poderia enfrentar melhor a natureza, ou seja,
cuidar de sua sobrevivência. Desde então foi se estabelecendo que existe uma
condição essencial para a sustentação dos agrupamento humanos. A longevidade do agrupamento depende de uma certa obediência à um conjunto de
regras de convivência, quer essas regras sejam assimiladas quer não. Estas
regras criadas para a sustentação inicial sofreram inúmeras alterações, tornando-se mais ou menos sofisticadas. Historicamente observamos a participação das catástrofes, dos dramas e das tragédias como referencias destas
regras mutantes, mas há também a natureza humana que sobrepuja, submete
e impõe-se não apenas pelo agrupamento, mas por seu próprio script natural.
Para nos, ocidentais, a referência histórica-literária que congrega nossos
ideais grupais desde a antiguidade é formada pelas confluências entre a Bíblia
judaico-cristã e a Mitologia Antiga. Uma espécie de mix estatutário das metáforas com as tragédias oriunda da natureza humana e a necessidade da formação de civilização. Posso simplóriamente supor que deste “quase pensar”
mítico religioso criou-se uma ordem (Ideal) civilizatória: Democracia e Trabalho. São vetores que deveriam balizar as diretrizes para o manejo das tendências humanas de forma a impedir que o grupo vá a falência. Entretanto a
natureza humana cria “atalhos” para estas diretrizes mantendo a civilização,
e me refiro a 2015, em condições de um precário desenvolvimento humano.
Disto inferimos que a formação de uma civilização humana rivaliza-se com a
natureza animal, choca-se com suas leis. Mais que um conflito de interesses
teremos que lidar com a natureza pré-estabelecida. Somos seres tendenciosos, ou seja, movidos por forças oriundas dos pensamentos selvagens nem
sempre domesticados que nos impelem a reagir à civilização com ações antigrupais; ao mesmo tempo temos que lidar com a sobrevivência do individuo
e da humanidade, portanto dos agrupamentos. Observando o individuo vemos
que somos parte de um todo que invariavelmente criticamos. A manutenção
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 93
Resumos e Trabalhos dia 22 de agosto/ Resúmenes y Trabajos día 22 agosto
do civilizatório impõe sofrimentos ao individuo. É intrigante como estes sofrimentos não despertam um processo civilizatório, mas mais parecem entreter o homem que promover seu desenvolvimento. Dai advêm a interminável
discussão sobre a concepção de sanidade. São é o feliz, a felicidade é o grande
ideal. Felicidade passa a ser o objeto de desejo. A Civilização passa a ser “obrigatóriamente” uma fonte de Felicidade. Surge um agravante: como conciliar
a democracia, a obediência ao desejo da maioria, e a individualidade da Felicidade? O civilizatório desde sempre se apoiou em duas condições que seguem sendo essenciais apesar dos discursos pós modernos:
“[1] renuncia ao individualismo e [2]sustentação do coletivo”.
.
Sem contrários não há progressão.
Atração e repulsão, razão e emoção, amor e ódio,
são necessários para a existência humana.
Willian Blake
(The marriage of Heaven and Hell 1790)
A hipertrofia da ideologia do ter em nossa civilização não nos permite abdicar do individualismo, mas cultuá-lo. A busca pela Felicidade Individual exacerba algumas das tendências oriundas da natureza humana. Tornamo-nos
selvagens em vigência livre destas tendências. A saída é criarmos condições
para uma certa renuncia a estas tendências que possam viabilizar a vida em
grupo. Três áreas de renuncia são essenciais para a sustentação de uma civilização: renuncia ao [1] canibalismo; [2] - Renuncia ao incesto; e, [3] - Renuncia a Matar.
Estas renuncias são precariamente assimiladas. Definitivamente podemos
dizer que a primeira passou a fazer parte da mente humana voluntária. Todos
somos em todos os lugares do planeta guardiões do “anti-canibalismo”. Como
exemplo posso citar as interessantes descrições feitas por “naturalistas” que
vieram do velho mundo para dar noticias do “homem primitivo” dos “primitivos”habitantes das matas que comem gente. O grande horror naquela época
era ainda vir a deparar-se com canibais. Recentemente O filme do diretor J.
Demme: “O Silêncio dos Inocentes” retomou este assunto reafirmando como
o anti-canibalismo é um “mandamento” assimilado pelo humano, uma referencia de evolução humana dentro do projeto civilizatório. Não atacamos nossos semelhantes com a fúria insana para nos alimentar da carne humana nem
permitimos que outros o façam, e isso não precisa de policia especial. O personagem Hannibal do filme é uma unanimidade da critica civilizatória.
Observamos que com o Incesto e o matar não existe essa assimilação.
Mesmo nas sociedades ditas evoluídas presenciamos grupos de adultos utilizando crianças para suas perversões. A civilização não assiste voluntariamente a renuncia ao incesto. Há uma certa tolerância à violência com o sexual
das crianças, com a disseminação da prostituição infantil com a obstrução da
justiça e ainda por cima existem grupos de pedófilos querendo instituir a legalização do “direito ao prazer sexual da criança”.
Também é lamentável pensar a “Renuncia a Matar” como condição civilizatória. Muitos países ditos evoluídos praticam a pena de morte, ou seja, mandam matar ou simplesmente em nome de uma ideologia ou regime enviam
seus jovens para morrerem por uma causa quase sempre duvidosa. Para a
inoperância das renuncias civilizatórias o homem criou sistemas de Coerção.
O conflito, por exemplo, entre a Felicidade Individual e as necessárias renuncias resulta em falhas operativas do civilizatório. Estas falhas dão margem
a eclosão de diferentes distúrbios individuais ou coletivos. Eclode um universo
borbulhante de paixões, pathos em grego, ou das patologias. Este estado de
coisas garante a demanda por psicoterapia pelos próximos séculos. A psicoterapia rivaliza-se com o suicídio. Quando não é possível abdicar à renuncia
de matar, o individuo primitivo parti para a guerra. Guerra contra o civilizatório,
contra o individual, contra seu próprio eu em síntese assume ação anti-grupal,
sempre anti-civilizatória.
A arte do policial refere-se sempre à punição.
Napoleão
(The mind of Napoleon)
Nenhuma sociedade humana sobrevive sem policia, exército, judiciário e
sistema prisional. É o remédio amargo para tentar coibir, ou dar sobrevida à
civilização que não assimilou o manejo das tendências anti-grupais. Sentimos
qualquer renuncia às nossas tendências como obstrução à nossa “Felicidade”.
Sob ação do sistema de coerção esta obstrução é sentida como proibição,
uma proibição de sermos “felizes”. Obstruídos e ou proibidos em nossa natureza animal podemos com freqüência nos autorizar a dar vazão às nossas
tendências que estão sob contenção. As drogas, oficiais ou clandestinas alem
de vícios ou ritos sociais estão no rol dos mecanismos contentores das tendências anti-grupais. Estes mecanismos sofrem tratamentos contraditórios,
proibi-se um e autoriza-se outro, com isso se cria um sem numero de discussões vazias onde referenciais passageiros ocupam a busca pela verdade convincente. Deste angulo é muito fácil vermos a imensa demanda por
psicoterapia.
No sentido civilizatório as privações deveriam ser universalmente aplicadas,
afinal com o ideal de Demócritos ninguém deveria estar autorizado a ter o privilégio de não estar incluído nas renuncias, mas a prática não é bem assim,
e estas contradições tem se transformado em um fator desestruturante do civilizatório. A principal finalidade do agrupamento é manejar com as necessidades, ou seja distribuir as riquezas. A distribuição das riquezas, apesar dos
discursos ideológicos, segue um principio darviniano, e o mais forte, nem
sempre alinhado aos princípios civilizatórios, torna-se um modelo do culto ao
individualismo e retrocessos humanistas voltam a fazer parte da etiopatogênia
social dos distúrbios mentais.
Como lidamos então com tal precariedade do desenvolvimento humano na
civilização?
[1]Transferindo parte deste mal negócio para a vida material. Aumentamos
o acesso ao conforto e este deve dar algum refresco à “proibição de vir a ser
Feliz”. Um carro novo é a felicidade?
[2] Criando ideais. Espécie de jogo de busca onde os iniciados terão a “felicidade”. Adia-se a felicidade para um outro momento. Um Shangrilá surgirá
se tivermos uma aplicação obediente. Preterimos o homem em nome de um
ideal, místico ou político.
[3] Trabalhando com as renuncias, as privações e as proibições através da
estética. Usamos a habilidade humana para expressão: A Arte. De todos, o
único remédio sem efeito colateral.
A arte não é um espelho que reflete a realidade,
é sim
um martelo que a esculpe.
Bertolt Brecht
(In: M. Larsen, Literary Agents 1996)
Este remédio indicado, diferente do aceito ou tolerado, está contido no ato
artístico. A mente sã necessita de um senso poético. Apenas através da arte
é que criamos este senso, uma perspectiva compensatória para as renuncias
impostas pelo civilizatório. A vida com arte auxilia a discriminar nossas misérias e cria uma saudável compulsão de vir a saber, saber de sappore, saborear. A relação intima com o artístico constrói linguagem, cria saídas. Toda
vez que olhamos o grito de Munch somos melhor inseridos na realidade humana das profundezas de nossas angustias. Apreciando O Campo dos Trigais
entendemos como o fez Van Cogh nossa pouca significância, nossas pretensões e arrogância. Ouvindo Vinicius voltamos a nos encantar com o desejo,
com a singeleza de um olhar uma praia, mesmo a não tão bela Itapuã real,
mas a maravilhosa Itapuã de Vinicius. A arte atinge o individuo na formação
do pensamento, na articulação de sua história, no âmago de ser humano
criando caminhos para o civilizatório, que assim possa ser uma psicoterapia.
A arte reinventada na relação gera potencial reformulações que não apenas
adaptam, mas injetam vida. A arte enquanto resposta ao grupal é a civilização
envolta no homem. A Psicoterapia é a arte da relação humana.
O medico que apenas medica
faz uma péssima psicoterapia.
M. Balint
(O medico, seu paciente e a doença1984)
Com o baixo desenvolvimento humano para a vida em civilização, as obstruções ao civilizatório criado por grupos de poder - os privilégios e a formação de oligarquias - que são indiferentes ao humanismo sem dúvida auxilia a
aumentar a demanda para Psicoterapia. Estados Oligárquicos são fatores que
precipitam o enlouquecer. Some-se a isso a utilização indiscriminada de medicações de eficiência duvidosa e seus efeitos destrutivos, podemos ainda
acrescentar a volatilização das relações com a saúde, quer da forma que os
profissionais de saúde vem se tornando menos voltados às relações humanas
e com isso prendem-se a imediatismos da cultura da instantaneidade, veremos a demanda por Psicoterapia aumentar significativamente.
