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BOLETIM Março 2012 | Nº 251 INFORMATIVO dos COOPERANTES A NÃO PERDER Visita Ministra Agricultura 125 anos - ESAC A árvore do mês - Olaia Controlo de infestantes do milho Qualidade do leite - Mamites Timpanismo GILLETTE WINDBROOK GLPI Leite Gordura Proteína Conformação Sistema Mamário Pés & Pernas Força Leiteira Vida no Rebanho EX-94-CAN EXTRA F B I x MB-88 25* Blitz x MB-86 23* Storm x Braedale Gypsy Grand MB-88 37* Da esquerda para a direita : +2290 +1101 +.26% +68 +.09% +46 +17 +11 +17 +16 +101 GEBV 11*AUG 0 2 0 0 H O 0 3 5 0 1 ROOYALDALE WINBROOK WAYNLYN MB-86-2YR-CAN, ELLIOTTDALE WINDBROOK GILLIE MB-85-2YR-CAN, DUALANE WINDBROOK CIERRA MB-86-2YR-CAN Photos : Patty Jones O compromisso da Semex pela excelência e a nossa convicção que Cada Dose Conta garante que os touros com o código 200 são os mais fiável, os mais fiáveis e a escolha rentável para o produtor. PORTUGAL A Força do Melhoramento Equlibrado Qta Ponte, R. 7 de Junho, 1 | Apartado 1021 | 2731-901 Barcarena Tel +351219668110 | Fax +351219668118 | Tlm +351 937822222 | www.semex.pt // LACTICOOP | VISITA DA MINISTRA Visita da Ministra da Agricultura ao concelho de Montemor o Velho N o passado dia 9 de Abril e pelas 11 horas da manhã, a senhora Ministra da Agricultura Dra. Assunção Cristas realizou uma visita rápida à exploração leiteira Agro 2000 sita no Meco, onde foi recebida pelos proprietários da exploração, autoridades do concelho e das associações de agricultores e de mais agricultores. Esta visita teve como objectivo o anúncio das medidas de apoio aos agricultores devido à seca que se tem registado no nosso país e em especial ao despacho normativo nº5/2012 (II Série). Este despacho refere-se à concessão de uma ajuda nacional aos produtores das espécies de bovinos, ovinos e caprinos, sob forma de subvenção a fundo perdido, com vista a compensar o aumento dos custos na alimentação animal devido à escassez de pastagens e forragens e de algumas espécies vegetais. Simões Dias Pub. // P. 3 // LACTICOOP | 125 ANOS ESAC 125º aniversário Escola superior agrária de coimbra (esac) R ealizou-se no passado dia 21 de Abril, as comemorações do 125º aniversário da ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE COIMBRA (ESAC). Nas comemorações estiveram presentes para além dos órgãos de gestão da Escola e funcionários, representantes do Instituto Politécnico de Coimbra, representantes do Ministério da Educação, da Agricultura, da cidade de Coimbra e em especial antigos e actuais professores e alunos. A s comemorações tiveram o seu início com uma sessão solene no Auditório principal da ESAC, seguida do descerramento de uma placa alusiva ao facto, almoço de convívio, lançamento do livro III volume da História da Escola Agrícola de Coimbra e por último um lanche com o corte do bolo alusivo aos 125 anos. A LACTICOOP através do seu Boletim Informativo, endereça à ESAC os seu sinceros parabéns pela data e que continue a formar quadros competentes para o sucesso da nossa agricultura. A Direcção Fotos gentilmente cedidas pelo Engº. Pinto Valejo // P. 04 // LACTICOOP | ARVORE DO MÊS Olaia A árvore que carrega a culpa P ela Páscoa, em Abril, as plantas começam a florir, anunciando a Primavera, indiferentes muitas vezes às condições atmosféricas que se observam. Campos e jardins ganham cor e algumas árvores arriscam a floração, convidando as abelhas a banquetearem-se com o seu néctar. Parece mesmo que o roxo, a cor da Páscoa, prevalece sobre os outros tons. Como se convidada para a festa, ao longo de algumas ruas ou recatada num canto de jardim público, uma árvore pequena mostra-se envaidecida, coberta com um manto de flores roxas, dos pés à cabeça, porque até no tronco as flores brotam repletas de cor e de frescura. É tanta a pressa para chegar à festa a tempo que se esquece das folhas, muito leves e discretas que chegarão mais tarde… É a olaia ou árvore de Judas e é por isso que a ligamos à Páscoa. Conta-se que Judas, arrependido do que fez a Jesus, escolheu esta linda árvore para nela se pendurar. E que as flores até aí brancas, logo ali ganharam as cores da Páscoa naquela, e em todas as outras árvores iguais. Que na Judeia havia olaias, é verdade e os franceses até lhe chamam árvore-da-Judeia, mas isso, é outra história… “Horas profundas, lentas e caladas Feitas de beijos rubros e ardentes, De noites de volúpia, noites quentes Onde há risos de virgens desmaiadas… Oiço olaias em flor às gargalhadas… Tombam astros em fogo, astros dementes, E do luar os beijos languescentes São pedaços de prata p’las estradas…” (Florbela Espanca – Horas Rubras) Nome científico: Cercis Siliquastrum Nome vulgar: Olaia / Árvore de Judas / Árvore do Amor / Pata de vaca Família: Fabaceae (Leguminosae) Género: Cercis Características botânicas Folhas: Caducas, simples, de 7 a 10 cm de comprimento, em forma de rim, apresentam a página superior verde e a inferior em tons glaucos. Flores: Na maior parte das variedades são cor-de-rosa a roxo apresentando no início da floração um tom mais magenta. Na variedade Alba a flor é branca e talvez por ser menos interessante e característica está pouco divulgada. São hermafroditas, com 1 a 2 cm de comprimento e têm 2 brácteas. Nascem agrupadas em inflorescências de 3 a 6 flores, normalmente antes das folhas