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SINDICATO DOS QUADROS TÉCNICOS DO ESTADO E ENTIDADES COM FINS PÚBLICOS INFOQUADROS N.º 10/2015 35 horas para todos! • • • 35 HORAS nas Autarquias – pág. 3 Sabia que? Cumulação de Férias – pág. 5 Visita a Guimarães – pág. 8 INFOQUADROS 25 de setembro de 2015 Página 2 N.º Página 3 10/2015 35 HORAS NAS AUTARQUIAS Acórdão do Tribunal Constitucional põe ordem no caos criado pelo Governo na Contratação Coletiva com o Poder Local Foi publicitado no dia 8 de outubro o Acórdão do Tribunal Constitucional N.º 494/2015, que “declara a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, das normas que conferem aos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da administração pública legitimidade para celebrar e assinar acordos coletivos de empregador público, no âmbito da administração autárquica, resultantes do artigo 364.º, n.º 3, alínea b), e do n.º 6, da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, por violação do princípio da autonomia local, consagrado no artigo 6.º, n.º 1, da Constituição.” O STE celebrou acordos coletivos de empregador público (ACEP), com diversas autarquias, que, por recusa do Secretário de Estado da Administração Pública, nunca foram publicados em Diário da República. Mais uma vez foi necessária a intervenção do Tribunal Constitucional. O STE espera agora que os Acordos depositados na DGAEP sejam enviados para publicação. Resta agora ao Governo que entrar em funções, vir repor a duração de trabalho semanal das 35 horas para os restantes trabalhadores. A Direção INFORMAÇÃO RÁPIDA AOS SÓCIOS ATUALIZE: oais s s e p s o d a Os seus d Utilize o formulário do STE em www.ste.pt INFOQUADROS Página 4 LEGISLAÇÃO - SETEMBRO 2015 Dia 1 L nº 120/15 – Altera o Código do Trabalho reforçando os direitos da matern./parentalidade L nº 121/15 – Altera a L 104/2009 de 14-09, que aprova o regime de indemnização às vítimas de crimes violentos e de violência doméstica L nº 122/15 – Altera os Códigos Civil e de Processo Civil quanto ao regime alimentar em casos de filhos maiores ou emancipados Dia 2 L nº 123/15 – Altera o Estatuto da Ordem dos Engenheiros L nº 124/15 – Altera o Estatuto da Ordem dos Dentistas Dia 3 L nº 126/15 – Altera o Estatuto da Ordem dos Nutricionistas L nº 128/15 – Altera a Lei nº 2/2004, de 15-01, relativa ao regime do pessoal dirigente intermédio, e a Lei nº 64/2011, de 22-09, relativa à direção superior da Administração Pública Dia 4 L nº 132/15 – Altera a Lei 73/2013 de3-09, que estabelece o regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais Dia 8 L nº 141/15 – Aprova o regime geral do Processo Tutelar Cível, e procede à alteração da Lei nº 103/2009 de 11-09 L nº 143/15 – Altera os Códigos Civil e de Registo Civil, e aprova o regime jurídico do processo de adoção Dia 9 L nº 145/15 – Aprova o Estatuto da Ordem dos Advogados Dia 10 L nº 150/15 – Altera o Código Civil e a Leiquadro das Fundações – Lei nº 24/2012 de 9-07 P nº 276/15 – Altera os estatutos do INCN, IP (Instituto da Conservação da Natureza) DL nº 191/15 – Regula os termos da Avaliação do Desempenho dos Médicos Dia 11 L nº 151/15 – Lei de Enquadramento orçamental DL nº 192/15 – Aprova o Sistema de Normalização Contabilístico para as Administrações Públicas Dia 15 L nº 155/15 – Aprova o Estatuto da Ordem dos Notários P nº 282/15 – Fixa a estrutura nuclear do Instituto de Defesa Nacional P nº 283/15 – Fixa a estrutura da Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional RAL da RAM nº 9/15/M – Altera o Regimento da Assembleia Legislativa da RAM Dia 16 L nº 156/15 – Altera o estatuto da Ordem dos Enfermeiros P nº 287/15 – Fixa a estrutura nuclear da Secretaria Geral do Ministério da Economia DL nº 198/15 – Altera o DL 290-A/2001 de 1711, que aprovou o estatuto do pessoal do SEF e denominação das carreiras Dia 18 L nº 159/15 – Altera o estatuto da Ordem dos Biólogos RCM nº 183/15 – Aprova a Estratégia nacional para a Segurança e saúde no Trabalho 2015/2020 P nº 290/15 – Fixa a estrutura nuclear da Secretaria Geral do Ministério da Defesa Nacional Dia 23 P nº 306/15 – Altera os Estatutos do INFARMED, IP DL nº 206/15 – Altera a orgânica da ACSS, IP Dia 24 DL nº 208/15 – Define as condições especiais aplicáveis aos Médicos integrados nas carreiras médicas do SNS Dia 25 DL nº 187/15 – Procede á revisão das carreiras do Instituto Nacional de Estatística, e cria a carreira de técnico superior especialista em estatística DL 310/15 – Revê o quadro e regras de funcionamento do SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais DL nº 210/15 – Altera a lei 70/2013 de 30-08, que estabelece o regime do Fundo de Compensação do Trabalho e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho N.º Página 5 CUMULAÇÃO DE FÉRIAS De acordo com o artigo 240.º do Código do Trabalho, as férias, em regra, são gozadas no ano civil em que se vencem. Excecionalmente podem ser gozadas até 30 de abril do ano seguinte, em cumulação ou não com as férias vencidas no início do ano, por acordo entre o empregador público e o trabalhador, ou sempre que este as pretenda gozar com familiar no estrangeiro. Pode ainda ser cumulado o gozo de metade do período das férias vencido no ano anterior com o período de férias vencido no ano em causa, mediante acordo entre o empregador público e o trabalhador. 10/2015 FALTAS POR FALECIMENTO (Art.º 251.º do Código do Trabalho) 2 DIAS 3º Grau Bisavó/Bisavô (do(a) trabalhador(a)ou do seu conjuge) Linha Recta (ascendente) 2 DIAS 2º Grau Avó/Avô (do(a) trabalhador(a) ou do seu cônjuge) 5 DIAS 1º Grau 2 DIAS 2º Grau Mãe/Pai MEIOS DIAS DE FÉRIAS Com a entrada em vigor da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, em 1 de agosto de 2014, aprovada pela Lei nº 35/2014, de 20 de junho, o trabalhador deixou de poder gozar períodos de meios dias de férias. No entanto, de acordo com o nº 1 do artigo 135º (Faltas por conta do período de férias), o trabalhador pode faltar dois dias por mês por conta do período de férias, até ao máximo de 13 dias por ano, os quais podem ser utilizados em períodos de meios dias. As faltas acima referidas, por opção do trabalhador, relevam no período de férias do próprio ano ou do ano seguinte. Estas faltas devem ser comunicadas com a antecedência mínima de 24 horas ou, se não for possível, no próprio dia, e estão sujeitas a autorização, que pode ser recusada se forem suscetíveis de causar prejuízo para o normal funcionamento do órgão ou serviço. 5 DIAS Sogra/Sogro Irmã/Irmão Madrasta/Padrasto Cunhada/Cunhado Cônjuge TRABALHADOR (A) 5 DIAS Pessoas que vivam em U.Facto ou em Economia Comum c/ Trabalhador(a) 5 DIAS 1º Grau Filha/Filho Enteada/Enteado Nora/Genro 2 DIAS 2º Grau Neta/Neto Linha Recta (descendente) (do(a) trabalhador(a) ou do seu conjuge) 2 DIAS 3º Grau Bisneta/Bisneto (do(a) trabalhador(a) ou do seu cônjuge) NOTA: Dias consecutivos Linha Colateral 0 DIAS 3º GRAU Tia/Tio Sobrina/Sobrinho 0 DIAS 4º GRAU Prima/Primo INFOQUADROS Página 6 e… Visto na imprensa em se- Inspetores da ACT protestam contra gestão O alerta parte dos trabalhadores. Na carta que entregaram ao ministro da tutela sublinham que as suas preocupações não se prendem com exigências salariais ou relativas a promoções. Antes, denunciam uma política que opta por pôr em risco a protecção e os direitos de todos os trabalhadores em Portugal, como sejam a promoção da segurança nos locais de trabalho e a inspecção. Acresce “a falta de pessoal, a inexistência de uma lei orgânica da instituição, o aumento de trabalhadores com doenças e problemas psicossociais e o clima intimidatório contra os inspetores que façam greve devido à falta de condições laborais.” A Autoridade para as Condições de Trabalho tem por tradição democrática um papel crucial na sociedade portuguesa, quer no que respeita ao cumprimento dos direitos dos