Por outro lado temos fatores que contribuem para a diminuição da demanda por desenvolvimento psíquico. As relações individualistas preferem a
superficialização do encontro com outro, intimidade revela e incomoda. Esta
modalidade defensiva não resulta da internet ou dos “novos” meios de comunicação, sempre foram a escolha do homem individualista. Evitando compromisso evita-se o trabalho imediato, este ser mais primitivo procura adaptar-se
ao raso. Na pratica medica esses aspectos são evidentes. Cada vez mais o
medico não tem compromisso com o paciente, mas com os protocolos de
sua especialidade. Encaminha-se. Um dos maiores inimigos da Psicoterapia
reside neste mesmo eixo. Em muitos consultórios atende-se em psicoterapia,
mas se a coisa apertar ai sim se encaminha ao psiquiatra que é quem real-
94 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
mente vai “resolver” a questão. A “des-responsabilização” do ser psíquico,
principalmente o terapeuta, associado a pseudo-teorias torna o “tratamento”
uma conveniência momentânea e planta na cultura a certeza que aquele é um
processo de secunda classe. Interesses comerciais criam referenciais pseudocientíficos, acabam por tornar o sofrimento psíquico uma mercadoria de fácil
comercialização, como por exemplo ocorre em alguns dos “novos” diagnósticos psiquiátricos inventados para dar conta da venda de psico-fármacos, espécie de pedra filosofal redescoberta, como denunciado por ex diretores de
grandes multinacionais do ramo.
Cuide dos minutos, as horas se cuidam sozinhas
Lord Chesterfield
(Letter to his Son 6 november 1747)
Indubitavelmente o futuro de qualquer área do saber humano dependerá do
desenvolvimento ético. Necessitamos difundir um senso ético que resulte em
um diferencial na atitude dos que praticam a Psicoterapia. Um diferencial que
possa expressar ao mesmo tempo seriedade científica, profundidade de conhecimento e aplicação da própria personalidade, sem exageros, na direção
do trabalho com a verdade. O Futuro do Oficio de Psicoterapeuta não difere do
Futuro de nenhuma área do conhecimento humano, não precisa de previsões
otimistas que seduzam novas ovelhas, nem precisa de formulas mágicas, necessita de liberdade científica, de apoio para os que estão iniciando, e de qualidade na formação daqueles que realmente desejam exercer esta difícil tarefa.
Alceu Casseb MD PhD
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 95
Pôsteres
16h00 - 17h30
TA
pôsteres:
01
teMA: psicoterapia e processo de formação
A expeRIÊNCIA NO eStáGIO CLÍNICO SupeRVISIONADO De
pSICOLOGIA NO CAMpuS CAMpO GRANDe DA uFMS:
expeCtatiVa VersUs reaLidade na reLaÇÃo
Com o paCiente
Lariane Marques Pereira*; Mariana Quinzani Leonardo*; Professor Dr.
Tiago Ravanello**; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Na graduação em Psicologia, o momento do estágio clínico supervisionado
coloca o estagiário diretamente em relação com uma pessoa até então desconhecida. O objetivo dessa pesquisa foi descrever a relação entre a expectativa
e a realidade no relacionamento estagiário-paciente. Para isto, os procedimentos metodológicos consistiram em: observação e descrição do Serviço de
Atendimento Psicossocial, aplicação de questionários nos estagiários em promoção da saúde com enfoque psicanalítico e entrevista semiestruturada com
os professores orientadores do estágio. O questionário interrogou os estagiários quanto às características esperadas e encontradas além de verificar se eles
acreditam que há uma equivalência entre elas. Os resultados confirmaram que
há diferença entre a expectativa e a realidade na relação estagiário-paciente
como também apontou uma contradição na concepção dos estagiários
(55,5%) que mesmo assinalando características diferentes ainda assim acreditam haver uma equivalência entre expectativa e realidade. Em seguida foi feita
uma entrevista com os professores-orientadores – acerca das possibilidades
da realização do estágio e como evitar o descompasso existente entre a expectativa e realidade – pela qual se concluiu que frente a uma experiência única,
como são os atendimentos, tanto a estrutura do local de atendimento, as disciplinas, supervisões e orientações quanto a análise pessoal, aproximam o estagiário do aspecto real e imprevisível da clínica.
*Acadêmicas do sexto semestre de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso
do Sul e participantes do Laboratório de Pesquisa em Psicanálise, Epistemologia e Linguagem (L.A.P.P.E.L).
**Professor Adjunto do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal
de Mato Grosso do Sul.
03
área temática: pesquisas em psicoterapia (6).
INteRVeNçõeS bASeADAS eM MINDFuLNeSS pARA
pORtADOReS DO hIV: uMA ReVISÃO AtuALIZADA
Daniel Santos Martins; Thiago P. A. Sampaio (orientador)
Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP
Resumo: Introdução: Originalmente adaptadas para redução de estresse,
as Intervenções baseadas em mindfulness passaram a ser aplicadas a queixas
psicológicas como depressão e ansiedade e, atualmente, estão sendo testadas
para variados quadros patológicos crônicos, como câncer, fibromialgia, dor
crônica, artrite reumatoide, entre outros. Dentre eles, destaca-se neste estudo
a infecção pelo vírus HIV, cujo estágio avançado de prejuízo imunológico
(AIDS) produziu mais de 35 milhões de mortes em todo o mundo, desde sua
descoberta em 1981. Objetivo: constituir a primeira revisão bibliográfica com
enfoque exclusivo sobre intervenções baseadas em minfulness com pessoas
com HIV/AIDS, já que as anteriores incluiam outros quadros crônicos. Método: as bases de dados pesquisadas foram: PSYCINFO, PUBMED e SCIELO.
Utilizou-se as palavras “mindfulness”, “HIV” e “AIDS” nos espaços de busca
desses sites. Para selecionar ou recusar artigos, foram lidos: título e resumo
de cada resultado. Após obtenção das pesquisas oriundas das bases de
dados, a referência bibliográfica de cada artigo foi consultada em busca de
outras pesquisas. Resultados: foram elegíveis onze artigos, com destaque
para cinco ensaios clínicos randomizados. O programa Mindfulness Based
Stress Reduction (MBSR) é a principal forma de intervenção, presente em
nove pesquisas. Foram obtidos resultados significativamente positivos para
variáveis psicológicas, qualidade de vida e variáveis somáticas. Conclusão:
os programas mindfulness MBSR e MBCT despontam como importantes tratamentos adjuntos para pessoas portadoras do HIV.
Mini-currículo: Psicólogo e bacharel pela USP; Especialista em Terapia
Cognitivo-Comportamental em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria da
Faculdade de Medicina da USP; cursando licenciatura em Psicologia pela USP.
04
perdas e luto na família: análise do filme Reine sobre mim
02
área temática: psicoterapia nos diferentes estágios evolutivos /
psicoterapia e processos de Formação.
A ASSOCIAçÃO eNtRe RetRAÍMeNtO SOCIAL e
DIFICuLDADe eSCOLAR.
Autores: FREITAS, L.G*., COSTA, S.*, YANO, Y.** Universidade Paulista –
Chácara Santo Antônio, São Paulo/SP.
INtRODuçÃO: As habilidades sociais (HS) no desenvolvimento infantil e no
desempenho acadêmico e social das crianças tem sido tema de grande interesse
nos últimos tempos. A convivência com os pares e modelos familiares são fatores fundamentais para desenvolver HS. Este trabalho apresenta o caso de K,
11 anos, com grande retraimento social, dificuldades escolares e com comportamentos infantilizados. ObJetIVO: O foco foi desenvolver HS mínimas necessárias para formar vínculos e favorecer o contato social; desenvolver autonomia
e para através dessas favorecer o aprendizado acadêmico. MétODO: Foram realizadas 25 sessões de psicoterapia, no Serviço-Escola, por uma dupla de estagiários. Foram utilizadas estratégias lúdicas (brincadeiras e jogos), vídeo,
dramatizações, para favorecer a modelagem e modelação para expressar-se verbal e não verbalmente. ReSuLtADOS: Após análise observamos que: K. sofreu
punições ao se expor; familiares apresentavam repertório social empobrecido;
não era incentivado a manter relações com pares; poupava-se das tarefas escolares ou outras, evitando punições. Tais fatos contribuíram para o retraimento
social/timidez, afetando o desenvolvimento acadêmico (não tirava dúvidas ou
cumpria as deveres) e afetivo (recebia pouca atenção, aprovação e afeto). Após
intervenções, K. passou a se comunicar verbal e não verbalmente (contato visual, sorrisos, etc), porém o desempenho acadêmico permaneceu baixo. Durante todo o processo os familiares foram orientados a participar de forma ativa.
CONCLuSÀO: desenvolver HS é fundamental, pois a falta implica em consequências prejudiciais nas diversas áreas de funcionamento da criança.
* Estagiários-Terapeutas do grupo de Psicoterapia Comportamental, do Serviço-Escola
da Universidade Paulista em 2014. ** Profa. Dra. e Supervisora de Estágio em Psicoterapia Comportamental da Universidade Paulista.