e por vezes directamente sobre o tronco e ramos principais. Frutos: São vagens de 7 a 10 cm de comprimento, glabras, de cor vermelho-púrpura ou castanha quando madura e permanece na árvore por bastante tempo. Raiz: Tolera mal os solos encharcados Tronco: Porte erecto, liso, lenhoso, mais grosso e longo nos exemplares de mais idade e delgado na forma arbustiva. Perfil: A olaia é uma árvore pequena, de 5 a 10 metros de altura, sendo frequente encontrá-la também na forma de arbusto. A copa arredondada não é propriamente elegante. É um exemplar que se mostra, que quer ser vista, pelo que se coloca sempre ao nível dos nossos olhos, primeiro coberta com um manto púrpura exuberante de flores e depois com o contraste interessante das vagens avermelhadas sobre o verde transparente das folhas. Originária do sul da Europa e este asiático, prefere o clima continental e vai mal nos climas atlânticos. É claramente uma árvore de locais ensolarados que aguenta mal as geadas intensas. Também prefere solos calcários, suportando bem mesmo os mais alcalinos. É muito sensível a solos encharcados ou mal drenados e tolera períodos de seca. Esta árvore tem apenas interesse decorativo. O seu crescimento lento e limitado recomendam-na para espaços pequenos e para ruas e avenidas. Alguém descobriu que as flores para além de bonitas são comestíveis. Apresentam um amargo muito característico que as recomenda para juntar a saladas. Por mim, prefiro alcaparras… // P. 05 Herbicidas Pós-emergência para milho Suspensão concentrada com 200 g/L ou 18% (p/p) de bentazona (sob a forma de sal de sódio) e 200 g/L ou 18% (p/p)de terbutilazina Suspensão concentrada (SC) c/ 300 g/l de sulcotriona Acção Suprema sobre a junça! 06 // LACTICOOP | CULTURA DO MILHO Controlo de infestantes na cultura do milho A decorrer a época da sementeira do milho, mais uma vez venho chamar a atenção dos leitores desta revista para a importância no controlo das infestantes nesta cultura. É importante referir que as infestantes no milho diminuem significativamente o seu rendimento. As perdas na cultura são de natureza directa e indirecta. No primeiro caso, são as que resultam do consumo de fertilizantes, agua e luz; entre os indirectos podemos referir os que dificultam a colheita, à desvalorização da colheita devido á presença de outras sementes, plantas que são recusadas pelos animais (quando a nossa seara é para silagem), estado sanitário da cultura e reinfestação permanente dos solos. Três tipos fundamentais de infestante, encontramos na cultura do milho: As gramíneas e as dicotiledóneas e outras de folha larga. Como primeiras temos as bem conhecidas milhãs (pé-de-galo, digitada) e as segundas (saramagos, erva pessegueira, bredos, corriola, figueira do inferno etc.) para além destas tão conhecidas infestantes anuais temos também as vivazes ou perenes das quais podemos destacar nas mais conhecidas (junça e grama). Quanto aos herbicidas há dois grandes grupos, que são os pré-emergentes e os pós-emergentes. Grosso modo o que isto significa? Uns aplicam-se antes da emergência do milho e das infestantes e outros após o nascimento das mesmas. Quais as vantagens de uns em relação aos outros? Os pré-emergentes têm a vantagem de ser aplicados aquando os trabalhos de sementeira, ou seja fazemos tudo ao mesmo tempo e o problema fica resolvido. Estes têm alguns aspectos importantes a ser considerados pois têm que ser aplicados com os terrenos com humidade (estado de sazão) ou ser incorporados a 5 cm de profundidade gradando ou regando e serem de facto eficazes o que nem sempre acontece. Depois que foi abolida do mercado a substancia activa atrazina a eficácia em relação às folhas largas nomeadamente a figueiras do inferno ficou comprometida. Outra desvantagem, são poucas soluções no mercado logo pouca concorrência e preço desajustado. Os pós-emergentes são sem dúvida em meu entender a melhor solução, e porquê? Hoje o mercado oferece uma quantidade grande de soluções bastante eficazes e diversificadas quanto ao modo de acção e quanto à eficácia perante determinados tipos de infestantes. O agricultor quando tem o seu milho nascido e com 4/5 folhas verdadeiras, (como foi dito anteriormente as infestantes rapidamente germinam), tem também as infestantes a controlar nascidas. Vamos identificar as infestantes e escolher o herbicida ou mistura de herbicidas mais apropriados ao seu controlo e eliminação. Simples rápido e eficaz. Refira-se que este tipo de herbicidas, devem ser aplicados em concentrações de forma a não ultrapassar os 300 l / ha para evitar corrimentos desnecessários e aumentando assim a sua eficácia. Para o conseguir de uma forma fácil normalmente utilizam-se bicos de baixo debito (cor vermelha, azul e castanho). Quando os procedimentos de aplicação dos herbicidas são feitos de uma forma correcta, é fácil garantir ausência de infestantes durante todo ciclo vegetativo da cultura. Porem para que este pressuposto se verifique temos que identificar bem o tipo de infestantes predominante e escolher a solução herbicida mais eficaz existente no mercado, como já foi referido. Estando em cima do acontecimento a Terra a Terra tem ao dispor pessoas que lhe podem fazer este trabalho técnico esclarecendo alguns pormenores em que persista alguma duvida e oferecer as referidas soluções para a