trabalhadores quer no que respeita à saúde financeira das empresas (na qualidade de entidades empregadoras) e por isso ficamos a aguardar a reacção do senhor ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Reforçamos: Solidariedade, Emprego e Segurança Social. (Fonte: Público 22-09) Valor da sua pensão vai depender das decisões que tomar… Uma das conclusões do extenso relatório da Comissão Europeia sobre pensões e segurança social publicado em 5 de outubro aponta Portugal como um dos países onde o valor da pensão mais vai baixar entre 2013 e 2053, tendo em conta as atuais regras. Assim, como se explica no artigo do Negócios, “uma pessoa com o salário médio que desconta durante 40 anos e se reforma na idade legal, se o fizesse em 2013 recebia 92,3% do seu último salário, em termos líquidos, mas em 2053 só receberá 79,5%. Esta é a nona diferença mais penalizadora, numa lista onde alguns países até aumentam a percentagem futura. Em termos brutos (sem contar com impostos) a redução é maior, de 74,% para 63,5%.” Portanto, “o nível de rendimentos, o perfil da carreira e a data da reforma podem melhorar ou piorar esta percentagem”. E faz toda a diferença “trabalhar mais dois anos ou menos dois anos na taxa de substituição, que relaciona a pensão com o salário anterior”. Comissão Europeia quer europeus a trabalhar mais anos Reproduzimos aqui algumas das simulações e projeções da CE que assume os 68,4 anos a idade de reforma em 2053. De modo a permitir estabilizar o custo futuro com as pensões e garantir a sustentabilidade financeira da segurança social com os sistemas pensionistas, a CE recomenda que as pessoas trabalhem mais anos, “pelo menos até à idade legal da reforma ou mesmo além dela”. A recomendação tem Portugal na mira, já que é dos países da U.E. onde a duração da vida ativa dos homens contrariou a tendência ao diminuir na última década. Em 2001 os trabalhadores portugueses reformaram-se com 39,3 anos de trabalho, ao passo que os que entraram na reforma em 2013 o fizeram ao fim de 38,3 anos; já no caso das mulheres, os anos de carreira antes da reforma aumentaram de 32,7 em 2001 para 34,9 em 2013.” É pois necessário inverter a tendência de aposentações antecipadas para que os regimes de pensões dos países da U.E. possam garantir pensões adequadas às gerações futuras de reformados. (Fonte: Jornal de Negócios 06-10) Mas do outro lado do Atlântico … Peso de trabalhadores com horários de 50 ou mais horas quase duplica Durante o Fórum Mundial de Estatística, a OCDE apresentou a terceira edição do seu relatório How’s Life, measuring well being. Este relatório mede o bem-estar em mais de 250 países, com base em indicadores que passam pelo trabalho, pelo descanso, pela satisfação com a vida pela educação ou pela participação cívica, e assenta no princípio fundamental de que “melhorar o bemestar das pessoas – e não apenas impulsionar o crescimento económico deve ser um objetivo central para os decisores políticos”. Que diz o Relatório? Que, em relação ao quinquénio 2009-2013, “a percentagem de pessoas que por rotina trabalham 50 horas ou mais por semana aumentou em vários países de OCDE: Portugal e Chile: 4 pontos percentuais; Reino Unido, Irlanda e República Checa: 1 ponto percentual. Em termos de decréscimo da incidência da incidência de horários de trabalho muito longos, 2 pontos percentuais para Brasil, República Checa, Israel, Áustria e Turquia.” Voltando ao caso português: “ O rendimento médio disponível das famílias baixou 8,9 entre 2009-2014 e encontra-se bem abaixo da média da OCDE. Há um risco acima da média de ficar desempregado, sendo Página 7 o desemprego de longa duração de 8,3%, bastante acima dos 2,6% nos países da organização”. Portugal pouco evolui nas radiografias que lhe fazem quando valores desta natureza estão em causa. E preocupantes também, entre os aspectos negativos, continuam a ser os níveis de pobreza infantil e os