Autor / Autora responsável (1): Elisângela de Melo Paes Leme Menezes
Co-autores (2): Maria Helena Pereira Franco
Nome da Instituição: PUC-SP
A família é uma das instituições organizadas pela sociedade, dentre as diversas atribuições ou influência que ela exerce em relação às pessoas, considero que o vínculo afetivo é de grande relevância. A função do vínculo é
fornecer segurança, mas nem sempre essa função é possível. O ambiente familiar está sujeito às diversas situações ameaçadoras. O vínculo de apego dos
membros de uma família é construído pelo amor que unem as pessoas. Por
meio dessas experiências com o outro, constrói-se um mundo de acordo com
as crenças individuais, o mundo interior ou mundo presumido, que pode ser
seguro ou inseguro. A morte de uma pessoa na família pode causar desiquilíbrio no sistema familiar, muitas vezes interrompendo o funcionamento da
família, afetando os recursos emocionais e físicos. O objetivo deste trabalho
é a análise e reflexão do filme de Mike Binder, Reine sobre mim (2007), o qual
é um estudo de caso sobre luto por mortes violentas. As mortes violentas,
sejam por desastres ou acidentes, podem provocar situação traumática ou
trauma psicológico. As mortes violentas, sejam por desastres ou acidentes,
provocam situação traumática ou trauma psicológico. O trauma é uma situação de ruptura no tecido vivo, que é causado por fatores externos. Quando
uma pessoa entra em confronto com a ameaça de morte ou a morte, ela pode
vivenciar uma experiência traumática que pode gerar crise, que resulta em
instabilidade e desiquilíbrio no sistema. Este filme permite um estudo significativo em relação ao luto por morte violenta.
palavras-chave: família, luto, TEPT, mortes violentas, cinema
Mini-currículo: (1).Doutoranda em psicologia clínica PUC- SP. Especializando em Casal e família pelo Núcleo de Estudos e Reciclagem da Família Laços. Mestre em Educação: Culturas escolares e linguagens UFMT. (2). É
professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clinica, fundadora (1996),
fundadora e coordenadora do Laboratório de Estudos e Intervenções sobre o
Luto - LELu, da PUC-SP. Coordenadora do GT Formação e Rompimento de
Vínculos na ANPEPP.
96 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
Alves Silva e Mayara Colleti são psicólogas pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
05
psicoterapia em uma comunidade religiosa: Aspectos do
aconselhamento multicultural aplicados às intervenções
etnopsicológicas
AutOR: Fabio Scorsolini-Comin
INStItuIçÃO: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
A etnopsicologia é uma disciplina que busca refletir sobre o caráter cultural
das produções em saúde mental, situando práticas e noções como normalidade, saúde e adoecimento. O aconselhamento multicultural apropria-se
desse arcabouço teórico ao propor aos profissionais da Psicologia um modo
de estar em contato com comunidades distintas da sua, promovendo uma
atenção que considere e incorpore a diversidade de cenários, crenças e práticas em saúde. Este estudo teórico tem por objetivo refletir sobre os principais aspectos do aconselhamento multicultural que podem ser aplicados às
intervenções etnopsicológicas, tendo como cenário as vinhetas de práticas
psicológicas ocorridas em um terreiro de umbanda localizado em uma cidade
do interior do Estado de São Paulo. São enfatizados os elementos típicos do
aconselhamento multicultural adotados pela Association for Multicultural
Counseling and Development. No atendimento psicoterápico aos médiuns que
atuam nessa comunidade de referência, embora na maioria das vezes as queixas não se refiram à espiritualidade, há que se considerar constantemente o
universo religioso de imersão desses clientes, devendo o profissional não apenas acolher esses registros, como compreendê-los dentro de um modelo
complexo de referência que leve em conta a autoconsciência cultural, a sensibilidade ao próprio patrimônio cultural, bem como a necessidade de reconhecer as suas fontes de desconforto com as diferenças que existem entre si
e os clientes em termos de etnia e cultura, considerando o propósito de uma
prática psicológica mestiça e diversa.
palavras-chave: psicoterapia; espiritualidade; aconselhamento psicológico.
Mini-currículo: Fabio Scorsolini-Comin é psicólogo, mestre e doutor em
Psicologia pela Universidade de São Paulo. Pós-doutorado em Tratamento e
Prevenção Psicológica pela Universidade de São Paulo. Professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, onde é
coordenador do Programa de Pós-graduação em Psicologia.
06
preparação para a aposentadoria como convite
à escuta clínica: Aconselhamento psicológico com
servidores públicos
AutOReS: Fabio Scorsolini-Comin, Júnia Denise Alves-Silva, Mayara Colleti
INStItuIçÃO: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
A aposentadoria é um evento que marca significativamente o ciclo vital.
São trazidos dados de um projeto desenvolvido em uma universidade pública, cujo objetivo foi oferecer aos participantes do Programa de Preparação
para a Aposentadoria (PPA) um espaço de escuta de demandas ligadas principalmente ao trabalho. No ano de 2014, foram atendidas na modalidade de
aconselhamento psicológico 11 pessoas, com idades entre 53 e 67 anos.
Realizou-se uma média de cinco atendimentos com cada participante. Os encontros incluíram a avaliação do percurso de vida dos participantes; planejamento e organização positiva de atividades; reconhecimento, fortalecimento
e desenvolvimento de potenciais para experienciar e ressignificar eventos.
As principais demandas foram: a construção da própria carreira; mudanças
e reorganização da vida; dificuldades financeiras; relação com a família nuclear e extensa; adoecimento próprio e de familiares; perdas e luto. Quanto
aos aspectos positivos, os participantes indicaram que sentiram segurança
no espaço oferecido pelo projeto e conseguiram refletir sobre importantes
aspectos de sua vida. Negativamente, indicaram o número reduzido de encontros. A partir desse apontamento, alguns participantes foram encaminhados e acompanhados em psicoterapia. Após análise dessas demandas e dos
atendimentos realizados, percebeu-se que convidar uma pessoa para tratar
da carreira/aposentadoria é um disparador para tratar da própria vida, o que
inclui temáticas variadas que influenciam o processo e a decisão de se aposentar ou de adiar esse evento para outro momento da vida.
palavras-chave:aposentadoria; carreira; aconselhamento psicológico.
Mini-currículo: Fabio Scorsolini-Comin é psicólogo, mestre e doutor em
Psicologia pela Universidade de São Paulo. Pós-doutorado em Tratamento e
Prevenção Psicológica pela Universidade de São Paulo. Professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, onde é
coordenador do Programa de Pós-graduação em Psicologia. Júnia Denise
07
título: Motivos ou explicações para manter um casamento
de longa duração: reflexões para a clínica de casal
AutOReS: Fabio Scorsolini-Comin, Lúcio Andrade Silva, Manoel Antônio dos
Santos
INStItuIçÃO: Universidade Federal do Triângulo Mineiro e Universidade de São
Paulo
Na clínica de casal, diversas são as demandas relacionadas à iminência do
divórcio. Em contrapartida, os casais longevos têm possibilitado uma nova
leitura acerca do casamento. O objetivo deste estudo foi conhecer as principais motivações para a manutenção do casamento em uniões de longa duração, discutindo possíveis aplicações desses conhecimentos no campo clínico.
Foram entrevistados 25 casais heterossexuais com filhos, unidos havia 39,48
anos em média e com idade média de 64,06 anos. Foram realizadas entrevistas individuais e com os casais, totalizando 75 entrevistas transcritas na íntegra. Foi empregada a análise de conteúdo de Bardin, com apoio da
Psicologia Positiva. Entre as motivações ou explicações para a manutenção
do casamento, encontramos cinco grandes categorias: (a) casamento como
instituição tradicional (bens materiais, exemplo na família, compromisso assumido, tempo de matrimônio); (b) motivações centradas no afeto (carinho,
cuidado, respeito, companheirismo, apoio emocional); (c) motivações centradas no próprio cônjuge (recursos pessoais, medo da solidão, humildade,
desejo de não se separar); (d) motivações centradas no parceiro (ausência de
violência, desinteresse para verificar traição do cônjuge); (e) casamento como
algo positivo (visão otimista, busca da felicidade, objetivos compartilhados).
A pluralidade de motivações nos obriga a compreender o casamento de longa
duração como algo igualmente múltiplo, embora predominem relatos que reafirmem a natureza tradicional e indissolúvel do enlace, em contraposição ao
aumento do número de divórcios nos primeiros anos de relacionamento, o
que tem sido repensado na contemporaneidade e impactado a clínica de casal.
palavras-chave: conjugalidade; motivação; casamento de longa duração.
Mini-currículo: Fabio Scorsolini-Comin é doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo, onde também realizou o pós-doutorado. Professor
do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro,
onde é coordenador do Programa de Pós-graduação em Psicologia. Lúcio Andrade Silva é graduando em Psicologia pela Universidade Federal do Triângulo
Mineiro e Manoel Antônio dos Santos é docente do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade de São Paulo.
08
Modificações e o tempo: a evolução da psicopatologia
Autoras responsáveis: Moema Schifino Linkiwcz, Francelise de Freitas
Coautora: Aline Álvares Bittencourt
Nome da Instituição de origem: PUCRS; Comunidade Terapêutica D. W.
Winnicott
A psicopatologia sempre intrigou os pensadores, cientistas e estudiosos que
passaram, então, a estudá-la com afinco para a criação de novos conhecimentos e, principalmente, com o intuito de ajudar àqueles que sofrem com a
doença mental. Desde então, essa área vem modificando-se constantemente.
A partir da prática de estágio supervisionado e o trabalho realizado na Comunidade Terapêutica D. W. Winnicott, que atende em ambientoterapia e psicoterapia pacientes com doença mental há 32 anos, interessamo-nos por saber
se a psicopatologia e seus tratamentos foram se modificando ao longo do
tempo. Foi realizada uma pesquisa histórica nos arquivos da instituição observando-se idade e motivo da busca, tipo de tratamento indicado e diagnóstico
inicial principal, que foi acrescida de revisão na literatura. Constatamos que,
para além da evolução de um manual de avaliação para o outro, a idade, o tipo
de indicação de tratamento e o diagnóstico se modificam com a sociedade,
apontando para as mudanças culturais ocorridas de 1983 aos dias de hoje.
palavras-chave: psicopatologia; psicoterapias; diagnóstico; pesquisa histórica.
Mini currículo: Aline Álvares Bittencourt: Psicóloga; Mestranda em Psicologia Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e Especialista em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica pelo ESIPP (Estudos
Integrados de Psicoterapia Psicanalítica); Coordenadora da Ambientoterapia
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 97
Pôsteres
da Comunidade Terapêutica D. W. Winnicott.
Moema Schifino Linkiwcz: Graduanda do curso de Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), cursando o IX semestre; Estagiária da Comunidade Terapêutica D. W. Winnicott.
Francelise de Freitas: Graduanda do curso de Psicologia peça Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), cursando o IX semestre;
Estágio Curricular em Psicologia Ampliada no Hospital São Lucas da PUCRS
de dezembro/2014 até o presente momento; Estágio Extra Curricular na Comunidade Terapêutica D. W. Winnicott de janeiro/2015 até o presente momento Estágio Curricular em Psicologia Clínica na Comunidade Terapêutica
D. W. Winnicott de janeiro a dezembro/2014.
cimento pela Universidade de Passo Fundo; Especialista em Psicologia Clínica
pela Faculdade Meridional-IMED; Especialista em Psicoterapias CognitivoComportamentais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos; Docente e Supervisora de Estágios da Escola de Psicologia e do Curso de Pós-Graduação
de Terapia Cognitivo-Comportamental da Faculdade Meridional- IMED (Passo
Fundo-RS).