cultura. Boas colheitas. Fernando Taveira Terra a Terra nota do autor: (referenciados nomes vulgares das infestantes para melhor entendimento por parte dos leitores) // P. 07 Especialistas em tecnologias aplicadas à nutrição vegetal. NovaTec Solub Hakaphos DuraTec Blaukorn ® ® ® ® COMPO EXPERT. ESPECIALISTAS EM TECNOLOGIAS APLICADAS À NUTRIÇÃO VEGETAL. Na COMPO EXPERT oferecemos a mais completa e avançada gama de produtos nutricionais para os profissionais da agricultura. Colocamos também à sua disposição as melhores soluções para desenhar os planos nutricionais que as culturas necessitam. Na COMPO EXPERT proporcionamos as ferramentas necessárias para dar aos seus clientes a gestão óptima da nutrição das suas culturas: o nosso software de fertilização e o “Centro Técnico Expert”, um serviço personalizado de aconselhamento técnico. Floranid Avant Natur NovaTec ® Easy Start ® ® Nitrofoska Foliar ® Basafer Plus ® Centro Técnico EXPERT investigació[email protected] Tel. (+34) 93 224.72.29 COMPO EXPERT C/Joan d’Àustria 39-47 08005 Barcelona Tel.: +34 93 224 72 22 Fax: +34 93 221 41 93 www.compo-expert.es Quinta Monte Ruivo – Várzea Apartado 525 – 2001-906 Santarém – PORTUGAL Tel. (+351) 243 359 100 Fax: (+351) 243 359 119 E-mail: [email protected] www. interadubo.com // LACTICOOP | SOLO E ADUBAÇÃO Solo e adubação foliar O solo é um meio muito complexo, em que as reações químicas estão constantemente a decorrer, com interações entre muitos dos elementos químicos disponíveis no solo. Fatores como a origem das rochas que lhes deram origem, a textura e estrutura do solo, assim como o teor de matéria orgânica, determinam o comportamento do solo do ponto de vista físico e químico. É sabido que solos com maior teor de argila (solos mais pesados) têm maior capacidade de retenção de água, o que é uma vantagem, mas também é frequentemente um problema, quando queremos preparar a terra para semear/plantar e esta está demasiado encharcada, o que torna impossível a maioria dos trabalhos agrícolas. Relativamente à componente mineral, são solos normalmente mais ricos, porque a argila faz parte do complexo argilo-humico que retém muitos dos nutrientes no solo. O potássio, por exemplo, está presente em minerais como os feldspatos, que o vão disponibilizando lentamente, o que não significa que não seja necessário fornecer potássio ao solo, uma vez que a maior parte deste potássio poderá não estar disponível para as plantas. Um solo com uma textura ligeira terá um teor de areia muito grande, o que diminui drasticamente a capacidade de retenção de água, mas permite realizar todas as operações com máquinas agrícolas pouco tempo depois de chuva intensa (a não ser que existam camadas impermeáveis perto da superfície), razão pela qual muitas explorações hortícolas que produzem o ano inteiro, se situem em zonas com estes tipos de solo (zona de Odemira, por exemplo). Tratam-se normalmente de solos muito pobres do ponto de vista químico, sendo necessário fazer um aporte considerável em termos de fertilização. O solo ideal tem uma mistura na proporção certa dos vários componentes físicos do solo, ou seja, de argila, limo e areia, e permite realizar as operações desejadas em tempo útil, ao mesmo tempo que tem uma boa capacidade de retenção de água e nutrientes. Os solos da zona de Valada, no Ribatejo, são um bom exemplo do que foi mencionado. O teor de matéria orgânica do solo é muito importante, uma vez que um solo com um teor médio/alto de matéria orgânica, para além de ser mais homogéneo, fácil de trabalhar e de fazer uma boa retenção de água, fornece nutrientes de forma gradual às plantas. A mineralização da matéria orgânica vai ocorrendo de forma mais ou menos gradual (as práticas agrícolas vão determinar a rapidez desta mineralização) e o azoto que se encontra em formas orgânicas que as plantas não conseguem absorver, vai-se transformando em formas minerais (ureia, amónio e nitratos) que serão utilizadas pelas plantas, retidas no solo ou perdidas por lixiviação. No entanto, a matéria orgânica, quando se encontra em quantidades elevadas no solo (teores acima de 3 %), também pode originar problemas como a retenção de alguns micronutrientes de forma intensa, o que pode originar carências nas culturas. Estes teores de matéria orgânica são muito raros na maioria dos solos portugueses, mas na zona de produção de milho silagem, ocorrem com maior frequência, uma vez que existe maior disponibilidade de estrumes e chorumes. As análises completas, tanto ao nível do solo, como a nível foliar, são muito importantes para saber se temos alguma carência de micronutrientes que seja difícil de detetar ou de identificar, uma vez que algumas carências são muito parecidas ao nível da identificação visual. Como muitas vezes os problemas ocorrem no solo e os equilíbrios que existem impedem a correta absorção dos nutrientes, a adubação foliar pode ser a solução, complementando a adubação de fundo ou a fertirrigação. A Agrifértil, representante exclusiva da gama Compo Expert em Portugal, tem uma vasta gama de adubos foliares, com a garantia de qualidade da multinacional alemã, que permite atuar especificamente na correção de um micronutriente ou atuar de forma mais generalizada com produtos ricos em vários micronutrientes. Muitas vezes, estes pormenores fazem a diferença