Animais em vias de extinção

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Animais em vias de extinção
MUNICÍPIO DO SEIXAL
CÂMARA MUNICIPAL
Animais em vias de extinção
Data: 2008/10/02
Animais em vias de extinção
Designam-se por espécies em vias de extinção aquelas cujo número de indivíduos é muito reduzido,
com iminente perigo de desaparecerem se não forem protegidas. Desde há cerca de 300 anos o
Homem tem provocado a extinção de milhões de espécies diferentes. O desaparecimento das
espécies ocorre devido a interesses económicos, à poluição e ao crescimento humano.
Pouco se sabe sobre o processo de extinção de espécies, que também se pode considerar como um
passo da evolução, visto que a eliminação das espécies antigas deixa lugar a espécies novas.
Muitos dos animais que estão em vias de extinção habitam em território português.
Porque é importante conhecer para proteger, apresentam-se neste texto alguns desses animais:
Lince Ibérico
Nome científico: Lynx Pardinus
Mamífero carnívoro da família dos felídeos.
É possível encontrar o lince na Península Ibérica, nas áreas montanhosas, bosque e matagal, mas
também nas planícies alentejanas, onde existe caça abundante.
Está em vias de extinção devido à destruição e fragmentação do seu habitat.
O seu principal alimento, o coelho bravo, morre devido a doenças e à caça excessiva. Outros
factores são o seu abate ilegal e também o atropelamento nas estradas.
Lobo Ibérico
Nome científico: Canis lúpus signatus
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Mamífero carnívoro da família dos canídeos.
Vive nas florestas densas, na orla das montanhas, em regiões pantanosas, tanto em climas quentes
como frios, em covas escavadas onde descansa de dia, já que é um animal nocturno.
Esta subespécie só existe na Península Ibérica. Em Portugal, encontra-se em particular no Parque
Nacional da Peneda-Gerês, Parque Natural de Montesinho e no Parque Natural do Alvão, havendo
ainda um pequeno núcleo a sul do rio Douro.
O lobo ibérico está em perigo devido à perseguição generalizada de que tem sido alvo e á escassez
de presas naturais.
Águia-real
Nome científico: Aquila chrysaetos
Ave carnívora, que vive nas terras altas e nas montanhas.
Está em vias de extinção porque o Homem destruiu o seu habitat e rouba-lhe a caça, que é a sua
principal fonte de alimento.
Águia de Bonelli
Nome científico: Hieraaetus fasciatus
Ave de rapina pequena, vive aos pares nas regiões montanhosas do sul da Europa e do Norte de
África.
Está em vias de extinção devido aos insecticidas e fungicidas utilizados pelos agricultores; estes
produtos químicos atacam os insectos que são devorados pelos pequenos mamíferos que servem de
alimento às águias, o que lhes provoca graves envenenamentos.
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Bufo Real
Nome científico: Bubo bubo
Ave de rapina nocturna semelhante ao mocho, mas de grandes dimensões, podendo atingir 1,70 m
de envergadura.
Ocorre em regiões com pouca ocupação humana ou topograficamente inacessíveis, normalmente
maciços montanhosos, vales rochosos e falésias litorais.
Em Portugal, é mais frequente na faixa mais raiana de Trás-os-Montes, Beiras interiores, Alentejo e
Algarve.
Apresenta um espectro alimentar muito vasto que inclui um grande número de mamíferos carnívoros
e aves de rapina diurnas e nocturnas. O facto de ser um predador do topo da cadeia alimentar, tornao muito importante no controlo do número e da densidade das outras espécies de predadores.
Esta espécie está sujeita a várias ameaças, tais como a colisão e electrocussão em linhas aéreas de
distribuição e transporte de energia, a perseguição humana que lhe é movida por ser considerada
uma espécie “destruidora da caça”, a rarefacção das suas presas principais e a degradação dos
habitats de nidificação e/ou de alimentação.
Cegonha-preta
Nome científico: Ciconia nigra
Ao contrário da cegonha-branca, a sua parente mais próxima, a cegonha-preta é rara no nosso país.
Habita em regiões com muitas árvores, normalmente junto a lagos, rios e terras pantanosas.
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Em Portugal, esta espécie nidifica no interior do país, principalmente junto aos rios Douro, Tejo e
Guadiana.
Esta espécie continua a diminuir em Portugal, sendo a principal ameaça á sua sobrevivência a
actividade humana, e que tem levado à destruição do seu habitat natural, e o facto de serem
envenenadas com os químicos utilizados pelos agricultores.
Coruja-das-torres
Nome Científico: Tyto alba
Ave de rapina nocturna, facilmente identificável por possuir um disco facial branco em forma de
coração e pela tonalidade alaranjada do corpo.
Vivem, preferencialmente, em zonas de campos agrícolas com sebes, taludes e matos;
frequentemente nidificam em construções abandonadas, em chaminés, armazéns ou torres de
igrejas, mesmo em cidades de grandes dimensões.
A coruja-das-torres apresenta 35 subespécies distribuídas por todos os continentes.
Em Portugal, ocorrem de norte a sul do país e também na ilha da Madeira.
Esta espécie tem sofrido um declínio moderado na maioria dos países europeus, devido à
intensificação da agricultura, ao uso de pesticidas, à redução do número de roedores (sua principal
fonte de alimento) devido ao armazenamento dos cereais em silos, ao desaparecimento de
cavidades naturais e artificiais para nidificação e ao aumento do tráfego.
Morcego
Trata-se do único mamífero (ordem Chiroptera) com capacidade de voo, devido à transformação dos
seus braços em asas.
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Os morcegos dormem de cabeça para baixo de dia e saem de noite para caçar.
Vivem em esconderijos naturais: copas de árvores, folhagens, troncos ocos de árvores, fendas de
rochas e grutas, ou em esconderijos artificiais: sótãos, telhados, pisos falsos, garagens, casas de
máquinas de elevadores e caixas de persianas.
Desempenham um papel muito importante no controle das populações de insectos nocturnos, devido
ao facto de serem o sue único predador efectivo.
Estão em vias de extinção porque as casas modernas têm paredes lisas, os telhados já não têm
rebordos, os sótãos são renovados, as árvores velhas abatidas, as grutas são cada vez mais
exploradas por curiosos e espeleólogos, os insecticidas destroem a sua principal fonte de alimento.
Além destes, existem ainda no nosso território outros animais em vias de extinção, tais como, por
exemplo, o gato bravo, a víbora cornuda ou o cachalote.
Há que preservar estas espécies, o que passa pela sensibilização para a alteração de certos gestos,
como sejam: cuidado ao circular nas estradas para não atropelar certos animais, evitar o uso de
pesticidas químicos, entre outros.
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