Tainá Katiúcia Simor e Simor – Acadêmica de Psicologia 7º semestre ,na
Faculdade Meridional – IMED (Passo Fundo- RS).
11
09
psicoterapia psicanalítica para crianças que enfrentam
situação de alienação parental
Autor / Autora responsável: Luiz Ronaldo de Oliveira
Co-autores: Tainá Katiúcia Simor e Simor
Nome da Instituição de origem: Faculdade Meridional- IMED , Passo Fundo-RS
Resumo: O objetivo principal da pesquisa consiste em abordar o tema da
psicoterapia para crianças que enfrentam situação de alienação parental. A
alienação parental é uma prática recorrente, em situação de separação conjugal litigiosa, onde os filhos são usados pelos pais como ‘munição’ nos ataques intrafamiliares. Será realizado um estudo qualitativo-exploratório
baseado no procedimento de estudo de casos múltiplos (Yin, 2005). Os participantes serão crianças em idade escolar que tenham sido encaminhadas
para psicoterapia no Serviço Integrado de Atendimento em Psicologia (SINAPSI) da Faculdade Meridional (IMED), e que correspondam ao critério de
inclusão nesta pesquisa. A proposta fundamenta-se na teoria da técnica psicanalítica de psicoterapia de crianças e nas pesquisas empíricas disponíveis
sobre o tema. Pretende-se com esta pesquisa contribuir com avaliação e proposição de técnicas que favoreçam as intervenções psicoterápicas com crianças que enfrentam situações de alienação parental.
palavras-Chave: Psicoterapia psicanalítica; Alienação Parental; crianças.
Mini Currículo: Luiz Ronaldo Freitas de Oliveira. Psicólogo, Professor e
Coordenador da Escola de Psicologia da Faculdade Meridional-IMED, Doutorando em Psicologia Clínica pela UNISINOS.
Tainá Katiúcia Simor e Simor – Acadêmica de Psicologia 7º semestre, na
Faculdade Meridional – IMED (Passo Fundo- RS).
DepReSIóN: SuS CARACteRÍStICAS eStRuCtuRALeS Y
LA ReLeVANCIA CLÍNICA
Autora responsable: Paula Dagnino
Nombre de la Institución de origen: Pontificia Universidad Católica de Chile,
Universidad Gabriela Mistral, ChileEl trastorno depresivo se encuentra dentro
de los desordenes mentales mas prevalentes a nivel mundial (Kessler & Bromet, 2013). Sin embargo, tanto desde la clínica (e.g. Jiménez, 2003) como
desde un enfoque biológico (e.g. Hasler, 2010) la depresión ha mostrado no
ser un trastorno homogéneo. Para poder orientar las intervenciones terapéuticas se hace necesario describir en detalle las posibles variaciones dentro del
cuadro. Una mirada a la heterogeneidad de la depresión es la que Blatt y colegas (1982) han descrito, a través de la polarización de la experiencia depresiva en introyectiva o anaclítica. El objetivo del siguiente trabajo es poder
describir cada una de estas polaridades en relación a las vulnerabilidades estructurales que los distinguen. Para ello se utilizará el eje IV del Sistema de
Diagn.stico Operacionalizado OPD2 (2008) que a través del instrumento de
autoreporte OPD-SQ, permite distinguir cuatro grandes dimensiones estructurales. Poder contar con una descripción mas acabada de la depresión nos
permitiría realizar intervenciones mas eficientes al estar centradas en el paciente y no en el trastorno. Se mostrarán los resultados preliminares de una
muestra clínica de 43 pacientes con sintomatología depresiva.
palabras-chave: depresión, vulnerabilidades estructurales,
Mini curriculum: Psicóloga; Pós-Doutora em Psicoterapia, Pontificia Universidad Católica de Chile (PUC). Doutora en Psicoterapia, PUC, Universidad de Chile
y Universidad de Heidelberg, Alemania. Miembro de SPR (Society for Psychotherapy Research), IARPP (International Asociation of Relational Psychoanalysis).
Investigadora MIDAP (Instituto Milenio para la Investigación en Depresión y Personalidad) Chile. Docente Pontificia Universidad Católica y Universidad Gabriela
Mistral. Miembro Unidad de Psicoterapia Adultos (UPA, PUC).
10
12
terapia Cognitivo-Comportamental para Crianças no
transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade
Autor / Autora responsável: Cristina Pilla Della Méa
Co-autores: Tainá Katiúcia Simor e Simor
Nome da Instituição de origem: Faculdade Meridional- IMED, Passo Fundo-RS
experimentos e técnicas de expressão corporal na
formação em psicoterapia.
Autor / Autora responsável: RIBEIRO-ANDRADE, Érica Henrique.
Co-autores: não há
Nome da Instituição: ISECENSA-RJO presente trabalho registra algumas
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) caracteriza-se
por três sintomas: a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade que se vivências ocorridas por ocasião de um experimento coletivo desenvolvido
manifesta durante a infância e pode continuar durante a vida adulta. Para sa- com alunos do nono período de Psicologia, como atividade da disciplina Gestisfazer os critérios diagnósticos, os sintomas devem estar presentes antes talt Terapia. Utilizou-se técnicas de relaxamento, dança, expressão corporal e
dos doze anos de idade e apresentar prejuízo no desenvolvimento de ativida- a metodologia hot seat. A sala do experimento foi previamente preparada com
des do cotidiano e da vida escolar. O tratamento envolve farmacoterapia e psi- colchonetes e recursos audiovisuais. Ao final do experimento os alunos foram
coterapia, dentre elas a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Este estudo estimulados a registrar suas experiências em um relatório. O experimento proconsiste em uma revisão bibliográfica consultada em bases de indexação na- pôs como “figura” a percepção do fim de um ciclo que se aproximava. Foi
cional e internacional que visa discorrer sobre a TCC para o TDAH na infância. possível identificar na maioria dos participantes uma boa aderência ao moA TCC baseia-se na inter-relação entre pensamento, emoção e comporta- mento do relaxamento, contudo, uma maior resistência quando precisavam
mento. O modelo da TCC para TDAH deve ser adaptado para a realidade da expressar sentimentos através do corpo. Ao se escolherem em duplas para
criança, fazendo uso de brinquedos e atividades lúdicas. As sessões são es- compartilhar em palavras o que expressaram com o corpo, os alunos, em sua
truturadas (12 sessões com o paciente e 4 sessões com a família). As técnicas maioria, puderam tornar presente, uma série de sentimentos suscitados pelo
cognitivo-comportamentais mais utilizadas são: psicoeducação sobre modelo experimento até então. Na técnica hot seat alguns participantes voluntariacognitivo e TDAH, registros de pensamentos disfuncionais, técnica de reso- mente puderam diante do grupo tornar consciente o que gostariam de levar
lução de problemas, tarefas de casa, planejamento e registro de atividades, do seu tempo de formação, e o que gostariam de deixar. Conclui-se que as
lista de problemas e lista de recompensas e avaliação. A participação da fa- técnicas corporais ainda são insipientemente trabalhadas no processo formamília e o contato com a escola são fundamentais para eficácia do tratamento. tivo de psicoterapêutas, o que pode favorecer à uma futura prática profissional
Concluiu-se que a TCC traz benefícios para crianças com TDAH, pois há me- que não considere o corpo como uma forma de expressão terapêutica. A forlhora na atenção, na concentração, o que está diretamente ligado ao rendi- mação de psicólogos deve levar em conta questões de sua própria subjetividade, uma vez que ser esta indissociável de sua futura atuação clínica.
mento escolar, bem como na convivência com familiares e amigos.
palavras chave: Formação em Psicoterapia, Experimentos, Expressão corMini currículo: Cristina Pilla Della Méa- Psicóloga; Mestranda em Envelhe98 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
poral, Gestalt.
Mini currículo: Mestre em Cognição e Linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF/RJ). Pós-Graduada em Psicopedagogia Institucional. Pós-Graduada em Psicanálise Clínica. Graduada em Psicologia.
Graduada em Teologia. É professora Universitária do ISECENSA (Institutos
Superiores de Ensino
13
A relação mãe e filha e suas implicações na anorexia
nervosa
Autor/Autora responsável: Catiane Pinheiro da Rosa
Co-autores: Tânia Maria Cemin Wagner
Instituição de origem: Universidade de Caxias do Sul (UCS)
Essa pesquisa resultou do Trabalho de Conclusão do Curso de Psicologia,
em que foi realizado um estudo exploratório sobre a teoria psicanalítica de
Sigmund Freud e sobre o processo de separação-individuação descrito por
Margareth Mahler, com o objetivo principal investigar como a relação mãe e
filha pode estar implicada no surgimento da anorexia nervosa. A anorexia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por uma busca exagerada pela
magreza por meio da restrição alimentar, acompanhada de um intenso temor
de ganhar peso. Tem uma etiologia multifatorial, envolvendo fatores biológicos, psicológicos e psicossociais. Como metodologia, foi realizado um delineamento qualitativo em uma pesquisa bibliográfica. Para tanto, foram
utilizados livros e artigos científicos sobre a anorexia nervosa, sendo selecionados aqueles artigos que tinham como referencial a teoria psicanalítica, abordavam a relação mãe e filha, e compreendiam os anos entre 2003 a 2013. A
partir da análise dos artigos, pode-se constatar que a relação mãe e filha pode
interferir no surgimento da anorexia nervosa, principalmente nos primeiros
anos do desenvolvimento infantil.
palavras-chave: anorexia nervosa; relação mãe e filha; psicologia;
Mini-currículo: ¹Psicóloga, Mestranda em Psicologia Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos.
²Psicóloga, Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Professora adjunta II da Universidade de Caxias do Sul.
15
Caracterização da população e do processo de psicoterapia
breve de adolescentes em uma clínica-escola.
Autora: Sandra Ribeiro de Almeida Lopes (1)
Co-autores: Yuri Benigno Claudino (2) Elizeu Coutinho de Macedo (3)
Nome da Instituição de origem: Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Estima-se que de 10 a 20% de crianças e adolescentes sofram de transtornos mentais, sendo um dos maiores desafios para a área de saúde mental a
construção de políticas públicas direcionadas às necessidades da população
infanto-juvenil. Este estudo pretendeu caracterizar a população jovem atendida
e a natureza do processo psicoterapêutico no contexto de uma clínica-escola.