entre uma seara razoável e uma grande seara de milho e a Agrifértil, dentro da sua gama alargada, tem seguramente a solução para os diversos problemas que possam surgir. Pedro Cabanita Agrifértil Product Manager // P. 09 // LACTICOOP | QUALIDADE DO LEITE Mamites Aspetos práticos (parte 1) A mamite é a inflamação da glândula mamária, normalmente, em resposta a uma infecção microbiana. O termo deriva da palavra grega ”mastos” que significa mama e de “itis” que significa inflamação. Usualmente são bactérias, os microorganismos implicados, mas os fungos, micoplasmas e algas, podem ser também responsáveis pela infecção da glândula mamária. A infecção ocorre quando os microorganismos penetram através do canal do teto e se multiplicam dentro da glândula mamária. Pode também ter uma origem traumática, ou num distúrbio fisiológico, sem interferência microbiana; o que constitui mais excepção do que a regra. Trata-se de uma doença multi-factorial comum a todos os mamíferos, mas que assume a sua maior importância na vaca leiteira. A sua prevalência varia muito de rebanho para rebanho, podendo atingir 50% das vacas de uma manada, em metade dos seus quartos- em rebanhos que não utilizam nenhum programa de controlo. ¬¬CLASSIFICAÇÃO As mamites classificam-se em clinicas no caso de existirem sinais evidentes de inflamação ou de subclinicas quando os sintomas não estão presentes e o diagnóstico só pode ser feito pela realização do teste californiano de mamites (TCM), colheita de uma amostra de leite para verificação da contagem celular ou então pela observação dos dados do contraste leiteiro. Quanto ao curso evolutivo da infecção a mamite clinica, pode classificar-se de: subaguda, aguda, hiperaguda ou crónica. Na Mamite Subaguda as alterações no úbere são pouco intensas, consistindo geralmente numa diminuição da quantidade de leite produzido, com ligeiras alterações das suas propriedades (leite aquoso, com grumos, etc). Na Mamite Aguda para além das alterações de composição e do aspecto do leite, podem estar presentes as manifestações orgânicas de caracter sistémico, tais como a febre e a inaptência. No caso da Mamite Hiperaguda para além de estarem // P. 10 presentes todos os sintomas anteriormente descritos, ainda se podem detectar sintomas indicadores de uma maior gravidade da doença: depressão, pulsação acelerada, perda de coordenação muscular, extremidades frias, redução do reflexo pupilar, diarreia e desidratação. A Mamite Crónica pode começar como qualquer forma clinica ou como a mamite subclínica, e pode evidenciar-se através de sinais clínicos, de uma forma intermitente. Normalmente há desenvolvimento progressivo de tecido cicatricial e uma alteração no tamanho e forma da glândula mamária afectada, acompanhados de uma redução da produção de leite. O intervalo entre a forma clinica e subclínica, pode variar muito, dependendo do microorganismo, do stress e outros. A Mamite Subclínica evolui sem sinais inflamatórios externos ou alterações do aspecto do leite, sendo a sua identificação possível só através de testes microbiológicos ou testes que demonstrem um aumento do conteúdo celular do leite. Esta forma de doença, assume uma maior importância económica quando comparada com a forma clinica, pelas seguintes razões: - é 15 a 40 vezes mais comum que as mamites clinicas; - usualmente precede a forma clinica; - é de difícil detecção; - afecta negativamente a qualidade de leite; - constitui um reservatório de microorganismos patogénicos. EFEITOS NA QUALIDADE DO LEITE O leite dos quartos mamíticos é de menor valor para o fabrico de produtos láteos que o dos quartos não infectados. As alterações na qualidade devem-se essencialmente a uma variação na sua composição, verificando-se que para as indústrias leiteiras essas alterações na composição natural do leite acarretam uma grande dificuldade na sua transformação, assim como, uma modificação do gosto e da estabilidade dos produtos. Qualquer processo inflamatório na glândula mamária traduz-se por um aumento da função de filtração e dimi- // LACTICOOP | QUALIDADE DO LEITE Quadro 1- Efeito das mamites nos componentes do leite Componentes Efeitos Proteína total Diminui (Ligeiramente) Caseína Diminui entre 6% e 18% Lactose Diminui entre 5% e 20 % Sólidos não gordos Gordura Diminui até 8% Diminui entre 4% a 12% Cálcio Diminui Fósforo Diminui Potássio Diminui Estabilidade e qualidade Diminui Paladar Altera Microorganismos para iogurte Inibe Sódio Aumenta nuição da função de síntese, consequentemente, ocorrem alterações na composição química do leite (Quadro 1). São de mencionar a redução do teor em lactose, aumento dos cloretos, diminuição do teor de cálcio e aumento de sódio. O teor de matéria gorda pode diminuir de 5% a 12%, verificando-se também uma diminuição no teor de extracto seco desengordurado. abcessos e recidivas frequentes. Noutras circunstâncias a mamite por Staphylococcus aureus pode assumir a forma de uma mamite gangrenosa, em consequência da produção de grandes quantidades de toxina por parte de algumas estirpes. O Streptococcus agalactiae é uma bactéria altamente contagiosa, facilmente transmissível de vaca para vaca, responsável por elevadas descargas celulares e por perca da função produtora dos quartos atingidos de mamite aguda. No próximo número abordaremos as Mamites Ambientais