níveis da abstenção nas urnas, onde não está sozinho pois padece da mesma doença viral dos países do Mediterrâneo sul… (Fonte: Público 14-10) E entretanto, no Norte, da Europa… Suécia testa seis horas de trabalho por dia Tendo por base o propósito de aumentar a produtividade e a felicidade das pessoas, a Suécia está a introduzir faseadamente o horário laboral de seis horas, tendo os empregadores de todo o país começado a aderir à mudança. E a experiência foi levada à prática “num lar de idosos em Gotemburgo cujos 86 empregados passaram a trabalhar durante seis horas diárias (em vez das oito horas) pelo mesmo valor salarial.” A diretora do lar afirmou ao jornal The Guardian que a experiência “tem sido um êxito” e nós fazemos questão de evidenciar as restantes afirmações da senhora: “a mudança implicou 14 novas contratações de modo a assegurar todos os turnos, mas o bem-estar, quer dos idosos, quer dos prestadores de cuidados, aumentou". Portanto, temos aqui um triângulo virtuoso: criação de emprego, melhores condições para os trabalhadores desempenharem as funções, e investimento numa área social (tão sensível como a geriátrica, da qual o Estado português se está a demitir de forma preocupante…). E continua a dizer-se no artigo: “A Suécia começa agora a alargar o modelo laboral a outras instituições, como o departamento de cirurgia ortopédica do hospital Sahlgrenska, também em Gotemburgo e algum departamento do Hospital de Umea em Västerbotten” Portanto, investimento também na área da saúde com redução da jornada laboral! Mas há mais: “Entre os empregadores privados a ideia não é nova, uma vez que os centros da Toyota, também em Gotemburgo, já realizaram a mudança há 13 anos, com resultados positivos quer ao nível da motivação da equipa quer ao nível dos resultados.” Infelizmente, por cá, continuamos incapazes, mesmo por mimese, de seguir os bons exemplos. Por lá, o que será que faz mover liberais e conservadores para se oporem à redução do horário de trabalho? N.º 10/2015 (Fonte: Diário Económico 01-10) Santa Casa recebe 24 equipamentos de graça A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa soma e segue, ao estilo Euromilhões. Isto porque está prestes a concretizar-se transferência definitiva de 24 estabelecimentos do Instituto da Segurança Social – que inclui lares, creches, casas de acolhimento de crianças e jovens ou de deficientes - para a posse desta instituição. Além destes equipamentos sociais, a SCML recebe também os cerca de 600 trabalhadores dos mapas de pessoal do ISS. Trabalhadores da Administração Pública, com qualificações e formação específica na área da intervenção social. Jackpot para a SCML! (Fonte: Jornal de Negócios 15-10) Conselho das Finanças Públicas avisa que 2016 será o ano mais exigente Independentemente do Governo que se vier a formar, o relatório do CFP de 14 de outubro para o próximo quadriénio, deixa antever as enormes dificuldades que vamos enfrentar e lança avisos à navegação. É preciso continuar o ajustamento da economia e das contas públicas, mesmo que a conjuntura económica seja porventura mais positiva. Claro. Os setores público e privado continuam altamente endividados, as empresas ainda longe de alcançarem os níveis de competitividade ideais, as poupanças das famílias recuaram “a níveis de 2008” como fez notar o BdP. Logo, deve-se evitar “a tentação de tomar o caminho mais fácil de políticas de estímulo de curto prazo, que leve a um crescimento assente no aumento do consumo, maior redução da poupança e do ritmo das exportações”. Neste cenário, como vão manter-se as medidas de austeridade? “ (…) teria de haver uma lei da Assembleia da República que garantisse a aplicação das medidas em Janeiro, uma vez que nessa altura não é expectável que haja ainda um novo OE (…) A existir, a lei teria de ser aprovada em Conselho de Ministros, ser aprovada na generalidade e depois na especialidade (…) Sem