Foram levantados 315 prontuários de jovens atendidos nos últimos 03 anos.
Do total, 176 eram do sexo masculino, cuja média de idade era de 12,9 anos,
apresentando queixas que variavam de 01 a 04, dentre elas: dificuldade escolar, problemas de relacionamento, problemas de comportamento, timidez
e retraimento, agressividade e impulsividade. O prazo previsto para o processo era de 02 anos, porém o tempo médio de permanência foi de 06 meses
a um ano. Em grande parte dos casos houve o predomínio da participação
dos pais/ responsáveis no processo. Os principais desfechos foram: concluídos (17,1%), encaminhamento externo (16,6%), desligados (22,2%) e desistentes (44,1%). Conclui-se que as clínicas-escola representam importantes
centros de atenção à saúde mental e psicológica da população infanto-juvenil
e que as práticas terapêuticas precisam ser repensadas de modo a melhor
atender às especificidades desta população.
palavras chaves: adolescência, psicoterapia breve, clínica-escola
Mini currículo : (1) Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica, Doutora em
Ciências da Saúde. Professora e Supervisora das áreas clínica e da saúde.
Coordenadora da Clínica Psicológica “Alvino Augusto de Sá” da UPM. (2) Psicólogo, formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem experiência
em atendimentos de crianças e adultos. Atualmente trabalha na Clínica Psicológica Alvino Augusto de Sá Mackenzie. (3) Psicólogo, Mestre e Doutor em
Psicologia Experimental. Professor adjunto da UPM e presidente do Comitê
de Ética em Pesquisa.
16
Grupo de Acolhimento: prazer em Conhecer-Se
14
A terapia Cognitivo-Comportamental para o transtorno de
Compulsão Alimentar periódica: uma revisão sistemática
Autor / Autora responsável: Mônica Aparecida Fernandes
Nome da instituição de origem: PUC-Campinas
O objetivo deste estudo foi empreender uma análise crítica acerca do conhecimento científico produzido sobre a manifestação do Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) através da perspectiva da Terapia
Cognitivo-Comportamental (TCC) nas revistas de divulgação da Psicologia. A
partir de buscas nas bases SciELO, Medline e PsycINFO, foram recuperados
dez artigos, categorizados em: artigos revisão; estudos empíricos; estudos
descritivos; e estudos experimentais. A maioria dos artigos ressalta a contribuição da TCC como uma abordagem assertiva de intervenção do referido
transtorno alimentar, mas os autores também preconizam o uso de tal abordagem em associação com outras estratégias. A análise crítica evidenciou a
demanda por mais estudos relacionados ao tema em revistas próprias da Psicologia, uma vez constatado o expressivo número de artigos relacionados ao
tema na área da Psiquiatria e em outras áreas (sendo, portanto, descartados
pelo critério de exclusão da metodologia do presente trabalho). Deve-se considerar as vantagens da publicação sobre o assunto em revistas de outras
áreas, como o reconhecimento da multidisciplinariedade do fenômeno.
Porém, o presente estudo evidenciou que a demanda por mais estudos sobre
o tratamento da TCC para o TCAP nas revistas científicas de Psicologia representa um estímulo para pesquisas na área como forma de beneficiar a prática
simultaneamente.
palavras-chave: Terapia Cognitivo-Comportamental; Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica; Psicologia.
Mini currículo: Psicóloga pela PUC-Minas; Pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas pela Faculdade Pitágoras; Residente em Psicologia pelo programa Saúde da Mulher, da residência multiprofissional da PUC-Campinas;
Membro da SBPH – Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar; possui trabalhos publicados pela abordagem da TCC – Terapia Cognitivo-Comportamental.
Autor / Autoras responsáveis: Irma Oliveira Leite Bulcão / Rosangela Silva
Freitas
Co-autores: Fernanda Blanco Vidal
Nome da Instituição de origem: Faculdade São Bento da Bahia
Este projeto é resultado de um trabalho pioneiro de atendimento em grupo
no Serviço de Psicologia da Faculdade São Bento da Bahia e da experiência
de duas alunas neste Serviço, que, a partir do estágio em acolhimento individual, perceberam a importância desse espaço para tentar suprir a demanda
pela ampliação do acolhimento aos usuários na “sala de espera”. Assim, pensou-se no acolhimento grupal, de caráter misto, visando a troca de experiências entre os usuários enquanto aguardavam atendimento individual. Os
objetivos do projeto foram proporcionar escuta qualificada frente às demandas apresentadas; oportunizar a troca de experiências e saberes e facultar o
fortalecimento de vínculo por parâmetros de solidariedade e cidadania, perpassando, todo o trabalho, pelo acordo de convivência mútua. A escuta é embasada nas teorias de abordagem gestáltica, psicodrama e teoria do vínculo
de Pichón-Riviére. No processo, o grupo foi se revelando com características
próprias, constituindo-se em um grupo terapêutico regular, com atendimento
específico a mulheres na maturidade. Assim, o acolhimento em grupo ancorou as dúvidas, incertezas e inseguranças das participantes, sendo um trampolim para o trabalho com grupos apesar de sermos psicólogas em formação
– mas quem, nessa profissão, não o é por toda a sua vida? Uma frase representativa de uma das participantes do grupo marca este espaço: “Aqui neste
lugar estou começando a perceber as coisas de maneira melhor, com a ajuda
de todas vocês do grupo.”
palavras-chave: Acolhimento. Grupo Terapêutico. Mulheres
Mini currículo: Autoras responsáveis: Irma Oliveira Leite Bulcão
Professora, Graduanda em Psicologia pela Faculdade São Bento da Bahia;
Graduada em Filosofia pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL); Especialização em Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade de Educação
da Bahia, Salvador/BA; Formação em Ensino da História e Cultura Afro-brasileiras pelo Centro de Estudos Afro-Orientais (UFBA); Formação em Danças
Circulares Sagradas / Um Caminho de Educação e Cura – Salvador/BA; Formação em Análise Transacional 202 – Salvador/BA.
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 99
Pôsteres
Rosangela Silva Freitas
Graduanda em Psicologia pela Faculdade São Bento da Bahia; Pedagoga
formada pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL); Especialista em Psicologia Organizacional com Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Salvador (UNIFACS); Pós-graduada em Psicopedagogia Aplicada ao
Desenvolvimento de Recursos Humanos – Faculdades Integradas Olga Mettig;
Formação de Grupo Multirreferencial-LM Desenvolvimento; Cofundadora do
Centro de Desenvolvimento Humano e Social – CreSER.
CO-AutORA: Fernanda Blanco Vidal
Psicóloga formada pela Universidade Federal da Bahia(UFBA); Mestre em
Ciências Sociais pela UFBA; Coordenadora e Professora do Curso de Psicologia da Faculdade São Bento da Bahia; Professora do Curso de Psicologia da
União Metropolitana de Educação e Cultura ( Unime). Autora do livro Saudades sim, tristeza não – Psicologia, memória social e de descolamentos forçados. EDUFBA.
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Adesão do processo de uma psicoterapia ao
seu protótipo ideal
AutOR / AutORA ReSpONSáVeL: Fernanda Barcellos Serralta
CO-AutOReS: Carolina Palmeiro Lima, Gibson Juliano Weydmann, Vitória
Waikamp.
Nome da Instituição de origem: Universidade do Vale do Rio dos Sinos –
UNISINOS
O Psychotherapy Process Q-Set (PQS; Jones, 2000) é um instrumento
de avaliação empírico do processo psicoterapêutico. Utilizando os itens
deste instrumento, foram desenvolvidos no LAEPSI (Laboratório de Estudos em Psicoterapia e Psicopatologia - UNISINOS) protótipos brasileiros
para psicoterapia psicodinâmica breve (PPB) e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Estes protótipos estão sendo utilizados pelo grupo de pesquisa para verificar a correspondência de processos de psicoterapias com
o modelo psicodinâmico ideal e verificar a sua relação com a melhora clínica. O objetivo do estudo foi verificar a adesão de uma psicoterapia com
uma paciente com transtorno de personalidade dependente com o modelo
psicodinâmico ideal. Este é um estudo de caso sistemático. A psicoterapia
psicanalítica está em andamento. A paciente possui 67 anos, transtorno de
personalidade dependente e problemas crônicos de saúde. A terapeuta possui 33 anos, formação em psicoterapia psicanalítica e 10 anos de experiência clínica. Foram consideradas as primeiras 50 sessões do tratamento.
Uma a cada duas sessões foram avaliadas com o PQS (n=18). Correlações
entre os itens do PQS e os protótipos (PPB e TCC) verificaram o grau de
adesão de cada sessão aos dois modelos. Teste t para amostra pareadas
examinou se houve diferença significativa entre a adesão aos modelos.
Conforme esperado, o caso aderiu a ambos protótipos, todavia, a adesão
ao protótipo PPB foi significativamente maior, confirmando a natureza psicanalítica da intervenção. Análises futuras deverão indicar em que medida
esta adesão está associada à mudança.
Mini currículo: 1Doutora em Ciências Médicas: Psiquiatria (UFRGS), docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e coordenadora do Laboratório de Estudos em Psicoterapia e Psicologia (LAEPsi) da Universidade
do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). 2Graduandos em psicologia, bolsistas
de iniciação científica do LAEPSI – UNISINOS.
