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AGR BRASIL 14 Setembro 2015 Telefone: Chicago +1 (312) 405-0053 | Brasil +55 (21) 3958-7994 | Skype: phdbrasil | E-mail: [email protected] ** Relatório diário - AGR BRASIL** ** Cotações fechamento CHICAGO**: SOJA novembro em ALTA à $8,83; MILHO dezembro ALTA a $3,93 e TRIGO dezembro ALTA de 2 pontos à $4,86. ** DÓLAR: A moeda americana fechou em queda de 1,63%, para $3,8117. O anúncio de medidas de austeridade por parte do governo brasileiro ‘acalmou’, pelo menos por hoje, o embalo do dólar frente ao real. O governo anuncio metas agressivas de corte à gastos e aumento de impostos com o objetivo de ‘virar a balança’ de um déficit primário no orçamento de 0,5% do PIB para um superávit de 0,7% em 2016, equivalente à uma virada de 65 bilhões de reais (USD 17bi). A AGR BRASIL ainda acredita que o dólar está sobrevalorizado e opera muito mais sob a influência de emoções do que necessariamente fundamentos de mercado. Uma vez que a incerteza político-econômica que assola o Brasil se acalmar, os ânimos de investidores e especuladores também se acalmarão, trazendo uma valorização nem que temporário à moeda brasileira frente ao dólar. ** FOCUS: O boletim Focus, que reúne as expectativas para a economia brasileira feitas por analistas ouvidos pelo Banco Central (BC), mostra que o PIB no Brasil recuar em 2,55% este ano. Foi a nona queda consecutiva deste indicador. A expectativa do IPCA no fim deste ano é de 9,28% em 2015. A taxa básica de juros, SELIC deve alcançar os 14,25%, ao final de 2015. O dólar deve fechar o ano em R$ 3,70, segundo os analistas ouvidos pelo BC. ** CONDIÇÃO DE SAFRA EUA** Dados de condições de safra surpreenderam esta semana, com condições da safra de soja sofrendo a maior redução em mais de um mês, mesmo dentro de um perfil climático favorável semana passada. Perceba no gráfico acima que a mesma redução ocorreu durante esta época no ano passado, mas esta semana em 2014 teve a presença de leve geadas que afetaram as safras no norte do cinturão de produção. A AGR BRASIL questiona a redução, mas acata os dados. Tal redução não deve afetar muito os resultados finais desta safra, que já está na reta final de formação e com a colheita prestes à entrar à todo vapor na maioria do cinturão. De qualquer forma, os dados de hoje colocarão mais ‘gasolina no fogo’ da discussão sobre possível redução de produtividade no relatório de outubro, Este fato, unido à expectativas de dados altistas de atualização de área de plantio (FSA) e esmagamento da indústria (NOPA) até quarta-feira, podem continuar dando sustento à preços da oleaginosa no CBOT, pelo menos no até meados da semana. A visão da AGR BRASIL é que preços deverão ter dificuldade de sustentar maiores rallys, e que níveis atuais devem ser aproveitados para a escalonagem de vendas. A safra do milho, que já está quase 10% colhida no país, se mostrou estável na semana. AGR BRASIL 14 Setembro 2015 Telefone: Chicago +1 (312) 405-0053 | Brasil +55 (21) 3958-7994 | Skype: phdbrasil | E-mail: [email protected] **ANÁLISE SEMANAL DE PREÇOS ** Índice CRB Commodities Os índices CCI/CRB fecharam mais uma semana com relativa estabilização, depois das projeções terem marcado baixas recordes no final de agosto. O mercado imobiliário chinês voltou a mostrar sinais de vida, o que pode indicar os primeiros sinais de que a flexibilização da política monetária do país pode estar mostrando os almejados resultados – se o mercado de imóveis da China continuasse em declínio assim como no início de 2015, provavelmente um país poderia passar por reais problemas econômicos e estaria a poucos passos de falar em “deflação”! O petróleo bruto provavelmente já atingiu o fundo do poço (baixa sazonal), sendo que qualquer declínio retornando aos US $40-42 pode ser visto como oportunidade de escalonar as compras. No entanto não acreditamos que esta commodity tenha muito espaço para subir, provavelmente o petróleo bruto sofrerá resistência em ultrapassar os $55 – o que pode significar novas baixas recordes no índice CCI até o fim do ano. A AGR Brasil alerta para que tenham cuidado