AGR BRASIL

AGR BRASIL
8 JUNHO 2016
Telefone: Chicago +1 (312) 405-0053 | Brasil +55 (21) 3958-7994 | Skype: phdbrasil | E-mail: [email protected]
**Cotações FECHAMENTO CHICAGO**: SOJA Julho ALTA de 36 pontos a $11,77; MILHO Julho ALTA de 3 pontos a $4,31,
TRIGO Julho ALTA de 10 pontos a $5,19 , ALGODÃO Julho BAIXA de 0,07 pontos a 65,78 centavos/libra e DÓLAR fechou em
BAIXA de 1,2% a R$ 3,44.
CBOT: O mercado climático continua a todo vapor na CBOT. Com a falta de novas notícias fundamentais que possa ‘impedir’ o
rally atual (anabolizado pela entrada maciça de capital especulativo que começou em Março), os players estão se baseando nos
modelos climáticos que mostram tempo mais seco e quente para este final de semana. Apesar de ser prematuro começar a cortar a
safra americana, o mercado acredita que o clima vai sim impactar a safra e já começa a precificar esse movimento (veja mais
gráficos sobre o clima na segunda e terceira páginas).
A atualização desta manhã do modelo americano (conhecido como GFS) apontou para um clima mais seco no período de 11-15
dias pelo Norte e Leste do Cinturão Agrícola, que vai ver temperaturas altas neste fim de semana. Isto deixou o mercado
extremamente sensível, adicionando ‘lenha na fogueira’ acesa pelo contínuo recuo do índice dólar.
Um fato interessante sobre o rally de hoje: Se o rally foi de fato apenas liderado pelas leituras climáticas “mais secas” no cinturão de
produção norte americano, a AGR pergunta: “Por que então contratos de MILHO fecharam o dia com ganhos extremamente
modestos (menos de 1%) comparados aos contratos de SOJA (mais de 3% de ganho)?” Perguntamos isso pois o momento atual
climático é muito mais importante para a safra de MILHO do que para a safra de SOJA.
O movimento de hoje foi uma combinação de compras especulativas generalizadas no setor de commodities, com leituras
climáticas um pouco mais secas por parte do modelo GFS sendo também utilizado como um dos patrocinadores da alta.
Lembramos também que o modelo europeu, que tem sido bem mais preciso recentemente, mostra as chuvas mais pesadas para
semana que vem mais ao norte do que o GFS, o que seria favorável para o cinturão de produção.
DÓLAR INDEX: A queda do dólar INDEX, na menor cotação em 4 semanas, é certamente um “patrocinador” da contínua busca por
commodities de fundos de investimento. Os dados ruins do mercado de emprego nos EUA de Maio, relatados na sexta-feira
passada, retiram da mesa, pelo menos na cabeça de investidores, a possibilidade de um aumento na taxa de juros norte-americana
na semana que vem por parte do FED. A AGR BRASIL não discorda necessariamente, mas também mantém uma “cabeça aberta”
para possíveis surpresas. Mesmo que o FED não aumente as taxas semana que vem, a AGR BRASIL acredita que a linguagem
utilizada deixará ‘na mesa’ a possibilidade de aumentos das taxas em julho ou agosto.
CÂMBIO: Puxado pela nova baixa do índice dólar no exterior e pela maior “estabilidade” política no Brasil, o câmbio hoje atingiu o
seu menor nível em 2016. Desde início de abril, a AGR BRASIL indicava a expectativa de que o câmbio se mantivesse em um
patamar relativo entre $3,20 - $3,60 no médio prazo (3-6 meses), dependendo do cenário político doméstico e também do
macrocenário econômico interno e global. Esta visão continua, e vemos o movimento atual muito mais uma função direta do
cenário externo do que o cenário doméstico no Brasil. O patamar de $3,20 - $3,60 deve ser utilizado apenas como uma
“referência”, com possíveis rompimentos destes níveis sendo apenas temporários, sem que haja maiores surpresas tanto na
economia como na política.
CHINA: O feriado nacional Chinês, conhecido como Festa do Barco do Dragão, será amanhã e os mercados na China ficarão
fechados amanhã e sexta, o que pode reduzir a volatilidade e o volume operado no mercado e o que também pode ter adicionado
volume hoje no pregão da CBOT, com alguns players chineses antecipando suas operações em Chicago antes do feriado.
EXPORTAÇÕES SOJA BR:
Apesar da realização de uma
safra de soja bem menor do
que inicialmente esperado –
o Brasil, impulsionado pela
competitividade que traz o
câmbio desvalorizado, deve
seguir como líder global em
exportação de soja este ano,
com um total estimado pela
AGR BRASIL em 55-56 MTs!
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