e as formas de controlo. Simões Dias [email protected] DEPARTAMENTO TÉCNICO Referências bibliogáficas : Matos, José Estevam da Silveira – Prof. Universidade dos Açores – Mamites – Aspectos práticos – Revista Portuguesa de Buiatria /Novembro 98. Quadro 2- Principais agentes etiológicos das mamites bovinas Agentes contagiosos Staphylococcus aureus Streptococcus agalactiae Mycoplasma bovis Estafilococos coagulase (Corynebacterium bovis) ETOLOGIA São mais de 200 as espécies de microorganismos já isolados da glândula mamária da vaca. Felizmente para os microbiologistas que trabalham nesta área, o número de espécies que são isoladas com maior frequência é bastante reduzido. Os agentes etiológicos das mamites podem ser divididos em dois grupos: Microorganismos Contagiosos e ambientais (Quadro 2). ► Agentes mistos Agentes de origem ambiental Escherichia coli Streptococcus uberis Klebsiella Enterobacter Citrobacter Enterococcus Agentes oportunistas ou comensais Estafilococos coagulase MAMITES CONTAGIOSAS Os microorganismos contagiosos existem nos úberes de vacas infectadas, transmitindo-se de vaca para vaca durante a ordenha. Destes os mais importantes são sem dúvida o Staphylococcus aureus e o Streptococcus agalactiae, pela frequência com que são isolados e pela gravidade das lesões que provocam. Os úberes infectados são reservatórios destes microorganismos, transmitindo-se aos úberes não infectados durante a ordenha. A principal forma de transmissão é feita de vaca para vaca, pelos panos para limpeza dos tetos, pelas mãos do ordenhador, através do leite residual dos copos das tetinas e devido ao mau funcionamento do equipamento de ordenha. As mamites por Staphylococcus aureus tendem a assumir frequentemente a forma crónica, com a formação de Streptococcus dysgalactiae Outros agentes Pausteurella Pseudomonas Actinomyces Nocardia Prototheca Baccilus Nota -Os agentes a vermelho são os mais importantes // P. 11 // LACTICOOP | ARVORE DO MÊS Sónia Morais: 962 012 555 João Sousa: 969 891 986 Olaia A árvore que carrega a culpa P ela Páscoa, em Abril, as plantas começam a florir, anunciando a Primavera, indiferentes muitas vezes às condições atmosféricas que se observam. Campos e jardins ganham cor e algumas árvores arriscam a floração, convidando as abelhas a banquetearem-se com o seu néctar. Parece mesmo que o roxo, a cor da Páscoa, prevalece sobre os outros tons. Como se convidada para a festa, ao longo de algumas ruas ou recatada num canto de jardim público, uma árvore pequena mostra-se envaidecida, coberta com um manto de flores roxas, dos pés à cabeça, porque até no tronco as flores brotam repletas de cor e de frescura. É tanta a pressa para chegar à festa a tempo que se esquece das folhas, muito leves e discretas que chegarão mais tarde… É a olaia ou árvore de Judas e é por isso que a ligamos à Páscoa. Conta-se que Judas, arrependido do que fez a Jesus, escolheu esta linda árvore para nela se pendurar. E que as flores até aí brancas, logo ali ganharam as cores da Páscoa naquela, e em todas as outras árvores iguais. Que na Judeia havia olaias, é verdade e os franceses até lhe chamam árvore-da-Judeia, mas isso, é outra história… “Horas profundas, lentas e caladas Feitas de beijos rubros e ardentes, De noites de volúpia, noites quentes Onde há risos de virgens desmaiadas… Oiço olaias em flor às gargalhadas… Tombam astros em fogo, astros dementes, E do luar os beijos languescentes São pedaços de prata p’las estradas…” (Florbela Espanca – Horas Rubras) Nome científico: Cercis Siliquastrum Nome vulgar: Olaia / Árvore de Judas / Árvore do Amor / Pata de vaca Família: Fabaceae (Leguminosae) Género: Cercis Características botânicas // P. 12 Folhas: Caducas, simples, de 7 a 10 cm de comprimento, em forma de rim, apresentam a página superior verde e a inferior em tons glaucos. Flores: Na maior parte das variedades são cor-de-rosa a roxo apresentando no início da floração um tom mais magenta. Na variedade Alba a flor é branca e talvez por ser menos interessante e característica está pouco divulgada. São hermafroditas, com 1 a 2 cm de comprimento e têm 2 brácteas. Nascem agrupadas em inflorescências de 3 a 6 flores, normalmente antes das folhas e por vezes directamente sobre o tronco e ramos principais. Frutos: São vagens de 7 a 10 cm de comprimento, glabras, de cor vermelho-púrpura ou castanha quando madura e permanece na árvore por bastante tempo. Raiz: Tolera mal os solos encharcados Tronco: Porte erecto, liso, lenhoso, mais grosso e longo nos exemplares de mais idade e delgado na forma arbustiva. Perfil: A olaia é uma árvore pequena, de 5 a 10 metros de altura, sendo frequente encontrá-la também na forma de arbusto. A copa arredondada não é propriamente elegante. É um exemplar que se mostra, que quer ser vista, pelo que se coloca sempre ao nível dos nossos olhos, primeiro coberta com um manto púrpura exuberante de flores e depois com o contraste interessante das vagens avermelhadas sobre o verde transparente das folhas. Originária do sul da Europa e este asiático, prefere o clima continental e vai mal nos climas atlânticos. É claramente uma árvore de locais ensolarados que aguenta mal as geadas intensas. Também prefere solos calcários, suportando bem mesmo os mais alcalinos. É muito sensível a solos encharcados ou mal drenados e