ao pressionamento das commodities como: energia, metais e até mesmo algumas do mercado agrícola, após o longo caminho em declínio que estas estão tomando – para esta situação, seria prudente aguardar novos rallys para que adiantem novas vendas. Vemos que qualquer rally sustentado nos índices CCI/CRB serão adiados para o início de 2016 – continuamos com nossa perspectiva baixista para o CRB. AGR BRASIL 14 Setembro 2015 Telefone: Chicago +1 (312) 405-0053 | Brasil +55 (21) 3958-7994 | Skype: phdbrasil | E-mail: [email protected] Soja O mercado de soja encerrou a última semana com uma leve elevação, mesmo com um feriado (7 de setembro, Dia do Trabalho nos EUA) que diminuiu os dias de pregão na bolsa de Chicago. As projeções de safra de setembro juntamente com o relatório do USDA de sexta-feira estavam dando uma visão mista ao mercado e seus players, assim como estoques da safra velha mais apertados que poderiam sem compensados por uma produção maior da safra que está a colher nos EUA. Os estoques finais de soja da safra 2014/15 diminuíram 0,54 MT (milhões de toneladas), no entanto continuaram em um dos níveis mais altos da última década em 12,25 MT. Muitos players com visão altista afirmam que o peso de vagem que foram relatados nas últimas estimativas do USDA pode ser que não se confirme ao final da colheita, a qual já está em progresso em algumas regiões. Em agosto, o USDA usou um modelo que utilizava de projeções baseadas em dados históricos, no entanto este modelo tem diminuído os dados projetados. Além do mais, o mercado começa a olhar para o relatório de safra do FSA (Programa de Financiamento Rural dos EUA) da próxima quarta-feira, que irá trazer números que sustentaram as estimativas de plantio da safra 2015 dos EUA, deixando-as com mais credibilidade – a área total plantada pode estar exagerada em até 1 milhão de acres (400 mil hectares). Os exportadores norte-americanos continuam brigando para conseguir espaço na demanda mundial do grão, navios no Golfo dos EUA precisam serem preenchidos e vendidos – a soja no mercado spot deve manter-se apoiada na área dos $8,50. Rallys acima dos $9,25 (janeiro) devem ser tidos como boas oportunidades de adiantar as vendas. Vemos preços em, prováveis, $8 no início de 2016 – se clima na América do Sul demonstrar favorável. Milho O mercado de milho se demonstrou um pouco mais agitado durante a semana, com um rally de 25 centavos – de forma compreensível – devido aos cortes no relatório do USDA da última sexta-feira, onde trouxe baixas nas estimativas da produtividade, produção e estoques finais. Além do mais, vários no mercado já tem precificado novos possíveis reajustes no próximo relatório de outubro, com a produtividade de milho podendo cair para 173 – 174,7 sacas/hectare (165,5 – 167 BPA). As estimativas de companhias privadas permanecem em um raio bastante amplo, e ambos os posicionamentos altista/baixista terão seus pontos de vista firmados durante os dias que antecedem o próximo relatório de outubro. A AGR Brasil vê os recentes números do relatório de setembro bastante coerentes com as estimativas de final de safra, assim como as perdas de produção no Meio-Oeste dos EUA sendo projetadas em 3% menor que o ano passado – estimativas baseadas em peso de espiga. AGR BRASIL 14 Setembro 2015 Telefone: Chicago +1 (312) 405-0053 | Brasil +55 (21) 3958-7994 | Skype: phdbrasil | E-mail: [email protected] No entanto é válido lembrar que a população de plantas será o principal fator para manter uma produtividade nacional acima das 172,6 sacas/hectares (165 BPA). Pelo outro lado, a AGR Brasil mantém uma visão baixista sobre a desaceleração da demanda de grão norte-americano – tanto para alimentação e residual de animais no mercado doméstico quanto para exportação. Os prêmios dos Estados Unidos em relação à América do Sul e Mar Negro distanciaram mais uma vez nesta última semana, com os preços FOB da Ucrânia caindo novamente, uma vez que a colheita anda a todo vapor por lá. As margens de mistura do etanol no EUA permanecem em patamares negativos e o colapso atual na moeda brasileira, Real, deve provocar um aumento de 