maioria, o processo pode prolongar-se mais do que o esperado. Depois tem de seguir para a Presidência da República. E no caso dos cortes salariais, ainda terá de haver negociação com os sindicatos (…) Pelo meio, “a questão do Tribunal Constitucional no que se refere aos salários da Função Pública (…) É que os juízes só se pronunciaram sobre os cortes até 2015 (…) A partir de 2016 não são permitidos mais cortes. Lembram-se? (Fonte: Diário Económico 15-10) INFOQUADROS Página 8 FimFim-dede-semana em Guimarães com o STE 14 e 15 de novembro Junte-se a nós para conhecer a Cidade Berço! No nosso itinerário visitaremos o centro histórico medieval e quinhentista da cidade, o Castelo, indelevelmente ligado ao Condado Portucalense e às lutas da independência de Portugal, o Paço dos Duques de Bragança, Citânia de Briteiros, o castro mais extensamente escavado de Portugal, a vila de S. Torcato com o seu belo Santuário granítico… Para a realização deste fim-de-semana é necessário assegurar um mínimo de 15 participantes. Os preços por pessoa vão variar em função do mínimo de 15, 25 e 35 participantes: Preços por pessoa Mínimo 35 participantes Mínimo 25 participantes Mínimo 15 participantes Em quarto duplo 153 € 176 € 239 € Supl. Quarto indiv. 25 € 25 € 25 € A inscrição e pagamento deverão ser efetuados por cheque ou dinheiro na sede do STE ou por transferência bancária através do NIB 0035 0698 0000 1802 330 19, com envio do comprovativo de pagamento para o endereço [email protected] Num ou noutro caso, deverá informar o (s) nome (s) das (s) pessoas que inscreve! Prazo: até dia 28 de outubro Depois desta data não conseguiremos assegurar reservas A organização e realização da viagem estão a cargo da Agência Oásis Travel Consulte o programa e detalhes na página 9 Página 9 N.º 10/2015 INFOQUADROS Página 10 S T E - P A S S E I O S Nos fom os Ciclo de visitas a edifícios e espaços galardoados com o Prémio Valmor ou menções honrosas 1ª visita – Circuito Campolide, Palhavã e Campo Pequeno Começamos por ouvir o nosso guia recordar um pouco da história do Prémio Valmor, tal como se explica partir das informações fornecidas pelo sítio de internet da Câmara Municipal de Lisboa dedicado ao urbanismo. Trata-se de um prémio de existência secular que surge na sequência de indicações deixadas no testamento de Fausto Queiroz Guedes, segundo e último visconde de Valmor, de modo a que determinada quantia de dinheiro fosse doada à cidade de Lisboa com o propósito: ajudar a criar “um fundo destinado à constituição de um prémio a ser distribuído em partes iguais ao proprietário e ao arquiteto autor do projeto da mais bela casa ou prédio edificado.” Baptizado com o nome do seu instituidor, e sendo da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa a sua atribuição, “o Prémio Valmor de Arquitetura é um dos mais prestigiados prémios de arquitetura em Portugal (…) sinónimo de uma certa qualidade arquitetónica que reflete, tanto pelos bons como pelos maus exemplos, os gostos dominantes das diferentes épocas.” Em 1943, o Prémio Municipal de Arquitetura, oficialmente instituído por Duarte Pacheco, então presidente da Câmara Municipal de Lisboa e mais tarde Ministro das Obras Públicas, partilhou muitas semelhanças com o Valmor, e enquanto durou – até 1957 - premiou obras de qualidade diversa mas geralmente mais modernas dos que as galardoadas pelo seu “par”. O primeiro regulamento apenas contemplava edifícios de habitação, mais tarde acabou por se estender a qualquer tipo de edificação, incluindo espaços verdes. O Prémio Municipal de Arquitetura foi recuperado em 1982, estando desde essa altura associado ao Valmor, data em que passa a designar-se Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura. Damos então início a uma curta caminhada, do ponto de Prémio Valmor em 2002 encontro combinado até à Reitoria da Universidade Nova, situada no Campus de Campolide, que recebeu o Prémio Valmor em 2002. Da autoria dos arquitetos Manuel Rocha Aires Mateus e Francisco Xavier Rocha Aires Mateus, topamos um edifício moderno em forma de paralelepípedo, à semelhança de uma torre, perpendicular ao antigo Colégio dos Jesuítas e voltada para o Parque de Monsanto. A Universidade Nova pode ainda gabar-se de ser proprietária de outro imóvel galardoado com o mesmo prémio: depois de atravessarmos a zona do Campus, e de uma curta paragem para revermos o Palácio de Justiça, descemos a avenida Marquês da Fronteira até ao n.