tolera períodos de seca. Esta árvore tem apenas interesse decorativo. O seu crescimento lento e limitado recomendam-na para espaços pequenos e para ruas e avenidas. Alguém descobriu que as flores para além de bonitas são comestíveis. Apresentam um amargo muito característico que as recomenda para juntar a saladas. Por mim, prefiro alcaparras… // LACTICOOP | TIMPANISMO começa a dissociar-se em catiões e protões). Se o pH não for suficientemente baixo para provocar dissociação dos AGV’s, estes são absorvidos passivamente através da parede ruminal para serem transportados pelo sangue e se transformarem numa importante fonte de energia. Os sais produzidos pela saliva são ricos em bicarbonato e ajudam à manutenção do pH ruminal. Quando a capacidade de tamponização do fluido ruminal é excedida e os ácidos gordos voláteis são dissociados, ocorre uma passagem através da parede ruminal por transporte ativo. As células da parede permitem a passagem de catiões, em troca de descarregamento de iões de bicarbonato. Quando a produção de AGV’s se exceder, este segundo mecanismo de acidose é estabelecido e a sua primeira manifestação é o timpanismo. Timpanismo Gasoso ou bolha única Timpanismo O mecanismo alimentar dos ruminantes baseia-se numa simbiose entre os microrganismos ruminais e o animal. O ruminante fornece alimentos e condições ambientais adequadas (temperatura, anaerobiose, ambiente redutor...) e as bactérias utilizam parcialmente os alimentos, tornando úteis forragens que de outra forma seriam indigestíveis para a maioria dos mamíferos. O resultado deste processo aporta produtos de fermentação com um alto valor nutritivo para ruminantes: ácidos gordos voláteis e proteína microbiana. Se esta razão simbiótica alterar o equilíbrio da população microbiana do rúmen, poderá conduzir a perturbações entre as quais o meteorismo e a acidose. A produção de gás por fermentação é constante e abundante, sendo composto aproximadamente por 65% CO2, 27% de metano e 7% de azoto, entre os mais significativos. A sua produção varia entre os 12 litros / hora em animais em jejum e os 120 litros por hora em animais em ingestão contínua. Em actividade normal, os gases produzidos são concentrados numa bolha única que está situada na parte superior do saco dorsal do rúmen por cima do alimento da digestão. Essa bolha deve ser deslocada pelo rúmen por movimentos coordenados, até o cárdia relaxar, conduzindo à erutação. Se o vitelo for incapaz de eliminar estes gases através da erutação, ou se a taxa de produção e fase de acumulação for longa, pode aumentar a pressão ruminal. Existe um tipo de timpanismo no qual os gases não conseguem ser eliminados, apesar de se encontrarem separados do conteúdo sólido e fluido ruminal, ou seja, não há nenhuma espuma. Esta dificuldade na remoção de gases pode ser devido à inibição da erutação por: ► Obstrução mecânica - Ingestão de corpo estranho. ► Compressão do esófago. O mais frequente é por adenopatia dos gânglios da cadeia mediastínica por pneumonia. ► Baixa motilidade ruminal. Provocada por agentes tóxicos: ureia, atropina (quase todos os tranquilizantes com ação colinérgica provocam um abaixamento da motilidade ruminal), medicamentos, entre outros. ► Decúbito prolongado lateral ou laterodorsal. Depois de uma elevada ingestão de concentrado quando previamente o vitelo esteve submetido a um período de stress por falta de concentrado, o animal permanece muito tempo deitado e o orifício caudal da cardia fica submergido no líquido ruminal, tornando o arroto impossível. ► Paralisia da faringe. Por listeriose ou botulismo. ► Pneumonia crônica. ► Fibroma na área cardíaca. ► Hipocalcemia, acidose, alcalose. Provocam uma diminuição na motilidade ruminal. Timpanismo espumante A rápida fermentação de carbohidratos no rúmen produz AGV’s (ácidos gordos voláteis) e gás. Se qualquer um dos mecanismos de regulação do pH ruminal falhar ou for insuficiente, e este cair bruscamente, provoca a acumulação de ácidos gordos voláteis que com mucopolissacarídeos bacterianos podem formar espuma. Um nível alto de proteína solúvel contribui para a produção de mucopolissacarídeos pelos microrganismos do rúmen. Elevados níveis de sódio (Na), pelo contrário dificultam a produção de mucopolissacarídeos e favorecem a passagem de catiões através da parede do rúmen retardando o aparecimento do timpanismo ao estabilizar o pH. Regulação do pH ruminal Durante a fermentação de hidratos de carbono no meio ruminal são produzidos os AGV’s (ácidos gordos voláteis). Cada um destes ácidos tem um valor pK (pH em que // P. 14 Enervação do rúmen No rúmen existem 4 tipos de movimentos: // LACTICOOP | TIMPANISMO 1 - Encerramento da goteira esofágica. Em animais lactantes durante o contacto da cavidade oral com o líquido. 2- Contracção. Para facilitar a mistura e o trânsito dos alimentos. 3 -. Ruminação. Para devolver à cavidade oral o bolo alimentício e submete-lo a novas mastigações. 