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Avaliação de indicadores do funcionamento vincular do
casal e critérios para indicação de psicoterapia
psicanalítica vincular – um projeto de pesquisa
Autor / Autora responsável: Fernanda Munhoz Driemeier Schmidt
Co-autores: Camila Piva da Costa (Coordenadora), Angela Piva, Gabriela
Martins, Mariana Saldanha da Fonseca, Maricéia Duarte Cossio
Nome da Instituição de origem: Contemporâneo: Instituto de Psicanálise e
Transdiciplinaridade, Brasil
A perspectiva vincular na Psicanálise vem desenvolvendo-se no mundo e
no Brasil com diferentes desenvolvimentos teóricos para dar conta do que se
passa na relação de um com o outro em um contexto de casal, de família, parento-filial e de grupo. Além do aumento do número de casamentos e recasamentos no Brasil, observa-se também uma maior demanda de casais que
buscam ajuda terapêutica. No entanto, pesquisas acerca deste tema ainda são
bastante incipientes, tornando-se necessário desenvolver um estudo mais
aprofundado sobre os critérios para indicação e indicadores de funcionamento
vincular no casal. Diante disso, o objetivo é identificar as principais indicações
terapêuticas para abordagem vincular de casal e examinar indicadores de funcionamento vincular que propiciem uma boa avaliação e intervenção terapêutica. Será realizado um estudo com delineamento qualitativo exploratório, em
que psicoterapeutas experts na teoria psicanalítica vincular, com pelo menos
10 anos de experiência clínica responderão a uma entrevista aberta sobre
como realizam a avaliação e essa indicação na sua prática clínica. Todas as
entrevistas serão gravadas, para posterior análise. As entrevistas serão analisadas com base nas diretrizes para pesquisa clínica-qualitativa. Resultados
esperados: compreensão dos critérios de indicação de psicoterapia psicanalítica vincular de casal; poder transmitir esses resultados para os clínicos; de
forma que promova um aprimoramento teórico-clínico e consequentemente
dos serviços prestados à população.
palavras-chave: psicoterapia psicanalítica de vincular, psicoterapia de casal
Mini currículo: Psicóloga clínica; Mestranda em Psicologia Clínica pela UNISINOS – Bolsista CAPES/Prosup, Especialista em Psicoterapia Psicanaítica de
Crianças, Adolescentes e Adultos pelo Contemporâneo: Instituto de Psicanálise e Transdiciplinaridade.
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A capacidade de mentalização de mães de crianças
diagnosticadas com transtorno do espectro Autista.
Autor / Autora responsável: Marciele Ana Devaliere Co-autores: Vera Regina
Röhnelt Ramires
Nome da Instituição de origem: Unisinos, Brasil
Este estudo analisará a capacidade de mentalização de mães de crianças
diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Será baseado nas
contribuições teóricas de Fonagy e colaboradores sobre o conceito de função
reflexiva e da capacidade de mentalização. O TEA implica em dificuldades no
estabelecimento do diagnóstico e no tratamento psicoterapêutico. Há escassez de estudos voltados ao atendimento psicoterapêutico, bem como sobre
a família. Os estudos referem a gravidade desse espectro, que pode acarretar
estressores em potencial para os familiares em função do diagnóstico recebido. O estudo seguirá uma abordagem qualitativa-exploratória e adotará o
procedimento de estudo de casos múltiplos, que permite a investigação sistemática e exaustiva de casos individuais. Estima-se a participação de três
mães de crianças de até oito anos de idade, diagnosticadas com Transtorno
do Espectro Autista. Os participantes serão acessados em uma associação
que atende autistas na região Norte, do Rio Grande do Sul. Serão realizadas
entrevistas individuais com cada participante, nas modalidades de entrevista
aberta, semiestruturada e entrevista estruturada para avaliação clínica dos indicadores da capacidade de mentalização. Será utilizado o Checklist para Avaliação Clínica da Capacidade de Mentalização.
palavras-chave: autismo, capacidade de mentalização, mães de crianças
autistas.
Mini currículo: Psicóloga clínica e educacional, Mestranda em Psicologia
Clínica pela UNISINOS, Especialista em Transtornos da Infância e Adolescência, psicóloga do Instituto Anglicano Barão do Rio Branco de Erechim, Psicóloga da Associação Aquarela-Pró Autista de Erechim.
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tÍtuLO: estilos de vínculo de psicoterapeutas que cuidam
de pacientes terminais
Autor/Autora responsável: Marilia Barban
Co-autores: Gláucia Mitsuko A. da Rocha
Nome da Instituição de origem: Universidade Presbiteriana Mackenzie
O termo apego pode ser explicado como um complexo de sentimentos e
emoções referentes ao vínculo entre a criança e sua mãe, podendo ele ser seguro ou inseguro (ansioso ou evitativo). O comportamento de apego tem colaboração direta na maneira como a criança percebe seu mundo interno e
externo e, uma vez estabelecidos, predeterminarão os relacionamentos durante a infância, podendo ser modificados no decorrer da vida. Entendido
como um modo de enfrentamento, tem como uma de suas finalidades evitar
o luto duradouro. O psicólogo, muitas vezes esquecido em relação aos cui-
100 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
dados da equipe de saúde, também está propenso a conflitos emocionais no
que tange ao impacto da morte. Espera-se que o psicoterapeuta, conforme
seu padrão de apego, apresente reações específicas no momento da morte
de seu paciente. O presente estudo teve como objetivo estudar os estilos de
vínculo e luto do psicoterapeuta que cuida de pacientes terminais de forma
exploratória quantitativa e qualitativa, com amostra de 10 psicólogos com idades entre 22 e 60 anos. Utilizou-se como instrumento a Escala de Relacionamentos Próximos – Estruturas em Relacionamentos Próximos – ECR-RS para
avaliar os estilos de vinculação, e realizou-se uma entrevista semi-estruturada
com dois participantes emblemáticos de estilo inseguro ansioso. Os resultados mostram que a atuação do estilo de vínculo interfere na forma como o
sujeito elabora sua perda, contudo, como este pode ser desenvolvido a partir
de diferentes vivências, a elaboração do luto pelos indivíduos que desenvolveram um mesmo estilo de apego, pode ocorrer também distintamente,
porém com traços e características comuns.
palavras-chave: Apego, luto, psicoterapeuta
Mini currículo: Psicóloga; Especialista em Psico-Oncologia pelo Hospital
Pérola Byington.
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área temática: ( 8 )
Modelo Integrado no tratamento do transtorno de
personalidade borderline
Autor / Autora responsável: Eliana de Oliveira Teixeira
Instituição de origem: Instituto de Psiquiatria / Hospital das Clínicas - SP
Instituição de origem: Instituto de Psiquiatria / Hospital das Clínicas - SP
Definido pela literatura psicanalítica como uma patologia nos limites da
neurose e da psicose, do normal e do patológico, o transtorno borderline se
caracteriza por sintomas diversos, possuindo, entretanto, uma organização
específica e estável. Com uma frágil adaptação social, borderlines mostramse profundamente perturbados em seus relacionamentos familiares e privados. Considerando esta complexidade, o ambulatório Integrado dos
Transtornos de Personalidade, no Hospital das Clinicas, tem como objetivo
atender o paciente em sua globalidade, oferecendo um serviço onde psiquiatras e psicólogos trabalham em conjunto. Baseado nas contribuições de
Otto Kernberg, o trabalho dos psicólogos é organizado em torno de duas modalidades terapêuticas distintas - psicoterapia individual e psicoterapia familiar, e tem um papel fundamental na complementação do tratamento
farmacológico. Nossas observações nos permitem concluir que o atendimento de portadores da patologia borderline é potencializado com a ação integrada de equipes supervisionadas. A ação conjunta de psiquiatras e
psicólogos optimiza o tratamento, levando a uma maior adesão e a uma
menor desistência dos usuários. Além disso, o atendimento integrado, onde
também há suporte do grupo familiar, torna o espaço institucional um local
de acolhimento e de referência, favorecendo a transferência positiva com o
instituto de psiquiatria e com a equipe de trabalho. Finalmente, pacientes cujo
quadro psicológico é considerado leve ou moderado apresentam uma evolução favorável de seu estado, podendo inclusive receber alta médica. Em pacientes graves e muito graves, verificamos uma significativa redução das
tentativas de suicídio e de auto-mutilação.
palavras chave: borderline, tratamento integrado, psicoterapia, instituição.
Mini-currículo: Psicóloga. Integrante do ambulatório Integrado dos
Transtornos de Personalidade e do Impulso, no Hospital das Clinicas (São
Paulo). Doutoranda em Psicologia pela Universidade de Nantes (França),
Mestre em Psicanálise pela Universidade de Paris VIII (França), Mestre em
Psicologia Social pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais/Sorbonne (França).
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O psicoterapeuta no Ambulatório de prematuros da
uNIFeSp-epM.
Autor responsável: Rozane Lapolli Sanz Casseb
Co-autores: Emilia Aparecida Calixto Afrange
Nome da Instituição de origem: UNIFESP-EPM / ABRAP / SBPSP
Texto: Neste pôster apresentaremos uma experiência realizada no Ambulatório de Prematuros do Departamento de Pediatria da UNIFESP - EPM. Discutiremos algumas vicissitudes que observamos ser importantes através do
viés dado pela prematuridade na relação da mãe com seu filho. A atenção
aos aspectos psicológicos do prematuro constitui-se como uma das verten-
tes do trabalho do psicoterapeuta no contexto da saúde pública e envolve diferentes campos epistemológicos. As repercussões da prematuridade podem
trazer sequelas emocionais determinantes para o desenvolvimento do prematuro e dos envolvidos no processo da prematuridade. A nossa proposta
está centrada na ampliação da atenção à saúde mental. No nível primário as
ações privilegiam aspectos ligados à psicoprofilaxia. Neste sentido o Psicoterapeuta considera que as relações iniciais entre a mãe e a criança devem
ser contextualizadas com a organização familiar e as intervenções institucionais visando o desenvolvimento integral; e se dispõe a conhecer os diferentes
fatores que rapidamente se instalam na dupla mãe – filho, tais como os excessos de zelo ou por outro lado a ausência de cuidados essenciais no plano
da relação que o neonatal está iniciando com a realidade comum. Com relação à atenção Primária, o Psicoterapeuta tem como função auxiliar os membros da equipe a compreender o Processo de Desenvolvimento da Função
Materna. Melhor instrumentada a equipe pode lidar com as diferentes demandas que a dupla mãe – filho apresenta.
palavras-chave: prematuridade, saúde mental, psicanálise, psicodinâmica.
Mini currículo: Rozane Lapolli Sanz Casseb – Psicóloga; coordenadora da
equipe de psicologia do Ambulatório de prematuros UNIFESP-EPM, membro
filiado da Sociedade Brasileira de Psicanalise, Mestranda UNIFESP área Saúde
Materno Infantil.
Emilia Aparecida Calixto Afrange – Psicóloga Clinica, Professora e Supervisora do Instituto Sedes Sapientiae, Psicóloga da equipe do Ambulatório de
Prematuros e do NAPPED – Núcleo de Atendimento e Pesquisa em Psicanálise
e dor na UNIFESP-EPM. Colaboradora na ONG Mamãe Associação de Assistencia a Criança Santamarense. Fundadora e atual Presidente da ABRAP – Associação Brasileira de Psicoterapia. Representante brasileira na FLAPSI –
Federação Latino-americana de Psicoterapia. Coordenadora Brasileira no Capítulo Latino-americano da SPR-LA – Society Psychotherapy Research. Membro filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
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Grupo terapêutico: um relato de experiência
interdisciplinar no hospital psiquiátrico.