º 18 para nos determos à entrada do portão do palacete Henrique Mendonça, todo ele rodeado por um extenso jardim murado e ornado por um gradeamento em ferro forjado. É um projeto encomendado ao arquiteto Ventura Terra pela família Mendonça, que fez fortuna em S. Tomé, tendo recebido o Prémio Valmor em 1909. Aqui funciona a School of Business and Economics da Universidade Nova, dedicada à formação de executivos. Na transição de Campolide para a antiga freguesia de S. Sebastião da Pedreira, hoje Avenidas Novas, aproveitamos a oportunidade concedida pelo Hotel Real Palácio para apreciarmos, no interior deste que foi originalmente o Palácio dos Guedes Quinhones, os painéis de azulejos setecentistas da escadaria principal, representando cenas de caça. O edifício premiado que se segue neste nosso itinerário é o que se localiza na Rua Tomás Ribeiro, 58-60, Página 11 N.º 10/2015 1ª visita – Circuito Campolide, Palhavã e Campo Pequeno curioso prédio de habitação implantado em gaveto, propriedade de D. Rita Isabel Ferreira de Matos e Dias, que entregou o projeto ao arquiteto Nogueira Júnior. Recebeu o Prémio Valmor em 1916. Daqui rumamos até à Fundação Calouste Gulbenkian, um dos mais paradigmáticos edifícios da capital ao nível da engenharia, da arquitetura e do paisagismo. Os seus jardins, projeto do grande arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Teles, em parceria com António Viana Barreto, representam um marco naquilo que é a harmonia e a fusão perfeita entre a Arte e a Natureza, uma nova conceção que valeu o prémio Valmor, justamente atribuído em 1975. No último troço do itinerário, posicionamo-nos na Avenida de Berna. Primeiro, junto à Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, projeto arrojado e moderno do arquiteto Pardal Monteiro e de dois dos seus colaboradores mais distintos, Raul Rodrigues Lima e João Faria da Costa. Construída em pleno regime da segunda República, suscitou polémica e reações negativas por parte dos setores mais conservadores da sociedade portuguesa de então mas tal não impediu que fosse galardoada com o Prémio Valmor em 1938, no mesmo ano em que se concluiu a sua construção! É uma igreja de referência na capital, de Prémio Valmor em 1916 visita obrigatória para se ficar a conhecer pelo menos as peças de grandes artistas plásticos da época, por exemplo o altar iluminado por vitrais e mosaicos atribuídos a Almada Negreiros, as esculturas de Leopoldo de Almeida e de Francisco Franco, as pinturas de Lino António, e o batistério. Os dois últimos edifícios do nosso itinerário são a sede do antigo Banco Nacional Ultramarino, na Avenida 5 de outubro (atualmente partilhado pela Caixa Geral de Aposentações com a Caixa Geral de Depósitos). Projeto do arquiteto Tomás Taveira, recebeu uma Menção Honrosa do Prémio Valmor de 1994 e destaca-se pela sua volumetria e cores garridas, “impondo-se de forma marcante e inovadora no quotidiano da cidade”, como referiu o júri do Prémio. Finalmente, também na Av. 5 de Outubro, n.