4- Erutação. Para se livrar do gás que se produz por forma fisiológica na fermentação ruminal. O rúmen, ao contrário de outros órgãos e vísceras, além de ter uma enervação autónoma (sistema nervoso simpático e parassimpático), tem uma enervação extrínseca que é dominante. Os nervos esplacnicos são os responsáveis pelos impulsos sensorial e motor. A sua regulação é fica a cargo dos Centros nervosos da Medula Oblonga (rombencéfalo) em conexão directa com os núcleos corticais e sub corticais. Isto significa que existe uma influência muito importante da sensibilidade global, dor, stress, fome, apetite, saciedade e sede, termorregulação. Estes centros do tronco cerebral são adjacentes aos centros de salivação, deglutição e respiratórios. Isto significa que condições de maneio da exploração têm uma influência decisiva a ocorrência deste problema. PONTOS-CHAVE no Maneio 1- Boa recepção dos vitelos. De 3 a 4 semanas para adaptar a microflora ruminal. Esta será a altura certa para implementar o programa profilático. O objectivo é prevenir futuros problemas respiratórios, que podem ter como efeito colateral timpanismos, e tratamentos medicamentosos subsequentes também podem, por vezes, dificultar a eliminação de gás ruminal. 2- Palha de cor clara, seca e limpa. A utilização de palha deve perfazer pelo menos 20 a 25% da ingestão de alimentos pelos animais, não é suficiente ter palha disponível para os vitelos se houver dificuldade no seu consumo: à que cortar as cordas dos fardos. Se a palha for molhada o seu consumo é menor e há menos ruminação com diminuição da produção de saliva. Se a palha estiver contaminada com terra, existe o risco de Listeriose, embora não sendo tão importante no gado bovino, produz uma diminuição na motilidade ruminal dificultando os movimentos que levam à erutação. Se a palha apresentar fungos (cor escura), estes podem libertar micotoxinas e qualquer uma destas podem também ser responsáveis pela diminuição da motilidade ruminal. 3- Água limpa, potável e fresca. O consumo de água deve ser de 4 a 5 litros por kg de ração. Certifique-se que os bebedouros estão limpos. Se diminuir o consumo de água também há mudanças no consumo de ração. Água excessivamente fria também demais pode reduzir a motilidade ruminal. 4- Consumo de ração constante. Nunca deve faltar concentrado nos alimentadores. O jejum é muito perigoso, quando disponibilizar concentrado pode haver consumo excessivo. 5- Comedouros suficientes para que o acesso a alimentação seja sempre possível. Se houver dominância, os vitelos mais fortes impedem a aproximação dos mais débeis e quando o puderem fazer dão origem a brigas. 6- EVITAR superlotação. Diminuir a probabilidade de dominância e problemas patológicos. 7- Fazer LOTES homogéneos. Para facilitar o maneio e evitar dominância. 8- EVITAR STRESS sempre que POSSÍVEL. A motilidade ruminal diminui drasticamente o stress e consequentemente dificulta a expulsão de gás. 9- Observe os animais duas vezes por dia no mínimo. Perante um vitelo com timpanismo gasoso deveremos seguir os seguintes passos: ►Reduzir o consumo de ração. Disponibilizar palha e água ad libitum. ►Faça com que os animais afectados caminhem lentamente. O exercício ajuda à eliminação de gases. ► Se o animal não expelir o gás, usar óleos minerais ou parafina líquida. Se isso não resolver o problema deve contactar o veterinário assistente. Sónia Morais Central Misturas Terra a Terra Agradeço a colaboração e disponibilização de informação por parte de João Almeida (Vetobiótica) e Pedro Sayallero (Trow Nutrition) Pub. NOVO ESPAÇO Rua Dr. Alberto Souto, nº18, 3800 - 148 Aveiro // P. 15 // LACTICOOP | FLASH NEWS Bolsa de terras com "total respeito pela propriedade privada" A ssunção Cristas garantiu que a bolsa de terras não vai "açambarcar terra para o Estado" e não vai "tirar terra a ninguém", assentando num processo "totalmente voluntário" e em "total respeito pela propriedade privada". "Nós não queremos açambarcar terra para o Estado, nós não queremos retirar terra a ninguém", afirmou Assunção Cristas nas jornadas parlamentares do CDS-PP, que decorreram em Ponta Delgada. quando a fizermos queremos desagravar substancialmente quem trabalha a terra ou quem não tendo vocação para a trabalhar ou não tendo hipótese de a trabalhar a disponibiliza para que outros o possam fazer. Nesse caso, o que está na proposta do Governo é um desagravamento de 50 a 75 por cento no imposto", apontou. Assunção Cristas ressalvou que isso só poderá ser feito após "a fase difícil do programa de assistência financeira, porque não se podem criar benefícios fiscais nesta fase". A ministra da Agricultura referiu-se à bolsa de terras, uma proposta incluída no programa do Governo e que já deu entrada no Parlamento, esclarecendo que assentará em terra do Estado que não está a ser usada e na terra privada, que os privados, de forma voluntária, queiram inscrever nessa bolsa. As terras do Estado são disponibilizadas "automaticamente através da bolsa de terras quando ela for constituída e antes de ser constituída através dos concursos que estão já a ter lugar", particularmente "dirigidos a jovens agricultores", disse. Na criação da bolsa de terras estará envolvida uma "entidade nacional" para "colher toda a informação", mas, depois o processo não será "centralizado", referiu a ministra, contando para isso com "entidades idóneas locais a quem possam ser acometidas as tarefas de dinamizar localmente a bolsa de terras". "Tenho alguma expectativa em relação a esta matéria, porque cada vez que falo publicamente de bolsa de terras e de disponibilização de terras do Estado, os telefonemas e os e-mails chovem para o Ministério. As pessoas estão verdadeiramente