Autor / Autora responsável: Marisanta Araujo Nogueira
Nome da Instituição de origem: Hospital de Saúde Mental do Acre –
HOSMAC.
Na área da saúde vem sendo discutida a fragmentação do cuidado, possibilitando reflexões acerca dos trabalhos interdisciplinares e impacto das
ações sobre os usuários. Nesse sentido o presente trabalho tem o intuito
de relatar a experiência com o grupo terapêutico como intervenção interdisciplinar direcionada aos usuários em situação de internação. A instituição é
referência na assistência em saúde mental, considerando o atual reordenamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no Estado, que atualmente
tem uma população de 790.101 habitantes. Nesta perspectiva, o grupo tem
caráter aberto, acontece semanalmente atendendo mulheres e homens e,
constituído por 20 usuários em média. É coordenado por um psicólogo com
a participação da equipe interdisciplinar composta por educador físico, terapeuta ocupacional, assistente social e pedagogo. A ação norteia as produções de conhecimentos e ações em saúde, a partir de reflexões que
compreendem a complexidade dos processos saúde-doença. Após o grupo
a equipe se reúne para avaliar as demandas apresentadas almejando as possíveis resoluções. A atividade proporciona aos utentes o compartilhamento
de assuntos diversos relacionados à família, alta médica, motivo de internação, reconhecimentos e reclamações relacionadas à instituição e, também, histórias de vida em geral. Além de contar com a equipe favorecendo
o olhar diferenciado para o processo do cuidado. Algumas situações trazidas
pelos usuários excedem o trabalho em grupo gerando encaminhamentos.
Conclui-se que o trabalho interdisciplinar favorece a descentralização do
olhar biomédico e medicamentoso contribuindo para atuações próximas a
complexidade do cuidado.
palavras-chave: Grupo Terapêutico, Saúde Mental, Interdisciplinar
Mini currículo: Psicóloga pela Universidade Paulista UNIP campus Flamboyant Goiânia - GO; Especialista em Psicologia da Saúde Hospitalar pela Universidade Paulista UNIP;
Especialista em Gestão da Clínica do SUS: Educação na Saúde para Preceptores do SUS pelo Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa;
Psicóloga do Hospital de Saúde Mental do Acre.
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 101
Pôsteres
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área temática: (6) marque o número correspondente, de 1 a 18
O Acompanhamento terapêutico como técnica clínica
desinstitucionalizante
Adesão do processo de uma psicoterapia ao seu protótipo ideal
AutOR / AutORA ReSpONSáVeL: Igor Nunes Brito
CO-AutORA: Milena Lisboa
AutOR / AutORA ReSpONSáVeL: Fernanda Barcellos Serralta
CO-AutOReS: Carolina Palmeiro Lima, Gibson Juliano Weydmann, Vitória
Nome da Instituição de origem: Faculdade São Bento da Bahia
Waikamp.
NOMe DA INStItuIçÃO: Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Este trabalho é fruto da parceria entre o Departamento de Psicologia da Faculdade São Bento da Bahia e Defensoria Pública do Estado da Bahia. A proposta é apresentar nova tecnologia de atuação terapêutica denominada
Acompanhamento Terapêutico-AT para evitar internação compulsória. Pautase nos princípios da clínica ampliada e desinstitucionalização e é teoricamente
influenciada pela psicanálise e psiquiatria comunitária. A atividade dá-se com
visita domiciliar do psicólogo ao sujeito em sofrimento psíquico grave, objetivando estabelecer vínculos com este, no sentido de restabelecer e fortalecer
os recursos relacionais e institucionais já fragilizados. O AT mostrou-se positivo nas atuações estabelecidas para as famílias atendidas, entendendo estas
suas implicações como agente de promoção de saúde, juntamente com o
Acompanhante Terapêutico e demais equipamentos em saúde mental, aplacando a ansiedade pelo internamento compulsório, evitando este procedimento. Em atendimento a um homem com 37 anos, que após o nascimento
de sua filha apresentou agressividade contra esposa e filha, tendo a internação
sido solicitada por sua esposa e evitada, quando da inserção do AT junto a família, uma vez que o sujeito resistia ao tratamento pelo CAPS e ambulatório,
sendo sustentado o tratamento sem a internação. Dessa forma, espera-se que
o Acompanhamento Terapêutico consolide-se como meio de atuação desinstitucionalizante do sofrimento psíquico.
pALAVRAS-ChAVe: Acompanhamento Terapêutico, sofrimento psíquico,
internação compulsória, desinstitucionalização
Autor: Advogado-monitor em Direito de Família pela UCSAL -Universidade
Católica do Salvador, formando em Psicologia pela Faculdade São Bento da
Bahia, graduado em Direito pela UFBA, sub-coordenador do Projeto Balcão
de Justiça e Cidadania pela Faculdade Unijorge (2004/2005), presidente da
comissão de assistência judiciária da OAB – secção Bahia (1998-2000), pósgraduando em Psicologia e Ação Social pela Faculdade São Bento da Bahia
Co-autora: graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia
(2005), mestrado e doutorado em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008), doutorado na Universitat Autònoma de
Barcelona, pesquisadora no Núcleo de Práticas Discursivas e Produção de
Sentidos (PUC-SP e Grupo Fractalidades en Investigación Crítica (UAB) e do
Grupo LAICOS - IAPSI, professora de Psicologia na Faculdade São Bento da
Bahia e de cursos de pós-graduação.
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Cuidando do Cuidador: psicoterapia Grupal com cuidadores
de pacientes com Doença de Alzheimer.
AutOR / AutORA ReSpONSáVeL: Paula Crivelin Cavinatto
NOMe DA INStItuIçÃO De ORIGeM: Clínica Espaço Terapêutico e Associação
Brasileira de Alzheimer (Abraz) – subsede de Limeira – SP
A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência em idosos e representa um significativo problema de saúde pública pela longa extensão e
complexidade de manifestações funcionais e emocionais, e consequências sociais, tanto para a pessoa afetada quanto para seus cuidadores. Tendo em vista
tais circunstâncias, a autora realizou um trabalho no qual atendeu, semanalmente, grupos psicoterapêuticos para cuidadores de pacientes com Alzheimer,
durante o período de 2007 a 2013, sendo um grupo por ano, com média de
cinco cuidadores por grupo. O objetivo do trabalho foi promover a saúde mental dos cuidadores e aumento da qualidade de vida dos mesmos, proporcionando um ambiente acolhedor e informativo, a fim de que se sentissem mais
amparados e preparados para lidar com a doença. Observou-se uma evolução
significativa nos aspectos emocionais, evidenciados pela diminuição de sintomas como: estresse, tristeza, ansiedade, insônia, fadiga e insegurança. Os resultados foram avaliados qualitativamente, observando-se o comportamento
e os relatos dos cuidadores, que também passaram por entrevista relativa às
mudanças percebidas após a psicoterapia. Cabe ressaltar que durante o trabalho foram a óbito três cuidadoras. Estima-se que tal estudo possa contribuir
para prática dos profissionais de saúde e das equipes interdisciplinares.
palavras chave: doença de Alzheimer, cuidadores, idosos, familiares.
Mini Currículo: Psicóloga Clínica, Mestre em Psicologia Educacional pela
Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
O Psychotherapy Process Q-Set (PQS; Jones, 2000) é um instrumento
de avaliação empírico do processo psicoterapêutico. Utilizando os itens
deste instrumento, foram desenvolvidos no LAEPSI (Laboratório de Estudos em Psicoterapia e Psicopatologia - UNISINOS) protótipos brasileiros
para psicoterapia psicodinâmica breve (PPB) e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Estes protótipos estão sendo utilizados pelo grupo de pesquisa para verificar a correspondência de processos de psicoterapias com
o modelo psicodinâmico ideal e verificar a sua relação com a melhora clínica. O objetivo do estudo foi verificar a adesão de uma psicoterapia com
uma paciente com transtorno de personalidade dependente com o modelo
psicodinâmico ideal. Este é um estudo de caso sistemático. A psicoterapia
psicanalítica está em andamento. A paciente possui 67 anos, transtorno de
personalidade dependente e problemas crônicos de saúde. A terapeuta possui 33 anos, formação em psicoterapia psicanalítica e 10 anos de experiência clínica. Foram consideradas as primeiras 50 sessões do tratamento.
Uma a cada duas sessões foram avaliadas com o PQS (n=18). Correlações
entre os itens do PQS e os protótipos (PPB e TCC) verificaram o grau de
adesão de cada sessão aos dois modelos. Teste t para amostra pareadas
examinou se houve diferença significativa entre a adesão aos modelos.
Conforme esperado, o caso aderiu a ambos protótipos, todavia, a adesão
ao protótipo PPB foi significativamente maior, confirmando a natureza psicanalítica da intervenção. Análises futuras deverão indicar em que medida
esta adesão está associada à mudança.
palavras-chave: Processo terapêutico, psicoterapia psicodinâmica, estudo
de caso.
Mini currículo: 1Doutora em Ciências Médicas: Psiquiatria (UFRGS), docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e coordenadora do Laboratório de Estudos em Psicoterapia e Psicologia (LAEPsi) da Universidade
do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). 2Graduandos em psicologia, bolsistas
de iniciação científica do LAEPSI – UNISINOS.
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estagiários de psicologia: primeiras experiências em
atendimento clínico
AutOR: Rafael Alberto da Silva
COAutORA: Sandra Ribeiro de Almeida Lopes
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Discutimos neste estudo, a experiência emocional de alunos de psicologia
em seus primeiros atendimentos clínicos. Objetivou-se a identificação de sentimentos suscitados e suas influências no manejo do trabalho clínico. Foi verificado em que momento a prática acontece e quais aspectos estão
relacionados aos sentimentos relatados. Participaram deste estudo 42 alunos
de Psicologia do Mackenzie. A partir dos dados obtidos com os questionários
e as entrevistas, foram criadas categorias de análise com temáticas levantadas
por meio dos conteúdos dos instrumentos. As exigências pessoais quanto ao
desempenho conduziram a uma reflexão crítica associada ao cuidado com o
outro e à postura profissional. Os discursos passeiam entre os papeis de terapeuta e de aluno, demonstrando preocupação tanto com os resultados de
sua atuação frente aos colegas e ao supervisor, quanto com os efeitos/resultados que os pacientes obtêm dos atendimentos. Concluiu-se que as sensações, expectativas, exigências observadas são pertinentes ao momento
vivenciado pelo aluno, podendo influenciar positiva ou negativamente o manejo do trabalho clínico e a própria formação do aluno. O sentimento mais
frequente é a ansiedade, seu bom manejo pode torná-la favorável à formação
na medida em que pode proporcionar a produção de maior envolvimento e
interesse pelo trabalho clínico. Destaca-se o importante papel da supervisão
e da psicoterapia pessoal no manejo dessa ansiedade.
palavras-chaves: Estagiário de psicologia; Primeiro atendimento; Psicologia Clínica.