º 207-215, a Moradia António Maria Bravo, mais outro projeto do arquiteto Pardal Monteiro, por encomenda de Félix Ribeiro Lopes, recebeu o Prémio em 1929. O ministério da Cultura considerou-a “um belo exemplar da arquitetura portuguesa do século XX, tendência modernista, patente nas linhas simples e na sobriedade decorativa das obras de Pardal Monteiro”, classificando-a imóvel de interesse público em 2008. Concluído o primeiro itinerário deste ciclo, não deixe de nos acompanhar no próximo. Até lá! 2ª visita – Circuito Praça Duque de SaldanhaAvenida da República Nos vamos O próximo circuito do nosso passeio, integrado no ciclo dos edifícios e espaços galardoados com o Prémio Valmor ou menções honrosas, vai abranger o troço entre a Praça Duque de Saldanha e a Avenida da República. Teremos oportunidade de ver com outros olhos o Atrium Saldanha e o Palacete Valmor, entre outros imóveis localizados numa das zonas mais emblemáticas no âmbito da atribuição deste prémio. Ao longo do percurso, oportunidade também para ouvir mais sobre o interesse histórico e arquitetónico de outros edifícios, como o saudoso Cinema Monumental e a Imprensa Nacional Casa da Moeda, para citarmos alguns exemplos… Data: 1 de Novembro (domingo) Hora: 10:30 (compareça 10 minutos antes) Ponto de encontro: entrada principal do Atrium Saldanha Data limite de inscrição: 30 de outubro (sexta feira) Lembramos que deve trazer calçado confortável! SINDICATO DOS QUADROS TÉCNICOS DO ESTADO E ENTIDADES COM FINS PÚBLICOS STE - PROTOCOLOS Algeruz Villas- Palmela (Residência Sénior) Os sócios, colaboradores e familiares poderão usufruir de um desconto de 10% sobre a tabela praticada, bastando para tal a apresentação de identificação de associado. Apoios: Médico Assistente; Enfermagem Diária; Apoio Psicológico; Apoio Psicoterapêutico; Fisioterapia Diária; Massagem Terapêutica; Animação; Período de Férias; Internamento de Adaptação Convalescenças; Apoio a doentes com Alzheimer; Apoios a doentes com Parkinson; Salão de estética com cabeleireiro. Contactos: Estrada de Algeruz- Brejos do Assa - Palmela Telfs – 21 444 27 66/912346705; Fax – 214442768; [email protected] www.algeruzvillas.com VitaClinic - Clínica e Reabilitação Multidisciplinar Os associados e seus familiares, mediante identificação, poderão beneficiar das seguintes vantagens: 10% de redução nas Consultas das Especialidades Médicas, Técnicas Complementares e restantes Serviços. Extensão do acordo à Unidade de Saúde em S. Paio de Oleiros Consultas de Medicina Física e Reabilitação/Clínica Geral - €30,00; Tratamentos de Fisioterapia - €7.50. Local e contactos: Rua do Campo Alegre, nº 1236 – 4150-173 Porto Tel./Fax 226 094 201 Telemóvel - 918462161 Rua do Hospital 4535-466 S. Paio de Oleiros www.vitaclinic.eu Vila Sul Pharma, Lda - Vilamoura (Parafarmácia) Os sócios do STE e respectivos familiares em primeiro grau (cônjuges, pais e filhos), poderão usufruir de um desconto de 5% em todos os produtos comercializados. Contacto: Avenida Tivoli, Edifício Alcharb, Fração E, R/C, Vilamoura, 8125-410 Quarteira Tel 289 308 809 Fax 289 308 810 SINDICATO DOS QUADROS TÉCNICOS DO ESTADO E ENTIDADES COM FINS PÚBLICOS SEDE R. Braamcamp, 88 - 2º andar Dto. 1269-111 LISBOA Telef.: 213 860 055 Fax: 213 860 785 Tlm.: 96 136 41 23/96 172 41 06 E-mail: [email protected] PORTO R. da Alegria, 248 - 1º andar Esq. 4000-034 PORTO Telef.e Fax: 222 004 630 Tlm.93 864 86 72 E-mail: [email protected] COIMBRA Av. Fernão de Magalhães, 676 3º andar - Sala 1 3000-174 COIMBRA Telef.: 239 838 176 Fax: 239 825 186 E-mail: [email protected] ÉVORA Alcárcova de Baixo, 54 - Sala B 7000-841 Évora Telef.e Fax: 266 744 771 Tlm.: 96 172 41 37 E-mail: [email protected] ALGARVE Edifício Ninho de Empresas Piso 2, Gab. 13-Estrada da Penha 8000-489 FARO Tlm.: 92 549 40 67 E-mail: [email protected] GUARDA R. Almirante Gago Coutinho, 10 1º andar - Sala J 6300-GUARDA E-mail: [email protected] Tlm.: 96 172 41 37 VISEU R. do Gonçalinho, 53 - Sala 6 3500-137 VISEU E-mail: [email protected] Tlm.: 96 187 97 31 AÇORES R. do Rego, 24 - 1º andar 9700-161 ANGRA DO HEROISMO Telef.e Fax: 295 217 079 E-mail: [email protected] MADEIRA R. Câmara Pestana, 6 1º andar - Sala D 9050-017 FUNCHAL Telef. e Fax: 291 241 638 Diretora Maria Beatriz Almeida Periodicidade: Mensal