interessadas", afirmou. "Se a terra é de privados, num total respeito pela propriedade privada, no total respeito pelo direito do privado a decidir o que quer fazer com a sua terra, aquilo que pretendemos é criar um mecanismo em que as pessoas sintam que vale a pena inscrever a sua terra, disponibilizando-a para que outros a possam usar", sustentou. "Queremos fazer isto de uma forma totalmente voluntária, por isso, não vamos penalizar ninguém que não queira disponibilizar a sua terra. A nossa lógica é completamente pela positiva", reforçou. A bolsa de terras tem sido alvo de críticas, nomeadamente por parte do PS, que, na sexta-feira, através do deputado e ex-ministro da Agricultura António Serrano condenou o que considera ser a ilegítima expropriação a proprietários de terras, adoptando normas "impensáveis" num executivo de "direita" que ferem direitos de propriedade protegidos pela Constituição da República. Fonte: [email protected] O objectivo é criar "um sistema de informação" em que "alguém possa ir a um ‘site’ da internet do Ministério e ver o mapa de Portugal com os vários pontos que correspondem às terras que estão no mercado, que estão disponíveis, e saiba onde encontrar terra se quiser". Seguir-se-á, após a actualização das matrizes rurais, um sistema de "estímulos positivos", afirmou. "Nós sabemos que vamos fazer essa revisão das matrizes e // P. 17 // LACTICOOP | FLASH NEWS Taxa alimentar de 5 a 8 euros por metro2 O governo aprovou ontem a taxa alimentar para aplicar aos estabelecimentos de comércio alimentar. "O Governo estima que a taxa alimentar representará entre 12 a 13 milhões de euros, sendo que dependerá do valor do metro quadrado que ainda não está concretizado, e que poderá variar entre 5 a 8 euros por metro quadrado ao ano", afirmou ao Económico Assunção Cristas, no final do Conselho de Ministros de hoje. O Governo aprovou um decreto-lei que cria uma taxa a aplicar aos estabelecimentos de comércio alimentar, por grosso e a retalho, de valor não estabelecido, destinada a financiar um fundo sanitário e de segurança alimentar. "Esta taxa equivale a cerca de 0,1% da facturação anual das grandes superfícies, que rondam os 10 mil milhões de euros", adiantou a ministra da Agricultura, notando que houve uma alteração dos critérios iniciais para os estabelecimentos comerciais que seriam alvo da nova taxa. Inicialmente estariam abrangidos todas as superfícies comerciais acima de 400 m2, mas o governo decidiu que a taxa irá aplicar-se a estabelecimentos com mais de dois mil metros quadrados, a pedido da CCP. "O pedido final resulta de uma evolução e reflectiu as conversações com os parceiros sociais sobre o documento de trabalho inicial", nomeadamente a CCP, disse Assunção Cristas, que notou ainda que esta será mais uma taxa a acrescentar às outras existentes ao nível da segurança e Boletim Informativo Ficha Técnica Depósito legal: 217931/04 Colaboraram neste número: Fernando Taveira Pedro Cabanita Simões Dias Sónia Morais Redacção: Av. de Oita, 7 r/c - Apartado 92 3810-143 Aveiro - EC AVEIRO Telef. 234 377 280 Fax 234 377 281 // P. 18 sanidade alimentar, que até agora incidiu apenas nos produtores e indústria. "O valor do fundo de Segurança Alimentar será na ordem das dezenas dos milhões de euros, sendo que os 12 ou 13 milhões garantidos representarão cerca de 50% da dotação do fundo", acrescentou a ministra da Agricultura. De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, "com a criação desta taxa é estendida a todos os operadores da cadeia alimentar - e não apenas a alguns, como acontecia - a responsabilidade do financiamento dos custos dos programas de controlo, na medida que todos são destes beneficiários". Além desta nova taxa, o Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar mais que vai ser criado inclui as "diversas taxas já existentes" e destina-se "a apoiar a missão da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária" e "é um fundo financeiro que assegurará a execução de todo o programa de saúde animal e a garantia da segurança dos produtos de origem animal e vegetal", refere o mesmo comunicado. Segundo o Governo, "é assim assegurada a elevada qualidade e segurança alimentar ao consumidor, reforçando as boas práticas ao longo da cadeia alimentar". Fonte : [email protected] Execução Gráfica: Rui Marinho Produções Gráficas Travessa da Rua da Agra nº 70 3810-394 Aradas, AVEIRO Telf/Fax: 234 186 988 Email: [email protected] Periodicidade: Mensal Tiragem: 1.500 Exemplares Recepção de anúncios: Todos os textos, publicidade e imagens devem ser entregues até ao dia 15 de cada Mês. O Mundo Agrícola começa aqui ... Campanha do Milho Visite as nossas lojas Temos uma campanha especial para si. LOJA CANTANHEDE LOJA MIRA Rua do Matadouro, nº149 3070-436 Mira Telef.: 231 488 486 Fax.: 231 488 486 Email : [email protected] LOJA VILA NOVA PAIVA VACAS SAUDÁVEIS CUSTAM MENOS Os touros Health$mart™ são identificados como aqueles que fazem as vacas mais valiosas e rentáveis do rebanho. Os produtores podem confiar que um touro Health$mart™ terá um impacto financeiro positivo pois reduzem a contagem de células somáticas, produzindo leite de melhor qualidade assim como economizam nas contas do veterinário, medicamentos e tempo dos funcionários. 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