Mini currículo: Autor: Psicólogo, formado pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie; Cursa especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho
pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; Participa do Grupo de Estudos
102 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
“Discussões psicanalíticas: implicações em nosso fazer clínico”;
Coautora: Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica e Doutora em Ciências
da Saúde. Professora e Supervisora Clínica na Universidade Presbiteriana
Mackenzie.
Ciências da Saúde. Professora, Supervisora e Coordenadora da Clínica Psicológica do Mackenzie.
(2) Psicóloga; Especialista em Saúde da Família pela Faculdade Santa Marcelina e Ministério da Saúde; Responsável Técnica do serviço-escola de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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tÍtuLO: A representação social do psicólogo e de seu
trabalho para os pacientes de uma clínica-escola
AutOR ReSpONSáVeL: Yuri Benigno Claudino
COAutOR: Sandra Ribeiro de Almeida Lopes
NOMe DA INStItuIçÃO: Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)
O presente estudo buscou compreender as Representações Sociais do Psicólogo e de seu trabalho para a população que procura atendimento na Clínica
Psicológica Alvino Augusto de Sá (UPM). Participaram desta pesquisa 11 pessoas, sendo 7 do sexo feminino e 4 do sexo masculino, que responderam um
questionário de 10 perguntas elaboradas com base no levantamento de estudos anteriores na área. A partir das respostas dos entrevistados foram criadas
categorias e subcategorias a serem analisadas, abordando as seguintes temáticas voltadas à representação social do psicólogo e seu trabalho: sobre
seu fazer e as características necessárias ao profissional; sobre os objetivos
do psicólogo e de que maneira se dá o seu trabalho; sobre os motivos que
levam as pessoas à procura do psicólogo; sobre o período de tempo necessário ao trabalho; sobre o alcance da prática e seu contexto institucional e;
sobre as prioridades da população quanto a resoluções de problemas. Os resultados sugerem que a Representação social do psicólogo para esta população remete a uma forte associação ao atendimento clínico individual de feitio
terapêutico, conotando um aspecto curativo. Dentro desta perspectiva, a figura do psicólogo se mostrou como a de alguém capaz de resolver todos os
conflitos e problemas que possam surgir, atribuindo a este profissional a
maior parte do esforço requerido pelo processo terapêutico.
palavras-Chave: Representação Social; Psicólogo; Clínica-Escola.
Mini currículo: (autor) Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie,
tem experiência em atendimentos de crianças e adultos. Atualmente trabalha
na Clínica Psicológica Alvino Augusto de Sá Mackenzie.
(co-autora) Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica e Doutora em Ciências
da Saúde. Professora e supervisora clínica na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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trabalho de acolhimento aos pais, frente à condição de
prematuridade de seus filhos – Sala de espera –unidade
Saúde da Família e Comunidade - uSFC.
AutOReS ReSpONSáVeIS: Ana Claudia Fabricio, Chaiane dos Santos, Edmir Junior,
Edna Batista, Kamila Pereira e Larissa Fernanda*
Co-autora: Ana Paula Karkotli**
NOMe DA INStItuIçÃO De ORIGeM: Universidade do Vale do Itajaí – Univali.O
contexto familiar é um fenômeno amplamente estudado nas mais diversas
demandas. Neste projeto de estágio básico do 6º período do curso de
psicologia, observou-se a necessidade de acolhimento aos pais frente à
prematuridade, visto que nesta situação os pais se encontram, por vezes,
inseguros e com medo em relação a criança. Se teve como finalidade
acolher aos pais e enfatizar a troca de informações entre eles para diminuir
a sensação de estranheza e isolamento. Inicialmente foi realizado um
levantamento bibliográfico com objetivo de apropriação e aprofundamento
do tema para embasar a construção e a criação de um roteiro de uma
entrevista semi- estruturada, a ser realizada com os pais. Esta teve como
objetivo, identificar a demanda e as possibilidades de propostas para
intervenção. Inicialmente foram realizadas como entrevistas piloto o total de
seis entrevistas. Nos seis casos, foi identificada como demanda principal, a
necessidade de apoio psicológico aos pais ou cuidadores frente a esta
situação, pois alguns se encontram em extremo esgotamento psicológico.
Este projeto foi implantado no primeiro semestre, como forma de validar
como uma práxis a ser instituída no ambulatório da USFC e tem como
intuito o acompanhamento semanal dos pais na sala de espera, oferecendo
a estes, apoio psicológico inicial por meio do acolhimento.
palavras-chave: famílias, acolhimento, sala de espera, SUS.
* Acadêmicos do Curso de Psicologia , Estágio Básico 6º período da Universidade do Vale do Itajaí. **Psicóloga – Psicoterapeuta Sistêmica. Docente
na Universidade do Vale do Itajaí – Curso Psicologia. Mestre em Saúde e Gestão do Trabalho com ênfase em Saúde da Família .
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área temática: A vida contemporânea e as práticas clínicas
O recurso do follow up como prática de encaminhamento
implicado para os equipamentos da rede.
AutORAS: Sandra Ribeiro de Almeida Lopes (1) Jaqueline Souza Parisoto (2)
NOMe DA INStItuIçÃO De ORIGeM: Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Os serviços-escola são ambientes apropriados que aliam a formação profissional à prestação de serviços à comunidade. Dentro desta perspectiva o
serviço-escola de Psicologia da UPM tem buscado reorganizar seu plano
pedagógico para atender às necessidades de seus alunos e da comunidade
que busca assistência psicológica. Até meados de 2012 a proposta de trabalho envolvia práticas clínicas tradicionais, porém o movimento da atual
direção e coordenação do curso tem sido a oferta de oportunidades de formação mais ampla, que sejam congruentes com as demandas do mercado
de trabalho atual. Nossos alunos passam a realizar atividades técnicas e práticas a partir da 8ª etapa. Em 2015 foram inseridas atividades que buscam
garantir ao aluno experiências diversas, dentre elas destacamos a realização
de follow up com pacientes encaminhados para serviços da rede de atenção
à saúde, assistência e educação. O objetivo foi verificar a eficácia dos encaminhamentos e o grau de satisfação com relação ao processo realizado em
nosso serviço. Foram realizados 113 questionários de follow up. Indicamos
que 47% dos pacientes foram até os locais indicados; destes, 83% passaram ou ainda estão em atendimento. Com relação ao processo de psicoterapia realizado em nosso serviço, 85% dos entrevistados afirmaram se
sentirem bastante satisfeitos. A realização desta atividade permitiu ao aluno
exercitar a escuta qualificada, uma vez que durante a realização do follow
up o paciente expunha suas ideias a respeito do atendimento, além de atualizar sobre sua situação de saúde.
palavras-chave: estagiários de psicologia, serviço-escola, follow up.
Mini currículo: (1) Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica e Doutora em
pLANOS De SAúDe – O DeSAFIO DAS NOVAS
CONFIGuRAçõeS DO AteNDIMeNtO pSICOteRápICO
Autor: Helen C.D. Spanopoulos e Sonia Pires
Instituição: CEAAP e Instituto Sedes Sapientiae
Introdução: As regulamentações brasileiras da Agencia Nacional de Saúde
que determinam e orquestram a exigência de oferecimento de atendimento
psicológico pelos planos de saúde ocasionaram abalos nos pilares fundamentais da relação terapêutica. A pressão para que o atendimento psicológico
viesse a fazer parte do rol de atendimentos cobertos pelos planos de saúde,
iniciou-se a mais de vinte anos, quando alguns planos considerados diferenciados ofereciam esse tipo de atendimento como forma de tornar o plano mais
atraente. Objetivos: Propomos-nos a acolher, problematizar e encontrar caminhos para o momento enquanto parte das transformações contemporâneas
a que estamos inevitavelmente sujeitos. Discussão: Questões como o tempo
de atendimento da sessão, a duração dos tratamentos inauguram-se com a
equiparação dos atendimentos psicológicos aos médicos. Um impasse insolúvel, visto que estas áreas de atuação tem como objeto de trabalho o sujeito,
a doença e a saúde a partir de óticas totalmente diferentes. Discussão: Como
a demanda de atendimento é grande e a necessidade de responder a essa demanda pelos planos de saúde está sob os olhos das “leis” da ANS, não existem parâmetros balizadores do que vem sendo oferecido. Conclusão: O
atendimento psicológico virou terra de ninguém, muito mais sujeito às leis do
consumo do que ao conhecimento, ao estudo e à construção de saberes, fundamentais para a prática psicológica.
Sonia pires: Psicóloga, psicanalista membro do departamento de formação
em psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, responsável pela implantação
do projeto Espaço de Construção em clínica psicológica visando a formação
XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia :: 103
Pôsteres
através do atendimento aos pacientes oriundos de Planos de Saúde. Coordenadora do Ciclo: Psicanálise e Planos de Saúde no Instituto Sedes Sapientiae
em 2014, Supervisora e coordenadora de grupos de atendimento em consultório desde 1981. Autora livros: Desamparo na Infância (2013) e Psicanálise
e Planos de Saúde (2014).
helen C. D. Spanopoulos: Psicóloga, com especialização em atendimento
de adolescentes e adultos em psicanálise, NEEP, pós-graduada em Administração Hospitalar pela UNAERP e especializanda em Psicossomática Psicanalítica pelo Sedes Sapientiae. Idealizadora e diretora do CEAAP, supervisora e
representante da direção de todos seus projetos e iniciativas. Experiência de
mais de 30 anos em atendimentos clínicos, coordenação e orientação profissional para psicólogos recém-formados.
104 :: XI Congresso Latino-americano de Psicoterapia :: II Congresso Brasileiro de Psicoterapia
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