1-3% na área a ser plantada na próxima safra de milho safrinha. As exportações continuam sendo o foco principal até o relatório do USDA de outubro; a AGR Brasil vê as estimativas de 3,8 – 5 MT (150 – 200 MB) sendo um pouco exageradas. O spot em relação aos futuros da CBOT é projetado em um raio de US$ 3,30 – 4 para o início de 2016. Trigo . Os preços do trigo após terem batidos baixas de múltiplos anos, sofreram leve recuperação, no entanto resumiu a semana seguindo o mercado de milho, que teve seus estoques revisados e fundos tomando agressivamente posições vendidas – parte das posições vendidas foram cobertas no fim na semana. E o último relatório do USDA também veio baixista para o trigo. Os estoques mundiais foram elevados mais uma vez para um novo recorde, só a produção da Europa e Mar Negro foram alavancados em 8 MT. Como tal, as exportações dos EUA continuam em ritmo lento com projeções revisadas e estoques finais com um ligeiro aumento no relatório de sexta-feira. Ao longo prazo, assumindo as perdas na área total plantada nos EUA e a tendência da produtividade, os estoques norte-americanos devem ultrapassar os 27,2 MT (1 bilhão de bushels). E a produção do cereal fora dos EUA continua susceptível a aumentar na próxima safra – relacionado as questões cambiais. O Governo russo analisa um possível reajuste (diminuir) nas tarifas de exportação de trigo e aumento dos preços de intervenção. As perspectivas dos EUA para a exportação de trigo permanecem fracas. O prêmio do trigo para a substituição do milho ainda tem espaço para mais corrosão, e a AGR Brasil estará utilizando o rally de preços nesta semana para maiores recomendações de vendas aos seus clientes produtores globais. AGR BRASIL 14 Setembro 2015 Telefone: Chicago +1 (312) 405-0053 | Brasil +55 (21) 3958-7994 | Skype: phdbrasil | E-mail: [email protected] ** CLIMA ** Em grande parte do Brasil o vazio-sanitário para a soja expira amanhã, 15 de setembro. No entanto, de forma generalizada, o solo ainda continua seco – há a necessidade de chuvas significativas nas próximas semanas para que deem início ao plantio da safra 2015/16 no país. No entanto, como mostra o mapa ao lado, nos próximos 15 dias (até o fim do mês de setembro) as projeções não se mostram otimistas para o Centro-Oeste brasileiro. Para grande parte do Mato Grosso, Goiás e norte do Mato Grosso do Sul os índices devem ficar em um raio de 2-5 mm, precipitações estas que não serão suficientes para a determinação do início do plantio. Até então não é de se preocupar, tendo em vista que o grosso do plantio da região geralmente começa na primeira quinzena de outubro – e assim se torna necessário as precipitações nos próximos 20-27 dias. A massa de ar quente que está estabelecida acima de grande parte do Centro-Oeste, a qual está prevenindo nuvens carregadas de chuvas de chegares ao Mato Grosso, deve se dissipar após 27-28 de setembro, a qual se confirmada, será favorável à chegada de nuvens de chuva. Além de baixos índices pluviométricos nos próximos 15 dias, as temperaturas também se mantêm pouco favoráveis no mesmo período de tempo. Como mostra o mapa abaixo, para a mesma região do Centro-Oeste, as temperaturas oferecidas ficarão em um raio de 26-32 °C – o que é desfavorável às primeiras chuvas, que encontram pressão de resistência para precipitarem devido ao calor. No entanto, como já citado, se confirmado a dissipação da massa de ar quente até o final de setembro, as condições meteorológicas deverão se tornar mais propícias a progressão do plantio. Já nos Estados Unidos, a safra já é considerada quase totalmente formada, colhedeiras já estão a todo vapor, precipitações por agora poderia atrapalhar a progressão da colheita de milho. As previsões para o país se demonstram favoráveis, com temperaturas acima do normal e precipitações abaixo – sendo que as atuais preocupações seriam com possíveis geadas adiantadas, as quais não parecem ser um problema, se as projeções se confirmarem. No próximo final de semana é esperada mais uma rodada de chuvas para o Meio-Oeste norte-americano.
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